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Jovem, porém experiente em recuperação judicial. Pedro Ivo Lins Moreira descascou abacaxi semelhante em Rondon, envolvendo a indústria de alimentos Faville. Ali ele jogou pesado contra as chicanas jurídicas para ressarcir credores e funcionários da empresa. Apenas sete meses após decretar a falência, pôs a leilão as primeiras unidades da indústria visando assegurar o pagamento das dívidas. Se o mesmo ritmo for adotado aqui, e a defesa de Kaefer for mal sucedida na próxima semana em seu recurso, o jovem magistrado poderá provar que a Justiça não precisa ser tardia e nem falha. E que sangue novo pode fazer muito bem as nossas carcomidas instituições. Curta, mas movimentada. Assim pode ser definida a trajetória do “menino” Pedro Ivo Lins Moreira, o magistrado que veio para as manchetes após agrupar em um decreto de falência todas as operações empresariais do deputado Alfredo Kaefer. Lins Moreira é nascido em Niterói (RJ) e veio para o Paraná dois anos atrás, quando contava 28 primaveras. Veio para concorrer no disputadíssimo concurso de juiz substituto. Eram 47 vagas. Surgiram 5.648 candidatos, mais de 120 por vaga. Aprovado, ele foi designado para duas pequenas cidades até chegar a Comarca de Marechal Rondon, em março do ano passado. Ali o doutor encontrou aquilo que se vê em quase todas as instân- cias judiciárias: muito processo para pouco juiz: 11,3 mil processos físicos e eletrônicos aguardando sentença. Então lançou um desafio a equipe: finalizar mil processos em um ano. A meta energizou a Comarca, e ao final do período, três mil processos foram finalizados, com 3,5 mil sentenças e 8,9 mil decisões e despachos. Políticos - O “mutirão” do doutor Lins Moreira foi péssima notí- cia para aqueles que contavam com a transcendental lentidão da Justiça. Processo que andava meio empoeirado por lá trazia nomes reluzentes da aldeia política local, como do ex-prefeito Edson Wa- sen, acusado de alguns “rolos”. A “pena” pesada e cheia de tinta do jovem magistrado foi incle- $$$ e mais $$$ A Justiça nomeou gestores independentes para cada uma das operações do grupo Di- plomata. Cada centavo do caixa passa pelo crivo e autorização deles. São quatro gesto- res remunerados a R$ 25 mil mensais cada. O administrador judicial, que trata da ques- tão global, recebe R$ 200 mil/mês para de- satar o nó da falência. Cascavel, sexta-feira, 05 de dezembro de 2014 - Ano XVIII- Nº 1850 - Clipping News Agência de Notícias - (45) 3037-5020 - Editor: Jairo Eduardo O carioca da pena pesada! mente. Condenou Wasen a devolver mais de meio milhão, lhe subtraiu os direitos políticos, condenou outros 18 servidores municipais, incluindo toda comissão de licitação, proibiu as fornecedoras arroladas de contratar com o poder público e ainda penhorou os bens da galera. Sem falar das multas distribuídas sem clemência aos envolvidos. Sim, é uma decisão de primeira instância. Pode perfeitamente ser reformada em órgão colegiado. Mas foi um duro recado para a galera que “acidentalmente” mistura o público com o privado e mostrou a têmpera do recém- -chegado a Cascavel. Ele se estabeleceu aqui no mês do cachorro louco, portanto há quatro meses. Foi o suficiente para esquadrinhar um dos processos mais complexos em trâmite no Fórum da Comarca, o que envolve a recuperação judicial do grupo Diplomata. O magistrado não só se aprofundou no caso, como emitiu longa sentença de 169 páginas a desfavor de Kaefer, que indignado, apontou “juventude e inexperiência e irresponsabilidade” no ato. De pronto, a Associação dos Magistrados saiu em defesa do “menino da pena pesada”. A entidade classificou a reação do deputado como “absolutamente desmedida e irrazoável”, e noticiou que irá tomar medidas judiciais rigorosas contra o deputado para as devidas reparações. Jovem juiz que agrupou a falência da Diplomata emparedou caciques da política em Rondon e agilizou processos O jovem magistrado: sangue novo Centro Cívico Luz no fim do túnel para tirar aquele imóvel do antigo Lembrasul do abandono. O pré- dio de mais de 5 mil metros quadrados de área construída e 7,5 mil metros de área total, foi arrematado em leilão realizado esta semana na capital. Eduardo Muffato assinou o cheque de R$ 11,8 milhões e o pedaço agora pertence a maior rede de supermercados do Paraná. “Sou temente a Deus, lutador, e não me entrego” (Alfredo Kaefer, na CBN, sobre a falência do grupo)

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Jovem, porém experiente em recuperação judicial. Pedro Ivo Lins Moreira descascou

abacaxi semelhante em Rondon, envolvendo a indústria de alimentos

Faville. Ali ele jogou pesado contra as chicanas jurídicas para ressarcir credores e funcionários da empresa. Apenas sete meses após decretar a falência, pôs a

leilão as primeiras unidades da indústria visando assegurar o pagamento das dívidas.

Se o mesmo ritmo for adotado aqui, e a defesa de Kaefer for mal sucedida na

próxima semana em seu recurso, o jovem magistrado poderá provar que a Justiça

não precisa ser tardia e nem falha. E que sangue novo pode fazer muito bem as

nossas carcomidas instituições.

Curta, mas movimentada. Assim pode ser definida a trajetória do “menino” Pedro Ivo Lins Moreira, o magistrado que veio para as manchetes após agrupar em um decreto de falência todas as operações empresariais do deputado Alfredo Kaefer.

Lins Moreira é nascido em Niterói (RJ) e veio para o Paraná dois anos atrás, quando contava 28 primaveras. Veio para concorrer no disputadíssimo concurso de juiz substituto. Eram 47 vagas. Surgiram 5.648 candidatos, mais de 120 por vaga. Aprovado, ele foi designado para duas pequenas cidades até chegar a Comarca de Marechal Rondon, em março do ano passado.

Ali o doutor encontrou aquilo que se vê em quase todas as instân-cias judiciárias: muito processo para pouco juiz: 11,3 mil processos físicos e eletrônicos aguardando sentença. Então lançou um desafio a equipe: finalizar mil processos em um ano. A meta energizou a Comarca, e ao final do período, três mil processos foram finalizados, com 3,5 mil sentenças e 8,9 mil decisões e despachos.

Políticos - O “mutirão” do doutor Lins Moreira foi péssima notí-cia para aqueles que contavam com a transcendental lentidão da Justiça. Processo que andava meio empoeirado por lá trazia nomes reluzentes da aldeia política local, como do ex-prefeito Edson Wa-sen, acusado de alguns “rolos”.

A “pena” pesada e cheia de tinta do jovem magistrado foi incle-

$$$ e mais $$$A Justiça nomeou gestores independentes para cada uma das operações do grupo Di-plomata. Cada centavo do caixa passa pelo crivo e autorização deles. São quatro gesto-res remunerados a R$ 25 mil mensais cada. O administrador judicial, que trata da ques-tão global, recebe R$ 200 mil/mês para de-satar o nó da falência.

Cascavel, sexta-feira, 05 de dezembro de 2014 - Ano XVIII- Nº 1850 - Clipping News Agência de Notícias - (45) 3037-5020 - Editor: Jairo Eduardo

O carioca da pena pesada!mente. Condenou Wasen a devolver mais de meio milhão, lhe subtraiu os direitos políticos, condenou outros 18 servidores municipais, incluindo toda comissão de licitação, proibiu as fornecedoras arroladas de contratar com o poder público e ainda penhorou os bens da galera. Sem falar das multas distribuídas sem clemência aos envolvidos.

Sim, é uma decisão de primeira instância. Pode perfeitamente ser reformada em órgão colegiado. Mas foi um duro recado para a galera que “acidentalmente” mistura o público com o privado e mostrou a têmpera do recém-

-chegado a Cascavel. Ele se estabeleceu aqui no mês do cachorro louco, portanto há

quatro meses. Foi o suficiente para esquadrinhar um dos processos mais complexos em trâmite no Fórum da Comarca, o que envolve a recuperação judicial do grupo Diplomata.

O magistrado não só se aprofundou no caso, como emitiu longa sentença de 169 páginas a desfavor de Kaefer, que indignado, apontou “juventude e inexperiência e irresponsabilidade” no ato. De pronto, a Associação dos Magistrados saiu em defesa do “menino da pena pesada”.

A entidade classificou a reação do deputado como “absolutamente desmedida e irrazoável”, e noticiou que irá tomar medidas judiciais rigorosas contra o deputado para as devidas reparações.

Jovem juiz que agrupou a falência da Diplomata emparedou caciques da política em Rondon e agilizou processos

O jovem magistrado: sangue novo

Centro CívicoLuz no fim do túnel para tirar aquele imóvel do antigo Lembrasul do abandono. O pré-dio de mais de 5 mil metros quadrados de área construída e 7,5 mil metros de área total, foi arrematado em leilão realizado esta semana na capital. Eduardo Muffato assinou o cheque de R$ 11,8 milhões e o pedaço agora pertence a maior rede de supermercados do Paraná.

“Sou temente a Deus, lutador, e não me entrego”

(Alfredo Kaefer, na CBN, sobre a falência do grupo)

[email protected]

AbraçosPara os assinantes Claudir Ma-

zutti, Vânia Ferlin, Eron Zeni, Ada-nor Varaschini, José Ricardo Mes-sias, Dr Cesar Kleinhans, Julia Azevedo, Karla Sbardella, Rafael Pellizzetti, Mário Antonio Faraco, Luiz Fernando Carvalho, Marcos Bertoli, Hilmar e Elemar Adams.

Pensata“É de esquerda ser a favor do

aborto e contra a pena de morte, en-quanto direitistas defendem o direito do feto à vida, porque é sagrada, e o direito do Estado de matá-lo se ele der errado”

(Luis Fernando Veríssimo, escritor e jornalista)

Ele falou“Quem vai vender alguma coisa

a prazo ou celebrar contrato de pu-blicidade com uma empresa falida? Melhor seria se tivesse então lacrado a porta do jornal. Assim cada um to-maria seu rumo”

(Emilio Martini, diretor adminis-trativo dos jornais do grupo Kaefer)

Só rindoJuanito, o pequeno argentino:- Pai, quando eu crescer quero ser igual você!- Puxa, que orgulho filho. Mas por quê?- Para ter um filho igual eu!

PitocasO Ibope concluiu a pesquisa das

emissoras de rádio no disputadíssi-mo mercado de Cascavel. Na fre-quência modulada, novo líder no ar em alguns segmentos, embora por diferença apertada.

No segmento A e B de consumo, a Tarobá FM tem 30% no segmento, contra 28% da emissora que liderou por décadas com larga margem, a Capital. A surpresa, mais uma vez, ficou por conta da T FM.

A emissora que sucedeu a Verdes Campos continua crescendo, e já chega a 24% entre os consumidores de maior poder aquisitivo. Apenas seis pontos percentuais separam as três líderes, em disputa jamais vista no segmento.

Já que vivemos a era dos leilões, vamos a mais informações do mer-cado imobiliário: a área ofertada em leilão no final da Tancredo Neves, da Pluma Encomendas, foi arrematada.

Os novos proprietários consorcia-dos mostram a força dos homens de branco na economia local. O médico Francisco José Schwerz em socie-dade com o comerciante de auto--peças Adelmar arrematou o imóvel.

No caso da Pluma, compraram bem: R$ 5,6 milhões por 17 mil me-tros quadrados.

Outro leilão agendado para a pró-xima semana, dia 10, põe a venda o terreno em que estão estabelecidos os diários “Hoje” e “O Paraná”, na rua Pernambuco.

A venda, se consumada, irá pagar ações trabalhistas tramitadas em última instância de sete ex-funcio-nários dos jornais, na maioria jorna-listas.

A Audicenter, principal revenda da marca alemã das argolas entrelaça-das estabeleceu sua primeira con-cessionária em Cascavel, no alto da Brasil.

A revenda Audi pertence ao grupo Servopa de Curitiba, que controla também várias concessionárias da Volskwagen.

O primeiro suplente do “chapão” constituído para disputar a proporcio-nal do Congresso Nacional este ano, Osmar Bertoldi, foi alçado ao man-dato com a nomeação do delegado Francischini para o primeiro escalão do Beto (Segurança)

Também há uma movimentação para encaixar o segundo suplente, Reinhold Stefhanes. Se vingar, a operação põe o cascavelense Nel-son Padovani na bola da vez.

Como o Petrolão pode cassar o mandato de uma galera do PP, tam-bém inclusa no chapão, Padovani pode vislumbrar a possibilidade de pelo menos mais dois anos no Con-gresso.

Fecom NatalAberta ontem a feira especial de

Natal da CDL. A Fecom Natal, prin-cipal data do calendário comercial, prossegue até domingo no Centro de Convenções e Eventos.

“ N o s s a perspectiva é a melhor p o s s í v e l , pois a tôni-ca da feira neste ano é colocar em um lugar só os melhores

Negócio de cobraA Jibóia deve R$ 20,00 para a

Sucuri que por sua vez não recebeu da Cascavel e está precisando do di-nheiro, qual a ação recomendada e a manchete do jornal de trivialidades?

- Cobra cobra cobra.

preços e produtos da cidade para as compras de Natal”, avalia o pre-sidente da CDL, Samoel Mattos Jr.

Abre neste sábado a 7ª Feira de Discos de Vinil, no Posto Central Shell. Na mesma balada, ali no Cen-tro Cívico, pertinho do novo prédio dos Muffatinhos, acontece a feira do pequeno produtor.

The endA espada da justiça não tem bainha.

Joseph Maistre