cfrb contribuições-stf

7
CFRB Art. 149. Compete exclusivamente à União instituir contribuições sociais , de intervenção no domínio econômico e de interesse das categorias profissionais ou econômicas, como instrumento de sua atuação nas respectivas áreas, observado o disposto nos arts. 146, III, e 150, I e III, e sem prejuízo do previsto no art. 195, § 6º, relativamente às contribuições a que alude o dispositivo. (Grifei) "O STF fixou entendimento no sentido da dispensabilidade de lei complementar para a criação das contribuições de intervenção no domínio econômico e de interesse das categorias profissionais." (AI 739.715-AgR, Rel. Min. Eros Grau, julgamento em 26-5-2009, Segunda Turma, DJE de 19-6-2009.) “Contribuição em favor do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas ( SEBRAE): constitucionalidade reconhecida pelo plenário do STF, ao julgar o RE 396.266 , Velloso, DJ de 27-2-2004, quando se afastou a necessidade de lei complementar para a sua instituição e, ainda tendo em vista tratar-se de contribuição social de intervenção no domínio econômico , entendeu-se ser inexigível a vinculação direta do contribuinte ou a possibilidade de que ele se beneficie com a aplicação dos recursos por ela arrecadados, mas sim a observância dos princípios gerais da atividade econômica.” (RE 389.016-AgR , Rel. Min. Gilmar Mendes, julgamento em 30-6-2004, Primeira Turma, DJ de 13-8-2004.) No mesmo sentido: RE 581.375-AgR , rel. min. Celso de Mello, julgamento em 4-12-2012, Segunda Turma, DJE de 1º-2-2013; RE 468.077-ED , Rel. Min. Cármen Lúcia, julgamento em 1º-2-2011, Primeira Turma, DJE de 3-3-2011. “Sebrae: Contribuição de intervenção no domínio econômico. Lei 8.029, de 12-4-1990, art. 8º, § 3º. Lei 8.154, de 28-12-1990. Lei 10.668, de 14-5-2003. CF, art. 146, III; art. 149; art. 154, I; art. 195, § 4º. As contribuições do art. 149, CF contribuições sociais, de intervenção no domínio econômico e de interesse de categorias profissionais ou econômicas posto estarem sujeitas à lei complementar do art. 146, III, CF, isto não quer dizer que deverão ser instituídas por lei complementar. (...) A contribuição não é imposto. Por isso, não se exige que a lei complementar defina a sua hipótese de incidência, a base imponível e contribuintes: CF, art. 146, III, a (...) A contribuição do Sebrae Lei 8.029/90, art. 8º, § 3º, redação das Leis 8.154/90 e 10.668/2003 é contribuição de intervenção no domínio econômico, não obstante a lei a ela se referir como adicional às alíquotas das contribuições sociais gerais relativas às entidades de que trata o art. 1º do DL 2.318/1986, Sesi, Senai, Sesc, Senac. Não se inclui, portanto, a contribuição do Sebrae, no rol do art. 240, CF. Constitucionalidade da contribuição do Sebrae.” (RE 396.266 , Rel. Min. Carlos Velloso, julgamento em 26-11-2003, Plenário, DJ de 27-2-2004.) No mesmo sentido: RE 474.717-ED , Rel. Min. Joaquim Barbosa, julgamento em 20-4-2010, Segunda Turma, DJE de 11-6-2010; AI 650.194-AgR , Rel. Min. Ellen Gracie, julgamento em 4-8-

Upload: portustfs

Post on 13-Jul-2015

494 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

Page 1: Cfrb contribuições-stf

CFRB

Art. 149. Compete exclusivamente à União instituir contribuições sociais, de intervenção no

domínio econômico e de interesse das categorias profissionais ou econômicas, como

instrumento de sua atuação nas respectivas áreas, observado o disposto nos arts. 146, III, e

150, I e III, e sem prejuízo do previsto no art. 195, § 6º, relativamente às contribuições a que

alude o dispositivo. (Grifei)

"O STF fixou entendimento no sentido da dispensabilidade de lei complementar para a criação

das contribuições de intervenção no domínio econômico e de interesse das categorias

profissionais." (AI 739.715-AgR, Rel. Min. Eros Grau, julgamento em 26-5-2009, Segunda

Turma, DJE de 19-6-2009.)

“Contribuição em favor do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (

SEBRAE): constitucionalidade reconhecida pelo plenário do STF, ao julgar o RE 396.266,

Velloso, DJ de 27-2-2004, quando se afastou a necessidade de lei complementar para a sua

instituição e, ainda – tendo em vista tratar-se de contribuição social de intervenção no

domínio econômico –, entendeu-se ser inexigível a vinculação direta do contribuinte ou a

possibilidade de que ele se beneficie com a aplicação dos recursos por ela arrecadados, mas

sim a observância dos princípios gerais da atividade econômica.” (RE 389.016-AgR, Rel. Min.

Gilmar Mendes, julgamento em 30-6-2004, Primeira Turma, DJ de 13-8-2004.) No mesmo

sentido: RE 581.375-AgR, rel. min. Celso de Mello, julgamento em 4-12-2012, Segunda Turma,

DJE de 1º-2-2013; RE 468.077-ED, Rel. Min. Cármen Lúcia, julgamento em 1º-2-2011, Primeira

Turma, DJE de 3-3-2011.

“Sebrae: Contribuição de intervenção no domínio econômico. Lei 8.029, de 12-4-1990, art. 8º,

§ 3º. Lei 8.154, de 28-12-1990. Lei 10.668, de 14-5-2003. CF, art. 146, III; art. 149; art. 154, I;

art. 195, § 4º. As contribuições do art. 149, CF – contribuições sociais, de intervenção no

domínio econômico e de interesse de categorias profissionais ou econômicas – posto estarem

sujeitas à lei complementar do art. 146, III, CF, isto não quer dizer que deverão ser instituídas

por lei complementar. (...) A contribuição não é imposto. Por isso, não se exige que a lei

complementar defina a sua hipótese de incidência, a base imponível e contribuintes: CF, art.

146, III, a (...) A contribuição do Sebrae – Lei 8.029/90, art. 8º, § 3º, redação das Leis 8.154/90

e 10.668/2003 – é contribuição de intervenção no domínio econômico, não obstante a lei a ela

se referir como adicional às alíquotas das contribuições sociais gerais relativas às entidades de

que trata o art. 1º do DL 2.318/1986, Sesi, Senai, Sesc, Senac. Não se inclui, portanto, a

contribuição do Sebrae, no rol do art. 240, CF. Constitucionalidade da contribuição do Sebrae.”

(RE 396.266, Rel. Min. Carlos Velloso, julgamento em 26-11-2003, Plenário, DJ de 27-2-2004.)

No mesmo sentido: RE 474.717-ED, Rel. Min. Joaquim Barbosa, julgamento em 20-4-2010,

Segunda Turma, DJE de 11-6-2010; AI 650.194-AgR, Rel. Min. Ellen Gracie, julgamento em 4-8-

Page 2: Cfrb contribuições-stf

2009, Segunda Turma, DJE de 28-8-2009; AI 604.712-AgR, Rel. Min. Ricardo Lewandowski,

julgamento em 26-5-2009, Primeira Turma, DJE de 19-6-2009; ADI 1.924-MC, Rel. p/ o ac. Min.

Joaquim Barbosa, julgamento em 20-5-2009, Plenário, DJE de 7-8-2009; AI 710.609-AgR, Rel.

Min. Celso de Mello, julgamento em 19-5-2009, Segunda Turma, DJE de 12-6-2009; RE

389.849-AgR, Rel. Min. Celso de Mello, julgamento em 19-5-2009, Segunda Turma, DJE 12-6-

2009; AI 630.179-AgR, Rel. Min. Cármen Lúcia, julgamento em 17-3-2009, Primeira Turma, DJE

de 17-4-2009; AI 708.772-AgR, Rel. Min. Eros Grau, julgamento em 10-2-2009, Segunda

Turma, DJE de 13-3-2009; RE 401.823-AgR, Rel. Min. Ayres Britto, julgamento em 28-9-2004,

Primeira Turma, DJ de 11-2-2005.

LEI FEDERAL nº 8.906, de 4.7.1994:

TÍTULO II

Da Ordem dos Advogados do Brasil

CAPÍTULO I

Dos Fins e da Organização

Art. 44. A Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), serviço público, dotada de personalidade jurídica e forma federativa, tem por finalidade:

I - defender a Constituição, a ordem jurídica do Estado democrático de direito, os direitos humanos, a justiça social, e pugnar pela boa aplicação das leis, pela rápida administração da justiça e pelo aperfeiçoamento da cultura e das instituições jurídicas;

II - promover, com exclusividade, a representação, a defesa, a seleção e a disciplina dos advogados em toda a República Federativa do Brasil.

§ 1º A OAB não mantém com órgãos da Administração Pública qualquer vínculo funcional ou hierárquico.

§ 2º O uso da sigla OAB é privativo da Ordem dos Advogados do Brasil.

STF NATUREZA JURÍDICA DA OAB:

ADI 3026 / DF - DISTRITO FEDERAL

AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE

Relator(a): Min. EROS GRAU

Julgamento: 08/06/2006 Órgão Julgador: Tribunal Pleno

Page 3: Cfrb contribuições-stf

Publicação

DJ 29-09-2006 PP-00031

EMENT VOL-02249-03 PP-00478

RTJ VOL-00201-01 PP-00093

Parte(s)

REQTE.(S) : PROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICA

REQDO.(A/S) : PRESIDENTE DA REPÚBLICA

ADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO

REQDO.(A/S) : CONGRESSO NACIONAL

INTDO.(A/S) : CONSELHO FEDERAL DA ORDEM DOS ADVOGADOS DO

BRASIL

ADV.(A/S) : LUIZ CARLOS LOPES MADEIRA

Ementa

EMENTA: AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE. § 1º DO

ARTIGO 79 DA LEI N. 8.906, 2ª PARTE. "SERVIDORES" DA ORDEM DOS

ADVOGADOS DO BRASIL. PRECEITO QUE POSSIBILITA A OPÇÃO PELO

REGIME CELESTISTA. COMPENSAÇÃO PELA ESCOLHA DO REGIME

JURÍDICO NO MOMENTO DA APOSENTADORIA. INDENIZAÇÃO.

IMPOSIÇÃO DOS DITAMES INERENTES À ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA

DIRETA E INDIRETA. CONCURSO PÚBLICO (ART. 37, II DA

CONSTITUIÇÃO DO BRASIL). INEXIGÊNCIA DE CONCURSO PÚBLICO

PARA A ADMISSÃO DOS CONTRATADOS PELA OAB. AUTARQUIAS

ESPECIAIS E AGÊNCIAS. CARÁTER JURÍDICO DA OAB. ENTIDADE

PRESTADORA DE SERVIÇO PÚBLICO INDEPENDENTE. CATEGORIA

ÍMPAR NO ELENCO DAS PERSONALIDADES JURÍDICAS EXISTENTES NO

DIREITO BRASILEIRO. AUTONOMIA E INDEPENDÊNCIA DA ENTIDADE.

PRINCÍPIO DA MORALIDADE. VIOLAÇÃO DO ARTIGO 37, CAPUT, DA

CONSTITUIÇÃO DO BRASIL. NÃO OCORRÊNCIA. 1. A Lei n. 8.906, artigo

79, § 1º, possibilitou aos "servidores" da OAB, cujo regime outrora era estatutário,

a opção pelo regime celetista. Compensação pela escolha: indenização a ser paga à

época da aposentadoria. 2. Não procede a alegação de que a OAB sujeita-se aos

ditames impostos à Administração Pública Direta e Indireta. 3. A OAB não é uma

entidade da Administração Indireta da União. A Ordem é um serviço público

independente, categoria ímpar no elenco das personalidades jurídicas existentes no

direito brasileiro. 4. A OAB não está incluída na categoria na qual se inserem essas

que se tem referido como "autarquias especiais" para pretender-se afirmar

equivocada independência das hoje chamadas "agências". 5. Por não

consubstanciar uma entidade da Administração Indireta, a OAB não está sujeita a

controle da Administração, nem a qualquer das suas partes está vinculada. Essa

não-vinculação é formal e materialmente necessária. 6. A OAB ocupa-se de

atividades atinentes aos advogados, que exercem função constitucionalmente

privilegiada, na medida em que são indispensáveis à administração da Justiça

[artigo 133 da CB/88]. É entidade cuja finalidade é afeita a atribuições, interesses e

seleção de advogados. Não há ordem de relação ou dependência entre a OAB e

qualquer órgão público. 7. A Ordem dos Advogados do Brasil, cujas

características são autonomia e independência, não pode ser tida como congênere

dos demais órgãos de fiscalização profissional. A OAB não está voltada

Page 4: Cfrb contribuições-stf

exclusivamente a finalidades corporativas. Possui finalidade institucional. 8.

Embora decorra de determinação legal, o regime estatutário imposto aos

empregados da OAB não é compatível com a entidade, que é autônoma e

independente. 9. Improcede o pedido do requerente no sentido de que se dê

interpretação conforme o artigo 37, inciso II, da Constituição do Brasil ao caput do

artigo 79 da Lei n. 8.906, que determina a aplicação do regime trabalhista aos

servidores da OAB. 10. Incabível a exigência de concurso público para admissão

dos contratados sob o regime trabalhista pela OAB. 11. Princípio da moralidade.

Ética da legalidade e moralidade. Confinamento do princípio da moralidade ao

âmbito da ética da legalidade, que não pode ser ultrapassada, sob pena de

dissolução do próprio sistema. Desvio de poder ou de finalidade. 12. Julgo

improcedente o pedido.

Decisão

Decisão: O Tribunal, por maioria, vencidos os Senhores Ministros Eros

Grau (Relator), Carlos Britto, Celso de Mello, Sepúlveda Pertence e o

Presidente, conheceu do pedido relativamente ao caput do artigo 79 da

Lei nº 8.906/94. Prosseguindo no julgamento, após os votos dos

Senhores

Ministros Relator, Carlos Britto e Cezar Peluso, que negavam a

interpretação conforme a Constituição, no artigo 79, por entender não

exigível o concurso público, e do voto do Senhor Ministro Joaquim

Barbosa, que entendia exigir concurso público, pediu vista dos autos o

Senhor Ministro Gilmar Mendes. Falou pelo interessado, amicus curiae,

o

Dr. Luiz Carlos Lopes Madeira. Presidência do Senhor Ministro Nelson

Jobim. Plenário, 23.02.2005.

Decisão: Renovado o pedido de vista do Senhor Ministro Gilmar Mendes,

justificadamente, nos termos do § 1º do artigo 1º da Resolução nº 278,

de 15 de dezembro de 2003. Presidência do Senhor Ministro Nelson

Jobim.

Plenário, 08.06.2005.

Decisão: O Tribunal, por maioria, julgou improcedente o

pedido, vencidos, parcialmente, os Senhores Ministros Joaquim Barbosa

e

Gilmar Mendes, que o julgavam procedente com relação ao caput do

artigo

79, ao qual davam interpretação conforme de modo apenas a

excetuarem-se, da regra do concurso público, cargos de chefia e

assessoramento, isso com efeito ex nunc. Votou a Presidente, Ministra

Ellen Gracie. O relator retificou parcialmente o voto proferido

anteriormente. Plenário, 08.06.2006.

...............................

CONTRIBUIÇÕES COBRADAS PELA ENTIDADES DE CLASSE DE SEUS INTEGRANTES

(CONSELHOS DE CLASSE). NATUREZA TRIBUTÁRIA:

Page 5: Cfrb contribuições-stf

MS 28469 AgR-segundo / DF - DISTRITO FEDERAL

SEGUNDO AG.REG. EM MANDADO DE SEGURANÇA

Relator(a): Min. DIAS TOFFOLI

Relator(a) p/ Acórdão: Min. LUIZ FUX

Julgamento: 19/02/2013 Órgão Julgador: Primeira Turma

Publicação

ACÓRDÃO ELETRÔNICO

DJe-087 DIVULG 09-05-2013 PUBLIC 10-05-2013

Parte(s)

RELATOR : MIN. DIAS TOFFOLI

REDATOR DO ACÓRDÃO : MIN. LUIZ FUX

IMPTE.(S) : CONSELHO FEDERAL DE MEDICINA VETERINÁRIA - CFMV

ADV.(A/S) : MONTESQUIEU DA SILVA VIEIRA

IMPDO.(A/S) : TRIBUNAL DE CONTAS DA UNIÃO - TCU

ADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO

Ementa

Ementa: AGRAVO REGIMENTAL NO MANDADO DE SEGURANÇA.

ADMINISTRATIVO. ACÓRDÃO DO TRIBUNAL DE CONTAS DA UNIÃO.

CONSELHO DE FISCALIZAÇÃO PROFISSIONAL. NATUREZA JURÍDICA.

AUTARQUIA FEDERAL. EXIGÊNCIA DE CONCURSO PÚBLICO.

OBSERVÂNCIA DO ART. 37, II, DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL.

FISCALIZAÇÃO. ATIVIDADE TÍPICA DO ESTADO. PRINCÍPIO DA

PROTEÇÃO DA CONFIANÇA LEGÍTIMA. ANÁLISE. AGRAVO

REGIMENTAL PROVIDO PARA RESTAURAR O DEVIDO

PROCESSAMENTO DO MANDADO DE SEGURANÇA E POSSIBILITAR UM

MELHOR EXAME DA MATÉRIA. 1. Os conselhos de fiscalização profissional

têm natureza jurídica de autarquias, consoante decidido no MS 22.643, ocasião na

qual restou consignado que: (i) estas entidades são criadas por lei, tendo

personalidade jurídica de direito público com autonomia administrativa e

financeira; (ii) exercem a atividade de fiscalização de exercício profissional que,

como decorre do disposto nos artigos 5º, XIII, 21, XXIV, é atividade tipicamente

pública; (iii) têm o dever de prestar contas ao Tribunal de Contas da União (art.

71, II, CRFB/88). 2. Os conselhos de fiscalização profissional, posto autarquias

criadas por lei e ostentando personalidade jurídica de direito público, exercendo

atividade tipicamente pública, qual seja, a fiscalização do exercício profissional,

submetem-se às regras encartadas no artigo 37, inciso II, da CRFB/88, quando da

contratação de servidores. Precedente: RE 539.224, 1ª Turma Rel. Min. Luiz Fux,

DJe.- 18/06/2012. 3. A fiscalização das profissões, por se tratar de uma atividade

típica de Estado, que abrange o poder de polícia, de tributar e de punir, não pode

ser delegada (ADI 1.717), excetuando-se a Ordem dos Advogados do Brasil (ADI

3.026). 4. In casu, está em discussão tese relacionada à contratação dos

impetrantes, ocorrida há mais de 10 (dez) anos, e a alegação de desrespeito ao

processo de seleção e às regras constitucionais aplicáveis (art. 37, II, CRFB/88),

fatos que tornam imperativa a análise mais apurada do mandado de segurança,

sobretudo em decorrência do princípio da proteção da confiança legítima. 5.

Page 6: Cfrb contribuições-stf

Agravo regimental provido apenas para possibilitar um melhor exame do

mandado de segurança e facultar às partes a oportunidade de sustentação oral.

Decisão

Por maioria de votos, a Turma deu provimento ao agravo regimental, nos

termos do voto do Senhor Ministro Luiz Fux, Redator para o acórdão e

Presidente, vencido o Senhor Ministro Dias Toffoli, Relator. 1ª Turma,

19.2.2013.

“Constitucional. Administrativo. Entidades fiscalizadoras do exercício profissional. Conselho

Federal de Odontologia: natureza autárquica. Lei 4.234, de 1964, art. 2º. Fiscalização por parte

do Tribunal de Contas da União. Natureza autárquica do Conselho Federal e dos Conselhos

Regionais de Odontologia. Obrigatoriedade de prestar contas ao Tribunal de Contas da União.

(...) As contribuições cobradas pelas autarquias responsáveis pela fiscalização do exercício

profissional são contribuições parafiscais, contribuições corporativas, com caráter tributário.

CF, art. 149. (...).” (MS 21.797, Rel. Min. Carlos Velloso, julgamento em 9-3-2001, Plenário, DJ

de 18-5-2001.) No mesmo sentido: AI 768.577-AgR-segundo, Rel. Min. Ricardo Lewandowski,

julgamento em 19-10-2010, Primeira Turma, DJE de 16-11-2010.

"Contribuição devida ao Instituto do Açúcar e do Álcool – IAA. A CF/1988 recepcionou o DL

308/1967, com as alterações dos DL 1.712/1979 e 1.952/1982. Ficou afastada a ofensa ao art.

149, da CF/1988, que exige lei complementar para a instituição de contribuições de

intervenção no domínio econômico. A contribuição para o IAA é compatível com o sistema

tributário nacional. Não vulnera o art. 34, § 5º, do ADCT/CF/1988. É incompatível com a

CF/1988 a possibilidade da alíquota variar ou ser fixada por autoridade administrativa.” (RE

214.206, Rel. p/ o ac. Min. Nelson Jobim, julgamento em 15-10-1997, Plenário, DJ de 29-5-

1998.) No mesmo sentido: RE 597.098-AgR, Rel. Min. Joaquim Barbosa, julgamento em 4-10-

2011, DJE de 17-11-2011. Vide: RE 543.997-AgR, voto da Rel. Min. Ellen Gracie, julgamento em

22-6-2010, Segunda Turma, DJE de 6-8-2010.

"Constitucional. Tributário. Contribuições sociais. Contribuições incidentes sobre o lucro das

pessoas jurídicas. Lei 7.689, de 15-12-1988. Contribuições parafiscais: contribuições sociais,

contribuições de intervenção e contribuições corporativas. CF, art. 149. Contribuições sociais

de seguridade social. CF, arts. 149 e 195. As diversas espécies de contribuições sociais. A

contribuição da Lei 7.689, de 15-12-1988, é uma contribuição social instituída com base no art.

Page 7: Cfrb contribuições-stf

195, I, da Constituição. As contribuições do art. 195, I, II, III, da Constituição, não exigem, para

a sua instituição, lei complementar. (...). Posto estarem sujeitas à lei complementar do art.

146, III, da Constituição, porque não são impostos, não há necessidade de que a lei

complementar defina o seu fato gerador, base de cálculo e contribuintes." (RE 138.284, Rel.

Min. Carlos Velloso, julgamento em 1º-7-1992, Plenário, DJ de 28-8-1992.)