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Cálculo Diferencial e Integral 2Semana 14
Professor Luiz Claudio Pereira
Departamento Acadêmico de Matemática
Universidade Tecnológica Federal do Paraná
Material Previsto para uma aula
CDI 2 (UTFPR) Luiz Claudio Pereira 2015 1 / 33
Integração Múltipla
1 Integração múltipla em Rn
Mudança de variáveis em integral dupla
Mudança de variáveis em integral tripla
2 Aplicações
Momento de inércia
Centro de massa
CDI 2 (UTFPR) Luiz Claudio Pereira 2015 2 / 33
Cálculo de integral (dupla e tripla)fórmula de mudança de variável
Uma aplicação T : U → D é uma transformação de U ⊂ Rn em D ⊂ Rn.
Se T é bijetiva, então T−1 é a transformação inversa de T , que associa
cada(x1,x2, . . . ,xn
)∈ D ao ponto
(u1,u2, . . . ,un
)∈ U. Sendo T
diferenciável, ca bem denido o jacobiano∂(x1,x2, . . . ,xn
)∂ (u1,u2, . . . ,un)
.
Se as derivadas direcionais de x i(u1,u2, . . . ,un
)são funções contínuas,
então, para toda função contínua f : D→ R vale a
Fórmula de mudança de variáveis∫∫. . .∫
U
f(x1,x2, . . . ,xn
)dx1 dx2 . . .dxn =
∫∫. . .∫
D
f(x1(u1, . . . ,un
), . . . ,xn
(u1, . . . ,un
))∣∣∣∣∣∂(x1, . . . ,xn
)∂ (u1, . . . ,un)
∣∣∣∣∣du1 du2 . . .dunCDI 2 (UTFPR) Luiz Claudio Pereira 2015 3 / 33
Cálculo de integral (dupla e tripla)fórmula de mudança de variável
Uma aplicação T : U → D é uma transformação de U ⊂ Rn em D ⊂ Rn.
Se T é bijetiva, então T−1 é a transformação inversa de T , que associa
cada(x1,x2, . . . ,xn
)∈ D ao ponto
(u1,u2, . . . ,un
)∈ U. Sendo T
diferenciável, ca bem denido o jacobiano∂(x1,x2, . . . ,xn
)∂ (u1,u2, . . . ,un)
.
Se as derivadas direcionais de x i(u1,u2, . . . ,un
)são funções contínuas,
então, para toda função contínua f : D→ R vale a
Fórmula de mudança de variáveis∫∫. . .∫
U
f(x1,x2, . . . ,xn
)dx1 dx2 . . .dxn =
∫∫. . .∫
D
f(x1(u1, . . . ,un
), . . . ,xn
(u1, . . . ,un
))∣∣∣∣∣∂(x1, . . . ,xn
)∂ (u1, . . . ,un)
∣∣∣∣∣du1 du2 . . .dunCDI 2 (UTFPR) Luiz Claudio Pereira 2015 3 / 33
Cálculo de integral (dupla e tripla)fórmula de mudança de variável
Fórmula de mudança de variáveis∫∫. . .∫
U
f(x1,x2, . . . ,xn
)dx1 dx2 . . .dxn =
∫∫. . .∫
D
f(x1(u1, . . . ,un
), . . . ,xn
(u1, . . . ,un
))∣∣∣∣∣∂(x1, . . . ,xn
)∂ (u1, . . . ,un)
∣∣∣∣∣du1 du2 . . .dunObservação
(i) Para n = 2, usando x1 = x , x2 = y , u1 = u , u2 = v , obtém-se∫∫U
f (x ,y)dx dy =∫∫D
f (x (u,v) ,y (u,v))
∣∣∣∣∂ (x ,y)
∂ (u,v)
∣∣∣∣du dv
CDI 2 (UTFPR) Luiz Claudio Pereira 2015 4 / 33
Cálculo de integral (dupla e tripla)fórmula de mudança de variável
Fórmula de mudança de variáveis∫∫. . .∫
U
f(x1,x2, . . . ,xn
)dx1 dx2 . . .dxn =
∫∫. . .∫
D
f(x1(u1, . . . ,un
), . . . ,xn
(u1, . . . ,un
))∣∣∣∣∣∂(x1, . . . ,xn
)∂ (u1, . . . ,un)
∣∣∣∣∣du1 du2 . . .dun(ii) Para n = 3, sendo x1 = x , x2 = y , x3 = z , u1 = u , u2 = v , u3 = w ,
tem-se ∫∫∫U
f (x ,y ,z)dx dy dz =
∫∫∫D
f (x (u,v ,w) ,y (u,v ,w) ,z (u,v ,w))
∣∣∣∣ ∂ (x ,y ,z)
∂ (u,v ,w)
∣∣∣∣du dv dw .
CDI 2 (UTFPR) Luiz Claudio Pereira 2015 5 / 33
Cálculo de integral (dupla e tripla)fórmula de mudança de variável
Exemplo
Ache∫∫
D
(x2− y2
)dA, onde D é região cuja fronteira é formada pelas
retas y =−x , y = 1− x , y = x e y = x +2.
CDI 2 (UTFPR) Luiz Claudio Pereira 2015 6 / 33
Cálculo de integral (dupla e tripla)fórmula de mudança de variável
Exemplo
Ache∫∫
D
(x2− y2
)dA, onde D é região cuja fronteira é formada pelas
retas y =−x , y = 1− x , y = x e y = x +2.
Sejam u = x + y , v = y − x e T (x ,y) = (u,v).
Segue que T é bijetiva, x =u− v
2, y =
u + v
2,
∂ (x ,y)
∂ (u,v)=
∣∣∣∣ xu xvyu yv
∣∣∣∣=
∣∣∣∣ 1/2 −1/21/2 1/2
∣∣∣∣= 1/2 e∫∫D
(x2− y2
)dA =
∫∫U
(−uv) · 12du dv
=−1
2
∫ 1
0
∫ 2
0uv dv du =−1
2
∫ 1
0u du ·
∫ 2
0v dv =−1
2
x
y
y + x = 1
y+x=0
y - x = 0
y - x = 2
u
v
1
2
U
D
T x,y = u,v( ) ( )
CDI 2 (UTFPR) Luiz Claudio Pereira 2015 7 / 33
Cálculo de integral (dupla e tripla)fórmula de mudança de variável
Um resultado importante
Em coordenadas polares, tem-se x = r cosθ , y = r senθ . Daí,
∂ (x ,y)
∂ (r ,θ)=
∣∣∣∣ xr xθ
yr yθ
∣∣∣∣=
∣∣∣∣ cosθ −r senθ
senθ r cosθ
∣∣∣∣= r
e, por conseguinte,∫∫U
f (x ,y)dx dy =∫∫D
f (r cosθ , r senθ) · r ·dr dθ
Exemplo
Seja U a região anular localizada entre os dois circulos x2 + y2 = 1 e
x2 + y2 = 5. Calcule
∫∫U
(x2 + y
)dx dy .
CDI 2 (UTFPR) Luiz Claudio Pereira 2015 8 / 33
Cálculo de integral (dupla e tripla)fórmula de mudança de variável
Um resultado importante
Em coordenadas polares, tem-se x = r cosθ , y = r senθ . Daí,
∂ (x ,y)
∂ (r ,θ)=
∣∣∣∣ xr xθ
yr yθ
∣∣∣∣=
∣∣∣∣ cosθ −r senθ
senθ r cosθ
∣∣∣∣= r
e, por conseguinte,∫∫U
f (x ,y)dx dy =∫∫D
f (r cosθ , r senθ) · r ·dr dθ
Exemplo
Seja U a região anular localizada entre os dois circulos x2 + y2 = 1 e
x2 + y2 = 5. Calcule
∫∫U
(x2 + y
)dx dy .
CDI 2 (UTFPR) Luiz Claudio Pereira 2015 8 / 33
Cálculo de integral (dupla e tripla)fórmula de mudança de variável
Exemplo
Seja U a região anular localizada entre os dois circulos x2 + y2 = 1 e
x2 + y2 = 5. Calcule
∫∫U
(x2 + y
)dx dy .
Para x = r cosθ , y = r senθ , θ ∈ [0,2π] e 1≤ r ≤√5,
T (x ,y) = (θ , r) é bijetiva. Como∂ (x ,y)
∂ (r ,θ)= r , segue que∫∫
U
(x2 + y
)dA =
∫∫D
(r2 cos2 θ + r senθ
)· r ·dr dθ
=∫ 2π
0
∫ √51
(r3 cos2 θ + r2 senθ
)dr dθ
=∫ 2π
0
(6cos2 θ +
5√5−1
3senθ
)dθ = . . . = 6π
x
y
eixo polar
r = 1
q
U
D
T x,y = ,r( ) ( )q
polo
x + y2 2
=1
x + y2 2
=5
r = 5½
CDI 2 (UTFPR) Luiz Claudio Pereira 2015 9 / 33
Cálculo de integral (dupla e tripla)fórmula de mudança de variável
Exercício 1
Considere U ⊂ R2 a região cuja fronteira é formada por xy = π, xy = 2π,
xy4 = 1 e xy4 = 2. Ache
∫∫U
sen(xy)dA.
Exercício 2
Use coordenadas polares para calcular o volume da região sólida, Ω,
limitada acima pelo hemisfério z =√16− x2− y2 e abaixo pela região
circular R dada por x2 + y2 ≤ 4.
CDI 2 (UTFPR) Luiz Claudio Pereira 2015 10 / 33
Cálculo de integral (dupla e tripla)fórmula de mudança de variável
Outro resultado importante
Em coordenadas cilíndricas, tem-se x = r cosθ , y = r senθ , z = z
Daí,
∂ (x ,y ,z)
∂ (r ,θ ,z)=
∣∣∣∣∣∣xr xθ xzyr yθ yzzr zθ zz
∣∣∣∣∣∣=
∣∣∣∣∣∣cosθ −r senθ 0
senθ r cosθ 0
0 0 1
∣∣∣∣∣∣= r
e, por conseguinte,∫∫∫U
f (x ,y ,z)dx dy dz =∫∫∫D
f (r cosθ , r senθ ,z) · r ·dz dr dθ
Exemplo
Ache o volume do sólido, Ω, cortado da esfera x2 + y2 + z2 = 4 pelo
cilindro r = 2senθ .CDI 2 (UTFPR) Luiz Claudio Pereira 2015 11 / 33
Cálculo de integral (dupla e tripla)fórmula de mudança de variável
Outro resultado importante
Em coordenadas cilíndricas, tem-se x = r cosθ , y = r senθ , z = z
Daí,
∂ (x ,y ,z)
∂ (r ,θ ,z)=
∣∣∣∣∣∣xr xθ xzyr yθ yzzr zθ zz
∣∣∣∣∣∣=
∣∣∣∣∣∣cosθ −r senθ 0
senθ r cosθ 0
0 0 1
∣∣∣∣∣∣= r
e, por conseguinte,∫∫∫U
f (x ,y ,z)dx dy dz =∫∫∫D
f (r cosθ , r senθ ,z) · r ·dz dr dθ
Exemplo
Ache o volume do sólido, Ω, cortado da esfera x2 + y2 + z2 = 4 pelo
cilindro r = 2senθ .CDI 2 (UTFPR) Luiz Claudio Pereira 2015 11 / 33
Cálculo de integral (dupla e tripla)fórmula de mudança de variável
Exemplo
Ache o volume do sólido, Ω, cortado da esfera x2 + y2 + z2 = 4 pelo
cilindro r = 2senθ .
Note que (x ,y ,z) ∈ Ω se, e só se,
−(4− x2− y2
)1/2 ≤ z ≤(4− x2− y2
)1/2,
(x ,y) ∈ U ⊂ R2.
CDI 2 (UTFPR) Luiz Claudio Pereira 2015 12 / 33
Cálculo de integral (dupla e tripla)fórmula de mudança de variável
Exemplo
Ache o volume do sólido, Ω, cortado da esfera x2 + y2 + z2 = 4 pelo
cilindro r = 2senθ .
Note que (x ,y ,z) ∈ Ω se, e só se,
−(4− x2− y2
)1/2 ≤ z ≤(4− x2− y2
)1/2,
(x ,y) ∈ U ⊂ R2. Em coordenadas cilíndricas,
T (x ,y ,z) = (θ , r ,z), com x = r cosθ , y = r senθ .
CDI 2 (UTFPR) Luiz Claudio Pereira 2015 13 / 33
Cálculo de integral (dupla e tripla)fórmula de mudança de variável
Exemplo
Ache o volume do sólido, Ω, cortado da esfera x2 + y2 + z2 = 4 pelo
cilindro r = 2senθ .
Note que (x ,y ,z) ∈ Ω se, e só se,
−(4− x2− y2
)1/2 ≤ z ≤(4− x2− y2
)1/2,
(x ,y) ∈ U ⊂ R2. Em coordenadas cilíndricas,
T (x ,y ,z) = (θ , r ,z), com x = r cosθ , y = r senθ .
T é bijetiva quando θ ∈ [0,π] e 1≤ r ≤ 2senθ .
CDI 2 (UTFPR) Luiz Claudio Pereira 2015 14 / 33
Cálculo de integral (dupla e tripla)fórmula de mudança de variável
Exemplo
Ache o volume do sólido, Ω, cortado da esfera x2 + y2 + z2 = 4 pelo
cilindro r = 2senθ .
Note que (x ,y ,z) ∈ Ω se, e só se,
−(4− x2− y2
)1/2 ≤ z ≤(4− x2− y2
)1/2,
(x ,y) ∈ U ⊂ R2. Em coordenadas cilíndricas,
T (x ,y ,z) = (θ , r ,z), com x = r cosθ , y = r senθ .
T é bijetiva quando θ ∈ [0,π] e 1≤ r ≤ 2senθ . Como∂ (x ,y ,z)
∂ (r ,θ ,z)= r , segue que V =
∫∫∫Ω
dV
=∫∫U
∫ √4−r2−√4−r2
r ·dz dθ dr
CDI 2 (UTFPR) Luiz Claudio Pereira 2015 15 / 33
Cálculo de integral (dupla e tripla)fórmula de mudança de variável
Exemplo
Ache o volume do sólido, Ω, cortado da esfera x2 + y2 + z2 = 4 pelo
cilindro r = 2senθ .
Note que (x ,y ,z) ∈ Ω se, e só se,
−(4− x2− y2
)1/2 ≤ z ≤(4− x2− y2
)1/2,
(x ,y) ∈ U ⊂ R2. Em coordenadas cilíndricas,
T (x ,y ,z) = (θ , r ,z), com x = r cosθ , y = r senθ .
T é bijetiva quando θ ∈ [0,π] e 1≤ r ≤ 2senθ . Como∂ (x ,y ,z)
∂ (r ,θ ,z)= r , segue que V =
∫∫∫Ω
dV
=∫∫U
∫ √4−r2−√4−r2
r ·dz dθ dr=∫
π
0
∫ 2senθ
0
∫ √4−r2−√4−r2
r ·dz dr dθ
CDI 2 (UTFPR) Luiz Claudio Pereira 2015 16 / 33
Cálculo de integral (dupla e tripla)fórmula de mudança de variável
Exemplo
Ache o volume do sólido, Ω, cortado da esfera x2 + y2 + z2 = 4 pelo
cilindro r = 2senθ .
Note que (x ,y ,z) ∈ Ω se, e só se,
−(4− x2− y2
)1/2 ≤ z ≤(4− x2− y2
)1/2,
(x ,y) ∈ U ⊂ R2. Em coordenadas cilíndricas,
T (x ,y ,z) = (θ , r ,z), com x = r cosθ , y = r senθ .
T é bijetiva quando θ ∈ [0,π] e 1≤ r ≤ 2senθ . Como∂ (x ,y ,z)
∂ (r ,θ ,z)= r , segue que V =
∫∫∫Ω
dV
=∫∫U
∫ √4−r2−√4−r2
r ·dz dθ dr =∫
π
0
∫ 2senθ
0
∫ √4−r2−√4−r2
r ·dz dr dθ .
Assim,CDI 2 (UTFPR) Luiz Claudio Pereira 2015 17 / 33
Cálculo de integral (dupla e tripla)fórmula de mudança de variável
Exemplo
Ache o volume do sólido, Ω, cortado da esfera x2 + y2 + z2 = 4 pelo
cilindro r = 2senθ .
o volume de Ω é
V =∫∫∫Ω
dV=∫∫U
∫ √4−r2−√4−r2
r ·dz dθ dr=∫
π
0
∫ 2senθ
0
∫ √4−r2−√4−r2
r ·dz dr dθ
=∫
π
0
∫ 2senθ
02r√4− r2 dr dθ=
4
3
∫π
0
(4− r2
)3/2∣∣∣02senθ
dθ
=32
3
∫π
0
[1− cosθ
(1− sen2 θ
)]dθ
=32
3
(θ − senθ +
sen3 θ
3
)∣∣∣∣π0
= ... =16
9(3π−4).
CDI 2 (UTFPR) Luiz Claudio Pereira 2015 18 / 33
Cálculo de integral (dupla e tripla)fórmula de mudança de variável
Mais um resultado importante
Em coordenadas esféricas, tem-se x = ρ senφ cosθ , y = ρ senφ senθ ,
z = ρ cosφ . Daí,∂ (x ,y ,z)
∂ (ρ,θ ,φ)=
∣∣∣∣∣∣xρ xθ xφ
yρ yθ yφ
zρ zθ zφ
∣∣∣∣∣∣=
∣∣∣∣∣∣senφ cosθ −ρ senφ senθ ρ cosφ cosθ
senφ senθ ρ senφ cosθ ρ cosφ senθ
cosφ 0 −ρ senφ
∣∣∣∣∣∣= cosφ ·
(−ρ2 senφ cosφ
)−ρ senφ · (ρ senφ senφ) =−ρ2 senφ
e, por conseguinte, ∫∫∫U
f (x ,y ,z)dx dy dz =∫∫∫D
f (ρ senφ cosθ ,ρ senφ senθ ,ρ cosφ) ·ρ2 senφ ·dρ dφ dθ
CDI 2 (UTFPR) Luiz Claudio Pereira 2015 19 / 33
Cálculo de integral (dupla e tripla)fórmula de mudança de variável
Exemplo
Considere Ω⊂ R3 o sólido limitado pela folha superior do cone
z2 = x2 + y2 e acima pela esfera x2 + y2 + z2 = 9. Use coordenadas
esféricas para calcular
∫∫∫Ω
z dV .
(x ,y ,z) ∈ Ω⇔(x2 + y2
)1/2 ≤ z ≤(9− x2− y2
)1/2,
(x ,y) ∈ U ⊂ R2.
CDI 2 (UTFPR) Luiz Claudio Pereira 2015 20 / 33
Cálculo de integral (dupla e tripla)fórmula de mudança de variável
Exemplo
Considere Ω⊂ R3 o sólido limitado pela folha superior do cone
z2 = x2 + y2 e acima pela esfera x2 + y2 + z2 = 9. Use coordenadas
esféricas para calcular
∫∫∫Ω
z dV .
(x ,y ,z) ∈ Ω⇔(x2 + y2
)1/2 ≤ z ≤(9− x2− y2
)1/2,
(x ,y) ∈ U ⊂ R2. Em coordenadas esféricas,
T (x ,y ,z) = (ρ,θ ,φ), com x = ρ cosθ senφ ,
y = ρ senθ senφ , z = ρ cosφ .
CDI 2 (UTFPR) Luiz Claudio Pereira 2015 21 / 33
Cálculo de integral (dupla e tripla)fórmula de mudança de variável
Exemplo
Considere Ω⊂ R3 o sólido limitado pela folha superior do cone
z2 = x2 + y2 e acima pela esfera x2 + y2 + z2 = 9. Use coordenadas
esféricas para calcular
∫∫∫Ω
z dV .
(x ,y ,z) ∈ Ω⇔(x2 + y2
)1/2 ≤ z ≤(9− x2− y2
)1/2,
(x ,y) ∈ U ⊂ R2. Em coordenadas esféricas,
T (x ,y ,z) = (ρ,θ ,φ), com x = ρ cosθ senφ ,
y = ρ senθ senφ , z = ρ cosφ . T é bijetiva quando
θ ∈ [0,2π], φ ∈[0,
π
4
]e 0≤ ρ ≤ 3.
CDI 2 (UTFPR) Luiz Claudio Pereira 2015 22 / 33
Cálculo de integral (dupla e tripla)fórmula de mudança de variável
Exemplo
Considere Ω⊂ R3 o sólido limitado pela folha superior do cone
z2 = x2 + y2 e acima pela esfera x2 + y2 + z2 = 9. Use coordenadas
esféricas para calcular
∫∫∫Ω
z dV .
(x ,y ,z) ∈ Ω⇔(x2 + y2
)1/2 ≤ z ≤(9− x2− y2
)1/2,
(x ,y) ∈ U ⊂ R2. Em coordenadas esféricas,
T (x ,y ,z) = (ρ,θ ,φ), com x = ρ cosθ senφ ,
y = ρ senθ senφ , z = ρ cosφ . T é bijetiva quando
θ ∈ [0,2π], φ ∈[0,
π
4
]e 0≤ ρ ≤ 3. Como
∂ (x ,y ,z)
∂ (r ,θ ,z)=−ρ2 senφ ,
∫∫∫Ω
z dV =∫∫∫D
ρ cosφ dφ dθ dρ
CDI 2 (UTFPR) Luiz Claudio Pereira 2015 23 / 33
Cálculo de integral (dupla e tripla)fórmula de mudança de variável
Exemplo
Considere Ω⊂ R3 o sólido limitado pela folha superior do cone
z2 = x2 + y2 e acima pela esfera x2 + y2 + z2 = 9. Use coordenadas
esféricas para calcular
∫∫∫Ω
z dV .
(x ,y ,z) ∈ Ω⇔(x2 + y2
)1/2 ≤ z ≤(9− x2− y2
)1/2, (x ,y) ∈ U ⊂ R2. Em
coordenadas esféricas, T (x ,y ,z) = (ρ,θ ,φ), com x = ρ cosθ senφ ,
y = ρ senθ senφ , z = ρ cosφ . T é bijetiva quando θ ∈ [0,2π], φ ∈[0,
π
4
]e
0≤ ρ ≤ 3. Como∂ (x ,y ,z)
∂ (r ,θ ,z)=−ρ2 senφ ,
∫∫∫Ω
z dV =∫∫∫D
ρ cosφ dφ dθ dρ
=∫ 3
0
∫ 2π
0
∫π/4
0ρ cosφ ·ρ2 senφ dφ dθ dρ . Assim,
CDI 2 (UTFPR) Luiz Claudio Pereira 2015 24 / 33
Cálculo de integral (dupla e tripla)fórmula de mudança de variável
Exemplo
Considere Ω⊂ R3 o sólido limitado pela folha superior do cone
z2 = x2 + y2 e acima pela esfera x2 + y2 + z2 = 9. Use coordenadas
esféricas para calcular
∫∫∫Ω
z dV .
∫∫∫Ω
z dV =∫∫∫D
ρ cosφ dφ dθ dρ
=∫ 3
0
∫ 2π
0
∫π/4
0ρ cosφ ·ρ2 senφ dφ dθ dρ
=∫ 3
0
∫ 2π
0ρ3 sen
2 φ
2
∣∣∣∣π/40
dθ dρ=1
4
∫ 3
0
∫ 2π
0ρ3 dθ dρ
=π
2
∫ 3
0ρ3 dρ=
81π
8CDI 2 (UTFPR) Luiz Claudio Pereira 2015 25 / 33
Cálculo de integral (dupla e tripla)fórmula de mudança de variável
Exercício 3
Considere Ω⊂ R3 o sólido limitado pelo parabolóide z = x2 + y2 e pelo
plano z = 4. Use coordenadas cilíndricas para calcular∫∫∫Ω
(x2 + y2
)√x2 + y2 dV
Exercício 4
Considere Ω⊂ R3 o sólido limitado pela folha superior do cone
z2 = x2 + y2 e acima pela esfera x2 + y2 + z2 = 9. Use coordenadas
esféricas para calcular o volume de Ω.
CDI 2 (UTFPR) Luiz Claudio Pereira 2015 26 / 33
Momento de inércia e centro de massapara integral tripla
Considere dm o elemento de massa de um sólido Ω⊂ R3, dV o elemento
de volume do elemento de massa, ρ (x ,y ,z) a densidade (volumétrica) de
Ω no ponto (x ,y ,z). A massa total, m, do sólido Ω é dada por
m =∫∫∫Ω
dm =∫∫∫Ω
ρ (x ,y ,z)dV . Nestas condições, dene-se:
(i) o momento de inércia de um sólido (determinado por
uma região Ω) em relação a reta s por Is =∫∫∫Ω
r2 dm,
onde r é a distância do elemento de massa à reta s.
U
( , , )x y z
(0, ,0)y
( ,0,0)x
(0,0, )z
Em particular, Ix =∫∫∫Ω
(y2 + z2
)dm =
∫∫∫Ω
(y2 + z2
)ρ (x ,y ,z)dV
CDI 2 (UTFPR) Luiz Claudio Pereira 2015 27 / 33
Momento de inércia e centro de massapara integral tripla
Considere dm o elemento de massa de um sólido Ω⊂ R3, dV o elemento
de volume do elemento de massa, ρ (x ,y ,z) a densidade (volumétrica) de
Ω no ponto (x ,y ,z). A massa total, m, do sólido Ω é dada por
m =∫∫∫Ω
dm =∫∫∫Ω
ρ (x ,y ,z)dV . Nestas condições, dene-se:
(i) o momento de inércia de um sólido (determinado por
uma região Ω) em relação a reta s por Is =∫∫∫Ω
r2 dm,
onde r é a distância do elemento de massa à reta s.
U
( , , )x y z
(0, ,0)y
( ,0,0)x
(0,0, )z
Em particular, Ix =∫∫∫Ω
(y2 + z2
)dm =
∫∫∫Ω
(y2 + z2
)ρ (x ,y ,z)dV
CDI 2 (UTFPR) Luiz Claudio Pereira 2015 27 / 33
Momento de inércia e centro de massapara integral tripla
Considere dm o elemento de massa de um sólido Ω⊂ R3, dV o elemento
de volume do elemento de massa, ρ (x ,y ,z) a densidade (volumétrica) de
Ω no ponto (x ,y ,z). A massa total, m, do sólido Ω é dada por
m =∫∫∫Ω
dm =∫∫∫Ω
ρ (x ,y ,z)dV . Nestas condições, dene-se:
(i) o momento de inércia de um sólido (determinado por
uma região Ω) em relação a reta s por Is =∫∫∫Ω
r2 dm,
onde r é a distância do elemento de massa à reta s.
U
( , , )x y z
(0, ,0)y
( ,0,0)x
(0,0, )z
Em particular, Ix =∫∫∫Ω
(y2 + z2
)dm =
∫∫∫Ω
(y2 + z2
)ρ (x ,y ,z)dV
CDI 2 (UTFPR) Luiz Claudio Pereira 2015 27 / 33
Momento de inércia e centro de massapara integral tripla
Considere dm o elemento de massa de um sólido Ω⊂ R3, dV o elemento
de volume do elemento de massa, ρ (x ,y ,z) a densidade (volumétrica) de
Ω no ponto (x ,y ,z). A massa total, m, do sólido Ω é dada por
m =∫∫∫Ω
dm =∫∫∫Ω
ρ (x ,y ,z)dV . Nestas condições, dene-se:
(i) o momento de inércia de um sólido (determinado por
uma região Ω) em relação a reta s por Is =∫∫∫Ω
r2 dm,
onde r é a distância do elemento de massa à reta s.
U
( , , )x y z
(0, ,0)y
( ,0,0)x
(0,0, )z
Em particular, Iy =∫∫∫Ω
(x2 + z2
)dm =
∫∫∫Ω
(x2 + z2
)ρ (x ,y ,z)dV
CDI 2 (UTFPR) Luiz Claudio Pereira 2015 28 / 33
Momento de inércia e centro de massapara integral tripla
Considere dm o elemento de massa de um sólido Ω⊂ R3, dV o elemento
de volume do elemento de massa, ρ (x ,y ,z) a densidade (volumétrica) de
Ω no ponto (x ,y ,z). A massa total, m, do sólido Ω é dada por
m =∫∫∫Ω
dm =∫∫∫Ω
ρ (x ,y ,z)dV . Nestas condições, dene-se:
(i) o momento de inércia de um sólido (determinado por
uma região Ω) em relação a reta s por Is =∫∫∫Ω
r2 dm,
onde r é a distância do elemento de massa à reta s.
U
( , , )x y z
(0, ,0)y
( ,0,0)x
(0,0, )z
Em particular, Iz =∫∫∫Ω
(x2 + y2
)dm =
∫∫∫Ω
(x2 + y2
)ρ (x ,y ,z)dV
CDI 2 (UTFPR) Luiz Claudio Pereira 2015 29 / 33
Momento de inércia e centro de massapara integral tripla
Considere dm o elemento de massa de um sólido Ω⊂ R3, dV o elemento
de volume do elemento de massa, ρ (x ,y ,z) a densidade (volumétrica) de
Ω no ponto (x ,y ,z). A massa total, m, do sólido Ω é dada por
m =∫∫∫Ω
dm =∫∫∫Ω
ρ (x ,y ,z)dV . Nestas condições, dene-se:
(ii) o centro de massa de Ω como o ponto (x ,y ,z) dado por
x =
∫∫∫Ω
xρ (x ,y ,z)dV
∫∫∫Ω
ρ (x ,y ,z)dV, y =
∫∫∫Ω
yρ (x ,y ,z)dV
m, z =
1
m
∫∫∫Ω
zρ (x ,y ,z)dV
CDI 2 (UTFPR) Luiz Claudio Pereira 2015 30 / 33
Momento de inércia e centro de massapara integral dupla
Observação
Se a densidade é constante , o centro de massa de Ω⊂ R3 é chamado
centróide.
Exercício 5
Considere U ⊂ R2 um objeto plano de densidade (supercial) ρ (x ,y),(x ,y) ∈ U. Dena:
(a) Is , o momento de inércia de U em relação a uma reta s do plano. Em
particular, escreva expressões para Ix e Iy , os momentos de inércia de U em
relação aos eixos x e y , respectivamente.
(b) (x ,y), o centro de massa de U.
Exercício 6
Seja U ⊂ R2 a lâmina de densidade ρ (x ,y) = y , limitada pela parábola
x = 1− y2 e os eixos coordenados. Determine (x ,y ,), Ix e Iy .CDI 2 (UTFPR) Luiz Claudio Pereira 2015 31 / 33
Momento de inércia e centro de massapara integral dupla
Denição
O raio de rotação de uma lâmina em torno de um eixo é um número R tal
que mR2 = I , onde m é massa (total) da lâmina e I é o momento de
inércia em torno do eixo dado.
Exercício 7
Determine o raio de rotação da lâmina do exercício 6 em relação aos eixos
x e y .
Exercício 8
Seja Ω⊂ R3 o cone circular reto de altura h e raio de base a. Determine o
centróide e o momento de inércia de Ω em relação ao seu eixo de simetria.
CDI 2 (UTFPR) Luiz Claudio Pereira 2015 32 / 33
Leitura Recomendada I
GUIDORIZZI, H. L.
Um curso de cálculo. v. 1 e 2.
Rio de Janeiro: LTC, 2002.
STEWART, J.
Cálculo. v. 1 e 2. 6. ed.
São Paulo: Thomson Learning, 2006.
LEITHOLD, L.
O cálculo com geometria analítica. v. 1 e 2.
São Paulo: Harbra, 1994.
ANTON, H.
Cálculo: um novo horizonte. v. 2.
Porto Alegra: Bookman, 2006.
CDI 2 (UTFPR) Luiz Claudio Pereira 2015 33 / 33