chocolate: o alimento dos deuses

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16 | março de 2011 | CHOCOLATE o alimento dos deuses A civilização maia já o chamava de alimento dos deuses, talvez sem nem mesmo conhecer seus benefícios. Porém, ainda hoje, poucos sabem que o chocolate, um dos símbolos da Páscoa, carrega muito mais que açúcar e gordura “Chocolate é gostoso de comer Chocolate é gostoso de beber Chocolate negro, chocolate branco Doce, amargo, meio amargo É só nele que eu me amarro É bom não começar, senão não vou parar” Quem não conhece a famosa música da Angélica ou já ficou com água na boca só de ouvi-la? A letra, que embalou a infância de muitas pessoas, reflete exatamente o efeito do chocolate em nosso organismo. Essa substância é tão fascinante que é quase impossível encon- trar alguém que não a aprecie. Estudos mostram que o alimento pode ser incluído na dieta como forma de manter uma alimentação equilibrada, pois, além do prazer que causa, o chocolate também tem características nutricionais bené- ficas ao organismo. Mas como nem tudo tem somente o lado bom, o lado ruim é que esse alimento precisa ser consumido com modera- ção, um verdadeiro desafio para a maioria das pessoas, que em época de Páscoa precisam se controlar diante das gôndolas do supermerca- do recheadas desse que foi considerado pelos maias como o alimento dos deuses. A principal e mais conhecida característica nutricional do chocolate é a fonte energética, que pode ser utilizada pelo corpo humano como combustível para atividades. A ingestão diária recomendada é de 30g, que contém em média 170 calorias, 2g de proteína, 16g de carboidrato e 10g de lipídio. De acordo com a nutricionista Patrícia Conte (CRN 2 6412), o chocolate amar- go pode ajudar até a emagrecer. “Isso mesmo! Quando consumido um pedaço pequeno de chocolate amargo (acima de 60% de cacau) em jejum, este diminui a vontade de comer doces ao longo do dia e ainda ajuda a acelerar o metabolismo, facilitando a perda de peso”, afirma. Segundo a nutricionista Sandra Regina Por Camila Schäfer Jornalista (MTB 15120) [email protected] Divulgação

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Reportagem para a revista Matéria de Saúde (março de 2011)

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Page 1: Chocolate: o alimento dos deuses

16 | março de 2011 |

CHOCOLATE o alimento dos deuses

A civilização maia já o chamava de alimentodos deuses, talvez sem nem mesmo conhecer

seus benefícios. Porém, ainda hoje, poucossabem que o chocolate, um dos símbolos da

Páscoa, carrega muito mais que açúcar e gordura “Chocolate é gostoso de comer Chocolate é gostoso de beber Chocolate negro, chocolate branco Doce, amargo, meio amargo É só nele que eu me amarro É bom não começar, senão não vou parar”

Quem não conhece a famosa música da Angélica ou já ficou com água na boca só de ouvi-la? A letra, que embalou a infância de muitas pessoas, reflete exatamente o efeito do chocolate em nosso organismo. Essa substância é tão fascinante que é quase impossível encon-trar alguém que não a aprecie. Estudos mostram que o alimento pode ser incluído na dieta como forma de manter uma alimentação equilibrada, pois, além do prazer que causa, o chocolate também tem características nutricionais bené-ficas ao organismo. Mas como nem tudo tem somente o lado bom, o lado ruim é que esse alimento precisa ser consumido com modera-ção, um verdadeiro desafio para a maioria das pessoas, que em época de Páscoa precisam se controlar diante das gôndolas do supermerca-do recheadas desse que foi considerado pelos maias como o alimento dos deuses.

A principal e mais conhecida característica nutricional do chocolate é a fonte energética, que pode ser utilizada pelo corpo humano como combustível para atividades. A ingestão diária recomendada é de 30g, que contém em média 170 calorias, 2g de proteína, 16g de carboidrato e 10g de lipídio. De acordo com a nutricionista Patrícia Conte (CRN2 6412), o chocolate amar-go pode ajudar até a emagrecer. “Isso mesmo! Quando consumido um pedaço pequeno de chocolate amargo (acima de 60% de cacau) em jejum, este diminui a vontade de comer doces ao longo do dia e ainda ajuda a acelerar o metabolismo, facilitando a perda de peso”, afirma. Segundo a nutricionista Sandra Regina

Por Camila SchäferJornalista (MTB 15120)[email protected]

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16 | março de 2011 |

CHOCOLATE o alimento dos deuses

A civilização maia já o chamava de alimentodos deuses, talvez sem nem mesmo conhecer

seus benefícios. Porém, ainda hoje, poucossabem que o chocolate, um dos símbolos da

Páscoa, carrega muito mais que açúcar e gordura “Chocolate é gostoso de comer Chocolate é gostoso de beber Chocolate negro, chocolate branco Doce, amargo, meio amargo É só nele que eu me amarro É bom não começar, senão não vou parar”

Quem não conhece a famosa música da Angélica ou já ficou com água na boca só de ouvi-la? A letra, que embalou a infância de muitas pessoas, reflete exatamente o efeito do chocolate em nosso organismo. Essa substância é tão fascinante que é quase impossível encon-trar alguém que não a aprecie. Estudos mostram que o alimento pode ser incluído na dieta como forma de manter uma alimentação equilibrada, pois, além do prazer que causa, o chocolate também tem características nutricionais bené-ficas ao organismo. Mas como nem tudo tem somente o lado bom, o lado ruim é que esse alimento precisa ser consumido com modera-ção, um verdadeiro desafio para a maioria das pessoas, que em época de Páscoa precisam se controlar diante das gôndolas do supermerca-do recheadas desse que foi considerado pelos maias como o alimento dos deuses.

A principal e mais conhecida característica nutricional do chocolate é a fonte energética, que pode ser utilizada pelo corpo humano como combustível para atividades. A ingestão diária recomendada é de 30g, que contém em média 170 calorias, 2g de proteína, 16g de carboidrato e 10g de lipídio. De acordo com a nutricionista Patrícia Conte (CRN2 6412), o chocolate amar-go pode ajudar até a emagrecer. “Isso mesmo! Quando consumido um pedaço pequeno de chocolate amargo (acima de 60% de cacau) em jejum, este diminui a vontade de comer doces ao longo do dia e ainda ajuda a acelerar o metabolismo, facilitando a perda de peso”, afirma. Segundo a nutricionista Sandra Regina

Por Camila SchäferJornalista (MTB 15120)[email protected]

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Fagundes (CRN2 8903), os benefícios do chocolate foram comprovados em estudos do alimento com alto teor de cacau, onde a ingestão era pequena, entre 20g e 30g por dia. “O chocolate branco é um pouco mais calórico que o comum, pois não usa a massa de cacau em sua composição. Como é feito de manteiga de cacau, açúcar e leite, ele não reúne os antioxidantes da massa de cacau, que estão presentes nos chocolates do tipo amargo. Por isso, deve-se consumir o tipo branco com moderação”, explica Sandra. A nutricionista recomenda ainda, para quem está em dieta e adora chocolate, que a ingestão seja o equivalente a um bombom pequeno (cerca de 20g) no máximo três vezes por semana. Por isso, a palavra-chave é moderação.

O chocolate possui ainda duas substâncias estimulantes: a teobromina e a cafeína. A primeira garante energia positiva, favorece a atividade mental e estimula principalmente o sistema muscular. Segundo Patrícia Conte, pesquisas comprovaram que a substância presente no chocolate atua favorecendo o bom funcionamento cardíaco e prevenindo a hipertensão arterial. Já a cafeína é conhecida como estimulante do sistema nervoso central e contém menos de 10 miligra-mas em uma barra de chocolate ao leite (para se ter uma ideia, uma xícara de café contém entre 65 e 150 miligramas de cafeína). Além dessas duas substâncias, o chocolate possui ainda feni-letilamina, um estimulante que, ao ser ingerido, causa uma sensação de ânimo e euforia. Por isso sentimos prazer e alegria ao comermos chocola-te. De acordo com Sandra Regina Fagundes, a substância, que está presente no tipo amargo, estimula a produção de serotonina, agindo assim numa região do cérebro que está relacionada às emoções. “Apesar de possuir a feniletilamina, que é um bom estimulante, a pessoa deve consumir o chocolate de forma moderada”, afirma.

Mas a contribuição da guloseima ao organismo não acaba por aí. De acordo com Patrícia Conte, o chocolate do tipo amargo traz ainda mais benefí-cios, pois é feito com cacau puro e sem gorduras do leite. “Este chocolate possui flavonoides, subs-tância antioxidante que reduz o risco de doenças

cardíacas. Além disso, o cacau possui ácido oléico, que protege as artérias, elevam o HDL (colesterol bom) e diminuem o LDL (colesterol ruim)”, afirma a nutricionista.

Alguns minerais e vitaminas encontrados no chocolate se originam do cacau em pó, como cromo, ferro, magnésio, sódio, fósforo, potássio e também vitaminas A, B, C e D. A semente original apresenta quantidade significativa de vitaminas E e B, mas com a adição dos outros ingredientes, estas vitaminas encontram-se em baixas quantidades no chocolate. Por possuir maior concentração de cacau é que os nutricionistas preferem a variação amarga do alimento.

Patrícia Conte lembra que, apesar dos benefí-cios, o chocolate também é muito rico em gordura e açúcares, constituindo um produto alimentar altamente calórico. “Quem sofre com o excesso de peso, diabetes, intolerância à lactose ou a algum componente da fórmula deve procurar variações especiais que não prejudiquem sua saúde”, explica. A nutricionista ressalta ainda que os chocolates diet devem ser ingeridos apenas por pessoas diabéticas. “Engana-se quem imagina que o seu consumo esteja relacionado a uma quantidade menor de calorias. Apesar da isenção de açúcar, eles contêm uma quantidade de gorduras superior a dos convencionais”, explica a nutricionista.

Cuidados também devem ser tomados com as crianças que, por questões de segurança, hoje passam mais tempo em casa e praticam menos atividade física, ficando horas em frente à TV, computador ou videogames. “Isso faz com que elas consumam em maior quantidade certos alimentos. Por isso, o consumo exagerado do chocolate pode causar aumento de peso. É muito importante que as crianças tenham uma dieta bem equilibrada para que não falte nenhum nutriente essencial para a manutenção da saúde. O chocolate é atrativo e sacia a fome e, assim, eles podem deixar de consumir outros itens importantes da alimentação”, afirma Sandra Regina Fagundes.

Segundo a nutricionista Patrícia Conte, existe um estudo feito na Universidade de Yale, Nova Iorque, que mostra que o chocolate pode reduzir o risco de pré-eclâmpsia (hipertensão arterial específica da gestação). “Isso ocorre porque a teobromina estimula os batimentos equilibrados do coração, relaxa os mús-culos e dilata as artérias. Portanto, as gestantes podem consumir chocolate, desde que não ultrapassem a recomendação diária de, no máximo, 30g e de preferência chocolate amargo. Durante a amamentação, o consumo desse produto deve ser evitado, pois ele pode provocar cólicas no bebê”, explica Patrícia.

CHOCOLATE E GRAVIDEZ

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18 | março de 2011 |

No início de sua história, o chocolate era usado como be-bida pelos maias, que cultiva-vam o cacau em seus quintais. Das sementes, eles faziam a bebida amarga chamada xo-coatl, geralmente temperada com baunilha e pimenta.

Na América Central pré-colombiana, os grãos de cacau eram usados como moeda. Todas as áreas conquistadas pelos astecas eram obrigadas a plantar cacau e pagar um im-posto em grãos. O alimento foi descoberto pelos mexicanos e depois introduzido na Europa pelos espanhóis.

Posteriormente, o cacau também passou a ser servido como uma pasta engrossada com farinha de milho, pos-sivelmente o primeiro cho-colate em barra. Depois, os jesuítas criaram o chocolate mais refinado, adicionando a essência de leite, tornando-se o chocolate que conhecemos atualmente.

Quando chegou à Ingla-terra, o chocolate era con-siderado pela igreja como alimento e alguns médicos o analisavam como sendo mais nutritivo que a carne bovina e a de carneiro.

O chocolate é produzido do cacau, que é uma fonte excelente de vários nutrientes, especialmente quando adicio-nado ao leite. O cacau também é composto de proteína e gor-dura, sendo uma boa fonte de potássio e tanino.

HISTÓRIA A alergia alimentar e a intolerância alimentar são muitas vezes confundidas porque produzem quase sempre o mesmo tipo de sintomas. No entanto, a forma como produzem esses sinto-mas é biologicamente diferente.

Nas alergias alimentares, o sistema imune do organismo reage a determinados alimentos como se fossem perigosos, produzindo anticor-pos. Esta reação incita outras células, os mastó-citos, a liberarem uma substância chamada his-tamina. É a histamina que provoca os sintomas alérgicos. Já a intolerância alimentar depende de mecanismos que não envolvem anticorpos. Nesse caso, determinados componentes ou aditivos dos alimentos atuam diretamente sobre

os mastócitos ou determinadas substâncias causadoras de sintomas, chamadas de media-doras (tiramina, serotonina, dopamina, etc.). Esse é o caso do chocolate.

Quem possui intolerância ao chocolate pode desenvolver irritações na pele, no estôma-go e na mucosa intestinal, além de enxaqueca causada pela ação das substâncias vasodilata-doras presentes no chocolate. Porém, segundo a nutricionista Patrícia Conte, a intolerância ao chocolate normalmente está relacionada a uma intolerância à lactose. “Nesse caso, existem no mercado várias marcas especializadas em produtos sem lactose, incluindo o chocolate”, afirma.

INTOLERÂNCIA AO CHOCOLATE

Que o chocolate parece amenizar a ansie-dade e proporcionar sentimentos de euforia e prazer, todos sabem. Porém, assim como uma droga, o alimento também pode causar certa dependência ou compulsão, que são as causas psicológicas, além de outros problemas de saú-de, como diabetes, ganho de peso e distúrbios gastrointestinais, em consequência do abuso.

Apesar dos muitos estudos sobre a rela-ção do alimento com os processos psíquicos e da descoberta de mais de 300 elementos diferentes na sua composição, os efeitos psicoquímicos dessas substâncias ainda são pouco conhecidos. Biologicamente, o que se sabe é que o triptofano presente no chocolate aumenta a produção de serotonina, que é o neurotransmissor capaz de reduzir a sensação de dor, diminuir o apetite, relaxar e até induzir e melhorar o sono. Outro composto presente no chocolate, a feniletilamina, ocorre naturalmente no sistema nervoso central e faz com que seja liberada a dopamina, que desempenha uma função estimulante. Quando uma pessoa está em depressão, a presença dessas substâncias é reduzida. Como o chocolate aumenta a pro-dução de serotonina e dopamina, é natural que seja desejado pelo organismo.

Para especialistas, a necessidade que algu-mas pessoas sentem em comer chocolate pode ser considerada uma compulsão, que é o caso dos chamados chocólatras. Esse problema pode afetar qualquer pessoa, mas tende a ser mais frequente naquelas que passam por uma crise de ansiedade ou nervosismo, baixa autoesti-ma, estresse, perdas (de emprego, do parceiro, por exemplo), planos que não dão certo, exces-

so de obrigações e perfeccionismo. Dessa for-ma, os compulsivos por chocolate, sem o doce, sentem-se emocionalmente muito mal. Aí surge a necessidade de repetir a sensação de prazer para fugir de um estado de angústia, ansiedade e sofrimento. Os comedores compulsivos de chocolate não são apenas pessoas que comem um pouco mais que o bom senso permitiria, mas aqueles que não sossegam enquanto não devorarem todo o chocolate que virem pela frente. E essa necessidade é diária.

Mas os médicos alertam: quando esses momentos passam a serem frequentes e essa vontade vira uma necessidade, é preciso procu-rar ajuda médica de um psicólogo ou psiquiatra, que são os profissionais mais indicados. Como tratamento, os especialistas recomendam o autoconhecimento, a psicoterapia e até medica-mentos, quando a compulsão estiver associada a uma depressão.

Compulsão pela guloseima

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19 | março de 2011 |

Além de cuidar do nosso corpo por dentro, o chocolate também é um ótimo aliado na bus-ca pela beleza exterior. Conta-se que os aste-cas já conheciam as propriedades medicinais do alimento e utilizavam extratos da semente de cacau em banhos relaxantes para hidratar a pele. Diversos tratamentos estéticos são realizados atualmente com a guloseima e as empresas de cosméticos investem cada vez mais em produtos à base de chocolate.

TRATAMENTOS ESTÉTICOS

Desde o shampoo até as máscaras faciais e dos cabelos até os pés, todas as partes do corpo podem ser tratadas com o alimento vindo do cacau. Abaixo listamos os principais tratamentos estéticos:

Spa de chocolate: tem como objetivo aliviar as tensões e o estresse. Primeiro é feita uma esfoliação com creme à base de cacau para limpar os poros. Depois é feita a imersão de chocolate na banheira e, por fim, uma mas-

sagem relaxante com creme de chocolate. Cauterização de chocolate: primeiro

o cabelo é lavado com shampoo antirresíduo e secado. Depois recebe o creme e a chapinha, que fará com que o produto seja melhor ab-sorvido pelo fio. Qualquer tipo de cabelo pode receber esta cauterização, inclusive aqueles com alguma técnica de alisamento. A cauteri-zação hidrata, mas não alisa.

Máscara para a pele: utiliza apenas o próprio chocolate. Alguns locais usam uma mistura de lama aquecida com cacau e óleos especiais, que depois é aplicada diretamente na pele. O objetivo principal é a hidratação e recuperação da vitalidade da pele. Há ainda uma máscara que combina ouro e chocolate e é usada como aliada no combate às rugas e flacidez.

Banhos: antes a pele é preparada com uma esfoliação leve e massagem com produtos à base de manteiga de cacau, que retira as células mortas da camada mais externa da pele. Depois vem o banho de chocolate, preparado com leite e chocolate ou essência de cacau.

Escova de chocolate: os tratamentos para alisar os cabelos são os mais diversos e o chocolate também já foi testado para deixar as madeixas mais lisas. Ela recupera os fios danificados e cria uma película protetora na fibra capilar graças ao D-pantenol, pró vitamina B5 e ácido linoleico (vitamina E) presentes na sua fórmula.

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Em época de Páscoa, a quantidade de choco-late nas vitrines e supermercados é praticamente uma tortura, principalmente para quem sofre de diabetes ou intolerância ao alimento. Foi pensando nisso que a indústria alimentícia desenvolveu os chocolates especiais.

Em Cachoeirinha, a fábrica de chocolates Alaska trabalha com as versões diet e sem lactose. De acordo com a proprietária da fábrica, Neida Goulart de Souza, o maior público consumidor desses chocolates são as crianças, em função da tradição do chocolate na Páscoa. “A cada ano, a procura pelos especiais aumenta cerca de 20%. É

importante ressaltar que o chocolate não é só um doce, mas um alimento”, afirma.

A matéria-prima é comprada pronta da empre-sa Salware, com tabela nutricional e registro no Ministério da Saúde. O sabor doce também está presente no chocolate diet graças ao aspartame, um aditivo alimentar utilizado para substituir o açúcar comum e com maior poder de adoçar, que não prejudica os diabéticos.

Os demais chocolates produzidos na Alaska utilizam como matéria-prima os produtos da marca Garoto. As opções são as mais variadas, desde placas comemorativas até cestas especiais.

CHOCOLATES ESPECIAISKamyla Jardim