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Fatores testada e profundidade

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  • UNIVERSIDADE ANHEMBI MORUMBI

    ALEXANDRE NOVO PAGGIOLI

    AVALIAO DE IMVEIS RESIDENCIAIS URBANOS

    PARA CRDITO IMOBILIRIO

    SO PAULO

    2007

  • ii

    ALEXANDRE NOVO PAGGIOLI

    AVALIAO DE IMVEIS RESIDENCIAIS URBANOS PARA CRDITO IMOBILIRIO

    Trabalho de Concluso de Curso apresentado como exigncia parcial para obteno de ttulo de Graduao do curso de Engenharia Civil da Universidade Anhembi Morumbi.

    Orientador: Professor Antonio Calafiori Neto

    SO PAULO

    2007

  • iii

    ALEXANDRE NOVO PAGGIOLI

    AVALIAO DE IMVEIS RESIDENCIAIS URBANOS PARA CRDITO IMOBILIRIO

    Trabalho de Concluso de Curso apresentado como exigncia parcial para obteno de ttulo de Graduao do curso de Engenharia Civil da Universidade Anhembi Morumbi.

    Trabalho____________em:___de______________de 2007.

    _______________________________________

    Professor Antonio Calafiori Neto

    _______________________________________

    Professor Carlos Roberto Carneiro

    Comentrios___________________________________________________________

    ______________________________________________________________________

    ______________________________________________________________________

    ______________________________________________________________________

    ______________________________________________________________________

  • iv

    minha me

    Idna

  • v

    AGRADECIMENTOS

    Agradeo ao professor Antonio Calafiori Neto da Universidade Anhembi Morumbi, aos

    amigos de sala de aula pela descontrao cotidiana que lhes so caracterstica, a

    minha namorada que sempre me incentivou, aos meus pais pelo apoio, estmulo e

    sugestes valiosas em todas as fases de minha vida e principalmente a Deus por sua

    misericrdia.

  • vi

    RESUMO

    Neste trabalho so demonstrados conceitos, critrios e mtodos de uma avaliao de

    imvel, tendo em vista a abrangncia do tema, restringiu-se a apenas s avaliaes de

    imveis residenciais urbanos para financiamento imobilirio, que no contexto geral so

    os casos de maior incidncia no mercado, alm disso, h interesse tanto daquele que

    tomara o financiamento, como daquele que receber o imvel como garantia, em

    conhecer o seu real valor, de forma que necessria uma avaliao criteriosa. No

    decorrer deste trabalho, descrevem-se as definies bsicas necessrias sobre

    avaliao para embasamento terico, passando para uma explicao sobre os

    mtodos de avaliaes, as necessidades de vistoriar um imvel, como e onde

    pesquisar valores e os nveis de rigor da apresentao de um laudo de avaliao. A

    partir da obteve-se subsdios para demonstrar, principalmente os critrios de uma

    avaliao de imvel urbano para financiamento imobilirio.Ao trmino deste trabalho

    apresentado um estudo de caso de residncia urbana aleatria, com a qual foi

    elaborado laudo de avaliao, explicando-se cada item deste, sendo o mesmo de nvel

    normal.

    Palavras chave: Critrios e Mtodos de uma avaliao de imvel

  • vii

    ABSTRACT

    In this job is demonstrated concepts, criterions and methods of a real states appraise,

    considering the abrangency of the theme this job is restricted only to appraises the

    urban residential real state to financing immobile, which in general content is the most

    cases in business, besides, there are interests from the one who accepts the financing,

    like the one who receives the real state as assurance, in to know real value. So that is

    necessary a standard appraise. During this job is described the basics definitions that

    are necessary to the appraise of the theory bases, going through an explanation about

    the appraises methods, the needs for inspect a real state how and where look for

    values and the rigors levels to the presentation of an appraises award.

    Since then, there are subsidies to demonstrate mainly the criterion of the urban

    residential real state to the immobile financing. By the end of this job its presented a

    study about the aleatory urban residence case, which was elaborated the appraises

    award explaining each items, being it the normal level.

    Key Worlds: Criterion and Methods of a real states appraise

  • viii

    LISTA DE TABELAS

    Tabela 5.1 Zonas de Limites Mnimos e Mximos de Profundidade ..............................16

    Tabela 5.2 Fatores pela Topografia do Terreno .............................................................19

    Tabela 5.3 Fatores de Servios Pblicos .......................................................................20

    Tabela 5.4 Fatores de Esquina........................................................................................22

    Tabela 5.5 Exemplo de Oramento de um Edifcio ........................................................25

    Tabela 5.6 Custos de Reproduo .................................................................................28

    Tabela 5.7 Custos de Reproduo da Comisso de Peritos ..........................................29

    Tabela 5.8 Custos de Reproduo da Sinduscon ..........................................................30

    Tabela 5.9 Divises de Depreciaes ............................................................................31

    Tabela 5.10 Coeficiente de Depreciao de Prdios pela Idade ....................................33

    Tabela 5.11 Coeficiente de Depreciao da Comisso de Peritos.................................35

    Tabela 5.12 Vantagem da Coisa Feita ...........................................................................37

  • ix

    LISTA DE FIGURAS

    Figura 5.1 - Grfico Valor do Imvel x Vida til (PINI/IBAPE, 1991) .............................32

    Figura 5.2 - Grfico Depreciao x Idade do Imvel (FIKER, 1993)..............................34

  • x

    LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

    ABNT - Associao Brasileira de Normas Tcnicas

    CREA - Conselho Regional de Engenharia e Arquitetura

    Fa - Fator Atualizao

    Fapr - Fator Aproveitamento

    Fc - Fator Consistncia do Terreno

    Fe - Fator de Esquina

    Ff - Fator Fonte

    Ffp - Fator Forma de Pagamento

    Fsp - Fator de Servios Pblicos

    Fp - Fator Profundidade

    Ft - Fator Testada

    Ftop - Fator Topografia

    Ftr - Fator Transposio

    Going Value - Valor em andamento

    H82N - Oitavo pavimento com 2 quartos de padro normal

    IBAPE - Instituto Brasileiro de Avaliaes e Percias de Engenharia

    IBGE - Instituto Brasileiro de Geografia e Estatstica

    MM - Meritssimo

    NBR - Norma Brasileira Regulamentadora

    qh - Valor Homogenizado

    qu - Preo Unitrio

    Sinduscon - SP - Sindicato das Indstrias de Construo Civil do Estado de SP

  • xi

    SUMRIO

    1. INTRODUO ................................................................................................................1

    2. OBJETIVOS ....................................................................................................................3

    2.1 Objetivo Geral ............................................................................................................3

    2.2 Objetivo Especfico ....................................................................................................3

    3. METODOLOGIA DA PESQUISA.....................................................................................4

    4. JUSTIFICATIVA ..............................................................................................................5

    5. MTODOS DE AVALIAO ...........................................................................................6

    5.1 Conceitos e Definies ..............................................................................................6

    5.1.1 Valor ....................................................................................................................6

    5.1.2 Avaliao de Imveis...........................................................................................7

    5.2 Introduo aos Mtodos.............................................................................................9

    5.3 Mtodo Comparativo de Dados de Mercado............................................................11

    5.3.1 Vistoria ..............................................................................................................12

    5.3.2 Pesquisa dos Dados de Mercado......................................................................13

    5.3.3 Avaliaes de Terrenos Urbanos ......................................................................14

    5.3.3.1 Reduo de Preo Vista ..........................................................................14

    5.3.3.2 Correo de Estabilidade de Informao pelo Fator de Fonte....................15

    5.3.3.3 Clculo do Fator Profundidade ...................................................................15

    5.3.3.4 Clculo do Fator Testada............................................................................17

    5.3.3.5 Clculo do Fator da Transposio ..............................................................18

    5.3.3.6 Clculo do Fator de Atualizao .................................................................18

    5.3.3.7 Clculo do Fator Topografia........................................................................19

    5.3.3.8 Fator corretivo de Consistncia do Terreno................................................20

    5.3.3.9 Fator de Servios Pblicos .........................................................................20

    5.3.3.10 Fator de Aproveitamento ..........................................................................21

    5.3.3.11 Clculo do Fator Esquina ou Mltiplas Frentes.........................................21

    5.3.3.12 Resultados Homogeneizados ...................................................................23

    5.3.4 Avaliaes de Benfeitorias Urbanas..................................................................23

    5.3.4.1 Mtodos de Avaliao de Benfeitorias........................................................25

    5.3.4.2 Depreciao................................................................................................31

  • xii

    5.3.5 Terrenos com Benfeitorias ................................................................................35

    6. ESTUDO DE CASO ......................................................................................................38

    6.1 Localizao ..............................................................................................................38

    6.2 Documentao.........................................................................................................38

    6.3 Caractersticas da regio e do imvel ......................................................................38

    6.4 Terreno, Zoneamento e Benfeitorias .......................................................................39

    6.5 Elementos comparativos..........................................................................................39

    6.6 Critrios utilizados para avaliao ...........................................................................40

    7. CONCLUSO................................................................................................................43

    REFERNCIAS BIBLIOGRFICAS ..................................................................................44

  • 1. INTRODUO

    O primeiro momento conhecido em que o homem considerou o valor perde-se na

    antiguidade, nos mais remotos tempos bblicos. Foi quando Jos e seus irmos tiveram

    de enfrentar o problema do valor de uso e do valor de troca. Essa diferena foi

    sabiamente compreendida pelos antigos gregos a tal ponto que Aristteles enunciou a

    teoria do valor subjetivo, isto , o valor do objeto criado que somente existe na mente

    humana.

    Desde o fim da Idade Mdia at meados do sculo XVII, a escola dos mercantilistas

    estabeleceu que o lucro, em si, no constitui pecado e ele conduz a prosperidade dos

    povos e dos Estados. Depois dos mercantilistas vieram os fisiocratas enaltecendo a

    agricultura, ao invs da indstria e do comrcio. Conforme cita MOREIRA (1991), a arte

    da Engenharia de avaliaes foi desenvolvida principalmente a partir de 1890 quando

    engenheiros, industriais, economistas e os tribunais comearam a encarar seriamente

    o trabalho formal de avaliaes, passando gradativamente do campo do negociante e

    do financista para o engenheiro medida que surgiu uma intensa expanso industrial.

    A mais importante contribuio cincia da avaliao, no entanto, um

    desenvolvimento do sculo XX, que o princpio da substituio, que conforme

    SCHMUTZ (1943) apud PINI/IBAPE (1991) que afirma que quando uma propriedade

    substituvel, seu valor tende a ser fixado pelo custo da aquisio de uma outra

    propriedade substituta, igualmente procurada, isto , propriedades parecidas,

    homogeneizando diferenas, so comparadas diretamente.

    A avaliao se apresenta pelo conjunto de operaes, sendo que atravs delas pode-

    se formar o valor de um determinado bem, sendo, no caso de bens imveis, o valor de

    uma propriedade ou de um direito a ela relativo.

    A Engenharia de Avaliaes apresenta vrios campos de atuao dentro da sociedade

    atual extremamente til soluo de diversos tipos de problemas encontrados, como

    em todos os processos de compra e venda de imveis com financiamento imobilirio,

  • 2

    de ao para pagamento de dvida, garantia hipotecria, aes judiciais, em divises e

    heranas, nas privatizaes, e todo tipo de processo onde necessite de definio

    tcnica de valor, h necessidade de avaliao, portanto v-se que um mercado

    abrangente e em ampla evoluo.

    Em razo disto este trabalho visa apresentar esta fatia de mercado, ainda pouco

    conhecido pelos futuros engenheiros.

    Convm destacar que a Engenharia de Avaliaes no um campo de atuao

    destinado a curiosos, pois solicita do profissional estudo e conhecimentos profundos

    sobre a matria, podendo oferecer um trabalho de natureza altamente tcnica

    compatvel com as necessidades do mercado.

  • 3

    2. OBJETIVOS

    O trabalho tem por finalidade descrever e discutir os diversos procedimentos da

    Engenharia Civil, no campo de avaliaes, onde o responsvel dever aplicar tcnicas

    conhecidas que conduzam a uma padronizao na execuo da mesma.

    2.1 Objetivo Geral

    O objetivo geral deste trabalho estudar os diferentes procedimentos tcnicos

    existentes no campo da Engenharia Civil para avaliao de imveis residenciais, onde

    o engenheiro deve ter conhecimentos bsicos de valores e custos de mercado e de

    classificao do imvel de acordo com o tipo, idade, localizao e outros.

    2.2 Objetivo Especfico

    Este trabalho tem como objetivo especfico apresentar todos os procedimentos usuais

    bsicos sobre uma avaliao de imvel, destinado a financiamento imobilirio, como a

    vistoria do imvel, a sua localizao, a pesquisa de valores de mercado, o melhor

    mtodo de clculo de avaliao e a elaborao do laudo.

  • 4

    3. METODOLOGIA DA PESQUISA

    Para alcanar os objetivos propostos nesse trabalho, adotou-se a seguinte seqncia

    de atividade:

    - Pesquisa bibliogrfica: livros de avaliaes de imveis, dissertaes, teses, artigos

    publicados em eventos tcnicos e revistas cientficas;

    - Internet: coleta de artigos disponveis na rede;

    - Organizao e anlise dos dados: armazenamento das informaes coletadas em

    banco digital;

    - Organizao por assunto e anlise das informaes direcionadas aos propsitos

    desse trabalho;

    - Anlise de procedimentos: avaliao dos procedimentos tcnicos existentes no

    campo da Engenharia Civil;

    - Anlise das informaes: estudos e anlise dos resultados obtidos decorrentes da

    aplicao dos procedimentos tcnicos no estudo de caso;

    - Elaborao do relatrio tcnico: elaborao do texto com todas as informaes

    obtidas no estudo para composio Trabalho de Concluso do Curso.

  • 5

    4. JUSTIFICATIVA

    A preferncia pelo tema Avaliao de Imveis Residenciais Urbanos para Crdito

    Imobilirio visa maior conhecimento sobre o assunto, uma vez que meu trabalho inclui

    este tipo de pesquisa.

    Este assunto est em destaque nos eventos tcnicos, revistas cientficas, internet e

    exige um conhecimento profundo e detalhado do avaliador que tem como objetivo

    avaliar imveis desde os mais precrios e simples aos mais luxuosos.

    Pela avaliao, os imveis so estudados de acordo com sua rea total, rea

    construda, tipo da construo, localizao dentro do bairro e outros aspectos com os

    quais o avaliador chega a um valor final e dentro dos padres exigidos.

    As avaliaes imobilirias so trabalhos essencialmente tcnicos e executados por

    profissionais da Engenharia Civil e Agronomia ou Arquitetura e normalizados pela

    Associao Brasileira de Normas Tcnicas (ABNT) e pelo Instituto Brasileiro de

    Avaliaes e Percias (IBAPE).

    As avaliaes visam colocar os imveis dentro de um padro de valores geral, de

    acordo com sua classificao e regio, que podem ser utilizadas para financiamentos,

    para venda, para fins de desapropriao, para inventrios, etc.

  • 6

    5. MTODOS DE AVALIAO

    Nesse captulo so apresentados os conceitos, definies e mtodos utilizados em

    avaliaes de imveis.

    5.1 Conceitos e Definies

    Viso geral dos conceitos e definies para uma avaliao de um imvel, ou seja,

    determinar um valor de mercado.

    5.1.1 Valor

    A idia predominante de valor se encontra ligada intimamente utilidade, ou seja, s

    tem valor quilo que til, havendo necessidade da ocorrncia de trs condies a

    existncia de relao entre as qualidades dessa coisa, necessidade ou desejo,

    conhecimentos da relao e a possibilidade de ser utilizada. Alm da quantidade de

    bens disponveis.

    Conforme FIKER (1993) o fator necessidade envolve aspectos objetivos e subjetivos: o

    objetivo o da necessidade real, j o subjetivo gerado pelo desejo de obteno, que

    tambm no deixa de ser uma necessidade provocada pelo desejo. De qualquer forma,

    o valor de um bem determinado pela lei da oferta e da procura, isto , quanto maior a

    necessidade de possuir um bem, maior a procura e, portanto, maior o valor.

    Conforme FERNANDES (1990) apud PINI/IBAPE (1991) a conceituao de valor, feito

    por profissionais da rea de avaliaes, entendia que ele era mutvel, ou seja,

    poderiam existir valores diferenciados para um mesmo bem, dependendo da finalidade

    da avaliao, posio esta defendida pela chamada corrente plurivalente. Retornando

    ao incio, de que o valor uma grandeza, e como tal pode ser medida, surgiu

    posteriormente a corrente univalente, que endente que o conceito de valor nico,

    qualquer que seja a finalidade da avaliao, sujeita s foras atuantes de mercado, e

    de acordo com critrios objetivos. Na polmica entre as duas escolas acabou

  • 7

    prevalecendo a idia univalente, referenciado inclusive na norma NBR 5676

    (ABNT,1989), com a seguinte definio:

    O valor a ser determinado corresponde sempre quele que, num dado instante,

    nico, qualquer que seja a finalidade da avaliao. Esse valor corresponde tambm ao

    preo que se definiria em um mercado de concorrncia perfeita.

    Dentro desses princpios, defini-se como valor de mercado o que o bem obteria numa

    transao normal de compra e venda, dentro de prazo razovel, no estando o

    comprador e o vendedor compelidos a transacionar, sendo ambos conhecedores do

    bem em seus elementos constitutivos.

    5.1.2 Avaliao de Imveis

    Para fins da norma NBR 5676 (ABNT,1989), avaliao de imveis a determinao

    tcnica do valor de um imvel ou de seus rendimentos, gravames, frutos, direitos,

    seguros, ou de um empreendimento, para uma data e um lugar determinado.

    Terreno: do ponto de vista da Engenharia de Avaliaes, terreno um espao de terra

    capaz de produzir renda pelo seu aproveitamento apropriado, sendo na maioria dos

    casos, para terrenos urbanos, dado por uma construo para fins habitacionais,

    comerciais ou industriais, predominando os primeiros. Assim temos, conforme

    CANTEIRO (1980):

    a) Gleba urbanizvel

    Grande extenso de terreno, passvel de receber obras de infra-estrutura urbana, por

    sua localizao, seus aspectos fsicos, sua destinao legal e existncia de mercado

    comprador.

    b) Lote

    Poro de terreno, com frente para as vias pblicas ou particulares, em condio de

    ser aproveitada, de imediato, para fins urbanos.

  • 8

    c) Lote industrial

    Lote situado em zonas de destinao industrial, legal e/ou econmica, com

    caractersticas compatveis com essa finalidade.

    Benfeitorias: qualquer melhoramento incorporado permanentemente ao solo pelo

    homem, que no pode ser retirado, sem destruio, fratura ou dano, podendo ser

    residencial, comercial, industrial, especial ou misto.

    Terrenos com benfeitorias:

    a) Frutos:

    Renda fruto da explorao de bens ou aplicao de capital.

    Aluguel pagamento feito ao locador, em contrapartida ao uso do bem ou da coisa por

    determinado perodo.

    Arrendamento retribuio pela cesso de direito explorao, por prazo certo e

    condies convencionadas, de bens ou coisas infungveis, capazes de produzir frutos.

    b) Direitos:

    Servido encargo especfico que se impe a qualquer propriedade em proveito a

    outrem.

    Usufruto direito real assegurado a algum de desfrutar temporariamente de

    propriedade alheia.

    Concesso direito concedida, geralmente pelo poder pblico, para a explorao de

    bens ou servios.

    Comodato emprstimo gratuito de coisas infungveis, mediante condies

    preestabelecidas.

    Direito hereditrio direito transmitido por herana.

    Direito possessrio direito decorrente de posse.

  • 9

    5.2 Introduo aos Mtodos

    J se foi o tempo em que o o olho clnico do avaliador era a melhor tcnica admitida

    para a avaliao de um bem, no h dvida que a experincia do avaliador tem muita

    influncia para a boa aplicao das tcnicas hoje conhecidas, mas os mtodos

    cientficos fazem com que o avaliador, cada vez mais, se paute de dados estatsticos,

    tecnicamente analisados, do que por sentimento pessoal. Como o avaliador nada mais

    faz do que medir uma magnitude econmica, ele deve procurar meios para que

    inevitveis erros, que prprio da falibilidade humana, estejam dentro de uma

    tolerncia.

    A informao o calcanhar de Aquiles do avaliador, a recepo, coleta e classificao

    dos dados so o ponto de partida de toda atividade avaliatria e a base de toda a

    investigao terica, portanto, sem informao no h avaliao.

    Na avaliao imobiliria, o avaliador no deve se ater a um nico aspecto da questo,

    convindo considerar vrios fatores, especialmente a utilidade e o custo, por serem

    inseparveis e complementares.

    O objetivo da avaliao deve ser o de encontrar a tendncia central ou mdia

    ponderada indicada por importantes dados do mercado, para alcanar o valor, com

    isso, conforme FIKER (1993), fica o avaliador subordinado ao seguinte esquema de

    trabalho:

    a) Procurar referncias de vendas ou de aluguis de propriedade comparveis;

    b) Atualizar preos dos valores das propriedades tomadas como referncia ,

    considerando as diferentes pocas de transaes;

    c) Comparar as propriedades tomadas como referncia com a propriedade que est

    sendo avaliada por:

  • 10

    - comparao direta: reduzir ao mesmo denominador, ajustando a diferena de

    tamanho, qualidade, localizao, estado de conservao, etc.

    - comparao indireta: comparar as rendas e aplicar a taxa de capitalizao adequada

    renda da propriedade sob a avaliao.

    d) Pesquisar a tendncia central ou mdia ponderada dos resultados obtidos para se

    chegar finalmente ao valor do imvel.

    Para se alcanar o valor, existem basicamente os seguintes mtodos de avaliao que

    so definidos na norma NBR 5676 (ABNT,1989).

    a) Mtodo Comparativo de Dados de Mercado (Direto)

    aquele que define o valor do imvel, ou de suas partes constitutivas, mediante

    comparao direta de dados de mercado de elementos similares quanto s

    caractersticas intrnsecas e extrnsecas. O principal para aplicao deste mtodo

    conseguir um conjunto de dados de mercado como amostra,

    b) Mtodo Comparativo de Custo de Reproduo de Benfeitorias (Direto)

    aquele que resulta da estimativa do custo das benfeitorias, vindo de oramento

    sumrio ou detalhado, ou da composio de outras, iguais s que so objeto de

    avaliao (custo de reproduo) ou equivalentes (custo de reposio) da poca da

    avaliao, ao qual deve ser somado o valor calculado do terreno e do fator de

    comercializao, e subtrada a depreciao fsica, sendo exigido que:

    - O valor do terreno seja determinado preferencialmente pelo mtodo comparativo de

    dados de mercado ou, na impossibilidade, pelo mtodo involutivo;

    - As benfeitorias sejam apropriadas pelo mtodo de custo de reproduo;

    - O fator de comercializao seja levado em conta, admitindo-se que pode ser maior ou

    menor do que a unidade, dependendo da conjuntura de mercado na poca da

    avaliao;

    - Caso seja verificada a depreciao na parte funcional, deve ser estimado custo de

    investimento para seu funcionamento, se possvel, seno deve ser considerado o valor

    residual.

  • 11

    c) Mtodo da Renda (Indireta)

    aquele que o valor do imvel, ou de suas partes constitutivas, obtido com base na

    capitalizao presente de sua renda lquida, real ou prevista, tendo como aspectos

    fundamentais, a determinao do perodo de capitalizao e a taxa de desconto a ser

    utilizada, que devem ser justificadas pelo engenheiro de avaliaes.

    d) Mtodo Involutivo (Indireta)

    aquele baseado pelo estudo de viabilidade tcnico econmico, alicerado no

    aproveitamento eficiente do terreno, mediante hipottico empreendimento imobilirio

    compatvel com as caractersticas do mesmo e as condies do mercado. A avaliao

    por este processo considera a receita provvel da comercializao das unidades

    hipotticas com base em preos obtidos em pesquisas, considera toas as despesas

    inerentes transformao do terreno no empreendimento projetado, prev a margem

    de lucro lquido ao empreendedor, despesas de comercializao das unidades,

    mediante taxas financeiras operacionais reais, expressamente justificadas. Para

    aplicao deste mtodo exige-se:

    - O imvel avaliando esteja inserido em zona de tendncia mercadolgica com

    empreendimentos semelhantes ao concebido, alem de legalmente permitidos seu uso e

    sua ocupao;

    - As unidades admitidas no modelo adotado sejam de caractersticas e em quantidade

    absorvveis pelo mercado, no prazo preestabelecido pelo estudo e compatvel com a

    realidade;

    - As formulaes matemticas financeiras sejam expressas no laudo.

    5.3 Mtodo Comparativo de Dados de Mercado

    Foi apresentado especificamente este mtodo em razo da avaliao de imveis

    residenciais urbanos adaptar-se a ele, haja vista que um local urbanizado possui amplo

    mercado para pesquisa e comparaes, alm de maior incidncia de similares para

    amostra.

  • 12

    5.3.1 Vistoria

    Conforme a NBR 5676/89, vistoria o exame circunstanciado e a conseqente

    descrio minuciosa de um imvel, objetivando sua avaliao.

    Tem o objetivo de permitir ao Engenheiro de Avaliaes conhecer da melhor maneira

    possvel o imvel avaliando e a regio de onde est recebendo influncias externas,

    sendo que a partir da tem-se condies para a posterior pesquisa de dados. Devem

    ser ressaltados to somente aspectos importantes para a formao do valor, como:

    a) Caracterizao da regio

    - Aspectos fsicos condies topogrficas, natureza predominante do solo, condies

    ambientais, ocupao existente, tendncias de modificao a curto e mdio prazo e

    padro de construes vizinhas;

    - Aspectos de infra-estrutura urbana rede viria, coleta de lixo, abastecimento de

    gua potvel, fornecimento de energia eltrica, rede de telefonia, pavimentao, rede

    de esgoto sanitrio, guas pluviais e gs canalizado;

    - Distncia de equipamento comunitrio sistema de transporte coletivo, ensino e

    cultura, mercado de trabalho, comrcio, rede bancria, sade e lazer;

    - Potencial de utilizao posturas legais para o uso e a ocupao do solo, restries

    fsicos, legais e scios econmicos de aproveitamento do solo e estrutura do sistema

    virio.

    b) Caracterizao do Terreno do Imvel em Avaliao

    - Aspectos fsicos topografia, forma, consistncia do solo, superfcie, localizao,

    rea total, profundidade e frente efetiva;

    - Infraestrutura urbana;

    - Equipamento comunitrio disponvel;

    - Utilizao atual, potencial, legal e econmica.

  • 13

    c) Caracterizao da Edificao e Benfeitoria

    - Aspectos fsicos - rea construda, padro de construo, nmero de sutes,

    disposio de cmodos, nmero de vagas de garagem, idade aparente da construo,

    relao entre rea construda e do terreno, vista privilegiada ou prejudicial, quando

    apartamento quantidade de apartamentos por andar, nmero de pavimentos do prdio,

    se possui elevador e posio do prdio;

    - Aspectos funcionais arquitetnico, de projetos e paisagstico;

    - Aspectos ambientais adequao da edificao em relao aos usos recomendveis

    para a regio e preservao do meio ambiente.

    5.3.2 Pesquisa dos Dados de Mercado

    As fontes de informaes, necessidade bsica do avaliador, so normalmente as

    transaes que podem ser obtidas nos cartrios de registro de imveis, em

    tabelionatos, corretores de imveis, em imobilirias, por anncio de ofertas em jornais,

    corretores ou organizaes imobilirias, devendo nestes casos ser comprovados com

    visita no local.

    Um ponto primordial quanto veracidade das informaes obtidas. No Brasil, quase

    sempre, feita pelo avaliador, causando demora, dificuldade e aumento de custo,

    porm existem, normalmente em outros pases, organizaes profissionais de

    pesquisas sobre imveis que os fornecem aos avaliadores. Segundo MOREIRA (1991),

    tem-se como exemplos as organizaes SREA Market Dta Center Inc, de Pasadena,

    Califrnia, a Multiple Listing Service, a Realtron Corporation, e a Real Estate Data

    Inc, entre outras.

    Nas pesquisas devem constar data da transao do anncio ou oferta, fonte com nome

    e telefone, localizao, dimenses, preo e condies de venda e croqui elucidativo.

    As informaes sobre legislao, referente ao uso e ocupao do solo, leis municipais

    sobre edificaes, alm de compra, venda e locao de imveis, podem ser verificadas

    em bibliotecas, porm necessrio t-los em arquivo pessoal para consultas mais

    rpidas.

  • 14

    Sobre mapas e plantas pode ser obtido com o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e

    Estatstica), o Servio Geogrfico do Exrcito, empresas de levantamentos

    aerofotogramtricos, rgos estaduais e municipais.

    Os custos de construo so fornecidos em revistas especializadas, como o Boletim

    de Custos, a A Construo, entre outras ligadas ao Sindicato da Construo civil.

    5.3.3 Avaliaes de Terrenos Urbanos

    Os terrenos no so absolutamente idnticos na forma, dimenso, topografia,

    localizao, poca de oferta, entre outros pontos, dificultando uma comparao direta,

    devendo ento homogeneizar os valores para compar-los, com um coeficiente

    corretivo de preo de um imvel similar para um preo que teria, hipoteticamente, nas

    dimenses iguais ao avaliando, de valor na poca da oferta para a data da avaliao e

    se estivesse no local onde est o avaliando. Ento temos os fatores;

    5.3.3.1 Reduo de Preo Vista

    Os imveis pesquisados com pagamentos a prazo devem transformar as prestaes

    em valor presente, ou seja, pagamento vista adotando-se uma taxa de desconto

    efetiva, lquida praticada pelo mercado financeiro e que deve incluir a taxa de inflao.

    Quando h informao da taxa de juros pr-fixado, utiliza-se, conforme o MOREIRA

    (1991), a seguinte equao:

    ( )( )

    ++

    += n

    n

    fp i1i1i1

    nb a F (Eq. 01)

    Sendo:

    Ffp = fator de forma de pagamento

    a = percentual do pagamento vista

  • 15

    b = percentual do pagamento a prazo

    n = nmero de prestaes

    i = taxa de juros

    As formas de pagamento variam muito e em alguns casos torna-se difcil conseguir o

    fator de forma de pagamento, como no caso das prestaes serem ps-fixadas, tendo

    que, o avaliador, fazer uma previso baseada nas tendncias da moeda.

    5.3.3.2 Correo de Estabilidade de Informao pelo Fator de Fonte

    Os imveis pesquisados de ofertas, anncios ou outra fonte que demonstre

    elasticidade de negociao deve-se multiplicar um fator com desconto ou acrscimo,

    conforme a sua diferena em relao ao valor de mercado. O fator fonte normalmente

    utilizado para ofertas 0,90, conforme FIKER (1993), Esse fator deve ser verificado de

    acordo com as transaes recentes da regio.

    5.3.3.3 Clculo do Fator Profundidade

    O fator profundidade faz-se necessrio, pois no possvel distribuir o valor do terreno

    sobre sua superfcie igualmente, em razo do valor da unidade de rea prximo da

    testada mais valorizado do que a mais distante.

    Conforme MOREIRA (1991) com isso foram criadas vrias hipteses empricas, sendo

    a primeira chamada regra 4-3-2-1, considerando o primeiro quarto de lote, mais

    prximo da testada, sendo 40% de seu valor total, o segundo quarto como sendo 30%,

    o terceiro quarto sendo 20% e o ltimo apenas 10%.

    A segunda hiptese foi a lei de um tero, dois teros que considera 50% do valor total

    do lote no primeiro tero, a partir da testada e os outros 50% nos dois teros do fundo.

    A terceira foi criada por Hoffman, juiz norte-americano, que toma dois teros do valor

    total do lote na sua primeira metade, a partir da testada e um tero no restante.

  • 16

    A quarta hiptese criada por Jerrett, conhecida como mdia harmnica, resulta da

    distribuio hiperblica que da 40% do valor do lote para o primeiro quarto, sempre

    partir da testada, 26,7% para o segundo quarto, 19% para o terceiro quarto e 14,3%

    para o ltimo. Esta hiptese coincide, em parte, com a terceira, em razo de a primeira

    metade possuir 66,7% do valor do lote e a segunda 33,3%.

    At 1973 era obtido o fator profundidade utilizando a aplicao da hiptese da variao

    parablica da Harper-Berrini sendo esta:

    21

    p nf F

    = (Eq. 02)

    Sendo:

    Fp = Fator profundidade

    f = profundidade equivalente do elemento pesquisado, resultante da diviso da rea do

    lote pela sua frente efetiva

    N = fundo de comparao local, ou seja, profundidade mdia do bairro

    Porm em novembro de 1973 foram criados pelo IBAPE zonas com limites mnimos e

    mximos de profundidade, conforme quadro abaixo:

    Tabela 5.1 Zonas de Limites Mnimos e Mximos de Profundidade

    Limites de profundidade (m)

    Zonas

    Mnimo (Mi) Mximo (Ma)

    Testada de

    referncia mnima

    (m)

    Residncia isolada,

    apartamento, escritrios de alto

    padro

    30 60 15

  • 17

    Apartamento de mdio padro e

    comrcio de mdia densidade 25 50 10

    Residncia de mdio padro e

    comrcio de alta densidade 20 40 10

    Residncia de modesto padro

    e comrcio de baixa densidade 15 30 10

    Fonte: IBAPE (1973)

    Portanto podem ocorrer trs hipteses mediante esta orientao da IBAPE:

    a) Quando o fest entre os limites de profundidades mnimo e mximo

    Mi f Ma, neste caso Fp = 1,0

    b) Quando o f menor que o limite de profundidade mnimo

    f < Mi, ento Fp = (Mi / f)

    c) E quando o f maior que o limite de profundidade mximo

    F > Ma, ento Fp = (f / Ma)

    Os limites de aplicao desta frmula so quando a profundidade equivalente for a

    metade da profundidade mnima, ou o dobro da profundidade mxima, sendo para os

    dois casos Fp = 2.

    5.3.3.4 Clculo do Fator Testada

    H necessidade deste fator em relao frente ou testada do lote, obtendo-o atravs

    da formula:

    41

    t ara F

    = (Eq. 03)

  • 18

    Sendo:

    Ft fator testada.

    a testada do imvel pesquisado.

    ar testada de referncia mnima.

    Como o fator de profundidade, neste tambm h limites que so, a metade e o dobro

    da testada de referncia mnima.

    5.3.3.5 Clculo do Fator da Transposio

    Este fator corrige as variaes da transposio de valor unitrio qualquer para o local

    do imvel avaliando, obtido pela seguinte frmula:

    =

    p

    atr I

    I F (Eq. 04)

    Sendo:

    Ftr fator de transposio.

    Ia ndice do local avaliando.

    Ip ndice do local pesquisado.

    Estes ndices podem ser retirados de plantas genricas das prefeituras ou determina-

    los por observaes in loco, pela prpria experincia do engenheiro avaliador, ou

    ainda pelo conhecimento de pessoas ligadas rea imobiliria.

    5.3.3.6 Clculo do Fator de Atualizao

    Fator que atualiza os valores dos imveis pesquisados para a poca da avaliao,

    obtido atravs de ponderao de ndices ajustados inflao e ao mercado imobilirio.

    No convm a utilizao de dados com mais de um ano. Este fator resulta da relao:

  • 19

    =

    0a I

    I F (Eq. 05)

    Sendo:

    Fa fator atualizao.

    I ndice ponderado da poca da avaliao.

    Io ndice ponderado da mesma fonte da data da amostra.

    5.3.3.7 Clculo do Fator Topografia

    Fator que corrige as diferentes topografias entre os imveis pesquisados em relao ao

    avaliando. Podendo ser determinado conforme CANTEIRO (1980), citado no livro

    Avaliaes para Garantias (1991), utilizando-se a tabela criada por ele, conforme

    segue:

    Tabela 5.2 Fatores pela Topografia do Terreno

    Topografia do Terreno Fator

    Com declive de at 5% 0,95

    Com declive de 5% a 10% 0,90

    Com declive superior a 10% 0,80

    Com aclive de at 10% (suave) 0,95

    Com declive superior a 10% (acentuado) 0,90

    Nota: base com terreno plano = 1,00 Fonte: PINI / IBAPE (1991)

    Observa-se ainda que se condiciona este fator ao seu uso previsto, como por exemplo,

    a utilizao de garagens no subsolo em terreno com declive, portanto no devendo ser

    depreciado neste caso.

  • 20

    5.3.3.8 Fator corretivo de Consistncia do Terreno

    Quanto a consistncia do terreno deve-se considerar o acrscimo correspondente aos

    gastos necessrios para colocar o terreno em situao de mximo aproveitamento.

    Pode-se considerar o fator corretivo de consistncia de terreno dado por FIKER (1993):

    Situao Fator Consistncia (Fc)

    Terreno seco 1,00

    Terreno inundvel 0,50

    Terreno brejoso ou pantanoso 0,60

    Terreno alagadio 0,70

    5.3.3.9 Fator de Servios Pblicos

    Refere-se correo de padres de urbanizao dos imveis pesquisados em

    comparao ao imvel avaliando.

    Podemos utilizar a tabela citada por CANTEIRO (1980) citado no livro Fundamentos

    de Avaliaes Patrimoniais e Percias de Engenharia (1998).

    Tabela 5.3 Fatores de Servios Pblicos

    Servios Pblicos Fsp

    gua potvel 0,15

    Esgoto sanitrio 0,05

    Esgoto pluvial 0,10

    Rede de gs 0,05

    Sarjetas 0,10

    Rede eltrica 0,15

    Iluminao pblica 0,05

    Pavimentao 0,30

    Rede telefnica 0,05

    Fonte: IMAPE (1998)

  • 21

    5.3.3.10 Fator de Aproveitamento

    a relao entre as pesquisas e o imvel, sobre o coeficiente de aproveitamento

    imposto pela legislao. Pode ser obtido com a diviso do coeficiente de

    aproveitamento do imvel avaliando pelo das pesquisas.

    5.3.3.11 Clculo do Fator Esquina ou Mltiplas Frentes

    Os imveis localizados em esquinas tm maior valor do que os imveis no meio dos

    quarteires, podendo variar de 15% a 50% do seu valor total.

    Mtodo para clculo de esquina, partindo da relao entre rea de lote e a soma das

    frentes:

    =

    1m f

    A R (Eq. 06)

    =

    ne f

    A R (Eq. 07)

    Sendo:

    Rm = relao para o lote de meio de quarteiro

    Re = relao para o lote de esquina

    Dividindo estas expresses tem-se o ndice de utilizao (N)

    =

    =

    1

    n

    e

    m

    ff

    RR

    N (Eq. 08)

    Valvano criou quatro tabelas para encontrar o fator de esquina (Fe) a partir do ndice de

    utilizao, sendo a tabela 1 para uso em zonas centrais, ou capitais, a tabela 2 para

  • 22

    uso em zona residencial mdia, apta para edifcios, a tabela 3 para uso em zona

    residencial com edificaes, em geral at dois pavimentos, e a tabela 4 para uso em

    zonas de baixa valorizao ou bairros em formao, como segue:

    Tabela 5.4 Fatores de Esquina

    N Tabela 1 (Fe) Tabela 2 (Fe) Tabela 3 (Fe) Tabela 4 (Fe)

    1,00 1,15 1,10 1,05 0,00

    1,25 1,17 1,11 1,06 1,01

    1,50 1,19 1,12 1,07 1,02

    1,75 1,20 1,13 1,07 1,02

    2,00 1,22 1,14 1,08 1,03

    2,25 1,24 1,15 1,09 1,04

    2,50 1,26 1,16 1,10 1,05

    2,75 1,27 1,17 1,10 1,05

    3,00 1,29 1,18 1,11 1,06

    3,25 1,31 1,19 1,12 1,07

    3,50 1,33 1,20 1,13 1,08

    3,75 1,34 1,21 1,13 1,08

    4,00 1,36 1,22 1,14 1,09

    4,25 1,38 1,23 1,15 1,10

    4,50 1,40 1,24 1,16 1,11

    4,75 1,41 1,25 1,16 1,12

    5,00 1,43 1,26 1,17 1,13

    5,25 1,45 1,27 1,18 1,14

    5,50 1,47 1,28 1,19 1,14

    5,75 1,48 1,29 1,19 1,14

    6,00 1,50 1,30 1,20 1,15

    Fonte: Princpios da Engenharia de Avaliaes (1991)

    Como a frmula deduzida por Berrini a partir da hiptese de Harper:

    ( )21

    2rr

    222

    211 p f ... p f p f N

    A V

    +++= (Eq. 09)

  • 23

    Sendo:

    V = valor do terreno (R$)

    A = rea do terreno (m2)

    N = profundidade mdia dos lotes do bairro (m)

    f1 = primeira frente (m)

    fr = R-sima frente (m)

    p1 = preo base unitrio da primeira rua (R$/m2)

    pr = preo base unitrio da r-sima rua (R$/m2)

    5.3.3.12 Resultados Homogeneizados

    Dividindo o valor vista dos imveis pesquisados pela sua rea se tm o preo unitrio

    (qu), ento multiplicamos estes diversos fatores e encontramos o seu valor

    homogeneizado (qh):

    eaprspctopatr1pffpuh F F F x F F F F F F F F q q = (Eq. 10)

    Calculado os valores homogeneizados extrai-se sua mdia aritmtica e a partir dela

    retira-se mdia aritmtica saneada, que compreende em descartar as amostras fora

    do intervalo de 30% abaixo a 30% acima da mdia aritmtica.

    5.3.4 Avaliaes de Benfeitorias Urbanas

    Todo e qualquer melhoramento introduzido em um terreno considera-se benfeitoria.

    Na avaliao destas benfeitorias devem ser considerados a sua finalidade, a sua

    caracterstica construtiva, a sua dimenso, o estado de conservao, o obsoletismo

    fsico e funcional, e sua idade.

    Conforme FIKER (1991), O avaliador deve ser engenheiro ou arquiteto profundo

    conhecedor de todos os aspectos que envolvem as construes. Deve saber

  • 24

    reconhecer as diferenas estruturais e de acabamento para bem poder distinguir as

    caractersticas construtivas; ter conhecimento de agrimensura e desenho arquitetnico;

    possuir experincia adequada de materiais e servios de construo civil. Alm disso,

    deve ser dotada de esprito crtico e sensibilidade aguada para poder comparar

    diversos tipos de construes, sua caracterstica arquitetnica, estado de conservao

    e eventual absoletismo. Deve estar sempre atualizado sobre as inovaes tecnolgicas

    na construo civil.

    Os vrios tipos de benfeitorias so classificados em:

    - Residncias (luxo, fino, mdio, modesto e proletrio ou pobre).

    - Apartamentos (luxo, fino, mdio c/ elevador, mdio s/ elevador e modesto).

    - Escritrios (luxo, fino, mdio c/ elevador, mdio s/ elevador e modesto).

    - Armazns (mdio e modesto).

    - Lojas (luxo, fino, mdio 3e modesto).

    - Indstria (comum mdio, comum modesto, especfico fino, especfico mdio e

    especfico modesto).

    CANTEIRO (1980) classifica os seis tipos de benfeitorias acima estabelecendo preos

    unitrios de construo, a fim de facilitar a avaliao de imveis para comparao em

    relao aos seus padres.

    Tambm foram estabelecidos preos unitrios para construo pela comisso de

    Peritos nomeados para a redao das Normas Gerais para Avaliaes em

    Desapropriao, conforme FIKER (1993), em razo da proximidade da classificao de

    CANTEIRO (1980), acrescida de alguns critrios diferentes que os peritos julgaram

    para diversidade de padres.

    Existe ainda dois sistemas de tabelas de custos de construo civil, que a sua

    construo vem sendo acompanhada pela Caixa Econmica Federal e pelo Sindicato

    da Indstria de Construo Civil de Grandes Estruturas do Estado de So Paulo.

  • 25

    5.3.4.1 Mtodos de Avaliao de Benfeitorias

    - Mtodo do Custo de Reposio

    o mtodo, no qual, o valor das benfeitorias resultado de um oramento detalhado

    da construo a ser avaliada. Toma por base projetos detalhados, especificaes,

    preos atuais e de mo de obra especializada. Na elaborao de oramento podem ser

    utilizadas tabelas de composio de preos.

    Quando este mtodo aplicado cuidadosamente, oferece resultados bastante

    satisfatrios, sendo til a construes especficas, como escolas, cinemas, hospitais,

    etc., por levar em considerao de todas suas particularidades. Porm exige muito

    tempo e, consequentemente torna-se uma avaliao onerosa.

    Cita-se a tabela dada por FIKER (1993), conforme segue:

    Tabela 5.5 Exemplo de Oramento de um Edifcio

    Item Exemplo de Valores (US$) % do custo direto da

    obra

    Despesas iniciais 27.200,00 2,0

    Servios gerais 40.800,00 3,0

    Infra-estrutura 68.000,00 5,0

    Estrutura 292.400,00 21,5

    Paredes e painis 95.200,00 7,0

    Cobertura e Impermeabilizao 20.400,00 1,5

    Revestimento 129.200,00 9,5

    Esquadrias de madeira 54.400,00 4,0

    Esquadrias metlicas 122.400,00 9,0

    Pavimentao 88.400,00 6,5

    Instalao eltrica 74.800,00 5,5

    Instalao hidrulica 95.200,00 7,0

    Aparelhos sanitrios 47.600,00 3,5

    Pintura 40.800,00 3,0

    Vidros 20.400,00 1,5

    Limpeza final 6.800,00 0,5

  • 26

    Elevador 136.000,00 10,0

    Custo direto da obra 1.360.000,00 100,0

    Custo indireto (TAE, TLC) 340.000,00 25,0

    Custo total da construo 1.700.000,00

    Fonte: Avaliaes de Imveis Urbanos (1993)

    Em casos de obras inacabadas bastaria deduzir o valor dos servios no concludos.

    - Mtodo de Reproduo

    Neste mtodo utiliza-se a composio dos custos de outros imveis, iguais ao

    avaliando ou equivalentes. Tomando como base a determinao de custos unitrios

    por m2 dos vrios tipos de construes.

    Para avaliao normalmente classificam-se as benfeitorias de acordo com o tipo de

    residncia ou de apartamento.

    Residncias:

    Proletrio/Pobre (R-1): so edificaes econmicas, trreas, com alvenaria de tijolos,

    com, geralmente dois cmodos, cozinha e banheiro, com reboco externo, os pisos

    todos cimentados, com forro de madeira ou inexistncia, barras a leo, pintura meia

    tempera, ou mesmo caiao simples, esquadrias de pinho e pontos de luz com soquete

    de chave.

    Modesto (R-2): semelhantes ao de proletrio, porm com alguns melhoramentos como

    piso de tacos de peroba de 2. Linha ou assoalho de tbuas, algumas barras de

    azulejos, cermica vermelha ou cimentado vermelho na cozinha e banheiro, forro de

    tbuas ou estuque, esquadrias, instalaes sanitrias e eltricas modestas.

    Mdia inferior (R-3): trreas ou assobradadas, sendo geminadas, com sala, dois ou trs

    dormitrios, banheiro e cozinha. Seu acabamento econmico e simples, variando

    muito segundo a pocas da construo do imvel, pois um acabamento sofisticado h

    alguns anos pode se transformar em inferior mediante as inovaes do mercado.

  • 27

    Mdia comum (R-3): trreas ou assobradadas, podendo ser geminadas com dois ou

    trs dormitrios, banheiro, lavabo, cozinha e WC de empregada, alm de eventual

    garagem para automvel. Seu acabamento econmico e simples, porm bom.

    Dependendo, o acabamento de acordo com a poca da construo, como a anterior.

    Mdias superiores (R-3): trreas ou assobradadas, em geral isoladas ou semi

    geminadas, com sala, trs ou mais dormitrios, dois banheiros, copa e cozinha, quarto

    e WC de empregada, lavanderia e garagem para um ou dois automveis. O

    acabamento tambm dependendo da poca da construo, porm apresentando

    fachada tratada.

    Finas (R-4): isoladas, com terrenos espaosos, com projeto arquitetnico definido, com

    hall, living, sala de jantar, escritrio, salo de inverno, unidade de empregada,

    garagens para trs ou mais automveis, podendo ter piscina. Acabamento coerente

    com a construo.

    Luxo (R-5): residncias construdas em grandes terrenos com padres de

    acomodaes e acabamento que superam o tipo fino. Inexistindo um limite superior de

    preo para este tipo.

    Apartamentos:

    Modesto (Ap-1): so edificaes que possuem estrutura comum de lajes macias,

    normalmente com quatro pavimentos, inclusive o trreo e sem elevador, hall de

    pequenas dimenses, sem decorao, com sala, um ou dois dormitrios, banheiro,

    cozinha e rea de servio. Com acabamento: pisos: tacos de peroba, ladrilhos

    hidrulicos, cimentados ou forrao; revestimento: pintura com uma demo, estuque

    lcido; forros: madeira ou material prensado; instalao: eltrica e hidrulica: gua fria,

    esgoto, luz, energia eltrica, telefone, campainha; aparelhos sanitrios: 2. Qualidade,

    brancos, metais niquelados lisos; vidros: simples, fantasia; pintura: caiao e meia

    tmpera.

  • 28

    Mdio (Ap-2): so edificaes com estrutura comum, lajes macias, de quatro ou mais

    pavimentos com ou sem elevadores, hall de dimenses mdias e revestimentos

    especiais, possui garagem, com sala-living, com dois ou trs dormitrios, banheiro,

    copa, cozinha, rea de servio e lavabo; acabamento: pisos: tacos de madeira,

    assoalhos ou carpete; revestimentos: emboo e reboco, azulejos; forros: lajes de

    concreto, gesso; soleira e peitoris: granilite ou equivalente; esquadrias: com ferragens

    ou madeira; instalao eltrica e hidrulica: gua fria e quente, minuteira, telefone,

    campainha e gs encanado; aparelhos sanitrios: 1. Qualidade, brancos, vlvulas de

    descarga automtica, metais cromados, pintura: gesso, pintura base de leo,

    texturizao.

    Fino (Ap-3): so edificaes com estrutura comum ou diferenciada, com vrios

    pavimentos, com elevador social e servio, halls de entrada com revestimentos

    especiais. Garagens com boxes, jardins decorativos, com sala, living, sala de jantar,

    trs ou quatro dormitrios com armrios embutidos, dois banheiros, lavabo, copa

    cozinha, dependncia de empregada, lavanderia e rea de servio. Com acabamento:

    pisos: assoalhos de madeira de lei, mrmore, granito polido; revestimento: emboo e

    reboco, azulejos de 1. Em cores, com vlvulas automticas, metais cromados italianos

    ou similar; vidros: duplos, cristal, temperado, verdes; instalao eltrica e hidrulica:

    gua quente e fria, luz, energia eltrica, telefone, minuteira, gs encanado, TV a cabo.

    Luxo (Ap-4): so edificaes com acabamento luxuoso, inclusive nos elevadores,

    possuindo menos apartamentos por andar e com grandes dimenses.

    Quanto aos custos unitrios tabelados, tem-se:

    1) O estudo de CANTEIRO (1980), porm j desatualizado

    Tabela 5.6 Custos de Reproduo

    Tipo Custo unitrio ( Cr$/m2 )

    luxo Acima de 31.700,00

    fino De 22.200,00 a 31.700,00

    Residncia

    mdio De 14.900,00 a 22.199,00

  • 29

    modesto De 10.900,00 a 14899,00

    proletrio De 7.540,00 a 10.899,00

    luxo Acima de 33.300,00

    fino De 24.700,00 a 33.300,00

    mdio c/ elevador De 20.000,00 a 24.699,00

    mdio s/ elevador De 15.400,00 a 20.300,00

    Apartamento

    modesto De 12.200,00 a 15.399,00

    Fonte: Construes Seus Custos de Reproduo na Capital de So Paulo (1980)

    2) Preos da Comisso de Peritos do Pavimento n0. 03/81 Edificaes Valores de

    Venda (1987), conforme FIKER (1993) apud REVISTA ENGENHARIA, n0.327, que

    decidiu publicar uma tabela que apresenta como base os preos de construo do

    Sindicato da Indstria da Construo Civil, pelo fato dos ndices de atualizao no

    acompanharem perfeitamente o mercado imobilirio, como segue:

    Tabela 5.7 Custos de Reproduo da Comisso de Peritos

    Padro

    Tipo Residencial Apartamento

    Barraco rstico 0,07 a 0,09 de H82N

    Barraco 0,10 a 0,15 de H82N

    Proletrio rstico 0,35 a 0,50 de H82N

    proletrio 0,60 a 0,85 de H82N

    modesto 0,90 a 1,15 de H82N 1,00 a 1,30 de H82N

    Mdio inferior 1,20 a 1,40 de H82N 1,35 a 1,55 de H82N

    Mdio comum 1,45 a 1,65 de H82N 1,75 a 1,95 de H82N

    Mdio superior 1,70 a 2,00 de H82N 2,10 a 2,40 de H82N

    Fino 2,20 a 3,50 de H82N 2,55 a 3,l5 de H82N

    Luxo acima de 4,00 de H82N acima de 3,50 de H82N

    Nota: prdio s/ elevador deduzir 10% Limite entre padres: mdia dos unitrios da tabela Fonte: Avaliaes de Imveis Urbanos (1993)

    Onde: H82N = baseados preos de construo da Sinduscon (Sindicato da Indstria da

    Construo Civil).

  • 30

    Obs.: Na tabela do Sinduscon s refere-se a 8 pavimentos, j na tabela dos peritos

    utilizada para qualquer tipo de construo.

    Deve-se observar que esta tabela deve ser atualizada mensalmente, de acordo com os

    valores publicados pelo Sindicato.

    3) Preos do Sindicato da Indstria de Construo Civil de Grandes Estruturas do

    Estado de So Paulo, divulgado mensalmente a Tabela de Custos por metro quadrado

    de Construo, elaborado pela entidade, em cumprimento ao artigo 54 da lei n0, 4591 e

    com base no estatuto na norma da ABNT (NBR 12721) conforme PINI/IBAPE (1991).

    Estando a tabela abaixo se referindo ao ms de janeiro de 1993, em US$:

    Tabela 5.8 Custos de Reproduo da Sinduscon

    Unidade autnoma com 02 quartos Unidade autnoma com 03 quartos

    Acabamento Acabamento N0. de

    Pavimentos

    baixo

    normal

    alto

    N0. de

    Pavimentos

    baixo

    normal

    alto

    01 347,23 374,59 456,65 01 297,22 341,53 398,29

    04 255,64 308,67 395,35 04 226,10 269,67 341,90

    08 256,46 307,58 392,47 08 220,99 265,46 338,00

    12 250,30 303,05 386,69 12 216,64 261,78 333,96

    Fonte: Avaliaes para Garantias (1991)

    Nestes custos no so considerados fundaes especiais, elevadores, instalaes de

    ar condicionado, calefao, telefone interno, aquecedores, play ground, urbanizao,

    jardins, etc., que devero ser acrescidos aos preos por metro quadrado de construo

    de acordo com o projeto e especificaes, no estando tambm custos com despesas

    de instalao, funcionamento e regulamentao de condomnio, impostos e taxas,

    projetos, taxa de lucro da construtora e lucro do incorporador.

  • 31

    5.3.4.2 Depreciao

    Conforme PINI/IBAPE (1991), depreciao a perda da aptido de alguma coisa

    servir ao fim a que foi destinada. Em se tratando de imveis, essa perda se traduz em

    diminuio de interesse, de comodidade, de procura e, consequentemente, de valor.

    A depreciao pode ser lenta ou brusca e pode resultar de causas intrnsecas, do

    prprio imvel, ou desvinculadas a ele, que so as causas extrnsecas.

    As causas determinantes podem ser divididas em dois grupos, de ordem fsica e de

    ordem funcional, se subdividindo como demonstra o quadro abaixo:

    Tabela 5.9 Divises de Depreciaes

    Danos bruscos

    acidentais - Deteriorao

    De ordem fsica

    Desgaste constante - Velhice

    - Decrepitude

    Inadequao - Falhas no projeto

    - Falhas na execuo

    Superao - Obsoletismo

    (novas tcnicas)

    Depreciao

    De ordem funcional

    Anulao - Inadaptabilidade

    Para outros fins

    Fonte: PINI/IBAPE (1991)

    Medidas de proteo, conservao ou adaptao podem determinar o retardamento

    dos efeitos de depreciao, mas nunca elimina-los.

    Existem vrios mtodos para clculo de depreciao fsica e funcional das benfeitorias,

    sendo divididas normalmente em:

    - Mtodos com base na idade e conservao

  • 32

    - Mtodos econmicos que consideram critrios de amortizao do capital investido ou

    da variao da renda ao longo da vida til do imvel

    - Mtodo da Linha Reta

    Neste mtodo a depreciao funo da idade da benfeitoria, com variao uniforme

    ao longo de sua vida til. Basicamente o mtodo da linha reta o de que enquanto a

    vida til e o valor residual permanecerem invariveis, a previso para depreciao

    permanecer igualmente invarivel para cada ano.

    Seu clculo dado pela seguinte frmula:

    V n

    1-n V V V ndrx

    += (Eq. 11)

    Sendo:

    Vx valor depreciado

    Vr valor residual = 0,20

    Vd valor deprecivel = 0,80

    n idade til provvel do imvel

    i idade no imvel na poca da avaliao

    Vn - valor do imvel novo

    Figura 5.1 - Grfico Valor do Imvel x Vida til (PINI/IBAPE, 1991)

  • 33

    Uma variante do mtodo da linha reta, estabelecida pela Prefeitura Municipal de So

    Paulo, dada pela seguinte frmula:

    ( ) 7% 55-i D

    = (Eq. 12)

    Sendo:

    D depreciao

    i idade no imvel na poca da avaliao

    5 intervalo de cinco anos durante o qual a depreciao se mantm

    7% - porcentagem de depreciao a cada cinco anos

    - Mtodo do Valor Crescente

    Tabela 5.10 Coeficiente de Depreciao de Prdios pela Idade

    Tabela dos coeficientes de depreciao dos prdios pela idade

    Idade do imvel (anos) Depreciao fsica e funcional

    (%) Fator de depreciao (1-D)

    At 5 anos 0 1,00

    10 7 0,93

    15 14 0,86

    20 21 0,79

    25 28 0,72

    30 35 0,65

    35 42 0,58

    40 49 0,51

    45 56 0,44

    50 63 0,37

    Acima de 50 0 0,30

    Fonte: FIKER (1993, p.83), conforme Prefeitura Municipal de So Paulo

  • 34

    Figura 5.2 - Grfico Depreciao x Idade do Imvel (FIKER, 1993)

    Por este mtodo o valor da benfeitoria diminui anualmente, de acordo com um

    percentual fixo do valor do imvel novo, sendo sua frmula:

    n

    d )r - 1 ( K = (Eq. 13)

    Sendo:

    Kd - coeficiente de depreciao

    r razo de depreciao

    n idade do imvel

    Razes (r) a serem consideradas:

    Barracos.........................................................................................................4,0%

    Residncias proletrias rsticas/mdias comerciais......................................1,5%

    Residncias mdias superiores/luxo..............................................................2,0%

    Apartamentos e escritrios.............................................................................2,5%

    Armazns industriais......................................................................................1,5%

    Construes de madeira.................................................................................4,0%

  • 35

    Conforme FIKER (1991) este mtodo utilizado pela Comisso de Peritos nomeada

    pelo Provimento n0. 03/81 dos MM Juzes de Direito das Varas da Fazenda Municipal

    da Capital, que apresentou a seguinte tabela baseada nos critrios acima:

    Tabela 5.11 Coeficiente de Depreciao da Comisso de Peritos

    Coeficiente de Depreciao (Kd)

    n

    r 0,010 0,015 0,020 0,025 0,030 0,035 0,040

    1 0,990 0,985 0,980 0,975 0,970 0,965 0,960

    2 0,980 0,970 0,960 0,951 0,941 0,931 0,922

    3 0,970 0,956 0.941 0,927 0,913 0,899 0,885

    4 0,961 0,941 0,922 0,904 0,885 0,867 0,849

    5 0,951 0,927 0,904 0,881 0,859 0,837 0,815

    6 0,941 0,913 0,886 0,859 0,833 0,808 0,783

    7 0,932 0,900 0,868 0,838 0,808 0,779 0,751

    8 0,923 0,886 0,851 0,817 0,784 0,752 0,721

    9 0,914 0,873 0,834 0,796 0,760 0,726 0,693

    10 0,904 0,860 0,817 0,776 0,737 0,700 0,665

    15 0,860 0,797 0,739 0,684 0,633 0,586 0,542

    20 0,818 0,739 0,668 0,603 0,544 0,490 0,442

    25 0,778 0,685 0,603 0,531 0,467 0,410 0,360

    30 0,740 0,635 0,545 0,468 0,401 0,343 0,294

    35 0,703 0,589 0,493 0,412 0,344 0,287 0,240

    40 0,669 0,546 0,446 0,363 0,296 0,240 0,195

    45 0,636 0,507 0,403 0,320 0,254 0,201 0,159

    50 0,605 0,470 0,364 0,282 0,218 0,168 0,130

    55 0,575 0,436 0,329 0,248 0,187 0,141 0,106

    60 0,547 0,404 0,298 0,219 0,161 0,118 0,086

    Fonte: FIKER (1993), conforme Comisso de Peritos nomeada pelo Provimento n.3/81

    5.3.5 Terrenos com Benfeitorias

    Torna-se dispensvel dizer que ningum compra um terreno e nele incorpora uma

    benfeitoria para negoci-lo a preo de custo. Normalmente esperado um lucro

    correspondente ao risco de capital investido e ao talento empreendedor, alm do

  • 36

    ressarcimento por outras despesas vindas da venda do imvel, como o capital

    empregado nas vendas, despesas com publicidade, comisso de corretores, entre

    outros.

    Portanto h necessidade de acrescentar um terceiro componente que incide sobre o

    terreno e a construo, remunerando os itens citados. A incidncia acontece no terreno

    e na construo porque ambos interagem na determinao do valor final de avaliao.

    Um terreno bom e bem localizado valoriza a casa. Um bom projeto, bem executado,

    valoriza o terreno com um aproveitamento eficiente.

    Conforme PINI/IBAPE (1991) apud MEDEIROS, J.R. e PELLEGRINO, J.C. (1991) que

    estudaram mais a fundo as diferenas entre Vantagem da Coisa Feita, Going Value

    ou Valor em Marcha, que se confundem como sendo o terceiro componente, e

    definiram assim:

    Going Value o valor existente numa propriedade em operao comprovada,

    considerada como uma empresa de negcio estabelecido, a mais do que o de uma

    propriedade completa e pronta para ser operada, mas sem negcio. Tem origem na

    eficincia da fbrica, no Know-how da administrao e na suficincia do capital.

    Sinnimo: valor em uso (PINI/IBAPE, 1991)

    Portanto no pode ser confundido com o terceiro componente.

    Vantagem da Coisa Feita o acrscimo de valor que tem um determinado imvel pela

    sua vantagem de estar construdo e pronto para ser habitado, em relao a outro

    semelhante, mas ainda por construir. Deve ser calculada como um percentual da soma

    do capital-terreno com o capital-construo, correspondente aos juros da

    imobilizao destas parcelas, durante a durao da obra. (PINI/IBAPE, 1991).

    De acordo com PINI/IBAPE (1991) apud CARNEIRO, E.W. e MEDEIROS, J.R. (1991),

    estes estabeleceram porcentagens para clculo da Vantagem da Coisa Feita, conforme

    segue:

  • 37

    Tabela 5.12 Vantagem da Coisa Feita

    Tipo de Construo Nova De 0 a 10

    anos

    De 10 a 20

    anos

    De 20 a 30

    anos

    Grande estrutura 25% 25% - 21% 25% - 13% 13% - 0%

    Pequena estrutura e residncia

    de luxo 15% 15% - 12,5% 12,5% - 7,8% 7,8% - 0%

    Indstria e Residncia mdia 10% 10% - 8,4% 8,4% - 5,2% 5,2% - 0%

    Residncia modesta e proletria 5% 5% - 4,2% 4,2% - 2,6% 2,6% - 0%

    Fonte: PINI/IBAPE (1991)

    Fator de Comercializao pode ser definido como o fator que expressa o valor da

    Vantagem da Coisa Feita, sendo correspondente ao relacionamento de venda de um

    imvel, com o seu custo de reproduo:

    imvel do reproduo de Customercado deValor zaoComerciali deFator = (Eq. 14)

  • 38

    6. ESTUDO DE CASO

    Tomou-se como estudo de caso um laudo de avaliao tcnico do valor de mercado de

    uma residncia.

    6.1 Localizao

    Situada na Rua Santo Andr, 67 da Vila Santo Antnio, em Cotia/SP, com o objetivo de

    financiamento imobilirio, solicitado pelo agente financeiro. Esse caso foi escolhido em

    razo da sua maior freqncia para financiamento imobilirio, constando do anexo o

    laudo elaborado para o agente financeiro.

    O imvel situa-se em bairro dotado de infra-estrutura comercial, de prestao de

    servios e de transporte coletivo, sendo de fcil acesso pelas Rodovia Raposo Tavares

    altura do km 24,5, avenidas Jos Felix Cordeiro e Dona Cherubina Viana, entre outras.

    6.2 Documentao

    Houve necessidade da informao de onde foi baseada a avaliao, como as

    documentaes que foram fornecidas e utilizadas para estudo do imvel, data da

    vistoria in loco e onde foram obtidas informaes de pesquisas. Alm da necessidade

    da informao que foi considerado o imvel regularizado documentalmente, livre de

    qualquer nus e em condies de imediata comercializao.

    6.3 Caractersticas da regio e do imvel

    Quando finalizada a apresentao inicial comea o comentrio dado pela visita do

    engenheiro de avaliaes no local, citando as caractersticas que ponderam nos

    clculos dos fatores de valorizao e desvalorizao do imvel. Com referencia a

    regio foi citado os melhoramentos pblicos, as proximidades de pontos de referencias

  • 39

    que facilitam ou dificultam o cotidiano, os acessos, e o padro construtivo

    predominante nas proximidades.

    O imvel composto de trs nveis acompanhando a topografia do terreno de meio de

    quadra, em rua sem sada e prxima da Rodovia Raposo Tavares, junto ao miolo

    comercial da Granja Viana.

    Conta com portas e caixilhos em madeira de lei, aquecedor central de gua e gs,

    boxes tipo blindex, armrios embutidos em grande quantidade, churrasqueira, forno de

    pizza, deck de madeira e casa de boneca.

    Observamos que a varanda no subsolo, com rea de 40,00 m2, no se encontra

    inserida na rea da construo de 292,10 m2 averbada na matrcula.

    A regio apresenta perfil horizontal e estritamente residencial de padro mdio/alto.

    Apresenta-se equilibrado entre oferta e procura proporcionando velocidade de vendas

    e liquidez normais.

    6.4 Terreno, Zoneamento e Benfeitorias

    Quanto ao terreno foi citado seu formato, sua topografia e sua consistncia, suas

    metragens de divisas e rea total, o zoneamento a que pertence com a taxa de

    ocupao e aproveitamento. Teve tambm o comentrio quanto a benfeitoria, citando

    quais os tipos de edificaes, se mais de uma, sua composio externa, e interna

    referindo-se a cada cmodo e ao seu padro de construo e o total de rea

    construda.

    6.5 Elementos comparativos

    H um item especfico para se reportar ao mercado imobilirio na regio, a poca da

    avaliao.

  • 40

    Como de extrema importncia, foi citado qual o mtodo utilizado referindo-se a

    norma, a razo de sua avaliao, suas amostras anexadas e sua data de pesquisa.

    6.6 Critrios utilizados para avaliao

    Para avaliar foram considerados vrios fatores, entre eles, as atuais condies do

    mercado imobilirio e liquidez do imvel, o estado de conservao e sua localizao

    visualizando as condies de habitabilidade.

    Foram adotados nessa avaliao os seguintes fatores:

    - Fator oferta No caso utilizado 0,9 para todos, devido os comparativos estarem

    venda. (No caso da amostra j ter sido comercializada utiliza-se o fator igual a

    1,0);

    - Fator local Foi utilizado 1,0 para todos elementos, devido esses estarem muito

    prximos, no tendo uma diferena de valor nessa regio;

    - Fator vaga No utilizado tratando-se de casas com grandes terrenos onde no

    h diferena de valor para essa avaliao;

    - Fator terreno Foi adotada uma ponderao devido as diferenas de metragem

    dos terrenos;

    3,17,0_

    _

  • 41

    Para valores dentro da margem acima o fator vale: 25,0

    _

    _

    elementoterreno

    avaliandoterreno

    AA

    Para valores fora da margem o fator vale: 125,0

    _

    _

    elementoterreno

    avaliandoterreno

    AA

    - Fator rea Utilizado para ponderar a rea construda dos elementos

    comparativos em relao ao avaliando;

    3,17,0_

    _

  • 42

    Feito essa anlise e aplicando os fatores chega-se em um valor por m homogeneizado

    para cada amostra.

    Aps obtidos esses valores retira-se a mdia aritmtica e conforme a norma aplica-se

    um acrscimo e um decrscimo de 30%, estando qualquer valor fora desse intervalo

    imprprio para utilizao.

    Nesse caso todos os valores esto dentro do intervalo, no tendo assim nenhuma

    amostra fora da mdia.

    Explicou-se o clculo, citando que so somente apresentados fatores que valorizem ou

    desvalorizem o imvel, sendo os outros considerados nulos, ou seja, igualando-os a

    1,0.

    Tendo sido colocado em destaque o valor final de avaliao do imvel, deixou-se claro

    o nvel de rigor da avaliao e que o mesmo atende as normas vigentes. Se houvesse

    necessidade, deveriam ser colocadas algumas observaes que se fizessem

    necessrias e em seguida a concluso, apresentado o valor de avaliao, conforme o

    objetivo e com os devidos arredondamentos.

    Foi anexado ao laudo de avaliao os elementos pesquisados, sendo exigido no

    mnimo cinco, conforme a norma, o levantamento fotogrfico e a documentao

    fornecida. O laudo foi bem apresentado, com duas vias e deixando aparente a empresa

    responsvel com seu CREA.

  • 43

    7. CONCLUSO

    A rea de engenharia de avaliaes atualmente conta com uma associao ativa h

    algum tempo, que contribui para o crescimento e valorizao deste nicho.

    Em todos os processos de compra de imveis com financiamento bancrio, dao para

    pagamento de dvida, garantia hipotecria, aes e percias judiciais, e todo tipo de

    processo onde necessite de definio tcnica de valor de imveis h necessidade da

    avaliao, portanto v-se que um mercado abrangente e em ampla evoluo.

    Neste trabalho foi verificado que os conceitos existentes para avaliao de imveis

    continuam a ser estudados e melhorados, cabendo ainda alteraes nas normas

    vigentes.

    Para tanto se conclui que o padro de laudo de avaliao de imvel residencial

    apresentado observa as exigncias atuais das normas da ABNT e as especificaes do

    IBAPE/SP, mostrando-se suficientemente satisfatrio e coerente quanto apurao de

    valor de mercado, podendo normalmente ser utilizado para os fins j citados.

  • 44

    REFERNCIAS BIBLIOGRFICAS

    ABUNAHMAN, S. A. Curso Bsico de Engenharia Legal e de Avaliaes. 2.Ed. So

    Paulo, Pini, 2000.

    ASSOCIAO BRASILEIRA DE NORMAS TCNICAS - Avaliaes de Bens Imveis:

    especificao NBR 5676, Rio de Janeiro, 1989

    ASSOCIAO BRASILEIRA DE NORMAS TCNICAS Quadro de reas para

    Registro de Imveis; especificao NBR 12721, Rio de Janeiro, 1989

    CANTEIRO, J.R. Construes Seus custos de Reproduo de Capital de So Paulo

    3. Ed. So Paulo, Pini, 1980

    CONGRESSO BRASILEIRO DE ENGENHARIA DE AVALIAES, 1, So Paulo,

    1978. Anais So Paulo, Pini, 1978

    FIKER, J. Manual de Redao de Laudos 1, Ed. So Paulo, Pini, 1989

    FIKER, J. Avaliaes de Terrenos e Imveis Urbanos 1. Ed. So Paulo, Pini, 1993

    FIKER, J. Avaliaes de Imveis Urbanos 5, Ed. So Paulo, Pini. 1993

    INSTITUTO MINEIRO DE AVALIAES E PERCIAS DE ENGENHARIA (IMAPE)

    Curso Bsico: Fundamentos de Avaliaes Patrimoniais e Percias de Engenharia

    1. Ed. Belo Horizonte, Pini, 1998

    INSTITUTO BRASILEIRO DE AVALIAES E PERCIAS DE ENGENHAQRIA DE

    SO PAULO Normas para avaliao de imveis urbanos (Online) Acesso:

    http://www.ibape-sp.com.br (Abril/2007)

    MEDEIROS, J. JOAQUIM DA ROCHA e PELLEGRINO, J. C., So Paulo, Pini. 1991

  • 45

    MOREIRA, A.L. Princpios de Engenharia de Avaliaes 5. Ed. So Paulo, Pini, 1991

    PINI/IBAPE Avaliaes para Garantias 1. Ed. So Paulo, 1991

  • ANEXO A LAUDO DE AVALIAO

  • |GRAMPO|

    LAUDO DE AVALIAOCRDITO IMOBILIRIO

    N. DE IDENTIFICAO

    SOLICITANTE Nmero

    1 - NOME DO PROPONENTE DATA DA VISTORIA

    2 - TIPO

    BAIRRO

    3 - FOTOS DO IMVEL

    4 - QUADRO DE REAS / CARACTERISTICAS DA EDIFICAO

    ENDEREO DO IMVEL

    AGNCIA 12645

    CasaESTADO

    MARCELO HENRIQUE FERNANDEZ

    ZONEAMENTO

    VILA SANTO ANTONIO

    8965

    SP Oeste ResidencialZONA

    14/5/2007COMPLEMENTO

    RUA SANTO ANDR, 67

    FOTO - FACHADA

    COTIA

    (LAUDO DE USO RESTRITO)

    CRDITO IMOBILIRIO - BANCO REAL

    CEP

    FOTO - NMERO DO IMVEL

    CIDADE

    06700-000

    Construo (m2) Frao Ideal Terreno (m2) n. de vagas Estado de conservao Padro Idade-ano(s)til Comum Garagem

    5 - AVALIAOcoef.de liquidez Total

    rea terreno = m2 X Valor / m2 x =rea til = m2 X Valor / m2 x =rea construda = m2 X Valor / m2 x =(Ponderao) = TOTAL

    VALOR FINAL DA AVALIAO

    6 - CONSIDERAES GERAIS

    Considerando-se as atuais condies do mercado imobilirio local e liquidez do imvel avaliando, o mesmo constitui uma boa garantia ?Considerando-se o estado de conservao do imvel e sua localizao, o mesmo apresenta visualmente condiesde habitabiIidade ?O imvel possui, visualmente, vcios de construo? Em caso afirmativo, justifique.

    7 - COMENTRIOS

    8 - DADOS DA EMPRESANOME DA EMPRESA : CREA N ENGENHEIRO AVALIADOR RESPONSVEL PELA VISTORIA/LAUDO

    Mdio mx.

    Casa

    814,00

    332,1001,00

    1866,890 1,00

    R$ 620.000,00

    REAS : Conforme matrcula n. 67.382 do Cartrio de Registro de Imveis de Cotia e levantamento "in loco".Local: O imvel situa-se em bairro dotado de infra-estrutura comercial, de prestao de servios e de transporte coletivo,sendo de fcil acesso pelas Rodovia Raposo Tavares altura do km 24,5, avenidas Jos Felix Cordeiro e Dona CherubinaViana, entre outras. A regio apresenta perfil horizontal e estritamente residencial de padro mdio/alto.Mercado: Apresenta-se equilibrado entre oferta e procura proporcionando velocidade de vendas e liquidez normais.Visualmente a documentao (Matrcula) apresenta rea inferior (292,10m) a estimada, face a varanda existente nosubsolo (40,00m).

    Total

    R$ 619.994,17

    Bom

    619994,169

    2332,100

    1,00

    5

    R$ 210.000,00Valor estimado do terreno: FINA

    No Sim

    No Sim

    No Sim

    NOME DA EMPRESA : CREA N. ENGENHEIRO AVALIADOR RESPONSVEL PELA VISTORIA/LAUDO

    LOCAL/ DATA CREA N.

    v.200407

    So Paulo, 15 de Maio de 2.007.

    LVN ENGENHARIA E AVALIAES LTDA. 1009841

    1

    minha me Idna 1. INTRODUO 2. OBJETIVOS 2.1 Objetivo Geral 2.2 Objetivo Especfico 3. METODOLOGIA DA PESQUISA 4. JUSTIFICATIVA 5. MTODOS DE AVALIAO 5.1 Conceitos e Definies 5.1.1 Valor 5.1.2 Avaliao de Imveis

    5.2 Introduo aos Mtodos 5.3 Mtodo Comparativo de Dados de Mercado 5.3.1 Vistoria 5.3.2 Pesquisa dos Dados de Mercado 5.3.3 Avaliaes de Terrenos Urbanos 5.3.4 Avaliaes de Benfeitorias Urbanas 5.3.5 Terrenos com Benfeitorias

    6. ESTUDO DE CASO 6.1 Localizao 6.2 Documentao 6.3 Caractersticas da regio e do imvel 6.4 Terreno, Zoneamento e Benfeitorias 6.5 Elementos comparativos 6.6 Critrios utilizados para avaliao

    7. CONCLUSO REFERNCIAS BIBLIOGRFICAS