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ribuio no Verso para dist cional XIX Seminrio Na olgicos e de Parques Tecn Empresas Incubadoras de

TERMO DE REFERNCIABraslia, DF 2009

REALIZAO: ANPROTEC Associao Nacional das Entidades Promotoras de Empreendimentos Inovadores Guilherme Ary Plonski Presidente Francilene Procpio Garcia Diretora Gisa Helena Melo Bassalo Diretora Josealdo Tonholo Diretor Paulo Roberto de Castro Gonzalez Diretor Silvestre Labiak Jnior Diretor Sheila Oliveira Pires Superintendente Executiva SEBRAE Servio Brasileiro de Apoio s Micro e Pequenas Empresas Paulo Tarcso Okamotto Diretor-Presidente Carlos Alberto dos Santos Diretor de Administrao e Finanas Luiz Carlos Barboza Diretor Tcnico Edson Fermann Gerente da Unidade de Acesso Inovao e Tecnologia Magaly Tnia Dias de Albuquerque Gerente Adjunta Maria de Lourdes da Silva Coordenadora do Programa Sebrae de Incubadoras Equipe de projeto: Gisa Helena Melo Bassalo, Carlos Eduardo Negro Bizzotto, Francilene Procpio Garcia, Gonalo Guimares, Jos Eduardo Fiates, Katia Sitta Fortini, Marcos Suassuna, Regina Ftima Faria, Sheila Oliveira Pires e Tony Chierighini. Texto: Carlos Eduardo Negro Bizzotto, Gisa Helena Melo Bassalo, Marcos Suassuna e Sheila Oliveira Pires. Projeto Grfico e Capa Grifo Design

Copyright 2009 - ANPROTEC & SEBRAE Ficha catalogrfica elaborada pela bibliotecria: Jacqueline Portales/CRB 1924 Termo de referncia: Centro de Referncia para Apoio a Novos Empreendimentos - CERNE. Braslia: Anprotec: Sebrae, 2009. 52 p. : il. 1. Empreendedorismo. 2. Incubadora de empresa. I. Associao Nacional das Entidades Promotoras de Empreendimentos Inovadores (Anprotec). II. Servio Brasileiro de Apoio s Micro e Pequenas Empresas (Sebrae). III. Ttulo: CERNE. CDU 658.11 2006 Impresso no Brasil

Exemplares deste livro podem ser obtidos na Associao Nacional de Entidades Promotoras de Empreendimentos Inovadores SCN Quadra 01 - Bloco C - Salas 209/211 - Edifcio Braslia Trade Center - Braslia - DF Cep 70.711-902 PABX: (0xx61) 3202-1555 E-mail: [email protected] Home Page: www.anprotec.org.br Todos os direitos reservados. A reproduo no autorizada desta publicao por qualquer meio, seja total ou parcial, constitui violao da Lei n 9.610/1998.

Sumrio

I. II. III. IV. V. VI.

Apresentao ...................................................................................................................... 2 Documentao .................................................................................................................... 3 Vocabulrio .......................................................................................................................... 4 Princpios do Modelo CERNE ............................................................................................. 6 Estrutura do Modelo CERNE .............................................................................................. 8 Lgica de Organizao do Modelo CERNE ....................................................................... 9

VII. Processos-Chave .............................................................................................................. 13 1. CERNE 1: Processos-Chave ............................................................................................... 13 2. CERNE 2: Processos-Chave ............................................................................................... 15 3. CERNE 3: Processos-Chave ............................................................................................... 15 4. CERNE 4: Processos-Chave ............................................................................................... 16 VIII. Prticas-Chave .................................................................................................................. 17 1. CERNE 1: Prticas-Chave ................................................................................................... 17 2. CERNE 2: Prticas-Chave ................................................................................................... 37 3. CERNE 3: Prticas-Chave ................................................................................................... 42 4. CERNE 4: Prticas-Chave ................................................................................................... 46

I. Apresentao

movimento brasileiro de incubadoras vem crescendo a uma taxa expressiva nos ltimos dez anos, alcanando uma mdia superior a 25% ao ano. Atualmente, as incubadoras brasileiras apiam mais de 4.800 empresas (residentes e no-residentes), gerando, aproximadamente, 20.000 empregos diretos. Adicionalmente, j foram graduadas mais de 1.500 empresas, as quais faturam mais de R$ 1,6 bilhes por ano e geram cerca de 13.500 empregos. Com isso, possvel observar a expressiva contribuio das incubadoras para o desenvolvimento das diferentes regies do pas. Apesar desta significativa contribuio para o desenvolvimento dessas regies e para o aumento da competitividade das empresas, observa-se que as incubadoras precisam sintonizar suas estruturas e servios com as novas exigncias da sociedade como um todo. Isso ocorre porque tem havido uma mudana expressiva na natureza da competio, que deixa de ser somente entre empresas para ocorrer tambm e preferencialmente entre as diferentes regies. As incubadoras precisam ampliar quantitativa e qualitativamente os seus resultados, de forma a alcanar um percentual mais expressivo da populao e para isso, essencial que as incubadoras implantem processos que consigam dar conta da complexidade desta nova realidade. exatamente dentro deste contexto que o SEBRAE e a ANPROTEC trabalharam juntos para construir um novo modelo de atuao para as incubadoras brasileiras. Denominado Centro de Referncia para Apoio a Novos Empreendimentos CERNE visa promover melhoria expressiva nos resultados das incubadoras das diferentes reas, tanto em termos quantitativos quanto qualitativos. O objetivo do CERNE criar uma plataforma de solues, de forma a ampliar a capacidade da incubadora em gerar, sistematicamente, empreendimentos inovadores bem sucedidos. Com isso, cria-se uma base de referncia para que as incubadoras de diferentes reas e tamanhos possam utilizar elementos bsicos para reduzir o nvel de variabilidade na obteno de sucesso das empresas apoiadas.

O

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II. Documentao

Para facilitar a compreenso e divulgao do CERNE, o contedo do modelo foi distribudo em trs documentos com nveis de detalhamento e pblico-alvo distintos. Em conjunto, estes documentos exploram todos os detalhes do modelo, visando facilitar a compreenso e a implantao em realidades especficas. A Figura 1 apresenta os documentos do Modelo CERNE, alm de especificar o pblico-alvo e os objetivos de cada um, respectivamente. O Termo de Referncia destaca-se por apresentar, detalhadamente, os princpios, a estrutura, os processos e as prticas do modelo.

SUMRIO EXECUTIVO

TERMO DE REFERNCIA

MANUAL DE IMPLANTAO

Dirigentes

Gerentes e Consultores

Gerentes e Consultores

Princpios Viso Geral Vocabulrio Detalhamento do Modelo Auxlio para Implantao

Figura 1 - Documentos do Modelo CERNE

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III. Vocabulrio

Para que o Modelo CERNE seja implantado em uma dada incubadora, essencial que os termos em uso estejam alinhados no tocante a aspectos sinttico e semntico, independentemente do tipo de incubadora. Isso garante coerncia entre os sistemas e prticas de uma incubadora em particular e aqueles propostos no Modelo CERNE. Os termos utilizados ao longo dos documentos que compem o Modelo CERNE esto descritos a seguir1: Ampliao de limite: ao de uma incubadora no sentido de, ao mesmo tempo, ampliar o pblico-alvo de seus servios e consolidar parceria com os demais mecanismos e instituies de desenvolvimento regional. Assessoria: servio prestado por pessoa fsica ou jurdica para a execuo de atividades em uma rea especfica (jurdica, financeira etc.). O foco na execuo de atividades que se repetem ao longo do tempo. A principal diferena com relao consultoria que o consultor , em geral, contratado para encontrar uma soluo para um problema ou implantar uma soluo especfica. Assim, um consultor da qualidade pode orientar a empresa na implantao de um sistema da qualidade, enquanto que o assessor da qualidade ir executar as atividades para que o sistema da qualidade traga os resultados esperados. Capital: recursos, bens ou valores disponveis num determinado momento para satisfao de necessidades. Competitividade: capacidade que uma empresa tem de definir e colocar em prtica as estratgias que tornem possvel a ampliao ou manuteno de sua participao no mercado conferindo-lhe solidez. Consultoria: Orientao temporria prestada por pessoa fsica ou jurdica com reconhecido conhecimento tcnico especializado. Contrato: instrumento jurdico celebrado entre pessoas fsicas ou jurdicas com fins de aquisio, modificao ou extino de direitos ou estabelecimento de obrigaes recprocas. Empreendedor: pessoa capaz de conceber e implantar vises. Empreendimento: o ato, efeito ou resultado de empreender algo com fim determinado, no sendo obrigatria a formalizao jurdica. Empresa: qualquer firma, companhia, organizao ou corporao, registrada formalmente (com CNPJ) destinada produo e/ou comercializao de processos, bens e servios.

1. Os termos presentes neste documento tomaram como base o Glossrio dinmico de termos na rea de Tecnpolis, Parques Tecnolgicos e Incubadoras de Empresas, criado pela parceria ANPROTEC & SEBRAE, em 2002.

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Empresa Associada: toda empresa que utiliza a infra-estrutura e os servios oferecidos pela Incubadora, sem ocupar espao fsico, mas, mantendo um vnculo formal. Pode ser empresa recm-criada ou j existente no mercado, que tenha passado ou no pelo processo de incubao. Empresa Graduada: aquela empresa que passa pelo processo de incubao e que alcana desenvolvimento suficiente para sair da incubadora e atuar no mercado de forma independente. Algumas instituies usam o termo empresa liberada. Gesto: o planejamento, organizao, liderana e controle dos recursos de um empreendimento com vistas a alcanar os objetivos propostos. Idia: representao mental de uma coisa concreta ou abstrata. Incubadora: organizao que oferece apoio ao processo de gerao e consolidao de empresas. Os empreendimentos apoiados devem passar por um processo de seleo formal, o que definir aqueles que recebero servios de consultoria, assessoria e qualificao para ampliar a probabilidade de sucesso. Uma caracterstica essencial de uma incubadora o monitoramento, orientao e avaliao constantes dos empreendimentos, de forma a decidir quais esto preparados para operar fora da incubadora (graduar) e aqueles que devem ser descontinuados. Inovao: introduo no mercado de produtos, processos, mtodos ou sistemas no existentes anteriormente, ou com alguma caracterstica nova e diferente daquela at ento em vigor. Maturidade: o grau no qual uma organizao consegue alcanar, sistematicamente, os objetivos traados. Mercado: ambiente onde ocorrem as trocas comerciais entre pessoas fsicas e/ou jurdicas. Modelo: aquilo que serve como imagem, forma ou padro a ser imitado. Planejamento: estratgia organizacional que envolve a opo pelo cumprimento de determinada tarefa e conseqente definio de objetivos gerais de curto e longo prazos. Procedimento: modo especificado de realizar uma atividade ou um processo. Processo: organizao lgica e detalhada de pessoas, mquinas, materiais, procedimentos e energia, para execuo de atividades que produzam trabalho final especfico na forma de produto ou servio. Produto: resultado de um processo. Programa: conjunto de aes e projetos coordenados que tem como objetivo a soluo de problema especfico ou o aproveitamento de oportunidade em determinado prazo, com recursos humanos, materiais e financeiros definidos. Prospeco: conjunto de tcnicas relativas pesquisa, identificao e avaliao preliminar de uma oportunidade de negcio. Qualidade: grau de satisfao de requisitos dado por um conjunto de caractersticas intrnsecas. Requisito: necessidade ou expectativa expressa, geralmente implcita ou obrigatria. Servio: produto da atividade humana destinado satisfao de necessidades, mas que no apresenta o aspecto de um bem material. Sistema: inter-relao das partes, elementos ou unidades que fazem funcionar uma estrutura organizada. Sucesso: no contexto do presente documento, sucesso ocorre quando uma empresa graduada permanece no mercado sem o apoio da incubadora. Sustentabilidade: qualidade da atividade economicamente vivel, socialmente justa e ecologicamente correta.

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IV. Princpios do Modelo CERNE

A definio e o detalhamento dos sistemas a serem implantados so muito importantes para que as incubadoras consigam melhoria significativa em termos de gerao de empreendimentos inovadores de sucesso. No entanto, isso no suficiente, uma vez que o sucesso do novo modelo depende da compreenso e implantao de um conjunto de princpios sobre os quais os sistemas e processos sero estruturados. Estes princpios podem ser visualizados na Figura 2.

Melhoria Contnua

Gesto Transparente e Participativa

Foco nos Empreendimentos

Desenvolvimento Humano

Foco nos Processos

Sustentabilidade

Responsabilidade

tica

Figura 2 - Princpios Bsicos do Modelo CERNE

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Os princpios apresentados na figura anterior so os seguintes: Foco nos Empreendimentos: todos os sistemas e processos propostos pelo CERNE tm um objetivo bem claro: tornar os empreendimentos bem sucedidos. Assim, um sistema s deve ser implantado se agregar valor aos empreendimentos apoiados, ou seja, toda a ateno da equipe de gesto da incubadora deve ser no sentido de identificar as dificuldades e oportunidades, de forma a acelerar e ampliar o sucesso dos empreendimentos. Foco nos Processos: para que a incubadora gere empreendimentos inovadores essencial a implantao e monitoramento constante dos processos que transformem idias (entradas) em empreendimentos de sucesso (sadas). Neste sentido, a equipe de gesto da incubadora deve avaliar, quantitativa e qualitativamente, os processos implantados para ampliar a taxa de sucesso dos empreendimentos. tica: atuar de forma tica agir em sintonia com os valores da sociedade em que se vive. Neste sentido, a equipe de gesto da incubadora deve garantir que suas aes e das empresas apoiadas beneficiem a sociedade como um todo. Sustentabilidade: a sustentabilidade da incubadora est relacionada com a sua continuidade, levando-se em considerao os aspectos econmicos, sociais, culturais e ambientais. Responsabilidade: a obrigao da incubadora em responder por suas aes e omisses, agindo de maneira ativa para melhorar a sociedade da qual faz parte. Melhoria Contnua: este princpio implica que a incubadora deve aprimorar, continuamente, seus processos e resultados. Desenvolvimento Humano: a incubadora deve orientar suas aes de forma a promover a evoluo pessoal e profissional dos membros da equipe de gesto, enfatizando a autogesto e o autocontrole. Gesto Transparente e Participativa: os membros da equipe de gesto da incubadora devem cooperar no somente entre si, mas tambm com as instituies parceiras.

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V. Estrutura do Modelo CERNE

O modelo CERNE est estruturado em trs nveis de abrangncia (Figura 3):

INCUBADORA

PROCESSO

EMPREENDIMENTO

Figura 3 - Nveis de Abrangncia do Modelo CERNE

1. Empreendimento: este nvel inclui os sistemas relacionados diretamente com a operacionalizao do empreendimento, ou seja, o foco deste nvel nos sistemas que possibilitam aos empreendimentos desenvolverem seus produtos e servios, acessarem capital e mercado, realizarem a gesto do negcio e promoverem o desenvolvimento pessoal dos empreendedores. 2. Processo: os sistemas deste nvel focam o processo de prospeco, gerao, desenvolvimento e graduao de empreendimentos inovadores, ou seja, so os sistemas que viabilizam a transformao de idias em negcios. 3. Incubadora: o foco dos sistemas deste nvel a gesto da incubadora como um empreendimento, ou seja, so os sistemas referentes a finanas, pessoas e ao relacionamento da incubadora com o entorno.

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VI. Lgica de Organizao do Modelo CERNE

Em funo da complexidade e do nmero de sistemas a serem implantados, o CERNE foi estruturado como um Modelo de Maturidade da Capacidade da incubadora em gerar, sistematicamente, empreendimentos de sucesso. Para isso, foram criados quatro nveis crescentes de maturidade. A lgica escolhida para estruturar os nveis de maturidade foi organiz-los a partir de Eixos Norteadores: empreendimento, incubadora, rede de parceiros e melhoria contnua (inovao), conforme mostrado na Figura 4.ELHORIA CO NTNUA CEIROS

CERNE 4 - M

CERNE 3 - R

EDE DE PAR

CERNE 2 - IN

CUBADORA

NTO PREENDIME CERNE 1 - EM

Figura 4 - Lgica de Organizao dos Nveis de Maturidade

CERNE 1: neste primeiro nvel, todos os sistemas esto diretamente relacionados ao desenvolvimento dos empreendimentos. Neste sentido, alm de sistemas como qualificao, assessoria e seleo, foram includos os sistemas mais ligados gesto da incubadora, mas que possuem uma relao muito estreita com o desenvolvimento dos empreendimentos, como gesto financeira e gesto da infraestrutura fsica e tecnolgica. Ao atingir este nvel, a incubadora demonstra que tem capacidade para prospectar e selecionar boas idias e transform-las em negcios inovadores, sistemtica e repetidamente. CERNE 2: o foco deste nvel garantir uma gesto efetiva da incubadora como uma organizao. Assim, alm de garantir a gerao sistemtica de empreendimentos inovadores (foco do CERNE 1), a incubadora utiliza todos os sistemas para uma gesto focada em resultados. CERNE 3: o objetivo deste nvel consolidar uma rede de parceiros, com vistas a ampliar a probabilidade de sucesso dos empreendimentos apoiados. Assim, neste nvel, a incubadora refora sua atuao como um dos ns da rede de atores voltados ao desenvolvimento regional. CERNE 4: neste nvel, a partir da estrutura organizada nos nveis anteriores, a incubadora possui maturidade suficiente para consolidar seu sistema de gesto da inovao. Com isso, alm de gerar empreendimentos inovadores, gerir de forma efetiva a incubadora como organizao e participar ativamente da rede de atores voltados ao desenvolvimento regional, a incubadora passa a gerar, sistematicamente, inovaes em seus prprios processos.

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Cada nvel de maturidade (CERNE 1, CERNE 2, CERNE 3 e CERNE 4) representa um passo da incubadora em direo melhoria contnua, ampliando a capacidade do sistema em gerar empreendimentos de sucesso. Cada nvel de maturidade contm um conjunto de Processos-Chave, de forma que a incubadora possa priorizar os processos a ser implantados, ampliando a probabilidade de sucesso do modelo. Cada Processo-Chave contm um grupo de Prticas-Chave, que descrevem os produtos a serem criados (Figura 5).

NVEIS DE MATURIDADEContm

Capacidade dos Processos

indicam

PROCESSOS-CHAVEContm implantam

PRTICAS-CHAVE

Sistemasgeram

Produtos

Figura 5 - Detalhamento dos Nveis de Maturidade

Como um dos princpios do modelo a melhoria contnua, espera-se que as incubadoras aprimorem, constantemente, as prticas-chave implantadas. Assim, as prticas implantadas podem estar em diferentes estgios de evoluo. O estgio mais simples de uma prtica a realizao de atividades no sistemticas, relacionadas ao processo em questo. No segundo estgio so realizadas, sistematicamente, atividades relacionadas ao processo em questo. No terceiro estgio existe um programa implantado, integrando as diferentes atividades. No quarto estgio existe um sistema implantado, ou seja, os resultados obtidos com as prticas so quantificados e utilizados para retro-alimentar o processo. Dentro deste contexto, cada prtica-chave foi estruturada em quatro estgios de desenvolvimento, conforme mostrado na Figura 6.

PRTICA SISTEMATIZADA PRTICA ESTABELECIDA PRTICA DEFINIDA PRTICA INICIAL

Figura 6 - Estgios de Evoluo das Prticas-Chave

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Com isso, o Modelo CERNE passa a conter dois tipos de maturidade (Figura 7): 1. A maturidade da capacidade da incubadora em gerar, sistematicamente, empresas inovadoras de sucesso (CERNE 1, CERNE 2, CERNE 3 e CERNE 4). 2. O grau de evoluo das prticas-chave, que indica o nvel de evoluo de cada prtica implantada em um dado nvel.

NVEIS DE MATURIDADEContm

PROCESSOS-CHAVEContm

PRTICAS-CHAVE

Prtica Inicial Prtica Definida Prtica Estabelecida Prtica Sistematizada

Figura 7 - Detalhamento da Estrutura do Modelo CERNE

Desta forma, duas incubadoras podem estar no mesmo nvel de maturidade (CERNE 1, por exemplo), mas com prticas relacionadas qualificao em estgios de evoluo diferentes. Uma das incubadoras pode oferecer um conjunto de cursos para os incubados, enquanto a outra possui um sistema de qualificao implantado, com indicadores para aprimoramento da prtica. Assim, existem dois processos de evoluo da maturidade que ocorrem em paralelo: melhoria do nvel da capacidade da incubadora (CERNE 1, CERNE 2, CERNE 3 e CERNE 4) e aprimoramento da qualidade das prticas-chave (produtos), conforme mostrado na Figura 8.

CERNE 2 CERNE 1 PRTICA INICIAL PRTICA DEFINIDA

CERNE 3

CERNE 4

PRTICA ESTABELECIDA

PRTICA SISTEMATIZADA

Figura 8 - Processos Simultneos de Evoluo da Maturidade

Torna-se importante ressaltar que uma incubadora avaliada como tendo um nvel de maturidade (CERNE 1, por exemplo), pode ter prticas-chave em diferentes nveis de aprimoramento (algumas prticas-chave podem estar no nvel Inicial, outras podem ser consideradas Prticas Definidas etc.). Neste sentido, a lgica do modelo que a incubadora deve aprimorar, continuamente, a qualidade das prticas-chave, mesmo que se mantenha em um dado nvel de maturidade. Com isso, se a incubadora, durante um dado perodo, manteve-se no CERNE 1, essencial que ela tenha evoludo em termos da maturidade das prticas-chave.

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Dentro deste contexto, o nvel de maturidade de uma incubadora (CERNE 1, CERNE 2, CERNE 3 e CERNE 4) define o padro mnimo de maturidade tambm para as prticas-chave. Em outras palavras, quando uma incubadora for CERNE 2, por exemplo, ela no pode ter qualquer prtica-chave classificada como Inicial. Seguindo nesta mesma linha de raciocnio, uma incubadora CERNE 4 s pode ter prticas-chave classificadas como Sistematizadas, conforme mostrado na Figura 9.

Nveis de maturidade possveis para as prticas-chave: CERNE 4 Sistematizada Nveis de maturidade possveis para as prticas-chave: CERNE 3 Estabelecida Nveis de maturidade possveis para as prticas-chave: CERNE 2 Definida Estabelecida Sistematizada Sistematizada

Nveis de maturidade possveis para as prticas-chave: CERNE 1 Inicial Definida Estabelecida Sistematizada

Figura 9 - Relao entre Nveis de Maturidade e Evoluo das Prticas-Chave

A lgica que fundamenta a relao mostrada na figura anterior incentiva as incubadoras a implantarem, desde o incio, o princpio da melhoria contnua. Desta forma, o modelo passa a ter uma dinamicidade significativa, contribuindo para a crescente inovao dos sistemas utilizados pelas incubadoras de empresas.

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VII. Processos-Chave

O objetivo desta seo detalhar os sistemas que compem o modelo CERNE, especificando as prticas-chave de cada processo-chave em cada nvel de maturidade. Este detalhamento seguir a estrutura definida na Figura 8. O detalhamento ser progressivo, ou seja, primeiramente os nveis de maturidade so detalhados em termos dos processos-chave que os compem; em seguida, os processos-chave de cada nvel sero detalhados em suas prticas-chave.

1. CERNE 1: Processos-ChaveO CERNE 1 tem o objetivo de profissionalizar o processo de gerao sistemtica de empreendimentos inovadores. Neste sentido, implementa os sistemas relacionados ao processo de incubao e ao desenvolvimento dos empreendimentos, alm de alguns elementos de gesto, essenciais gerao de empreendimentos bem-sucedidos. Os processos-chave a serem implantados neste nvel so aqueles apresentados na Figura 10.

Sistema de Sensibilizao e Prospeco Sistema de Seleo Sistema de Planejamento Sistema de Qualificao Sistema de Assessoria e Consultoria Sistema de Acompanhamento, Orientao e Avaliao Sistema de Apoio Graduao e Projetos Futuros Sistema de Gerenciamento Bsico

CERNE 1

Figura 10 - Processos-Chave do CERNE 1

Processo-Chave 1.1 Sistema de Sensibilizao e ProspecoDescrio: envolve a manuteno de um processo sistematizado e contnuo para a sensibilizao da comunidade quanto ao empreendedorismo e para a prospeco de novos empreendimentos. Adicionalmente, devem estar implantados processos que permitam avaliar os benefcios para a incubadora e para a regio dos mecanismos de sensibilizao existentes.

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Processo-Chave 1.2 Sistema de SeleoDescrio: a incubadora deve manter um sistema formalizado para realizar a seleo dos empreendimentos. Este sistema deve incluir uma metodologia bem definida, critrios de seleo e profissionais capacitados para avaliar os empreendimentos a partir dos seguintes eixos: empreendedores, produto, mercado, capital e gesto.

Processo-Chave 1.3 Sistema de PlanejamentoDescrio: a incubadora deve possuir processos sistemticos e formais que possibilitem o planejamento do desenvolvimento do negcio com relao aos seguintes eixos: empreendedores, produto, mercado, capital e gesto.

Processo-Chave 1.4 Sistema de QualificaoDescrio: envolve a implantao de um amplo Sistema de Qualificao, formalizado, que aborde os principais aspectos relacionados ao negcio: o empreendedor, os produtos e servios, o capital, o mercado e a gesto.

Processo-Chave 1.5 Sistema de Assessoria e ConsultoriaDescrio: a incubadora deve implantar e manter um conjunto sistematizado de assessorias e consultorias especializadas, orientadas em funo dos principais desafios a serem superados pelos empreendimentos: desenvolvimento dos empreendedores, melhoria dos produtos e servios, captao de recursos, acesso a mercados e aprimoramento da gesto.

Processo-Chave 1.6 Sistema de Acompanhamento, Orientao e Avaliao:Descrio: exige a manuteno de um processo sistemtico e documentado de avaliao, monitoramento e orientao do desempenho dos empreendimentos incubados, envolvendo os cinco principais eixos de desenvolvimento do negcio: empreendedores, produto, recursos, mercado e gesto.

Processo-Chave 1.7 Sistema de Apoio Graduao e Projetos FuturosDescrio: a incubadora deve manter um processo sistemtico e documentado para a definio do momento da graduao e o estabelecimento da sistemtica de interao futura entre a incubadora e o empreendimento. Os indicadores para definio do momento da graduao devem avaliar: a maturidade dos empreendedores, o grau de desenvolvimento dos produtos, o volume de capital e a sustentabilidade financeira, a participao no mercado e a qualidade da gesto.

Processo-Chave 1.8 Sistema de Gerenciamento BsicoDescrio: envolve a manuteno de uma estrutura mnima em termos gerenciais, fsicos e tecnolgicos que permita a gerao sistemtica de empreendimentos de sucesso. Isso inclui a existncia de um modelo institucional, um sistema de gesto financeira, um sistema de comunicao e marketing, estrutura fsica e tecnolgica que forneam apoio aos empreendimentos e um sistema de apoio gesto.

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2. CERNE 2: Processos-ChaveO foco deste segundo nvel de maturidade a incubadora como empreendimento, ou seja, inclui os sistemas necessrios gesto eficaz e eficiente da incubadora, de forma a oferecer um servio de melhor qualidade aos empreendimentos incubados e comunidade. Os processos-chave deste nvel podem ser visualizados na Figura 11.

Sistema de Avaliao e Certificao Sistema de Gerao de Idias Sistema de Gesto Estratgica Sistema de Servios a Empreendimentos

CERNE 2

Figura 11 - Processos-Chave do CERNE 2

Processo-Chave 2.1 Sistema de Avaliao e CertificaoDescrio: a incubadora deve implantar um sistema que permita garantir a qualidade dos empreendimentos apoiados com relao a cinco dimenses: empreendedor, produto, mercado, capital e gesto.

Processo-Chave 2.2 Sistema de Gerao de IdiasDescrio: envolve a implantao de um sistema que garanta a gesto sistemtica de idias inovadoras. Isso inclui a parceria com universidades e centros de Pesquisa e Desenvolvimento.

Processo-Chave 2.3 Sistema de Gesto EstratgicaDescrio: inclui a realizao sistemtica do planejamento estratgico e a explicitao, nos documentos internos, de uma gesto focada em performance. A incubadora deve possuir tambm um sistema de gesto dos instrumentos jurdicos de forma a garantir uma estabilidade institucional.

Processo-Chave 2.4 Sistema de Servios a EmpreendimentosDescrio: a incubadora deve disponibilizar servios de valor agregado para os empreendimentos que j esto atuando no mercado, tenham ou no passado pela incubadora. Alm disso, a incubadora precisa oferecer servios aos empreendedores em potencial para que estes possam criar empreendimentos inovadores.

3. CERNE 3: Processos-ChaveO foco do CERNE 3 a consolidao e ampliao da rede de parceiros que d sustentao incubadora. Desta forma, a incubadora refora sua atuao como um importante n da rede de atores focada no desenvolvimento regional sustentvel. A Figura 12 apresenta os processos-chave do CERNE 3.

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Sistema de Apoio Ampliado aos Empreendimentos Sistema de Monitoramento do Desempenho da Incubadora Sistema de Participao no Desenvolvimento Regional SustentvelFigura 12 - Processos-Chave do CERNE 3

Processo-Chave 3.1 Sistema de Apoio Ampliado aos EmpreendimentosDescrio: alm dos servios bsicos de qualificao, assessoria e consultoria, a incubadora deve criar uma rede de conhecimento que permita aos empreendimentos um desenvolvimento mais acelerado e consistente de seus negcios.

Processo-Chave 3.2 Sistema de Monitoramento do Desempenho da IncubadoraDescrio: a incubadora deve implantar sistemas que permitam avaliar seu desempenho, sua influncia sobre o desenvolvimento regional, os impactos ambientais provocados, a qualidade dos sistemas implantados e sua atuao social.

Processo-Chave 3.3 Sistema de Participao no Desenvolvimento Regional SustentvelDescrio: a incubadora deve participar ativamente da rede de atores da regio com vistas a melhorar o desenvolvimento econmico, social, tecnolgico e ambiental. Isto refora o papel da incubadora na definio das polticas pblicas e na atuao conjunta com instituies com objetivos comuns.

4. CERNE 4: Processos-ChavePara alcanar o CERNE 4, a incubadora deve implantar um sistema que garanta a melhoria contnua de seus servios. Neste sentido, este nvel possui apenas um processo-chave: Sistema de Melhoria Contnua. Como pode ser observado na Figura 13, os processos-chave do CERNE 4 enfatizam a inovao e a gesto do conhecimento.

CERNE 4

CERNE 3

Sistema de Melhoria Contnua

Figura 13 - Processos-Chave do CERNE 4

Processo-Chave 4.1 Sistema de Melhoria ContnuaDescrio: A incubadora deve possuir sistemas que garantam a constante inovao dos processos implantados, garantindo o aprimoramento contnuo dos resultados obtidos. Isso inclui a melhoria da segurana da informao, a gesto do conhecimento, a gesto de mudanas no processo alm do mapeamento da oferta e da demanda.

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VIII. Prticas-Chave

A definio dos processos-chave auxilia a equipe da incubadora na identificao dos elementos a serem implantados para obter a melhoria da qualidade dos empreendimentos apoiados. No entanto, o nvel de abstrao dos processos-chave ainda muito alto, dificultando sua efetiva implantao. Alm disso, cada processo-chave envolve a implantao de diferentes sistemas. Em funo disso, cada processo-chave foi detalhado em duas ou mais prticas-chave. Isso no apenas facilita o processo de implantao como torna cada processo-chave mais transparente.

1. CERNE 1: Prticas-Chave1.1. Sistema de Sensibilizao e ProspecoEste processo-chave composto por trs prticas-chave, conforme mostrado na Figura 14: sensibilizao, prospeco e qualificao.

1.1 SENSIBILIZAO E PROSPECO 1.1.1 Sensibilizao 1.1.2 Prospeco 1.1.3 Qualificao

Figura 14 - Prticas-Chave de Sensibilizao e Prospeco

PRTICA-CHAVE 1.1.1 SENSIBILIZAO Descrio: estratgia e programa para sensibilizao em empreendedorismo e inovao (considerando: temporalidade, localidade, setor, poltica, parceiros), com eventos que tratem de temas relacionados ao processo de concepo e desenvolvimento de empreendimentos em setores especficos. Trata da apresentao dos primeiros passos para empreender. Prtica Inicial: a incubadora deve realizar aes (palestras, reunies, workshops etc.) que promovam a difuso do empreendedorismo na comunidade. Prtica Definida: a incubadora possui um cronograma, para os prximos 12 meses, das aes para a promoo do empreendedorismo a serem realizadas tanto no espao da incubadora, quanto nos parceiros e na comunidade em geral.

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Prtica Estabelecida: a incubadora possui um sistema de sensibilizao de potenciais empreendedores, com cronograma para os prximos 12 meses, e um controle, por meio de indicadores, dos resultados obtidos. A incubadora utiliza os indicadores de desempenho para aprimorar o contedo e o pblico-alvo de cada ao realizada. Prtica Sistematizada: a incubadora mantm mecanismos de sensibilizao disponveis na web, de forma que os empreendedores possam ter acesso 24 horas por dia, sete dias da semana.

PRTICA-CHAVE 1.1.2 PROSPECO Descrio: a incubadora deve possuir um processo sistematizado de prospeco de oportunidades de empreendimentos em setores especficos. Prtica Inicial: a incubadora deve manter um banco de idias contendo oportunidades para a criao de novos negcios em reas especficas. Prtica Definida: a incubadora deve realizar reunies formais com grupos de pesquisa, instituies e empresas de maneira a identificar oportunidades para a criao de novos negcios. Essas idias devem alimentar o banco de idias mantido pela incubadora. Prtica Estabelecida: a incubadora deve possuir um Sistema de Prospeco de oportunidades em setores especficos, com monitoramento dos resultados em termos de gerao de novas empresas. Prtica Sistematizada: a incubadora deve possuir um Sistema On-line de Prospeco de oportunidades em setores especficos, com monitoramento dos resultados em termos de gerao de novas empresas.

PRTICA-CHAVE 1.1.3 QUALIFICAO Descrio: tem por objetivo qualificar o empreendedor no processo de criao de um novo empreendimento. Isso inclui palestras, cursos e base de conhecimento que abordem os diferentes aspectos do processo de empreender. Alm disso, a incubadora deve oferecer apoio gerao e teste de idias, orientando o empreendedor na seleo da oportunidade de negcio. Prtica Inicial: realizao, peridica, de um curso que aborde todos os aspectos da gerao e desenvolvimento de um negcio. Prtica Definida: a incubadora possui um Programa de Qualificao do Empreendedor em Potencial, que inclui cursos semestrais sobre plano de negcios e gesto de empreendimentos. Alm disso, a incubadora deve promover palestras sobre assuntos especficos sobre, pelo menos, os seguintes temas: marketing, finanas e modelagem do negcio. Prtica Estabelecida: a incubadora oferece consultorias personalizadas para orientao dos empreendedores. Estgio Sistematizada: a incubadora possui um conjunto de indicadores que possibilitam o monitoramento dos resultados do sistema de qualificao, promovendo mudanas nos cursos e palestras realizados.

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1.2. Sistema de SeleoEste processo-chave composto por trs prticas-chave, conforme mostrado na Figura 15: Plano de Negcios, avaliao e contratao.

1.2 SELEO 1.2.1 Plano de Negcios 1.2.2 Avaliao 1.2.3 Contratao

Figura 15 - Prticas-Chave do Sistema de Seleo

PRTICA-CHAVE 1.2.1 PLANO DE NEGCIOS Descrio: a incubadora deve possuir um modelo de Plano de Negcios para que os empreendedores possam apresentar suas propostas de empreendimentos e atualiz-las ao longo do processo de incubao. Prtica Inicial: a incubadora utiliza um modelo de Planos de Negcios bsico padronizado, para que os empreendedores apresentem suas propostas. Prtica Definida: a incubadora utiliza um modelo de Planos de Negcios bsico padronizado, disponvel on-line, para que os empreendedores apresentem suas propostas. Prtica Estabelecida: a incubadora possui um sistema on-line prprio para elaborao e atualizao de planos de negcios, de forma que os empreendedores apresentem suas propostas. Prtica Sistematizada: o sistema on-line permite a anlise do Plano de Negcios por terceiros, de forma a agilizar o processo de seleo.

PRTICA-CHAVE 1.2.2 AVALIAO Descrio: sistemtica profissional e rigorosa de avaliao de propostas de empreendimentos para incubao, utilizando profissionais experientes e altamente qualificados. Prtica Inicial: existncia de um processo de seleo de empreendimentos, que conte com fases bem definidas, critrios de seleo objetivos e a participao de, pelo menos, um especialista externo incubadora. Prtica Definida: existncia de um processo de seleo de empreendimentos, que conte com uma metodologia formalizada, critrios de seleo objetivos e a participao de especialistas da rea financeira e comercial externos incubadora. Prtica Estabelecida: existncia de um Sistema de Seleo de Empreendimentos (com uma metodologia formalizada, critrios de seleo objetivos e a participao de especialistas da rea financeira e comercial externos incubadora) que possua indicadores de desempenho que possibilitem a melhoria do prprio sistema. Prtica Sistematizada: todos os registros do processo de seleo devem ser alimentados em um software, de forma a facilitar o rastreamento das bancas e dos resultados, o monitoramento de indicadores e a melhoria do sistema como um todo.

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PRTICA-CHAVE 1.2.3 CONTRATAO Descrio: a incubadora deve possuir um conjunto de documentos padronizados que estabeleam os direitos e deveres da incubadora e dos empreendimentos/empreendedores, com relao prestao de servios, aspectos comerciais, acesso a informaes dentre outros. Prtica Inicial: a incubadora deve possuir um modelo padro de contrato a ser assinado pelos empreendedores, onde sejam estabelecidas as regras do relacionamento com a incubadora durante o perodo de incubao. Este contrato deve incluir, no mnimo, clusulas relacionadas aos deveres e direitos dos incubados/empreendimentos, regras para a continuidade na incubadora, bem como critrios para a graduao/desligamento. Prtica Definida: o contrato com os incubados deve incluir clusulas relacionadas ao direito de uso da imagem dos empreendimentos/empreendedores e propriedade intelectual (quando aplicvel). Prtica Estabelecida: a incubadora deve possuir uma Assessoria Jurdica que d apoio ao processo de contratao, desligamento e/ou graduao dos empreendimentos. Prtica Sistematizada: a incubadora deve manter um processo de Reviso Crtica dos contratos, tomando como base os problemas ocorridos ao longo do processo de incubao.

1.3. Sistema de PlanejamentoO objetivo do Sistema de Planejamento possibilitar o desenvolvimento planejado dos empreendimentos, de forma que exista um plano formal de evoluo para cada um dos seguintes eixos (Figura 16): empreendedores, produto, mercado, capital e gesto.

1.3 PLANEJAMENTO 1.3.1 Plano de Vida 1.3.2 Plano Tecnolgico 1.3.3 Plano de Capital 1.3.4 Plano de Mercado 1.3.5 Plano de Gesto

Figura 16 - Prticas-Chave do Sistema de Planejamento

PRTICA-CHAVE 1.3.1 PLANO DE VIDA Descrio: sistemtica de planejamento pessoal, visando o estabelecimento de estratgias, metas e aes para o desenvolvimento do empreendedor. A incubadora deve oferecer apoio para que cada empreendedor desenvolva o seu Plano de Desenvolvimento Pessoal, que englobe os aspectos relacionados famlia, sade, educao, cidadania, ao negcio, s finanas e qualificao. Prtica Inicial: a incubadora orienta o empreendedor sobre a necessidade da elaborao do Plano Pessoal. O resultado um documento formal que apresenta as estratgias, metas e aes do empreendedor com relao famlia, sade, educao, cidadania, ao negcio, s finanas e qualificao, tendo como horizonte o curto, o mdio e o longo prazo. Prtica Definida: a incubadora fornece orientao peridica ao empreendedor na elaborao do Plano Pessoal.

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Prtica Estabelecida: a incubadora possui uma sistemtica formal de orientao contnua ao empreendedor na elaborao do Plano Pessoal. Prtica Sistematizada: a incubadora possui uma sistemtica formal de orientao contnua ao empreendedor na elaborao do Plano Pessoal. O resultado um documento formal, disponvel on-line.

PRTICA-CHAVE 1.3.2 PLANO TECNOLGICO Descrio: sistemtica de elaborao do Plano de Desenvolvimento das tecnologias, produtos e servios crticos do empreendimento, nos segmentos de mercado onde atua. Prtica Inicial: a incubadora indica profissionais para orientar os empreendedores na elaborao do Plano Tecnolgico. O resultado um documento formal que apresenta o planejamento de curto, mdio e longo prazo para o desenvolvimento e evoluo dos produtos e servios dos empreendimentos, tomando como base informaes de mercado. Prtica Definida: a incubadora fornece orientao peridica aos empreendedores na elaborao do Plano Tecnolgico. Este documento deve incluir tambm um planejamento das inovaes (novos produtos, servios e/ou processos) a serem lanadas pelo empreendimento. Prtica Estabelecida: a incubadora possui uma sistemtica formal de orientao contnua aos empreendedores na elaborao do Plano Tecnolgico. Este documento deve incluir o ciclo de vida dos produtos e servios do empreendimento (Curva S). Prtica Sistematizada: a incubadora possui uma sistemtica formal de orientao contnua aos empreendedores na elaborao do Plano Tecnolgico, integrando profissionais da equipe da incubadora com consultores externos. O resultado um documento formal, disponvel on-line.

PRTICA-CHAVE 1.3.3 PLANO DE CAPITAL Descrio: sistemtica de elaborao do Plano Econmico e Financeiro do empreendimento, visando identificar as principais metas, demandas de capital e estratgias de alavancagem ao longo do processo de evoluo do empreendimento. Prtica Inicial: a incubadora indica profissionais para orientar os empreendedores na elaborao do Plano de Capital. O resultado um documento formal que apresenta o planejamento de curto, mdio e longo prazo para o desenvolvimento econmico e financeiro do empreendimento, considerando a necessidade de capital de giro para suportar suas atividades e identificando necessidades de aporte de capital. Prtica Definida: a incubadora fornece orientao peridica aos empreendedores na elaborao do Plano de Capital, contando, pelo menos, com os profissionais de sua prpria equipe. Prtica Estabelecida: a incubadora possui uma sistemtica formal de orientao contnua aos empreendedores na elaborao do Plano de Capital, contando, pelo menos, com os profissionais de sua prpria equipe. Prtica Sistematizada: a incubadora possui uma sistemtica formal de orientao contnua aos empreendedores na elaborao do Plano de Capital, integrando profissionais da equipe da incubadora com consultores externos. O resultado um documento formal, disponvel on-line.

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PRTICA-CHAVE 1.3.4 PLANO DE MERCADO Descrio: sistemtica de elaborao do Plano de Marketing do empreendimento, englobando metas e estratgias que possibilitem a identificao de oportunidades que possam gerar bons resultados para o empreendimento, contemplando anlise ou pesquisa de mercado e estratgias de marketing (4Ps). Prtica Inicial: a incubadora indica profissionais para orientar os empreendedores na elaborao do Plano de Mercado. O resultado um documento formal que apresenta o planejamento de curto, mdio e longo prazo com relao ao mercado-alvo (regio, porte e tipo de cliente), anlise da concorrncia, tamanho da equipe de vendas, preos e condies, alm da estimativa de volume de vendas e estratgia de vendas. Prtica Definida: a incubadora fornece orientao peridica aos empreendedores na elaborao do Plano de Mercado. Prtica Estabelecida: a incubadora possui uma sistemtica formal de orientao contnua aos empreendedores na elaborao do Plano de Mercado. Prtica Sistematizada: a incubadora possui uma sistemtica formal de orientao contnua aos empreendedores na elaborao do Plano de Mercado, integrando profissionais da equipe da incubadora com consultores externos. O resultado um documento formal, disponvel on-line.

PRTICA-CHAVE 1.3.5 PLANO DE GESTO Descrio: sistemtica de elaborao de um plano detalhado com metas, mtodos e procedimentos claros e objetivos sobre a instalao e o crescimento da empresa, considerando os diferentes aspectos do empreendimento (finanas, RH, dentre outros). Prtica Inicial: a incubadora indica profissionais para orientar os empreendedores na elaborao do Plano de Gesto, que um documento formal que apresenta as estratgias e aes de curto, mdio e longo prazo, previstas, de forma detalhada, metas, prazos e marcos. Prtica Definida: a incubadora fornece orientao peridica aos empreendedores na elaborao do Plano de Gesto. Prtica Estabelecida: a incubadora possui uma sistemtica formal de orientao contnua aos empreendedores na elaborao do Plano de Gesto. Este documento deve conter a evoluo do plano de ao, incluindo metas cumpridas, datas de trmino e evoluo dos indicadores. Prtica Sistematizada: a incubadora possui uma sistemtica formal de orientao contnua aos empreendedores na elaborao do Plano de Gesto. O resultado um documento formal e on-line.

1.4. Sistema de QualificaoEnvolve a implantao de um amplo Sistema de Qualificao, formalizado, que aborde os principais aspectos relacionados ao negcio (Figura 17): os empreendedores, os produtos e servios, o capital, o mercado e a gesto.

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1.4 QUALIFICAO 1.4.1 Qualificao Pessoal 1.4.2 Qualificao Tecnolgica 1.4.3 Qualificao Financeira 1.4.4 Qualificao de Mercado 1.4.5 Qualificao de Gesto

Figura 17 - Prticas-Chave do Sistema de Qualificao

PRTICA-CHAVE 1.4.1 QUALIFICAO PESSOAL Descrio: sistemtica de qualificao focada no indivduo, visando o crescimento do empreendedor como cidado. A incubadora deve ter uma agenda formal de qualificao dos empreendedores, considerando os aspectos comportamentais e habilidades empreendedoras. Prtica Inicial: a incubadora indica empresas e profissionais que podem oferecer cursos para desenvolver os aspectos comportamentais e o perfil empreendedor. Deve haver uma agenda semestral de cursos dos quais os empreendedores devem participar. Prtica Definida: a incubadora estrutura um Programa de Qualificao Anual do Empreendedor, para desenvolver os aspectos comportamentais e o perfil empreendedor. Devem ser definidos os cursos a serem realizados e o pblico-alvo, ou seja, os empreendedores que devem participar, levando-se em conta o estgio de desenvolvimento dos empreendimentos e dos empreendedores. Prtica Estabelecida: a incubadora oferece consultorias personalizadas para os empreendedores. Prtica Sistematizada: a incubadora deve manter indicadores dos resultados dos cursos, utilizando-os para o planejamento dos cursos futuros e para a definio dos profissionais a serem contratados.

PRTICA-CHAVE 1.4.2 QUALIFICAO TECNOLGICA Descrio: sistematizao de um conjunto de cursos que tratem, pelo menos, da gerao de inovaes (criatividade, inovao no processo, inovao no produto etc.), do projeto de produto e das tecnologias associadas s reas de atuao das empresas. Prtica Inicial: a incubadora indica empresas e profissionais que podem oferecer cursos para desenvolver os aspectos relacionados aos produtos, servios e tecnologias. Deve haver uma agenda semestral de cursos dos quais os empreendedores devem participar. Prtica Definida: a incubadora estrutura um Programa de Qualificao Anual, para desenvolver os aspectos relacionados aos produtos, servios e tecnologias. Devem ser definidos os cursos a serem realizados e o pblico-alvo, ou seja, os empreendedores que devem participar, levando-se em conta o estgio de desenvolvimento dos empreendimentos. Prtica Estabelecida: a incubadora oferece consultorias personalizadas para os diferentes empreendimentos. Prtica Sistematizada: a incubadora deve manter indicadores dos resultados dos cursos (indicadores), utilizando-os para o planejamento dos cursos futuros e para a definio dos profissionais a serem contratados.

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PRTICA-CHAVE 1.4.3 QUALIFICAO FINANCEIRA Descrio: sistemtica de desenvolvimento empresarial, envolvendo aspectos de gesto de recursos, relacionamento com investidores, anlise de riscos etc. A incubadora deve organizar uma agenda formal de qualificao dos empreendedores, considerando os aspectos relacionados ao capital. Prtica Inicial: a incubadora indica empresas e profissionais que podem oferecer cursos para desenvolver os aspectos de gesto de recursos, relacionamento com investidores, anlise de riscos etc. Deve haver uma agenda semestral de cursos dos quais os empreendedores devem participar. Prtica Definida: a incubadora estrutura um Programa de Qualificao Anual, para desenvolver os aspectos relacionados gesto de recursos, relacionamento com investidores, anlise de riscos etc. Devem ser definidos os cursos a serem realizados e o pblico-alvo, ou seja, os empreendedores que devem participar, levando-se em conta o estgio de desenvolvimento dos empreendimentos. Prtica Estabelecida: a incubadora oferece consultorias personalizadas para os diferentes empreendimentos. Prtica Sistematizada: a incubadora deve manter indicadores dos resultados dos cursos, utilizando-os para o planejamento dos cursos futuros e para a definio dos profissionais a serem contratados.

PRTICA-CHAVE 1.4.4 QUALIFICAO DE MERCADO Descrio: sistemtica de desenvolvimento empresarial, visando a realizao de cursos com foco em prticas e ferramentas para gerenciar o setor comercial, incluindo, pelo menos, tpicos sobre organizar e motivar equipe de vendas, estratgias de marketing, estratgias de vendas. A incubadora deve organizar uma agenda formal de qualificao dos empreendedores, considerando os aspectos relacionados ao mercado. Prtica Inicial: a incubadora indica empresas e profissionais que podem oferecer cursos para desenvolver os aspectos de gesto do setor comercial, incluindo, pelo menos, tpicos sobre organizar e motivar equipe de vendas, estratgias de marketing, estratgias de vendas. Deve haver uma agenda semestral de cursos dos quais os empreendedores devem participar. Prtica Definida: a incubadora estrutura um Programa de Qualificao Anual, para desenvolver os aspectos relacionados gesto do setor comercial, incluindo, pelo menos, tpicos sobre organizar e motivar equipe de vendas, estratgias de marketing, estratgias de vendas. Devem ser definidos os cursos a serem realizados e o pblico-alvo, ou seja, os empreendedores que devem participar, levando-se em conta o estgio de desenvolvimento dos empreendimentos. Prtica Estabelecida: a incubadora oferece consultorias personalizadas para os diferentes empreendimentos. Prtica Sistematizada: a incubadora deve manter indicadores dos resultados dos cursos, utilizando-os para o planejamento dos cursos futuros e para a definio dos profissionais a serem contratados.

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PRTICA-CHAVE 1.4.5 QUALIFICAO DE GESTO Descrio: sistemtica de desenvolvimento empresarial, visando o desenvolvimento das competncias gerenciais para a administrao dos processos e funes crticas do empreendimento. A incubadora deve ter uma agenda formal de qualificao dos empreendedores, considerando os aspectos comportamentais e habilidades empreendedoras. Prtica Inicial: a incubadora indica empresas e profissionais que podem oferecer cursos para desenvolver as competncias gerenciais para a administrao dos processos e funes crticas do empreendimento. Deve haver uma agenda semestral de cursos dos quais os empreendedores devem participar. Prtica Definida: a incubadora estrutura um Programa de Qualificao Anual, para desenvolver as competncias gerenciais para a administrao dos processos e funes crticas do empreendimento. Devem ser definidos os cursos a serem realizados e o pblico-alvo, ou seja, os empreendedores que devem participar, levando-se em conta o estgio de desenvolvimento dos empreendimentos. Prtica Estabelecida: a incubadora oferece consultorias personalizadas para os diferentes empreendimentos. Prtica Sistematizada: a incubadora deve manter indicadores dos resultados dos cursos, utilizando-os para o planejamento dos cursos futuros e para a definio dos profissionais a serem contratados.

1.5. Sistema de Assessoria e ConsultoriaA incubadora deve implantar e manter um conjunto sistematizado de assessorias e consultorias especializadas, orientadas em funo dos principais desafios a serem superados pelo empreendimento (Figura 18): desenvolvimento dos empreendedores, melhoria dos produtos e servios, captao de recursos, acesso a mercados e aprimoramento da gesto.

1.5 ASSESSORIA E CONSULTORIA 1.5.1 Assessoria e Consultoria ao Empreendedor 1.5.2 Assessoria e Consultoria Tecnolgica 1.5.3 Assessoria e Consultoria Financeira 1.5.4 Assessoria e Consultoria de Mercado 1.5.5 Assessoria e Consultoria de Gesto

Figura 18 - Prticas-Chave do Sistema de Assessoria

PRTICA-CHAVE 1.5.1 ASSESSORIA E CONSULTORIA AO EMPREENDEDOR Descrio: sistemtica de assessoria e/ou consultoria ao empreendedor, focando o desenvolvimento do perfil pessoal e empreendedor. A incubadora deve planejar as assessorias e/ou consultorias a serem oferecidas e manter registros formais dos resultados obtidos. Prtica Inicial: a incubadora mantm um portflio de empresas e profissionais que podem oferecer assessorias e consultorias para o desenvolvimento pessoal do empreendedor. A incubadora deve manter um registro das assessorias e consultorias realizadas e os resultados obtidos.

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Prtica Definida: a incubadora estrutura um Programa de Assessoria e Consultoria ao Empreendedor, para desenvolver os aspectos comportamentais e o perfil empreendedor. A incubadora deve planejar as assessorias e/ou consultorias a serem realizadas e manter um registro dos resultados obtidos. Prtica Estabelecida: a incubadora possui um Sistema de Assessoria e Consultoria ao Empreendedor, onde so definidas as assessorias e consultorias a serem realizadas ao longo dos prximos 12 meses, para desenvolver os aspectos comportamentais e o perfil empreendedor. Alm da agenda das assessorias e consultorias, a incubadora deve manter registros dos resultados obtidos (indicadores), utilizando-os para o planejamento das assessorias e consultorias futuras e para a definio dos profissionais a serem contratados. Prtica Sistematizada: o planejamento das assessorias e consultorias e os registros dos resultados devem ser alimentados em um sistema on-line.

PRTICA-CHAVE 1.5.2 ASSESSORIA E CONSULTORIA TECNOLGICA Descrio: sistematizao de um conjunto de assessorias e/ou consultorias que tratem, pelo menos, da gerao de inovaes (criatividade, inovao no processo, inovao no produto etc.), do projeto de produto e das tecnologias associadas s reas de atuao das empresas. Prtica Inicial: a incubadora indica empresas e profissionais que podem oferecer assessorias e/ou consultorias para desenvolver os aspectos relacionados aos produtos, servios e tecnologias. Deve haver uma agenda semestral de assessorias e consultorias a serem realizadas nos diferentes empreendimentos. Prtica Definida: a incubadora estrutura um Programa de Assessoria e Consultoria Anual, para desenvolver os aspectos relacionados aos produtos, servios e tecnologias. Devem ser definidas as assessorias e/ou consultorias a serem realizadas e o pblico-alvo, ou seja, os empreendedores que devem participar, levando-se em conta o estgio de desenvolvimento dos empreendimentos. Prtica Estabelecida: a incubadora possui um Sistema de Assessoria e Consultoria Anual, onde so definidas as assessorias e/ou consultorias a serem realizadas ao longo dos prximos 12 meses, para desenvolver os aspectos relacionados aos produtos, servios e tecnologias. Alm da agenda das assessorias e consultorias, a incubadora deve manter registros dos resultados obtidos (indicadores), utilizando-os para o planejamento das assessorias e consultorias futuras e para a definio dos profissionais a serem contratados. Prtica Sistematizada: o planejamento das assessorias e consultorias e os registros dos resultados devem ser alimentados em um sistema on-line.

PRTICA-CHAVE 1.5.3 ASSESSORIA E CONSULTORIA FINANCEIRA Descrio: sistemtica de desenvolvimento empresarial, envolvendo aspectos de gesto de recursos, relacionamento com investidores, anlise de riscos etc. A incubadora deve organizar uma agenda formal de assessoria e/ou consultoria aos empreendedores, considerando os aspectos relacionados ao capital. Prtica Inicial: a incubadora indica empresas e profissionais que podem oferecer assessorias para desenvolver os aspectos de gesto de recursos, relacionamento com investidores, anlise

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de riscos etc. Deve haver uma agenda semestral de assessorias e/ou consultorias dos quais os empreendedores devem participar. Prtica Definida: a incubadora estrutura um Programa de Assessoria e Consultoria Anual, para desenvolver os aspectos relacionados gesto de recursos, relacionamento com investidores, anlise de riscos etc. Devem ser definidas as assessoria e/ou consultoria a serem realizadas e o pblico-alvo, ou seja, os empreendedores que devem participar, levando-se em conta o estgio de desenvolvimento dos empreendimentos. Prtica Estabelecida: a incubadora possui um Sistema de Assessoria e Consultoria Anual, onde so definidas as assessorias e/ou consultorias a serem realizados ao longo dos prximos 12 meses, para desenvolver os aspectos relacionados gesto de recursos, relacionamento com investidores, anlise de riscos etc. Alm da agenda das assessorias, a incubadora deve manter registros dos resultados das assessorias e/ou consultorias (indicadores), utilizando-os para o planejamento das assessorias e consultorias futuras e para a definio dos profissionais a serem contratados. Prtica Sistematizada: o planejamento das assessorias e/ou consultorias e os registros dos resultados devem ser alimentados em um sistema on-line.

PRTICA-CHAVE 1.5.4 ASSESSORIA E CONSULTORIA EM MERCADO Descrio: sistemtica de desenvolvimento empresarial, visando a realizao de assessorias com foco em prticas e ferramentas para gerenciar o setor comercial, incluindo, pelo menos, tpicos sobre organizar e motivar equipe de vendas, estratgias de marketing, estratgias de vendas. A incubadora deve organizar uma agenda formal de assessorias e/ou consultorias aos empreendedores, considerando os aspectos relacionados ao mercado. Prtica Inicial: a incubadora indica empresas e profissionais que podem oferecer assessorias e/ou consultorias para desenvolver os aspectos de gesto do setor comercial, incluindo, pelo menos, tpicos sobre organizar e motivar equipe de vendas, estratgias de marketing, estratgias de vendas. Deve haver uma agenda semestral de assessorias e/ou consultorias das quais os empreendedores devem participar. Prtica Definida: a incubadora estrutura um Programa de Assessoria e Consultoria Anual, para desenvolver os aspectos relacionados gesto do setor comercial, incluindo, pelo menos, tpicos sobre organizar e motivar equipe de vendas, estratgias de marketing, estratgias de vendas. Devem ser definidas as assessorias e/ou consultorias a serem realizadas e o pblicoalvo, ou seja, os empreendedores que devem participar, levando-se em conta o estgio de desenvolvimento dos empreendimentos. Prtica Estabelecida: a incubadora possui um Sistema de Assessoria e Consultoria Anual, onde so definidas as assessorias e/ou consultorias a serem realizadas ao longo dos prximos 12 meses, para desenvolver os aspectos relacionados gesto do setor comercial, incluindo, pelo menos, tpicos sobre organizar e motivar equipe de vendas, estratgias de marketing, estratgias de vendas. Alm da agenda das assessorias e/ou consultorias, a incubadora deve manter registros dos resultados obtidos (indicadores), utilizando-os para o planejamento das assessorias e consultorias futuras e para a definio dos profissionais a serem contratados. Prtica Sistematizada: o planejamento das assessorias e/ou consultorias e os registros dos resultados devem ser alimentados em um sistema on-line.

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PRTICA-CHAVE 1.5.5 ASSESSORIA E CONSULTORIA EM GESTO Descrio: sistemtica de desenvolvimento empresarial, visando o desenvolvimento das competncias gerenciais para a administrao dos processos e funes crticas do empreendimento. A incubadora deve ter uma agenda formal de assessorias e/ou consultorias aos empreendedores, considerando os aspectos de gesto. Prtica Inicial: a incubadora indica empresas e profissionais que podem oferecer assessorias e/ou consultorias para desenvolver as competncias gerenciais para a administrao dos processos e funes crticas do empreendimento. Deve haver uma agenda semestral de assessorias e/ou consultorias das quais os empreendedores devem participar. Prtica Definida: a incubadora estrutura um Programa de Assessoria e Consultoria Anual, para desenvolver as competncias gerenciais para a administrao dos processos e funes crticas do empreendimento. Devem ser definidas as assessorias e/ou consultorias a serem realizadas e o pblico-alvo, ou seja, os empreendedores que devem participar, levando-se em conta o estgio de desenvolvimento dos empreendimentos. Prtica Estabelecida: a incubadora possui um Sistema de Assessoria e Consultoria Anual, onde so definidas as assessorias e/ou consultorias a serem realizadas ao longo dos prximos 12 meses, para desenvolver as competncias gerenciais para a administrao dos processos e funes crticas do empreendimento. Alm da agenda das assessorias e/ou consultorias, a incubadora deve manter registros dos resultados obtidos (indicadores), utilizando-os para o planejamento das assessorias e/ou consultorias futuras e para a definio dos profissionais a serem contratados. Prtica Sistematizada: o planejamento das assessorias e/ou consultorias e os registros dos resultados devem ser alimentados em um sistema on-line.

1.6. Sistema de Acompanhamento, Orientao e Avaliao:Exige a manuteno de um processo sistemtico e documentado de indicadores para avaliao, monitoramento e orientao do desempenho dos empreendimentos incubados, envolvendo os cinco principais eixos de desenvolvimento do negcio (Figura 19): empreendedores, produto, recursos, mercado e gesto.

1.6 ACOMPANHAMENTO, ORIENTAO E AVALIAO 1.6.1 Monitoramento do empreendedor 1.6.2 Monitoramento da Tecnologia 1.6.3 Monitoramento Financeiro 1.6.4 Monitoramento do Mercado 1.6.5 Monitoramento da Gesto

Figura 19 - Prticas-Chave do Sistema de Acompanhamento, Orientao e Avaliao

PRTICA-CHAVE 1.6.1 MONITORAMENTO DO EMPREENDEDOR Descrio: sistemtica de orientao, monitoramento e avaliao que permita acompanhar o desenvolvimento do empreendedor, em seus aspectos econmicos e sociais (desenvolvimento cidado).

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Prtica Inicial: aplicao de instrumento de coleta de dados (questionrio aplicado no empreendedor, reunies com registro) e plano de cruzamento e anlise de dados que permitam avaliar o desenvolvimento econmico e social do empreendedor. Atualizaes anuais para identificar desvios e permitir correes no processo pela gesto da incubadora, em conjunto com os empreendedores. Prtica Definida: aplicao de questionrio detalhado por rea de conhecimento (famlia, sade, negcio, finanas e competncias), com estratgia, indicadores e metas de desenvolvimento do empreendedor ao longo do processo de implementao do negcio. Atualizao semestral para identificar desvios e correes pela gesto da incubadora em conjunto com o empreendedor. Prtica Estabelecida: a incubadora possui um Sistema de Orientao, Acompanhamento e Avaliao do Empreendedor, onde so avaliados os aspectos relacionados famlia, sade, negcio, finanas e competncias. Devem ser mantidos indicadores e metas de desenvolvimento do empreendedor ao longo do processo de desenvolvimento do negcio. Devem ser feitas atualizaes trimestrais, de forma a identificar desvios e correes pela gesto da incubadora em conjunto com o empreendedor. Prtica Sistematizada: todo o sistema de acompanhamento deve ser alimentado em um software, com acesso via web.

PRTICA-CHAVE 1.6.2 MONITORAMENTO DA TECNOLOGIA Descrio: sistemtica de orientao, monitoramento e avaliao que permita acompanhar o desenvolvimento do produto, servio e tecnologia dos empreendimentos incubados. Prtica Inicial: aplicao bimestral de instrumento de coleta de dados (questionrio aplicado no empreendedor, reunies com registro) e plano de cruzamento e anlise de dados que permitam avaliar o estgio de desenvolvimento do produto, servio e da tecnologia. Prtica Definida: aplicao bimestral de instrumento de coleta de dados (questionrio aplicado no empreendedor, reunies com registro) e plano de cruzamento e anlise de dados que permitam avaliar o estgio de desenvolvimento do produto, servio e da tecnologia. Realizao, semestral, de auditoria do estgio de desenvolvimento dos produtos, servios e tecnologias utilizadas. Prtica Estabelecida: a incubadora possui um Sistema de Orientao, Acompanhamento e Avaliao do Produto/Servio, que avalia o estgio de evoluo dos produtos, servios e tecnologias. Devem ser mantidos indicadores e metas de desenvolvimento do produto, servio e tecnologia ao longo do processo de desenvolvimento do negcio. Devem ser feitas atualizaes trimestrais, de forma a identificar desvios e correes pela gesto da incubadora em conjunto com o empreendedor. Prtica Sistematizada: todo o sistema de acompanhamento deve ser alimentado em um software, com acesso via web.

PRTICA-CHAVE 1.6.3 MONITORAMENTO FINANCEIRO Descrio: sistemtica de orientao, monitoramento e avaliao que permita acompanhar, por meio de indicadores, a evoluo do processo de captao e utilizao de recursos de terceiros pelos empreendimentos incubados.

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Prtica Inicial: aplicao bimestral de instrumento de coleta de dados (questionrio aplicado no empreendedor, reunies com registro) e plano de cruzamento e anlise de dados que permitam avaliar o estgio de desenvolvimento do processo de captao e utilizao de recursos de terceiros pelos empreendimentos incubados. Prtica Definida: aplicao bimestral de instrumento de coleta de dados (questionrio aplicado no empreendedor, reunies com registro) e plano de cruzamento e anlise de dados que permitam avaliar o estgio de desenvolvimento do processo de captao e utilizao de recursos de terceiros pelos empreendimentos incubados. Realizao, semestral, de auditoria do estgio de desenvolvimento do processo de captao e utilizao de recursos de terceiros pelos empreendimentos incubados. Prtica Estabelecida: a incubadora possui um Sistema de Orientao, Acompanhamento e Avaliao do Capital, que avalia o estgio de evoluo do processo de captao e utilizao de recursos de terceiros pelos empreendimentos incubados. Devem ser mantidos indicadores e metas de desenvolvimento do processo de captao e utilizao de recursos de terceiros. Devem ser feitas atualizaes trimestrais, de forma a identificar desvios e correes pela gesto da incubadora em conjunto com o empreendedor. Prtica Sistematizada: todo o sistema de acompanhamento deve ser alimentado em um software, com acesso via web.

PRTICA-CHAVE 1.6.4 MONITORAMENTO DO MERCADO Descrio: sistemtica de orientao, monitoramento e avaliao que permita acompanhar, por meio de indicadores, a evoluo do desenvolvimento comercial dos empreendimentos incubados. Prtica Inicial: aplicao bimestral de instrumento de coleta de dados (questionrio aplicado no empreendedor, reunies com registro) e plano de cruzamento e anlise de dados que permitam avaliar o estgio de desenvolvimento comercial dos empreendimentos incubados. Prtica Definida: aplicao bimestral de instrumento de coleta de dados (questionrio aplicado no empreendedor, reunies com registro) e plano de cruzamento e anlise de dados que permitam avaliar o estgio de desenvolvimento comercial dos empreendimentos incubados. Realizao, semestral, de auditoria do estgio de desenvolvimento comercial dos empreendimentos incubados. Prtica Estabelecida: a incubadora possui um Sistema de Orientao, Acompanhamento e Avaliao do Mercado, que avalia o estgio de evoluo comercial dos empreendimentos incubados. Devem ser mantidos indicadores e metas de desenvolvimento comercial. Devem ser feitas atualizaes trimestrais, de forma a identificar desvios e correes pela gesto da incubadora em conjunto com o empreendedor. Prtica Sistematizada: todo o sistema de acompanhamento deve ser alimentado em um software, com acesso via web.

PRTICA-CHAVE 1.6.5 MONITORAMENTO DA GESTO Descrio: sistemtica de orientao, monitoramento e avaliao que permita acompanhar, por meio de indicadores, a evoluo da gesto dos empreendimentos incubados. Prtica Inicial: aplicao bimestral de instrumento de coleta de dados (questionrio aplicado no empreendedor, reunies com registro) e plano de cruzamento e anlise de dados que permitam avaliar o estgio de desenvolvimento da gesto dos empreendimentos incubados.

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Prtica Definida: aplicao bimestral de instrumento de coleta de dados (questionrio aplicado no empreendedor, reunies com registro) e plano de cruzamento e anlise de dados que permitam avaliar o estgio de desenvolvimento da gesto dos empreendimentos incubados. Realizao, semestral, de auditoria do estgio de desenvolvimento da gesto dos empreendimentos incubados. Prtica Estabelecida: a incubadora possui um Sistema de Orientao, Acompanhamento e Avaliao da Gesto, que avalia o estgio de evoluo do processo de gesto utilizado pelos empreendedores. Devem ser mantidos indicadores e metas de desenvolvimento da gesto. Devem ser feitas atualizaes trimestrais, de forma a identificar desvios e correes pela gesto da incubadora em conjunto com o empreendedor. Prtica Sistematizada: todo o sistema de acompanhamento deve ser alimentado em um software, com acesso via web.

1.7. Sistema de Apoio Graduao e Projetos FuturosDescrio: a incubadora deve manter um processo sistemtico e documentado para a definio do momento da graduao e do estabelecimento da sistemtica de interao futura entre a incubadora e a empresa. Os indicadores para definio do momento da graduao devem avaliar (Figura 20): a maturidade dos empreendedores, o grau de desenvolvimento dos produtos, o volume de capital e a sustentabilidade financeira, a participao no mercado e a qualidade da gesto.

1.7 APOIO GRADUAO E PROJETOS FUTUROS 1.7.1 Maturidade do Empreendedor 1.7.2 Maturidade da Tecnologia 1.7.3 Maturidade Financeira 1.7.4 Maturidade Comercial 1.7.5 Maturidade da Gesto

Figura 20 - Prticas-Chave do Sistema de Apoio Graduao e Projetos Futuros

PRTICA-CHAVE 1.7.1 MATURIDADE DO EMPREENDEDOR Descrio: sistemtica de monitoramento e avaliao que permita acompanhar o processo de graduao do empreendimento, segundo o eixo empreendedor, em seus aspectos econmicos e sociais, bem como dar encaminhamentos para a relao futura. Prtica Inicial: aplicao mensal de instrumento de coleta que permita avaliar e registrar o grau de maturidade do empreendedor para graduao. Prtica Definida: manuteno de registros das avaliaes realizadas e utilizao destes registros para implantar aes corretivas e/ou preventivas relacionadas maturidade do empreendedor para a graduao. Prtica Estabelecida: a incubadora possui um Sistema de Graduao do Empreendedor, que avalia a maturidade do empreendedor para a graduao. Este sistema inclui pesquisa sobre oportunidades para o relacionamento futuro entre o empreendedor e a incubadora, alm de disponibilizar profissionais para facilitar o processo de transio.

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Prtica Sistematizada: todas as informaes so mantidas em um software, com acesso via web.

PRTICA-CHAVE 1.7.2 MATURIDADE DA TECNOLOGIA Descrio: sistemtica de monitoramento e avaliao que permita acompanhar o processo de graduao do empreendimento, segundo o eixo produto/servio, bem como dar encaminhamento para relacionamentos futuros. Prtica Inicial: aplicao mensal de instrumento de coleta que permita avaliar e registrar o grau de maturidade do produto/servio para a graduao. A incubadora deve definir a sistemtica de utilizao de laboratrios e estrutura de apoio tecnolgico aps a graduao. Prtica Definida: manuteno de registros das avaliaes realizadas e utilizao destes registros para implantar aes corretivas e/ou preventivas relacionadas maturidade do produto/ servio para a graduao. Prtica Estabelecida: a incubadora possui um Sistema de Graduao do Empreendedor, que avalia a maturidade do produto/servio para a graduao. Este sistema inclui pesquisa sobre oportunidades para o relacionamento futuro entre o empreendedor e a incubadora, alm de disponibilizar profissionais para facilitar o processo de transio. Prtica Sistematizada: todas as informaes so mantidas em um software, com acesso via web.

PRTICA-CHAVE 1.7.3 MATURIDADE FINANCEIRA Descrio: sistemtica de monitoramento e avaliao que permita acompanhar o processo de graduao do empreendimento, segundo o eixo capital, bem como dar encaminhamento para relacionamentos futuros. Prtica Inicial: aplicao mensal de instrumento de coleta que permita avaliar e registrar o grau de maturidade do empreendimento em termos financeiros para a graduao. A incubadora deve manter informaes atualizadas sobre possibilidade de acesso a editais e linhas de financiamento. Prtica Definida: manuteno de registros das avaliaes realizadas e utilizao destes registros para implantar aes corretivas e/ou preventivas relacionadas maturidade financeira do empreendimento. A incubadora deve manter um site atualizado com possibilidade de acesso a informaes sobre editais e linhas de financiamento. Prtica Estabelecida: a incubadora possui um Sistema de Graduao do Empreendedor, que avalia a maturidade financeira do empreendimento para a graduao. Este sistema inclui pesquisa sobre oportunidades para o relacionamento futuro entre o empreendedor e a incubadora, alm de disponibilizar profissionais para facilitar o processo de transio. Prtica Sistematizada: a incubadora deve possuir equipe especializada para elaborao de projetos para captao de recursos.

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PRTICA-CHAVE 1.7.4 MATURIDADE COMERCIAL Descrio: sistemtica de monitoramento e avaliao que permita acompanhar o processo de graduao do empreendimento, segundo o eixo mercado, bem como dar encaminhamento para relacionamentos futuros. Prtica Inicial: aplicao mensal de instrumento de coleta que permita avaliar e registrar o grau de maturidade do empreendimento em termos comerciais para a graduao. A incubadora deve disponibilizar ao graduado acesso rede de apoio da incubadora em nvel local. Prtica Definida: manuteno de registros das avaliaes realizadas e utilizao destes registros para implantar aes corretivas e/ou preventivas relacionadas maturidade comercial do empreendimento. A incubadora deve disponibilizar ao graduado acesso rede de apoio da incubadora em nvel regional. Prtica Estabelecida: a incubadora possui um Sistema de Graduao do Empreendedor, que avalia a maturidade comercial do empreendimento para a graduao. Este sistema inclui pesquisa sobre oportunidades para o relacionamento futuro entre o empreendedor e a incubadora, alm de disponibilizar profissionais para facilitar o processo de transio. A incubadora deve disponibilizar ao graduado acesso rede de apoio da incubadora em nvel nacional. Prtica Sistematizada: a incubadora deve disponibilizar ao graduado acesso rede de apoio da incubadora em nvel internacional. Todas as informaes aos graduados devem estar disponveis para acesso via web.

PRTICA-CHAVE 1.7.5 MATURIDADE DA GESTO Descrio: sistemtica de monitoramento e avaliao que permita acompanhar o processo de graduao do empreendimento, segundo o eixo gesto, bem como dar encaminhamento para relacionamentos futuros. Prtica Inicial: aplicao mensal de instrumento de coleta que permita avaliar e registrar o grau de maturidade do empreendimento em termos de gesto. Deve ser elaborado um diagnstico e planejamento das aes relativas a gesto do empreendimento fora da incubadora. A incubadora deve fornecer apoio para que os empreendedores elaborem um documento para avaliar o impacto financeiro e econmico da transferncia da empresa para outro espao fsico. Prtica Definida: a incubadora deve manter registros das avaliaes realizadas e utilizao destes registros para implantar aes corretivas e/ou preventivas relacionadas maturidade de gesto do empreendimento. Prtica Estabelecida: deve ser elaborado um diagnstico e planejamento das aes relativas a gesto do empreendimento fora da incubadora. A incubadora deve fornecer apoio para que os empreendedores elaborem um documento para avaliar o impacto financeiro e econmico da transferncia da empresa para outro espao fsico. Prtica Sistematizada: todas as informaes aos graduados devem estar disponveis para acesso via web.

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1.8. Sistema de Gerenciamento BsicoDescrio: envolve a manuteno de uma estrutura mnima em termos gerenciais, fsicos e tecnolgicos que garanta a gerao sistemtica de empreendimentos de sucesso. Isso inclui a existncia de um modelo institucional, um sistema de gesto financeira, um sistema de comunicao e marketing, estrutura fsica e tecnolgica e um sistema de apoio gesto que forneam suporte aos empreendimentos. A Figura 21 mostra as prticas-chave que compem este processo-chave.

1.8 GERENCIAMENTO BSICO 1.8.1 Modelo Institucional 1.8.2 Gesto Financeira e Sustentabilidade 1.8.3 Infra-estrutura Fsica e Tecnolgica 1.8.4 Apoio a Gesto 1.8.5 Comunicao e Marketing

Figura 21 - Prticas-Chave do Sistema de Gerenciamento Bsico

PRTICA-CHAVE 1.8.1 MODELO INSTITUCIONAL Descrio: a incubadora deve possuir documentos que comprovem a sua existncia formal e o seu relacionamento (independncia, oramento, relatrios) com a mantenedora e os parceiros, de forma a viabilizar a gesto e os relacionamentos interinstitucionais. Prtica Inicial: existncia de Estatuto ou Regimento interno formalmente aprovado e reconhecido pela entidade gestora da incubadora. A incubadora possui gerente com dedicao mnima de 20 horas semanais. Prtica Definida: a incubadora possui um oramento prprio e um arranjo institucional que possibilita a utilizao dos recursos, prprios ou provenientes de terceiros, para a operacionalizao de suas atividades. A incubadora possui gerente com dedicao mnima de 40 horas semanais. Prtica Estabelecida: a incubadora possui uma formatao jurdica que garante sua independncia gerencial, oramentria e financeira. Adicionalmente, a incubadora possui uma equipe de gesto prpria, com dedicao exclusiva. Prtica Sistematizada: a incubadora possui convnios com outras instituies ou empresas que garantem a presena de especialistas nas reas de interesse da gesto da incubadora.

PRTICA-CHAVE 1.8.2 GESTO FINANCEIRA E SUSTENTABILIDADE Descrio: essencial que a incubadora tenha um processo sistematizado e documentado para a sua efetiva gesto financeira, incluindo fluxo de caixa, contas a pagar e a receber, indicadores econmico-financeiros e um plano de sustentabilidade. Prtica Inicial: a incubadora deve elaborar e atualizar o fluxo de caixa previsto para os prximos trs meses, alm de manter um controle entre o previsto e o realizado. importante que a incubadora elabore, mensalmente, um Mapa da Sustentabilidade, onde so explicitados todos os apoios recebidos (econmicos e financeiros) e as aes e estrutura mantidos com recursos prprios.

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Prtica Definida: a incubadora deve elaborar e atualizar o fluxo de caixa previsto para os prximos seis meses, alm de manter um controle entre o previsto e o realizado. importante que a incubadora elabore, mensalmente, um Mapa da Sustentabilidade, onde so explicitados todos os apoios recebidos (econmicos e financeiros) e as aes e estrutura mantidos com recursos prprios, elaborando tambm um cenrio dos apoios para os prximos 12 meses. Prtica Estabelecida: a incubadora deve elaborar e atualizar o fluxo de caixa previsto para os prximos 12 meses, alm de manter um controle entre o previsto e o realizado. importante que a incubadora mantenha um Plano de Sustentabilidade, onde so explicitados todos os apoios recebidos (econmicos e financeiros), as aes e estrutura mantidas com recursos prprios, estratgias para garantir a sustentabilidade. A incubadora deve elaborar um oramento para os prximos 12 meses. Prtica Sistematizada: a incubadora deve possuir um sistema de gesto financeira, com fluxo de caixa (para os prximos 12 meses), oramento e indicadores econmico-financeiros. importante que a incubadora mantenha um Plano de Sustentabilidade, onde so explicitados todos os apoios recebidos (econmicos e financeiros), as aes e estrutura mantidas com recursos prprios, estratgias para garantir a sustentabilidade.

PRTICA-CHAVE 1.8.3 INFRA-ESTRUTURA FSICA E TECNOLGICA Descrio: a incubadora deve possuir um sistema formalizado de gesto da infra-estrutura fsica e tecnolgica que seja compatvel com as necessidades dos empreendimentos apoiados. essencial que a incubadora comprove a existncia de espaos para os empreendimentos, espaos de uso comum, espao para atendimento e estrutura tecnolgica. Prtica Inicial: deve existir um espao fsico de uso exclusivo da incubadora de empresas, contendo um espao para o atendimento ao pblico e s empresas incubadas, secretaria, espaos de uso comum e rea para a incubao dos empreendimentos. No caso da incubao a distncia e na incubao de empreendimentos que necessitam de linha de produo, a incubadora deve manter espaos para o funcionamento da rea gerencial das empresas, podendo ser um espao compartilhado. Os espaos para os empreendimentos incubados fisicamente podem ser compartilhados. Prtica Definida: a incubadora deve disponibilizar estrutura tecnolgica para apoio s atividades das empresas incubadas, incluindo telefone, fax, reprografia e internet. importante que a incubadora mantenha uma rea de convivncia, onde os empreendedores possam interagir, facilitando a troca de experincias e trabalhos conjuntos. Os espaos para os empreendimentos incubados devem ser individualizados. No caso da incubao a distncia e de empreendimentos que necessitam de linha de montagem, devem ser mantidos espaos individuais para o uso das empresas. Prtica Estabelecida: a incubadora deve disponibilizar estrutura tecnolgica para apoio s atividades das empresas incubadas, incluindo telefone, fax, reprografia e internet. importante que a incubadora mantenha uma rea de convivncia, onde os empreendedores possam interagir, facilitando a troca de experincias e trabalhos conjuntos. Os espaos para os empreendimentos incubados devem ser individualizados. No caso da incubao a distncia e de empreendimentos que necessitam de linha de montagem, devem ser mantidos espaos individuais para o uso das empresas. Adicionalmente, a incubadora deve possuir espao para a realizao de eventos e salas para reunies de diferentes tamanhos. importante que o espao fsico da incubadora esteja adequado aos portadores de necessidades especiais.

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Prtica Sistematizada: a incubadora deve disponibilizar estrutura tecnolgica para apoio s atividades das empresas incubadas, incluindo telefone, fax, reprografia e internet. importante que a incubadora mantenha uma rea de convivncia, onde os empreendedores possam interagir, facilitando a troca de experincias e trabalhos conjuntos. Os espaos para os empreendimentos incubados devem ser individualizados. No caso da incubao a distncia e de empreendimentos que necessitam de linha de montagem, devem ser mantidos espaos individuais para o uso das empresas. Adicionalmente, a incubadora deve possuir espao para a realizao de eventos e salas para reunies de diferentes tamanhos. importante que o espao fsico da incubadora esteja adequado aos portadores de necessidades especiais. A incubadora deve manter um Laboratrio Especializado, contendo equipamentos especficos que sejam de uso rotineiro por parte das empresas.

PRTICA-CHAVE 1.8.4 SISTEMAS DE APOIO A GESTO Descrio: a incubadora deve possuir um conjunto de servios de apoio que d sustentao equipe de gesto, o que inclui: vigilncia, limpeza, manuteno. Prtica Inicial: a incubadora deve possuir um servio de vigilncia que garanta a segurana patrimonial da incubadora e dos empreendimentos incubados. importante que a incubadora mantenha uma equipe de limpeza para garantir a higiene e organizao dos espaos da administrao e dos espaos de uso comum. Prtica Definida: a incubadora deve possuir uma equipe de limpeza para garantir a higiene e organizao dos espaos da administrao, dos espaos de uso comum e dos espaos de cada empreendimento. A incubadora deve possuir um servio de manuteno de suas instalaes fsicas e tecnolgicas. Prtica Estabelecida: a incubadora deve possuir um sistema de apoio gesto, com indicadores de desempenho e mecanismos de aprimoramento dos diferentes servios. Prtica Sistematizada: a incubadora possui um Sistema de Qualificao de Servios de apoio, estabelecendo regras e critrios para o incio e a continuidade dos servios.

PRTICA-CHAVE 1.8.5 SISTEMA DE COMUNICAO E MARKETING Descrio: a incubadora deve possuir um plano de ao que utilize ferramentas de comunicao, assessoria de imprensa e relaes pblicas, de forma a fortalecer a sua imagem e visibilidade. Prtica Inicial: a incubadora deve possuir material de comunicao impresso (carto, folder, cartaz) e on-line que promovam a difuso da imagem da incubadora. Prtica Definida: a incubadora possui um portal web para interao com os seus diferentes pblicos-alvos, mantendo uma integrao com o material impresso. Adicionalmente, a incubadora deve ter acesso a um profissional de assessoria de imprensa. Prtica Estabelecida: a incubadora deve possuir um sistema de comunicao e marketing, com indicadores que permitam o aprimoramento do sistema. Prtica Sistematizada: a incubadora deve integrar a atuao da equipe interna da incubadora com o trabalho de profissionais de assessoria de imprensa e de relaes pblicas.

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2. CERNE 2: Prticas-Chave2.1. Sistema de Avaliao e CertificaoA incubadora deve realizar, sistematicamente, a demonstrao pblica da qualidade dos empreendimentos incubados. Essa avaliao deve ser realizada com relao s cinco dimenses do empreendimento (Figura 22): empreendedor, produto, mercado, capital e gesto.

2.1 AVALIAO E CERTIFICAO 2.1.1 Premiao Empreendedor 2.1.2 Premiao Tecnologia 2.1.3 Premiao Alavancagem 2.1.4 Premiao Mercado 2.1.5 Premiao Gesto

Figura 22 - Prticas-Chave de Av