catecismo da igreja católica - aula 26

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Spiritual


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Page 1: Catecismo da Igreja Católica - Aula 26
Page 2: Catecismo da Igreja Católica - Aula 26

A ConfirmaçãoA Confirmação2626

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Qual é o lugar da confirmação no designio divino da salvação?

Na Antiga Aliança, os profetas anunciaram a comunicação do Espírito do Senhor ao Messias esperado e a todo o povo messiânico. Toda a vida e missão de Jesus se desenvolvem numa total comunhão com o Espírito Santo. Os Apóstolos recebem o Espírito Santo no Pentecostes e anunciam “as grandes obras de Deus” (At 2,11). Comunicam aos neófitos, através da imposição das mãos, o dom do mesmo Espírito. Ao longo dos séculos, a Igreja continuou a viver do Espírito e a comunicá-lo aos seus filhos.

1285 a 1321

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Introdução Antes do dia de Pentecostes, os apóstolos tinham medo, e depois pregam a palavra

de Deus com decisão; os que eram incultos e ignorantes, depois falam dos mistérios de Deus. Esta mudança tão surpreendente produz-se, porque naquele dia receberam a plenitude do Espírito Santo.

De maneira semelhante, os fiéis recebem também a plenitude do Espírito Santo no sacramento da confirmação.

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Ideais principaisIdeais principais

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O Sacramento da Confirmação

Nascemos espiritualmente no momento em que somos batizados; a partir desse momento, passamos a participar da vida divina da Santíssima Trindade e começamos a viver a vida sobrenatural. Ao praticarmos as virtudes da fé, da esperança e da caridade, e ao unirmo-nos a Cristo na sua Igreja para prestar culto a Deus, crescemos também em graça e bondade. Mas nessa etapa da vida espiritual, concentramo-nos principalmente em nós mesmos. Tendemos a estar preocupados com as necessidades da nossa própria alma, com os nossos esforços por “sermos bons”.

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E recebemos a Confirmação ou Crisma. Com ela, chega-nos uma graça que aprofunda e robustece a nossa fé, para que seja suficientemente forte não só para as necessidades próprias, como também para as dos outros, com os quais procuraremos compartilhá-la. Com o despertar da adolescência, uma criança começa a assumir, paulatina e progressivamente, as responsabilidades da idade adulta. Começa a ver o seu lugar no quadro completo da família, e também no da sociedade. De forma parecida, o cristão crismado começa a ver cada vez com maior clareza a sua responsabilidade para com Cristo e o seu próximo. Compromete-se profundamente com o bem de Cristo no mundo, que é a Igreja, com o bem de Cristo no próximo. Neste sentido, a Confirmação é um crescimento espiritual.

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Para que possamos assumir essa responsabilidade para com a Igreja e para com o próximo, tanto por ações como pelos sentimentos, o sacramento da Confirmação ou Crisma confere-nos uma graça e um poder especiais. Assim, como a “marca” do Batismo nos faz participar na função sacerdotal de Cristo e nos dá o poder de nos unirmos a Cristo na sua homenagem a Deus, a Confirmação vincula-nos mais perfeitamente à Igreja, enriquecidos com a especial força do Espírito Santo, e torna-nos mais estritamente obrigados à fé que, como verdadeiras testemunhas de Cristo, devemos difundir e defender tanto por palavras como por obras. Agora compartilhamos com Cristo a sua missão de estender o Reino, de adicionar novas almas ao Corpo Místico de Cristo. As nossas palavras e atos já não se dirigem meramente à santificação pessoal, mas vão, além disso, fazer com que a verdade de Cristo se torne real e viva para aqueles que nos rodeiam.

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A Confirmação é o sacramento que aperfeiçoa a graça batismal, dá o Espírito Santo para enraizar-nos mais profundamente na filiação divina, incorpora-nos mais firmemente a Cristo, torna mais sólida a nossa vinculação com a Igreja, associa-nos mais à sua missão e ajuda-nos a dar testemunho da fé cristã pela palavra, acompanhada das obras.

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Não sabemos exatamente quando foi que Jesus, na sua vida pública, instituiu o sacramento da Confirmação. É uma das “muitas coisas que Jesus fez” de que nos fala São João e que não estão escritas nos Evangelhos. Sabemos da sua existência pela Tradição da Igreja, isto é, pela doutrina da Igreja transmitida até nós desde os tempos do Senhor por meio dos Apóstolos, inspirados pelo Espírito Santo. E a tradição tem a mesma autoridade que a Sagrada Escritura, como fonte de verdade divina. O ministro ordinário da Confirmação é o Bispo. Em alguns casos, porém, pode fazê-lo um sacerdote, por concessão do direito geral – por exemplo, em perigo de morte – ou por indulto ou delegação especial.

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No rito atual, costuma haver junto do bispo um ou vários sacerdotes concelebrantes. Depois da saudação do bispo – “A paz esteja convosco” – e de uma oração pedindo o dom do Espírito Santo, tem lugar a celebração da palavra de Deus, com uma ou várias leituras da Sagrada Escritura. Após essas leituras os confirmandos são chamados pelo nome e permanecem diante do bispo, que lhes dirige umas palavras, comentando a grandeza e o significado do sacramento. Depois de se vincar a relação da Confirmação com o Batismo pela renovação das promessas batismais, vem a parte essencial da cerimônia, que consta da imposição das mãos e da unção com o santo crisma.

Rito da Confirmação

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O bispo impõe as mãos sobre todos os confirmandos e diz: “Deus todo-poderoso, Pai de Nosso Senhor Jesus Cristo, que pela água e pelo Espírito Santo, fizestes renascer estes vossos servos, libertando-os do pecado, enviai-lhes o Espírito Santo Paráclito; dai-lhes, Senhor, o espírito de sabedoria e inteligência, o espírito de conselho e fortaleza, o espírito de ciência e piedade, e enchei-os do espírito do vosso temor. Por Nosso senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo”.

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A unção com o crisma, que se faz a seguir, é a parte essencial do rito. É nesse momento que se confere o sacramento da Confirmação. A própria unção com o crisma é a imposição de mãos sacramental. Cada confirmando aproxima-se do bispo. Colocando a mão direita sobre o ombro do confirmando, a pessoa que o apresenta diz o nome deste ao bispo. Também pode declará-lo o próprio confirmando. O bispo mergulha o polegar no crisma e marca o confirmando na fronte com o sinal da cruz, dizendo: “N..., recebe, por este sinal, o Dom do Espírito Santo”. E o confirmando responde: “Amém”.

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O significado da Confirmação

O crisma é um dos três óleos que o bispo benze todos os anos na sua Missa de Quinta-feira Santa. Os outros dois são: o óleo dos catecúmenos (usado no Batismo) e o óleo dos enfermos (usado na Unção dos Enfermos). Todos os santos óleos são de azeite puro de oliveira. Já desde a antiguidade o azeite de oliveira era considerado como uma substância fortificante, tanto que muitos atletas costumavam untar o corpo com ele, antes de participarem de um certame atlético. O significado dos santos óleos que são utilizados na administração dos sacramentos é, pois, patente: o azeite significa o efeito fortificante da graça de deus. Além da benção especial e diferente que cada óleo recebe, o crisma tem outra particularidade: é misturado com bálsamo, uma substância aromática que se extrai dessa árvore. No Crisma, o bálsamo simboliza a “fragrância” da virtude, o bom odor, a atração que deverá desprender-se da vida daquele que põe em movimento as graças da Confirmação.

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A cruz que se traça sobre a fronte do confirmando é outro símbolo poderoso, se realmente o entendemos e pomos em prática. É muito fácil sabê-lo. Basta perguntar-nos: “Vivo de verdade como se trouxesse uma cruz visível gravada na minha fronte, que me marca como homem ou mulher de Cristo? Nas minhas atitudes e no meu relacionamento com os que me rodeiam, em todas as minhas ações, proclamo: Isto é o que significa ser cristão, isto é o que quer dizer viver segundo o Evangelho?”

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Sem o Batismo, não podemos ir para o céu. Sem a Confirmação sim, mas o nosso caminho até ele será mais difícil. Na verdade, sem a Confirmação, é muito fácil extraviar-se por completo, muito fácil perder a fé. Esta é a razão pela qual todo o batizado tem a obrigação de receber também a Confirmação, logo que tiver essa oportunidade.

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Todos temos necessidade da graça da Confirmação. Tanto que é pecado não receber este sacramento se há ocasião disso, um pecado que seria mortal se a recusa se devesse ao desprezo por esse sacramento. Os pais que, por descuido, impedem que os seus filhos sejam confirmados, cometem um sério pecado de negligência.

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Enquanto na Igreja oriental é costume confirmar as crianças quando são batizadas, a tradição da Igreja latina requer que a pessoa esteja devidamente preparada para renovar as promessas do batismo e possa melhor assumir as responsabilidades apostólicas da vida cristã. Tanto no caso dos jovens como no de adultos, é necessário um padrinho, ou madrinha, indiferentemente, contanto que não seja pai ou mãe do confirmando, que tenha feito dezesseis anos, seja católico praticante e confirmado, e esteja disposto a fazer tudo quanto esteja ao seu alcance para que o afilhado chegue a uma vida católica plena. O Catecismo da Igreja Católica recomenda que seja o mesmo padrinho do Batismo, para marcar bem a unidade dos dois sacramentos.

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A especial graça sacramental da Confirmação é um fortalecimento da fé. Torna-nos fortes contra as tentações e a perseguição; aumenta as nossas forças para chegarmos a ser testemunhas ativas de Cristo. A Confirmação produz também na nossa alma um aumento dessa fonte de vida básica que é a graça santificante. Deus não pode aumentar o que não está presente; por isso, quem vai receber o sacramento da Confirmação deve fazê-lo em estado de graça. Receber a Confirmação em pecado mortal seria abusar do sacramento: seria cometer o grave pecado de sacrilégio. No entanto, a recepção do sacramento seria válida. No momento em que essa pessoa recebesse a absolvição dos seus pecados, as graças latentes da Confirmação reviveriam nela.

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Propósitos de vida cristãPropósitos de vida cristã

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Um propósito para avançar

Desejar receber a confirmação, se ainda não se recebeu; no caso contrário, dar graças a Deus pelo grande dom do Espírito Santo.

Procurar viver como verdadeiro cristão, com valentia e sem respeitos humanos, consciente de que a confirmação significa ser "testemunha" de Cristo.

www.conhecendominhafe.blogspot.com.br