clipping 14set14

9
Clipping FENABRAVE até já contabilizou... 4688823 - O IMPARCIAL - ESPORTES - PRESIDENTE PRUDENTE - SP - 14/09/2014 - Pág 9A http://iportal.oficinadeclipping.com.br/Login.aspx?id=FYYWL/hL2/0NYh1HTP9BlsNpL6URowCDjzNG6hVyf1bbhjRCx8N+1A== Ficha Técnica Empresa: FENABRAVE Categoria: Fenabrave Autor: Cidade: PRESIDENTE PRUDENTE Estado: SP País: BRASIL Disponibilização: 23/09/2014 Tipo Veículo: JORNAL Palavra Chave: FENABRAVE Arquivo Interno: I:\FENABRAVE\enviados_cliente\2014\09\23\4688823.pdf Análise Referência: Classificação: Tipo de Publicação: Menções à Marca: Favorabilidade: Exclusiva: Assunto: Palavra-chave: Valor cm/col(fs): 42,74 Fechamento: 09/14 Tiragem: 10000,00 Centimetragem Medida: 0,00 Valor: 42,74 Total: 0,0000

Upload: mce-comunicacao

Post on 04-Apr-2016

215 views

Category:

Documents


0 download

DESCRIPTION

 

TRANSCRIPT

Page 1: Clipping 14set14

ClippingFENABRAVE até já contabilizou...4688823 - O IMPARCIAL - ESPORTES - PRESIDENTE PRUDENTE - SP - 14/09/2014 - Pág 9Ahttp://iportal.oficinadeclipping.com.br/Login.aspx?id=FYYWL/hL2/0NYh1HTP9BlsNpL6URowCDjzNG6hVyf1bbhjRCx8N+1A==

Ficha TécnicaEmpresa: FENABRAVE Categoria: FenabraveAutor: Cidade: PRESIDENTE PRUDENTEEstado: SP País: BRASILDisponibilização: 23/09/2014 Tipo Veículo: JORNALPalavra Chave: FENABRAVEArquivo Interno: I:\FENABRAVE\enviados_cliente\2014\09\23\4688823.pdf

AnáliseReferência:Classificação:Tipo de Publicação:Menções à Marca:Favorabilidade:Exclusiva:Assunto:Palavra-chave:Valor cm/col(fs): 42,74Fechamento: 09/14Tiragem: 10000,00CentimetragemMedida: 0,00Valor: 42,74Total: 0,0000

Page 2: Clipping 14set14
Page 3: Clipping 14set14

ClippingFenabrave4689762 - MOGI NEWS - AUTO NEWS - MOGI DAS CRUZES - SP - 14/09/2014 - Pág 2http://iportal.oficinadeclipping.com.br/Login.aspx?id=QTUPj6zF2lnsDavP3s9uv8NpL6URowCDjzNG6hVyf1bbhjRCx8N+1A==

Ficha TécnicaEmpresa: FENABRAVE Categoria: FenabraveAutor: Cidade: MOGI DAS CRUZESEstado: SP País: BRASILDisponibilização: 23/09/2014 Tipo Veículo: JORNALPalavra Chave: FENABRAVEArquivo Interno: I:\FENABRAVE\enviados_cliente\2014\09\23\4689762.pdf

AnáliseReferência:Classificação:Tipo de Publicação:Menções à Marca:Favorabilidade:Exclusiva:Assunto:Palavra-chave:Valor cm/col(fs): 100,39Fechamento: 09/14Tiragem: 15000,00CentimetragemMedida: 0,00Valor: 100,39Total: 0,0000

Page 4: Clipping 14set14
Page 5: Clipping 14set14

ClippingCenário muda e setor automotivo desacelera4676289 - O ESTADO DE S. PAULO - ECONOMIA - SÃO PAULO - SP - 14/09/2014 - Pág B6 e B7http://iportal.oficinadeclipping.com.br/Login.aspx?id=Cmjl+blHJioE0eMy4jDFBMNpL6URowCDjzNG6hVyf1bbhjRCx8N+1A==

Ficha TécnicaEmpresa: FENABRAVE Categoria: FenabraveAutor: Luiz Guilherme Gerbelli Renée Pereira Cidade: SÃO PAULOEstado: SP País: BRASILDisponibilização: 15/09/2014 Tipo Veículo: JORNALPalavra Chave: FENABRAVEArquivo Interno: I:\FENABRAVE\enviados_cliente\2014\09\15\4676289.pdf

AnáliseReferência:Classificação:Tipo de Publicação:Menções à Marca:Favorabilidade:Exclusiva:Assunto:Palavra-chave:Valor cm/col(fs): 1098,00Fechamento: 09/14Tiragem: 236000,00CentimetragemMedida: 0,00Valor: 1098,00Total: 0,0000

Page 6: Clipping 14set14

%HermesFileInfo:B-6:20140914:

B6 Economia DOMINGO, 14 DE SETEMBRO DE 2014 O ESTADO DE S. PAULO

O presidente da AssociaçãoNacional dos Fabricantesde Veículos Automotores

(Anfavea), Luiz Moan, vê uma reto-mada do setor neste segundo se-mestre. “Estamos prevendo cresci-mento tanto em licenciamento, ex-portação e produção”, diz. A se-guir, os principais trechos da entre-vista concedida ao Estado.

● O que explica a queda da indústriaautomobilística?

Tivemos um primeiro semestre bas-tante atípico com menor número dedias úteis de venda. Tivemos tambémaquele clima negativo por causa darealização da Copa do Mundo. Issoafetou bastante o mercado interno.Tivemos ainda uma dificuldade adi-cional com a Argentina. Além da que-da natural de mercado, a economia ar-gentina fez restrições administrativasàs importações. Nossa posição conti-nua inalterada: o segundo semestreserá melhor do que o primeiro. Preve-mos crescimento em licenciamento,exportação e produção.

● Quais os motivos que levam a esseotimismo no segundo semestre?Em primeiro lugar, o maior númerode dias úteis de vendas no segundo se-mestre em relação ao primeiro. O se-

gundo motivo é a sazonalidade histó-rica das nossas vendas. Com relaçãoà Argentina, depois que nós fecha-mos o acordo de junho, as restriçõesadministrativas – até a semana passa-da – foram suspensas. Não havia ne-nhuma dificuldade. Com esses fato-res, nós acreditamos claramente queo segundo semestre será melhor.

● A GM anunciou que vai parar a exporta-ção para a Argentina. Isso não impacta?Por isso eu disse até a semana passa-da. Agora, qual é a nossa visão dessaquestão? Acreditamos que essa discus-são na Argentina é de momento. Asnossas empresas estão fazendo umasérie de reuniões com o governo daArgentina e acreditamos que rapida-mente essa questão possa ser supera-da. Eu gostaria de lembrar que em ju-

nho fechamos o acordo de maior inte-gração produtiva com a Argentina. Omelhor para os dois países seria quenão houvesse restrição de volumenem de fluxo cambial no setor, por-que de janeiro a agosto atingimos oequilíbrio da balança comercial. Porexemplo, de janeiro a agosto, o Brasil,no setor automotivo, exportou US$4,838 bilhões e importou da Argenti-na US$ 4,781 bilhões. Ou seja, a balan-ça comercial está favorável ao Brasilem US$ 57 milhões contra US$ 1,325bilhão, no mesmo período de 2013.

● Qual a projeção para investimentos?Continuamos mantendo aprevisão de investimentode R$ 75,8 bilhões no setorde montadora de 2012 a2018.

● Tem havido descompassoentre produção e consumo?O descasamento ocorre numaanálise pontual, mas nosso in-vestimento é sempre de médioe longo prazos. Não éuma crise pontuale conjuntural

que vai afastar os investimentos. Omercado vai continuar crescendo. En-tramos numa curva de retomada em re-lação ao primeiro semestre e estamostrabalhando na ampliação dos acordosde comércio. Abrimos a possibilidadede negociação com a Colômbia. Napróxima semana, estarei pessoalmenteno país para dar prosseguimento a ne-gociação. Em outubro, provavelmentefaremos com os mexicanos.

● Houve restrição do crédito. O BC anun-ciou medidas. Elas serão suficientes?Nós temos certeza de que as medidas

anunciadas devem começar aimpulsionar o mercado. O fi-

nanciamento já voltou paraveículos seminovos, quefuncionam como chequede entrada para aquisição

de veículo zero. Mas nós pre-cisamos esperar setembro eoutubro para ter uma visãomelhor. Consumidores que-

rendo ad-quirir veí-

c u l o se x i s -

tem.

Entraves à produção

CENÁRIO MUDA E SETORAUTOMOTIVO DESACELERA

ENTREVISTA

CLAYTON DE SOUZA/ESTADÃO –21/5/2014

Reportagem Especial ✽

Recuo na economia e colapso nas vendas à Argentina vêm após bilhões investidos

‘SEGUNDO SEMESTRE SERÁMELHOR DO QUE O PRIMEIRO’

Luiz Guilherme GerbelliRenée Pereira

O fraco desempe-nho da economiabrasileira aliadoao colapso dasvendas para a Ar-

gentina pegaram a indústria auto-mobilística no contrapé. Entre2008 e 2012, as empresas investi-ram R$ 45 bilhões em novas fábri-cas e na expansão de unidades exis-tentes, contrataram 26,4 mil traba-lhadores e elevaram a capacidadeinstalada da indústria em 16%, pa-ra 4,5 milhões de veículos por ano.Maso cenário se inverteu,a deman-da interna caiu e as exportações de-sabaram. Resultado: estoques em

alta e funcionários demitidos.O quadro desfavorável do setor,

cujos sinais começaram a aparecer nofim de 2013 com a restrição no crédito emenor disposição do brasileiro de ir àscompras, se tornou mais agudo no se-gundotrimestre desteano, quando aati-vidade da indústria atingiu os piores ní-veis desde 2010. Até agosto, a produçãode veículos havia caído 18% em relaçãoa 2013; as exportações, 38%; e 8,7 milfuncionários foram desligados. Os esto-ques chegaram a 42 dias – um númeroconsiderado elevado para a indústria.

“O setor passa por um momento dedesaceleração. Nos últimos dez anos,com o aumento da renda e mobilidadedas classes sociais, as vendas do seg-mento cresceram a uma média de 10%ao ano enquanto a economia avançava

4%. Foi um resultado bem positivo”,explica o economista da TendênciasConsultoria Integrada Rodrigo Baggi,especialista no setor automotivo e debens de capital. A reversão do cenário,com menos apetite do brasileiro, ocor-re num momento em que os projetosiniciados no passado começam a en-trar em operação, ampliando a oferta.

Pelos dados da Tendências, o setoropera hoje com uma ociosidade de40%, praticamente o dobro do queocorria nos tempos de consumo emalta. Com menos produção, as empre-sas reduziram o quadro de funcioná-rios e diminuíram os turnos de traba-lho. O Grupo PSA Peugeot Citröen,por exemplo, deu lay-off para 650 tra-balhadores e depois adotou um Planode Demissão Voluntária. Até feverei-

ro, a empresa produzia veículos noCentro de Produção de Porto Real(RJ) em três turnos. “Mas, com a neces-sidade de adequar a produção às ven-das internas e às exportações, atual-mente estamos operando com dois tur-nos”, diz a diretora de Comunicação eRelações Externas para América Lati-na da empresa, Fernanda Villas-Bôas.Ela afirma que o grupo já concluiu 70%do plano de investimento de R$ 3,7 bi-lhões para o período 2010-2015.

A Nissan inaugurou sua fábrica deR$ 2,6 bilhões em Resende, no Rio deJaneiro, em abril. Com 1,8 mil funcioná-rios e capacidade para produzir 200mil veículos e motores por ano, a em-presa suspendeu, na semana passada,o contrato de trabalho de 279 funcioná-rios da fábrica. O presidente da empre-

sa François Dossa acredita que a reto-mada da atividade na indústria só ocor-ra em 2016. “Sabemos que este e o pró-ximo ano devem ser anos de ajustesnas vendas. Mas investimos pensandonos próximos 20 anos.”

De qualquer forma, Dossa acreditaque é o momento de retomar questõesprimárias como a disponibilidade deenergia, logística e carga tributária.“Várias fábricas se instalaram no Bra-sil nos últimos anos e outras vão che-gar. Agora, precisamos de uma políticapara que essa nova capacidade não sejaum investimento em vão.”

Estímulos. A indústria automobilísti-ca responde por 4,9% do Produto Inter-no Bruto. Em 2010, a fatia era de 5,1%.Isso explica por que o governo sempreolhou com cuidado o desempenho dasetor e, diante de qualquer sinal de de-saceleração, procurou incentivar a pro-dução com redução de impostos e polí-ticas setoriais. No auge da crise interna-cional, no fim de 2008, quando o merca-do de crédito mundial foi abalado e aliquidez diminuiu drasticamente, o pá-tio das montadoras lotou. Como res-posta, o governo do ex-presidente Lulareduziu impostos para a compra de car-ro e, assim, estimulou o consumo.

Até então, a década tinha sido positi-va para o setor. O forte crescimento naprodução de veículos era explicado pe-la expansão da renda e do crédito paratodas as classes sociais – não somentepara a classe C, a chamada nova classemédia. “As duas classes (A e B) repre-

Luiz Moan, presidente da Anfavea

Para Moan, os primeiros seismeses foram atípicos porcausa da menor quantidadede dias úteis e pelo climanegativo causado pela Copa

FONTE: ANFAVEA

● No ano passado, as vendas do setor automobilístico tiveram primeira queda em 10 anos

HISTÓRICO

No ano passado, as vendas doetor automobilístico tiveram rimeira queda em 10 anos

HISTÓRICO

PRO

TÁSI

O N

ENE

DIV

ULG

AÇÃ

O

DIV

ULG

AÇÃ

O

0

500

1.000

1.500

2.000

2.500

3.000

3.500

19571956 1961 1964 1967 1969 1974 1992 199519791978 19851960 1970 1980 1990

JUSCELINO KUBITSCHEK

JOÃO GOULART

JÂNIO QUADROS

ARTUR DA COSTA E SILVA

FERNANDO COLLOR

HUMBERTO CASTELO BRANCO

ITAMAR FRANCO

EMÍLIO GARRASTAZU

MÉDICI

ERNESTO GEISEL

JOSÉ SARNEY

JOÃO FIGUEIREDO

Com o lema Cinquenta anos em cinco, Juscelino

Kubitschek dá início ao processo de

industrialização no País. Indústria automotiva

foi o carro chefe

Fernando Collorassume a

presidência, chama carros brasileiros de carroça e abre

a economia

Venda de veículos bate recorde para

época e sindicalistas, liderados por Lula,

fazem greve em plena ditadura

EM NÚMERO DE UNIDADES

Page 7: Clipping 14set14

O ESTADO DE S. PAULO DOMINGO, 14 DE SETEMBRO DE 2014 Economia B7

Vídeo. Assista àentrevista com DimasZanon, da Difran

estadao.com.br/e/dimas-zanon

A indústria automobilística ain-da vive a ressaca do crédito fácildo início da década passada. Os

números do Banco Central (BC) mos-tram que a inadimplência do consumi-dor brasileiro, que atingiu 7,23% em2012, vem diminuindo ao longo dos úl-timos meses, mas boa parte dessa que-da pode ser explicada pela maior restri-ção dos bancos na concessão de dinhei-ro para a compra do veículo. Por outrolado, o brasileiro também está com acapacidade financeira comprometida,o que o afasta de novas compras.

Os dados do BC, compilados pelaBoa Vista SCPC, mostram que, em ju-lho, a inadimplência (acima de 90dias) foi de 4,77%, abaixo dos 5,95%de igual período do ano passado.“Atualmente, temos um cenário deinadimplência que recuou bastante,mas essa queda foi influenciada pelamaior seletividade dos bancos e peladiminuição do consumo”, afirma Flá-vio Calife, economista da Boa Vista.

Na avaliação do economista-chefeda Associação Nacional das Institui-ções de Crédito, Financiamento e In-vestimento (Acrefi), Nicolas Tingas,o problema hoje é diferente daqueleenfrentado há um ano e meio.

Em 2012, com o surto de inadim-plência, os bancos fizeram uma sériede aperfeiçoamentos nos critérios derisco e na forma de avaliar a capacida-de de pagamento do cliente. Foi detec-tado que os empréstimos de 60 me-ses sem entrada eram os que mais da-vam problema. “Isso foi mudado em2013, quando os bancos diminuíramos prazos para três a quatro anos.”

De acordo com dados de julho doBC, o prazo médio de concessão é de41,6 meses. Em março de 2011, era de46,3 meses. De acordo com Tingas,hoje os próprios consumidores evi-tam entrar em novas dívidas, pois há

uma baixa capacidade financeira noseu fluxo de caixa. Isso faz com que apropensão das famílias brasileiras aoconsumo caia.

“O nível de endividamento estámuito alto, o que comprometeu a ren-da dos consumidores por um prazomais longo. Junta-se aí a inflação e osjuros mais altos. Hoje o foco dos con-sumidores é rolar suas dívidas, tro-car créditos curtos por créditos lon-gos”, afirma Tingas.

Incentivos. No mês passado, o Ban-co Central lançou novos pacotes deestímulo para a concessão de créditopara tentar revigorar a economiadiante do baixo crescimento brasilei-ro. No segundo trimestre deste ano,o Produto Interno Bruto (PIB) doBrasil diminuiu 0,6% na comparaçãocom os primeiros três meses do ano.O desempenho da indústria foi pior:recuou 1,5% no período.

O encolhimento da economia colo-cou o Brasil na chamada recessão téc-nica – no primeiro trimestre, a econo-mia encolheu 0,2%.

No conjunto das medidas anuncia-

das para reaquecer a economia, es-tavam novos incentivos ao finan-ciamento de veículos com mudan-ças nos depósitos compulsórios(parte dos recursos dos clientesque os bancos são obrigados a reco-lher aos cofres do Banco Central)– alguns bancos públicos e priva-dos já anunciaram redução nas ta-xas para os financiamentos.

“Existe uma disposição menordo brasileiro para consumir, e con-fiança baixa. Apesar de tudo isso,alguns dos principais bancos anun-ciaram queda nas taxas para os veí-culos”, afirma Calife, da Boa Vista.

Neste fim de semana, por exem-plo, a Renault promove um feirãoem São Paulo com taxa zero de ju-ros, IPVA grátis e primeiro paga-mento em 2015. Até o fim do ano,outras montadoras devem aderir aessa estratégia como forma de de-sovar o elevado estoque.

“Os bancos estão carecendo defazer negócios. Estão buscando ou-tros meios e nichos onde conhe-cem os clientes, tidos como bonspagadores”, completa Tingas, daAcrefi.

O presidente da Federação Nacio-nal da Distribuição de Veículos Au-tomotores (Fenabrave), Flávio Me-neghetti, não acredita que as medi-das adotadas recentemente peloBanco Central tenham força paramudar o cenário no curto prazo. “Oano de 2015 deve repetir 2014. Podeser que haja uma recuperação em2016”, afirma ele.

Legislação. Meneghetti critica aatual legislação que dificulta a reto-mada do automóvel pelo banco emcaso de inadimplência. Hoje, diz oexecutivo, de cada 100 contratosinadimplentes, as instituições finan-ceiras só conseguem recuperar 15carros. “Isso depois de 200 dias tra-mitando no judiciário.”

O presidente da Fenabrave afir-ma que o setor vem trabalhandocom o governo federal para tentaralterar as regras ainda neste ano, emnovembro. “Essa mudança tem po-tencial para aumentar em 20% asaprovações de crédito no setor.”

D os bons tempos de forte de-manda e economia aquecida,restaram um amontoado de

dívidas e equipamentos ociosos. Emmeados dos anos 2000, motivado pe-lo bom desempenho da atividade eco-nômica, o empresário Dimas Francis-co Zanon se endividou, comprou má-quinas novas e dobrou a produção dasua Difran. A empresa, fundada em1985, entrou em franca expansão: até2008, produzia 300 mil peças por diae empregava 420 funcionários.

Mas, no meio do caminho, a criseinternacional atingiu em cheio os negó-cios de Zanon. A indústria de autope-ças começou a ratear. Em 2010 e 2011,tiveram uma pequena reação a rebo-que dos incentivos do governo dado àsmontadoras. De lá pra cá, no entanto,as notícias não têm sido positivas. “Aindústria de autopeças está em deca-dência, num processo de desindustria-lização”, diz o empresário.

Atualmente, a Difran tem 130 traba-lhadores e está na iminência de fazermais um corte de funcionários. Pior:está inadimplente no mercado por cau-

sa de investimentos feitos no passado.“Estou num processo torturante de ne-gociação das dívidas com os bancos.Estou entregando imóveis e máquinaspara quitar parte dos débitos. Mante-mos a empresa aberta pagando todosos impostos, que não são poucos.”

A empresa, que produzia 300 mil pe-ças por mês, hoje fabrica no máximo100 mil unidades. Além de cortar 69%do quadro de funcionários em relaçãoa 2008, a Difran trabalha com apenas30% da capacidade instalada. “Antes,trabalhávamos em quatro turnos, du-rante 24 horas. Agora, só tenho doisturnos e não são completos.”

Zanon atribui boa parte dos proble-mas da indústria de autopeças ao eleva-do custo Brasil e à “nefasta” políticacambial do País, que tira a competitivi-dade do produto nacional e abre espa-ço para peças vindas do exterior, espe-cialmente da China. “No momento,não vejo muita solução para o setor,pois nossa política econômica é inefi-ciente. Não há uma política industrial,um incentivo, uma correção cambialpara, pelo menos, bloquear o produto

defora ou para dar um pouco mais com-petitividade à indústria nacional.”.

Como a Difran, outras empresas dosetor de autopeças sentem os efeitos

do desaquecimento do setor. Segun-do o Sindicato Nacional da Indústriade Componentes para Veículos Auto-motores (Sindipeças), o déficit este

ano deverá ficar entre US$ 10,5 bi-lhões e US$ 11 bilhões, um recordepara o setor. “Temos uma balançacomercial para o segmento de auto-peças bastante negativa”, afirmaPaulo Butori, presidente da entida-de. Em 2006, o setor era superavitá-rio em US$ 2 bilhões.

Para o empresário Marcos Liron,fundador da Quantum Tecnologia,em São Bernardo, a desaceleração dosetor não trouxe tantas perdas. Emmomento de crise, diz ele, as pessoastendem a comprar carros menos equi-pados, o que abre espaço para o seunegócio que comercializa alarmes, en-tre outros produtos. “Estaria melhorse tivesse bombando, mas não estousentindo tanto essa crise”, afirma. Aperda tem sido por outro motivo:com a alta no custo de produção, elenão consegue repassar o aumento. Oresultado foi uma queda de 20% nasmargens de lucro em três anos.

‘INDÚSTRIA DE AUTOPEÇAS ESTÁ EM DECADÊNCIA’

RIGIDEZ NO CRÉDITOSEGURA AINADIMPLÊNCIA

NA WEB

CLAYTON DE SOUZA/ESTADÃO

WERTHER SANTANA / ESTADÃO

sentam 45% da renda do País e 70% dademanda de automóveis. Por isso, sãopúblico-alvo das montadoras”, afirmaBaggi, da Tendências.

Na opinião do ex-secretário de Co-mércio Exterior Welber Barral, sócioda Barral MJorge consultoria, a solu-ção para o momento atual da indústriaautomobilística, com base nos investi-mentos feitos e anunciados, é ter umprograma agressivo na exportação. “Épreciso diversificar os países, diminuiro custo de produção no Brasil, gerarincentivos de exportação e manteracordos internacionais.” Mas esse tam-

bém não será um caminho fácil. Nosúltimos anos, a indústria automobilís-tica ficou muito dependente do comér-cio com a Argentina.

Em 2000, o país comprava 25% dasexportações brasileiras de veículos, deacordo com um levantamento da Fun-dação Centro de Estudos para o Co-mércio Exterior (Funcex). Na época, omercado era relativamente bem dividi-do: na sequência apareciam EstadosUnidos (19%) e México (16%). No anopassado, a Argentina foi responsávelpor 59% das compras, enquanto os me-xicanos e americanos tiveram a fatiareduzida para 7% e 5%.

Em 2013, o setor chegou a ser benefi-ciado pelo aumento das exportaçõesentre 12% e 15%. “A Argentina impõealgumas restrições no mercado de divi-sas e isso contribui para transformar oautomóvel em reserva de valor. Esse éum dos principais motivos da evolu-ção na compra de produtos brasileirosao longo dos últimos anos”, diz Daia-ne Santos, economista da Funcex.

Mas, neste ano, a piora da crise dopaís vizinho e o aumento das restri-ções para importação causaram um ba-que no setor. Na semana passada, aGeneral Motors anunciou que vai pa-rar as exportações para a Argentina.Em nota, a empresa afirmou que, nomomento, está priorizando a importa-ção de componentes para abasteci-mento de sua linha de produção emvez de importar veículos prontos, poiso estoque atual é suficiente para o rit-mo de vendas do mercado local.

● Investimentos

● Desafios

R$ 45 bi foram investidos, entre 2008 e 2012,em novas fábricas e na expansão das unidades existentes

Consequência. Dimas Zanon, da Difran: corte de 69% dos funcionários

Redução de estoque. Para tentar animar as vendas, montadoras como a Renault fazem feirões de veículos

“O setor passa por ummomento de desaceleração.Nos últimos dez anos, com oaumento da renda e mobilidadedas classes sociais, as vendas dosegmento cresceram a uma médiade 10% ao ano, enquanto aeconomia avançava 4%. Foi umresultado bem positivo.”Rodrigo BaggiECONOMISTA DA TENDÊNCIAS

CONSULTORIA INTEGRADA

“É preciso diversificar os países,diminuir o custo de produção noBrasil, gerar incentivos deexportação e manter acordosinternacionais.”Welber BarralSÓCIO DA BARRAL MJORGE CONSULTORIA

● CautelaEm 2012, com o surto de inadimplên-cia, os bancos fizeram aperfeiçoamen-tos nos critérios de risco.

● RecordeO déficit no setor de autopeçaseste ano deverá ficar entreUS$ 10,5 bilhões e US$ 11 bilhões

● Seletividade

INFOGRÁFICO/ESTADÃO

FABI

O M

OTT

A/E

STA

O

20130

500

1.000

1.500

2.000

2.500

3.000

3.500

2003 2011 20152000 2010

DILMA ROUSSEFF

FERNANDO HENRIQUE CARDOSO

LUIZ INÁCIO LULA DA

SILVA

Ressaca do crédito fácil diminui ânimo

do consumidor. Como resposta,

bancos ficam mais seletivos com o

crédito

Crise internacional abala o mundo. No Brasil, o governo

concede uma série de benefícios para o setor com objetivo de manter

a economia aquecida

2008 2009

3.767.370“Atualmente, temos um cenário deinadimplência que recuou bastante,mas essa queda foi influenciadapela maior seletividade dos bancose pela diminuição do consumo.”Flávio CalifeECONOMISTA DA BOA VISTA SCPC

“O nível de endividamento estámuito alto, o que comprometeu arenda dos consumidores por umprazo mais longo.”Nicolas TingasECONOMISTA-CHEFE DA ACREFI

edgar.luiz
Highlight
Page 8: Clipping 14set14

ClippingTOP 10: Os carros com maior queda nas vendas em 20144678072 - NOTÍCIAS AUTOMOTIVAS - WEB - WEB - 14/09/2014http://iportal.oficinadeclipping.com.br/Login.aspx?id=zAk6peSQR6lt4GuYEqB8scNpL6URowCDjzNG6hVyf1bbhjRCx8N+1A==

http://www.noticiasautomotivas.com.br/?p=235100

Ficha TécnicaEmpresa: FENABRAVE Categoria: FenabraveAutor: Ricardo de Oliveira Cidade: WEBEstado: WEB País: BRASILDisponibilização: 15/09/2014 Tipo Veículo: SITEPalavra Chave: FENABRAVEArquivo Interno: I:\FENABRAVE\enviados_cliente\2014\09\15\4678072.pdf

AnáliseReferência:Classificação:Tipo de Publicação:Menções à Marca:Favorabilidade:Exclusiva:Assunto:Palavra-chave:Valor cm/col(fs): 0,00Fechamento: 09/14Tiragem: 0,00CentimetragemMedida: 0,00Valor: 0,00Total: 0,0000

Page 9: Clipping 14set14