cenpes _revista petrobras 10_2010a

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o valor da tecnologia.

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  • Os broches com a logomarca da Petrobras foram criados

    em 1964 para homenagear os primeiros empregados que com-

    pletaram dez anos de trabalho na companhia. Eram escudos

    de ouro, com a logomarca de losango e um rubi, entregues de

    1964 a 1973 (foto menor).

    Com a evoluo da marca da companhia, os broches fo-

    ram mudando. De 1974 a 1992, um losango vazado, de ouro

    amarelo, era conferido aos empregados com dez anos de

    casa; o de ouro branco, para os que chegavam aos 20 anos

    de trabalho; e o de ouro amarelo com trs pedras, para aque-

    les com 30 anos de servio.

    A homenagem foi suspensa em 1993, mas a partir de 1996

    os broches voltaram a ser distribudos aos empregados, des-

    ta vez com a logomarca BR, e, devido a uma proibio legal,

    confeccionados em lato.

    O brilho dos broches voltou em 2003, com os novos escu-

    dos folheados a ouro 18 quilates e uma esmeralda facetada

    para cada dcada completada (foto maior). Na ocasio, foram

    entregues mais de 30.000 broches novos, trocados pelos an-

    tigos distintivos de lato dos empregados e aposentados ho-

    menageados no perodo.

    A condecorao por tempo de servio uma das modalida-

    des de reconhecimento adotadas pela Petrobras. Os petroleiros

    so homenageados em uma cerimnia na qual recebem diplo-

    mas, alm dos broches. Este ano, sero entregues 4.552 bro-

    ches, sendo 142 para os que completam dez anos; 2.237 para os

    de 20 anos; 2.147 para os de 30; 21 broches para os de 40; e 5

    para os que esto completando cinco dcadas na companhia.

    Orgulho no peito

    MQUINA DO TEMPO

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    Ampliao do Cenpes (foto) e parcerias da Petrobras com universidades e centros de pesquisa levam o Brasil a ter um dos

    melhores parques experimentais do mundo na rea de energia

    Ampliao do Cenpes (foto) e parcerias da Petrobras com universidades e centros de pesquisa levam o Brasil a ter um dos

    O VALOR DA tecnologia

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    ENTREVISTA CAPA DESENVOLVIMENTO

    pg. 8 pg. 16FORA DE TRABALHO

    SOCIAL

    CAPACITAO

    pg. 20

    pg. 22

    pg. 28

    O cardiologista Marcus Vincius Bolvar Malachias alerta para a necessidade de preveno da hipertenso, doena sem sintomas especfi cos que hoje o maior fator de risco de morte no Brasil.

    As novas instalaes do Cenpes, que duplicam seu espao fsico, tornando-o um dos maiores centros de pesquisa aplicada do mundo, so o smbolo de uma grande guinada tecnolgica do pas no campo da energia.

    Criado pela Petrobras em parceria com os seis maiores bancos de varejo do pas, o BNDES e o Prominp, o Programa Progredir facilita a oferta de crdito s empresas fornecedoras de bens e servios para a indstria de petrleo e gs.

    Vai at o dia 30 de novembro o prazo para adeso ao Benefcio Proporcional Opcional (BPO) do Plano Petros.

    A Petrobras apoia projeto de produo de mel de abelhas sem ferro (meliponicultura) que gera trabalho e renda para ribeirinhos na Amaznia.

    Em busca de maior integrao entre as equipes que atuam na construo de dutos, a Engenharia realiza curso que simula a realidade de uma obra.

    E mais...

    6 Petrorama7 Mural do Leitor

    26 Gente32 Fique por Dentro

    36 Mquina do Tempo

    Gerente Executivo de Comunicao Institucional Wilson Santarosa Gerente de Relacionamento Gilberto Puig Gerente de Relacionamento com o Pblico Interno Luiz Otvio Dornellas Comit Editorial Ana Lusa Feij Abreu (Financeiro), Cludia Del Souza (E & P), Ablio Mendes Soares Filho (Transpetro), Maurcio Lopes Ferreira (RH), Elizete Vazquez (Servios Compartilhados), Dbora Luiza Coutinho do Nascimento (Abastecimento), Luiz Roberto Clauset (SMS), Marcelo Siqueira Campos (Petrobras Distribuidora), Jos Carlos Cidade (Internacional), Georgia Valverde Leo (Jurdico), Wanderley Bezerra (Gs e Energia), Carmen Vilar Prudente (Engenharia) Editor Responsvel Alexandre Medeiros (Ofcio de Letras), Mtb 16.757 Editor de Fotografi a Geraldo Falco Editores Ndia Ferreira e Patrcia Alves Editora assistente Claudia Lima Produtor Executivo Albano Auri Diagramao e Infografi a Azul Publicidade Colaboradores Celina Crtes, Claudia Lamego, Francisco Luiz Noel, Jlia Viegas, Luciana Conti, Mrcia Leoni e Marina Gadelha Copidesque Bella Stal

    Revista Petrobras 161 ano 16 Outubro de 2010Av. Repblica do Chile, 65, sala 1.202 Rio de Janeiro RJ CEP: 20035-900E-mail: [email protected]

    BANCO DE IMAGENS PETROBRAS

    ARQUIVO PESSOAL BANCO DE IMAGENS PETROBRAS GERALDO FALCO

    DIVULGAO PETROBRAS/UO-AM

    ROGRIO REIS

    PATRCIA SANTOS

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    la no tem sintomas especfi cos, e muitas pessoas desconhecem o problema at terem o diagnsti-co: hipertenso. A chamada doena silenciosa

    considerada o maior fator de risco de morte no Brasil, segundo o cardiologista Marcus Vincius Bolvar Mala-chias, diretor do Departamento de Hipertenso da Socie-dade Brasileira de Cardiologia. Ele diz que, anualmente, 30% das mortes registradas no pas so consequncia de doenas cardiovasculares, o que equivale a 300.000 mor-tes por ano. Nesta entrevista, o mdico defende uma am-pla campanha de preveno nos moldes das campanhas contra o tabagismo , abrangendo desde a medio peri-dica da presso at a adoo de uma vida saudvel.

    EPor que a hipertenso considerada uma doen-a silenciosa?Porque no tem sintomas especfi cos. Podem ocor rer de 10 a 20 sintomas diferentes, mas a grande maioria da populao no sente nada. As pessoas, quando descobrem, j tm que tra-tar das consequncias. Hoje, ela o maior fator de risco para morte no Brasil: 30% das mortes registradas todo ano so consequncia de doen-as cardiovasculares. Isso signifi ca 300.000 mor-tes por ano. Desse grupo, a doena que mais mata o brasileiro o acidente vascular encefli-co (o derrame). E mais de 60% dos derrames so causados pela hipertenso. A segunda doen-a que mais mata nes se grupo o infarto do miocrdio, e metade dos casos provocada di-retamente pela hipertenso. Concluindo: dessas 300.000 mortes, 74% esto, de certa for ma, re-lacionadas hipertenso.

    Quando se manifestam, quais so os sintomas mais comuns da doena?Dor de cabea, tonturas, sangramentos nasais, mal-estar indefi nido. Quer dizer, so sintomas que podem ser de presso alta ou de qualquer outra coisa. Por isso, muita gente sente uma dor de cabea e no desconfi a de nada. O assustador que de 80% a 90% dos pacientes ou no fazem tratamento ou fazem irregularmente, tomando o remdio s de vez em quando, em vez de tra-tar a doena cronicamente.

    O que as pessoas devem fazer para se prevenir? Exames peridicos?Sim, essa uma forma. Mas preciso ter cuidado com o diagnstico, porque h pessoas que podem estar com a presso alta num momento de estres-se, de ansiedade. Claro que um alerta para que procure um mdico. Outra forma o exame peri-dico nas empresas ou quando o trabalhador con-segue um novo emprego. Ns, da Sociedade Bra-sileira de Cardiologia, temos uma campanha nacional, Eu sou 12 por 8, que estimula a aferi-o da presso periodicamente. Estamos fazendo

    campanha com os mdicos tambm, para que eles meam a presso de todos os pacientes.

    Os mdicos em geral, no s os cardiologistas?Sim, medir a presso ato mdico bsico. To-dos ns passamos por consulta mdica. O ide-al que essa aferio se inicie no consultrio peditrico. Estamos difundindo essa ideia com a Sociedade Brasileira de Pediatria, porque 5% das crianas atualmente j apresentam hiper-tenso. H um es foro tambm para a sade do homem, que passa muito tempo sem ir a mdi-co depois do perodo infantil. As meninas, nor-malmente, passam pe lo ginecologista. Tambm estamos fazendo uma ao com a Anvisa e o Inmetro para a normatizao de aparelhos ele-trnicos mais simples, para que as pes soas pos-sam fazer a automedio.

    As empresas tambm podem ajudar, adotando polticas de sade, o exame peridico e o acom-panhamento da sade do funcionrio?Sim. Isso tem que ser uma cultura de todas as empresas. A empresa s tem a ganhar com a sade do trabalhador, e ele tambm. Difundir o conhecimento sobre a sade dentro da em-presa fundamental.

    Quais so as maiores causas da hipertenso?A alimentao, principalmente o alto consumo de sal. No Brasil, o consumo de mais de 12 gramas por dia, quando a Organizao Mun-dial de Sade recomenda apenas cinco gramas. Esse o grande drama, porque cultural. Ns temos que ensinar a criana a comer pouco sal, porque depois de adulto difcil mudar o hbi-to. As pessoas tm que aprender a temperar com ervas, alho, alho-por. Um agravante que quanto mais baixo o nvel socioeconmico, maior o consumo de sal. Os produtos industria-lizados tm maior teor de sal.

    Qual o peso do fator gentico no surgimento da hipertenso? As causas da hipertenso podem ser genticas ou adquiridas. O paciente j traz na sua baga-gem uma histria de hipertenso. Quem tem um dos pais hipertenso tem 30% de chance de ser tambm. Se for pai e me, a probabilidade

    de 50% a 60%. Se a pessoa tiver bons hbitos de vida, ela pode postergar ou inibir. O estilo de vida, excesso de sal, alimentao no saudvel, estresse, obesidade, podem infl uenciar muito. E h os fatores de risco associados, como o taba-gismo, o colesterol elevado, o diabetes. Por cau-sa das campanhas reiteradas contra o cigarro e uma legislao mais rgida, o tabagismo foi re-duzido no pas de 21% para 13%. Como con-sequncia, houve queda de quase 20% na mor-talidade por doenas cardacas nos ltimos 15 anos. Essa foi uma grande conquista da medi-cina preventiva e da sade pblica. Queremos conquistar isso tambm com as campanhas con-tra a hipertenso.

    Pesquisas tm indicado que o brasileiro est so-frendo mais com o sobrepeso e a obesidade. Isso tambm um fator que agrava a hipertenso? Segundo o IBGE, 40% da populao est acima do peso. Junte-se a isso o aumento da expectati-va de vida, que bom, mas traz outra preocupa-o: medida que envelhecemos, as artrias vo se tornando mais rgidas, com menos dilatao. Aumento de peso e da expectativa: essa uma juno muito propcia hipertenso. As pes-soas tm que mudar os hbitos alimentares. Es-tamos comendo menos vegetais, frutas e hor-talias e mais carboidratos e industrializados. Outra recomendao a atividade fsica, que deve comear mais cedo. Quem no aprendeu a fazer exerccio na infncia e na adolescncia precisa mudar.

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    Hipertenso: os riscos da doena silenciosaHoje, ela o maior fator de risco para morte no Brasil: 30% das mortes registradas todo ano so consequncia de doenas cardiovasculares

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    Ns, da Sociedade Brasileira de Cardiologia,

    temos uma campanha nacional, Eu sou 12 por 8, que estimula a aferio da presso periodicamente.

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    BATE-BOLA ESTRELAS DA CASA

    Assistente social por vocao, Silvia Re gina Gonalves est frente do Pro-grama de Atualizao para a Vida e o Trabalho (PAVT), que permite aos em-pregados da companhia dar um sal-to em qualidade de vida a partir de uma pausa para refl exo. O grande desa-fi o chegar ao equilbrio entre vi da pessoal e profi ssional.

    OrigemMag, RJ.

    MentorMeu pai, Silvio Nunes, que era muito alegre, sempre via o lado bom da vi da. Um homem honesto, que dava bons conselhos, cuidava do meio ambiente e era muito generoso. Respeitava as pes-soas, era feliz. Ensinou-me que, agin-do dessa forma, a vida fi ca mais leve e conquistamos amizades sinceras. Ele faleceu este ano, com 94 anos.

    Principais projetos Depois de 12 anos de trabalho no INSS, sendo oito em funo geren-cial, e formada em Servio Social pe-la UFF (Universidade Federal Flumi-nense), entrou para a Petrobras em 1987 como auxiliar de escritrio da rea de Servios de Pessoal, no Edise. Em 1989, foi realizado um concurso para assistente social em Maca (RJ). Ficou l de 1990 a 1994. Trabalhou no programa de embarque de fami-liares nas plataformas, atendimento individualizado e de emergncia, na Pesquisa de Ambincia Organizacio-nal, e estruturou o Programa de Pre-veno e Recuperao de Dependn-cia Qumica da Bacia de Campos. Em 1999, elaborou o Programa de Atualizao para a Vida e o Trabalho PAVT. Mais de 2.600 empregados das diferentes unidades da Petrobras j passaram pelas 117 turmas do pro-grama at hoje. O PAVT um traba-lho de equipe, que aborda as seis di-

    menses da qualidade de vida: fsica, organizacional, emocional, social, in-telectual e espiritual. Os monitores so empregados da companhia, de diversas reas profi ssionais. O PAVT tem resultado na melho-ria da ambincia na vida pessoal, pro fi ssional e familiar. Em 2005, foi apre sen tado na 30th Anual Wellness Conference, nos EUA. Em 2008, o programa ganhou o Prmio Nacio-nal de Qualidade de Vida, da Asso-ciao Brasileira de Qualidade de Vi-da, na categoria Inovao.

    Tempo de empresa23 anos.

    Onde est hojeNo Servio Social da Gerncia de Sa-de, Meio Ambiente e Segurana dos Ser vios Compartilhados (Regional Sudeste).

    Conselho pessoalValorizo muito a oportunidade de tra balhar com equipes multidiscipli-nares e profi ssionais capacitados de diversas reas, de buscar parcerias na companhia para realizar um trabalho que d um bom resultado para os em-pregados e para a organizao. Sin-to-me gratifi cada, cumprindo minha misso.

    De corao e ouvidos abertosTecnologia para a longa caminhada

    Ao completar 57 anos de existn-

    cia, comemorados em 3 de outubro,

    a Petrobras lana um olhar para o fu-

    turo com o foco em um de seus bens

    mais valiosos: a tecnologia. Mostran-

    do o mesmo empenho com que re-

    volucionou a explora o e produo

    de petrleo no mar nos anos 1980,

    a companhia chega ao fi nal da pri-

    meira dcada do sculo XXI com-

    partilhando com o Brasil a riqueza

    de conhecimentos que colecionou

    ao longo de sua histria. O desafi o,

    agora, o pr-sal. E pa ra desvendar

    es sa nova fronteira, a Petrobras no

    vem medindo esforos para dotar o

    pas de um dos mais equipados po-

    los experimentais do mundo na

    rea de energia. Esse o tema de

    nossa ma tria de capa, que ocupa

    as pginas de 8 a 15.

    A expanso do Centro de Pes-

    quisas e Desenvolvimento Leo pol do

    Amrico Miguez de Mello (Cen pes),

    no Rio, a parte mais vi svel dessa

    empreitada, que engloba ain da as

    Redes Temticas, por meio das quais

    a Petrobras vem fi nanciando a cons-

    truo de laboratrios em universi-

    dades e centros de pesquisa de to-

    do o pas para o desenvolvimento de

    projetos de P&D relacionados rea

    de energia. um patrimnio que a

    Petrobras lega ao futuro do Brasil.

    MURAL DO LEITOR

    Importante o caminho

    A Revista Petrobras est em permanente processo de aperfeioamento para ser, cada vez mais, uma publicao imprescin-dvel fora de trabalho. Para isso contamos com a sua colaborao. Sugestes, crticas, elogios tudo ser recebido com carinho por nossa equipe. Para participar fcil: por carta, Av. Repblica do Chile, 65, sala 1.202, Rio de Janeiro RJ 20035-900; por fax, (21) 2220-8761; ou por e-mail: [email protected]

    A primeira longa caminhada foi ms -

    tica: Santiago de Compostela, entre a

    Fran a e a Espanha. Desafi o, aventura e

    superao so alguns dos adjetivos que

    Lcia Tolentino e seu marido, Pau lo Ba-

    lle jos, usam para descrever a viagem feita

    em 2007, quando percorreram qua se 900

    quilmetros a p, com mo chilas nas cos-

    tas. A alegria das des cobertas individuais

    se somou do companheirismo, o que

    fez o casal se lanar a duas novas em -

    prei tadas: atra vessar a Gr-Bretanha, do

    Mar da Irlan da ao Mar do Norte, e fazer

    o caminho de So Francisco de Assis,

    na Itlia, entre as regies montanhosas

    de Tos cana, mbria e Lazio. Para eles,

    seja qual for, importante o ca mi nho e

    muitos outros viro.

    Na minha adolescncia, gostava mui -

    to de ler Simone de Beauvoir. Ela fa zia ca-

    minhadas, e eu tinha o sonho de fazer o

    ca minho de Santiago de Com postela. Em

    2006, decidi me preparar. Meu ma rido

    no queria ir, mas se ani mou. Con tra tamos

    um personal trai ner, con sul ta mos orto -

    pe dis ta, nutricio nista, e plane ja mos tu do.

    Tam bm fi zemos alguns acor dos an tes da

    viagem, de cada um seguir no seu rit mo,

    continuar se o outro desistisse. Ne go-

    ciar na ho ra do estresse mais difcil.

    O melhor do Caminho de Santiago

    a relao com as pessoas e o de sapego

    a coisas materiais. L, no tem dinheiro,

    profi sso, todo mundo se ves te da mes-

    ma forma. s o que voc inter na men-

    te. A gente andava de 25 a 30 quil me-

    tros por dia, fi cava em con tato direto

    com a natureza e refl etia muito. A gente

    apren de a ser mais to lerante e fl exvel.

    A segunda viagem foi em 2009, en -

    tre a Inglaterra e a Esccia, e foi bem

    diferente. Uma empresa con tra ta da cui-

    dava da bagagem, defi nia on de a gente

    ia dormir. Ns amos so zi nhos, com GPS,

    e se no che gssemos at as 20h, eles

    acionavam a busca. Fo ram 317 qui l me-

    tros em 13 dias, en tre o Mar da Irlanda e

    o Mar do Norte, um caminho bem difcil.

    Este ano, tentamos fazer o ca mi nho

    de So Francisco de Assis, na Itlia, de

    415 quilmetros em 16 dias, mas no

    conseguimos. Corremos vrios ris cos,

    an dvamos em penhascos, e em duas

    eta pas quase fomos atacados por ces.

    No 11o dia, enfrentamos uma tem pes -

    ta de mui to forte e resolvemos parar. A

    pr xima viagem ser para a Nova Ze-

    lndia! Algumas pessoas per guntam por

    que va mos to longe, mas fora do pas

    esses caminhos tm infra estrutura e

    segurana.

    Lcia TolentinoComrcio de Produtos Industriais

    Regional Norte-Nordeste

    do Abastecimento

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    Na chegada a Compostela, alvio e comemorao

    Durante a caminhada: bom humor e disposio

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    Silvia atua para que os empregados possam produzir sem adoecer nem se estressar

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    APA CRESCER PARA

    inovarNOVAS INSTALAES DO CENPES E DE SEUS PARCEIROS NA INDSTRIA E NA ACADEMIA TRANSFORMAM O PARQUE EXPERIMENTAL BRASILEIRO DE ENERGIA EM UM DOS MAIS BEM EQUIPADOS DO MUNDO

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    sucesso da Petrobras ao lon-go de seus 57 anos, comemo-rados neste ms de outubro,

    se deve, em grande parte, a uma cultu-ra de inovao enraizada na empresa e compartilhada, como um valor, por sua fora de trabalho. Aliada capa-cidade da companhia de atuar em par-ceria com a academia e com o setor produtivo nacional e internacional des-de a sua criao, essa cultura forneceu Pe trobras a capacitao tecnolgica ne cessria para superar os mais varia-dos desafi os ao longo de sua histria.

    Nos ltimos anos, essa cultura vem ga nhando um grande reforo, com a ampliao da capacidade experimen-tal do pas por meio de trs impor-tantes acontecimentos: a inaugurao das no vas dependncias do Cenpes, a construo de novos laboratrios em universidades e institutos de pesquisa brasileiros e a instalao no Brasil de centros tecnolgicos de fornecedores internacionais de bens e servios da in-dstria de energia.

    Inaugurada no dia 7 de outubro, a expanso das instalaes do Centro de Pesquisas e Desenvolvimento Leopol-do Amrico Miguez de Mello (Cenpes),

    na Ilha do Fundo, no Rio de Janei-ro, representa um marco na histria da tecnologia na companhia, que comeou em 1955 com o Centro de Aperfeioamento e Pesquisas de Pe-trleo (Cenap), na Praia Vermelha. O Cenpes s foi criado na dcada de 1960, e na dcada seguinte, transferi-do para a Ilha do Fundo.

    As novas instalaes, que agregam arrojadas tcnicas de construo, sus-tentabilidade e ecoefi cincia, tm pro-jeto arquitetnico de autoria de Sieg-bert Zanettini e coautoria de Jos Wag ner Garcia, ambos selecionados por concurso, e foram desenhadas de acordo com os critrios norte-ameri-canos do certifi cado LEED (Lideran-a em Energia e Projeto Ambiental), concedido a empreendimentos ecolo-gicamente corretos. Em 50 anos de profi sso, posso dizer que este foi o pro jeto de que mais me orgulho, e re-presenta aquilo que pensamos e de-sejamos sobre a nova arquitetura no pas, ressaltou Zanettini.

    Com a ampliao, o espao fsico do Cenpes est sendo duplicado, tor-nando-se um dos maiores complexos de pesquisa aplicada do mundo. Sero

    diversos laboratrios destinados a aten-der melhor s demandas tecnolgi-cas da Petrobras, com destaque para os dedicados ao pr-sal.

    O prdio principal das novas insta-laes do Cenpes tem, na cobertura, sees translcidas e inclinao pla-nejada que facilitam a captao da luz solar e a ventilao natural. Os la-boratrios fi cam no trreo, para facili-tar o trfego de materiais. Destaque do local o Ncleo de Visualizao Colaborativa (NVC), onde sero cria-dos ambientes para desenvolvimento de projetos 3D. Os pesquisadores po-dero trabalhar conectados remota-mente a outros locais da companhia, como se estivessem dentro do mode-lo estudado.

    A ecoefi cincia ser parte integran-te do dia a dia. Na central de utili-dades, responsvel pela gerao e dis-tribuio dos insumos bsicos para o funcionamento do complexo, os efl u-entes sanitrios e oleosos sero pro-cessados em estao de tratamento. A gua ser reutilizada nos sistemas de ar-condicionado, assegurando auto-nomia de quatro dias sem necessida-de de fornecimento externo. No caso

    da gua das chuvas, a coleta feita nos telhados e pisos, para utilizao no abastecimento dos banheiros e na ir-rigao dos jardins. Parte da energia usada nas atividades do centro de pes-quisa ser gerada em termeltrica a gs natural, como forma de evitar a dependncia do fornecimen to con-vencional de eletricidade.

    Os espaos de colaborao tam-bm foram privilegiados, de modo a valorizar a criatividade, a inovao e o tra balho em equipe, permitindo a tro-ca de experincias e maior co o pe ra-o en tre os pesquisadores. O Cen tro de Con venes foi estra tegi ca men te po sicio na do na entrada da expan-so, sim bolizando a maior abertura da com pa nhia para parcerias com uni-versi da des, instituies de pesquisa e outras empresas.

    O Cenpes tem hoje cerca de 1.600 empregados prprios com dedicao exclusiva. Destes, 1.300 esto volta-dos para atividades de Pequisa & Desenvolvimento (P&D), com 800 pes qui sa dores de nvel superior e 500 tc nicos de laboratrio, de nvel mdio. Por fi m, 300 engenheiros se dedicam s atividades de engenha-

    O

    Em 50 anos de profi sso, posso dizer que este foi o projeto de que

    mais me orgulho, e representa aquilo

    que pensamos e desejamos sobre

    a nova arquitetura no pas.

    Siegbert Zanettini,arquiteto e autor do projeto

    Ocupando um espao de

    300.000 metros quadrados, o novo

    complexo reforar a

    rede brasileira de pesquisa

    e desenvolvimento

    ligada Petrobras, que

    conta com mais de

    100 instituies, entre universidades,

    centros

    e institutos de pesquisa.

    Do projeto arquitetnico, que privilegiou conceitos de sustentabilidade e ecoefi cincia,...

    ... construo, que gerou 6.000 empregos

    diretos, o novo Cenpes virou realidadeG

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    tras grandes empresas do setor petrleo para o alcance das suas metas tecno-lgicas, buscando sempre aque les par-ceiros que traro as melhores contri-buies, onde quer que eles estejam.

    Por fi m, a empresa adota o princ-pio da construo da capacidade de pesquisa no Brasil. A Petrobras hoje a empresa que mais investe em cin-cia e tecnologia no pas. Dos cerca de R$ 4,8 bilhes despendidos em P&D pela companhia nos ltimos trs anos, cerca de R$ 1,2 bilho foi direcionado a universidades e institutos de pesqui-sa nacionais, parceiros da Petro bras na construo de infraestrutura experi-mental, na qualifi cao de tcnicos e pesquisadores e no desenvolvimento de projetos de pesquisa.

    Para fazer a gesto de investimen-tos dessa envergadura, foi criado em 2006 o mo delo de Redes Temticas. A empresa identifi cou 50 temas es-tratgicos na rea de petrleo e gs, e para cada te ma selecionou possveis colaboradores, que hoje somam cerca de 100 instituies nacionais de P&D. A rea laboratorial construda por meio dessa estratgia nas universida-des brasileiras j cerca de quatro ve-zes a rea existente do Cenpes, e para cada pesquisador da Petrobras, ou-tros dez participam, nas suas respecti-vas instituies de pesquisa, de estu-dos relacionados soluo de desafi os enfrentados pela Petrobras. Os inves-timentos feitos nas universidades, as-sociados aos investimentos que es-

    Dispndios em P&D por rea (2007-2009)

    ria bsica, res ponsveis pelos pri-meiros es tgios de projetos de grandes empreendimentos. Este um arran-jo genuno e singular, pois so pou-cas as empresas de petrleo que tm seu grupo de engenharia bsica dentro do centro de pes quisas, o que apro-xima os projetistas dos pesquisado-res, facilitando a aplicao de inova-es tec nolgicas nos projetos, explica Carlos Tadeu da Costa Fraga, gerente executivo do Cenpes.

    Quase metade dos pesquisadores tem mestrado e cerca de um quarto formado por doutores. Outro dado importante a proporo de empre-gados do Cenpes com menos de dez anos de companhia: j so quase 60%. Com este nmero, surge um grande de-safi o: a transmisso do conhecimento. E para isso, o Cenpes investe na capa-citao desse pessoal, de modo a ga-rantir a obteno de qualifi cao de ps-graduao de forma acelerada.

    O uso da tecnologia como alavan-ca para a expanso dos negcios conti-nua na ordem do dia. A Petrobras vem direcionando recursos expressivos pa-ra P&D, com cerca de R$ 4,8 bilhes

    investidos nos ltimos trs anos. A inovao na Petrobras se materializa com a aplicao prtica do conheci-mento gerado, para que esse conheci-mento se traduza em resultados po si ti-vos para o negcio da companhia. O montante investido nos ltimos anos em P&D indicativo da confi ana que a Petrobras deposita no esforo inova-dor, observa Carlos Tadeu Fraga.

    Atualmente, quatro princpios nor-teiam o desenvolvimento tecnolgico na Petrobras. O primeiro o alto ali-nhamento e foco. As carteiras de pro-jetos de pesquisa so formadas a partir de um desdobramento do Planejamen-to Estratgico e do Plano de Negcios da companhia, de modo que cada pro-jeto esteja voltado para oferecer solu-es que suportem uma ou mais metas de negcios e que, no conjunto, essas carteiras suportem os objetivos que a companhia precisa atingir.

    O segundo princpio, consequncia direta do primeiro, o foco na imple-mentao. O desenvolvimento tecno-lgico s se torna bem-sucedido aps sua implantao nos processos produ-tivos da companhia, diz Carlos Ta-deu. A integrao o terceiro princpio. parte da cultura da empresa a articu-lao com diversos atores fornecedo-res, universidades e at mesmo com ou-

    R$ 4,8 bilhes

    3%Outros

    10%Meio Ambiente

    4%Biocombustveis

    3%3%Gs & Energia 21%

    Abastecimento

    12%Explorao

    47%Produo

    O Cenpes tem

    hoje cerca de

    1.600 empregados prprios com

    dedicao exclusiva. Destes,

    1.300esto voltados para

    atividades de Pesquisa

    & Desenvolvimento (P&D).

    800so pesquisadores

    de nvel superior e

    500so tcnicos de laboratrio,

    com nvel mdio.

    O conhecimento gerado no Cenpes compartilhado com os pesquisadores: herana inovadora

    Os mais avanados recursos tecnolgicos esto disposio dos tcnicos: construo do saber

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    General Electric, Halliburton, IBM, Technip, TenarisConfab, Vallourec & Mannesman, Weatherford e Well-stream. Esse movimento representa uma enorme oportunidade no s pa-ra o setor petrleo, mas para diversos outros setores industriais brasileiros e, principalmente, para a nossa rea de Cincia e Tecnologia. Entre os inme-ros benefcios gerados para o pas, tais parcerias resultaro na criao de em-pregos e na formao de mo de obra brasileira altamente qualifi cada, enfa-tiza Ricardo Beltro, gerente-geral de P&D de Produo do Cenpes.

    Todo esse trabalho estruturado de fomento da inovao contribui para que a Petrobras seja reconhecida inter-nacionalmente como uma das empre-sas mais inovadoras do setor de ener-gia. Recentemente, a companhia foi considerada a quinta empresa mais ad mirada do setor petrleo, sendo a primeira no quesito Inovao, de acor-do com ranking da revista Fortune. O reconhecimento, divulgado em mar-o, provm da opinio de altos execu-tivos de empresas de todo o mundo, alm de analistas fi nanceiros, ouvidos para a elaborao do ranking Worlds

    Most Admired Companies, realizado anualmente pela Fortune, com con-sultoria do Hay Group.

    J o ranking das 50 Empresas Mais Inovadoras do Mundo, divulgado em abril pela revista Bloomberg Business Week em parceria com o Bos ton Con-sulting Group, destaca a Petrobras co-mo a 41a empresa mais inovadora. a nica empresa do Hemisfrio Sul e tambm a nica do setor de leo e gs a constar nessa lista, que levou em considerao uma pesquisa com altos executivos e os resultados fi nanceiros das empresas.

    tamos fazendo com a expanso do Cen pes, esto transformando o par-que tecnolgico nacional da rea de leo e gs em um dos mais bem apa-relhados do mundo, disse o gerente executivo do Cenpes.

    Com o pr-sal, sua escala e as opor-tunidades de negcios com a Petro-bras, fornecedores tradicionais, inclu-indo grandes multinacionais, esto procurando a companhia para estabe-lecer parcerias comerciais de longo prazo. Buscando fomentar o desenvol-vimento de parcerias intelectuais, a Petrobras tem estimulado essas em-

    presas a trazer suas pesquisas para o Brasil, por meio da construo de cen-tros de pesquisa no pas.

    Este movimento est sendo espe-cialmente bem-sucedido no Parque Tecnolgico da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), localizado na Cidade Universitria, prximo ao Cenpes. No Parque, j esto em anda-mento obras para a construo de cen-tros de P&D de quatro importantes fornecedores de equipamentos e servi-os para a indstria de energia: Schlum-berger, um dos maiores forne cedo-res de servios especializados na rea

    de ex plorao e produo do mun-do; Ba ker Hughes, concorrente da Sch lum berger, ambas com elevado investimento em tecnologia; FMC Technologies, grande fabricante mun-dial de equipamentos submarinos para produo de petrleo; e Usimi-nas, grupo siderrgico nacional, for-necedor de e s truturas metlicas, e a primeira empre sa brasileira a fazer esse movimento.

    Outras empresas esto seguindo o mesmo caminho, com previso de ins-talao de seus centros de pesquisa em outros locais no Brasil: Cameron,

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    A escalada tecnolgica da Petrobras

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    1999 2002 2008

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    Descobertas no mar

    Graas adoo de conceitos geolgicos de migrao de petrleo, descoberto o primeiro campo na plataforma continental do Brasil: Guaricema, em Sergipe. A companhia passa a investir pesado na explorao de petrleo no mar.

    Gigantes em guas profundas

    O conhecimento acumulado sobre reservatrios arenosos no mar e o mapeamento geofsico da Bacia de Campos levam a Petrobras liderana mundial na prospeco em guas profundas, depois da descoberta dos campos gigantes de Albacora e Marlim. No ano seguinte, criado o Programa Tecnolgico de Capacitao em guas Profundas (Procap).

    Tecnologia no refi no

    Criada a Fbrica Carioca de Catalisadores, que passa a produzir para as refi narias esses materiais, usados nas unidades de craqueamento cataltico fl uido (FCC). A tecnologia permite Petrobras adequar o parque de refi no s caractersticas do petrleo brasileiro e s demandas do mercado nacional.

    Desenvolvimento sustentvel

    O Cenpes cria reas dedicadas pesquisa em meio ambiente e biotecnologia, abrindo caminho para a incorporao dessas disciplinas s atividades da Petrobras.

    Excelncia offshore

    Instalada a primeira bomba centrfuga em poo satlite no mundo. Dois anos depois, a companhia descobre o maior campo de petrleo em seus 41 anos de histria: Roncador, na Bacia de Campos, com 9 bilhes de barris.

    Qualidade e efi cincia

    A Petrobras desenvolve o craqueamento cataltico de resduos, que transforma fraes pesadas do petrleo em derivados nobres. No mesmo ano, criada a gasolina Petrobras para a Frmula 1.

    Novas fontes e produtos

    Lanados os combustveis Podium. A Petrobras apresenta em 2005 o HBIO, processo de produo de diesel com leo vegetal. Em 2008, o Cenpes instala seu primeiro laboratrio de biologia molecular e microalgas. Em 2009, comea a produo semi-industrial de biodiesel, com mamona e girassol.

    Ecoefi cincia

    Comea a funcionar a Estao de Reso de guas na Refi naria de Capuava (Recap), a primeira da companhia a reaproveitar totalmente seus efl uentes.

    Novas fronteiras

    Pela primeira vez no mundo, a companhia instala um Sistema de Separao e Bombeamento Submarino (VASPS). No Campo de Marlim, em 2005, comea a ser usada a ssmica 4D, que aprimora o monitoramento dos campos. Um ano depois, acumulaes de leo leve so descobertas na camada pr-sal da Bacia de Santos. Em 2007 perfurado o poo descobridor de Tupi. Em 2008, a microbiologia passa a ser usada para aumentar a produo de petrleo, em reforo a tcnicas tradicionais; e o incio das operaes no Campo de Siri marca o domnio da produo de petrleo pesado e ultrapesado em guas profundas.

    Bacia de Campos

    A descoberta do Campo de Garoupa inicia o ciclo de sucessos exploratrios na regio, que viria a ser a grande produtora de petrleo no Brasil. Quatro anos depois, no Campo de Cherne, a companhia comea a utilizar no pas sistemas de produo antecipada, aumentando sua capacidade exploratria. E, em tempo recorde, inicia a produo na bacia.

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    TOsustentvel CRESCIMENTO

    PROGRAMA DE CONCESSO DE CRDITO PROMOVE A EXPANSO DO MERCADO FORNECEDOR BRASILEIRO DEDICADO CADEIA DE SUPRIMENTO DA PETROBRAS

    om o aumento dos inves ti -mentos da companhia e da participao dos forne ce do -

    res do Brasil nas novas demandas, com contedo nacional cada vez mais elevado, as empresas fornecedoras da rea de petrleo e gs tero de pro- duzir em maior escala, para garantir a oferta de bens e servios que sus ten- tem o crescimento contnuo do setor.

    Para facilitar a oferta de crdito em volume e condies que favo re am o crescimento sustentvel dos di versos nveis da sua cadeia de for ne cedores, a Petrobras iniciou em se tembro a primeira fase do Programa Progre-dir, desenvolvido pela rea Fi nancei-ra, em articulao com di ver sas outras reas da companhia e em conjunto com os seis maiores ban cos de varejo que ope ram no pas Ban co do Brasil, Bradesco, Caixa Eco n mica Federal, HSBC, Ita Unibanco e Santander , o BNDES, o Programa Nacional de Mobilizao da Inds tria Nacional de Pe trleo e Gs (Pro minp) e entidades de classe representativas da indstria fornecedora de bens e servios.

    H uma grande oportunidade pre sente no mercado brasileiro neste momento, e ela se origina no Plano de Negcios da Petrobras, que prev a realizao de investimentos de US$ 224 bilhes no perodo de 2010 a 2014, diz o diretor da rea Finan cei-

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    Obras do Gasoduto Campinas Rio (Gascar), que entrou em operao em 2008: a

    construo contou com vrios fornecedores de bens e servios para a Petrobras

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    O portal, que ser administrado por uma empresa subsidiria da Pe- trobras, a Procurement Negcios Ele- trnicos S.A. Petronect, armazena todas as informaes dos contratos de for necimento e fi nanciamento e retm os dados individuais de per-formance de cada fornecedor, agili-zando os pro cessos e a tomada de de-ciso por par te de cada participante e estimulando a competitividade en-tre os bancos.

    O papel do portalFerramenta de uso exclusivo do

    Progredir, o portal funcionar como um ambiente nico e padronizado pa ra relacionamento entre a Petro-bras, os bancos e os fornecedores de qual quer elo da cadeia de suprimen-to, que podero se cadastrar e soli-citar pro postas de fi nanciamento aos ban cos cadastrados.

    A Petrobras dar incio ao fun cio -namento do programa, atuando co -mo ncora de todo o processo, cadas-trando no portal os seus for necedores, que assumiro a obri ga o de esten-

    der aos seus subfor ne ce dores 50% do seu prprio fl uxo de recebveis futuros (no perfor ma dos) relacio-nados aos contratos de for ne cimen-to com a Petrobras. O portal enviar e-mails de convite e orien ta es para que os fornecedores rea lizem o pri-meiro acesso, com ple tan do seus da-dos cadastrais.

    Todos os participantes do pro -gra ma sero representados em um Co mi t de Gesto, que ter como prin- cipais funes acompanhar as ope -ra es do portal, verifi car o cumpri- men to das obrigaes assumidas por seus participantes, propor modifi ca- es e melhorias nos procedimentos, reco mendar penalidades a eventuais in fra tores, propor novas adeses ou ex cluses de seus membros.

    Faro parte desse Comit de Ges- to a Petrobras, representada pela rea Financeira e as suas principais reas contratantes, os ban cos par ticipantes e o Prominp, co mo representante das empresas for ne ce doras de bens e ser-vios brasileiras na cadeia de supri-mento da Petrobras.

    Veja mais no Portal Progredir

    www.progredir.petronect.com.br

    H uma grande oportunidade

    presente no mercado brasileiro neste momento, e

    ela se origina no Plano de Negcios da Petrobras, que prev a realizao de investimentos

    de US$ 224 bilhes no perodo de 2010 a 2014

    Almir Barbassa, diretor da rea Financeira e de

    Relacionamento com Investidores

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    Tcnicos trabalham no Estaleiro Atlntico Sul, em Ipojuca (PE): cadeia de produo

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    ra e de Relacionamento com Inves ti-dores, Almir Barbassa. As enco men- das da Petrobras geram um efeito muito positivo no desenvolvimento in terno da atividade econmica, o que tambm contribui para os resultados operacionais da companhia, pois mais de 80% de suas receitas pro vm do mercado brasileiro, diz.

    Crdito para crescerIniciativa pioneira no pas para

    fi nanciamento a fornecedores, o pro- grama, que reduz os riscos de surgi-mento de gargalos no for ne ci mento de bens e servios, nesta fase piloto contemplar uma frao me nor de participantes da cadeia de su primento da Petrobras.

    Aps este perodo inicial de tes tes e a eventual implementao de ajus tes que a verso defi nitiva do programa ser lanada, a partir de fevereiro de 2011, atendendo a to dos os partici-

    pantes da cadeia produtiva da compa-nhia, potencialmente qua se 100.000 empresas, informa Joo Carlos de Me-deiros Ferraz, gerente-geral de Gesto Financeira de Pro jetos Especiais de Fi-nanas, idea liza dor do Progredir.

    O conceito geral do programa es-t baseado na criao de um ambi ente favorvel para a concesso de cr di to, no s para os fornecedores di re tos, mas principalmente para os indire-tos, que tm mais dificuldade para obter fi nanciamentos e ala vancar sua produo.

    Esse crdito ser lastreado nos re-cebveis ainda no performados (oriun- dos de contratos de bens e ser vios ainda no entregues ou rea li za dos, en-volvendo tanto o risco de per formance quanto o de ina dim pln cia) em cada um dos contratos fi r ma dos entre os participantes da cadeia de fornece-dores da companhia. Mes mo que no seja uma fornecedora direta da Petro-

    bras, qualquer em pre sa que participe da cadeia de su pri mento da companhia poder le van tar recursos fi nanceiros jun to aos ban cos participantes do pro-grama, como um percentual do pre o total de seu contrato, explica Ferraz.

    O crdito no envolver recursos da Petrobras. Os recebveis gerados pela companhia provero maior su -por te e garantia concesso de cr-dito no performado junto ao mer -ca do bancrio brasileiro para toda a cadeia de fornecimento, pro mo ven do o acesso a esses recursos de for ma r-pida e em volume que garanta maior robustez fi nanceira aos fornecedores.

    Lanado durante a Rio Oil & Gas, em 16 de setembro, o Portal Pro gre dir disponibiliza informaes para os ban-cos sobre contratantes, con tra ta dos e seus contratos, esti mu lan do ca da em-presa a atrair seus pr prios fornece-dores para que participem dos benef-cios do programa.

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    Tcnicos da rea Financeira da Petrobras acessam o

    Portal Progredir: navegao fcil

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    BENEFCIO PROPORCIONAL OPCIONAL (BPO) J EST DISPONVEL PARA OS EMPREGADOS QUE REPACTUARAM AS REGRAS DO PLANO PETROS. A ADESO DEVE SER FEITA AT 30 DE NOVEMBRO

    NAL OPCIONAL (BPO) J EST DISPONVEL QUE REPACTUARAM AS REGRAS DO

    futuroPLANEJAR O

    O BPO corresponde ao benefcio de aposentadoria do Plano Petros que seria devido ao participante caso ele atendesse, em 1o de dezembro deste ano (data de referncia para aplica-o do BPO), s condies de elegi-bilidade para aposentadoria previstas no regulamento do Plano.

    S podero aderir ao BPO os par-ticipantes ativos que optaram pela re-pactuao das regras do Plano Petros do Sistema Petrobras. Quem optar pe-lo BPO vai receber um benefcio futu-ro mensal de aposentadoria em valor equivalente ao direito que acumulou no Plano Petros do Sistema Petrobras.

    Kit pelos CorreiosA Petros encaminhar para a casa

    dos participantes um kit contendo car-tilhas do BPO e do Plano Petros 2, o re-gulamento do Plano Petros Sistema Pe-trobras (com o captulo sobre o BPO) e um extrato preliminar com os valores estimados do novo benefcio e a data de elegibilidade do participante. O kit ser encaminhado pelos Correios, com Aviso de Recebimento (AR), para o en-dereo residencial do empregado que consta no cadastro da Petros.

    O processo de adeso simples. O primeiro passo acessar o hotsite do BPO no Portal Petros, onde o emprega-do ter informaes como os valores de clculo e o termo de adeso, que de-ve ser impresso em trs vias, a serem datadas, assinadas e entregues a um re-presentante Petros.

    O valor do BPO informado no ex-trato preliminar e no hotsite uma estimativa feita com base em clculo inicial. Esse valor ser recalculado con-siderando os salrios observados at a data efetiva de aplicao do BPO (1o de dezembro prximo), e um novo extrato ser encaminhado aos parti-cipantes no prazo de 120 dias, a con-tar dessa data.

    Feita a opo pelo BPO, o partici-pante poder aderir ao Plano Petros 2, iniciando as contribuies para esse plano em 1o de dezembro deste ano. A partir dessa data e at comear a

    receber o seu BPO, o participante dei-xar de pagar as contribuies regu-lares para o Plano Petros do Sistema Petrobras.

    Plano Petros 2

    Embora seja opcional, a inscrio no Plano Petros 2 fundamental para garantir uma cobertura previdenciria completa. A inscrio no Plano Petros 2 vai gerar um novo benefcio, total-mente desvinculado do BPO. Assim, quando o participante se aposentar, ele re ceber dois benefcios com ple-men ta res, alm do benefcio do INSS: o BPO do Plano Petros Sistema Petro-bras e o benefcio de aposentadoria do Plano Petros 2.

    O Benefcio Proporcional opcio-nal, mas, uma vez feita a opo, o par-ticipante no poder voltar atrs na deciso, a no ser que o valor constan-te no extrato defi nitivo seja inferior ao valor apresentado no extrato prelimi-nar. recomendvel, portanto, que cada um leia atentamente o contedo explicativo e o regulamento, e analise sua situao individual antes de deci-dir. Quem desistir do BPO volta con-dio de participante ativo do Plano Petros do Sistema Petrobras.

    Veja mais

    www.petros.com.br

    Superintendncia Nacional de Pre-vidncia Complementar (Previc) apro- vou, em 26 de agosto, a introduo

    do Benefcio Proporcional Opcional (BPO) no regulamento do Plano Petros do Sistema Pe-trobras. Os empregados que optarem pe lo BPO, o que dever ser feito at 30 de no vem-bro, podero se inscrever no Pla no Petros 2.

    A implantao do BPO faz parte do pro-cesso iniciado em 2003 com a proposta de adequao do modelo de previdncia com-plementar da companhia, a fi m de torn-lo cada vez mais sustentvel em longo prazo.

    A

    Quem optar pe lo BPO vai receber

    um benefcio futuro mensal de

    aposentadoria em valor equivalente

    ao direito que acumulou no

    Plano Petros do Sistema Petrobras

    Voc s poder aderir ao BPO se tiver repactuado as regras do Plano Petros; Se optar pelo BPO, recomendvel que voc se inscreva no Plano Petros 2, a fi m de garantir uma cobertura previdenciria completa;

    Ao optar pelo BPO e aderir ao Plano Petros 2, voc garante trs benefcios ao se aposentar: INSS + benefcio

    proporcional do Plano Petros + benefcio de aposentadoria

    do Plano Petros 2;

    No perca o prazo: a adeso ao BPO se encerra em 30/11/2010.

    Onde obter mais informaes:

    Central de Atendimento Petros: ligue para 0800 025 35 45 ou rota 811 8600, ou envie um

    e-mail para [email protected]

    Representantes Petros nos postos de atendimento dos Servios Compartilhados ou nas reas de RH.

    Esclarea suas dvidas

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  • meliponicultura, manejo de abelhas sem ferro, apresen-ta diferenas em relao

    apicultura que tor nam essa atividade vivel para a prtica familiar. Alm de a tcnica dispensar o uso do onero so equipamento para proteger os traba-lhadores das ferroadas, as popu laes ribeirinhas do Amazonas estado que concentra a maior variedade de meli-pondeos esto familiarizadas com essa variedade de abelhas.

    A fi m de impulsionar o desenvolvi-mento do municpio de Itapiranga, a Petrobras comeou a apoiar o projeto Meliponicultura em Itapiranga para a preservao ambiental, gerao de trabalho e renda. A ideia integra o plano de implantao de projetos de sustentabilidade no municpio, basea-do nas Diretrizes de Sustentabilidade e Gesto da Unidade de Operaes de Explorao e Produo da Amaznia (UO-AM).

    APOIO A PROJETO COM ABELHAS SEM FERRO GERA TRABALHO E RENDA PARA RIBEIRINHOS E AJUDA A PRESERVAR O MEIO AMBIENTE NA AMAZNIA

    Ar o desenvolvi-

    iniciativaDOCE

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    A partir de um investimento de R$ 80 mil, o projeto comeou em 2009 envolvendo 22 famlias, que em um ano quase dobraram a quanti-dade de colmeias. As 202 iniciais sal-taram pa ra 384. A estimativa do Sindi-cato dos Tra balhadores Rurais (STR) de Itapiranga, que conduz a iniciati-va com apoio do Instituto Iraquara, que at o fi m deste ano o projeto cui-de de 800 colmeias e passe a benefi -ciar 25 famlias.

    No Brasil, so mais de 200 esp-cies de abelhas sem ferro, como a uru-u verdadeira (Melipona scutellavis), a jandara (Melipona se mi nigra merri llae e Melipona subnitida), a ti ba (Melipo-na compressipes) e a mandaaia (Me -lipona quadrifaciata). Elas che gam a 400 espcies no mundo.

    A meliponicultura vem ganhando for a no mer cado brasileiro nas lti-mas dcadas com o desenvolvimento do mtodo de Fernando Oliveira, que

    criou em 2003, em Manaus, uma for-ma mais efi ciente de multiplicao de ninhos, aliada a um modelo de caixa mais racional. J a apicultura uma tcnica muito an tiga e tem sido usada principalmente na frica, na Chi na e no Brasil.

    Historicamente, as nicas abelhas existentes por aqui at a colonizao portuguesa eram as sem ferro. Em 1840, o padre Antnio Carneiro in tro-duziu no Brasil as abelhas de ferro

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    da espcie Apis mellifera, proveni en tes da Espanha e de Portugal. Em 1845, imigrantes alemes trou xeram para o Sul do pas a abelha Apis mellifera mellifera. Entre os anos de 1870 e 1880, as abelhas italianas Apis melli-fera ligustica foram introduzidas no Sul e na Bahia. Em 1956, o professor War-wick Estevan Kerr trouxe da frica, com apoio do Ministrio da Agricultu-ra, rai nhas africanas produtivas e resis-tentes a doenas.

    Em Itapiranga, o apoio ao projeto comeou a partir da realizao de cur-sos de biologia bsica das abelhas e de manejo das abelhas sem ferro. Alm da capacitao, as famlias receberam as primeiras colmeias e as caixas para multiplic-las da Rede de Tecnologia Social, em meados de 2006, e do Insti-tuto Iraquara, com o apoio do Progra-ma Fo me Zero da Petrobras, em 2009 e 2010. Hoje, segundo o STR, a popu-lao ribeirinha est sendo conscienti-zada a optar pelo manejo onde repro-duzido o ninho, e toda a produo coletada de forma planejada, sem agre-dir a vegetao ou matar as abelhas existentes no entorno dos rios e lagos do municpio.

    Este estmulo tem provocado o au-mento do consumo de mel por essas famlias, embora elas j estivessem fa-miliarizadas com a coleta de mel da fl oresta, de forma artesanal, para co-mercializao no mer cado local, a fi m de ser usado na medicina caseira e no cardpio do dia a dia.

    A meliponicultura uma atividade que exige pequenas reas. O produtor Manuel Moreira, por exemplo, traba-lha em uma rea de 20m x 50m e tem observado que, onde havia pastos, agora est voltando a ter fl oresta.

    A quantidade de mel produzida pela meliponicultura a cada coleta inferior da apicultura: varia de trs a cinco quilos por colmeia, enquanto a segun da pode chegar a 20 quilos em uma s colmeia. O mel de melipon-deos, de acordo com o STR, tambm tem colorao, aroma, fl uidez e aci-dez diferentes do mel comum, o que

    lhe confere um paladar extico. um produto de excelncia, como um bom vinho, que varia de preo de acordo com a qualidade do fruto local e das tcnicas com que processado.

    O manejo das abelhas sem ferro contribui para manter a fl oresta em p, em uma ao conjunta. Os homens recuperam reas degradadas, re plan-tando espcies que servem de ali men to para as abelhas, e ainda conservam as matas j existentes. As abelhas retri-buem polinizando as plantas. Segundo estimativas, as abelhas so respon s-veis por cerca de 40% a 90% de toda a po linizao das plantas da fl oresta. Na regio de Itapiranga, elas buscam o plen em fl o res de tarum, sapatei-ra, tapereb, ta chi, caf, laranja e mu-rici, entre outras. No por acaso, o produtor Ma nuel Moreira tem obser-vado um aumento na produo dos ps de laranja em seu quintal.

    Uma parceria entre o STR e a Se-cretaria de Educao de Itapiranga, com apoio do Instituto Iraquara e da prefeitura, est possibilitando que o mel produzido seja includo na meren-

    da escolar do municpio. Segundo o STR, ser feita proposta semelhante a todos os 11 municpios que traba-lham na meliponicultura introduzida pelo Instituto Iraquara. No ano passa-do, na primeira experincia de ven-da no mercado, a co mer cia liza o de uma tonelada de mel foi exclusiva para a Amazon Ervas.

    Este ano, o Instituto Ama znia es-t formalizando uma par ce ria com o Instituto Iraquara que poder aten der a todas as demandas de produo do Amazonas. Enquanto o Instituto Ama- znia faz a comercializao de todo o mel produzido, o Insti-tuto Iraquara e parceiros pas-sam a dar assistncia tcnica aos meliponicultores.

    A estimativa do Sindicato

    dos Tra balhadores Rurais

    (STR) de Itapiranga

    que at o fi m deste ano

    o projeto cuide de

    800 colmeias e passe

    a benefi ciar

    25 famlias.

    O mel produzido em Itapiranga foi

    introduzido na merenda escolar do municpio

    Veja mais

    http://mel.cpatu.embrapa.br/criacoes/meliponariosAs famlias de ribeirinhos esto sendo orientadas sobre o melhormanejo para a produo de mel de forma planejada em Itapiranga

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    GENTE

    ...e fabricar a cerveja com os amigos

    De uma coisa o engenheiro e ator

    Edmilson Barros no pode se queixar:

    monotonia. Afi nal, para dar conta de

    duas carreiras to di fe rentes, esse reci-

    fense de 46 anos faz verdadeiros mi -

    lagres em sua rotina, adequando os

    dias a tarefas to distintas como inter-

    pretar um coveiro bbado como o

    Chico Moleza que viveu no recente fi l-

    me O Bem Amado, de Guel Arraes

    e cuidar de projetos de ins tru men -

    tao, automao e controle de pro -

    cessos de plataformas co mo P-43,

    P-48 e P-53, na UO-Rio. uma pau-

    leira! Mas acho que con segui conciliar

    esse aparente confl ito entre as duas

    carreiras. E tra ba lhando muito. Se fi co

    duas semanas embarcado numa pla-

    taforma, depois uso a folga para gra-

    var uma novela ou ensaiar uma pea,

    e assim vou controlando essa ma te-

    m tica dos dias, diz Edmilson, que

    aca ba de passar cinco dias no To can-

    tins participando de cenas de Xin -

    gu, o mais novo fi lme de Cao Ham-

    bur ger. Com 21 anos de Petrobras,

    on de ingressou em 1989 mesmo

    ano em que deixou Recife para morar

    no Rio , Edmilson j desistiu h muito

    tempo de decidir qual carreira prio-

    rizar: Fico com as duas, com o maior

    prazer, ele brinca. A estrada como

    ator to longa quanto a de en ge-

    nheiro, e des lanchou de vez em 2002,

    quando ele ganhou visibilidade no

    meio artstico ao participar do elenco

    da pea Ma me no pode saber,

    de Joo Falco. No currculo, so

    mais de 30 peas de teatro, 14 fi lmes e

    cerca de duas de zenas de par ti ci pa-

    es em no ve las e mi nissries de TV

    co mo Tem pos Mo dernos, que ter-

    minou em julho, e De ca me ro (2009),

    em que inter pre tou o apai xonado Ca-

    lan dri no, que fazia par romntico com

    Tessa (Drica Moares).

    No set, no palco ou na plataforma

    Analista de sistemas da Ge rn cia

    de Tecnologia da Informa o da Pe-

    trobras Distribuidora, Nicholas Bitten-

    court, 30 anos, descobriu h pouco

    mais de um ano o prazer de fabricar

    sua prpria cerveja. Por in dicao de

    um ami go, ele fez um curso no Rio, e

    desde ento vem apri morando as re-

    ceitas, algumas com ingre di en tes pou-

    co ortodoxos em se tra tando de cer-

    veja, como cas ca de laranja, cereja, mel

    e rapadura. Sem pre procuro fazer algo

    mais elaborado, com um malte di fe -

    ren te, um fermento especial. Esse o

    grande barato da cerveja arte sa nal, a

    liberdade de criar uma com binao de

    ingredientes que pode gerar um sa-

    bor surpreen den te, ates ta Nicholas.

    A cozinha de um apar tamento vazio

    de um dos qua tro scios na emprei-

    tada a fbrica onde o grupo con -

    se gue fazer, no mximo, 60 litros em

    cada leva. O processo de mo ra do,

    du ra cerca de um ms, e a produo

    con sumida em ani ver srios de ami-

    gos, almoos de famlia e outros even-

    tos, ou re par tida entre os scios. No

    temos interesse comercial, mais o

    pra zer de fazer e apre ciar com os ami-

    gos, diz Nicholas, que, ao con tr rio

    do que se imagina, no con quis tou a

    autossufi cin cia em cer ve ja. E nem

    quero! H hoje tantas marcas interes-

    santes nos super mer cados que um m -

    nimo de de pendncia de importaes,

    neste caso, bem-vinda, ele brinca.

    Em busca da loura perfeita

    Quando no est servindo gua e caf

    pelas salas e corredores da rea de SMS

    da Petrobras, no Edise, o garom Marcos

    Antnio Brasiliano da Silva, 47 anos, es t

    s voltas com tintas, telas e pincis. Auto -

    di da ta, Marcos comeou a pintar h dez

    anos, e desde ento vem aprimorando seu

    estilo sob inspirao da escola impressio -

    nista: Sempre gostei de artesanato, prin-

    cipalmente de pintura em telhas coloniais.

    Co mecei a fazer quadros de forma espon-

    tnea, especialmente ma rinas e paisagens.

    Gosto mui to do estilo impressionista, ado-

    ro os quadros do Mo net. As tcnicas de

    pro fun didade e pers pectiva eu desenvolvi

    sozinho, com a expe rincia. Nunca fi z cur-

    so. Eu pinto um quadro por dia, nem deixo

    Arte na bandeja

    O analista de sistemas Benedicto Rimola, 44 anos, consul-

    tor de Tecnologia da Informao da Petrobras Dis tribuidora,

    comeou a jogar vlei inspirado na cha mada Gerao de Pra-

    ta, aquela que deu ao Brasil o vice-campeonato olmpico nos

    Jogos de Los Angeles, em 1984. Essa seleo marcou poca,

    com craques como Bernard, Renan, Montanaro e Badalhoca,

    lembra Be ne dicto, que participou de torneios de quadra e de

    rua at chegar ao vlei de praia, no fi nal dos anos 1980. Com

    um grupo de amigos, montei uma rede no Posto 2, em Co pa -

    cabana, que est ativa at hoje, conta. No mesmo ce nrio que

    abrigar o torneio de vlei de praia dos Jogos Olmpicos de

    2016, no Rio de Janeiro, Benedicto apura os saques e as cor-

    tadas nos fi ns de semana, quando no est s voltas com o

    Volleyhouse (www.volley house.com.br), circuito de vlei de

    praia de alto nvel tcnico para atletas no profi ssionais. O cir-

    cui to realizado anualmente desde 1999, no perodo do vero

    e do outono, com etapas em Copacabana, no Flamengo e na

    Bar ra da Tijuca. Tivemos a honra de contar com atletas con-

    sagrados, alguns campees mundiais, como Gui lherme Mar-

    ques, Par, Alemo, Garrido e Nilo, que jogaram no Volleyhou-

    se por manterem a paixo pelo vlei de praia, diz Benedicto,

    que cursa MBA em Gesto do Esporte e est cheio de planos:

    para 2011, a inteno criar a ver so feminina do circuito, que

    se chamar Volleyhouse Femme.

    Bola na rede, sem bloqueio: ponto!Benedicto

    se prepara para sacar nas areias de Copacabana: vlei no sangue

    e fabricar a cerveja com os amigos

    pra acabar no dia seguinte nem me arris -

    co a comear um segundo, explica ele,

    que montou seu ateli ao lado da chur-

    rasqueira, no quintal da ca sa em que

    mora em Bel ford Roxo, na Baixada Flumi-

    nense. Pelas con tas de Marcos que as-

    sina seus quadros com a sigla MB ou o

    im po nente Marcos Brasiliano, este um

    nome mais apropriado a artista , ele j

    vendeu mais de 30 telas. Uso o dinheiro

    pra com prar mais material de pintura e

    man ter esse que o meu maior prazer na

    vida, alm das minhas fi lhas: pintar, diz

    ele, que acaba de presentear as filhas

    Ana Beatriz, de quatro anos, e Maria Lui-

    za, de 11, com um grande painel em for-

    ma de caste lo de princesas.

    N t l

    Acima e na foto do alto (com Drica Moraes), o ator como Calandrino, um papel marcante

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    Brasiliano: marinas e paisagens

    impressionistas

    Nicholas d duro para moer a cevada...

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    ideia simples: pequenos cursos, com durao de ape-nas um dia, em que integrantes da fora de trabalho da Petrobras vivenciam situaes similares s da reali-

    dade de uma obra de dutos. O resultado animador: dissemi-nao de conhecimentos bsicos sobre esse tipo de empreendi-mento e maior integrao entre os trabalhadores, de auxiliares administrativos a engenheiros, com uma aprovao signifi cati-va do curso.

    A iniciativa partiu da Implementao de Empreendimen tos para Dutos Terrestres (IEDT), da Engenharia, e recebeu o nome de Aula de Dutos. As edies do curso ocorreram em trs sba-dos nos canteiros localizados em Itabora e Pinheiral, no Rio de Janeiro, e em Juiz de Fora (MG). Foram for madas sete turmas, com um total de161 integrantes da fora de trabalho, en tre em-pregados prprios e terceirizados, com adeso voluntria.

    O curso reproduz situaes vivenciadas no cotidiano dos canteiros de obras e da faixa de dutos (rea delimitada para a ins-

    talao da tubulao) , com direito a almoo em quentinhas e uso de banheiros qumicos. A turma chega pela manh e

    participa do Dilogo Dirio de Segurana, Meio Am-biente e Sade (DDSMS). Depois, segue para as au-

    las terica e prtica. A aula terica consiste basicamente em uma

    palestra que descreve todas as etapas e proces-sos existentes na construo de um duto, com a utilizao de slides e uma apostila. A aula prtica um simulado de construo de um duto, com uma maquete onde so usadas mi-niaturas de mquinas, caminhes, dutos de

    tubos de PVC, e rplicas de documentos, como licenas ambientais, relatrios e cronogramas,

    entre outros. Um verdadeiro teatro, como defi -ne o gerente do Empreendimento, Celso Araripe,

    UMA AULA DEUMA AULA DE

    integraoCURSO RPIDO REALIZADO PELA ENGENHARIA SIMULA REALIDADE DE OBRA E APROFUNDA SINERGIA ENTRE AS EQUIPES QUE ATUAM NA CONSTRUO DE DUTOS

    A

    As turmas, formadas por empregados

    prprios e terceirizados, vivenciaram em aulas prticas as situaes do cotidiano de uma

    obra de dutos

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    idealizador do projeto, que participou ministrando algumas aulas e auxilian-do monitores em outras.

    Mais do que merecidos foram os dois prmios conquistados pelo proje-to: em junho ele recebeu, junto com um projeto similar chamado Traba-lho em Campo (voltado para a pre-sena fsica da fora de trabalho nos locais onde realmente acontecem as obras), o primeiro lugar na categoria Relacionamento com o Pblico In-terno, no V Frum Petrobras de So-lues de Co municao. No evento,

    Araripe apresentou o programa Fer-ramentas para conhecimento e inte-grao da for a de trabalho em obras de dutos, que abarca os dois proje-tos. No dia 10 de agosto, o Aula de Dutos foi contemplado com o Pr-mio Destaque da Engenharia.

    Novos e antigosAraripe teve a ideia do projeto a

    partir de observaes e conversas com vrios empregados, quando consta-tou que pessoas que trabalham nos es-critrios e at mesmo no campo, dire-tamente nas obras, conheciam muito pouco sobre a diversidade de proces-sos e acontecimentos que envolvem uma obra de dutos. Araripe percebeu, ento, que era preciso aproximar ain-da mais a fora de trabalho da realida-de de campo, permitindo assim que as informaes fl ussem melhor.

    Como as obras de dutos percorrem grandes extenses, as equipes de fi s-calizao de obra fazem grandes des-locamentos de carro. Assim, de acordo com Araripe, a comunicao mui tas ve zes fi ca prejudicada. Uns no en-

    tendem por que no receberam um e-mail imediatamente por no conhe-cerem as difi culdades de comunica-o no campo. Na Aula, o objetivo que eles estejam no lugar do outro pa-ra compreender as difi culdades que cada um tem, observa. Para Arari-pe, isso ajuda especialmente na inte-grao entre os novos empregados e os mais antigos.

    Eu vim da UP s com o conheci-mento terico, e na Aula de Du tos con segui entender todo o ciclo de um empreendimento, afi rma o en-ge nhei ro de equipamentos Thiago Al-chaar Ma tos, que est na Petrobras h apenas dois anos.

    Troca de papis

    Tudo ocorre como em um jogo. Cada participante recebe um ou mais crachs de papel com as funes que deve exercer durante o curso. Se, por exemplo, um participante era fi s-cal de campo, naquele dia ele vira um fi scal do Ibama. explicado para to-dos que a obra no pode comear enquanto o Ibama no autorizar. En-to, eles tm que correr atrs das autorizaes, tudo muito rpido, inte-

    ra gindo com outros profi ssionais e com as difi culdades envolvidas neste processo, que chega a demorar anos, con ta Araripe.

    Outro participante representa o pa pel de um proprietrio da terra onde passa o duto. preciso ento ne-gociar com ele a permisso de pas-sagem e mostrar as autorizaes. No fi nal, o instrutor faz uma avaliao ge-ral do desempenho do gru po, a par tir de relatrios e outros documentos gerados durante a simulao. O feed-back foi positivo: 79% dos participan-tes deram a mdia de 9,3 ao projeto.

    Para o auxiliar administrativo Emer- son Diniz, a Aula de Dutos foi uma experincia muito proveitosa: Havia pes soas que eu s conhecia de nome. H meses falava com elas e nunca as tinha visto. Trabalho somente no es-critrio e no tinha noo de como era o trabalho na obra. Alguns ter-mos eu s conhecia de ouvir falar, co-mo desfi le de dutos, por exemplo. L eu entendi, na prtica, do que se tratava. No projeto, eu representei o papel de fi scal de contrato, uma fun-o que eu nunca tinha exercido. Foi muito legal.

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    O projeto Aula de Dutos conquistou dois prmios: em junho, recebeu o primeiro lugar na categoria Relacionamento com o Pblico Interno, e no dia 10 de agosto, foi contemplado com o Prmio Destaque da Engenharia No fi m da aula, o instrutor

    faz uma avaliao

    geral do desempenho

    do gru po, a partir de

    relatrios e outros

    documentos gerados

    durante a simulao.

    O feedback foi positivo:

    79% dos participantes

    deram a mdia de

    9,3 ao projeto.

    AIL

    TON

    ME

    ND

    ON

    A

    Os alunos almoaram em quentinhas num refeitrio similar ao de um canteiro de obras

    Tubos de PVC foram usados nas maquetes para simular a construo de um duto

    O gerente Celso Araripe (de p), idealizador do projeto, debate com os alunos um relatrio de planejamento

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    FIQUE POR DENTRO

    ISO 26000, a norma da Responsabilidade Social

    ENERGTICASBOA LEITURA

    Saborear grandes jor-

    nalistas-escritores como

    Zu enir Ventura e Luis Fer-

    nando Verissimo contando his-

    trias de vida e abrindo opinies a

    chamada para se ler Conversa sobre

    o Tempo (Editora Agir). O bate-papo en-

    tre os dois mestres foi mediado pelo

    jornalista Arthur Dapieve e aconteceu em

    retiro voluntrio numa fazenda no inte-

    rior do Rio de Janeiro, regado a cacha-

    a, comida boa e muita experincia. De

    vida e de letras. Vale para quem costu-

    ma ler um dos trs ou todos eles, para

    quem no viveu tanto quanto a dupla en-

    trevistada e, principalmente, para quem

    ainda no ouviu ou leu um deles falando

    sobre famlia, amor, amizade e alguns

    outros temas que permeiam o livro.

    Fbio Malta,

    Gerncia de Imprensa da

    Comunicao Institucional

    his-

    Em primoroso lanamento

    da Cosac Naify, chegou re cen-

    temente s livrarias a reedio

    de Dirio do Hospcio, de Lima

    Barreto, que traz tambm Ce mi-

    trio dos vivos, novela inacabada

    do autor do clssico Triste fi m de Po li-

    carpo Quaresma. Em Dirio, trans bor-

    dam as vivncias do escritor internado

    por alcoolismo no antigo Hospcio Na-

    cional, na Urca, prdio em que hoje es-

    t a Universidade Federal do Rio de Ja-

    nei ro. O livro rene fotos de poca, um

    prefcio de Alfredo Bosi e contos e cr-

    nicas sobre o tema, do prprio Lima

    Barreto e tambm de outros escritores,

    como Machado de Assis, Raul Pompia

    e Olavo Bilac, o que evidencia o desta-

    que dado loucura na literatura brasileira

    entre a segunda metade do sculo XIX e

    o incio do sculo XX.

    Andr Lus Cmara,

    Comunicao Empresarial dos

    Servios Compartilhados

    Petroqumica e gs natural levam desenvolvimento ao Nordeste Pioneirismo e modernidade nos

    60 anos da refi naria de Mataripe Com a presena do presidente Luiz

    Incio Lula da Silva, a Petrobras inaugurou,

    em 27 de agosto, dois importantes em pre-

    endimentos em Pernambuco: a unidade

    de fi os de polister da Companhia Pe tro -

    qumica de Pernambuco (Petro qu mica Sua-

    pe) e o Gasoduto Pilar-Ipojuca. A unida-

    de tem capacidade para produzir 240.000

    toneladas de fi lamentos e polmeros tx -

    teis por ano, e vai se juntar a duas outras

    plantas industriais a de produo de ci-

    do tereftlico (PTA) e a de resina PET no

    complexo petroqumico de Suape. A Pe-

    troqumi ca Suape foi constituda para es-

    truturar uma cadeia nacional de polister,

    capaz de esti mular o desenvolvimento dos

    diversos seg mentos que utilizam essa ma-

    tria-prima, como o de embalagens e, es-

    pecialmente, o txtil. Mais de 7.000 pessoas

    esto trabalhando no empreendimento, e

    no pi co das obras, previsto para novembro,

    se ro gerados mais de 8.000 empregos. J

    o gasoduto que liga Pilar (AL) a Ipojuca (PE)

    vai ampliar a entrega de gs natural para os

    estados de Pernambuco, Paraba e Rio

    Grande do Norte, dos atuais 3,5 milhes

    para 7,5 milhes de metros c bicos por

    dia. Com 189 quilmetros de ex ten so, o

    gasoduto utilizar gs proveniente da Re-

    gio Sudeste (bacias de Campos e Es prito

    Santo, alm da Bolvia e do GNL im portado

    por meio do Terminal de Rega sei fi cao

    da Baa de Guanabara), transportado pelo

    Gasene (Gasoduto da Integrao Su des-

    te-Nordeste), e da Regio Nordeste (ba -

    cias dos estados de Alagoas, Sergipe e Ba-

    hia). O produto vai abastecer importantes

    empreendimentos, entre eles a Refi naria

    Abreu e Lima e a PetroqumicaSuape.

    A Associao Brasileira de Normas

    Tcnicas (ABNT) e a Petrobras realizaram

    em setembro o Seminrio ISO 26000 A

    Norma Internacional de Responsabilidade

    Social, no Centro das Indstrias do Es ta do

    de So Paulo (Ciesp). Na ocasio, foi anun-

    ciada a aprovao da norma pe los pases-

    -membros da ISO com 93% dos votos fa-

    vorveis, ou seja, 66 dos 71 membros. O

    evento discutiu os resultados da Reu nio

    de Copenhague, que concluiu o con tedo

    da ISO 26000, e apresentou os desafi os

    das empresas brasileiras para im ple men -

    tarem a nova norma. Desde 2006, em par-

    ceria com a ABNT e a delegao brasileira,

    a Petrobras j realizou 14 seminrios no

    pas para debater o processo de cons tru -

    o da norma. A ISO 26000 especifi ca os

    prin cpios e temas centrais de respon sa bili-

    da de social e orienta as organizaes so-

    bre o modo de integr-los em sua atuao,

    con si derando os impactos econmicos, so-

    ciais e ambientais de suas atividades. A nor-

    ma tambm relaciona os temas que de vem

    ser considerados na esfera de in fl u ncia e

    na cadeia de valor da organizao, incluin-

    do seus fornecedores, parceiros comerciais,

    distribuidores e clientes.

    Pode navegar!

    A Petrobras lanou

    em agosto sua no -

    va pgina na Inter net

    para rela cionamento com

    in ves tidores. Exibindo visual

    mais moderno e con te dos de

    fcil aces so, o site conta com ca nais

    de com par tilhamento de in for maes

    nas redes so ciais Twitter e Slideshar,

    alm de uma verso para acesso via

    celular. No Twitter, acesse o perfi l @

    petrobras_ri.

    Presena mexicana

    O diretor-geral da empresa estatal de

    petrleo do Mxico, Petroleos Mexi -

    ca nos (Pemex), Juan Jose Suarez Co p-

    pel, visitou a Petrobras entre os dias

    17 e 21 de agosto. A comitiva mexi -

    cana demonstrou interesse em co -

    nhe cer o processo de transformao

    que levou a Petrobras a posicionar-se

    como umas das mais bem-sucedidas

    empresas de energia do mundo.

    Paixo nacional

    Patrocinadora do Campeonato Brasi-

    leiro de Futebol, a Petrobras registrou

    em 12 de setembro a vibrao da tor-

    cida do Botafogo durante a partida

    contra o So Paulo, no Engenho, em

    que o Fogo venceu por 2 a 0. A mas-

    sa alvinegra foi protagonista do oitavo

    documentrio da s rie Brasileiro Pe-

    tro bras, exibida no si te www.bra si -

    leira o petrobras.com.br e

    no canal exclusivo no You-

    Tube (www.youtube.com/

    brasi leirao pe tro bras).

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    O diretor de Explorao e Produo

    da Petrobras, Guilherme Estrella, se reu -

    niu em 13 de setembro com o ministro

    de Petrleo e Energia da Noruega, Terje

    Riis-Johansen, no Edise, para discutir

    possibilidades de cooperao entre a

    companhia brasileira e empresas norue-

    guesas, como a Statoil e fornecedoras

    de servios. Depois de uma apre sen -

    tao de Estrella sobre as oportunidades

    que se abrem a partir da proposta de

    novo marco regulatrio do setor, o mi -

    nistro noruegus disse que a Petrobras,

    a Statoil e as empresas de servio no rue-

    guesas esto indo na mesma direo

    na busca de novas formas de perfurao,

    em polticas de segurana e no desen -

    volvimento de projetos de reduo de

    emisses e captura e armazenamento

    de carbono. O futuro da indstria de

    pe tr leo e gs inclui menos emisses

    e a re soluo dos desafi os cli m -

    ticos, dis se o ministro. Petrobras e

    Statoil so par cei ras em quatro blo -

    cos exploratrios no Brasil.

    Encontro amplia oportunidades de novos negcios com a Noruega

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    O dia 29 de setembro foi de festa no

    Recncavo Baiano: a Petrobras co me -

    morou o sexagsimo aniversrio da Re -

    fi naria Landulpho Alves Mataripe (RLAM),

    a primeira unidade de refi no do Brasil. A

    cerimnia homenageou o primeiro em -

    pregado da refi naria, Antnio Celestino

    dos Santos. O presidente da Repblica,

    Luiz Incio Lula da Silva, presente ao

    even to, falou sobre o pioneirismo da RLAM,

    construda trs anos antes da criao

    da Petrobras. A RLAM pode ser consi-

    derada uma es pcie de irm mais velha

    da Petrobras. Foi a primeira grande re-

    fi naria cons truda no Brasil, disse Lula. J

    o pre sidente da Petrobras, Jos Sergio

    Gabrielli de Aze vedo, lembrou que, quan-

    do foi criada, a refi naria processava

    25.000l barris e o Brasil produzia algo

    prximo de 2.000: Essa refi naria pro-

    vocou uma re voluo na Baa de Todos

    os Santos; to da indstria que cresceu na

    Bahia foi in fl uenciada pela unidade, ob-

    servou Ga bri elli. Em constante moderni-

    zao, a RLAM se prepara para pr em

    operao novas unidades in dustriais que

    vo produzir combustveis menos po-

    luentes a partir de 2011. As obras de mo -

    dernizao atualmente empregam 8.500

    pessoas. As obras na re fi naria no visam

    aumentar a produo, mas melhorar a

    qualidade do produto fi nal, diminuindo a

    quantidade de enxofre nos combustveis,

    ressaltou o presiden te da Petrobras.

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    FIQUE POR DENTRO

    ENERGTICAS

    Produo de petrleo e gs bate recorde em agosto

    Convnio prev coleta de leo de fritura para a produo de biodiesel

    A Petrobras Biocombustvel assinou em

    setembro um convnio com a Rede de

    Catadores de Resduos Slidos Re ciclveis

    do Estado do Cear, em evento que reuniu

    cerca de 130 catadores e re presentantes

    de instituies parceiras. O objetivo de -

    senvolver aes em conjunto para a co leta

    de leos e Gorduras Residuais (OGR), em

    especial o leo de fritura, que ser destina-

    do produo de biodiesel na Usina de

    Quixad. Segundo o diretor de Su primento

    Agrcola da Petrobras Bio com bus tvel, Janio

    Rosa, o objetivo qualifi car a coleta des-

    se leo, geralmente jogado na natureza,

    e aproveit-lo como fonte de ma tria-prima

    para biodiesel, gerando postos de trabalho

    e agregando valor e renda a uma atividade

    j realizada pelos catadores. Iniciamos com

    250 pessoas e sete asso ciaes. Mas is-

    so s o comeo. Vamos desenvolver par-

    cerias para a difuso de conhecimento e

    tecnologia, contribuindo para a gesto da

    entidade por meio de treinamento e ferra-

    mentas de gesto, dis se Rosa. Sobre o

    potencial de apro vei ta men to de OGR, um

    levantamento feito pe lo Grupo de Estudo e

    Pesquisa em Infra es trutura de Transporte e

    Logstica de Ener gia, da Universidade Fede-

    ral do Cear, mos tra que 52 milhes de li-

    tros de leo de cozinha so despejados nos

    esgotos todo ano.

    Com 2.598.763 barris de leo equi -

    valente (boed), a produo mdia diria

    de petrleo e gs natural no Brasil e no

    exterior em agosto fi cou 2,7% acima do

    volume registrado no mesmo ms de

    2009, quando foram produzidos 2.530.559

    boed, e 0,7% maior que os 2.580.932

    produzidos em julho passado. Con si de-

    rando apenas os campos no Brasil, a pro-

    duo mdia diria alcanou 2.351.951

    boed, com um aumento de 2,4% em re-

    lao aos 2.296.260 boed extrados no

    mesmo ms de 2009, e de 0,7% quan do

    comparado ao volume produzido em ju-

    lho ltimo. A produo exclusiva de petr-

    leo dos campos nacionais chegou a

    2.022.461 barris por dia e foi 2,1% su -

    pe rior aos 1.980.222 barris por dia pro-

    duzidos em agosto de 2009. Esse resul-

    tado foi con sequncia do aumento da

    produ o da plataforma FPSO Cidade

    de San tos em Urugu (Bacia de Santos), e

    do FPSO Capixaba no Parque das Ba-

    leias, no Es prito Santo (Bacia de Campos).

    A produo de gs natural dos campos

    nacionais atingiu 52.385.000 me tros cbi-

    cos dirios em agosto, mantendo-se nos

    mesmos nveis em relao ao ms ante-

    rior e a agosto de 2009.

    A preferida

    A Petrobras recebeu em 25 de agos-

    to, na Federao das Indstrias de

    Santa Catarina, o certifi cado IMPAR n-

    dice das Marcas de Preferncia e Afi -

    nidade Regional, na categoria Rede

    de Combustveis, como a mais lem -

    brada e preferida este ano pelos con -

    sumidores da Grande Florianpolis.

    Recorde de inscries

    Foram encerradas com nmero re -

    corde de projetos as inscries para a

    seleo pblica do Programa Petro -

    bras Ambiental 2010, que investir R$

    78 milhes. Entre 21 de junho e 30

    de agosto, foram inscritos 928 pro -

    jetos de todas as regies do Brasil. O

    total de inscritos representa um au -

    mento de 4% em relao ltima se-

    leo, em 2008.

    Biocombustveis na pauta

    O diretor de etanol da Petrobras Bio -

    combustvel, Ricardo Castello Bran co,

    participou em 14 de setembro do pai-

    nel Energias Alternativas e Re no v -

    veis na Matriz Global de Energia, no

    World Energy Congress 2010, em Mon-

    treal, no Canad. Em sua apre sen ta-

    o, Castello afi rmou que a pro du o

    de bicombustveis est pro gre dindo

    no Brasil, permitindo que o pas cum -

    pra as metas de reduo de emis ses

    dos gases do efeito estufa.

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    Janio Rosa cumprimenta uma catadora na solenidade de assinatura do convnio

    Os broches com a logomarca da Petrobras foram criados

    em 1964 para homenagear os primeiros empregados que com-

    pletaram dez anos de trabalho na companhia. Eram escudos

    de ouro, com a logomarca de losango e um rubi, entregues de

    1964 a 1973 (foto menor).

    Com a evoluo da marca da companhia, os broches fo-

    ram mudando. De 1974 a 1992, um losango vazado, de ouro

    amarelo, era conferido aos empregados com dez anos de

    casa; o de ouro branco, para os que chegavam aos 20 anos

    de trabalho; e o de ouro amarelo com trs pedras, para aque-

    les com 30 anos de servio.

    A homenagem foi suspensa em 1993, mas a partir de 1996

    os broches voltaram a ser distribudos aos empregados, des-

    ta vez com a logomarca BR, e, devido a uma proibio legal,

    confeccionados em lato.

    O brilho dos broches voltou em 2003, com os novos escu-

    dos folheados a ouro 18 quilates e uma esmeralda facetada

    para cada dcada completada (foto maior). Na ocasio, foram

    entregues mais de 30.000 broches novos, trocados pelos an-

    tigos distintivos de lato dos empregados e aposentados ho-

    menageados no perodo.

    A condecorao por tempo de servio uma das modalida-

    des de reconhecimento adotadas pela Petrobras. Os petroleiros

    so homenageados em uma cerimnia na qual recebem diplo-

    mas, alm dos broches. Este ano, sero entregues 4.552 bro-

    ches, sendo 142 para os que completam dez anos; 2.237 para os

    de 20 anos; 2.147 para os de 30; 21 broches para os de 40; e 5

    para os que esto completando cinco dcadas na companhia.

    Orgulho no peito

    MQUINA DO TEMPO

    FOTO

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