catecismo da igreja católica - aula 09

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Page 1: Catecismo da Igreja Católica - Aula 09
Page 2: Catecismo da Igreja Católica - Aula 09

A Queda – O pecado OriginalA Queda – O pecado Original0909

Page 3: Catecismo da Igreja Católica - Aula 09

Em que consiste o primeiro pecado do homem?

385 a 421

O homem, tentado pelo diabo, deixou apagar no seu coração a confiança em relação ao seu Criador e, desobedecendo-lhe, quis tornar-se “como Deus”, sem Deus e não segundo Deus (Gn 3,5). Assim, Adão e Eva perderam imediatamente, para si e para todos os seus descendentes, a graça da santidade e da justiça originais.

Page 4: Catecismo da Igreja Católica - Aula 09

Introdução

Deus criou o homem à sua imagem e o constituiu na sua amizade. Criatura espiritual, o homem só pode viver esta amizade como livre submissão a Deus. É o que exprime a proibição, feita ao homem, de comer da árvore do conhecimento do bem e do mal, “pois no dia em que dela comeres, morrerás (Gn 2,17)”. A árvore do conhecimento do bem e do mal evoca simbolicamente o limite instransponível que o homem, enquanto criatura, deve livremente reconhecer e respeitar com confiança. O homem depende do Criador, está submetido às leis da criação e às normas morais que regem o uso da liberdade.

Page 5: Catecismo da Igreja Católica - Aula 09

Ideias principaisIdeias principais

Page 6: Catecismo da Igreja Católica - Aula 09

Os primeiros pais eram muito felizes no paraíso terreno

Deus, levado pelo seu amor, criou os homens para que um dia possam contemplá-lo e viver eternamente junto d’Ele. Deu-lhes o dom da graça santificante ou vida em graça.

Deus pô-los no paraíso terreno e deu-lhes os dons preternaturais: iluminou a sua inteligência e fortaleceu a sua vontade, fê-los isentos do erro e da inclinação para o mal; livrou-os da dor, da enfermidade e da morte.

Estes dons - sobrenaturais e preternaturais - deviam ser transmitidos por Adão e Eva aos seus descendentes.

Page 7: Catecismo da Igreja Católica - Aula 09

A prova dos primeiros pais

Do mesmo modo que aos anjos, Deus quis submeter os nossos primeiros pais a uma prova e impôs-lhes um mandamento. Se o cumprissem, conservariam para si e seus descendentes as graças e dons que Deus lhes deu; se não cumprissem, perderiam as graças e dons para si e para os seus descendentes.

Deus, que podia impor este mandato, porque é Dono e Senhor absoluto do homem, queria que vencessem.

Page 8: Catecismo da Igreja Católica - Aula 09

Os primeiros pais pecaram

Adão e Eva falharam na prova proposta por Deus. Cometeram o primeiro pecado, quer dizer, o pecado original. E este pecado não foi simplesmente uma desobediência. Foi um pecado de soberba, como o dos anjos caídos. O tentador sussurrou-lhes ao ouvido que, se comessem desse fruto, seriam tão grandes como Deus, seriam deuses. Adão e Eva pecaram com total clareza de mente e absoluto domínio das paixões pela razão. Não havia circunstâncias eximentes. Não havia desculpa alguma. Adão e Eva escolheram-se a si mesmos – em lugar de Deus – de olhos bem abertos.

Page 9: Catecismo da Igreja Católica - Aula 09

Ao pecar, Adão e Eva derrubaram o templo da criação sobre as suas cabeças. Num instante perderam todos os dons especiais que Deus lhes havia concedido: a elevada sabedoria, o domínio perfeito de si mesmos, a imunidade à doença e à morte e, sobretudo, o laço de união íntima com Deus, que é a graça santificante. Ficaram reduzidos ao mínimo essencial que lhes pertencia pela sua natureza humana.

Page 10: Catecismo da Igreja Católica - Aula 09

Como todos nós estávamos potencialmente presentes no nosso pai comum, todos sofremos com esse pecado. Por decreto divino, Adão era o embaixador plenipotenciário de todo o gênero humano. O que ele fez, todos o fizemos. Teve a oportunidade de colocar-nos a nós, sua família, num caminho fácil; recusou-se a fazê-lo, e todos sofremos as consequências. A nossa natureza humana perdeu a graça na sua própria origem; e por isso dizemos que nascemos em estado de pecado original.

Page 11: Catecismo da Igreja Católica - Aula 09

A nossa herança do pecado original não é algo que esteja sobre a alma ou dentro dela. Ao contrário, é a carência de algo que deveria estar ali, da vida sobrenatural a que chamamos graça santificante. O pecado original não é uma coisa: é a falta de alguma coisa, como a escuridão é a falta de luz. Quando dizemos que “nascemos em estado de pecado original”, queremos dizer que, ao nascer, a nossa alma está espiritualmente às escuras, é uma alma inerte no que se refere à vida sobrenatural. Quando somos batizados, a luz do amor de Deus derrama-se nela caudalosamente, e ela torna-se radiante e formosa, vibrantemente viva, com a vida sobrenatural que procede da nossa união com Deus e a sua habitação dentro de nós: com esta vida a que chamamos graça santificante.

Page 12: Catecismo da Igreja Católica - Aula 09

Ainda que o Batismo nos devolva o maior dos dons que Deus deu a Adão, o dom sobrenatural da graça santificante, não restaura os dons preternaturais, como o de estarmos livres do sofrimento e da morte; perderam-se para sempre nesta vida. Mais isso não nos deve inquietar. Devemos antes alegrar-nos, considerando que Deus nos devolveu o dom que realmente importa, o grande dom da vida sobrenatural.

Page 13: Catecismo da Igreja Católica - Aula 09

Por que eu tenho que sofrer pelo que Adão fez? Se eu não cometi o pecado original, por que tenho de ser castigado por ele?

Nenhum de nós “perdeu” algo a que “tivesse direito”. Esses dons sobrenaturais e preternaturais que Deus conferiu a Adão não nos eram devidos por natureza. Eram dons muito acima do que nos é próprio, eram dádivas de Deus que Adão podia ter-nos transmitido se tivesse feito o devido ato de amor, mas neles não há nada que possamos reclamar por direito.

Page 14: Catecismo da Igreja Católica - Aula 09

Consequências do pecado original

Todos os homens nascem com as gravíssimas consequências do pecado original, privados da graça e, portanto, em estado de pecado e inclinados ao mal.

Por isso, existe em nós a inclinação ao pecado, a que chamamos concupiscência.

Os homens também vivem no meio de inumeráveis penas e calamidades e, finalmente, a morte.

Pelo pecado original, o demônio adquiriu influência sobre o mundo.

Page 15: Catecismo da Igreja Católica - Aula 09

Deus apiedou-se dos homens e prometeu-lhes um Redentor

O nosso destino após o pecado de Adão seria irremissível se ninguém tivesse vindo nos ajudar; o próprio Deus teve que resolver o dilema. O dilema era que, como somente Deus é infinito, somente Ele era capaz de um ato de reparação de valor infinito pela infinita malícia do pecado. Mas quem fosse pagar pelo pecado do homem deveria ser humano, se realmente tinha de arcar com os nossos pecados, se de verdade ia ser o nosso representante.

Page 16: Catecismo da Igreja Católica - Aula 09

A solução escolhida por Deus foi decretar desde toda a eternidade que o seu próprio Filho divino viesse a este mundo, assumindo uma natureza humana como a nossa, para pagar o preço devido pelos nossos pecados. Sendo verdadeiro homem como nós, o Redentor poderia representar-nos e agir realmente por nós. Sendo também verdadeiro Deus, a mais insignificante das suas ações teria um valor infinito, suficiente para reparar todos os pecados cometidos ou que viriam a cometer-se.

Page 17: Catecismo da Igreja Católica - Aula 09

A morte de Cristo na Cruz não significou que, a partir de então, o homem seria necessariamente bom. A reparação de Cristo não arrebatou a liberdade da vontade humana. Se temos de poder provar o nosso amor a Deus pela obediência, temos de conservar a liberdade de escolha que essa obediência requer. Além do pecado original, a cuja sombra nascemos, temos de enfrentar outro tipo de pecado: o que nós mesmos cometemos. Este pecado, que não herdamos de Adão, mas que é nosso, chama-se atual. O pecado atual pode ser mortal ou venial, segundo o seu grau de malícia.

Page 18: Catecismo da Igreja Católica - Aula 09

Propósitos de vida cristãPropósitos de vida cristã

Page 19: Catecismo da Igreja Católica - Aula 09

Um propósito para avançar

Rezar durante a semana um Ato de Contrição

Senhor, eu me arrependo sinceramente de todo mal que pratiquei e do bem que deixei de fazer. Pecando, eu vos ofendi, meu Deus e sumo bem, digno de ser amado sobre todas as coisas. Prometo firmemente, ajudado com a vossa graça, fazer penitência e fugir às ocasiões de pecar. Senhor, tende piedade de mim, pelos méritos da paixão, morte e ressurreição de Jesus Cristo, nosso Salvador.

Amém.

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