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CETESB RELATÓRIO DE VISTORIA Nº 01/09/TAGA

E:\Relatório de Vistoria - Rodoanel sul lote 1 03_08_09_rev_final.doc 1/8

EMPRESA: DERSA – Desenvolvimento Rodoviário S.A.

LOCAL DA VISTORIA: Implantação do Lote 1 do Trecho Sul do Rodoanel Mário Covas, entre as estacas 30.857 e 31.480, nos municípios de São Bernardo do Campo, Santo André, Ribeirão Pires e Mauá.

DATA: 03/08/09

PARTICIPANTES:

1. Engº Rodrigo Passos Cunha - CETESB/TAGA 2. Mariana Miguel Simãozinho - CETESB/TAGA

3. Vitor Suzuki de Carvalho - CETESB/TAGA 4. Ana - Supervisão Ambiental

5. Engº Ruy L. Marques e Silva - Consórcio Construtor

1 – INTRODUÇÃO

Trata-se de vistoria realizada em 03/08/09 com a participação dos técnicos da Cetesb, da Supervisão Ambiental (DERSA) e do Consórcio Construtor, para acompanhamento das obras do Lote 1 do trecho Sul do Rodoanel. O lote 1 se inicia na estaca 30.857, no município de Mauá (Av. Papa João XXIII), passa pelos municípios de Ribeirão Pires e Santo André e termina na estaca 31.480 no município de São Bernardo do Campo (próximo à passagem superior 1º de Maio) e é de responsabilidade do consórcio Andrade Gutierrez /Galvão. 2 – CARACTERIZAÇÃO DO EMPREENDIMENTO O trecho Sul do Rodoanel Mário Covas foi licenciado por meio do Estudo de Impacto Ambiental e respectivo Relatório de Impacto Ambiental – EIA/RIMA, aprovado pela Deliberação CONSEMA 005/06 com emissão da LP nº 00935. As LIs emitidas que definem os trechos objetos da obra do Lote 1 são:

� LI nº 00425, referentes à implantação do subtrecho situado entre as estacas 30.857 e 31.022 – trevo da avenida Papa João XXIII;

� LI nº 00485, para o trecho compreendido entre o final da interligação com a Av. Papa João XXIII e o início do bairro Borda do Campo (estacas 31.022 à 31.110), passando pelo Aterro Sanitário LARA, e o trecho compreendido entre o Jardim Balneária Alvorada e final do Lote 1 (estacas 31.35 à 31.480); e

� LI nº 00514, para o Lote 1 no trecho compreendido entre as estacas 31.110 e 31.350. 3 – COMENTÁRIOS SOBRE A VISTORIA De forma geral, as obras encontram-se em estágio bastante avançado, em fase de finalização das OAEs e com boa parte do trecho com pavimentação asfáltica. Verificou-se ao longo do trecho a implementação das medidas preconizadas no processo de licenciamento. Há locais, entretanto, em que são necessários novos dispositivos de controle dos processos de dinâmica superficial, atividades de manutenção mais intensa, como nas OAEs 104 (fotos 19 à 21) e 105 (foto 22) e correção de problemas específicos (fotos 25 e 30). A estrutura da OAE 111 está concluída, restando a escavação para a realocação da Rua Mico Leão Dourado em passagem inferior, permitindo a ligação entre as porções norte e sul do bairro Recreio Borda do Campo (fotos 15 à 17). Na altura da estaca 30.015 (fotos 7à 9), foram observados problemas no sistema de drenagem. Trata-se de um ponto de concentração de uma ampla área de contribuição. Os dispositivos provisórios não foram suficientes para evitar impactos no local e foram substituídos para a efetiva contenção de sedimentos, provocando um alagamento ao redor do sistema de drenagem. O volume de água drenada deve aumentar com o avanço da pavimentação e conseqüente impermeabilização. Foi informada a elaboração de um Plano de Recuperação de Áreas Impactadas – PRAI para a área externa à faixa de domínio. Finalmente, cabe ponderar que os índices pluviométricos no mês de julho foram atipicamente elevados, atrapalhando o andamento das obras e a eficiência dos dispositivos de controle dos processos de dinâmica superficial. Foram observadas equipes de meio ambiente atuando em pontos da obra (fotos 22, 32 e 33). 4 – RECOMENDAÇÕES A equipe técnica do TAGA entende que podem ocorrer impactos relacionados a deficiências de manutenção, sobretudo nos locais de desmobilização das frentes de obra, e para a efetiva mitigação dos impactos ambientais são necessárias as seguintes ações:



• A constante manutenção dos dispositivos de retenção de sedimentos (implantação de novos dispositivos, reparos em barreiras, retirada de material acumulado, entre outras medidas), com destaque para o local da OAE 104;

• Apresentar a adequação de projeto do sistema de drenagem definitivo na altura da estaca 30.015, considerando as obras de ligação com o futuro trecho leste do Rodoanel;

• Apresentar o PRAI e proceder à recuperação da área impactada nas proximidades da estaca 30.015, informando claramente quais os impactos ocorridos fora da faixa de domínio;

• Intensificar as atividades de controle, com acompanhamento da supervisão ambiental, nos pontos críticos da obra, com destaque para as áreas de desmobilização das frentes de obra, verificando a possibilidade de ampliação das equipes de manutenção;

• A desativação dos dispositivos provisórios de drenagem e adequada recuperação das áreas impactadas, logo que as obras de terraplanagem do trecho e a implantação do sistema definitivo de drenagem sejam concluídas;

• Informar sobre o atendimento das ações supracitadas no próximo relatório trimestral de acompanhamento.

Eng. Rodrigo Passos Cunha Reg. 7022 CREA 5.60.877.616/D

De acordo: Biól. Mayla Matsuzaki Fukushima Gerente do Setor de Análise de Projetos em Área de Vocação Industrial - TAGA Reg. 6594 CRBio 31165-01-D



A documentação fotográfica é apresentada a seguir:

FOTO 1 – Ortofoto do Lote 1

FOTO 2 – (OAE 101) Alça de ligação com a Av. Papa João XXIII. Material em “bota-espera” na área interna da alça.

FOTO 3 – Trecho de pista em pavimentação na altura da estaca 30.959. Verifica-se no local a existência de leiras para disciplinamento da drenagem e proteção vegetal dos taludes.



FOTO 4 – (Est. 30.959) Dique de gabião para retenção de sedimentos.

FOTO 5 – (Est. 30.975) Equipe em atividade de desmonte com fogo.

FOTO 6 – (Est. 31.020) Local aproximado da ligação entre os trechos Sul e Leste do Rodoanel em fase final de terraplanagem.

FOTO 7 – (Est. 31.015) – Ponto de alagamento à montante do eixo da pista em local com deficiências no projeto de drenagem. Nota-se a morte por afogamento de indivíduos arbóreos.

FOTO 8 – (Est. 31.015) Dique de contenção de sedimentos implantado após constatação da insuficiência do dispositivo provisório de drenagem anterior. A linha tracejada representa o limite da faixa de domínio do empreendimento. Área objeto do PRAI a ser apresentado.

FOTO 9 – (Est. 31.015) Destaque da área impactada fora da faixa de domínio. Após as barreiras, o curso d’água ainda apresenta turbidez elevada, mas foi informada a existência de outro dispositivo de contenção mais à jusante.



FOTO 10 – Implantação da OAE 102, localizada sobre o DME Borda do Campo.

FOTO 11 – (OAE 102) DME Borda do Campo com capacidade volumétrica totalmente utilizada. Haverá movimentação de solo apenas para conformação final.

FOTO 12 – Local de desmonte com fogo, já executado, próximo à OAE 102.

FOTO 13 – (Est. 31.119) Execução de dispositivo de drenagem. Notam-se os taludes conformados e vegetados.

FOTO 14 – (Est. 31.185) Aterro de grande porte, com taludes conformados e protegidos por vegetação e sistema de drenagem definitivo implantado. Em destaque, acúmulo de sedimentos carreados de uma ampla área de contribuição.

FOTO 15 – (Est. 31.185) Porção norte do bairro Recreio Borda do Campo, separada da infraestrutura existente na porção sul pelo Rodoanel.



FOTO 16 – (Est. 31.185) Porção Sul do bairro Recreio Borda do Campo, com a escola existente em destaque.

FOTO 17 – (Est. 31.186) OAE 111 com estrutura finalizada no bairro Recreio Borda do Campo. Sob o viaduto será implantada a realocação da Rua Mico Leão.

FOTO 18 – Área de várzea assoreada sob a OAE 103. Os sedimentos encontram-se limitados pelo caminho de serviço implantado em aterro provisório. Toda a área será recuperada.

FOTO 19 – Aterro provisório implantado ao lado da OAE 104. O material deverá ser removido e disposto adequadamente e o local devidamente recuperado.

FOTO 20 – OAE 104 com área de solo exposto e alguns taludes desprotegidos sob a estrutura.

FOTO 21 – (OAE 104) Local com ausência de dispositivos de drenagem provisória e de retenção de sedimentos. Observa-se o carreamento de sedimentos e assoreamento na represa. Há uma barreira flutuante de geotêxtil no local.



FOTO 22 – (OAE 105) Equipe trabalha no sistema de drenagem definitiva nos taludes (acima); Necessidade de proteção contra o carreamento de sedimentos para a represa (abaixo).

FOTO 23 – Implantação de proteção definitiva de talude sob o apoio da OAE 105.

FOTO 24 – OAE 106 construída em balanços sucessivos, método que diminui a área utilizada para as fundações da estrutura.

FOTO 25 – (OAE 106) Armazenamento de produtos químicos (aditivos para concreto) exposto às intempéries e sem confinamento.

FOTO 26 – OAE 107 em fase final de implantação. Ao fundo, pátio de vigas sobre o eixo da pista.

FOTO 27 – Em primeiro plano, aterro provisório utilizado para construção da OAE 108. Em destaque, ocorrência de afogamento de indivíduos arbóreos pelo aumento da área alagada.



FOTO 28 – Barreiras flutuantes em série na represa Billings sob a OAE 108. Nota-se claramente a concentração da turbidez na região limitada pela barreira de geotêxtil.

FOTO 29 – (OAE 109) Dispositivo provisório do tipo cachimbo, para contenção de sedimentos, associado aos dispositivos das fotos 30 e 31.

FOTO 30 – (OAE 109) Bacia com dique de rachão à jusante do dispositivo da foto 29. Observa-se uma película de óleo sobre a água.

FOTO 31 – (OAE 109) Barreira de geotêxtil próxima ao caminho de serviço à jusante do dispositivo da foto 30.

FOTO 32 – (OAE 110) Dispositivo provisório para contenção de sedimentos, com dique de rachão seguido por barreira de geotêxtil mais barreira flutuante na represa. Equipe trabalha na manutenção dos dispositivos.

FOTO 33 – (OAE 110) Equipe trabalhando na recuperação de talude com ocorrência de erosão. O local encontrava-se protegido contra o agravamento do processo antes da intervenção presenciada na vistoria.

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