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Carta do presidente . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 4

Europac em números . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 6Evolução da EuropacA nossa presença na Península Ibérica

Europac: Papel para cartão e embalagens . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 8Principais marcos históricosLinhas de actividade

Cronologia 2006 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 9

Órgãos de gestão . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 10Conselho de administraçãoEstrutura ExecutivaComissões do ConselhoEstrutura do capitalParticipações de administradores executivos

Europac e a evolução dos negócios . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 12Divisão PapelDivisão Cartão e EmbalagensDivisão Recursos

Acontecimentos posteriores ao encerramento do exercício . . . . . . . . . . . . . . 20O nosso compromisso Ambiental . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 22Inovação e Qualidade . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 25Recursos Humanos: para uma nova cultura de grupo . . . . . . . . . . . . . . . . . . 27Europac na Bolsa. Relação com accionistas e investidores . . . . . . . . . . . . . . 29Europac no sector . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 31Os nossos projectos com a sociedade . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 32

Guia de referência de soluções e produtos Europac . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 34

Relatório sobre o Governo Corporativo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 37

Informação Económica e Financeira da Europac . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 43Parecer dos auditores e contas anuais consolidadas 2006Memória consolidada 2006Relatório de administração consolidadoRelatório de auditoria e contas anuais Memória 2006Proposta de distribuição de resultados

Assembleia Geral de Accionistas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 140Convocação 2007Relatórios dos Administradores

Directório Europac . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 142

M E M Ó R I A A N U A L E U R O P A C 2 0 0 6

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Í N D I C E

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Estimado accionista,

Para mim é um enorme prazer poder, um ano mais, dirigir-me atodos os accionistas como parte desta empresa para prestar con-tas da actividade desenvolvida pela Europac ao longo do exercí-cio. O ano de 2006 teve dois grandes objectivos estratégicos deactuação que foram o início de um processo de reflexão estraté-gica, que abrange até 2011, para reforçar, ainda mais, os pilaresde crescimento, integração e rentabilidade que guiaram as nos-sas actuações desde a entrada em bolsa em 1998, e a simplifi-cação da estrutura societária que teve como expoente máximo olançamento de uma Oferta Pública de Aquisição por troca deacções sobre 15,3% do capital da Gescartão, SGPS, SA, com sedeem Portugal, que a nossa empresa ainda não possuía.

A operação sobre a Gescartão, SGPS, SA fazia parte precisamen-te da estratégia de integração do grupo, eliminando as partici-pações minoritárias que a sociedade matriz possui e aprofun-dando assim em sinergias operativas.

Os resultados da empresa também acompanharam esta estraté-gia de crescimento na medida em que a Papeles y Cartones deEuropa, S.A. obteve, em 2006, vendas consolidadas no valor de343,3 milhões de euros, 20,6% superior ao volume de negócioobtido em 2005. As vendas agregadas em 2006 foram de 472,2milhões de euros. Resultados conseguidos graças ao importanteaumento da actividade, com incrementos em preços e margensem todas as linhas de produto, unido a aumentos de volumescomo consequência do investimento em aumentos da capacida-de produtiva.

No que diz respeito ao lucro de exploração (EBIT) recorrente, foide 34,7 milhões de euros, 53,2% mais, e o resultado de explora-ção consolidado foi de 28,9 milhões de euros. Por negócios,

merece mencionar que 52,23% das vendas foram geradas peladivisão de papel, 38,21% pela de cartão, 9,12% corresponde àárea de energia e 0,44% a outras actividades.

A Europac também prosseguiu a sua política de investimentos aomesmo tempo em que viu os frutos dos importantes recursosutilizados para melhorar os seus centros e aumentar tanto aqualidade quanto a produção. Em 2006, este valor foi de 57,45milhões de euros. Assim, a fábrica situada em Viana do Castelo,Portugal, conseguiu a sua maior produção de papel até à pre-sente data graças à reforma desenvolvida durante o exercício, eque permitirá alcançar uma capacidade produtiva, numa primei-ra fase, de 320.000 toneladas/ano em Maio de 2007. Além disso,neste centro entrou em serviço uma nova caldeira alimentadapor biomassa que permitiu desactivar a caldeira auxiliar, substi-tuindo assim a queima de combustível fóssil por combustível“verde” para a produção de energia.

A preocupação ambiental é, precisamente, o que leva a Europaca dirigir os seus esforços na procura das tecnologias mais efi-cientes possíveis com o fim de proteger o ambiente e antecipar-mos, em muitos casos, a legislação em vigor nesta matéria.Assim, nos últimos anos estivemos a diminuir os rácios específi-cos de consumo de água, bem como os coeficientes ambientais(CQO/DBO) em matéria de descargas, apesar do importanteaumento de produção até às 549.282 toneladas de papel duran-te o passado exercício, face às 523.703 do ano anterior.

A divisão de cartão e embalagens também aumentou a sua pro-dução em 2006 até 311,1 milhões de metros quadrados de car-tão ondulado face aos 285,1 milhões de metros quadrados de2005. Uma das importantes melhorias e inovações apresentadasnesta área em 2006, foi o novo cartão extrusionado para emba-lagens. Um material inovador dirigido ao sector da alimentaçãopara produtos a granel que aguentam processos de arrefecimen-to ou que são armazenados e transportados em contentores decartão de grande capacidade.

Ao bom desempenho económico do grupo e às diferentes variáveisde produção, há que acrescentar o importante processo estratégicoem que a Europac está imersa actualmente, iniciado durante o exer-cício e como consequência de diversas mudanças organizativas.

Este novo Plano Estratégico (2007-2011) do Grupo prevê fundosgerados pelas operações antes dos investimentos de 279 milhõ-

4

C A R T A D O P R E S I D E N T E

O valor da nossa cotação noencerramento de 2006 foi de 7,50 eurosface aos 5,95 euros do exercício anterior,

uma revalorização de 26% noque diz respeito a 2005.

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es de euros no período, com os quais serão desenvolvidos inves-timentos industriais no valor de 288 milhões de euros. O EBITcrescerá a uma taxa anual composta (TACC) de 16%.

A nova estratégia da Europac é reforçar na integração de activi-dades, iniciando-se já em 2006 com uma aquisição no segmen-to de matérias-primas (papel recuperado) que, nos próximosexercícios, também será ampliado ao âmbito da exploração flo-restal. O primeiro passo foi a compra de 51% da companhia por-tuguesa Manuel Rodrigues de Almeida & Filhos (MRA) e o acor-do para adquirir os 49% restantes desta sociedade antes deMarço de 2008. Através da MRA, iniciamos uma nova fase paraassegurarmos as necessidades de fibra secundária (papel recu-perado) para as nossas instalações fabris, e permitir prosseguireste caminho com novas aquisições que permitam aumentar ovolume de recolha e aflorar sinergias operativas.

Outra das principais linhas de actuação do Plano Estratégico é oaumento da produtividade do Grupo Europac. Neste sentido,uma das principais acções executadas e levadas a cabo duranteo ano de 2006 foi a renovação e optimização da rede comercialda Divisão Cartão, nomeadamente em Portugal, com o fim deadaptar a estrutura às necessidades e evolução do mercado.Neste mesmo sentido, iniciou-se no Grupo um processo de sim-plificação da estrutura societária, realizando um processo defusão de todas as empresas em Espanha, cujo capital era 100%da Europac como eram a Trasloga, a Cartova e a Torrespack. Esteprocesso permitiu centralizar alguns serviços da administraçãoda empresa como é o exemplo do funcionamento a todo rendi-mento do Departamento de Compras Corporativas.

Não gostaria de deixar de mencionar desde estas linhas, oimportante compromisso e apoio do nosso quadro de pessoal demais de 1.400 profissionais comprometidos com a criação de umgrande grupo de valor para os nossos clientes e accionistas. Como fim de recompensá-lo, em 2006, a Assembleia Geral deAccionistas da Europac aprovou a criação de um Plano de Acçõespara Empregados (PAE) e que foi executado em Julho do mesmoano. Para a sua implantação, o Grupo emitiu 423.753 acçõesnovas, acções ordinárias, suprimindo o direito de preferência ecujos títulos foram subscritos pelos empregados com um des-conto de 25%.

Desde o ponto de vista de relação com o mercado também esta-mos a reforçar os nossos recursos e dedicação para oferecer uma

maior informação tanto para os accionistas quanto para ospotenciais investidores. Actualmente são 12 firmas de Bolsa asque acompanham a trajectória do nosso valor, cuja cotaçãoencerrou em 31 de Dezembro em 7,50 euros face aos 5,95 eurosdo exercício anterior. Esta revalorização de 26% representa umasubida no percurso da acção que se situava, em 2002, há apenascinco anos, em 2,32 euros,.

Melhorou também a liquidez do valor, e o volume médio diárionegociado em 2006 foi de 151.058 títulos com 24% de aumen-to. Ao passo que a capitalização bursátil alcançou 396,5 milhõ-es de euros.

Com estes primeiros dados que configuram o quadro de referên-cia de 2006, o accionista poderá analisar com a informaçãodetalhada que incluímos a seguir, o andamento dos nossos negó-cios que, sem dúvida alguma, confirma o seu apoio investidor.Agradeço também desde aqui a toda a equipa de direcção, aoconselho de administração, aos clientes, aos provedores eempregados o empenho para ser uma empresa de referência nonosso sector.

Muito obrigado pela vossa confiança.

José Miguel IsidroPresidente

M E M Ó R I A A N U A L E U R O P A C 2 0 0 6

5

A Europac iniciou um processo de reflexãoestratégica para reforçar, ainda mais, ospilares de crescimento, integração erentabilidade que guiaram as nossasactuações desde a entrada em bolsa em 1998.

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6

A E U R O P A C E M N Ú M E R O S

Ebit Líquido / Activo Líquido

Endividamento (em milhões de euros)

0

50

100

150

200

2004 2005 2006

250

300

350

400

450

500

Vendas agregadas

Vendas consolidadas

Margem EBITDA* / Vendas consolidadas

472,2

407,0386,1

196,5

284,7

343,3

*EBITDA e EBIT recorrentes. Em 2006 verificam-se despesasnão recorrentes produzidas pelo processo de reestruturaçãolevado a cabo na divisão cartão.

2004 2005 2006

0%

4%

8%

12%

16%

20% 18,79

17,35 17,46

10,11

7,94 7,97

Margem EBIT* / Vendas consolidadas ROA*

0

50

100

150

200

2004 2005 2006

250

300

350

400

450

0,0%

2,0%

4,0%

6,0%

Activo Líquido (em milhões de euros)

1,0%

3,0%

5,0%

7,0%

402,1375,3

268,5

Dívida financeira líquida/EBITDA

0

20

40

60

80

2004 2005 2006

100

120

140

160

180

0,0

2,0 veces

Dívida financeira líquida

1,0 vez

3,0 veces

101,2

153,3

170,5

Produtividade (em euros por empregado)

0

200

400

600

800

2004 2005 2006

1000

1200

1400

1600

0

100.000

Nº médio de empregados

50.000

150.000

250.000

200.000

1081

14401494

Imobilizado e ROA(em milhões de euros)

Evolução do Quadro dePessoal e Produtividade

Produção de Papel(em milhares de toneladas)

Produção de Cartãoe Caixas (em milhões de m2)

Produção de Energia(em milhares de Mw/h)

0

100

200

300

400

500

524

2004 2005 2006

600

498

290

258248

275

230

268

Reciclado

Kraftliner

549

0

100

200

300

400

500 467

2004 2005 2006

600

273

561

Vendas(em milhões de euros)

Margem EBITDA E EBIT(em percentagem)

0

50

100

150

200

2004 2005 2006

250

300

350

400

450

500

Vendas agregadas

Vendas consolidadas

Margem EBITDA* / Vendas consolidadas

472,2

407,0386,1

196,5

284,7

343,3

*EBITDA e EBIT recorrentes. Em 2006 verificam-se despesasnão recorrentes produzidas pelo processo de reestruturaçãolevado a cabo na divisão cartão.

2004 2005 2006

0%

4%

8%

12%

16%

20% 18,79

17,35 17,46

10,11

7,94 7,97

Margem EBIT* / Vendas consolidadas

0

100

200

2004 2005 2006

300

230

Cartão

Caixas

220

285

223

311301

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M E M Ó R I A A N U A L E U R O P A C 2 0 0 6

Papel Cartão Co-geração Caixas Outrasactividades

Recolha dePapel e Cartão

Biomassa Sociedade deDistribuição

23 instalações: 3 de papel, 6 de cartão, 10 de embalagens, 1de recuperação de papel e 3 centros de energia.350 produtos e referências comercializadas.Vendas em mais de 15 países, principalmente da Europa.

A nossa presença na Península Ibérica

7

Cartensa 50%

Midem, S.A.R.L.100%

C. Marcuello 12%*

C. Soler 13%*

C. Mimo 12%C. Santander 40%

Inmocapital 100%

Gescartao, SGPS 84%*

PortucelViana100%

PortucelEmbalagem

100%

MRA1

51%Iberia2

Capital100%

Cartopor100%Emprobal 60%

Enercicla 5%Celpap 100%

Celnave 100%

Viana Port 50%

P.V. Energía 100%Enercicla 95%

Cartocer15%

FP Do Ave100%

Sulpac100%

Espanha

França

Portugal

Investalentejo51%

PortucelEspaña100%

Estrutura Societária (em 31/12/2006)

1 Está pactuado que a Gescartão, SGPS S.A.adquira os 49% restantes antes de Março de 2008.

2 Fundo imobiliário

* Gescartão, SGPS: 84,26%C. Marcuello: 11,97%C. Soler: 12,50%

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A Europac produz e comercializa papelpara cartão (a partir de papel reciclado ede fibras virgens), cartão ondulado eembalagens. Para além disso, a empresatambém conta com uma unidade para arecolha selectiva de resíduos e para a suaposterior reciclagem em pasta de papel. Éum grupo líder na península Ibérica como2° produtor de papel para cartão e o 6°produtor de cartão ondulado através deum conjunto de sociedades com activida-des em diferentes áreas do sector. Tambémproduz energia eléctrica e térmica para oseu autoconsumo e comercialização.

Actualmente, a Europac conta com 23instalações industriais e 1.416 emprega-

dos distribuídos em 18 pontos geográfi-cos da península Ibérica.

A Europac (Papeles y Cartones de Europa,S.A.) surge em Dezembro de 1995 após afusão da Papelera de Castilla S.A. ePapeles y Cartones de Cataluña S.A.Trata-se, portanto, de um grupo jovem,porém com conhecimentos de mais de100 anos que remontam ao começo dassuas actividades com a constituição deuma fábrica de cartão. No ano 2000, aempresa amplia as suas operações aPortugal, através da compra daGescartão, SGPS, SA. Em 2005, a Europaccompra a participação que a Sonae man-tinha nesta companhia, aumentando a

sua posição na mesma até 74,78%.. Oprocesso de aquisição da Gescartão,SGPS, SA culmina em 2006 com umaOferta Pública de Aquisição pela totalida-de das acções que não controlava, emediante a troca de acções da Europac.

A Europac encontra-se cotada nas bolsasde valores de Madrid e Barcelona emEspanha desde 1998, e desde 2007, tam-bém no índice Euronext de Lisboa.

Europac na Internetwww.europac.es

8

E U R O P A C : P A P E L P A R A C A R T Ã O E E M B A L A G E N S

1890: Iniciode actividade

1996:Constitui-sea sociedadeTrasloga, S.L.

2000: Compra emPortugal de 32,5% deGescartão, SGPS, S.A.Compra de 100% da F.PDo Ave, S.A. Compra de100% da Torrespack2000, S.A. e EmbalatgesSentelles, S.L.

2005: Compra da suaparticipação na SONAEda Gescartão, SGPS,S.A. até os 74,78% dacompanhia.

2007: Admissão ànegociação daEuropac naEuronext Lisboa.

1995:Nasce aEuropac.

2002: Compra del100% de Cartova,S.A. em Espanha.

2006: Oferta Públicade Aquisição sobre aGescartão mediantetroca de acções.

Ingresos por divisiones

Principais marcos históricos

Linhas de actividade

Recolha selectivade papel e cartão Prancha de Cartão Embalagem de Cartão

Papel Kraftliner

Papel Reciclado

Produção de energia eléctrica e térmica

1998: Entrada emBolsa em Espanha.Amplia-se o projectoTrasloga, S.L.

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Principais factos do ano

6 de Fevereiro.Termina o processo de fusão da Europaccom as suas filiais em Espanha com efei-to a 1 de Janeiro de 2006.

24 de Março.Após a reforma da Máquina de PapelMP3 da fábrica situada em Alcolea deCinca, aumenta a capacidade de pro-dução em aproximadamente 30% emelhora a qualidade do papel.

30 de Março.A Europac participa em Paris e, pela pri-meira vez, no “South Europe MidcapEvent”, ponto de encontro de investidoresinstitucionais e directores de pequenas emédias empresas cotadas europeias.

3 de Abril.O Conselho de Administração daGescartão decide distribuir a produção dafábrica de Lepe em diferentes instalaçõesde fabrico do grupo com o objectivo deoptimizar a produção de

4 de Abril.No centro da Europac situado em Vianado Castelo, em Portugal, inicia-se umprojecto para aumentar a capacidadeprodutiva da Máquina de Papel N°4(MP4), e que nesta primeira fase aumen-tará a sua capacidade de 270.000 t/anoaté 320.000 t/ano em Maio 2007.

5 de Junho.A Assembleia Geral de Accionistas daEuropac aprova a criação de um Plano deAcções para Empregados (PAE) e aumen-tar a retribuição aos accionistas 29,5%no que diz respeito ao exercício anterior.

14 de Setembro.O Grupo amplia os seus negócios ao sec-tor da recuperação de papel em Portugalcom a compra da empresa ManuelRodrigues de Almeida & Filhos (MRA),através da Gescartão que adquire 51% dasociedade.

15 de Setembro.Entra em serviço uma nova caldeira debiomassa na fábrica situada em Viana.

31 de Outubro.A Europac anuncia o lançamento de umaOferta de Aquisição por troca de acçõessobre 15,3% do capital da Gescartão queainda não possuía.

4 de Dezembro.A Assembleia Geral da Europac aprova oaumento de capital necessário, no valormáximo de 65,4 milhões de euros para acompra da Gescartão.

M E M Ó R I A A N U A L E U R O P A C 2 0 0 6

9

C R O N O L O G I A 2 0 0 6

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Conselho de administração (em 15/05/2007)

PresidenteSr. José Miguel Isidro RincónPresidente da Comissão Executiva

AdministradorSr. Ángel Fernández González

Administrador independenteSr. Jorge Requejo LiberalPresidente da Comissão de Nomeações e Retribuições

AdministradorSr. Fernando Isidro Rincón

Administrador delegadoSr. Enrique Isidro Rincón

AdministradorSr. Victoriano López-Pintoem representação da Zoco Inversiones,S.R.L.

AdministradorSr. Juan Jordano PérezPresidente da Comissão de Auditoria

Secretária do Conselho não- AdministradoraDona Sol Fernández-Rañada López-Doriga

AdministradorSr. José Mª Ramírez Lomaem representação da Compañía Andaluzade Rentas e Inversiones, S.A.

Administrador independenteSr. Vicente Guilarte Gutiérrez

AdministradorSr. Fernando Padrón Estarriolem representação da Tres Azul, S.L.

1 0

Ó R G Ã O S D E G E S T Ã O

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Estrutura Executiva*

Administrador DelegadoSr. Enrique Isidro Rincón

Director-Geral Divisão PapelDona Maria Isolete da Silva TorresMatos

Director-Geral Divisão EmbalagemSr. Enrique Isidro Rincón

Director-Geral Divisão RecursosSr. Fernando Aranguren González-Tarrío

Comité de Auditoria eControlo*

PresidenteSr. Juan Jordano Pérez

VogalSr. Vicente Guilarte Gutierrez

VogalSr. Jorge Requejo Liberal

Secretário não administradorSr. Mariano Lor Fernández-Torija

Comissão Executiva ou Delegada*

PresidenteSr. José Miguel Isidro Rincón

VogalSr. Enrique Isidro Rincón

VogalSr. Fernando Padrón Estarriol, en representación de Tres Azul, S.L.

VogalSr. Fernando Isidro Rincón

Secretário não administradoraDona Sol Fdez-Rañada López-Dóriga

Comissão de Nomeações e Retribuições*

PresidenteSr. Jorge Requejo Liberal

VogalSr. Juan Jordano Pérez

VogalSr. Vicente Guilarte Gutierrez

Secretária não administradoraDona Sol Fdez-Rañada López-Dóriga

M E M Ó R I A A N U A L E U R O P A C 2 0 0 6

1 1

José Miguel Isidro 0,004%

Enrique Isidro 0,080%

Jorge Requejo 0,022%

Tres Azul, S.L. 0,001%

Juan Jordano 0,003%

Zoco Inversiones, S.R.L. 5,079%

Compañía Andaluza deRentas e Inversiones, S.A. 5,144%

Ángel Fernández 6,442%

Vicente Guilarte 0,017%

Fernando Isidro 0,097%

Participações de Administradores (em 15/5/2007)

39,99%

43,35%

1. Harpalus, S.L. 39,99%2. Compañía Andaluza de Rentas e Inversiones, S.A. (CARISA)*. 5,14%3. Ángel Fernández González. 6,44%4. Zoco Inversiones, S.R.L.** 5,08%5. Capital flutuante. 43,35%

5,14% 6,44% 5,08%

1 2 3 4 5

* Compañía Andaluza de Rentas e Inversiones, S.A. (CARISA), é formadapela Caja de Ahorros el Monte, Unicaza e Caja San Fernando.

** Zoco Inversiones, S.R.L., é formada pela Caja de Ahorros Sa Nostra, Caja Canárias, -Caja Sur e Caja de Extremadura.

Estrutura do Capital (em 15/5/2007)

* em 15/05/2007

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Os resultados obtidos durante o ano de2006, e que nas suas principais variáveisregistaram aumentos de dois dígitos,estiveram enquadrados dentro de umcontexto de mercado caracterizado porum comportamento em alta dos preçosde todos os seus produtos. Enquanto aopapel kraftliner, o preço médio durante oexercício foi de 460,1 ¤/tonelada, 16,0%superior ao de 2005. Em Dezembro, opreço médio desta qualidade de papelexcedeu os 500 ¤/tonelada face aos 393¤/tonelada em Janeiro de 2006.

No que diz respeito ao mercado de papelreciclado, este caracterizou-se pela forta-leza da procura, o fecho de instalaçõesobsoletas e pouco eficientes – desactivou-se uma capacidade de produção de 1,6milhões de toneladas/ano nos dois últimosexercícios, processo que ainda não termi-nou - e os baixos níveis de inventários queno período que vai de Maio de 2006,momento em que começou a diminuição,a Janeiro de 2007, reduziram-se 11%.Neste contexto, a Europac, a 1 deDezembro de 2006, comunicou aos seusclientes em Espanha, uma subida de 60euros/tonelada neste tipo de papel, játotalmente realizada no começo de 2007.

Por outro lado, a maior procura existenteno mercado de cartão, unida ao forteaumento dos custos energéticos, dematérias-primas e de transportes permi-tiram à Europac anunciar uma subida depreços de 15% em prancha e de 13% emcaixas em Espanha e Portugal, que foitambém executada e realizada a 1 deDezembro de 2006.

A estas importantes variáveis favoráveispara a Europac, há que acrescentar osinvestimentos realizados em exercíciosanteriores, com o fim de aumentar a

capacidade produtiva e melhorar a quali-dade dos papéis e que viram os seus fru-tos durante o ano, alcançando-se umaprodução histórica até às 549.282 tonela-das entre papel kraftliner e reciclado, 5%mais do que a produção de 2005.

Resultados 2006Assim, a Europac (Papeles y Cartones deEuropa, S.A.) obteve, em 2006, um valorlíquido consolidado do volume de negóciode 343,3 milhões de euros, o que repre-senta um aumento do 20,6% respeitanteao volume obtido em 2005. Esta melhoriaé devida fundamentalmente a umaumento substancial da actividade, comaumentos do volume de vendas e preçosunitários em todos os negócios. No que serefere às vendas agregadas, estas atingi-ram os 472,2 milhões de euros, face aos407 milhões de2005 ou os 386,1 de 2004.

Sendo 52,23% das vendas geradas peladivisão de papel, 38,21% pela de cartão,9,12% corresponde à área de energia e0,44% à outras actividades.

O lucro de exploração (EBIT) recorrentefoi de 34,7 milhões de euros, 53,2% maisdo que em 2005. O aumento percentualdesta grandeza durante o período foi

1 2

A E U R O P A C E A E V O L U Ç Ã OD O S N E G Ó C I O S E M 2 0 0 6

Papel 52,23%

Embalagem 38,21%

Energía 9,12%

Outras actividades 0,44%

Receitas por áreas de actividade

2006 2005 Var. Em %

Vendas 343.258 284.713 20,6%

Ebitda* 58.649 50.282 16,6%

Ebitda recorrente** 64.506 49.739 29,7%

Ebit 28.888 21.827 32,4%

Ebit recorrente** 34.745 22.682 53,2%

*EBITDA calculado como EBIT +Amortizações + Provisões não de tráfico.

**Em 2006 verificam-se despesas não recorrentes produzidas pelo processo de reestruturação.

Principais grandezas consolidadas

0

386,1

100

200

300

400

500407,0

2004

472,2

2005 2006

Vendas agregadas*

* em milhões de euros.

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superior ao das vendas, registando assima consecução de crescimento com renta-bilidade. O resultado de exploração (EBIT)consolidado atinge a 28,9 milhões deeuros, 32,4% mais do que em 2005,afectado por partidas não recorrentescausadas nomeadamente por indemniza-ções de pessoal.

Em 2006, foi muito importante o enormeesforço realizado pela Europac em maté-ria de produtividade e rentabilidade. Oplano de reestruturação e optimização doquadro de pessoal que o Grupo está alevar a cabo na divisão cartão emPortugal traduz-se numa redução doscustos fixos em torno a 20% da massasalarial desta divisão em Portugal. Istopor sua vez implica num aumento da pro-dutividade por empregado, que em 2007melhorará em 5,9%.

O resultado financeiro foi de -11,2 milhõ-es de euros como resultado do maiorendividamento derivado dos investimen-tos realizados pelo Grupo em 2006, dacompra de acções da Gescartão ao longodo exercício, bem como a subida dastaxas de juro. Apesar disso, o rácio dedívida financeira líquida/Ebitda diminuiuem 2006 para 2,9 vezes face às 3,0 vezesde 2005. O lucro líquido do grupo foi de11,0 milhões de euros, 106% superior aodo exercício anterior.

Por outro lado, também é muito impor-tante assinalar que, em Outubro de2006, a Europac anunciou o lançamen-to de uma OPA (Oferta Pública deAquisição), por troca de acções, sobre ocapital da sociedade portuguesaGescartão que ainda não possuía e querepresentava 15,3% do capital. Estaoperação fazia parte precisamente daestratégia de integração do grupo, ao

mesmo tempo em que persegue a sim-plificação da estrutura societária eaprofunda ainda mais as sinergias ope-rativas.

Investimentos industriaisAo longo de 2006 realizaram-se diversosprojectos de investimento nas diferentesunidades industriais e empresas do grupo.O montante total de investimentos indus-triais executados durante o período foi de57,45 milhões de euros sendo a Divisãode Papel a principal destinatária desteesforço investidor.

A maior parte destes investimentos des-tinar-se-ão à reforma e actualização dasMáquinas de Papel, para o arranque deuma nova caldeira de biomassa, e para amodernização de equipamentos demenor dimensão.

Entre as principais partidas, é de salientar-por exemplo- o caso da Máquina dePapel Nº 3, situada na fábrica de Alcoleade Cinca, utilizando a última tecnologiadisponível com o fim de preparar o seuequipamento para a produção de umnovo papel semi-químico. A reformacompreende basicamente a inclusão de

uma Size Press e uma nova Pós-Sequeria,a reforma da Preparação dePastas e dos circuitos da Máquina depapel para conseguir uma melhoria dequalidade do papel produzido e umaumento de capacidade de produção de30 % (20.000 toneladas/ano).

Por outro lado, em Viana iniciou-se umprojecto de investimento também paraaumentar a capacidade produtiva daMáquina de Papel N°4 (MP4) que em2006 foi de 11 milhões de euros e quesituou o volume de produção, depois daparagem prevista para Maio de 2007, em320.000 toneladas anuais. Além disso, nofinal do Verão, no centro da EuropacViana, entrou em funcionamento umanova caldeira de biomassa no valor de 11milhões de euros.

Igualmente, foram realizados estudospreliminares para o aumento de capaci-dade da MP2 com o objectivo de aumen-tar a capacidade de produção em 30.000toneladas anuais, novas centrais de co-geração com uma capacidade de 30 Mwem Dueñas e de 30 Mw em Viana e subs-tituição de outros equipamentos por últi-mas tecnologias.

M E M Ó R I A A N U A L E U R O P A C 2 0 0 6

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As vendas consolidadas da Europac foram de 343,3milhões de euros em 2006, 20,6% mais do que noexercício anterior com umas vendas agregadas de472,2 milhões.

O lucro líquido do grupo foi de 11 milhões de euros, 106% superior ao de 2005.

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Plano estratégico: um passado sobre oqual se assenta o futuroEm 2006, o Grupo Europac levou a caboum processo de reflexões estratégicasque implicará uma série de vantagens erepercussões na Gestão do Grupo com oobjectivo último de criar valor para osaccionistas. Este processo permitiu con-hecer melhor os 3 pilares fundamentaisque já faziam parte da estratégia dasociedade desde a sua entrada em bolsaem 1998: crescimento, integração e ren-tabilidade.

Este Plano traduz-se em planos de acçãoconcretos, aos quais se atribuem objecti-vos quantificados explícitos a curto e amédio prazo que garantem o cumprimen-to da própria estratégia.

Pretendemos conseguir estas metasmediante o crescimento orgânico emtodo os seus negócios de papel, energia ecartão. A Europac também esteve e esta-rá atenta às possíveis oportunidades denovos investimentos corporativos quepossam surgir, de acordo com a estratégiade crescimento antes mencionada e quepossam criar valor para o accionista.

CrecimientoO desenvolvimento do Grupo Europac,tanto em papel quanto em cartão, estru-tura-se através de um crescimento, con-tínuo e consistente, quer de forma orgâ-nica através de incrementos da sua capa-cidade produtiva ou por via corporativa,permitindo optimizar as suas instalaçõesjá existentes e ganhar economias deescala.

A evolução da produção da sociedade,tanto de papel quanto de cartão, desde asua entrada em bolsa, triplicou entre1998 e 2006. No caso da produção de

caixas, multiplicou por mais de 14 vezes.Mas este importante crescimento dogrupo não só veio pelo lado da capacida-de produtiva, como também por umincremento da facturação e uma melho-ria das margens.

O Plano estratégico contempla um planode investimento, entre 2007-2011, de 288milhões de euros nomeadamente emincrementos de capacidade e novas co-gerações nas fábricas situadas em Dueñase Viana do Castelo, bem como em inves-timentos em activos da Divisão Cartão.

IntegraçãoA Sociedade também baseou a sua estra-tégia na integração de actividades, com oobjectivo de diminuir o impacte dasmudanças de ciclo inerentes ao sector noqual opera, aproveitando sinergias e mel-horando assim as suas margens de negó-cio. O rácio de integração entre papelreciclado e papel kraftliner no que respei-ta à prancha, está na ordem dos 49 e 13%respectivamente e o de prancha/caixasactualmente é superior aos 72%.

A integração vertical contribui na consoli-dação do Grupo, dando, por um lado, ummaior domínio e segurança em relação àsmatérias-primas, e por outro, desenvol-vendo mercados complementares, e pro-curando recolher a maior parte possíveldo valor acrescentado que existe nacadeia de valor.

Além disso, a nova estratégia da Europacaprofunda ainda mais na integração deactividades e inicia um crescimento nosegmento de matérias-primas papel recu-perado e plantações florestais. O primeiropasso neste sentido foi a aquisição de51% da companhia Manuel Rodrigues deAlmeida & Filhos (MRA) no valor de 1,6 de

euros. Conforme as condições acordadas,os 49% restante serão adquiridos pelaGescartão antes de Março de 2008. Comisso, inicia-se um processo de garantiadas necessidades de fibra secundária(papel reciclado) para as suas instalaçõesde fabrico, e permite continuar estecaminho com novas aquisições que per-mitam incrementar o volume de recolha eaflorar sinergias operativas.

RentabilidadeTodas as actuações que a empresa realizaestão orientadas por critérios de rentabi-lidade, outro pilar fundamental na estra-tégia do Grupo Europac, como demonstraa evolução do EBITDA nos últimos anos:

O quadro anterior mostra o importantecrescimento do EBITDA consolidado noperíodo 98/06, multiplicando-se por 4vezes no período, apesar da ciclicidadedeste sector.

O Plano Estratégico da Europac prevê queo EBITDA da companhia duplique no perí-odo 2007 – 2011, e que a produtividade(em euros facturados por empregado)aumente desde 247.000 euros até425.000 euros.

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CrescimentoEbitda 1998 2006 em período

Ebitda (milh. E) 14,37 58,65 308%

Evolução do EBITDA nos últimos anos

Missão: Oferecer produtos e serviços no sector da embalagem a partir demateriais naturais e renováveis que permitam, de forma sustentável emediante uma gestão excelente, antecipar e satisfazer as necessidades dosnossos clientes, oferecer um desenvolvimento profissional e pessoal aosnossos empregados, criando valor para os nossos accionistas

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Divisão Papel

A divisão Papel dentro do Grupo Europacresponde por 52,23% das vendas consoli-dadas e que no ano de 2006 foram de179,3 milhões de euros. É importanteassinalar que a Europac produz e comer-cializa tanto papel Kraftliner, à base defibra virgem maioritariamente, e papel apartir de fibras recicladas de papel recu-perado e classificado. A empresa contapara isso com três importantes complexossituados um em Viana do Castelo(Portugal), único na Península Ibérica des-tinado para a produção de Kraftliner e osoutros dois em Espanha nas localidades deDueñas em Palência e Alcolea del Cincaem Huesca.

O tipo Kraftliner da Europac é comerciali-zado nos mercados da Europa Central e doSul bem como em todos os países da baciamediterrânea. A produção de Kraftliner daEuropac foi de 290.760 toneladas com umaumento de 5,5% no que diz respeito aoexercício anterior, ao passo que no casodo papel de fibras recicladas foi de258.522 toneladas, 4,2% superior a 2005.O volume total de produção nas quatromáquinas de papel com as quais o grupoconta foi de 549.282 toneladas em com-paração as 523.762 do ano anterior.

Por produtos, o maior volume de incre-mento foi observado na produção depapel branco com cerca de 17% com rela-ção a 2005. Por outro lado, o incrementoda produção de papel reciclado veiodeterminado pelo aumento da capacidadeprodutiva após os investimentos realiza-dos em 2005 na MP2 e a princípios de2006 na MP3 com uma importante mel-horia da qualidade. No centro da Europacsituado em Viana do Castelo, em Portugal,

obteve-se a maior produção da históriadessa fábrica graças a um projecto paraaumentar a capacidade produtiva daMáquina de Papel N°4 (MP4) e que nestaprimeira fase aumentará a sua capacidadedesde 270.000 toneladas anuais até320.000 toneladas anuais em Maio 2007.

Do ponto de vista comercial, a Europacrealizou ao longo de 2006 três subidasno preço do papel Kraftliner, sendo asduas primeiras de 50 euros/toneladacada uma e de 40 euros a que entrou emvigor em Setembro.

No que diz respeito ao papel de fibrasrecicladas para embalagens de cartãoondulado, o exercício de 2006 foi um anopositivo para a Europac no mercado ibéri-

co devido, nomeadamente, à forte procu-ra unida ao incremento da qualidade dosseus produtos tanto em maquinabilidadecomo em imprimabilidade.

Com referência à situação dos preços dopapel reciclado, a Europac comunicou aosseus clientes em Espanha uma subida de60 ¤/tonelada em todas as qualidadesdeste produto com efeitos a partir do dia16 de Novembro, baseado no aumentodos custos energéticos e de transporte.

O balanço da divisão de Papel da Europacem 2006 foi positivo não só pelos seusmais altos níveis de produção alcançadosaté a presente data quanto às melhoriasrealizadas nos aspectos comerciais e nagestão financeira desta unidade de negó-

M E M Ó R I A A N U A L E U R O P A C 2 0 0 6

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A fábrica situada emViana do Castelo,Portugal, conseguiu a sua maior produção depapel até à presente data.

Kraftliner 290.760 toneladas

Papel de fibras recicladas 258.522 toneladas

TOTAL PAPEL 549.282 toneladas

Cartão Ondulado 311 milhões de m2

Embalagem de cartão/caixas 223 milhões de m2

Produção da Europac por produtos

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cio junto de outros importantes investi-mentos realizados nas plantas.

Há que salientar os importantes investi-mentos realizados também na Máquinade Papel Nº 3 (MP3) da fábrica situada emAlcolea de Cinca, orientados para a pro-dução de um papel semi-químico de mel-hor qualidade (SQN). Levou-se a cabo umprograma de desenvolvimento de aplica-ção de amido líquido, com um sistema dedistribuição contínua e estabilizada atra-vés de elementos de controlo que actua-rão directamente na velocidade damáquina.

Neste sentido foram realizadas as inter-venções oportunas nos equipamentos depreparação de pasta de papel e, sobretu-do, na adaptação dos circuitos de fibra eno módulo size-press.

Precisamente, grande parte dos esforçoscomerciais da empresa em 2006, noâmbito do papel reciclado, centraram-seneste novo produto com muito boa acei-tação pelo mercado e que registou umaforte procura ao final do ano. Este factodemonstra que os investimentos realiza-dos nestas máquinas foram estrategica-mente bem orientadas.

Também a fábrica de Viana do Castelo,em Portugal, conseguiu a sua maior pro-dução de papel até à presente data, frutodos importantes investimentos realiza-dos. Além disso, neste centro tambémentrou em serviço uma nova caldeira ali-mentada por biomassa que permitirá des-activar a caldeira auxiliar, eliminandoassim a queima de combustível fóssil paraa produção de energia.

Do ponto de vista comercial, em 2006, foiintroduzido o sistema de gestão Optivision,uma importante inovação para a realizaçãode um novo sistema de pedidos, de progra-mação da produção, de melhoria da quali-dade e da linha de acabamentos que come-çou a introduzir sensíveis melhorias inter-nas e também com relação aos clientes e oserviço prestado.

Papel Kraftliner: o mercado é influenciado, em primeirolugar, por níveis de inventário que voltaram a reduzir nomês de Fevereiro de 2007, em comparação aos registadosno mesmo mês do ano anterior. Em segundo lugar, por umdéfice estrutural na Europa entre oferta e procura de apro-ximadamente 25%, coberto historicamente pelos EstadosUnidos cujo papel no equilíbrio do mercado europeu está amudar, devido ao fecho de instalações nos Estados Unidosque estão a equilibrar a oferta e a procura neste país e pelodesvio das suas exportações para mercados como o daChina e da América Latina que têm um forte potencial decrescimento.

Neste contexto, as nossas perspectivas continuam a ser posi-tivas no mercado do papel Kraftliner para o exercício de 2007.

Papel reciclado: continua o fecho de instalações obsoletas epouco eficientes no mercado europeu (durante os exercíciosde 2005 e 2006 foram fechadas 1.6 Milhões de toneladas).

Além disso, a procura continua a ter um comportamentorobusto. Tudo isso está provocar uma diminuição dos inventá-rios na Europa (de acordo com os dados da ASPAPEL, ao finaldo passado Março de 2007, os inventários de papel recicladoneste continente eram 15% inferiores aos registados emJaneiro do presente exercício).

Adicionalmente a projecção da Groupement Ondulé(Associação Europeia de Produtores de Papel para CartãoOndulado) sobre o Índice de Ocupação da CapacidadeProdutiva instalada em Espanha mostra uma evolução queatinge até 99,9% em 2009.

Esta mudança estrutural no mercado do papel reciclado con-figura um novo cenário que, acompanhado da não existênciade projectos de novas capacidades até 2010, faz com que seja-mos capazes de prever fortes tensões na procura que reflecti-rão na rentabilidade do negócio do papel reciclado no exercí-cio de 2007 e seguintes.

Perspectivas do negócio de papel cartão

2006 2005 % Var.

Kraft

Vendas 113,82 96,94 +17,41%% S/total 33,16% 34,05%

Reciclado

Vendas 65,47 46,41 +41,08%% S/total 19,07% 16,30%

Vendas Divisão Papel(Dados consolidados em milhões de euros)

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Actividade de EnergiaComo parte do esforço para reduzir osseus custos energéticos, o Grupo Europacdesenvolve actividades energéticas emco-geração a partir de gás natural nassuas três principais instalações situadasem Viana, Dueñas e Alcolea que forne-cem, às respectivas fábricas de papel, aenergia produzida pelas turbinas e ven-dem o excedente à rede. A capacidadeinstalada actualmente é de 78 Mw, desdeque no primeiro semestre de 2005 foi ins-talada uma nova turbina de 30 Mw emViana do Castelo (Portugal) e que já este-ve a pleno rendimento em 2006.

As vendas da actividade de energia foramde 31,3 milhões de euros, 53,5% mais doque no ano anterior e a sua contribuiçãono volume de negócios do grupo já atin-ge 9,1% face aos 7,2% de 2005.

A produção de energia térmica e eléctri-ca na Europac também é realizada apartir da biomassa. Neste sentido, umdos factos mais destacados do períodoteve lugar em Setembro de 2006. Nestadata, colocou-se em operação uma novacaldeira de biomassa em Viana doCastelo, que permite a substituição daqueima de combustíveis fósseis porcombustíveis “verdes”, contribuindoassim na redução dos custos de produ-ção energéticos de aproximadamente2,5 milhões de euros ao ano queserepercutirá num incremento do Ebitdado grupo a partir de 2007.

Durante o ano realizaram-se os primei-ros trabalhos de instalação de uma novacentral de co-geração de 30 Mw nafábrica da localidade de Dueñas(Palência), cujo arranque está previstoque se realize no ano de 2009. Na unida-de de Alcolea estamos a proceder à subs-

tituição da turbina, actualmente em ope-ração, com o fim de modernizar as insta-lações e aumentar igualmente a suacapacidade. Com estes investimentos, e oprevisto no Plano Estratégico 2007-2011para incrementar outros 30 Mw emViana do Castelo (Portugal), resulta que acapacidade total do Grupo seja de 140Mw ao final do período.

Divisão Cartão e Embalagens

A divisão Cartão atingiu um volume deprodução em 2006 de 311,1 milhões demetros quadrados de cartão onduladoface aos 285,1 milhões de metros qua-dros de 2005, o que representa um incre-mento do 9,12 %. Por outro lado, foramfabricados 223 milhões de metros qua-drados de embalagens. Actualmente, estadivisão proporciona 38,21% das vendastotais do grupo e que foram de 131,1 mil-hões de euros ao finalizar o exercício,9,4% superiores ao ano anterior.

Esta parte do negócio caracterizou.se em2006 pelo aumento dos custos das maté-

rias-primas, energéticos e de transporte oque levou à Europac na última fase doano a anunciar uma subida dos preços de15% em prancha de cartão e de 13% emcaixas tanto em Espanha como emPortugal. Há que assinalar que, no con-junto de Espanha, a produção de cartãoondulado aumentou 3,84% até os 4.608milhões metros quadrados.

Os investimentos industriais executa-dos pela Europac também tiveram umimportante reflexo na maior parte doscentros de produção de cartão e emba-lagem da sociedade. Todos eles foramfocados para a melhoria das suas ins-talações e equipamentos. Neste senti-do e como consequência destas melho-rias, também foram lançadas novasinovações de produto no mercadocomo é o caso de um novo cartãoextrusionado para embalagens. Trata-se de um material inovador destinado,entre outros, ao sector da alimentaçãopara produtos a granel que aguentamprocessos de arrefecimento ou que sãoarmazenados e transportados em con-tentores de cartão de grande capacida-de. Também será uma importante novi-dade para o sector químico ou dotransporte em ambientes húmidos.

As receitas da actividade de energia foram de 31,3milhões de euros e representam 9,1% do volume denegócio do grupo.

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Uma das principais acções executadas elevadas a cabo durante o ano -enquadra-das dentro do plano estratégico para amelhoria da produtividade- foi a renova-ção e optimização da rede comercial,principalmente para o mercado portu-guês, com o fim de adaptar a estrutura àsnecessidades e evolução do mercado. Estasituação implicou também numa optimi-zação e renovação parcial dos quadrosdirectivos, responsáveis de departamentoe resto do quadro de pessoal. Assim porexemplo tomou-se a decisão de cessar aactividade da fábrica de produção deembalagem de Lepe (Empresa Portuguesade Embalagens, SA) na localidade deMarinha Grande (Portugal). Esta fábricaestava especializada em produtos deembalagem nomeadamente nos sectoresvinícola e da cerâmica.

A falta de rentabilidade das instalaçõesfoi o principal motivo pelo qual aGescartão toma esta decisão provocada,tanto pela situação de um mercado afec-tado pelo fecho nos últimos anos defábricas consumidoras de cartão ondula-do, quanto pelas características da pró-pria instalação.

No entanto e sob um plano de posiciona-mento estratégico, a actividade da fábri-ca de Lepe foi transferida para as outrasinstalações do grupo e especificamentepara o centro situado em Leiria, melho-rando assim a eficiência e a competitivi-dade da divisão cartão em Portugal.

Em paralelo a estas reorganizações eoptimizações das plantas, a Europac ini-ciou o Projecto Excelência com o objecti-vo de implementar novas ferramentas degestão integral na Divisão Cartão.

O Projecto Excelência implica no contro-lo dos fluxos de informação e materiaisao longo de todo o processo garantindouma maior qualidade, eficiência e serviçoperante ao cliente.

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Dada o estreito vínculo entre o crescimento do PIB e a procura de cartão, as últimas perspectivas económicas para a Espanha ePortugal fazem prever um crescimento positivo neste mercado. No caso da economia espanhola, a UE eleva a previsão de cresci-mento do PIB espanhol em 2007 para 3,7% no que diz respeito aos 3,4% anterior. Com referência à economia lusa, o Banco dePortugal tem previsto um crescimento económico em 2007 de 1,8%, 0,6% mais do que em 2006.

Perspectivas do negócio de cartão e embalagens

2006 2005 % Var.

Energia

Vendas 31,3 20,4 +53,5%% S/total 9,1% 7,2%

Vendas Energia(Dados consolidados em milhões de euros)

Em 2006, a Europac lançou um novo cartão extrusionado, uma inovação para produtos a granel

e que aguentam processos de arrefecimento.

2006 2005 % Var.

Vendas 131,1 119,9 +9,4%% S/total 38,2% 42,1%

Vendas Divisão Cartão (Dados consolidados em milhões de euros)

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Divisão Recursos

A Divisão Recursos que oferece os seusserviços a todas as áreas da empresatanto administrativas e financeiras comode planeamento, controlo e sistemas,finalizou o processo de fusão de todas asempresas em Espanha cujo capital era100% da Europac como eram a Trasloga,a Cartova e a Torrespack. Este projecto foilevado a cabo nos primeiros meses de2006 com o objectivo de simplificar aestrutura societária do grupo e o funcio-namento interno do mesmo desde a pers-pectiva de trabalhos administrativos.Também, e em paralelo, finalizou-se oprojecto de centralização da administra-ção da empresa.

Desde esta mesma divisão e sob a protec-ção do processo de simplificação societá-ria, através da área económica-financeiratrabalhou-se na Oferta Pública deAquisição de Acções (OPA) lançada sobrea parte do capital da Gescartão não con-trolado pela Europac. Com isso, era dadopor concluído o processo de compra destegrupo iniciado no ano de 2000 após a pri-vatização realizada pelo Governo luso eque prosseguiu em 2005 com a comprado pacote accionista propriedade daSonae no consórcio Imocapital SGPS SA.

Internamente, um dos factos destacadosda divisão em 2006 foi a criação doDepartamento de Auditoria Interna parao grupo. Este projecto foi liderado pelaconsultora internacional KPMG comquem se fez um mapeamento de todos osprocessos básicos da companhia e foramidentificados os principais riscos associa-dos a cada um deles. Com este diagnósti-co, realizou-se o primeiro plano de audi-toria interna plurianual que deverá ser

actualizado e concretizado a cada anonum plano anual. As primeiras auditoriasforam realizadas ao final do exercício.

A reorganização interna do grupo tam-bém está a efectuar a revisão, definição epublicação de todos os procedimentosbásicos de funcionamento da empresa.Este projecto, iniciado em 2006, trata deunificar e homogeneizar os procedimen-tos entre a Europac e as filiais do grupoem Portugal. Toda esta reorganizaçãocontribuiu na melhoria dos sistemas degestão informáticos e, por extensão, tra-balhou-se na redução dos tempos neces-sários para obter os fechos contabilísticosmensais, com o fim de dispor de umainformação mais rápida e fiável que per-mita ter conhecimento da situação e agi-lizar a tomada de decisões.

No que diz respeito aos sistemas deInformação, tanto de infra-estruturacomo de aplicações, desenvolveu-se umPlano de Sistemas a três anos onde sãodefinidos os passos que devem ser dadosde forma ordenada e controlada paraunificar, homogeneizar e simplificartodas as infra-estruturas disponíveis. Oobjectivo é conseguir uma maior eficiên-cia e uma evolução da estrutura infor-mática dentro do grupo, procedente daintegração durante os últimos anos dediversas empresas.

Após a criação do Departamento deCompras durante o exercício anterior,em 2006 começou-se a operar corpora-tivamente, de forma efectiva, com anova estrutura. Assim foram unificadosos recursos e as condições com algunsdos fornecedores tanto em Espanhacomo em Portugal e também foramidentificadas novas oportunidades comnovos fornecedores.

Neste sentido, conseguiram fechar novosacordos com vantagens económicas rele-vantes para o grupo em questão comorenting de veículos, empilhadoras e ele-vadores; maquinaria e equipamentosinformáticos; em produtos químicoscomo tintas, amidos e colas; em forneci-mentos estratégicos como o gás, e emserviços como segurança, limpeza ou ser-viços de mensagens, entre outros.

Também é importante mencionar a con-tratação de novas linhas de financiamen-to de circulante com bancos nos quais seconseguiu melhorar as condições deforma significativa e que representou umefeito económico com reflexo nademonstração dos resultados do grupo.

M E M Ó R I A A N U A L E U R O P A C 2 0 0 6

Criação de Valor na Europac• Identificação de prioridades estratégicas• Alinhamento da organização em busca das mesmas metas• Gestão eficiente de recursos e optimização de decisões

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No fecho da edição deste Relatório Anualrelativo ao exercício de 2006, tinham sidoproduzidos uma série de acontecimentosrelevantes que vale a pena assinalar. Nodia 23 de Janeiro de 2007, finalizava operíodo da Oferta Pública de Aquisição(OPA) por troca de acções lançada pelaEuropac sobre a Gescartão que ainda nãoestava no seu poder. Após esta operaçãoe com um elevado grau de aceitação, aempresa atingia 97,93% dos direitos devoto da sociedade portuguesa face aos84,2% que possuía em 31 de Dezembrode 2005.

No final apresentaram-se à oferta2.650.328 acções das 3.051.644 às quaisestava dirigida a mesma (86,85% dototal), que foram trocadas por 9.276.141acções da EUROPAC de nova emissão,conforme o acordo de aumento de capitalque aprovou a Assembleia Geral datadade 4 de Dezembro de 2006. Após esteaumento, o capital social da Europacficou constituído em 62.152.507 acções.

Alguns dias mais tarde, a ComissãoExecutiva decidiu dar início ao período deatribuição gratuita de aumento de capitalliberado. O aumento realizou-se na quan-tia de uma acção nova por cada dozeantigas (1x12) e representou a colocaçãoem circulação de 5.179.375 acções novas,com o qual o número total de acções dasociedade atingia, portanto, os67.331.882. O prazo desta emissão finali-zou no dia 26 de Fevereiro.

Outro dos factos relevantes durante oprimeiro trimestre de 2007 foi o começoda cotação das acções da Europac nabolsa de valores Euronext Lisboa a partirdo dia 5 de Fevereiro. Esta decisão,enquadra-se dentro da estratégia decrescimento da Europac e ratifica o seucompromisso com o mercado português.As acções admitidas à negociação naque-le momento atingiram a totalidade docapital social da Europac, representadopor 62.152.507 acções.

Também em Fevereiro, a Papeles yCartones de Europa S.A. (EUROPAC), che-gou a um acordo com um grupo de des-tacadas empresas ligadas ao sector flo-restal para a criação da empresa RenovaGeneración de Energías Renovables, S.L.,cuja principal actividade será a criação deprojectos de geração de energia eléctricaprocedente da biomassa em regiões deelevada produção florestal. Com uminvestimento aproximado de 144,8 mil-hões de euros durante o período 2007-2010, o objectivo é que no final do perío-do tenham sido construídas instalaçõesde biomassa com uma capacidade degeração total de 90 MW. A Europac, cujaparticipação inicial na Renova é de 24%,proporcionará à nova companhia a suaexperiência e o seu conhecimento nageração de energia eléctrica procedenteda biomassa.

Por outro lado, a Europac vendeu àSONAE, 51% da sociedade Investalentejo.Esta sociedade foi criada em Dezembro de

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A C O N T E C I M E N T O S P O S T E R I O R E SA O E N C E R R A M E N T O D O E X E C Í C I O

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2003 com o objectivo de servir de veículopara os investimentos previstos no DL19/2003. Uma vez cumprida a obrigação(finalmente os investimentos excederamos 94 milhões de euros), a SONAE execu-tou a opção de compra que tinha sobre os51% da Investalentejo que não possuía eque estava nas mãos do Grupo Europac.

No dia 21 de Março, a Europac subscre-veu integralmente o aumento de capitalnum total de 1,5 milhões de euros reali-zado pela sua filial Cartonajes Esteve yNadal, S.L. (Cartensa), empresa dedicadaao fabrico de embalagens de cartãoondulado e cujas instalações estão situa-das na localidade barcelonesa deTorrelavit. Desta forma, a Europac passa ater uma participação de 70% na compan-hia, e em consequência, consolidará glo-balmente nas contas do Grupo em vez deproporcionalmente como o fazia ante-riormente (até agora a Europac possuía50% da empresa). A Cartensa teve umaprodução em 2006 de 15,45 milhões demetros quadrados e vendas de 8,2 milhõ-es de euros.

No dia 26 de Abril foram comunicados osresultados relativos ao primeiro trimestredo exercício de 2007. A Papeles yCartones de Europa, S.A. obteve no perío-do um lucro líquido atribuível de 9,14milhões de euros, o que representa umaumento de 370% no que diz respeito aoobtido neste mesmo período do passadoexercício. Enquanto o EBITDA atingiu os23,07 milhões de euros, 85,10% mais doque nos primeiros meses de 2006.

Com referência às vendas, aumentaram14,92%. Destas, 50,1% foram geradaspela divisão de papel, 40,5% pela de car-tão, 8,3% corresponde à energia e o res-tante 1,1% a outros. Esta melhoria é

devido a um aumento nos volumes deprodução derivados dos aumentos decapacidade levados a cabo durante oexercício de 2006 e, adicionalmente, àevolução em alta nos preços do papelkraft, do papel reciclado e do cartãocomo consequência da situação favorá-vel do mercado.

O meio continua a ser favorável respei-tante aos preços, graças às boas previsõ-es económicas em Espanha e Portugal eaos baixos níveis de inventários de papelkraftliner e de papel reciclado em Europa.

Como prosseguimento da OPA lançadasobre a Gescartão e com o aumento da

participação até aos 99,86% desta com-panhia, no dia 24 de Abril, a Europacsolicita à Comissão Nacional doMercado de Valores portuguesa a perdada condição de sociedade aberta daGescartão, SGPS, SA nos termos dispos-tos no artigo 27 do “Código de ValoresMobiliários”. No dia 10 de Maio de 2007,a CMVM emitiu decisão favorável aoreferido pedido, pelo que a GESCARTÃOfoi excluída de cotação. De seguida, aEuropac expressou a sua intenção derecorrer ao mecanismo de aquisiçãopotestativa das acções da Gescartão quea empresa ainda não possui de acordocom o artigo 490 do Código deSociedades Comerciais português.

M E M Ó R I A A N U A L E U R O P A C 2 0 0 6

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Desde Fevereiro de 2007 as acções da Europac são cotadas na Bolsa de Valores Euronext Lisboa.

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Uma das principais preocupações doGrupo Europac sempre foi o desenvolvi-mento sustentável da sua actividade soba premissa fundamental do respeito aoambiente e a sua preservação em todosos âmbitos. A observação estrita dalegislação é, portanto, o melhor parâme-tro de avaliação das suas actuaçõesambientais em função dos produtosfabricados visto que o impacto e asmedidas a desenvolver são diferentesentre os centros de produção de papel,cartão ou embalagens.

Nesta linha, a fábrica de Alcolea de Cincasubmeteu-se à auditoria para o cumpri-mento da Norma UNE EN ISO14001:2004 em matéria de gestãoambiental e aprovou satisfatoriamente.Por sua parte, a fábrica de Dueñas tam-bém renovou a sua certificação daNorma ISO 14000 com igual cumprimen-to rigoroso. Face à entrada em vigor daDirectiva Europeia IPPC (Controlo ePrevenção Integrada da Contaminação)em Outubro de 2007, todas as unidadesindustriais da divisão Papel da Europaccontinuaram a realizar esforços para aadequação à regulação conforme asorientações previstas.

Redução do impacte ambientalJunto da obtenção de certificações parareduzir o impacte ambiental enquadram-se outras medidas relacionadas com aemissão de descargas líquidas. A Europacparticipa no acordo voluntário entre oMinistério do Ambiente e a Aspapel(Associação Espanhola de Pasta, Papel eCartão) sobre descargas de águas resi-duais da indústria de fabrico de pasta,papel e cartão. Este acordo enquadra-sedentro da Lei 16/2002 de prevenção e

controlo integrado da contaminação quefoi subscrito em Madrid no dia 22 deNovembro de 2005, estando totalmenteoperativo no decorrer do ano de 2006.

Neste sentido, a Europac já realizouimportantes investimentos durante osanos de 2003 e 2004 nas Estações deTratamento de Águas Residuais (ETAR)anexas às suas fábricas produtoras depapel das localidades de Dueñas eAlcolea de Cinca, com o fim de diminuiros seus caudais e cargas contaminantesde descargas.

Em Viana, há que assinalar também quefoi adjudicada em 2006 a licença de uma

nova Estação de Tratamento de ÁguasResiduais (ETAR) para o tratamento bioló-gico de descargas líquidas e iniciada asua construção, cuja conclusão está pre-vista para o último trimestre de 2007.

Os investimentos sempre estiveram sem-pre voltados para a procura de tecnolo-gia mais eficiente, a fim de se adequaraos limites de emissão de cargas conta-minantes estabelecidas e que foramdiminuindo significativamente ano apósano (ver quadros anexos). Assim e graçasà instalação de um reactor anaeróbio IC-Biopaq em Dueñas, a Carência Químicade Oxigénio (que mede a contaminaçãoquímica da descarga) passou de um

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O N O S S O C O M P R O M I S S O A M B I E N T A L

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valor de 3,02 kgO2/tonelada de papel em2004 a 2,51 kgO2/tonelada em 2006enquanto os Sólidos em SuspensãoTotais (quantidade de matéria sólidacontida na água) passaram de 1,33kgSS/tonelada de papel a 0,50kgSS/tonelada no mesmo período, valo-res que se encontram muito a baixo doslimites que impõe a legislação em vigor.

Reutilizando a água ediminuição do seu consumoTambém é importante assinalar o trata-mento da água utilizada no processo deprodução e recuperada novamente nafábrica. Em Dueñas, o sistema terciárioinstalado para tratar o efluente da esta-ção de descarga para a sua reutilizaçãopermitiu recuperar um caudal médio de1200 m3/dia que é novamente utilizado.

Com isso, o sistema permitiu que nos trêsúltimos anos a Europac Dueñas Papeltenha passado de uma produção de papelem 2003 de 145.405 toneladas ao ano eum rácio de consumo de água de 17,1 m3por tonelada de papel a uma produção de191.508 toneladas em 2006 com umrácio de consumo de água de 11,6m3/ton. Portanto, conseguiu-se diminuir

os rácios específicos de consumo de águae carga contaminante por tonelada depapel produzida, apesar do importanteaumento da produção de papel.

Também há que salientar o esforço reali-zado no centro de Viana na redução doconsumo de água. 80% da água utilizadana fábrica é reciclada face aos 20% deágua fresca o que demonstra o elevandoíndice de reutilização deste importanterecurso natural.

Quanto à fibra virgem, o Grupo Europac éabastecido de matéria-prima (madeira)que provém de plantações industriais dePortugal e Espanha, e pontualmente, emsituações de desequilíbrio de oferta-pro-cura, importa madeira que provém deplantações industriais do Brasil. Nestesentido, há que salientar que nestes paí-ses ainda não se desenvolveu qualquersistema de certificação da madeira, mas aEuropac começou a promover o sistemade certificação em grupo, e no primeirosemestre de 2007 serão realizadas as pri-meiras auditorias de certificação pelo sis-tema FSC a dois grandes fornecedores demadeira, sendo um deles o primeiro aobter esta certificação em Portugal. Para

além disso, o Grupo Europac junto comoutras empresas associadas, participa nodenominado Centro Pinus -organizaçãopara a promoção do bosque de pinho-,para apoiar a Direcção-Geral de Bosquesno desenvolvimento desta novaCertificação ambiental.

Biomassa para energiaA colocação em funcionamento de umanova central de biomassa em Portugal porparte da Europac, responde à estratégiado grupo em minimizar o seu impacteambiental e procurar métodos alternati-vos de energia para a produção de papele cartão para embalagem. A biomassarepresenta ter uma fonte alternativa esustentável para a obtenção de energiautilizando os resíduos da exploração flo-restal. As três principais vantagens estãona diminuição de emissões de CO2, redu-ção do risco de incêndio bem como avalorização energética dos resíduos.

Com a nova fábrica, a Europac junta-seassim às centrais de biomassa emPortugal as quais existem actualmentenove com capacidade para utilizar bio-massa para energia (8 em co-geração, euma central eléctrica).

Recuperação de papelEm 2006, o grupo Europac adquiriu aempresa MRA. Situada na localidade por-tuguesa de Sintra, dedica-se à actividadede recuperação e venda de resíduosnaquele país (fundamentalmente cartão).Tem uma capacidade de recuperação depapel de 35.000 toneladas/ano, o querepresenta quase 6% do total do país luso(600.000 toneladas/ano) e um potencialpara aumentar a sua capacidade em 50%a médio prazo.

M E M Ó R I A A N U A L E U R O P A C 2 0 0 6

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A Europac aposta pela Biomassa a partir dos resíduos da exploração florestal para a geração deenergia minimizando assim o impacte ambiental.

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O mercado português da recuperação depapel é interessante por este potencialantes mencionado. É composto principal-mente por 9 empresas, uma das quais é aMRA. Mesmo tratando-se de um mercadoexcedentário que exporta aproximada-mente a metade do papel reciclado querecolhe, conta com uma taxa de recolha depapel baixa (de 58,9% face os 64,3% daUnião Europeia). O mercado espanhol é,pelo contrário, deficitário. No entanto, emtermos globais, o mercado ibérico (âmbitogeográfico no qual opera a Europac)encontra-se em equilíbrio.

2 4

Os investimentos realizados pela Europac nos últimos anos em maté-ria de controlo de descargas líquidas através das melhores tecnolo-gias disponíveis entre elas as Estações de Tratamento de ÁguasResiduais, estão a ter um efeito positivo na protecção do ambiente.Desde há vários anos, a Europac, em todas as suas instalações,encontra-se a baixo dos valores limites permitidos expressos em

carga específica (kg carga contaminante/tonelada de papel), tantopara as fábricas de papel reciclado como de fibras virgens. EmEspanha, estes dados são colhidos por acordo assinado entre oMinistério do Ambiente e a ASPAPEL de Novembro de 2005. No refe-rido acordo, no seu Anexo I são estabelecidas as cargas específicasmáximas permitidas.

Evolução das descargas líquidas

0

3,02

1,6

Limite autorizado

2,53

2004

2,51

2005 2006

Europac Dueñas (Palência/Espanha)(Papel reciclado)

Limite autorizado

16,2

13,8

2004

13,6

2005 2006

2,21

0,79

2004

0,57

2005 2006

Europac Alcolea (Huesca/Espanha)2

(Papel reciclado)Europac Viana (Portugal)3

(Papel kraftliner)

1,33

0,53 0,50 0,470,18 0,15

2,41,7 1,4

DQO (kgO2/T)* SST (kgSS/T)**

4

3

23

0,72

2,4

1. Valor limite conforme acordo do Ministério do Ambiente de Espanha com a Aspapel (22/11/2005) para a categoria de Papel de Embalagem a partir de papel recuperado.

2. Valor limite estipulado pela autorização da descarga da Confederação Hidrográfica do Ebro datado de 21 de Abril de 2004.

3. Valor limite estipulado, a partir do dia 9 de Outubro de 2005, pela licença de descarga de líquidos emitida pela Comissão de Coordenação e Desenvolvimento do Norte (CCDRN)dependente do Ministério do Ambiente, Ordenamento do Território e Desenvolvimento Regional de Portugal

* DQO: Demanda Química de Oxigénio. É a quantidade oxigénio consumido em meio sulfúrico e com dicromato de potássio que é necessário para a oxidação da matéria orgânica.

** SST: Sólidos em suspensão Totais. Mede a quantidade de matéria sólida contida na água.

A empresa reduziu o consumo de água em Dueñas em maisde 10% nos últimos três anos ao passo que a sua produçãode papel aumentou 28%.

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A inovação é, ano após ano, um dos valo-res pelos quais a Europac se quer caracte-rizar tanto face à sua actual quanto ápotencial carteira de clientes. Os esforçosem Investigação e Desenvolvimento tive-ram como resultado importantes inovaçõ-es que em 2006 já foram aplicadas aocatálogo de produtos da Europac.

Novo cartão com composto extrusionado para embalagemA constante experimentação e ensaiosrealizados em laboratórios das empresasda Europac com todo o tipo de embala-gens representaram o lançamento em2006 de uma novidade no seu catálogo. AEuropac desenvolveu um novo cartão queincorpora um composto extrusionadopara embalagem.

As necessidades específicas de alguns dosnossos clientes à hora de armazenar etransportar produtos que sofrem proces-sos de expansão, quer pela sua próprianatureza, quer por estarem expostos àmudanças ambientais, fez com que aEuropac desenvolvesse um composto quepermite à embalagem suportar, em todo oseu perímetro, as forças expansivas.

Como consequência desta inovação, é pos-sível aproveitar melhor a capacidade dasembalagens, o que representa poupançasem movimentação, transporte e armaze-namento. Ao mesmo tempo, para os pro-dutos armazenados em câmaras frigorífí-

cas, produz-se também uma poupançaenergética, devido ao aumento de produtopor unidade de armazenamento. Outra dascaracterísticas a ter em conta é a possibi-lidade de uma reutilização da embalagemdevido à sua maior resistência.

Este desenvolvimento tem a sua aplica-ção, entre outros sectores, em:

• Alimentação: produtos a granel quesuportam processos de arrefecimento,produtos cremogenados; produtos quesão armazenados e/ou transportadosem contentores de cartão de grandecapacidade; etc.

• Químico: compostos químicos em for-mato de granulados.

• Logístico: transporte em ambienteshúmidos (camiões frigoríficos; trans-porte marítimo; etc.)

Por outro lado, a partir dos investimentosefectuados na Máquina de Papel MP3 dafábrica de Alcolea de Cinca, a Europacmelhorou a qualidade do seu papel semi-químico, mediante um processo de fabri-co que utiliza uma size-press, maquinariaque impregna de amido o papel, dotando-o de novas características e maior resis-tência. Esta qualidade de papel, denomi-nada Quimipac, está especialmente diri-gida ao sector da agricultura, devido asua resistência à humidade.

Este novo papel para cartão conta comuma aplicação superficial de amido nati-vo. Aplicando o amido consegue-se umamelhoria da resistência, aumento da rigi-dez e uma boa estabilidade dimensional

As novas embalagens de cartão extrusionados desenvolvidas em 2006 permitirão armazenar e transportar produtos que sofrem processos de expansão.

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I N O V A Ç Ã O E Q U A L I D A D E

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do papel. Esta inovação baseia-se nofacto de a estrutura química do amido sermuito semelhante à da celulose. Osobjectivos da aplicação de amidomediante size-press são a melhoria dascaracterísticas de coesão interna ousuperficial, a melhoria do aspecto dopapel, das propriedades especiais dopapel, como uma impregnação de barrei-ra e aumento das propriedades físicaspara a resistência à humidade e à com-pressão (conforme os testes ConcoraMedium Test CMT e Short CompressedTest SCT).

Além disso, no laboratório do centro pro-dutivo situado em Dueñas, desenvolveu-se um estudo e foram realizados ensaiosque permitiram melhorar sensivelmenteas características superficiais dos papéisbrancos fabricados pela MP2.

Em 2006, o grupo prosseguiu com umplano para a separação qualitativa deresíduos que conduza à sua valoriza-ção energética ou material. Nesteâmbito, estudaram-se algumas possi-bilidades de realização de um processoque permita diminuir os resíduos pro-cedentes da matéria-prima, nomeada-mente plásticos.

Controlo de QualidadeA atenção aos controlos de qualidade éuma preocupação constante para podersatisfazer assim as necessidades maisexigentes dos clientes. A Europac tam-bém tem como princípio a estrita obser-vação de normas e recomendações, com ofim de melhorar os seus produtos tantoem Espanha quanto em Portugal, no quediz respeito a esta matéria.

Neste sentido e ao longo de 2006, os cen-tros produtores de Papel do GrupoEuropac, situados nas localidades de

Alcolea e Viana do Castelo, foram subme-tidos às auditorias da Norma EN ISO9000:200 para a certificação do Sistemade Gestão da Qualidade, aprovando-assatisfatoriamente. Igualmente, no casoda fábrica situada em Dueñas, tambémfoi renovada a sua certificação relativa àNorma ISO 9001:2000, que garante ocumprimento rigoroso dos compromissosassumidos por esta norma.

O laboratório da fábrica da Europac Vianatambém foi auditado pelo sistema deGestão de Laboratório conforme a NormaNP EN ISO/IEC 17025:2005 e teve a suacorrespondente acreditação confirmada.A certificação permite garantir aos clien-tes a exactidão dos dados provenientesdas análises realizadas sobre o papelKraftliner e também controlar a qualida-de das descargas para o seu fabrico.

Na divisão de Cartão e dentro do ProjectoExcelência, iniciou-se o processo daQualidade Total, pelo qual o fluxo de infor-mação e de materiais ao longo de todo oprocesso é controlado integralmente.

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Desde a fábrica situada em Alcolea de Cinca, aEuropac melhorou a qualidade do seu papel semi-químico com a impregnação de amido paradotá-lo de maior resistência.

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Nos últimos anos, a Europac tem-se con-figurado como um importante grupo dereferência no sector do cartão paraembalagem, em especial desde a suaentrada em Bolsa, em 1998. Foi um perí-odo de aquisições, fusões, reordenamen-tos societários que teve, entre outros, umponto culminante, com a aquisição daempresa portuguesa Gescartão.Precisamente em 2006, completava-se areferida operação com a OPA lançadapela Europac, com o fim de adquirir oresto do capital que ainda não tinha.

Neste sentido e desde o ponto de vistado capital humano, são muitas e diver-sas as origens e perfis das mais de 1400pessoas que, no encerramento de 2006,faziam parte do quadro de pessoal. Opassado ano pode ser considerado comoum exercício centrado na integração eimportante para todos os seus empre-gados. Durante este ano trabalhou-seno que será o Plano Estratégico doGrupo Europac para o período 2007-2011, e nesta direcção já foram criadas,durante o segundo semestre, algumasactuações.

O novo plano de Recursos Humanos temcomo finalidade trabalhar numa novacultura de grupo, integradora e quefavoreça a coesão de todo o quadro depessoal e o desenvolvimento das pesso-as dentro de um projecto comum.

Nova organização e políticade retribuiçãoUma das principais linhas estratégicas dacompanhia em relação aos seus emprega-dos está dirigida à redefinição da própriaestrutura organizativa. A integração e novacultura de grupo passam por definir eesclarecer os seus níveis, funções e respon-sabilidades, dotando as unidades de umaorganização clara em que todas as pessoasconhecem as suas atribuições, responsabi-lidades e exigências do posto que ocupam.

Em 2006 foram iniciados os trabalhos dedefinição de estrutura organizacional, deidentificação de pessoas e posições-chave, políticas e procedimentos de for-mação, políticas de desenvolvimento oude comunicação interna, que continuarãoa desenvolver-se e finalizarão em 2007.

Esta estrutura, que será realizada pro-gressivamente, deverá ir acompanhada deuma nova política de retribuição compe-titiva e motivadora para as pessoas, cui-dando a equidade entre os diferentesníveis de responsabilidade. Sob esteesquema, o grupo começou a desenvolveracções que propiciem a coesão e a impli-cação de todas as pessoas em torno devalores e objectivos comuns.

Um dos primeiros passos nesta direcçãofoi a decisão de realizar um Plano deacções para empregados. Deste modo, aAssembleia Geral de Accionistas daEuropac, celebrada no dia 5 de Junho de2006, aprovou criar um Plano de Acçõespara Empregados (PAE) e que foi executa-do em Julho do mesmo ano. Este Planotinha como objectivo principal vincular,fidelizar e premiar o compromisso e apermanência dos empregados com oGrupo e orientar a Europac para a criaçãode valor, tanto para o accionista comopara a própria empresa. Para a implanta-ção do PAE, o Grupo emitiu 423.753acções novas, acções ordinárias, e comsupressão do direito de preferência. Os

M E M Ó R I A A N U A L E U R O P A C 2 0 0 6

2 7

R E C U R S O S H U M A N O S : P A R A U M A N O V A C U L T U R A D E G R U P O

O ano de 2006 foi um ano centrado na integração dos 1400 empregados que hoje compõem o grupo Europac

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Em 2006 executou-se um Plano de Acções paraEmpregados (PAE) com um desconto de 25%.

títulos foram subscritos pelos destinatá-rios com um desconto de 25%.

FormaçãoA formação constitui um dos aspectosbásicos na consecução dos objectivos dogrupo, já que favorece não só o desenvol-vimento e a qualificação das pessoas,mas também a sua motivação e o com-promisso com o projecto da empresa.

Os investimentos realizados nos diferen-tes centros para a modernização dosequipamentos também contaram comprogramas de formação específicos paraos empregados, que permitiram igual-mente obter importantes aumentos naprodutividade dos mesmos e chegando,em alguns casos, até 30%.

Entre os programas de formação realiza-dos durante 2006, há que salientar o rea-lizado pelos empregados da fábrica daEuropac situada na localidade de Alcoleade Cinca (Huesca), devido ao investimen-to realizado na Máquina de Papel MP3para a sua reforma e actualização.

As numerosas melhorias técnicas intro-duzidas com os investimentos levados acabo para a reforma da máquina de papelMP3, exigem a adequada formação e

treino do pessoal em todos e cada um dosprocessos afectados. Deste modo, foramhabilitadas várias salas de aula daCâmara Municipal da localidade deAlcolea de Cinca onde diariamente o pes-soal da Europac implicado recebeu a for-mação necessária para trabalhar com anova máquina.

Segurança no trabalhoPor último, é na prevenção de riscosprofissionais onde também se trabalhapara desenvolver uma cultura corporati-va preventiva, que alcance a todos ossectores do grupo, conforme a próprialegislação em vigor.

A Europac está a desenvolver inovadorase eficazes estratégias com o fim deaumentar a segurança da sua força detrabalho, nomeadamente nas áreasindustriais. Em 2006, habitualmente,executaram-se auditorias sobre a segu-rança, tanto nas unidades de fabrico depapel e cartão como nas fábricas deembalagem. Estas também foram com-plementadas com jornadas de formaçãoespecíficas e práticas de simulação deprevenção e de situações de emergência.

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A rentabilidade é um dos pilares nosquais se sustenta a estratégia da com-panhia, com o fim de agregar valor aosseus accionistas e potenciais investidores.Neste sentido, no ano de 2006 prossegui-se com o aumento dos índices de cresci-mento bolsista em todos os seus parâme-tros. O preço das acções da Europac ence-rrou em 31 de Dezembro em 7,50 eurosface aos 5,95 euros do exercício anterior.Esta revalorização de 26% representauma importante subida no percurso dasacções, que se situavam, em 2002, em2,32 euros, apenas há cinco anos.

Outro dos parâmetros de melhoria foi aliquidez dos títulos, cujo volume médiodiário negociado em 2006 foi de 151.058,face aos 121.731 do ano anterior, com24% de aumento. Também a rotação foifavorecida, passando dos 20,02 mesespara os 16,41 meses em 31 de Dezembro.Por outro lado, a capitalização bolsista foide 396,6 milhões de euros.

Como estava a ocorrer nos últimos exer-cícios, e apesar da sua revalorização,regista uma trajectória em alta com umaumento do preço objectivo das acçõespor parte do mercado. Neste sentido, aEuropac também se reforçou significati-vamente em toda a actividade de rela-ção com os investidores, o que permitiuobter uma maior exposição da empresano mercado espanhol, bem como ummelhor conhecimento em termos quali-tativos. A fluidez e a transparência sãoestabelecidos como os principais objec-tivos nesta área.

Actualmente existem 12 sociedades deBolsa, com os seus respectivos analistas,que acompanham o valor das acções. Em31 de Dezembro, a Europac era seguida

por Ibersecurities, Inverseguros, Renta 4,Ahorro Coporación Financiera, Fortis,Fidentis, Caja Madrid Bolsa, DeutscheBank, Banco Santander, Link, BanestoBolsa e Banco Espírito Santo. Desde a suaentrada em Bolsa ,em 1998, já foramemitidos até 46 relatórios da companhia,dos quais 43 foram com a recomendaçãode comprar.

Também dentro desta linha de relação einformação com o mercado, a Papeles yCartones de Europa, SA participou no mêsde Março no “South Europe, MidcapEvent”, celebrado em Paris. Um evento quese estabeleceu como um ponto de encon-tro entre investidores institucionais e osprincipais directores de pequenas e médiasempresas europeias cotadas em bolsa.

OPA sobre a GescartãoMas sem dúvida alguma, um dos factosrelevantes do ponto de vista dos mercadosde valores, em 2006, foi o lançamento porparte da Europac de uma Oferta Pública deAquisição por troca de acções sobre o capi-tal da Gescartão, que ainda não era con-trolado. Esta oferta dirigiu-se a 3.051.644acções, que representam 15,3% do capital.

A contrapartida oferecida consistiu emacções representativas do capital socialda Europac, das quais se atribuíaram 3,5acções por cada uma da Gescartão. Paraos efeitos de cálculo da equação detroca foram tomados como referência opreço médio ponderado de cotação dasacções da Europac nas últimas 60 ses-sões bolsitas anteriores a 31 deOutubro. O preço médio ponderadoatingiu os 6,13 euros por acção, o queequivalia a dizer que a oferta situava ovalor em 21,46 euros por cada acção daGescartão, com a vantagem adicionalque representava a maior liquidez nomercado dos títulos da Europac sobre osda Gescartão.

Esta OPA é, sem dúvida alguma, decisivapara a companhia em termos de lucro poracção, isto é, acrescenta valor aos seusaccionistas, opinião que é partilhada pordiversos analistas em relatórios emitidossobre a Europac. Para além disso, terá umefeito positivo no Lucro LíquidoAtribuível, a partir de 2007, devido àdiminuição da percentagem de jurosminoritários produzida após o resultadoda mesma.

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E U R O P A C N A B O L S A .R E L A Ç Ã O C O M A C C I O N I S T A S E I N V E S T I D O R E S

Em 2006, a equipa directiva da Europac realizou 51 reuniões e apresentações aos investidores multinacionais nas principais praças e forúns europeus. O escritório de atendimento aos accionistas respondeu a179 pedidos de informação através dos diversos canaisactualmente existentes.

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Dados gerais sobre Europac em bolsa

2006 2005 2004 2003 2002

Dados do Capital

N° Acções 52.876.366 52.452.613 38.734.238 35.754.682 35.754.682

Valor Nominal (em euros) 2 2 2 2 2

Capital Social (em milhares de euros) 105.753 104.905 77.468 71.509 66.009

Património Líquido1 (em milhares de euros) 231.608 222.048 170.448 166.738 132.195

Dados por Acção em euros

Lucro depois de Impostos 0,21 0,10 0,24 0,31 0,38

Cotação Bolsista 7,50 5,95 3,64 3,24 2,77

Cotização Bolsista Ajustada (*) 7,50 5,95 3,21 2,64 2,26

Valor Teórico Contabilístico 4,38 4,23 4,40 4,66 3,70

Dados sobre Contratação

CapitalizaçãoBolsista (em milhares de euros) 396.573 312.093 140.993 115.845 99.040

Frequência de Cotação 100 100 100 100 100

Valor efectivocontratado (em milhares de euros) 238.127 151.308 68.448 79.407 40.712

Volume médio diário (em nº/títulos) 151.058 121.731 77.631 73.115 (***) 54.850

Rotação** 16,41 20,02 23,39 22,92 30,56

Rácios Bolsistas

PER 35,90 58,18 15,00 10,40 7,29

Valor cotação/Valor teórico contabilístico 1,64 1,40 0,83 0,69 0,69

Free Float 44% 44% 44% 52% 33%

Rentabilidade com cupão bruto2 29% 83% 23% 16% 25%

1 Fundos Próprios + Juros Minoritários + Diferença Negativa de Consolidação + Receitas a distribuir em vários exercícios - Acções Próprias. No caso de NIIF equivale a Património Líquido.

2 Fonte Fininfo.

* Aumentos de capital liberados em 2004 (1x12), 2005 (1x12) e também em 2005 realizou-se um aumento de capital de 1x4 com preço de emissão 3,4 ¤. Seguidamente, mostram-se os coeficientes a serem aplicados em cada caso: Ano 2004 (1 x 12) - 0,9231; Ano 2005 (1 x 4) - 0,9556; Ano 2005 (1 x 12) - 0,9231.

** Em meses

*** Sem considerar a distorção provocada pela saída de um accionista relevante (Rengo, Co Ltd. vende a sua participação no capital de 19% neste exercício).

A Europac conta com diversas vias de comunicaçãocom Investidores e Accionistas• Escritório de Atendimento ao Accionista: Tel. 91 490 21 60• Internet: www.europac.es (Mailing List através do seu site)• Correio electrónico: [email protected]

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O mercado de embalagens e acondiciona-mentos na Europa está a ser dominadopelo consumo de cartão ondulado, com60% da quota de mercado, seguido peloplástico (17%), madeira (15%) e outrosmateriais, em 8%. No entanto, emEspanha, esta distribuição ainda é de34% para o consumo de cartão ondulado,31% para o plástico e de 35% para outrasmatérias incluindo a madeira.

As suas vantagens continuam a serobservadas por todas as indústrias eramos de actividade ao ser um material100% reciclável, imprimível em todas assuas superfícies e biodegradável. A taxade recolha de papel para a sua reutiliza-ção aumentou nos últimos anos tanto emEspanha como em Portugal, principaismercados da Europac. Esta taxa mede aproporção de papel recuperado para a suareciclagem em relação ao consumo totalde papel. Assim, e de acordo com as últi-mas estatísticas, em Espanha situa-se jáem 60% e em Portugal em 50,4% faceaos 65,12% da média na União Europeia.

A produção de papel para cartão ondula-do na Europa situou-se em 24,6 milhõesde toneladas, mais 4,4% do que no exer-cício de 2005, conforme os dados daAssociação Europeia de Produtores dePapel (CEPI Confederation of EuropeanPaper Industries).

Por outro lado, e conforme os dados daAssociação de Fabricantes de CartãoOndulado (AFCO), a produção de cartãoondulado em Espanha aumentou 3,84%em 2006, até aos 4,6 milhões de metrosquadrados.

A actividade neste sector recuperou-seem diferentes zonas da Europa, com uma

tendência favorável para a exportação emelhor disponibilidade de papel recupe-rado, conforme a Associação Europeia deFabricantes de Cartão Ondulado(Groupement Ondulé).

Por outro lado, as perspectivas anuncia-das pela Groupement Ondulé para Europasão favoráveis, na medida em que há umaumento da actividade e bom equilíbrioentre a oferta e a procura. É nos custosenergéticos onde ainda não se observamreduções, devido às exigências ambien-tais de diferentes directivas europeias ede direitos de emissão de CO2.

No entanto, e para ir diminuindo os cus-tos energéticos, nota-se cada vez mais odesenvolvimento de projectos de geraçãode energia eléctrica procedente da bio-massa, em regiões de elevada produçãoflorestal, para a indústria do papel e car-tão para embalagem. Desta forma, ageração eléctrica também contribuirápara o desenvolvimento sustentável eordenado dos recursos florestais, bemcomo para oferecer alternativas de pro-gresso ao meio rural.

Relativamente à superfície florestal, aEspanha é, junto com a China e oVietname, o país do mundo onde maiscresceu a massa de bosques entre 1990 e2005, de acordo com um estudo interna-cional dirigido pelo cientista norte-ame-ricano Jesse H. Ausubel e publicado pelarevista Proceedings of the NationalAcademy of Sciences. De acordo com esteestudo, e apesar das aparências de deflo-restação, a Espanha é o país europeuonde os bosques mais crescem, tanto emtermos de extensão como de densidade. Oestudo, realizado em 50 países, mostraque em Espanha e na Ucrânia é onde asreservas de crescimento aumentaram deforma mais rápida. Concretamente, a áreaarborizada no nosso território aumentou2% ao ano, ao passo que a densidadecresceu 1% entre 1990 e 2005.

No que diz respeito à política de preçosem 2006, o bom comportamento da pro-cura foi um dos factores principais quepermitiu um aumento no preço do papelkraftliner (fibra virgem) e, também, nasegunda metade do ano, do do papel reci-clado e do cartão.

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E U R O P A C N O S E C T O R

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Desde a Europac e das suas diversasempresas em Espanha e Portugal, trata-mos também de complementar a nossaactividade industrial e comercial comapoios a projectos sociais gerados pelasdiferentes comunidades onde estamospresentes.

A nossa linha de actuação e de colabora-ção tem sido constante no âmbito daacção social, da educação e da sensibili-zação ambiental. Desde a Europac tam-bém estamos a reforçar outros projectosque visam o resgate do património ou daidentidade ambiental.

Colaboração com a FundaçãoInternacional O´BelénCom esta filosofia de actuação, um anomais, a Europac colaborou em Espanhacom a Fundação Internacional O´Beléndurante a época natalina doando Eurokitsde embalagem, destinados ao transportede um milhão de brinquedos recolhidospara as crianças mais necessitadas. Se em2005 foi Guatemala, durante a campanhade 2006 o país destinatário dos brinque-dos foi El Salvador. Estas modernasembalagens uma vez mais cumpriram

com o seu objectivo inicial de transportebrinquedos, ficaram no país de destinopara que possam ser reutilizadas notransporte de mercadorias.

As centenas de milhar de brinquedos foramrecolhidos pela Fundação InternacionalO´Belén dentro da campanha “Deixas-mejogar?” e essencialmente na cidade deMadrid. Os trabalhadores da Europac tam-bém colaboraram através de uma amplacampanha interna com as suas contribuiçõ-es de brinquedos fazendo as suas doaçõesnos pontos de recolha destinados para talefeito durante quase um mês.

Há que salientar que como complementodestas campanhas, a Europac realizou duasexposições de fotografia ao longo do ano

nas suas instalações da localidade palenti-na de Dueñas e na sede da companhia emMadrid com o objectivo de mostrar e sen-sibilizar aos seus empregados, provedores eclientes sobre o estado em que ficou aGuatemala depois da passagem do FuracãoStan em 2005, e para cuja populaçãoinfantil foram destinados os brinquedosrecolhidos na anterior edição de “Deixas-me jogar?”. As fotografias expostas reflec-tiam a vida quotidiana em Guatemaladepois da passagem do Stan, que assolou opaís centro-americano e deixou detrás de sicerca de 200.000 órfãos.

Esta Fundação Internacional (www.obe-len.org) é uma instituição benéfica decarácter assistencial no âmbito do menore da sua família que tem por objecto aatenção às crianças, aos adolescentes eàs suas famílias que se encontrem emsituações de risco social.

Com o património históricoO Projecto de escavação e conservação doconjunto arqueológico de “La Codera” nalocalidade do Valle del Cinca (Huesca)continua a ser uma das linhas de colabo-ração social da Europac. Ao longo de2006, graças à contribuição da empresa ede outras instituições e entidades, os tra-balhos conseguiram a recuperação da rualongitudinal do povoado da Idade doFerro e a descarga da cisterna descobertaem 2005. Ao mesmo tempo prosseguiu-se

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O S N O S S O S P R O J E C T O S P A R AC O M A S O C I E D A D E

O Grupo colabora com a Universidade de Valladolid e oInstituto Politécnico de Viana do Castelo através deplanos de estágios nas suas instalações.

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com os trabalhos de restauração e conso-lidação das estruturas em estado maisprecário. A cisterna, é, sem dúvida algu-ma, um dos restos mais importantes con-servados, é formada por um talude depedras de tamanho médio que se apoiamsobre o estrato de calcário natural.

Os restos materiais recuperados sãoabundantes e estão em processo de estu-do. Correspondem à cerâmicas e restosdos animais consumidos pelos habitantesdo povoado, cujo posterior estudo permi-tirá conhecer melhor a fauna da época.

Com a formação e a educação ambientalTambém é especialmente relevante aimportância que o grupo Europac conce-de à consciencialização sobre o respeitoambiental. Com esta perspectiva, as suasempresas continuam a fomentar visitas

às suas instalações de diversos colectivoscom o fim de conhecer o processo derecuperação de papel e a sua posteriorreciclagem beneficiando, deste modo, onosso meio ambiente. A Europac mostraassim a sustentibilidade do sector e doseu próprio ciclo produtivo, desde a com-pra de papel recuperado ou da madeiraindustrial renovável até a produção decaixas e novas embalagens.

Tanto em Espanha quanto em Portugalforam contabilizados mais de 600 visi-tantes às suas principais unidades defabrico procedentes de colégios, escolas,universidades bem como de colectivos deconsumidores e utilizadores.

Esta preocupação ambiental ficoupatente em 2006 com a assinatura deum acordo de cooperação com a CâmaraMunicipal de Viana do Castelo no pro-jecto de reflorestação do Monte deSanta Luzia.

Já no âmbito educativo, há que salientara renovação das convenções de colabora-ção tanto com a Universidade deValladolid em Espanha quanto com asduas Escolas de Secundária e o InstitutoPolitécnico de Viana do Castelo emPortugal. Através destas parcerias, aempresa acolheu um plano de bolsas paraa realização de estágios remuneradospara estudantes de nível secundário euniversitário em diversas áreas do pro-cesso de fabrico.

Ao redor da localidade de Viana doCastelo, também se manteve a sua linhade apadrinhar novas escolas de ensinopré-escolar e primária com o apoio doCentro Dramático do Teatro Noroeste damesma localidade.

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Tanto em Espanha como em Portugal contabilizaram-se maisde 600 visitantes às suas principais unidades de fabrico pro-cedentes de colégios, escolas, universidades bem como decolectivos de consumidores e utilizadores.

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Os produtos das diferentes empresas doGrupo Europac abrangem toda a linha dosector da embalagem de cartão ondulado.Elaboramos papel para produzir pranchasde cartão a partir de matérias-primasrecicladas e virgens, bem como cartãoondulado com o qual fabricamos asembalagens que os nossos clientes neces-sitam para proteger os seus produtos.

PapelNo segmento de Papel, isto é, o compo-nente principal para poder realizar depoiso cartão ondulado, a Europac fabrica doistipos bem diferenciados:

Lados: são os papéis cobertos do cartão elisos intermédios. Podem ser de fibra vir-gem ou reciclada e, por sua vez, branco ecastanhos.

Ondulados: são os papéis usados para aformação das ondas. Podem ser tambémde fibra virgem ou reciclada.

A Europac opera actualmente com trêsfábricas de papel para cartão ondulado.Em Espanha uma delas está localizada emDueñas (Palência), na qual existem duaslinhas de produção MP1 e MP2. A outraencontra-se em Alcolea del Cinca(Huesca) e conta com uma linha de fabri-co MP3. Em Portugal, a Europac contacom a Portucel Viana, único fabricante depapel para cartão à base de fibras virgens(kraftliner) da Península Ibérica.

A Europac comercializa os produtos stan-dard que se mostram no quadro emanexo, com especificações técnicasgarantidas e as qualidades dentro daclassificação da Groupement Ondulé.Entre as especificações dos nossos produ-tos são de salientar a garantia de porosi-

dade adequada e de estabilidade da cor,tanto em papéis branco como castanhos.

CartãoOs tipos de cartões ondulados fabricadossão numerosos, pois dependem da com-binação do número de papéis 2, 3, 5 ou7. (lado simples, simples, duplo-duplo etriplo), da qualidade do papel, da grama-gem e do tipo de onda (onda B, onda C eonda E).

O cartão ondulado é o material resultantede unir três ou mais papéis entre si, colan-do sempre um previamente ondulado entredois lisos. Obtém-se assim um material

leve e resistente, de baixo custo, de fácillogística e produção industrial, que o tornaidóneo para a produção de embalagens.

A grande diversidade existente de tipos decartão estrutura-se em função de combi-nações de três factores:

Número de papéis utilizados: podem serutilizados 3 (cartão simples), 5 (cartãoduplo) e até 7 papéis (cartão triplo). AEuropac cobre toda a gama.

Tipos de ondas ou canais utilizados:trata-se da especificação da altura e pas-sagem das ondas utilizadas para construir

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G U I A D E R E F E R Ê N C I AD E S O L U C Õ E S EP R O D U T O S E U R O P A

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o cartão. Podem ser utilizadas combina-ções dos tipos de canais simples A, B, C, Ee F. A Europac cobre toda a gama.

Tipos ou classes de papéis utilizados:uma ampla gama de papéis de fibra reci-clada (test-liners) ou de fibra virgem(kraftliners), podem ser utilizadas para oslados lisos do cartão, podendo tambémvariar quanto à sua coloração. Na forma-ção da onda também podem ser utilizadospapéis de fibra reciclada ou virgem. AEuropac cobre com o seu fabrico de papela mais ampla gama de papéis reciclados.

Os centros de fabrico da Europac estãopreparados para satisfazer a mais amplagama de cartões requeridos pelos nos-sos clientes. A estabilidade das maté-rias-primas e o controlo da qualidadepermite oferecer uma gama standardque cobre ao máximo com as suas espe-cificações técnicas, as exigências daembalagem actual.

EmbalagensFabricamos caixas desde as nossas ori-gens (há mais de 100 anos). Agora somosum grupo que abrange todos os processosdo sector. As nossas plantas de produçãopermitem fabricar a gama de produtosdesenvolvida no manual da FEFCO(Federação Europeia de Fabricantes deCartão Ondulado).

A Europac produz uma ampla gama deembalagens atendendo sempre às máxi-mas expectativas dos nossos clientesquanto a:

Impressão: as nossas unidades impresso-ras, junto com uma correcta escolha dotipo de tinta e do material flexográfico,permitem obter uma impressão de altaqualidade em policromias.

Controlo da Qualidade: implantámosSistemas Integrais de Qualidade em todosos nossos processos produtivos permitin-do oferecer aos nossos clientes um con-trolo sobre os produtos fornecidos.

I+D para estudar o produto que deve serembalado tendo em conta o peso do pro-duto, a quantidade de unidades por caixa,a optimização de medidas para o acondi-cionamento em paletes e transporte, etc.

Serviço e Flexibilidade: a integração nasDivisões de Papel, Cartão e Caixas permi-te oferecer o serviço mais exigente reque-rido pelos nossos clientes e uma garantiade fornecimento.

O controlo dos processos de Produção eLogística da Europac está preparado paraum sistema just in time, uma entregaurgente em 24 horas ou um stock desegurança concertado.

A Europac conta com uma ampla e variada gama de papel,cartão e embalagens para cobrir as necessidades de

todo o tipo de empresas e indústrias

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Guia de Produtos e soluções da Europac da Divisão Papel*

Produtos

Kraftliners

Testliners blancos

Testliners castanhos

Papéis para ondular

Tipos

Portoliner

TB-Pac(Teste liner branco A)

Blanpac Encolado(Teste liner branco Bcolado)

Blanpac Castilla(Teste liner branco C)

Linerpac(Teste liner 2)

Interpac(Teste liner 4)

Quimipac

Descrição

Portoliner é a designaçãocomercial do Kraftliner, papelcastanho à base de fibra vir-gem, fabricado em Viana e des-tinado à indústria da embala-gem e cartão.

Teste branco com uma camadasuperior branca de excelentequalidade e colada. Lado infe-rior castanho.

Biclase blanco de gran calidad.Cara superior blanca y encola-da. Cara inferior marrón.

Biclasse branco de característi-cas algo inferiores ao BlanpacColado, como este é fabricadocolado com o mesmo Cobb 60C.S.

Liner de grande resistência elados castanhos e com a cama-da superior colada.

Liner castanho na linha quepede o mercado quanto àscaracterísticas e limpeza.

Papel semi-químico de fibrareciclada de altas característi-cas para a formação do ondula-do.

Características

Resistência a ser comprimido,rigidez, comportamento ematmosfera húmida e acabamentosuperficial (Disponível em 115,125, 140, 170, 186, 200, 225,250, 275, 300 g.)

Papel de grande resistência comexcelente imprimabilidade devi-do à sua colagem, brancura, lim-peza e perfeita absorção de tinta(Disponível em 125, 140, 150,175 g.)

Papel com um excelente com-portamento nas onduladotas emuito boas características deimpressão (Disponível em 125,140 g.)

Menor grau de brancura que oBlanpac Colado mas com omesmo e excelente comporta-mento em onduladota e boaqualidade de impressão(Disponível em 125, 140 g.)

Papel idóneo para embalagensque requeiram boas característi-cas de resistência e excelenteimpressão em castanho(Disponível em 130, 160, 175 g.)

Como o resto dos papéis apre-senta um perfeito comportamen-to na onduladota e excelenterelação qualidade-preço(Disponível em 105, 120, 160 g.)

Mantém as suas característicasem ambientes húmidos, semdesprezar as suas qualidadespara a colagem das onduladotas(Disponível em 130, 150, 160,175, 200 g.)

Mercado

Agrícola e alimentos frescos.

Agrícola e mercado industrialde alta qualidade.

Industrial, inclusive em câma-ras frigoríficas devido à cola-gem da sua camada superior.

Mesmo mercado que oBlanpac colado, mas inferiorrequerimento técnico.

Agrícolas e alimentação arma-zenados em câmaras frigorífi-cas ou ambientes húmidos.

Para todo o tipo de aplicaçãoindustrial com um grandeacabamento e resistência.

Mercado industrial e agrícolaque requeira elevadas presta-ções e que precise entrar emcontacto com ambienteshúmidos.

* Todas as qualidades fabricadas estão dentro da classificação da Groupement Ondulé.

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RELATÓRIO ANUAL DEGOVERNO CORPORATIVOEUROPAC 2006

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A Europac prosseguindo a sua política de transparência informativa e em cumprimento com as medidasestabelecidas em matéria de bom governo apresentou, perante a Comissão Nacional do Mercado deValores (CNMV), o Relatório Anual de Governo Corporativo (RAGC) relativo ao exercício de 2006, deacordo com o modelo de relatório para as sociedades anónimas cotadas aprovado pela CNMV.

Como modo de síntese, a Europac apresenta neste RAGC 2006 as principais referências ao Relatório refe-rente à Assembleia, ao Conselho, às suas Comissões e ao seu funcionamento no que se refere às diversasnormas para o bom governo da sociedade.

A versão Integral do RAGC junto com os regulamentos, estatutos, informação sobre a Assembleia Geralde Accionistas, o Conselho de Administração e as suas Comissões e demais documentação está actualiza-da e à disposição dos accionistas, investidores e público em geral no site www.europac.es. O RAGC 2006também será apresentado, como é tradicional, perante a Assembleia Geral Ordinária da sociedade.

Estrutura da PropriedadeData Capital social (euros) Número de acções31/12/2006 105.752.732,00 52.876.366

Neste capítulo há que salientar que, em 31 de Dezembro de 2006, a EUROPAC tinha um capital de105.752.732,00 euros representados por 52.876.366 acções ordinárias com o valor nominal de 2 euroscada uma. Relacionam-se os membros do conselho de administração da sociedade que possuem acçõesda sociedade. Noutra ordem de coisas, a Assembleia Geral de accionistas da Europac datada de 5 de Junhode 2006, autorizou ao Conselho de Administração para a aquisição de acções próprias por parte da pró-pria sociedade e/ou por parte das suas sociedades dominadas.

Estrutura da Administração da SociedadeO Conselho de Administração da Sociedade encontrava-se composto em 31 de Dezembro de 2006 pelosseguintes: CORPORACION OUDALOI, S.A. representada pelo Sr. José Miguel Isidro Rincón (administradorinterno executivo), o Sr. Enrique Isidro Rincón (administrador interno executivo), a TRES AZUL, S.L. repre-sentada pelo Sr. Fernando Padrón Estarriol (administrador interno executivo), o Sr. Juan Jordano Pérez(administrador externo), o Sr.Vicente Guilarte Gutierrez (administrador externo independente), o Sr. JorgeRequejo Liberal (administrador externo independente), a Compañía Andaluza de Rentas e Inversiones, S.A.(CARISA) representada pelo Sr. José María Ramirez Loma (administrador externo dominical), a ZocoInversiones, S.L. (ZOCO) representada pelo Sr. Victoriano López – Pinto (administrador externo domini-cal) e o. Ángel Fernández González (administrador externo dominical).

O. Enrique Isidro Rincón exerce as funções de Administrador Delegado, a quem foram delegados, entreoutros, os seguintes poderes:

• Representar a Sociedade perante o Estado, Província ou Município, Comunidades Autónomas e Entidadese particulares de toda ordem.

• Outorgar actos e negócios jurídicos, unilaterais e bilaterais,• Praticar separações, agrupamentos e divisões de propriedades.• Participar na Constituição de outras Sociedades ou adquirir acções ou participações das já constituídas

e aceitar cargos nelas. Representar a Sociedade naquelas outras Sociedades das quais a mandante seja administradora única, actuando e detendo o cargo a seu nome.

• Nomear e separar o pessoal.• Transacções bancárias e financeiras.• Exercer todas as acções, excepções e recursos, perante os Tribunais e Administrações.

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Por outro lado, o Regulamento do Conselho aprovado no dia 6 de Maio de 2004, foi alterado peloConselho de Administração de 30.03.2006 (Art. 14°.5, 20°, 21°.4, 22°, 23°.2, 25°.1 e 3. 26° e 27°.3) com oobjectivo de adaptá-lo às alterações introduzidas pelo Real Decreto de Abuso de Mercado.

Ao longo de 2006, o Conselho de Administração reuniu-se em 10 ocasiões com a assistência em todas elasdo Presidente do referido órgão.Também as diferentes Comissões do Conselho mantiveram reuniões aolongo do ano: Comissão Executiva ou Delegada 26, Comissão de Auditoria 6, Comissão de Nomeações eRetribuições 7.

Para evitar que as contas individuais e consolidadas elaboradas pelo Conselho de Administração sejamapresentadas na Assembleia Geral com ressalvas no parecer dos auditores, as contas são revistas pelos ser-viços do Grupo, bem como pelo Comité de Auditoria, órgão especializado nesta função. Este Comité servede meio de comunicação ordinária com o auditor externo.

Além disso, o Comité de Auditoria celebra contactos periódicos com o Auditor de Contas, que permitedetectar e estudar com antecedência a possível existência de diferenças de critério.

A relação com o auditor externo também cumpre com os requisitos de independência recolhidos na Lei44/2002, de 22 de Novembro, de Medidas de Reforma do Sistema Financeiro.

Os honorários pelas auditorias realizadas pelo Auditor pelos serviços de auditoria prestados a estaSociedade e o seu consolidado no exercício de 2006 foram de 35.616 euros e de 22.430 Euros por outrostrabalhos para a EUROPAC e outras empresas do Grupo.

O Regulamento Interno de Conduta que entrou em vigor no dia 19 de Junho de 2004 foi alterado peloConselho de Administração de 30.03.2006 com a finalidade principal de adaptá-lo às novidades do RealDecreto de Abuso de Mercado.

Também há que salientar que a sociedade não tem noticias de participações dos membros do Conselhode administração da sociedade no capital de entidades que tenham o mesmo, análogo ou complementargénero de actividade do qual constitua o objecto social.

Comissões do Conselho de Administração

As comissões constituídas pelo Conselho de Administração da Europac e pelos seus membros são as seguintes:

COMISSÃO EXECUTIVA OU DELEGADA

Nome CargoCorporación Oudaloi, S.A. PresidenteEnrique Isidro Rincón VogalTRES AZUL, S.L. VogalSol Fdez-Rañada Lopez-Doriga Secretária não-administradora

COMITÉ DE AUDITORIA

Nome CargoVicente Guilarte Gutierrez PresidenteJuan Jordano Pérez VogalJorge Requejo Liberal VogalFernando Aranguren Gonzalez-Tarrio Secretário não-administrador

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COMISSÃO DE NOMEAÇÕES E RETRIBUÇÕES

Nome CargoJorge Requejo Liberal PresidenteJuan Jordano Pérez VogalVicente Guilarte Gutierrez VogalFernando Aranguren Gonzalez-Tarrio. Secretário não-administrador

O Regulamento do Conselho de Administração regula, entre outros, a organização e o funcionamento daComissão de Auditoria, Executiva e de nomeações e retribuições.

Operações vinculadasAs operações relevantes que representaram uma transferência de recursos ou obrigações entre a socie-dade ou administradores, alta direcção, accionistas significativos e entidades de seu grupo, foram declaradascom os resultados provisórios relativos ao primeiro e segundo trimestre do exercício de 2006.Verifica-sea relação das referidas operações no RAGC.

Sistemas de Controlo de riscosA gestão do risco é um dos eixos da estratégia do Grupo Europac para gerar valor de forma susten-tável, através da sua integração na estratégia e objectivos e fomentando a cultura do risco ao longodo grupo.

A política geral de gestão de riscos baseia-se no princípio da capacidade executiva departamental supor-tada no conhecimento e proximidade à sua área de gestão, nas decisões colegiadas que garantem o con-traste de visões e opiniões e na busca de um perfil de risco médio-baixo.

Os riscos cobertos pelo sistema e a justificação da sua adequação são:

1.- Risco de Mercado2.- Risco Ambiental3.- Risco Operativo4.- Risco de Crédito

O Comité de Direcção da Sociedade, órgão formado pelos responsáveis de diversos departamentos e divi-sões da EUROPAC, é o encarregado de estabelecer e supervisionar estes dispositivos de controlo.

O Comité de Direcção debate cada caso concreto que tenha relevância, tomando as medidas de contin-gência procedentes e assumindo funções de controlo do assunto.

Assembleia GeralA convocação da Assembleia Geral é feita com um mês de antecedência, tempo suficiente para permitirque os accionistas possam pedir e obter informação complementar em relação aos pontos da ordem dodia ou enviar instruções de voto.

Além disso, a Área de Accionistas oferece um serviço de atenção personalizado aos accionistas daSociedade, aquando da convocação de uma Assembleia Geral, para esclarecer todas as suas dúvidas e aten-der os seus pedidos.

O Regulamento da Assembleia Geral de Sociedades aprovado na Assembleia Geral Ordinária do dia 9 deJunho de 2004 foi alterado na Assembleia Geral do dia 5 de Junho de 2006.

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Grau de acompanhamento das recomendações de Governo CorporativoTal e como recolhe expressamente o Regulamento do Conselho, o órgão de Administração tem assumi-do, como núcleo da sua missão, a função geral de supervisão. O Conselho delegou a gestão ordinária daSociedade nos Administradores executivos e na alta direcção da Sociedade.

A política é reflectida nos Artigos 5° e 6° do Regulamento do Conselho de Administração; este órgão cen-trou a sua actividade na supervisão e assumiu a este respeito, entre outras, com carácter indelegável as fun-ções para o acompanhamento das recomendações do Governo Corporativo.

Outras informações de interesseO Conselho de Administração da EUROPAC conta, actualmente, com uma ampla maioria deAdministradores Externos (66%).

O Conselho de Administração da EUROPAC encontrava-se composto em 31.12.2006 por 9 membrospelo que tem um funcionamento altamente eficaz e participativo. Além disso, os Estatutos da Sociedaderecolhem a recomendação do Relatório Olivencia estabelecendo como número máximo e mínimo deadministradores, 5 e 15.

Não se observaram reservas ou ressalvas nas contas anuais verificadas, individuais ou consolidadas, do exer-cício de 2006.

O Relatório Anual de Governo Corporativo do exercício de 2006 foi aprovado pelo Conselho deAdministração da sociedade, na sua reunião datada de 30 de Março de 2007, por unanimidade.

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RELATORIO DOS AUDITORESE CONTAS ANUAISCONSOLIDADAS2006

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TRADUÇÃO

RELATORIO DOS AUDITORES DE CONTAS ANUAIS CONSOLIDADAS DO GRUPOPAPELES Y CARTONES DE EUROPA, S.A.

Para os Accionistas da SociedadePAPELES Y CARTONES DE EUROPA, S.A.

1. Verificámos as contas anuais consolidadas da PAPELES Y CARTONES DE EUROPA, S.A.e sociedades dependentes que abrangem o balanço de patrimonial consolidado em 31 deDezembro de 2006, a conta de lucros e perdas consolidada, o estado de fluxos de caixaconsolidado, o estado de mudanças na situação líquida consolidada e as notas explicativas dascontas anuais consolidadas relativas ao exercício anual encerrado na referida data, cujaelaboração é da responsabilidade dos administradores da sociedade dominante. A nossaresponsabilidade é emitir uma opinião sobre contas anuais consolidadas em seu conjunto, opiniãoessa que se baseia no trabalho realizado de acordo com normas de auditoria geralmente aceitesem Espanha, que requerem o exame, mediante a realização de testes selectivos, da evidênciajustificativa das contas anuais consolidadas e a avaliação da sua apresentação, dos princípioscontabilísticos aplicados e das estimativas realizadas.

2. As contas anuais consolidadas anexas do exercício de 2006 foram elaboradas aplicando asNormas Internacionais de Informação Financeira adoptadas pela União Europeia (NIIF-UE),que requerem, com carácter geral, que as demonstrações financeiras apresentem informaçãocomparativa. Neste sentido, e de acordo com a legislação comercial, os administradores dasociedade dominante apresentam, para efeitos comparativos, com cada uma das partidas dobalanço patrimonial consolidado, da conta de lucros e perdas consolidada, do estado de fluxos decaixa consolidado, do estado de mudanças na situação líquida consolidada e das notasexplicativas das contas anuais consolidadas, para além dos valores consolidados do exercício de2006. A nossa opinião faz referência exclusivamente às contas anuais consolidadas do exercíciode 2006. No dia 20 de Abril de 2006, emitimos o nosso parecer dos auditores acerca das contasanuais consolidadas do exercício de 2005, elaboradas conforme as Normas Internacionais deInformação Financeira adoptadas pela União Europeia (NIIF-UE), no qual expressámos umaopinião favorável.

3. Na nossa opinião, as contas anuais consolidadas do ano de 2006 expressam, em todos osaspectos significativos, a imagem fiel do património e da situação financeira sólida da fPAPELES Y CARTONES DE EUROPA, S.A. dos resultados das suas operações e dos recursosobtidos e aplicados durante o decorrer do ano terminado em dita data e que contêm ainformação necessária e suficiente para a sua interpretação e compreensão adequadada, emconformidade com principios e normas contáveis geralmente aceites e que estejam emuniformidade com os aplicados no ano anterior.

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4. O relatório da administração consolidado anexo do exercício de 2006 contém as explicaçõesque os administradores da sociedade dominante consideram oportunas sobre a situação doGrupo, a evolução dos seus negócios e sobre outros assuntos e não faz parte integrante das contasanuais consolidadas. Verificámos que a informação contabilística que o citado relatório daadministração contém está de acordo com o das contas anuais consolidadas do exercício de 2006.O nosso trabalho como auditores limita-se à verificação do relatório da administraçãoconsolidado com a capacidade de abranger mencionada neste mesmo parágrafo e não inclui arevisão de informação diferente da obtida a partir dos registos contabilísticos daPAPELES Y CARTONES DE EUROPA, S.A e sociedades dependentes.

Madrid, 19 de Abril de 2007

ANEFISA, S.L.

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GRUPO PAPELES Y CARTONES DE EUROPA, S.A. (EUROPAC)

Balanço patrimonial consolidado em 31 de Dezembro de 2006 e 2005 (expresso em euros).

ACTIVO 2005Notas 2006 Re-expresado

ACTIVOS NO CORRENTESImobilizado Corpóreo 6 389.677.357 362.814.895Fundo de Comércio 7 43.524.539 39.446.213Outros activos intangíveis 8 18.039.477 13.169.232Investimentos em Sociedades pelo Método da Participação 10 1.217.971 1.963.768Activos financeiros não correntes 9 4.901.324 3.001.823Outros activos não correntes 11 64.459 128.919

Total activos não correntes 457.425.127 420.524.850

ACTIVOS CORRENTESExistências 12 45.773.428 48.076.784Devedores Comerciais e outras contas a cobrar 13 68.110.844 61.416.055Outros activos financeiros correntes 15 681.263 0Dinheiro e outros meios líquidos equivalentes 14 65.760.382 32.453.644

Total activos correntes 180.325.917 141.946.483

Activos não correntes, mantidos para venda 0 565.000

TOTAL ACTIVO 637.751.044 563.036.333

PASSIVO 2005Notas 2006 Re-expresado

SITUAÇÃO LÍQUIDACapital 105.752.732 104.905.226Prémio de Emissão 5.111.502 5.487.351Lucros acumulados 53.414.545 43.599.762Outros instrumentos de situação líquida 32.742.608 26.326.398Valores próprios -974.405 -397.528Dividendos por conta -1.016.774Património atribuível a detentores de instrumentos de Situação Líquida da Dominante 196.046.982 178.904.435Património atribuível a Minoritários 35.561.046 43.143.604

Total Situação Líquida 16 231.608.028 222.048.039

PASSIVO NÃO CORRENTE 17Dívidas com Entidades de Crédito 199.471.024 149.232.914Outros passivos financeiros 26.573.186 11.670.572Passivos por impostos diferidos 25.140.628 32.186.416Provisões para compromissos com o pessoal 10.714.019 9.464.432Outras provisões 5.000 102.054Outros passivos não correntes 2.012.526 3.700.280

Total passivos não correntes 263.916.383 206.356.668

PASSIVO CORRENTE 18Dívidas com Entidades de Crédito 36.831.842 36.537.922Credores comerciais e outras contas a pagar 90.782.732 91.509.030Provisões 9.490.834 6.496.942Passivos por impostos sobre os lucros correntes 5.121.225 87.732

Total passivos correntes 142.226.633 134.631.6260

TOTAL PASSIVO 637.751.044 563.036.333

As notas explicativas anexas fazem parte integrante destas contas anuais consolidadas.

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GRUPO PAPELES Y CARTONES DE EUROPA, S.A. (EUROPAC)

Conta de Lucros e Perdas consolidadas período de Janeiro a Dezembro de 2006 e 2005 (expresso em euros).

ACTIVO Notas 2006 2005

Receitas por Operações:Valor líquido do volume de negócios 21 343.258.487 284.713.421Outras Receitas 21 15.696.593 10.190.319Variação existências produtos terminados -1.586.183 226.205

Total Receitas por Operações 357.368.897 295.129.945

Custos por Operações:Aprovisionamento 21 150.243.048 118.918.371Despesas pessoal 21 57.633.053 51.494.495Dotação para a amortização 6 y 8 29.761.118 27.057.324Outras Despesas 21 90.843.718 75.832.879

Total Custos por Operações 328.480.937 273.303.069

LUCRO DE EXPLORAÇÃO 28.887.960 21.826.876

Receitas Financeiras 1.589.646 768.305Despesas Financeiras -12.802.818 -7.536.454Resultado de Derivados sobre o preço do Gás 17 -2.842.669Resultado de Derivados sobre a taxa de juro 17 276.052 -1.199.555Resultado por agravamento dos activos 22 -4.442.491

LUCRO ANTES IMPOSTOS ACTIVID. CONTÍNUAS 15.108.171 9.416.681

Despesa por imposto sobre os lucros 19 -1.721.367 -1.757.737

LUCRO EXERCÍCIO DE ACTIVIDADES CONTÍNUAS 13.386.804 7.658.944

Resultado depois de impostos de actividades interrompidas 126.602

LUCRO DO EXERCÍCIO 13.386.804 7.785.546

LUCRO ATRIBUÍVEL A JUROS MINORITÁRIOS 2.338.836 2.421.814

LUCRO ATRIBUÍVEL A DETENTORES DE INSTRUMENTOSDE SITUAÇÃO LÍQUIDA DA DOMINANTE 11.047.968 5.363.732

LUCROS POR ACÇÃO:(expresso em euros por acção)Básico 25 0,21 0,12Diluído 0,21 0,12

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GRUPO PAPELES Y CARTONES DE EUROPA, S.A. (EUROPAC)

Estado Consolidado de mudanças na Situação Líquida em 31 de Dezembro de 2005 e 2006.(expresso em euros)

PATRIMÓNIO ATRIBUÍDO AOS DETENTORES DE SITUAÇÃO LÍQUIDA DA DOMINANTE

Outros Ins. Juros TOTALPrémio Lucros de Patr.Líquido Acções Dividendo Minoritários PATRIMÓNIO

Títulos Capital Emissão Acumulados Re-expressos Próprias por conta TOTAL Re-expresso LÍQUIDO

Aumento Capital 77.468.476 0 40.352.570 24.946.983 -14.838 -825.398 141.927.793 21.879.155 163.806.948

Aumento Capital 19.367.118 13.556.983 32.924.101 32.924.101

Aum. capital com cargo a prémio de emissão 8.069.632 -8.069.632 0 0

Dividendos distribuídos -2.000.000 -191.376 -2.191.376 -2.191.376

Participação em lucros ao Conselho -116.540 -116.540 -116.540

Adquisición de acciones propias -382.689 -382.689 -382.689

Resultados do exercício 5.363.732 5.363.732 2.421.814 7.785.546

Resultados venda carteira própria 59.225 59.225 59.225

Ajustamentos liquidação Fave 45.051 45.051 45.051

Ajustamentos variação particip. Gescartão -4.351.241 -4.351.241 15.403.859 11.052.618

Novas Sociedades consolidadas -3.662 -3.662 -3.662

Actualiz. activos Gescartão particip. anter. 7.017.414 7.017.414 3.959.852 10.977.266

Custos aumento de capital -463.980 -463.980 -463.980

Saldo em 31 de Dezembro de 2005 104.905.226 5.487.351 43.599.762 27.249.790 -397.527 -1.016.774 179.827.828 43.664.680 223.492.508

Correcção de erros -923.393 -521.076 -1.444.469

Saldo em 31 de Dez. de 2005 re-expresso 104.905.226 5.487.351 43.599.762 26.326.397 -397.527 -1.016.774 178.904.435 43.143.604 222.048.039

PATRIMÓNIO ATRIBUÍDO AOS DETENTORES DE SITUAÇÃO LÍQUIDA DA DOMINANTE

TOTAL

Prémio Lucros Outros Ins Acções Dividendo Juros PATRIMÓNIO

Títulos Capital Emissão Acumulados de Patr. Líquido Próprias por conta TOTAL Minoritários LÍQUIDO

Saldo em 1 de Janeiro de 2006 104.905.226 5.487.351 43.599.762 26.326.397 -397.527 -1.016.774 178.904.435 43.143.604 222.048.039

Aumento Capital PAE 847.506 1.190.746 2.038.252 2.038.252

Pagamento accionistas com cargo a prémio de emissão -1.566.595 -1.566.595 -1.566.595

Dividendos distribuídos -1.016.774 1.016.774 0 0

Participação em lucros ao Conselho -216.412 -216.412 -216.412

Aquisição de acções próprias -576.877 -576.877 -576.877

Resultados do exercício (em 31/12/06) 11.047.967 11.047.967 2.338.836 13.386.803

Ajustamentos variação particip. Gescartão 6.416.212 6.416.212 -9.402.215 -2.986.003

Actualiz. activos Gescartão particip. anter. 0 -519.179 -519.179

Saldo em 31 de Dezembro de 2006 105.752.732 5.111.502 53.414.543 32.742.609 -974.404 0 196.046.982 35.561.046 231.608.028

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GRUPO PAPELES Y CARTONES DE EUROPA, S.A.

Estado de Fluxos de caixa em 31 de Dezembro de 2006 e 2005.(expresso em euros)

TÍTULOS 2006 2005Lucro líquido do exercício 11.047.968 5.363.732Ajustamentos ao resultado:

Amortizações 29.761.118 27.057.324Provisões 471.434 1.397.793Resultados atribuídos à minoria 2.338.836 2.421.814Subsídios imputados aos resultados -1.132.871 1.086.170

Flujo de caja bruto 42.486.485 37.326.833

Variação do circulante não financeiro -681.263 -565.000Aumento líquido de circulante por variação perímetro -12.617.495Existências 2.303.356 -4.808.748Devedores -7.166.223 22.636.272Credores a curto prazoo 7.301.087 7.539.151

Fluxo de caixa por operações 1.756.957 12.184.180

Aumento líquido ao activo não corrente por variação do perímetro -71.450.368Fundo de comércio -5.475.066 -38.915.999Aquisições imobilizado corpóreo -56.256.581 -43.371.236Adquisiciones de otros activos intangibles -4.870.245 -713.445Aquisições imobilizado financeiro -1.153.704 -838.765Outros activos não correntes 262.460 -32.230Baixas em imobilizado 2.929.042

Flujo de caja por inversiones -67.493.136 -152.393.001

Compra de acções próprias -576.877 -382.689Dividendos -2.191.376Participação em lucros -216.412 -116.540Provisões para riscos 1.152.533 211.367Subsídios 197.410

Fluxo de necessidades financeiras 359.244 -2.281.828

Juros minoritários - Variação de perímetro -10.442.470 19.363.711Aumento endividamento por aumento perímetro 3.353.942Variação endividamento financeiro a longo prazo 50.238.110 63.557.221Outros credores a longo prazo 10.143.152 9.404.525Variação endividamento financeiro a curto prazo 293.920 -3.427.211Aumento de capitall 847.506 32.924.101Variações noutros instrumentos de património 5.116.970 -8.674.459

Fluxo de caixa por financiamento 56.197.188 116.501.830

FLUXO DE CAIXA TOTAL 33.306.738 11.338.014

Tesouraria Disponível Inicial 32.453.644 21.115.630Tesouraria Disponível Final 65.760.382 32.453.644

Variação Disponível 33.306.738 11.338.014

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MEMÓRIA CONSOLIDADA 2006

1.- INFORMAÇÃO GERAL

1.1 INTRODUÇÃO

A PAPELES Y CARTONES DE EUROPA, S.A. (daqui em diante EUROPAC), empresa constituída em 31 deDezembro de 1995 por um período de tempo indeterminado, as suas sociedades dependentes (Nota 1.2) eas suas sociedades em controlo conjunto (Nota 1.3), formam o grupo EUROPAC, que têm por objecto sociala transformação das primeiras matérias e produtos químicos, o fabrico de celuloses, fibras e os seus derivadosde qualquer género, o fabrico de papel de todos os tipos, entre eles, de cartão, de cartão ondulado e de qual-quer manufacturado de papel, cartão ou celulose, bem como a produção e venda de energia eléctrica.

A EUROPAC tem a sua sede social e fiscal localizada na Carretera de Burgos a Portugal, km 96, em Dueñas(Palência), Espanha.

Actualmente está cotada nas Bolsas de Madrid e Barcelona.

As demonstrações financeiras consolidadas anexas foram aprovadas pelo Conselho de Administração no dia30 de Março de 2007. Espera-se que as demonstrações financeiras que integram estas contas consolidadas,que se encontram pendentes de aprovação pelas respectivas Assembleias Gerais de Accionistas, sejam apro-vadas, conforme forem apresentadas.

1.2 SOCIEDADES DEPENDENTES

A Europac tem participação directa nas seguintes sociedades:

% de participação de capitalDenominação Social Actividade Sede Directa Indirecta TotalImocapital, SGPS, S.A. Holding Lugar do Espido (Portugal) 100% - 100%

A Imocapital, SGPS, S.A. por sua vez tem uma participação em GESCARTÃO, SGPS, S.A. sociedade comsede na Vila do Conde (Portugal), de 81,724 % e consolida as suas contas anuais pelo método de integra-ção global com o balanço consolidado da Gescartão, SGPS, S.A. que consolida pelo método de integraçãoglobal com as suas participadas.

A GESCARTAO, SGPS, S.A., tem participação nas seguintes sociedades:

% de participação de capitalDenominação Social Actividade Sede Directa Indirecta TotalCartopor - Cartão Português, S.A. Fabrico de Embalagem Oliveira de Azemeis - 100% 100%

Celnave - Agência de Navegação, Lda. Agência de Navegação Viana do Castelo - 100% 100%

Celpap - Terminal de Celulose

e Papel de Portugal, Lda. Estivador Portuário Viana do Castelo - 100% 100%

Emprobal - Empresa de Produção e

Comercialização de Embalagens, Lda. Fabrico de Embalagem Funchal - 60% 60%

Enercida - Sociedade de

Cogeração Eléctrica, Lda. Geração de energia Mourão - 100% 100%

Fábrica de Papel do Ave, S.A. Fabrico de cartão Ovar - 100% 100%

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% de participação de capitalDenominação Social Actividade Sede Directa Indirecta TotalIbéria Capital - Fundo Especial de

Investimento Imobiliário Fundo Invest. Imob. Lisboa - 100% 100%

Lepe - Empresa Portuguesa

de Embalagens, S.A. Fabrico de cartão Marinha Grande - 100% 100%

Manuel Rodrigues de Almeida & Filhos, Lda. (1) Venda de papel usado Sintra - 100% 100%

Portucel Embalagem - Empresa Produtora

de Embalagens de Cartão, S.A. Fabrico de cartão Albarraque - 100% 100%

Portucel España, S.A. Venda de Papel Madrid - 100% 100%

Portucel Viana - Empresa de Papéis Industriais, S.A. Fabrico de papel Viana do Castelo - 100% 100%

Portucel Viana Energia - Empresa de

Cogeração Energética, S.A. Geração de energia Viana do Castelo - 100% 100%

Sulpac - Empresa Produtora de

Embalagens de Cartão, S.A. Fabrico de Embalagem Mourão - 100% 100%

Vianaport - Empresa de Trabalho Portuário, Lda. Trabalho portuário Viana do Castelo - 50% 50%

(1) A Gescartão mantém 51% da Sociedade. No entanto, ao possuir uma opção de compra e venda pelos 49% restantes, esta socie-

dade está consolidada em 100%.

1.3 SOCIEDADES EM CONTROLO CONJUNTO

% de participação de capitalDenominação Social Actividade Sede Directa Indirecta TotalMultinergias, A.I.E. Produção e venda de energia Dueñas (Palência) 77,27% - 77,27%

Cartonajes Esteve y Nadal, S.L. Fabrico de cartão Torrelavit (Barcelona) 50,00% - 50,00%

Cartonajes Santander, S.L. Fabrico de cartão Camargo (Santander) 40,00% - 40,00%

Multienergías,A.I.E., a Assembleia Geral do Agrupamento, celebrada no dia 19.07.04, aprovou por maioria sufi-ciente, com o voto contra do segundo sócio do Agrupamento, I.D.A.E., a dissolução do Agrupamento, a abertu-ra do período de liquidação e a nomeação da Comissão Liquidatária, conforme o previsto na Lei deAgrupamentos de Interesse Económico (LAIE) e os estatutos do Agrupamento. Neste processo de liquidação,a Comissão Liquidatária, em reunião datada de 03.01.05 decidiu proceder à venda dos equipamentos e instala-ções da Multienergias para o seu sócio Europac, de acordo com o previsto no artigo 19 dos Estatutos. Após avenda dos seus principais activos, a actividade do Agrupamento cessou totalmente em Janeiro de 2005, assu-mindo a AIE a partir desta data, única e exclusivamente, acções que conduziram à liquidação total da mesma.AEuropac tem interposto uma acção de Juízo Ordinário contra o Instituto para a Diversificação da Energia(I.D.A.E.) com relação ao conflito surgido em Multienergias,A.I.E. reclamando ao I.D.A.E. a reintegração por esteúltimo da sua parte nas perdas dos exercícios de 1998 a 2003 e adiantamentos financeiros, que a esta últimacorresponde suportar, no valor que, em 31.12.05, é de 1.744.893 euros.

Na empresa Cartonajes Santander, S.L. apesar da participação na mesma encontrar-se abaixo dos 50%, ocontrolo conforme acordos entre os sócios, é conjunto.

Cartonajes Santander, S.L. tem uma participação directa de 100% de Cartonajes Cantabria, S.L. cuja incor-poração, sem ser relevante, encontra-se integrada nas suas contas.

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1.4. EMPRESAS ASSOCIADAS

% de participação de capitalDenominação Social Actividade Sede Directa Indirecta TotalInvestalentejo, SGPS, S.A. Holding Vila do Conde (Portugal) - 51,00% 51,00%

Sobre a sociedade Investalentejo, o controlo da mesma é exercido pela SONAE (sociedade não perten-cente ao Grupo Europac), detentora de 49% da participação restante.

Estas sociedades estão incluídas na consolidação pelo método de participação e registadas no balanço noponto “Investimentos em Sociedades pelo método da participação”.

2. RESUMO DAS PRINCIPAIS POLÍTICAS CONTABILÍSTICAS

As principais políticas contabilísticas adoptadas na preparação das demonstrações financeiras consolidadasanexas são as que se detalham a seguir :

2.1 BASES DE APRESENTAÇÃO

As contas anuais consolidadas foram elaboradas a partir dos registos contabilísticos da Europac e das entidadesincluídas no Grupo. As Contas anuais consolidadas do exercício de 2006 foram preparadas de acordo com asNormas Internacionais de Informação Financeira (NIIF), aprovadas pela União Europeia (NIIF-UE) em conformi-dade com o Regulamento (CE) n° 1606/2002 do Parlamento Europeu e do Conselho, com o objectivo de mos-trar a imagem fiel do património consolidado e da situação financeira do Grupo em 31 de Dezembro de 2006,e dos resultados consolidados das suas operações, das mudanças no estado das receitas e despesas reconheci-das consolidadas e dos fluxos de caixa consolidados, relativos ao exercício encerrado na referida data. O grupoadoptou as NIIF-UE a 1 de Janeiro de 2004 e aplicou na referida data a NIIF 1 “adopção por primeira vez dasNormas Internacionais de Informação Financeira” (NIC 1.14).

Os valores estabelecidos na memória que justificam as partidas e os dados mais relevantes das Contas Anuais,são expressos em unidades de euro, salvo indicação em contrário.

Conforme a interpretação da SIC 21, as Contas Anuais do exercício de 2005 são rectificadas, com efeito retro-activo com base à NIC 8, devido ao impacto do efeito fiscal relativo à revalorização dos terrenos efectuada peloGrupo Gescartão no exercício de 2005 no valor de 10.331.669 euros. O efeito nas contas é de um aumentodos impostos diferidos do passivo de 2.841.209 euros, com cargo a “Outros instrumentos de Património” de923.393 euros,“Juros Minoritários” 521.076 euros e “Fundo de Comércio” de 1.396.740 euros. Por este motivo,as demonstrações financeiras relativas ao exercício de 2005 encontram-se re-expressas com a inclusão destesajustamentos.

As contas do exercício de 2005 apresentam-se, para efeitos comparativos, com as do exercício actual. Foramelaboradas a partir do balanço de transição no dia 1 de Janeiro de 2004 com o enfoque de custo histórico emantendo as actualizações que nos imobilizados corpóreos e nas suas respectivas amortizações, as sociedadesintegrantes do perímetro de consolidação tinham contabilizados de acordo com as legislações contabilísticaslocais anteriores.

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a) Bases de elaboração das contas anuais:Estas contas anuais consolidadas foram preparadas utilizando o princípio de custo histórico, com as seguin-tes excepções:

• Instrumentos financeiros derivados que se registam em montante razoável.• Os activos não correntes e grupos alienáveis de elementos mantidos para a

venda registam-se pelo seu menor valor contabilístico e montante razoável menos oscustos de venda.

b) Normas e interpretações adoptadas com carácter antecipadoNão estamos aplicando de forma antecipada a NIIF 7. Da aplicação desta norma entendemos que não exis-tirá mudanças relevantes.

2.2 CONSOLIDAÇÃO

a) DependentesSão todas as entidades sobre as quais o Grupo Europac tem poder para dirigir as políticas financeiras e deexploração que geralmente é acompanhado de uma participação superior à metade dos direitos de voto.À hora de avaliar se o Grupo controla outra entidade, considera-se a existência e o efeito dos direitospotenciais de voto em poder do Grupo ou de terceiros, que sejam actualmente exercitáveis ou convertí-veis. As contas anuais ou estados financeiros das entidades dependentes consolidam-se a partir da data deaquisição, que é aquela em que o Grupo obtém efectivamente o controlo das mesmas.

O grupo aplicará a excepção contemplada na NIIF 1 “Adopção por primeira vez das Normas Internacionaisde Informação Financeira” pelo que somente as combinações de negócios efectuadas a partir dia 1 deJaneiro de 2004, data de transição para as NIIF-UE, foram registadas mediante o método de aquisição. Asaquisições de entidades efectuadas anteriormente à referida data foram registadas de acordo com osPCGA anteriores, uma vez consideradas as correcções e os ajustamentos necessários na data de transição.

Na contabilização pela aquisição de dependentes pelo Grupo utiliza-se o método de aquisição e a sua inte-gração nas demonstrações financeiras é global. O custo de aquisição é o montante razoável dos activosentregues, dos instrumentos do património emitidos e dos passivos incorridos ou assumidos na data detroca, acrescidos dos custos directamente atribuíveis à aquisição. Igualmente, os ajustamentos ao custo dacombinação de negócios que dependem de factos futuros, fazem parte do mesmo sempre que o seu valorseja provável e possa ser avaliado de forma fiável.

Os activos identificáveis adquiridos e os passivos e contingências identificáveis assumidos numa combinaçãode negócios avaliam-se inicialmente pelo seu montante razoável na data de aquisição, independentementedo alcance dos juros minoritários. O excesso de custo de aquisição sobre o montante razoável da partici-pação do Grupo nos activos líquidos identificáveis adquiridos é reconhecido como Fundo de Comércio.

Se o custo de aquisição for menor do que o montante razoável dos activos líquidos da dependente adqui-rida, uma vez reconsiderado devidamente o custo da combinação e os montantes razoáveis dos activoslíquidos adquiridos, a diferença é reconhecida directamente no demonstrativo de lucros e perdas.

b) Juros minoritáriosOs juros minoritários na entidade dependente, registam-se pela percentagem de participação no montanterazoável dos activos líquidos identificáveis adquiridos e apresentam-se na situação líquida do balanço patri-monial consolidado de forma separada do património atribuído à Sociedade dominante. A participação dosjuros minoritários nos lucros ou nas perdas do exercício apresenta-se igualmente de forma separada nodemonstrativo de lucros e perdas consolidado.

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A participação do Grupo e dos juros minoritários nos lucros ou perdas e nas mudanças na situação líqui-da das entidades dependentes, determinam-se a partir das participações na propriedade no encerramen-to do exercício

c) Valores determinados de maneira provisóriaSe a combinação de negócios só pode ser determinada de forma provisória, os activos líquidos identificáveisregistam-se inicialmente mediante os seus valores provisórios, reconhecendo-se os ajustamentos efectuadosdurante o período de doze meses seguintes ao da data de aquisição como se estes tivessem sido conhecidosna referida data. Decorrido o mencionado período, qualquer ajustamento que seja diferente aos relacionadoscom a existência de pagamentos contingentes ou activos por impostos diferidos da adquirida não reconhecidosinicialmente, tem a consideração de correcção de erros, e são reconhecidos seguindo os critérios estabelecidosna NIC 8 políticas contabilísticas, mudanças nas estimativas contabilísticas e erros.

O lucro potencial das perdas fiscais e outros activos por impostos diferidos não registados no momento da aqui-sição, contabilizando-se no momento do seu reconhecimento posterior como uma receita por imposto sobreos lucros e uma redução do fundo de comércio com pagamento aos resultados. O ajustamento ao fundo decomércio é feito até o valor que tiver sido reconhecido na data de aquisição caso em que se tiver consideradoprovável a materialização dos lucros fiscais em exercícios futuros.

d) Aquisições por etapasNas combinações de negócios realizadas por etapas, cada transacção de troca trata-se de forma separada,utilizando-se a informação sobre o custo da mesma e o montante razoável dos activos líquidos identifi-cáveis, na data de cada troca, para os efeitos da quantificação do fundo de comércio associado com a trans-acção. Qualquer ajustamento aos montantes razoáveis relacionados com a participação mantida peloGrupo antes da data em que o controlo tiver sido obtido é objecto de revalorização, registando-se a con-trapartida em contas do situação líquida.

e) Outros aspectos relacionados com a consolidação de entidades dependentesEliminam-se as transacções entre companhias, como também os saldos e os lucros não realizados por trans-acções entre entidades do Grupo. As perdas não realizadas também são eliminadas, a menos que a trans-acção proporcione evidência de uma perda por agravamento do activo transferido.

As políticas contabilísticas das entidades dependentes foram adaptadas às políticas contabilísticas do Grupo,para transacções e outros eventos que, sendo similares, ocorreram em circunstâncias parecidas.

As demonstrações financeiras das entidades dependentes utilizadas no processo de consolidação fazemreferência à mesma data de apresentação e ao mesmo período que os da Sociedade dominante.

f) Empresas em controlo conjuntoConsideram-se negócios conjuntos aqueles em que existe um acordo contratual para partilhar o controlosobre uma actividade económica, de forma a que as decisões estratégicas, tanto financeiras como de explo-ração, relativas à actividade requeiram o consentimento unânime do Grupo e do resto dos participantes.

Os investimentos em entidades controladas de forma conjunta registam-se pelo método de consolidaçãoproporcional a partir da data em que o controlo conjunto for exercido e até a data em que o referido con-trolo conjunto cessar.

O Grupo inclui a parte proporcional de activos, passivos, receitas e despesas, reconhecidos na situaçãolíquida e nos fluxos de caixa da entidade controlada de forma conjunta, combinando-os linha por linha comas partidas semelhantes das contas anuais consolidadas

A empresa Cartonajes Santander, S.L (nota 1.3) apesar de ter a participação na mesma está abaixo de50%. O controlo conforme um acordo com os sócios, é conjunto.

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As transacções, os saldos, as receitas e as despesas foram eliminados em proporção à participação manti-da pelo Grupo no negócio conjunto. Os dividendos foram totalmente eliminados.

Os lucros ou perdas não realizados das entradas não monetárias ou transacções descendentes entre oGrupo e os negócios conjuntos, registam-se atendendo à substância das transacções. Neste sentido, casoos activos transmitidos se mantenham no negócio conjunto e o Grupo tenha transmitido os riscos e oslucros significativos inerentes à propriedade dos mesmos, somente é reconhecida a parte proporcional doslucros ou perdas que correspondam ao resto dos participantes. Igualmente, as perdas não realizadas nãose eliminam na medida que constituem uma evidência de agravamento do valor do activo transmitido.

Os lucros ou perdas de transacções ascendentes entre os negócios conjuntos e o Grupo, somente sãoregistados pela parte proporcional dos mesmos que corresponde ao resto dos partícipes, aplicando-se osmesmos critérios de reconhecimento no caso de perdas descritas no parágrafo anterior.

g) AssociadasConsideram-se entidades associadas, aquelas sobre as quais a Sociedade, directa ou indirectamente atravésde dependentes, exerce influência significativa. A influência significativa é o poder de intervir nas decisõesde política financeira e de exploração de uma entidade, sem que represente a existência de controlo oude controlo conjunto sobre a mesma. Na avaliação da existência de influência significativa, consideram-seos direitos de voto potenciais exercitáveis ou convertíveis na data do encerramento de cada exercício, con-siderando, igualmente, os direitos de voto potenciais possuídos pelo Grupo ou pela outra entidade.

Os investimentos em entidades associadas registam-se pelo método da participação a partir da data emque se exerce influência significativa até a data na qual a Sociedade não pode continuar a justificar a exis-tência da mesma.

A aquisição de entidades associadas regista-se aplicando o método de aquisição ao qual se faz referênciano caso de entidades dependentes. O excesso entre o custo do investimento e a percentagem corres-pondente ao Grupo nos montantes razoáveis dos activos líquidos identificáveis, regista-se como fundo decomércio. O defeito exclui-se do valor contabilístico do investimento e regista-se como uma receita nadeterminação da participação do investidor nos resultados da associada do exercício em que foi adquiri-do. O fundo de comércio líquido das perdas acumuladas por agravamento do valor é incluído no valor con-tabilístico do investimento contabilizado aplicando o método da participação.

A participação do Grupo nas perdas da associada obtidas a partir da data de aquisição é registada comouma diminuição do valor do investimento com cargo à rubrica de “Provisão participações no capital a longoprazo empresas associadas” do demonstrativo de lucros e perdas consolidado.

Os lucros e perdas não realizados nas transacções efectuadas entre o Grupo e as entidades associadassomente são reconhecidos à medida que corresponderem a participações de outros investidores não rela-cionados. Exceptuando-se a aplicação deste critério o reconhecimento de perdas não realizadas que cons-tituam uma evidência do agravamento do valor do activo transmitido.

As políticas contabilísticas das entidades associadas foram objectos de homogeneização temporária e valo-rimétrica nos mesmos termos aos que se faz referência na nota anterior.

O grupo aplica os critérios de agravamentos desenvolvidos na NIC 39; instrumentos financeiros: reconhe-cimento e avaliação com o objecto de determinar se é necessário registar perdas por agravamentos adi-cionais às já registadas no investimento líquido na associada ou em qualquer outro activo financeiro man-tido com a mesma como consequência da aplicação do método da participação.

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h) Variação no perímetro de consolidaçãoDurante o primeiro semestre do exercício de 2006 a Gescartão vendeu 100% do capital do Capital Social daPapelnova, bem como a participação de 40% que o Grupo Gescartão tinha na Marimbal.

O efeito resultante das saídas destas Sociedades não é materialmente relevante para estes estados Financeiros,pelo que não se expõe os seus respectivos impactos.

Em Setembro de 2006, foi adquirido 51% do Capital da Sociedade Manuel Rodrigues de Almeida, Lda. (MRA),conforme o acordo estabelecido entre as partes, a Gescartão mantém uma opção de venda e compra respecti-vamente sobre os 49% restantes.

Adicionalmente foi constituído, em Dezembro de 2006, o “Iberia Capital –Fundo Especial de InvestimentoImobiliário Datado” que é integralmente integrado no Grupo Gescartão.

2.3 INFORMAÇÃO FINANCEIRA POR SEGMENTOS

O grupo tem estabelecidas quatro áreas de negócio principais com as quais tem alinhada a sua organização:

Papel: área responsável pela produção e comercialização de papel para embalagem.

Energia: linha de negócio responsável da produção e comercialização de energia, eléctrica e térmica, princi-palmente para o fornecimento às plantas de papel. O excedente é revertido à rede.

Cartão. Segmento responsável pela produção e comercialização de cartão ondulado e de embalagemde cartão em todas as suas diferentes aplicações.

Serviços. responsável pelos processos suporte, como por exemplo a gestão dos sistemas de informação, e do resto de actividades e serviços residuais desenvolvidos pelo grupo, como por exemplo a gestão do transporte marítimo.

A informação relativa aos movimentos ocorridos no exercício é mostrada na nota 5.

Não foram identificados segmentos geográficos dentro do Grupo.

2.4 TRANSACÇÕES EM MOEDA ESTRANGEIRA

As partidas incluídas nas demonstrações financeiras de cada uma das entidades do Grupo são avaliadas emeuros, moeda do meio principal em que as entidades operam. As demonstrações financeiras consolidadosapresentam-se em euros.

As transacções em moeda estrangeira convertem-se em euros utilizando as taxas de câmbio em vigor nasdatas das transacções. Os lucros e perdas em moeda estrangeira que resultarem da liquidação das opera-ções e da conversão às taxas de câmbio no encerramento são reconhecidos no demonstrativo de lucrose perdas.

2.5 IMOBILIZADO CORPÓREO

O imobilizado corpóreo é reconhecido pelo custo ou custo atribuído, menos a amortização acumulada e, sefor o caso, pela perda acumulada por agravamento do valor. O custo do imobilizado corpóreo construído peloGrupo é determinado seguindo os mesmos princípios como se fosse um imobilizado adquirido, considerando

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também os critérios estabelecidos para o custo de produção das existências.A capitalização do custo de pro-dução é efectuada mediante o pagamento dos custos imputáveis ao activo nas contas da rubrica “trabalhosefectuados pelo Grupo para activos não correntes” do demonstrativo de lucros e perdas consolidado.

O Grupo determina a despesa de amortização de forma independente para cada componente de um ele-mento do imobilizado corpóreo que tem um custo significativo com relação ao custo total do elemento.

O Grupo revisa o valor residual, a vida útil e o método de amortização do imobilizado corpóreo no encerra-mento de cada exercício. As modificações nos critérios inicialmente estabelecidos, são reconhecidas como umtroca de estimativa.

Os terrenos não se depreciam. As amortizações noutros activos são calculadas usando o método linear, emfunção da vida útil estimada do bem.

Edifícios e outras Construções entre 10 a 50 anos.Instalações Técnicas Especializadas, entre 12 a 25 anos.Maquinaria, entre 11 a 22 anos.Outras instalações, entre 10 a 25 anos.Utensílio, entre 4 a 15 anos.Mobiliário e Laboratório, entre 4 a 14 anos.Outro Mobiliário, entre 4 a 20 anos.Equipamentos Processos de Informação, entre 4 a 8 anos.Elementos de Transportes internos, entre 15 a 18 anos.Elementos de Transportes externos, em 7 anos.Outro Imobilizado Corpóreo entre 4 a 10 anos.

Os montantes relativos a melhorias em bens do imobilizado corpóreo existentes que alargam a vida útil ouaumentam a produtividade, são capitalizados. Os custos financeiros e as despesas de outra índole ocorridos noperíodo de instalação e colocados em serviço são incorporados ao valor dos bens.As despesas de manutençãoe reparação são registadas nos resultados do exercício em que ocorrerem. No caso de baixas ou retiradas de ele-mentos dos imobilizados corpóreos, o seu valor contabilístico e a sua amortização acumulada são eliminados dosregistos contabilísticos. O lucro ou perda resultante regista-se nos resultados do exercício em que se realiza.

Os custos por trabalhos efectuados pelas próprias empresas para as suas imobilizações, são avaliados pelo valorque representam os custos de consumo de materiais de armazéns e pelos custos de pessoal que intervêm narealização dos trabalhos por obras dos mesmos. O montante por este capítulo no exercício de 2006, foi de 4,17milhões de euros (nota 21).

As substituições de elementos do imobilizado corpóreo susceptíveis de capitalização representam a redu-ção do valor contabilístico dos elementos substituídos. Naqueles casos em que o custo dos elementos subs-tituídos não tiver sido amortizado de forma independente e não for praticável determinar o valor contabi-lístico dos mesmos, utiliza-se o custo da substituição como indicativo do custo dos elementos no momentoda sua aquisição ou construção.

2.6 FUNDO DE COMÉRCIO E OUTROS ACTIVOS INTANGÍVEIS

a) Fundo de ComércioO fundo de comércio (ver nota 7) procedente das combinações de negócios efectuadas a partir da datade transição (1 de Janeiro de 2004), avalia-se no momento inicial num valor equivalente à diferença entreo custo da combinação de negócios e a participação do Grupo no montante razoável líquido dos activos,passivos e passivos contingentes da entidade dependente ou negócio conjunto adquirido.

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O fundo de comércio não se amortiza,analisa se o seu agravamento com uma periodicidade anual ou comuma frequência maior caso tenham sido identificados acontecimentos indicativos de uma potencial perdado valor do activo. Para estes efeitos, o fundo de comércio resultante das combinações de negócios é atri-buído para cada uma das unidades geradoras de caixa (UGC) que se espera que se beneficiem das siner-gias da combinação e sejam aplicados os critérios aos quais se faz referência na nota 7. Depois do recon-hecimento inicial, o fundo de comércio é avaliado pelo seu custo menos as perdas por agravamento dovalor acumuladas.

Para as participações adquiridas com anterioridade à data de transição, manteve-se os fundos de comér-cio vigentes com as suas amortizações aplicadas à data de transição. Para as participações adquiridas composterioridade à data de transição contabiliza-se o excesso entre o preço de aquisição e o montante razo-ável da adquirida, até que no prazo máximo de um ano sejam aplicadas as respectivas actualizações devalor sobre os bens adquiridos. Se continua a restar saldo, deverá ser mantido na respectiva conta deFundo de Comércio.

O fundo de comércio gerado internamente não se reconhece como um activo.

b) Marcas comerciais e licenças.As marcas comerciais e as licenças apresentam-se no seu custo histórico.Têm uma vida útil definida e sãoregistadas no custo menos a depreciação acumulada. A depreciação é calculada pelo método linear paraatribuir o custo durante a sua vida útil estimada, entre 3 a 5 anos.

c) Programas InformáticosOs programas informáticos e as suas aplicações adquiridas são capitalizados sobre a base dos custos emque incorreu para adquirir e preparar para o seu uso específico. Estes custos são amortizados durante asua estimativa de vida útil, entre 3 e 7 anos.

Os custos de manutenção e as despesas informáticas de utilização anual, são imputadas directamente comodespesas no momento em que se incorre neles.

d) Emissões de CO2Os Direitos de emissão de gases de efeito estufa (CO2), são incluídos no Imobilizado Incorpóreo e os cri-térios valorimétricos e princípios contabilísticos são os seguintes:

Os Direitos de emissão de gases de efeito estufa (CO2), são contabilizados pelo custo de aquisição, nocaso de serem adquiridos a título gratuito no âmbito do Plano Nacional de Concessão de Direitos deEmissão (“PNALE”) em Portugal, são contabilizados pelo seu justo valor, sendo o momento inicial a datade concessão.

As despesas são registadas de acordo com o custo histórico dos direitos mantidos no momento, comcritério com base a FIFO.

Os Direitos de emissão de gases de efeito estufa (CO2), o seu regime regulado em Espanha pela Lei1/2005, de 9 de Março, são contabilizados pelo valor que correspondia ao preço conforme o mercadona data em que foram concedidos, que era de 23,75 euros tonelada e este valor é ajustado anualmen-te dotando uma provisão com base ao valor de mercado actualizado dos Direitos. Para ajustar o valorà data de encerramento destas contas tomou-se como base a cotação publicada pela empresa“Sendeco2” que era, de 6,60 euros por tonelada, pelo número de toneladas atribuídas ao exercício àsdiferentes unidades de fábrica da Sociedade. A atribuição é contabilizada com cargo à conta “Direitosde emissão de gases de efeito estufa”, incluída neste grupo e com pagamento por conta de “Subsídios”,ao receber as atribuições neste período a título gratuito. A tributação por conta dos resultados é feitacom cargo a uma conta de “Despesas por emissão de gases de efeito estufa” de acordo com o consu-mo real do período e ao preço anteriormente indicado com pagamento a uma conta “Provisão por

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direitos de emissão de gases de efeito estufa”. Enquanto à receita, efectua-se através de uma conta de“Subsídios por emissão de gases de efeito estufa” no valor do consumo real.

e) Em andamentoCorresponde a projectos sobre a construção de uma fábrica de papel reciclado para a indústria da embala-gem, situada em Viana do Castelo para cumprir com as obrigações de substituição subscritas pela Imocapital,accionista maioritário da Gescartão que foram assumidas por esta última conforme é indicado na nota 20.

2.7 PERDAS POR AGRAVAMENTO DOS ACTIVOS

Os activos que têm uma vida útil indeterminada não estão sujeitos à amortização e são aprovados anualmentepara perdas por agravamento do valor. Os activos sujeitos à amortização são revistos para perdas por agrava-mento sempre que algum acontecimento ou mudança nas circunstâncias indique que o valor em livros pode nãoser recuperável. O valor recuperável é o montante razoável de um activo menos os custos de venda ou o valorem uso, o maior dos dois. Para efeitos de avaliar as perdas por agravamento do valor, os activos são agrupadosno nível mais baixo para o qual existem fluxos de caixa identificáveis por separado (unidades geradoras de caixa).

2.8 ACTIVOS FINANCEIROS NÃO CORRENTES

Classificam-se em activos e passivos financeiros no montante razoável corrigidos nos resultados e revistos,se proceder, para determinar o agravamento do valor, empréstimos e contas a cobrar e activos financeirosdisponíveis para a sua venda.

a) Activos e Passivos Financeiros no montante razoável com mudanças nos Resultados.Neste capítulo encontram-se as participações financeiras em empresas adquiridas para a sua manutenção eque não excedem os 20% de participação na mesma. A sua avaliação é dada pelo valor de aquisição na ori-gem com a correcção dos resultados produzidos e aplicando, se necessário, o agravamento do valor.

A participação do Grupo nos lucros ou perdas das entidades associadas e nas mudanças na situação líquida,são determinadas com base na participação da propriedade no encerramento do exercício, sem consideraro possível exercício ou conversão dos direitos de voto potenciais.Também se incluem nesta rúbrica, os deri-vados financeiros no seu montante razoável.

Estes activos classificam-se como não correntes, excepto se estiverem mantidos para a sua negociação ou seespera realizá-los num período de 12 meses seguintes ao encerramento do balanço, neste caso, classificam-se como correntes.

b) Empréstimos e contas a cobrarOs empréstimos e contas a cobrar são activos financeiros não derivados com pagamentos fixos ou deter-mináveis que não negociam num mercado activo. Surgem quando o Grupo fornece dinheiro, bens ou servi-ços directamente para um devedor sem a intenção de negociar com por conta a cobrar. Incluem-se em acti-vos correntes, excepto para vencimentos superiores a 12 meses a partir da data do balanço que são classi-ficados como activos não correntes. Os empréstimos e contas a cobrar a curto prazo, incluem-se em clien-tes e outras contas a cobrar no balanço.

Inicialmente registam-se no seu montante razoável e, posteriormente, pelo seu custo amortizado de acor-do com o método da taxa de juro efectiva, menos a provisão por perdas de agravamento do valor. É esta-belecida uma provisão para perdas por agravamento de contas comerciais a cobrar quando existe evidên-cia objectiva de que o Grupo não será capaz de cobrar todos os montantes que lhe são devidos de acor-do com os termos originais das contas a cobrar. O valor da provisão é a diferença entre o valor em livrosdos activos e o valor presente dos fluxos futuros de caixa estimados, descontados à taxa de juro efectiva. Ovalor da provisão é registado no demonstrativo de lucros e perdas.

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c) Investimentos que o Grupo tem a intenção de manter até o seu vencimento.São activos financeiros com pagamentos fixos ou determináveis e vencimentos fixos que o Grupo tem aintenção positiva e a capacidade de manter até o seu vencimento. Durante o ano, o Grupo não mantevequalquer investimento desta categoria.

d) Activos financeiros disponíveis para a vendaOs activos financeiros disponíveis para a venda são não-derivados, são designados nesta categoria ou nãose classificam em qualquer uma das outras . Incluem-se nos activos não correntes a menos que se preten-da alienar o investimento nos 12 meses seguintes à data do balanço.

e) Empréstimos e contas a pagar.Inicialmente, são registados no seu montante razoável, custos líquidos em que se incorreu na transacção.Posteriormente, são avaliados pela dívida pendente de acordo com o método da taxa de juro efectiva.

A Sociedade, à data da emissão dos presentes estados financeiros, não tem emitidas acções preferenciaiscom amortização obrigatória numa data concreta, que devam ser classificadas com o passivo.Também nãodispôs da emissão de bónus convertíveis ou de qualquer outra natureza.

Os recursos alheios classificam-se como passivos correntes a menos que o Grupo, tenha direito incondi-cional a diferir da sua liquidação durante pelo menos 12 meses depois do encerramento do balanço.

2.9 EXISTÊNCIAS

As existências são avaliadas pelo seu custo ou pelo seu valor realizável, o menor dos dois. O custo é deter-minado pelo método FIFO. No custo dos produtos terminados e dos produtos em curso incluem-se oscustos de produção (matérias-primas, mão-de-obra directa, outros custos directos e despesas gerais defabrico). O valor líquido realizável é o preço estimado no curso normal do negócio, menos os custos variá-veis de venda aplicáveis.

2.10. DINHEIRO E EQUIVALENTES A CAIXA

Este ponto regista o dinheiro em caixa, os depósitos à vista em entidades de crédito e outros investimentos acurto prazo de grande liquidez com o vencimento original de três meses ou menos. Os descobertos bancá-rios no balanço patrimonial são classificados como recursos alheios no passivo corrente.

2.11 CAPITAL SOCIAL

As acções ordinárias são classificadas como situação líquida. O grupo não tem emitidas acções preferenciais.

Os custos por emissão de novas acções apresentam-se na situação líquida como uma dedução, líquida deimpostos, das receitas obtidas.

Quando uma entidade do Grupo adquire acções próprias, o valor pago, incluído em qualquer custo directo, édeduzido do património atribuível aos accionistas da Sociedade até o seu cancelamento, emissão ou alienação.Quando estas acções são vendidas ou posteriormente voltam a ser emitidas, o valor recebido, líquido de qual-quer custo directo e os respectivos efeitos de impostos sobre os lucros, inclui-se na situação líquida atribuívelaos accionistas da Sociedade.

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2.12 IMPOSTOS SOBRE LUCROS

São calculados, de acordo com o método de passivo, sobre as diferenças temporárias que surgem entre asbases fiscais dos activos e passivos e dos seus valores em livros nas demonstrações financeiras consolidadas.O imposto diferido é determinado utilizando taxas tributárias e leis aprovadas na data do balanço e que seespera aplicar quando o respectivo activo ou passivo por imposto diferido seja realizado ou seja liquidadorespectivamente.

Os activos por impostos diferidos são registados no caso previsível de que se disponha dos lucros fiscais futu-ros com os quais poder compensar as diferenças temporárias. Estes activos, se proceder, são compensadoscom passivos da mesma natureza.

2.13 PRESTAÇÕES PARA OS EMPREGADOS

a) Obrigações por pensões e direitos posteriores à reforma.Em empresas espanholas não existem complementos nem prestações assumidos por este conceito.

Em empresas portuguesas, nos termos dos Regulamentos sobre Lucros Sociais em vigor, para as empresasGescartão, Portucel Viana e Portucel Embalagem, para determinados empregados com mais de cinco anosde serviço, incluídos os trabalhadores transferidos pela Portucel, S.A. em Maio de 1993, têm direitos pos-teriores a uma situação de invalidez ou um complemento mensal de pensão.

Este complemento é definido de acordo com uma fórmula que tem em consideração a remuneração men-sal bruta actualizada à categoria profissional do empregado à data da reforma e o número de anos de ser-viço, com o máximo de 30 anos, sendo também garantidas as pensões de sobrevivência dos cônjuges edescendentes directos.

A cobertura destas responsabilidades está assegurada por um fundo de pensões autónomo, denominadoFundo de Pensões Gescartão, administrado por entidade externa. Este fundo de pensões, foi constituídono dia 14 de Agosto de 2004, resultado da sua separação do Fundo de Pensões Portucel.

Com o fim de estimar as responsabilidades dos pagamentos dos referidos complementos de pensões, oscálculos actuariais dos mesmos, são efectuados semestralmente pela entidade externa.

As responsabilidades por pensões reconhecidas à data, das demonstrações financeiras anexas, representamo valor presente das referidas obrigações, deduzindo o valor real dos activos líquidos dos fundos de pen-sões e ajustado dos lucros e perdas actuariais não reconhecidas.

b) Compensações baseadas em acções.A Assembleia Geral e Ordinária de accionistas da EUROPAC de 5 de Junho de 2006 aprovou um aumen-to de capital até o limite de 500.000 acções novas para desenvolver um plano de acções para emprega-dos, directores e administradores da EUROPAC e das empresas do seu Grupo, permitindo aos beneficiá-rios subscrever acções ao preço de 4,33 euros com desconto no que diz respeito ao seu preço de mer-cado de 4,81 euros, o valor do desconto foi registado em “despesa de pessoal”.

Na data de emitir os presentes estados financeiros, o Grupo não tem assumidos compromissos baseadosnas compensações em acções da companhia.

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c) Indemnizações por cessação.Na data de emitir os presentes estados financeiros, o Grupo não tem assumidos compromissos por esteponto.

d) Planos de participação nos lucros e bónus.Parte de los Directores y todo el área comercial tiParte dos Directores e todo a área comercial têm o seuordenado dividido numa parte fixa e outra variável em função do grau de consecução de uma série deobjectivos.

Em Espanha, 56 pessoas têm a possibilidade de alcançar uma quantia retributiva cujo máximo teórico éconstruído como uma percentagem do salário fixo bruto anual. Esta percentagem máxima pode oscilarentre cinco e trinta por cento.

Durante o primeiro trimestre de cada ano, é estabelecido para essas pessoas, uma série de objectivos arealizar, normalmente, durante esse exercício. São objectivos de carácter quantitativo e qualitativo, deGrupo, Divisão, Unidade de Negócio, Departamento ou individuais.

Esses objectivos são fixados pela Empresa e tratam de favorecer dois aspectos: por um lado, a participaçãonos resultados económicos daqueles que ajudam na sua obtenção e, por outro, a orientação do esforçodiário de cada empregado aos objectivos estratégicos da Companhia.

A percepção real de cada empregado será a que corresponder à percentagem da obtenção dos objecti-vos estabelecidos que a avaliação considerar. A avaliação é feita durante o primeiro trimestre do exercícioseguinte e para ter direito a receber qualquer quantia, o empregado deve estar inscrito em 31 de Marçodo exercício em que o pagamento é realizado.

Os custos gerados por esta política salarial, são reconhecidos contabilisticamente, mediante a provisãocorrespondente mensalmente.

2.14. PROVISIONES

As provisões para a restauração ambiental, a reestruturação e litígios são reconhecidos quando se tem umaobrigação presente, quer seja legal ou implícita, como resultado de eventos passados e o seu valor foi esti-mado de forma fiável. Não se reconhecem provisões para perdas de exploração futuras.

2.15 RECONHECIMENTO DE RECEITAS ORDINÁRIAS

Incluem o montante razoável para a venda de bens e serviços, líquido de impostos sobre o valor acres-centado, devoluções e descontos e depois de eliminadas as vendas entre empresas do grupo. São regista-das quando os produtos são entregues ao cliente e a cobro da operação está razoavelmente assegurada.

As receitas por prestações de serviços são registadas no exercício contabilístico em que os mesmos sãoprestados, quer de forma total ou com base ao serviço real proporcionado como uma percentagem doglobal. As receitas por juros são reconhecidas utilizando o método da taxa de juro efectiva .

As receitas por dividendos e subsídios são reconhecidas quando se estabelece o direito de receber o paga-mento, isto é, no momento do seu vencimento.

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2.16 ARRENDAMENTOS

O grupo tem cedido o direito de uso de determinados activos mediante contratos de arrendamento.

Os arrendamentos nos quais o contrato transfere ao Grupo substancialmente todos os riscos e lucrosinerentes à propriedade dos activos classificam-se como arrendamentos financeiros e, em caso contrário,classificam-se como arrendamentos operativos.O grupo avalia o fundo económico dos contratos com o objectivo de determinar a existência de arren-damentos implícitos. Um contrato é ou contém um arrendamento se o cumprimento do acordo dependedo uso de um activo ou activos específicos. Nestes casos, o Grupo separa no início do contrato, em fun-ção dos seus montantes razoáveis, os pagamentos e as contrapartidas relativos ao arrendamento dos res-pectivos ao resto dos elementos incorporados ao acordo. Os pagamentos relativos ao arrendamento regis-tam-se mediante a aplicação dos critérios aos quais se faz referência nesta nota.

2.17 DISTRIBUIÇÃO DE DIVIDENDOS

A distribuição de dividendos aos accionistas da Sociedade é registada como um passivo nas demonstraçõ-es financeiras do Grupo no exercício em que os dividendos são aprovados pelos accionistas da Sociedade.

2.18 AMBIENTE

O grupo EUROPAC atribui uma alta prioridade em assegurar o cumprimento de todos os regulamentospertinentes relativos ao ambiente.

A própria actividade levada a cabo pelo Grupo tem uma elevada contribuição no que diz respeito aoambiente. No seu processo produtivo, o Grupo recicla anualmente nas suas instalações de Espanha ePortugal, mais de 390.000 toneladas de papel recuperado evitando desta maneira que os resíduos afectemaos aterros e reduzindo assim a emissão de CO2.

ETARA EUROPAC, durante o ano de 2006, mesmo aumentando a produção em 30% em Alcolea del Cinca eem 4,8% na fábrica de Dueñas no que diz respeito ao ano passado. No entanto, manteve os valores dedescarga semelhantes aos obtidos no exercício de 2005. Com estes valores cumpre-se de sobra o acordoMIMAM-ASPAPEL, e nos aproximamos aos valores mencionados no BREF (Reference Document on BestAvailable Techniques in the Pulp and Paper Industry) da IPPC, no qual figuram os níveis de emissão asso-ciados ao uso das melhores técnicas disponíveis, que entrará em vigor no ano de 2007.

Na fábrica de Dueñas foi instalado uma nova centrífuga para os lodos biológicos para melhorar o seu acon-dicionamento e poder valorizar melhor estes lodos com fins agrícolas.

ISO 14.001Os dias 15 e 16 de Novembro em Alcolea e nos dias 30 e 31 de Março em Dueñas foram levados a cabopela AENOR as auditorias da norma UNE EN ISO 14.001:2.004. As auditorias excederam com sucesso,cumprindo assim com o nosso compromisso de melhoria contínua, de acordo com a conservação e res-peito ao ambiente.

Na fábrica de Alcolea e dentro do programa de gestão ambiental, no ano de 2006, foram levadas a cabouma série de melhorias como a eliminação da soda cáustica no processo de fabrico de papel e a centrali-zação do armazém de óleos e gorduras junto com o armazém de produtos químicos e resíduos perigosos.

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Por sua vez, na fábrica de Dueñas, foram levadas a cabo uma série de melhorias como:1. Reduzir a quantidade de resíduo sólido que é separado do processo de fabrico do papel em 20%, além

de obter a separação em três tipos os resíduos (fracção plástica, fracção pasta de papel, e fracção mis-tura de metais, plásticos e papel) para uma futura valorização térmica.

2. Maior duração do uso do óleo de turbinas, reduzindo o consumo do mesmo por meio de filtração emcontínuo do óleo das turbinas.

3. Redução do consumo energético (eléctrico) mediante a realização de um estudo da engenharia Incepalsobre a eficiência energética e a posterior implantação dos possíveis equipamentos detectados.

4. Controlar o consumo de colas e evitar possíveis descargas nos depósitos de armazenamento com a ins-talação de detectores de nível nos depósitos de armazenamento.

5. Estudo sobre a utilização do biogás gerado no reactor anaeróbio da ETAR para a poupança de gás natu-ral na co-geração

IPPCNa data de 07/12/2006 foi entregue no registo do Instituto Aragonês de Gestão Ambiental o “ProjectoBásico para a solicitação de Autorização Ambiental Integrada da Fábrica Papeles y Cartones de Europa, S.A.em Alcolea de Cinca”.

Na data de 21/07/2006 foi entregue no registo do Serviço Territorial do Ambiente de Palência do Governoda Castela e Leão o “Projecto Básico para a solicitação de Autorização Ambiental Integrada da FábricaPapeles y Cartones de Europa, S.A. em Dueñas.”

EMISSÕES DE CO2Na fábrica de Alcolea del Cinca, uma vez obtida a Autorização de Emissão de Gases de Efeito Estufa, aofinal do ano de 2005 solicitou-se a actualização da Autorização de Emissão de Gases de Efeito Estufa e aActualização da solicitação de Atribuição de Direitos de Emissão para o período 2005-2007" devido areforma da MP3, já que deveriam ocorrer mudanças na instalação com o fim de aumentar a produção depapel e também fabricar uma nova qualidade de papel.

Em 2006, recebeu-se a Resolução de 16 de Janeiro de 2006, do Instituto Aragonês de Gestão Ambientalna qual se modifica a Autorização de Emissão de Gases de Efeito Estufa conforme os novos dados pro-porcionados.

No ano de 2005, finalizou-se com umas emissões totais de 52.758 toneladas de CO2 equivalente.

As emissões totais do exercício de 2006 foram de 51.524 toneladas de CO2 equivalente, sendo algo infe-riores às do passado ano visto que a máquina MP3 esteve parada durante a reforma.

Na fábrica de Dueñas, uma vez obtida a Autorização de Emissão de Gases de Efeito Estufa, solicitou-se nadata 30 de Junho de 2005, a actualização da Autorização de Emissão de Gases de Efeito Estufa.

A AENOR realizou auditoria sobre esta autorização e emitiu relatório favorável de emissões de gases deefeito estufa na data de 14 de Fevereiro de 2006. Este relatório foi enviado para a direcção-geral da qua-lidade ambiental da secretaria do ambiente do Governo da Castela e Leão.

As emissões totais do exercício de 2006 foram de 89.441 toneladas de CO2 .

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2.19 CLASSIFICAÇÃO DE ACTIVOS E PASSIVOS ENTRE CORRENTE E NÃO CORRENTE

O grupo apresenta o balanço patrimonial consolidado classificando activos e passivos entre corrente ecorrente. Para estes efeitos são activos ou passivos correntes aqueles que cumpram os seguintes critérios:

Os activos classificam-se como correntes quando se espera realizá-los ou se pretende vendê-los ou con-sumi-los no decorrer do ciclo normal da exploração do Grupo, mantêm-se fundamentalmente com fins denegociação, espera-se realizá-los dentro do período dos doze meses posteriores à data de encerramentoou trata-se de dinheiro ou outros meios líquidos equivalentes, excepto naqueles casos em que não pos-sam ser trocados ou utilizados para cancelar um passivo, pelo menos dentro dos doze meses seguintes àdata de encerramento.

Os passivos classificam-se como correntes quando se espera liquidá-los no ciclo normal da exploração doGrupo, mantêm-se fundamentalmente para a sua negociação, devem ser liquidados dentro do período dedoze meses a partir da data de encerramento ou o Grupo não tem o direito incondicional para adiar ocancelamento dos passivos durante os doze meses seguintes à data de encerramento.

Os passivos financeiros classificam-se como correntes quando devam ser liquidados dentro dos doze mesesseguintes à data de encerramento mesmo que o prazo original seja por um período superior a doze mesese exista um acordo de refinanciamento ou de reestruturação dos pagamentos a longo prazo que tenhaconcluído depois da data de encerramento e antes de as contas anuais consolidas serem elaboradas.

3. GESTÃO DO RISCO FINANCEIRO

Relativamente a este ponto, o Grupo, devido à concentração da sua actividade na península ibérica, estáexposto principalmente a riscos de taxa de juro e de crédito, já que outros riscos financeiros, como o deco-rrente da evolução das taxas de câmbio, mesmo que também estejam dentro da política geral de gestãode riscos do Grupo, o seu possível impacto não é relevante, pois além de limitadas em valor, são operaçõ-es comerciais a curto prazo e são feitas nomeadamente em dólares US.

A gestão do risco financeiro está controlada pela Direcção de Recursos do Grupo ao abrigo das políticasaprovadas pela Comissão Executiva.

As actuações concretas de gestão financeira das taxas de juro e dos riscos de crédito são:

a) Risco de créditoO grupo não tem concentrações significativas de risco de crédito. Além disso, o Grupo tem contratadasapólices de seguro de crédito e tem estabelecidas directrizes e políticas claras para garantir, que as vendassejam feitas a clientes com crédito adequado.

b) Risco de taxas de juroDada a consciência geral dentro do Grupo da previsível evolução em alta das taxas de juro, a taxa de jurovariável dos seus contratos de empréstimo e de créditos e para limitar o possível impacto futuro nos seusestados financeiros, o Grupo tem contratado um seguro de taxa de juro que limita o crescimento das taxasaté um limite considerado como razoável e assumível.

c) Risco operações de coberturas O grupo tem efectuado determinados contratos de coberturas para garantir a evolução das taxas de jurode créditos em vigor (nota 17).

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4. ESTIMATIVAS E OPINIÕES CONTABILÍSTICAS IMPORTANTES

O grupo Europac tem definidas as Sociedades Legais independentes como Unidades IndependentesGeradoras de Caixa. No entanto, a Sociedade não tem distribuído, se não for possível a sua identificação,o seu fundo de comércio ou outros activos intangíveis com vida útil indeterminada entre diversas unidadesgeradoras de caixa, mas sim que se faz a um nível superior de Subgrupo.

Durante o exercício de 2005, a Europac aplicou parte do seu fundo de comércio gerado pela aquisição daGescartão à partida de “Terrenos e Edifícios” e isso com base a uma actualização do Valor, emitida por umaSociedade pericial independente e de prestígio.Esta avaliação não está baseada no valor de uso dos activos, mas sim no que a empresa consultora estáencarregada de realizar a avaliação utilizou o método de custo. Para isso, na sua avaliação foram conside-radas diferentes tipologias de edifícios e terrenos e foram agrupadas, com base às suas características cons-trutivas e aos seus respectivos custo de construção e valor de reposição.

O resto de estimativas e opiniões utilizados por parte da Companhia, baseiam-se em orçamentos efectua-dos com base num princípio de continuidade do negócio, com projecções de estabilidade de preços demercado e com leves oscilações nos preços dos custos.

As perdas por agravamento do fundo de comércio são analisadas anualmente caso tenham sofrido algumaperda de agravamento do valor, de acordo com a política contabilística referida no ponto 2.7.

5. INFORMAÇÃO FINANCEIRA POR SEGMENTOS

O grupo tem estabelecidas quatro áreas de negócio principais com as quais tem alinhada a sua organização:

Papel. área responsável pela produção e comercialização de papel para embalagem.

Energia: linha de negócio responsável pela produção e comercialização de energia, eléctrica e térmica,principalmente para o fornecimento das fábricas de papel. O excedente é revertido à rede.

Cartão. segmento responsável pela produção e comercialização de cartão ondulado e de embalagemde cartão, em todas as suas diferentes aplicações.

Serviços. responsável pelos serviços de suporte, como por exemplo a gestão dos sistemas de informação e do resto das actividades e serviços residuais desenvolvidos pelo grupo, como por exemplo a gestão do transporte marítimo.

A principal informação relativa a estes segmentos é a seguinte:

EXERCÍCIO 2006Vendas Vendas Total Rdo.Bruto

Terceiros Grupo Vendas ExploraçãoPapel 179.291,8 16.767,6 196.059,4 56.035Energia 31.293,4 0,0 31.293,4 7.584Cartão 131.149,8 6.720,0 137.869,8 4.074Serviços 1.523,5 4.402,7 5.926,2 -3.187Consolidado 343.258,5 Agregado 64.506

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EXERCÍCIO 2005Vendas Vendas Total Rdo.Bruto

Terceros Grupo Vendas ExploraçãoPapel 143.346,7 53.139,3 196.486,0 43.058,9Energia 20.396,3 31.519,5 51.915,8 4.019,3Cartão 119.853,5 11.492,4 131.345,9 7.505,4Serviços 1.116,9 4.188,8 5.305,7 -4.355,5

Consolidado 284.713,4 50.228,1

6. IMOBILIZADO CORPÓREO

Um detalhe desta rubrica em 31.12.06 é o seguinte:

ANÁLISE DO MOVIMENTO DO IMOBILIZADO CORPÓREO 2006

Saldo Inicial em Saldo FinalTítulo 01.01.2006 Aumentos Baixas Trespasses em 31.12.2006COSTESTerrenos e Bens Natur. 36.543.764 1.793.999 -623.000 0 37.714.763Construções 109.028.909 7.911.354 0 3.616.760 120.557.023Instalações Técnicas 80.153.747 126.209 -76.659 120.928 80.324.225Maquinaria 383.322.898 27.576.110 -44.420 3.592.654 414.447.243Utensílio 856.587 9.493 -86.054 0 780.026Mobiliário 8.743.690 30.545 -87.897 0 8.686.338Equipamentos Proc. Inform. 1.275.024 5.230 0 0 1.280.254Elementos Transporte 9.566.382 116.442 -1.405.593 0 8.277.232Outro Imobiliz. Corpóreo 16.535.648 1.716.165 -3.801.252 0 14.450.561Adiantamentos e imobi. curso 18.548.325 21.534.156 0 -7.330.343 32.752.138

Total 664.574.974 60.819.704 -6.124.875 0 719.269.803

AMORTIZAÇÃOConstruções 33.270.926 5.226.687 0 0 38.497.613Instalações Técnicas 31.598.410 5.607.293 -37.861 0 37.167.842Maquinaria 206.861.199 18.577.063 -25.180 0 225.413.081Utensílio 669.666 20.135 -114.477 0 575.324Mobiliário 5.866.031 476.717 0 0 6.342.748Equipamentos Proc. Inform. 1.104.392 101.555 0 0 1.205.947Elementos Transporte 7.183.921 103.079 -528.634 0 6.758.366Outro Imobiliz. Corpóreo 15.205.535 2.009.980 -3.583.992 0 13.631.523

Total 301.760.080 32.122.509 -4.290.144 0 329.592.445

TOTAL LÍQUIDO 362.814.895 28.697.195 -1.834.731 0 389.677.358

Nas contas de terrenos e edifícios de sociedades portuguesas, procedeu-se à actualização de valores, conformeé indicado na nota 7,“Fundo de Comércio”, para ajustar os valores de aquisição relativos a compras efectuadasno exercício de 2005 e anteriores, ao passar a Europac a controlar as sociedades correspondentes, no valor de25,8 milhões de euros, e cuja distribuição é pormenorizada na nota 7.

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A rubrica “Adiantamentos e Imobilizado em curso” corresponde principalmente aos investimentos realizados,que no encerramento destas contas anuais se encontram em processo de instalação ou de colocação em fun-cionamento, salientando-se as obras de adução de água do rio na fábrica de papel de Alcolea, a nova caldeirapara co-geração e os investimentos na minimização dos resíduos sólidos na fábrica de papel de Dueñas.Salientam-se também os investimentos numa nova prensa para dobrar, na fábrica de cartão de Dueñas. Por últi-mo, há que salientar os investimentos realizados num novo flexo para impressão na fábrica de Ribarroja. EmPortugal, o mais relevante é a construção de uma caldeira de biomassa no valor de 4,8 milhões de euros e aconstrução de uma nova unidade fabril em Viana do Castelo no valor de 4,7 milhões de euros.

Todo o conjunto das imobilizações corpóreas está coberto por uma apólice de seguro suficiente para garantiro seu valor de reposição.

O detalhe desta rubrica em 31.12.2005 é o seguinte:

ANÁLISE DO MOVIMENTO DO IMOBILIZADO CORPÓREO 2005

Saldo Inicial Variação Actualização Saldo FinalTítulo em 01.01.2005 Perim. Cons. Aumentos Baixas Trespasses de valores em 31.12.2005COSTESTerrenos e Bens Natur. 16.263.724 10.085.983 201.991 -337.633 -1.960 10.331.659 36.543.764Construções 58.532.654 33.285.664 158.767 -326.654 1.846.941 15.531.537 109.028.909Instalações Técnicas 83.791.105 3.612 1.232.926 -5.855.710 981.814 0 80.153.747Maquinaria 237.308.546 111.297.701 11.534.090 -5.257.839 28.440.400 0 383.322.898Utensílio 503.260 297.340 68.051 -12.368 304 0 856.587Mobiliário 4.970.531 3.254.004 160.890 265.450 92.815 0 8.743.690Equipamentos Proc. Inform. 1.305.334 689 12.301 -43.479 179 0 1.275.024Elementos Transporte 5.806.127 3.698.897 370.469 -309.461 350 0 9.566.382Outro Imobiliz. Corpóreol 9.364.930 6.903.657 482.169 -19.686 -195.422 0 16.535.648Adiantamentos e imobi. curso 13.088.140 8.217.248 29.149.582 -814.496 -31.092.149 0 18.548.325

Total 430.934.352 177.044.795 43.371.236 -12.711.876 73.272 25.863.196 664.574.974

AMORTIZAÇÃOConstruções 18.604.871 13.290.752 1.805.851 -430.548 0 0 33.270.926Instalações Técnicas 31.704.951 1.854 3.900.522 -4.008.917 0 0 31.598.410Maquinaria 121.377.214 70.963.394 19.306.978 -4.780.997 -5.390 0 206.861.199Utensílio 352.103 266.520 61.501 -11.748 1.290 0 669.666Mobiliário 3.357.787 2.333.360 437.080 -262.273 77 0 5.866.031Equipamentos Proc. Informac. 946.553 490 162.643 -5.294 0 0 1.104.392Elementos Transporte 3.955.638 3.010.479 500.753 -283.243 294 0 7.183.921Outro Imobiliz. Corpóreo 8.430.315 6.447.148 250.885 186 77.001 0 15.205.535

Total 188.729.432 96.313.997 26.426.213 -9.782.834 73.272 0 301.760.080

TOTAL LÍQUIDO 242.204.920 80.730.798 16.945.023 -2.929.042 0 25.863.196 362.814.895

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7. FUNDO DE COMÉRCIO

Um detalhe desta rubrica em 31.12.2006, é o seguinte:

ANÁLISE DO MOVIMENTO DO FUNDO DE COMÉRCIO 2006

Saldo Inicial Variação de Saldo FinalDotações em 01.01.2006 Perímetro Aumentos em 31.12.2006SociedadeTrasloga, S.L. 1.529.343 0 1.529.343Torrespack 2000, S.A. 391.655 0 391.655Cartonajes Santander, S.L. 75.819 0 75.819Imocapital, SGPS, S.A. 280.978 0 280.978Cartova, S.A. 1.463.403 0 1.463.403Gescartão, SGPS 29.413.259 2.642.337 32.055.596Cartonajes Esteve y Nadal, S.L. 1.966.800 6.027 1.972.827Portucel Viana Energía 1.380.650 0 1.380.650Manuel Rodrigues de Almeida & Filhos, Lda. 0 0 1.429.962 1.429.962Fabrica de Papel do Ave 2.944.306 0 0 2.944.306

Total 39.446.213 2.648.364 1.429.962 43.524.539

Durante o exercício de 2006, foi gerado um fundo de comércio adicional devido a:

Operação de aquisição de 2,892% adicional da GESCARTÃO, SGPS, S.A., no valor de compra de 8,6 mil-hões de euros, menos o montante razoável aproximado de 5,97 milhões de euros, o que gera um fundode comércio de 2,64 milhões de euros, conforme o seguinte detalhe:

2,892%Montante razoável Gescartão Montante razoável Gescartão

31/12/06 31/12/06(milhares de Euros) (milhares de Euros)

Activos Não correntes 229.810 6.646Activos correntes 140.500 3.837

Total Activo 370.310 10.709

Passivos Não correntes 80.153 2.318Passivos correntes 77.105 2.230

Total Passivos 157.258 4.548

Fundos Próprios 213.052 5.935Minoritários -404 -12Ajustamento lucro do período -15.201 -440

Montante Razoável 197.447 5.484

Ajuste actualización de valores 487

Montante Razoável com 5.971

Valor Adquisición 8.613

Fundo de Comércio gerado 2.642

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Operação de aquisição de 1% adicional da Cartonajes Esteve y Nadal S.L., no valor de compra de 36.533euros menos o montante razoável de 30.506 euros, o que gera um fundo de comércio de 6.027 euros.

Em Setembro de 2006, foi adquirido 51% do capital da Sociedade Manuel Rodrigues de Almeida & Filhos,Lda. (MRA). Na mesma data, a Gescartão fez um contrato de Opção de Compra e Venda sobre os 49%restantes do capital social.

Os activos e passivos identificados à data de aquisição de MRA e os seus valores oferecidos para o balan-ço consolidado de 31 de Dezembro de 2006, foram os seguintes:

Activos e passivosadquiridos

Imobilizado Corpóreo e incorpóreo 2.151.858Fundo de Comércio

Activos não correntes 2.151.858

Existências 155.149Clientes 448.535Outros activos correntes 272.756

Activos correntes 876.440

Passivos por impostos diferidos (288.717)Outros passivos não correntes (17.535)

Passivos não correntes (306.252)

Empréstimos (200.000)Provedores (422.709)Outros passivos correntes (410.678)Passivos correntes (1.033.387)

Total 1.688.658

Fundo de Comércio 1.429.963

Preço de Aquisição 3.118.621

De acordo com os termos da NIIF 3, o custo de aquisição da participação financeira na MRA foi imputa-da pelo montante razoável dos activos e passivos identificados da empresa. A imputação no imobilizadocorpóreo foi feita de acordo com uma avaliação efectuada por uma entidade independente especializadae representou um aumento do valor de terrenos e edifícios de 800.781 euros, líquido de passivos porimpostos diferidos.

Em resumo, o Fundo de Comércio acumulado pelas operações anteriores é de 43,5 milhões de euros.E um detalhe desta mesma rubrica em 31.12.05 é o seguinte:

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ANÁLISE DO MOVIMENTO DO FUNDO DE COMÉRCIO 2005

Saldo Inicial Variação de Saldo FinalDotações em 01.01.2005 Perímetro Aumentos Correcção em 31.12.2005Sociedade Re-expresadoTrasloga, S.L. 1.529.343 0 1.529.343Torrespack 2000, S.A. 391.655 0 391.655Cartonajes Santander, S.L. 0 75.819 75.819Imocapital, SGPS, S.A. 280.978 0 280.978Cartova, S.A. 1.463.403 0 1.463.403Gescartão, SGPS 488.076 0 27.528.443 1.396.740 29.413.259Cartonajes Esteve y Nadal, S.L. 1.966.800 0 1.966.800Portucel Viana Energía 690.325 690.325 1.380.650Fabrica de Papel do Ave 2.171.507 0 772.799 2.944.306

Total 8.982.087 766.144 28.301.242 39.446.213

Os valores são determinados conforme é indicado no ponto 2.6.a.

A operação de aquisição realizada na data de 30.03.05 com a SONAE (empresa independente do Grupo),de 50% da IMOCAPITAL, que corresponde à participação indirecta de 32,5% na GESCARTÃO, SGPS, S.A.e uma compra directa de 3,58% da GESCARTÃO, SGPS, S.A., geram inicialmente um Fundo de Comérciode 28,055 milhares de euros (valor de aquisição 97,9 milhões de euros menos o valor em livros de 69,8milhões de euros). Noutra fase, a aquisição, durante todo o exercício de 2005, de 8,97% por parte da IMO-CAPITAL da GESCARTÃO, SGPS, S.A. gerou, inicialmente, um Fundo de Comércio de 6,2 milhões de euros(valor de aquisição 24,3 milhões de euros menos o valor em livros de 18,1 milhões de euros). Igualmente,a aquisição directa de 6,25% por parte da Europac da GESCARTÃO, SGPS, S.A., gerou um Fundo deComércio de 3,9 milhões de euros (valor de aquisição 17,1 milhões de euros menos o valor em livros de13,2 milhões de euros).

Com o fim de aplicar aos valores do activo, o seu montante razoável, avaliaram-se os terrenos e os edifí-cios que compõem o activo das empresas que integram o balanço consolidado da GESCARTÃO, SGPS,S.A. A avaliação foi emitida por uma empresa portuguesa independente. (Nota 4)

A actualização conforme o relatório anteriormente mencionado, foi aplicada de acordo com o detalhe aseguir :

AplicaçãoOutros Juros

Actualização Valoração Efeito Fiscal Valor Líquido Fdo Comércio Património MinoritáriosTerrenos 10.331.669 2.841.209 7.490.460 3.877.062 2.434.400 1.178.998Edificios 15.531.527 4.271.173 11.260.354 5.828.351 3.659.623 1.772.380

Total 25.863.196 7.112.382 18.750.814 9.705.413 6.094.023 2.951.378

Correcção da aplicação dos aumentos de valor do activo, realizado no exercício de 2005, na parte relati-va ao imposto diferido gerado pela aplicação do impacto fiscal na actualização do valor dos terrenos.Tudoisso conforme a SIC 21 e no valor de 1.397 milhares de euros.

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8. OUTROS ACTIVOS INTANGÍVEIS

Um detalhe desta rubrica em 31.12.06 é o seguinte:

ANÁLISE DO MOVIMENTO DE OUTROS ACTIVOS INTANGÍVEIS 2006

Saldo Inicial Variação Saldo FinalTítulo em 01.01.2006 Aumentos Baixas Trespasses por NIF em 31.12.2006CUSTOSDesp. Investig. Desenv. 5.545.742 0 0 0 0 5.545.742Propried. Industrial 37.107 40.090 -180 0 0 77.017Aplica. Informátic. 4.657.934 1.655.681 0 0 0 6.313.615Direitos Emissões CO2 6.215.257 7.340.311 -4.088.301 0 0 9.467.267Imobilizado em curso 4.113.431 1.290.143 -578.342 0 0 4.825.232

Total 20.569.471 10.326.225 -4.666.823 0 0 26.228.873

AMORTIZAÇÃODesp. Investig. Desenv. 5.064.293 186.195 0 0 0 5.250.488Propried. Industrial 27.208 9.398 0 0 0 36.606Aplica. Informátic. 2.308.738 593.565 0 0 0 2.902.303

Total 7.400.239 789.157 0 0 0 8.189.396

TOTAL LÍQUIDO 13.169.232 9.537.068 -4.666.823 0 0 18.039.477

Os Direitos de Emissão CO2 têm a sua origem nas atribuições concedidas pelas administrações corres-pondentes para cumprir com o efeito de estufa, conforme o indicado na nota 2.6.d.

O valor relativo às Imobilizações em Curso corresponde ao projecto de construção de uma fábrica depapel, para a indústria da embalagem, situada em Viana do Castelo, para cumprir com os requisitos do com-promisso assumido com a Administração Portuguesa, conforme o indicado na nota 20.

O investimento em “Aplicações Informáticas” é consequência da decisão tomada pela Empresa de actuali-zar o seu sistema de gestão informática, já que o anterior tinha ficado obsoleto. O sistema escolhido foi oSAP. O passo dado tem um elevado conteúdo estratégico para a nossa Empresa. A implantação para omódulo de Finanças e Controlling foi efectauda em 2003, e o resto dos módulos, que foram logísticos,foram implantados, em grande parte, nos exercícios de 2004 e 2005. Esta implantação foi concluída duran-te o ano de 2006 e teve que se adaptar o programa ao resto das empresas incorporadas no Grupo.

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Um detalhe desta mesma rubrica em 31.12.05 é o seguinte:

ANÁLISE DO MOVIMENTO DE OUTROS ACTIVOS INTANGÍVEIS 2005

Saldo Inicial Variação de Saldo FinalTítulo em 01.01.2005 Perímetro Aumentos Baixas Trespasses em 31.12.2005COSTESDesp. Investig. Desenv. 4.849.276 4.718.827 306.892 0 -4.329.253 5.545.742Propried. Industrial 18.554 18.553 0 0 0 37.107Aplica. Informátic. 2.410.086 1.704.997 406.553 -2.447 138.745 4.657.934Direitos Emissões CO2 0 0 6.215.257 0 0 6.215.257Imobilizado em curso 0 0 0 0 4.113.431 4.113.431

Total 7.277.916 6.442.377 6.928.702 -2.447 -77.077 20.569.471

AMORTIZAÇÃODesp. Investig. Desenv. 2.404.380 2.404.380 255.533 0 0 5.064.293Propried. Industrial 11.385 11.385 4.438 0 0 27.208Aplica. Informátic. 258.908 1.758.214 371.140 -2.447 -77.077 2.308.738

Total 2.674.673 4.173.979 631.111 -2.447 -77.077 7.400.239

TOTAL LÍQUIDO 4.603.243 2.268.398 6.297.591 0 0 13.169.232

9. ACTIVOS FINANCEIROS NÃO CORRENTES

Um detalhe desta rubrica em 31.12.06 é o seguinte:

Saldo Inicial Variação de Saldo FinalEntidade em 01.01.2006 Perímetro Aumentos Saídas Trespasses em 31.12.2006Empresas participadas:

Sociedade e % de participaçãoCartonajes Mimó, S.L. (12,02%) 233.161 0 0 0 0 233.161Cartonajes Marcuello, S.L. (11,97%) 74.775 0 0 0 0 74.775Renova , Generación Energías (24%) 0 48.000 48.000Cartón Soler,S.L. (12,53%) 67.436 0 0 0 0 67.436Cartocer, Fca. C. C.L., Lda. (15,00%) 300.000 0 0 0 0 300.000

Valor Participações 675.372 48.000 0 0 0 723.372Provisão depreciação -22.111 0 0 0 0 -22.111Créditos 1.866.286 0 706.753 0 0 2.573.039

Total Empresas Participadas 2.519.547 48.000 706.753 0 0 3.274.300

Outros investimentos Financeiros:Outros investimentos 408.187 0 518.035 0 0 926.222Derivado Financeiro (Nota 17) 0 0 639.430 0 0 639.430Cauções Constituídas 74.089 0 0 -12.717 0 61.372

Total Outros investimentos 482.276 0 1.157.465 -12.717 0 1.627.024

TOTAL LÍQUIDO 3.001.823 48.000 1.864.218 -12.717 0 4.901.324

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No ponto de investimentos em Empresas participadas, há que salientar a constituição da empresa Renova,Generación de Energías Renovables S.L., na qual o Grupo Euroapc participa em 24%, e que baseia a suaactividade na geração energética.

No valor correspondente a linhas de créditos para o grupo há que salientar um empréstimo para a FilialCartonajes Esteve y Nadal, e no capítulo de investimentos financeiros não correntes a valoração do Swapda EUROPAC no valor de 639 milhares de euros e os investimentos realizados pela Imocapital naSociedade Baldio de Paula por 452 milhares de euros.

Um detalhe desta mesma rubrica em 31.12.05 é o seguinte:

Saldo Inicial Variação de Saldo FinalEntidade em 01.01.2005 Perímetro Aumentos Saídas Trespasses em 31.12.2005Empresas participadas:

Sociedad y % de participación:Cartonajes Mimó, S.L. (12,02%) 233.161 0 0 0 0 233.161Cartonajes Marcuello, S.L. (11,97%) 74.775 0 0 0 0 74.775Cartón Soler, S.L. (12,53%) 67.436 0 0 0 0 67.436Cartocer, Fca. C. C.L., Lda. (15,00%) 300.578 0 0 -578 0 300.000Investalentejo, SGPS, S.A. (51,00%) 0 0 1.963.768 0 0 1.963.768Valor Participações 675.950 0 1.963.768 -578 0 2.639.140Provisão depreciação -22.111 0 0 0 0 -22.111Créditos 14.915.468 -12.312.472 121.393 -858.103 0 1.866.286

Total Empresas Participadas 15.569.307 -12.312.472 2.085.161 -858.681 0 4.483.315

Outros investimentos Financeiros:Cartopor 528.252 0 0 -528.252 0 0Outros investimentos 271.436 -2.500 139.251 0 0 408.187Cauções Constituídas 72.803 0 1.286 0 0 74.089

Total Outros investimentos 872.491 -2.500 140.537 -528.252 0 482.276

TOTAL LÍQUIDO 16.441.798 -12.314.972 2.225.698 -1.386.933 0 4.965.591

10. INVESTIMENTOS EM SOCIEDADES PELO MÉTODO DA PARTICIPAÇÃO

O valor desta rubrica corresponde à Sociedade Investalentejo (Nota 1.4), no valor de investimento de1.963.768 euros, menos uma provisão resultante de perdas ocorridas na posta em equivalência dos fundospróprios da sociedade no valor de 745.797 euros, o qual nos deixa um montante razoável da empresa de1.217.971 euros, em 31 de Dezembro de 2006.

No exercício de 2005, o investimento na Investalentejo, no valor de 1.963.768 euros, apareceu na rubricade “Activos Financeiros Não Correntes”. Este exercício foi reclassificado para se adaptar ao método da par-ticipação.

11. OUTROS ACTIVOS NÃO CORRENTES

O montante do saldo de 2006, no valor de 64 mil euros, assim como o de 2005, de 128 mil euros, corres-pondem, em ambos os casos, a dívidas actualizadas de cobranças pendentes, a médio e longo prazo.

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12. EXISTÊNCIAS

As existências em 31.12.06 e 31.12.05 eram compostas das seguintes rubricas:

Exercício ExercícioExistências 2006 2005Comerciais 5.203.387 6.159.204Matérias-Primas e Auxiliares 29.408.193 23.870.060Outros Aprovisionamentos 11.161.848 18.047.532

TOTAL 45.773.428 48.076.796

Geralmente, as existências encontram-se cobertas por apólices de seguros suficientes para cobrir o seu valorde reposição. Existem provisões sobre os valores de existências de matérias-primas no valor de 116,6 mil-hares de euros. O valor das mesmas apresenta-se no seu valor líquido. Na data de emissão destas contasanuais não existiam compromissos firmes de compra e venda de futuros contractos relativos a existências,que sejam dignos de relevância e que possam afectar significativamente estas contas.

13. DEVEDORES COMERCIAIS E OUTRAS CONTAS A COBRAR

Um detalhe desta rubrica em 31.12.06 é o seguinte:

Exercício ExercícioDevedores 2006 2005Clientes 49.983.740 48.779.803Empresas Participadas 4.793.064 1.422.626Devedores Vários 4.569.298 1.462.272Administrações Públicas 8.764.742 9.751.353

TOTAL 68.110.844 61.416.055

No ponto de Devedores Vários, salienta-se o crédito não comercial, que nas contas anuais consolidadas daIMOCAPITAL procede da dívida que a EDIA tem assumida com a Portucel Recicla, relativamente à indem-nização acordada pela desactivação da fábrica de Mourão, e que se encontra em reclamação judicial novalor de 7,8 milhões de euros. Nestas contas consolidadas, dada a situação do crédito, foi provisionado em100% e eliminado contra a provisão, portanto não aparece.

Os saldos das Administrações Públicas, no total de 8,76 milhões de euros, correspondem às entidades por-tuguesas, devido a impostos sobre o valor acrescentado da cobrança pendente e a impostos sobre o lucroque aguardam compensação.

Os saldos de Clientes correspondem a dívidas pendentes realtivas a fornecimentos. Existem saldos deCobrança Duvidosa que atingem a quantia de 1,4 milhões de euros e estão provisionados a 100%. O valordos saldos apresenta-se líquido.

As operações comerciais encontram-se garantidas mediante apólices de crédito comercial que garantem,com os limites acordados, uma indemnização pelas perdas finais que possam ser experimentadas comoconsequência da insolvência definitiva dos devedores.

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14. DINHEIRO E OUTROS MEIOS LÍQUIDOS EQUIVALENTES

Um detalhe desta rubrica em 31.12.06 e em 31.12.05 é o seguinte:

2006 2005

Caixa 3.395.373 87.552Bancos e depósitos 55.601.088 32.353.496Valores 6.763.920 12.595

TOTAL 65.760.381 32.453.644

O aumento verificado na epígrafe “Valores”, corresponde ao investimento classificado como activos corren-tes em fundos de Tesouraria a curto prazo.

15. OUTROS ACTIVOS FINANCEIROS CORRENTES

Esta rubrica contém pagamentos antecipados, por serviços de manutenção e conservação e por receitas diferidaspor juros, todos eles provenientes da filial Imocapital. A sua imputação no exercício de 2006 por estes conceitosfoi de 681 milhares de euros.

16. SITUAÇÃO LÍQUIDA

a) Capital socialO capital subscrito é formado por 52.876.366 acções, com o valor nominal de 2 euros cada uma, totalmente rea-lizado. O montante do capital é de 105.752.732 euros.As acções são negociadas no mercado contínuo da Bolsade Madrid e de Barcelona e estão representadas por meio de anotações em conta.

A Assembleia Geral de Accionistas, datada de 5 de Junho de 2006, autorizou o Conselho de Administração e, sefor o caso, a Comissão Executiva, a que estes, em conformidade com o disposto no artigo 153.1. b) do TextoRevisto da Lei de Sociedades Anónimas (LSA),“possam acordar um aumento do capital em determinadas condi-ções”, deixando sem efeito a autorização concedida ao Conselho de Administração pela Assembleia GeralOrdinária na data de 6 de Junho de 2005.

A Assembleia Geral Ordinária de accionistas da EUROPAC, de 5 de Junho de 2006, aprovou um aumento decapital até ao limite de 500.000 acções novas (o que representava um valor nominal do aumento de 1.000.000Euros, equivalente a 0,95% do capital social nesse momento em circulação) para desenvolver um plano de acçõ-es para empregados, directores e administradores da EUROPAC e das empresas do seu Grupo, permitindo aosbeneficiários subscrever acções com desconto, no que diz respeito ao seu preço de mercado, em concreto, aopreço de 4,33 euros por acção.

O aumento foi executado por este Conselho mediante votação por escrito e sem sessão recolhida, em acta data-da de 17 de Julho de 2006, que declarou a execução incompleta do aumento, mediante a emissão de 423.753acções novas, 84,75% do aumento de capital inicialmente proposto.

O aumento do capital social foi tornado público no dia 18 de Julho de 2006 perante o Notário deAlcobendas, o Sr. Jesus Alejandre Alberruche, sob o número 1.734 de ordem de seu protocolo e registan-do-se na Conservatória do Registo Comercial de Palência no 19 de Julho de 2006 no tomo 361, página 130,folha número P-2.350, inscrição 70. No dia 28 de Julho de 2006, com efeito a 31 de Julho de 2006, a emis-são foi admitida a negociação. De acordo com o Regulamento PAE, as acções subscritas foram bloqueadasdurante um prazo de 6 meses.

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Em 31 de Dezembro de 2006 e 2005, os principais accionistas e as suas participações eram as seguintes:

Titulares de Participações 2006 2005Harpalus, S.L. 37,22% 37,86%Zoco Inversiones, S.R.L. 5,97% 6,00%Compañía Andaluza de Rentas e Inversiones, S.A. 6,05% 6,00%Angel Fernández González 6,52% 6,13%Autocarteira 0,26% 0,16%Resto em participações menores de investidoresinstitucionais e particulares 43,98% 43,85%

b) Reservas Legais Conforme o artigo 214 da Lei de Sociedades Anónimas, um valor igual a dez por cento do lucro do exercícioserá destinado à reserva legal, até que esta alcance, pelo menos, vinte por cento do capital social.

c) Juros Minoritários.Corresponde à proporção do património das empresas incluídas na consolidação e que não correspon-dem ao grupo Europac. A variação do exercício de 2005 e 2006 foi a seguinte:

Juros Título MinoritáriosSaldo em 1 de Janeiro de 2005 21.879.155Resultado do exercício 2.421.814Ajustamento, variação da participação na Gescartão (mudança dePerímetro e variações) 15.403.859Actualizações, activos da Gescartão, participações anteriores 3.959.852Saldo em 31 de Dezembro de 2005 43.664.680Correcção de erros -521.076

Saldo em 31 de Dezembro de 2005 Reexpresso 43.143.604

Juros Título MinoritáriosSaldo al 1 de Enero de 2006 43.143.604Resultado do exercício 2.338.836Ajustamento, variação da participação em Gescartão (mudança dePerímetro e variações) -8.881.139Actualizações, activos da Gescartão, participações anteriores -1.040.255

Saldo em 31 de Dezembro de 2006 35.561.046

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17. PASSIVOS NÃO CORRENTES

Um detalhe desta rubrica em 31.12.06 e 31.12.05 é o seguinte:

Exercício Exercício Passivos Não Correntes 2006 Re-expresso 2005Dívidas com Entidades de Crédito 199.471.024 149.232.914Outros passivos financeiros: 26.573.185 11.670.572

Provedores de Investimento 18.787.264 10.470.987

Dívidas empresas participadas 2.460.420 0

Outras dívidas 5.325.501 1.199.585

Impostos diferidos (Nota 19) 25.140.628 32.186.416Provisões para compromissos com o pessoal 10.714.019 9.464.432Outras Provisões 5.000 102.054Outros passivos não correntes 2.012.526 3.700.280

TOTAL 263.916.382 206.356.668

O valor de 199,47 milhões de euros, a longo prazo, corresponde à utilização de créditos e empréstimos, salien-tando uma apólice sindicada por várias Entidades Financeiras no valor de 110 milhões de euros, dos quais 104 mil-hões de euros são a longo prazo. O resto corresponde a empréstimos e créditos em menor quantia, todos elescom vencimento a longo prazo.

O Empréstimo Sindicado anteriormente mencionado tem umas obrigações de carácter financeiro, que vencemna data 31.12.06.

Em 31.12.06 existem créditos e empréstimos de livre disposição no valor de 21,4 milhões de euros.

As taxas de juro nas operações anteriormente indicadas estão referenciadas ao Euribor, acrescidas de um dife-rencial, de acordo com as condições do mercado.

Os empréstimos e os créditos anteriores têm o seguinte calendário de pagamento:

ANOS MONTANTES2008 22,42009 26,52010 59,72011 34,6Resto 56,3TOTAL 199,5

Outros Passivos Financeiros” registam fundamentalmente as dívidas a provedores de investimento.

Impostos Diferidos em 31.12.06 recolhe um saldo de 25,1 milhões de euros relativos a efeitos de ajusta-mentos fiscais, verificados como consequência de aplicações temporárias, das quais há que salientar 6,6 pro-cedentes da Europac, 11,4 procedentes da Imocapital e 7,1 do efeito fiscal das actualizações de activos rea-lizadas nas sociedades participadas na Gescartão (nota 7).

O saldo de Provisões, da rubrica de Passivos Não Correntes, no valor de 10,7 milhões de euros, corres-ponde ao realizado em Fundo de Pensões, para cobrir os desfasamentos do Fundo, como consequência doreferido no ponto 2.15.a.

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Noutros Passivos Não Correntes verificam-se valores relativos a subsídios concedidos e ainda por registarnos resultados do exercício, e devoluções de empréstimos subsidiados.

As taxas de juro de todas as operações indicadas nesta rubrica compõem-se pela soma do Euribor, acres-cida de uma percentagem diferencial que oscila entre 0,35 % no e os 1,40 %.

OPERAÇÕES COM OUTROS PRODUTOS FINANCEIROS

Na data de 31 de Dezembro de 2006, a Europac tinha efectuada uma operação através dos denominados“instrumentos financeiros derivados”, para cobrir o risco de variações da taxa de juro, relativo ao emprés-timo sindicado, no valor de 110 milhões de euros, associado aos seus vencimentos.

O grupo Gescartão possui produtos financeiros derivados da cobertura económica de variações na taxade juro, com o objectivo de corrigir riscos financeiros e de cobrir possíveis subidas no preço da matéria-prima Gás, cujas variações no montante razoável foram registadas no Demonstrativo de Lucros e Perdas.

O detalhe destas operações é o seguinte:

Instrumento Swap de Snowball Collared Chooser NG Call-Optiontaxas de juro (Taxas de juro)

Empresa Portucel Portucel Europac Portucel Viana Energía Viana Energía Viana Energía

Cobertura Taxa de juro Swap de Swap de Cobertura de um empréstimo taxas de juro taxas de juro preço de gás

Vencimiento 30-10-15 30-10-15 12-02-11 30-09-09Nocional 6.969.240 e 6.969.240 e 110.000.000 eTaxas de juro 4,4475% 4,4475% Cap 4 %- Floor 2,35 %Valor a 31-12-2006 -1.239.131e -129.870 e 639.430 e -2.842.669 e

O detalhe destas operações para o exercício de 2005 é o seguinte:

Instrumento Swap de Snowball Collared Choosertipos de interés (Tipos de interés)

Empresa Portucel Portucel EuropacViana Energía Viana Energía

Cobertura Taxa de juro Swap de Swap de de um empréstimo taxas de juro taxas de juro

Vencimiento 30-10-15 30-10-15 12-02-11Nocional 7.743.600 e 7.743.600 e 110.000.000 eTaxas de juro 4,4475% 4,4475% Cap 4 %- Floor 2,35 %Valor a 31-12-2005 - 479.610 e - 526.013 e - 193.932 e

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PROVISÕES PARA COMPROMISSOS COM O PESSOAL

As Empresas do Grupo Europac, Gescartão, Portucel Embalagem e Portucel Viana têm compromissosadquiridos para o pagamento de pensões complementares por uma situação de invalidez ou por reforma(Nota 2.13)

Os estudos actuariais realizados por entidades independentes, com referência a 31 de Dezembro de 2006e 2005, tomaram o seguinte critério como base para calcular as responsabiliddes acumuladas nestas datas:

31-Dez-06 31-Dez-05Método Projected Unit Credit Projected Unit CreditTabela de mortalidade GRM 80 GRM 80Tabela de invalidez EKV - 80 - Suiza EKV - 80 - Suizataxa de desconto 5,25% 5,25%taxa de aumento salarial 3,00% 3,00%taxa de aumento das pensões 2,00% 2,00%

De acordo com os referidos estudos actuariais, a cobertura das responsabilidades pelos activos do Fundoa que estão afectas era a seguinte:

31-Dez-06 31-Dez05Responsabilidades por serviços passados (A) 34.029.568 33.175.574 Valor do fundo (B) 25.742.559 24.421.140 Défice de cobertura (8.287.009) (8.754.434)

Saldo acumulado de lucros eperdas actuariais não reconhecidos (C) 2.427.427 709.998Défice de cobertura reconhecido nos Estados financeiros (B)-(C) (10.714.436) (9.464.432)

Percentagem de cobertura (B)/(A) 75,6% 73,6%Percentagem de lucros e perdas actuariais não reconhecidos (C)/(A) 7,1% 2,1%

A provisão reconhecida nas Demonstrações Financeiras, para enfrentar o défice de cobertura menciona-do acima, encontra-se registada na rubrica de Passivo Não Corrente, “Provisões para compromissos como Pessoal”

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Os movimentos por responsabilidades e por serviços passados e a situação patrimonial do Fundo, entre 1de Janeiro e 31 de Dezembro de 2006, bem como o resultado obtido no mesmo período de 2005, podemser resumidos da forma seguinte:

31/Dez/06Valor Responsa-

do Fundo bilidades Saldo 31/Dez/05Saldo inicial 24.421.140 33.175.574 (8.754.434)

Custo de serviços correntes - 860.790 (860.790) (863.790)Custo de juros - 1.767.984 (1.767.984) (1.682.136)Retorno esperado dos activos do plano 1.263.184 - 1.263.184 1.220.068

Resultado reconhecido no exercício (1.365.590) (1.365.590)

Lucros e perdas actuariais não reconhecidos 736.354 (981.075) 1.717.429Dotações 115.586 - 115.586Pagamento de complementos de pensões (793.705) (793.705) -

Saldo final 25.742.559 34.029.568 (8.287.009)

18. PASSIVOS CORRENTES

Um detalhe desta rubrica em 31.12.06 e em 31.12.05 é o seguinte:

Exercício ExercícioPassivos Correntes 2006 2005Dívidas a Entidades de Crédito 36.831.842 36.537.922Credores comerciais e outras contas a pagar 90.782.732 91.509.030

Credores Comerciais 65.066.389 51.765.833

Credores de Investimento 2.800.259 18.328.969

Outras contas a pagar 18.621.039 15.210.969

Administrações Públicas 4.295.045 6.203.259

Impostos sobre lucros (Nota 19) 5.121.255 87.732Provisões 9.490.834 6.496.942

TOTAL 142.226.663 134.631.626

Do montante de “Dívidas com Entidades de Crédito”, de 36,8 milhões de euros, a quantia de 25,2 milhõ-es de euros corresponde à utilização da linha de desconto e adiantamento de facturas,. O resto corres-ponde a créditos e empréstimos a curto prazo.

O resto das rubricas que compõem este ponto estão pormenorizadas e identificadas no quadro anterior,salientando-se as provisões no valor de 9,5 milhões de euros, a principal rubrica que que corresponde àquantia consumida no exercício devido a “Direitos de Emissões CO2”, cuja liquidação em espécie dos direi-tos atribuídos será efectuada nos primeiros meses de 2007, por 8,1 milhões de euros.

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19. SITUAÇÃO FISCAL

As sociedades que formam as contas consolidadas anexas apresentam individualmente a declaração anualdo Imposto sobre Sociedades. O Agrupamento de Interesse Económico é considerado como sendo trans-parente e as suas bases colectáveis são incorporadas nas bases dos seus sócios. O grupo de empresas comsede em Espanha não está acolhido no regime de declaração consolidada fiscal. O grupo de empresas quefazem parte da Gescartão está acolhido no regime especial de tributação do grupo de Sociedades emPortugal. As empresas Imocapital e Fábrica de Papel do Ave, com sedes em Portugal, apresentam as suasdeclarações sobre o Imposto de Sociedades de forma individual. No entanto, a seguinte liquidação está ela-borada sobre o conjunto de bases colectáveis liquidadas pelas companhias incluídas no perímetro de con-solidação.

A Matéria Colectável do Imposto de Sociedades para o exercício de 2006, devido ao facto de determina-das operações e ajustamentos terem diferentes considerações para efeitos de tributação do imposto e daelaboração destas contas anuais, difere do resultado contabilístico, pelo que são aplicáveis diferentes variá-vies, temporárias e permanentes. O Imposto Diferido surge da imputação de receitas e despesas em perí-odos diferentes, para efeitos da legislação fiscal em vigor durante a preparação das contas anuais.

Na Europac, realizou-se um ajustamento negativo nos impostos diferidos que aparecem no passivo doBalanço, como consequência da troca da taxa aplicável ao Imposto de Sociedades, previsto pela legislaçãofiscal espanhola para o exercício de 2007, que agora é de 32,5%, face aos 35% aplicável até o exercício de2006. Este ajustamento foi de 511.221 euros.

A diferença temporária calculada na liquidação proforma do imposto de sociedades, é motivada, no casodas empresas espanholas, pela aplicação do Real Decreto Lei 7/1994 de 20 de Junho, sobre a liberdade deamortização para os investimentos geradores de emprego, e que conserva a sua vigência conforme a dis-posição derrogatória única 2.21 da Lei 43/1995, de 27 de Dezembro, para a aceleração de amortizaçõesestabelecidas pelo Real Decreto Lei 3/1993 para elementos do Activo Fixo para materiais novos, bemcomo pela aplicação, se for o caso, dos coeficientes autorizados pelas normas fiscais. A quantidade acumu-lada em 31 de Dezembro de 2006 por este critério é de 6.646 milhares de euros. O Imposto diferidoaumenta 610 mil euros, procedentes da Sociedade filial absorvida, Trasloga SLU, e diminui 701 mil euros,devido à recuperação das diferenças temporárias do exercício, e em 511 mil euros devido à troca de taxa.

No cálculo do imposto do exercício de 2006 da empresa dominante, não foram aplicadas deduções naquota. Fica pendente de dedução, nos próximos exercícios, um valor total de 714.312 euros. Como con-sequência da aplicação da variação das amortizações da Gescartão, na Imocapital, fio previsto no exercíciouma provisão de imposto diferido que alcança a quantia de 160 milhares de euros, sendo o seu valor acu-mulado de 14,17 milhões de euros, quantidade registada dentro do “Passivo não Corrente” – “ImpostosDiferidos”, calculados a uma taxa média em vigor de 27,5%.

O cálculo das quotas pelas diferentes Bases Colectáveis aplicadas, conforme os critérios anteriormenteexpostos, relativas ao exercício de 2006, é de 1.721 milhares de euros. As relativas ao exercício de 2005foram de 1.757 milhares de euros.

Encontram-se abertos à Inspecção, por parte das autoridades fiscais, o exercício 1999 e os últimos quatroexercícios, da Papeles y Cartones de Europa S.A., e os quatro últimos anos do resto das sociedades inclu-ídas no perímetro da consolidação.

Devido às possíveis interpretações que podem ser dadas à legislação fiscal aplicável e aos resultados defuturas inspecções, da Papeles y Cartones de Europa, S.A. e das suas companhias consolidadas, poderiamexistir passivos fiscais de carácter contingente, no entanto, os administradores da Sociedade estimam que,no caso de existirem, não afectarão significativamente as presentes contas consolidadas.

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Dado o carácter opcional da dedução prevista no Art. 12.5. da TRLIS, a Sociedade não tirou proveito dadedução na matéria colectável do Imposto sobre Sociedades da amortização, correspondente ao Fundode Comércio financeiro gerado pela participação nos fundos próprios da Gescartão, e não imputado a bensou direitos da entidade não residente.

Consequentemente, não se verificaram, por este facto, activos ou passivos relativos a impostos diferidosque requeiram um tratamento contabilístico particular.

Conforme a NIC 12 parágrafo 81 c), a relação entre a despesa pelo Imposto e o resultado contabilísticodos exercícios de 2005 e 2006, é a seguinte:

Despesas Imposto Milhares de eurosAno 2006 Ano 2005

Lucro antes de impostos 15.108 7.659Diferença permanentes -7.437 -1.349Resultado ajustado 7.671 6.310Cuota (*) 1.975 1.797Taxa média 25,7% 28,5%Deduções na quota -254 -40Despesa por imposto sobre os lucros 1.721 1.757Diferenças temporárias 620 2.136

(*) As taxas das quotas aplicadas são de 27,5%, em Sociedades Portuguesas e 35% em Sociedades Espanholas.

20. GARANTIAS COMPROMETIDAS COM TERCEIROS E OUTROS PASSIVOS CONTINGENTES

A Papeles y Cartones de Europa, S.A. à data de 31 de Dezembro de 2006, tem entregues determinadosavais bancários no valor total de 4.222.227 Euros, para entidades institucionais e empresas de serviços. AGescartão, SGPS, S.A., tem garantias prestadas a terceiros no valor de 10.749.103 euros.

Em 31 de Dezembro de 2006, a Imocapital, SGPS, S.A., tem penhoradas 10.192.350 acções daGESCARTÃO, SGPS, S.A., representativas de 51% do seu capital, a favor do Estado Português em garantiado cumprimento das obrigações especiais estipuladas nos artigos 2° a 5° do Decreto Lei n° 19/2003, peloque as condições da privatização da companhia GESCARTÃO, SGPS, S.A. (regulado pelo DL n° 364/99 de17 de Setembro) foram alteradas.

As obrigações especiais citadas consistem na construção e instalação de uma unidade fabril com capacida-de de produção mínima de 150 mil toneladas por ano de papel, que representa um investimento de apro-ximadamente 125 milhões de euros; um investimento industrial no Concelho de Mourão num montantede 10 milhões de euros que foi finalizado, e investimentos em sectores agro-industriais, industriais ou deserviços, incluindo o turismo, no valor de 40 milhões de euros.

A Imocapital, SGPS, S.A. declarou realizado o citado investimento no concelho de Mourão em 2004, apósa colocação em serviço da nova unidade de fabrico de caixas da SULPAC-Empresa Produtora deEmbalagem de Cartão, S.A. A Imocapital também declarou realizados investimentos em sectores agro-industriais, industriais ou de serviços, incluíndo o turismo, no valor de 40 milhões de euros, na data 26 deAbril de 2006.

A Europac subscreveu uma apólice de caução solidária com as entidades de crédito participantes noempréstimo de 110 milhões de euros (Nota 17), sobre penhor de acções e penhor de direitos, mediante

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a qual a Europac penhorou 100% das acções representativas do capital social da Imocapital, SGPS, S.A., bemcomo 23,6% das acções representativas do capital social da GESCARTÃO, SGPS, S.A., directamente ouatravés das suas participadas, uma das quais segurou, solidariamente as obrigações da Europac.

Por outro lado, na mesma apólice foram penhorados todos os direitos derivados dos seguintes contractosassinados no dia 11 de Fevereiro de 2005: o contrato de venda entre EUROPAC e a SONAE, SGPS, S.A.e o contrato entre a SONAE, SGPS, S.A., a IMOCAPITAL, SGPS, S.A. e a GESCARTÃO, SGPS, S.A.

No encerramento do exercício, a Sociedade Dominante tinha efectuado uma operação através dos deno-minados “Instrumentos financeiros derivados” para cobrir a taxa de juro relativa ao Empréstimo Sindicado,no valor de 110 milhões de euros (nota 17), associado aos seus vencimentos. Este derivado encontra-seregistado no seu montante razoável, com base numa avaliação efectuada por uma entidade independen-te, que em 31.12.06 era de 639.430 euros. Esta quantidade é registada como uma receita financeira naconta “Resultados Financeiros”.

O grupo Gescartão possui produtos financeiros derivados de cobertura de taxas de juro com o objectivode corrigir os seus riscos financeiros. Este derivado encontra-se registado pelo seu montante razoável, combase numa avaliação efectuada por entidade independente, que em 31.12.06 era de 1.369.001 euros nega-tivos (Nota 17).

No exercício de 2003, a Portucel Viana recebeu uma liquidação adicional do Imposto sobre o Rendimentodas Pessoas Colectivas (IRC), relativo ao exercício de 2000 cujo montante aproximado é de 2,47 milhõesde euros. Em Novembro de 2005, a GESCARTÃO, SGPS, S.A., sociedade dominante do enquadramentofiscal em Portugal, recebeu uma liquidação adicional relativa ao exercício de 2001 no montante aproxima-do de 5,5 milhões de euros, excluídas as custas relativas ao mesmo critério da Portucel Viana e outra liqui-dação relativa à Portucel Embalagem. Os Conselhos de Administração destas sociedades, em conformida-de com os seus consultores legais, são da opinião de que os fundamentos apresentados pela AdministraçãoTributária não estão de acordo com a Legislação Fiscal portuguesa, pelo que apresentaram uma impugna-ção judicial contra a liquidação adicional, relativa aos exercícios de 2000 e 2001. Em Outubro de 2006, aGescartão recebeu uma liquidação adicional relativa ao exercício de 2002 pelo mesmo critério da PortucelViana no valor de 1,39 milhões de euros, incluindo juros e custas. Conforme o exposto, não se registou nasContas Financeiras Consolidadas nenhuma provisão para fazer face a um eventual facto desfavorável poreste critério

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21. RECEITAS E DESPESAS

Informação sobre Receitas, Despesas e Emprego no exercício de 2005 e 2006, de acordo com o detalhe:

Distribuição do Valor Líquido do Volume de Negócios.(Dados em percentagens)

Actividade Exercício de 2005 Exercício de 2006Por Producto:Divisão Papel 50,35% 52,23%Divisão Cartão 42,10% 38,21%Energia 7,16% 9,12%Prestação de Serviços 0,39% 0,44%

Por Destinos:Mercado Interior 31,01% 32,24%União Europeia 62,27% 62,87%Países OCDE 6,72% 4,89%Resto Países 0,00% 0,00%

Por Entidades (em Euros):Papeles y Cartones de Europa, S.A. 61.574.997 114.894.232Imocapital, SGPS, S.A. 185.802.853 223.240.231Fábrica de Papel Do Ave, S.A. 6.009.133 0Trasloga, S.L. 20.017.480 0Torres Pack 2000, S.A. 3.377.729 0Cartonajes Esteve i Nadal, S.L. 3.744.865 4.092.758Multinergías, AIE 0 0Cartonajes Santander, S.L. 705.120 1.031.265Cartonajes Cantabria, S.L. 0 0Cartova, S.A. 3.481.244 0

TOTAL 284.713.421 343.258.486

Outras Receitas

Título Exercício de 2005 Exercício de 006Subsídios 1.086.170 1.132.871Trabalhos da empresa para imobilizado 2.851.024 4.170.791Subsídios por Emissões CO2 5.296.773 7.813.636Outros 956.352 2.579.294

TOTAL 10.190.319 15.696.592

Consumo de Matérias-Primas e Outras Matérias ConsumíveisExercício de 2005 Exercício de 2006

Compras de Matérias-Primas 108.238.880 130.586.434Compras de Outros Aprovisionamentos 11.260.542 16.471.977Variação de existências de Matérias-Primas -1.210.887 2.524.303Variação de existências de Matérias Consumíveis 629.836 660.334

TOTAL 118.918.371 150.243.048

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Despesas de PessoalExercício de 2005 Exercício de 2006

Ordenados e Salários 37.506.086 44.630.829Segurança Social a cargo Empresa 12.598.521 11.636.634Fundo de Pensões 1.389.888 1.365.590

TOTAL 51.494.495 57.633.053

Número médio de pessoas empregadasExercício de 2005 Exercício de 2006

Direcção e Comandos 91 94Produção 1.038 1.056Administração 149 168Vendas e Técnicos 162 176

TOTAL 1.440 1.494

Outras Despesas de ExploraçãoExercício de Exercício de 2006

Transportes 21.212.599 23.333.274Serviços Profissionais e Exteriores 9.609.033 10.217.145Energia e Água 11.311.407 14.922.496Despesas por emissão de CO2 5.296.773 7.813.636Combustível e Vapor 2.228.293 402.825Despesas de Manutenção 15.228.578 17.574.288Seguros 2.400.862 2.386.358Contribuções e Tributos 1.141.788 1.252.946Despesas Diversas 7.403.547 12.940.750

TOTAL 75.832.879 90.843.718

22. RESULTADOS POR AGRAVAMENTO DOS ACTIVOS

Corresponde à actualização de determinados elementos dos activos de diversas companhias integrantesdestas contas consolidadas. No exercício de 2006 não houve qualquer imputação a estas rubricas.

No exercício de 2005 salientou-se, principalmente, a Multienergias AIE, por elementos de maquinaria e ins-talações no valor de 2.744 milhares de euros; a Europac, por elementos sobresselentes, ferramentas e uten-sílios de longa duração, activados no valor de 977 milhares de euros. O resto foram pequenas actualizaçõ-es de outros activos obsoletos no montante global de 701 nas demais entidades.

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23. RELAÇÕES COM EMPRESAS VINCULADAS

A informação sobre transacções realizadas durante os exercícios de 2006 e 2005, pelas sociedades dogrupo, são as detalhadas a seguir :

Relações com Empresas vinculadas ao Grupo - Exercício de 2006

Transacções Vendas Compras Outras Receitas Outras DespesasPapeles y Cartones de Europa, S.A. 16.984.514 -8.284.704 4.334.549 -618.771Imocapital, SGPS, S.A. 8.278.928 -12.739.965 616.716 -4.323.754Santander 5.776 -1.305.345 2.055 -130Cartensa 0 -2.939.204 0 -10.665

TOTAL 25.269.218 -25.269.218 4.953.320 -4.953.320

Relações com Empresas vinculadas ao Grupo - Exercício de 2006

Débitos e Créditos Clientes Devedores Credor CréditosPapeles y Cartones de Europa, S.A. 5.936.859 623.069 -2.504.046 97.289.059Imocapital, SGPS, S.A. 2.503.241 0 -5.011.139 -95.832.505Santander 805 0 -449.298 0Cartensa 0 0 -1.099.491 -1.456.554

TOTAL 8.440.905 623.069 -9.063.974 0

Relações com Empresas vinculadas ao Grupo - Exercício de 2005

Transacções Vendas Compras Outras Receitas Outras DespesasPapeles y Cartones de Europa, S.A. 33.174.883 4.009.221 94.421 0Imocapital, SGPS, S.A. 5.840.243 20.025.626 0 0Fábrica de Papel Do Ave, S.A. 416.332 2.813.286 0 0Trasloga, S.L. 1.896.360 10.078.848 0 9.184Torres Pack 2000, S.A. 253.032 1.953.551 0 53.591Cartonajes Esteve y Nadal, S.L. 0 1.259.624 0 0Cartonajes Santander, S.L. 3.079 360.204 0 0Cartova, S.A. 105.759 1.189.328 0 31.646

TOTAL 41.689.688 41.689.688 94.421 94.421

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Relações com Empresas vinculadas ao Grupo - Exercício de 2005

Débitos e Créditos Clientes Devedores Credor CréditosPapeles y Cartones de Europa, S.A. 9.027.437 1.493.731 989.311 657.118Imocapital, SGPS, S.A. 1.475.507 0 4.436.130 78.949Fábrica de Papel Do Ave, S.A. 87.721 0 1.134.696 0Trasloga, S.L. 289.477 657.334 3.876.133 9.578Torres Pack 2000, S.A. 68.013 0 109.463 0Cartonajes Esteve y Nadal, S.L. 0 0 234.665 0Multinergías, AIE 0 0 0 0Cartonajes Santander, S.L. 292 0 95.945 0Cartova, S.A. 0 9.362 72.104 1.414.782

TOTAL 10.948.447 2.160.427 10.948.447 2.160.427

24. INFORMAÇÃO ADICIONAL

a) Sobre os membros dos órgãos de administração:

Todas as operações vinculadas foram declaradas nas informações periódicas semestrais, enviadas à CNMV.

Durante os exercícios de 2006 e 2005, a Sociedade registou 1.338 e 999 milhares de euros, nos montan-tes auferidos pelos membros do seu Conselho de Administração a título de ordenados, retribuições, sub-sídios de viagens e outras prestações, incluindo a retribuição do Plano de Acções.Não existem obrigações contraídas em matéria de pensões e seguros de vida respeitantes aos membrosantigos e actuais dos órgãos de administração.

Durante o exercício de 2006, os membros do Conselho de Administração efectuaram com a Sociedadeoperações alheias aos movimentos ordinário com uma participação, na quantia de 7.500 milhares de euros,como entidades de empréstimos, no contrato de empréstimo sindicado concedido à Europac, no dia 18de Julho de 2005, no valor de 110 milhões de euros, ao qual se refere a nota 17 desta Memória.

Também existem garantias de 7.500 milhares de euros, prestadas no âmbito do empréstimo sindicado ante-riormente citado, em benefício das entidades de empréstimos participantes e pertencentes aos Órgãos deAdministração. Os juros pagos, no exercício de 2006, às partes vinculadas como Órgãos de Administração,sob o contrato de empréstimo sindicado, são de 1.705 milhares de euros, e os juros vencidos, mas nãopagos, pelo mesmo critério, são de 697 milhares de euros.

Os Membros do Conselho de Administração receberam 877 milhares de euros a título da distribuição doPrémio de Emissão, conforme o deliberado pela Assembleia Geral da Europac do dia 5 de Junho de 2006e receberam também o montante de 190 milhares de euro, pelo desconto no recebimento de acções, noPlano de Acções para Empregados, Directores e Administradores da Europac e das empresas do seuGrupo descrito nas notas 2.13.b) e 16.a)

Os membros do Conselho de Administração não têm participações, nem são detentores de cargos ou des-envolvem funções em empresas alheias ao Grupo de Sociedades, cujo objecto social seja o mesmo, análo-go ou complementar ao da Sociedade.

b) Os honorários auferidos pela Companhia de Auditoria de Contas, Anefisa,S.L. (ROAC número S0409)pelos serviços de auditoria desta Sociedade, relativos ao exercício de 2006, foram de 35.616 euros, estan-

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do incluída neste valor a auditoria da sua filial Multienergías. Os honorários relativos ao mesmo título e enti-dade, pelos serviços de auditoria desta Sociedade relativos ao exercício de 2005, foram de 23.691 euros.

Por outros serviços de auditoria, prestados pela Anefisa, S.L. no exercício de 2006, a citada Sociedade rece-beu a quantia de 22.594 euros, derivados fundamentalmente de um relatório de Auditoria especial dosestados consolidados do Grupo Europac, em 30 de Junho de 2006, e da Auditoria da filial absorvidaTrasloga, S.L. e da sua filial Multienergías, relativos aos seus estados financeiros encerrados em 31 deDezembro de 2005.

No final do ano de 2006, a Portucel Recicla (sociedade absorvida pela Portucel Viana) mantinha no seuactivo uma conta vencida a seu favor no valor de 7,83 milhões de euros, relativo ao resto da indemnizaçãoacordada com a EDIA. A Portucel Recicla interpôs um recurso importante contra a sociedade pública por-tuguesa EDIA, por reclamação de quantia pendente, pela expropriação dos terrenos com o objecto deconstruir a barragem de Alqueva. Face esta situação, a Papeles y Cartones de Europa, S.A., nas suas contasconsolidadas e seguindo um critério de prudência valorativa, optou por criar uma provisão de reservas deriscos, no valor citado e compensando as contas. Não obstante, faz-se constar que os serviços jurídicos daGescartão consideram que este crédito é certo e líquido desde a celebração do Auto de ExpropriaçãoAmigável, celebrado entre a EDIA e a Portucel Recicla, no dia 23 de Dezembro de 1999 e exigível a par-tir do dia 30 de Junho de 2002.

25. LUCRO POR ACÇÃO

Os resultados básicos das acções são calculados dividindo o Lucro Atribuível a detentores de Instrumentosde Situação Líquida da Dominante, pelo número médio ponderado de acções ordinárias em circulação aofinal de cada exercício.

O número de acções em circulação era o seguinte:

TÍTULO 31.12.05 31.12.06Acções subscritas 38.734.238 52.655.176Acções subscritas em 27.05.05 9.863.559Acções subscritas em12.12.05 4.034.816Acções em autocarteira -70.593 -154.795Acções em circulação média ponderada 44.694.866 52.500.381

26. ACONTECIMENTOS POSTERIORES AO ENCERRAMENTO

A Assembleia Geral Extraordinária de accionistas da EUROPAC de 4 de Dezembro de 2006 decidiu aprovar umaumento de capital numa quantia até 21.361.508,00 euros, com um prémio de emissão total até 44.111.514,02euros, mediante posta em circulação, com a possibilidade de subscrição incompleta, até 10.680.754 euros, denovas acções ordinárias com o valor nominal de 2 euros cada uma delas, com supressão do direito de preferên-cia e mediante entradas em espécie consistentes em 3.051.644 acções da sociedade portuguesa GESCARTÃOSGPS, S.A (GESCARTÃO), com o objectivo de pagar a contrapartida estabelecida para a aquisição, pelaSociedade, das acções mediante uma oferta pública de aquisição (OPA) lançada em Portugal.

Terminado o período para a oferta, intervieram na OPA lançada pela EUROPAC sobre a GESCARTÃO 2.650.328acções desta última sociedade. Consequentemente, o Conselho de Administração da EUROPAC, mediante vota-ção por escrito e sem sessão recolhida em acta, datada de 26 de Janeiro de 2007, declarou a execução incom-pleta e procedeu ao aumento de capital no valor de 18.552.282,00 euros, com um prémio total da emissão de38.310.462,33 euros, mediante a emissão de 9.276.141 novas acções da EUROPAC.

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A escritura do aumento de capital foi outorgada pelo Notário de Madrid, o Sr. Manuel Richi Alberti, no dia 26 deJaneiro de 2007, sob o número 288 de seu protocolo.No dia 29 de Janeiro de 2007, a referida escritura de aumen-to de capital social foi registada na Conservatória do Registo Comercial de Palência no tomo 361, página 158, folha2.350, inscrição 85a. No dia 5 de Janeiro de 2007, as novas acções foram admitidas à negociação tanto nas Bolsasde Madrid e de Barcelona, como na Euronext Lisboa (Portugal).

No dia 5 de Janeiro de 2007 foram admitidas à negociação na Euronext Lisboa (Portugal), tanto as acções exis-tentes da EUROPAC, como as 9.276.141 novas acções emitidas em virtude do aumento de capital para dar con-trapartida à OPA sobre a GESCARTÃO.

A Assembleia Geral Extraordinária de accionistas da EUROPAC do dia 4 de Dezembro de 2006 decidiu aprovarum aumento de capital com cargo à reserva de prémio de emissão mantendo uma taxa de atribuição gratuita de1 acção nova por cada 12 acções existentes. Seguindo instruções da mencionada Assembleia, o aumento de capi-tal deliberado devia ser executado após a matrícula do aumento de capital para dar contrapartida à OPA sobrea GESCARTÃO (aumento OPA).

Após a execução e matrícula do aumento da OPA,a Comissão Executiva da EUROPAC fixou a quantia de aumen-to do capital por incorporação de reservas disponíveis em 10.358.750,00 euros.

Terminado o período de atribuição gratuita, fixado desde o dia 12 de Fevereiro de 2007 a 26 de Fevereiro de2007, o Conselho de Administração decidiu a execução do aumento de capital social deliberado na mencionadaAssembleia, declarando o aumento do capital social da entidade na quantia de 10.358.750,00 euros por incorpo-ração de reservas disponíveis, mediante a emissão de 5.179.375 acções ordinárias com o valor nominal de doiseuros cada uma.

A escritura de aumento de capital foi outorgada pelo Notário de Alcobendas, o Sr. Jesús Alejandre Alberruche nodia 6 de Março de 2007, sob o número 475 de seu protocolo. Na presente data, 8 de Março de 2007, registou-se o referido aumento de capital na Conservatória do Registo Comercial de Palência no tomo 361, página 166,folha P-2.350, inscrição 86a. Em Março de 2007, as novas acções foram admitidas à negociação tanto nas Bolsasde Madrid e de Barcelona, como na Euronext Lisboa (Portugal).

Após o aumento, o capital da EUROPAC ficou fixado em 134.663.764,00 euros, relativo a 67.331.882 acções.

27. AMBIENTE

Dos investimentos mais importantes incorporados ao imobilizado corpóreo, salientam-se os referidos na nota2.18, que detalha as normas valorimétricas dos aspectos ambientais. A sua amortização é efectuada num perí-odo que é aplicado de acordo com a vida útil do bem. O valor dos investimentos efectuados no exercício de2006 é de 315.073 euros.

Os custos incorridos no exercício, pelos descritos na nota 2.18, para a protecção e melhoria do ambiente,foram de 1.962.201 e 574.346 euros nos centros de Dueñas e Alcolea, respectivamente, ambos de carácterordinário. Nestes custos foram incluídos os custos de manutenção de Co-geração, que foram de 718.850 e463.181 nos centros de Dueñas e Alcolea. Os custos de manutenção de auditorias ambientais com a AENORforam de 7.174 euros, por ambas as fábricas de produção.

Não se provisionou montante para riscos e despesas relativos à actuações ambientais no exercício, já que apolítica da Empresa é aplicar, para cada exercício, as suas respectivas despesas e não existem litígios em cursoque possam mudar este critério.

Nos exercícios de 2006 e 2005, não foram gerados subsídios de natureza ambiental. Não existem outras recei-tas como consequência de actividades relacionadas com o ambiente.

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RELATÓRIO DA ADMINISTRAÇÃO 2006

O SECTOR E A PRODUÇÃO

O ano de 2006 foi bom, no que se refere ao crescimento do PIB. No último trimestre do exercício, a eco-nomia espanhola acelerou o seu crescimento até 4%, o período de maior aumento desde o terceiro tri-mestre de 2001. Por sua vez, a média de crescimento do PIB em todo o ano de 2006 foi de 3,9%, quatrodécimas acima de 2005. Baseando-se nestes dados, a UE prevê que a economia espanhola cresça 3,7% noano de 2007.

De acordo com os dados da ASPAPEL, relativos ao exercício de 2006, a produção de papel para cartãoondulado em Espanha teve um aumento de 15,1%, até as 2,7 milhões de toneladas. Durante o ano passa-do observou-se uma tendência para o aumento nos preços destes produtos graças ao fortalecimento daprocura e à situação favorável do mercado de papel europeu, juntamente com o fecho de instalações pro-dutivas obsoletas e pouco eficientes de papel reciclado, iniciado em 2005 e que está a provocar uma racio-nalização pelo lado da oferta. Em concreto, desactivou-se uma capacidade de produção de 1,6 milhões detoneladas/ano neste período, processo que ainda não terminou. Também, de acordo com os dados daGroupement Ondulé, os inventários de papel reciclado na Europa diminuíram 11% no período de Maio2006-Janeiro 2007. Todos estes factores provocaram, nos últimos meses, uma mudança de ciclo comaumento nos preços deste segmento. Assim, o preço médio do testliner durante o exercício de 2006 foi2,6% superior ao de 2005, tendo sofrido um aumento, que foi desde os 327,9 euros/tonelada até aos 336,4euros/tonelada. Neste contexto, a Europac, no passado 1 de Dezembro de 2006, comunicou aos seus clien-tes em Espanha uma subida de 60 euros/tonelada neste tipo de papel, a qual se encontrava já totalmenterealizada no inicio de 2007.

No que diz respeito à evolução da produção de cartão ondulado em Espanha, esta aumentou 3,83% em2006, em relação ao passado exercício, até aos 4.200 milhões de m2, conforme os dados da Associação deFabricantes de Cartão Ondulado (AFCO). A maior procura existente no mercado de cartão, juntamentecom um forte aumento dos custos energéticos, das matérias-primas e dos transportes, levaram a Europaca anunciar uma subida de preços de 15% em prancha e de 13% em caixas, em Espanha e Portugal, que foiexecutada no dia 1 de Dezembro de 2006.

A economia portuguesa continua a dar sintomas de recuperação. Em Portugal, o crescimento das expor-tações continua a ser muito forte. De facto, conforme o INE português, as exportações no terceiro tri-mestre de 2006 foram 8,8% superiores às do mesmo período do ano anterior. Graças a isto, o Banco dePortugal reviu, no final do ano passado, as suas perspectivas para a economia nacional. Assim, este organis-mo estima que o crescimento económico em 2006 tenha sido de 1,2% e espera que alcance 1,8% em 2007face aos 0,3% que cresceu em 2005.

Os principais indicadores económicos europeus continuam a dar sinais positivos. O último trimestre doexercício foi frutífero para a Itália, França e, sobretudo, para a Alemanha. De facto, conforme uma primeiraestimativa da Comissão Europeia, o PIB da zona euro cresceu 2,7% em 2006, 1,4 pontos percentuais a maisdo que em 2005. A previsão de crescimento calculada pelo mesmo organismo para o exercício de 2007 éde 2,4% face aos 2,1% previstos anteriormente.

O preço médio do papel kraftliner (à base de fibras virgens) foi, durante 2006, 16,0% superior ao domesmo período do passado exercício (460,1 euros/tonelada face os 396,7 euros/tonelada). Por outro lado,o preço médio deste tipo de papel durante o passado mês de Dezembro superou os 500 euros/tonelada,face os 393,3 euros/tonelada relativos a Janeiro de 2006. Esta diferença de 28,2% confirma a tendência parao aumento dos preços do kraftliner.

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A Europac realizou durante o ano de 2006 três subidas no preço do kraftliner. As duas primeiras, de 50euros/tonelada cada uma, entraram em vigor nos passados 1 de Janeiro de 2006 e 1 de Maio de 2006.A última, de 40 euros/tonelada, entrou em vigor no dia 1 de Setembro de 2006.

Devido à forte procura de papel kraftliner e às menores importações procedentes dos Estados Unidospara a Europa, onde existe um défice estrutural de papel kraftliner de 0,8 milhões de toneladas para umconsumo de 3,4 milhões de toneladas, os níveis de inventários voltaram a baixar no mês de Janeiro de 2007.De acordo com a European Containerboard Organization os “stocks” europeus no mês de Janeiro de 2007eram 5,8% inferiores aos do mesmo mês de 2006. Neste contexto, o Grupo Smurfit Kappa, principal pro-dutor de papel kraftliner no continente, anunciou ao princípio de 2007 uma subida de 40 euros/toneladaa partir do dia 1de Abril.

A referida diminuição das exportações dos Estados Unidos da América para a Europa deve-se a três factores:

1) Uma situação favorável dos inventários de papel nos Estados Unidos. No mês de Dezembro 2006 veri-ficou-se uma diminuição líquida de 82.000 toneladas nos inventários de papel para cartão ondulado. Estevalor contrasta com o aumento médio de 75.000 toneladas que se verificou nos meses de Dezembro daúltima década.

2) A positiva evolução da procura de papel. O volume de caixas consignadas foi durante o mês assinalado5,5% superior ao do mesmo período de 2005 (ajustando o volume ao facto de que em 2006 houve umdia útil a menos).

3) As maiores exportações do kraftliner desde os Estados Unidos da América para outros mercados dife-rentes do europeu, como o chinês ou o latino-americano.

Todos estes factores prevêem um possível novo aumento nos preços do papel para cartão ondulado emMarço ou Abril, nos Estados Unidos, o que confirmará a actual tendência para o aumento nos preços den-tro da União Europeia.

AS CONTAS ANUAIS

1. Resultados do Grupo Consolidado (conforme NIIF)O valor líquido consolidado do volume de negócios da Europac foi, durante 2006, de 343,3 milhões deeuros, mais 20,6% do que no mesmo período do exercício anterior. 52,23% das vendas foram gerados peladivisão de papel, 38,21% pela de cartão, 9,12% pela de energia e 0,44% por outros.

A actividade do Grupo Europac é favorecida devido a um aumento do volume de vendas e do preço uni-tário em todos os negócios. Este aumento verificou-se fundamentalmente na Divisão de Papel, onde tam-bém foram evidenciados os aumentos de capacidade executados. Na Divisão de Cartão, a Europac anun-ciou uma subida de preços de 15% em prancha de cartão e de 13% em caixas, em Espanha e Portugal, nopassado dia 1 de Dezembro. Estas subidas compensaram o aumento dos custos de matérias-primas, ener-géticos e de transporte, ocorridos durante 2005 e 2006, o que ajudará a melhorar a rentabilidade destaparte do negócio no actual exercício de 2007.

Volume de Negócio por divisões:A Divisão de Papel contribuiu em 2006, com 52,2% do total do volume de negócios, face a 50,4% do exer-cício anterior.

Em Papel Kraftliner, o volume de negócio em 2006 aumentou 17,4% relativamente ao de 2005, até aos113,8 milhões de euros, devido a um maior volume de vendas e a um aumento do preço médio desta qua-

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lidade de papel. A contribuição do kraftliner para o Volume de Negócio é de 33,2%. A produção de kraf-tliner em 2006 foi de 290.760 toneladas (+5,5% s/2005).

Em Papel Reciclado, o volume de negócio aumentou 41,1%, relativamente a 2005, até aos 65,5 milhões deeuros. O peso do papel reciclado para o Volume de Negócio no exercício é de 19,1%.A produção de papelreciclado no conjunto do exercício alcançou as 258.522 toneladas, 4,2% mais do que em 2005. Este aumen-to de produção é dado pelo aumento de capacidade produtiva, consequência dos investimentos efectua-dos em 2005 na MP2 e no princípio do ano de 2006 na MP3. Esta última também permitiu melhorar aqualidade de produção.

Em Cartão Ondulado, o volume de negócios aumenta 9,4% durante 2006, até os 131,1 milhões de euros,devido a um maior volume de vendas. O cartão ondulado representa 38,2% das receitas totais do Gruponesse período. A produção de cartão nesse ano foi de 311,1 milhões de metros quadrados, 9,1% superiorà de 2005. Durante 2006 ocorreu o fecho da fábrica Lepe, SA, em Portugal. Como consequência verificou-se uma melhoria da eficiência e competitividade nas restantes unidades produtivas no país, ao absorver ascapacidades de produção provenientes desta unidade.

As vendas da actividade de Energia foram de 31,3 milhões de euros, 53,5% mais do que em 2005. A con-tribuição desta actividade para o volume de negócios alcança já os 9,1% face aos 7,2% de 2005. Em Abrilde 2005 foi colocado em serviço uma nova turbina de 30 MW de potência em Viana do Castelo, que fun-cionou a pleno rendimento durante todo o exercício de 2006. Em Setembro passado, também se colocouem serviço uma nova caldeira de biomassa em Viana do Castelo, que permite a substituição da queima decombustíveis fósseis por combustíveis “verdes”, contribuindo assim para uma redução nos custos de pro-dução energética de aproximadamente 2,5 milhões de euros ao ano.

Os Aprovisionamentos aumentaram até os 150,2 milhões de euros devido ao aumento dos volumes veri-ficados, ao aumento do consumo de gás e do seu preço e também como consequência de um aumentodos preços do papel comprado fora do grupo.

As Despesas de Pessoal, que alcançam os 57,6 milhões de euros, aumentaram 6,1 milhões de euros. Esteaumento é devido, nomeadamente, às indemnizações (5,3 milhões de euros) derivadas da reestruturaçãoe optimização de pessoal levada a cabo na Divisão Cartão em Portugal, onde se inclui a cessação de acti-vidade da fábrica portuguesa de Lepe, SA.

Os 90,4 milhões de euros de Outras Despesas, reflectem principalmente aumentos nas despesas de for-necimentos e energia, devido à mudança no procedimento de compra/venda de energia em Portugal (noano de 2006, todo o consumo de energia é comprado ao mercado e em 2005 este procedimento come-çou em Abril com a colocação em funcionamento do novo ciclo combinado e cumprindo com a regula-ção existente no país) e de transportes, que aumenta como consequência do encarecimento do preço dopetróleo.

O EBITDA recorrente teve um aumento de 29,7%, até os 64,5 milhões, em comparação com o EBITDA,também em termos recorrentes, do mesmo período do ano anterior. O EBITDA consolidado do períodoalcançou os 58,65 milhões de euros, 16,6% superior ao do exercício anterior. Como foi dito anteriormen-te, este dado inclui rubricas não recorrentes, consequência principalmente de indemnizações de pessoalpela reestruturação levada a cabo para a melhoria da produtividade no negócio de cartão em Portugal e,em concreto, no fecho da fábrica de Lepe, SA.

O lucro de exploração (EBIT) recorrente foi de 34,7 milhões de euros, 53,2% mais do que em 2005. Oaumento percentual deste volume durante o período foi superior ao das vendas, reflectindo assim a obten-ção de crescimento com rentabilidade. O resultado de exploração (EBIT) consolidado é de 28,9 milhõesde euros, 32,4% mais do que em 2005, afectado por rubricas não recorrentes.

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Principais volumes consolidadosVendas 2006 2005 Var. en %Ebitda* 343.258 284.713 20,6%Ebitda recorrente 58.649 50.282 16,6%Ebit 64.506 49.739 29,7%Ebit recorrente 28.888 21.827 32,4%

34.745 22.682 53,2%

* EBITDA calculado como EBIT + Amortizações + Provisões O Resultado Financeiro foi de 11,2 milhões de euros, como resultado do maior endividamento derivadodos investimentos realizados pelo Grupo em 2006, assim como a compra de acções da Gescartão ao longodo exercício e a subida das taxas de juro.

O Resultado do Derivado financeiro de cobertura do preço do gás alcança os –2,8 milhões de euros em2006 (primeiro ano em que este contrato foi assinado), e é consequência da avaliação deste instrumento decobertura do preço do gás em Portugal em 31 de Dezembro de 2006.

O Resultado do Derivado financeiro de cobertura da taxa de juro aumenta até 0,3 milhões de euros em2006, como consequência da avaliação dos instrumentos de cobertura de taxas de juro, que existem con-tratadas em Espanha e Portugal, vinculadas principalmente ao empréstimo sindicado. Em 2005, o efeito daavaliação dos derivados de cobertura das taxas de juro foi de -1,2 milhões de euros.

A avaliação, em 31 de Dezembro, de uma hipotética liquidação de ambos os derivados financeiros, seguin-do a normativa NIIF, reflectiu-se no demonstrativo de lucros e perdas, mas não representa um movimentoreal de caixa. A finalidade de ambas as operações é a cobertura de riscos, tanto operativos como financei-ros, e a intenção da companhia é mantê-los até ao seu vencimento.

O Lucro Líquido do grupo foi de 11,0 milhões de euros. Este valor é 106,0% superior ao do exercí-cio anterior.

2. Balanço Consolidado (conforme a NIIF)O Imobilizado Corpóreo do Grupo em 31/12/06, aumentou 7,4%, no que diz respeito ao valor que figura-va no balanço em 31/12/05, até aos 389,7 milhões de euros. Este aumento é consequência dos diversosinvestimentos levados a cabo nos últimos 12 meses, onde há que salientar os projectos realizados para con-seguir maiores capacidades (15.000 toneladas em kraft e outras 15.000 toneladas em reciclado) e a coloca-ção em funcionamento de uma caldeira de biomassa em Viana do Castelo.

O Fundo de Comércio aumenta em 10,3%, até os 43,5 milhões, principalmente pelo efeito da compra deacções da Gescartão e da MRA.

Outros Activos Intangíveis crescem 37,0% fundamentalmente pela contabilização dos direitos de emissão deCO2 adjudicados à companhia, até aos 18,0 milhões de euros.

A variação que experimentou o Capital Social do Grupo no que diz respeito à rubrica que figurava nobalanço em 31/12/05, deve-se ao aumento de capital executado em Julho de 2006, motivado por um Planode Acções para Empregados (PAE). Em concreto, neste aumento foram colocadas em circulação 423.753novas acções, até alcançar as 52.876.366 de acções, que representavam o capital da companhia ao final doano de 2006.

Os Juros Minoritários diminuem 17,6% face ao valor que figurava ao final do ano de 2005, até aos 35,6 mil-hões de euros, devido, nomeadamente, ao aumento da participação na Gescartão, SGPS, SA, que passou a84,2% face aos 81,2% do exercício anterior. Após a OPA realizada no final de 2006 e executada em Janeirode 2007, a participação é de 97,9%.

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A dívida líquida consolidada é de 170,5 milhões de euros no final de 2006, o que implica um rátio de Dívidalíquida / EBITDA de 2,91 face a um rácio de 3,05 milhões em 2005. Se este rácio for calculado sobre o EBIT-DA recorrente, será de 2,64

ACÇÕES RELEVANTES DO EXERCÍCIO 2006

Em Abril, a Europac, através da sua empresa portuguesa Gescartão, toma a decisão de cessar a actividadeda fábrica de produção de embalagem de Lepe (Empresa Portuguesa de Embalagens SA) na localidade deMarinha Grande (Portugal). Esta fábrica era especializada em produtos de embalagem principalmente nossectores vinícola e da cerâmica.

A falta de rentabilidade das instalações foi o principal motivo pelo qual a Gescartão tomou a decisão, quefoi provocada tanto pela situação de um mercado afectado pelo fecho nos últimos anos de fábricas consu-midoras de cartão ondulado, como pelas características da própria instalação.

No entanto, e sob um plano de posicionamento estratégico, a actividade da fábrica de Lepe foi absorvidapelas demais instalações do grupo e principalmente pelo centro situado em Leiria, melhorando assim a efi-ciência e a competitividade das mesmas.

Por outro lado, a Assembleia Geral de Accionistas celebrada no dia 5 de Junho de 2006, aprovou um Planode Acções para Empregados, Directores e Administradores (PAE) da Europac e das sociedades do seugrupo. Este Plano teve como objectivo principal vincular, fidelizar e premiar o compromisso e permanênciados destinatários com o Grupo e orientar a Europac e todos os seus empregados para a criação de valor.

Com tal objectivo, aprovou-se também na mencionada Assembleia o aumento de capital social com entra-das em numerário, prémio de emissão, e supressão do direito de preferência. O valor de emissão foi de 4,33€ por acção e foi fixado restando 25% ao preço médio, ponderado pelo volume da acção da Companhiadas últimas 60 sessões de cotação precedentes ao quinto dia útil anterior à reunião da Assembleia. O pré-mio de emissão por acção foi 2,33 euros.

O aumento foi executado por este Conselho mediante votação por escrito e sem sessão registada em acta,datada de 17 de Julho de 2006, que declarou a execução incompleta do aumento, procedendo à emissãode 423.753 acções novas. Por último, o citado aumento foi registado na Conservatória do Registo Comercialde Palência no dia 19 de Julho de 2006.

Em 31 de Outubro, o Conselho de Administração da Europac decidiu o lançamento de uma Oferta Públicade Aquisição (OPA) sobre a sua filial Gescartão, SGPS, SA mediante a troca de acções. A relação de trocaproposta foi de 3,5 acções da Europac por cada acção da Gescartão. Concretamente, a Oferta dirigiu-se às3.051.644 acções da Gescartão que a Companhia não possuía, e que representavam 15,3% do capital dafilial portuguesa. Esta operação foi enquadrada também dentro da estratégia de crescimento e de integra-ção das actividades da Europac.

Para os efeitos de cálculo da equação de troca tomou-se como referência o preço médio ponderado decotação da acção Europac nas últimas 60 sessões bolsistas, anteriores à celebração do Conselho. O preçomédio ponderado alcançou os 6,13 euros por acção, o que equivale dizer que a Oferta foi realizada ao preçode 21,455 euros por cada acção da Gescartão.

Em Setembro, a Europac amplia as suas actividades ao sector da recuperação de papel em Portugal. Atravésda Gescartão, a empresa adquiriu 51% da companhia Manuel Rodrigues de Almeida & Filhos (MRA) no valorde 1,6 de euros. De acordo com as condições acordadas, os 49% restantes serão adquiridos pela Gescartãonum período máximo de ano e meio. Com a compra desta empresa, a EUROPAC cobre parcialmente assuas necessidades de matéria-prima e permite ao Grupo aprofundar a sua estratégia de integração verticale vocação de crescimento.

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A MRA, situada na localidade portuguesa de Sintra, dedica-se à actividade de recuperação e venda de resí-duos naquele país (fundamentalmente cartão). Tem uma capacidade de recuperação de papel de 35.000toneladas/ano, o que representa quase 6% do total do país luso (600.000 toneladas/ano). Em qualquer caso,a MRA tem potencial para incrementar a sua capacidade em 50% a médio prazo.

Por outro lado, em Viana foi iniciado também um projecto de investimento para aumentar a capacidade pro-dutiva da Máquina de Papel N°4 (MP4) e que, em 2006, representou 11 milhões de euros, e que situou,numa primeira fase, o volume de produção nas 300.000 toneladas anuais.

Também no centro de Viana, no final do Verão, entrou em funcionamento uma nova caldeira de biomassa novalor de 11 milhões de euros, dos quais 6,3 já foram contabilizados dentro do exercício. Esta nova caldeiraalimentada por biomassa permitirá desactivar a caldeira auxiliar, com consumo de fuel-oil, eliminando assima queima deste combustível fóssil para a produção de energia.

PROJECTOS RELEVANTES PARA 2007

No dia 29 de Janeiro foi registada na Conservatória do Registo Comercial a escritura de aumento de capi-tal social mediante a emissão 9.276.141 acções da Europac, com o objectivo de pagar a contrapartida esta-belecida para a aquisição de 2.650.326 acções da Gescartão, que intervieram na Oferta Pública deAquisição lançada pela Europac em 31 de Outubro de 2006. Após a Oferta, a Europac passa a controlar97,93% dos direitos de voto da Gescartão, SGPS, SA.

Entretanto, no dia 5 de Janeiro de 2007 foram admitidas à negociação, na bolsa de Lisboa, tanto as acçõesexistentes da Europac, como as 9.276.141 novas acções emitidas em virtude do aumento de capital paradar contrapartida à OPA sobre a GESCARTÃO. A decisão de negociar na Euronext Lisboa, além das bol-sas de Madrid e de Barcelona, foi ractificada pela Assembleia Geral da Europac no passado dia 4 deDezembro e enquadra-se dentro da estratégia de crescimento e compromisso com o mercado português.

Por outro lado, a Comissão Executiva celebrada no dia 1 de Fevereiro de 2007 fixou a quantia do aumen-to de capital por incorporação de reservas disponíveis, como previsto no ponto Terceiro da Ordem dosTrabalhos da Assembleia Geral de Accionistas Extraordinária celebrada no dia 4 de Dezembro de 2006,pelo que se decidiu efectuar um aumento de capital deliberado na proporção de 1 acção nova por cada12 antigas. O valor do aumento de capital deliberado foi de 10.358.750,00 euros, mediante a emissão de5.179.375 acções ordinárias com o valor nominal de dois euros cada uma.A escritura de aumento foi regis-tada no dia 8 de Março de 2007 na Conservatória do Registo Comercial de Palência. Este aumento tevecomo objectivo retribuir todas as acções em circulação, incluindo aquelas resultantes do aumento parapagar a contrapartida estabelecida para a aquisição de acções da Gescartão que intervieram na OfertaPública de Aquisição, comentada anteriormente, e enquadrou-se dentro da política de retribuição aosaccionistas da Europac.

Depois deste último aumento, o capital da EUROPAC foi fixado em 134.663.764,00 euros, representadopor 67.331.882 acções.

No dia 12 de Março de 2007, a Europac tornou público o seu primeiro Plano Estratégico para o período2007-2011.

De acordo com o plano, a estratégia da EUROPAC será crescer com rentabilidade, melhorar a produtivi-dade, continuar a avançar em integração, e tudo isso apoiado na solvência financeira.

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O novo Plano Estratégico do Grupo também prevê uma geração líquida de caixa antes de investimentosde 279 milhões de euros neste período, com a qual serão realizados investimentos industriais no valor de288 milhões de euros. Os principais projectos de investimento incluídos no plano são os seguintes:

1) Aumento de capacidade da máquina MP2 (máquina de papel 2) em mais de 30.000 toneladas/ano,em Dueñas (Palência).

2) Novas instalações de co-geração de energia em Dueñas (2009) e Viana do Castelo (Portugal), de 30MW de potência cada uma.

3) Aumento de capacidade de kraftliner até 370.000-400.000 toneladas/ano em Viana do Castelo (faceàs 320.000 toneladas actuais).

Está previsto que o lucro líquido de exploração (EBIT) da EUROPAC crescerá a uma taxa anual compos-ta (TACC) de 16% e que as vendas consolidadas em 2011 sejam 56% superiores às obtidas em 2006 (580milhões de euros em 2011 face aos 343 milhões obtidos no passado exercício). Por outro lado, a retribui-ção ao accionista aumentará em 10% por ano, tendo como referência a remuneração relativa ao exercíciode 2006.

Por outro lado, para o exercício de 2007, a Companhia tem prevista uma reestruturação da sua dívida finan-ceira a curto e a longo prazo, para ajustar o seu volume e estrutura às necessidades de investimento pre-vistos no Plano Estratégico anteriormente comentado, e assim conseguir os seus objectivos.

No âmbito deste Plano Estratégico, e também para o exercício de 2007, há que salientar que se prevê umaadaptação e modernização dos Sistemas de Informação e das suas plataformas tecnológicas, consistenteem: por um lado, fazer uma extensão dos Sistemas SAP e Optivisão de Portugal e, por outro lado, a implan-tação do software Hyperion para a melhoria e optimização dos sistemas de informação consolidados doGrupo, tanto à escala legal como de gestão.

No dia 21 de Março, a Europac subscreveu, integralmente, o aumento de capital no valor de 1,5 milhõesde euros efectuado pela sua filial Cartonajes Esteve y Nadal, S.L. (Cartensa), empresa dedicada ao fabricode embalagens de cartão ondulado e cujas instalações estão situadas na localidade barcelonesa deTorrelavit. Desta forma, a Europac passa a ter uma participação de 70% na companhia e, em consequência,consolidará globalmente as contas do Grupo, em vez de proporcionalmente, como fazia anteriormente (atéagora a Europac era detentora de 50% da empresa).

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RELATORIO DOS AUDITORESE CONTAS ANUAIS2006

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TRADUÇÃO

RELATORIO DOS AUDITORES DE CONTAS ANUAIS

Para os Accionistas da Sociedade PAPELES Y CARTONES DE EUROPA, S.A.

1. Verificámos as contas anuais da Sociedade PAPELES Y CARTONES DE EUROPA, S.A.,que abrangem o balanço patrimonial em 31 de Dezembro de 2006, a conta de lucros e perdas eas notas explicativas, relativos ao exercício anual encerrado na referida data, cuja elaboração éda responsabilidade dos Administradores da Sociedade. A nossa responsabilidade é emitirmosuma opinião sobre as citadas contas anuais em seu conjunto, opinião essa que se baseia notrabalho realizado de acordo com as normas de auditoria geralmente aceites, que requerem oexame, mediante a realização de testes selectivos, da evidência justificativa das contas anuais e aavaliação da sua apresentação, dos princípios contabilísticos aplicados e das estimativasrealizadas.

2. De acordo com a Legislação Comercial em vigor, os administradores apresentam, para efeitoscomparativos, com cada uma das rubricas do balanço, da conta de lucros e perdas e do quadro definanciamento da PAPELES Y CARTONES DE EUROPA, S.A., além dos valores do exercíciode 2006, as relativas ao exercício anterior. A nossa opinião faz referência exclusivamente àscontas anuais do exercício de 2006. No dia 20 de Abril de 2006, emitimos nosso parecer deauditoria acerca das contas anuais do exercício de 2005, no qual expressámos uma opiniãofavorável.

3. Na nossa opinião, as contas anuais do exercício de 2006 anexas expressam, em todos osaspectos significativos, a imagem fiel do património e da situação financeira da SociedadePAPELES Y CARTONES DE EUROPA, S.A., dos resultados das suas operações e dosrecursos obtidos e aplicados durante o exercício anual encerrado na referida data e contendo ainformação necessária e suficiente para a sua interpretação e compreensão adequadas, emconformidade com os princípios e normas contabilísticos geralmente aceites que guardamuniformidade com os aplicados no exercício anterior.

4. O relatório da administração anexo do exercício de 2006 contém as explicações que osadministradores consideram convenientes sobre a situação da Sociedade, a evolução dos seusnegócios e sobre outros assuntos, e não faz parte integrante das contas anuais. Verificámos que ainformação contabilística que o citado relatório da administração contém está de acordo com adas contas anuais do exercício de 2006. O nosso trabalho como auditores limita-se à verificaçãodo relatório da administração com o alcance mencionado neste mesmo parágrafo e não inclui arevisão de informação diferente da obtida a partir dos registos contabilísticos da Sociedade.

Madrid, 19 de Abril de 2007ANEFISA, S.L.

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PAPELES Y CARTONES DE EUROPA, S.A.

Balanço patrimonial em 31 de Dezembro de 2006 e 2005 (expresso em euros)

ACTIVO 2006 2005

IMOBILIZADO 342.004.989 295.477.822

Despesas de estabelecimento (nota 5) 474.788 486.251Imobilizações incorpóreas (nota 6) 11.087.207 5.850.007Imobilizações corpóreas (nota 7) 159.337.436 116.754.902Imobilizações financeiras (nota 8) 170.131.153 171.989.134Acções próprias (nota 9) 974.405 397.528

DESPESAS A DISTRIBUIR EM VÁRIOS EXERCÍCIOS (NOTA 4 F) 870.992 1.068.802

ACTIVO CIRCULANTE 52.827.179 39.746.128

Existências (nota 10) 19.958.108 17.125.874Devedores (nota 11) 29.510.153 19.923.609Investimentos Financeiros Temporários 1.869 0Tesouraria 3.357.049 2.692.244Ajustamentos por periodificação 0 4.401

TOTAL 395.703.160 336.292.752

A memória anexa faz parte integrante das contas anuais de 2006 e 2005.

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PASSIVO 2006 2005

FUNDOS PRÓPRIOS (NOTA 12) 147.566.494 147.378.270

Capital subscrito 105.752.732 104.905.226Prémio de emissão 5.111.501 5.487.350Reservas 36.799.637 23.574.996Lucros e Perdas -97.376 14.427.472Dividendos entregues por conta -1.016.774

RECEITAS A DIST. EM VÁRIOS EXERC.. (NOTA 13) 1.992.937 1.589.515

PROVISÕES PARA RISCOS E DESPESAS (NOTA 14) 3.615.867 3.510.698

CREDORES A LONGO PRAZO (NOTA 15) 177.882.705 131.922.473

Dívidas com entidades de crédito 157.289.421 118.742.857Outros credores 20.593.284 13.179.616

CREDORES A CURTO PRAZO (NOTA 15) 64.645.157 51.891.796

Dívidas com entidades de crédito 24.384.701 19.346.128Dívidas com Empresas do Grupo e participadas 2.521.555 1.647.597Credores comerciais 29.813.052 21.313.467Outras dívidas não comerciaiss 6.828.350 8.253.770Provisões por operações de tráfico 193.974Ajustamentos por periodificação 903.525 1.330.834

TOTAL 395.703.160 336.292.752

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PAPELES Y CARTONES DE EUROPA, S.A.

Conta de Lucros e Perdas do período de Janeiro a Dezembro de 2006 e 2005 (expresso em euros)

DÉBITO 2006 2005

Variações,, existências de produtos terminados 496.211 0Aprovisionamento (nota 18) 79.065.795 48.228.119Despesas com pessoal (nota 18) 20.366.707 12.534.031Dotações para amortizações de imobilizado (nota 5,6 e 7) 12.045.571 9.037.828Variação da provisões de tráfico (nota 11) 313.649 44.390Outras Despesas de Exploração (nota 18) 28.500.519 25.039.681

Soma 140.788.452 94.884.049

LUCRO DE EXPLORAÇÃO -594.241 4.452.971

Despesas financeiras assimiladas 10.079.351 5.656.734

LUCRO DAS ACTIVIDADES ORDINÁRIAS -9.746.948 -878.540

Variação da provisões de imobilizado (nota 14) -181.471 2.838.079Despesas extraordinárias (nota 18) 214.782 41.915

RESULTADOS EXTRAORDINÁRIOS POSITIVOS 6.353.264 13.272.945

LUCRO ANTES DE IMPOSTOS -3.393.685 2.394.405

Imposto sobre Sociedades (nota 16) -3.296.309 -2.033.067

LUCRO LÍQUIDO DEPOIS DE IMPOSTOS -97.376 14.427.472

La memoria adjunta forma parte integrante de las cuentas anuales de 2006 y 2005.

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CRÉDITO 2006 2005

Valor líquido do volume de negócios 133.885.814 94.749.880Variações, existências de produtos terminados 89.031 301.010Trabalhos efec. Pela empresa para o seu imobiliz. 2.596.066 946.434Outras Receitas 3.623.299 3.339.696

Soma 140.194.210 99.337.020

Receitas Financeiras 926.644 325.223

RESULTADOS FINANCEIROS NEGATIVOS 9.152.707 5.331.511

Receitas extraordinárias (nota 18) 6.386.575 16.152.939

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MEMÓRIA 2006

1. ACTIVIDADE DA SOCIEDADE

A Sociedade Papeles y Cartones de Europa, S.A. (Europac), é uma empresa constituída em 31 deDezembro de 1995, mediante escritura pública perante o Notário de Madrid, o Sr. Luis Sanz Rodero, comnúmero de protocolo 5.346 e procede da fusão de duas Sociedades, por absorção da Papelera de Castilla,S.A. e pela cisão parcial da Papeles e Cartones de Cataluna, S.A. (Pyccsa).Tem por objectivo a transforma-ção de matérias-primas e produtos químicos e o fabrico de celulose, fibras e os seus derivados de qual-quer tipo, o fabrico de papel de todos os tipos, entre eles, de cartão, de cartão ondulado e de qualqueroutro, manufacturado ou transformado de papel, cartão ou celulose.

A sede social da Entidade, encontra-se localizada em Dueñas (Palência), Carretera de Burgos a Portugal,km. 96.

A Companhia tem centros de trabalho fabris em Dueñas (Palência) , Alcolea del Cinca (Huesca),Torres daAlameda (Madrid) e Ribarroja del Turia (Valência), bem como o seu Centro Administrativo-Financeiro-Comercial em Alcobendas (Madrid) e um escritório comercial em Barcelona.

2. BASES DE APRESENTAÇÃO

As contas anuais relativas ao exercício de 2006 foram preparadas a partir dos registos contabilísticos daSociedade, tendo sido aplicadas as disposições legais em vigor em matéria contabilística, de forma a quemostrem a imagem fiel do património, da situação financeira e dos resultados da mesma, conforme o esta-belecido no artigo 34 do Código de Comércio, e foram elaboradas pelos administradores da Sociedade.

O Conselho de Administração da Sociedade estima que as contas anuais anexas do exercício de 2006, quesão apresentadas em euros, serão aprovadas pela Assembleia Geral de Accionistas sem variações significa-tivas. Como requer a normativa contabilística, o balanço patrimonial, a conta de lucros e perdas e o qua-dro de financiamento de 2006, recolhem para efeitos comparativos, os valores relativos ao exercício ante-rior em euros, que faziam parte das contas anuais de 2005. Os valores estabelecidos na memória, que jus-tificam as rubricas mais relevantes das contas anuais, são expressos em unidades de euro, salvo indicaçãoem contrário.

Na data de 1 de Fevereiro de 2006 foi registada a escritura de fusão pela Europac (SociedadeAbsorvente) das suas filiais Tralsoga, S.L.U., Cartova, S.A.U. e Torrespack 2000, S.A.U. (SociedadesAbsorvidas) a 100%, conforme a deliberação aprovada na Assembleia Geral de Accionistas datada de 21de Novembro de 2005. Os aumentos que se verificam no Balanço, como consequência desta fusão,encontram-se registados nos quadros desta Memória como incorporação. Conforme o ponto 1 do arti-go 93 do Texto Revisto da Lei do Imposto sobre Sociedades inclui-se na nota 16 as obrigações de infor-mação sobre as sociedades contribuidoras.

Como consequência da absorção das Sociedades antes referidas, há que observar que, nas contas deLucros e Perdas do exercício de 2006, em comparação com as do 2005, existem diferenças substanciais,conforme a imputação tanto dos custos na rubrica de aprovisionamento como nas rubricas de receitas,tudo isso como consequência da integração à companhia das unidades de produção de cartão.

A Papeles y Cartones de Europa, S.A., como sociedade dominante do Grupo, emite contas anuais conso-lidadas adoptadas de acordo com as Normas Internacionais de Informação Financeira (NIIF).

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3. DISTRIBUIÇÃO DOS RESULTADOS

O Conselho de Administração proporá à Assembleia Geral de Accionistas, para a sua aprovação, que aperda do exercício de 2006, no valor de 97.375,94 euros, seja destinado conforme é detalhado:

Proposta de Distribuição do Resultado do Exercício de 2006

Base de Partilha DistribuiçãoLucros e Perdas -97.375,94 Reservas Voluntárias -97.375,94

TOTAL -97.375,94 -97.375,94

4. NORMAS VALORIMÉTRICAS

As contas anuais do exercício de 2006 foram elaboradas de acordo com os princípios contabilísticos, asnormas valorimétricas e a classificação de conteúdos adoptados de acordo com o Plano Geral deContabilidade, sendo os seguintes:

a) Despesas de estabelecimento As despesas de constituição, de primeiro estabelecimento e de aumento de capital, são registadas pelopreço de aquisição e são amortizadas linearmente num período de cinco anos.

b) Imobilizações incorpóreas O imobilizado incorpóreo é avaliado pelo seu custo de aquisição e apresenta-se líquido das suas respecti-vas amortizações acumuladas, conforme os seguintes critérios:

As despesas de investigação e desenvolvimento cujos resultados são satisfatórios são capitalizadas, amorti-zando-se num período de cinco anos. Caso se alterem as circunstâncias favoráveis do projecto ou objecti-vos que permitiram capitalizá-los, a parte por amortizar é reconhecida como custo no exercício quemudam as condições. Na presente data fica por amortizar a quantia de 109.087 euros.

Os direitos de uso e opção de compra, derivados da utilização das imobilizações corpóreas contratadas emregime de arrendamento financeiro, registam-se pelo valor do bem, no momento da aquisição. A amorti-zação destes direitos é feita linearmente durante a vida útil do bem arrendado. A dívida total das quotasde arrendamento acrescida do valor da opção de compra é reflectida no passivo. A diferença inicial entrea dívida total e o valor do bem, equivalente à despesa financeira da operação, é contabilizada como des-pesa a distribuir em vários exercícios e é imputada aos resultados durante a duração do contracto com umcritério financeiro. No momento em que se exerce a opção de compra, o custo e a amortização acumu-lados destes bens são trespassados aos títulos correspondentes do imobilizado corpóreo.

As aplicações informáticas são compostas pelos títulos e montantes pagos pelo acesso à propriedade, odireito de uso de programas informáticos e os efectuados pela própria empresa. Está previsto que a suautilização será efectuada em vários exercícios, de acordo com a previsão da sua vida util. Os custos demanutenção e despesas informáticas de utilização anual são imputados directamente como despesas nomomento em que se incorre nelas.

Os Direitos de emissão de gases de efeito estufa (CO2), com o seu regime regulado pela Lei 1/2005, de9 de Março, são contabilizados pelo valor que correspondia ao preço de mercado na data em que foramconcedidos, que era de 23,75 euros / toneladas, e este valor ajusta-se anualmente, dotando uma provisãocom base ao valor de mercado actualizado dos Direitos. Para ajustar o valor à data de encerramento des-

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tas contas, tomou-se como base a cotação publicada pela firma “Sendeco2” , de 6,60 euros / tonelada, pelonúmero de toneladas atribuídas às diferentes unidades fabris da Companhia, que são de 148.490 toneladasem 2006. Durante este ano, foram dados de baixa 140.178 direitos relativos aos consumos registados noexercício anterior. A atribuição é contabilizada por débito da conta “Direitos de emissão de gases de efei-to estufa”, incluída neste grupo e com pagamento por conta de “Subsídios”, ao receber as atribuições nesteperíodo a título gratuito.A imputação ao demonstrativo de lucros e perdas é feita por débito de uma contade “Despesas por emissão de gases de efeito estufa” de acordo com o consumo real do período e com opreço anteriormente indicado com pagamento a uma conta “Provisão por direitos de emissão de gases deefeito estufa”. Quanto à receita, efectua-se através de uma conta de “Subsídios por emissão de gases deefeito estufa”, no valor do consumo real. (nota 6).

O Fundo de Comércio surge como consequência da fusão por absorção anteriormente descrita e comoconsequência da diferença de valor entre o Valor contabilístico das participações nestas Sociedades e oValor dos seus Fundos Próprios à data efectiva da fusão. Em 31 de Dezembro de 2006, o valor do Fundode Comércio era de 4.645.031 euros.

c) Imobilizações corpóreasO imobilizado corpóreo é avaliado pelo preço de contribuição na fusão e/ou pelo custo de aquisição, oqual inclui as despesas adicionais verificadas até à colocação, em condições de funcionamento, do bem. Noexercício de 1996, foram actualizados os valores dos bens e das suas respectivas amortizações, de acordocom o RD 7/96 de 7 de Junho, num saldo líquido de 876.739 milhares de pesetas (equivalentes a 5.269milhares de euros). As melhorias em bens existentes que alargam a vida útil dos activos, ou aumentam aprodutividade, são capitalizadas. Os custos financeiros e as despesas de índole similar ocorridas no perío-do de instalação e colocação em funcionamento são incorporados ao valor do bem.

Os custos por trabalhos efectuados pela própria Empresa para o seu imobilizado avaliam-se pelo valor querepresentam os custos de consumos de materiais de armazém e pelos custos de pessoal que intervêm narealização dos trabalhos por obras de imobilizado. O montante deste capítulo, no exercício de 2006, foi de2.596.066 euros, como consequência, principalmente, da colaboração com o pessoal próprio e do forneci-mento de materiais do armazém sobresselentes, em trabalhos de modificação e de melhoria levados a cabonas instalações e maquinaria das fábricas de Dueñas e Alcolea del Cinca. No caso de baixas ou retiradasde elementos do imobilizado corpóreo, o seu valor contabilístico e a sua respectiva amortização acumula-da são eliminados dos registos contabilísticos. O lucro ou perda resultante da operação é registado nosresultados extraordinários do exercício no qual se realiza. Os custos de manutenção e reparação são regis-tados nos resultados no momento em que se verificam.

As amortizações dos elementos do imobilizado corpóreo são realizadas sobre os valores contabilísticos seguin-do o método linear, em função da vida útil e de acordo com os centros de produção, sendo os seguintes:

Centro Alcolea Alcolea Dueñas Dueñas Torres de la RibaDESCRIÇÃO E % ANUAL Madrid (Papel) (Cartón) (Papel) (Cartón) Alameda RojaConstruções - 2 3 2-3 1 3 4Instalações Técnicas Especializadas - 6 6 6 6 10 8Maquinaria - 4,5 9 4,5 6 10 12,5Utensílio - 12,5 12,5 12,5 20 20 14Outras Instalações - 4 8 4 6 10 8Mobiliário 5-12 5-12 5-12 5-12 5 10 6-7Equipamentos Processos de Informação 25 25 25 25 13 20 25Elementos de Transporte 14-16 14-16 14-16 14-16 - 20 16Elementos de Transporte Internos - 6 6 6 6 - - Outro Imobilizado Corpóreo - - 4 4 4 4 -

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amortização dos elementos que se incorporam ao imobilizado corpóreo em cada exercício, começa a seraplicada a partir do primeiro dia do exercício seguinte, devido ao facto dos elementos mais significativosserem incorporados ao processo produtivo, depois de um período de montagem e adaptação, para a incor-poração dos mesmos, o qual implica que, desde a aquisição até a sua colocação em serviço, supere na,maioria dos casos, um tempo de vários meses.

d) Imobilizações FinanceirasCorresponde à participação da Sociedade noutras Companhias, avaliando-se pelo seu custo de contribui-ção ou aquisição. Sobre o valor teórico contabilístico do balanço encerrado no último exercício, aprovisio-na-se a quantia resultante sobre o valor contabilístico, pela participação e pelo teórico. Se este for menorque aquele, no encerramento do exercício em vigor, o seu valor é aprovisionado pela diferença resultante.Se o valor de aquisição for maior do que o teórico contabilístico e existem nos próximos dez anos expec-tativas razoáveis de obtenção de lucros futuros que assegurem a recuperação do investimento, não se efec-tua qualquer provisão. Neste exercício de 2006, não se fez qualquer provisão neste sentido. (nota 8)

Esta rubrica também inclui outros títulos como “Créditos a favor de Companhias do Grupo”, “OutrosCréditos” e “Cauções e depósitos constituídos”, que correspondem a determinados créditos susceptíveisde capitalizar, compensar com investimento ou recuperar a longo prazo, e cauções proporcionadas, cujarecuperação será num prazo superior a doze meses.

e) Acções PrópriasAs acções próprias em poder da Sociedade são avaliadas pelo seu preço de aquisição à subscrição ou com-pra. Se o valor de mercado for menor no encerramento de contas ou a média do último trimestre, efec-tua-se a respectiva provisão pela diferença.

No encerramento do exercício de 2006, o saldo por este conceito é de 974.405 euros, relativo a 135.664títulos. Efectuou-se a respectiva dotação de reserva para as acções próprias.

f) Despesas a distribuir em vários exercíciosIncluem despesas de formalização de empréstimos recebidos e despesas por juros diferidos por dívidascontraídas, que são imputadas aos resultados durante o prazo de vencimento das respectivas dívidas, deacordo com um método financeiro. O seu valor em 31 de Dezembro de 2006 é de 870.992 euros.

g) Existências A Companhia avalia as suas existências de matérias-primas e auxiliares pelo custo médio de aquisição, queé inferior ao seu valor de mercado ou reposição, e que é o valor que se aplica aos consumos. Os produ-tos terminados e os trabalhos em curso são avaliados pelo preço de custo real ou de mercado, se este formenor. Se for necessário, efectuam-se dotações à provisão por depreciação de existências quando existi-rem dúvidas da sua recuperação.

h) Transacções e saldos em moeda estrangeiraAs transacções em moeda estrangeira registam-se contabilisticamente pelo seu contravalor em euros, uti-lizando as taxas de câmbio em vigor nas datas em que forem efectuadas. Os lucros ou perdas pelas dife-renças de câmbio surgidas no cancelamento dos saldos provenientes de transacções em moeda estrangei-ra, são reconhecidos no demonstrativo de lucros e perdas no momento em que forem realizados, as dife-renças de câmbio líquidas resultantes da conversão no exercício de 2006, imputadas aos resultados foramde 19.685 euros negativos.

Os saldos a cobrar e a pagar em moeda estrangeira no encerramento do exercício são avaliados em eurosa uma taxa de câmbio que se aproxime às taxas em vigor em 31 de Dezembro, reconhecendo-se comodespesas, as perdas líquidas de câmbio não realizadas, determinadas para grupos de divisas de similar ven-cimento e comportamento de mercado, e diferindo-se até o seu vencimento os lucros líquidos não reali-zados, determinados de igual modo.Todas as moedas em que a Sociedade opera gozam de taxa de câm-

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bio oficial. As operações deste tipo são pouco significativas, já que a grande maioria das mesmas são mate-rializadas em euros, que é a moeda funcional e principal.

i) SubsídiosOs subsídios de capital são contabilizados com base no seu vencimento e são registados na conta de“Receitas a distribuir em vários exercícios”. Procedem de concessões para o financiamento de projectos deinvestimento em imobilizado e são imputados aos resultados através do demonstrativo de lucros e perdas,de forma linear num período de dez anos, o qual tem uma correlação razoável com os bens subsidiados.

Em 31 de Dezembro de 2006, o saldo desta conta apresentava um valor de 1.992.937 euros. As imputa-ções na conta dos resultados foram de 563.592 euros por subsídios e 3.334.762 euros pelos direitos deemissão CO2 consumidos. (Nota 13).

Dentro deste capítulo, “Receitas a distribuir em vários exercícios”, incluem-se as quantidades relativasàs atribuições de emissão de gases (CO2) não consumidas nos exercícios de 2005 e 2006, nas quan-tias de 8.312 t e 8.079 t respectivamente, que equivalem a 108.181 euros, ao preço de mercado, e serãoincorporadas aos consumos do próximo ano, ou puderam ser susceptíveis de colocar no mercado paraa sua venda.

j) Classificação das dívidas e créditos a curto e longo prazo No balanço patrimonial anexo, classificam-se a curto prazo as dívidas e créditos com vencimento igual ouinferior a doze meses, e a longo prazo no caso contrário.

k) Imposto sobre sociedadesO imposto de sociedades é calculado sobre o resultado contabilístico modificado pelas diferenças perma-nentes e temporárias entre o resultado contabilístico e o fiscal. As deduções permitidas na quota são con-sideradas como uma minoração no valor do imposto sobre sociedades gerado no exercício, do qual sededuzem as retenções e os pagamentos por conta do imposto.

O imposto diferido ou antecipado surge da imputação das receitas e despesas em períodos diferentes, paraefeitos da legislação fiscal em vigor e da relativa à apresentação das contas anuais. O saldo à data do ence-rramento destas contas anuais dos Impostos diferidos, é de 6.645.873 (Nota 16).

O ajustamento negativo, nos impostos diferidos que aparecem no passivo do Balanço, como consequênciado câmbio de taxa aplicável ao Imposto de Sociedades, previsto pela legislação fiscal para o exercício de2007 de 32,5% face a 35% aplicável até o exercício de 2006, foi de 511.221 euros.

l) Receitas e Despesas São contabilizadas sem incluir, se proceder, o IVA repercutido ou suportado respectivamente e de acordo com osprincípios contabilísticos do facto gerador, independentemente do momento de cobrança ou pagamento, e decorrelação de receitas e despesas.

m) Aspectos Ambientais

ETAR.Em 2006, apesar de ter aumentado a produção em 305 em Alcolea del Cinca e 4,8% na fábrica de Dueñasem comparação com o ano anterior, a Europac manteve os níveis de descarga similares aos de 2005Com estes valores, a Europac cumpre na íntegra o acordo MIMAM-ASPAPEL, e aproxima-se dos valoresque são mencionados no BREF (Reference Document on Best Available Techniques in the Pulp and PaperIndustry) da IPPC, onde se reflectem os níveis de emissão associados ao uso das melhores técnicas dispo-níveis, o que entrará em vigor em 2007.

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Na fábrica de Dueñas foi instalada uma nova centrífuga para os lodos biológicos para melhorar o seu acon-dicionamento e poder avaliar melhor estes lodos para fins agrícolas.

ISO 14.001Nos dias 15 e 16 de Novembro em Alcolea e nos dias 30 e 31 de Março em Dueñas, foram efectuadaspela AENOR as auditorias da norma UNE EN ISO 14.001:2.004. As auditorias foram realizadas com suces-so, cumprindo assim com o nosso compromisso de melhoria contínua, de acordo com a conservação e orespeito pelo meio ambiente.

Na fábrica de Alcolea e dentro do programa de gestão ambiental, foram efectuadas, em 2006, uma sériede melhorias como a eliminação da soda cáustica no processo de fabrico de papel e a centralização doarmazém de óleos e gorduras junto com o armazém de produtos químicos e resíduos perigosos.

Por sua vez, na fábrica de Dueñas, foram levadas a cabo uma série de melhorias como:

1. Reduzir a quantidade de resíduo sólido que é separado do processo de fabrico do papel em 20%, con-seguindo também a separação em três tipos de resíduos (fracção plástica, fracção pasta de papel e fracçãomistura de metais, plásticos e papel) para uma futura avaliação térmica.

2. Maior duração do emprego do óleo de turbinas, reduzindo o consumo do mesmo por meio de filtraçãoem contínuo do óleo das turbinas.

3. Redução do consumo energético (eléctrico) mediante a realização de um estudo da engenharia Incepalsobre a eficiência energética e a posterior implantação dos possíveis equipamentos detectados.

4. Controlar o consumo de colas e evitar possíveis descargas nos depósitos de armazenamento com a ins-talação de detectores de nível nos depósitos de armazenamento.

5. Estudo sobre a utilização do biogás gerado no reactor anaeróbio da ETAR para a poupança de gás natu-ral na co-geração.

IPPCNa data de 07/12/2006 foi entregue no registo do Instituto Aragonês de Gestão Ambiental o “ProjectoBásico para a solicitação de Autorização Ambiental Integrada da Fábrica Papeles y Cartones de Europa, S.A.em Alcolea de Cinca”.

Na data de 21/07/2006 foi entregue no registo do Serviço Territorial do Ambiente de Palência do Governoda Castela e Leão o “Projecto Básico para a solicitação da Autorização Ambiental Integrada da FábricaPapeles y Cartones de Europa, S.A. em Dueñas.”

EMISSÕES DE CO2Na fábrica de Alcolea del Cinca, uma vez obtida a Autorização de Emissão de Gases de Efeito Estufa, nofinal do ano de 2005, solicitou-se a actualização da mesma bem como da actualização da solicitação deAtribuição de Direitos de Emissão para o período 2005-2007" por causa da Reforma da MP3, já que iriamocorrer mudanças na instalação com o fim de aumentar a produção de papel e também fabricar uma novaqualidade de papel.

Em 2006, recebeu-se a Resolução de 16 de Janeiro de 2006, do Instituto Aragonês de Gestão Ambientalna qual se modifica a Autorização de Emissão de Gases de Efeito Estufa conforme os novos dados pro-porcionados.

O ano de 2005 terminou com emissões totais de 52.758 toneladas de CO2 equivalente.

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As emissões totais do exercício de 2006 foram de 51.524 toneladas de CO2 equivalente, sendo algo infe-riores às do ano passado, visto que a máquina MP3 esteve parada durante a reforma.

Na fábrica de Dueñas, uma vez obtida a Autorização de Emissão de Gases de Efeito Estufa, solicitou-se nadata 30 de Junho de 2005, a actualização da Autorização de Emissão de Gases de Efeito Estufa.

A AENOR realizou auditoria sobre esta autorização e emitiu relatório favorável de emissões de gases deefeito estufa na data de 14 de Fevereiro de 2006. Este relatório foi enviado para a direcção-geral da qua-lidade ambiental da secretaria do ambiente do Governo da Castela e Leão.

As emissões totais do exercício de 2006 foram de 89.441 toneladas de CO2 .

5. DESPESAS DE INSTALAÇÃO

As despesas de primeiro estabelecimento que aparecem no Balanço correspondem às incorporações veri-ficadas como consequência da fusão pela Europac (Sociedade Absorvente) das suas filiais Tralsoga, S.L.U.,Cartova, S.A.U. e Torrespack 2000, S.A.U. (Sociedades Absorvidas) a 100%. (Nota 2)

Um detalhe desta rubrica em 31 de Dezembro de 2006 e 2005 é o seguinte: (em euros):

Saldo Inicial Aumentos Incorporação Amortização Saldo FinalTÍTULO em 01.01.2006 em 31.12.2006Despesas de primeiro estabelecimento 0 2.243 69.702 -37.349 34.595Despesas aum. capital 486.251 70.778 10.581 -127.418 440.193

Totais 486.251 73.021 80.283 -164.767 474.788

Saldo Inicial Aumentos Incorporação Amortização Saldo FinalTÍTULO em 01.01.2005 em 31.12.2005Despesas aum. Capital 110.931 463.980 0 -88.660 486.251

Totais 110.931 463.980 0 -88.660 486.251

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6. IMOBILIZADO INCORPÓREO

Um detalhe desta rubrica em 31 de Dezembro de 2006 e 2005, é o seguinte:

Saldo Inicial Aumentos Incorporação Baixas Trespasses SaldoFinalTÍTULO em 01.01.2006 em 31.12.2006CUSTO DE IMOB. CORPÓREASDesp. de Invest. e Desenv. 1.258.553 0 426.650 0 0 1.685.203Propriedade Industrial 12.673 15.468 3.568 0 0 31.710Fundo de comércio 0 4.645.031 0 0 0 4.645.031Aplicações Informáticas 2.551.355 185.507 235.552 0 0 2.972.414Direitos de emissão 3.526.638 3.526.638 0 3.329.228 0 3.724.048Direitos bens arrend fin. 0 811.730 0 0 0 811.730

Total Custo 7.349.219 9.184.374 665.770 3.329.228 0 13.870.136

AMORTIZAÇÃO IMOBILIZADODesp. de Invest. e Desenv 1.249.221 87.719 239.176 0 0 1.576.116Propriedade Industrial 9.197 4.729 2.003 0 0 15.930Aplicações Informáticas 240.794 285.293 230.230 0 0 756.317Direitos bens arrend fin 0 269.799 164.767 0 0 434.566

Total Amortização 1.499.212 647.540 636.177 0 0 2.782.929

IMOB. INCORPÓREO LÍQUIDO 5.850.007 8.536.834 29.594 3.329.228 0 11.087.207

Saldo Inicial Aumentos Incorporação Baixas Trespasses SaldoFinalTÍTULO em 01.01.2005 em 31.12.2005CUSTO DE IMOB. CORPÓREASDesp. de Invest. e Desenv. 1.258.553 0 0 0 0 1.258.553Propriedade Industrial 11.055 1.618 0 0 0 12.673Aplicações Informáticas 2.156.011 395.344 0 0 0 2.551.355Direitos de emissão 0 3.526.638 0 0 0 3.526.638

Total Custo 3.425.619 3.923.600 0 0 0 7.349.219

AMORTIZAÇÃO IMOBILIZADODesp. de Invest. e Desenv 1.147.757 101.464 0 0 0 1.249.221Propriedade Industrial 8.122 1.075 0 0 0 9.197Aplicações Informáticas 149.051 91.743 0 0 0 240.794

Total Amortização 1.304.930 194.282 0 0 0 1.499.212

IMOB. INCORPÓREO LÍQUIDO 2.120.689 3.729.318 0 0 0 5.850.007

Fundo de ComércioQuantia gerada pela absorção da Sociedades indicadas na nota 2 e conforme é explicado no quinto pará-grafo da nota 4.b).

Aplicações InformáticasOs custos à “Aplicações Informáticas”, que alcançam os 185.507 euros, são consequência da decisão tomadapela Empresa de actualizar o seu sistema de gestão informática, pois o anterior tinha ficado obsoleto.

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O sistema escolhido foi o SAP. O passo dado tem um elevado conteúdo estratégico para a nossa Empresa. Aimplantação para o módulo de Finanças e Controlling foi em 2003, e o resto de módulos, foram da área de logís-tica, a parte mais importante do projecto, foram implantados em grande parte nos exercícios de 2004 e 2005.Esta implantação finalizou-se no exercício de 2006, e houve que adaptar o programa ao resto das empresas fun-didas no decorrer do ano.

Bens em regime de arrendamento financeiroDurante o exercício de 2006 foram feitas operações de Leasing de maquinaria no valor de 811.730 euros.

Direitos de emissão de gases de efeito estufaDurante o exercício de 2005 foram aplicados direitos de emissão e o valor foi de 148.490 toneladas, pelosdireitos atribuídos para o primeiro ano do período de 2005-2008, avaliados ao preço de 23,75 euros /tonelada, conforme tudo isso, indica-se na nota 4 b).

Para este exercício de 2006, os direitos aplicados foram os mesmos e avaliados ao preço da data de atri-buição, isto é, a 23,75 euros / tonelada.

7. IMOBILIZADO CORPÓREO

Um detalhe desta rubrica em 31 de Dezembro de 2006 é:

Análise do Movimento do Imobilizado Corpóreo 2006 (Datos em euros)

Saldo Inicial Aumentos - Baixas Trespasses SaldoFinalTÍTULO em 01.01.2006 Incorporação em 31.12.2006CUSTO DE IMOB. CORPÓREOTerrenos e Bens Naturais 609.395 0 4.927.226 0 0 5.536.621Construções 15.582.978 1.738.697 6.641.825 0 3.616.760 27.580.260Instalações Técnicas 16.817.421 111.826 1.027.362 0 67.254 18.023.862Maquinaria 89.498.219 17.144.848 27.869.512 -44.420 3.592.654 138.060.813Utensílio 43.917 7.696 103.103 0 0 154.716Outras Instalações 59.903.610 146.301 2.491.386 -76.659 53.675 62.518.312Mobiliário 1.066.090 2.772 218.771 0 0 1.287.633Equip. Processos de Informação 1.002.999 4.988 262.506 0 0 1.270.493Elementos de Transporte 1.517.904 108.376 233.668 -1.112.581 0 747.368Outro Imobilizado Corpóreo 202.184 0 198.198 0 0 400.382Adiantamentos e imob. em curso 7.504.595 2.477.449 0 0 -7.330.343 2.651.701

Total Custo 193.749.312 21.742.953 43.973.555 -1.233.660 0 258.232.161

AMORTIZAÇÃO IMOBILIZADO Construções 4.071.952 458.950 1.006.943 0 0 5.537.845Instalações Técnicas 5.683.718 1.311.644 53.912 0 0 7.049.273Maquinaria 39.004.408 6.463.605 8.359.299 -25.180 0 53.802.133Utensílio 6.727 18.444 63.202 0 0 88.372Outras Instalações 26.067.307 2.705.453 1.064.282 -37.861 0 29.799.182Mobiliário 622.739 59.474 117.368 0 0 799.582Equip. Processos de Informação 883.394 100.271 213.202 0 0 1.196.867Elementos de Transporte 572.238 94.856 91.721 -355.796 0 403.019Outro Imobilizado Corpóreo 81.927 20.567 115.959 0 0 218.453

Total Amortização 76.994.410 11.233.264 11.085.888 -418.837 0 98.894.725

IMOB. INCORPÓREO LÍQUIDO 116.754.902 10.509.690 32.887.668 -814.823 0 159.337.436

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A rubrica de “Adiantamentos e Imobilizado em curso” corresponde principalmente aos investimentos rea-lizados e que se encontram no fecho destas contas anuais, em processo de instalação ou de colocação emfuncionamento, salientando-se as obras de adução de água do rio na fábrica de papel de Alcolea, a novacaldeira para co-geração de Dueñas e os investimentos na minimização dos resíduos sólidos na fábrica depapel de Dueñas e os investimentos numa nova prensa para dobrar na fábrica de cartão de Dueñas. Porúltimo, há que salientar os investimentos realizados num novo flexo para impressão na fábrica de Ribarroja.

No encerramento destas contas anuais, existem imobilizados corpóreos totalmente amortizados e queestão em funcionamento no valor de 1.278.817 euros.

Todo o conjunto das imobilizações corpóreas encontram-se cobertos por uma apólice de seguro suficien-te para garantir o seu valor de reposição.

Um detalhe desta rubrica em 31 de Dezembro de 2005 é:

Análise do Movimento do Imobilizado Corpóreo 2005 (Datos em euros)

Saldo Inicial Aumentos Baixas Trespasses SaldoFinalTÍTULO em 01.01.2005 Incorporação(1) em 31.12.2005CUSTO DE IMOB. CORPÓREOTerrenos e Bens Naturais 609.395 0 0 0 0 609.395Construções 15.467.339 65.177 0 0 50.462 15.582.978Instalações Técnicas 12.773.051 476.358 2.860.000 0 708.012 16.817.421Maquinaria 85.577.889 3.429.691 0 0 490.639 89.498.219Utensílio 43.917 0 0 0 0 43.917Outras Instalações 59.620.795 246.469 0 0 36.346 59.903.610Mobiliário 1.033.609 32.481 0 0 0 1.066.090Equip. Processos de Informação 990.699 12.300 0 0 0 1.002.999Elementos de Transporte 1.406.196 111.708 0 0 0 1.517.904Outro Imobilizado Corpóreo 202.184 0 0 0 0 202.184Adiantamentos e imob. em curso 2.371.075 6.418.979 0 0 -1.285.459 7.504.595

Total Custo 180.096.149 10.793.163 2.860.000 0 0 193.749.312

AMORTIZAÇÃO IMOBILIZADO OConstruções 3.740.278 331.674 0 0 0 4.071.952Instalações Técnicas 4.510.841 1.172.877 0 0 0 5.683.718Maquinaria 34.550.745 4.453.663 0 0 0 39.004.408Utensílio 1.267 5.460 0 0 0 6.727Outras Instalações 23.554.939 2.512.368 0 0 0 26.067.307Mobiliário 570.115 52.624 0 0 0 622.739Equip. Processos de Informação 742.769 140.625 0 0 0 883.394Elementos de Transporte 493.053 79.185 0 0 0 572.238Outro Imobilizado Corpóreo 75.517 6.410 0 0 0 81.927

Total Amortização 68.239.524 8.754.886 0 0 0 76.994.410

IMOB. INCORPÓREO LÍQUIDO 111.856.625 2.038.277 2.860.000 0 0 116.754.902(1) Corresponde à transmissão da totalidade dos Activos - Corpóreos da Multienergías – A.I.E

Conforme o Real Decreto 7/96 de 7 de Junho, foram actualizados no exercício 1996, os valores doImobilizado Corpóreo e as suas respectivas amortizações num saldo líquido de 5.269.307 euros. Deste saldo,no decorrer do ano, foram amortizados 320.008 euros, e a amortização acumulada à data de 31 deDezembro de 2006 é de 2.346.225 euros. No dia 27 de Abril de 1999 constituída a inspecção Fiscal, redigiuacta considerando a liquidação praticada pela empresa referente à actualização mencionada como correcta.

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Nos valores de custo do Imobilizado Corpóreo existem incorporações por custos financeiros relativas ao períodode instalação e colocação em funcionamento, nos exercícios de 1993, 1994 e 1995, no valor de 4.080.974 euros.

8. IMOBILIZAÇÕES FINANCEIRASS

Um detalhe desta conta em 31 de Dezembro de 2006 é:

Saldo Inicial Entradas Aumentos Saídas Saldo FinalENTIDADE em 01.01.2006 em 31.12.2006

Participações Empresas Grupo:Multienergías, A.I.E. 9.131.656 0 0 0 9.131.656Trasloga, S.L. 15.350.141 0 0 -15.350.141 0Torrespack 2000, S.A. 1.289.011 0 0 -1.289.011 0Cartova, S.A. 2.800.000 0 0 -2.800.000 0Esteve y Nadal, S.L. 3.672.647 36.534 0 0 3.709.181Cartonajes Santander 224.376 0 0 0 224.376Gescartao, SGPS, S.A. (*) 14.527.033 0 0 -14.527.033 0Imocapital-SGPS, S.A. 66.601.145 0 0 -1 66.601.144

Soma 113.596.009 36.534 0 -33.966.186 79.666.357

Provisões Empresas GrupoMultienergías, A.I.E. 9.131.656 0 0 0 9.131.656Cartova, S.A. 385.230 0 0 -385.230 0Torrespack 2000, S.A. 24.779 0 0 -24.779 0

Soma 9.541.665 0 0 -410.009 9.131.656

Empresas do Grupo (Líquido) 104.054.344 36.534 0 -33.556.177 70.534.701(*) Sociedad cotizada en la Bolsa de Lisboa

Outras Participações:Cartonajes Mimó, S.L. 233.161 0 0 0 233.161Cartonajes Marcuello, S.L. 74.775 0 0 0 74.775Renova Gener. Ener. Renov., S.L. 0 48.000 0 0 48.000Cartón Soler, S.L. 67.436 0 0 0 67.436

Soma 375.372 48.000 0 0 423.372

Provisões Outras ParticipaçõesCartonajes Mimó, S.L. 11.922 0 0 0 11.922Cartonajes Marcuello, S.L. 4.628 0 0 0 4.628Cartón Soler, S.L. 5.562 0 0 0 5.562

Soma 22.112 0 0 0 22.112

Outras Participações (Líquido) 353.260 48.000 0 0 401.260

Outros Investimentos Financeiros:Fianzas y Depósitos 58.064 0 3.308 0 61.372Imocapital-SGPS, S.A. (Crédito) 63.389.617 0 32.442.888 0 95.832.505Otros créditos Empresas del Grupo 2.388.956 0 0 -2.318.338 70.618Otros créditos 1.744.893 1.485.804 3.230.697

Soma 67.581.530 0 33.932.001 -2.318.338 99.195.193

Saldo final 171.989.134 84.534 33.932.001 -35.874.515 170.131.153

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Multienergías AIE (em liquidação), é um agrupamento de interesse económico constituído ao abrigo daLei 12/1991 de 29 de Abril, que se constituiu com o objectivo de, mediante a co-geração, produzir vaporde água e energia eléctrica a partir da combustão de gás natural, na fábrica de Dueñas (Palência). OInstituto para a Diversificación y Ahorro Energético (I.D.A.E.), participa em 22,73% do mesmo, correspon-dendo os restantes 77,27% à Papeles y Cartones de Europa S.A. O Agrupamento encontra-se sem activi-dade desde Janeiro de 2005 e pendente de liquidação.

Neste sentido, a Assembleia Geral do Agrupamento, realizada no dia 19 de Julho de 2004, aprovou pormaioria suficiente, com o voto contra do segundo sócio do Agrupamento, o I.D.A.E., a dissolução doAgrupamento, a abertura do período de liquidação e a nomeação da Comissão Liquidatária, conforme oprevisto na Lei de Agrupamentos de Interesse Económico (LAIE) e os Estatutos do Agrupamento. Nesteprocesso de liquidação, a Comissão Liquidatária de 3 de Janeiro de 2005 decidiu proceder a venda dosequipamentos e instalações da MULTIENERGÍAS, AIE para o seu sócio Europac, de acordo com o previs-to no artigo 19 dos Estatutos. Depois da venda dos seus principais activos, a actividade do Agrupamentocessou totalmente em Janeiro de 2005, assumindo a AIE a partir desta data, única e exclusivamente, acçõ-es que impliquem na liquidação total da mesma.

No ponto de “Outros Créditos para Empresas do Grupo”, é incluído desta Entidade, a quantia de 70.618euros a título de empréstimos que foram liquidados no processo de dissolução e liquidação doAgrupamento que actualmente está a ser levado a cabo, conforme a deliberação tomada na Assembleia doAgrupamento na data de 29 de Julho de 2004.

Na data de 1 de Março de 2004, o sócio Europac interpôs um recurso no tribunal de Primeira Instância deMadrid para reclamação das quantias pagas para o financiamento do Agrupamento durante os exercícios de1998 a 2003 pela primeira por conta do segundo dos partícipes, o IDAE. No decorrer do exercício de 2006,celebrou-se a audiência prévia ao juíz. A data da audiência encontra-se marcada para Abril de 2007.

Noutra ordem de coisas, o IDAE interpôs recurso de impugnação do acordo de dissolução e abertura doperíodo de liquidação. Em Novembro de 2005, o Tribunal de 1a Instância, Instrução e Comercial n° 1 dePalência indeferiu a acção do IDAE declarando a validade dos acordos sociais e, em Dezembro 2006, aAudiência provincial desestimou o recurso de apelação interposto pela IDAE contra a Sentença de 1aInstância.

Cartonajes Esteve y Nadal, S.L., é uma sociedade dedicada ao fabrico de caixas de cartão ondulado, loca-lizada em Torrelavit (Barcelona), que em 24 de Março de 2003, integrou no seu património, por meio deuma fusão por absorção, a Sociedade Cartonatges i Embalatges Catalans, S.L., entidade participada pelaPapeles y Cartones de Europa, S.A. na sua totalidade. Portanto, a sua incorporação nesta última Sociedade,que participa em 49 %, efectuou-se no exercício de 2003, no valor de 3.672.647 euros, que correspondeao custo de integração de valor da participação.

No dia 12 de Julho de 2006, a Europac adquiriu 1% adicional no valor de 36.533 Euros, pelo que na datade encerramento do exercício de 2006 a sua participação é de 50%, no valor de 3.709.181 euros.

No ponto de “Outros créditos” inclui desta Entidade a quantia de 1.456.553 euros.

Cartonajes Santader, S.L., é uma sociedade dedicada ao fabrico de caixas de cartão ondulado, localizadaem Santander. No ano de 2005 a Europac adquiriu 40% da Sociedade, no valor de 224.376 euros, quecorresponde ao custo de integração do valor da participação.

Imocapital, SGPS, S.A. é uma sociedade portuguesa de investimento, na qual a Papeles y Cartones deEuropa, S.A. participa em 100% da mesma, adquirida em duas etapas de 50% cada uma delas, a primeirano exercício de 2000, e os 50% restantes, no exercício de 2005. Na data de 19 de Abril de 2005 adquire,por compra ao Grupo Sonae, o segundo 50% comentado anteriormente, junto com os direitos creditícios

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que mantinha a SONAE face à Imocapital e uma participação directa de 3,58% em Gescartão SGPS, S.A.no valor global de 97.866.760 euros.

O capital é de 50.000 euros. A Companhia participa em 81,724% da Gescartão, SGPS, S.A. ( Ver parágrafoanterior). A sociedade apresenta as suas contas anuais consolidadas pelo método de integração global. Oresultado consolidado da Companhia, atribuível aos accionistas da empresa matriz, no exercício de 2005 foide 6.791.443 euros.

Em 31 de Dezembro de 2006, a Companhia tinha recebido por parte da Papeles y Cartones de Europa,S.A., um crédito no valor de 95.832.505 euros, para a aquisição da participação no Grupo Gescartão, naproporção anteriormente comentada.

Outras empresas participadas, a maioria correspondem a participações minoritárias em empresas do sec-tor de transformação de caixas de cartão ondulado, cujo valor de aquisição à data de encerramento é de423.372 euros. No exercício existe uma provisão global por depreciação destas participações no valor de22.112 euros.

Todas estas participações minoritárias correspondem a aquisições anteriores ao exercício de 2003, excep-to a Renova Generación de Energías Renovables, S.L. cuja participação foi realizada em 2006.

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Um detalhe desta conta em 31 de Dezembro de 2005 é:

Saldo Inicial Entradas Aumentos Saídas Saldo FinalENTIDADE em 01.01.2005 em 31.12.2005

Participações Empresas Grupo:Multienergías, A.I.E. 8.486.959 0 644.697 0 9.131.656Trasloga, S.L. 15.350.141 0 0 0 15.350.141Torrespack 2000, S.A. 1.289.011 0 0 0 1.289.011Cartova, S.A. 2.800.000 0 0 0 2.800.000Esteve y Nadal, S.L. 3.672.647 0 0 0 3.672.647Gescartao, SGPS, S.A. (*) 10.026.125 0 15.166.465 -10.665.557 14.527.033Imocapital-SGPS, S.A. 500.288 0 66.100.857 0 66.601.145Fábrica de Papel Do Ave, S.A. 5.202.479 0 0 -5.202.479 0

Soma 47.327.650 0 81.912.019 -15.868.036 113.371.633

Provisões Empresas GrupoMultienergías, A.I.E. 6.577.355 0 2.554.301 0 9.131.656Cartova, S.A. 307.702 0 77.528 0 385.230Torrespack 2000, S.A. 0 0 24.779 24.779

Soma 6.885.057 0 2.656.608 0 9.541.665

Empresas do Grupo (Líquido) 40.442.593 0 79.255.411 -15.868.036 103.829.968(*) Sociedade cotada na Bolsa de Lisboa

Outras ParticipaçõesCartonajes Mimó, S.L. 233.161 0 0 0 233.161Cartonajes Marcuello, S.L. 74.775 0 0 0 74.775Cartocer, Fab. Caixas de Cartao L., Lda. 300.578 0 0 -300.578 0Cartón Soler, S.L. 67.436 0 0 0 67.436Cartonajes Cantabria, S.L. 1.800 0 224.376 -1.800 224.376

Soma 677.750 0 224.376 -302.378 599.748

Provisões Outras ParticipaçõesCartonajes Mimó, S.L. 11.922 0 0 0 11.922Cartonajes Marcuello, S.L. 4.628 0 0 0 4.628Cartón Soler, S.L. 5.562 0 0 0 5.562

Suma 22.112 0 0 0 22.112

Outras Participações (Líquido) 655.638 0 224.376 -302.378 577.636

Outros Investimentos Financeiros:Cauções e Depósitos 56.778 0 1.286 0 58.064Imocapital-SGPS, S.A. (Crédito) 24.624.943 0 38.764.674 0 63.389.617Outros créditos Empresas do Grupo 7.932.440 0 1.209.171 -6.752.655 2.388.956Outros créditos 1.744.893 1.744.893

Soma 34.359.054 0 39.975.131 -6.752.655 67.581.530

Saldo final 75.457.285 0 119.454.918 -22.923.069 171.989.134

Informação sobre as participações anteriores a 31 Dezembro de 2006:

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INFORMAÇÃO SOBRE PARTICIPAÇÕES FINANCEIRAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2006 (Dados em Euros)

Capital Reservas Resultado Total Fun.ENTIDADE Social Exercício Próprios

Multienergías, A.I.E. 3.305.567 0 -3.740 3.301.827Esteve y Nadal, S.L. 309.034 2.306.741 434.822 3.050.597Cartonajes Santander, S.L. 206.471 283.272 118.119 607.862Imocapital, SGPS, S.A. (Consolidado) 50.000 85.119.537 12.873.615 98.043.152

Resultados% Importe Valor Extraordin.

ENTIDADE Participac. Participac. Contabilístico Líquidos

Multienergías, A.I.E. 77,3% 2.551.411 0 -3.740Esteve y Nadal, S.L. 50,0% 1.525.299 3.709.181 6Cartonajes Santander, S.L. 40,0% 243.145 224.376 1.854Imocapital-SGPS, S.A. (Consolidado) 100,0% 98.043.152 66.601.144 0

Total Participadas 102.363.007 70.534.701

Cartonajes Mimó, S.L. 12,02% 221.239 221.239Cartonajes Marcuello, S.L. 11,97% 70.147 70.147Renova 24,00% 48.000 48.000Cartón Soler, S.L. 12,53% 61.874 61.874Otras participaciones 61.372Fianzas y Depósitos 95.832.505Imocapital-SGPS,S.A. (Crédito) 70.618Outros créditos a Empresas do Grupo 3.230.697Outros créditos

Total Outros Investimentos Financeiros 99.596.452

TOTAL 170.131.153

Pela aplicação do resultado de 2005 e como adiantamento por conta do resultado de 2006 da sociedadeCartonajes Marcuello, S.A., a companhia recebeu no segundo semestre do exercício dividendo na quantiade 77.808 euros.

As outras entidades não distribuíram dividendos no exercício de 2006

9. ACÇÕES PRÓPRIAS

A Assembleia Geral de Accionistas, de 5 de Junho de 2006, no seu ponto 9°, autorizou o Conselho deAdministração, de acordo com o estabelecido no artigo 75 e concordantes e na Disposição AdicionalPrimeira da Lei de Sociedades Anónimas e demais normativas aplicáveis, a aquisição de acções próprias porparte da sociedade e/ou por parte das suas sociedades dominadas, deixando sem efeito a autorização con-cedida ao Conselho de Administração pela Assembleia Geral Ordinária do dia 6 de Junho de 2005.

Em 31 de Dezembro de 2005, a composição das acções próprias era de 70.593 títulos que representam0,14 % do capital social, no valor de 427.883 euros. Efectuou-se uma provisão para depreciação uma vez que

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o preço médio de aquisição estava acima do valor médio de cotação do último trimestre, no valor de 30.355euros. As mais-valias líquidas geradas na realização das acções próprias, foram no exercício na quantia de68.364 euros. (nota 18)

Em 31 de Dezembro de 2006, a composição das acções próprias era de 135.664 títulos que representam0,257 % do capital social, no valor de 974.405 euros. As mais-valias líquidas geradas na realização das acçõ-es próprias, foram no exercício na quantia de 52.149 euros. (nota 18)

10. EXISTÊNCIAS

As existências compõem-se das partidas seguintes, em 31 de Dezembro de 2006 e 2005

Exercício Exercício Existências 2006 2005Comerciais e semi-terminados 4.834.801 4.927.360Matérias-Primas e Auxiliares 4.455.417 2.742.630Outros Aprovisionamentos 9.398.576 8.475.766Adiantamentos para Provedores 1.269.314 980.117TOTAL 19.958.108 17.125.874

As existências em geral encontram-se cobertas por uma apólice de seguro suficiente para cobrir o seuvalor de reposição.

Na data de emissão destas contas anuais não existem compromissos firmes de compra e venda e contra-tos de futuro com referências a existências, dignos de relevância e que possam afectar de forma significati-va estas contas.

11. DEVEDORES

A composição desta partida de Balanço é a seguinte:Exercício Exercício

Devedores 2006 2005Clientes em euros 19.473.675 9.290.438Clientes em moeda estrangeira 56.667 0Empresas do Grupo 4.388.070 10.675.481Empresas participadas 1.809.570 500.131Devedores Diversos 1.885.278 273.757Administrações Públicas 2.987.220 52.873Provisão Clientes Cobrança Duvidosa -1.090.327 -869.071TOTAL 29.510.153 19.923.609

No exercício, foram dotadas provisões no valor de 208.533 euros, para cobrir saldos de cobrança duvido-sa e foram recuperados saldos no valor de 1.820 Euros, de quantias provisionadas em exercícios anterio-res. Os saldos considerados de cobrança duvidosa, totalizam a quantia de 1.090.327 euros, estão provisio-nados a 100%. Na conta de Variação das provisões de tráfico foi incluída uma rubricade 106.936 Euros rela-tivo à variação de provisão de existências.

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As operações comerciais encontram-se garantidas mediante uma apólice de crédito comercial que garan-te com os limites pactuados, uma indemnização pelas perdas finais que possam ocorrer como consequên-cia da insolvência definitiva dos devedores.

12. FUNDOS PRÓPRIOS

Os detalhes das contas que compõem os fundos próprios em 2006 e 2005, são os seguintes:

ANÁLISE DOS MOVIMENTOS DE FUNDOS PRÓPRIOS NO ANO DE 2006 (Dt)(Datos en euros)

TÍTULO Saldo Inicial Aumentos Diminuições Trespasses Saldo Final01/01/06 31/12/06

CAPITAL SOCIAL 104.905.226 847.506 0 0 105.752.732PRÉMIO DE EMISSÃO 5.487.350 1.190.745 1.566.595 0 5.111.501RESERVAS 23.574.996 13.224.641 0 0 36.799.637Reservas Legais 3.423.167 1.442.747 0 0 4.865.914Reservas Voluntárias 19.754.301 11.781.894 0 -576.877 30.959.318Reservas para acções próprias 397.528 0 0 576.877 974.405PERDAS E LUCROS 14.427.472 -97.376 14.427.472 0 -97.376Dividendo por conta entregue -1.016.774 1.016.774 0 0 0

TOTAL 147.378.270 14.991.545 14.427.472 0 147.566.494

ANÁLISE DOS MOVIMENTOS DOS FUNDOS PRÓPRIOS NO ANO DE 2005(Dados em euros)

TÍTULO Saldo Inicial Aumentos Diminuições Trespasses Saldo Final01/01/05 31/12/05

CAPITAL SOCIAL 77.468.476 27.436.750 0 0 104.905.226PRÉMIO DE EMISSÃO 0 5.487.350 0 0 5.487.350RESERVAS 22.808.411 796.940 30.355 0 23.574.996Reservas Legais 3.131.819 291.348 0 0 3.423.167Reservas Voluntárias 19.661.753 505.592 30.355 -382.689 19.754.301Reservas para acções próprias 14.839 0 0 382.689 397.528PERDAS E LUCROS 2.913.479 14.427.472 2.913.479 0 14.427.472Dividendo por conta entregue -825.398 825.398 1.016.774 0 -1.016.774

TOTAL 102.364.968 43.486.560 3.960.608 0 147.378.270

a) Capital socialO capital subscrito está formado por 52.876.366 acções com o valor nominal de 2 euros cada uma, total-mente realizado. O montante do capital é de 105.752.732 euros. As acções são negociadas no mercadocontínuo das Bolsas de Madrid e Barcelona e estão representadas por meio de anotações em conta.

A Assembleia Geral de Accionistas, datada de 5 de Junho de 2006, autorizou o Conselho de Administraçãoe, se for o caso, a Comissão Executiva, para que estes, em conformidade com o disposto no artigo 153.1.b) do Texto Revisto da Lei de Sociedades Anónimas (LSA),“possa decidir o aumento do capital em deter-minadas condições”, deixando sem efeito a autorização concedida ao Conselho de Administração pelaAssembleia Geral Ordinária no dia 6 de Junho de 2005.

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A Assembleia Geral e Ordinária de accionistas da EUROPAC do dia 5 de Junho de 2006 aprovou umaumento de capital até o limite de 500.000 acções novas (o que representava um valor nominal do aumen-to de 1.000.000 Euros, equivalente a 0,95% do capital social nesse momento em circulação) para desen-volver um plano de acções para empregados, directores e administradores da EUROPAC e das empresasdo seu Grupo, permitindo aos beneficiários subscrever acções com desconto no que respeita ao seu preçode mercado, em concreto, no preço de 4,33 euros por acção.

O aumento foi executado por este Conselho mediante votação por escrito e sem sessão lavrada em actadatada de 17 de Julho de 2006 que declarou a execução incompleta do aumento mediante a emissão de423.753 novas acções, os 84,75% do aumento de capital inicialmente proposto.

O aumento do capital social foi tornado a público no dia 18 de Julho de 2006 pelo Notário de Alcobendas,o Sr. Jesús Alejandre Alberruche sob o número 1.734 de sua ordem de protocolo e foi registado naConservatória do Registo Comercial de Palência no dia 19 de Julho de 2006 no tomo 361, página 130,folha número P-2.350, inscrição 70. No dia 28 de Julho de 2006, com efeitos em 31 de Julho de 2006, aemissão foi admitida à negociação. De acordo com o Regulamento PAE, as acções subscritas foram blo-queadas durante um prazo de 6 meses.

Em 31 de Dezembro de 2006 e 2005 os principais accionistas e as suas participações eram as seguintes:

Titulares de Participações 2006 2005Harpalus, S.L. 37,22% 37,86%Zoco Inversiones, S.R.L. 5,97% 6,00%Compañía Andaluza de Rentas e Inversiones, S.A. 6,05% 6,00%Angel Fernández González 6,52% 6,13%Autocartera 0,26% 0,16%Resto em participações menores de investidoresinstitucionais e particulares 43,98% 43,85%

b) Reservas Legais.Em 31 de Dezembro de 2006, o saldo desta conta totaliza a quantia de 4.865.914 euros, correspondendo3.423.167 euros ao saldo de 31 de Dezembro de 2005 e 1.442.747 euros à imputação da distribuição dosresultados do exercício de 2005.

Em 31 de Dezembro de 2005, o saldo desta conta totaliza a quantia de 3.243.167 euros, correspondendo3.131.819 euros ao saldo de 31 de Dezembro de 2004 e 291.348 euros à imputação da distribuição dosresultados do exercício de 2004.

De acordo com o artigo 214 da Lei de Sociedades Anónimas, um valor igual a dez por cento do lucro doexercício será destinado a reserva legal até que esta alcance, pelo menos, vinte por cento do capital social.

c) Reservas Voluntárias.Em 31 de Dezembro de 2006, o saldo desta conta totaliza a quantia de 30.959.318 euros, corresponden-do 19.754.301 euros ao saldo de 31 de Dezembro de 2005; 11.781.894 euros à imputação da distribuiçãodos resultados do exercício de 2005, menos a imputação efectuada no exercício no valor de 576.877 eurosda conta de “Reservas para acções próprias” que corresponde ao aumento da autocarteira no exercíciode 2006.

Em 31 de Dezembro de 2005, o saldo desta conta totaliza a quantia de 19.754.301 euros, corresponden-do 19.661.753 euros ao saldo de 31 de Dezembro de 2004; 505.592 euros à imputação da distribuiçãodos resultados do exercício de 2004 menos 30.355 euros em diminuição por provisão e menos pela impu-tação efectuada no exercício no valor de 382.689 euros por conta de “Reservas para acções próprias” quecorresponde ao aumento da autocarteira no exercício de 2005.

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d) Reservas para acções próprias.Em 31 de Dezembro de 2006, o saldo desta conta totaliza a quantia de 974.405 euros, correspondem aosaldo da conta em 31 de Dezembro de 2005, 397.528 euros, e no exercício de 2006, o aumentou deveu-se ao incremento das acções próprias, na quantia de 576.877 euros, todos os movimentos foram efectua-dos na conta de “Reservas Voluntárias” para cumprir com o requisito do artigo 79 da Lei de SociedadesAnónimas, referente ao regime de acções próprias.

Em 31 de Dezembro de 2005, o saldo desta conta totaliza a quantia de 397.528 euros, correspondem aosaldo da conta em 31 de Dezembro de 2004; 14.839 euros, e pelo exercício de 2005, incrementou-se poraumento da autocarteira, a quantia de 382.689 euros, todos os movimentos foram efectuados na conta de“Reservas Voluntárias” para cumprir com o requisito do artigo 79 da Lei de Sociedades Anónimas, refe-rente ao regime de acções próprias.

13. SUBSÍDIOS

Esta rubrica, inclui os subsídios pendentes de serem registados nas receitas recebidas e/ou geradas de dife-rentes Organismos. Igualmente recolhe as atribuições dos direitos de emissão CO2 do efeito estufa, nãoconsumidas no exercício e que serão incluídas no consumo dos dois exercícios seguintes.

Tudo isso de acordo com o seguinte detalhe:

ANÁLISE DOS MOVIMENTOS DE SUBSÍDIOS NO ANO DE 2006(Dados em euros)

Saldo Inicial Entradas Saídas Imputações Saldo FinalTÍTULO 01/01/06 ao Exercício 31/12/06Do estado 1.040.523 627.866 0 454.018 1.214.371De Outras Adm. Públicas 351.582 428.377 0 109.574 670.385Direitos emissão CO2 197.410 3.526.638 281.105 3.334.762 108.181

TOTAL 1.589.515 4.582.881 281.105 3.898.354 1.992.937

O detalhe da conta “Direitos Emissão CO2” é o seguinte:

Atribuição para o exercício de 2006, 148.490 t, avaliadas a 23,75 euros t (nota 4 b), é de 3.526.638euros.

Consumo no exercício de 2006, 140.411 t, avaliadas a 23,75 euros t, é de 3.334.761 euros.Ajustamentopor actualização do custo de direitos sobrantes à cotação de mercado de 6, 60 euros t 281.106 euros.

Sobrante para o próximo exercício, 16.391 t, avaliadas a 6,6 euros tn., é de 108.181 euros.

ANÁLISE DOS MOVIMENTOS DE SUBSÍDIOS NO ANO DE 2005 (Dados em euros)

Saldo Inicial Entradas Saídas Imputações Saldo FinalTÍTULO 01/01/05 ao Exercício 31/12/05Do estado 1.259.098 48.287 0 266.862 1.040.523De Outras Adm. Públicas 406.762 0 0 55.180 351.582Direitos emissão CO2 0 3.526.638 0 3.329.228 197.410

TOTAL 1.665.860 3.574.925 0 3.651.270 1.589.515

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14. PROVISÕES PARA RISCOS E DESPESAS

Este ponto recolhe os consumos efectuados no exercício de 2006 pelas atribuições de direitos de emis-são CO2 do efeito estufa (nota 13). A provisão efectuada no exercício de 2005 para cobrir um desfasa-mento por perdas no Agrupamento de Interesse Económico Multienergías já não é necessária.

ANÁLISE DOS MOVIMENTOS DE PROVISÕES PARA RISCOS E DESPESAS NO ANO DE 2006(Dados em euros)

Saldo Inicial Entradas Saídas Imputações Saldo FinalCONCEPTO 01/01/06 ao Exercício 31/12/06Direitos Emissão CO2 3.329.228 286.639 3.615.867Multienergías 181.470 181.470 0

TOTAL 3.510.698 286.639 181.470 0 3.615.867

ANÁLISE DOS MOVIMENTOS DE PROVISÕES PARA RISCOS E DESPESAS NO ANO DE 2005 (Dados em euros)

Saldo Inicial Entradas Saídas Imputações Saldo FinalTÍTULO 01/01/05 ao Exercício 31/12/05Direitos Emissão CO2 0 0 0 3.329.228 3.329.228Multienergías 0 0 0 181.470 181.470

TOTAL 0 0 0 3.510.698 3.510.698

15. DÍVIDAS

Em 31 de Dezembro de 2006 e 2005, o detalhe destas rubricas era o seguinte:

COMPOSIÇÃO DAS DÍVIDAS – 2006 (DADOS EM EUROS)Vencimento de Dívidas a Longo Prazo

DÍVIDAS Curto Prazo 2008 2009 2010 2011 2012 Resto TOTAL

Entidades de Crédito 24.384.701 29.342.533 44.666.676 50.007.980 31.849.666 191.751 1.230.815 157.289.421

Emp.Grupo e Associadas 2.521.555 0 0 0 0 0 0 0

Credores Comerciais 29.813.052 0 0 0 0 0 0 0

Outros cred. não comerciais 5.562.612 6.091.593 4.770.442 2.783.792 301.585 0 0 13.947.411

Administrações Públicas 1.265.738 332.294 531.670 664.587 797.505 930.422 3.389.395 6.645.873

Provisão por Oper.Tráfico 193.974 0 0 0 0 0 0 0

Ajustamentos por periodificação 903.525 0 0 0 0 0 0 0

TOTAL 64.645.157 35.766.420 49.968.787 53.456.359 32.948.755 1.122.173 4.620.210 177.882.705

Do montante de “Entidades de Crédito” a curto prazo, 16.977 milhares de euros, correspondem à utiliza-ção de linhas de desconto, adiantamentos de facturas e juros vencidos. O resto corresponde a créditos eempréstimos.

O montante de 157.289 milhares de euros a longo prazo, corresponde à utilização de créditos e emprés-timos, salientando-se uma apólice sindicada por várias Entidades Financeiras no valor de 110 milhões deeuros, dos quais 104 milhões de euros são a longo prazo. (Nota 17).

Em 31 de Dezembro de 2006, existem créditos e empréstimos pendentes de disposição no valor de 18,9milhões de euros.

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Do saldo da dívida por “Credores Comerciais”, 924 milhares de euros correspondem a provedores comer-ciais em moeda estrangeira, todas elas em moeda de cotação oficial.

O saldo a longo prazo de “Outros credores não comerciais” de 13.947 milhares de euros, correspondema Provedores de Investimento.

Do saldo em “Administrações Públicas”, a quantia de 6.646 milhares de euros corresponde a ImpostosDiferidos por aplicação de diferenças temporárias conforme a nota 16. O resto corresponde a Impostos eencargos da Segurança Social em vigor pendente de vencimento de pagamento no exercício de 2006.

COMPOSIÇÃO DAS DÍVIDAS - 2005. (DADOS EM EUROSVencimento de Dívidas a Longo Prazo

DÍVIDAS Curto Prazo 2007 2008 2009 2010 2011 Resto TOTAL

Entidades de Crédito 19.346.128 8.242.857 20.500.000 16.000.000 49.333.333 24.666.667 0 118.742.857

Emp.Grupo e Associadas 1.647.597 0 0 0 0 0 0 0

Credores Comerciais 21.313.467 0 0 0 0 0 0 0

Outros cred. não comerciais 7.325.179 2.694.828 1.890.673 889.381 73.909 0 0 5.543.791

Administrações Públicas 928.591 381.791 610.866 763.583 916.299 1.069.016 3.894.271 7.635.825

Ajustamentos por periodificação 1.330.834 0 0 0 0 0 0 0

TOTAL 51.891.796 11.319.476 23.001.539 17.647.964 50.323.541 25.735.683 3.894.271 131.922.473

Do montante de “Entidades de Crédito” a curto prazo, 10.121 milhares de euros, correspondem à utiliza-ção de linhas de desconto e adiantamentos de facturas. O resto corresponde a créditos e empréstimos.

O montante de 118.742 milhares de euros a longo prazo, corresponde à utilização de créditos e emprés-timos, salientando-se uma apólice sindicada por várias Entidades Financeiras no valor de 110 milhões deeuros.

Em 31 de Dezembro de 2005, existiam créditos e empréstimos pendentes de disposição no valor de 16,6milhões de euros.

Do saldo da dívida por “Credores Comerciais”, 471 milhares de euros correspondem a provedores comer-ciais em moeda estrangeira, todas elas em moeda de cotação oficial.

Do saldo a curto prazo de “Outros credores não comerciais”, 7.325 milhares de euros, correspondem aProvedores de Investimento. Do saldo a longo prazo, pelo mesmo título, corresponde a quantia de 5.543milhares de euros.

Do saldo em “Administrações Públicas”, a quantia de 7.248 milhares euros corresponde a ImpostosDiferidos por aplicação de diferenças temporárias. O resto corresponde a Impostos e encargos daSegurança Social em vigor pendente de vencimento de pagamento.

16. SITUAÇÃO FISCAL

A matéria colectável do imposto de sociedades para o exercício de 2006 devido a que determinadas ope-rações têm diferentes considerações para efeitos de tributação do imposto e da elaboração destas contasanuais, difere do resultado contabilístico.

O imposto diferido ou antecipado surge da imputação de receitas e despesas em períodos diferentes para

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efeitos da legislação fiscal em vigor para a preparação das contas anuais.

A conciliação entre o resultado contabilístico e a matéria colectável do imposto é a seguinte:

Conciliação do Resultado com a Matéria Colectável do Imposto sobre Sociedades.(Dados em euros)

Exercício 2006 Exercício 2005Aumentos Diminuições Aumentos Diminuições

Resultado Contabilístico do Exercício -97.376 14.427.472Imposto sobre Sociedades 0 3.296.308 0 2.033.067

Diferenças Permanentes:Com origem no exercício 0 5.298.684 132.403 15.477.523Transparência Fiscal 0 2.744.127

Diferenças Temporárias:Com origem no exercício 2.004.723 0 6.104.763 0Matéria Colectável (Resultado Final) -6.687.645 409.921

A diferença temporária computada na liquidação do imposto de sociedades é motivada pela aplicação doReal Decreto Lei 7/1994 de 20 de Junho, sobre a liberdade de amortização para os investimentos gera-dores de emprego e que conserva a sua vigência conforme a disposição derrogatória única 2.21 da Lei43/1995, de 27 de Dezembro, para a aceleração de amortizações estabelecidas pelo Real Decreto Lei de3/1993 para elementos de Activo Fixo material novos, bem como pela aplicação, se for o caso, dos coefi-cientes autorizados pelas normas fiscais. A quantia acumulada em 31 de Dezembro de 2006 por este títu-lo, é de 6.646 milhares de euros. O Imposto diferido aumenta em 610 mil euros procedentes da TraslogaSLU, como já foi explicado e diminui em 701 mil euros pela recuperação das diferenças temporárias doexercício e em 511 mil euros pela troca de taxa (Nota 4.k).

O imposto antecipado contabilizado no exercício totaliza o valor de 3.344 milhares de euros, dos quaiscorrespondendo ao crédito fiscal derivado da matéria colectável negativa do exercício a quantia de 2.704milhares de euros e ao crédito fiscal procedente das Sociedades absorvidas a quantia de 897 milhares deeuros.E diminui em 257 mil euros pela troca das taxas.

Despesa por Imposto sobre Lucros (Daos em euros)Exercício 2006 Exercício 2005

Impostos Diferidos -1.212.874 -2.136.667Impostos Antecipados 2.447.271Deduções na quota 0 -69.424Imposto por conta e retenções 1.595 52.873Imposto a liquidar -1.595 21.176

No cálculo do imposto do exercício de 2006 não se aplicaram deduções na quota. Fica pendente de deduçãonos próximos exercícios um valor total de 714.312 euros, dos quais 69.060 euros correspondem às deduçõesgeradas em exercícios anteriores; 1.497 euros às deduções por formação profissional do exercício de 2006 e643.655 euros às deduções procedentes da Sociedade absorvida Trasloga SLU.

Encontram-se abertos à Inspecção, por parte das autoridades fiscais, o exercício 1999 e os últimos quatro exer-cícios para todos os impostos que forem aplicáveis à Sociedade.

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Devido às possíveis diferentes interpretações que podem ser dadas à legislação fiscal aplicável e aos resultados defuturas inspecções, poderão existir passivos fiscais de carácter contingente, não obstante, os administradores daCompanhia estimam que, no caso de existirem, não afectarão significativamente as contas anuais.

Como consequência da fusão por parte da Europac (Sociedade Absorvente) das suas filiais Tralsoga, S.L.U.,Cartova, S.A.U. e Torrespack 2000, S.A.U (Sociedades Absorvidas) a 100%, conforme o acordo aprovado emAssembleia Geral de Accionistas na data de 21 de Novembro de 2005 referido na nota 2 desta memória e con-forme o ponto 1 do artigo 93 do Texto Revisto da Lei do Imposto sobre Sociedades inclui-se na seguinte infor-mação sobre as sociedades contribuidoras.

Como anexo 1 desta Memória, figura a relação de bens transmitidos pelas Sociedades absorvidas à Europac.Nestarelação, figura um resumo por ano de aquisição de todos os bens susceptíveis de amortização e os seus respec-tivos preços de Aquisição.

Os últimos Balanços aprovados e encerrados das sociedades absorvidas reflectem a seguinte situação:

31 de Dezembro de 2005 Trasloga S.L. Torres Pack 2000, S.A. Cartova S.A.Imobilizado 24.402.300 2.884.407 6.533.068Despesas a dist. em vários Exerc. 9.112 50.894 51.000Activo Circulante 10.879.474 2.164.694 1.982.224

TOTAL ACTIVO 35.290.886 5.099.995 8.566.292

Receitas a dist. em vários Exerc. 1.061.072Credores a longo prazo 4.358.371 2.331.188 2.558.850Credores a curto prazo 16.779.296 2.287.882 5.196.404

TOTAL PASSIVO 22.198.739 4.619.070 7.755.254

FUNDOS PRÓPRIOS 13.092.147 480.925 811.038

Valor contabilístico em Europac da participação15.350.141 1.264.232 2.414.770

Fundo de comércio gerado em Europac 2.257.994 783.307 1.603.732

Todos os bens adquiridos foram incorporados à contabilidade da Europac no mesmo valor contabilísticoque figurava nas Sociedades contribuidoras.

Não existem lucros fiscais utilizados pela sociedade contribuidora respeitante aos quais a sociedade adqui-rente deva assumir algum compromisso, excepto os decorrentes das diferenças temporárias por liberdadede amortização geradas pela Trasloga LSU e que foram descritas anteriormente.

17. PASSIVOS CONTINGENTES E GARANTIAS

A sociedade à data de 31 de Dezembro de 2006, tem entregues determinados avais bancários no valortotal 4.222.227 euros. Perante Organismos Oficiais no valor de 3.138.095 euros e o restante correspon-dem a garantias de cumprimento perante entidades de serviços.

No encerramento do exercício, a Sociedade tinha efectuada uma operação através dos denominados“Instrumentos financeiros derivados” para cobrir a taxa de juro relativa ao crédito sindicado, no valor de110 milhões de euros (nota 15), associado aos seus vencimentos. A taxa variável da operação baseia-se na

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maior do Euribor pré-fixada e a Euribor pós-fixada, com um tipo máximo do cap do 4% e un mnnimo dofloor do 2,35%.

A Europac tem subscrita uma apólice de garantia com as entidades de crédito participantes do emprésti-mo de 110 milhões de euros (nota 15) mediante a qual a Europac penhorou 100% das acções represen-tativas do capital social da Imocapital, SGPS, S.A., bem como 23,6% das acções representativas do CapitalSocial da Gescartão, SGPS, S.A. directamente ou através das suas participadas, garantindo uma delas soli-dariamente as obrigações da Europac.

Por outro lado, na mesma apólice foram penhorados todos os direitos derivados dos seguintes contratosassinados no dia 11 de Fevereiro de 2005: (i) o contrato de compra e venda entre a EUROPAC e a Sonae-SGPS, S.A. e (ii) o contrato entre a SONAE-SGPS, S.A., a IMOCAPITAL SGPS, S.A. e a GESCARTÃO SGPS,S.A.

18. RECEITAS E DESPESAS

Um detalhe dos mesmos nos exercícios 2006 e 2005 é o seguinte:

Distribuição do Valor Líquido do Volume de Negócios (Dados em percetagens)

MercadosEXERCÍCIO Actividad Espanha Portugal Resto CEE Outros TOTAL2006 Papel e Cartão 80,33% 14,09% 5,22% 0,36% 100,00%2005 Papel e Cartão 71,57% ND. 27,62% 0,81% 100,00%

Transacções de Empresas do Grupo. (Dados em euros)Exercício de 2006 Exercício de 2005

Compras Líquidas 295.812 4.010.885Vendas Líquidas 16.984.514 32.438.707Serviços Prestados 4.260.067 2.042.326Outros Movimentos 74.482 94.421

Consumo de Matérias-Primas e Outras Matérias Consumíveis (Dados em euros)

Exercício de 2006 Exercício de 2005Compras de mercadorias 91.977 0Compras de Matérias-Primas 62.511.819 41.052.408Compras de Outros Aprovisionamentos 15.493.554 7.630.678Variação de existências de Matérias-Primas -338.772 -435.444Variação de existências de Matérias Consumíveis 1.307.217 -19.523

TOTAL 79.065.795 48.228.119

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Emprego Médio do ExercícioActividade Exercício de 2006 Exercício de 2005Direcção e Técnicos 66 36Produção 361 255Administração 57 33Vendas 36 15

TOTAL 520 339

Despesas de Pessoal (Dados em euros) Exercício de 2006 Exercício de 2005Sueldos e Salários 16.225.827 9.822.846Cargas sociais 4.140.881 2.711.185

TOTAL 20.366.707 12.534.031

Outras Despesas de Exploração (Dados em euros)Exercício de 2006 Exercício de 2005

Transportes 9.733.355 6.590.573Serviços Profissionais e Exteriores 1.613.831 836.674Energia e Agua 976.442 552.235Combustível e Vapor 549.454 397.635Despesas de Manutenção 4.392.390 7.239.642Seguros 758.999 756.411Encargos e Tributos 947.501 773.165CO2 3.334.762 3.329.228Despesas Diversas 6.193.784 4.564.118

TOTAL 28.500.519 25.039.681

Receitas e Despesas Extraordinários (Dados em euros)Exercício de 2006 Exercício de 2005

Subsídios ao Capital 563.592 322.042Receitas exercícios anteriores 5.330 0Lucro por alienação do imobilizado 5.605.874 15.562.521Por operações com acções próprias 59.770 86.013Outros 152.009 182.362

TOTAL 6.386.575 16.152.938

Despesas Despesas exercícios anteriores 33.311 578Perda por alienação do imobilizado 91.104 5.000Por operações com acções próprias 7.621 17.649Outros 82.746 18.688

TOTAL 214.782 41.915

No detalhe de “Receitas extraordinárias” este exercício salienta as mais-valias geradas na venda da partici-pação à Imocapital do 6,255% da Gescartão SGPS, S.A., no valor de 5.298.684 milhares de euros.

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19. OUTRA INFORMAÇÃO

a) Sobre os membros do órgão de administração:Durante os exercícios 2006 e 2005, a Sociedade registou 1.338 e 999 milhares euros respectivamente, nosmontantes auferidos pelos membros do seu Conselho de Administração a título de ordenados, retribuiçõ-es, subsídios de viagens e outras prestações, incluída a retribuição do Plano de Acção.

Todas as operações vinculadas foram declaradas nas informações periódicas semestrais enviadas à CNMV.

Não existem obrigações contraídas em matéria de pensões e seguros de vida respeitante aos membrosantigos e actuais do órgão de administração.

Durante o exercício de 2006, os membros do Conselho de Administração efectuaram com a Sociedadeoperações alheias à transacção ordinária pela participação, na quantia de 7.500 milhares de euros, comoentidades de empréstimos no contrato de empréstimo sindicado concedido à Europac no dia 18 de Julhode 2005 no valor de 110 milhões de euros ao qual se refere as notas 15 e 17 desta Memória.

Também existem garantias no valor de 7.500 milhares de euros, prestadas no âmbito do empréstimo sin-dicado anteriormente mencionado, em benefício das entidades de empréstimos participantes e perten-centes aos Órgãos de Administração. Os juros pagos no exercício de 2006 às partes vinculadas comoÓrgãos de Administração no contrato de empréstimo sindicado são de 1.705 milhares de euros e os jurosvencidos, mas não pagos, pelo mesmo título são de 697 milhares de euros.

Os Membros do Conselho de Administração receberam 877 milhares de euros a título de partilha dePrémio de Emissão conforme o decidido pela Assembleia Geral da Europac do dia 5 de Junho de 2006, epor outro lado, receberam pelo desconto no recebimento de acções do Plano de Acções paraEmpregados, Directores e Administradores da Europac e das empresas do seu Grupo descrito na nota12.a) o valor de 190 milhares de euros.

Os membros do Conselho de Administração não têm participações, nem são detentores de cargos ou des-empenham funções em empresas alheias ao Grupo de Sociedades, cujo objecto social seja o mesmo, aná-logo ou complementar ao da Sociedade.

b) Os honorários auferidos pela Companhia de Auditoria de Contas, Anefisa, S.L. (ROAC número S0409)pelos serviços de auditoria desta Sociedade, relativos ao exercício de 2006, foram de 35.616 euros, incluin-do neste valor a auditoria da sua filial Multienergías. Os honorários pelo mesmo título e entidade, pelos ser-viços de auditoria desta Sociedade relativos ao exercício de 2005, foram de 23.691 euros.

Por outros serviços de auditoria, prestados pela Anefisa, S.L. no exercício de 2006, a citada Sociedade rece-beu a quantia de 22.594 euros. Derivados fundamentalmente de um relatório de Auditoria especial dosestados consolidados do Grupo Europac em 30 de Junho de 2006 e da Auditora da filial absorvida Trasloga,S.L. e da sua filial Multienergías relativos às suas demonstrações financeiras encerradas em 31 de Dezembrode 2005.

20. ACONTECIMENTOS POSTERIORES AO ENCERRAMENTO

A Assembleia Geral Extraordinária de accionistas da EUROPAC de 4 de Dezembro de 2006 decidiu apro-var um aumento de capital na quantia até 21.361.508,00 euros, com um prémio de emissão total até44.111.514,02 euros, mediante a colocação em circulação, com possibilidade de subscrição incompleta, até10.680.754 de novas acções ordinárias com o valor nominal de 2 euros cada uma delas, com supressão dodireito de preferência e mediante entradas em espécie consistentes em 3.051.644 acções da sociedade

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portuguesa GESCARTÃO SGPS, S.A (GESCARTÃO) com o objecto de pagar a contrapartida estabeleci-da para a aquisição pela Sociedade das acções mediante uma oferta pública de aquisição (OPA) lançadaem Portugal.

Terminado o período para a oferta, intervieram na OPA lançada pela EUROPAC sobre a GESCARTÃO2.650.328 acções desta última sociedade. Consequentemente, o Conselho de Administração da EUROPACmediante votação por escrito e sem sessão recolhida em acta datada de 26 de Janeiro de 2007, declaroua execução incompleta e procedeu à execução do aumento de capital no valor de 18.552.282,00 euros,com um prémio total da emissão de 38.310.462,33 euros, mediante a emissão de 9.276.141 novas acçõesda EUROPAC.

A escritura do aumento de capital foi outorgada pelo Notário de Madrid, o Sr. Manuel Richi Alberti, no dia26 de Janeiro de 2007, sob o número 288 de seu protocolo. No dia 29 de Janeiro de 2007, foi registadana Conservatória do Registo Comercial de Palência no tomo 361, página 158, folha 2.350, inscrição 85a areferida escritura de aumento de capital social. No dia 5 de Janeiro de 2007, as novas acções foram admi-tidas à negociação tanto nas Bolsas de Madrid e de Barcelona, como na Euronext Lisbon (Portugal).

No dia 5 de Janeiro de 2007 foram admitidas à negociação na Euronext Lisbon (Portugal), tanto as acçõ-es existentes da EUROPAC, como as 9.276.141 novas acções emitidas em virtude do aumento de capitalpara dar contrapartida à OPA sobre a GESCARTÃO.

A Assembleia Geral Extraordinária de accionistas da EUROPAC de 4 de Dezembro de 2006 decidiu apro-var um aumento de capital com cargo reserva de prémio de emissão mantendo uma taxa de atribuiçãogratuita de 1 acção nova por cada 12 acções existentes. Seguindo instruções da mencionada Assembleia, oaumento de capital deliberado devia ser efectuado após o registo do aumento de capital para dar contra-partida à OPA sobre a GESCARTÃO (aumento OPA).

Após a execução e registo do aumento OPA, a Comissão Executiva da EUROPAC fixou a quantia deaumento de capital por incorporação de reservas disponíveis em 10.358.750,00 euros.

Terminado o período de atribuição gratuita, fixado desde o dia 12 de Fevereiro de 2007 a 26 de Fevereirode 2007, o Conselho de Administração decidiu a execução do aumento de capital social deliberado namencionada Assembleia, aumentando-se o capital social da entidade na quantia de 10.358.750,00 euros porincorporação de reservas disponíveis, mediante a emissão de 5.179.375 acções ordinárias com o valornominal de dos euros cada uma.

A escritura de aumento de capital foi outorgada pelo Notário de Alcobendas o Sr. Jesús AlejandreAlberruche no dia 6 de Março de 2007, sob o número 475 de seu protocolo. Na presente data, 8 de Marçode 2007, registou-se o referido aumento de capital na Conservatória do Registo Comercial de Palência notomo 361, página 166, folha P-2.350, inscrição 86a. Em Março de 2007, as novas acções foram admitidas ànegociação tanto nas Bolsas de Madrid e de Barcelona, como na Euronext Lisbon (Portugal).

Após o aumento, o capital da EUROPAC foi fixado em 134.663.764,00 euros, relativos à 67.331.882 acções.

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21. QUADROS DE FINANCIAMENTO

Quadro de Financiamento do Exercício (expresso em euros)

EXERCÍCIO 2006 EXERCÍCIO 2005VARIAÇÕES DE ESTRUCTURA Aplicação Origem Aplicação OrigemDespesas de Estabelecimento 176.230 463.981Imobilizado Incorpóreo 4.589.660 396.962Imobilizado Corpóreo 31.349.270 13.653.162Imobilizado Financeiro 1.857.981 96.531.849Acções Próprias 758.348 413.044Desp. a distribuir em vários exercícios 197.810 832.415Aumento capital 847.506 19.367.118Prémio de emissão 375.849 13.556.982Partilha de lucros 2004-5 1.300.206 2.307.915Pagamento de dividendo 1.016.774Subsídios ao Capital 403.422 273.755Provisões 105.169 181.470Credores a longo prazo 45.960.232 41.468.634Cash Flow 12.177.748 23.465.300

TOTAL 50.551.081 50.565.123 114.873.083 98.039.504

VARIAÇÕES DE CIRCULANTE Aplicação Origem Aplicação OrigemDiferença de estrutura 14.041 16.833.579Existências 2.832.234 2.444.929Devedores 9.272.896 4.945.535Investimentos Financeiros Temporários 1.869 10.500.000Tesouraria 664.805 409.918Ajustamentos por periodificação 422.908 21.084Credores a curto prazo 13.180.671 4.221.807

TOTAL 13.194.712 13.194.712 19.688.426 19.688.426

22. INFORMAÇÃO SOBRE O AMBIENTE

Dos investimentos mais significativos incorporados ao imobilizado corpóreo, salientam-se os referidos nanota 4 m), que detalha as normas valorimétricas dos aspectos ambientais. A sua amortização é efectuadanum período que é aplicado de acordo com a vida útil do bem. O valor dos investimentos efectuados noexercício de 2006, é de 315.073 euros.

Os custos incorridos no exercício, pelo descrito no parágrafo sexto da nota 4 m), para a protecção e mel-horia do ambiente, foram de 1.962.201 e 574.346 euros nos centros de Dueñas e Alcolea respectivamen-te, todos eles de carácter ordinário. Nestes custos incluíram-se os custos de manutenção de Co-geração,que foram de 718.850 e 463.181 nos centros de Dueñas e Alcolea. Os custos por manutenção de audi-torias ambientais com AENOR, foram na quantia de 7.174 euros por ambas as fábricas de produção.

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Não se provisionou montante para riscos e despesas relativos às actuações ambientais no exercício, já quea política da Empresa é aplicar para cada exercício as suas respectivas despesas e não existem litígios emcurso que possam fazer mudar este critério.

Nos exercícios 2006 e 2005, não foram gerados subsídios de natureza ambiental. Não existem outras recei-tas como consequência de actividades relacionadas com o ambiente.

Madrid, aos 30 de Março de 2007. Os administradores

ANEXO I

TRASLOGA S.L. CARTOVA S.A.U. TORRES PACK 2000 S.A.U.

CONTA ANO CAP. Val.adq. CONTA ANO CAP. Val.adq. CONTA ANO CAP. Val.adq.

Total 1996 363,85Total 1997 2.637,59

Total 200 Despesas de constituição 3.001,44Total 1996 601,01Total 1997 8.516,18Total 1998 519.129,13Total 1999 377.653,34Total 2000 29.633,63Total 2001 24.980,71Total 2002 161.775,59

Total 201 Desp. primeiro estabel. 1.122.289,59Total 1990 0,00 Total 1990 5.788,00Total 1996 27.656,70 Total 1996 0,00Total 1998 27.958,42 Total 1998 0,00Total 1999 14.725,60 Total 1999 0,00Total 2001 51.423,43 Total 2001 0,00Total 2002 1.632,97 Total 2002 0,00

Total 202 Desp. de aum. de capital 123.397,12 Total 202 Desp. de aum. de capital 5.788,00Total 2001 0,00 Total 2001 16.332,08Total 2002 309.897,60 Total 2002 0,00Total 2003 0,00 Total 2003 100.419,00

Total 210 Despesas de I+D 309.897,60 Total 210 Despesas de I+D 116.751,08Total 1994 0,00 Total 1994 0,00 Total 1994 785,61Total 2003 1.126,00 Total 2003 532,55 Total 2003 1.126,00

Total 212 Propriedade Industrial 1.126,00 Total 212 Propriedade Industrial 532,55 Total 212 Propriedade Industrial 1.911,61Total 1998 20.020,84 Total 1998 0,00 Total 1998 0,00Total 1999 0,00 Total 1999 0,00 Total 1999 993,11Total 2000 74.266,31 Total 2000 0,00 Total 2000 0,00Total 2001 30.751,19 Total 2001 0,00 Total 2001 6.696,85Total 2002 18.150,10 Total 2002 0,00 Total 2002 0,00Total 2003 1.272,84 Total 2003 0,00 Total 2003 0,00Total 2004 83.400,00 Total 2004 0,00 Total 2004 0,00

Total 215 Aplicações informáticas 227.861,28 Total 215 Aplicações informáticas 0,00 Total 215 Aplicações informáticas 7.689,96Total 2003 0,00 Total 2003 242.202,36Total 2004 0,00 Total 2004 281.416,69Total 2005 174.466,40 Total 2005 113.645,00

Total 217 Dir. s. Bens reg. de arr. 174.466,40 Total 217 Dir. s. Bens reg. de arr. 637.264,05Total 1996 604.441,68Total 1997 663.210,85Total 1998 357.938,54Total 1999 875.148,75Total 2000 7.555,22Total 2001 2.306,59Total 2002 0,00 Total 2002 473.837,00Total 2003 0,00 Total 2003 1.942.787,25

Total 220 Terrenos e bens naturais 2.510.601,63 Total 220 Terrenos e bens naturais 1.942.787,25 Total 220 Terrenos e bens naturais 473.837,00Total 1992 0,00 Total 1992 1.105.622,81Total 1996 1.862.785,98Total 1997 74.535,65Total 1998 1.105.518,35Total 1999 1.118.327,00 Total 2000 2.133,59Total 2000 148.454,49Total 2001 25.512,39Total 2002 26.864,19Total 2003 0,00 Total 2003 1.132.840,10Total 2004 31.729,42Total 2005 0,00 Total 2005 7.501,04

Total 221 Construções 4.393.727,47 Total 221 Construções 1.140.341,14 Total 221 Construções 1.107.756,40Total 1992 0,00 Total 1992 0,00 Total 1992 1.092,79Total 2000 0,00 Total 2000 0,00 Total 2000 23.263,94Total 2001 Total 2001 0,00 Total 2001 20.004,21Total 2002 0,00 Total 2002 0,00 Total 2002 19.741,22Total 2003 138.136,33 Total 2003 3.100,11 Total 2003 0,00Total 2004 133.552,07 Total 2004 7.943,88 Total 2004 0,00Total 2005 589.843,31 Total 2005 39.246,80 Total 2005 51.437,59

Total 222 Instalações técnicas 861.531,71 Total 222 Instalações técnicas 50.290,79 Instalações técnicas 115.539,75

1 3 5

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TRASLOGA S.L. CARTOVA S.A.U. TORRES PACK 2000 S.A.U.

CONTA ANO CAP. Val.adq. CONTA ANO CAP. Val.adq. CONTA ANO CAP. Val.adq.

Total 1990 0,00 Total 1990 43.874,84 Total 1990 0,00Total 1991 0,00 Total 1991 9.141,90 Total 1991 0,00Total 1992 0,00 Total 1992 246.907,51 Total 1992 212.857,67Total 1993 0,00 Total 1993 185.227,16 Total 1993 0,00Total 1994 0,00 Total 1994 5.856,86 Total 1994 0,00Total 1995 0,00 Total 1995 0,00 Total 1995 0,00Total 1996 4.913.561,13 Total 1996 0,00 Total 1996 0,00Total 1997 1.036.915,45 Total 1997 0,00 Total 1997 0,00Total 1998 2.046.385,16 Total 1998 26.374,81 Total 1998 3.842,40Total 1999 2.020.541,69 Total 1999 799.574,40 Total 1999 69.276,76Total 2000 3.300.950,83 Total 2000 16.227,33 Total 2000 545.813,73Total 2001 1.829.212,06 Total 2001 0,00 Total 2001 61.784,44Total 2002 3.002.094,62 Total 2002 0,00 Total 2002 56.863,73Total 2003 824.200,13 Total 2003 5.046,80 Total 2003 5.520,36Total 2004 102.585,00 Total 2004 478.449,97 Total 2004 0,00Total 2005 2.333.192,27 Total 2005 2.432.785,27 Total 2005 1.254.449,34

Total 223 Maquinaria 21.409.638,34 Total 223 Maquinaria 4.249.466,85 Total 223 Maquinaria 2.210.408,43Total 1992 0,00 Total 1992 0,00 Total 1992 3.332,08Total 1998 1.441,34 Total 1998 0,00 Total 1998 0,00Total 1999 4.807,40 Total 1999 0,00 Total 1999 0,00Total 2000 25.059,68 Total 2000 0,00 Total 2000 0,00Total 2001 7.364,38 Total 2001 0,00 Total 2001 640,92Total 2002 5.378,76 Total 2002 0,00 Total 2002 6.107,13Total 2003 8.271,09 Total 2003 0,00 Total 2003 24.642,38Total 2004 7.857,87 Total 2004 1.617,51 Total 2004 0,00Total 2005 0,00 Total 2005 6.583,00 Total 2005 0,00

Total 224 Utensílio 60.180,52 Total 224 Utensílio 8.200,51 Total 224 Utensílio 34.722,51Total 1989 0,00 Total 1989 2.307,27 Total 1989 0,00Total 1990 0,00 Total 1990 7.037,67 Total 1990 0,00Total 1991 0,00 Total 1991 21.035,42 Total 1991 0,00Total 1992 0,00 Total 1992 0,00 Total 1992 10.312,65Total 1996 1.065.389,84 Total 1996 0,00 Total 1996 0,00Total 1997 68.090,28 Total 1997 0,00 Total 1997 117.470,29Total 1998 83.848,03 Total 1998 0,00 Total 1998 15.720,11Total 1999 62.833,02 Total 1999 1.284,75 Total 1999 4.633,80Total 2000 383.578,84 Total 2000 0,00 Total 2000 684,03Total 2001 146.092,54 Total 2001 789,69 Total 2001 0,00Total 2002 458.092,89 Total 2002 0,00 Total 2002 2.222,04Total 2003 30.816,66 Total 2003 0,00 Total 2003 0,00Total 2004 0,00 Total 2004 7.034,65 Total 2004 0,00Total 2005 0,00 Total 2005 2.110,39 Total 2005 0,00

Total 225 Outras instalações 2.298.742,10 Total 225 Outras instalações 41.599,84 Total 225 Outras instalações 151.042,92Total 1989 0,00 Total 1989 3.787,80 Total 1989 0,00Total 1992 0,00 Total 1992 0,00 Total 1992 15.384,59Total 1994 0,00 Total 1994 3.272,74 Total 1994 0,00Total 1995 0,00 Total 1995 0,00 Total 1995 30.351,37Total 1996 94.488,12 Total 1996 0,00 Total 1996 0,00Total 1997 383,15 Total 1997 0,00 Total 1997 0,00Total 1998 25.892,17 Total 1998 6.177,37 Total 1998 0,00Total 1999 0,00 Total 1999 0,00 Total 1999 0,00Total 1999 4.185,03 Total 1999 0,00 Total 1999 540,92Total 2000 13.367,05 Total 2000 0,00 Total 2000 0,00Total 2001 4.464,06 Total 2001 58,50 Total 2001 834,99Total 2002 3.176,60 Total 2002 0,00 Total 2002 575,00Total 2003 9.139,58 Total 2003 1.042,12 Total 2003 0,00Total 2004 142,40 Total 2004 275,68 Total 2004 0,00Total 2005 0,00 Total 2005 1.231,53 Total 2005 0,00

Total 226 Mobiliário 155.238,16 Total 226 Mobiliário 15.845,74 Total 226 Mobiliário 47.686,87Total 1992 0,00 Total 1992 0,00 Total 1992 24.704,51Total 1996 41.963,99 Total 1996 0,00 Total 1996 0,00Total 1997 7.870,50 Total 1997 0,00 Total 1997 0,00Total 1998 30.777,98 Total 1998 13.122,92 Total 1998 0,00Total 1999 17.993,97 Total 1999 426,71 Total 1999 11.394,60Total 2000 103.500,80 Total 2000 3.602,17 Total 2000 1.852,33Total 2001 356,58 Total 2001 2.025,41 Total 2001 0,00Total 2002 1.664,89 Total 2002 0,00 Total 2002 0,00Total 2003 1.248,03 Total 2003 0,00 Total 2003 0,00

Total 227 Equip. p/ processos de inf. 205.376,74 Total 227 Equip. p/ processos de inf. 19.177,21 Total 227 Equip. p/ processos de inf.. 37.951,44Total 1994 0,00 Total 1994 5.844,01 Total 1994 0,00Total 1996 117.207,10 Total 1996 0,00 Total 1996 0,00Total 1997 1.923,24 Total 1997 0,00 Total 1997 0,00Total 1999 15.077,92 Total 1999 0,00 Total 1999 1.464,56Total 2000 9.389,07 Total 2000 0,00 Total 2000 0,00Total 2001 29.732,35 Total 2001 0,00 Total 2001 0,00Total 2002 36.735,85 Total 2002 0,00 Total 2002 0,00Total 2003 0,00 Total 2003 0,00 Total 2003 0,00Total 2005 16.293,10 Total 2005 0,00 Total 2005 0,00

Total 228 Elementos de transporte 226.358,63 Total 228 Elementos de transporte 5.844,01 Total 228 Elementos de transporte 1.464,56Total 1996 93.684,46 Total 1996 0,00Total 1997 70.356,83 Total 1997 0,00Total 1998 28.560,00 Total 1998 0,00Total 2003 0,00 Total 2003 2.632,12Total 2004 0,00 Total 2004 132,67Total 2005 0,00 Total 2005 2.831,19

Total 229 Outro imobilizado corpóreo 192.601,29 Total 229 Outro imobilizado corpóreo 5.595,98Total geral 34.276.036,02 Total geral 8.116.945,92 Total geral 4.312.550,53

M E M Ó R I A A N U A L E U R O P A C 2 0 0 6

1 3 6

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RELATÓRIO DA ADMINISTRAÇÃO 2006

O SECTOR E A PRODUÇÃO.

O ano de 2006 foi bom no que se refere ao crescimento do PIB. No último trimestre do exercício a eco-nomia espanhola acelerou o seu crescimento até 4%, o período de maior aumento desde o terceiro tri-mestre de 2001. Por sua vez, a média de crescimento do PIB em todo o ano de 2006 foi de 3,9%, quatrodécimas a mais do que em 2005. Apoiando-se nestes dados, a UE prevê que a economia espanhola cres-ça 3,7% em 2007.

De acordo com os dados da ASPAPEL, relativos ao exercício de 2006, a produção de papel para cartãoondulado em Espanha aumentou 15,1%, até aos 2,7 milhões de toneladas. Durante o passado ano obser-vou-se uma tendência para o aumento dos preços destes produtos graças ao fortalecimento da procura,à situação favorável do mercado de papel europeu e ao encerramento de instalações produtivas obsole-tas e pouco eficientes de papel reciclado, iniciado em 2005, que está provocar uma racionalização pelo ladoda oferta. Em concreto, desactivou-se uma capacidade de produção de 1,6 milhões de toneladas/ano nesteperíodo, processo que ainda não terminou.Também, conforme os dados da Groupement Ondulé, os inven-tários de papel reciclado em Europa diminuíram 11% no período de Maio de 2006-Janeiro 2007. Todosestes factores provocaram, nos últimos meses, uma mudança de ciclo no aumento dos preços deste seg-mento. Assim, o preço médio do testliner durante o exercício de 2006 foi 2,6% superior ao de 2005,aumentando desde os 327,9 euros/tonelada até os 336,4 euros/tonelada. Neste contexto, a Europac nopassado 1 de Dezembro de 2006 comunicou aos seus clientes em Espanha, uma subida de 60 euros/tone-lada neste tipo de papel, a qual se encontrava já totalmente realizada no início de 2007.

No que diz respeito à evolução da produção de cartão ondulado em Espanha, em 2006 aumentou 3,83%em relação ao passado exercício, até aos 4,2 milhões de m2, conforme os dados da Associação deFabricantes de Cartão Ondulado (AFCO). A maior procura existente no mercado de cartão em conjuntocom o aumento dos custos energéticos, de matérias-primas e de transportes fizeram com que a Europacanunciasse uma subida de preços de 15% em prancha e de 13% em caixas em Espanha e Portugal, que foiexecutada no dia 1 de Dezembro de 2006.

AS CONTAS ANUAIS.

Todas as rubricas da Demonstração de Resultados reflectem de forma sensível a absorção por parte dasociedade individual de três filiais (Trasloga, Cartova e Torrespack), aprovada pelo Conselho deAdministração no mês de Outubro de 2005.

OValor Líquido do Volume de Negócio cresceu 41,3%, até aos 133,9 milhões de euros, graças a uma maiorprodução de papel reciclado (258.522 toneladas em 2006 face às 248.143 toneladas em 2005,apesar daparagem ocorrida na MP3 para a sua reforma), e a um aumento nos preços médios de venda do papel tes-tliner (336,4 euros/tonelada em 2006 face os 327,9 euros/tonelada em 2005).Também é importante salien-tar o efeito positivo que a absorção das três filiais provoca nas vendas, cuja actividade é a produção de pran-cha de cartão e o uso da mesma para produção de embalagem.

A rubrica Compras Líquidas tem um aumento considerável (+62,4%), até os 79,1 milhões, devido a trêsrazões principalmente: 1) o efeito da absorção das filiais, e 2) o aumento do volume e 3) pelo aumento docusto do gás. As Despesas Externas e de Exploração aumentam 13,8% (até os 28,5 milhões) como conse-quência da absorção das filiais já comentada e o incremento das partidas de fornecimentos, energia e trans-portes. As Despesas de Pessoal aumentam 62,5%, até aos 20,4 milhões de euros, fundamentalmente pelamudança na estrutura societária anteriormente referida. Como consequência de tudo isso, o ResultadoBruto de Exploração (Ebitda) cai 8,9% até aos 12,3 milhões de euros.

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M E M Ó R I A A N U A L E U R O P A C 2 0 0 6

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A Dotação para a Amortização do Imobilizado foi de 12,1 milhões, e aumentou 33,3% como consequên-cia dos investimentos realizados e da absorção das filiais.

O Resultado Financeiro foi de 9,2 milhões de euros como resultado do maior endividamento derivado dosinvestimentos realizados pela empresa em 2006, pela compra de acções da Gescartão ao longo do exer-cício, bem como pela subida das taxas de juro.

Os Resultados Procedentes do Imobilizado Incorpóreo, Corpóreo e Carteira de Controlo, de 5,5 milhõesde euros, são os lucros derivados da venda, por parte da Europac à Imocapital, das acções da Gescartãoque estavam em poder da primeira, efectuada dentro da política de organização societária.

Por último, o Resultado Líquido da sociedade individual no decorrer do ano de 2006 foi de -97.376 euros, faceaos lucros de 14,43 milhões obtidos em 2005. No entanto, o resultado obtido neste exercício não é compará-vel ao do exercício anterior, devido ao efeito positivo que então teve a venda da Fábrica de Papel do Ave, S.A.

Todas as rubricas do balanço viram-se afectadas pela absorção por parte da sociedade individual de trêsfiliais (Trasloga, Cartova e Torrespack), que foi aprovada pelo Conselho de Administração no mês deOutubro de 2005.

O Imobilizado Corpóreo cresce 36,5% e alcança os 159,3 milhões, devido, sobretudo, à absorção das filiaise aos investimentos realizados entre os quais há que salientar a reforma para aumentar a capacidade e mel-horar a produção da máquina de papel MP3.

O Imobilizado Incorpóreo aumenta 89,5%, até os 11,1 milhões, pelo Fundo de Comércio gerado pela fusãopor absorção das filiais antes mencionadas.

O Capital Subscrito, que aumenta 0,8%, reflecte o crescimento derivado do aumento do capital para supor-tar o Plano de Acções para Empregados, anteriormente comentado, realizado em Julho de 2006.

A dívida líquida passou de 135,4 em 2005 para 178,3 em 2006 devido a maior participação directa naGescartão, SGPS, SA e aos investimentos realizados em 2006.

ACÇÕES DO EXERCÍCIO 2006.

A Assembleia Geral de Accionistas da Europac de 21 de Novembro aprovou o projecto de fusão daEuropac (sociedade absorvente) com as suas filiais propriedade 100%, Trasloga, S.L.U, Cartova, S.A.U. eTorres Pack 2000, S.A.U., a qual se materializou e foi registada no dia 1 de Fevereiro de 2006.

Esta operação foi enquadrada dentro do processo de crescimento e integração de actividades da Europace foi levada a cabo após uma etapa de adaptação de processos e sistemas das três filiais. A fusão tambémrepresentou um passo importante no objectivo de avançar no processo de simplificação da estrutura ope-rativa e societária do Grupo.Também no mês de Fevereiro, foi levada a cabo uma reforma na Máquina de Papel 3 (MP3) situada emAlcolea de Cinca (Huesca). O investimento, que foi de 19,3 milhões de euros, permitiu aumentar a capaci-dade de produção da máquina em 15.000 toneladas e melhorar a qualidade da produção total. Para reali-zar esta reforma, a máquina esteve parada durante 30 dias.

Por outro lado, a Assembleia Geral de Accionistas celebrada no dia 5 de Junho de 2006, aprovou um Planode Acções para Empregados, Directores e Administradores (PAE) da Europac e das sociedades do seugrupo. Este Plano teve como objectivo principal vincular, fidelizar e premiar o compromisso e permanênciados destinatários com o Grupo e orientar a Europac e todos os seus empregados para a criação de valor.

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Com tal objectivo também foi aprovada na mencionada Assembleia, o aumento de capital social com entra-das em numerário, prémio de emissão, e supressão do direito de preferência. O valor de emissão foi de4,33 euros por acção e foi fixado restando 25% do preço médio ponderado por volume da acção daCompanhia das últimas 60 sessões de cotação precedentes ao quinto dia útil anterior à celebração daAssembleia. O prémio de emissão por acção foi de 2,33 euros.

O aumento foi executado por este Conselho mediante votação por escrito e sem sessão recolhido emacta datada de 17 de Julho de 2006 que declarou a execução do aumento incompleta, procedendo à emis-são de 423.753 acções novas. Por último, o mencionado aumento for registado na Conservatória doRegisto Comercial de Palência no dia 19 de Julho de 2006.

Em 31 de Outubro, o Conselho de Administração da Europac decidiu o lançamento de uma Oferta Públicade Aquisição (OPA) sobre a sua filial Gescartão, SGPS, SA mediante troca de acções. A relação de trocaproposta foi de 3,5 acções da Europac por cada acção da Gescartão. Concretamente, a Oferta dirigiu-seàs 3.051.644 acções da Gescartão que a Companhia não possuía, e que representavam 15,3% do capitalda filial portuguesa. Esta operação enquadrou-se também dentro da estratégia de crescimento e integra-ção de actividades da Europac.

Para os efeitos de cálculo da equação de troca foi tomado como referência o preço médio ponderado decotação da acção Europac nas últimas 60 sessões bolsistas anteriores à reunião do Conselho. O preçomédio ponderado alcançou os 6,13 euros por acção, o que equivale dizer que a Oferta efectuou-se pelopreço de 21,455 euros por cada acção da Gescartão.

PROJECTOS RELEVANTES PARA O ANO DE 2007.

No dia 29 de Janeiro foi registada na Conservatória do Registo Comercial a escritura de aumento de capi-tal social mediante a emissão 9.276.141 acções da Europac com o objectivo de pagar a contrapartida esta-belecida para a aquisição de 2.650.326 acções da Gescartão que intervieram na Oferta Pública deAquisição lançada pela Europac em 31 de Outubro de 2006. Após a Oferta, a Europac passa a controlar97,93% dos direitos de voto da Gescartão, SGPS, SA

Noutra ordem de coisas, no dia 5 de Janeiro de 2007 foram admitidas à negociação na bolsa de Lisboa,tanto as acções existentes da Europac, como as 9.276.141 novas acções emitidas em virtude do aumentode capital para dar contrapartida à OPA sobre a GESCARTÃO.A decisão de negociar na Euronext Lisbon,além das bolsas de Madrid e de Barcelona foi ratificada pela Assembleia Geral da Europac no passado dia4 de Dezembro e enquadra-se dentro da estratégia de crescimento e de compromisso com o mercadoportuguês.

Por outro lado, a Comissão Executiva celebrada no dia 1 de Fevereiro de 2007 fixou a quantia do aumen-to de capital por incorporação de reservas disponíveis previsto no ponto Terceiro da Ordem do Dia daAssembleia Geral de Accionistas Extraordinária celebrada no dia 4 de Dezembro de 2006 pelo que foi deli-berado um aumento de capital deliberado na proporção de 1 acção nova por cada 12 antigas. O valor doaumento de capital deliberado foi de 10.358.750,00 euros, mediante a emissão de 5.179.375 acções ordi-nárias com o valor nominal de dois euros cada uma.A escritura de aumento foi registada no dia 8 de Marçode 2007 na Conservatória do Registo Comercial de Palência. Esta aumento teve como objecto retribuirtodas as acções em circulação, incluindo aquelas que foram consequência do aumento para pagar a con-trapartida estabelecida para a aquisição de acções da Gescartão que intervieram na Oferta Pública deAquisição já comentada, e enquadrou-se dentro da política de retribuição aos accionistas da Europac.

Após este último aumento, o capital da EUROPAC foi fixado em 134.663.764,00 euros.

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No dia 12 de Março de 2007, a Europac tornou público o seu primeiro Plano Estratégico para o período2007-2011.

De acordo com o plano, a estratégia da EUROPAC é focalizar um crescimento com rentabilidade, melho-rar a produtividade, seguir avançando em integração e tudo isto apoiado na liquidez financeira.

O novo Plano Estratégico do Grupo também prevê uma geração líquida de caixa antes de investimentosde 279 milhões de euros no período, com a qual serão realizados investimentos industriais no valor de 288milhões de euros. Os principais projectos de investimento incluídos no plano são os seguintes:

1) Aumento da capacidade da máquina MP2 (máquina de papel 2) em mais de 30.000 toneladas/ano,em Dueñas (Palência).

2) Novas instalações de co-geração de energia em Dueñas (2009) e Viana do Castelo (Portugal), de 30MW de potência cada uma.

3) Aumento de capacidade de kraftliner até 370.000-400.000 toneladas/ano em Viana do Castelo (faceàs 320.000 toneladas actuais).

Está previsto que o lucro líquido de exploração (EBIT) da EUROPAC crescerá a uma taxa anual compos-ta (TACC) de 16% e que as vendas consolidadas em 2011 sejam 56% superiores do que as obtidas em2006 (580 milhões de euros em 2011 face aos 343 milhões obtidos no passado exercício). Por outro lado,a retribuição ao accionista aumentará 10% ao ano, tomando como referência a remuneração relativa aoexercício de 2006.

Por outro lado, para o exercício de 2007, a Companhia tem prevista uma reestruturação da sua dívida finan-ceira a curto e longo prazo, para adequar o seu volume e a sua estrutura às necessidades de investimen-to previstas no Plano Estratégico anteriormente comentado, e assim conseguir os seus objectivos.

No âmbito deste Plano Estratégico, e também para o exercício de 2007, há que salientar que está previs-to uma adaptação e modernização dos Sistemas de Informação e das suas plataformas tecnológicas,queconsistente em: por um lado fazer um rollout dos Sistemas SAP e Optivisão na Divisão de Papel daEuropac, e por outro lado, a implantação do software Hyperion para a melhoria e optimização dos siste-mas de informação consolidados do Grupo, tanto à escala legal como de gestão.

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CONVOCAÇÃO DA ASSEMBLEIA GERAL ORDINÁRIA DE ACCIONISTAS 2007

Por deliberação do Conselho de Administração da PAPELES Y CARTONES DE EUROPA, S.A. (EURO-PA&C) convoca-se os accionistas à Assembleia Geral Ordinária a ser celebrada na sede social destaCompanhia, em Dueñas (Palência), Carretera de Burgos a Portugal, quilómetro 98, no dia 1 de Junho de2007, às 10.30 a.m. horas, em primeira convocação e, para o dia seguinte à mesma hora e idêntico local,em segunda convocação, se proceder, com a seguinte:

ORDEM DOS TRABALHOS

1.Análise e aprovação, se for o caso, do Balanço, Conta de Lucros e Perdas, Memória Explicativa e Relatórioda administração, individual e consolidado da EUROPA&C, bem como da gestão do Conselho deAdministração da Companhia, relativos ao exercício encerrado em 31 de Dezembro de 2006.

2. Aprovação, se for o caso, da proposta de aplicação do resultado do exercício de 2006.

3. Retribuição do Conselho de Administração para o exercício de 2007.

4. Distribuição extraordinária da reserva por prémio de emissão.

5. Aprovação do Plano de Acções para Administradores executivos e Directores (PAAD). Delegação noConselho de Administração e na Comissão Executiva para a sua gestão, bem como para completá-loem tudo o não previsto no mesmo, com poder de substituição numa Comissão de acompanhamentodo PAAD.

6. Com o objecto de executar a anterior deliberação, a análise do relatório dos administradores e do audi-tor de contas designado pelo Registo Comercial e do Regulamento do PAAD e a aprovação do aumen-to do capital social com entradas em numerário na quantia de 1.500.000 euros, com um prémio deemissão de 1.327.500,00 Euros, mediante a colocação em circulação de 750.000 novas acções ordiná-rias e com supressão do direito de preferência, delegando no Conselho de Administração e naComissão Executiva, dentro dos limites legais, o poder para assinalar as condições do mesmo em con-formidade com o disposto no artigo 153.1. a) da Lei de Sociedades Anónimas. Alteração do artigo 5°dos Estatutos Sociais.

7. Análise do relatório dos administradores e aumento do capital social com atribuição de 1 acção novapor cada 12 acções antigas, decidindo que, se o aumento previsto no ponto anterior for subscrito total-mente, o aumento do capital será realizado na quantia de até 11.346.980 euros, com cargo à reservade prémio de emissão, mediante a emissão de até 5.673.490 acções ordinárias com o valor nominal dedois euros cada uma, com a conseguinte alteração do artigo 5 dos Estatutos Sociais, delegando noConselho de Administração o poder para assinalar as condições da mesma em tudo o não previsto nadeliberação que a Assembleia tomar, em conformidade com o disposto no artigo 153.1. a) da Lei deSociedades Anónimas.

8. Alteração do Regulamento da Assembleia da sociedade: Artigo 8°.

9. Alteração do Regulamento da Assembleia da sociedade: Artigo 17°.

10. Autorização ao Conselho de Administração em conformidade com o previsto no artigo 75 e concor-dantes da Lei de Sociedades Anónimas para a aquisição de acções próprias por parte da própria socie-dade, deixando sem efeito a autorização concedida ao Conselho de Administração pela AssembleiaGeral Ordinária datada de 5 de Junho de 2006.

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11. Autorização ao Conselho de Administração e à Comissão Executiva, tão amplamente como em direitoseja necessário, para aumentar o capital social de acordo com o previsto no Artigo 153.1. b) da Lei deSociedades Anónimas.

12. Ratificação da escolha por cooptação do Sr. José Miguel Isidro Rincón no seu cargo de membro doConselho de Administração.

13. Reeleição como Administrador da ZOCO INVERSIONES, S.R.L..

14. Reeleição como Administrador da COMPAÑÍA ANDALUZA DE RENTAS E INVERSIONES, S.A.–CARISA-.

15. Reeleição como Administrador do Sr. Juan Jordano Pérez.

16. Delegação de poderes, incluída a de substituição, para o pleno desenvolvimento e execução das ante-riores deliberações e a sua interpretação, bem como para torná-la pública nos mais amplos termos.

17. Aprovação, se for necessário, da Acta da Assembleia.

Além de outros direitos conferidos pelo artigo 112 da Lei de Sociedades Anónimas e em conformidadecom o previsto nos artigos 144, 152, 159 e 212 da mesma, faz-se constar que, a partir da data da publica-ção da presente convocação, os senhores accionistas terão direito de examinar na sede social ou de pedira entrega ou envio imediato e gratuito dos relatórios e documentos que devam ser submetidos à aprova-ção da Assembleia Geral de accionistas, bem como o relatório da administração e o relatório dos audito-res de contas e os relatórios dos administradores e auditor e propostas das alterações estatutárias.Tambémencontra-se à disposição dos accionistas, o Relatório Anual de Governo Corporativo do exercício de 2006e o Regulamento do Conselho de Administração alterado em 30.03.2007.

Toda a informação referida anteriormente, encontra-se igualmente à disposição dos senhores accionistasno site da sociedade (www.europac.es), podendo também dirigir-se ao telefone de atendimento ao accio-nista 91.490.21.60 e ao endereço de correio electrónico [email protected].

Todos os accionistas titulares de 50 ou mais acções e que reúnam os requisitos exigidos no artigo 17° dosEstatutos e na Lei, terão direito de assistência à Assembleia. Os titulares de um número menor de 50 acçõ-es poderão, de forma estatutariamente estabelecida, agrupá-las e conferir a sua representação por escritoe para a Assembleia a qualquer accionista que tenha direito de assistência.

Comunica aos accionistas que se prevê que a reunião da Assembleia Geral tenha lugar em primeira con-vocação.

Madrid, aos 25 de Abril de 2007. A Sra. Secretária. Dona Sol Fernández-Rañada López-Doriga.

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Escritórios Centrais (Atendimento aoAccionista)C/ Anabel Segura, nº 16 - Edificio 3 - 3ª plantaArroyo de la Vega – Alcobendas28109 - MADRIDTel.: +34 91 490 21 60Fax: +34 91 662 47 17

Papel

EUROPAC DueñasCtra. Burgos-Portugal, km. 9634210 Dueñas (PALENCIA)Tel.: +34 979 76 14 13Fax: +34 979 76 15 70

EUROPAC Alcolea del CincaCrta.de Fraga s/n22410 Alcolea del Cinca (HUESCA)Tel.: +34 974 46 84 11Fax: +34 974 46 80 27

PORTUCEL VIANA, S.A.Apartado 5504901 / 852 - DeocristeViana do Castelo (PORTUGAL)Tel.: 258 739 600Fax: 258 731 914

PORTUCEL ESPAÑAC/ Anabel Segura, nº 16 - Edificio 3 - 3ª plantaArroyo de la Vega - Alcobendas28109 - MadridTel.: +34 91 490 21 60Fax: +34 91 662 47 17

Cartão e embalagem

EUROPAC Alcolea del CincaCrta.de Fraga s/n22410 Alcolea del Cinca (HUESCA)Tel.: +34 974 46 84 11Fax: +34 974 46 80 27

EUROPAC Alcolea CartónGerencia y ComercialGran Via de Carles III Nº 86- 8º 4º08028 BarcelonaTel.: +34 934 11 84 36Fax: +34 934 11 84 37

FABRICA DE PAPEL DO AVE, S.L.Zona Industrial de Ovar – 3881. Apartado 92Ovar de Codex (PORTUGAL)Tel.: +351 256 579 360Fax: +351 256 586 796

PORTUCEL EMBALAGEM, S.A.Fabrica de AlbarraqueApartado 912736 / 902 - Cacem (PORTUGAL)Tel.: +351 219 157 400Fax: +351 219 157 499

PORTUCEL EMBALAGEM, S.A.Fabrica de GuilhabreuApartado 2038 - Castelo da Maia 4472 - Sta. Maria de Avioso Codex (PORTUGAL)Tel.: +351 229 871 300Fax: +351 229 871 305

PORTUCEL EMBALAGEM, S.A.Fabrica de LeiriaEstrada dos Pinheiros - Marrazes2400 / 444 - Leiria (PORTUGAL)Tel.: +351 244 850 300Fax: +351 244 850 370

EMPROBAL, S.L.Zona Industrial da Cancela - Caniço 9125 / 042 - Madeira (PORTUGAL)Tel.: +351 291 930 530Fax: +351 291 934 767

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CARTONES SOLER, S.L.Vergé de Nuria, 18Polígono Industrial Salas08830 Sant Boi de Llobregat (BARCELONA)Tel.: +34 93 654 60 61Fax: +34 93 654 58 85

CARTONAJES MARCUELLO, SACtra. Nacional II, km. 297,550196 La Muela (ZARAGOZA)Tel.: +34 976 14 14 08Fax: +34 976 14 41 11

EUROPAC Riba-Roja C/ Delf-fogainers parcela 45ªPol. Ind. Sector 13, Riba-Roja46394 - ValenciaTel.: +34 961 34 01 13Fax: +34 961 34 04 53CARTOCER Fábrica de Caixas Cartao Lezirias Apartado 22 - Anadia3781-905 Mogofores (PORTUGAL)Tel.: +351 231503735Fax: +351 231515862

EUROPAC Dueñas CartónCtra. Burgos-Portugal, km. 9634210 Dueñas (PALENCIA)Tel.: +34 979 76 15 65Fax: +34 979 76 15 73

EUROPAC Torres de la AlamedaAtenas s/n. Poligono Industrial28813 Torres de la Alameda (MADRID)Tel.: +34 91 886 80 73Fax: +34 91 886 83 94

CARTONAJES MIMÓ E HIJOS, S.L.C. Pitagoras 2, P.I. San Marcos28.906 Getafe (MADRID)Tel.: +34 91 601 07 68Fax: +34 91 601 07 69

CARTONAJES ESTEVE Y NADAL, S.A.C/ Rosa Mestre, s/n08775 Torrelavit (BARCELONA)Teléf: +34 93 899 52 36Fax: +34 93 899 61 96

MIDEM-MIDI EMBALLAGES, S.A.R.L.31, Bd Charles Moretti BP 32613309 Marseille Cedex 14 (FRANCIA)Tel. 0033 491 58 17 92Fax. 0033 491 58 19 49

CARTONAJES SANTANDER, S.L.Polígono Industrialde Heras, 239-24239792 Heras (CANTABRIA)Tel.: +34 942 55 98 88Fax: +34 942 55 98 89

Energia

EUROPAC Alcolea del CincaCrta.de Fraga s/n22410 Alcolea del Cinca (HUESCA)Tel.: +34 974 46 84 11Fax: +34 974 46 80 27

EUROPAC DueñasCtra. Burgos-Portugal, km. 9634210 Dueñas (PALENCIA)Tel.: +34 979 76 14 13Fax: +34 979 76 15 70

PORTUCEL VIANA ENERGIA, SAApartado 5504901 / 852 - DeocristeViana do Castelo (PORTUGAL)Tel.: +351 258 739 600Fax: +351 258 731 914

Outras Actividades

CELPAP-TERMINAL DE CELULOSE E PAPEL DEPORTUGAL, LDALargo Joao Tomas da Costa, 26 - 204900 / 509 Viana do Castelo (PORTUGAL)Tel.: +351 258 809 530Fax: +351 258 809 539

VIANAPORT, LdaPorto Comercial de Viana do CasteloLugar de Cabedelo, Darque (PORTUGAL)Viana do CasteloTel.: +351 258 809 530Fax: +351 258 809 539

CELNAVE - AGENCIA DE NAVEGACAO, LDALargo Joao Tomas da Costa, 26 - 204900 / 509 Viana do Castelo (PORTUGAL)Tel.: +351 258 809 531Fax: +351 258 809 539

MRAMANUEL RODRIGUES DE ALMEIDA & FILHOS, LDA Av. da Liberdade, nº 172 Apartado 142 2715-901 Pêro Pinheiro (PORTUGAL)Tel. +351 219 674 751 Fax: +351 219 674 755

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Edita: Papeles y Cartones de Europa, S.A.

Coordenação e redacção: Europac y Gavin Anderson & Company

Diseño y maquetación: Imagen Beta

Fotografias: Arquivo gráfico, Carlos Bandrés