chi kung: uma ecolinguagem corporal e bionergética

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Universidade Federal de Goiás I Encontro Nacional de Ecolinguistica e Imaginário Adilson Marques Chi Kung: uma ecolinguagem corporal e bioenergética

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Texto enviado para a realização da oficina "Chi Kung: uma ecolinguagem corporal e bioenergética", realizada no I EBIME, encontro brasileiro de imaginário e ecolinguística, realizado na Universidade Federal de Goiás, em dezembro de 2013.

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Page 1: Chi Kung: uma ecolinguagem corporal e bionergética

Universidade Federal de Goiás

I Encontro Nacional de Ecolinguistica e Imaginário

Adilson Marques

Chi Kung: uma ecolinguagem corporal e bioenergética

Primavera/2013

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Resumo

Este paper apresenta o Chi Kung, arte milenar chinesa voltada para a manipulação e circulação do Chi (bioenergia ou energia vital), como uma forma de ecolinguagem corporal. Entre os seus objetivos está a manutenção da saúde, entendida não apenas como ausência de enfermidades, e a promoção da longevidade.

Apesar de ser uma prática milenar, o nome Chi Kung foi criado apenas no século XX. E, mesmo sendo alvo do ceticismo acadêmico, a Organização Mundial da Saúde (OMS) já o reconhece como uma prática terapêutica.

Aqui abordaremos alguns exercícios criados e praticados na ONG Círculo de São Francisco, na cidade de São Carlos/SP, ensinados por um ser incorpóreo que se autodenomina Lao Ch’an Sui e que afirma ter vivido na China no século IV d.C., onde coordenava um mosteiro budista. Os ensinamentos deste ser foram “canalizados” por um sensitivo hoje residente na cidade de Belo Horizonte/MG, entre os anos de 2001 e 2003.

Nossa hipótese é que o Chi Kung é uma forma de ecolinguagem corporal, uma vez que, além de ser uma forma de comunicação não-verbal que, através do movimento do corpo, da respiração e da intenção mental, estabelece um fluxo de energia, facilmente percebido e sentido pelo praticante em suas mãos e outras partes de seu corpo, estabelece também um sistema de trocas e de interações com a energia do ambiente, tanto as telúricas como as cósmicas, e de outros praticantes, possibilitando a criação de uma ambiência de tranqüilidade, harmonia e bem-estar, aliviando dores, tensões, ansiedade, mágoas entre outras enfermidades físicas, mentais e emocionais, conforme relato dos próprios praticantes. Esta ecopsicoesfera cooperativa e bioenergética pode ser percebida por cerca de 90% dos praticantes. Raros são os que afirmam não sentir absolutamente nada durante a prática. Também não encontramos, em dez anos de prática, nenhuma contra-indicação, podemos os movimentos ser executados por crianças, idosos, gestantes e até mesmo por doentes mentais. Em outras ocasiões identificamos também o Chi Kung como uma forma de dança numinosa (2005), valorizando sua dimensão espiritualista.

Palavras-chaves: Chi Kung, ecolinguagem corporal, bioenergia

Introdução

Em 2001 conheci o intercâmbio mediúnico através de um jovem estudante de química na USP de São Carlos. Este sensitivo, que não quer ser identificado, reside atualmente em Belo Horizonte e afirma canalizar mensagens e instruções de seres incorpóreos diversos. Através deste sensitivo tive a oportunidade de conversar com um ser que se

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denomina Lao Ch’an Sui e que transmitiu as técnicas de Chi Kung que, desde 2003, são ensinadas e praticadas na ONG Círculo de São Francisco, na cidade de São Carlos/SP.

Optamos em classificar as técnicas de Chi Kung como ecolinguagem corporal, compreendendo que alguns termos utilizados para estudar ecossistemas e trocas energéticas entre seus elementos são capazes de explicar o funcionamento da prática. Em primeiro lugar, encontramos o principio da ressonância facilitando o processo de troca e de equilíbrio entre dois ou mais sistemas distintos (praticantes), favorecendo, em seguida, a sincronização, ou seja, o alinhamento que permite que o movimento e a energia se igualem em ritmo e harmonia.

O ser humano é um sistema biofísico e psicossocial em interação permanente com as energias cósmicas e telúricas. E, através da linguagem corporal e da respiração, de um lado, e da intenção mental e da abertura amorosa para o mundo, que chamamos também de “presença”, de outro, é possível criar e manter um alto padrão vibratório neste sistema, que é facilmente percebido através de sensações físicas como calor, formigamento, entre outros. Além disso, o ser humano parece ser capaz, ao aumentar o seu padrão vibratório, de curar várias enfermidades, uma vez que estas parecem ser o fruto de padrões energéticos estagnados ou da ausência da circulação energética pelo sistema.

Chi, em chinês, pode ser traduzido por energia vital ou bioenergia. Apesar de ignorada pela ciência moderna do Ocidente, ela é empírica e facilmente percebida por quem pratica qualquer arte marcial. Videntes são capazes de enxergá-la colorida e afirmam que todas as coisas vivas são permeadas por uma força-vital.

Resultados empíricos

Em dez anos de prática e ensino, capacitamos 2440 pessoas em todo o território nacional para utilizar a técnica de Chi Kung que aprendemos com este ser que se autodenomina Lao Ch’an Sui. Também já fizemos a prática com grupos de vestibulandos, gestantes, idosos, policiais militares, portadores de necessidades especiais e até com jovens autistas. Não tivemos, ainda, condições de fazer uma pesquisa científica mais rigorosa, mas coletando a opinião dos praticantes, empiricamente foi possível constatar o seguinte:

Com a pratica constante, aumenta a capacidade do praticante de auto-cura, não só de enfermidades físicas, mas também emocionais e mentais (dores crônicas e inflamações, por exemplo, podem ser aliviadas em poucas semanas); percepção do aumento da intensidade do fluxo de energia pelo corpo e capacidade de manipulação dela pela mente é facilmente observada pelo praticante; a prática realizada com várias pessoas ao mesmo tempo aumenta a sinergia do sistema e também o poder curativo;

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por fim, a energia acumulada pelo grupo pode ser enviada, pela força do pensamento, para quem não está ali presente (muitos relatam que sentem a energia irradiada pelo grupo fluindo pelo seu corpo, mesmo não estando presente no local na hora que a prática foi realizada).

Considerações finais

Este é um primeiro esboço de reflexão procurando compreender o Chi Kung como uma prática de ecolinguagem corporal e bionergética. Os movimentos que aprendemos com Lao Ch’an Sui são facilmente realizáveis e, tendo como pressuposto que a energia acompanha o pensamento (intenção), quase todos os praticantes conseguem sentir as sensações físicas (vibrações, formigamento, calor etc.) que a prática possibilita e também, em pouco tempo, aumenta a sensação de bem-estar que ela favorece, demonstrando, empiricamente, que o sistema biofísico e psicossocial que forma o ser humano foi harmonizado, evitando a entropia do sistema e, consequentemente, o surgimento de enfermidades.

Bibliografia:

MARQUES, Adilson. O reiki, a TVI e outros tratamentos complementares. São Carlos: BN, 2005.

_______. A arte de envelhecer com saúde integral e paz interior. São Carlos: Rima, 2011.

_______. Introdução à Terapia Vibracional Integrativa. São Carlos: Rima, 2011.