alfredo rocca cetesb

25
VIII PAINEL DE DEBATES SOBRE GERENCIAMENTO DE ÁREAS CONTAMINADAS SENAC E INSTITUTO EKOS - 19 DE OUTUBRO DE 2009 RESOLUÇÃO CONAMA 420/2009 E O GERENCIAMENTO DE ÁREAS CONTAMINADAS NO ESTADO DE SÃO PAULO Eng. Alfredo C. C. Rocca Gerente da Divisão de Áreas Contaminadas e Resíduos Sólidos da Agência Ambiental do Estado de São Paulo - CETESB

Upload: alinebarrence

Post on 25-Oct-2015

53 views

Category:

Documents


3 download

TRANSCRIPT

VIII PAINEL DE DEBATES SOBRE GERENCIAMENTO DE ÁREAS CONTAMINADAS

SENAC E INSTITUTO EKOS - 19 DE OUTUBRO DE 2009

RESOLUÇÃO CONAMA 420/2009 E O GERENCIAMENTO DE ÁREAS CONTAMINADAS NO ESTADO DE SÃO PAULO

Eng. Alfredo C. C. RoccaGerente da Divisão de Áreas Contaminadas e Resíduos Sólidos

da Agência Ambiental do Estado de São Paulo - CETESB

RESOLUÇÃO CONAMA 420

28 DE DEZEMBRO DE 2009

“Dispõe sobre critérios e valores orientadores de qualidade do solo quanto à presença de substâncias químicas e

estabelece diretrizes para o gerenciamento ambiental de áreas contaminadas por essas substâncias, em decorrência de atividadesantrópicas.”

LEGISLAÇÃO ESTADUAL SOBRE ÁREAS CONTAMINADAS

LEI Nº 13.577 de 08/07/2009

Dispõe sobre diretrizes e procedimento para a proteção da qualidade do solo e gerenciamento de áreas contaminadas

Objeto:– proteção da qualidade do solo contra alterações

nocivas por contaminação;

– identificação, cadastro e remediação de áreas contaminadas de forma a tornar seguros seus usos atual e futuro;

– definição de responsabilidades.

ASPÉCTOS BÁSICOS DAS LEGISLAÇÕES FEDERAL E ESTADUAL :

- Realização de controle preventivo e corretivo para manutenção das funções do solo;

- Licenciamento, monitoramento e plano de desativação de fontes, incluindo a resolução dos passivos ambientais;

- Estabelecimento de valores orientadores para solos e águas subterrâneas (referência de qualidade; prevenção e intervenção);

-Avaliação de qualidade, com base em amostragem e análises químicas por métodos padronizados e laboratórios acreditados e comparação dos resultados com os valores orientadores;

- Estabelecimento de metodologia de identificação, diagnóstico e reabilitação das áreas contaminadas;

- Definição de critérios para o gerenciamento das áreas contaminadas;

- Definição de responsabilidades para a iniciativa privada e poder público, em suas diversas esferas e competências;

-reabilitação das áreas para uso seguro, com base em avaliação de risco;

- Criação de uma lista oficial de áreas contaminadas e divulgação de informações.

PARA O ESTADO DE SÃO PAULO A LEI ESTADUAL Nº 13.577

ESTABELECE AINDA:

– OBRIGATORIEDADE DE AVERBAÇÃO DA CONTAMINAÇÃO NA MATRÍCULA DO IMÓVEL;

– OBRIGATORIEDADE DE APRESENTAÇÃO DE GARANTIAS (GARANTIAS BANCÁRIAS OU SEGURO AMBIENTAL) A FIM DE ASSEGURAR QUE O PLANO DE REMEDIAÇÃO APROVADO SEJA IMPLANTADO EM SUA TOTALIDADE E NOS PRAZOS ESTABELECIDOS;

– CRIAÇÃO DO FUNDO ESTADUAL PARA PREVENÇÃO E REMEDIAÇÃO DE ÁREAS CONTAMINADAS - FEPRAC, PARA CUSTEAR AS DESPEZAS RELACIONADAS À GESTÃO DE ÁREAS CONTAMINADAS

– ENCONTRA-SE EM DISCUSSÃO O REGULAMENTO DA LEI.

FERRAMENTAS ADMINISTRATIVAS CETESB

• Valores orientadores;• Sistema de Cadastro de ACs (www.cetesb.sp.gov.br);

• Sistemática de gerenciamento de Acs (DD 103/C/E/07);

• Manual de Gerenciamento de Áreas Contaminadas (www.cetesb.sp.gov.br);

• Planilha CETESB de Avaliação de Risco à Saúde Humana por exposição em ACs (www.cetesb.sp.gov.br);

• Valores ACBR para metas de remediação em áreas contaminadas por derivados de petróleo (www.cetesb.sp.gov.br);

• Câmaras Ambientais– Indústria da Construção Civil– Comércio de Derivados de Petróleo

Processo deidentificação de ACs

Definição da região deinteresse

Identificação de áreascom potencial de

contaminação

Cadastro de ACs

Priorização 1

Avaliação preliminar

Classificação 2

Classificação 3

Investigaçãoconfirmatória

Priorização 2

Exclusão

Exclusão

Processo dereabilitação de ACs

Investigaçãodetalhada

Avaliação de risco

Concepção daremediação

Remediaç ão da AC

Classificação 1

Exclusão

Monitoramento

Projeto de remediação

AP

AS

AC

AP áreas com potencial de contaminação.

AS áreas suspeitas de contaminação.

AC áreas contaminadas.

Exclusão áreas excluídas do cadastro de áreas contaminadas.

AI

AR

AI áreas contaminadas sob investigação.

áreas reabilitadas para o uso declarado.

AR

AMR

AMR áreas em processo de monitoramento para reabilitação.

SISTEMA

DE GESTÃO DE

ÁREAS

CONTAMINADAS

RESOLUÇÃO CONAMA 420/09

CAPITULO IV - DAS DIRETRIZES PARA O GERENCIAMENTO DAS ÁREAS CONTAMINADAS

Art. 21. princípios

I – geração e disponibilização de informações;II – articulação institucional;III – gradualidade de metas ambientais;IV-racionalidade e otimização de ações e custosv- responsabilização do causador pelo dano e consequências;Vi – comunicação de risco;

Art. 22. Objetivos

I – eliminar o perigo e reduzir riscos a níveis aceitáveis;II - evitar danos aos demais bens a protegerIII – possibilitar o uso declarado ou futuro da área, observado o planejamento de uso e ocupação do solo

RESOLUÇÃO CONAMA 420/09

GERENCIAMENTO DAS ÁREAS CONTAMINADAS

Art. 32. O órgão ambiental competente deverá:

I – definir, em conjunto com outros órgãos, ações emergenciais;II – definir os procedimentos de identificação e diagnóstico;III – avaliar o diagnóstico ambiental;IV – promover a comunicação de risco;V - avaliar, em conjunto com outros órgãos, as propostas de intervenção da área;VI – acompanhar, em conjunto com outros órgãos, as ações emergenciais, de intervenção e de monitoramento;VII – avaliar a eficácia das ações de intervenção;VIII - dar ampla publicidade e comunicar a situação da área ao proprietário, ao Cartório de registro de Imóveise ao cadastro imobiliário das prefeituras

RESOLUÇÃO CONAMA 420/09

Art. 37. Os órgãos ambientais competentes, quando da constatação de uma área contaminada ou reabilitada para o uso declarado, comunicarãoformalmente:

I - ao responsável pela contaminação;II - ao proprietário;III - aos órgãos de saúde, meio ambiente e recursos hídricos;IV ao poder público municipal;V - à concessionária de abastecimento público de água;VI - ao Cartório de registro de Imóveis.

EM SÃO PAULO QUANDO UMA ÁREA É CONSIDERADA CONTAMINADASOB INVESTIGAÇÃO FAZ-SE NECESSÁRIO :

• TOMAR TODAS AS MEDIDAS PARA RESGUARDAR OS RECEPTORES DE RISCO:

•IMPEDIR : ACESSO, USO DE ÁGUA SUBTERRÂNEA, OBRASESCAVAÇÕES, CONTATO COM O SOLO;

• EXIGIR : REMOÇÃO DE RESÍDUOS, REMOÇÃO DE GASESMONITORAMENTO DE EXPLOSIVIDADE, VENTILAÇÃO DE ESPAÇOSCONFINANTES, ETC;

• COMUNICAR OS DEMAIS ATORES:

• POPULAÇÃO AFETADA; VIGILÂNCIAS SANITÁRIAS MUNICIPAIS; DAEE; EIPE/CETESB; PREFEITURA; MINISTÉRIO PÚBLICO;• REGISTRAR A ÁREA NO CADASTRO DA CETESB;

• REGISTRAR A ÁREA NA MATRÍCULA DO IMÓVEL E

• EXIGIR DO RESPONSÁVEL LEGAL A REHABILITAÇÃO DA ÁREA PARA UM USO SEGURO.

•DENTRE AS INSTITUIÇÕES ENVOLVIDAS INCLUEM-SE :

•DEFESA CIVIL;

•BOMBEIROS;

•VIGILÂNCIA SANITÁRIA MUNICIPAL;

•PREFEITURA MUNICIPAL;

•DAEE;

•SECRETARIA ESTADUAL DE SAÚDE (CVS E CVE);

•SECRETARIA ESTADUAL DE RECURSOS HÍDRICOS;

•CARTÓRIOS DE REGISTRO DE IMÓVEIS;

•AGENTES IMOBILIÁRIOS;

•EMPREITEIRAS.

COMPETÊNCIAS DE ATUAÇÃO

ATUAÇÃO DA

ÁREA

AMBIENTAL

ATUAÇÃO DA

ÁREA DE SAÚDE

ATUAÇÃO DO

DAEE

ATUAÇÃO DO DAEE E CVS

RESOLUÇÃO CONAMA 420/09

Art. 34. O responsável pela contaminação da área deverá submeter ao órgão ambiental competente proposta de ação de intervenção a ser executada sob sua responsabilidadel, devendo obrigatoriamente considerar:

I - controle ou eliminação das fontes de contaminação;II - o uso do solo atual e futuro da área objeto e sua circunvizinhança;III - a avaliação de risco a saúde humana;IV - as alternativas consideradas técnica e economicamente viáveis e suas conseqüências; eV - os custos e os prazos envolvidos na implementação das alternativas de intervenção propostas para atingir as metas estabelecidas.

Parágrafo único. As alternativas de intervenção para reabilitação de áreas contaminadas poderão contemplar, de forma não excludente, as seguintes ações:a) redução a níveis toleráveis ou eliminação dos riscos à segurança pública, à saúde humana e ao meio ambiente;b) zoneamento e restrição dos usos e ocupação do solo e das águas superficiais e subterrâneas;c) aplicação de técnicas de remediação; ed) monitoramento.

RESOLUÇÃO CONAMA 420/09

Art. 35. Após a eliminação dos riscos ou a sua redução a níveis toleráveis, a área será declarada pelo órgão ambiental competente como área em processo de monitoramento para reabilitação – AMR

DEFINIÇÃO XIV - nível tolerável de risco à saúde humana, para substâncias carcinogênicas: probabilidade de ocorrência de um caso adicional de câncer em uma população exposta igual ou superior a 100.000 indivíduos.

DEFINIÇÃO XV - nível tolerável de risco à saúde humana, para substâncias não carcinogênicas: aquele associado ao ingresso diário de contaminante que seja igual ou inferior ao ingresso diário total tolerável, a que uma pessoa possa estar exposta por toda a sua vida.

Art. 36. Após período de monitoramento, definido pelo órgão ambiental competente, que confirme a eliminação dos riscos ou a sua redução a níveis toleráveis, a área será declarada pelo órgão ambiental competentecomo reabilitada para o uso declarado - AR.

• NOS CASOS DE ÁREAS ESPECIALMENTE PROTEGIDAS, É EXIGIDA A RECUPERAÇÃO DA QUALIDADE AMBIENTAL ATÉ OS PADRÕES LEGAIS;

• A EXPERIÊNCIA TEM DEMONSTRADO QUE, EM MUITOS DOS CASOS, A RECUPERAÇÃO DA QUALIDADE AMBIENTAL ORIGINAL ÉTÉCNICA OU ECONOMICAMENTE INVIÁVEL;

• NOS CASOS DE ÁREAS URBANAS, OU ÁREAS RURAIS QUE NÃO SÃO ESPECIALMENTE PROTEGIDAS, O QUE TEM SIDO EXIGIDO É A REHABILITAÇÃO DA ÁREA PARA UM USO SEGURO, COM BASE EM METAS DE REMEDIAÇÃO DERIVADAS A PARTIR DE UM ESTUDO DE AVALIAÇÃO DE RISCO À SAÚDE HUMANA.

METAS DE REMEDIAÇÃO

Ações decorrentes da Avaliação de Risco

Técnicas de Remediação

Contenção TratamentoAção

emergencialMonitoramento

PerigoRisco à saúdeRisco aceitável

Gerenciamento do Risco

Monitoramento da eficiência

ControleInstitucional

Recuperação para uso declarado

Controle deEngenharia

Risco ecológico

GERENCIAMENTO DO RISCO

FORMAS DE INTERVENÇÃO

• RESTRIÇÃO DE ACESSO• RESTRIÇÃO DE USO DO SOLO NO

ENTORNO• RESTRIÇÃO DE USO DE ÁGUAS

SUBTERRÂNEAS• APLICAÇÃO DE TÉCNICAS DE

REMEDIAÇÃO

RESOLUÇÃO CONAMA 420/09

Art. 38. Os órgãos ambientais competentes deverão dar publicidade a informações sobre áreas contaminadas na forma de relatório que deveráconter no mínimo:

I - Identificação da área: dados relativos à toponímia da área e georreferenciamento, características hidrogeológicas e hidrológicas da área, fisiografia da área;II - Atividade(s) poluidora(s) ativa(s) e inativa(s), fonte poluidora primária e secundária ou potencial, extensão da área afetada, causa da contaminação (acidentes, vazamentos, disposição inapropriada do produto químico ou perigoso, dentre outros);III - Características das fontes poluidoras no que se refere à disposição de resíduos, armazenamento de produtos químicos e perigosos, produção industrial, vias de contaminação, impermeabilização da área;IV - Classificação da área em relação à etapa do gerenciamento. V - Uso do solo atual da área e seu entorno, ação em curso e pretérita;V - Meios afetados e concentrações de contaminantes;VI - Descrição dos bens a proteger e distância da fonte poluidora;VII - Cenários de risco e rotas de exposição;VIII - Formas de intervenção;IX - Áreas contaminadas críticas.

ANO 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009ÁREAS

CONTAMINADAS255 727 1336 1504 1882 2272 2514 2903

ÁREASAVALIADAS

200 429 981 1088 937 1148 1398 1974

ÁREAS COMPROPOSTA DEREMEDIAÇÃO

OU COMREMEDIAÇÃO

EM CURSO

145 312 607 647 839 1030 934 1397

ÁREASREABILITADAS

5 14 19 24 46 94 182 929

Evolução do número de áreas cadastradas

2.903

2.272

1.8221.664

1.5961.504

1.336

727

255

2.514

0

500

1000

1500

2000

2500

3000

3500

mai2002

out2003

nov2004

mai2005

nov2005

mai2006

nov2006

nov2007

nov2008

nov2009

Núm

ero

de á

reas

EVOLUÇÃO DO GERENCIAMENTO DE ÁREAS CONTAMINADAS NO ESTADO DESÃO PAULO

Distribuição por atividade - novembro de 2009

Posto de combustível (2.279)79%

Comercial (123)4%

Indústria (382)13%

Resíduo (95)3%

Acidentes/Fonte desconhecida (24)

1%

LICENCIAMENTO DE EMPREENDIMENTOS COM POTENCIAL DE CONTAMINAÇÃO DO SOLO E ÁGUAS SUBTERRÂNEAS

• ÁREAS NOVAS

– MEDIDAS MITIGADORAS– CONDICIONAMENTO DAS FONTES– MONITORAMENTO

• ÁREAS COM ATIVIDADE PREGRESSA POTENCIALMENTE POLUIDORAS

– POSSÍVEL APÓS INVESTIGAÇÃO E DIAGNÓSTICO DE PASSIVOS; – VERIFICAR SE AS ATIVIDADES A SEREM LICENCIADAS INTERFEREM NA

REMEDIAÇÃO DA ÁREA;– VERIFICAR SE AS PESSOAS QUE VÃO DESENVOLVER ATIVIDADES NA ÁREA

LICENCIADA NÃO ESTARÃO EXPOSTAS A RISCOS

CETESB CETESB AGENCIA AMBIENTAL DO ESTADO DE SÃO PAULOAGENCIA AMBIENTAL DO ESTADO DE SÃO PAULO

OBRIGADO !Eng. Alfredo Rocca

Av. Professor Frederico Hermann Jr., 345 – São Paulo - BRASIL

www.cetesb.sp.gov.br Tel.+5511.3133.