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CIMPOR Centro de Produção de Loulé Declaração Ambiental 2012 PÁG. 1 CENTRO DE PRODUÇÃO DE Loulé DECLARAÇÃO AMBIENTAL 2012

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CIMPOR Centro de Produção

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CENTRO DE PRODUÇÃO DE

LouléDECLARAÇÃO AMBIENTAL

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1. INTRODUÇÃO 2. DESCRIÇÃO DA EMPRESA 3. O CENTRO DE PRODUÇÃO DE LOULÉ 3.1. Evolução Histórica 3.2. Produtos 4. POLÍTICA DO AMBIENTE 5. SISTEMA DE GESTÃO AMBIENTAL 6. PROCESSO DE FABRICO DE CIMENTO NO CPL – ENTRADAS/SAÍDAS 7. ASPETOS E IMPACTES AMBIENTAIS 7.1.IdentificaçãodeAspetosAmbientaiseAvaliaçãodasuaSignificância 7.2.ImpactesAmbientaisSignificativos 7.3.MinimizaçãodeImpactesAmbientaiseMelhoresTécnicasDisponíveis8. OBJETIVOS E METAS AMBIENTAIS 9. DESEMPENHO AMBIENTAL 9.1.EmissõesParaaAtmosfera 9.1.1.Partículas 9.1.2.ÓxidosdeAzoto(NOx) 9.1.3.DióxidodeEnxofre(SO2) 9.1.4.MonóxidodeCarbono(CO) 9.1.5.DióxidodeCarbono(CO2) 9.1.6.AutocontrolodasEmissõesAtmosféricasdeFontesFixas 9.1.7.EmissõesDifusasdePartículas 9.2.AbastecimentoeUtilizaçãodeÁgua 9.3.ÁguasResiduais 9.4.Ruído 9.5.GestãodeResíduos 9.6.Energia 9.7.IndicadoresPrincipais–Quadro 9.8.ExploraçãodaPedreira 9.8.1.PedreiradeCalcário–CerrodaCabeçaAlta 9.8.2.PedreiradeXisto–Passagem 9.8.3.PedreiradeGesso–Milhanes 9.8.4.MonitorizaçãodeAspetosAmbientais 9.9.RequisitosLegaisAplicáveisemMatériadeAmbiente10. OUTRAS QUESTÕES AMBIENTAIS 10.1.ParticipaçãodosTrabalhadores 10.2.ComunicaçãoeRelaçõesExternas 10.3.SistemaIntegradodeSaúdeOcupacional 10.4.GestãodeSituaçõesdeEmergência11. PROGRAMA AMBIENTAL DO CPL PARA 2013 12. GLOSSÁRIO 13. IDENTIFICAÇÃO E CONTACTOS 14. VALIDAÇÃO DA DECLARAÇÃO AMBIENTAL

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10151616171922242424252626272930323435373941424346485050525252535455575960

Índice

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1.IntroduçãoEm17deOutubrode2005foiatribuído,comon.ºPT-000036,oregistonoEMAS(SistemaComunitáriodeEcogestãoeAuditoria)aoCentrodeProduçãodeLoulé(CPL)daCIMPOR-IndústriadeCimentos,S.A.,quepassoua seraprimeiracimenteiranacionalaobteresse registo, comoconfirmação,porpartedasautoridades competentes, daposturadoCentro relativamente aos compromissos ambientais assumidossuperiormente:

z ImplementaçãoemanutençãodoseuSistemadeGestãoAmbiental

z AvaliaçãosistemáticaeperiódicadoSistemaimplementado

z Formaçãoeaperfeiçoamentoprofissionaldosseuscolaboradoresdemodoaestimularoseuenvolvi-mentoativonamelhoriadodesempenhoambientaldoCentro

z Informação periódica do comportamento e desempenho ambientais do Centro, numa postura dediálogocomtodasaspartesinteressadas.

Foiassimpublicadaeminíciosde2006aprimeiraDeclaraçãoAmbiental(DA),relativa aodesempenho ambiental no anode 2003, comprometendo-seoCentro de Produçãode Loulé, para alémde assegurar o cumprimentodetoda a legislação e outros requisitos ambientais aplicáveis à sua atividade,a tambémpromoveramelhoriacontínuadoseudesempenhoambientaledivulgá-loatodasaspartesinteressadas.

ConformeprevistopeloRegulamentoEMAS, foramelaboradas,validadasepublicadasasDeclaraçõesAmbientaisIntercalaresreferentesa2004e2005,procedendoaumaatualizaçãorelativamenteaodesempenhoambientaleàconformidadecomasobrigações legaisaplicáveisemmatériadeambientenessesperíodos.

Domesmomodo,entre2006e2011,decorreramdoisnovosciclosde3anos,relativamenteaosquais forampublicadase validadas a segundae terceiraDeclaraçãoAmbiental(de2006e2009)easDeclaraçõesIntercalaresde2007,2008,2010e2011,designadasDA’satualizadas.

Procede-seagoraàemissãodeumanovaDeclaraçãoAmbientalcompleta,referenteaoano2012,deacordocomoRegulamento (CE)n.º1221/2009(designadoEMASIII).Dereferirqueémantidareferênciaaalgumasquestõesque semantenham inalteradas em relação ao estipulado nas DeclaraçõesAmbientaisanteriores.

Assim, a presente Declaração Ambiental, a quarta publicada pelo CPL,numtotaldedez,sese incluíremnestenúmeroasDeclaraçõesAmbientais Intercalares, tem como objetivo proporcionar a todas as partes interessadasinformaçõessobreoSistemadeGestãoAmbientalimplementado, desempenho ambiental e compromissos ambientais assumidos, dentro doespíritodetransparênciaeaberturaquecaracterizaasrelaçõesdesteCentrodeProduçãocomacomunidadeenvolventeerestantespartesinteressadas,pretendendotambémestimularaomesmotempoadeterminaçãodetodososcolaboradoresnoprosseguimentodosobjetivosambientais sustentadosdosquaisjustificadamentenosorgulhamosequesuportamestaDeclaração.

ApróximaDeclaraçãoAmbientalEMASserápublicadaem2016,relativaaodesempenhoambientalnoanode2015,sendoqueatéláserãopublicadasasatualizaçõesdapresenteDeclaraçãoAmbiental(DA),referentesaosanos2013 e 2014.

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Portugal• Capacidade: 9 Mt/a• Líder de Mercado

Brasil• Capacidade: 14 Mt/a• Vice-Líder de Mercado

Paraguai• Presença Comercial• Vice-líder de mercado• Projeto

0,4 Mt/a – prestes a iniciar operação

Argentina• Capacidade: 8 Mt/a• Líder de Mercado

África do Sul• Capacidade: 2 Mt/a• Líder na região de Durban

Angola• Projeto

com Capacidade de 1,6 Mt/a

Moçambique• Capacidade: 1 Mt/a• Líder de Mercado

Cabo Verde• Capacidade: n.a.• Líder de Mercado

Egito• Capacidade: 4 Mt/a• Líder na região de Alexandria

2.Descrição da EmpresaA Cimpor – Indústria de Cimentos, S.A., é a empresa do Grupo Cimpor responsável pela produção e comercializaçãodecimento,clínquerecalhidráulicaemPortugal.

IntegradonouniversoInterCementdesde2012,oGrupo Cimporéumareferêncianaindústriacimenteiramundial,contando-seentreas10maioresempresasdeperfilinternacionaldosetor.

• Líder de Mercado em Portugal, Cabo Verde, Moçambique e Argentina

• Segundo maior player no Brasil e Paraguai

• Líder regional no Egito e África do Sul

• Capacidade de cimento instalada de ~ 38 milhões t/ano em 39 fábricas

• Vendas de 27 milhões de toneladas

• € 2,8 mil milhões de Volume de Negócios

• EBITDA de 760 milhões de euros

• 9 500 colaboradores próprios

Destaques CimporNum mundo como o atual, globalizado e crescentemente competitivo, a Cimpor congratula-se pelo seu sucesso, em realidades tão distintas quanto a América Latina, a Europa e África, geografiasondeassumea liderança ou vice-liderança nas regiões em que opera, nos 9 países em que está presente, contando mais de 9 000 colaboradores.

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ACimpor‒IndústriadeCimentos,S.A.écontroladapelaCimporPortugalSGPS,S.A.,aholdingqueagregaaatividadedeproduçãoedistribuiçãodecimentoeprodutosrelacionadosemPortugal,sendoporsuavezdetidapelaholdingdoGrupoCimpor.

Há muito líder do mercado de cimento nacional, em 2012, a CIMPOR INDÚSTRIA assegurou o abastecimentodecercade54%domesmo,atravésdetrêsCentrosdeProduçãodeCimento(Alhandra,SouselaseLoulé)ediversosentrepostosdedistribuição.

Os trêsCentrosdeProduçãodeCimento, juntamente comoutrasunidadesdemoagemexistentesnoterritórionacional,têmumacapacidadedeproduçãoinstaladaconjuntadecercade9milhõesdetoneladasdecimentoporano.

A Iniciativa para a Sustentabilidade do Cimento (CSI).Nasequênciadasuaadesão,em1997,aoWorld Business Council for Sustainable Development (WBCSD),aCimporintegrouonúcleoinicialde10empresascimenteirasmundiais,quelançaram,em1999,aIniciativaparaaSustentabilidadedoCimento(CSI).

Em2002,osfundadoresdaIniciativaparaaSustentabilidadedoCimento(CementSustainabilityInitiative -CSI) doConselho EmpresarialMundial para oDesenvolvimento Sustentável (World Business Council for Sustainable Development –WBCSD) publicaram o seu Plano de Ação(Agenda for Action)comadefiniçãodeumprogramadetrabalhocomfocoemáreasespecíficas.

Para cada área existem dois tipos de ações: projetos desenvolvidos em conjunto, em que as empresas trabalham coletivamente para tratar questões ambientais ou sociais específicas, e projetos individuais, implementados por cada empresa nas respetivas operações (incluindodefiniçãodeobjetivosereportededesempenho),recorrendoàadoçãodasmelhorespráticas.

Os grandes tópicos da agenda da CSI têm vindo a ser, ao longo do tempo, os seguintes: Segurança, Proteção Climática, Emissões Atmosféricas, Utilização de Combustíveis e Matérias-Primas,ImpactosLocaisnaTerraenasComunidades,Biodiversidade,ReciclagemdoBetão, SustentabilidadedoBetão,Água,GestãodaCadeiadeAbastecimentoeEnvolvimentocomasPartes Interessadas.

Demodoaassegurarquetodososaspetosrelativosàsustentabilidadedosetorsãodevidamentecompreendidos,interpretadosecomunicadosatodasaspartesinteressadas,aCSIdesenvolveuexcelentes relações comassociaçõesprofissionais do setor cimenteiro a nível local, nacional eregional,organizaçõesnãogovernamentais,agênciasintergovernamentais,incluindoumdistintopaineldeconsultoresexternos.

ORelatóriodeProgressode2012, lançadoem2012, apresentaum resumodas açõesqueaCSIdesenvolveuaolongodosúltimosanos.Objetiva-se,atravésdessedocumento,fornecerumpanoramageraldasgrandesquestõesàsquaisaindústriacimenteirateráderespondernofuturoeaformacomoasempresasqueintegramaCSIplaneiamresponderàmudançaeaosnovosparadigmasdasustentabilidade.Parainformaçõesmaisdetalhadas:RelatóriodeProgressode2012(csiprogress2012.org)/SitedaCSI(www.wbcsdcement.org).

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OCentrodeProduçãodeLoulé

A gamade produtos da Empresa é alargada, uma vez que o atual setor da construção civil exige produtosdeusocadavezmaisespecífico.

Destaforma,aCIMPORINDÚSTRIA,disponibilizacimentosrigorosamentecontroladosedequalidadereconhecidaecertificada,destinadosàsdiferentesnecessidadesdosetordaconstrução.

AEmpresaproduzcimentosnormalizadosdostiposCEMI,CEMIIeCEMIV,emdiversasclassesde resistência, respondendo às diferentes exigências de resistências mecânicas e assegurando a durabilidadedosbetõesmodernos.

Os três centrosdeprodução (Alhandra,SouselaseLoulé) têmcomoatividadeprincipalo fabricoe expediçãodeclínqueredediversoscimentos,obtidosapartirdamoagemdediferentesproporçõesdeclínquer,gesso(reguladordepresa)eadiçõesprevistasnasNormasdeProdutoNPEN197-1/2.

A CIMPOR INDÚSTRIA, conta presentemente com 504 colaboradores, tendo particular atenção à Investigação, Desenvolvimento e Inovação tecnológica, quer de produtos, quer de processos produtivos,de formaaasseguraro seudesenvolvimento sustentável tantoem termoseconómicos,numaeficienterespostaaomercado,comosociaiseambientais.

ACIMPORINDÚSTRIAdispõedeumSistemadeGestãodaQualidadecertificadodeacordocomNPENISO9001:2008paraaproduçãoecomercializaçãodecimentosecalhidráulicanaturaldeproduçãoprópria,ecomercializaçãodecimentobrancoeargamassassecas.

Temtambém,certificado,deacordocomosrequisitosdasNormasNP4397:2008/OHSAS18001:2007,umSistemadeGestãodaSegurançaeSaúdenotrabalho(SistemaIntegradodeSaúdeOcupacional–SISO),implementadodeformaaresponderàsnecessidadesdetodaaorganizaçãoemtermosdeplaneamento,controloemonitorizaçãodasatividadescomefeitosobreasegurançaesaúdedostrabalhadores,diretosou indiretos.

Poroutrolado,osCentrosdeProduçãodeAlhandra,LouléeSouselasdispõemtambémdeSistemasdeGestãoAmbiental certificadosdesde finais de 2003, que se encontram implementados, de acordo comosrequisitosdaNPENISO14001:2004equeapósumafasedeunificaçãonumúnicoSGAdaCIMPORINDÚSTRIA,iniciadaem2009,foicertificadoparaasatividadesdeproduçãodecimentoeexploraçãodasrespetivaspedreiras,ecujarenovaçãofoiobtidaem2012.

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3.O Centro de Produção de LouléOCentrodeProduçãodeLoulé(CPL)ficalocalizadono“CerrodaCabeçaAlta”,FreguesiadeS.Sebastião,ConcelhodeLoulé,distandocercade7kmdeLoulé(paraOeste).EstrategicamenteimplantadonocentrodaRegiãoAlgarvia,próximodosprincipaiscentrosconsumidores,dispõedefáceisacessosàsprincipaisviasdecomunicaçãodoAlgarve.

Nomesmo local, anexa à instalação, existe uma Pedreira de Calcário, que fornece esta matéria-prima essencialaofabricodocimento.

OCentrodeProduçãocobreumaáreatotalde221hadosquais120hacorrespondemàáreaocupadapelapedreira.

AssociadasàatividadedoCPLestãoaindaoutrasduasPedreiras,umadeXisto(Passagem),localizadaa20kmdafábrica,juntoàaldeiadeQuerençaeumadegesso(Milhanes),nosarredoresdeTôra12km.

3.1. Evolução históricaOCPL inicioua laboraçãoemSetembrode1973, comumacapacidade instaladade350000 t/anode cimento. Procurava assegurar o abastecimento das regiões doAlgarve e umaparte do BaixoAlentejo. Desdeentão,afábricafoisujeitaatransformaçõeseampliaçõesprofundas.

Foiumadasprimeirasfábricasdopaísaproduzirpeloprocessodeviasecaintegraleaprimeiraautilizaratécnicadepré-homogeneizaçãonapreparaçãodasmatérias-primas.

Em1983a sua capacidadeexpandiu-separa600000 t/anoe em1987procedeu-se à reconversãodo combustível,naqueimadefuelóleoparacarvão.

Pedreira de calcário Pedreira de xisto Pedreiradegesso

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Oestatutodaempresafoialteradoem1991,passandoadesignar-seCIMPOR–CimentosdePortugal,S.A..Em1996,oCPLfoiintegradonaCIMPOR–IndústriadeCimentos,S.A..

AfábricadeLoulé,comumalinhadeprodução,temumacapacidadede0,6milhõest/anodeclínqueredispõedastecnologiasmaismodernasutilizadaspelaIndústriaCimenteira.

Empregaatualmente93trabalhadores(finalde2012),funcionandoemlaboraçãocontínua,comtrêsturnosdiários nas atividades diretamente relacionadas com a fabricação de cimento. O CPL recorreu ainda aserviçosprestadosemregimedeoutsourcing(médiamensal),de50trabalhadorescontratados.

Ainstalaçãodispõe,desdemaiode2007,daLicençaAmbientaln.º6/2007,noâmbitodalegislaçãosobrePrevençãoeControloIntegradosdePoluição(PCIP),paraaatividadeprincipaldefabricodecimentocomumacapacidadelicenciadade750000t/ano.

Apósautorizaçãoearranqueemfinaisde2009,daoperaçãodeco-incineraçãoderesíduoscombustíveisnão perigosos resultantes do tratamentomecânico de resíduos no pré-calcinador do forno, foi obtidaemmaiode2012aLicençadeExploração(LE)n.º2/2012/DOGR,alargandoatipologiadecombustíveis alternativospermitidosparavalorizaçãoenergéticaeatualizandoascondiçõesanteriormenteestabelecidas.

3.2. ProdutosOcimentoéumligantedeorigemmineralconstituídoessencialmenteporsilicatosealuminatosdecálcioqueseapresentasobaformadeumpómuitofino.Devidoàsuanaturezahidráulica,quandoamassadocomáguaformaumapastaquefazpresa,endureceeconservaasuaresistênciamecânicaeestabilidademesmodebaixodeágua.

OCPLtemcomoatividadeprincipalofabricoeexpediçãodosseguintestiposdecimentoobtidosapartirdamoagemdediferentesproporçõesdeclínquer,gessoeoutrosconstituintes:

z CimentoPortlanddecalcárioEN197-1–CEMII/A-L42,5R;

z CimentoPortlanddecalcárioEN197-1–CEMII/B-L32,5N;

z CimentoPortlanddecalcárioEN197-1–CEMII/B-L42,5R.

Oclínquer,produtodacozedura,podetambémserexpedidocomoprodutofinal.Em2012aquantidadedeclínquerenviadaparaoexteriordoCPLascendeuàs40837toneladas,representandocercade11%daprodução.

Apósaproduçãodeclínquermuitoreduzidaregistadaem2011,emfunçãodaaindadesfavorávelconjuntu-raeconómicanacional,oCPLaumentousignificativamenteasuaproduçãomotivadaporumaforteapostadaempresanaexportaçãodecimento,querepresentouem2012cercade60%dototaldevendas.

AsFichasdeDadosdeSegurançareferentesaosprodutosfabricadossãodivulgadasaosutilizadoresfinais,encontrando-setambémdisponíveisemwww.cimpor-portugal.pt(áreadeatividade:CIMENTOSnaconsultaàListadeProdutos).

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4.Política do AmbienteOCentrodeProduçãodeLoulésegueaPolíticadoAmbientedaCIMPORINDÚSTRIAaqual,emvirtudedaobtençãodoRegistonoEMASdostrêsCentrosdeProdução,econsiderandoasoportunidadesdemelhoriadasúltimasauditorias,foisujeitaareformulaçõesnodecorrerdoexercíciode2006ealigeirasalterações,emfunçãodaunificaçãodosSGA.AversãoatualmenteemvigorfoiaprovadapeloConselhodeAdministraçãoem13demaiode2011.

Política do Ambiente da Cimpor IndústriaA CIMPOR ‒ Indústria de Cimentos, S.A., (CIMPOR INDÚSTRIA), empresa líder nacional na fabricação de cimento, consciente das implicações ambientais da sua atividade industrial, pretendecontribuirparaodesenvolvimentosustentável,atravésdeumaestratégiaresponsávele consequenteemmatériadeambiente,assegurandoamelhoriacontínuadoseudesempenho.

Tendoemconta a relevânciade alguns impactes ambientais característicosda sua atividade, a CIMPORINDÚSTRIAcontinuaráamodernizartecnologicamenteassuasinstalaçõesindustriais,nosentidodecompatibilizarosprincípiosdaproteçãodoambientecomacompetitividadedasuaatividadeindustrial,indispensávelaodesenvolvimentoeprogressodaeconomiadopaís.

É este posicionamentoque fundamenta a opçãodaCIMPOR INDÚSTRIApelamanutençãodeum Sistema deGestãoAmbiental, de acordo com aNormaNP EN ISO 14001:2004, nos seusCentrosdeProduçãodeSouselas,AlhandraeLoulé,bemcomopeloregistodessassuasunidades industriaisdeproduçãodecimentonoSistemaComunitáriodeEcogestãoeAuditoria(EMAS).

Norespeitodestesprincípios,aCIMPORINDÚSTRIAcompromete-sea:

• Cumprir todos os requisitos legais aplicáveis, bem como quaisquer outros requisitos, nomeadamenteosresultantesdedecisõesvoluntáriasdaempresarelativosaosseusaspetosambientais.

• Asseguraraaplicaçãodasboaspráticasdegestãoambiental,nosentidodegarantir:

z aavaliaçãodosimpactesambientaisdasuaatividade,

z adefiniçãoerevisãoperiódicadosobjetivosemetasambientaisdosseusCentrosdeProdução,

z amelhoriacontínuadoseudesempenhoambiental, tendoemcontaosprincípiosdaprevençãodapoluiçãoeasMelhoresTécnicasDisponíveis,minimizandoassuasemissõeseoseuconsumodeenergia,

z amelhoriacontínuadautilizaçãodematérias-primaserecursosnaturais,

z aminimizaçãodosriscosambientaisdasuaatividadeeumacorretagestãoderesíduos.

• Promoveraformaçãoesensibilizaçãodosseuscolaboradores,internoseexternos,emmatériadeambiente,estimulandoasuaparticipaçãonoprocessodemelhoriacontínua.

• Divulgar a todososníveis da empresa, aopúblico e aoutraspartes interessadas, os seus compromissos, desempenho e aspetos ambientais, mantendo ao mesmo tempo uma abordagemativaeabertanoquedizrespeitoaodiálogocomosmesmos.

• Disponibilizarosmeioshumanos,técnicosefinanceirosnecessáriosparaatingirosobjetivos traçados.

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5.Sistema de Gestão AmbientalOSistemadeGestãoAmbiental (SGA)daCIMPORINDÚSTRIA,naqualse insereoCentrodeProduçãodeLoulé,éumsistemaestabelecido,documentadoemantidocomomeioparagarantirqueaproteçãoambientalconstitua,deformasistemáticaecontínua,umdosimportanteselementosdegestãoquotidianadassuasoperações.

FoidesenvolvidoatendendoaosrequisitosdoRegulamentoEMASquecontemplaaSecção4daENISO14001–SistemasdeGestãoAmbiental:Requisitos e linhas de orientação para a sua utilização.

Asuaefetiva implementaçãodecorreuduranteoanode2002, tendosidosujeito,nodecorrerde2003,aauditoriasexternasporumorganismodecertificaçãoqueculminou,emNovembrodesseano,coma certificaçãodoSGA,deacordocomosrequisitosdaNPENISO14001:1999.

ComapublicaçãodanovaversãodanormadereferênciaeapósanecessáriaadaptaçãodoSGAdoCPL,foirealizadaemNovembrode2006,aAuditoriadeRenovaçãoparaaNPENISO14001:2004,tendosidoobtidaacertificaçãodoseuSGA,segundoestenovoreferencial,paraaproduçãodecimentoeexploraçãodaspedreirasdoCerrodaCabeçaAlta(calcário),Passagem(xisto)eMilhanes(gesso).

Em2009iniciou-seaintegraçãodostrêsSGA´snumsistemaúnico,peloqueemresultadodaAuditoriadeRenovação/Extensão realizadanesseano,oCPLeaspedreiras associadaspassaramaestar abrangidosnumcertificadodeconformidadeúnicoqueincorporaosâmbitosdosSGA´sdostrêsCentrosdeProdução.

Até à conclusão efetiva da referida integração, tem sido mantida a estrutura organizacional e de documentaçãoapresentadanaDA2006.

Destemodo,oCPLtemobtidooreconhecimentodoesforçocontínuoemmelhoraroseudesempenhoambiental,consequênciadeumagestãosustentável,naqualsãoidentificados,controladoseminimizadososimpactesambientaismaissignificativosdassuasatividades,produtoseserviços.

O SGA assegura uma estratégia de envolvimento e sensibilização de todos os níveis hierárquicos da EmpresaparaoscompromissosresultantesdaadoçãodaPolíticadoAmbiente.

A Equipa do Ambiente do CPL colaboraanualmentenarevisãodoSGA,avaliando o grau de cumprimento dosobjetivos emetas específicos do CPL, o desempenho ambiental e a confor- midade com os requisitos aplicáveis, demodo a assegurar, em coerência comocompromissodemelhoriacontínua,asua adequação ao cumprimento da PolíticadoAmbiente.

Além disso, de modo a garantir a eficácia do SGA e recorrendo a colabo-radorestécnicospertencentesàbolsadeauditoresinternosdaCIMPORINDÚSTRIAcomadevidaformaçãoparaoefeito,sãorealizadas,pelomenostrêsvezesporanoemcadaCentrodeProdução,auditoriasinternasaosrequisitosdanormadereferência,dando-seespecialatençãoaosprocedimentosdeavaliaçãodaconformidadeeaoscriadosnoâmbitodoComércioEuropeudeLicençasdeEmissão(CELE)deGasescomEfeitodeEstufa.

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6.Sistema de Gestão AmbientalOdiagramaseguinteesquematizaasdiferentesoperaçõesunitáriasconducentesaofabricodecimentoequerepresentamoprocessodeproduçãodoCPL,cujaoperaçãoéiniciadanaspedreirascomaextraçãodematérias-primasseguindoatéàembalagemeexpediçãodocimento.

Perfuração

Pedreira de calcário

Homogeneizaçãoe Armazenamentode Cru

Matéria-Prima(mistura)

Moagem de Cru

Aditivos

Forno

Moagem de Clínquer

Ensacagem e Expedição

Sacos

Granel

Ensilagemde Cimento

Aditivos Gesso Clínquer

Clínquer - Armazenagem

CarvãoPulverizado

Arrefecedor

Moagemde Carvão

CarvãoTorre deCiclones

Pré-HomogeneizaçãoBritagem

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Extração da matéria-prima

Amatéria-prima principal para a produção de cimento é ocalcário,oqualéobtidonapedreiraadjacenteàfábrica.Paraaobtençãodeoutrasmatérias-primasprincipaisoCentrodeProduçãodeLouléexploramaisduaspedreiras,umadexistoeoutradegesso.AExtraçãodocalcárioedogessoéfeitaporumprocessode desmonteutilizandoexplosivos.AExtraçãodoxistoéefetuada utilizandoumprocessoderipagem.

Britagem

As matérias-primas principais juntamente com outrasmatérias-primas secundárias de correção, tais como areia, escóriaseoutras,sãosubmetidasàoperaçãodebritagemnum britador de martelos, dando origem à “mistura” que é armazenada num parque coberto de pré-homogeneizaçãocom capacidade para duas pilhas de 12 000 t cada. A composição das pilhas é previamente controlada por um analisador “on-line” localizadono transportadorprovenientedobritadorprincipal.

Preparação da matéria-prima

Àsaídadoparquedepré-homogeneizaçãoa “mistura” temumagranulometriaaindaapreciável(<50mm).Paraqueasoperaçõessubsequentesdehomogeneizaçãoecozedurasepossamprocessar,éfundamentalquesejasecaereduzidaadimensão adequada. Estas operações são realizadas numamoagem em circuito fechado que integra doismoinhos debolas,emsérie.Oproduto resultantedamoagem - a “farinha”ou “cru” - éarmazenadoehomogeneizadoemdoissilosde2500tcada,equipadoscomsistemapneumáticodehomogeneização.

Preparação dos combustíveis

Os combustíveis normalmente usados na operação de cozedura são o coque de petróleo e o carvão, sendo utilizadoofuelóleonoaquecimentodofornoapósparagens prolongadas. O CPL dispõe de 2 parques de armazenagem de combustíveis sólidos e um depósito para armazenagem do fuelóleo. A preparação dos combustíveis sólidospassaporumcircuitodemoagem,nummoinhoventilado, monocâmaraecomsecagemutilizandoosgasesdoforno.Nocasodofuelóleo,esteépré-aquecidoacercade120ºCantesdeserinjetadonoqueimadorprincipaldoforno.

Paraalémdestessistemas,dirigidosaoscombustíveistradicio-nais,oCPLestáautorizadodesdefinaisde2009,avalorizarcombustíveis secundários, à base de resíduos e biomassas vegetais, os quais são recebidos e armazenados numa instalaçãoprópria,comduastremonhasdereceção,básculadoseadora,sendoposteriormenteenviadosaopré-calcinadorda torrede ciclonesdo forno, onde entrampor intermédiode uma válvula tripla, para assegurar a estanquicidade do processo.

Instalaçãodepré-homogeneização

Britagem

Moinhodecru

Vistageraldapedreira

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Clinquerização (cozedura)

Umtratamentotérmicoadequadotransformaafarinhanumproduto intermédio - o clínquer. Este tratamento térmico desenvolve-senasseguintesetapas:

z Afarinhamoídaepreviamenteseca(comumahumidadefinalresidualnaordemdos0,5%)épré-aquecidanumatorredeciclonesde4andares,emcontracorrentecomosgasesdoforno,atéàtemperaturadecercade850ºCàentradadoforno.Natorredeciclonesocorremasfasesdesecagemfinal,calcinaçãoeiníciodadescarbonataçãodafarinha.Natorreexisteumpré-calcinador,querecebear quente para a combustão (ar terciário) através do arrefecedor, onde é queimado até 60% do combus- tível, permitindo aumentar substancialmente o grau de descarbonatação da “farinha” antes da sua entrada noforno.

z A farinha pré-aquecida e descarbonatada entra noforno, tendo aí lugar as reações de clinquerização a temperaturassuperioresa1400ºC.

À saída do forno encontra-se o arrefecedor onde o clínquer cai sobre uma grelhamóvel, e é submetido a um arrefecimento brusco por uma corrente de ar frio. O calorlibertadoneste arrefecimentoé recuperado, sendoutilizadocomoarsecundáriodecombustãonofornoearterciárioparacombustãonopré-calcinador.

Armazenagem de clínquer

Oclínquerproduzidoéarmazenadoemdoissiloscomumacapacidade conjunta de 16 000 t e num parque circular coberto–stockpolarde50000t.

Moagem do cimento

Ocimentoéproduzidoapartirdamoagemdoclínqueredegesso,comadiçãodeoutrosprodutos(fillercalcário)paraaproduçãodosdiferentestiposdecimento.

NoCentrodeProduçãodeLouléexistemduasmoagensdecimentoemcircuitofechado.

A armazenagemdosdiferentes tiposde cimento faz-se emsilosseparados,existindo4siloscomcapacidadepara4000tcadaeumsilopara700t.

Moinhodecimento

Armazémdecombustíveisalternativos

Stockpolardeclínquer

Fornorotativo

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O diagrama de entradas e saídas do CPL (da página seguinte) mantém a informação prestada desdeaDeclaraçãoAtualizada de 2010, a partir da qual foram contempladas as alterações introduzidas pelo RegulamentoEMAS III, relativasaos indicadoresprincipaisdedesempenhoambiental, relacionadoscomaspetosambientaisdiretosdaorganização. OsdadoseelementosacomunicarrelativosaindicadoresprincipaisdeacordocomosrequisitosdopontoCdoAnexoIV(RelatoAmbiental)doRegulamentoEMASIIIconstamdoponto9.7.dapresentedeclaração.

Em2012,oprocessodefabricodecimentofoiresponsávelpor98%daenergiatotalconsumidanoCPL(maioritariamentenasmoagensdecruedecimento)e75%dototaldeáguaconsumida(essencialmentenocondicionamentodosgasesdoforno).

Embalagem e expedição

Ocimentoproduzidoéexpedidoemsaco(de35ou50kg)eagranel,porrodovia.

A ensacagem processa-se através de duas máquinas de ensacarautomáticas.Os sacospodemser carregados sobrecamião,segundodoismodos:

z empaletesdemadeirareutilizáveisenvolvidasemfilmeplástico,atravésdeumapaletizadoraeumempilhador;

z empacotão,cominvólucrodeplástico,atravésdeumaempacotadoraeumempilhador.

Paraocarregamentodecimentoagranel,oCentropossuitrêspostosafuncionaremregimede“self-service”.

Aexpediçãodeclínquerérealizadanumainstalaçãoprópriadecarregamentoagranel.

Expediçãoagranel

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Entradas/Saídas - Anos 2010, 2011 e 2012 Centro de Produção de Loulé

Emissões Atmosféricas 2010 2011 2012

CO2 342 793 170 936 318 114 t

NOx 607 324 551 t

CO 515 289 606 t

SO2 12 4 12 t

CH4 4 2 4 t

N2O 1 1 1 t

Partículas(chaminés) 7 3 7 t

Partículas(difusas) 9 7 9 t

Matérias-primas 2010 2011 2012

Calcário 530 193 289 576 530 816 t

Areia 6 684 597 369 t

Gesso 24 762 23 443 27 794 t

Escóriasmetalúrgicas 6 994 2 593 7 034 t

Xisto 45 090 19 284 35 019 t

M.p.secundárias 101 638 56 664 72 063 t

Água 2010 2011 2012

Águassubterrâneas 102x103 51x103 91x103 m3

Águassuperficiais(baciaderetenção) 1,2x103 1,7x103 3,1x103 m3

Energia 2010 2011 2012

Eletricidade 49 085 32 251 51 872 MWh

Petcoque 42 900 20 425 35 815 t

Comb.alternativos 3 695 2 997 7 129 t

Biomassa 146 0 0 t

Fuelóleo 185 51 153 t

Gasóleo 343 231 338 t

Gás 26 44 90 t

Total 1 665 849 1 547 TJ

Renovável (2,0) (2,8) (3,1) (%)

Matérias-primas subsidiárias e de consumo 2010 2011 2012

Lubrificantes 13 12 14 t

Refratários 497 177 241 t

Adjuvantesmoagem 130 139 203 t

Corposmoentes 40 18 10 t

Explosivos 115 59 99 t

Amónia(emáguaa24-25%) 585 176 159 t

Redutordecrómio 4 6 3 t

Sacosdepapel 275 444 1 357 t

Filmeplástico 33 80 317 t

Produtos 2010 2011 2012

Clínquerproduzido 406 773 196 688 357 714 t

(Clínquerincorp.) 226 518 225 202 324 663 t

Cimentoproduzido 306 775 304 952 435 886 t

Material de embalagem 2010 2011 2012

Sacosdepapel 274 432 1 303 t

Filmeplástico 29 78 301 t

Resíduos 2010 2011 2012

Valorizados 1 446 977 703 t

Eliminados 163 15 23 t

Água descarregada 2010 2011 2012

ÁguasResiduais 97x103 45x103 45x103 m3

(*)Destevalor,96%correspondemaáguaspluviais.

Entradas

Saídas

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Classificação em 3 classes

Pouco GraveGrave

Muito Grave

Classificação em 3 classes

Pouco BenéficoBenéfico

Muito Benéfico

Critérios (classificadosem0ou1):• Existênciaderequisitoslegais• Efeitosnasaúde(trabalhadores/

comunidade)• DanosnoAmbiente(reversívelounão)• Preocupaçãodaspartesinteressadas/imagem• Utilizaçãoderecursosnaturaisnãorenováveis

1A. Severidade - Impactes negativos

Classificação em 3 classes:Reduzida

MédiaElevada

(influênciadiretadoaspetoambientalemtermosderelevânciasobreoimpacteambientalemanálise)

2. Magnitude da Severidade

Classificação em 3 classes:Pouco Frequente

FrequenteMuito Frequente

(n.ºdeocorrênciasreais/estimadasdoimpacteduranteumano)

3. Frequência

Critérios (classificadosem0ou1):• Reintegração/reciclagem/recuperação• Otimizaçãodeconsumos/recursos• ReduçãodaPoluição

1B. Benefício - Impactes positivos

Matriz: Intensidade x Frequência (4A x 3)Classificação 1 a 9

Oimpacteéconsideradosignificativoseovalorfor4

4B.Significância

Matriz: Magnitude x Severidade(2 x 1A ou 1B)

Classificação 1 a 9

4A. Intensidade

7.Aspetos e Impactes AmbientaisEntende-seporaspetosambientaistodasasformaspossíveisdeaempresainteragircomoambiente,ouseja,todososconsumosderecursosnaturaise/ouenergia,bemcomoaproduçãodeefluenteslíquidosegasosos,deresíduos,ouaemissãoderuídoparaoexteriordainstalação.

Nocasoda indústria cimenteira, estaapresentaao longodas várias etapasdoprocessode fabricodecimento, diversos impactes no Ambiente, como resultado dos seus aspetos ambientais, sendo osmais significativosaemissãodepoluentesatmosféricos,asemissõesderuído,autilizaçãodecombustíveisfósseiseosefeitosresultantesdaexploraçãodaspedreiras.

7.1.IdentificaçãodeAspetosAmbientaiseAvaliaçãodasua SignificânciaNoiníciodoprocessodeconceçãoeimplementaçãodoSGA,oCPLprocedeuàidentificaçãoeavaliaçãodos aspetos ambientais diretos e indiretos associados às suas atividades, produtos e serviços, tendo-seincluídoessainformaçãonoLevantamentoAmbientalrealizadoemsetembrode2000,deacordocomosrequisitosdoEMAS.

Posteriormente,emconsequênciados trabalhosdesenvolvidospelaEquipadoAmbiente,anível local,epelaComissãodeCoordenaçãodoAmbiente,anível central, assimcomodos resultadosdasauditorias realizadas, essa identificação e avaliação tem sido sujeita a melhorias que permitem ao CPL manter atualizadaessainformaçãonaformadeumregistocriadoparaoefeito.

A avaliação da significância dos aspetos ambientais identificados é realizada de forma a serem determinadosaquelesquetêm,oupodemter,umimpacteambientalsignificativo.Paratal,eapartirdeumconjuntodecritériospreviamenteestabelecidosestádefinidaumametodologiaquesegueoprocedimento esquematizadonafigura.

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7.2.ImpactesAmbientaisSignificativosParaefeitosdestaDeclaraçãoAmbiental,sãoapresentadosnoquadroseguinte,deformaresumidaeagre-gada,osaspetosambientaisdiretoseindiretosassociadosaimpactesambientaissignificativos(negativos)resultantesdasatividadesdoCPL.Paracadaaspetoambientalsignificativoéaindareferidaasuarelaçãocomadefiniçãodeobjetivosemetasreferidosnoponto8.destaDAecomaexistênciadeatividadesdecontrolonoâmbitodoSGA.

Aspetoseimpactesambientaissignificativos

ASPETO AMBIENTAL ATIVIDADE IMPACTE AMBIENTAL OBJ.

1. ArEmissõesdepartículasnaschaminésprincipais D

Fornoearrefecedor,moagensdecarvãoedecimento(desgasteeruturademangaseoutrassituaçõespoucofrequentes)

Acréscimodeconcentraçãodepartículasnoarambienteedeposiçãonaenvolventefabril.

1

EmissãodeNOx D Forno(arranquedoforno,maufuncionamentodoforno)

Poluiçãoatmosférica(nevoeirofotoquímico,chuvasácidas);potenciaisefeitosnasaúde.

2

EmissãodeCO D Forno(acendimentodoforno,combustãoincompleta)

Poluiçãoatmosférica;potenciaisefeitosnasaúde.

EmissãodeSO2

DForno(matérias-primascomteordeenxofreelevado,arranque,condiçõesdemau funcionamento)

Poluiçãoatmosférica(chuvasácidas); potenciaisefeitosnasaúde.

3

EmissãodeCO2 D Forno(queimadecombustíveis, descarbonataçãodasmatérias-primas)

Potencialaumentodoefeitodeestufa(Aquecimentoglobal).

4

Emissõesdifusasdepartículas

D

Transportedemateriais,embalageme expediçãodecimento(derramedemateriais,ruturadesacos,ruturaoumaufuncionamentodosfiltrosdedespoeiramento)e armazenamentonoexterior.

Acréscimodeconcentraçãodepartículasnoarambienteedeposiçãonaenvolventefabril.Impactevisualcrescido.Riscosparaasaúdedostrabalhadores.

Emissõesdegasesdeescapeepartículas I

Expediçãodecimentoviarodovia, movimentaçãodeveículosnoexterior

Poluiçãoatmosférica.

2. ÁguaConsumodeágua D Captaçõespararegaeusosindustriale

domésticoDiminuiçãodedisponibilidadeshídricas. 5

Eventualproduçãodeáguanãotratada D OperaçãodaETA(eventualsituaçãodemau

funcionamento)Potenciaisefeitosnasaúdedostrabalhadores.

3. Águas ResiduaisEventualdescargadeáguas residuaisdeficientementetratadas

DSistemasdetratamentodeáguasresiduais(eventualmaufuncionamentodequalquerdestesequipamentos)

Poluiçãodoscursosdeágua.

Descargasdeáguasde escorrênciassuperficiais D Armazenagemdemateriaisacéuaberto

(combustíveissólidos,matérias-primas)Poluiçãodoscursosdeágua/solos.

Derrameacidentalporfugadesubstâncias(amónia) D Depósitoeinjeçãodeamónianatorre Riscodepoluiçãodecursosdeágua

4. Ruído e VibraçõesEmissãoderuído(impulsivo) D Desmontesnaspedreiras(utilizaçãode

explosivos)Incomodidadeparaavizinhançaeaumentodonívelderuídoambiente.

Emissãoderuído(continuado)D

Funcionamentodemáquinaseequipamentos Incomodidadeparaavizinhançaeaumentodonívelderuídoambiente;riscodedoençasprofissionais.

5. ResíduosProduçãoderesíduos

DTodasasáreas/instalaçõesfabris Ocupaçãodosolo;potencialcontaminação

desoloseáguas.

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ASPETO AMBIENTAL ATIVIDADE IMPACTE AMBIENTAL OBJ.

6. EnergiaConsumodecombustíveis(carvão,coquedepetróleo,fuelóleo,gasóleo,gás)

DI

Forno(cozedura),caldeiras,embalagem, movimentaçãodeveículos

Diminuiçãodasdisponibilidadesemrecursosenergéticos.

8

Consumodeenergiaelétrica D Funcionamentodeequipamentosfabris(todasasinstalações)

Diminuiçãodasdisponibilidadesemrecursosenergéticos.

7

7. Recursos NaturaisConsumodematérias-primas D

IExtraçãodematérias-primasnaspedreiras Diminuiçãodedisponibilidades. 3 e 6

Consumodecombustíveisfósseis D Forno,caldeiras,veículos Diminuiçãodedisponibilidades. 9

8. Impacte VisualAlteraçãodapaisagemnatural D Extraçãodematérias-primas;edifíciose

estruturasfabrisDegradaçãopaisagística;intrusãovisual.

9. BiotaDeposiçãodepartículassobreavegetaçãoeosolo D FuncionamentodaFábrica Degradaçãoedestruiçãodehabitats,pressão

sobreasfaunaefloralocais.

AlteraçãodeáreasnaturaisDeposiçãodepartículassobreavegetaçãoeosolo

DExtraçãoetransportedematérias-primasnaspedreiras

Degradaçãoedestruiçãodehabitats,pressãosobreasfaunaefloralocais.

10. ProdutoEmissõesdifusasdepoeiras

IUtilizaçãodocimento(situaçãodenão utilizaçãodeproteçãorespiratóriae/oudasmãos)

Riscosparaasaúdedosutilizadores.

D - Aspeto ambiental direto; I - Aspeto ambiental indireto

OBJ. - Aspetoambientalparaoqualestãodefinidosobjetivosemetas(indicadoon.ºcorrespondentenoquadrodoponto9.)

OsaspetosambientaissignificativosnãoassociadosaobjetivosemetasdemelhoriasãosujeitosaatividadesdecontrolonoâmbitodoSGA.

OobjetivodaGestãoAmbientalpor intermédiodasatividadesdecontroloprevistasnoSGA,égarantir,atravésdeumaadequadagestãodosaspetosambientais,aprevençãodaocorrênciaeminimizaçãodosimpactesambientaissignificativos

Aspetoseimpactesambientaissignificativos

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Melhores Técnicas Disponíveis (MTD) implementadas no Centro de Produção de Loulé (atéfinaisde2012)

SISTEMAS DE GESTÃO AMBIENTAL

MTD1.ImplementareaderiraumSistemadeGestãoAmbiental ✓MEDIDAS/TÉCNICAS PRIMÁRIAS GERAIS

MTD2.Obterumprocessoregulareestabilizadodoforno,operandopróximodosset-pointsdosparâmetrosdeprocesso,parareduzirasemissõeseutilizareficientementeaenergia,atravésde:

a)Otimizaçãodocontrolodoprocesso,incluindoorecursoasistemasinformáticosepericiaisdecontroloautomáticodoprocesso ✓

b)Modernossistemasgravimétricosdealimentaçãodecombustíveissólidos ✓MTD3.Seleçãocuidadaeocontrolodassubstânciasqueentremnofornodemodoaevitar/reduzirasemissões ✓MTD4.Efetuarregularmenteamonitorizaçãoemediçõesdeparâmetrosdeprocessoedasemissões:

a)Monitorizaçãoecontrolodeparâmetrosdoprocesso ✓b)Mediçãoemcontínuodasemissõesdepartículas,NOx,SOx,COemediçõesperiódicasouemcontínuodeNH3(quandoutilizadaaSNCR) ✓

c)MediçõesperiódicasouemcontínuodasemissõesdeHCl,HFeCOTemcasodecoincineraçãoderesíduos ✓d)MediçõesperiódicasdasemissõesdePCDD/Femetaispesados ✓e)Mediçõesperiódicasouemcontínuodasemissõesdepartículasdaschaminésdosarrefecedoresemoinhos ✓

SELEÇÃO DO PROCESSOMTD5.Paranovasinstalaçõese/ougrandesremodelações,aplicarumprocessode:

a)Fornodeviaseca, ✓b)Torredeciclonesdepré-aquecimentoemetapas,e ✓c)Pré-calcinação ✓

CONSUMO DE ENERGIAMTD6. Reduzir/minimizaroconsumodeenergiatérmica,aplicandoasseguintestécnicas:a)Utilizarsistemasdefornosmelhoradoseotimizadoseumprocessoregulareestabilizadodoforno,operandopróximodosset-pointsdosparâmetrosdeprocessoatravésdasMTD2,5be5c,tendoemcontaaconfiguraçãodosistemadecozeduraexistente

b)Recuperaçãodocaloremexcessodosfornos,emespecialdazonadearrefecimento (oudopré-aquecedor)parasecagemdematérias-primas ✓

7.3. Minimização de Impactes Ambientais e Melhores Técnicas Disponíveis

Paraminimizarosimpactesambientaisdasuaatividade,aindústriacimenteiratem,desdehálongadata,investidoemconhecimentoeemtecnologiasquelhepermitamassegurarumcomportamentoresponsávelecorretorelativamenteaoambienteeàsociedadeemqueseencontrainserida.

Nasdiversasalterações,modernizaçõestecnológicasemelhoramentosquefoiexperimentandoaolongodotempo,oCPLseguiusempreoprincípiodeaplicar,semprequepossível,astécnicasmaiseficazes,emcondições económica e tecnicamente viáveis, demodo aminimizar os impactes ambientais resultantesdasuaatividade.Ouseja,mesmoaindaantesdeessas técnicas teremsidoclassificadascomoMelhores TécnicasDisponíveis(MTD’s),comoumaconsequênciadodesenvolvimentodalegislaçãocomunitáriasobrePrevençãoeControloIntegradosdePoluição(PCIP)apartirde1996,amaiorpartedessastécnicasjáeramaplicadasnainstalação.

EssasMTD foram descritas e enumeradas numDocumento de Referência para o setor publicado pelaComissãoEuropeia,ochamadoBREF2001,posteriormenterevisto(BREF2010),eservindodebaseparaaelaboraçãopelaComissãoEuropeia,das“ConclusõesMTD”,apublicarem2013,contendooselementosessenciaisdosdocumentosde referência, e a ter emcontanadefiniçãode condiçõesde futuros licen- ciamentos,conformeprevistopelaDiretivan.º2010/75/UE,relativaàsemissõesindustriaisreformulandoalegislaçãosobrePCIP,entreoutras,eportransporparaodireitointernonacional.

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Melhores Técnicas Disponíveis (MTD) implementadas no Centro de Produção de Souselas (atéfinaisde2012)

c)Aplicarumnúmeroadequadodeetapasdosciclonesrelacionadocomascaracterísticasepropriedadesdas matérias-primasecombustíveisutilizados ✓

d)Utilizarcombustíveiscujascaracterísticastenhamumainfluênciapositivanoconsumodeenergiatérmica ✓e)Utilizarsistemasdefornosotimizadoseadequadosparaaqueimadecombustíveisalternativos xMTD7.Reduziroconsumodeenergiaprimáriaconsiderandoareduçãodoteordeclínquernocimento ✓MTD8.Reduziroconsumodeenergiaprimáriaconsiderandoacogeração(centraisdeproduçãocombinadadecaloreeletricidade),sepossível,combasenaprocuradecalorútil,dentrodeesquemasregulamentaresnaáreadaenergia,eondeeconomicamenteviável.

MTD9.Minimizaroconsumodeenergiaelétrica,aplicandoasseguintestécnicas:

a)Sistemasdegestãodeenergiaelétrica ✓b)Equipamentosdemoagemeoutrosequipamentoselétricoscomelevadaeficiênciaenergética ✓c)Melhoriasdesistemasdemonitorização ✓d)Reduzirasentradasdearfalsoparaosistema ✓e)Otimizarocontrolodosprocessos ✓

UTILIZAÇÃO DE RESÍDUOSMTD10.Controlodaqualidadedosresíduos,parareduzirasemissões,atravésde:

a)Sistemasdegarantiadaqualidadeparaassegurarascaracterísticasdosresíduoseanalisar quaisquerresíduosquesepretendautilizarcomomatéria-primae/oucombustívelnofornonoquedizrespeitoà regularidadededeterminadascaracterísticas,decritériosfísicosecritériosquímicos

b)Controlaronúmerodeparâmetrosrelevantes,norespeitanteaquaisquerresíduosquesepretendautilizarcomomatéria-primae/oucombustívelnoforno ✓

c)Aplicarsistemasdegarantiadequalidadeparacadacarga/lotederesíduos ✓MTD11.Assegurarotratamentoadequadodosresíduosutilizadoscomocombustíveisou matérias-primasnoforno,atravésde:

a)Utilizarpontosadequados,emtermosdetemperaturaetempoderesidência,paraalimentarosresíduosaofornoemfunçãodassuascaracterísticasedofuncionamentodoforno. ✓

EMISSÕES DE PARTÍCULASMTD13.1Minimizar/prevenirasemissõesdifusasdepartículasaplicandoasseguintesmedidas/ técnicas,individualmenteouemcombinação:

a)Utilizaçãodevarredoras/aspiradorasedesistemasdeaspiraçãofixose/oumóveis ✓b)Manuseamentodemateriaisemcircuitosfechados,mantidosemdepressãocomfiltrosdemangasassociados ✓c)Armazenamentofechadodegrandesvolumesdemateriaiscomsistemasdemanuseamento automáticosedespoeiramentoporfiltrosdemangas ✓

d)Nosprocessosdeexpediçãoecarregamento,utilizarmangasdeenchimentoflexíveis,dotadasdeumsistemade extraçãodepartículasorientadoparaaplataformadecargadocamião ✓

MTD13.2Paraminimizar/preveniremissõesdifusasdepoeirasprovenientesdezonasde armazenagemagranel,autilizaçãodeuma,ouumacombinaçãodasseguintestécnicas: ✓

a)Utilizaçãodevarredoras/aspiradorasedesistemasdeaspiraçãofixose/oumóveis ✓b)Manuseamentodemateriaisemcircuitosfechados,mantidosemdepressãocomfiltrosdemangasassociados ✓c)Armazenamentofechadodegrandesvolumesdemateriaiscomsistemasdemanuseamento automáticosedespoeiramentoporfiltrosdemangas ✓

d)Nosprocessosdeexpediçãoecarregamento,utilizarmangasdeenchimentoflexíveis,dotadasdeumsistemade extraçãodepartículasorientadoparaaplataformadecargadocamião ✓

MTD14.Aplicarumsistemadegestãodamanutençãoparaosfiltrosdemangasdefontessecundárias ✓MTD15.Despoeiramentodosgasesdosfornosparareduçãodasemissõesdepartículas,atravésde:

a)ElectrofiltroscomsistemasdemediçãoedeteçãorápidadeCO ✓2

b)Filtrosdemangascomcompartimentosmúltiplosesistemadedeteçãodemangasrotas ✓MTD16.Despoeiramentodosgasesdosarrefecedoresemoinhosatravésdefiltrosdemangas ✓

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Melhores Técnicas Disponíveis (MTD) implementadas no Centro de Produção de Souselas (atéfinaisde2012)

EMISSÕES DE GASESMTD17.ReduzirasemissõesdeNOxdosgasesdosfornos,aplicandoasseguintestécnicas,individualmenteouem combinação:

a)Arrefecimentodachama(medidaprimária) ✓b)QueimadoresdebaixoteordeNOxnosfornos(medidaprimária) ✓c)Combustãofaseada,emcombinaçãocompré-calcinaçãoeutilizaçãodeummixotimizadodecombustíveis ✓e)Reduçãonãocatalíticaseletiva-SNCR(injeçãodeamónia) ✓MTD18.EmcasodeaplicaçãodatécnicadeSNCR:

a)ObterumaeficiênciadereduçãodosNOxadequadaesuficiente,mantendoaestabilidadedo processo ✓

b)AplicarumaboadistribuiçãoestequiométricadeamóniademodoaalcançaramaioreficiênciadereduçãodeNOx e reduziroescapedeamónialivre(NH3slip)

c)ManterasemissõesdoescapedeNH3(resultantedaamóniaquenãoreagiu)aníveistãobaixosquantopossível,tendoemcontaacorrelaçãoentreaeficiênciadareduçãodeNOxeoexcessodeamónialivre ✓

MTD19.Reduzir/minimizarasemissõesdeSOxdosgasesdosfornosatravésdaadiçãodeabsorventes(pormisturanaalimentaçãodopré-aquecedordoforno) ✓

MTD20.Reduzir/asemissõesdeSOxdosgasesdosfornosatravésdaotimizaçãodasmoagemdecru ✓MTD22.ManterumnívelbaixoasemissõesdeCOTnosgasesdeexaustãodosfornos,evitandoaalimentaçãode matérias-primascomelevadoteordecompostosorgânicosvoláteis ✓

MTD23&24.PrevenirereduzirasemissõesdeHCleHFdosgasesdosfornosatravésdautilizaçãodematérias-primasecombustíveiscontendobaixoteoremcloro/fluor,elimitaroteordecloro/fluordequaisquerresíduosquesepretendautilizarcomomatéria-primae/oucombustívelnoforno.

MTD25.PreveniroumanterumnívelbaixoasemissõesdePCDD/Fdosgasesdofornos,atravésde:

a)Seleçãocuidadaecontrolodosmateriaisintroduzidosnoforno(matérias-primasecombustíveis) ✓b)Limitar/evitarautilizaçãoderesíduosquecontenhammatériasorgânicascloradaseevitaralimentarcombustíveiscomteoreselevadosdecloronoqueimadorsecundário. ✓

c)Arrefecerrapidamenteosefluentesgasososdosfornosparatemperaturasinferioresa200°Ceminimizarotempoderesidênciaeaquantidadedeoxigénioemzonascomtemperaturasentreos300eos450°C ✓

d)Nãoprocederàcoincineraçãoderesíduosnasoperaçõesdearranquee/ouparagem ✓MTD26.Minimizarasemissõesdemetaispesadosdosgasesdoforno,atravésde

a)Selecionarmateriaiscombaixosteoresdemetaisrelevanteselimitaressesteores(emespecialomercúrio) ✓b)Utilizarumsistemadegarantiadaqualidadeparaassegurarascaracterísticasdosresíduosutilizados ✓c)Utilizartécnicaseficazesparaodespoeiramentodosgasesdosfornos(MTD17) ✓

PERDAS/RESÍDUOS DOS PROCESSOSMTD27Reciclagem/reutilizaçãonoprocessodaspoeirasrecolhidas

RUÍDOMTD28.Reduzir/minimizarasemissõesderuídoduranteosprocessosdefabricodecimentoaplicandoumacombinaçãodediferentestécnicas(Nota:verponto9.4.destadeclaração)

Legenda:

✓ - Técnicaimplementadanoforno/linhadeproduçãoouinstalaçãoemgeral

x(1) - Técnicanãoimplementadamassujeitaaestudodeviabilidade

✓2 - MTDimplementadanopassado,masforadeserviçodesde2002(substituídaporMTDalternativa)

OBREFCL2010estabelece28MTDprincipaise123desagregadasemcomparaçãocomapenas39definidaspelonoBREF2001.Constata-sequeseencontramimplementadas80%dasMTDlistadasnoBREF2010eque,nãoconsiderandoasMTDnãoaplicáveis,essapercentagempassapara85%,demonstrandooelevadograudemodernidadetecnológicaedeimplementaçãodemedidasparaprevençãoeminimizaçãodeimpactesambientaisresultantesdaatividadedoCPL.

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N.ºAspetos

ambientaissignificativos

Objetivos e Metas Tipo Ações Realizadas

1 Emissõesde partículasnaschaminésdas fontesfixas principais(poluição atmosférica)

Garantiremissõesespecíficasde partículasinferioresouiguaisa0,015kg/tCeq.

C Otimizaçãodamanutençãodosequipamentosde despoeiramentoprincipais.()Nota:Aaçãodepreparaçãodaremodelação/revampingdofiltrodemangasdoseparadordamoagemdecimento3foisuspensaumavezqueaexecuçãodoprojetofoiadiada.

2 EmissõesdeNOx nas chaminésdosfornos(poluição atmosférica)

ReduzirasemissõesespecíficasdeNOx,em17,2%,relativa-menteaovalorobtidoem2010.(≤1,20kg/tclínquer)

M MantidaatécnicadeSNCRcomomedidaprincipalde controlooperacional.Verificou-seumaumento,emtermospercentuais,da valorizaçãoenergéticadecombustíveisalternativos (maioritariamentepneustriturados),quecontribuiparaaredução/minimizaçãodasemissõesdestepoluente.OestudodanecessidadedeotimizarosistemadeSNCR,incluindoensaiosadicionais(aosrealizadosem2010)deinjeçãodeamóniaparaassegurarocumprimentodeumVLEde500mg/Nm3foiadiadopara2013.Otimização/aumentodavalorizaçãoenergéticadecombus-tíveisalternativosnopré-calcinador.

3 EmissõesdeSO2 nas chaminésdosfornos(poluição atmosférica)

GarantiremissõesespecíficasdeSO2 inferioresouiguaisa0,10kg/tclínquer

C Mantidasaçõesdecontrolooperacional.()

4 EmissõesdeCO2 (Aquecimentoglobal

Reduzirem3,1%asemissões específicasdeCO2 produzidonosfornos,faceaovalorobtidoem2010. (≤821kg/tclínquer)

M Otimizaçãodavalorizaçãoenergéticadecombustíveis alternativosnoforno(Melhoriasistemadetransporte/ alimentaçãodecombustíveisalternativosaopré-calcinador)Nota:veroutrasaçõesdescritasnoobjetivoda“Valorização energéticaderesíduos”.

5 Consumodeágua Reduziroconsumoespecíficodeágua,em3,1%,emrelaçãoaovalorobtidoem2011.(0,185m3/tCeq)

M Aumentadoovolumedeáguacaptadodabaciaparaefeitosderegadoscaminhosdapedreiradecalcário(3060m3facea1748m3em2011)Aquisiçãodeumnovocontadorparaofurodecaptaçãodeáguasubterrânean.º4.

Continuidadeparaoanoseguinte ObjetivodemelhoriadodesempenhoambientaldoCPLparaoqualédefinido,paraoanoseguinteououtroespecificado,umametademelhoriaoumanutençãododesempenhoambientalrelativamenteaumanodereferência.

M

C Objetivodecontroloparaoqualnãoédefinido,paraoanoseguinteououtroespecificado,umametademelhoriaoumanutençãododesempenhoambientaldoCPLrelativamenteaumanodereferência.

( )

Objetivoaatingiremanoposteriora2012

Objetivo/metaatingido

Objetivo/metaatingido ( )

Objetivo/metanãoatingido

Objetivo/metanãoatingido ( )

8.Objetivos e Metas AmbientaisApresentam-senoquadroseguinteosObjetivoseMetasambientaisdefinidosparaoano2012ograudecumprimentoobtido, assimcomoasprincipais açõesambientaisdesenvolvidasparaaprossecuçãodosmesmos.

() 2014

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2012

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N.ºAspetos

ambientaissignificativos

Objetivos e Metas Tipo Ações Realizadas

6 Consumode recursos naturais

Garantiruma percentagemde incorporaçãodematérias-primas alternativas e subprodutos≥13,5%.

C Emtermosglobais,apercentagemdeconsumode matérias-primassecundáriasalternativasfoide14,1%.

7 Consumodeenergiaelétrica

Reduziroconsumoespecíficodeenergiaelétricaem0,6%faceaovalorobtidoem2011(≤107,5kWh/tcimento)

M Otimizaçãodaproduçãodasmoagensdecimento (reatividadedoclínquer,adjuvanteseadições)()Implementaçãodetecnologiasparareduçãodoconsumoeminstalaçõesdeiluminaçãoexterior–arruamentos principais:instalaçãodenovospostesdeiluminaçãodasviasdeacessolocalizadasnastraseirasdoarmazémde paletizaçãoedazonadeexpediçãodecimentoagranel.()ContinuaçãodasubstituiçãogradualdemotoreselétricosdeclasseIE1pormotoresdeclasseIE2/IE3,aqualseprevêconcluiraté2015(parapotências<22kW).()Maximizadootempodemarchadamoagemdecimento3(comseparadorde3.ªgeraçãoemenoresconsumos específicosdoqueamoagemdecimento1),representando79%dototalanualdehorasdefuncionamentodasmoagens(mantem-seaníveiselevadostalcomoem2011,com82%,emcomparaçãocom58%em2010).

8 Consumodeenergiatérmica

Reduziroconsumoespecíficodeenergiatérmicaem1,0%faceaovalorobtidoem2011.(≤866kcal/kgclínquer)

M Instalaçãode8canhõesnovosnazonadodiafragma, dispostossegundoprojetodaMartin.Instalaçãodenovosistemadeformaçãoautomáticadaspilhasdepré-homogeneização(QCX/Blend Expert).

9 Valorização energéticaderesíduosebiomassa

Otimizareaumentar,empelomenos2,9pontospercentuais,avalorizaçãoenergéticadecombustíveis alternativos no pré-calcinadordoforno,relativamenteaovalorobtidoem2011.(taxadesubstituiçãotérmica≥12%)

M Prosseguiuaatividadedecoincineraçãonofornocoma valorizaçãoenergéticadeCDR’s,obtendo-secomautilizaçãodestescombustíveisalternativos,umataxadesubstituiçãotérmicade12,6%.Otimizaçãodofuncionamentodofundodatremonhadecombustíveisalternativos(prolongamentoassimétricodosdegrausdofundodatremonha)ObtençãodeautorizaçãoearranquedavalorizaçãoenergéticadenovostiposdeRNP,alargandoatipologiadecombustíveisalternativos(listaderesíduosbaseadanoBREF)equetambémabrangemalgunsdostiposderesíduosproduzidosinternamente.Pesquisadenovosfornecedoresdecombustíveisalternativos.()

Continuidadeparaoanoseguinte ObjetivodemelhoriadodesempenhoambientaldoCPLparaoqualédefinido,paraoanoseguinteououtroespecificado,umametademelhoriaoumanutençãododesempenhoambientalrelativamenteaumanodereferência.

M

C Objetivodecontroloparaoqualnãoédefinido,paraoanoseguinteououtroespecificado,umametademelhoriaoumanutençãododesempenhoambientaldoCPLrelativamenteaumanodereferência.

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Objetivoaatingiremanoposteriora2012

Objetivo/metaatingido

Objetivo/metaatingido ( )

Objetivo/metanãoatingido

Objetivo/metanãoatingido ( )

Dos6objetivosdemelhoriadefinidos foi cumpridoapenas1dos5aatingirem2012,oquecorrespondeaumapercentagemde cumprimentode20%.Orestanteobjetivoestáplaneadoparasercumpridoem2014.

NofinaldestaDeclaraçãoAmbiental (ponto11.)éapresentadooprogramaambientaldoCPLparaoano2013com indicaçãodos objetivos, tendo em conta a sua classificação em termos demelhoria ou controlo do desempenho ambiental doCPL, e principaisaçõesprevistas.Asmetasassociadasaessesobjetivosdemelhoriaoudecontrolosãoincluídas,semprequeaplicável,nosgráficosdeevoluçãodosindicadoresdedesempenhoambientalapresentadosdeseguida,tendoemcontaasalteraçõesintroduzidas,desdeada atualizadade2011,noâmbitodasuaharmonizaçãoaoníveldoSGAimplementadoqueabrangeostrêsCentrosdeProduçãodaCIMPOR INDÚSTRIA.

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EmissõesEspecíficasdePartículasTodasasfontesprincipais(kg/tCeq)

9.Desempenho AmbientalNospontosseguinteséapresentadoumresumodosdadosdisponíveissobreodesempenhoambientaldoCPLrelativamenteaosseusobjetivosemetas,bemcomoaavaliaçãodaconformidadecomasdisposiçõeslegaisaplicáveiseoutrasinformaçõesadicionaisnoqueserefereaosimpactesambientaissignificativos.Osdadosrelativosaosindicadoresapresentadosrefletemodesempenhonoperíodoentre2009(anoaquesereferiuaterceiraDAEMAS)e2012econstituemumcomplementoàsinformaçõesdodiagramadeentradasesaídasdoponto6..

Dando cumprimento ao disposto no Anexo IV do EMAS III, para a instalação do CPL em geral, é apresentado,noponto9.7.,umquadrodetalhandoosvaloresde2012decadaindicadorprincipal,bemcomoosvaloresdostrêselementosqueoscompõem( járeferidosnoDiagramadeEntradas/Saídas).

9.1. Emissões para a AtmosferaOs poluentes atmosféricos mais relevantes resultantes do processo de fabricação de cimento são as partículasprovenientesdefontesfixasedifusas,osóxidosdeazoto(NOx),odióxidodeenxofre(SO2),omonóxidodecarbono(CO)eodióxidodecarbono(CO2)emitidosessencialmentenachaminédoforno.

Existem ainda outros poluentes a considerar tais como os compostos orgânicos (COT) e, ainda,metais pesadosedioxinas/furanosquenãosãosignificativosporserememitidosemmuitopequenasquantidades.

9.1.1. PartículasAsprincipaisfontesfixasdeemissãodepartículassãoachaminédoforno,achaminédoarrefecedordeclínquereaschaminésdasmoagensdecimentoedecarvão.Contandocomestasfontes,existeminstaladosnoCPLumtotalde34filtrosdemangasdeváriostiposedimensõesparaodespoeiramentodasdiversasfontesdeemissãodepoeirasexistentesaolongodoprocessodefabrico.

Em2012ovalordasemissõesespecíficasdepartículas(0,014kg/tdecimentoequivalente)foi6,7%superioraoregistadonoanoanterior,cumprindo-se,noentanto,comametadecontrolooperacionalestabelecidaemantendo-seasemissõesaníveisreduzidosequecumpremlargamentecomosVLEaplicáveis.

No âmbito da definição de objetivos do SGA foi mantida para 2013 a meta de controlo operacional, acimadodesempenhoverificadoemanosanteriores,emfunçãodeumaprevisívelreduçãodaeficiênciadedespoeiramentodosfiltrosprincipais(pordesgastedasmangas)ede,ainda,nãoestaremprevistasparaesseanoaçõesdemelhoriarelevantes,sendodereferirquearemodelaçãodeumdosfiltrosdemangasdamoagemdecimento3,cujapreparaçãoestavaprevistainiciarem2012,foiadiadapara2016.

Emissões Metas

0,020

0,015

0,010

0,005

0,0002013

0,015

2012

0,0150,014

2011

0,011

2010

0,012

2009

0,011

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9.1.2. Óxidos de Azoto (NOX) EmtermosdeMTD´sassociadasàsemissõesdeNOx,eparaalémdotipodeprocessoutilizado(fornodeviasecacompré-aquecimentoemetapasecompré-calcinação,quepermitetambémaMTDdecombustãofaseadaatravésda introdução,nopré-calcinador,departedocombustívelear terciárioprovenientedoarrefecedor),estãoimplementadasnainstalação:

z Medidasprimáriasgerais(sistemainformáticodecontroloautomáticodoprocessoerecuperaçãodecalordosgasesdeexaustão);

z AmedidaprimáriadoqueimadorprincipaldebaixoteordeNOx(instaladoem2007);

z A medida secundária, utilizada desde julho de 2006, designada SNCR (Selective Non-Catalytic Reduction),atravésdeumsistemaautomatizadodeinjeçãodeamónianacondutadegasesàsaídadacâmaradefumosnumdospisosinferioresdatorredepré-aquecimento(instalaçãodefinitivaconcluídaem2008);

z Amedidaprimáriadearrefecimentodachamaatravésdeumsistema,existentedesde2004,deinjeçãodeáguanoqueimadorprincipaldoforno(poucoutilizadaapósainstalaçãodasMTDreferidasnosdoispontosanteriores).

Refira-se ainda que para além da otimização do sistema de injeção de amónia demodo a garantir o cumprimento do novo VLE a partir de inícios de 2014, em relação à aplicação da técnica de SNCRe sua relaçãocomasemissõesdeNH3nachaminédo forno,estáprevistapara2013acomunicaçãoà AgênciaPortuguesadoAmbiente,dosresultadosdosensaiosrealizados,em2011,emtodososCentrosde ProduçãodaCIMPORINDÚSTRIA,noâmbitodocontrolodoescapedoexcessodeamónialivre/emissõesdeNH3instituídopelosPlanosdeAdaptaçãoaoBREFCL2010.

EmissõesespecíficasdeNOX Fornos(kg/tclínquer)

Emissões Metas

0,00

0,801,00

1,80

0,40

1,40

0,60

1,20

0,20

1,60

2013

1,20

2012

1,20

1,49

2011

1,59

2010

1,45

2009

1,55

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9.1.3. Dióxido de Enxofre (SO2) AsemissõesdeSO2,emgeral,nãoconstituemumproblemanaproduçãodecimento, jáqueoenxofre libertado durante a queima dos combustíveis é quase totalmente incorporado no clínquer. Assim, asemissõesdeSO2registadassãodevidasmaioritariamenteàspequenasquantidadesdeenxofreexistentenas matérias-primas.Alémdisso,aoperaçãodasmoagensdecrutambémabsorvepartedoSO2.

ApóscincoanosconsecutivosdemelhorianasemissõesespecíficasdeSO2,obtiveram-seem2012níveisdeemissãosemelhantesaosregistadosem2010.

Verificou-seem2012umaincorporaçãodexistonasmatérias-primas,equivalenteaoanoanterior,mascomumataxadesubstituiçãoinferiorpormatérias-primasalternativas(argilas)commenoresteoresdeenxofrepirítico,continuando,noentanto,anãosernecessárioaadiçãodehidróxidodecálcionaalimentaçãoaofornoparacontrolodasemissõesdestepoluente.

Prevendo-seumaumentodaincorporaçãodexisto,foimantidapara2013ametadecontrolooperacional,estabelecidanoanoanterior,noâmbitodadefiniçãodeobjetivosdoSGA.

EmissõesespecíficasdeSO2 Fornos(kg/tclínquer)

9.1.4. Monóxido de Carbono (CO) AsemissõesdeCOpodemsurgirdevidoàpresençadecarbonoorgâniconasmatérias-primase,muitoocasionalmente,devidoàcombustãoincompletadocombustível.

Ocontrolodafinurademoagemeodoseamentoporsistemagravimétricodoscombustíveissólidos,bemcomoaconduçãoadequadadoforno,minimizamoriscodeocorrênciadecombustão incompleta.Estecontrolotemvindoasermaisdifícildesdeoarranquedaoperaçãodecoincineraçãoemfinaisde2009,continuando-seaverificarumaumento,destavezde15%relativamenteaovalorobtidonoanoanterior,nasemissõesespecíficasdeCO.

Em virtude da supressão do VLE deste poluente, com a entrada em vigor da nova licença de exploraçãodacoincineração,serárevistaasignificânciadesteaspetoambientaleosvaloresdeemissões específicasdeixarãodeconstaremfuturasdeclaraçõesambientais,emborasemantenhasempreoseucontrolo, essencialmenteaoníveldoprocessodecozedura,mastambémdasemissõesemcontínuonachaminédoforno.

EmissõesespecíficasdeCOFornos(kg/tclínquer)

Emissões

Emissões

Metas

0,00

0,04

0,08

0,12

2012

0,10

0,03

2011

0,01

2010

0,03

2009 2013

0,10

0,04

2,001,601,200,800,400,00

2011

1,47

2010

1,26

2009

0,84

2012

1,69

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9.1.5. Dióxido de Carbono (CO2) Em2012registou-seumnovoaumentonovalordasemissõesespecíficasdeCO2,de2,4%ficandobastanteacimadametaestabelecidaparaesteano,comapremissadeumataxadesubstituiçãotérmicade12%porcombustíveisalternativos,parcialmentecompostosporbiomassa.

Este aumento foi influenciado pelo elevado consumo térmico do forno, pela diminuição da taxa de recirculação de poeiras (devido à instalação dos novos ciclones 1 no final de 2011, trazendo maior eficiênciadedespoeiramentoàtorredeciclones)epeladiminuiçãodapercentagemdecarbonobiogéniconos combustíveisalternativosconsumidosem2012(facea2010e2011).

Emtermosabsolutos,eapesardoaumentorelevantedaproduçãodeclínqueremrelaçãoaoanoanterior,manteve-seem2012asituaçãodenãoultrapassagemdonúmerode licençasdeemissãoatribuídasnoâmbitodosegundoperíododoCELE(503429tdeCO2),sendoovalordasemissõesverificadasde316732tdeCO2,ouseja,37,1%inferioraoatribuído.

Comotérminoda2.ªfase(período2008-2012)doComércioEuropeudeLicençasdeEmissão(CELE)foipublicada a designada “ListaNIM´s (National Implementation Measures)”, contendo a lista nacional deinstalações abrangidas e a alocaçãopreliminarde licençasdeemissãogratuitas noperíodo2013-2020,sendoaquantidadeatribuídaaoCPLde444884tdeCO2.Emfinaisde2012procedeu-seàpreparaçãoesubmissãoàAPA,deacordocomnovas regrasemaioresexigênciasdemonitorização,dopedidode atualizaçãodoTítulodeEmissõesdeGasescomEfeitodeEstufa,paraa3.ªfasedoCELE.

Combasenaanálisedos resultadosobtidosnosultimos3anos (2010a2012), comparticular enfoqueparaosconsumostérmicosobtidos,osfatoresdeemissãodoscombustíveisconsumidosnesseperíodo,osresultadosdasanálisesdocrucimenteiroerespetivosfatoresdeemissão,foifeitaumarevisãodealgumaspremissasquelevaramàdefiniçãodameta(em2010)de835kgCO2/tclínquer.Emresultadodessarevisãoestabelece-secomometapara2013,garantiremissõesinferioresouiguaisa850kgCO2/tclínquer.

No quadro seguinte apresentam-se os dados das emissões de CO2 ocorridas nos últimos três anos, resultantesdoprocessodefabricaçãodeclínquer(dadescarbonataçãodamatéria-primaedacombustão)edeoutrasfontesqueincluemasemissõesassociadasaoconsumototaldegasóleoedegáspropanonainstalação.

EmissõesespecíficasdeCO2 Processo(kg/tclínquer)

Emissões de CO2 (t/ano)

2010 2011 2012Processo:descarbonatação 208 740 105 460 197 095Processo:combustíveisdosfornos 132 884 64 609 119 673Processo: Total 341 624 170 069 316 768Outras fontes (algumasdasquaisnãoCELE) 1 169 867 1 346

Total de Emissões de CO2 342 793 170 936 318 114

Emissões Metas

886865840848 8508351.000

800

600

400

200

020132012201120102009

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AsmedidasqueoCPL temvindoa adotar para a reduçãodas emissões específicasdeCO2 incluema produção de cimentos compostos, reduzindo a percentagemde incorporação de clínquer no cimento,atravésda incorporaçãodemaioresquantidadesdeoutrosconstituintesprincipais.Noentanto,amaiorutilizaçãodecimentoscompostosdependedefatoresexternosàindústria,talcomosejaaaceitaçãopelomercado, as especificações dos projetos de obras e a disponibilidade desses outros constituintes.Maisrecentemente,enesteâmbitoéderealçaroiníciodaprodução,desdemeadosde2010,deumnovotipodecimento(CEMII/B-L42,5R),commenorpercentagemdeincorporaçãodeclínquer,contribuindodestaformaparaareduçãoglobaldasemissõesdeCO2.

A substituição de calcário por matérias-primas secundárias descarbonatadas é outra via em curso de exploraçãoparacontrolareminimizarasemissõesdeCO2.

Com o mesmo objetivo, o CPL iniciou em 2004 um processo de pedido de autorização com vista à valorizaçãoenergéticadebiomassa,cujautilizaçãoéconsideradanulaemtermosdeemissõesdeCO2.

Decorrentedomesmoprocesso,foiapresentadoem2006umoutropedidodelicenciamento,queapósdiversasvicissitudes,deulugaràemissão,em27denovembrode2009,pelaComissãodeCoordenaçãoeDesenvolvimentoRegionaldoAlgarve,doAlvarádeLicençan.º16/2009paraarealizaçãodeOperaçõesdeGestãodeResíduos,peloqualoCPLficouautorizadoavalorizarcombustíveisderivadosderesíduos(CDR’s)até43800toneladasanuais(baseseca).

Este Alvará permitiu assim, para além da biomassa vegetal, entretanto dispensada de licenciamento (Decreto-Lei n.º 178/2006, de 5 de setembro), a valorização energética de combustíveis com fator deemissãodeCO2inferioraodoscombustíveistradicionais(coquedepetróleo).

Com o objectivo de obter licenciamento para valorizar energeticamente outros resíduos não perigosos (paraalém dos CDR’s), foi apresentado novo pedido de licencia- mento,tendo-seobtidoemjunhode2012anovalicençade exploração nº. 2/2012/DOGRpara a valorização energéticaderesíduosnãoperigosos.

Em2012,ataxadesubstituiçãotérmicanofornoobtidacoma valorização energética (co-incineração) de CDR´se pneus triturados foi de 12,6%, ultrapassan-do ligeiramente os 12% definidos como meta e traduzindo-senumaumentode3,5pontospercentuaisfaceàtaxaobtidaem2011(9,1%).

Considerandooobjetivodeaumentaroconsumoetipologiadecombustíveisalternativos,emuitoemboraasuadisponibilidadeestejadependentedaofertanomercado,oCPLdefiniuumanovametademelhoriadodesempenhoambientalpara2013(13,5%detaxadesubstituiçãotérmica)querepresentaumaumentoem0,9pontospercentuaisemrelaçãoaovalorobtidoem2012.

Quantidade valorizada (t)

2010 2011 2012

Biomassavegetal Atividadesdegestãoflorestal/agrícola 146 0 0

CDR’s(incluindopneus triturados)

Triagem,tratamentodeRSU’se operadoresdegestãoderesíduos 3 695 2 997 7 129

Instalaçãodearmazenagemedoseamentodecombustíveisalternativosaopré-calcinador

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9.1.6. Autocontrolo das Emissões Atmosféricas de Fontes FixasOCPLefetuaoautocontrolodetodosospoluentesatmosféricosparaosquaisasuaLicençaAmbientaldefinevalores-limitedeemissão,deacordocomumplanodemonitorizaçãoestabelecidoparaoefeito.

ÉrealizadooautocontrolopormediçãoemcontínuodasemissõesdepartículasdaschaminésdofornoearrefecedoredeNOx,SO2,CO,COT,HFeHCleNH3nachaminédoforno,atravésdeequipamentosdemonitorizaçãoinstaladosnaschaminésequeestãoassociadosaumsistemadeaquisiçãoetratamentodedadosdeacordocomaregulamentaçãoemvigor.

Para os equipamentos instalados na chaminé do forno e no sentido de assegurar a qualidade e fiabilidadedosdadosdestessistemasdemonitorização,oCPLmandaexecutar,porempresaexterior,testesde funcionamentoegarantiadaqualidadedosdados,deacordocomaEN14181;paraalémdisso,temumcontratocomoutraempresaexterior,paraamanutençãode todososequipamentosdemonitorização,assegurandooperaçõesdeverificaçãoemanutençãopreditiva,preventivaecurativadestessistemas.

Relativamenteaosresultadosobtidosem2012paratodosospoluentesmedidosemcontínuonachaminédofornoenachaminédoarrefecedor,apresenta-se,nográficoseguinte,arelaçãopercentualentreovalor máximodosvaloresmédiosdiáriosregistadosduranteesseperíodo,comosVLE´srespetivos.Verifica-sequetodosessesvalores máximossãoinferioresaoVLE,oqueconfirmaaconformidadelegaldasemissões.

Demodoarefletirmelhorodesempenhoambientalglobalassociadoacadafonte,apresenta-setambém,arelaçãopercentual,comoVLE,damédiaanualdosvaloresmédiossemi-horáriosregistadosparacadaumdestespoluentes.

Adicionalmenteàmonitorizaçãoemcontínuodospoluentesmaisimportantesemitidosnaschaminésdofornoearrefecedor,oCPLefetua,pelomenosduasvezesporano,mediçõespontuaisdeoutrospoluentesatmosféricosnasfontescujasemissõesestãosujeitasaVLE´s.

Osresultadosobtidosnascampanhasdemediçõespontuais,efetuadasem2012porlaboratórioexternoacreditado, são apresentados nos quadros seguintes, verificando-se o cumprimento integral dos limiteslegaisaplicáveisparatodososparâmetros.

Monitorização em contínuo de poluentes gasosos - Ano 2012AvaliaçãodaConformidadeLegal-2012

Forno Arrefecedor

Máximodiário(%doVLEdiário) Médiaanual(%doVLE)

0%

20%

40%

60%

80%

100%

PartículasPartículasHFHCICOTCOSO2NOX

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Pelomenosumaparceladosomatórioéinferioraolimitedequantificaçãodométododeanáliseutilizado.

Nota:Osresultadossãocorrigidosparaumteorde10%deO2egásseconosefluentesgasosos.

ParâmetroValor limite de

emissão (mg/Nm3)

FORNO

1.ª medição (março)

2.ª medição(setembro)

Cd+Tl 0,05 0,0004 0,0009Hg 0,05 0,0202 0,0038

Sb+As+Pb+ Cr+Co+Cu+Mn+Ni+V 0,5 0,0160 0,0325

Dioxinas e Furanos 0,1 ng/Nm3 (I-TEQ) 0,0016 0,0013

Fonte (LA PCIP) FF3 FF4 FF5 FF4 FF5 FF6

Parâmetro

Valor limite de emissão

(mg/Nm3)

Moagem de Cimento 1 Moagem de Cimento 3 Moagem de Carvão

1.ª medição 2.ª medição

1.ª medição 2.ª medição

1.ª medição 2.ª mediçãoMoinho SepDin Moinho SepDin

Partículas 30 2,6 2,2 7,1 6,7 8,5 1,9 12,8 8,4

Medições Pontuais nas Chaminés do Forno(valoresapresentadosemmg/Nm3,comexceçãodasDioxinaseFuranos)

Medições Pontuais nas Chaminés das Moagens(valoresapresentadosemmg/Nm3)

9.1.7. Emissões Difusas de PartículasAs fontesdeemissõesdifusasdepartículas consideradasmaisrelevantes no CPL (para além das saídas dos despoeiramen-tos diversos, não associados às fontes fixas principais, que se encontraminstaladosaolongodoprocessofabril)sãoaarma- zenagemde combustíveis sólidos a céu aberto e amovimen-taçãodeveículosdentroeforadasinstalações.

Considerandoqueumamanutençãocuidadosaeapropriadadetodaa instalação fabril temsemprecomoresultadoa reduçãodas emissões difusas de partículas, são utilizadas noCPL umavarredoramecânica,queefetuaa aspiração/limpezadospavi-mentos,etratoresauto-tanqueparaaspersãodeáguanaszonasdecirculaçãodeveículosnãopavimentadas,nomeadamentedaspedreiras.

Na pedreira de calcário encontra-se instalado desde 2004,um sistema de aspersão automática de água constituído por260 aspersores instalados ao longo da estrada principal (não pavimentada)deacessoàszonasemexploração,sendoaáguaproveniente da bacia de retenção das águas pluviais existentenopisoinferiordapedreiraquedispõedeumacapacidadedearmazenagemdeaproximadamente50000m3.

Aspersãoporautotanque

Sistemadeaspersãoautomática

Moinho–Chaminédofiltrodemangasdomoinhodecimento3

SepDin–Chaminédofiltrodemangasdoseparadordinâmicodamoagemdecimento3

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O armazenamento e manuseamento fechado de materiais (pilhas de pré-homogeneização, produtos intermédios e finais),amanutençãodospavimentosecriaçãodenovasáreas pavimentadas, a criação de zonas verdes e a cobertura de edifícios, transportadores e outras estruturas fabris, são outrasmedidasquetêmvindoaserimplementadasparaaprevençãodasemissõesdifusasdepoeiras.

Aoníveldosedifíciosfabris,oCPLdispõeaindade6aspiradoresindustriaisligadosaredesfixasdeaspiraçãocomváriasdezenasdemetrosdecomprimento,quecontribuemparaumalimpezaeficaz prevenindo o empoeiramento dos locais de trabalho, permitindoaomesmotemporecuperargrandesquantidadesdepoeirasquesãoreintroduzidasnoprocesso.Ainstalaçãodispõetambémdoserviçodelimpezaatravésdevarredoramóvelparaapoioatrabalhosdelimpezaemlocaisnãoacessíveisatravésdasredesdeaspiraçãofixa.

Para controlo e avaliação dos impactes ambientais associados às emissões difusas de poeiras, deu-se continuidadeàmonitorizaçãodaconcentraçãodepartículasPM10(partículasdediâmetroinferiora10µm)noarambiente,iniciadaemfinaisde2004,atravésde3analisadoresemcontínuoquevieramsubstituirosequipamentosdemonitorizaçãodepartículastotaisemsuspensão(PTS)anteriormenteemserviço.

Os resultados obtidos nos últimos 4 anos, em cada um dos postos de monitorização existentes na envolventedoCPLsãoapresentadosnoquadroseguinte,podendoserverificadoaolongodetodoesseperíodo,ocumprimentodoslimites legais,utilizadoscomoreferência,estabelecidosparaasEstaçõesdeMonitorizaçãodaQualidadedoArNacionais.

Posto A, localizado junto à ETAR para monitorização das PM10 no ar ambiente

Parâmetroda Qualidade do Ar

Limite Legal Unidades Ano Posto A

ETAR

Posto B FuroJK6-Via

Infante

Posto C Picota- Parragil

Valor médio anual PM10

40 µg/m3

2009 28,2 22,7 22,72010 28,3 20,0 21,62011 30,7 21,4 30,82012 35,6 20,9 24,1

N.º de valores > 50 (*) 35 N.º

2009 13 3 62010 16 1 22011 31 12 252012 33 14 4

Localização dos postos de medição:

Distânciaaocentrodafábrica(m) 430 480 1 700Coordenadas (M, P) (202835,18949) (202561,19073) (202211,21171)

Orientação S SW N-NW

Monitorização da concentração de partículas PM10, no ar ambienteRededequalidadedoardoCPL

CentrodaFábrica:ChaminédoForno*-valorlimitediário(emµg/m3)anãoexcedermaisde35vezesnoanocivil

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Será sempre demencionar que se trata de um indicador de qualidade ambiental influenciado não só pelascondiçõesmeteorológicascomotambémporoutrasatividadeshumanas,paraalémdoCPL,eaindaporfenómenosnaturais(taiscomoaocorrênciadeincêndiosoufenómenosdearrastamentodepoeirasprovenientesdoNortedeÁfrica)queafetamaqualidadedoarambientenazonaabrangidapelarededemonitorização.

Assimoaumentodaconcentraçãodepartículasregistadoem2012,deve-seaumconjuntodefactores,onde se incluem condições meteorológicas e outros fenómenos naturais. Relativamente às condições meteorológicas salienta-se a forte influência do prolongamento da situação de seca, devido à baixa pluviosidaderegistadanaregiãodoAlgarveem2012.

Destaformaosvaloresapresentadosnoquadroemcima,resultamdeumareavaliaçãodetodososvalores,queexcederamoVLEdiáriode50µg/m3.Assimsendo,das57excedênciasdoVLEdiário,obtidasapartirdosdadosembruto,foramdesconsideradas24,combaseemdiversascausasexternasàactividadedoCPL,destacando-seaocorrênciadeincêndiosflorestais(duranteomêsdeJulho,naregiãodoAlgarveenosuldoAlentejo)eaintensadispersãodepoeirasprovenientesdoNortedeÁfrica,emdiversosperíodosdejulhoeagosto.

Acrescenta-seaindaqueoCPLprevêinstalar,nanavedoscombustíveisalternativos,umanemómetroeumcatavento,quepermitiráregistaravelocidadeedireçãodovento.Destemodoserápossíveldefuturo,casoseregistevaloreselevadosdePM10nasestações“FuroJK6”e“ETAR”,concluirsesãoounãodecorrentesdanossa atividade.

9.2. Abastecimento e Utilização de ÁguaAáguautilizadanoCPLétratadanumaEstaçãodeTratamentodeáguaprópriaeprovémde5furosdecaptaçãosubterrânealocalizadosdentrodoperímetrodasinstalações.UmapartedaáguacaptadaécedidaàsinstalaçõesdaCIMPORBetão,localizadajuntoàfábrica.

NoCentrodeProduçãoexistemnecessidadesdeáguaparausodoméstico(ondeseincluiaáguapararegadosespaçosverdes),industrialeaindaparaaspersãodecaminhosdecirculaçãodeveículosdaspedreiras.A água industrial é utilizada principalmente nos circuitos de refrigeração para arrefecimento dos óleosdelubrificação(chumaceiraseredutoresdosmoinhosedoforno)enocondicionamentodegases.Para minimizaraquantidadedeáguasubterrâneacaptadaparausoindustrial,afábricadispõe,desdeoiníciodasualaboração,deumsistemadecirculaçãodeáguaemcircuitofechado,permitindoassimareutilizaçãodegrandequantidadedeágua(cercade1000000m3/ano),sendoapenasnecessárioreporaáguaqueseperde,principalmenteporevaporação.

Abaciaderetençãodeáguaspluviaisexistentedesde2003nopisoinferiordapedreiradecalcário,permiteautilizaçãodaáguaacumuladaparaaspersãodeacessosàsfrentesemexploração,bemcomopararegadeespéciesarbóreasearbustivasnoâmbitodostrabalhosderecuperaçãopaisagística,nãohavendo,paraestesfins,necessidadedeutilizaraáguaprovenientedascaptaçõessubterrâneas.

Baciaderetençãodeáguaspluviais

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Em2012verificou-seumareduçãodeapenas0,5%doconsumoespecíficodeáguaemrelaçãoaoano anterior, não se cumprindo a meta estabelecida, essencialmente devido ao aumento significativo da produçãodeclínqueredapercentagemdeusoindustrial.

OCPLdefiniucomoobjetivodemelhoriapara2013amanutençãodamesmametadefinidapara2012.

Para as cinco captações de água subterrânea existentes, não foram excedidos durante o ano 2012, os volumesmáximosdeextraçãomensalautorizadospelosnovosTítulosdeUtilizaçãodosRecursosHídricosemvigor.

OCPLprocedeàexploração,gestãoe fornecimentodeáguasdestinadas ao consumohumano, tendoimplementandodesde2004umProgramadeControlodaQualidadedaÁgua (PCQA).Entretanto,comaentradaemvigor,desde1dejaneirode2008,doDecreto-Lein.º306/2007,de27deagosto,queveiosubstituir o anterior Decreto-Lei n.º 243/2001, de 5 de setembro, procedeu-se a uma adaptação aos novosrequisitos legaisaplicáveisàsentidadesgestorasdeabastecimentoparticulardeáguasdestinadasaoconsumohumano.Assimsendo,oCPLadaptouoseuPCQA,passandoaumcontroloderotina,comaperiodicidadebimestral,equeultrapassaaperiodicidademínimaexigidalegalmente,Osrequisitosincluemaindaapublicaçãointernadosresultadosdasanálisespelaafixaçãodosmesmosemplacardsinformativos,existentesemváriospontosdafábrica.

Àsemelhançadosanosanteriores,osresultadosobtidosevidenciamqueaáguadistribuídanoCPLestáemconformidadecomasnormasdequalidadeestabelecidas.ExistemoutrosparâmetrosqueforamanalisadosnoâmbitodocontrolodeInspeçãoAnualecujosresultadosseencontramabaixodovalorparamétrico,sendoemvárioscasosinferioresaolimitededeteçãodosmétodosutilizados.

Nota: O consumo específico é determinado com base na água total proveniente da rede pública e das captações subterrâneas,nãoconsiderandoaágua(captaçãosuperficial)utilizadaapartirdabaciaderetençãodeáguaspluviais.

Consumosespecíficosdeágua(m3/tCeq)

Consumo Metas

0,200

0,000

0,100

0,300

0,185

2012

0,1850,190

2011

0,191

2010

0,185

2009

0,199

2013

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9.3. Águas ResiduaisOprocessodeproduçãodecimentonãooriginaáguasresiduaisindustriais.Noentanto,sãogeradaságuasresiduais domésticas e outras provenientes deoperações de lavagememanutençãode veículos, assimcomoescorrênciasdeáguaspluviaisdezonasdearmazenagemdematérias-primas,combustíveissólidoseresíduos.

OCPLdispõetambémdeumaETARconstruídaem1996paratratamentodaságuasresiduaisdomésticasqueproporcionaumtratamentoeficazdoefluente.

Em2003foramconcluídosextensostrabalhosdeconstruçãoereformulaçãodossistemasdedrenagemetratamentodeáguasresiduaisoriginadasporescorrênciasdeáguaspluviaisdosparquesdecarvão,parquederesíduoseenvolventedoedifíciodaOficinaAuto,queincluíramaconstruçãodequatrodecantadoresedoissistemasdeseparaçãodehidrocarbonetos,edesde2009,encontra-seemfuncionamentoa linhadetratamentodaságuaspluviaisdazonadereceção/descargadecombustíveisalternativosdestinadosàcoincineração

Os resultadosdamonitorização realizada em2012 àqualidadedas águas residuais descarregadas, nosdiversospontosdedescarga,sãoapresentadosnoquadroseguinte.

Os 2 parâmetros que, na análise ao efluente da ETAR, apresentam um valor de concentração ligeiramentesuperioraoVLEdefinidonaLicença(azotototalno2.ºtrimestrede2012enitratosno4.ºtrimestre), encontram-se dentro da incerteza associada ao método analítico e como tal dentro da tolerância consideradaadmissívelparacumprimentodoVLE.Aindaassim foramreforçadasasaçõesde limpezaemanutençãopreviamenteprogramadas.

Parâmetro Limite legal Unidade

ETAR doméstica(LT1/ES1)

Parque Carvão I (LT3/ES3)

Parque de resíduos (LT2/ES2)

ETA (ES5)

Parque Carvão II / Of. Auto (LT4/ES2)1.ºT 2.ºT 3.ºT 4.ºT

Autocontrolo trimestral Autocontrolo anual

CBO5 40 mg/lO2 12 20 11 7

CQO 150 mg/lO2 34 62 30 36

Nitratos 50 mg/lNO3 40 23 30 51

Azoto amoniacal 10 mg/lNH4 3,0 6,0 ˂1,0 1,0

Azoto total 15 mg/lN 12 16 9 15

SST 60 mg/l ˂5 5 10 15 6 13 ˂5 ˂5

Óleos minerais 15 mg/l ˂0,05 ˂0,05

Monitorização de águas residuais – Ano 2012

<-Valormedidoinferioraolimitededeteçãodométododeanáliseutilizado.LT–Linhadetratamento;ES–pontodedescarganosolo(identificaçãosegundooespecificadonaLicençaAmbiental)

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9.4. RuídoO ruído emitido pelo CPL é uma combinação dos níveis de ruído emitidos pelo conjunto das fontes sonorasassociadasaofuncionamentodosdiversosequipamentosdafábricaedosinerentesàexploraçãoda pedreiradecalcário,situadanassuasimediações.

Em2003,oCPLconcluiuaelaboraçãodomapatridimensionalderuídodasinstalaçõesfabris,pedreiradoCerrodaCabeçaAltaesuasenvolventes,utilizandoumdosmaisavançadosprogramasdesoftwareparaprevisãoeavaliaçãodeníveisderuídonavizinhançadedeterminadasfontes.Comestaferramenta,queenvolveuacaracterizaçãoinicialde147fontesfoipossívelatravésdasimulaçãoeprevisãodoimpactenosníveisderuído,aseleçãoeavaliaçãodaeficáciademedidasaimplementarposteriormenteincluídasnumplanodeaçõesdeminimizaçãoderuídoparaoexterior.

As principais fontes de emissão de ruído identificadas foramas britagens, as moagens, diversos ventiladores e salas com equipamentosruidosos(compressores,supressores),sendoaindaderealçaroruídodaoperaçãoemovimentaçãodemáquinasde exploraçãodapedreiradecalcário.

Com base nos resultados obtidos pelo mapa de ruído foi elaboradoumplanodeaçõesdereduçãodoruídoqueincluiumaproposta de faseamentodas intervenções, combase na respe- tivaprioridade.Desdeentãotêmsidoimplementadasmedidasdeminimizaçãodasemissõesde ruído,asquais têmsidopublicadasemDA´santeriores.Asmedidasmais relevanteslevadasacabonosúltimostrêsanossãoapresentadasnoquadroseguinte.

Mapatridimensionalderuído envolventedoCPL

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Aúltimacampanhademediçãoderuídoparaoexteriordainstalaçãofabrilfoirealizadaem2010,apósa conclusão dos últimos projetos de isolamento acústico das fontes mais relevantes e a entrada em funcionamentodainstalaçãodearmazenagemedosagemdecombustíveisalternativosaopré-calcinadordoforno. Para os anos seguintes não foram previstas ações adicionais deminimização do ruído para o exterior,sendo de referir, no entanto, que o CPL definiu o objetivo de, numa próxima campanha demediçõesquepoderáserefetuadanumprazomáximode5anos (deacordocomascondiçõesestabelecidasno licenciamentoambientalecasonãoocorramalteraçõesnainstalaçãoquepossamterimplicaçõesaoníveldoruído),nãoultrapassarovalormáximodoindicadorderuídodiurno-entardecer-noturno(Lden)obtidonessa campanha.

Medidas de redução de ruído implementadas no período 2010-2012 Ano

• Montagem de dois painéis de tapamento lateral dos alçados Sul e Poente do edifício 2 do silo da moagem de carvão.

2010

• Tapamentolateraldasaladodoseadordoforno. 2011

• Canópiasdeisolamentoacústicoemdoisequipamentosdolaboratório(compactadordeamostrasemoinhodeanéis). 2011

Paineisdeisolamentoacústicoda moagemdecombustívelsólido

Canópiasdeisolamentoacústicodeequipamentosdelaboratório

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9.5. Gestão de ResíduosA realização de uma gestão eficiente dos resíduos produzidos no CPL começa pela seleção dos materiaisquepodemserrecicladosoureincorporadosnoprocessodefabrico.Sóquandoestasituaçãonãoé possível,équesedesenvolvemasaçõesnecessáriasparaoencaminhamentodosresíduosparaumdestinofinaladequado,dandoprioridadeaoperaçõesdevalorizaçãoemdetrimentodeoperaçõesdeeliminação,comosejaadeposiçãoematerro.

No quadro seguinte apresentam-se as quantidades e tipologia dos resíduos produzidos internamente duranteoano2012,bemcomoaoperaçãodegestãoaqueforamsujeitos.

Resíduos produzidos - Ano 2012 Quantidade (t) Operação de gestão

Resíduosdofabricodecimento(amostras,partícu-lasepoeiras) 153,1 Valorizaçãointerna

Mangasfiltrantesetelasporosasforadeuso 0,7 Valorizaçãoexterna

Óleos usados 1,6 (*) Valorizaçãoexterna

Massaslubrificanteseoutrosresíduoscontendo hidrocarbonetos

21,0 (*) Eliminaçãoexterna

3,8 (*) Valorizaçãoexterna

Materiaisrecicláveis(papelecartão,vidro,plástico,madeira) 100,6 Valorizaçãoexterna

Óleosegordurasalimentares 5,4 (*) Valorizaçãoexterna

Resíduosabsorventes,filtrosdeóleoeembalagenscontaminadas

1,6 (*) Valorizaçãoexterna

1,9 (*) Eliminaçãoexterna

Resíduosdeborracha(telastransportadoras,...) 1,4 Valorizaçãoexterna

Tijolosebetãorefratários 151,4 Valorizaçãointerna

Sucatasmetálicas 54,8 Valorizaçãoexterna

Equipamentosforadeuso(REEE,RVFV)17,5

Valorizaçãoexterna0,9 (*)

Resíduosdeconstruçãoedemolição(RCD)57,6 Valorizaçãointerna

146,9 Valorizaçãoexterna

Resíduossólidosequivalentesaurbanos(RSU) 2,9 Valorizaçãoexterna

Outrosresíduosnãoespecificados

1,2 (*)Valorizaçãoexterna

1,2

0,01 (*) Eliminaçãoexterna

TOTAL DE RESÍDUOS PRODUZIDOS 725,7

Totalderesíduosnãoperigosos 692,0

Totalderesíduosperigosos(*) 33,7

Total de resíduos para valorização 702,8

Totalderesíduosvalorizadosinternamente 362,1

Totalderesíduosvalorizadosexternamente 340,7

Total de resíduos para eliminação 22,9

OCPL está autorizado aproceder aoperaçõesde valorização internade algunsdos tiposde resíduos produzidos,atravésdaincorporaçãonoprocessoprodutivo(nomeadamentenabritagemdematérias-pri-mas).

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Quantidade de resíduos produzidos(t)

Apercentagemde resíduosenviadosem2012paraoperaçõesdevalorização foide96,8%do totalderesíduosproduzidos,praticamenteaoníveldovalorobtidonoanoanterior(98,5%)mas,tendoemcontaamenorquantidadederesíduosproduzida,ototalderesíduosenviadosparaoperaçõesdeeliminação(cercade22,9t)foisubstancialmenteinferioraodeanosanteriores.

Para além da valorização interna de certos tipos de resíduos produzidos na instalação, o CPL deu continuidade à valorização material de resíduos provenientes do exterior, sendo as quantidades incorporadascomomatérias-primassecundáriasnaoperaçãodebritagemde12177t,representandoumdecréscimode31%emrelaçãoaoanode2011(17626t).

Aindaassimecomacontribuiçãodaentradaemfuncionamento,em2011,danovatremonhaesistemade doseamento na britagem, foi superada ameta de 13,5%de incorporação, considerando o total de matérias-primas secundárias alternativas e de subprodutos provenientes de outros sectores industriais,comoéocasodasescóriasmetalúrgicas,obtendo-seem2012umvalorde14,1%,equerepresentaumareduçãoem4,9pontospercentuaisfaceaoanoanterior.Paraesteindicadordefine-separa2013umametadecontrolooperacionaldepelomenos12,9%.

0 200 400 600 800 1,000 1,200 1,400 1,600 1,800 2,000

19,2%65,2%2009

10,1%77,8% 12,1%

3,2%46,9%

2011

2010

1,5%

49,9%

15,6%

2012

33,0%65,5%

Valorização externaValorização interna Eliminação

Total = 925 t

Total = 1 609 t

Total = 993 t

Total = 726 t

NoCPLestão implementadasrecolhasseletivasdediversostiposderesíduosedefinidos locaisprópriosdearmazenagem,nomeadamente,umparquederesíduos,existentedesde2001,comcercade1850m2.

Comoresultadodasaçõesdesensibilizaçãoeformaçãoquesãorealizadasregularmente,tem-severificadoumamaiorcolaboraçãodostrabalhadoresnasegregaçãodosresíduosrecicláveis.

No gráfico seguinte apresenta-se a evolução da produção total de resíduos, bem comoo seu destinofinal, verificando-se uma redução da quantidade de resíduos produzidos, bem como um aumento da percentagemglobaldevalorizaçãointerna.

Nográficoseguinteapresenta-seaevoluçãodaproduçãototalderesíduos,bemcomooseudestinofinal,verificando-se,emrelaçãoaoanoanterior,umadiminuiçãodaquantidadederesíduosproduzidos,aoquecorrespondeuumapercentagemdevalorizaçãosemelhante(96,8%).

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Designação do resíduo Origem Quantidade valorizada (t)

Autorizado desde:

Cinzasdefundodecaldeira (cinzasdecinzeiro)

Indústriadaproduçãodeenergia(CentralTermoelétricadeSines) 6 2004

ResíduosdeBetão CentraisdeBetãoPronto 1 921 2006

LamasdeclarificaçãodeáguaTratamentodeÁguaparaconsu-mohumano(ETA´sdaregiãodo

Algarve)9 852 2004

9.6. EnergiaAmelhoriadaeficiênciaenergéticadoprocessodeproduçãoéumapreocupaçãocontínuadaempresaquecontribuiparaareduçãodecustoseaumentodacompetitividade,paraalémdecontribuirparaaproteçãoambiental.

Devidoaosconstantesprogressostecnológicosquetemvindoaadotarnosúltimos30anos,atualmenteaindústriacimenteiradispõeapenasdepossibilidadesresiduaisparamelhoraroseudesempenhoenergético.Noentanto,aCIMPORtemcomoobjetivo,naremodelaçãoemodernizaçãodassuasinstalações,areduçãodosconsumosespecíficosdeenergia.

As principaismodernizações tecnológicas introduzidas para aumentar a eficiência energética doCPL, amaioriadelasconsideradasMTD, foram introduzidasapartirdadécadade90,destacandoas seguintesmedidas:

z Separadoresdealtaeficiência(3.ªgeração)namoagemdecimentoIIIemoagemdecarvão;

z Otimizaçõesnoarrefecedordeclínqueretorredepré-aquecimento;

z Instalaçãodevariadoresdevelocidade;

z Correçãodofatordepotência;

z Otimizaçãodosconsumosdearcomprimido;

z Remodelações,atualizaçõestecnológicasdeinstalaçõeselétricasedeiluminação;

z Sistemasdegestãodeenergiaelétrica.

Outras ações que têm também contribuído paraminimizar os consumos de energia elétrica incluem a instalaçãodesistemaspericiaisdeconduçãoautomáticado fornoemoinhosdecimento, recondiciona- mentodeacionamentosparamotores,otimizaçãodossistemasdearcomprimidoeremodelações/atualizações tecnológicas de instalações elétricas.A implementaçãodestas ações tempermitido reduzir progressiva-menteoconsumoespecíficodaenergiaelétrica.

Nográfico seguinteapresenta-seaevoluçãodoconsumoespecíficodeenergiaelétrica,que,em2012,apesardaimplementaçãodeváriasmedidasdescritasnoponto8destaDA,foisuperior,em2,5%,àmetaestabelecida,tendo-seregistado,noentanto,umamelhoriadodesempenhoenergéticocomumareduçãode2,2%emrelaçãoaoanoanterior.

Poroutro lado, foramvalorizadosno forno (co-incineração)oscombustíveisalternativos, já referidosnoponto9.1.5..

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Onãocumprimentodametaficouadever-seaumafiabilidadeeumfatordeutilizaçãodofornomaisbaixosdoqueoprevisto.Aoníveldasmoagensdecimentocontribuiuparaoaumentodoconsumoespecífico,aproduçãodeCEMII/B-L32,5NcommaiorfinuraeaproduçãodeCEMII/A-L42,5Rnamoagemdecimento1,menos eficiente que a moagem de cimento 3, utilizada mais frequentemente para este tipo de cimento, por necessidadesdemercado.

Para2013foidefinidaametade107,8kWh/tcimentoquecorrespondeaumareduçãode2,2%faceaovalorobtidoem2012.

Em relaçãoao consumo térmicodo forno, registou-seem2012umnovoaumento,desta vezde2,4% relativamenteaoanoanterior,ficando3,5%acimadovalordameta.

O resultado situou-se acima do valor objectivado, em virtude das diversas paragens do forno (baixa fiabilidade)bemcomodosarranquesapósparagenslongasporgestãodestocks(baixofatordeutilização).

Para 2013, prevendo-se um aumento da fiabilidade do forno e umamaior estabilidade na queima de combustíveis alternativos no pré-calcinador, o objetivo será reduzir o consumo específico de energia térmica em 2,8% em relação ao valor obtido em 2012, garantindo um consumo inferior ou igual a 871kcal/kgclínquer.

Consumoespecíficodeenergiaelétrica(kWh/tcimento)

Consumo Metas

Nota:Ocálculodoconsumoespecíficodeenergiaelétricaé feitocombasenosconsumosenergéticosdediferentesfasesdoprocessodeproduçãodecimento.Resultaassim,dosomatóriodoconsumoelétricoespecíficodamoagemdo cimento (não incluindoaembalagemeexpedição) comoconsumoespecíficodaproduçãodeclínquermultiplicadopelofatordeincorporaçãodeclínquernocimentoproduzido(outrosconsumosauxiliarestaiscomooficinas/edifíciose tratamentodeáguassãorepartidosnaproporçãode60%paraafaseclínquerede40%paraafasedecimento).

0

20

40

60

80

100

120

2013

107,8

2012

107,5110,2

2011

112,7

2010

108,9

2009

107,9

Consumoespecíficodeenergiatérmica(kcal/kgclínquer)

Consumo Metas

896875864859 8718661.000

800

600

400

200

020132012201120102009

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Indicadores Principais Valor AValor B

Valor RB1 (Ck) B2 (Ceq)

Eficiênciaenergética 1 547 447 GJ

480 260 t

3,22 GJ/tCeq

Eficiênciadosmateriais 675 498 t 1,41 t/tCeq

Água 94 502 m3 0,197 m3/tCeq

ResíduosTotais 726 t 1,512 kg/tCeq

Perigosos 34 t 0,070 kg/tCeq

Biodiversidade (utilização dos solos)

Total 886 477 m2 1,85 m2/tCeq

Fábrica 225 930 m2

Pedreira Calcário 544 247 m2

Pedreira Gesso 48 000 m2

Pedreira Xisto 68 300 m2

Emis

sões

Gases com efeito de estufa

CO2 318 114 t

357 714 t

889 kg/tCk

CH4 76 tCO2eq 0,21 kg/tCk

N2O 248 tCO2eq 0,69 kg/tCk

HFC 21 tCO2eq480 260 t

0,04 kg/tCeq

SF6 0 tCO2eq 0 kg/tCeq

Outros poluentes

Partículas 16 t 480 260 t 0,032 kg/tCeq

NOx 551 t357 714 t

1,54 kg/tCk

SO2 12 t 0,03 kg/tCk

9.7. Indicadores Principais – Quadro Conformejáatrásreferido,onovoEMASIIIintroduziu,paraumamaisuniformeecompletaconsideraçãodos aspectos ambientais directos, a obrigatoriedade de comunicação pelas organizações registadasde indicadores principais de desempenho ambiental,sendoapresentadosnoquadroseguinteosrelativosaoano2012,bemcomoosvaloresdoscomponentesnuméricosqueservemdebaseparaoseucálculo,equecomplementamas informaçõesdodiagramadeentradasesaídasapresentadonoponto6.destadeclaração,deacordocomodeterminadonopontoCdoAnexoIVdoRegulamento.

Indicadores principais – Ano 2012

NOTA:Cadaindicadorprincipalécompostopelosseguinteselementos:

• Umvalor A,correspondenteàentrada/impacteanualtotaldodomínioemcausa• Umvalor B,correspondenteàproduçãoanualtotaldaorganização,emqueB1dizrespeitoàproduçãode

clínquer(Ck)nofornoeB2àproduçãodecimentoequivalente(Ceq),sendousadoumououtroconformeovalorAserefiraaosaspetosambientaismaioritariamenteverificadosnoprocessodeproduçãodeclínquernofornoouabranjamtodooprocessodefabricodecimentoeasatividadesdainstalaçãocomoumtodo.

• Umvalor R,correspondenteaorácioA/B.

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Continuam a ser aplicadas as mesmas metodologias de cálculo dos novos indicadores principais que passaram a ser comunicados e considerados no âmbito do SGA a partir da DA atualizada de 2010, atualizando-senapresenteDAoscomentáriosentãoapresentados:

z Eficiência dos materiais: Para o cálculo deste indicador, o valor A que representa os dados relativosao«fluxomássicoanualdosváriosmateriaisutilizados»(excetovetoresenergéticoseágua)expressosemtoneladas,écalculadodeumaformaglobal,incluindoosomatóriodasquantidadesde “Matérias-primas”e“Matérias-primassubsidiáriasedeconsumo”referidasnoDiagramadeEntradas/Saídasdoponto6.ParaovalorBassociadoaesteindicadortoma-secomoreferênciaaproduçãode“cimentoequivalente”(Ceq).

z Biodiversidade:Paraocálculodesteindicador,eparaobtençãodovalorAquerepresentaosdadosrelativosà«utilizaçãodossolos»expressosemm2deáreaconstruída,foramdefinidosconceitossobrediferentestiposdeáreasaplicáveisàzonadafábricaezonasdaspedreirassendocalculadas,como recursoa ferramentas informáticasdedesenhoauxiliadoporcomputador,asdiversascomponentesparaobtençãodaáreatotal.Ovalorobtidodeutilizaçãodossolosrepresentaumapercentagemdecercade32%daspropriedadesdeterrenosalectosà instalaçãoepedreirasdoCPL.ParaovalorB associadoaesteindicadortoma-secomoreferênciaaproduçãode“cimentoequivalente”(Ceq).

z Emissões de GEE (HFC, SF6 e PFC):AsemissõesdeHFC,utilizadosatualmentenagrandemaioriadosequipamentosdearcondicionadoederefrigeraçãoexistentesnainstalação,foramcalculadasapartirdos registosde fugasde refrigerantedetetadasdurantesasoperaçõesdecontrolodemanutençãoe inspeçãoaosequipamentos,eaplicando-seos respetivospotenciaisdeaquecimentoglobalparaexpressarosresultadosemtoneladasdeCO2equivalente.ForamconsideradasnulasasemissõesdeSF6, presente nos disjuntores de alta tensão da rede de distribuição de eletricidade à fábrica, umavez que nos sistemas demedição em contínuo não foramdetetadas quaisquer fugas. Também se declaramcomonulasasemissõesdePFC,umavezqueestassubstânciasnãosãoutilizadasemqualquer equipamentoouaplicaçãoexistentenainstalaçãoenãosãopassíveisdeocorrernaindústriacimenteiraemgeral.

9.8. Exploração das PedreirasNaspedreiras,todooprocessodeextraçãodasmatérias-primaseasuatransformaçãoégeradordeváriostiposde impactesambientais,osquaispermanecememgrandepartecircunscritosao localdaextraçãoe não têm efeitos globais para lá das zonas adjacentes. O planeamento dos processos de exploração conjugadoscomaavaliaçãodosimpactesproduzidos,permiteasuaminimizaçãoaténíveisconsideradosaceitáveisearecuperaçãoambientaldaszonasafetadas.

As3pedreirasdoCPLdispõemdePlanosdeRecuperaçãoPaisagística (PRP)desdeadécadade90.AsmedidasderecuperaçãopaisagísticaprevistasnosPRP,equetêmsidoimplementadasaolongodosúltimosanos, incluem fundamentalmentedemedidasdemodelaçãodos terrenos, eprocessosde revestimentovegetalcomespéciesarbóreas,arbustivaseherbáceaspreferencialmenteespontâneasnaregião,adaptadasàscondiçõesclimatéricaslocais.

Em consequência da implementação do regime jurídico de pesquisa e exploração demassasminerais (Decreto-Lein.º270/2001),em2004,eemjulhode2005paraocasodaPedreiradeGessoquefoisujeitaaumprocessodeampliação,foramaprovadospelaentidadecompetente,osPlanosdePedreira,quesãoconstituídospeloPlanodeLavra,PlanodeAterro,PlanodeSegurançaeSaúde,AvaliaçãoAmbiental,PlanoAmbientaledeRecuperaçãoPaisagística(PARP),PlanodeMonitorizaçãoePlanodeDesativação.OsPARPconstituemumplanomaisabrangentedopontodevistaambientalesubstituíramafiguradosPlanosdeRecuperaçãoPaisagística(PRP)anteriormenteexistentes.

ApósapublicaçãodoDecreto-Lein.º340/2007,de12deoutubro,quealteroue republicouo referido Decreto-Lein.º270/2001,oCPLprocedeuem2008,àapresentaçãojuntodasentidadescompetentesdeumnovodocumento técnicoelaboradoparacadaumadaspedreiras,designadoProgramaTrienal,quepassoua conteradescriçãodos trabalhosdeexploração, recuperaçãopaisagística (descritosnosPARP)emonitorizaçãoambientalparatrêsanoscomodetalhedosPlanosdePedreiraanteriormenteaprovados(essesplanosabrangiamosperíodos2008-2010,noscasosdaspedreirasdecalcáriodoCerrodaCabeçaAltaedegessodeMilhanes,e2009-2011paraapedreiradexistodaPassagem).

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EstandoosProgramasTrienaisatualmentevigentes,2011-2013,daspedreirasdecalcárioegessonasuafasefinal,estáemcursooprocessodepreparaçãodospróximosprogramas,quevigorarãonoperíodo2014-2016.

Oprogramatrienalemvigordapedreiradexisto,queabrangeoperíodo2012-2014estáemcurso,peloqueapreparaçãodopróximoprograma(2015-2017),sóseráiniciadaem2014.

EmcomplementoaoreferidonaDA2009esuasatualizações,descreve-se,deseguida,asituaçãoemqueseencontraocumprimentodosPARPdas3pedreirasafetasaoCPL,deacordocomostrabalhosprevistosnosreferidosProgramasTrienais.

9.8.1. Pedreira de Calcário – Cerro da Cabeça AltaOPARPdestapedreiraprevêquearecuperaçãopaisagísticaserealizeem12fases,deacordocomafiguraseguinte.

Entretanto verificou-se a necessidade, não prevista inicialmente, de estabilização do Talude Oeste que flanqueiao acessoprincipal destapedreira, por criaçãodedegraus; essaoperação iniciou-se em2007,estandojáinseridanoPlanodePedreira.

OProgramaTrienal2011-2013,deacordocomafigura,prevêtrabalhosderecuperaçãoincluídosnaFase1istoé,recuperaçãodotaludesuperiordapedreira(TaludeNorte),dopatamaràcota200ededegrausdotaludeOeste,recorrendoàmodelação,sementeiraeplantação, incluindoamanutençãodasáreas járecuperadas.

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Recuperação Paisagística no Triénio 2011-2013

OselementosarbóreosautilizarnoTrienalemcursocorrespondema82árvoresde4espéciesdistintas,nomeadamenteQuercus rotundifolia (azinheira),Ceratoniasiliqua(alfarrobeira),Pinus halepensis(pinheirodoalepo)ePhillyrea latifolia(aderno).AszonasdapedreiraemcausasãootaludeNorteepatamaràcota200eTaludeOeste(Fase1).

Osprincipaistrabalhosrealizadosduranteoano2012podemresumir-secomosesegue:

z Manutençãoelimpezadasáreasjárecuperadas;

z Modelaçãoparanivelarapartesuperiordotaludecotaà200/230,paraescoamentopluvial;

z Sementeiradeherbáceo/arbustivanoTaludeNorte(≈1200m2);

z Sementeiradeherbáceo/arbustivanoTaludeNorte-reforço(≈4800m2);

z Reparaçãodecondutaderegaautomáticaesoldaduradeuniõesbemcomotrabalhosdeescavaçãocomretroescavadoraparadesimpedimentodosistemaderega;

z Construçãode caleirapluvial no acessoentre apré-homoe a zonadabritagem (ParqueEscórias) (≈120mlineares),bemcomomodelaçãodorespetivotalude;

z Pavimentação,regularizaçãodoterrenodeacessoentreapré-homoeazonadabritagem,colocaçãodecamadadegravecimentocom0,12mdeespessura,regadoecompactado(≈720m2);

z ConstruçãodepisoembetãoparaencaminhamentodaságuasdoParquedeEscórias,incluindoabascom0,50mdealtura;

z Construçãodecaleiracomgrelhametálicaparaescoamentodeáguaspluviais,noacessocentraldaPré-Homo.

”TaludeOeste”–Estabilização–criaçãodedegraus.

Áreajárecuperadaamanternotriénio

Áreaparasementeirae plantação

Limitedapedreira

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Talude Norte:Ressementeiradeherbáceasearbustivas

Acesso à Pedreira (parque de Escórias):RegularizaçãodoterrenodeacessoPré-Homo/Britagem

Sementeiradaáreamodeladaem2012

CaleirapluvialnoacessoPré-Homo/Britagem

Estavaprevistaparaoúltimotrimestrede2012,noâmbitodoTrienal2011-2013,aplantaçãode20árvoresnopatamaràcota200doTaludeNorte,noentanto,devidoacondiçõesclimatéricasdesfavoráveis,estestrabalhostransitarampara2013.

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9.8.2. Pedreira de Xisto – PassagemOPARPdestapedreiraestabelece4 fasesparaasua recuperação.EmperíododeconclusãodaFase0,prepara-seoiníciodostrabalhoscorrespondentesàFase1.

Recuperação Paisagística no Triénio 2012-2014

Nafiguraanterior,azonasombreadaaverderepresentaaáreajárecuperadaamanternotriénio2012-2014eazonasombreadaarosaaáreadesementeiraeplantaçãoaexecutarnomesmoperíodo.

Para o triénio de 2012–2014, está prevista a realização de plantações de 195 árvores de 5 espécies distintas,nomeadamenteArbustus unedo(medronheiro),Ceratonia siliqua(alfarrobeira),Olea europaea var. sylvestris(zambujeiro),Quercus rotundifolia(azinheira)eQuercus suber(sobreiro).EstasplantaçõesserãorealizadasnasáreasjárecuperadasenaÁreaNordeste.

As plantações de 60 espécies arbóreas previstas para 2012 não foram realizadas, em virtude do agravamentodas condições climatéricas noúltimo trimestre, altura emqueestavaprevista a realizaçãodestestrabalhos.Estasplantaçõesserãorealizadasnoano2013.

Osprincipaistrabalhosefetuadosduranteoano2012podemresumir-secomosegue:

z “Ressementeira”herbáceo-arbustiva(penisco)dostaludesconcluídos(NeW)(≈14500m2);

z Regasextraordináriasparamanutençãodasespéciesvegetais;

Áreaparasementeirae plantação

Limitedapedreira

Áreajárecuperadaamanternotriénio

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z Manutenção/limpezadasespéciesvegetaisjáplantadas(autóctones);

z Modelação/limpezadotaludeN.

Em 2011 plantaram-se 318 árvores de 4 espécies (azinheiras, medronheiros, zambujeiros e alfarrobeiras)aocovacho,semterraviva,paramonitorizaraevoluçãoereavaliarasuaintroduçãonestafasede pré-recuperação.Verificou-seaadaptaçãopositivadasazinheirasezambujeirosàscondiçõesdeterrenoedeclima,aocontráriodosmedronheirosealfarrobeirascomelevadamortalidade.

Em2013serãorealizadasretanchasdestas2espécies,recorrendoacovascom40cmdediâmetrocomterraviva,paraavaliarareaçãoàsnovascondiçõesdeplantação.

Talude Poente: Ressementeiradeherbáceasearbustivas

Talude Poente: Aspetogeral

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9.8.3. Pedreira de Gesso – Milhanes

OProgramaTrienal2011-2013reformulouofaseamentodalavra,considerandoumareduçãodoritmodeexploração.EstareformulaçãoimplicouaalteraçãocronológicadoPARPdestapedreira,queestabelece5fasesparaasuarecuperação.Assim,continuamemcursoasfases1e2,correspondendoàmanutençãodassementeiraseplantaçõesrealizadasnostaludesNorteeEsteemanosanteriores,bemcomooiníciodamodelaçãodoTaludeSul.

Recuperação Paisagística no Triénio 2011-2013

Nafiguraanteriorestãopatentesasatividadesderecuperaçãoprevistasparatriénio2011-2013.Azonasombreadaaverdeescurorepresentaaáreajáplantadaamanter,aszonassombreadasaverdeeaverdeclarorepresentam,respetivamente,aáreadesementeira,plantaçãoemodelaçãoeaáreajárecuperadaareforçar.

Os elementos arbóreos a utilizar no Trienal em curso correspondem a 300 árvores de 3 espécies distintas,nomeadamenteCeratonia siliqua(alfarrobeira),Olea europaea var. sylvestris (zambujeiro)eQuercus rotundifolia(azinheira).Aszonasdapedreiraemcausasãootaludesuletaludenorte.

Estavaprevistaparao4.ºtrimestrede2012aplantaçãode100árvores,cujostrabalhosforamadiadospara2013,emvirtudedecondiçõesclimatéricasdesfavoráveis.

Osprincipaistrabalhosefetuadosduranteoano2012podemresumir-secomosesegue:

z Sementeiraherbáceo/arbustivanoTaludeNorte(≈2000m2);

z Limpezaemanutençãodasespéciesvegetaisjáplantadas;

z Regasquinzenaisdasespéciesvegetaisemjulhoeagosto.

Limitedapedreira

Áreaparasementeirae plantação

Áreajáplantada(reforçodavegetaçãoexistente)

Áreajáplantada(reforçodavegetaçãoexistente)

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ParaalémdoprevistonoProgramaTrienalprocedeu-seàestabilizaçãodepartedoTaludeNorte (zonaadjacenteaoacessoprincipal),procedendoaoseuenrocamento.

Talude Norte:Ressementeiradeherbáceasearbustivas

Talude Norte:Preparaçãodabase,antesdoenrocamento

Talude Norte:Ressementeiradeherbáceasearbustivas

Talude Norte:Vistaparcialdoenrocamentorealizado

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2009 2010 2011 2012Valormédioanual(mm/s) 2,09 0,71 0,66 0,75Valormáximoanual(mm/s) 2,74 0,85 0,66 1,3N.ºdemedições 6(1) 3(2) 1(3) 14 (4)

N.ºdedesmontes 104 108 52 82

Monitorização de vibrações na pedreira de calcário

9.9. Requisitos legais aplicáveis em matéria de ambienteA identificação, análise e acesso a todas as disposições legislativas (nacionais e/ou comunitárias), regulamentares e outras, aplicáveis aos aspetos ambientais das atividades, produtos e serviços, são realizadasdeacordo comprocedimentoespecífico,quepermiteestabelecero seu registo, conhecer assuasimplicaçõeseassegurarasuaimplementação,sendoposteriormenteinseridosemlistasdeapoioparaavaliaçãodaconformidadelegal.

A maior parte dos requisitos legais aplicáveis ao CPL encontram-se reunidos na Licença Ambiental n.º 6/2007, emitida ao abrigo doDecreto-Lei n.º 194/2000, posteriormente revogado peloDecreto-Lei n.º173/2008,relativoàPrevençãoeControloIntegradosdaPoluição(PCIP),ondesãofixadasasobrigaçõesdoCPLnoqueserefereaoseudesempenhoambiental,integrandorequisitosemanadosdediversosoutrosdocumentoslegaisederivados,taiscomo:

z Decreto-Lei n.º 78/2004 – Regime da prevenção e controlo das emissões de poluentes para a atmosfera;

9.8.4. Monitorização de Aspetos AmbientaisEmtodasaspedreirasforamcumpridososplanosdemonitorizaçãodosprincipaisdescritoresambientais,nomeadamentedequalidadedoarambiente,emissõesderuídoedevibrações.Os resultadosobtidos,transmitidos à entidade licenciadoranos relatórios anuais de acompanhamentodosProgramas Trienais,demonstramaconformidadecomoslimiteslegaisaplicáveis.

Em relação à emissão de vibrações resultantes do desmonte com utilização de explosivos e em complemento às exigências demonitorização definidas pelo Plano de Pedreira, o CPL procede a uma monitorizaçãoadicionaldasvibraçõesgeradaspelosdesmontesefetuadosnapedreiradecalcário, comrecursoaumsismógrafolocalizadojuntoaumapovoaçãopróxima(Parragil).

Noquadroseguinteapresenta-seumresumodosdadosdemonitorizaçãoefetuadosnosúltimosquatroanos,emlocaisprópriosdentrodoperímetrodapedreiradoCerrodaCabeçaAlta,quetêmdemonstra-doocumprimentodaregulamentaçãoaplicávelquedefineumvalorlimitedevelocidadedevibraçãode 10 mm/s, assegurando-se níveis reduzidos não suscetíveis de causar danos nas edificações ou incomodidadenaspessoasqueresidemmaispróximodapedreira.

Onúmeroreduzidodemediçõesdeveu-seaumaavarianosismógrafoutilizadopeloCPL, tendoomesmosidoenviadoparareparaçãoecalibração.

O número reduzido demedições deveu-se a uma avaria no sismógrafo utilizado pelo CPL.O equipamento foi enviadoparareparaçãodumaavariaemmarçode2010,tendosidoenviadoparaoFabricanteetendoretornadoaoCPLemjulhode2010depoisdetestadonassuasinstalações.Noentanto,quandofoientregue,verificou-sequenãoerapossívelprocederaocarregamentodabateria.Assimsendo,foicomunicadaasituaçãoereenviadooequipa-mentoparanovaavaliaçãopelofabricante,tendosidoentreguenovamenteemdezembrode2010,apósreparaçãodumaavariaqueestavaaimpediracomunicaçãodosismógrafocomoSoftware.

Diversosproblemascomaparametrizaçãoefuncionamentodosismógrafoapósarranjo.AmedidaapresentadadizrespeitoàmonitorizaçãoprevistanoPlanodePedreira,realizadaporentidadeexterna.

OSismógrafoprincipalmantevediversosproblemasde funcionamento.Os resultadosobtidosdizemrespeitoaosismógrafoinstaladonumahabitaçãonoParragil/Picota.

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z Decreto-Lein.º9/2007–RegulamentoGeraldoRuído;

z Decreto-Lein.º85/2005–Regimedaincineraçãoecoincineraçãoderesíduos;

z Decreto-Lei n.º 178/2006 (republicadopeloDecreto-Lei n.º 73/2011) –Regimegeraldagestãoderesíduos;

z Decreto-Lein.º270/2001(RepublicadopeloDecreto-Lein.º340/2007)–Regimejurídicodepesquisaeexploraçãodemassasminerais(pedreiras).

Paraalémdestes,podemtambémserconsiderados, comoespecialmente importantes,os requisitosemvigorduranteoperíodoaqueserefereapresenteDA,incluídosnaseguintelegislação:

z Decreto-Lei n.º 233/2004 (Republicado pelo Decreto-Lei n.º 30/2010) – Regime do comércio de licençasdeemissãodegasescomefeitodeestufa;

z DecisãodaComissão2011/278/UE–RegrastransitóriasdaUniãorelativasàatribuiçãoharmonizadadelicençasdeemissãoatítulogratuito;

z Regulamenton.º601/2012/UE–MonitorizaçãoeComunicaçãodeinformaçõesrelativasàsemissõesdegasescomefeitodeestufanostermosdaDiretiva2003/87/CE(Período2013-2020);

z Decreto-Lein.º127/2008 (alteradopeloDecreto-Lein.º6/2011)–RegistoEuropeudasEmissõeseTransferênciasdePoluentes(PRTR);

z Lein.º58/2005(alteradapeloDecreto-Lein.º130/2012)–Leidaágua;

z Decreto-Lein.º306/2007–Qualidadedaáguadestinadaaoconsumohumano;

z Contrato com a Sociedade Ponto Verde para a gestão de resíduos de embalagens no âmbito do Decreto-Lein.º366-A/97(alteradopeloDecreto-Lein.º162/2000);

z Decreto-Lein.º209/2008–Regimedeexercíciodaatividadeindustrial(REAI);

Nota:DiplomaemvigorparaosparaosprocessosdelicenciamentoemcursosendoqueparanovosprocessosseráaplicávelonovoDecreto-Lein.º169/2012–SistemadaIndústriaResponsável(SIR),quepassaaregularoexercícioda atividade industrial.

z Decreto-Lein.º147/2008–Regimejurídicodaresponsabilidadepordanosambientais.

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10.Outras Questões Ambientais Relevantes

10.1. Participação dos TrabalhadoresReconhecendoqueaformaçãoesensibilizaçãodoscolaboradores,éumfatorquecontribuiemgrandeescalaparaumaboaeficiênciadoSGA,aCIMPORapostanotreinotécnicoesensibilizaçãoemmatériadeAmbiente,mantendoatualizadoumprogramadeformaçãodefinidodeacordocomasnecessidadesdoscolaboradores.EssasaçõesdeformaçãoesensibilizaçãotêmsidoestendidasaouniversodoscontratadoseprestadoresdeserviçosquetrabalhamnoCPL.

Em 2012 tiveram lugar sessões de formação, destinadas a colaboradores internos, sobre o Plano deEmergênciaInterno,prevenção/combateaincêndiosegestãodesubstânciasquímicas,quecontaramcom37formandossomandoumtotalde147horasdeformação.

Complementarmente, o SGA do CPL incentiva e prevê a possibilidade da apresentação se sugestõesde carácter ambiental por qualquer trabalhador ou grupo de trabalhadores. No decorrer de 2012, as EquipasOperacionaisdeSegurança,constituídasnoâmbitodoSISO,identificaramalgumasoportunidadesde melhoriadedesempenhoambientalqueforaminscritasnoprogramademelhoriadosistema.

10.2. Comunicação e Relações ExternasTalcomojávemsendohabitual,oCPLrealizouasuaação“PortasAbertas”entreosdias13e20deabrilde2012,tendorecebido470visitantesduranteesseperíodo.Duranteesteperíodoforamrecebidosgruposdevisitantesmuitodiversificados,abrangendoumvastolequedeidades,preparaçõesescolares(doensinobásicoaosuperior)edeatividadesprofissionais,nomeadamenteosjornalistasdaimprensalocaleregional.

Duranteorestanteanotiveramlugarmais3visitasdegruposdiversos,numtotalde49visitantes,sendoototaldevisitantesem2012de519.

Commaiorexpressão,aolongodoanode2012,asvisitasorganizadasporescolascobriramváriosníveisdeensinoetrouxeramàfábrica414criançasejovens,acompanhadospelosseusprofessores.

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RedeArmadadeCombateaincêndios

Estas visitas são consideradas pelo CPL como a grande oportunidade para dar a conhecer os avançostecnológicosimplementados,emespecialnaperspetivadasmelhoriasambientaisdefuncionamento,quelevaramafábricadecimentodeLouléaseraprimeira,emPortugalateroseuSistemadeGestãoAmbientalregistadonoSistemaComunitáriodeEcogestãoeAuditoria(EMAS).

Com esse objetivo, o CPL consciente das implicações ambientais da sua atividade industrial tem procurado disponibilizar informação relevante para a comunidade, relativamente ao seu desempenho ambiental,destacando-seadivulgaçãodasDeclaraçõesAmbientaisEMASedisponibilizaçãodasmesmasnositedaempresa(www.cimpor-portugal.pt,áreadeatividade:CIMENTOS/AMBIENTE).

OCPLregistatodasasreclamaçõesrecebidasrelativasaoseudesempenhoambiental,sendoasmesmasinvestigadas e respondidas relatandoosproblemasdetetados e as ações tomadasouprevistasparaos ultrapassareprevenirasuarecorrência.Noentanto,desdeoano2000quenãosãorecebidasreclamaçõesdecarácterambiental.

O CPL assegura que os contratados que trabalham na instalação cumprem com a Política Ambiental, tendotambémsidodadacontinuidadeàdistribuiçãodoManualdeBoasPráticasdeSegurançaeAmbiente(versãoparafornecedoresdeserviçoseobras).

Refira-seaindaarealização,em28dejunhode2012,deumainspeçãolevadaacabopelaInspeçãoGeraldoAmbiente(IGAMAOT),àsinstalaçõesdoCPL,semregistodequalquersituaçãoirregularouindiciadoradecontra-ordenaçãoambiental.

10.3. Sistema Integrado de Saúde OcupacionalCom o objetivo de reduzir os índices de sinistralidade, relacionados com os trabalhadores indiretos, favorecendo um maior envolvimento dos prestadores de serviços no Sistema Integrado de Saúde Ocupacional (SISO)daCIMPOR INDÚSTRIA,oCPL iniciouem2008umprocessodeavaliaçãodos seusfornecedores, em regimepermanente, noâmbitodaSegurançaeSaúdenoTrabalho. Esta colaboração tem-se vindo a revelar bastante positiva, para ambas as partes, na medida que os indicadores de sinistralidadeapresentaramem2012resultadosmuitofavoráveis.

De formaa adaptarmo-nos à legislaçãoemvigor e aos requisitos técnicos estabelecidosno âmbitodaSegurançaContraIncêndiosemEdifícios(SCIE),tornou-seimperativoaremodelaçãodaredearmadadecombateaincêndiosexistentenoCPL,nomeadamentequantoàdistribuiçãoespacialdarede,abrangendotodooperímetrofabril,bemcomodonúmero,localizaçãoecaracterísticasdosequipamentosdeextinção.Oprojetoemcausaseráimplementadoemtrêsfases,tendoa1.ªfasesidoconcluídanofinalde2012.

Emtermosde investimentos relevantesnaáreadoSISO,destacam-seaindaa recuperaçãodomurodebetãopoentedabritagemporcolocaremriscoasegurançadaspessoaseequipamentos,conclusãodaobraderemodelaçãodas instalaçõeselétricasesistemadedeteçãode incêndiosdoedifícioadministra-tivo, instalaçãodeumasegundaviaverticaldeevacuaçãonoedifíciodoscombustíveisalternativosedeumpassadiçoquecomplementouoexistente,permitindocontornar todooperímetrosuperiorda insta-laçãoeainda,deformaareforçarosmeiosdecombateaincêndio,doiscanhõesdeágua,dealtocaudal, localizadosnasduasextremidadesdoedifício.

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Outras medidas relevantes, que continuam a ser reforçadas anualmente, incluemmedidas ao nível damanutenção/aquisiçãodesinalizaçãodesegurançaeemergência,manutenção/montagemdeproteçõesmecânicas e estruturas anti queda em equipamentos e plataformas para melhorar a acessibilidade e segurançanasoperaçõesdemanutençãoevigilânciadoprocesso.

Com o objetivo de testar o Plano de Segurança aprovado para o CPL, no âmbito da preparação e respostaaemergências,realizaram-seem2012doissimulacros.Oprimeiro,cumprindooprevistonoPlanodeSimulacrosdoCPL,realizou-senodia13dedezembro,sobocenáriodeincêndiocomemissãodegases,provocadoporsoldadura,noedifíciodoscombustíveisalternativos,eosegundo,tevelugarnodia14dedezembro,versandoocenárioderesgatedeumavítimadointeriordomoinhodesbastador.Deummodogeral,concluiu-sequeforamcumpridososprocedimentoseinstruçõesprevistosnoPlanodeEmergênciaInternodoCPL,revelando-seuminstrumentoadequadonestetipodecenários,pelaformaorganizadaeeficientedemonstradapelosintervenientes.

10.4. Gestão de Situações de EmergênciaDuranteoanode2012nãofoiregistadanenhumaocorrênciacompotenciaisimplicaçõesambientais,ouqualqueroutrasituaçãodeincumprimentooudeacidenteenquadrávelesujeitaanotificaçãonoâmbitodosrequisitosdegestãodesituaçõesdeemergênciaestabelecidospelaLicençaAmbientaldoCPL.

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11.Programa Ambiental do CPL Para 2013

Questões Ambientais Objetivos Tipo

(M/C) Ações Planeadas Data

Emissõesdepartículasnaschaminésdasfontesfixasprincipais(poluiçãoatmosférica)

Garantiremissões específicasdepartículasinferioresouiguaisa0,015kg/tCeq.

C Otimizaçãodamanutençãodosequipamentosdedespoeira-mentoprincipais.()Aremodelação/revampingdofiltrodemangasdoseparadordamoagemdecimento3previstainicialmentepara2013,foiadiadapara2016. ()

2013

EmissõesdeNOx nas chaminésdosfornos(poluiçãoatmosférica)

Reduzirasemissões específicasdeNOx,em17,2%,relativamenteaovalorobtidoem2010.(≤1,20kg/tclínquer)

M EstudodanecessidadedeotimizarosistemadeSNCR, incluindoensaiosadicionaisdeinjeçãodeamóniaparareduziroNOx<500mg/Nm

3,comcontrolodoexcessodeamónialivre/emissõesNH3.Otimização/aumentodavalorizaçãoenergéticade combustíveisalternativosnopré-calcinador.

2014

EmissõesdeSO2 nas chaminésdosfornos(poluiçãoatmosférica)

Garantiremissões específicasdeSO2inferioresouiguaisa0,10kg/tclínquer.

C Manteraçõesdecontrolooperacional.() 2013

EmissõesdeCO2 (Aquecimentoglobal)

Reduzirasemissões específicasdeCO2 produzidonoforno,em4,1%,faceaovalorobtidoem2012.(≤850kg/tclínquer)

M Otimizaçãodavalorizaçãoenergéticadecombustíveis alternativosnoforno.Nota:veraçõesassociadasaoObjetivoda“Valorizaçãoenergética deresíduos”.

2013

Consumodeágua Nãoultrapassaroconsumoespecíficodeáguaobtidoem2012.(≤0,185m3/tCeq)

M Aumentarovolumedeáguacaptadodabaciaparaefeitosderegadoscaminhosdapedreira.

2013

Consumoderecursosnaturais

Garantirumapercentagemdeincorporaçãode matérias-primasalternativasesubprodutos≥12,9%.

C Pesquisadenovasfontesdemateriaisautilizarcomo matérias-primasalternativas.()

2013

Consumodeenergiaelétrica

Reduziroconsumo específicodeenergia elétricaem2,2%faceaovalorobtidoem2012.

M Continuaçãodaimplementaçãodetecnologiasparareduçãodoconsumoeminstalaçõesdeiluminaçãoexterior–arrua-mentosprincipais.()ContinuaçãodasubstituiçãogradualdemotoreselétricosdeclasseIE1pormotoresdeclasseIE2/IE3(previstaaté2015parapotências<22kW).()Maximizaçãodautilizaçãodamoagemdecimento3(comseparadorde3.ªgeraçãoemenoresconsumosespecíficosdoqueamoagem1),emfunçãodasvendasdecimento.()

2013

Consumodeenergiatérmica

Reduziroconsumo específicodeenergia térmicaem2,8%faceaovalorobtidoem2012.

M EstudodeotimizaçãodaTorredeCiclones(Planodeaçãodeincrementodasubstituiçãotérmicaporcombustíveis alternativos)Estudodoaumentodecapacidadedoventiladordoforno.

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() - Continuidade para anos seguintes

M-ObjetivodemelhoriadodesempenhoambientaldoCPLparaoqualédefinido,paraoanoseguinteououtroespecificado,umametademelhoriaoumanutençãododesempenhoambientalrelativamenteaumanodereferência.

C-Objetivodecontroloparaoqualnãoédefinido,paraoanoseguinteououtroespecificado,umametademelhoriaoumanutençãododesempenhoambientaldoCPLrelativamenteaumanodereferência.

Questões Ambientais Objetivos Tipo

(M/C) Ações Planeadas Data

Valorizaçãoenergéticaderesíduosebiomassa

Otimizareaumentar,empelomenos0,9pontospercentuais,avalorizaçãoenergéticadecombustíveisalternativosnopré-calcina-dordoforno,relativamenteaovalorobtidoem2012.(taxadesubstituiçãotérmica≥13,5%)

M Otimizaçãodainstalaçãodecombustíveisalternativosaopré-calcinadordoforno,cominstalaçãodeumnovodoseadoremlinhacomoexistente.Solicitaràautoridadecompetenteoaumentodacapacidadelicenciadadealimentação/substituiçãotérmicapor combustíveisalternativosnopré-calcinadordoforno.EstudodeotimizaçãodaTorredeCiclones(Planodeaçãodeincrementodasubstituiçãotérmicaporcombustíveis alternativos)ApresentaçãodepedidoparavalorizaçãoenergéticadeCDR´s(eoutrosRNPs)noqueimadorprincipaldoforno.Pesquisadenovosfornecedoresdecombustíveisalternativos.()

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12.Glossário

Aspetos ambientais diretos‒Aspetosambientaisdiretos‒Abrangemasatividadesdeumaorganizaçãosobreasquaisestadetémocontrolodagestãoequetêmemgeralumadimensãolocal.Aspetos ambientais indiretos - Aspetos ambientais sobre os quais uma organizaçãonãopossuiinteirocontrolodagestãoquepodemresultardainteraçãocomterceiros.

Biomassa–Afraçãobiodegradáveldeprodutos,resíduosedetritosdeorigem biológica provenientes da agricultura (incluindo substâncias deorigem vegetal e animal), da exploração florestal e de indústrias afins, incluindodapescaedaaquicultura,bemcomoafraçãobiodegradáveldosresíduosindustriaiseurbanos.

BREF – Best Available Techniques (BAT) Reference Documents (DocumentosdeReferênciadasMTD’s)

CBO5–CarênciaBioquímicadeOxigénio.Parâmetroquemedeopotencialimpacteambientaldeumefluentelíquidosobreomeioreceptor,causadopelaoxidaçãobioquímicadoscompostosorgânicos.

CDR’s –CombustíveisDerivadosdeResíduos.Combustíveis preparadosapartirderesíduosnãoperigososeemconcordânciacomaNormaNP4486:2008.

CELE–ComércioEuropeudeLicençadeEmissão.

Ceq-Cimentoequivalente–Fatorutilizadoparacalcularasquantidadesequivalentesdecimentosetodooclínquerproduzidofossemoídoparaproduzircimento.Écalculadodaseguinteforma:t Ceq = t clínquer produzido x (t cimento produzido/ t clínquer incorporado).

CH4 –Metano, gás inodoro, incolor e inflamável, principal componentedogásnatural,usadocomocombustível,importantefontedehidrogénioedegrandevariedadedecompostosorgânicos.ÉumGEEquetemum potencial de aquecimento global 21 vezes superior ao do CO2, considerandoumperíodode100anos.

Cinzas volantes – Produto constituído por partículas muito finas, arrastadonosgasesde combustãoe captadoem sistemasde remoçãodepartículas.As cinzas volantesdas centrais térmicas a carvão revelampropriedadeshidráulicasesãointegradascomoconstituintesdocimento,deacordocomaNormaNPEN450:1995.

Clínquer (Ck) – Produto intermédio utilizado no fabrico de cimento, produzidoporsintetizaçãodeumamisturarigorosamenteespecificadadematérias-primas,contendocálcio,silício,alumínioeferro.

Clínquer incorporado–Quantidadedeclínquerutilizadonasmoagensparaproduçãodecimento.

CO–MonóxidodeCarbono.Gásincolor,insípidoeinodoromuitotóxico,resultantedacombustãoincompletadecombustíveisfósseis.Naatmosferaconverte-seemCO2.

CO2 – Dióxido de Carbono. Gás resultante da oxidação completa do carbono e formado em processos de combustão ou libertado pela decomposiçãotérmica.Éconsideradoumdosprincipaisresponsáveispeloefeitodeestufaepelofenómenodeaquecimentoglobal.

CPL–CentrodeProduçãodeLoulé

COT –CarbonoOrgânicoTotal.

CQO–CarênciaQuímicadeOxigénio.Parâmetroquemedeopotencialimpacteambientaldeumefluentelíquidosobreomeioreceptor,causadopelaoxidaçãoquímicadoscompostosorgânicos.

CSI – A “Iniciativa para a Sustentabilidade do Cimento” constitui uma iniciativavoluntáriade18empresasmultinacionaisdosectorcujoobjetivoprincipaléodecolocaraproblemáticadasustentabilidadenaagendadosectorcimenteirointernacional.

dB(A) – Decibel. O ruído é medido em dB(A), que é uma escala logarítmica.Porexemplo,oruídodasfolhasagitadaspeloventoécercade20dB(A).Oruídonumasaladeestarécercade40dB(A),numescritório60-65dB(A),numaruacomtráfegonormal80-85dB(A)edeummartelopneumáticoaproximadamente100dB(A).

Dioxinas e furanos–Todasaspoliclorodibenzo-p-dioxinas(PCDD)eospoliclorodibenzofuranos (PCDF) enumerados no anexo I doDecreto-Lein.º85/2005.Sãocompostosorgânicosaltamentetóxicos,poucosolúveisem água, com elevada persistência no ambiente, acumulando-se nas gordurasebioacumulando-seaolongodacadeiaalimentar;provenientessobretudodereaçõesquímicasqueenvolvamacombustãodesubstânciascloradasecujosprincipaisefeitosincluemmaiorsuscetibilidadeainfeções,cancro,defeitoscongénitoseatrasonocrescimentodecrianças.AssuasemissõessãoexpressasemI-TEQ(Equivalentetóxicointernacional). Desenvolvimento sustentável–DeacordocomorelatórioelaboradopelaComissãoBrundtlandem1987édefinidocomo“odesenvolvimentoquesatisfazasnecessidadesdopresentesemcomprometeracapacidadedasgeraçõesvindourasdesatisfazeremassuasprópriasnecessidades”.

EMAS –Eco-management and Audit Scheme (SistemaComunitáriodeEco-GestãoeAuditoria)–Regulamento(CE)n.º761/2001,de19deMarço,alterado pelo Regulamento (CE) n.º 196/2009, da Comissão, de 3 de Fevereiro. Em finais de 2009 foi publicado o Regulamento (CE) n.º1221/2009, de 25 de Novembro, que revoga o Regulamento (CE) n.º761/2001easDecisões2001/681/CEe2006/193/CEdaComissão.

Emissão difusa – Emissão que não é condicionada através de umachaminé.

EN 14181 – Norma Europeia designada Fontes fixas de Emissões Atmosféricas – Garantia de Qualidade dos Sistemas Automáticos de medição.

ETA–Estaçãodetratamentodeágua.

ETAR–Estaçãodetratamentodeáguasresiduais.

Filtro de mangas – Equipamento de tecnologia de remoção de partículasqueconsiste,basicamente,napassagemdeumgás,carregadode partículassólidas,atravésdeumtecidofiltrante.

GEE–Gasescomefeitodeestufa.

HCl – Ácido Clorídrico. Quando referido a concentrações nos gases exprimeaconcentraçãodecompostosinorgânicoscloradosnessesgases.

HF – Ácido Fluorídrico. Quando referido a concentrações nos gases exprimeaconcentraçãodecompostosinorgânicosfluoradosnessesgases.

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HFC – Hidrofluorocarbonetos. Grupo de gases fluorados utilizados emváriossetoreseaplicaçõescomofluidosrefrigerantesparaequipamentosde refrigeração,arcondicionadooubombasdecalor,comoagentesde expansão no fabrico de espumas, como agentes extintores de incêndio, gases propulsores de aerossóis e solventes. São usados como substitutos de determinadas substâncias que empobrecem a camadadeozonoutilizadasnopassadoemmuitasdessasaplicações, taiscomo clorofluorocarbonetos (CFC) e hidroclorofluorocarbonetos (HCFC), e eliminadasprogressivamentenoâmbitodoProtocolodeMontreal.OsHFCsãoGEEcujopotencialdeaquecimentoglobalvariaentre140a11700vezessuperioraodoCO2,considerandoumperíodode100anos.

IE–DiminutivodeInternational Energy Efficiency Class,classedeeficiên-ciaenergéticademotores(trifásicosdebaixatensãocompotênciasentre0,75a375kW),estabelecidapelanormainternacionalCEI60034-30:2008eque veio substituir a classificação anteriormente existente (EFF1 -Altaeficiência;EFF2-EficiênciaaumentadaeEFF3–Baixaeficiência)combasenumacordovoluntáriodoComitéEuropeudeFabricantesdeMáquinasElétricasedeSistemasEletrónicosdePotência (CEMEP).Anovaclassifi-caçãoéaseguinte:IE1–Eficiênciastandard(comparávelàEFF2);IE2-Altaeficiência(comparávelàEFF1)eIE3–Eficiência premium.

ISO– International Organization for Standardization.

ISO 14000–ConjuntodeNormasinternacionais,adotadasaníveleuro-peuenacional(NPENISO14000),queregulamossistemasdegestãodoambiente,aavaliaçãodosciclosdevida,aauditoriadosistema,arotul-agemeaavaliaçãodedesempenhodosistema.

I-TEQ–Equivalentetóxicointernacional.

kcal/kg–Energiatérmicaconsumidaporunidadedeproduto.

kWh –Unidadeutilizadaparaexpressaro consumodeenergia elétricaconsumidanumahora.

Metais pesados – Elementos químicos nos quais se incluem: Cd – Cádmio,Hg–Mercúrio,As–Arsénio,Ni–Níquel,Pb–Chumbo,Cr–Cró-mio,Cu–Cobre,Tl–Tálio,Sb–Antimónio,Co–Cobalto,Mn–ManganêseV–Vanádio.

MTD –MelhoresTécnicasDisponíveis.Estádiomaisavançadoeeficazdedesenvolvimento,dasatividadeserespetivosmodosdeexploração,comvista a evitar e, quando tal não seja possível, reduzir o impacte dessasatividadesnoambiente.

N2O – Óxido nitroso, à temperatura ambiente é um gás incolor, não inflamável, principal regulador natural do ozono estratosférico. É um importanteGEEquetemumpotencialdeaquecimentoglobal310vezessuperioraodoCO2,considerandoumperíodode100anos.

NH3–Amónia.

NOx – Designação geral dos óxidos de azoto formados durante a os processos de combustão a altas temperaturas, maioritariamente por oxidação do azoto atmosférico; podem ser tambémoriginados a partirdoscompostosdeazotopresentesnoscombustíveis.Contribuemparaaocorrênciadechuvasácidaseparaaformaçãonevoeirofotoquímico.

O3 – Ozono. Gás, instável, altamente reativo e oxidante. Existe naturalmentenasaltascamadasdaatmosfera terrestre,ondeconstituiacamadadeozono, protetorada vidana Terra, por ter a capacidadedeabsorvera luzultravioletasolarqueéprejudicialaosseresvivos.Porém,ao nível do solo (ozono troposférico), o ozono, resultado de reaçõesfotoquímicas,éconsideradoumpoluente.

PARP – Plano Ambiental e de Recuperação Paisagística: documento técnicoconstituídopelasmedidasambientaisepelapropostadesoluçãoparaoencerramentoearecuperaçãopaisagísticadasáreasexploradasdeumapedreira.

PCIP–PrevençãoeControloIntegradosdaPoluição.

PEI–PlanodeEmergênciaInterno.

PRP–PlanodeRecuperaçãoPaisagística.

PTS–Partículastotaisemsuspensão.

PM10 – Partículas em suspensão suscetíveis de passar através de uma tomadadearseletiva,talcomodefinidonométododereferênciaparaaamostragememediçãodePM10,normaEN12341,comumaeficiênciadecortede50%paraumdiâmetroaerodinâmicode10μm.

RNP–ResíduosNãoPerigosos.

SF6 – Hexafluoreto de enxofre. É utilizado sobretudo como gás de isolamentoeparaextinguiroarcoelétriconoscomutadoresdealtatensãoecomogásdeproteçãonaproduçãodealumínioemagnésio.ÉumGEEque apresenta omaior potencial de aquecimento global, 23 900 vezessuperioraodoCO2,considerandoumperíodode100anos.

SGA–SistemadeGestãodoAmbiente.

SISO–SistemaIntegradodeSaúdeOcupacional.

SNCR – Selective Non-Catalytic Reduction. Processo utilizado para redução das emissões de NOx , considerado uma melhor técnica disponível,queconsistenainjeçãodeamónianosgasesdesaídadoforno.

SO2 –Dióxidodeenxofre.Gásproduzidomaioritariamentenascombustõeseresultantedacombinaçãodoenxofredocombustíveloudamatéria-pri-macomooxigénio.Éumdosprincipaisgasesresponsáveispelaocorrênciadaschuvasácidas.

SST – Sólidos Suspensos Totais. Parâmetro quemede a quantidade de materiaissólidosemsuspensãonumefluentelíquido.

Unidades de medida –m–metro(SI);kg–quilograma(SI);s–segun-do(SI);J–Joule,unidadedeenergia(1J=kg.m2/s2);W–Watt,unidadede potência (1W = 1 J/s); kWh – quilowatt-hora, unidade de energia, correspondeàquantidadedeenergiautilizadaparaalimentarumacargacompotênciade1watt(W)peloperíodode1hora(1kWh=3,6×106J=3,6MJ);cal–caloria(1cal=4,1868kJ)–unidadedeenergia,correspondeàquantidadedecalor(energia)necessáriaparaelevarem1grauCelsiusatemperaturade1gdeágua.

VEV–VariadoresEletrónicosdeVelocidade.

VLE–ValorLimitedeEmissão.

WBCSD – World Business Council for Sustainable Development. - Conselho Empresarial Mundial para o Desenvolvimento Sustentável. Trata-se de uma organização criada em 1995, com o objetivo de promoveroDesenvolvimentoSustentável.Temcomomembrosmaisde185 empresasinternacionais,provenientesdemaisde35paísesedecercade20importantessectoresindustriais.

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13.IdentificaçãoeContactos

Nome e Morada:CentrodeProduçãodeLouléCerrodaCabeçaAltaApartado458100-952LOULÉTel.+351289400000Fax.+351289415928

Nome e contacto do Responsável Ambiental:JoãoPintoTel.+351289400000

Código NACE:23.51–Fabricaçãodecimento(CAE23510)

Denominação da empresa: CIMPOR–IndústriadeCimentos,S.A.SedeSocial:RuaAlexandreHerculano,351250-009LISBOATel.+351213118100Fax.+351213561381Internet:www.cimpor-portugal.pt

N.ºdeIdentificaçãodePessoaColectiva(NIPC):500782946N.ºdaConservatóriadoRegistoComercialdeLisboa:5759CapitalSocial:50000000Euros

EstaDeclaraçãoAmbientalconstituiuminstrumentodeexcelênciadecomunicaçãoediálogocomopúblicoeoutraspartesinteressadastendooobjetivodefornecerinformaçõesdecarácterambiental,relativaaosaspetose impactesambientaisdasatividades,produtoseserviçosdoCentrodeProduçãodeLouléeàmelhoriacontínuadoseudesempenhoambiental.

ParainformaçõesmaisdetalhadaseenviodeeventuaiscomentáriossobreapresenteDeclaraçãoAmbiental,podeserusadooseguintecontacto:

Direção de ComunicaçãoTel.+351213118265Fax.+351213118826E-mail:[email protected]

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14.Validação da Declaração AmbientalAAPCER–AssociaçãoPortuguesadeCertificação,comonúmeroderegistodeverificadorambientalEMASPT-V-0001acreditadoparaoâmbitoC23.51–Fabricaçãodecimento(CódigoNACE),declaraterverificadoseolocaldeatividade,talcomoindicadonadeclaraçãoambiental,daorganização

CIMPOR-INDÚSTRIADECIMENTOS,S.A.-CENTRODEPRODUÇÃODELOULÉCerrodaCabeçaAlta–8100-952LOULÉ

comonúmeroderegistoPT-000036,cumpretodososrequisitosdoRegulamento (CE) n.º 1221/2009 do Parlamento Europeu e do Conselho, de 25 de Novembro de 2009,quepermiteaparticipaçãovoluntáriadeorganizaçõesnumSistema Comunitário de Ecogestão e Auditoria (EMAS).

Assinandoapresentedeclaração,declaroque:

z a verificaçãoe a validação foram realizadasnopleno respeitodos requisitosdoRegulamento (CE) n.º1221/2009;

z o resultadodaverificaçãoevalidaçãoconfirmaquenãoexistem indíciosdonãocumprimentodosrequisitoslegaisaplicáveisemmatériadeambiente;

z osdadoseinformaçõescontidosnadeclaraçãoambiental,dolocaldeatividaderefletemaimagemfiável, credível e correta de todas as atividades do local de atividade, no âmbito mencionado nadeclaraçãoambiental.

OpresentedocumentonãoéequivalenteaoregistoEMAS.OregistoEMASsópodeserconcedidoporumorganismocompetenteaoabrigodoRegulamento(CE)n.º1221/2009.Opresentedocumentonãodeveserutilizadocomodocumentoautónomodecomunicaçãoaopúblico.

Lisboa,14dejunhode2013

JoséLeitãoCEO

Helena PereiraVerificador

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CIMPOR - INDÚSTRIA DE CIMENTOS, S.A.Rua Alexandre Herculano, 351250-009 LisboaTel.: +351 21 311 81 00Fax: +351 21 356 13 81

www.cimpor-portugal.com