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Página - 1 CEI-TRF1 RETA FINAL 1ª RODADA 10/07/2015 CEI - TRF1 RETA FINAL 1ª RODADA - 10/07/2015 Prezado(a) aluno(a), é proibida a reprodução deste material, ainda que sem fins lucrativos. O CEI possui um sistema de registro de dados que marca o material com o seu CPF ou nome de usuário. O descumprimento dessa orientação acarretará na sua exclusão do Curso.

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CEI-TRF1 RETA FINAL1ª RODADA 10/07/2015

CEI-TRF1RETA FINAL1ª RODADA - 10/07/2015

Prezado(a) aluno(a), é proibida a reprodução deste material, ainda que sem fins lucrativos. O CEI possui um sistema de registro de dados que marca o material com o seu CPF ou nome de usuário. O descumprimento dessa orientação acarretará na sua exclusão do Curso.

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CEI-TRF1 RETA FINAL1ª RODADA 10/07/2015

PROFESSORES

Clara da Mota Santos Pimenta Alves – Professora em Formação Humanística.Juíza Federal Titular em Cuiabá – MT (aprovada em 1º lugar no XIII Concurso para o TRF-1). Foi Subescrivã no TJBA (2005), Advogada da Petrobrás Distribuidora (2005/2006), Procuradora do Banco Central (2006/2007) e Procuradora da Fazenda Nacional (2007/2011). Graduada em Direito pela Universidade Federal da Bahia (2004). Especialista e Mestre em Direito Constitucional pela UNB. Aprovada para os cargos de Procuradora Federal – AGU, Defensora Pública do Estado de Sergipe e Promotora de Justiça do Estado da Bahia, dentre outros.

Emmanuel Mascena de Medeiros – Professor em Direito Administrativo e em Sentença Cível.Juiz Federal Titular em Manaus – AM (aprovado no XIII Concurso para o TRF-1). Foi Técnico Judiciário no TRF-5 (2004/2011). Graduado em Direito pela Universidade Federal da Paraíba (2007). Pós-graduado em Direito Público. Aprovado nos concursos de Defensor Público Federal e Procurador Federal – AGU, dentre outros.

Isaura Cristina de Oliveira Leite - Professora em Direito Financeiro/TributárioJuíza Federal Substituta em Brasília – DF (aprovada no XIII Concurso para o TRF-1), atualmente exercendo a função de Juíza Auxiliar (assessoria) junto ao gabinete da Ministra do STF Rosa Weber, no Supremo Tribunal Federal. Foi Advogada do Banco do Nordeste do Brasil (2002 a 2006), Analista Judiciária no TJCE (2006) e Procuradora Federal – AGU (2006 a 2011). Graduada em Direito pela Universidade Federal do Ceará. Foi aprovada, ainda, no concurso para Advogado da União.

Luciano Mendonça Fontoura – Professor em Direito Penal e Sentença Penal.Juiz Federal Titular em Belém – PA (aprovado no XIII Concurso para o TRF-1). Foi Delegado da Polícia Federal (2002/2011) e Procurador do IPSEMG – Instituto de Previdência dos Servidores do Estado de Minas Gerais (2001/2002). Bacharel em Direito pela Universidade Federal de Minas Gerais (1999) e Pós-Graduado em Direito Público pela Universidade Cândido Mendes.

Luiz Bispo da Silva Neto – Professor em Direito Processual Civil e Consumidor/EconômicoJuiz Federal Titular em Salgueiro – PE (aprovado no XIII Concurso para o TRF-1). Foi Técnico (2004/2005) e Analista Judiciário (2005/2006) no TRE-PE, Procurador Federal – AGU (2006) e Advogado da União (2006/2011). Graduado em Direito pela Universidade Federal de Pernambuco (2005). Aprovado, ademais, nos concursos para os cargos de Promotor de Justiça do Estado do Rio Grande do Norte e Procurador da Fazenda Nacional, dentre outros.

Marllon Souza – Professor em Direito Processual Penal e em Sentença Penal.Juiz Federal Titular em Manaus – AM (aprovado no XIII Concurso para o TRF-1). Foi Agente da Polícia Civil do Distrito Federal (2006) e Analista Judiciário no TRE-MG (2006/2011). Graduado em Direito pela Universidade Federal de Ouro Preto (2003). Mestre em Direito Processual Penal pela Universidade Federal de Minas Gerais. Aprovado também para os cargos de Procurador do Estado de Minas Gerais e Promotor de Justiça do Estado de Goiás (não fez o curso de formação).

Rafael Leite Paulo – Professor em Direito Constitucional e Sentença Cível.Juiz Federal Titular em Manaus – AM (aprovado no XIII Concurso para o TRF-1). Foi Técnico Judiciário no TRF-5 (2004/2011). Bacharel em Direito pela Universidade Federal da Paraíba (2005) e Especialista em Direito Público. Curso “Decisão Judiciária: construção, simplificação e legitimação” da e-UNIFOJ, da Universidade de Coimbra. Aprovado também para os cargos de Promotor de Justiça do Estado do Rio Grande do Norte e de Procurador Federal – AGU.

Rafael Vasconcelos Porto – Coordenador do curso. Professor em Direito Previdenciário e em Sentença Penal.Juiz Federal Titular em Poços de Caldas – MG (aprovado no XIII Concurso para o TRF-1). Foi Defensor Público Federal (2010/2011). Bacharel em Direito pela Universidade Federal de Minas Gerais (2005). Aprovado também para os cargos de Procurador Federal – AGU (8º lugar) e Advogado da Caixa Econômica Federal (para lotação no Distrito Federal), dentre outros. Professor de Direito Previdenciário no Curso Alcance – RJ.

Wagner Mota Alves de Souza – Professor em Direito Civil Sentença Cível.Juiz Federal Titular em Cuiabá – MT (aprovado em 3º lugar no XIII Concurso para o TRF-1). Foi Juiz de Direito no TJDFT (2009/2011) e Analista Judiciário do TRE/BA (2007/2009). É bacharel em Direito e Mestre em Direito Privado e Econômico pela Universidade Federal da Bahia.

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INSTRUÇÕES

Sejam bem vindos ao CEI-TRF1 RETA FINAL.

O objetivo do presente curso é fornecer uma preparação específica para o candidato que irá prestar a segunda fase do concurso para Juiz Federal Substituto do Tribunal Regional Federal da 1ª Região. Todos os nossos professores são juízes federais aprovados no referido concurso, com experiência de mais de quatro anos.

O curso terá duração de pouco mais de um mês, com um total de seis rodadas, e funcionará na forma de um intensivo, com rodadas a cada cinco dias, sendo que cada qual traz duas questões dissertativas e uma sentença. Os exercícios serão estritamente pautados no perfil dos examinadores, sendo que o aluno também terá acesso, na área do aluno, o mapeamento da banca feito por nossa equipe. Recomendo que o aluno leia o material referido, que será enviado por e-mail e ficará também disponível na área do aluno, pois assim será possível direcionar melhor a preparação, nessa reta final para a segunda fase, que, como se sabe, é um divisor de águas nesse certame, visto que as reprovações na fase oral são poucas.

Os alunos que enviarem suas respostas dentro do prazo receberão a correção individualizada, sendo que, ao final de cada rodada, será publicado um espelho de correção detalhado, disponível para todos os alunos, mesmo os que optarem por não responder.

Ademais, estou à disposição, em meu e-mail pessoal ([email protected]) e na minha página no Facebook (https://www.facebook.com/profrvp) para qualquer dúvida ou esclarecimento, seja a respeito do curso ou do certame.

Um ótimo estudo a todos e vamos juntos rumo à aprovação.

Rafael Porto – Coordenador do Curso CEI–TRF1 Reta Final

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SUMÁRIO

QUESTÕES DISSERTATIVAS................................................................................................................................5FORMAÇÃO HUMANÍSTICA.......................................................................................................................5DIREITO ADMINISTRATIVO.........................................................................................................................5

SENTENÇA CÍVEL..................................................................................................................................................6

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QUESTÕES DISSERTATIVAS

PROFESSORA: CLARA DA MOTA SANTOS PIMENTA ALVES

FORMAÇÃO HUMANÍSTICA

1. O Tribunal Constitucional alemão, na decisão do caso Gesundbeter (aquele que reza pela saúde), entendeu que o direito à vida não é necessariamente preponderante em relação ao de liberdade de crença. Assim, afastou imputação penal imposta pelas cortes inferiores a esposo de mulher testemunha de Jeová que não teria conseguido convencê-la a fazer a transfusão de sangue necessária para sobreviver ao parto. Entedia o marido que a cura viria através de orações e não do procedimento. Aplicou-se, na resolução do problema, a técnica de ponderação de bens.

À luz deste e de outros famosos casos da jurisprudência constitucional, disserte e conceitue a ponderação de bens, tratando especialmente sobre:

a) A diferença entre regras e princípios, segundo a teoria de Robert Alexy.

b) A possibilidade de ponderação entre regras.

c) As críticas formuladas ao método de ponderação.

A resposta para correção individualizada pode ser enviada para o seguinte e-mail, até o dia 15/07: [email protected]

PROFESSOR: EMMANUEL MASCENA DE MEDEIROS

DIREITO ADMINISTRATIVO

2. Disserte acerca do conceito material e do conceito formal de serviço público, dispondo também sobre o serviço público como atividade econômica e como atividade destinada à efetivação dos direitos fundamentais.

A resposta para correção individualizada pode ser enviada para o seguinte e-mail, até o dia 15/07: [email protected]

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SENTENÇA CÍVEL

PROFESSOR: WAGNER MOTA ALVES DE SOUZA

O Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária - INCRA instaurou, em janeiro de 2009, procedimento administrativo visando a desapropriar o imóvel denominado “Fazenda Dona Antônia”, com área de 300 hectares, situado no Município de Cuiabá-MT, que pertencia à sociedade empresária “D´Azur” Ltda.

Em 2006, o Juízo da Vara de Falência e Recuperação Judicial da Comarca de Cuiabá decretou a falência da referida sociedade, tendo determinado ao cartório de Registro de Imóveis da Capital que não realizasse qualquer anotação, registro ou desmembramento de terras pertencentes à falida “D´Azur” Ltda., sem prévia comunicação ao referido Juízo.

O INCRA, após instaurar o competente procedimento administrativo, comunicou ao administrador judicial da massa falida que realizaria o levantamento de dados e informações sobre as condições de exploração do citado imóvel rural. O Relatório Agronômico de Fiscalização apontou a “Fazenda Dona Antônia” como sendo uma grande propriedade improdutiva, com Grau de Utilização da Terra - GUT = 2,00%, Grau de Eficiência na Exploração = 100% e 18 módulos fiscais, sugerindo, ao final, a desapropriação parcial do imóvel, com exclusão de uma porção de terras com 12 hectares, onde se encontrava localizado o parque industrial do antigo empreendimento que ali fora instalado. Foi encaminhada pela autarquia ao administrador judicial a cópia deste relatório, facultando-lhe a apresentação de impugnação.

O administrador judicial manifestou-se sustentando a impossibilidade de desapropriação parcial, pois a desconsideração da área onde estava situado o parque industrial representava grave prejuízo aos credores. Além disso, informou sobre a necessidade de comunicação da existência do procedimento expropriatório ao juízo da falência.

Em janeiro de 2010, a sociedade empresária “MM´s” Ltda. arrematou, em leilão judicial promovido pela da Vara de Falência e Recuperação Judicial da Comarca de Cuiabá, a “Fazenda Dona Antônia”, cujos registros cartorários se deram no mesmo mês.

Em junho de 2010, o INCRA posicionou-se pela desapropriação total do imóvel. Sobreveio, então, o Decreto Presidencial, declarando o citado imóvel rural de interesse social para fins de reforma agrária. Foi realizada nova vistoria agora considerando toda a sua área, inclusive aquela ocupada pelo parque industrial e que não fora objeto da primeira vistoria.

O administrador judicial foi regularmente notificado para acompanhar a segunda vistoria, oportunidade em que deu ciência ao INCRA de que o referido imóvel rural havia sido arrematado em leilão judicial, bem como que estava em andamento ação de reintegração de posse que determinou,

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em sede liminar, a desocupação “Fazenda Dona Antônia” por integrantes do Movimento dos Sem Terras – MST, ocorrida em dezembro de 2009.

O INCRA não notificou o arrematante sobre a desapropriação e não comunicou a existência do procedimento de desapropriação ao juízo de falência.

Em janeiro de 2011, sobreveio o segundo laudo de vistoria e avaliação de imóvel rural, concluindo que ele, classificado como grande propriedade improdutiva desde a primeira vistoria ocorrida em 2009, mostrava-se viável para atividade agrícola, sendo capaz de acomodar 25 (vinte e cinco) famílias.

A sociedade empresária “MM´s” Ltda., logo em seguida, ajuizou ação postulando a declaração de nulidade do processo administrativo que visava à desapropriação do imóvel “Fazenda Dona Antônia”, bem como do respectivo decreto presidencial, por entender que a autarquia, durante a tramitação do procedimento expropriatório violou o princípio da legalidade, bem como os princípios do devido processo legal, ampla defesa e contraditório. Sustentou, ainda, que a quebra da sociedade “D´Azur” consubstancia força maior justificadora da não exploração racional e adequada do imóvel, sendo, portanto, a falência causa impeditiva da desapropriação. Atribuiu-se à causa o valor de R$ 20.000,00. Inicial devidamente instruída.

Em sede de contestação o INCRA sustentou, preliminarmente, ilegitimidade ativa ad causam, não cabendo ao autor na defesa de direito próprio alegar fatos concernentes à antiga proprietária No mérito, alegou que a falência não caracteriza força maior impeditiva da desapropriação e a inocorrência de violação aos princípios da legalidade, devido processo legal, ampla defesa e contraditório. Reforçou sua tese aduzindo que o administrador judicial foi comunicado sobre as etapas do procedimento expropriatório e que a alienação do bem não pode obstar a desapropriação. Por fim, defendeu a autarquia que a desapropriação constitui ato discricionário da Administração, cabendo ao Poder Expropriante deliberar, segundo critérios de oportunidade e conveniência, sobre a sua viabilidade. Peça de defesa acompanhada da documentação que comprova os fatos alegados.

Em réplica à contestação, a parte autora limitou-se a reafirmar os argumentos lançados na petição inicial.

Vieram os autos conclusos para sentença.

Instruções:Analise toda a matéria de direito processual e de direito material pertinente ao julgamento do caso, fundamentando suas conclusões. Dispensado o relatório.

A resposta para correção individualizada pode ser enviada para o seguinte e-mail, até o dia 15/07: [email protected]

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