celeiro rural

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Agricultor instala sistema de armazenagem de grãos em pequena propriedade Declaração de propósito Iniciamos aqui a publicação de um caderno que, em edições mensais, pretende alimentar debate e retratar o caminho da agropecuária em suas múltiplas facetas, com preferência sobre a Região Celeiro. Por território com sua economia baseada no agronegócio, julgamos oportuno conjugar esforços nesta direção, compactando assuntos pertinentes ao campo em páginas especificas. Sem pretensão de perfeccionismo, porém com foco no exequível, o caderno circulará encartado em edição regular em cada mês. Contribuições serão especialmente consideradas. Com apoio e orientação técnica da EMATER, pequeno agricultor de Santo Augusto instala sistema de secagem e armazenamento de grãos em sua propriedade. Milton Miguel Moresco, da localidade de São Jacó, vislumbra ótimos resultados decorrentes do investimento. Página 4 Rede Leite constata resultados em Campo Novo Página 5 Engenheiro agrônomo Bento Augusto Lopes e o agricultor Milton Miguel Moresco demonstram o funcionamento do sistema ANO 1- Nº 01 SANTO AUGUSTO/RS - JUNHO 2012 Agricultor Repór ter: Tem alguma notícia? Envie para nós no e-mail: [email protected] ou nos chame para fazer a reportagem através do fone (55) 3781-4060. pag 01rural.pmd 28/06/2012, 15:55 1

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Page 1: celeiro rural

Agricultor instala sistema dearmazenagem de grãos em

pequena propriedade

Declaração de propósitoIniciamos aqui a publicação de um caderno que, em edições

mensais, pretende alimentar debate e retratar o caminho da

agropecuária em suas múltiplas facetas, com preferência sobre a

Região Celeiro. Por território com sua economia baseada no

agronegócio, julgamos oportuno conjugar esforços nesta direção,

compactando assuntos pertinentes ao campo em páginas especificas.

Sem pretensão de perfeccionismo, porém com foco no exequível,

o caderno circulará encartado em edição regular em cada mês.

Contribuições serão especialmente consideradas.

Com apoio e orientação

técnica da EMATER, pequeno

agricultor de Santo Augusto

instala sistema de secagem e

armazenamento de grãos em

sua propriedade. Milton Miguel

Moresco, da localidade de

São Jacó, vislumbra ótimos

resultados decorrentes do

investimento.

Página 4

Rede Leite constataresultados em Campo Novo

Página 5

Engenheiro agrônomo Bento Augusto Lopes e o agricultor Milton Miguel Moresco demonstram o funcionamento do sistema

ANO 1- Nº 01SANTO AUGUSTO/RS - JUNHO 2012

Agricultor Repórter: Tem alguma notícia? Enviepara nós no e-mail: [email protected] nos chame para fazer a reportagem através do fone(55) 3781-4060.

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RURAL2 Sexta-feira, 29 de junho de 2012

Pensando gestão rural - Planejamento estratégico: é preciso(!?)

“Planejamento de longo prazo não lida com decisões futuras, mascom o futuro de decisões presentes” (Peter Drucker)

Carolina Bilibio ,é doutora em Engenharia Agrícola pelaUniversidadede Lavras/UniKassel.

[email protected]

Atualmente, a globalização da economia exige queos produtores rurais se transformem em empresáriosrurais, através de uma nova postura gerencial quedemanda uma ampla gama de conhecimentos gerais eo domínio na condução do negócio, levando o agricultora l idar com aspectos técnicos, econômicos,mercadológicos, de recursos humanos e ambientais.Estas mudanças elevam a complexidade gerencial daprodução agrícola, tornando indispensável que oempresário rural tenha estratégias de gestão bemdefinidas, pratique planejamento e, através de

orçamentos e do conjunto de informações numéricas dasua empresa, possa aperfeiçoar a tomada de decisãopermitindo ganhos de eficiência que podem garantir asua continuidade, apesar das margens de rentabilidadecada vez mais apertadas, acompanhando a tendência deoutros segmentos competit ivos da economia. OPlanejamento pode ser considerado como um processo,desenvolvido para o alcance de uma situação desejadade um modo mais eficiente e efetivo, com a melhorconcentração de esforços e recursos pela empresa. Já oPlanejamento estratégico é uma técnica administrativa,que através da análise do ambiente externo e interno deuma organização, desenvolve a consciência dasoportunidades e ameaças de um empreendimento, dosseus pontos fortes e fracos para o cumprimento da suamissão, com estratégias adequadas para aproveitar asoportunidades e evitar os riscos no contexto do cenáriofuturo. O planejamento estratégico nas empresas rurais,

aquelas que exploram a capacidade produtiva dos solo,através do cultivo da terra, da criação de animais e datransformação de determinados produtos agrícolas,pode contribuir para a analise de seu ambiente externoe interno, destacando-se as principais oportunidades eameaças com relação a evolução da empresa paracumprir sua missão, considerando algumas tendênciasdo setor agrícola, que podem estar relacionadas aprodução orgânica, novas formas de comercialização,novas tecnologias, novas formas de financiamento,facilidade de acesso as informações, clima. Já na análisedo ambiente interno da organização evidencia-se ospontos fortes e fracos da empresa, que podem afetá-lano decorrer da sua evolução, como os índices deprodutividade, sistema hídrico, armazenagem. Mas esteprocesso é constante, principalmente quanto aimplantação do plano, para concretizar ao longo dotempo os objetivos da empresa.

A Agricultura Familiar é constituída por pequenos emédios produtores, que representam a imensa maioriarural no Brasil. Agricultores familiares são pessoas quepodem diversificar a produção, diluir custos, maximizar arenda e aproveitar as oportunidades de oferta ambientale disponibilidade de mão-de-obra da família. Com isso,os empreendimentos familiares apresentam comocaracterísticas, a administração pela própria famíliatrabalhando diretamente, envolvendo a unidade produtiva:família, produção e trabalho.

Segundo estudos apresentados, a Agricultura Familiarpode ser entendida como aquela em que a família, aomesmo tempo em que é proprietária dos meios deprodução, trabalha no estabelecimento produtivo. Dessaforma, esse caráter familiar não é mero detalhe superficiale descritivo. O fato de uma estrutura produtiva associarfamília, produção e trabalho, tem consequênciasfundamentais para a forma como ela age econômica esocialmente. Logo, essa categoria é genérica, pois acombinação entre propriedade e trabalho, assume notempo e espaço, uma grande diversidade de formas sociais.

Agricultura Familiar é caracterizada por uma forma deprodução em que o núcleo de decisões, gerência, trabalhoe capital são controlados pela família, ou seja, todos sãopatrões e empregados de si próprios ao mesmo tempo.Dessa forma, configura-se como uma produção em quepredomina a interação entre gestão e trabalho. São osagricultores familiares que dirigem o processo produtivoda propriedade, dando ênfase na diversificação daprodução. Logo, não cabe a ideia da monocultura, tornandonecessário abrir espaço para outras culturas e, por isso,exerce importante função ambiental, econômica e social.

Em relação ao aspecto ambiental, diz respeito àsquestões ligadas a preservação do meio ambiente. Noaspecto econômico, atua como meio de sobrevivênciadas famílias e, no aspecto social, garante a melhoria naqualidade de vida das pessoas.

Os agricultores famil iares estão encontrandoalternativas para se manter no campo. Apesar de grandeparte das propriedades serem pequenas (em média 20ha), a diversificação da produção está se tornando práticacomum para a maioria delas. O agricultor desenvolveatividades variadas, objetivando manter a família e apropriedade, estas práticas estão possibilitando que oprodutor adquira renda e acredite ser possível odesenvolvimento a partir da pequena propriedade.

A Agricultura Familiar configura-se nas unidadesprodutivas em que todo e qualquer trabalho é desenvolvidopelos membros da família, que detêm a posse da terra edos instrumentos de trabalho, bem como tenha pelomenos 80% da renda familiar proveniente da atividadeagropecuária.

EditorialEditorialEditorialEditorialEditorialAgricultura Familiar

DIRETOR:Pedro Valmor MarodinEDITOR:Renato MarodinDIAGRAMAÇÃO:Cleusa StradaARTE(logo):Adriane DornelesREDAÇÃO:Lúcio Steiner/Alaides Garcia dos Santos

EXPEDIENTE

Depois de várias edições sendo realizado em Foz doIguaçu, no Paraná, o 13º Encontro Nacional do PlantioDireto será sediado em Passo Fundo. O evento acontecede 09 a 11 de julho e terá como sede a Universidade dePasso Fundo (UPF), na estrutura do centro de eventos.Uma promoção da Federação Brasileira do Plantio Direto(Febrapdp). A expectativa da organização é de reunir umpúblico que ultrapasse mil pessoas, entre produtores,técnicos, estudantes e pesquisadores.

O evento está sendo organizado por uma comissão deentidades de Passo Fundo e região. “Chegamos a umconsenso de que precisamos fazer um formato do eventoque fosse atrativo para o público que queremos que sejana sua maioria produtores”, salienta o agrônomo EduardoCopetti, gerente de Desenvolvimento de Mercado eProduto da Semeato e membro da comissão que está àfrente dos trabalhos. Dentre os assuntos que serãodiscutidos no encontro estão quatro grandes temascentrais que trazem para debate os desafios eoportunidades da diversificação; contribuição do sistemaplantio direto no sistema fitossanitário, manejo da

RS será maior produtor dopaís neste ano

Passo Fundo sedia encontro nacionalMais de mil pessoas são esperadas de 09 a 11 de julho na UPF, durante o 13º Encontro Nacional do Plantio Direto

Fabio Polo na sua plantação

TRIGO

PLANTIO DIRETO

Expectativa é de aumento na área cultivada em 7% com relação à safra passada, passando dos 930 mil hectares no Estado

fertilidade físico-química do solo; e mecanização daagricultura de precisão.

A intenção de realizar o evento em Passo Fundo temo intuito de reunir mais produtores. “Estávamos umtanto quanto preocupados porque o encontro eradirecionado para a parte técnica e pesquisa, enquantoque a participação de produtores era baixa”, afirmaCopetti. As primeiras reuniões foram realizadas em junhode 2011. “Conseguimos formar uma comissão, uma forçatarefa, reunindo Semeato, Emater, Embrapa,cooperativas da região como Cotrijal, entre outros, ejuntos com a Febrapdp.

Conforme Copetti, a intenção de fazer o encontro emPasso Fundo foi demonstrada à Febrapdp ainda no últimoevento que foi realizado em Foz do Iguaçu. “Propusemosaos dirigentes da federação, a possibilidade do próximoencontro ser realizado em Passo Fundo. Como justificativapara isso, utilizamos que há muitos anos não aconteceum evento de grande porte relacionado ao plantio diretona região”, justifica ele, lembrando que o último eventofoi em 1998, o Simpósio Internacional de Plantio Direto.

O período da semeadura na região Noroeste iniciouem maio. Em Santo Augusto foram plantados 11 milhectares de trigo, segundo fonte da Emater/RS/SantoAugusto. A expectativa é de que no Rio Grande do Sul hajaum aumento entre 6% e 7% da área a ser plantada,passando dos 930 mil hectares do ano passado para 980mil hectares este ano. O aumento se justifica pelo grandesucesso que o cereal teve em 2011, pertinente à boaprodutividade e qualidade. Há também a preocupação,interesse e necessidade dos agricultores em recuperar osprejuízos que tiveram com o milho e a soja causados pelaestiagem que assolou a região noroeste e boa parte doestado no último verão. Em contrapartida, o estado doParaná, que era o maior produtor de trigo do país reduziumais de 20% a área plantada, haja vista que lá é possívelcultivar o milho safrinha, pois não há ocorrência de geada,sendo mais vantajoso que o trigo.

No momento, as perspectivas para a produtividade sãoas melhores, pois os produtores estão fazendo uso de boatecnologia e estão plantando na época certa e usandovariedades muito produtivas. A produtividade do Estado noano passado foi recorde, com 2,9 mil quilos, com uma médiade 50 sacas por hectare, constatando que uma boa adubaçãoé muito importante, não apenas para o rendimento, maspara a obtenção de boa qualidade para a indústria.

Mesmo com o aumento do dólar que fez subir, mais oumenos, 30% o preço dos fertilizantes, se deu bem quem játinha comprado os insumos para safra de inverno, comoé o caso do Fábio Polo, produtor de trigo e soja de SantoAugusto. Ele já começou o plantio de 900 hectares de trigo(cultura de inverno) em sua propriedade, com insumoscomprados pelo preço antigo.

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Page 3: celeiro rural

Na última terça-feira, dia 19 de

junho, um grupo de 11 agricultores,

membros da Associação da

Agricultura Familiar de Nova Ramada

realizaram uma visita no município

de Santo Augusto para conhecerem

as feiras de hortifrutigranjeiros

daquele município.

Agricultores familiares de Nova Ramadavisitam feiras de hortifrutigranjeiros

Durante a viagem promovida pela

Secretaria Municipal de Agricultura

e EMATER, os agricultores tiveram a

oportunidade de conhecer as duas

feiras que funcionam em Santo

Augusto, sendo uma próxima ao

centro e outra em um bairro da cidade.

As feiras são formadas por nove

produtores e abertas às terças,

quintas e aos sábados. Segundo eles,

a procura pelos produtos é grande, o

que garante uma boa rentabilidade.

Os visitantes também

conheceram a propriedade de um

dos feirantes, que adquiriu a alguns

anos cerca de quatro hectares através

do antigo Banco da Terra. Ele conta

que iniciou com uma estufa e foi

aumentando aos poucos sua

produção até chegar às atuais 17

estufas, onde são produzidos diversos

produtos, como alface, cenoura,

beterraba, rabanete, couve, repolho,

tomate, morango, temperos, dentre

outros.

Através destas medidas, a

Secretaria de Agricultura juntamente

com a EMATER visam incentivar o

aumento da produção de

hortifrutigrangeiros no município,

tendo em vista atender a demanda

do mercado local e da merenda

escolar e gerar mais renda para os

produtores.

RURAL 3Sexta-feira, 29 de junho de 2012

Estufa com destaque para a alface

Visita a um produtor

Comitiva visitou as duas feiras

Agricultores que integraram a caravana

Em reunião ordinária realizada naquinta-feira (21/06), a Comissão deAgricultura, Pecuária eCooparativismo da Al-RS aprovouaudiência pública, solicitada pelodeputado Ernani Polo, para debateras dificuldades enfrentadas pelosprodutores de suínos do RS, quesofrem prejuízos com os altos custosde produção, o baixo valor pago pelosuíno e também pelos reflexos nasvendas, devido aos embargosrealizados ao produto brasileiro porpaíses importadores como China,Rússia e Argentina. “Estamosvisualizando em nossas viagens pelointerior gaúcho a situação crítica naqual se encontram os suinocultoresgaúchos, que sustentam a cadeia eenfrentam os altos custos deprodução. Vamos discutir e prepararmedidas de mobilização paralevarmos ao governo federal, paraque exista uma postura firme sobreos embargos, pois não podemospermitir esta situação, onde o produtornão consegue ter renda naatividade”, avalia o presidente daCAPC, deputado Ernani Polo.A audiência será realizada nopróximo dia 2 no espaço daconvergência da Assembleia.

Para o presidente da Associaçãodos Criadores de Suínos do RS(ACSURS), a grave crise que ossuinocultores enfrentam precisa sercombatida urgentemente: “Osprodutores estão trabalhando comcusto bem acima do que vemrecebendo pelo suíno. Os valorespara produzir um quilo de suíno no RSgiram em torno de R$ 2,60, porém oproduto é comercializado entre R$1,70 a R$ 1,80 reais o quilo. Portantoé importantíssimo levar esta situaçãoao conhecimento da assembleia, parafazermos um debate interno e a partirdaí deliberar pleitos para apoio emrelação a isto. O consumidor quepara caro pelo produto lá na ponta eo produtor não tem rentabilidade.Quem é que está ficando com estadiferença?”, diz Valdecir Folador

O Presidente da ACSURS tambémconvoca os produtores para umamobilização nacional, no próximo dia12/07, onde haverá audiência públicano Senado Federal reunindo ossuinocultores brasileiros através daABCS. “Necessitamos também dareorganização da cadeia desuinocultures do Brasil, pois osprodutores é que carregam todo oprejuízo das questões da exportaçõese da produtividade”, segue Folador.

Crise dasuinocultura será

debatida emaudiência pública na

AL-RS nopróximo dia 2

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Page 4: celeiro rural

RURAL4 Sexta-feira, 29 de junho de 2012

A Emater/RS-Ascar vem desenvolvendo importanteprojeto destinado aos agricultores familiares, pertinenteà armazenagem/aeração de grãos em silos. Analisando aregião e em especial os agricultores assistidos, a Emater,segundo dados fornecidos pela instituição, se encontramcom uma infraestrutura montada para transporte,secagem e armazenagem terceirizadas, fora dapropriedade e de alto custo, além dos grãos estarem “forado alcance das mãos” dos agricultores para barganharempreço e por diferencial de qualidade na venda do produto.Também no fornecimento de alimento às criações oproduto que retorna possui qualidade duvidosa.

Nesse sentido, o chefe do Escritório da Emater/RS-Ascar de Santo Augusto, Engenheiro Agrônomo BentoAugusto Lopes e equipe, tomou a iniciativa de oferecer aospequenos agricultores, ou agricultores familiares domunicípio, o projeto de implantação de Silo Secador, comaeração de grão em silos, figurando como pioneiro oagricultor familiar Milton Miguel Moresco, na localidadede São Jacó, local onde, desde o mês de março está emfuncionamento o primeiro silo de secagem com ar forçado.

A reportagem do jornal O Celeiro esteve na propriedadede Milton Moresco, onde ouviu dele, e também doengenheiro Bento, chefe do Escritório da Emater de SantoAugusto, relato sobre a implantação do Silo Secador.

Bento Augusto Lopes diz que essa questão daarmazenagem é plenamente viável de se resolver. Épossível o pequeno produtor ter tecnologia para armazenargrãos em nível de propriedade, independente do tamanhodo produtor. Portanto, isso é possível. A Emater temtrabalhado ao longo dos últimos anos com vários modelos,tendo iniciado com secagem de grãos, pequenossecadores, com fornalha, uma vez que a entidade dispõede técnicos especializados nessa área, e a evolução chegouatravés desse projeto de “secagem com ar forçado”.

Existem vários tipos de secagem, do tipo aeração, disseo agrônomo Bento, então nós chegamos a este projeto,modelo de aeração, “silo secador”, o que pode ser feito devários tamanhos, independente do porte da propriedade,se pequeno, médio ou grande produtor. E para o pequenoprodutor, esse é o projeto que chegou e está dando bonsresultados. É relativamente barato e com tecnologia aoprodutor, onde, segundo dados que se tem, em dois ou trêsanos ele já paga o investimento, porque não tem custo desecagem, não tem custo de transporte, enfim, fica com ogrão na propriedade, com alta qualidade, aproveita todosos resíduos e está ali com o grão disponível quando precisa,e até a venda do excedente. O agricultor pode vender emnível de propriedade, e é um produto altamente valorizadoporque é um grão diferenciado, de uma grande unidadesecadora, produto de qualidade que está à disposição dopequeno agricultor, na sua propriedade, podendo serfeito, também, em nível de uma comunidade, agregando

mais de um produtor que podem se unir e fazer um silosecador comunitário, até porque o agricultor familiar tempequena produção.

A Emater dá todo apoio, orientação técnica eacompanhamento. Então, hoje, com a tecnologia a gentepode dizer com tranquilidade que o produtor não precisasecar os seus grãos fora de sua propriedade. O valor pagoa mais por grãos disponíveis compensa o investimento,com qualidade superior, não tem calor, não tem fumaça,ensina o chefe do escritório da Emater.

O engenheiro agrônomo Bento aproveitou para deixaro convite aos agricultores familiares para se fazerempresentes a uma “tarde de campo” que será realizadapela Emater no dia 06 de julho de 2012, a partir das 14h,na propriedade de Milton Moresco, na localidade de SãoJacó, enfatizando que o produtor, em sua maior parte, sóacredita vendo, então assim como o Moresco foi lá emHumaitá (acompanhado pela Emater e mais trêsprodutores), olhou, se encorajou e, vendo que tinha dadocerto, se animou e a realidade está aí, celebrou.

Ao finalizar, o agrônomo disse que a Emater já foiprocurada por muitos produtores pedindoinformação, por isso vai ser realizada a “tarde decampo” para que os agricultores vejam in loco comoé e como funciona, então estaremos disponibilizandonosso trabalho e orientação técnica para ajudar osprodutores. E concluiu dizendo que “são essas coisasque vão manter o produtor na propriedade, porqueele não pode estar dependendo de coisas só daporteira para fora”.

Há exatamente 13 anos, mais precisamente no dia 19de junho de 1999, foi inaugurada a “Agroindústria deOvos de Codorna”, na propriedade rural da famíliaMoresco, na localidade de São Jacó, interior de SantoAugusto. A empresa iniciou com capacidade operacionalanual de 4.800 dúzias de ovos de codorna, cujo controlede qualidade é de responsabilidade do Serviço de InspeçãoSanitária Municipal.

Hoje a agroindústria pertence a Milton MiguelMoresco, por conta do qual ficou a responsabilidade dedar continuidade ao empreendimento familiar.

Falando à reportagem, Moresco disse que, apesar depequena, a agroindústria gera renda à família, e nãoimpede o exercício de outras atividades na propriedade.Estamos desde 1999 neste ramo, da agroindústria deovos de codorna, embora não seja fácil a comercializaçãodo produto, uma vez que os maiores consumidorespertencem a uma classe mais elitizada, da alta sociedade,e isso implica em deslocamentos para outras cidadesaumentando despesas, mas graças ao comércio maispróximo e os consumidores avulso que adquirem oproduto na própria empresa, sempre conseguimos vendertoda a produção que hoje está em torno de 15.000(quinze mil) dúzias de ovos de codorna por ano, relataMilton, enfatizando que o lucro médio, auferido, gira emtorno de 25% a 30% do faturamento que é de

Silo Secador / Aeração de grãos em silosMilton Miguel Moresco,

por sua vez, relata que, o queo levou a adotar esse sistemade armazenamento foi ocusto de produção da ração.No antigo sistema tinha delevar o produto para secarnas empresas fora dapropriedade e trazer de volta,o que além do tempo gasto,não tinha um grão dequalidade. Como a codorna(referência a suaagroindústria de ovos decodorna) é um animalsensível, a ração não estavacorrespondendo ao esperado.Fazendo uma visita emHumaitá com os técnicos daEmater, Milton diz ter vistoque o projeto era viável, entãocom a ajuda da Emater quelhe proporcionou o projeto,

orientação e acompanhamento técnico, conseguiu fazero silo, tendo como resultado, além da economia, aexcelente qualidade do grão e, consequentemente, umaração de ótima qualidade.

Para Moresco, o custo também é outro fator quecompensa, porque o produtor não tem que andar correndona estrada levando e buscando o produto, sem contar queo sistema além de não ter que sair de casa, a energia gastatem um custo muito baixo.

Com o projeto inteiramente gratuito pela Emater,Milton passou a executá-lo inicialmente com recursospróprios, porém, para aquisição da máquina pré-limpeza,necessária para pré-limpar o grão antes de colocá-lo paradentro do silo.

O armazém (silo secador com aeração de grãos) deMilton Moresco é o primeiro e único existente no municípiode Santo Augusto até o momento, o qual passou a funcionarem março deste ano, com capacidade para armazenagemde 314 sacas de grãos, cujo custo de construção do silo,incluindo equipamentos e a máquina de pré-limpezatotalizou R$ 12 mil.

Ao finalizar, Milton deixa o convite para, no dia 06 dejulho, a partir das 14h, os agricultores familiares e todosque tiverem interesse em conhecer essa nova tecnologia,se fazerem presentes à “tarde de campo” promovida pelaEmater, em sua propriedade na localidade de São Jacó,pois é o momento de ver o que é e como funciona a“armazenagem / aeração de grãos em silo”.

Agroindústria de ovos de codorna

aproximadamente R$ 2,3 mil mensais, o que lheproporciona ter a cada 15 ou 20 dias algum dinheiro paragirar dentro da propriedade.

O chefe do escritório da Emater, engenheiro agrônomoBento Augusto Lopes ao referir sobre a “agroindústria deovos de codornas” explorado na propriedade por MiltonMoresco e família, enfatiza que “sem dúvida alguma essadiversificação de atividade rural é que proporciona àsfamílias a permanecerem no campo”. É pequena, mas

ajuda, e com este investimento do silo ele poderá pensarem aumentar a agroindústria, já que vai ter uma raçãomelhor. E a nossa função é essa, de trazer tecnologia dapesquisa, enfim, que a própria Emater gere essaspesquisas, no caso do armazenamento de secagem comar forçado na propriedade, trazer para o produtor aextensão da Emater fazendo o meio de campo entrepesquisa e produtor. Agora depende do produtor quererfazer as coisas, concluiu.

Moresco e Lopes ao detalharem o funcionamento do silo

Moresco e sua criação de codornasProduto embalado, pronto para consumo

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Page 5: celeiro rural

RURAL 5Sexta-feira, 29 de junho de 2012

Rede Leite apresentaresultados em Campo Novo Em primeiro lugar, é

preciso dizer que tenho muitasatisfação em escrever nessacoluna do Jornal Celeiro.Espero poder contribuir umpouco para aqueles que leremo material.

Nesta edição gostaria desalientar a importância dosetor lácteo, que envolveprodutores, indústria egoverno, seja em nívelmunicipal, estadual ou federal.No caso do Rio Grande do Sul,são mais de 120 milprodutores de leite que

A importância do setor lácteogaúcho

Casa de alvenaria emobília adquiridas comdinheiro da produção deleite, uma das conquistasda família Cavalheiro, dointerior de Campo Novo, foiapresentada no dia 22 dejunho, durante encontropromovido pela Emater/RS-Ascar sobre o Programa emRede de Pesquisa-Desenvolvimento emSistema de Produção comAtividade Leiteira noNoroeste do RS (Rede Leite).Localizada na comunidadePasta Mecânica, apropriedade de seis hectaresvisitada por técnicos eagricultores de setemunicípios é uma Unidadede Observação (U0), assim

Técnicos e produtores na propriedade da família Cavalheiro

Informações - Assessoria de Imprensa da Emater/RS-AscarRegional de Ijuí

Jornalista Cleuza Noal Brutti

A importância de um bomsistema de ordenha

A máquina de ordenha é um dispositivoessencial para economizar mão-de-obra, e éutilizada em quase todas as fazendas de leitedo mundo, que possuem um número significativode vacas leiteiras.

Se de um lado o equipamento contribuiuenormemente para o desenvolvimento da modernaindústria de laticínios em vários países do mundo,por outro lado tem sido falsamente acusado porproblemas relativos à saúde do animal ordenhado eda qualidade do leite. É inquestionável que algumasdessas acusações são justificáveis pelo seudesempenho no princípio quando do seu surgimentono mercado de produção de leite.

Contudo, progressos significativos têm sidoalcançados nos últimos anos em relação aos projetos,manutenção e utilização dos equipamentos deordenha em um cenário onde a produção de leite émais crescente e se busca minimizar os problemasde saúde animal, melhorando a qualidade do leite

extraído da vaca. Todo o sistema de ordenha,independente do tamanho ou sofisticação, tem osmesmos componentes básicos: Sistema de vácuo;Sistema de pulsação; Sistema de extração do leite eSistema de transporte.

Comparando-os com qualquer outroequipamento da propriedade leiteira, os sistemasde ordenha são os mais utilizados em números dehoras por ano e, como são usados para obtenção doprincipal produto comercializado pela propriedade,deveriam ser mantidos em excelente condiçãooperacional.

Os produtores devem solicitar às empresasfornecedoras de equipamentos, ou outroespecialista, que faça uma avaliação periódica detodo o sistema de ordenha usando equipamentosde testes apropriados para garantir que o mesmoesteja funcionando dentro dos padrões e das normastécnicas.

Fonte: Revista Mercado Leiteiro

chamadas as 50 pequenas propriedades rurais doNoroeste gaúcho que fazem parte da Rede Leite.“Tudo o que a gente tem hoje, deve às nossasvaquinhas”, disse a agricultora Silvana Cavalheiro.

Há cerca de quatro anos, o marido, SérgioCavalheiro, sustentava a família trabalhando comodiarista. “Depois que ingressou na rede, essa famíliaaceitou o leite como principal atividade econômica”,disse o técnico agrícola da Emater/RS-Ascar,

Laurindo Mattioni. “Meu Deus, melhorou cem porcento”, completou Silvana. Ano passado, o plantelde dez vacas leiteiras dos Cavalheiro produziu 30mil litros, dos quais 25 mil, foram comercializadosao preço de R$ 0,75 e R$ 0,77 o litro. “Eles produzemleite basicamente a pasto, que é o jeito maiseconômico”, disse Mattioni. “O custo para produzirum litro é de apenas R$ 0,30”, completou o técnicoagrícola da Emater/RS-Ascar.

Ao final do encontro, o grupo fez uma lista comvárias propostas para qualificar a Rede Leite. Assugestões, segundo a extensionista de Bem-EstarSocial da Emater/RS-Ascar, Elise de Moura Rosa,serão socializadas com as demais instituiçõesque fazem parte da Rede Leite, Embrapa PecuáriaSul, Embrapa Clima Temperado, Unijuí, Unicruz,Fepagro, Instituto Federal Farroupilha – campusSanto Augusto, Cooperfamiliar e Agel.

diariamente ajudam a movimentar a economia do nossoEstado, juntamente com as indústrias de laticínios e aparte final do processo, os consumidores, gerando maisde R$ 6 bilhões.

Essa introdução mostra a grandeza desse segmentoe a sua importância para a região de Santo Augusto e parao Estado, cujo agronegócio, nos últimos anos, tem sofridocom a escassez de chuva, danosa principalmente paraos grãos. Pois é aí que o leite tem se destacado aindamais: de uma atividade antes vista de subsistência, comoum complemento no orçamento familiar, hoje em diamuitas famílias e propriedades rurais já a têm comoprincipal e responsável por pagar o estudo dos filhos.

Claro que esse desenvolvimento da atividade não sedeu por acaso e tem a participação ativa dos produtores,que investem em ordenhadeiras, resfriadores, tratores,enciladeiras e instalações, entre outros equipamentosque fazem parte da atividade láctea, e também em genéticaapurada e alimentação saudável e resistente para osanimais. O setor industrial, por sua vez, tem instaladomodernos parques industriais, e os governos, nos trêsníveis, têm ajudado a desenvolver o segmento.

O Rio Grande do Sul, que ocupava a quinta posição naprodução de leite do país, desde 2009 tem se mantido emsegundo lugar, atrás apenas de Minas Gerais e à frentede estados importantes na atividade, como Paraná, SantaCatarina e Goiás.

Nesse crescimento considero como importantes duasdecisoes que o setor lácteo tomou:

1) a criação do Conseleite, que começou a divulgar osseus preços de referência a partir de 2007. O Conseleiteé um órgão paritário composto de oito representantesdos produtores, envolvendo Fetag, Farsul, Fecoagro,Associação de Gado Holandês e Jersey e oitorepresentantes do setor industrial, representada peloSindilat/RS e suas associadas, sem participação dogoverno, e com uma metodologia própria e cálculosdesenvolvidos pela Universidade de Passo Fundo, e nosestados de SC, PR e MS pela Universidade Federal doParaná (www.conseleite.com.br).

2) A criação do Fundesa (www.fundesa.com.br), quesepara os recursos arrecadados pela pecuária de leite,pecuária de corte, suínos, aves e ovinos em contasindividuais e os destina a combater primeiramente aaftosa e, passado esse fantasma que seguidamenteronda a nossa atividade, na pecuária de leite indeniza aperda de animais condenados por tuberculose ebrucelose. O nosso Estado destaca-se por ser o único daFederação que indeniza o produtor quando o seu rebanhoé acometido desse vírus. A formação do Fundo se dá pelorecolhimento de contribuição do produtor e da indústria.Autorizado pelo governo, o fundo é público, mas temadministração privada (produtores e indústrias), comsupervisão do Tribunal de Contas do Estado.

O Fundesa tem sido um parceiro importante do governoestadual, principalmente da Secretaria da Agricultura, namodernização do IVZs (Inspetorias Veterinárias) e napolítica de sanidade animal.

Por ações como essas, que parecem simples, é quepassa o crescimento da bacia leiteira do RS, que cresceu67% no período de 2004 a 2007 e que tem ainda muitosdesafios a serem vencidos, como conseguir aumentar aprodutividade de vaca/ano/hectare com custoscompatíveis com os principais países que são referênciana produção de leite mundial, como Argentina, Uruguai,Estados Unidos, Alemanha e Nova Zelândia.

Como se vê, o RS tem excelentes condições para setornar referência não só no Brasil como no mundo, maspara isso terá de fazer a lição de casa, que defendemosvia Conseleite (Farsul, Fetag, Fecoagro e Sindilat), asaber:

1) Criação de um centro de Inteligência do leite;2) Criação de escolas técnicas para trabalhar e

gerenciar propriedades leiteiras e indústrias de laticínios;3) Incentivo ao fomento;4) Instalação de centro de pesquisa do leite da

Embrapa para a Região Sul (RS, SC e PR).

Um grande abraço a todos, e bebam leite.Ele ajuda a crescer na saúde e na economia.

Darlan Palharini,secretário executivo doSindilat/RS

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Agricultor planeja lavoura de sojaOs prejuízos deixados pela forte

estiagem que praticamente liquidoulavouras de soja não estão intimidandoo produtor rural. Sem muito tempopara lamentações, a movimentação emempresas e cooperativas agrícolascomeça a criar corpo e os primeirosnegócios pensando na safra 2012/2013da oleaginosa se consolidam. Deacordo com o Engenheiro AgrônomoLeonardo Depiere Losso, Gerente deUnidade da Tarumã Comércio eRepresentações, empresa quetambém atua no segmento desementes, a movimentação dosprodutores em busca de reserva desementes de soja é considerada boapara o período. Segundo ele,informações de que a estiagem poderáacarretar em redução de oferta deixouos sojicultores preocupados.

“Muitos por precaução decidiramantecipar as reservas. Hoje em nossaempresa 30% dos negócios estimadoscom sementes de soja estão emandamento com as reservas”, disse oagrônomo. Ele salienta dizendo quenão há no momento indicativoconcreto de que haverá falta desementes para a semeadura da safra2012/2013, porém há uma restrição naoferta comparada às safras anteriores.

“Claro que a estiagem quecomprometeu a produção de soja temreflexos futuros no setor, pois aquelesagricultores que guardam grãos dentrode suas propriedades para utilizar comosemente para a próxima safra, esteano possuem pouco volume de produtoe com baixa qualidade fisiológica”,

RURAL6 Sexta-feira, 29 de junho de 2012

SAFRA DE VERÃO

Frustração da última safra não intimida homem do campo que já organiza a safra 2012/2013

explica. Coloca ainda que este fator vaiaumentar a procura junto às empresasprodutoras de sementes.

Para o agrônomo, a frustração daúltima safra não terá interferência nadecisão da área a ser ocupada pela soja.“O que deverá acontecer é umapequena redução nas áreas destinadasao cultivo de milho, proporcionandoum pequeno incremento no espaço aser ocupado pela oleaginosa”, frisa.Justifica sua projeção tomando porbase o comparativo de custos deprodução e preços praticados nomercado de soja e milho, sendo que aoleaginosa está sendo mais atrativa nomomento para o produtor rural. Noentanto explica que o milho continuasendo muito importante para o SistemaPlantio Direto, uma vez que aintrodução desta cultura no sistema derotação, proporciona maior aporte depalha, reduzindo a erosão e trazendobenefícios sobre os atributos físicos,químicos e biológicos do solo. Outrodetalhe que leva o agrônomo a projetaraumento de área da soja é o fato de queexistem produtores de milhoesporádicos, ou seja, aqueles queplantam pelo impulso do momento.Como houve frustração forte no milhoestes produtores migram para a soja.

Segundo as recomendaçõestécnicas, o início da semeadura de sojana região ocorre a partir do dia 20 deoutubro. De acordo com Losso existemalgumas regras que devem ser adotadaspelos sojicultores. Uma medidasimples, mas muito importante, éplanejar uma semeadura escalonada

com a utilização de cultivares dediferentes ciclos de maturação,diminuindo assim o risco de perdas deprodutividade por estresse hídrico noperíodo em que a soja mais necessitade água, principalmente no estádio defloração. “Quando a estiagem ocorreno início do verão, os cultivares maisafetadas são as precoces e quando afalta de água ocorre no tarde, as maisafetadas são as tardias”, explica. Outro

benefício desta medida é o aumentodo período de colheita, possibilitandoque o produtor conclua esta operaçãoem tempo hábil, minimizando asperdas e otimizando a colheita. Asemeadura tem indicação técnica até25 de novembro, no entanto, algunsprodutores estendem essa operaçãoaté o mês de dezembro. O municípiode Santo Augusto deve plantar acimade 33 mil hectares de soja este ano.

O preço da soja de balcão atingiu nestasemana R$ 59,00 a saca – valor recorde.No Porto de Rio Grande chegou a ser cotadana casa dos R$ 71,50/sc segundo o siteSafras & Mercados. E a tendência é dospreços de manterem nestes patamares.No momento, com a frustração da safra deverão, há pouco produto físico a sercomercializado e, pelos preços estaremvindo desde o mês de março num cenáriofavorável, os produtores desovaram osestoques. Desta forma, a grandemobilização é pelo travamento de negóciosno mercado futuro.

Existem alguns componentes básicosque elevam o preço da soja: a escassez deproduto no mercado e isso, vinculado a umbaixo estoque no mundo, a quebra naprodução da América do Sul, condições declima não favoráveis para a soja americananesse momento e ainda, uma moedanacional mais desvalorizada perante odólar. Estes fatos têm levado aos preçosatuais.

O produtor de Palmeira das Missões,Jair Pazinato, 37 anos, possui 180 hectaresdestinados ao cultivo da oleaginosa. Noano passado, ele havia travado contratosfuturos para entrega em maio. Ele diz quecom os preços daquele momento, acabouperdendo um pouco, pois o negócio foi

firmado em R$50,00 a saca eos preçosestavam maise l e v a d o s .Porém diz quetodos os anos fazesse tipo denegócio porqueé uma garantiap a r apagamento dea l g u m a sdividas, comopor exemplo, de maquinário. Por isso, estáse organizando para já fazer algumasvendas no mercado a termo e aproveitaros bons preços.

Venda futura chega a 13% noRS. Preços altos e perspectiva de umasafra melhor, de 12 milhões de toneladasno ciclo 2012/2013, estimulam osconservadores produtores gaúchos aantecipar a venda futura da soja. Acomercialização, que habitualmenteocorre a partir de agosto, já estaria em 7%,segundo a Safras&Mercado, e em até 13%,pela AgRural.

O analista sênior da Safras&Mercado,Flávio França Júnior, observa que na Bolsa

de Chicago os preçospara 2013 não estãoexcepcionais. Ovalor para maio/2013, de 13,13dólares por buschel,está 1,30 dólarmenor do que o dejulho/2012. “Issodemonstra que omercado futuro estáapontando parauma safra cheia nosEUA e também na

América do Sul. Mas nada é certo, porqueos EUA estão enfrentando um período deescassez de chuvas.” França Júnior explicaque, nesse caso, a venda se torna atrativaporque o câmbio está forte. O analista daAgRural, Fernando Muraro, avalia que parao padrão gaúcho a venda futura estábastante aquecida e este é o momento devender parte da safra. Para o diretor daCapital Corretora, Farias Toigo, a vendafutura cresce pela expectativa deproblemas na safra dos EUA. Com aescassez de chuva pode haver redução deestoques ou perda de qualidade, mas issoainda é especulação, diz Toigo.Diário da Manhã/ Correio do Povo/

Jornal O Celeiro

SOJA - Novo recordeNo balcão a saca da oleaginosa atinge R$ 59,00 e produtores aproveitam para comercializar no mercado atermo, com entrega do produto em maio, já que o bom momento da cultura favoreceu a venda do produto

desta e de safras anteriores que estavam estocadas

Leonardo Depiere Losso

Plano Safra 2012/2013 teráR$ 115,2 bilhões em créditoO governo disponibilizará na safra

2012/2013, com início em julho, R$ 115,2bilhões em crédito à agriculturaempresarial. O valor é 7,7% maior do queo destinado ao setor no ciclo 2011/2012,R$ 107,2 bilhões. O Plano Agrícola ePecuário 2012/2013 será anunciado pelapresidente Dilma Rousseff nesta quinta,dia 28, no Palácio do Planalto.

Nesta terça, dia 26, os ministros daFazenda, Guido Mantega, da Agricultura,Mendes Ribeiro Filho, e doDesenvolvimento Agrário, Pepe Vargas,reuniram-se com a presidente para fecharos últimos detalhes do plano.

A taxa de juros de referência dasoperações deve ser reduzida de 6,75%para 5,5% ao ano. Além de ampliar osrecursos destinados aos médiosprodutores e às cooperativas, umatendência da última safra, o plano daagricultura empresarial deve focartambém em incentivos à produçãoorgânica.

Técnicos envolvidos nasnegociações adiantaram ainda quetrabalham para ampliar o seguro agrícola.

– Teremos um seguro agrícola maisamplo. Será o melhor plano safra dahistória – prometeu o ministro MendesRibeiro.

O Plano Safra da Agricultura Familiarserá lançado no dia 4 de julho. O montantede R$ 18 bilhões em crédito para ospequenos produtores, aumento de 12,5%em relação ao ciclo anterior, foi anunciadono fim de maio, durante o Grito da Terra,que reuniu diversas entidadesrepresentantes do setor. Haverá tambémanúncio de redução de juros.

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RURAL 7Sexta-feira, 29 de junho de 2012

No último dia 23/06 o programa foi realizado naCCGL em Cruz Alta, considerada uma das maioresindústrias de produção de leite do Estado.Participaram da programação, Jair Melo coordenador de suprimento e mercado, Michelassistente técnico, Vanderlei responsável pelalogística, Luiz Otávio coordenador de pesquisa etambém tivemos a visita do presidente do GrupoFockink Siegfried Kwast, Cleiton Hach e Atilio Langrepresentante da Fockink em Cruz Alta e região. Oassunto em pauta foi a produção de leite, e o quea CCGL tem buscado de tecnologia para benefíciodo produtor rural. Jair Melo destacou também adificuldade que a indústria gaúcha enfrenta com aimportação de leite do exterior por parte do Brasil.Isto não é bom para o nosso desenvolvimento,afirmou o responsável de mercado da CCGL.

A atividade rurícolaexige muitosinvestimentos paraatender a demanda dealimentos. Produzirsignifica investir muitocapital e trabalho. Masnem sempre a atividaderealizada gera renda.Além da eficiência, dacapacitação eespecialização dotrabalho, o clima temfundamental importânciano desenvolvimento daatividade primária.

Apesar de realizar

Endividamento agrícola

pesados investimentos em novos e modernosequipamentos, desenvolver técnicas de plantio direito,melhorar a estrutura de armazenagem e instalações,as intempéries e as políticas econômicas equivocadas,impuseram endividamento ao Setor Primário.

Precisamos mudar o cenário. A atividade rural deveproduzir renda. A vida no campo deve ser compatívelcom a da cidade. E não é. Do jeito que está, verificamosa falência do setor mais importante da economia, nãoé sem razão que denominado é primário.

O endividamento agrícola é o primeiro obstáculo aser removido. Rapidamente. Não há tempo para espera.Fazendas estão sendo levada a leilão, faltam recursospara custeio das atividades.

O Congresso Nacional, ciente destas dificuldades eda necessidade de garantir abastecimento alimentar,de evitar o êxodo rural e a favelizaçao urbana, tratou deintervir. Já passou pela Comissão Permanente deAgricultura e Abastecimento o Projeto de Lei 2092/2007 e, com grata satisfação, segue para a Comissãode Constituição e Justiça, onde terá Parecer Conclusivo,quer dizer, se aprovado não vai a Plenário para votação,segue para o Senado para ratificação e transformaçãoem Lei.

Anima-nos, e muito, saber que o Deputado JerônimoGoergen foi reivindicar a relatoria deste Projeto de Lei,e obteve êxito. Isso realmente mostra o interesse queo Jovem Deputado tem em cooperar na solução doproblema. Do seu trabalho e empenho, depende a sortede milhares de produtores rurais. O texto é bom, e asmedidas solucionam quase todos os problemas.

A pedido do ilustre parlamentar, no dia 19.06.12, nacidade de Santo Ângelo, a APROSOJA-RS estevereunida em Assembleia, sugerindo algumasmodificações para aperfeiçoar o PL 2092/07. AAssociação dos Produtores de Soja do Rio Grande doSul empenhou incondicional apoio, forças unidas podeme vão chegar a uma solução para o grave problema deendividamento.

Mas precisa mais. Políticas que assegurem rendanas atividades rurais são o segundo passo a ser dado.Por ora, desejamos êxito ao trabalho do DeputadoJerônimo Goergen.

A Voz do CampoPrograma A Voz do Campo, todos os sábados

das 08:00 às 10:00 com apresentação de MarceloBrum. Associação A Voz do Campo e faça partedo projeto de comunicação e defesa do produtorrural que mais cresce no agronegócio gaúcho.

Hoje o programa chega a mais de 150municípios e mais de UM MILHÃO de gaúchos já

podem ouvir A Voz do Campo. PROGRAMAOFICIAL DO PRODUTOR RURAL. Retransmitidopor 3 emissoras de rádio: VERDES PAMPAS FM 102.1 DE SANTIAGO, SORRISO FM 103.5 DEPANAMBI e CIRANDA FM 105.5 DE CHIAPETTA/SANTO AUGUSTO

Em Capão do CipóNo dia 9 de junho A

Voz do Campo esteveem Capão do Cipó.Representantes de 21municípios marcarampresença namobilização deprodutores rurais. É aclasse produtora semexendo. DeChiapetta/RS saiu umônibus com 40 pessoasrepresentando a regiãono evento.

Já no dia 16/06 o programa foi realizado dentroda fábrica da Stara em Não Me Toque. O diretorpresidente Gilson Trennepohl participou doprograma mostrando muita simplicidade e alegria,falou da sua história de vida, das dificuldades quepassou, da carreira de repórter de rádio, e comoingressou na empresa como motorista até setornar o comandante da indústria que hoje éconsiderada a maior do Brasil e uma das maioresda América Latina . O dono da Stara também falouda corrupção no Brasil, burocracia em órgãos dogoverno e chamou atenção de líderes erepresentantes que não produzem nada. Foi umbate papo interessante e extremamenteimportante cheio de colocações fortes transmitidaspor quem tem autoridade, afinal de contas, GilsonTrennepohl assumiu o comando da Stara em 2006com faturamento de 60 milhões, e em 2011 saltoupara 570 milhões. Participaram do programa A Vozdo Campo além de Gilson Trennepohl dono da

Em Não-Me-Toque

Hoje 29/06 ocorre a gravação do programa em Santo Ângelo, juntamente com o

protesto Te Mexe Produtor Rural. Ele será retransmitido no sábado dia 30/06.

Stara, Alexandre van Ass produtor rural, empresárioe vice-presidente da Associação A Voz do Campo,Gilberto Maldaner produtor rural de Condor (amigoparticular do Gilson), Pedro e Renato Marodindiretores da Rádio Ciranda e Jornal O Celeiro deSanto Augusto.

Em Cruz Alta

Dr. NÉRI PERIN – Advogado DIREITO AGRÁRIO

Passo Fundo-RS

A Voz do Campo em Não-Me-Toque

Capão do Cipó no programa

Debates em Cruz Alta

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Eng. Agr. Vinicius [email protected]

É tempode...

Frente às dificuldades impostaspelo cenário agrícola, seja por condiçõesclimáticas, comercialização, políticas depreço, subsídio,... o empresário rural(agricultor) precisa estar muito atentoas inovações, atualizando seconstantemente e principalmentetomando as ações nos momentoscertos, pois frente a este cenário, errosnão são mais permitidos porquenormalmente custam muito caro no fimdas contas.

Estas ações a que me refiro sãona tomada de decisões como, porexemplo, qual a cultura a serimplantada, qual a melhor variedadepara determinado manejo pretendido,qual a melhor época de plantio, qual adensidade de plantio, qual o melhorespaçamento, que insumo usar,quando e que dose usar de determinadoinsumo para ter um melhor retorno sobreeste investimento, quando e comocomprar (troca, a vista, financiamento...),quando e como comercializar (venderna bolsa, fixar futuro, troca, EGF,...) emuitas outras ações que no dia a dia oagricultor tem que tomar e definir.

Trigo 1. Em fase final de plantio éhora do agricultor começar a planejar aadubação de cobertura. Essas duasetapas (plantio e adubação decobertura) estão entre as principais parao sucesso da lavoura, pois além derepresentarem cerca de 60% do custototal da lavoura, erros nessa fase nãopoderão ser corrigidos futuramente ecustarão muito caro. Para um melhoraproveitamento do nitrogênio e para umamaior produtividade de grãos, a melhorestratégia é dividir a dose a ser usadaem três etapas (plantio, inicio doperfilhamento e inicio da elongação).Em dias, estes estágios variamconforme o ciclo de cada variedade e asua identificação é bastante criteriosa,para isso o ideal é consultar umengenheiro agrônomo. Para algumasvariedades recomenda se fazer umaaplicação de nitrogênio (20 kg/há de N)na fase de espigamento para melhor aqualidade industrial do trigo.

Trigo 2. Outra ação a ser tomadanos próximos dias é o controle de plantasinvasoras, dentre as principais o nabo,a buva, o azevém, a aveia e demaisinvasoras de inverno. Especialmentepara o caso da buva, se não fizer umbom controle no inverno, no verão setornará mais difícil e oneroso. Quantoàs condições de aplicação, ao tipo deproduto, a dose a ser usada, consultarum engenheiro agrônomo.

Trigo 3. Atentar para a presençade pragas (coros, lagartas, pulgões,formigas,...) na lavoura. Uma vezidentificado alguma dessas pragas,consulte um engenheiro agrônomo paradefinir qual a melhor estratégia decontrole a ser adotada.

Nunca esqueça, prevenir é melhorque remediar.

8 Sexta-feira, 29 de junho de 2012

1) O que é ARASAR?

A ARASAR, Associação dosRevendedores de Agroquímicos deSanto Augusto e Região é umaassociação civil, sem fins lucrativos.Foi criada para facilitar a entrega dasembalagens vazias de agroquímicospelos produtores rurais. A ARASAR fazparte do funcionamento do SistemaCampo Limpo, legislação que atribui acada elo da cadeia produtiva(agricultores, fabricantes e canais dedistribuição, com apoio do poderpúblico) responsabilidadescompartilhadas que possibilitam ofuncionamento da logística reversa deembalagens vazias de agrotóxicos.

O que me deixa feliz como cidadãoda região celeiro, é que a ARASAR estáfacilitando o trabalho dos produtoresrurais, que são responsáveis poraproximadamente 36% dasexportações, 37% dos empregos erepresentam 24% do nosso PIB. Édevido a estes homens e mulheres quese torna possível alimentar um planetaterra com mais de 7 bilhões de pessoas.

Pode-se dizer que os agricultoresda região são privilegiados por terem aARASAR, conheço várias regiõesprodutoras e sei que um dos problemasenfrentados por estes produtores éaonde entregar as embalagens vaziasde agrotóxicos, problema resolvido nanossa cidade.

2)Quem são os integrantes?

As empresas que fazem parte daARASAR são:

AGROFEL, COOPLANTIO, COTRIJUI,IMACOL, LUPA, PLANTA SUL, RAÍZES,TARUMÃ.

3)Objetivo da ARASAR?

A ARASAR tem como objetivodefender o interesse dos associadosperante as entidades pertinentes aouso de produtos fitossanitáriosutilizados na agricultura; promover efomentar a educação ambiental junto

à sociedade e seusmembros associados.

O principal motivopara darmos adestinação finalcorreta para asembalagens vaziasdos agrotóxicos édiminuir o risco para asaúde das pessoas ede contaminação domeio ambiente.

O trabalho daARASAR consiste emreceber asembalagens vazias deagrotóxicos em localmais acessível aosprodutores rurais, afim de estimular adevolução, ou seja, ofuncionamento doSistema CampoLimpo.

4)Qual é oprocedimento deorientação aoagricultor para aentrega deembalagens vaziasde agrotóxico?

O procedimento de orientação aoagricultor fica a cargo das empresasassociadas, que possuem aresponsabilidade de educar, orientare auxiliar seus clientes e cooperadossobre o recolhimento das embalagensvazias de produtos fitossanitáriosutilizados na agricultura.

As embalagens devem serdirecionadas ao posto de recolhimentoda ARASAR que fica instaladajuntamente com a UTAR – Usina deTratamento e Reciclagem de Lixo deSanto Augusto, na RS 155. Os vasilhamesdevem ser devidamente lavados(tríplice lavagem) e furados. As coletasnão são realizadas nos domicílios.

Jerônimo Dias Menegon, Eng. Agrônomo,Cooplantio Santo Augusto, presidente ARASAR

ARASAR - Associação dosRevendedores de Agroquímicos

de Santo Augusto e Região

5) Que dias é feito a coleta?As embalagens podem ser levadas

ao posto de recolhimento da ARASARde segunda a sexta em horáriocomercial.

6) Responsabilidade da entregadas embalagens vazias?

A nova legislação federaldisciplina a destinação final deembalagens vazias de agrotóxicos edetermina as responsabilidades parao agricultor, o revendedor e para ofabricante. O não cumprimento destasresponsabilidades poderá implicar empenalidades previstas na legislaçãoespecífica e na lei de crimes ambientais(Lei 9.605 de 13/02/98), como multas eaté pena de reclusão.

Prorrogado o prazo parainscrição no ProgramaCartão Estiagem

A Secretaria de DesenvolvimentoRural, Pesca e Cooperativismo (SDR)prorrogou o prazo das inscrições para

o Programa Cartão Estiagem para o dia9 de julho. Pequenos agricultores quesofreram perda total ou parcial daprodução agropecuária em função daseca de 2011/2012 ganharam mais dezdias para apresentar a documentaçãoaos Conselhos Municipais deAgricultura ou para suas entidadesrepresentativas.

Outra modificação feita na inscriçãodo benefício é a não obrigatoriedadede apresentar a Declaração de Aptidãoda Pronaf (DAP). Para ocredenciamento, agora basta que obeneficiário conste na lista de DAP’sválidas, elaborada pelo Ministério doDesenvolvimento Agrário (MDA).

Cartão Estiagem O programa foi criado com o objetivo

de repassar recursos de concessão decrédito a agricultores familiaresprejudicados pela estiagem, paraviabilizar a aquisição de insumos,alimentação humana ou animal.

Foram liberados pelo Governo doEstado R$ 45 milhões destinados a 100mil famílias de pequenos agricultores quereceberão benefício de R$ 400, além de 8mil famílias de assentados da ReformaAgrária e 1,2 mil famílias quilombolas,que contarão com bolsa de R$ 500.

LINHA ESPECIAL PARA AGRICULTURAFAMILIAR – Os Agricultores familiaresatingidos pela seca terão direito a umalinha de crédito especial. O valor será atéR$ 10 mil por agricultor, com juro de 1%ao ano e carência de três anos.

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