o celeiro rural

8
Agronegócio floresce em Esteio ANO 1- Nº 03 SANTO AUGUSTO/RS - AGOSTO 2012 Até este domingo, a 35ª Expointer ostenta a marca da inovação e da qualidade como fatores que impulsionam a economia gaúcha. Estão em exposição, em Esteio, as modernas tecnologias, as máquinas mais modernas, o que de melhor a genética de nossa pecuária tem, os melhores exemplares das raças criadas em solos gaúchos. É o Rio Grande do Sul mostrando ao mundo as suas principais riquezas, resultado da operosidade de sua gente. Páginas 4 e 5 Gado Gir Leiteiro Foto: Vilmar da Rosa/Seapa Competição de Pastoreio de ovelhas, com cães Border Collie. Foto:Tárlis Schneider/Especial Expointer Agricultura familiar na Expointer. Foto: Claudio Fachel/Palácio Piratini Tradicional banho de leite nos produtores campeões do concurso de leite. Foto:Claudio Fachel/Palácio Piratini Movimentação do público durante o primeiro dia de Expointer. Foto: Alexandro Auler/Especial Expointer pag01rural.pmd 31/08/2012, 07:43 1

Upload: o-celeiro-jornal

Post on 18-Feb-2016

217 views

Category:

Documents


0 download

DESCRIPTION

noticias, rurais

TRANSCRIPT

Page 1: O Celeiro Rural

Agronegócio floresce em Esteio

ANO 1- Nº 03SANTO AUGUSTO/RS - AGOSTO 2012

Até este domingo, a 35ª Expointer ostenta a marca da inovação e da qualidade como fatoresque impulsionam a economia gaúcha. Estão em exposição, em Esteio, as modernas tecnologias,as máquinas mais modernas, o que de melhor a genética de nossa pecuária tem, os melhoresexemplares das raças criadas em solos gaúchos. É o Rio Grande do Sul mostrando ao mundo assuas principais riquezas, resultado da operosidade de sua gente.

Páginas 4 e 5Gado Gir LeiteiroFoto: V ilmar da Rosa/Seapa

Competição de Pastoreio de ovelhas,com cães Border Collie. Foto:TárlisSchneider/Especial Expointer

Agricultura familiar na Expointer .Foto: Claudio Fachel/Palácio Piratini

Tradicional banho de leite nosprodutores campeões do concursode leite.Foto:Claudio Fachel/Palácio PiratiniMovimentação do público durante o primeiro dia de Expointer . Foto: Alexandro Auler/Especial Expointer

pag01rural.pmd 31/08/2012, 07:431

Page 2: O Celeiro Rural

RURAL2 Sexta-feira, 31 de agosto de 2012

DIRETOR:Pedro Valmor MarodinEDITOR:Renato MarodinDIAGRAMAÇÃO:Cleusa Strada/Adriane DornelesREDAÇÃO:Lúcio Steiner/Alaides Garcia dos Santos

EXPEDIENTE

Pensandogestão rural -e a educação!

EditorialEditorialEditorialEditorialEditorial

O futuro emexposição

O Brasil segue com o processo de urbanizaçãoiniciado nas últimas décadas. Atualmente cerca de84,36% da população do país reside em centrosurbanos enquanto que 15,64% (29.830.007 milhõesde pessoas) encontra-se no meio rural. A populaçãorural tem apresentado índices decrescentes, noano de 2000 este percentual era de 18,8%; 1991 -24,4%; em 1980 - 32,4%; 1970 - 44,1%; 1960 - 55,3%;1950 - 63,8%. A região nordeste atualmente é a queconcentra o maior percentual da população no meiorural, 26,87%, enquanto a região sudeste apresentaa menor proporção de pessoas no campo, 7,05% (Sul- 15,05; Centro-oeste: 11,21; Norte: 26,47). E comoestão estes percentuais em outros países? Vejamos:a Alemanha possui 12% da população no meio rural;França: 24%; Rússia: 27%; China 48,73%; África doSul: 43%; Índia: 70%. Segundo alguns autores, muitaspessoas continuarão vivendo no meio ruralprincipalmente em países em desenvolvimento,reflexo da dependência econômica e de subsistênciadas atividades agrícolas.

E a educação... como estamos? O analfabetismono Brasil, considerando a população com 15 anos deidade ou mais, reduziu de 13,6% em 2000 para 9,6%em 2010, sendo que 50% deste total concentra-se naregião nordeste. O percentual de analfabetismobrasileiro é inferior ao de outros países incluídos nogrupo com maior potencial econômico (BRICS), aÁfrica do Sul possui 12,4% e a Índia: 34,9% deanalfabetos, porém ainda superior ao da Rússia,0,6% e a China: 7,5% de analfabetismo. Considerandoo meio rural, este concentra a maior proporção deanalfabetos no Brasil, 23,8% da população ruralbrasileira enquadra-se no analfabetismo (enquantoem 2000 era 28,8%), contrapondo a situação urbanaque atualmente é de 7,3% de analfabetos. Reduzir onúmero de analfabetos é um grande desafio e umdos indicadores mais importantes da atualidade.

Os dados do censo escolar de 2008 mostram quea escolaridade média da população brasileira, de 15anos ou mais que vive na zona rural, é de 4,5 anos,enquanto que para a população urbana é de 7,8 anosde estudo, ficando evidente a necessidade de açõesefetivas para a diminuição dessa desigualdade. Deacordo com alguns autores, a educação pode (1)aumentar a produtividade das atividades agrícolas;(2) aumentar a produtividade do trabalho; (3)facilitar a adoção de novas tecnologias; (4) inserirsocialmente os agricultores na sociedade moderna.

A educação pode ainda (5) contribuir para aredução do crescimento populacional; (6) reduzir ataxa de mortalidade infantil; (7) promover melhorescondições sanitárias, de alimentação e de saúde;(8) reduzir a pobreza; (9) fomentar a democracia;(10) estabelecer uma maior preocupação ambiental.

Destaca-se neste contexto, a rede federal deeducação profissional, científica e tecnológica, quepossui mais de 354 unidades distribuidas em todoo território nacional oferecendo mais de 400 milvagas em todo o país, nesta rede se insere os 38institutos federais de educação, oficializados em2008. Muitos dos estudantes que utilizam estaestrutura são provenientes do meio rural, que pormeio de tranportes públicos ou privados deslocam-se diariamente em busca uma melhor qualificaçãoprofissional e desta forma, avanços nodesenvolvimento das atividades rurais e tambémna qualidade de vida.

Investir em educação beneficia o indíviduo, asociedade e o mundo como um todo. A educação éum dos mais poderosos instrumentos dedesenvolvimento social, econômico e ambiental.

“Se a educação sozinha não pode tranformar asociedade, tampouco sem ela a sociedade muda.”(Paulo Freire)

Qual a idade da agricultura? Impossível deprecisar, pois desde os tempos já perdidos namemória da humanidade, desde a gênese,seguindo relatos bíblicos, o homem necessita dealimento para desenvolver-se. E alimentos, quandoesgotado o extrativismo, só podem ser obtidospelo trabalho agrícola, pelo amanho da terra.Decerto, enfim, quando rareavam a caça, a pescae os produtos naturais (frutos, por exemplo), ohomem teve que adotar novos métodos parasobreviver, aprendendo, então, o plantar em vezde coletar, a pastorear em vez de caçar.

Ao longo dos milênios, a agricultura obtevegrande desenvolvimento, dos rudimentaresinstrumentos agrícolas às modernas máquinas,períodos de evolução lenta, outros mais rápidos.Mudanças, aliás, hoje cada vez mais rápidas.

Desde então, o homem primitivo, deixando seuberço de floresta, tem aberto penosamente ocaminho da civilização. A princípio, esforçoscentrados nas planícies de rios, onde terras férteise bem regadas eram fáceis de serem cultivadas.

Nos últimos tempos, até a ciência se aplica àagricultura. Descobriu-se, por exemplo, que agerminação da semente e o crescimento da plantapodem ser condicionados por substânciasquímicas.

E o futuro? Esteio, em tese, mostra o futuro. Umfuturo relativo, pois em exposição uma realidadesob muita maquiagem e ornamentação. Muito datecnologia, que projeta o futuro, ainda continuadistante, fora do alcance da maioria dosagricultores. Muitos apenas continuarãotrabalhando para simplesmente sobreviver.

Carolina Bilibio,é doutora em Engenharia Agrícola pelaUniversidadede Lavras/UniKassel.

[email protected] diversos fatores determinantes para o sucesso

de altas produtividades com qualidade nos cereais deinverno, em especial aquelas culturas de maior expressão,que são principalmente o trigo e a aveia.

O Informativo da COTRIJUI do último domingo (26.08)abordou o tema: Doenças nas Culturas de Inverno, as quaispodem ser ocasionadas por fungos, bactérias e viroses. Afim de diminuir os riscos de produtividade e alcançar altosrendimentos nestas culturas, o Engenheiro Agrônomo OsmarLohmann, fez importantes recomendações aos produtores.

Segundo o Engenheiro Agrônomo, até o momento ocenário se apresenta muito positivo para trigo/aveia. “Temosobservado emergências muito boas, excelentesuniformidades, bom perfilhamento, e tudo isso correspondea um excepcional desenvolvimento vegetativo, além decenários comerciais melhores que nos anos anteriores,motivos que entusiasmam a investir na cultura”.

Por outro lado os últimos dias também tem sido favoráveisao desenvolvimento das doenças comuns no inverno, emrazão das condições ambientais favoráveis, tais comotemperaturas e molhamento foliar.

Dito isto, doenças como oídio, manchas foliares eferrugens, tem surgido simultaneamente nas lavouras,observando-se maior pressão de doenças em áreas repetidastrigo/trigo, ocorrendo uma maior pressão de doenças emvirtude da baixa decomposição dos restos culturais de trigoda safra anterior, devido as poucas chuvas ocorridas noverão e outono.

Além disso, a entrada de doenças já ocorre também viasemente, essa é a razão pela qual ocorre presença demanchas foliares, muitas vezes em áreas de rotação , o quetorna importante sempre a desinfecção das sementes comfungicidas no tratamento de semente.

Então, se para manchas foliares a entrada ocorre viasemente e restos culturais, para oídio e ferrugens,normalmente ocorre por plantas guaxas que se desenvolvemdurante o verão ou plantas hospedeiras como azevém quetransmite helmintosporiose. Além das doenças citadasainda ocorrem os carvões e podridões radiculares. Alémdisso, ocorrem a presença de viroses e bacterioses.

De maneira geral, estratégias como Tratamento deSementes, rotação de culturas trazem vantagens adicionaisno manejo de doenças que podem corresponder em até 30%na produtividade.

É necessário que entendamos que a partir do momentoque se tem a necessidade de efetuar o controle de doençasfungicas, se tenha em mente, que o controle de doençasesta diretamente ligada a manutenção da área foliar. Paratanto, deve-se entender que, manutenção de área foliar seconsegue com proteção de plantas.

Por muito tempo entendia-se que, em trigo, bastava amanutenção da folha bandeira para obtenção deprodutividades razoáveis. Dessa forma, iniciavam-se asaplicações visando o controle das doenças tardiamente.Entretanto, hoje sabe-se através de ensaios realizadospela pesquisa e pela cooperativa, que aplicações defungicidas em estágios mais precoces, ou seja, já a partir doperfilhamento, garantem altos rendimentos, aliados aosdemais manejos.

Em trigo/aveia é desejável que se chegue a fasereprodutiva com 3-4 folhas por espiga, para que se tenhadisponível o máximo de fotoassimilados sendo drenadospara os grãos, obtendo-se o maior numero de grãos/espigacom o máximo de peso.

Para alcançar tal objetivo devemos entender que oscuidados devem ocorrer desde as primeiras fases. A fase deemergência até o afilhamento ocorre entre 30-45 DAE. Nessafase já podem ocorrer doenças como oídio, ferrugem emancha foliar. Geralmente a presença de oídio diminui apartir do alongamento, mas manchas foliares e ferrugenscontinuam ocorrendo até o final do ciclo.

Um aspecto importante que deve ser lembrado, e queprecisa ser planejado já no inicio da implantação da lavoura,refere-se ao perfil do material ou materiais a seremcultivados, ou seja, a suscetibilidade de cada material asdiferentes doenças.

Quando ocorrem doenças já no inicio é importante sefazer o controle o quanto antes, a fim de diminuir os danosna cultura, e consequentemente o desempenho do fungicida,principalmente no que se refere ao residual do fungicida.

Outro item importante que precisamos observar refere-se ao fungicida certo para cada situação, pois muitas vezesse faz necessário a utilização de misturas de mais de umfungicida, e/ou grupo químico, em razão da existência dediferenças de ação dos fungicidas sobre as doenças. Deforma geral, recomenda-se o uso de misturas de strubirulinascom 2 triazois, a fim de maior espectro de controle, capaz deatender o controle eficientemente.

Efetivamente, não podemos esquecer-nos de observaros itens de tecnologia de aplicação, já conhecido por todos.

Além, das doenças foliares, temos também as doençasde espiga no trigo, principalmente giberela. Aplicaçõesfungicas tem eficiência limitada. Nessa situação, o bommesmo é que as condições ambientais sejam favoráveis nafase da floração.

Importante é dar atenção ao atual momento, visandoproteger as plantas e controlar as doenças, buscando amanutenção da área foliar verde.

Para orientações e esclarecimentos de duvidas procureo Departamento Técnico da Cotrijui de sua Unidade.

Fonte: Cotrijui

Manejo de doenças emcereais de inverno

Atendendo a solicitação da Farsul, o Banco do Brasil (BB)anunciou na Expointer a disponibilização de R$ 50 milhões parafinanciar aquisição de animais em expofeiras de primavera.

Segundo o gerente de mercado de agronegócios do banco noEstado, João Paulo Comerlato, o volume é semelhante ao quefoi liberado na mesma temporada no ano passado e deve sersuficiente para atender à demanda. Ele informou o valor nolançamento de 22 expofeiras, realizado na tarde desta quarta-feira, na Casa da Farsul, em Esteio. Para o presidente daComissão de Feiras, Exposições e Remates da Federação,Francisco Schardong, as primeiras vendas realizadas naExpointer indicam uma boa temporada de comercialização.“Acho que a seca não deve prejudicar tanto a pecuária. Acreditoque teremos nas pistas os mesmos valores de comercializaçãodo ano passado, que já foram remuneradores”, projetouSchardong.

A linha MCR 6.4 tem juros de 5,5% ao ano e prazo depagamento de dois a três anos (matrizes e reprodutores). Mas,para a agricultura empresarial, há duas alternativas com jurosmais baratos, de 5% ao ano. Uma delas é o Programa Nacionalde Apoio ao Médio Produtor Rural, para produtores com rendamédia anual de até R$ 1,6 milhão, dependendo do caso, e prazode dois a três anos. O ABC é ainda mais vantajoso, com prazo depagamento que pode chegar a até cinco anos. Mas, nessa linha,a aquisição de animais deve fazer parte de um projeto maior deagricultura de baixo carbono. O investimento com animais,nesse caso, pode chegar a 40% do valor do projeto.

Assessoria de Imprensa Sistema Farsul

Sindicatos apresentam expofeiras eBB anuncia R$ 50 milhões

pag02rural.pmd 31/08/2012, 07:441

Page 3: O Celeiro Rural

RURAL 3Sexta-feira, 31 de agosto de 2012

EXPOINTER, a vitrine do agronegócio do paísO agronegócio nacional vive o seu

auge. Desde sábado, 25/08, até estedomingo, com 7927 animais inscritos e2308 expositores confirmados, a 35ªEXPONTER coloca em evidência acapacidade produtiva, no que há derecente em melhoramento animal e emtecnologia para gerar cada vez maisriquezas no campo.

Considerada uma das maisabrangentes feiras do gênero na AméricaLatina, a exposição indica ser umexcelente referencial para os produtoresprimários. Decerto, pois, a EXPOINTERconcentra no local marcas das maisrepresentativas em máquinas eimplementos agrícolas. Além disso, noque tange ao conhecimento, oferecedebates sobre os rumos da agropecuária.

Até este domingo, cerca de 400eventos paralelos também encontram-se inseridos na programação. Para quemaprecia, tem espetáculos folclóricos,promoções em confecções, acessórios,veículos e alimentos. A agricultura

Francisco de Paulo Castro (e) quando em exposição de bovinos na década de 1970

O nascedouro da EXPOINTER remeteao ano de 1901, quando no Campo daRedenção, hoje Parque Farroupilha,em Porto Alegre, aconteceu aExposição de Produtos do Estado.Evoluindo em importância, o eventofoi transferido para o PradoRiograndense, em 1909, onde maistarde acabou construído o Parque deExposições Menino Deus, esteampliado em 1912.

No final da década de 1960,constatou-se a incapacidade do ParqueMenino Deus sediar eventos de taldimensão, inclusive, já com a presençade cabanheiros da Argentina e doUruguai, portanto, estava derivandopara o caráter internacional. Foi, então,que o Governo do Estado adquiriu 64hectares à margem da BR-116, em Esteio.

No ano de 1972 a feira é batizada deEXPOINTER. Inicia aí o ciclo deexposições com crescente participaçãode países, como, além da Argentina edo Uruguai, Holanda, França, EstadosUnidos, Inglaterra, Alemanha, Áustria,

familiar igualmente está presente,oferecendo produtos coloniais. É possívelencontrar queijos, vinhos, doces e muitasoutras atrações geradas em pequenaspropriedades.

Quem quiser saber mais sobre osanimais que estão no parque podeacompanhar as provas de pista e osjulgamentos dos bovinos de leite e decorte, gado misto, búfalos, equinos,ovinos, caprinos, aves, chinchilas ecoelhos. Encontram-se em exposição 151raças.

O começo, há 100 anosSuécia, Dinamarca, Bélgica e Chile.

Quando chegou 1977, o local daExpointer recebe a denominação deParque Estadual de Exposições AssisBrasil. A homenagem refere-se a umimportante político e produtor rural doEstado no começo do século XX.

Progressivamente em expansão, aExpointer começa a sentir falta de maisespaço. Tanto que, em 1998, a áreafísica é ampliada para os atuais 141hectares.

Ao longo da história da Expointer,Santo Augusto já teve expressivaparticipação de suas fazendas naexposição. Isso ocorreu, sobretudo, nadécada de 1970, época em que umservidor da Inspetoria Veterinária, porconvocação de instância superior,acompanhava expositores nasegurança e sanidade animal. Tratou-se de Francisco de Paula Castro, quechegou a Santo Augusto quando aindadistrito de Três Passos, em 1947. Foi, naverdade, o primeiro vacinador enviadopara a região pelo Governo do Estado.

Movimentação do público durante o primeiro dia de Expointer . Foto: Alexandro Auler/Especial Expointer

Cenas da feira no parque Assis Brasil Foto: Claudio Fachel/Palácio Piratini

Julgamento do Charolês. Foto: Vilmar da Rosa/Seapa

Cerimônia de Abertura Expointer 2012. Foto: Tárlis Schneider/Especial Expointer

pag03rural.pmd 31/08/2012, 07:451

Page 4: O Celeiro Rural

RURAL4 Sexta-feira, 31 de agosto de 2012

Dia de Campo em São MartinhoO Brasil é o quinto maior produtor

mundial de leite, com 30,7 bilhões de

litros produzidos anualmente. Oproduto tem papel relevante naagropecuária brasileira e na geraçãode renda, especialmente na RegiãoNoroeste, onde se concentra a maiorbacia leiteira do Rio Grande do Sul.

Para a Emater/RS-Ascar, no entanto,essa atividade ainda impõe grandesdesafios antes, durante e após aordenha. Para tratar do tema, a Emater/RS-Ascar promoveu um Dia de Campo,na quinta-feira (17/8), na propriedadedo casal, Dolores e Danísio Fritzen, emSão Martinho. O município com maisde cinco mil habitantes, produzdiariamente mais de 70 mil litros deleite. A atividade representa a principalfonte de renda para mais de 400 famíliasde agricultores familiares. Oplanejamento, segundo o médico

veterinário da Emater/RS-Ascar,

Oldemar Weiller, é o ponto de partida

e evita futuras despesas e dor de

cabeça. “É necessário planejar a

O Brasil é o quinto maior produtor mundial de leite. No entanto, a atividade impõe desafios antes, durante e após a ordenha

quantidade de pasto de acordo com otamanho do plantel”, exemplificouWeiller. O produtor, segundo o médicoveterinário da Emater/RS-Ascar,também deve avaliar o papel da silagemna propriedade, dimensionando otamanho do silo de acordo com anecessidade do rebanho. Asvariedades de milho para a silagem,recomendadas pela Embrapa, seriam abalu 761 e a maximus. “São variedadesque apresentam produtividade porhectare até 15% superior a de outras,disponibilizadas no mercado”,comparou Weiller. O momento certode ensilar o milho seria quando o grãoatinge 35% de matéria seca, passandodo ponto de farináceo para farináceoduro. Outra orientação repassada nodia de campo, a fatia que o produtorcorta da silagem deve ter 20 cm paraevitar proliferação de fungos eintoxicação do rebanho.

A rotina da ordenha e o ambiente emque vivem os animais também sãodecisivos, disseram a extensionista de

Bem-Estar Social e o técnico emagropecuária da Emater/RS-Ascar, AraciKerber e Cristiano Herpic. O barro, aspedras, o arame farpado, a falta de sombrae de água limpa e o estresse provocadopor cachorros e pessoas afetamnegativamente a produção. A limpeza dostetos, dos equipamentos e das mãos quefazem a ordenha foram outros aspectosdestacados pelos extensionistas.

As plantas com propriedadesmedicinais, como a malva – anti-inflamatória-, a cobrina e carqueja –desinfetantes, também foramrecomendadas no dia de campo aospequenos produtores de leite.

Informações

Assessoria de Imprensa da Emater/

RS-Ascar Regional de Ijuí

Jornalista Cleuza Noal Brutti

Produtores de leite no Dia de Campo

Aumenta número de famílias que ingressamna Rede Leite

São 67 Unidades de Observação cadastradas, porém número de produtoresbeneficiados passa de quatro mil

Em quatro anos, subiu de 50 para 67o número de Unidades de Observação(UOs) cadastradas no Programa emRede de Pesquisa-Desenvolvimentoem Sistemas de Produção comAtividade Leiteira no Noroeste doEstado (Rede Leite). Na definição dospesquisadores, as UOs são as pequenaspropriedades rurais, consideradaslaboratórios a céu aberto, onde apesquisa é realizada. Contudo, ogerente da Emater/RS-Ascar da regiãoadministrativa de Ijuí, Geraldo Kasper,destacou que, nesse período, ametodologia da Rede Leite deve terbeneficiado, pelo menos, outras quatromil famílias. “Os dias de campo, asreuniões e visitas técnicas levaraminformações a centenas de produtoresque não estão oficialmente envolvidosna Rede Leite”, explicou Kasper.

Em 2008, quando o programacomeçou a ser implantadooficialmente com recursos dosGovernos Estadual e Federal e dasociedade civil, a Rede Leite contava50 pequenas propriedades rurais. Apósquatro anos, outras 17 famílias pediramingresso na rede, fazendo o número deUOs aumentar para 67.

O aumento significativo depropriedades que participam doprograma, segundo o pesquisador daEmbrapa Pecuária Sul, Gustavo Martinsda Silva, reflete uma consolidação dotrabalho conjunto realizado,considerando que a metodologiaproposta pela Rede Leite é um desafio.“Neste programa, o técnico trabalhacom o agricultor, realizando a análise

do sistema de produção e levantandopropostas de melhorias”, explicouSilva. “A metodologia desenvolvida,na qual os produtores são os atores daprodução de conhecimento”, tambémfoi apontado por Kasper como um dosmotivos do crescente interesse.

O Programa Rede Leite tem oobjetivo de contribuir para ofortalecimento e a viabilidade daagricultura familiar, com foco naatividade leiteira. O trabalhodesenvolvido no programa é conjunto,ou seja, com o envolvimento depesquisadores, extensionistas eprodutores para a geração deconhecimento e de tecnologias pormeio de um processo participativo – ametodologia pesquisa-

desenvolvimento –, realizado nospróprios estabelecimentos rurais apartir dos sistemas de produçãoexistentes. “Tanto as instituições depesquisa como as de ensino passarama ter ações nas Unidades deObservação”, concluiu Kasper.

Atualmente, a Rede Leite éintegrada por oito instituições:Emater/RS-Ascar, Embrapa PecuáriaSul e Embrapa Clima Temperado,Unijuí, Unicruz, Fepagro, InstitutoFederal Farroupilha – campus de SantoAugusto, Cooperfamiliar e Agel.

Assessoria de Imprensa da Emater/RS-Ascar - Regional de Ijuí

Jornalista Cleuza Noal BruttiEstagiária Jaqueline Peripolli

Encontro em Bozano

Darlan Palharini,secretário executivodo Sindilat/RS

Com arealização da 35ªE x p o i n t e r( E x p o s i ç ã oInternacional deAnimais, Máquinas,Implementos e

Novidadesda

Expointer

Produtos Agropecuários) toda a cadeiado agronegócio se reúne em Esteio, enão faltam novidades. Uma que está emalta agora é o preço do milho e da soja,o que de um lado é muito positivo e deoutro é uma preocupação em razão dacorrida que se anuncia em direção aessas culturas em detrimento de outras.A situação reforça a ideia de que o paísprecisa de uma política nacional paraorientar e conduzir o setor.

Quanto ao setor lácteo, o emergentedo agronegócio, ganha cada vez maisdestaque na Expointer e nas discussõescom o governo do Estado vê avançar acriação do IBRALAC (Instituto Brasileirodo Lácteo). O órgão deverá serresponsável por encaminhar pesquisaspara aumento de produção, mas tambémpara elevar o consumo de leite ederivados. Entende-se que não édesejável somente discutir produção semsaber onde colocar o produto de maneirarentável.

Uma comitiva do governo do Estado ede deputados estaduais conhecerá de pertoa produção de leite do Rio Grande do Sul,uma vez que não adianta olharmos asrealidades mundo afora sem conhecer anossa realidade, tanto na área daspropriedades rurais, como das indústrias ecomércio. Essa ação será mais um marcopara o setor do lácteo do RS: sair do discursoe ir para a prática, e com certeza a regiãode Santo Augusto será um dos alvos.

Darlan PalhariniSecretário Executivo do Sindilat/RS

(Sindicato da Indústria de Laticínios eProdutos Derivados do Estado do RioGrande do Sul)

pag04rural.pmd 31/08/2012, 07:461

Page 5: O Celeiro Rural

Plantio avança nas lavouras

RURAL 5Sexta-feira, 31 de agosto de 2012

Eng. Agr. Vinicius [email protected]

É tempode...

Os produtores rurais começam aintensificar o término do plantio demilho na região. Em Santo Augusto 85%da área destinada ao cereal já estásemeada. Os produtores neste anodecidiram correr o risco e anteciparamo início da semeadura. De acordo como técnico agrícola da Emater RomeuRohde, Santo Augusto plantarápraticamente a mesma área do anopassado, ou seja, 4.500 hectares demilho.

Rohde lembra que ainda em janeiroe fevereiro temos a safrinha onde éplantado mais 1.000 hectares em SantoAugusto. O engenheiro agrônomoLeonardo Losso estima que em 15 diasjá esteja 100% do plantio concluído.“Pois até o momento o clima tem semostrado favorável para o plantio edesenvolvimento das primeirasplantas que estão emergindo no solo”,comenta Losso.

Complementa ainda que apesardesta última frente fria que trouxechuva e derrubou as temperaturas naregião, fato este que pode atrasar um

Semeadura deve se finalizar neste final de semana. Área neste ano será a mesma do ano passado

pouco o desenvolvimento dasplântulas de milho, a tendência é queo tempo se afirme e volte a ficar mais

seco nos próximos dias, possibilitandoo término do plantio e favorecendo odesenvolvimento inicial do milho. Masnão se pode esquecer que a cultura domilho é bastante exigente emumidade, sendo necessário que a partirde então ocorra chuvas regularmentepara que todo o potencial produtivo dacultura seja expressado.

Segundo ele, tecnicamente não éindicado antecipar muito o plantio domilho em função dos riscos que oprodutor pode correr com geadastardias, ainda dentro da estação doinverno, que se encerra em 22 desetembro. Para Leonardo, este risco écalculado pelos produtores e um dosmotivos que levou a maioria dosagricultores a adiantarem a formaçãodas lavouras foi à estiagem registradana safra passada, quando áreas tiverama produtividade comprometida emmais de 70%, e onde se obtevemelhores rendimentos foi nas áreasplantadas mais precocemente,justificando desta forma o que osprodutores estão realizando este ano.

Trigo 1. A ocorrência de altastemperaturas no mês de agosto(agosto mais quente dos últimos 10anos) propiciou uma condição idealpara o aparecimento edesenvolvimento de doenças nacultura do trigo, principalmenteferrugem e oidio, o que levou amaioria dos produtores aanteciparem as aplicações defungicida.

Trigo 2. Como a pressão dedoenças (principalmente ferrugemresistente a triazois) está muitoforte, precisamos diminuir ointervalo entre as aplicações defungicida e também reforçar a dosepara que possamos ter sucesso nocontrole dessa doença.

Trigo 3. Giberela: como aslavouras então de um modo geralentrando na fase de espigamento,devemos atentar para que se houvercondição climática favorável para odesenvolvimento da giberela(temperatura ao redor de 22°C echuva), devemos tomar alguma açãopara diminuir a ação desse fungoque causa grandes prejuízos ao trigo.Para isso, consulte um agrônomopara decidir qual o melhor manejopara o controle da giberela.

Trigo 4. Muito cuidado com apresença de pulgões nas lavouras,pois devido ao calor que fez emagosto muitas lavouras estão comalta incidência de pulgões. Quandofizer a última aplicação de fungicidana lavoura, é indispensável o uso deinseticida fisiológico para o controlede lagarta do trigo.

Trigo 5. Para melhorar aqualidade industrial do trigo ( paraalgumas variedades) recomenda-seaplicar 20 kg de Nitrogênio via aduboquímico na fase de espigamento dotrigo. Outra alternativa, é o uso defertilizante folhar a base denitrogênio e aminoácidosassociados a aplicação de fungicida,que representa um custooperacional menor. Maioresinformações consultar umengenheiro agrônomo.

Milho 1. Muitas lavouras estãoem fase de emergência e umcuidado especial deve ser dado aoataque inicial de pragas,principalmente lagartas,cascudinhos, diabrótica epercevejos, que nessa fase causamgrandes danos que não poderão serrecuperados no futuro, pois acultura do milho, não compensaperdas no stand da lavoura.

Milho 2. Para um melhoraproveitamento do Nitrogênio, oideal é parcelar a aplicação emcobertura em no mínimo duas vezes,sendo uma na 4ª folha e a outra na 6ªfolha.

Nunca esqueça, prevenir émelhor que remediar

MILHO

Na quarta-feira (22/08), integrantesdo Conselho de DesenvolvimentoEconômico e Social (CDES-RS)entregaram um relatório com propostaspara o desenvolvimento rural, resultadodo trabalho da Câmara TemáticaEconomias do Campo para o governadorTarso Genro. Durante a audiência Ogovernador Tarso Genro anunciou que oRio Grande do Sul criará um Plano Safraespecial direcionado às populações maispobres do meio rural.

“Temos desejo de demarcar adiferença das políticas para a economiacamponesa pelas suas especificidades.Esse segmento representa um elo deresistência de toda uma cultura do campo

que está sendo dizimada pelos valoresdo mercado e da economia capitalistaglobalizada”, disse Tarso Genro.

O governador adiantou que épossível fazer esta diferenciação daspopulações que atuam no setor agrário.“Temos clareza que atendendo estasfamílias de forma específica estaremosdando uma contribuição nacional”,afirmou. O anúncio do governadoratende a reivindicações constantes nodocumento entregue esta manhã peloConselhão. “Estas são as nossascontribuições à política emancipatóriapara a população do campo”, disse oconselheiro Jacques Alfonsin,acompanhado dos secretários do CDES,

Marcelo Danéris, do DesenvolvimentoRural, Pesca e Cooperativismo, IvarPavan e da coordenadora do Ministériodo Desenvolvimento Agrário no RS,Dalva Schreiner. Os seminários doConselhão garantem contribuiçõesdiretas dos protagonistas que vivemno meio rural que tem assento nocolegiado que assessora o governador.“Ficou claro aqui que não trazemosapenas propostas, mas vamosacompanhar como isso chega aos maisnecessitados, aos pobres do campo”,concluiu Jacques Alfonsin.

Sobre o desafio de universalizar aspolíticas agrárias, Ivar Pavan estima quecerca de 200 mil famílias de agricultoresgaúchos estejam enquadrados nestamodalidade. Segundo o governador, énecessário ampliar os programas eações dos governos para alcançar estesegmento que deverá ser enquadradono próximo Plano Safra para 2013/2014.“Essa proposta é nosso desafio para opróximo período. Significa qualificar euniversalizar as políticas públicas parao meio rural”, confirma Ivar Pavan. Paraele isso significa contar com muito maisrecursos do governo federal com açõespara assistência técnica, infraestruturaprodutiva (estradas, eletrificação,formação), acesso à internet e educaçãodos jovens para serem agricultores.“Ou então continuaremos vendo osjovens terminando o segundo grau emigrando para as cidades”, registraPavan, lembrando do severo problemade esvaziamento do campo e dasucessão rural.

Foto: Camila Domingues/Palácio Piratini

Tarso Genro

Populações mais pobres serão beneficiadas

PLANO SAFRA ESPECIAL

pag05rural.pmd 31/08/2012, 07:461

Page 6: O Celeiro Rural

RURAL 6Sexta-feira, 31 de agosto de 2012

A notícia mais aguardada pelospequenos agricultores do distritoDaltro Filho, interior de TenentePortela, chegou sábado (25/8) e foitransmitida durante a inauguração daAgroindústria Guerra, pioneira nomunicípio na produção de sucos,geleias e compotas. “O Governo doEstado tem o Programa da AgroindústriaFamiliar e a Agroindústria Guerra foiaceita nesse programa, podendo,agora, comercializar em todo o paíscom o Selo Sabor Gaúcho”, anunciou,debaixo de aplausos, a engenheira dealimentos da Emater/RS-Ascar, RejaneGollo Fornari. “Nós estávamosesperando por esta notícia que éexcelente”, disse entre lágrimas aproprietária Leila Guerra. “Não é comquantidade, mas com qualidade quevamos honrar o Selo Sabor Gaúcho”,comemorou o sócio da agroindústria,Liciano Sestari.

O apoio às agroindústrias na RegiãoCeleiro, segundo o prefeito ClairtonCarboni, foi um compromisso decampanha assumido pelo GovernadorTarso Genro. “Nas três vezes em queesteve na Região Celeiro, o Governadordisse que iria priorizar asagroindústrias”, lembrou Carboni. “Nósfazemos todo o possível pelalegalização, porque a informalidade nosleva ao não crescimento e a legalizaçãonos abre mercados. O Rio Grande do Sulestá de portas abertas para receber osprodutos Guerra”, disse o prefeito.

O coordenador regional dasecretaria de Desenvolvimento Rural,Pesca e Cooperativismo (SDR), JúlioParis, lembrou que o Programa daAgroindústria Familiar, coordenadopela SDR, oferece gratuitamente aospequenos agricultores uma série deserviços, como assistência técnica paraelaboração do projeto técnico da obra,cursos de capacitação, entre outros.“Além do desenvolvimento local, oprograma pensa na sucessão rural,porque onde tem agroindústria temmais jovens”, disse Paris. O jovem de22 anos, Maicon Guerra, é uma dasquatro pessoas que irá trabalhar na

agroindústria. Formado no cursotécnico em agropecuária e aluno docurso de agronomia no Centro deEducação Superior (Cesnors), deFrederico Westphalen, o rapazpretende qualificar o que aprende nasala de aula com o trabalho naagroindústria recentementeinaugurada dos tios.

História

Foi por recomendação de ummédico que o casal de agricultoresElcides e Leila Guerra começou aproduzir suco. “O médico disse pra nãotomar mais vinho, apenas suco de uva”,lembrou Elcides. A pesquisa na internetevoluiu para os cursos, oferecidos pelaEmater/RS-Ascar, de Boas Práticas deFabricação, no Centro de Treinamentode Agricultores de Bom Progresso(Cetreb), e de Processamento de Frutase Hortaliças e Estudo de Mercado, noCentro de Treinamento de Agricultoresde Fazenda Souza (Cefas), em Caxiasdo Sul. O incentivo dos vizinhosmotivou o casal a acessar crédito noBanco do Brasil e na Cooperativa de

Tenente Portela inaugura primeira agroindústria de sucose geleias e comemora liberação do Selo Sabor Gaúcho

Crédito Rural (Cresol) para a compra deequipamentos e construção do prédio.

Localizada próxima à RS 472, aAgroindústria Guerra produz sucos – osmais vendidos são os de uva e morango-, compotas de doces e 20 variedadesde geleias, dentre elas, as tradicionais,feitas de morango e uva, e a poucoconhecida geleia de carambola.

A cerimônia de inauguração daagroindústria reuniu agricultores elideranças políticas de cinco municípiosda Região Noroeste, além dossecretários municipais de Indústria,Comércio e Turismo, Cirineu Souto, ede agricultura e Meio Ambiente, GilmarCanzi, presidente da Câmara deVereadores, Elenir de Carli, presidenteda ACI de Tenente Portela, FábioBolson, e presidente do Sindicato dosTrabalhadores Rurais, Alcides Weber.

InformaçõesAssessoria de Imprensa da Emater/

RS-Ascar Regional de Ijuí - JornalistaCleuza Noal Brutti

Coohaf suspendeencaminhamento apenas

para casas novasA Cooperativa Habitacional da

Agricultura Familiar (Coohaf) daFetag informa que o Ministério dasCidades possui novas exigências emrelação ao Programa Nacional deHabitação Rural – PNHR. A maispolêmica, conta o presidente daCoohaf, Juarez da Rosa Cândido, é ade que todas as casas devem seradaptáveis a cadeirantes. A Coohafaguarda a reunião do grupo detrabalho, em Brasília, com todos osmovimentos sociais para saber dasdefinições quanto a esta exigência.Diante deste fato, fica suspenso o

encaminhamento de novas propostasde casa nova para a Caixa EconômicaFederal, até porque não existeadequação às novas medidasadotadas pelo Ministério. Para nãoatrasar os futuros encaminhamentos,a cooperativa está adequando a plantade 60m2 às exigências do Ministériodas Cidades. Em relação aosformulários, vigentes até esta data,estão atualizados no site, porém semplantas. Ao mesmo tempo, as reformasseguem liberadas e sem restrições.Assim a Coohaf pede que os sindicatospriorizem a demanda por reformas.

Comunidade de Daltro Filho acompanhou a inauguração do empreendimento

O Departamento Financeiro daFetag está reiterando algumasorientações relacionadas à cobrançada contribuição sindical da agriculturafamiliar. O tesoureiro-geral da Fetag,Sérgio de Miranda, lembra que opagamento da Contribuição Sindical éobrigatório por lei e é devido por todosos integrantes da categoria, tanto oagricultor familiar, quanto oassalariado rural. Ela constitui umimportante documento decomprovação de exercício da atividaderural para todo o grupo familiar e deveser cobrada tanto dos sócios quantodos não-sócios, além de ser umaimportante fonte de custeio para asentidades sindicais. Miranda destacaque na área rural são as entidadessindicais as responsáveis pela cobrança

da contribuição sindical. Assim, éimportante que o sindicato aproveiteos momentos e oportunidades emque os agricultores utilizam o trabalhooferecido pela entidade para fazer acobrança. No momento em que seaproxima a realização da declaraçãodo ITR – Imposto Territorial Rural, estaé mais uma oportunidade para fazer acobrança e conversar com osagricultores sobre a obrigatoriedadee importância do pagamento. Ocadastro do segurado especial e adeclaração anual, entre outras,também são ocasiões em que osindicato pode efetuar a cobrança. Aemissão da Guia Sindical da AgriculturaFamiliar deverá ser feita através dosite da Fetag (www.fetagrs.org.br).

Fetag traz informações sobrepagamento da contribuição sindical

pag06rural.pmd 31/08/2012, 07:471

Page 7: O Celeiro Rural

RURAL 7Sexta-feira, 31 de agosto de 2012

EMBRAPA -Cultivaresresistentes

à seca

A Voz do Campo

Passo Fundo, na BSBIOS

Em Passo Fundo

Em Tapes

É A voz do Campo chegando em mais de 250 municípios e mais de 3 milhões de gaúchos.Retransmitido por 7 emissoras de rádio: Verdes Pampas fm de Santiago; Sorriso fm dePanambi; Ciranda fm de Santo Augusto/Chiapetta; Rádio Santo Angelo AM; Rádio GuaramanoAM de Guarani das Missões; Rádio Tapense AM de Tapes; Rádio Itapevi de Maçambará.

O Show Agrícola Tá No Ar!

Em Panambi

Dr. NÉRI PERIN – Advogado DIREITO AGRÁRIO

Passo Fundo-RS

No primeiroprograma de agosto, nodia 4, A Voz do Campohoje em Passo Fundo namaior indústria debiodiesel do Brasil. ABSBIOS recebeu o Showagrícola, produtoresrurais e liderançaspolíticas e doagronegócio. O assuntoem pauta foi aimportância do biodieselpara a agriculturabrasileira. Tivemos aparticipação de diretoresda Petrobrás.

A Voz do Campo do dia11/08, na Agroplan emPanambi destacou aimportância da água para osetor agropecuário, etambém a tecnologiadisponível para o produtorrural. Destaque para aparticipação de JoséDomingos Teixeira gerenteda Fazenda Tarumã deTupanciretã, Gustavo deDavi do Sistema Irriga daUFSM de Santa Maria,Fernanda Sovernigojornalista e filha de produtorrural. Também estiverampresentes os produtoresrurais Dari Meggiolaro deCondor, Édio Folleto eMilton Oyarzabal deCacequi.

Código Florestal, eleições da farsul eRenegociação de dívidas foram os assuntos em debatena Voz do Campo do doa 18/08. Estiveram presentesprodutores rurais de Santiago e região, Almir Rebelodo Clube Amigos da Terra de Tupanciretã, DeputadoLuiz Carlos Heinze, Vitor Cainelli do Grupo Fockinkestiveram participando do Programa A Voz do Campona inauguração da LUMAR comércio de peças agrícolas,a mais nova empresa santiaguense.

Já no dia 25/08 A Vozdo Campo, esteve emTapes com a presença deMendes Ribeiro Ministroda Agricultura e CaioRocha Secretárionacional de políticaagrícola do Ministério daAgricultura e produtoresrurais e lideranças doagronegócio de Tapes eregião.

A Voz do Campo será realizado no auditório da Casa daJohn Deere na Expointer em Esteio e vai destacar o tema:Agora o produtor tem Voz. A Voz do Campo desafios eperspectivas da comunicação rural. Confirmaram presençano programa, Ana Amélia Lemos, senadora, ErasmoBattistella Diretor Presidente da BSBIOS Industria deBiodiesel, João Batista Olivi jornalista do Canal Rural eSiegfried Kwast presidente do Grupo Fockink e produtoresrurais. A novidade desta vez é a transmissão de áudio evídeo do Site Notícias Agrícolas, além das sete (7) emissorasde rádio parceiras que sempre transmitem o Programa AVoz do Campo.

Em Santiago

Na Expointer

Ao ler notícia, que aEMBRAPA ( EmpresaBrasileira de PesquisaAgropecuária) estariad e s e n v o l v e n d opesquisa de obtenção

de cultivares resistentes à seca, lembrei-me docenário horrível da última safra Gaúcha, e curioso,contatei o Doutor Eduardo Romano de CamposPinto, digno Pesquisador da Empresa Pública deRecursos Genéticos,com a seguinte indagação:

Essa pesquisa está vinculada à Monsanto?Recuperado da surpresa, respondeu, não.Felizmente constatamos que a pesquisa

brasileira é eficiente. Podemos produzir sementes

mais eficazes que as transacionais, e melhor, semescravizar os nossos Agricultores.

País nenhum é seguramente independente, selhe faltar a capacidade de produzir e garantiralimentos ao seu povo.

Assim, ao atestar que a EMBRAPA é capaz deassegurar aos brasileiros, obtenções vegetaiscapazes e bastantes, com custos reais, sem lastronas produtividades a serem obtidas pelosprodutores, nos traz alívio, orgulho, e também acerteza de que o investimento público em pesquisa,é necessário.

Palmas à EMBRAPA, e vaias àquelas que vinculama exploração das criações na base deprocedimentos ilegais, arbitrários e calcados nasanunciadas possibilidades de colheitas futuras (queno campo normalmente não se realizam).

Aderir esforços ao bom combate, é tarefa detodos representantes dos Agricultores. O orgulhode ser brasileiro, de ser capaz de prover alimentossaudáveis ao mundo, sem agredir o meio ambiente,deve contrastar e vencer o oportunismo, a ganânciae a individualidade.

Parabéns à EMBRAPA. Parabéns aos verdadeiroslíderes rurais. Uma boa notícia, enfim.

Néri Perin

A importância da água, tema em Panambi

Presença de Mendes Ribeiro (e), em Tapes

pag07rural.pmd 31/08/2012, 07:481

Page 8: O Celeiro Rural

8Sexta-feira, 31 de agosto de 2012

Erva-mate - alternativa importante para a agricultura familiarA cultura da erva e o hábito alimentar

do chimarrão desempenham umimportante papel econômico esociocultural na região Sul do Brasil,abrangendo os estados do Paraná, SantaCatarina e Rio Grande do Sul. O chimarrãoé um forte instrumento de socialização dopovo sulino e o cultivo e a industrializaçãoda erva-mate uma importante alternativaeconômica para a agricultura familiardesses estados.

O mercado interno do chimarrão semprevalorizou com melhores preços a erva-matede sabor suave. A indústria ervateira seabastece desta matéria-prima, com a ervanativa extraída dos remanescentes da matacom araucária, pelo mesmo processoextrativista da época colonial. No entantoeste abastecimento é caro, limitado e cadavez mais escasso.

A partir de observações dos produtoresdo município de Machadinho, no RS, aEmbrapa Florestas e a Associação dosProdutores de Erva-Mate de Machadinho( Apromate ) identificaram o parentalmasculino de um cruzamento ocorrido napropriedade do produtor TheodoroMendes da Fonseca, cujas filhas produziamuma matéria-prima de sabor suave dechimarrão. Daí surgiu o material genéticoCAMBONA 4 que a partir desta observaçãocomeçou a ser multiplicado através de umpomar nesta propriedade e a Apromate (Associação de Produtores ) com seusassociados implantou um programa deplantio deste material genético, emsistema agroflorestal na região. Pela boaprodutividade e melhor preço alcançadodeste material tornou-se um programa derenda e emprego para agricultura familiardo município e se espalha para outras

regiões do RS, sendo que já está sendoplantada também em Santo Augusto.

A Sedagro iniciou este trabalho comincentivo do secretário Tomelero,conhecedor do assunto até porque atua noramo, conhece toda a história da erva-mate em nosso município e estado, eentende que esta transformação tambémdeve ocorrer quanto ao futuro desta culturaque pode se transformar numa importantealternativa, principalmente para oagricultor familiar que padece de aumentode renda para a sua sustentabilidade nocampo.

O escritório local da Emater estáenganjado neste trabalho assim como deresto no Estado onde tem papel importantenas orientações, organização e divulgaçãodesta cultura juntamente com assecretarias de agricultura, sindicatos edemais entidades ligadas ao setor.

Os produtores do Assentamento 19 deAbril, em Santo Augusto, também mostrouinteresse em acompanhar e plantaralgumas áreas de erva-mate, e neste mêsiniciaram o plantio das primeiras mudasnum sistema onde incluirão outras espéciescomo timbó, e nogueira que tambémpoderá ser fonte de renda no futuro. Nogeral o produtor já conhece a cultura etrabalhou nela em anos passados, com afamília, até porque nossa região foiimportante fornecedora de erva-mate paraas inúmeras indústrias existentes noEstado, como é o caso de Santo Augusto.Com o advento da soja a cultura foi sendorelegada, abandonada e expulsa de nossasterras em favor de uma outra cultura, asoja, que hoje está comprovado não sersustentável dentro da pequenapropriedade.

Com este novo material as indústriasdeixarão de ir atrás de melhores materiaisem outros estados como o Paraná, e assimo dinheiro circulará em nossa região e oProdutor terá uma alternativa importantepara seu sustento.

A CAMBONA 4 é uma material quealém de produtiva e de rápido crescimento,se bem conduzida poderá começar arender dividendos já nos primeiros anos deimplantação e isto só poderá ocorrer se osprodutores forem bem orientados eacompanhados no processo.

Os produtores Celso Muller e ValdecirGallina, do Assentamento foram osprimeiros a inciar o plantio de 0,5 ha. daCambona, sendo que já outros agricultoresdo município já cultivaram no ano passadoe estão aumentando as áreas.

A Sedagro e a EMATER seguirãoacompanhando e incentivando o cultivo dovegetal. Para Rodrigo Tomelero,empresário, da Ervateira Tomelero, oacompanhamento técnico da cadeiapermite remunerar melhor o produtor quebusca qualidade.

Secretário Alberto Tomelero e Bento A. Lopes,da Emater , com produtores

pag08rural.pmd 31/08/2012, 07:491