conex o clima - cetesb

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P`G. 12 CONEXˆO Açao Local contra o Aquecimento Global COP 8 Resumo dos Resultados da COP8. Por Laura Valente de Macedo P`G. 13 CIDADES Membros da Campanha Cidades Pela Proteçªo do Clima falam de sua adesªo à campanha interna- cional do ICLEI. P`GS. 4 A 11 LGS Pode a Açªo Local Mover o Mundo? Por Margarita Maria Parra Ano I - N” 1 - 2002 Este boletim foi impresso em papel 100% reciclado

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C O N E X Ã O

Açao Local contra o Aquecimento Global

C O P 8Resumo dos Resultados da COP8.Por Laura Valente de Macedo

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C I D A D E SMembros da Campanha CidadesPela Proteção do Clima falam desua adesão à campanha interna-cional do ICLEI.

P Á G S . 4 A 1 1

L G SPode a Ação LocalMover o Mundo? Por Margarita MariaParra

Ano I - Nº 1 - 2002

Este boletim foi impresso em papel 100% reciclado

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A Campanha Cidades pela Proteção do Clima do ICLEI - CCPTM - ICLEI - LACS

Temos o prazer de apresentar atodos e, em particular aos nos-sos membros da CampanhaCidades pela Proteção do Clima

- CCP na Argentina, Brasil e Chile,o primeiro número do BoletimConexão Clima, uma publicação de-dicada a divulgar a autoridades lo-cais e demais interessados, notíciasrecentes sobre o tema de mudançasclimáticas e as atividades da cam-panha internacional Cidades pelaProteção do Clima do ICLEI.

Nesta primeira edição, além daintrodução de nossas cidades CCP-LACS pelos prefeitos, temos um bre-ve relato da participação do CCPICLEI na Oitava Conferência dasPartes, COP 8, realizada de 23 deoutubro a 1 de novembro último, emDeli, Índia. Um resumo do resulta-do da conferência poderá ajudar oleitor a compreender melhor este mo-mento do processo de negociaçõesinternacionais sobre clima, e a im-portância da participação do ICLEIe de sua campanha.

Tivemos a oportunidade ainda dereunir diversos coordenadores CCPpara trocar informações sobre o an-damento da campanha em seus res-pectivos países, o que deverá me-lhorar ainda mais o intercâmbio deexperiências entre as cidades mem-bros, com o apoio dos escritórios re-gionais e suas equipes. Esperamosque este fluxo de informações se in-tensifique à medida que nossas ci-dades avancem rumo ao cumpri-mento dos Cinco Marcos da cam-panha, atingindo assim nosso ob-jetivo de reduzir as emissões de ga-ses de efeito estufa na atmosferaglobal, ao mesmo tempo em que semelhora a qualidade de vida nas ci-dades.

A região da América Latina eCaribe esteve presente na COP 8através dos coordenadores LauraValente de Macedo, da América doSul, e Edgar Villaseñor, do México.O folheto em inglês, do inventáriodo Rio de Janeiro, disponibilizadono estande do ICLEI, também foi um

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sucesso, marcando a presença denossas ações na campanha.

Esperamos que nossa participa-ção na COP 8 e esta publicação pos-sam agregar conteúdo e estimularnossas cidades a prosseguir para ocumprimento do segundo Marcocom êxito e entusiasmo.

Não podemos deixar de mencio-nar aqui a hospitalidade de nossoscolegas do ICLEI da Índia, que rece-beram a todos com atenção, com-petência e carinho. Com certeza osmembros do ICLEI que tiveram o pri-vilégio de ser recebidos por EmaniKumar e sua equipe em Delhi lem-brarão sempre da acolhida. A cartado Prefeito V. N. Dubey, de Jabalpursimboliza a importância desta trocade experiências e esperamos que sir-va de inspiração para que este in-tercâmbio com a India se intensifi-que daqui para diante.

Laura Valente de MacedoMargarita Maria Parra

Coordenação CCP - LACS

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Laura Valente de Macedo em palestra no 1º Workshop, ao lado do professorRoberto Schaeffer, da COPPE-UFRJ

Margarita Parra, Gerente da CCP ICLEI-LACS,Sam Chimbuya Diretor Agenda Local 21 ICLEI-AFRICA, Diana Segovia Coordenadora RedAgenda Local 21 ICLEI -LACS

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Reduzir emissões: compromisso de Betim

C A R T A D A Í N D I A

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November 12, 2002

To The Mayors in Brazil

Dear Friends,

Despite such long distance be-tween our two countries, such greatdifference in the cultural pattern ofour societies, such vast disparity inthe natural resources, it is amazingto see that we have so many com-mon problems. I am sure that

through some forum or the other wecan combine our respective creativ-ities to find solutions to our commonproblems. The problems of urbanpoor, delivery of services to the ur-ban poor, tenancy right, meaningfuleducation to one and all and mean-ingful employment opportunities arethe problems that we share and wehave to tackle. We also have to learnhow to do it in a manner that we pre-serve the Mother Earth and also in-dividual's self-respect and dignity.

United Nations and Cities forClimate Protection seem to be theideal supplementary institutionsthrough which we can meet, inter-act and help each other. I requestyou to make these institutions realstrong so that they help us in pro-moting a strong bond between us.

With the finest regards,

Yours sincerely,

Mayor V.N. Dubey

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A P R E S E N T A Ç Ã O

As últimas décadas do século XXforam marcadas por grandes ques-tões econômicas, sociais e ambien-tais, sendo que estas últimas se apre-sentam como os problemas mais ur-gentes a serem resolvidos.

Ao iniciar o século XXI a humanidadetem como grande desafio buscar solu-ções para os problemas herdados dosséculos anteriores e que deixaram umrastro de destruição em todo o planeta.

São notáveis os impactos ambien-tais resultantes das atividades indus-triais: crescimento demográfico, ele-vação do consumo, produção de li-xo, ocupação desordenada nos gran-des centros urbanos, poluição do ar,água e solo, desmatamentos, quei-madas, extinção de espécies da fau-na e da flora, destruição de nascen-tes e mananciais, entre outros.

Embora tenham havido significa-tivos avanços no que tange à eleva-ção da consciência ambiental e daevolução dos sistemas responsáveispela legislação ambiental - nas esfe-ras nacional e internacional - os pro-

blemas ambientais permanecem co-mo um grande desafio para a so-ciedade contemporânea.

Nesse contexto, o município deBetim em parceria com a PUC-Mi-nas, através do curso de CiênciasBiológicas, tem envidado esforços nosentido de buscar soluções para tan-tos e complexos problemas.

O fato de estarmos, hoje, inseri-dos na campanha "Cidades pelaProteção do Clima - CCP" promovi-da pelo ICLEI, revela nossa vontadede percorrer caminhos seguros quenos levem à solução, ou minimiza-ção dos problemas ambientais locais,contribuindo para a melhoria da qua-lidade de vida da população de nos-so município e, em escala mais am-pla, contribuir para melhorar a qua-lidade de vida em nosso planeta.

Honra-nos participar dessa inicia-tiva que envolve hoje, cerca de 500cidades espalhadas por todos os con-tinentes.

A campanha "Cidades pela Pro-teção do Clima - CCP" envolve mi-

lhares de pessoas que trabalham emprol do nosso planeta, visando pro-mover a redução de suas emissõesde gases de efeito estufa.

Betim agora passa a integrar es-se grupo, abraçando o projeto coma convicção de que conseguiremosatingir a meta estabelecida de redu-ção de 10% das emissões de gasesaté o ano de 2010.

Devo dizer que nosso municípionão poupará esforços no sentido deincentivar a participação dos diver-sos atores sociais que possuem pa-pel crucial para o sucesso de qual-quer iniciativa dessa natureza.

Sejam bem vindos ao I SeminárioInternacional sobre Mudanças Cli-máticas de Betim.

É nosso desejo que todos os par-ticipantes deste evento sintam-se emcasa e contamos com a contribuiçãode cada um para construir um mun-do melhor para nós e para as futu-ras gerações.

Carlaile PedrosaPrefeito de Betim

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Nota para Buenos Aires

Acidade de Buenos Aires faz par-te da Campanha Cidades pelaProteção Climática desde 1998e está participando ativamente

desta nova etapa, cuja convocaçãofoi iniciada no final de 2001.

Questões como a avaliação do im-pacto ambiental, normas sobre a

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qualidade do ar, resíduos, ou aque-las ligadas à saúde humana e ani-mal, bem como a proteção à florae à fauna, são as questões que fo-

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Avellaneda, município industrial da área metropolitana de Buenos Aires

omunicípio de Avellaneda, naregião metropolitana de BuenosAires, acaba de comemorar seu150º. aniversário. Sua origem

data do século XIX e está ligada à ex-pansão da Cidade de Buenos Airespara o outro lado do Riachuelo. Atual-mente conta com certa de 350.000habitantes nos seus 55 km2, estan-do localizada ao sul da Cidade Au-tônoma de Buenos Aires, dentro daProvíncia de Buenos Aires e na mar-gem do Rio da Prata.

Nosso município se caracteriza pe-la sua história dinâmica industrial, aqual tem se modificado nos últimosanos ao compasso da crise econômi-ca, contudo, continua sendo muitoimportante em duas zonas: o PóloPetroquímico de Dock Sud e o setordenominado Villa de Luján, onde es-tão localizados os principais curtu-mes. Em Dock Sud está localizado oprincipal porto da Província de BuenosAires, sendo a movimentação de subs-tâncias perigosas a atividade de maiorenvergadura. Também no nosso mu-nicípio encontra-se uma parte impor-tante do principal aterro sanitário daárea metropolitana de Buenos Aires,no qual são descartados, desde o fi-nal da década de setenta, os resíduosresidenciais e industriais inertes ge-rados na Cidade Autônoma de Buenos

Aires e nos municípios do sul da zo-na metropolitana. Atualmente, a en-tidade que o gerencia (CEAMSE), daqual o município faz parte, está estu-dando seu fechamento.

Este cenário de fontes fixas, com-plexo por si só, é complementado porfontes difusas importantes, como éo caso de cursos d´água com alto ní-vel de poluição: o Riachuelo no limi-te com a cidade de Buenos Aires; osriachos Sarandi e Santo Domingo, queatravessam o município, e o Rio daPrata na fronteira leste. Finalmente,cabe acrescentar as fontes móveis queestruturam o trânsito rodoviário domunicípio, cuja lógica está associadaà posição do município dentro do pri-meiro anel da metrópole e como umadas históricas entradas a partir do sulà área central da cidade metropolita-na, mediante vias expressas e aveni-das. Este cenário é completado porum importante trânsito de caminhões,constituído pelo fluxo gerado pelo Portode Dock Sud e sua conectividade como Porto de Buenos Aires.

A preocupação e o trabalho donosso governo municipal tem seorientado no sentido do estabeleci-mento de políticas ambientais terri-toriais e setoriais, em alguns casoscom o desenvolvimento de progra-mas interjurisdicionais (níveis muni-

cipal, estadual e nacional) e que temmerecido o apoio de agências de coo-peração internacional, como é o ca-so do Plano de Monitoramento daQualidade do Ar no Pólo Petroquímicode Dock Sud (JICA) e o programa defortalecimento institucional (GTZ).Como parte desta linha de trabalho,que tenta desenvolver políticas quetêm um sentido estratégico para odesenvolvimento sustentável da nos-sa comuna e da região metropolita-na à qual pertence, nosso municípiodecidiu participar ativamente daCampanha "Cidades pela ProteçãoClimática", que é promovida pelaICLEI para a América Latina. A apre-sentação da Campanha realizada nanossa cidade foi recebida com em-polgação pela imprensa local e re-gional, bem como por todas as re-presentações políticas que compõemo Honorável Conselho Deliberativo,sendo o consenso social e políticouma condição para garantir a conti-nuidade de uma política estratégicaque complementa nossos atuais tra-balhos, contribuindo a partir das nos-sas ações locais para as políticas glo-bais de proteção climática.

Dr. Oscar LabordePrefeito do Município de Avellaneda

Província de Buenos Aires - Argentina

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Goiânia: A proteção do clima começa nas pequenas mudanças de comportamento

As atividades administrativas deuma cidade ocupam, geralmen-te, mais tempo do que se pos-sa imaginar para que o poder

público se volte para outras verten-tes que assegurem a sua sustenta-bilidade. Como solucionar esse pro-blema, se ele representa o bem es-tar de seus habitantes, independen-temente do mandato de um admi-nistrador? Aos poucos descobrimos(a cidade e a administração publi-ca), que o seu desenvolvimento, naperspectiva da inclusão social, dacidadania e da requalificação do es-paço urbano, se encontra nas inicia-tivas locais, com os atores locais e,nas pequenas coisas concretas.Muitas das soluções para o desen-

volvimento sustentável de uma ci-dade afloram com a implementaçãoda Agenda 21, uma opção da ad-ministração atual, que se iniciouem janeiro de 2001.

A razão de ser da implementaçãoda Agenda 21 Local está na cons-trução coletiva de idéias e propos-tas que valorizam a participação dacomunidade. Isso tem resultado, napossibilidade de alcançar mudançaspositivas na capacidade de gestãoda cidade, principalmente porqueaprendemos que é possível construirconceitos, teorias, práticas, metodo-logias e instrumentos apropriados ànossa problemática. Ninguém co-nhece melhor a cidade que seus ha-bitantes e, com a possibilidade de

serem sujeitos e não objetos do de-senvolvimento, o interesse em dis-cutir e propor aumenta.

Goiânia, projetada inicialmente pa-ra 50 mil habitantes, encontra-se ho-je com 1,1 milhão de pessoas sen-do que sua região metropolitana con-tém quase cinqüenta por cento dapopulação do estado. Estrategicamen-te está localizada no bioma cerradoe forma, junto com Brasília, pontosnodais para redes de infraestruturaque interligam norte e sudeste. Con-siderando a crescente urbanizaçãodos últimas três décadas, os impac-tos socioambientais no município aca-bam por refletir as alterações do pró-prio bioma. Conseqüentemente te-mos interferência no clima.

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ram incorporadas à Lei Marco Am-biental da Cidade denominada PlanoUrbano Ambiental.

A cidade de Buenos Aires contacom 220 km2 e cerca de 3,5 mi-lhões de habitantes, sendo a sededo Governo Nacional e Local e o cen-tro administrativo dos negócios. Poroutro lado, a Área Metropolitana ouconurbação de Buenos Aires, contacom mais de 14 milhões de habi-tantes, motivo pelo qual uma políti-ca integrada de meio ambiente setorna indispensável.

Buenos Aires também vem partici-pando da Iniciativa do Ar Limpo pro-movida pelo Banco Mundial para aAmérica Latina desde 1998. O gover-

no da cidade de Buenos Aires temconsciência de que as mudanças am-bientais a nível climático nas grandesurbes exercem uma repercussão di-reta sobre a economia e, conseqüen-temente, sobre o desenvolvimento.

Como resultado da iniciativa e comfinanciamento canadense, está sen-do realizado na Cidade um inventáriode gases de fontes fixas e móveis atéjaneiro de 2003. Este trabalho estásendo coordenado pelo Programa deAr Limpo da Secretaria do MeioAmbiente e Espaço Público da Cidade.

Além disso, para a Área Metropoli-tana de Buenos Aires, a Secretaria doAmbiente e Desenvolvimento do Go-verno da Nação, dentro do Projeto Es-

tratégias Ambientais Integradas, finan-ciado pela EPA (Agência Ambiental dosEstados Unidos), elaborou um inven-tário de emissões de gases poluentes,incluindo os gases do efeito estufa.

Todos esses recursos garantemque a Campanha Cidades pela Pro-teção Climática - CCP, será um su-cesso em Buenos Aires. Os dadosdo inventário serão complementa-dos com as ferramentas e o inven-tário da CCP, permitindo desta for-ma a geração de projeções, que se-rão a base para formular o plano deação para a redução de emissões degases do efeito estufa na Cidade.

Coordenação CCP - LACS

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Porto Alegre entra na Campanha pela Proteção Climática

Capital do Rio Grande do Sul, si-tuada no extremo meridional doBrasil, Porto Alegre vem se des-tacando nos últimos anos pela

crescente qualidade de vida de seus1.360.033 habitantes (dados IB-GE/2000). De acordo com a ONU,é a metrópole com melhor qualida-de de vida do País, apresentando ín-dices como rede de água para 99%da população, rede de esgoto para82% e coleta de lixo atendendo100% dos moradores. Possui maisde um milhão de árvores em viaspúblicas, 748 praças, nove parques

e a Reserva Biológica do Lami, com180 hectares, além de contar emsua paisagem com um entorno demorros e com o Lago Guaíba.

Essa estrutura foi incrementadagraças ao sistema de Gestão Am-biental que a Administração Popularimplementou desde 1989, quandoassumiu a Prefeitura de Porto Alegre.Nesses 14 anos, aperfeiçoamos eaprofundamos o trabalho da Secre-taria Municipal do Meio Ambiente(Smam), principalmente através dacriação de legislação ambiental, ho-je referência no país.

As políticas públicas para o meioambiente implementadas em PortoAlegre têm como eixo o desenvolvi-mento sustentável. Buscando novascondições de equilíbrio para garan-tir maior qualidade de vida para apopulação. Os projetos aplicados nacidade visam agregar a preservaçãoambiental com a geração de empre-go e renda. Entre eles, podemos ci-tar a gestão de áreas verdes; o licen-ciamento ambiental municipaliza-do; a gestão integrada de resíduossólidos; os programas de transportepúblico; o gerenciamento do tráfe-

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A adesão do município à Campa-nha Cidades pela Proteção do Clima-CCP permite potencializar o diag-nóstico dos desafios locais e incor-porar novas propostas ao processode Agenda 21, estabelecendo umaconexão entre o local, regional e glo-bal. Nesse sentido, deve-se desta-car duas situações específicas: o cer-rado e as relações metropolitanas.

No âmbito do município, no as-pecto metropolitano alguns desafiostornam-se eminentes. Dentre eles,o abastecimento de água. Frente aisto, o Consórcio Municipal do RioMeia Ponte gestiona diálogos inter-municipais que têm permitido aconstrução de caminhos alternati-vos para todo o complexo da baciahidrográfica, principal fonte abaste-cedora de água para a Capital.

Referente às emissões de gasespoluentes e de efeito estufa, a inte-gração de ações localizadas das se-cretarias municipais e o fomento dodebate sobre matrizes energéticassustentáveis via Agenda 21, apon-

tam para a socialização de preocu-pações e soluções, numa relação for-mal e institucional entre poder pú-blico e sociedade civil organizada.Concomitante a isto, o sistema decoleta de resíduos vem promoven-do e estimulando projetos articula-dos de coleta e educação ambientalintegrando as matrizes/ eficiênciaeconômica e sustentabilidade so-cioambiental. Goiânia é a única ci-dade do Estado de Goiás que pos-sui um aterro sanitário.

Não obstante todos estes fatores,o município vivencia uma demandade infraestruturas sociais e físicasnos últimos vinte anos, fazendo-semais do que necessário o estabele-cimento de uma agenda de priori-dades locais.

Por fim, as alterações climáticasglobais e a identificação dos proces-sos localizados não podem perderde vista sua articulação com outrosfatores. A CCP permite e potenciali-za o poder público no planejamen-to integrado respondendo, ainda que

a priori de maneira localizada, ques-tões referentes a emissões de gasese redes de transporte. Por outro, fo-menta a implantação de campanhasparalelas. Exemplo seria o esforçomunicipal frente aos desafios de im-plantar um sistema de áreas verdes.Junta-se a essas perspectivas a si-tuação peculiar do município de es-tar revisando o seu Plano Diretor,tornando-se o momento propício pa-ra repensar hábitos, costumes e opróprio sistema de planejamento mu-nicipal.

Assim, gostaríamos de registrarnossa satisfação, apoio e compro-misso com a CCP, entendendo-a co-mo elemento de grande estímulo,não apenas em busca da sustenta-bilidade local, mas da própria sus-tentabilidade global. A questão doclima e da água tornam-se de vitalimportância para as cidades de ho-je e de amanhã.

Pedro Wilson Guimarães Prefeito de Goiânia

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go; o programa de eficiência ener-gética nos prédios e equipamentosdo município; as medidas de com-bate à poluição do ar; os programasde controle da qualidade do ar; e de-mais estudos já realizados na cida-de, que apontam para necessidadesde aprofundamento nas questõesglobais relativas à mudança climá-tica e à qualidade do ar.

Em 1999, Porto Alegre já possuíauma frota com 623.000 veículosautomotores particulares, estiman-do-se uma média de 2,08 habitan-tes/veículo, uma das mais elevadastaxas de motorização do país. Parareduzir os índices de emissão de po-luentes gerados, a Prefeitura desen-volve uma série de projetos, mui-tos deles em parceria com universi-dades, governo do Estado e gover-no federal (Petrobrás).

A troca da matriz energética, coma implementação do Óleo Diesel Me-tropolitano (ODM), é um exemplodessas parcerias. Este programa, em

conjunto com a Refinaria AlbertoPasqualini, resultou no desenvolvi-mento de um combustível menospoluente com o mesmo custo do die-sel comum. O monitoramento at-mosférico e climático mostrou queo uso do ODM promove a reduçãode dióxido de enxofre e dióxido denitrogênio a níveis inferiores ao re-comendado pelo Conselho Nacionalde Meio Ambiente.

Outro destaque é a Operação ArPuro, que desde 1995 tem comoobjetivo reduzir a emissão de fuma-ça preta lançada pelos veículos mo-vidos a diesel. Através de ações deeducação ambiental da população,incentiva a manutenção dos veícu-los regulados e o uso do transportecoletivo. Para acompanhar os resul-tados dessas medidas, a Prefeituramontou a Rede de Monitoramentoda Qualidade do Ar e criou o Pro-grama Química do Ar, que verificaperiodicamente a composição do are a influência das emissões.

Este também é o segundo anoconsecutivo que Porto Alegre inte-gra a campanha Na Cidade SemMeu Carro. De caráter mundial, acampanha propõe um novo olharpara o uso do automóvel no dia-a-dia da população e já contabiliza1.500 cidades participantes.

A inclusão de Porto Alegre naCampanha das Cidades para aProteção Climática é fundamentalpara a intensificação do trabalhodesenvolvido pela Prefeitura na me-lhoria da qualidade de vida para apopulação. A Campanha, em par-ceria com o ICLEI e demais gover-nos locais, possibilitará a troca deexperiências, o aperfeiçoamentotécnico e o acesso a recursos tec-nológicos para a implementação denovas medidas de controle e re-dução dos gases poluentes atmos-féricos.

João VerlePrefeito de Porto Alegre

Niterói: investimento local, retorno global

Aparticipação de Niterói na CCPtem como objetivo impulsionara estratégia ambiental da cidadena direção de uma dimensão glo-

bal. Niterói é reconhecida como umadas cidades com melhor qualidade devida no país, tendo priorizado a ges-tão ambiental em suas políticas pú-blicas. Uma das preocupações pre-mentes da atual administração refere-se à saturação da bacia aérea, noParque Industrial de Niterói onde seconcentram estaleiros e indústrias dosetor naval. Coerente com esta visão,Niterói manifestou seu interesse emaderir à Campanha CCP em dezem-bro de 2001. Os objetivos da CCPvêm ao encontro desta visão de umacidade limpa, com qualidade de vida,

e, inserida em um contexto global pe-lo desenvolvimento sustentável.

A Prefeitura investe na melhoria daqualidade do ar através de projetos dereflorestamento, incentivo ao trans-porte alternativo, construção de ciclo-vias e mineralização do lixo no ater-ro sanitário. Medidas compatíveis coma CCP incluem a utilização de foto-sensores na iluminação pública, a im-plantação de rede de gás natural quepossibilitará a conversão da frota deveículos para uso de gás, além de umprojeto experimental no bairro doJacaré, consistindo de um novo sis-tema de tratamento de efluentes do-mésticos, com a implantação de umbiodigestor comunitário, para gerarenergia a gás.

Outra importante iniciativa que con-tribui para a redução de emissões, aomesmo em que melhora a qualida-de de vida em nível local, é o Pro-grama de Reflorestamento de Encostasdo município, iniciado em 1998 e quejá resultou em cerca de 25 hectaresde área plantada. Além de preservaras áreas que fatalmente seriam ocu-padas por assentamentos ilegais, amedida combate a vulnerabilidade ur-bana que irá se agravar com o aque-cimento global e a elevação do níveldo mar, no médio e longo prazos.Portanto, o investimento do municí-pio, além dos benefícios locais, tam-bém irá gerar dividendos globais.

Coordenação CCP-LACS

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Aprefeitura da Cidade do Rio deJaneiro aderiu oficialmente em1 de junho de 1998 à Cam-panha Internacional Cidades

pela Proteção do Clima CCP. Comoresultado desta primeira etapa aCidade desenvolveu o inventario deemissões de gases de efeito estufa,tornando-se em pioneira no Brasil.O Rio está entre as poucas cidadesda América Latina que têm um in-ventário especializado. As regiõesmetropolitanas de Buenos Aires,Santiago e Cidade do México come-çaram seus inventários na mesmaépoca.

O trabalho de inventário foi con-fiado a uma equipe de especialistasdo Centro de Estudos Integrados doMeio Ambiente e Mudanças Climá-ticas do Instituto de Pesquisa e Pós- Graduação de Engenharia daUniversidade Federal do Rio deJaneiro - COPPE/UFRJ.

A base teórica empregada parao desenvolvimento do inventario foia metodologia do Painel Intergover-namental sobre Mudanças Climáti-cas - IPCC. Também foi utilizado omodelo da �Comunicação Nacionalpara o Inventário Brasileiro de Emis-sões Antrópicas por Fontes e Re-moção por Sumidouros de Gases deEfeito Estufa não controlados peloProtocolo de Montreal�, elaboradosob a coordenação do Ministério daCiência e Tecnologia. Diante do pio-neirismo da iniciativa de realizaçãodo inventario das emissões de ga-ses de efeito estufa de um municí-pio, a equipe técnica da COPPE/-UFRJ desenvolveu uma metodolo-gia especificamente apropriada pa-ra a cidade do Rio de Janeiro.

As emissões avaliadas foram asde Metano CH4 e de Dióxido de Car-bono CO2 em unidades equivalen-tes de CO2. As emissões totais em

1990 foram 7.596 Gg e em 1998foram 12.798 Gg. Ao longo da dé-cada de noventa, as emissões totaisde CH4 e CO2 do município do Riode Janeiro aumentaram a uma taxaanual de quase 2%, superior à docrescimento populacional da cida-de, de 0,45% ao ano.

De acordo com os resultados, amaior parte das emissões equiva-lentes vem do setor de resíduos só-lidos (27%), seguida do setor detransporte rodoviário coletivo e decargas (15%) e do setor industrial(13%). Enquanto em 1996 os resí-duos sólidos cresceram (36%), otransporte rodoviário coletivo dimi-nuiu (11%) e o transporte rodoviá-rio individual, aumentou (16%).

As conclusões do estudo sinalizama queima de combustíveis fósseisem diversos setores como a princi-pal fonte de emissões da cidade, quevem aumentando com a rápida ex-pansão dos veículos particulares.Também a contribuição do metanogerado dos resíduos sólidos é con-siderável e sugere ações integradasna gestão do resíduos sólidos.

Embora as emissões per capita dacidade do Rio de Janeiro estejamabaixo das de metrópoles industria-lizadas, ações nas áreas de energia,industria, tratamento de resíduos,transporte, uso do solo e florestase agricultura poderão ser direcio-nadas com o intuito de reduzir es-tas emissões. Nesse sentido, a Cam-panha Cidades pela Proteção doClima no Rio de Janeiro pretendeapoiar a estratégia de redução deemissões da cidade, já em curso.

Coordenação CCP - LACS

O Rio de Janeiro já tem inventário de emissões de gases de efeito estufa

Apoluição atmosférica é uma das grandes preocupações daPrefeitura do Rio de Janeiro. Entre as ações compatíveis coma Campanha Cidades pela Proteção do Clima, a municipalida-

de desenvolve, através da Secretaria Municipal do Meio Ambiente,a campanha Limpando o Ar para reduzir os efeitos da poluição ge-rada principalmente por veículos a diesel. Esta campanha prevê afiscalização de 300 mil ônibus e caminhões por ano, pela SMAC,com apoio da Universidade Federal do Rio de Janeiro.

São realizados testes dos níveis de poluição dos ônibus urbanose, a partir dos resultados, os ônibus são classificados e recebem se-los em seus pára-brisas, de acordo com a avaliação. Desta manei-ra, a cidade controla a qualidade do ar, um dos objetivos da CCP.

fonte: www.rio.rj.gov.br/smac/

Ação local pela qualidade do ar

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São Paulo: O desafio da busca da sustentabilidade

acidade de São Paulo assumiuativamente o desafio de definire implementar políticas urba-nas e ações que apontam na

direção da sustentabilidade sócio-ambiental. Esta tarefa decerto é di-ficultada pelo fato de que não sabe-mos quando será implementado o

Protocolo de Kyoto - ainda não rati-ficado pela recusa enfática dos EUA,principal emissor de Gases de EfeitoEstufa - GEE.

Face ao não cumprimento dosacordos e metas da Rio 92, os pro-blemas ambientais globais tendema acentuar-se, assumindo cores dra-

máticas e desafiadoras para o futu-ro da humanidade, como demons-tram os relatórios do Painel Inter-governamental sobre MudançasClimáticas - IPCC.

O Brasil, no que se refere à Con-venção do Clima, vem atuando deforma pró-ativa nos eventos da

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Volta Redonda, presente na campanha cidades pela proteção climática

Volta Redonda é a cidade maisdinâmica do estado do Rio deJaneiro, com uma área de 180km2 e uma população de mais

de 240.000 habitantes. É uma ci-dade tipicamente industrial, com o

maior parque siderúrgico da Américalatina, sendo sede da CompanhiaSiderúrgica Nacional (CSN). Possuitambém várias empresas do ramode metalurgia, duas usinas cimen-teiras, uma fábrica de cal, uma ba-

se da Petrobrás, além de várias in-dústrias de médio e pequeno porte.

Honrados pela escolha para sediaro lançamento da Campanha Cidadespela Proteção do Clima na América doSul, demos início aos trabalhos orien-tados a partir do 1º Workshop realiza-do, já tendo 70% do levantamento ini-cial concluído, quanto as fontes deenergia utilizadas pelo Município.

Paralelamente, o Município con-tinua implantando ações efetivas co-mo: construção do novo Aterro Sa-nitário Municipal, previsto para inau-gurar em dezembro de 2002; cons-trução da Estação de Tratamento deEsgoto e eliminação de todo esgotoa céu aberto existente no Município.O engajamento de Volta Redondanesta Campanha pela redução degases de efeito estufa confirma ocompromisso ambiental assumidopor esta Administração Municipal.

Engº Agrº Luiz Carlos RodriguesCoordenador de Meio ambiente -

Prefeitura de Volta Redonda

Vistoria às obras de construção do novo Aterro Sanitário Municipal de Volta Redonda, que receberá 160 t/dia de lixo

urbano e terá vida útil estimada de 15 anos

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Conferência das Partes - COP, e as-sumiu um papel de liderança naconsolidação das propostas queculminaram com a elaboração doProtocolo de Kyoto. Participou daCúpula Mundial sobre Desenvolvi-mento Sustentável, a Rio + 10,em Joanesburgo, África do Sul, naqual apresentou proposta para queos países aumentassem o uso deenergia renovável, a qual infeliz-mente não foi aprovada no docu-mento final.

A Cidade de São Paulo, com umapopulação de mais de onze milhõesde habitantes, exerce fundamentalliderança na América Latina. O mu-nicípio tem poder indutor de políti-cas públicas e privadas, e vem bus-cando articular os diversos segmen-tos da sociedade e níveis de gover-no, no esforço para reverter o qua-dro de degradação ambiental e so-cial verificado na esfera local, queafeta e interfere diretamente na di-nâmica ambiental global.

Esta tarefa não é simples: é pre-ciso congregar os esforços da socie-dade entorno de projetos compro-metidos com a qualidade de vidados cidadãos, identificando e com-partilhando responsabilidades, pa-ra transcender às demandas imedia-tistas do mercado globalizado. Pac-tuando decisões de caráter munici-pal, podemos alcançar êxitos fantás-ticos e fundamentais, ao mesmotempo em que nos engajamos noesforço de ultrapassar os fracassosdos Acordos Multilaterais, reféns dosinteresses das nações economica-mente dominantes.

Apesar dos imensos desafios, ascondições básicas necessárias aoestabelecimento da gestão ambien-tal no município estão evoluindo ese traduzem nos seguintes eixos deação: consolidação do sistema mu-nicipal de meio ambiente, "ecologi-zação" das políticas e estratégias pú-blicas e privadas e intervenções de

recuperação do território. A cidade de São Paulo, vivencia

hoje pesados débitos ambientais, re-sultantes de um desenvolvimentomarcado pela ausência de proces-sos de planejamento, pelo signo deprofundas desigualdades sociais etaxas de crescimento assombrosasque não foram acompanhadas dosnecessários investimentos em infra-estrutura.

Dentre as vinte maiores metrópo-les do mundo, é a quinta com o armais poluído, com reflexos diretossobre a saúde humana e o meio am-biente. A incidência de áreas comsolos contaminados apenas agoracomeça a ser controlada. O conjun-to da bacia hidrográfica em que acidade está alojada foi objeto de ocu-pação predatória, levando a uma di-fícil convivência com os recursos hí-dricos: insuficiência de água paraabastecimento, paralelamente ainundações constantes. Este qua-dro é agravado pelo fato de que par-cela pouco significativa do esgotoscoletados são tratados.

Desde o início de nossa gestão,temos dado ênfase especial à ques-tão ambiental da cidade, que tantointerfere sobre a qualidade de vidada população, sobretudo a popula-ção mais carente. Em pouco tem-po de governo, já alcançamos ga-nhos significativos na gestão am-biental.

Assim, estão sendo desenvolvidosprogramas, projetos e ações que vi-sam atacar particularmente a ques-tão da poluição do ar na cidade e re-duzir a produção dos gases do efei-to estufa.

No que se refere a melhoria daqualidade do ar, vale destacar queencerramos as atividades da maiorfonte fixa de poluição na cidade: oincinerador de resíduos hospitalaresdeixou definitivamente de funcionareste ano. Estamos trabalhando pa-ra implantar o Programa de Inspeção

Veicular, que atingirá todos os veí-culos automotores em uso no mu-nicípio. Da mesma forma, estamosdefinindo um cronograma de metasrestritivas de emissões poluentes,a ser incorporado na próxima lici-tação de concessão para veículoscoletivos.

Outra fonte importante de emis-sões, especialmente no que se refe-re aos GEE, são os aterros sanitá-rios. Para controlar o metano, a ci-dade está ultimando contrato paraa captação das emissões e sua trans-formação em energia, nos dois maio-res aterros de São Paulo.

Vimos participando ativamente da"Iniciativa do Ar Limpo nas Cidadesda América Latina", que articula re-gionalmente ações e troca informa-ções entre vários países sobre suasexperiências para a melhoria da qua-lidade do ar.

Estamos implantando o Sistemade Áreas Verdes do Município, já ten-do ampliado o número de praças emesmo de parques, especialmentenas áreas periféricas da cidade, aon-de historicamente não foram feitosinvestimentos em infra-estrutura.Paralelamente, está em curso umprograma de arborização de vias pú-blicas, assim como projeto de revi-talização de todos os parques exis-tentes.

Desenvolvemos uma ferramentapoderosa para a introdução de ga-nho ambientais na estrutura produ-tiva, o Programa Municipal de Quali-dade Ambiental. Por meio da utili-zação do poder de compra da Pre-feitura e do reconhecimento da qua-lidade ambiental das empresas, es-tamos inaugurando um novo padrãode relações entre o setor público eprivado no país, induzindo o merca-do a incorporar cuidados ambien-tais, oferecer produtos seguros e res-ponsáveis. Da mesma forma, inicia-mos a implementação de procedi-mentos de gestão ambiental dos

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Tomé e sua participação na campanha CCP

Acomuna de Tomé está localizadana zona costeira do Chile, espe-cificamente na Região do Bío Bío,32 km ao norte da cidade de

Concepción (capital da Região do BíoBío). Tomé faz parte da Província deConcepción e está formada por 11 dis-tritos censitários: El Puerto, Ralihue,El Morro, Coliumo, Dichato, Pudá,Rafael, Conuco, San Antonio, Coroneye Punta de Parra. O clima de Tomécorresponde a um subtipo denomina-do temperado úmido, típico da faixacosteira e das partes altas e encostasocidentais da cordilheira da costa.

Tomé é uma comuna amigável aomeio ambiente e, ao mesmo tempo,preocupada com tudo que está re-lacionado à qualidade de vida dos

seus habitantes, por isso nossoMunicípio não hesitou em apresen-tar uma proposta para fazer parte daCampanha CCP, fato que foi oficia-lizado em dezembro de 2001.Posteriormente, participamos da pri-meira Oficina da Campanha Cidadespela Proteção Climática, realizadaem Volta Redonda nos dias 3 e 4 dejunho deste ano, ocasião na qual ti-vemos oportunidade de trocar idéiascom nossos pares do Brasil e tomarconhecimento de novas questões emrelação ao assunto.

Não é de agora que o nossoMunicípio começou a se preocuparcom o meio-ambiente. Como assi-nalamos anteriormente, somos umacomuna amigável com o mesmo euma prova disso é a "Campanha deReciclagem de Resíduos SólidosResidenciais (ROD)", realizada na co-muna desde 1998, com 2 usinas decompostagem que têm uma capaci-dade de produção de 180 ton/ano,as quais estão localizadas no setorurbano da comuna. Atualmente, en-contram-se inscritas 2 mil famíliasdas quais 500 participam ativamen-te na separação dos resíduos para

reciclagem na origem. Estima-se queno futuro ocorra a construção de mais3 usinas com a finalidade de dimi-nuir a maior parte dos resíduos queainda são lançados no bota-fora.

Hoje em dia estamos envolvidosna recompilação do histórico para a2a etapa, aquela que diz respeito àaplicação das técnicas de previsãode diminuição dos gases responsá-veis pelo efeito estufa. Esta tarefatem se desenvolvido de forma "len-ta", uma vez que os dados que re-quisitamos devem ser fornecidosprincipalmente por empresas priva-das e estas guardam seus dados comzêlo. No entanto, estamos buscan-do uma forma de resolver este im-passe e de nos apresentarmos na 2a

Oficina com a maior quantidade dohistórico requisitado.

Também devemos acrescentar queestamos nos preparando desde já pa-ra receber nossos companheiros decampanha no verão de 2003, pois so-mos uma comuna carinhosa e sabe-mos como receber nossos visitantes.

Eduardo AguileraPrefeito Município de Tomé - Chile

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Planta de Compostagem: Um dos lugares ondeé realizada a reciclagem de resíduosorgânicos em Tomé

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equipamentos municipais, estimu-lando a responsabilidade social eambiental do consumidor, dissemi-nando e difundindo práticas consu-mo ambientalmente amigáveis, es-pecialmente no que se refere a águae a energia.

Destaco, ainda, a aprovação doPlano Diretor da Cidade, que estru-tura diretrizes e instrumentos de ges-

tão ambiental para a recuperação dacidade e a Política Ambiental para oMunicípio de São Paulo, elaboradapela Secretaria Municipal do MeioAmbiente.

A adesão da Cidade de São Pauloà "Campanha das Cidades para aProteção do Clima" favorece a inte-gração, sistematização e ampliaçãodesses objetivos e ações, fortalecen-

do o controle dos GEE e a diminui-ção do consumo de energia. Estamosajudando o Brasil a honrar sua as-sinatura no Protocolo de Kyoto e con-tribuindo para com a preservaçãoe busca da sustentabilidade noPlaneta.

Martha SuplicyPrefeita de São Paulo

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ASessão dos Governos Locais(LGS) na Cúpula Mundial emDesenvolvimento Sustentáveldas Nações Unidas, Rio +10,

em Joanesburgo (27-30 Agosto2002) foi um sucesso: com mas de700 participantes ela foi reconheci-da como um dos maiores eventosparalelos na Cúpula. O ICLEI orga-nizou a sessão com a cooperação deoutras importantes associações in-ternacionais de municípios, como aWACLAC (Coordenadora Mundial deCidades e Associações de Autorida-des Locais), a IULA (União Interna-cional de Autoridades Locais), aUTO (Federação Mundial de CidadesUnidas) e agencias das NaçõesUnidas como o PNUMA e o PNUD.

Dez anos após a Rio 92, as au-toridades locais tiveram um espaçopróprio na Cúpula, onde se conse-guiu falar e discutir o papel e as ex-pectativas dos governos locais, es-pecificamente as ações nos dezanos, seus sucessos e barreiras, eas estratégias na implementação dosacordos internacionais para o desen-volvimento sustentável. Foram apre-sentados numerosos estudos de ca-sos bem sucedidos de iniciativas lo-cais para o desenvolvimento susten-tável; vale a pena mencionar os ca-sos da América Latina como o dePorto Alegre e de Curitiba do Brasil,Cidade de México, e Monterey doMéxico.

A Agenda Local 21 mostrou-seum dos resultados mais importan-tes destes dez anos de planejamen-to e ação local. Palestrantes convi-dados, prefeitos, secretários de meioambiente, de planejamento, de di-versos municípios de todos os con-tinentes e especialistas ambientais,discutiram como a gestão ambien-tal e as prioridades das agendas es-tão protegendo a água, a saúde oclima, a biodiversidade, o solo e oalimento, os chamados bens globaiscomuns, desde a questão local.

Discutiu-se também os proble-mas atuais para concretizar as agen-das locais; problemas críticos comoa falta de articulação entre os dife-rentes níveis de governo e a neces-sidade de acelerar sua implemen-tação. Desta forma, o ICLEI preten-deu dar orientações sobre as prio-ridades para agir mas efetivamentee criar comunidades e cidades sus-tentáveis. Com um novo conjuntode ferramentas o ICLEI direcionouos participantes a continuar enca-minhando o processo e acelerar aimplementação do desenvolvimen-to sustentável local. A nova fase daAgenda Local 21 foi assim denomi-nada Ação Local 21.

Os instrumentos para operaciona-lizar a Ação Local 21 vêm das atu-ais campanhas dO ICLEI: AgendaLocal 21, Cidades pela Proteção doClima, CCP, e a Campanha da Água,

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e, incluem iniciativas como ComprasVerdes, Cidades Resistentes (prepa-radas para a vulnerabilidade), Orça-mento Ecológico (ecobudget) e Ci-dades Ecoeficientes. Estes progra-mas estarão sendo levados à práti-ca em parceria, através de um dosmecanismos promovidos pelas Na-ções Unidas durante a Cúpula: Re-sultado Tipo II Parcerias para Im-plementação (Summit Outcomestype 2 implementation partnerships)que procura juntar os diversos ato-res: outras esferas de governo e ou-tros setores envolvidos. O ICLEI se-rá um facilitador neste processo.

Outro dos objetivos principais daLGS foi comunicar a mensagem dosgovernos locais através de interaçõescom as delegações governamentaisnacionais. O ICLEI pretendia que osgovernos nacionais entendessem queo potencial das autoridades locaispara implementar o desenvolvimen-to sustentável aumentou. Este tra-balho foi demostrando através dosdocumentos A Carta de Joanesburgoe a Declaração dos Governos Locais(preparada antecipadamente median-te processo consultivo da WACLAC).O primeiro documento resultou dotrabalho da LGS e o segundo foi dis-cutido nas diferentes plenárias dasessão. Ambos foram apresentadosna plenária final da Cúpula e algunstextos foram inseridos na DeclaraçãoPolítica e Plano de Ação das Nações

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"Dez anos após o Rio, é o tempo para ação por todas as esferas de governo e todos os par-ceiros. E Ação Local, empreendida em solidariedade, pode mover o mundo!"

Declaração dos Governos Locais para a Cúpula Mundial em Desenvolvimento Sustentável 2002

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Pode a Ação Local Mover o Mundo?A sessão dos governos locais - LGS

Cúpula Mundial em Desenvolvimento Sustentavel - Rio +10Joanesburgo 27-30 Agosto 2002

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Resumo dos Resultados da COP 8

AOitava Conferência das Partes,COP 8, em Delhi, na Índia, ter-minou no dia 01 de novembroúltimo, sem grandes sobressal-

tos. A agenda formal do encontroconsistiu, sobretudo, de questõestécnicas ou do detalhamento dosacordos de Marraqueche. Entretanto,nas conversas de corredores ondenormalmente se dão os debates maisacalorados, o tema era o compro-misso dos países para o segundo pe-ríodo do Protocolo de Quioto. Umavez que a ratificação do Protocolo étida como certa para o ano que vem,o principal ponto de divergência en-tre os países referiu-se ao segundoperíodo (depois de 2012), commaior participação dos países emdesenvolvimento nos compromissosde redução de emissões de gases deefeito estufa.

Surpreendentemente, os EstadosUnidos que defendiam a maior par-ticipação dos países pobres nos es-forços de redução em um próximoperíodo, reconheceram que seria "in-justo e mesmo contraproducente,condenar as nações em desenvolvi-mento a desacelerar ou até interrom-per seu crescimento, através da in-sistência em impor-lhes metas deredução de emissões de gases deefeito estufa impraticáveis ou inexe-qüíveis". Por outro lado, a União

Unidas, Resultados Tipo I da Cúpula.Os documentos estão disponíveisatravés do site do ICLEI em:http://www.iclei.org/johannes-burg2002/wssd_docs.html.

A mensagem do ICLEI e das au-toridades locais para a comunidadeinternacional é que a década pósJoanesburgo deve ser de ação efe-tiva, e os governos locais serão os

agentes chaves da agenda para odesenvolvimento sustentável.

Margarita Maria ParraGerente técnica CCP - LACS

Européia adotou um discurso maisveemente, defendendo maior parti-cipação dos países não-Anexo I nosesforços globais pela redução deemissões de gases de efeito estufa.

O Comitê Executivo do Mecanis-mo de Desenvolvimento Limpo, oCDM Executive Board, apresentouseu relatório de atividades durante oano, inclusive com a regulamenta-ção de normas para qualificação deprojetos de pequena escala ao MDL,cujas regras foram adotadas com al-gumas pequenas modificações.

O documento resultante da con-ferência, embora bastante genérico,revela o conflito político das nego-ciações, mais do que o consenso. ADeclaração de Delhi reflete clara-mente a visão dos países pobres,destacando questões de desenvolvi-mento sustentável, adaptação e im-plementação dos compromissos daConvenção pelos países ricos. Res-tringe-se ao primeiro período do Pro-tocolo de Quioto (2008-2012) e en-fatiza a necessidade de suporte fi-nanceiro aos países em desenvolvi-mento, para que estes possam en-frentar os impactos econômicos dasmedidas de redução de emissões.Os principais pontos da Declaraçãode Delhi são:� As Partes à UNFCCC que ainda

não ratificaram o Protocolo de Quio-

to, devem fa-zê-lo o quan-to antes;

� O Terceiro Re-latório do IPCC reafirma a necessi-dade de se promover reduções sig-nificativas nas emissões globais pa-ra que se possa alcançar o objeti-vo da Convenção.

� Os países desenvolvidos devem li-derar o processo e dar o exemplona implementação da Convenção,

� O desenvolvimento social e econô-mico continua sendo a prioridadedos países em desenvolvimento;

� É imperativo promover ações deadaptação e mitigação em paísesmenos desenvolvidos ou insulares,mais vulneráveis aos impactos dasmudanças climáticas,

� É necessário promover ações parao desenvolvimento de alternati-vas tecnológicas mais limpas, efi-cientes e acessíveis de produçãode energia, incluindo de fontes re-nováveis e fósseis;

� É urgente promover ações para au-mentar significativamente as fontesde energias renováveis no mundo.Do ponto de vista das cidades,

abriu-se uma perspectiva interessan-te para sua participação no meca-nismo de desenvolvimento limpo,através da regulamentação dos pro-jetos de pequena escala. Os termos

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A Campanha Internacional Cidades pela Proteção do Clima na COP 8

aCCP-ICLEI promoveu uma sé-rie de atividades durante a COP8, nos dias 27, 28 e 29 de ou-tubro. Com a presença de re-

presentantes de governos locais dediversos países, como prefeitos e ve-readores, o ICLEI apresentou a cam-panha e os resultados obtidos porseus membros no mundo todo. Umworkshop especial para autoridadeslocais introduziu os mecanismos fle-xíveis (implementação conjunto, co-mércio de emissões e mecanismosde desenvolvimento limpo) comooportunidades de ganhos ambien-tais, sociais e econômicos. As pa-lestras foram apresentadas por mem-bros do CCP- ICLEI, representantesde agencias multilaterais, governose especialistas da iniciativa privadaatuando no mercado de carbono.O interesse entre as autoridades lo-cais foi grande e espera-se que o po-tencial de ganhos para todos possaser melhor compreendido em desen-volvimentos futuros.

O ICLEI-EUA em parceria com aSTAPPA-ALAPCO apresentou a no-va versão do software para o inven-tário de emissões de GEE e de po-luentes, em um workshop aberto aosparticipantes da COP8. A sessão foibastante concorrida e houve muita

procura por maiores informações so-bre a disponibilidade da ferramenta.A nova versão deste software aindanão foi traduzida e adaptada para osoutros países, mas já está disponí-vel para as cidades norte-americanas.

No mesmo dia, representantes decidades membros do CCP, como osprefeitos de Salt Lake City (EUA),Jabalpur (Índia), Jakarta (Indonésia)e Potchefstroom (África do Sul), en-tre outros, apresentaram os resulta-dos da implementação da campa-nha em suas respectivas cidades.

O estande CCP acabou virando"ponto de encontro" de delegados eparticipantes interessados na açãolocal pela redução de emissões degases de efeito estufa, e, se espe-ram novas adesões à campanha, detodas as partes do mundo. Foramdistribuídos matériais inéditos sobreas cidades, inclusive o folheto sobreo Inventário de Emissões da Cidadedo Rio de Janeiro, com informaçõessobre as ações das autoridades lo-cais no âmbito da Campanha CCP.

As autoridades locais presentesapresentaram em plenária uma de-claração à COP8, reiterando suamensagem às Nações Unidas, deque "a ação local move o mundo".A declaração enfatizou que, enquan-

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Líderes locais presentes à COP8

Aaron Peskin, Vereador, Prefeitura de SanFrancisco, EUAAmanda Nair, Diretora Executiva,Departamento de Planejamento, Transportes eMeio Ambiente da Prefeitura de Joanesburgo, ASDeborah Ortega, Vereadora, Denver, EUAHerry H. Zudianto, Prefeito, Yogyakarta,IndonesiaJim Mazzirelli, Deputado Estadual,Massachusetts, EUARoss Anderson, Prefeito, Salt Lake City, USASatish Roopa, Prefeito, Potchefstroom, ASBharti Vyas, Prefeito, Vadodara, IndiaViswanath Dubev, Prefeito, Jabalpur, IndiaRanadhir Reddy, Comissário Adjunto,Prefeitura de Hyderabad, IndiaYesuratnam, Prefeito, Guntur, IndiaNaresh Regmi, Assessor Executivo, AutoridadeMetropolitana de Kathmandu, NepalBishnu Lamichhane, Presidente do Conselho,Autoridade Metropolitana de Bhaktapur, NepalKesara Senanayake, Prefeito, Kandy, Sri Lanka

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to os países discutem, os governoslocais vêm implementando açõesefetivas de redução de emissões, evi-tando que milhares de toneladas deGEE entrem para a atmosfera. Medi-das simples, mas eficazes, como ge-renciamento sustentável de deman-da de tráfego, reforma de sistema detratamento de água e substituiçãode lâmpadas na iluminação públi-ca, têm garantido redução de emis-

e oportunidades ainda não estão de-talhados, mas sinalizou-se que asiniciativas em âmbito urbano (porexemplo, a captura de metano em

aterros sanitários) podem represen-tar uma contribuição significativanas ações pela redução dos gasesde efeito estufa na atmosfera.

Laura Valente de MacedoA partir do Boletim

ENB e do relatório do Pew Center 2002

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Começa a Campanha CCP na América do Sul

sões além de promover economiae melhora da qualidade de vida nascidades. O documento chamou aatenção também para a necessida-de de se canalizar recursos para asiniciativas em nível local, alertandoque os altos custos de transação de-correntes do processo de implemen-tação de mecanismos flexíveis, po-deriam inviabilizar a participaçãodas municipalidades no mercado decarbono, sobretudo em países po-bres.

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1 º W O R K S H O P

Reunião estratégica dos prefeitos CCP em Volta Redonda

Seis cidades no Brasil e no Chilederam os primeiros passos ru-mo à proteção do clima duranteo workshop inaugural da Cam-

panha Cidades pela Proteção do Clima(CCP), realizado em Volta Redonda,Brasil, de 2 a 4 de Junho de 2002. Oworkshop marcou o início da cam-panha CCP na Argentina, no Brasil eno Chile, um programa regional patro-cinado pela Agência Canadense deDesenvolvimento Internacional (CIDA).

Prefeitos, técnicos da área ambien-tal e outros representantes das cida-des brasileiras de Betim, Goiânia,Niterói, Porto Alegre, Río de Janeiroe Volta Redonda, juntamente comuma delegação de Tomé, Chile, es-tiveram presentes no workshop. Osrepresentantes da Cidade de BuenosAires, Argentina, que infelizmente nãopuderam assistir o primeiro works-hop, participarão na campanha e con-tribuirão nos futuros workshops.

Os convidados participaram de ses-sões sobre a ciência das mudançasclimáticas, a Convenção Quadro das

Nações Unidas sobre MudançasClimáticas e os cinco Marcos daCampanha CCP. Os participantes tam-bém aprenderam como compilar osdados necessários para realizar um in-ventário de emissões de gases de efei-to estufa. Uma apresentação de LuzElena González Escobar, Diretora deCoordenação Institucional do Depar-tamento de Meio Ambiente da Cidadedo México apresentou às cidades va-liosas lições sobre sua experiência nodesenho e implementação de um pro-grama para a proteção do clima.

O workshop se encerrou com umacoletiva de imprensa, durante a qual

a cidade de Volta Redonda concreti-zou seu compromisso com a cam-panha assinando o Memorando deEntendimento com a Campanha CCPdo ICLEI-LACS. Os participantes vol-taram para suas cidades equipadoscom as ferramentas necessárias pa-ra iniciar seus esforços locais em prolda proteção do clima e motivados pe-lo conhecimento de que são parte deuma família de cidades na regiãocomprometidas con a mesma meta.

Victoria LudwigAssessora Internacional CCP para

América Latina e Caribe

Com a participação das cidades,tanto de países desenvolvidos quan-to de países em desenvolvimento, acampanha CCP demonstra que asações falam mais do que palavrasna luta contra o aquecimento globale suas conseqüências. Enquanto osgovernos nacionais discutem se ade-rem ou não a um tratado que ain-da é apenas um primeiro passo, asautoridades locais dão o exemplo,independentemente de ter compro-missos de redução, como no caso

das cidades de países em desenvol-vimento, e independentemente dasposições de seus líderes diante dasnegociações internacionais, comono caso das cidades dos EstadosUnidos, Austrália e Canadá.

O fortalecimento desta rede globalde ação local é o compromisso daCampanha Cidades pela Proteção doClima rumo a um futuro sustentável

Laura Valente de MacedoCoordenação CCP - LACS

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I Seminário Internacional sobre Cidades eMudanças Climáticas de Betim

II Workshop CCP TM

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PROGRAMA

1º dia: 27 de novembro. Quarta-feira I Seminário sobre Mudanças Climáticasda Cidade de BetimAuditório da Prefeitura de Betim

Manhã08:00h às 08:30h

Inscrição e distribuição de materiais08:30h às 09:30h

Abertura solene Autoridades de governo, ICLEI-LACS, ICLEI - WorldSecretariat e e CIDA.

09:30h às 10:00hA Ciência e a Política das Mudanças Climáticas(Palestrante a confirmar)

10:00h às 10:30h Intervalo para o café

10:30h às 11:00hPerspectivas para Cidades após a Rio+10 Samyra Crespo - Instituto dos Estudos daReligião - ISER

11:00h às 11:30h Os resultados da COP8 e a participação da CCP-ICLEI em DelhiLaura Valente de Macedo - Coordenadora CCP-ICLEI-LACS

11:30h às 12:00hDebates abertos ao público

12:00h às 14:00h - AlmoçoTarde14:00h às 16:00h

O ICLEI e a Campanha Cidades pela Proteção do ClimaApresentação das cidades CCP: Resultados emetas na Campanha

Encerramento solene do Seminário16:00 às 16:30h

Intervalo para o café16:30h às 17:30h

Reunião estratégica restrita aos membros do CCP

2º Dia - 28 de novembro. Quinta-feiraWorkshop Técnico CCPAuditório e Laboratório de Informática Campusda PUC-BETIM

Manhã 09:00h às 9:30h

Apresentação sobre o Primeiro e SegundoMarco da CCP Laura Valente de Macedo- ICLEI-LACS

09:30h às 10:30hIntrodução ao Software CCPO que é e como funcionaMargarita María Parra - ICLEI-LACS

10:30h às 11:00hIntervalo para o café

11:00h às 12:30hTreinamento da aplicação do software, realiza-ção de Inventario de Emissões e Discussão so-bre a coleta de dados Margarita María Parra - ICLEI-LACSMegan Jamieson ICLEI-WS

12:30h às 14:00h - AlmoçoTarde14:00h às 16:00h

Exercícios Práticos e Atendimento a técnicossobre dúvidas específicasMargarita Maria Parra ICLEI-LACSMegan Jamieson ICLEI-WS

Realização: CCP ICLEI - LACS e Prefeitura de Betim Data: 27 e 28 de novembro de 2002 Horário: 08:00m às 18h00m Local: Betim, MG

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A G E N D A

E X P E D I E N T ECoordenação Geral: Laura Valente de Macedo Conteúdo Editorial: Laura Valente de Macedo e Margarita Maria Parra Endereço: ICLEI LACS - Praça Pio X, 119 - 9º andar -CEP 20040-020 - Centro - Rio de Janeiro - RJ � e-mail: [email protected] � Home page: http://www.iclei.org � Tel. (xx21) 2588-9022 � Fax (xx21) 2253-4072Projeto gráfico: Alfredo Albuquerque � Diagramação: Quadro Editoração ([email protected]) Impressão: Segrac (31) 3411-7077 Tiragem: 1000 exemplares

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