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Pessoa Coletiva Nº 500 077 568 - Capital Social 87.325.000 Euros Matrícula Nº 1697 4ª Secção CRCL - Rua S. José, 20, 1166-001 LISBOA Relatório e Contas 2012 Contas Consolidadas

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Pessoa Coletiva Nº 500 077 568 - Capital Social 87.325.000 Euros Matrícula Nº 1697 4ª Secção CRCL - Rua S. José, 20, 1166-001 LISBOA

Relatório e Contas2012

Contas Consolidadas

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Relatório e Contas 2012

Índice

MENSAGEM DO PRESIDENTE DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO 3

ÓRGÃOS SOCIAIS E GESTÃO 5

PRINCIPAIS INDICADORES 7

SÍNTESE DO ANO 11

PARTE I – RELATÓRIO DE GESTÃO 17

1. ENQUADRAMENTO ECONÓMICO E REGULAMENTAR 17

2. ESTRATÉGIA EMPRESARIAL 23

3. EVOLUÇÃO DOS NEGÓCIOS 31 3.1. Correio 31 3.2. Expresso e Encomendas 42 3.3. Serviços financeiros 46 3.4. Soluções empresariais 50

4. CLIENTES 53 4.1. Grandes Clientes 53 4.2. Rede de Lojas 54

5. QUALIDADE, INOVAÇÃO E SUSTENTABILIDADE 59 5.1. Qualidade de serviço 59 5.2. Inovação e desenvolvimento 62 5.3. Sustentabilidade 65

6. RECURSOS HUMANOS 72

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Relatório e Contas 2012

7. ANÁLISE ECONÓMICA E FINANCEIRA 78 7.1. Rendimentos operacionais 81 7.2. Gastos operacionais 85 7.3. Programa de redução de custos 87 7.4. EBITDA 90 7.5. Amortizações, imparidades e provisões 92 7.6. Resultados não recorrentes 92 7.7. EBIT 93 7.8. Resultados financeiros 93 7.9. Impostos sobre o rendimento 94 7.10. Resultado líquido, rentabilidade e VAB 94 7.11. Investimento 96 7.12. Posição financeira e Cash-flow 97 7.13. Ativo não corrente 99 7.14. Financiamento 100 7.15. Indicadores financeiros 102

8. EVENTOS POSTERIORES E PERSPETIVAS FUTURAS 103

9. PROPOSTA DE APLICAÇÃO DOS RESULTADOS 106

PARTE II – DOCUMENTOS DE PRESTAÇÃO DE CONTAS 109

DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS E NOTAS ANEXAS 109

DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS INDIVIDUAIS E NOTAS ANEXAS 197

PARTE III – RELATÓRIO DE GOVERNO DA SOCIEDADE 285

PARTE IV – DOCUMENTOS DE FISCALIZAÇÃO E AUDITORIA 367

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Relatório e Contas 2012

01

MENSAGEM DO PRESIDENTE DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO

2012 foi um ano importante na história dos CTT, com a liberalização total do mercado, consagrada em Portugal

pela aprovação da Lei Postal, e com o início da preparação da empresa para a sua privatização.

A atividade das empresas de correio em economias desenvolvidas tem vindo a ser determinada por duas

tendências de longo prazo: (i) a substituição eletrónica, que não é mais do que o crescimento do peso dos

meios digitais nos hábitos de comunicação e de compra, donde resulta a redução do correio físico pessoal,

transacional e publicitário, mas também o aumento do envio de encomendas fruto do comércio eletrónico

(e-commerce); (ii) e a liberalização do setor, abrindo à concorrência praticamente todas as atividades dos

correios.

Em Portugal, o ano de 2012 foi um ano de forte contração económica (3,2%), fruto duma queda expressiva e

generalizada da procura interna (consequência do necessário ajustamento económico e financeiro, nos termos

do Programa de Assistência Económica e Financeira acordado entre o Governo Português, o FMI, a Comissão

Europeia e o BCE), bem como a um menor do que o previsto crescimento da procura externa, fruto

fundamentalmente da contração de 0,5% verificada na zona euro, a principal zona de destino das nossas

exportações. Em Espanha, País onde os CTT também operam no negócio de encomendas e expresso, a situação

económica é também de forte contração e ajustamento económico.

Esta difícil realidade económica tem contribuído para agravar significativamente a substituição tecnológica,

pois em ambientes de recessão a pressão para redução de custos por parte dos clientes de correio e

encomendas cresce.

A 24 de agosto entrou em funções um novo Conselho de Administração, com o mandato de gerir os CTT neste

desafiante enquadramento de mercado e macro-económico, preparando e dirigindo a empresa na sua

privatização, a concretizar em 2013. De imediato conduzimos um trabalho de reflexão estratégica, na qual

foram confirmadas as robustas capacidades dos CTT e das suas equipas, bem como a importante presença nos

diversos mercados onde atua, e do qual decorreram as seguintes prioridades de atuação:

Defender a atividade de correio e um quadro regulatório que promova a sustentabilidade do serviço

postal universal;

Desenvolver fortemente a atividade de expresso e encomendas;

Robustecer e desenvolver uma plataforma abrangente de serviços financeiros.

Na defesa do negócio do Correio, assumem particular relevância i) uma atuação proactiva junto dos clientes

empresariais (hoje responsáveis por 97% da expedição do correio), ii) o desenvolvimento de soluções

integradas e inovadoras para as empresas e a Administração Pública, iii) uma especial atenção aos clientes de

correio publicitário, para tentar aproximar os níveis de utilização deste suporte aos de outros países europeus

demonstrando as vantagens decorrentes deste meio de comunicação e publicidade, iv) a reestruturação e

atualização da estrutura de preços, que já não eram revistos há cerca de três anos, v) a integração e otimização

das estruturas de tratamento, transporte e distribuição, vi) a otimização da Rede de Lojas, mantendo a sua

capilaridade e proximidade e reforçando os serviços aos cidadãos de modo economicamente eficiente, e vi) a

clarificação do contrato de concessão e a promoção e consolidação de um quadro regulatório estável e

ajustado à realidade do sector, que permita um Serviço Postal Universal sustentável.

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Relatório e Contas 2012

02

A grande aposta de crescimento está na atividade de Expresso e Encomendas, atividade onde os CTT

assumiram claramente a ambição de construírem sobre a relevante presença que já têm em Portugal e Espanha

um operador de referência na Península Ibérica, i) crescendo em Portugal, ii) desenvolvendo a presença em

Espanha, iii) aprofundando as soluções para o tráfego entre os dois países, iv) captando de modo mais

determinado e relevante os fluxos de encomendas entre Portugal e Espanha e outros países, em especial o

resto da Europa, a América Latina e os países africanos de expressão portuguesa, cuja relação é próxima. A

oportunidade a explorar está muito interligada com o desenvolvimento do comércio eletrónico, pelo que é

fundamental desenvolver posicionamentos claros e diferenciados para indivíduos e para empresas e dominar a

cadeia de entregas e devoluções, com soluções convenientes e eficientes que se alavanquem sobre

competências únicas dos CTT: rede de distribuição capilar, proximidade da rede de lojas e escala ibérica,

permitindo um posicionamento forte neste mercado. É ainda de referir a operação que os CTT têm em

Moçambique, em parceria com os Correios de Moçambique, que lidera já o mercado local e apresenta

consistentemente níveis de crescimento relevantes.

A plataforma de Serviços Financeiros é também um pilar muito importante dos CTT, e a reflexão estratégica

confirmou i) a vantagem em reforçar o relacionamento com os parceiros fornecedores de produtos de

poupança, em reposicionar e robustecer a oferta e a sua competitividade, ii) o interesse em reforçar a

abrangência ao nível de produtos e serviços, iii) a necessidade de desenvolver novas soluções para substituir

os tradicionais produtos (vales postais) que estão em declínio, e iv) a necessidade de estudar o âmbito mais

adequado da atividade financeira e a solução regulatória que a mesma implique.

Definida a estratégia, foi aprovada uma nova estrutura, que entrou em vigor a 1 de janeiro de 2013 e tem por

objetivo adequar a organização da empresa aos objetivos estratégicos e à evolução do negócio, tendo como

princípios subjacentes a eficiência e racionalização de áreas e serviços, a redução de direções e chefias e a

máxima integração entre as várias unidades e subsidiárias dos CTT. E de seguida foram nomeados os

responsáveis de diverso nível desta estrutura otimizada.

Concretizada a reflexão estratégica e definidas as prioridades de atuação e a nova estrutura, iniciou-se de

imediato a sua concretização, tendo sido aprovado um Plano de Transformação muito abrangente, dentro do

qual foram definidos planos de ação e projetos, equipas de projeto e calendários, que obviamente foram

fixados tendo presente o facto da privatização se ir concretizar até finais de 2013 e que implica o envolvimento

dos mais importantes stakeholders e a otimização da organização.

Todas estas atividades estão a ser concretizadas em bom ritmo, tendo como preocupações permanentes

reforçar a rentabilidade e o valor dos CTT, assegurar a manutenção e sustentabilidade do Serviço Postal

Universal, garantir a manutenção da elevada qualidade de serviço e assegurar trabalho para os trabalhadores

dos CTT, para que os empregos sejam de qualidade e as necessidades de trabalho sejam as adequadas ao

conjunto de trabalhadores que em cada momento estão ao serviço.

Em 2012, e pelas razões descritas inicialmente, os rendimentos operacionais reduziram-se 6,5% para

711,7 M.€., com impactos de todos os negócios. O Correio, cujos rendimentos recuaram 34,5 M.€ (-6,7%),

consequência do já referido e da não atualização de preços desde meados de 2010, e as Encomendas e

Expresso, onde apesar duma tendência geral de crescimento de volumes, se registou este ano uma redução de

rendimentos de 5,7 M.€ (-4,3%), em 2012 representaram 85% dos rendimentos consolidados. Os serviços

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Relatório e Contas 2012

03

financeiros observaram também uma redução de rendimentos, ainda que de menor dimensão (-1,6 M.€,

-2,9%), resultante da conjugação da evolução positiva observada nos serviços financeiros postais, em

particular pela introdução do novo serviço de cobrança de portagens e pela comercialização de seguros de

capitalização muito competitivos, com a queda nos serviços de maior maturidade como, por exemplo, o de

vales postais.

Os gastos operacionais consolidados (excluindo imparidades, provisões, depreciações e gastos não

recorrentes) ascenderam a 619,3 M.€, menos 38,0 M.€ (5,8%) face ao valor registado em 2011, refletindo o

abrandamento da atividade operacional, as medidas tomadas pelos CTT para redução dos custos e os impactos

das alterações resultantes das leis de Orçamento de Estado e do Acórdão do Tribunal Constitucional. O

programa de redução de custos dos CTT tinha como objetivo e compromisso a redução (tendo como base o ano

de 2009) até ao final de 2012 de 103 M.€ (-15%) dos custos com fornecimentos e serviços externos e com

pessoal. Este compromisso foi cumprido e mesmo excedido, pois o resultado obtido com as regras conhecidas

em 2012 foi uma redução de 110 M.€ (-16%). No entanto, a decisão do Tribunal Constitucional sobre o

pagamento do subsídio de férias em 2013, só conhecida em abril de 2013, obrigou a contabilizar mais

17,8 M.€ nos gastos com pessoal nas contas de 2012, o que diminuiu aquela redução relativamente a 2009

para 93 M.€ (-14%).

O EBITDA consolidado de 92,4 M.€ traduz uma redução de 11,4 M.€ (-11%) e os resultados operacionais (EBIT)

consolidados totalizaram 64,1 M.€, registando um decréscimo de 11,6 M.€ (-15%) em relação a 2011. As

margens EBITDA e EBIT situaram-se em 13,0% e 9,0%, que comparam positivamente com os operadores

postais europeus, muito acima da média do sector na Europa. O resultado líquido consolidado ascendeu em

2012 a 38,6 M.€, representando uma variação negativa face ao ano anterior de 17,3 M.€, traduzindo-se num

resultado líquido por ação de €2,20 e numa margem líquida sobre os rendimentos operacionais consolidados

de 5,4%. O balanço de dezembro de 2012 será o balanço anual de referência para a privatização. Tal levou a

que fosse preparado com uma ainda maior do que o normal ponderação de todas as situações que possam

afetar os ativos e os passivos dos CTT, tendo originado o reforço de algumas situações originando maiores

gastos não recorrentes, conforme está explicitado no Relatório e Contas.

A gestão de recursos humanos foi guiada por três prioridades:

a manutenção de um bom ambiente social, bem espelhado na assinatura de um único Acordo de

Empresa em abril de 2013 após um longo período negocial, um facto muito importante para garantir a

estabilidade das relações laborais e demonstrar a capacidade de acordo;

o contínuo investimento em formação e qualificação, valorizando os trabalhadores e dando-lhes

ferramentas para se prepararem para o futuro e para os novos desafios, traduzido no aumento do volume

de formação em 5,5% face a 2011.

e a já referida otimização e adequação de estruturas, chefias e quadro de trabalhadores, tendo presente

a necessidade adequar as estruturas para responder à evolução e aos desafios do mercado que os CTT

enfrentam, concretizando a necessária redução com base na não substituição de reformados, na

redução do número de contratados a termo e na negociação de condições de saída com os

trabalhadores que manifestarem essa vontade.

Em consequência da política de ajustamento dos recursos humanos à evolução dos negócios, que obrigou a

uma forte orientação para a redução de custos, no final de 2012 os efetivos dos CTT (efetivos do quadro e

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contratados a termo) ascendiam a 13 167, menos 669 (-4,8%) do que em 2011. Aqui se incluem cerca de 5 300

carteiros e outro pessoal das áreas de distribuição postal.

Os CTT continuaram a apresentar em 2012 níveis de qualidade elevados, situando-se o IGQS - Indicador Global

de Qualidade de Serviço - em 255,4 pontos, que compara com um objetivo de 100 e traduz uma melhoria de

mais que 80 pontos face a 2011. O desempenho do correio internacional compara bem com o dos restantes

parceiros europeus. Os objetivos de qualidade definidos pela Diretiva Comunitária para o sector postal foram

largamente excedidos no caso português. Na comparação com outros prestadores do serviço postal universal a

nível europeu, os CTT destacam-se pela qualidade de serviço, quer no atendimento, quer nas operações e

distribuição.

A privatização em 2013 representa um inquestionável desafio e oportunidade para os CTT e todos os seus

stakeholders:

Viabiliza um encaixe financeiro para o Estado e contribui para o fortalecimento de uma empresa de

referência em Portugal;

Contribui para transferência de valor para os consumidores, através de uma maior eficiência do

mercado;

Acelera ganhos de eficiência, crescimento e rendibilidade.

Esta etapa é uma evolução natural para uma empresa centenária que hoje enfrenta a liberalização e

transformação do mercado com um posicionamento forte, mas precisando de flexibilidade e rapidez de

resposta para os desafios futuros.

Deixo o meu reconhecimento a todos os que trabalham nos CTT e suas subsidiárias, bem como uma palavra de

muita confiança no futuro. A nossa capacidade e posicionamento no mercado abrem-nos boas perspetivas, na

certeza de que estamos aptos para compreender os desafios que temos pela frente, analisar os mercados em

constante mutação e prosseguir a estratégia desenhada, atuando com flexibilidade e focalizados nos objetivos

de traçados.

O reconhecimento público dos portugueses está patente com a atribuição da Marca de Confiança e com o valor

atribuído pelas populações à presença dos CTT, não só pelo negócio postal, mas também pelos serviços de

proximidade. Agradecemos, também, aos nossos outros stakeholders, nomeadamente clientes e acionista, por

toda a confiança e trabalho conjunto desenvolvido.

Lisboa, 30 de abril de 2013

Francisco de Lacerda

Presidente do Conselho de Administração

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ÓRGÃOS SOCIAIS E GESTÃO

Órgãos Sociais

Em 24 de agosto de 2012, através de deliberação social unânime por escrito, foram eleitos os

membros a integrarem os órgãos sociais dos CTT para o triénio 2012-2014.

Mesa da Assembleia Geral

Presidente: Pedro Miguel Nascimento Ventura

Vice-Presidente: Maria Onilda Sousa

Secretário: Paula Alexandra Caetano da Silva

Conselho de Administração

Presidente: Francisco José Queiroz de Barros de Lacerda

Vice-Presidente: Manuel Cabral de Abreu Castelo-Branco

Vogais: André Manuel Pereira Gorjão de Andrade Costa

Dionízia Maria Ribeiro Farinha Ferreira

Ana Maria de Carvalho Jordão Ribeiro Monteiro de Macedo

Conselho Fiscal

Presidente: Elsa Maria Roncon Santos

Vogais: Maria Fernanda Joanaz Silva Martins

Maria de Lurdes Pereira Moreira Correia de Castro

Vogal Suplente: Sara Alexandra Ribeiro Pereira Simões Duarte Ambrósio

Revisor Oficial de Contas (nomeado em 24/10/12)

ROC: PriceWaterhouseCoopers & Associados, SROC, Lda., representada por

José Pereira Alves ou João Rui Fernandes Ramos

ROC Suplente: José Manuel Henriques Bernardo, ROC

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06

Os CTT contratam serviços de auditoria externa a uma entidade independente.

Auditor Externo (nomeado em 20/12/12): KPMG

Órgãos de Gestão

O Conselho de Administração aprovou uma nova estrutura que entrou em vigor a 1 de janeiro de

2013, e que (incluindo algumas alterações de detalhe posteriores) é:

No título 1.1 do Relatório de Governo da Sociedade (Parte III deste documento) constam as

atribuições dos departamentos dos CTT, SA. e comissões em funcionamento; no título 2.2, a

distribuição de responsabilidades entre os membros do Conselho de Administração.

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07

PRINCIPAIS INDICADORES

Indicadores económico-financeiros (dados consolidados em IFRS)

mil euros ou %, exceto indicação adicional 2011 (*) 2012 % 12/11 Rendimentos operacionais 761 074 711 691 -6,5 Gastos operacionais excluindo imparidades, provisões, depreciações e gastos não recorrentes

657 329 619 325 -5,8

EBITDA 103 745 92 366 -11,0 EBIT 75 636 64 075 -15,3 Resultado antes de gastos de financiamento e impostos 59 180 42 310 -28,5 EBT 78 934 56 797 -28,0 Resultado antes de interesses minoritários 56 241 38 786 -31,0 Resultado líquido do período 55 818 38 554 -30,9 Resultado líquido por ação (euro) 3,19 2,20 -30,9 Margem EBITDA 13,6% 13,0% -0,6 p.p. Margem operacional (EBIT) 9,9% 9,0% -0,9 p.p. Margem líquida 7,3% 5,4% -1,9 p.p. Rendibilidade do capital próprio (ROE) 22,0% 14,1% -7,9 p.p. Rentabilidade dos capitais investidos (ROIC) 9,4% 7,4% -2,0 p.p. Rentabilidade dos capitais empregues (ROCE) 9,6% 6,9% -2,7 p.p.

31.12.2011 31.12.2012 % 12/11 Ativo 1 052 557 1 063 425 1,0 Passivo 780 949 789 944 1.2 Capital próprio 271 607 273 481 0,7 Capital social 87 325 87 325 - Número de ações 17 500 000 17 500 000 - Investimento 27 122 14 247 -47,5 Liquidez geral 145,2% 146,3% 1,1 p.p. Solvabilidade 34,8% 34,6% -0,2 p.p. Dívida financeira líquida -167 382 -228 960 -61 578 Dívida financeira líquida/EBITDA -1,6 x -2,5 x - 0,9 x Cobertura dos ativos fixos tangíveis 227,5% 235,7% 8,2 p.p. Prazo médio de pagamento a fornecedores (dias) 38 38 -

(*)Reexpresso

Figura 1

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Relatório e Contas 2012

08

Indicadores operacionais

2011 2012 % 12/11 Procura Postal Tráfego endereçado (milhões de objetos) (a) 1 052 959 -8,8 Tráfego não endereçado (milhões de objetos) 541 516 -4,6 Serviços financeiros postais (milhões de euros) (b) 22 636 17 381 -23,2 Pessoal (c) Efetivo em 31 de dezembro 13 836 13 167 -4,8 Efetivo médio 14 371 13 756 -4,3 Rede de Vendas e Distribuição Lojas CTT (d) 783 748 -4,5 Postos de correio 1 778 1 814 2,0 Agentes PayShop 3 994 3 966 -0,7 Centros de distribuição postal 341 326 -4,4 Giros de distribuição postal 6 049 5 708 -5,6 Frota (número de veículos) 3 159 3 054 -3,3

(a) Inclui correspondência endereçada, direct mail e encomendas. (b) Valores intermediados. (c) Inclui efetivos do quadro e contratados a termo dos CTT, SA e das subsidiárias; não inclui trabalhadores temporários. (d) Inclui lojas móveis (9 em 2011 e 8 em 2012), balcões exteriores de correio (15 em 2011 e em 2012) e lojas de parceria (8 em 2011 e 7 em 2012).

Indicadores de sustentabilidade dos CTT, SA

2011 2012 % 12/11 CLIENTES Satisfação dos clientes (%) 66,8 70,9 4,1 p.p. Certificações ISO 14 001 nos centros operacionais (%) 95,1 95,1 - Certificações ISO 9001 nos centros operacionais (%) 98,6 98,6 Certificações de serviços Atendimento e Distribuição (% de cobertura)

88,5 92,0 3,5 p.p.

Indicador Global de Qualidade de Serviço (em pontos) 173,3 255,4 82,1 TRABALHADORES Sinistralidade (nº ocorrências) (a) 1 019 923 -9,4 Volume de formação (horas) (a) 288 713 304 477 5,4 Mulheres em cargos de chefia (1ª linha) (%) 40,0 41,7 1,7 p.p. COMUNIDADE/AMBIENTE Cadeia de valor - contratos c/ critérios ambientais (%) (a) 93 98 5,0 p.p. Emissões CO2 totais, scopes 1 e 2 (kton.) (a) 27,2 25,4 -6,6 Consumos energéticos (GJ) (a) 402 116 381 360 -5,2 Peso da gama Eco na linha Direct Mail (%) 14,0 17,6 3,6 p.p. Investimento na comunidade (mil euros) 1 001 968 -3,3

(a) - indicadores relativos aos CTT (CTT, SA e empresas subsidiárias).

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Relatório e Contas 2012

09

2.4 Indicadores económicos das empresas do Grupo (dados em SNC)

mil euros 2011 2012 % 12/11

CTT, S.A. (empresa-mãe) (b)

Rendimentos operacionais 644 973 590 634 -8,4

EBITDA 108 837 94 119 -13,5

Margem EBITDA 16,9% 15,9% -1.0 p.p.

Resultado líquido 55 818 38 554 -30,9

Investimento 22 467 13 669 -39,2

Efetivos em 31 de dezembro (nº) (a) 11 923 11 391 -4,5

Tráfego (milhões de objetos) 1 052 959 -8,8

PostContacto

Rendimentos operacionais 11 666 11 145 -4,5

EBITDA 2 524 2 444 -3,2

Margem EBITDA 21,6% 21,9% 0,3 p.p.

Resultado líquido 1 836 1 757 -4,3

Investimento 1 20 1 900,0

Efetivos em 31 de dezembro (nº) (a) 41 40 -2,4

Tráfego (milhões de objetos) 550,3 523,5 -4,9

CTT Expresso (b)

Rendimentos operacionais 81 601 75 353 -7,7

EBITDA 10 085 7 732 -23,3

Margem EBITDA 12,4% 10,3% -2,1 p.p.

Resultado líquido 6 049 4 045 -33,1

Investimento 2 165 2 751 27,1

Efetivos em 31 de dezembro (nº) (a) 677 658 -2,8

Tráfego (milhões de objetos) 12,1 11,8 -2,5

Tourline Express

Rendimentos operacionais 53 127 52 294 -1,6

EBITDA 2 082 -917 -144,1

Margem EBITDA 3,9% -1,8% -5,7 p.p.

Resultado líquido 114 -2 247 -2071,1

Investimento 1 722 1 419 -17,6

Efetivos em 31 de dezembro (nº) (a) 443 480 8,4

Tráfego (milhões de objetos) 9,4 9,3 -1,1

(a) Inclui efetivos do quadro e contratados a termo; não inclui trabalhadores temporários.

(b) Os valores de 2011 foram reexpressos devido à adoção da IAS 19 e à inclusão dos juros obtidos

(relacionados com a atividade operacional) nos rendimentos operacionais de acordo com o

esclarecimento nº 26 da Comissão de Normalização Contabilística.

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Relatório e Contas 2012

10

2.4 Indicadores económicos das empresas do Grupo (dados em SNC)

mil euros 2011 2012 % 12/11

PayShop (b)

Rendimentos operacionais 16 175 15 288 -5,5 EBITDA 7 763 7 239 -6,7 Margem EBITDA 48,0% 47,4% -0,6 p.p. Resultado líquido 5 296 4 916 -7,2

Investimento 121 52 -57,0 Efetivos em 31 de dezembro (nº) (a) 32 32 0,0 Transações (milhões operações) 56,1 54,7 -2,5

CTT GEST (b)

Rendimentos operacionais 5 979 3 828 -36,0 EBITDA 1 483 1 226 -17,3 Resultado líquido 1 084 899 -17,1

Efetivos em 31 de dezembro (nº) (a) 23 23 0,0

Mailtec (Grupo)

Rendimentos operacionais 24 422 21 705 -11,1 EBITDA 3 603 2 222 -38,3 Margem EBITDA 14,8% 10,2% -4,5 p.p. Resultado líquido 2 190 1 197 -45,3

Investimento 220 154 -30,0 Efetivos em 31 de dezembro (nº) (a) 552 385 -30,3

EAD

Rendimentos operacionais 5 507 4 556 -17,3 EBITDA 1 817 1 159 -36,2 Margem EBITDA 33,0% 25,4% -7,6 p.p. Resultado líquido 904 373 -58,8

Investimento 380 34 -91,1 Efetivos em 31 de dezembro (nº) (a) 101 95 -5,9

CORRE

Rendimentos operacionais 1 275 1 812 42,1 EBITDA -24 305 1370,8 Margem EBITDA -1,9% 16,8% 18,7 p.p. Resultado líquido -46 99 315,0

Investimento 106 73 -31,1 Efetivos em 31 de dezembro (nº) (a) 44 63 43,2

a) Inclui efetivos do quadro e contratados a termo; não inclui trabalhadores temporários.

b) Os valores de 2011 foram reexpressos devido à adoção da IAS 19 e à inclusão dos juros obtidos

(relacionados com a atividade operacional) nos rendimentos operacionais de acordo com o

esclarecimento nº 26 da Comissão de Normalização Contabilística.

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Relatório e Contas 2012

11

SÍNTESE DO ANO

Janeiro

Início da ação de dinamização de venda do livro “Portugal Connosco – O Olhar dos Carteiros”,

com exposição itinerante e sessão de autógrafos com carteiros autores das fotografias, que se

desenrolou ao longo do primeiro semestre de 2012.

Entrega do Prémio Exame «500 Maiores e Melhores Empresas Exame» à CTT Expresso no setor de

atividade Transportes e Distribuição.

Fevereiro

Lançamento das emissões filatélicas “Vultos da História e da Cultura” e “A Palavra e a Imagem” e

respetivo livro temático de Paulo Mendes Pinto.

Lançamento de dois novos seguros poupança “Postal Mais Futuro” e “Postal Praemium”,

inseridos na parceria entre os CTT e a Companhia de Seguros Mapfre, tendo em comum o prazo

de três anos a taxas muito competitivas.

Março

Lançamento da emissão filatélica “Comunicar a Cores” dedicada ao código de identificação de

cores para daltónicos.

Assinatura das adendas aos acordos com a API - Associação Portuguesa de Imprensa e com o

GMCS - Gabinete para os Meios de Comunicação Social, com o objetivo de garantir o seu

prolongamento até final de 2012.

Assinatura do aditamento ao protocolo de parceria com a ANAFRE - Associação Nacional de

Freguesias, adaptando-o às novas necessidades das populações e reforçando o papel das

autarquias na prestação de serviços postais de proximidade.

Patrocínio da “Prova de Deficientes Motores em Cadeiras de Rodas” integrada na 22ª Meia

Maratona Internacional de Lisboa na Ponte 25 de Abril.

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Relatório e Contas 2012

12

Abril

Reinstalação da Loja CTT de Trancoso.

Lançamento das emissões filatélicas comemorativas dos “25 Anos do Erasmus” e de “Guimarães

2012 – Capital Europeia da Cultura”.

Patrocínio do concerto “A Primavera da Vida”, um espetáculo de angariação de fundos a favor da

APCL – Associação Portuguesa Contra a Leucemia.

Participação na 82ª edição da Feira do Livro de Lisboa.

Entrada em vigor da Lei nº 17/2012 que fixa as regras de prestação de serviços postais em plena

concorrência, que transpõe para a ordem jurídica interna a Diretiva nº 2008/6/CE, do Parlamento

Europeu e do Conselho, abolindo as áreas no âmbito do serviço universal que ainda estavam

reservadas aos CTT.

Maio

Lançamento das emissões filatélicas “50 Anos do Instituto Ciências Sociais”, “Rota das

Catedrais”, “Europa – Visite…um País, uma Região” e do livro temático “O Teatro em Portugal” de

Duarte Ivo Cruz.

Inauguração das novas instalações do Centro Operacional de Viseu da CTT Expresso.

Divulgação do livro “A Tradição do Pão em Portugal” através da exposição na Loja CTT Vasco da

Gama (Ponta Delgada) dos vários tipos de pão confecionados nas padarias tradicionais da Ilha de

São Miguel, bem como dos “meuselos” de todas as padarias que aderiram ao projeto.

Realização da 21ª edição dos Prémios Neurónio, “O melhor em marketing relacional” que visa

premiar e divulgar os melhores trabalhos publicitários desenvolvidos em Portugal.

Patrocínio da corrida “A Mulher e a Vida”.

Participação na 7ª edição da semana de Responsabilidade Social organizada pela Associação

Portuguesa de Ética Empresarial.

Ação de voluntariado ambiental em parceria com a Quercus, em Azabucho (Leiria), para proteção

da Leuzea longifolia, uma planta em risco de extinção.

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Relatório e Contas 2012

13

Realização da Assembleia Geral Anual (AG) dos CTT onde foram aprovados o Relatório de Gestão

e as Contas Individuais e Consolidadas dos CTT 2011, a aplicação de resultados do exercício e

votos de confiança pelo trabalho desempenhado pelo Conselho de Administração e pelo Órgão

de Fiscalização e a cada um dos seus membros.

Junho

Lançamento das emissões filatélicas comemorativas “Campeonato Europeu de Futebol”, “Fajãs

dos Açores”, “Jogos Olímpicos”, “Jogos Paralímpicos” e “2012 Trânsito Solar de Vénus”.

Participação na Feira do Livro do Porto.

Pagamento de dividendos ao Estado (53,9 M€) na sequência do aprovado na AG de 30 de maio

de 2012.

Pagamento da renda ao Estado relativa aos serviços reservados prestados em 2011 (2,9 M€).

Julho

Remodelação das Lojas CTT Quinta do Conde e Torres Vedras.

Lançamento das emissões filatélicas “Festas Tradicionais Portuguesas”, “Viva Portugal”

(Campeonato Europeu de Futebol 2012) e “Rio Douro”.

Lançamento do serviço tollcard, cartão pré-pago para pagamento dos valores de portagens

associado ao veículo pretendido de utilização exclusiva nas autoestradas sem portagem manual

e destinado a veículos de matrícula estrangeira.

Assinatura de Protocolo de colaboração entre os CTT e a Associação DariAcordar para o projeto de

Recuperação do Desperdício.

Prémio “Melhor Relatório e Contas e Informação sobre Governance entre as empresas do Sector

Empresarial do Estado” relativo a 2011 no âmbito do Investor Relations & Governance Awards

2012.

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Relatório e Contas 2012

14

Agosto

Nomeação do novo Conselho de Administração dos CTT constituído por Francisco de Lacerda

(Presidente), Manuel Castelo-Branco (Vice-Presidente), André Gorjão Costa (CFO), Dionízia

Ferreira (vogal) e Ana Jordão (vogal).

Lançamento da emissão filatélica comemorativa dos navios Sagres e Creoula, a bordo do Navio

Creoula.

Setembro

Lançamento das emissões filatélicas conjuntas “Portugal – Brasil”, no âmbito do Ano de Portugal

no Brasil e do Brasil em Portugal e das emissões comemorativas “Levadas da Madeira” e

“Sabores do Ar e do Fogo”.

Participação na 3ª Conferência de mobilidade urbana “Das Novas Tecnologias à Eficiência dos

Sistemas”, no painel “Soluções Inovadoras” no âmbito da Logística Urbana, no MUDE – Museu

do Design e da Moda.

Participação na conferência Anual do BCSD Portugal (Conselho Empresarial para o

Desenvolvimento Sustentável) “O que podem as empresas fazer pela sociedade?”, no Centro de

Congressos do Estoril.

Participação na Post-Expo 2012, em Bruxelas.

Participação no 25º Congresso da UPU (União Postal Universal), em Doha (Qatar).

Outubro

Lançamento das emissões filatélicas comemorativas “Palácios de Portugal”, “Fado”, “Centenário

do 1º Salão dos Humoristas” e “Engenharia Portuguesa – Ordem dos Engenheiros”.

Lançamento de produtos meuselo alusivos ao tema “Produtos Regionais – Prova de Degustação”,

cujas imagens são das 3 empresas regionais que participaram neste evento: Gorreana, Celeiro da

Terra e Quintal dos Açores.

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Relatório e Contas 2012

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Lançamento do meuselo comemorativo do melhor trabalho ilustrativo da temática desenvolvida

nas Escolas do Concelho de Ponta Delgada (6º ano de escolaridade) em parceria com a Biblioteca

Municipal Ernesto do Canto, em Ponta Delgada, sob a temática “Os Correios no Século XXI”.

Entrega dos prémios do concurso “Onde te leva o selo? – Correio Escolar”, integrado no programa

“Onde te leva a imaginação? na Escola JE João de Deus, em Torres Vedras, com a presença das

autoras dos selos e do Comissário do Plano Nacional de Leitura.

Apresentação do Livro: “Uma História da Arqueologia Portuguesa”, no espaço Memória dos

Exílios no Estoril.

Comemoração do Dia Mundial dos Correios na Fundação Portuguesa das Comunicações, com o

lançamento de emissão filatélica “Onde te Leva o Selo – Correio Escolar”, a entrega dos Prémios

do Concurso “A melhor Carta 2012”, o lançamento do projeto “Oferta de Edições CTT e da

Fundação Portuguesa das Comunicações às Câmaras Municipais” e a inauguração da exposição

“Portugal Connosco – O Olhar dos Carteiros”. Cerimónia de entrega das Insígnias de Ouro e Prata

aos trabalhadores com 40 e 36 anos de serviço, respetivamente, em Lisboa, Porto, Açores e

Madeira.

Novembro

Lançamento da emissão filatélica “Festas Tradicionais portuguesas”.

Cerimónia de entrega dos prémios do concurso “Onde Te Leva o Selo – Correio Escolar”,

integrado no programa “Onde Te Leva a Imaginação?”, no Colégio da Via Sacra, em Viseu, e na

Escola João de Deus, em Coimbra.

Lançamento dos livros “Fado – Um Património Vivo”, de Rui Vieira Nery, no Museu do Fado e “O

Meu Álbum de Selos 2012”.

Inauguração da 21ª Exposição Filatélica Luso-Brasileira – LUBRAPEX 2012 em S. Paulo (Brasil).

Entrega de troféu aos CTT na 8ª Gala de entrega de troféus Superbrands – Marcas de Excelência

2012.

Apoio da campanha “Banco do Bebé” com a cedência de embalagens solidárias para recolha de

bens em todas as lojas CTT do país.

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Relatório e Contas 2012

16

Participação no 22º Congresso das Comunicações APDC: “Um Mar de Oportunidades”, no Centro

de Congressos de Lisboa, com a participação do Presidente do Conselho de Administração dos

CTT, no painel “O Estado da Nação” e do Vice-Presidente do Conselho de Administração no painel

“A Transformação do Setor Postal em Portugal”.

Participação no Encontro de Altos Dirigentes da AICEP – Associação Internacional das

Comunicações de Expressão Portuguesa, sob o tema “Comunicações 2020 – Serviço ao Cliente”,

em Guimarães.

Ação “Pai Natal Solidário” em que crianças carenciadas de 50 instituições escreveram cartas ao

Pai Natal, tendo 1 362 cartas sido apadrinhadas por cidadãos anónimos.

Dezembro

Remodelação da Loja CTT de S. João da Madeira.

Comemoração no dia 1 dezembro do Dia do Selo em Portugal.

Dinamização das vendas dos produtos da Campanha de Natal através de sessão de animação do

musical infantil “Escola de Heróis 2”, do Teatro Independente de Oeiras, para escolas convidadas

e para o público, nas lojas CTT de Porto Salvo e de Paço Tagus Park.

Participação na iniciativa “Pão de Todos Para Todos” com a Associação CAIS.

Reunião do grupo de trabalho da PostEurop – “Livro Verde da UE – Comércio Eletrónico” em

Bruxelas.

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Relatório e Contas 2012

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PARTE I – RELATÓRIO DE GESTÃO

1. ENQUADRAMENTO ECONÓMICO E REGULAMENTAR

1.1. Enquadramento económico

1.1.1. Internacional

Segundo a última atualização das previsões do FMI, a economia mundial terá registado um

abrandamento do crescimento em 2012 (3,2%), tendo as economias avançadas observado um

crescimento positivo (1,3%, em termos médios) enquanto as economias de mercado emergentes e

em desenvolvimento deverão ter mantido um crescimento mais forte (5,1%, em termos médios).

De entre as principais economias avançadas, verificou-se uma expansão do PIB nos EUA (2,3%),

uma recuperação no Japão (2,0%, associada ao esforço de reconstrução na sequência do terramoto

registado no início de 2011) e uma quase estagnação na União Europeia (-0,2%), com evoluções

muito distintas entre os Estados-membros (crescimento económico mais forte na Polónia e países

bálticos e recessão pronunciada na Grécia).

A economia na zona euro contraiu-se 0,5%, em termos médios anuais, o que compara com um

crescimento de 1,5% em 2011. O enfraquecimento da atividade económica na zona do euro durante

este período refletiu em larga medida a fragilidade da procura interna, uma vez que a procura

externa registou um contributo positivo para o crescimento do PIB. O consumo privado continuou em

queda, fruto da incerteza relativamente à evolução da economia e às medidas de austeridade

indutoras de redução de consumo nalguns países. O investimento também se contraiu, refletindo os

níveis relativamente baixos de confiança dos empresários e significativas restrições no acesso ao

crédito bancário em alguns países da zona euro.

Em 2012, a taxa de inflação diminuiu na generalidade das economias mundiais. Nas economias

avançadas a inflação diminuiu para 2,0% em 2012 (2,7% em 2011) e nas economias de mercado

emergentes e em desenvolvimento registou valores em torno de 6,1% (7,2% em 2011). Em 2012

verificou-se a manutenção dos preços do petróleo em níveis elevados, num quadro de manutenção

das tensões geopolíticas no Médio Oriente e de redução da oferta de petróleo por parte de alguns

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Relatório e Contas 2012

18

países produtores, por contrapartida das necessidades crescentes dos países emergentes em

crescimento acelerado.

Na medida em que a persistência do fraco nível de utilização da capacidade produtiva nas

economias avançadas contribuiu para a moderação das pressões inflacionistas, a política monetária

da generalidade dos países pertencentes a este grupo (nomeadamente Zona Euro, Reino Unido, EUA

e Japão) caracterizou-se por uma orientação expansionista. Com efeito, os Bancos Centrais do Reino

Unido, dos EUA e do Japão, mantiveram as taxas de juro diretoras ao nível de final de 2010, i.e.,

próximas de zero e o Conselho do Banco Central Europeu decidiu em julho reduzir as taxas de juro

oficiais em 25 p.b., passando a taxa das operações principais de refinanciamento do banco Central

Europeu para 0,75%.

1.1.2. Nacional

A economia portuguesa esteve em 2012 sob influência do programa de ajustamento económico e

financeiro (PAEF) acordado entre o governo português, o FMI, a Comissão Europeia e o BCE.

A atividade económica portuguesa terá contraído 3,2% em 2012, fruto de uma queda expressiva e

generalizada da procura interna. O consumo privado deverá ter registado uma contração de 5,5%, ao

passo que a formação bruta de capital fixo deverá ter caído cerca de 14%, traduzindo uma redução

de todas as componentes, com especial incidência no investimento público e residencial. O

consumo público ter-se-á reduzido cerca de 4,5% pelo segundo ano consecutivo. A evolução das

componentes da procura interna determinou, em larga medida, a diminuição das importações em

6,9%; as exportações, fruto da deterioração do enquadramento externo, apresentaram uma

desaceleração, passando de uma taxa de crescimento de 7,2% em 2011 para 3,3% em 2012.

Merece especial destaque no atual processo de ajustamento da economia portuguesa a rápida

redução das necessidades de financiamento externo, medidas pelo saldo conjunto das balanças

corrente e de capital, que se terão reduzido de cerca de 9,4% do PIB em 2010 para um valor próximo

do equilíbrio em 2012.

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Relatório e Contas 2012

19

A taxa de inflação, medida pelo Índice Harmonizado de Preços no Consumidor, situou-se em 2,8%

(3,6% em 2011), o que reflete em larga medida o aumento dos impostos indiretos (IVA) e dos preços

administrados no quadro do esforço de consolidação orçamental.

No que diz respeito ao mercado de trabalho, tudo aponta para que a redução do emprego em 2012

(-4,2%) tenha sido superior à da atividade económica. A taxa de desemprego média anual de 2012

situou-se em 15,7% (+2,9 p.p. do que em 2011).

1.2. Enquadramento regulamentar

A nível da União Europeia

Com a aprovação da terceira Diretiva Postal (Diretiva 2008/6/CE) do Parlamento Europeu e do

Conselho, em 20 de fevereiro de 2008, foi estabelecido o calendário final para a liberalização total

do mercado postal (até 31 de dezembro de 2010), salvaguardando a mesma um nível comum de

serviço universal para todos os utilizadores dos Estados-Membros da UE e a definição de princípios

harmonizados para a regulação dos serviços postais num enquadramento de mercado livre.

A mencionada Diretiva, que alterou a Diretiva Postal de 1997 (97/67/CE) no que respeita à

liberalização dos serviços postais a nível da UE, estabeleceu a abertura total do mercado postal o

mais tardar até 31 de dezembro de 2010 para a maioria dos Estados-Membros, contemplando a

possibilidade de alguns destes (novos países aderentes à UE, Grécia e Luxemburgo) poderem adiar

a liberalização total do mercado por mais dois anos no máximo (até 31 de dezembro de 2012).

A nível do financiamento do serviço universal, e atendendo a que a prestação de serviços postais

reservados como meio de financiamento foi abolida, o novo quadro legal prevê um conjunto de

mecanismos que os Estados-Membros podem adotar para salvaguardarem e financiarem o serviço

universal, contendo ainda a nova Diretiva orientações sobre o cálculo do custo líquido do serviço

universal.

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Relatório e Contas 2012

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A nível nacional

No que se refere ao desenvolvimento do novo quadro regulamentar previsto na Diretiva 2008/6/CE,

foi aprovada em 2012 a Lei Postal (Lei nº 17/2012, de 26 de abril), que estabelece o regime jurídico

aplicável à prestação de serviços postais em plena concorrência no território nacional, bem como de

serviços internacionais com origem ou destino no território nacional, transpondo para a ordem

jurídica interna a referida Diretiva do Parlamento Europeu e do Conselho, de 20 de fevereiro de

2008.

Esta lei procede à liberalização do mercado postal, eliminando as áreas no âmbito do serviço

universal que ainda se encontravam reservadas ao seu prestador, os CTT – Correios de Portugal,

S.A., através do contrato de concessão assinado com o Estado em 2006.

No entanto, por razões de ordem e segurança pública ou de interesse geral, algumas atividades e

serviços podem ficar reservados a determinados prestadores de serviços postais. Neste contexto, os

CTT enquanto concessionários do serviço postal universal mantêm-se como prestador exclusivo das

seguintes atividades e serviços: colocação de marcos e caixas de correio na via pública destinados à

aceitação de envios postais, a emissão e venda de selos postais com a menção Portugal e o serviço

de correio registado utilizado em procedimentos judiciais ou administrativos.

A presente lei, que marca o início da liberalização total do setor postal, a par da garantia do exercício

da livre concorrência no mercado postal, assegura igualmente a continuidade de um serviço

universal de qualidade e de total cobertura nacional.

Integram-se no âmbito do serviço universal as seguintes prestações, no âmbito nacional e

internacional:

− um serviço postal de envios de correspondência, excluindo a publicidade endereçada, de

livros, catálogos, jornais e outras publicações periódicas até 2 Kg de peso;

− um serviço de encomendas postais até 10 Kg de peso, bem como a entrega no território

nacional de encomendas postais recebidas de outros Estados-Membros da União Europeia

com peso até 20Kg;

− um serviço de envios registados e um serviço de envios com valor declarado.

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Relatório e Contas 2012

21

Em termos de financiamento das obrigações de serviço universal (SU), os prestadores de serviço

universal têm direito à compensação do custo líquido de SU quando este constitua um encargo

financeiro não razoável. Esta compensação é efetuada através de um fundo de compensação

suportado pelos prestadores dos serviços postais, cujo funcionamento será definido por decreto-lei.

O regime de prestação de serviços postais prevê um sistema de licenças e de autorizações, em que

os serviços abrangidos pelo âmbito do serviço universal estão sujeitos ao regime de licença

individual e os restantes serviços, onde se incluem os serviços courier/express mail, estão sujeitos a

regime de autorização geral.

Em matéria de acesso às redes postais e a elementos da infraestrutura postal, os operadores de

serviço universal são obrigados a assegurar o acesso não discriminatório às suas redes mediante

acordo a celebrar com os prestadores que o solicitem, sendo atribuídas à entidade reguladora

diversas competências de intervenção neste âmbito, nomeadamente em caso das partes não

chegarem a acordo ou a pedido de qualquer uma delas.

Como empresa concessionária do serviço postal universal, os CTT mantém-se como prestador de

serviço universal até 2020, continuando em vigor as bases da concessão do serviço postal universal,

aprovadas ao abrigo da legislação revogada pela nova Lei Postal, salvo no que for incompatível com

o regime da Lei.

Estas bases estabelecem as áreas de atuação concessionadas aos CTT, ao nível das infraestruturas

de correios e dos serviços que a empresa está incumbida de prestar, tendo ao seu abrigo sido

celebrado o contrato de concessão do serviço postal universal entre o Estado e os CTT, em 1 de

setembro de 2000, com alterações que lhe foram introduzidas em 9 de setembro de 2003 e em 26

de julho de 2006.

De acordo com o novo enquadramento legal, os parâmetros de qualidade de serviço e os objetivos

de desempenho associados à prestação do serviço universal, bem como os critérios a que deve

obedecer a formação dos preços passam a ser fixados pela entidade reguladora. Até à fixação

destes critérios, mantêm-se transitoriamente em vigor, no que se refere ao regime do serviço

universal, o convénio de qualidade e o convénio de preços celebrados entre os CTT e a entidade

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Relatório e Contas 2012

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reguladora (ICP-ANACOM) em 10 de julho de 2008, que vigoram no triénio de 2008-2010,

renovando-se por períodos sucessivos de um ano salvo denúncia por qualquer das partes.

Em matéria de preços do serviço postal universal, os preços que entraram em vigor em junho de

2010, atualizados de acordo com as regras do convénio de preços, mantiveram-se ainda em vigor

durante o ano de 2012, assim amplificando a importante contração da receita devido ao efeito da

quebra pronunciada do tráfego postal.

Em termos de qualidade do serviço postal universal, cuja quantificação de objetivos e de níveis

mínimos de qualidade de serviço se encontra no capítulo sobre qualidade de serviço, o convénio em

vigor manteve para o ano de 2012 os elevados padrões de qualidade exigidos para os serviços

postais em Portugal, e que os CTT têm vindo a superar. Em 2012, alcançando um nível de qualidade

de serviço muito acima do mínimo exigido, os CTT mostraram elevada competência no cumprimento

das suas obrigações enquanto concessionários do serviço postal universal.

Na decorrência da publicação da Lei Postal, o Governo deve proceder à alteração das bases da

concessão, com a consequente revisão e renegociação do contrato de concessão estabelecido com

os CTT, de modo a refletir o regime constante desta lei, nomeadamente o período de designação do

operador de SU, cujo prazo limite inicial era 2030, tendo sido agora reduzido para 2020. Tendo em

conta as implicações desta redução, o prazo encontra-se em reanálise por parte, quer do

concedente, quer do regulador.

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Relatório e Contas 2012

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2. ESTRATÉGIA EMPRESARIAL

2.1. Desafios e Tendências

Os CTT encontram-se atualmente num momento chave da sua história, deparando-se com alterações

muito significativas do seu contexto externo que se constituem como desafios cruciais a ter em

conta no delineamento da sua estratégia de atuação futura:

Figura 2

São de realçar duas tendências de natureza estrutural, que se observam em toda a Europa, e estão

já e irão continuar a determinar decisivamente a evolução e o desenvolvimento do negócio e

atividade postal:

o aprofundamento do processo de liberalização plena do mercado dos serviços postais, na

sequência das diretivas europeias e da sua plena introdução em Portugal através da

aprovação da Lei n.º 17/2012, de 26 de abril, com a consequente abertura à entrada de

novos operadores alternativos aos CTT;

e o movimento de substituição eletrónica do correio físico, que é uma tendência inexorável

de natureza estrutural, sistemática e acelerada pelo ambiente de crise económico-financeiro

que o país vive.

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O processo de liberalização e a queda do tráfego postal tem provocado em toda a Europa uma

urgência para definição de um quadro regulatório que assegure a prestação do serviço universal

postal mas que também seja coerente com a evolução tecnológica que afeta o sector, sendo flexível

e prevendo a possível existência de custos na prestação do serviço universal que terão que ser

compensados para assegurar a sustentabilidade do mesmo.

A par destas tendências estruturais globais do mundo ocidental, um ambiente económico recessivo,

fortemente condicionado pelo programa de ajustamento económico e financeiro, agrava e aprofunda

o ritmo de evolução e deprime os principais mercados de atuação dos CTT, colocando forte pressão

competitiva e para redução de preços e margens.

A privatização dos CTT, a concretizar em 2013, irá sem dúvida constituir o principal driver da sua

atuação empresarial. É um compromisso assumido do acionista Estado e irá tornar-se num

inquestionável desafio e oportunidade para os CTT. A atividade postal é eminentemente privatizável

e os resultados daí decorrentes são positivos, como o comprovam as experiências de sucesso da

Holanda, Alemanha, Bélgica e Áustria, cujos operadores postais incumbentes evidenciam níveis de

rendibilidade do capital investido claramente acima da média quando comparados em termos

internacionais, com uma estratégia orientada para o desenvolvimento da empresa integrada nas

obrigações do Serviço Universal Postal.

Os benefícios ou mais-valias que em geral e do ponto de vista económico decorrem dos processos

de privatização situam-se a 3 níveis: proporcionam um encaixe financeiro para o Estado e

contribuem para a emergência de um grupo empresarial de referência; aceleram a captura de

importantes ganhos de eficiência, de maior crescimento e de rendibilidade financeira acima da

média do sector; e contribuem, via maior eficiência no mercado, para a transferência de valor para

os consumidores.

2.2. Estratégia

Os CTT têm reconhecidamente um conjunto distintivo de ativos e competências:

São uma referência na Europa em termos de rentabilidade e de qualidade de serviço, muito

acima dos indicadores mínimos estabelecidos;

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Detêm e operam redes de lojas e de distribuição com forte capilaridade;

São a maior operação logística do país, chegando a casa de toda a população;

Atuam consistentemente com elevada proximidade aos cidadãos, num conjunto alargado de

atividades;

São marca de confiança reconhecida, e têm junto da população portuguesa um enorme

capital de credibilidade;

Possuem capacidades de cariz tecnológico e de inovação e uma gama alargada de serviços.

Face aos desafios e oportunidades que se colocam, tendo em conta o conjunto distintivo dos seus

ativos e competências e tendo como grandes objetivos preparar a transição dos CTT para o contexto

privado, promovendo a emergência de novos negócios core em áreas de crescimento em que os CTT

são “natural owners” e protegendo o valor no seu negócio base de correio, foi formulada a

estratégia para as áreas de negócio Correio, Expresso e Encomendas, Serviços Financeiros e

Soluções Empresariais:

Defender o negócio de correio “core”

Os CTT estão a desenvolver abordagens integradas aos grandes expedidores de correio, com

programas para confirmar o correio como um meio eficaz de comunicação, e assim reduzir a

cadência da substituição eletrónica.

Estão também a trabalhar a variável preço, para garantir um posicionamento competitivo

mas que viabilize um serviço universal sustentável. Pugnar por um enquadramento

regulatório equilibrado e flexível assume aqui um relevo significativo.

A continuação e aprofundamento significativo e de forma mais acelerada da melhoria

contínua da eficiência no desenvolvimento operacional dos negócios é uma condição crítica

nesta vertente, pois sem ela será impossível que os CTT sejam competitivos e rentáveis,

assim garantindo o seu futuro.

Estabelecer um player de referência no Expresso e Encomendas ibérico

Aposta no desenvolvimento de novo “core” com o serviço expresso e encomendas,

catapultado pelo aumento do comércio eletrónico. Este desenvolvimento parte de posições

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de liderança em Portugal e crescente em Espanha, e tem ambições fortes de crescimento em

Espanha, no fluxo “cross-border” e também em Portugal, quer através do crescimento que se

vai verificar nos mercados (provável forte desenvolvimento do e-commerce, retoma depois

da recessão) quer por conquista (orgânica ou não) de quotas de mercado mais significativas,

num enquadramento económico em que uma empresa com uma robusta situação financeira

como os CTT tem óbvias vantagens. No Expresso e Encomendas o mercado doméstico dos

CTT é já a Península Ibérica.

Os CTT têm ainda uma eficiente operação em Moçambique (em parceria com os Correios de

Moçambique) e estão ativamente a trabalhar outras possibilidades fora da Península Ibérica,

incluindo parcerias para captar fluxos da Europa com os países com que Portugal e Espanha

têm mais atividade e afinidades.

Desenvolver uma plataforma abrangente de serviços financeiros

A aposta em atividades com maior potencial de crescimento e de maior rentabilização da sua

rede de retalho encontra nos serviços financeiros uma área que corresponde totalmente ao

perfil da Empresa e na qual os CTT têm longa tradição, contribuindo para o acesso das

populações a serviços financeiros.

Os CTT são já importantes distribuidores de Certificados de Aforro do Tesouro Público e de

produtos de seguros, e têm também um papel bastante relevante nos pagamentos e

cobranças, quer através das lojas quer através da rede PayShop. Desenvolver a oferta,

dando-lhe uma abrangência e consistência adequadas às preferências dos clientes e

modernizar a operação são importantes objetivos para aumentar o contributo desta área de

negócio.

Nesta área de negócio, os CTT apostam no aprofundar das parcerias que hoje têm com

importantes empresas no sector dos seguros e também nas transferências urgentes

internacionais, assim como consolidar a sua relação com a Agência de Gestão da Tesouraria

e da Dívida Pública - IGCP, E.P.E., entidade gestora dos produtos de dívida pública

portuguesa. O objetivo será crescer com os nossos parceiros oferecendo cada vez melhores

produtos, com opções abrangentes de escolha, para os clientes CTT.

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Desenvolver soluções empresariais e para a Administração Pública (incorporando os

mundos físicos e digitais)

Os CTT têm vindo a inovar neste domínio, para construir sobre as suas competências

fundamentais soluções que vão ao encontro das necessidades dos clientes.

Soluções de conveniência e de proximidade com o cidadão, soluções mais integradas e

completas que combinem as atuais plataformas físicas de correio com novas plataformas

digitais, soluções end-to-end que libertem as empresas e a Administração Pública de

atividades que não consideram chave, são um mundo de atividades onde se incluem

oportunidades para os CTT trabalharem baseando-se nas suas competências e na sua

experiência.

Tal tem vindo a ser feito, também para permitir intervir na transição do correio físico para o

eletrónico (e.g., soluções de business process outsourcing, fullfilment, printing & finishing,

etc.). O objetivo desta área é continuar a desenvolver essas oportunidades, de um modo

integrado e global e em estreita ligação com as outras unidades dos CTT.

Com base nesta estratégia, foi definido e está a ser implementado um Programa de Transformação,

que incorpora diversas vertentes e objetivos:

Um cuidado com os diversos stakeholders, tendo por objetivo manter altos níveis de

qualidade de serviço e de satisfação dos clientes, motivar os colaboradores para o

ambicioso projeto e maximizar a criação de valor, para beneficiar o atual acionista (de facto,

toda a população portuguesa) e atrair novos acionistas na operação de privatização;

A reorganização dos CTT, promovendo maior clareza da organização, maior integração das

várias empresas e departamentos que compõem os CTT e a redução e simplificação da

cúpula e das chefias intermédias, bem como uma total integração das áreas centrais e de

serviços partilhados dos CTT, incluindo as empresas subsidiárias;

O lançamento de Programas de Ação Estratégicos, iniciativas que aprofundam as orientações

definidas e cuja execução está a ser acompanhada por um project office que apoie os

trabalhos, acompanhe a sua evolução e atue para facilitar interações e promover informação

sobre o andamento global que permita o adequado seguimento aos mais diversos níveis.

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A definição estratégica e a execução do Programa de Transformação são alavancas fundamentais ao

desenvolvimento do valor dos CTT e importantes bases para o desenho de um “investment case” que

possa atrair investidores disponíveis para investir a preços que reconheçam o seu importante valor.

Este Programa é um novo passo na estratégia que vinha sendo seguida pelos CTT, mas focada na

geração de receitas e resultados através da consolidação e desenvolvimento das áreas de negócio

que a empresa criou nos últimos anos. E mantendo-se a aposta na contínua valorização do capital

humano, fundamental ao sucesso duma empresa como os CTT.

2.3. Orientações Estratégicas para o Setor Empresarial do Estado e seu impacto nos CTT

Os CTT são uma empresa que integra o Sector Empresarial do Estado. Como tal, estão sujeitos a um

conjunto de orientações estratégicas e regras que, pela sua relevância, aqui sumarizamos.

A reforma do setor público empresarial assume relevo fundamental no âmbito dos compromissos

assumidos pelo Estado Português no contexto do Programa de Ajustamento Económico e Financeiro

(PAEF), celebrado com o Fundo Monetário Internacional, a Comissão Europeia e o Banco Central

Europeu. Neste âmbito, foram delineadas para o Sector Empresarial do Estado (SEE) medidas no

domínio da redução de gastos, da maximização da eficiência operacional e da otimização e redução

das estruturas de custos.

A 30 de agosto de 2012 foi aprovada pelo Conselho de Ministros a Proposta de Lei n.º 106/XII,

atualmente consubstanciada na Lei nº 18/2013, de 18 de fevereiro, um importante passo no sentido

da definição futura de regras que vão ao encontro das referidas preocupações.

As medidas para a restruturação do Setor Empresarial do Estado constantes nas Grandes Opções do

Plano para 2013 e em conformidade com o Programa de Ajustamento Económico e Financeiro

(PAEF), são:

Efetuar um corte sustentado de pelo menos 15% nos custos com pessoal e fornecimentos e

serviços externos face a 2009.

Tem vindo a ser prosseguido um programa de redução de efetivos, baseado em

aposentações e na não renovação de contratos a termo, que inclui rescisões voluntárias; e

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têm também vindo a ser aplicadas reduções importantes nos contratos e na gestão de

fornecimentos e serviços externos.

Aplicar aos CTT os aspetos relevantes das alterações ao Código de Trabalho:

− Flexibilização da organização do tempo de trabalho;

− Alterações ao regime de cessação do contrato de trabalho por motivos objetivos;

− Alargamento do regime do contrato de trabalho em comissão de serviço.

Dar continuidade à liberalização do setor postal e à execução de um novo contrato de

concessão do serviço universal postal com os CTT. Será ainda determinado o modelo de

privatização dos CTT, tendo como objetivo a conclusão do processo até ao final de 2013.

As empresas do SEE devem ainda aplicar as seguintes medidas do Orçamento de Estado para 2013

(Lei nº 66-B/2012, de 31 de dezembro):

As iniciativas tomadas pelo Governo, em articulação com os parceiros sociais, que permitam

que um dos subsídios, de férias ou de Natal, dos trabalhadores vinculados por contrato de

trabalho regulado pelo Código do Trabalho, seja pago em duodécimos;

São proibidas valorizações e outros acréscimos remuneratórios, bem como pagamentos de

prémios de gestão aos gestores públicos, titulares de órgãos diretivos, de administração e

de outros órgãos estatuários;

Mantém-se a redução das remunerações totais ilíquidas mensais estabelecidas nos dois

anos anteriores;

Durante o ano de 2013, as empresas públicas e as entidades públicas empresariais do Setor

Empresarial do Estado, com exceção dos hospitais, E. P. E., reduzem no seu conjunto, no

mínimo, em 3% o número de trabalhadores face aos existentes em 31 de dezembro de 2012;

As empresas públicas não podem proceder ao recrutamento de trabalhadores para a

constituição de relações jurídicas de emprego por tempo indeterminado, determinado e

determinável, a não ser em situações excecionais, fundamentadas na existência de relevante

interesse público e autorizadas pelo membro do Governo da área das finanças;

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As empresas públicas devem prosseguir com uma política de otimização da estrutura de

gastos operacionais que promova o equilíbrio operacional, assegurando a redução do peso

dos gastos operacionais no volume de negócios.

Pelo Despacho nº2349/12 SET de 26 de dezembro de 2012 da Secretária de Estado do

Tesouro foi autorizada a exceção solicitada pelos CTT de não aplicação do Princípio da

Unidade de Tesouraria publicado na Lei nº 12-A/2010, de 30 de junho, artigo 17º, que

alterou o artigo 63º da Lei nº 3-B/2010, de 28 de abril (Orçamento Geral do Estado para

2010). Pelo facto dos CTT prestarem serviços financeiros, que se revestem de relevante

importância no plano operacional e o prevalente valor dos seus fluxos financeiro por conta

de clientes e parceiros, são caracterizados como empresa pública financeira, pelo que não

se integram no respetivo âmbito subjetivo de aplicação da Lei nº 12-A/2010.

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3. EVOLUÇÃO DOS NEGÓCIOS

A evolução dos negócios do grupo CTT (CTT, SA e suas subsidiárias, tudo doravante referido como

CTT) em 2012 continuou a ser condicionada pelas tendências estruturais atrás referidas e pela forte

contração da atividade económica, com as consequentes repercussões na procura de produtos

postais.

Fruto da nova estrutura e do projeto de transformação, os negócios foram agrupados em quatro

unidades de negócio:

Correio – inclui a atividade dos CTT, SA (empresa-mãe), excluindo a dos serviços financeiros,

produtos e serviços de terceiros e soluções empresariais, e as atividades da PostContacto, da

CTT Gest e da Mailtec Processos;

Expresso e Encomendas – atividades das CTT Expresso (base em Portugal), Tourline Express (em

Espanha) e CORRE (em Moçambique);

Serviços financeiros – serviços financeiros da empresa-mãe e atividade da PayShop;

Soluções empresariais – soluções empresariais da empresa-mãe e atividades das Mailtec

(excluindo Mailtec Processos) e da EAD.

Os proveitos operacionais dos produtos e serviços de terceiros são englobados na Rede de Lojas.

A marca CTT renovou a distinção como Marca de Excelência Superbrands 2012. A Superbrands

Portugal faz parte de uma organização internacional que se dedica à identificação e promoção das

Marcas de Excelência em 89 países, sendo distinguidas anualmente marcas presentes no mercado,

com base na opinião dos consumidores portugueses e do Conselho Superbrands, constituído por

um leque de especialistas. Esta distinção vem reforçar o reconhecimento da marca CTT como uma

marca moderna e dinâmica, sempre capaz de antecipar e satisfazer as necessidades dos clientes.

3.1. Correio

Os proveitos operacionais da Área de Negócio Correio atingiram em 2012 os 477,9 M€ (67% do total

consolidado).

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Em 2012 os clientes de correio mantiveram os padrões de consumo evidenciados em 2011, tendo-

se verificado um decréscimo de 33 milhões de objetos de correio enviados pelos maiores clientes

(50% do total da receita de correio) relativamente a 2011. Este facto, conjugado com a

intensificação da concorrência na área liberalizada, provocou um importante decréscimo da

atividade postal.

O tráfego endereçado (inclui correspondências, direct mail e encomendas postais) decresceu 8,8%

para 958,9 milhões de objetos. O tráfego de correspondências registou um decréscimo face ao ano

anterior (-7,9%) para o que contribuiu a evolução negativa generalizada dos diversos produtos:

correio normal (-7,8%), correio azul (-19,6%), correio editorial (-13,6%), correio verde (-7,3%) e

correio internacional (-6,9%), quer de entrada (-8,7%) quer de saída (-5,3%). A exceção foi o correio

registado, que registou crescimento (3,0%).

O desenvolvimento crescente das novas tecnologias de informação e os seus elevados níveis de

adesão têm originado substituição eletrónica, com a consequente utilização sucessivamente menor

do correio físico como meio de comunicação. Esta tendência estrutural foi agravada pela forte

contração da economia, tendo o valor de 2012 (-8,8%) representado uma quebra maior do que a

média do período 2007-2011 (-5,2%).

No domínio do correio internacional foram negociados mais acordos bilaterais de encargos terminais

com outros operadores postais visando a obtenção de condições remuneratórias favoráveis, quer

para o envio quer para a receção.

Alargou-se a disponibilização de informação de track & trace de encomendas internacionais a novos

operadores postais, que já abrange atualmente cerca de 200 países, aproximando-se do objetivo da

universalização deste atributo. De referir que os CTT foram pioneiros na adesão à iniciativa de troca

de eventos de track & trace levada a cabo pela UPU em 2005.

Em 2012, pelas condicionantes económicas sentidas, houve um crescente esforço de

racionalização, adequação e renovação da oferta, bem como, no desenvolvimento de políticas

comerciais mais agressivas, de que são exemplo os Happy Days nas lojas CTT.

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A proposta de revisão de preços ao abrigo do Convénio de Preços, entregue à ANACOM, em 16 de

novembro de 2012 foi aprovada. Em 1 de abril de 2013 entrou em vigor o novo tarifário.

3.1.1. Marketing relacional

O posicionamento dos CTT como integrador prende-se com o facto de um mailing de sucesso

começar pela utilização e seleção de uma base de dados de qualidade, passando depois pela ideia

e criação de um conceito inovador para ser concretizado através de serviços de produção gráfica e

finishing e, posteriormente, pelo circuito postal para chegar ao cliente final.

O desenvolvimento destas competências visa potenciar a utilização do direct mail como um meio

privilegiado de marketing relacional, através do desenvolvimento de propostas de valor

diferenciadas para grandes, pequenos e médios anunciantes.

Os CTT oferecem hoje uma ampla gama de soluções:

Serviço de georeferenciação, aluguer e venda de bases de dados segmentadas (particulares e

empresas) e outros serviços que permitem melhorar a sua qualidade e seletividade, dando mais

foco às ações promocionais;

Conceção criativa da campanha, produção e preparação do envio (inclui impressão dos

suportes, personalização, encarte, endereçamento, etc.);

Distribuição das mensagens direct mail e sampling direct;

Tratamento de respostas e serviços de logística.

Em 2012 o negócio de marketing relacional registou um decréscimo de atividade de 17,2% face ao

ano anterior. Tal deveu-se fundamentalmente a que os clientes, fortemente impactados pela crise

vivida em Portugal, optaram numa proporção maior do que a habitual pela divulgação dos seus

produtos e campanhas através de canais de comunicação alternativos (sms, e-mail e Internet), que

embora menos eficazes têm um custo mais baixo e uma vasta oferta de soluções. O volume de

negócios gerado totalizou 28,5 M€, devido à já referida queda no tráfego e também à utilização de

produtos da gama ECO com preços mais económicos.

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Foi consolidada a oferta de marketing direto com a aposta nas soluções de comunicação integradas,

assentes na gestão e apresentação de soluções de forma a enaltecer as vantagens do correio físico,

as soluções para as comunicações mais sustentáveis e a combinação possível com os canais

ligados ao mundo digital, numa oferta integrada e global de comunicação e promoção de marketing.

Das diversas iniciativas desenvolvidas destacam-se:

Reforço da divulgação do serviço e-Direct, que disponibiliza uma oferta de comunicação ao nível

dos canais digitais (envio de mensagens personalizadas nos canais SMS e email com total

autonomia pelos anunciantes) e que permite a integração das ações publicitárias entre os canais

físicos e os digitais;

Lançamento do Fórum Direto, o portal de marketing direto que incorporou novas ferramentas que

permitem a gestão mais eficaz das campanhas e a geração de informação útil ao utilizador

(simular o retorno do investimento de campanhas, definir os objetivos para melhorar a mecânica,

avaliar o retorno, participar em sondagens e inquéritos no âmbito do marketing direto);

Lançamento da 21ª edição dos Prémios Neurónio “O Melhor em Marketing Relacional”, um

concurso com elevada notoriedade que visa premiar e divulgar os melhores trabalhos

publicitários desenvolvidos em Portugal. O evento final contou com a realização de uma

Conferência com a participação especial de Andrew Sharp, especialista em análise de eficácia do

marketing, pricing e estudos de research, que desenvolveu o tema “Marketing effectiveness – an

investment perspective” com o intuito de demonstrar como as marcas podem conquistar uma

verdadeira vantagem competitiva. Estiveram presentes no evento mais de 200 participantes,

agências e clientes, tendo contribuído para elevar o conhecimento das grandes tendências da

comunicação publicitária.

3.1.2. Filatelia

A atividade da filatelia continuou a orientar-se pela procura de elevados níveis de qualidade,

procurando conciliar tradição e inovação.

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O ano de 2012 foi dedicado à entrada da filatelia portuguesa na "fileira digital", com a adoção da

realidade aumentada em vários produtos filatélicos e editoriais, através de um código QR, pelo

reconhecimento de imagens e passando pelo tão conhecido flipbook.

O símbolo «QR» impresso nalgumas das pagelas permite, através de uma leitura por câmara web ou

câmara de telemóvel, levar o utilizador para um site com material adequado à emissão de selos ou à

temática desenvolvida. Como exemplos, na emissão de selos sobre os navios Sagres e Creoula

pode-se aceder através de um código «QR» impresso na pagela a um site da Marinha Portuguesa

onde reside informação adicional sobre aqueles dois navios; as emissões “Fado” e a conjunta

Portugal-Brasil também usufruíram destas inovações.

Evoluindo na capacidade de interação, o passo seguinte consistiu na criação de valor acrescentado

para os clientes em alguns dos livros editados. O “Meu Álbum de Selos 2012”, por exemplo, passou

a ser apresentado juntamente com um DVD onde o mesmo livro está em formato digital flipbook,

permitindo não só a leitura e o folhear de páginas através de um PC, como também o acesso a links

incluídos em algumas das páginas e a sites relacionados com os textos e as imagens. Esta

tecnologia permite ainda aos mais novos o acesso a uma versão do livro Meu Álbum de Selos sem

cor nas ilustrações, permitindo-lhes utilizar uma ferramenta do tipo paint para colorirem o livro no

computador (ou à mão, imprimindo as folhas).

Finalmente, o último passo consistiu no reconhecimento de qualquer imagem bidimensional,

devidamente enquadrada, através do desenvolvimento de um programa de computador que permite

— por download prévio de uma aplicação ou de acesso on-line — a qualquer webcam ou câmara de

telemóvel com essas possibilidades «reconhecer» a imagem e de imediato desencadear a

reprodução de um conteúdo especialmente criado para essa imagem e ocasião. Por exemplo, na

emissão “Fado” o reconhecimento da imagem do selo de €1,00 pode despoletar num ecrã de

computador ou num smartphone um pequeno filme.

Os CTT estiveram em destaque no maior concurso internacional sobre livros de cozinha, o Gourmand

World Cookbook Awards, que se realizou em março em Paris e distinguiu o livro “Tradição do Pão em

Portugal”, da antropóloga francesa Mouette Barboff (edição dos CTT). Neste concurso, ao qual

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concorrem todos os anos perto de 10 mil títulos, este livro arrecadou o título de melhor livro do

mundo sobre a temática “Pão”.

Em 2012 realizaram-se 25 emissões de selos comemorativos, a emissão de selos da base, quatro

livros temáticos de prestígio, os livros “Portugal em Selos” do ano e o “Meu Álbum de Selos 2012”

(dedicado aos jovens), a 1ª série de etiquetas das máquinas automáticas de venda de selos

dedicada à evocação do “Ano Internacional das Cooperativas” e a 2ª série dedicada à evocação do

“2012-Ano Internacional da Energia Sustentável para todos” e 15 postais inteiros com carimbos

comemorativos.

Os temas glosados pelas séries de selos abrangeram muitas áreas do conhecimento humano. Num

primeiro grupo, referimos as celebrações de eventos de caráter cultural (“Guimarães Capital

Europeia da Cultura”, os “Vultos da História e da Cultura”, o “Fado”, “A Palavra e a Imagem”), as

obras-primas da arte nacional, uma emissão conjunta Portugal-Brasil dedicada à literatura de ambos

os países, representadas por Fernando Pessoa e Cruz e Sousa, textos bíblicos e as efemérides

evocativas da criação de grandes instituições (os “175 Anos da Escola do Exército”, os “50 Anos do

Instituto de Ciências Sociais” e os “25 anos do programa ERASMUS”), assim como a celebração do

“Centenário do 1º Salão de Humoristas”.

A sustentabilidade, associada ao turismo dos nossos dias e à forma de trocar experiências com

quem visita outros locais, presidiu a um outro grupo, com temas como “Visite…um País, uma

Região”, lema da emissão Europa de 2012, “As Fajãs” dedicada à Região Autónoma dos Açores, as

“Levadas da Madeira” e os “Sabores do Ar e do Fogo”; este último constituiu o início de um

levantamento dos nossos melhores produtos de salsicharia com denominação de origem protegida.

A interpretação de assuntos de cariz desportivo, que esteve a cargo das emissões de selos

dedicadas ao “Campeonato Europeu de Futebol” e aos “Jogos Olímpicos” e “Jogos Paraolímpicos”,

manifestações em que os atletas portugueses estiveram representados.

A ciência esteve presente na emissão dedicada ao “Trânsito Solar de Vénus”, com a oportunidade

de recordar a figura do Padre Teodoro de Almeida, grande cientista do seu tempo (1722-1804).

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Foram ainda evocados neste ano os “Palácios de Portugal”, os navios “Sagres e Creoula”, a

“Engenharia Portuguesa-Ordem dos Engenheiros” e o “Rio Douro”.

No campo da atividade editorial, convém destacar ainda o lançamento dos livros temáticos “A

Palavra e a Imagem” de Paulo Mendes Pinto, que dá a conhecer 50 episódios bíblicos em obras-

primas da arte portuguesa, “O Teatro em Portugal” de Duarte Ivo Cruz, que regista a história do

teatro português na sequência das emissões filatélicas sobre o mesmo tema lançadas em 2010 e

2011, “Douro-Um Rio de Patrimónios” de José Salvador, sobre a região património da humanidade, e

ainda o livro “Fado” de Rui Vieira Nery, sobre um dos grandes embaixadores de Portugal no mundo.

Foram emitidos 8 Inteiros Postais, dos quais se destacam, pela importância dos acontecimentos, os

dedicados ao “50 Anos do Dia do Estudante”, ao “Congresso Europa Nostra”, aos “150 Anos do

Amor de Perdição” de Camilo Castelo Branco e à celebração do trabalho desenvolvido em Portugal

na “Luta contra a SIDA”.

No capítulo da Presidência da Associação Mundial para o Desenvolvimento da Filatelia, os CTT

coordenaram a Assembleia Geral desta organização que se realizou em junho em Paris. Em

setembro participaram no XXV Congresso da UPU de Doha (Qatar) onde apresentaram o trabalho

realizado pela Associação Mundial para o Desenvolvimento da Filatelia no período 2008-2012, bem

como a proposta de trabalho da mesma Associação para o próximo quadriénio, aprovada por

unanimidade na Assembleia Geral do Congresso.

O ano filatélico encerrou com a habitual emissão dedicada ao “Correio Escolar”, executada em

parceria com o Plano Nacional de Leitura.

3.1.3. Operações

As atividades desenvolvidas na área das operações - que engloba o tratamento, o transporte e a

distribuição - tiveram em vista a qualidade de serviço e o aumento da eficiência e da produtividade

dos recursos, mediante o aperfeiçoamento dos sistemas de informação e a produtividade da

organização e dos equipamentos.

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Relatório e Contas 2012

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Tratamento

Em 2012 foram divididos automática e diariamente para giros 2,7 milhões de envios (semelhante a

2011). Cerca de 1,6 milhões (+11,1%) foram sequenciados (porta a porta) automaticamente para

4 483 giros de 199 centros de distribuição postal, que representam 90% da atividade da

distribuição.

Das iniciativas desenvolvidas destacam-se:

Instalação de upgrades no software e hardware de reconhecimento automatizado de endereços,

que permitiu um acréscimo significativo de taxas de leitura automática, com recuperação de

cerca de 30% dos endereços que anteriormente não eram reconhecidos e redução de erros de

divisão;

Conclusão da atualização do software e hardware de comando das máquinas mais antigas que

permitiu a introdução de novas funcionalidades, nomeadamente a capacidade de leitura de

códigos de barras impressos pelos clientes.

Transportes

Em 2012 a frota percorreu cerca de 10,6 milhões de quilómetros com um atraso médio de 33

segundos. A rede de transportes continuou a ser otimizada, com reajustamento da capacidade

instalada em função dos fluxos dos diferentes produtos, tendo sido possível reduzir 1 milhão de

quilómetros relativamente a 2011, o que se traduziu numa redução de custos económicos e

ambientais.

Salientam-se as seguintes realizações em 2012:

Acompanhamento e monitorização das novas viaturas elétricas, viaturas pesadas ecoeficientes e

bicicletas assistidas eletricamente;

Realização da auditoria energética à frota automóvel e elaboração do plano de racionalização de

energia 2011-2013 para apresentação à DGEG - Direcção-Geral de Energia e Geologia;

Realização de ações de formação de condução ecológica e defensiva no âmbito da prevenção da

sinistralidade e reciclagem de condutores, assim como a continuação dos trabalhos de adesão

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Relatório e Contas 2012

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dos CTT à Carta Europeia de Segurança Rodoviária 2010-2013. Estas medidas refletiram-se numa

taxa de sinistralidade de 14 acidentes por milhão de km, a melhor desde que há registos;

Intensificação das relações com os transportadores aéreos nacionais TAP, SATA e

AGROAR/PORTWAY no sentido de uma melhor utilização de todos os transportadores e linhas

disponíveis, avançando também na consolidação do modelo de articulação operacional com a

companhia aérea LUFTHANSA, assente na desmaterialização de suportes físicos.

Distribuição

Em 2012 a atividade de distribuição teve como principal objetivo o aumento da eficiência

operacional, através de três eixos:

- Promoção de novos modelos de distribuição mais eficientes e orientados para os padrões de

serviço dos produtos, através da implementação da distribuição segmentada por prioridades;

- Racionalização das estruturas físicas, através da centralização e agregação de centros de

distribuição postal;

- Racionalização dos pontos de recolha (caixas e marcos) com reduzida utilização,

proporcionando alternativas locais, em proximidade, para os clientes.

De realçar ainda o esforço desenvolvido para a utilização de veículos amigos do ambiente, tendo

sido adquiridas 150 bicicletas assistidas eletricamente, que de forma gradual estão a ser utilizadas

na distribuição postal.

A par da maior eficiência da operação, da fiabilidade dos processos e do compromisso com uma

qualidade de serviço de excelência, o ano de 2012 foi também marcado pela aposta numa maior

dinamização da rede de carteiros, como canal/rede de proximidade privilegiada para a venda de

produtos e serviços.

O projeto “Portugal Connosco – O Olhar dos Carteiros” recebeu três distinções: 1º lugar no Prémio

OCI 2011 - Excelência em Comunicação Interna, categoria “Melhor Prática de Inovação em

Comunicação Interna”; “Ouro” no Prémio Criatividade Meios & Publicidade, categoria “Relações

Públicas – Comunicação Interna”; e 1º Grande Prémio APCE 2012 (Associação Portuguesa de

Comunicação de Empresa), na categoria Edição Especial. O projeto partiu de uma ideia muito

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Relatório e Contas 2012

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simples: mostrar Portugal através do olhar dos carteiros. Sem pretensões, e mostrando com

genuinidade os momentos mais especiais e valiosos da sua profissão, foram recolhidas cerca

86 800 fotografias. Desta recolha foram selecionadas as 200 melhores fotos que foram

apresentadas em livro.

No contexto da liberalização integral do sector postal manteve-se o foco de atuação em iniciativas

que visam fidelizar os clientes estratégicos e garantir elevados níveis de qualidade e de prestação

de serviço. Estes constituem um pequeno número de clientes, do qual depende uma percentagem

significativa da receita dos CTT, sendo geridos de uma forma integrada por uma única Direção

Comercial.

A Mailtec Processos foi a empresa responsável em 2012 pela gestão operacional do serviço

mailmanager (vide 3.4.1 Soluções empresariais do presente relatório) e pelo tratamento e

distribuição do correio de clientes empresariais dos CTT abaixo designado por pre-sorting,

nomeadamente o que resulta da atividade dos grandes preparadores de correio.

Com um volume de tráfego postal rececionado que em muitos dias ultrapassa os 3 milhões de

objetos, esta operação localizada em Pinheiro de Fora permite uma atenção especial ao correio dos

grandes clientes, prioritizando-o e permitindo a sua introdução na cadeia operativa dos CTT de uma

forma mais eficiente, apostando decisivamente na necessidade de lhes dar um tratamento

adequado ao seu relevo para as atividades dos CTT. Este centro operacional empresarial é marcado

por algumas características particulares essenciais para o cumprimento da estratégia dos CTT, de

que se destaca o enfoque na qualidade de endereçamento do correio dos grandes clientes, tendo

sido assegurada a realização de testes diários de qualidade desde o primeiro dia de operação.

3.1.4. Correio não endereçado

A PostContacto é a empresa responsável pela gestão do correio não endereçado nos CTT, líder no

mercado em que atua com quotas de 45% em valor e 40% em volume.

Nos últimos dois anos o mercado da publicidade não endereçada sofreu uma retração significativa,

quer em valor (-19%) quer em volume (-15%). Esta atividade, estimada em cerca de 1 300 milhões

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Relatório e Contas 2012

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de folhetos por ano, tem os principais clientes no sector do retalho generalista e especializado, com

cerca de 80% do volume total de folhetos, seguido pelo setor dos serviços e instituições com cerca

de 5%.

A situação económica do país, aliada à agressividade comercial dos concorrentes e à concentração

do mercado no sector retalhista, tem tido reflexos não só na racionalização dos volumes de

publicidade por campanha como na política de preços praticada, obrigando a reduzir margens, mas

também numa maior exigência por parte dos clientes ao nível da qualidade de serviço, da redução

de tempos de execução e da disponibilização de informação detalhada e on line sobre as suas

campanhas. Para responder a estas exigências a empresa tem vindo a incrementar a utilização de

novas ferramentas tecnológicas que permitem melhorar os níveis de controlo da operação e

disponibilizar informação atempada aos clientes.

A PostContacto é o único operador universal de publicidade não endereçada, desenvolve a sua

atuação em todo o território nacional e recorre a um modelo operativo extremamente flexível. Nas

zonas litorais de maior densidade populacional, onde se situa a concorrência e onde há maior

crescimento do negócio, a PostContacto possui rede de distribuição própria; no interior, subcontrata

serviços à rede CTT. A distribuição de publicidade não endereçada nas caixas de correio

domiciliárias e nos estabelecimentos comerciais é a sua principal atividade, embora tenha vindo a

diversificar a sua oferta de serviços ao nível de serviços de valor acrescentado e de novos serviços

(distribuição de correio endereçado, correio distribuído mediante lista de endereços, distribuição em

horário de conveniência, geocontacto, entregas em mão em locais pré selecionados, logística,

distribuição fronteiriça).

Em 2011 a empresa ampliou o negócio no âmbito da distribuição de correio endereçado, em

articulação com a rede de vendas dos CTT, e deu início a uma nova atividade relacionada com

consultadoria, controlo e supervisão de distribuição endereçada para a empresa Mailtec Processos.

A empresa manteve em 2012 a sua certificação de qualidade pela norma ISO 9001:2008.

Foram distribuídos pela PostContacto 524 milhões de objetos em 2012, nos diversos negócios que

opera.

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Relatório e Contas 2012

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3.2. Expresso e Encomendas

Os proveitos operacionais deste segmento de negócio atingiram 126,6 M€ (18% do total

consolidado) em 2012.

Em Portugal, a CTT Expresso é a empresa dos CTT que atua no mercado CEP (Courier, Express and

Parcels) disponibilizando aos seus clientes (empresas e particulares) serviços expresso de recolha,

tratamento, transporte e distribuição de documentos e mercadorias, nacionais e internacionais,

oferecendo em complemento soluções de logística integrada e serviços de estafetagem.

A CTT Expresso mantém a posição de liderança no mercado nacional com uma quota de mercado

média no quarto trimestre de 2012 de 27%, referente a objetos com peso inferior a 20 Kg.

Durante o ano de 2012 a empresa recebeu diversos prémios e reconhecimentos. Entre estes de

destacar a Menção Honrosa na categoria business to business na 21ª edição dos Prémios Neurónio,

o 1º lugar das empresas do setor de atividade Transportes e Distribuição pelo segundo ano

consecutivo pela revista de negócios Exame e ainda o Troféu Call Center atribuído ao Customer

Service na categoria Qualidade de Serviço no Atendimento por outros canais.

Os bons desempenhos operacionais têm-se traduzido em avaliações positivas da qualidade do

serviço por parte dos clientes, tendo a empresa obtido a classificação de 4,12 numa escala de 1 a 5

no estudo de satisfação dos clientes, efetuado pela IMR, empresa especialista em estudos de

mercado.

Em 2012 a CTT Expresso reforçou a sua posição no mercado ibérico, orientando a sua estratégia

comercial à captação de novos clientes e negócios, assente num portefólio de serviços ibérico e na

otimização das ligações, com uma maior interligação com a Tourline Express.

A CTT Expresso está a desenvolver uma solução de e-commerce para responder às necessidades do

mercado e em particular aos segmentos identificados como prioritários (B2B e B2C). Esta solução

permite o acompanhamento da dinâmica do negócio on-line e criar soluções para as PME’s que

comercializem ou pretendam vir a comercializar os seus produtos através da internet.

A CTT Expresso é parceira do Programa PME Digital, disponibilizando uma solução de e-commerce

dirigida às PME portuguesas. O programa, a decorrer desde novembro de 2012, visa dotar as

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Relatório e Contas 2012

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empresas da capacidade de utilizar a internet para promoção e comercialização de produtos e

serviços. O Programa PME Digital é uma iniciativa do Governo, que junta o IAPMEI (Instituto de Apoio

às Pequenas e Médias Empresas e à Inovação) e a ACEPI (Associação do Comércio Eletrónico e da

Publicidade Interativa), bem como parceiros fornecedores de serviços e soluções na área das TIC.

Em 2012 foram concluídas as obras de ampliação do armazém de logística do MARL, numa área

equivalente a 3 000m². Com esta ampliação, o principal armazém de logística aumentou a sua

capacidade em 30% perfazendo uma área total de armazenagem de 13 000m², permitindo assim

duplicar o número de localizações de paletes e atingindo uma capacidade total instalada de 14 000

paletes.

Em maio procedeu-se à inauguração do novo edifício do Centro Operacional em Viseu, situado no

Parque Industrial de Coimbrões.

Da atividade realizada ao nível da oferta de produtos e serviços destaca-se sobretudo a melhoria da

cobertura geográfica no âmbito das soluções já existentes e disponibilizadas aos seus clientes.

No domínio das operações, importa referir a alteração do modelo de distribuição para as Grandes

Superfícies com a instalação de uma rede específica na área metropolitana de Lisboa e na zona do

Grande Porto, a aquisição de novos equipamentos de leitura automática para os objetos volumosos,

o aumento da capacidade da máquina divisora e a substituição das câmaras de leitura de códigos

de barras e do sistema de videocodificação.

Em termos de responsabilidade social será de destacar a participação na ação promovida pela

empresa-mãe “Somar para Dividir”, inserida no “Projeto de Luta contra a Pobreza e a Exclusão

Social” e no 4º Peditório Nacional de Pilhas e Baterias a favor do IPO promovido pela Ecopilhas.

Em Espanha, os CTT atuam através da Tourline Express desde 2005. A missão desta empresa

consiste em assegurar o transporte, recolha e distribuição de objetos urgentes, de forma segura e no

tempo contratado pelo cliente. Para tal dispõe de uma estrutura logística e uma rede de lojas

próprias e franchisadas que cobre a totalidade do território espanhol.

Em 2012 procedeu-se a uma profunda reestruturação organizacional, passando de uma estrutura

regional para uma estrutura nacional, o que implicou a redução de sete direções e a criação três

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Relatório e Contas 2012

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novas para melhor responder aos desafios do mercado e obter maior proximidade dos clientes,

maior agilização dos processos de decisão e dos tempos de resposta, maior uniformização de

procedimentos e, fundamentalmente, redução dos gastos de estrutura.

Em 2012, na atividade desta empresa em Espanha o destaque vai para a intensificação da presença

da Tourline ao nível do mercado ibérico e em França, nomeadamente através de:

Lançamento do serviço Tourline Cargo que constitui uma nova unidade de negócio dedicada ao

transporte semi-urgente de carga fracionada no mercado ibérico, destinado às empresas e

clientes particulares. Tem como vantagens a inexistência de limite de peso por expedição,

qualidade a preços muito competitivos e prazo de entrega de 48 horas;

Disponibilização, através do sítio na internet da Tourline, da possibilidade de aquisição de

meios de pagamento e serviços pré-pagos para a circulação nas autoestradas portuguesas;

Alargamento do serviço D+1 às zonas de intervenção Torres Novas e Guia em Portugal;

Integração do serviço track & trace no site da Tourline Express, redirecionando para o site da CTT

Expresso de forma a garantir a informação sobre todo o percurso do envio;

Renegociação dos contratos existentes com a TNT e com a Chronopost para criação de uma rota

direta entre Barcelona e França.

O ClubLine Express (programa pontos), que está em funcionamento há dois anos e meio, é o único

clube de clientes desenvolvido internamente por uma empresa de transporte urgente em Espanha. O

ClubLine conta com cerca de 4 mil sócios, aos quais foram entregues 5 625 presentes; destes 1 600

destinaram-se a doações a programas solidários promovidos pela ONG Save the Children. A partir de

maio a Tourline Express passou a estar no “Twitter” e no “Facebook” para responder às solicitações

dos clientes por todos os meios disponíveis.

A empresa reafirmou o seu compromisso social colaborando em diversas ações: na concentração

motard ”Pingüinos”, no evento “Quermesses das Embaixadas” organizado pela Associação

Internacional de Diplomáticos de Espanha, com a Missão Kanzenze (organização sem fins lucrativos

dirigida pelas Religiosas Pureza de Maria na República Democrática do Congo), na corrida “En

marcha por la parálisis cerebral”, com a ONG “Coração sem Fronteiras” e na corrida “Kilómetros de

Solidaridad” organizada pela ONG “Save the Children”.

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Relatório e Contas 2012

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A Tourline Express manteve a certificação da ISO 9001 (qualidade) e obteve a certificação da ISO

14001 de Gestão Ambiental pela "Agencia Española de Normalización y Certificación" (AENOR). Esta

certificação acredita a empresa como uma referência no compromisso social e no relativo ao meio

ambiente no setor de transportes.

No final de 2012 a rede da Tourline Express era constituída por 242 lojas (das quais 33 são

próprias), o que representa um decréscimo de 6% na sua rede de lojas franchisadas. Para

compensar esta redução de capilaridade a Tourline tem procedido ao aumento da rede própria,

tendo passado de 25 lojas em 2011 para 33, com um subsequente aumento do tráfego emitido pela

própria de 9% para 21% no final de 2012. Também tem sido reforçada a presença através do

estabelecimento de 22 novos pontos de entrega/recolha e também de novos pontos de venda,

totalizando no final de 2012 36 unidades.

Já no final de 2012, a empresa iniciou um processo de reestruturação operacional e comercial, com

um enfoque especial no controlo global das operações e na maximização da eficiência da rede.

Os resultados obtidos em 2012 foram influenciados pela conjuntura económica espanhola, ilustrada

por uma diminuição do PIB de -1,5 e por uma taxa de inflação de 2,4%, e pelo processo de

reestruturação organizacional, operacional e comercial.

A debilidade da economia espanhola, a redução da produção industrial e do consumo, assim como

a excessiva concorrência de um setor muito maduro e com demasiados operadores, tem tido

consequências ao nível dos preços praticados e na redução das margens. Por outro lado, obrigou a

substituição por rede própria de alguns franchisados que encerraram a atividade fruto da crise.

O número de objetos transportados na rede Tourline ascendeu a 9,3 milhões, o que corresponde a

uma estabilização face ao ano anterior. Verifica-se uma continuada deterioração do mix do produto

no sentido de um aumento da representatividade de envios dos serviços de menor preço; esta

tendência é aliás registada em todo o mercado CEP.

Também em Moçambique os CTT estão desde outubro de 2010 com a empresa CORRE – Correio

Expresso de Moçambique, cujo capital social é detido 50% pelos CTT e 50% pela Empresa Nacional

de Correios de Moçambique.

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A CORRE tem por objeto a prestação de serviços de recolha, tratamento, transporte e distribuição de

documentos e mercadorias urgentes e expresso no mercado moçambicano e internacional. Presta

também serviço de estafetagem, transporte e logística.

A empresa pretende alcançar, a curto prazo, a liderança do mercado de correio expresso doméstico

e, a médio prazo, assumir-se como um dos mais importantes players no mercado internacional de

correio expresso em Moçambique.

Tem vindo a expandir-se em termos geográficos. Em Maputo detém um centro operacional, duas

lojas próprias e um Entreposto Postal no aeroporto de Maputo. Em cada uma das cidades Beira,

Nampula, Tete, Pemba, Lichinga, Xai-Xai e Quelimane detém um centro operacional e uma loja

própria. Em Maxixe, na província de Inhambane, iniciou-se a recolha e envio das expedições

enviadas pelos transportadores bem como a distribuição em toda a província.

Os produtos e serviços CORRE estão também disponíveis em todas as lojas [dos Correios?], com

cobertura nacional, o que tem contribuído para a rápida expansão deste negócio.

No decorrer da participação da CORRE no primeiro simpósio da cooperativa EMS, realizado em junho

em Joanesburgo, foram estreitadas as relações com a SAPO-Correios da África do Sul que permitiram

à CORRE passar a utilizar os serviços de trânsito para um conjunto de destinos que articulam em

Joanesburgo. Está assim projetada para a CORRE uma solução de encaminhamentos internacionais

que tira partido de dois operadores: os CTT-Correios de Portugal com primazia para os destinos

europeus e a SAPO-Correios da África do Sul para os demais destinos.

O ano de 2012 também foi muito importante na afirmação da CORRE como um operador de

excelência para as diversas redes bancárias.

3.3. Serviços financeiros

Os proveitos operacionais deste segmento atingiram 54,4 M€ (8% do total consolidado) em 2012.

A atividade de Serviços Financeiros efetuada pelas redes dos correios realizou uma receita de 40,8

milhões de euros, 2,5% inferior à registada no ano anterior. Os volumes intermediados e as

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quantidades de transações decresceram: redução de 23,2% nos valores intermediados, para 17,4

mil milhões de euros, e 5,1% na quantidade de transações, para 50,8 milhões.

Face ao quadro macroeconómico recessivo em que decorreu a atividade, os Serviços Financeiros dos

CTT continuam a evidenciar uma significativa resiliência relativamente ao ciclo económico, reflexo da

natureza de primeira necessidade e da qualidade das soluções comercializadas, bem como do forte

vínculo e relação de confiança dos clientes com a rede e com os CTT. O comportamento registado

pelas várias componentes em 2012 não foi estável nem uniforme, tendo sido fortemente positivo na

área da Poupança, cuja receita aumentou cerca de 8%, e moderadamente negativo nas áreas de

Transferências de Dinheiro e de Pagamentos de Serviços, que reduziram, respetivamente, 2,3% e

6,7%.

Não obstante a conjuntura negativa descrita anteriormente, prosseguiu-se o alargamento e

revitalização do portefólio de produtos e serviços financeiros, consistente com a estratégia de

reforço do posicionamento dos CTT enquanto operador financeiro de referência no mercado

português, merecendo especial destaque as seguintes evoluções e iniciativas:

Poupança e Seguros

Mediação de seguros financeiros

Colocação anual a atingir os 360 milhões de euros, conjugando seguros de capitalização,

seguros unit-linked e PPR, concretizando um crescimento na ordem dos 38% face à colocação

realizada em 2011 e catapultando os CTT para uma posição cimeira no mercado de seguros vida

financeiros. Os CTT afirmam-se assim como uma das redes de mediação mais relevantes no

mercado segurador, superando algumas das maiores redes bancárias.

Mediação de seguros reais

Continuação do alargamento da oferta neste segmento de mercado, com o lançamento do Postal

Proteção Viver +, um inovador seguro de acidentes dirigido ao segmento sénior, concretizando o

6º novo produto num espaço de 3 anos. Neste âmbito foi também lançado o “Caçadores”, com

uma grande adesão por parte do mercado alvo em todo o país.

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Pagamento de Serviços

− Cobrança de portagens

Reforço da atividade neste novo mercado de Pagamentos de Serviços, com o lançamento de

novos serviços: em maio o serviço de pagamento por referência multibanco, e em julho o serviço

Toll Card dirigido ao segmento internacional (veículos com matrícula estrangeira), contribuindo

para um crescimento de 27% na receita gerada por este tipo de cobrança.

− Pagamentos de Serviços

Desenvolvimento de um conjunto de iniciativas, junto do Banco de Portugal e da SIBS Sociedade

Interbancária de Serviços, tendentes a materializar as competências previstas no Decreto-Lei nº

317/2009 de 30 de outubro, que qualifica os CTT como entidade prestadora de serviços de

pagamento, tendo em vista completar uma oferta de pagamentos global, presencial e não

presencial, e potenciar o posicionamento dos CTT neste segmento de atividade.

Vales e transferências internacionais

− Vales internacionais

No quadro da estratégia de alargamento e modernização de corredores financeiros

internacionais, prosseguiu-se em 2012 a atividade de estabelecimento de contatos e celebração

de acordos com operadores congéneres para a troca de vales internacionais, e que envolve já

uma rede de operadores representativos de mais de 30 países.

− Transferências internacionais

Manteve-se a estreita colaboração com a Western Union, líder mundial do setor das

transferências de dinheiro, merecendo especial destaque a campanha realizada entre junho e

agosto com o título “estique o seu dinheiro até quem mais gosta”, contribuindo para que, num

ano de contexto negativo, os CTT tenham conseguido crescer 2% no volume de operações e mais

de 5% na receita desta atividade.

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O negócio dos serviços financeiros dos CTT engloba também a atividade da subsidiária PayShop

Portugal. Esta atividade continuou a contribuir em 2012 para consolidar a posição dos CTT no

mercado do pagamento de serviços, de carregamento de telemóveis (nacionais e internacionais), na

bilhética eletrónica de transportes públicos, nos cartões eletrónicos virtuais pré-pagos e nas

soluções integradas de pagamentos na internet.

Em 2012 verificaram-se 54,7 milhões de pagamentos processados (-2,5% do que em 2011), a que

correspondeu um decréscimo da receita gerada de 5,2%, para 15,0 milhões de euros.

A queda do serviço de carregamento de telemóveis de -2,1 milhões de transações do que em 2011

(-7%), explica-se pelas medidas de redução de custos das operadoras e pela queda do rendimento

disponível dos consumidores com a consequente baixa dos gastos em comunicações de telemóvel.

Salienta-se a performance dos serviços de cobranças de faturas, internet related e portagens, que

apresentaram taxas de crescimento positivas mas não suficientes para compensar a queda nos

carregamentos de telemóveis que, ainda assim, continuam a ser o principal serviço da empresa.

O ano terminou com uma rede de 3 966 pontos (menos 28 lojistas do que no final de 2011) e com os

serviços de pagamento disponíveis para 541 entidades (mais 42 entidades), tendo assim a rede

PayShop atingido a sua dimensão natural.

A qualidade de serviço prestada aos clientes, aos agentes e aos utilizadores manteve-se em níveis

elevados o que se traduziu em altos níveis de confiança e satisfação. O serviço de pagamentos

PayShop continua posicionado como o segundo meio mais utilizado pelos portugueses para

pagarem as suas contas de casa, logo a seguir ao multibanco.

A empresa efetuou em 2011 o seu registo como Instituição de Pagamento junto do Banco de

Portugal. A constituição e registo como Instituição de Pagamento foram fundamentais para a

prestação da sua atividade, uma vez que os serviços de pagamento que disponibiliza são

considerados abrangidos pelo Regime Jurídico das Instituições de Pagamento e Serviços de

Pagamento (Decreto-Lei n.º 317/2009, de 30 de outubro).

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Relatório e Contas 2012

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3.4. Soluções empresariais

Os proveitos operacionais consolidados deste segmento de negócio atingiram em 2012 o valor de

19,5 M€ (3% do total consolidado). Os CTT continuaram a sua aposta nas soluções de comunicação

híbrida, desenvolvendo ofertas que unem a comunicação física à digital. Organizacionalmente,

juntaram-se as competências dispersas de modo a garantir maior articulação, foco e valorização

desta oferta.

Mailmanager e Soluções Transversais

O serviço mailmanager, renovou em 2012 a sua certificação da qualidade pelo referencial normativo

EN EP ISO 9001:2008. A digitalização, catalogação, captura de informação e integração nos

sistemas de informação do cliente são frequentemente vendidas com soluções de arquivo físico ou

digital e com a destruição certificada de documentos.

Em 2012 foram desenvolvidas soluções transversais para clientes estratégicos, que implicaram uma

análise das necessidades e a geração de soluções ímpares, suportadas na oferta de produtos e

serviços dos CTT, e nas suas competências e capacidades únicas no mercado de gestão e produção

documental. De entre inúmeras soluções desenvolvidas para os mais diversos sectores de atividade

destacam-se as soluções de tratamento de correio interno, correio devolvido, avisos de receção,

faturas e questionários, gestão integrada de notificações e cobranças, desenvolvimento e gestão de

campanhas de marketing e soluções de proximidade que tiram partido da capilaridade das redes de

atendimento e distribuição dos CTT.

Caixa postal eletrónica (ViaCTT)

O serviço comercialmente designado por ViaCTT é uma caixa de correio eletrónica assente numa

plataforma tecnológica robusta e segura que permite aos utilizadores receber, gratuitamente, em

formato digital, a correspondência de um conjunto de entidades previamente selecionadas.

Possibilita ainda efetuar pagamentos ou programá-los e arquivar os documentos recebidos.

Ultrapassou no final de 2012, mais de 1 milhão de utilizadores registados e 50 entidades

expedidoras.

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O registo significativo de utilizadores na ViaCTT foi impulsionado pela imposição do Orçamento de

Estado de 2012 que tornou obrigatória a criação de um caixa postal eletrónica e a comunicação da

mesma à Autoridade Tributária, para universos de contribuintes específicos, como os sujeitos

passivos de IRC e sujeitos passivos enquadrados no regime normal do IVA.

Soluções Geográficas

A par do constante enriquecimento das bases de dados geográficas de referência, a área da

Informação Geográfica e Postal tem promovido uma oferta diversificada no âmbito dos geoserviços.

A oferta encontra-se sustentada em vantagens competitivas próprias e no reconhecimento pelo

mercado dos CTT como player ativo no domínio da informação geográfica e endereçamento.

Reconhecimento que se estendeu à nomeação internacional para os World Mail Awards e

Technology International Awards 2012, tendo a candidatura do projeto Geomail – Geographical

Information Mail ”obtido o certificado “highly commended”. Os CTT continuam a disponibilizar ao

mercado um conjunto de soluções de informação geográfica que permite às empresas suportar

decisões de modo sustentado. O projeto GEO10 conquistou no final de 2012 a georreferenciação de

2,5 milhões de portas (44% do valor global), cerca de 4 milhões de alojamentos, correspondente a

18% da área geográfica e 66% da população.

Produção documental

A Mailtec Comunicação, subsidiária dos CTT, assume-se como líder nacional no mercado da

produção documental. Em 2012, a Mailtec Comunicação renovou contratos com os seus principais

clientes de grande dimensão, passando a disponibilizar a produção a cores de documentos em

papel contínuo com nova tecnologia de impressão. Acentuou também a capacidade de

disponibilização de soluções de comunicação multicanal (físico e digital). Em 2012, renovaram-se

os certificados no âmbito da qualidade (NP EN ISO 9001) e ambiente (NP EN ISO 14001) e deu-se

sequência à produção de trabalhos com material FSC Forest Stewardship Council (FSC-STD-40-004).

A Mailtec Consultoria, certificou-se no âmbito da qualidade (NP EN ISO 9001) e segurança da

informação (ISO 27001) e assume-se como um fornecedor de referência de tecnologias de

informação para a gestão integral de conteúdos empresariais. Disponibiliza uma gama de soluções

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cobrindo o ciclo de vida completo do património documental das organizações, abrangendo, entre

outras, as fases de formatação para impressão ou expedição eletrónica, digitalização e

reconhecimento ótico, arquivo digital, gestão documental, automatização de processos de negócio e

publicação de conteúdos em ambiente web. Em 2012, prosseguiu-se com o desenvolvimento da

solução Cyclos, que incorpora uma oferta base para billing do sector das águas, produção das

faturas aos consumidores finais e integração com a gestão de cobranças e pagamentos, leitura de

contadores e call center. A partir do serviço Easy Mail Notificações, lançado em 2011, a Mailtec

Consultoria desenvolveu em 2012 o STICO - Sistema de Tratamento Integrado de Contra-Ordenações,

tendo implementado a primeira versão, em março.

Arquivo e Custódia Documental

A EAD, empresa dos CTT, tem como negócio core a custódia e gestão de arquivos intermédios de

documentação na forma original em instalações próprias dotadas de tecnologia apropriada,

controlando, no fim do período de vida útil da documentação, a sua destruição. Disponibiliza

serviços de consultoria em ciências documentais, digitalização e disponibilização de imagens em

ASP, custódia em sala cofre de alta segurança e de suportes óticos, serviços de disaster recovery

plans, reciclagem segura de arquivo e documentação serviços de implementação de ferramentas de

workflow, desenhadas à medida de cada cliente/fluxo ou processo.

Em 2012, a gestão documental digital verificou uma forte quebra, já a gestão documental física teve

uma evolução positiva. O serviço de custódia de arquivo cresceu, com o aumento do número de

caixas em armazém, apesar da redução substancial das margens, por pressão do mercado. A

reciclagem de documentação e os arquivos correntes cresceram, a par da maior preocupação das

empresas com questões ambientais e da necessidade das empresas recorrerem a profissionais

especializados. Recentemente, a EAD internacionalizou a atividade para Espanha. em parceria com a

empresa dos CTT que opera no mercado espanhol de correio expresso, a Tourline Express, e outros

parceiros locais.

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4. CLIENTES

4.1. Grandes Clientes

Compete à unidade organizativa Grandes Clientes liderar e coordenar a atividade comercial de todas

as valências dos CTT com os principais clientes em volume e multiplicidade de produtos

consumidos, numa lógica de oferta global de serviços e produtos, de forma a garantir a venda e a

integração e complementaridade das diferentes áreas de atividade.

Os Key Accounts Managers são responsáveis pela oferta de soluções globais e integradas de

serviços, suportadas na cadeia de valor dos CTT e têm como objetivos:

− o crescimento do negócio e da rendibilidade;

− o incremento da eficiência e da eficácia nas vendas, com um papel relevante no controlo

e gestão do risco de crédito;

− o aumento do valor e da fidelização dos clientes através da venda de novos serviços;

− o incremento do cross-selling de produtos e soluções.

A carteira de clientes dos key account managers inclui 56 clientes estratégicos segmentados por

sectores de atividade: venda à distância, grande distribuição, editores, banca e seguros,

telecomunicações, utilities e Estado.

A tendência de redução da atividade económica e a consequente necessidade, quer por parte do

tecido empresarial quer por parte das entidades do Estado, de tomarem medidas urgentes de forte

contenção dos custos, levaram também à alteração dos processos de negócio e de gestão

administrativa, aliás em consonância com as medidas do programa de ajustamento económico e

financeiro (PAEF). Esta tendência levou à redução, com carácter estrutural, dos seus “consumos” de

serviços postais e atividades afins e a adoção de soluções de inovação que se materializam na

substituição das tecnologias de comunicação “físicas” pelas digitais a mais baixo custo.

Verificou-se um acentuado decréscimo dos volumes de correio enviados pelos maiores clientes

(50% do total da receita de correio): os clientes do sector banca e seguros reduziram os seus envios

em 8%, os editores em 15%, as telecomunicações em 10% e a venda à distância em 12%. No total

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do tráfego dos clientes estratégicos verificou-se um decréscimo de 33 milhões de objetos

relativamente ao ano de 2011.

De realçar o esforço contínuo na apresentação a todos os clientes de soluções globais e distintivas

da cadeia de valor dos CTT, com especial incidência nas soluções integradas e digitais, assim como

estratégias de marketing direto assentes nas competências dos CTT.

A qualidade do serviço prestado aos Grandes Clientes é acompanhada através de ações de controlo

operacional na cadeia de valor dos CTT com o objetivo de identificar não conformidades nos

processos operacionais, propor implementação de medidas corretivas para melhorar a performance

operacional e assegurar o cumprimento dos requisitos contratuais estabelecidos com estes clientes.

Neste contexto e durante o ano de 2012, foi produzido e divulgado às diferentes áreas de gestão

operacional um leque de indicadores e relatórios de qualidade operacional nomeadamente:

Acompanhamento de campanhas de Direct Mail – controlo e reporte às áreas comerciais e

operacionais de cerca de 180 campanhas de marketing direto e de cerca de 25 milhões de

objetos postais de direct mail;

Controlo operacional das Soluções Globais – controlo e aferição de SLA (Service Level

Agreement) sobre a qualidade de serviço dos clientes das Soluções Globais, emitido

semanalmente e envolvendo os seguintes pontos na cadeia de valor: produção (printing &

finishing), aceitação e expedição, tratamento, distribuição e mailmanager.

Por fim, iniciou-se em 2012 um processo de revisão das condições de venda, como crédito e prazos

de pagamento, por forma a reforçar regras e procedimentos claros e adequados a estes clientes.

4.2. Rede de Lojas

Oferta e estratégia de negócio

A rede de lojas gere os processos de atendimento e de venda direta e constitui a maior rede

comercial de proximidade a nível nacional. A empresa tem valorizado este importante ativo,

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vocacionando-o para uma plataforma de conveniência e multisserviços e potenciando o seu volume

de vendas, com observância do cumprimento integral das obrigações de serviço universal.

A estratégia de negócio assenta em três vetores fundamentais:

Desenvolvimento do negócio de correio, promovendo a excelência da operação e melhor

qualidade de serviço resultantes da maior proximidade e conhecimento dos clientes, garantindo

níveis acrescidos de produtividade;

Canal de proximidade para comercialização de soluções de poupança e investimento assim como

uma oferta alargada de seguros e soluções de pagamento, afirmando-se como uma alternativa

não bancária para a população. A parceria com a Western Union permite ainda um canal único de

proximidade para transferências urgentes para qualquer parte do mundo;

Criação e desenvolvimento de negócios e serviços de conveniência, assumindo a vocação do

atendimento local como “motor” de um negócio de retalho, além do serviço postal.

A gestão da rede de lojas teve, em 2012, como principais prioridades:

Aumento da receita gerada por cliente, promovendo produtos e serviços de maior valor

acrescentado e realizando campanhas promocionais juntamente com animação dos pontos de

venda.

Implementação de ações de racionalização e reorganização da rede de atendimento, no âmbito

do Programa de Redução de Custos/Transformação, visando adequar a oferta à efetiva procura de

serviços:

transferência para terceiros de lojas CTT com baixos índices de procura, abertas a meio tempo

ou com oferta sobredimensionada para a área geográfica de influência;

adequação dos horários de funcionamento das lojas CTT, incluindo fim de semana;

reavaliação da oferta dos postos de correio, com reduzida atividade ou sobreposição de

oferta;

renegociação das condições e comissionamento dos postos de correio.

No final de 2012 a rede de lojas tinha 5 060 pontos de contacto com os clientes e população, sendo

constituída por 741 lojas próprias (718 lojas, 15 balcões exteriores de correio e 8 lojas móveis), 7

lojas de parceria, 1 814 postos de correios e 2 498 postos de venda de selos. Estas duas últimas

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categorias encontram-se a funcionar sob a responsabilidade de terceiros, sendo cerca de 20% da

responsabilidade das juntas de freguesia mediante contratos de prestação de serviços ou de

revenda.

A oferta de serviços, em regime de livre serviço e acessíveis em alguns casos 24 horas por dia, é

completada com 406 máquinas automáticas de venda de selos e 21 máquinas automáticas de

venda de produtos postais.

Os CTT receberam o Prémio Ouro na 14ª edição do Festival da Criatividade do Clube de Criativos de

Portugal, na categoria Design de Ambiente e Equipamento Espaço Comercial, com a loja do Parque

das Nações, em Lisboa. Um projeto inovador que reúne conceitos como o serviço 24 horas,

desmaterialização de processos e serviços, self-service e materiais amigos do ambiente.

Em 2012 as lojas CTT tiveram em média a visita de 141 mil clientes por dia.

O processo de certificação de serviços das lojas abrangeu em 2012 cerca de 550 unidades, mais

115 do que em 2011, o que corresponde sensivelmente a cerca de 2/3 do atendimento.

O modelo de funcionamento da rede comercial reforça a aposta nas competências e capacidades

dos responsáveis locais e simultaneamente a sua responsabilização pela obtenção de resultados

operacionais e económicos alinhados com os objetivos dos CTT.

Prosseguiu-se o programa de reconhecimento das equipas do atendimento com o objetivo de

premiar as equipas que demonstraram maior e melhor empenho em atingir os objetivos de: (i)

qualidade, (ii) redução de custos e (iii) aumento de receita, focado nos produtos de maior valor

acrescentado além da oferta de produtos no âmbito do serviço postal universal (SPU).

Em termos do negócio comercializado através desta rede, destacam-se em 2012 os seguintes

produtos e serviços:

comercialização de produtos de poupança, com destaque para os seguros de capitalização

que têm observado uma grande procura;

disponibilização on-line da movimentação de certificados de aforro e de certificados do

tesouro;

venda de dispositivos eletrónicos de matricula;

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disponibilização do serviço de certificação de fotocópias;

disponibilização do serviço Western Union transferência de fundos urgente;

venda de produtos de papelaria, livros, cartões de todas as ocasiões e produtos de

merchandising;

comercialização da bilhética de espetáculos;

serviço de leituras de contadores de água;

comercialização de lotarias em parceria com a Casa da Sorte.

Telecomunicações

Nos produtos de retalho destacam-se em especial os da área de telecomunicações. Se na vertente

do negócio Phone-ix se ficou ligeiramente abaixo de 2011, o papel muito relevante dos CTT no

processo de transição para a televisão digital terrestre (TDT) garantiu o crescimento desta área e um

serviço de proximidade à população com uma mais valia clara em todo este processo.

Em 2012 os CTT desempenharam, na continuidade do que foi feito desde final de 2011, um papel

ativo no processo da transição para a Televisão Digital Terrestre, não só na comercialização, mas

também na informação/sensibilização das populações em parceria com a ANACOM, tendo

contribuído ativamente para o sucesso da migração “final” do passado dia 26 de abril.

Nas telecomunicações móveis, apesar das dificuldades em contrariar a tendência negativa do

mercado nacional, é de destacar o comportamento favorável dos clientes no que respeita à

fidelização, à migração de outros operadores e à utilização em exclusivo da rede Phone-ix. O

investimento em comunicação na rede de lojas resultou numa maior eficácia ao nível dos custos e

consubstanciou a divulgação da “Família Poupa” enquanto presença habitual em toda a

comunicação Phone-ix, contribuindo para a criação de valor da marca e fidelização dos clientes.

Novos produtos e serviços

Com o objetivo de alargamento e diversificação da oferta dos produtos e serviços, no sentido de

dinamizar e modernizar a rede, deram-se início a ações enquadradas nas seguintes áreas: turismo e

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eventos de âmbito regional, prestação de serviços de apoio ao cidadão e novas linhas de produtos

de retalho abrangendo as áreas de eletrónica e multimédia.

De modo a posicionar a rede comercial dos CTT como uma plataforma de conveniência, multisserviço

e atrativa para os clientes, e com o objetivo de rejuvenescer o target que se desloca às lojas,

desenvolveram-se as seguintes iniciativas:

Realização da 6ª edição do programa “Onde te leva a imaginação?” nas escolas, em parceria com

o Plano Nacional de Leitura (PNL). Com o objetivo de dar a conhecer às crianças o conceito de

responsabilidade social e o que os CTT fazem neste âmbito, o programa teve como mote “Imagina

um Portugal melhor”. O desafio demonstrou uma boa adesão com a inscrição de 237 escolas e

16 428 alunos, resultando num total de 6 558 trabalhos. Para além de outros prémios, e à

semelhança das anteriores edições, os vencedores terão a oportunidade de ver as suas obras de

arte concretizadas em selo, na emissão Correio Escolar;

Associação com a Coca-Cola no âmbito do Campeonato Europeu de Futebol, através da qual os

CTT foram o ponto de troca exclusivo das cápsulas em cromos do Euro 2012. Em paralelo, foi

estabelecida parceria com a Panini, no sentido dos CTT serem um ponto de venda das cadernetas

de cromos e carteiras UEFA EURO 2012™;

Reforço da bilheteira dos CTT, através de parcerias com novos promotores e acordos de venda

exclusiva;

Lançamento de ações de dinamização da venda de produtos de correio e de terceiros, inseridas

nas campanhas temáticas (Saldos, Namorados, Pai, Feira do Livro, Mãe, Euro 2012, Happy

Days/Dias Felizes, Criança, Regresso às aulas e Natal), sessões de autógrafos, contos infantis,

passatempos internos e externos e “meuselo” na hora;

Continuação das parcerias com UNICEF para a comercialização de cartões de boas festas e

produtos de oferta, com a FENACERCI – Federação Nacional de Cooperativas de Solidariedade

Social para a venda do Pirilampo Mágico e com a Cruz Vermelha Portuguesa (delegação do Porto)

através da venda do KIT lançado com a campanha “I Help with My T-Shirt, and You?”.

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5. QUALIDADE, INOVAÇÃO E SUSTENTABILIDADE

5.1. Qualidade de serviço

Os CTT continuaram a apresentar em 2012 níveis de desempenho operacional elevados, situando-se

o IGQS - Indicador Global de Qualidade de Serviço - em 255,4 pontos, que compara com um objetivo

de 100 e traduz uma melhoria de mais que 80 pontos face a 2011.

Estes resultados verificaram-se num contexto difícil, com a ocorrência de diversas perturbações de

caráter laboral, nomeadamente a ocorrência de greves gerais em 22 de março e 14 de novembro,

que tiveram algum impacto no resultado final de qualidade de serviço.

Figura 3

As performances registadas pelas variáveis convencionadas situam-se na sua totalidade acima dos

valores mínimos estabelecidos e cumpriram os objetivos.

O desempenho do correio internacional compara bem com o dos restantes parceiros europeus. Os

objetivos de qualidade definidos pela Diretiva Comunitária para o sector postal foram largamente

excedidos no caso português. Na comparação com outros prestadores do serviço postal universal a

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nível europeu, os CTT destacam-se pela qualidade de serviço, quer no atendimento, quer nas

operações e distribuição.

Apresenta-se abaixo o quadro completo de resultados:

Níveis de Qualidade Mínimo Objetivo Realizado Correio Azul % Entregas no dia seguinte (Continente) 93,50 94,50 94,90 % Entregas até dois dias (Açores e Madeira) 84,00 87,00 94,20 % Entregas até dez dias 99,75 99,85 99,85 Correio Normal % Entregas até três dias 95,50 96,30 98,00 % Entregas até quinze dias 99,77 99,86 99,86 Jornais e Publicações Periódicas % Entregas até três dias 95,50 96,30 97,30 Correio Internacional % Entregas até três dias 85,00 88,00 94,80 % Entregas até cinco dias 95,00 97,00 99,20 Encomendas % Entregas até três dias 90,50 92,00 96,70 Tempo de espera nas lojas % Atendimento até 10 minutos 75,00 85,00 90,90

Prosseguiu-se o esforço de implementação de sistemas de gestão integrados, que, além da

qualidade, abrangem também, nos casos mais relevantes, o ambiente e a segurança. Mantiveram-se

ou foram renovadas todas as certificações ISO existentes nos Centros de Operacionais de Correio

(qualidade e ambiente), na CTT Expresso e EAD (qualidade, ambiente e segurança), na Tourline e

PostContacto (qualidade) e na Mailtec Comunicação (qualidade, ambiente e FSC-custódia da cadeia

de responsabilidade).

No caso dos COC-Centro Operacional de Correio do Centro avançou-se para a integração dos três

Sistemas de Gestão (SG) autónomos num SG único, na modalidade multisite, tendo sido alargada a

cobertura do referencial de segurança ao COC Norte - Centro Operacional de Correio do Norte.

Foi concluído o processo de certificação da Tourline em ambiente e da Mailtec Consultoria em

qualidade e segurança da informação. Manteve-se a certificação no referencial de qualidade do

correio de prova e do serviço de mailmanager.

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Por fim, o processo de certificação de serviços das lojas e centros de distribuição postal abrangeu

em 2012 cerca de 859 unidades operacionais (309 centros de distribuição de correio e 550 lojas),

mais 155 do que em 2011.

O nível Committed to Excellence, no âmbito do Modelo Europeu de Excelência da European

Foundation for Quality Management (EFQM), foi renovado em 2012 pelo prazo de 2 anos, pela

Associação Portuguesa para a Qualidade (APQ), englobando toda a rede de distribuição e rede de

lojas, no Continente e Regiões Autónomas.

Os bons desempenhos operacionais têm-se traduzido em perceções positivas da qualidade do

serviço por parte dos clientes. Quase 80% dos clientes que visitam as lojas CTT afirmam que a

qualidade do serviço postal é boa ou muito boa.

Contact Center

O canal telefónico (75%) e o correio eletrónico (25%) do Contact Center foram os meios mais

utilizados pelos clientes no seu contacto com a Empresa, tendo, contudo, o primeiro vindo a perder

peso em detrimento do segundo.

Em 2012 o canal telefónico registou 559 537 chamadas o que representa um decréscimo de 4% face

ao ano anterior. Em termos gerais, a maioria das funcionalidades diminuíram à exceção da Via CTT,

reclamações e o serviço de cobrança de portagens.

A taxa de atendimento do canal telefónico foi de 91% de chamadas atendidas até 60 segundos de

espera.

Relativamente às funcionalidades do canal email foram recebidos cerca de 189 018 contatos o que

representa um crescimento de 43% deste canal face ao ano anterior, com particular destaque para

as funcionalidades ViaCTT (+343%), loja virtual (+30%) e reclamações (+8%).

O nível de serviço em termos de tempo de resposta, em média, no canal email situou-se abaixo das

48 horas.

Com a obrigatoriedade de todos os contribuintes empresariais aderirem à Autoridade Tributária

através do serviço ViaCTT, os canais de contato disponíveis para este serviço observaram um

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crescimento acima dos 1 000% nos últimos meses, obrigando ao reforço da equipa e reorganização

da operação do Contact Center.

Paralelamente, importa referir os novos serviços recentemente implementados cujo sucesso assenta

num eficaz desempenho do atendimento ao cliente, que devido à sua especificidade, constituiu um

desafio à capacidade de adaptação do Contact Center:

Apoio ao cliente e às lojas para o novo serviço de pedido de isenção das taxas moderadoras

do Serviço Nacional de Saúde, efetuado através da rede de lojas CTT;

Redefinição dos procedimentos associados ao serviço de cobrança de portagens, devido à

entrada em funcionamento de novas autoestradas a pagamento e do serviço de pagamento

via multibanco, com uma necessidade acrescida de apoio e esclarecimento aos utentes.

5.2. Inovação e desenvolvimento

Os CTT têm vindo a preparar-se para os desafios que o efeito de substituição, a globalização, a

liberalização e, mais recentemente, a anunciada privatização lhes impõem: atingirem a excelência

em todas as áreas de atividade e, em particular, reforçarem o seu papel como o hub de

comunicações que melhor combina as necessidades de comunicações físicas e eletrónicas entre

cidadãos, agentes económicos e organismos públicos.

Assim foram desenvolvidos, em 2012, diversos projetos dos quais se destacam:

Conceção de uma solução modular e integrada de comércio eletrónico dos CTT visando endereçar

as várias necessidades das empresas, a começar pelas das PME’s, estando a mesma já

disponível no contexto da iniciativa governamental PME Digital, em curso;

Acompanhamento das atividades do grupo de trabalho PTC/AESUG - Postal Technology Center /

Advanced Electronic Services User Group da UPU;

Alargamento do portfolio de produtos de cobrança de portagens como sejam:

Lançamento de uma nova modalidade de cobrança de portagens para clientes com veículos

de matrícula estrangeira que consiste num pré-pago válido por um ano, recarregável com

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valores pré-definidos procedentes da ativação de cartões de portagem pré-comprados

descartáveis ou de pré-carregamentos com recurso a um cartão de crédito realizados num

sítio da internet (www.tollcard.pt);

Lançamento de nova modalidade de pagamento no multibanco de portagens em regime de

pós-pago com base no envio por SMS de uma referência para pagamento;

Operação do serviço de cobrança de portagens para o novo produto EasyToll, desenvolvido

pelas Estradas de Portugal, que permite a clientes com veículos de matrícula estrangeira

pagarem portagens utilizando o seu cartão de crédito.

Conclusão dos trabalhos para o desenvolvimento do upgrade do serviço MDDE – Marca do Dia

Eletrónica com vista a dotar os CTT de uma oferta competitiva no domínio do correio eletrónico

através de novas facilidades;

Desenvolvimento dos mecanismos de promoção da criatividade e de inovação através do Fórum

Permanente de Inovação e Criatividade;

Participação na elaboração da candidatura dos CTT, relativa a 2012, abarcando um conjunto de

projetos das áreas das operações postais, das soluções empresariais e dos meios de pagamento,

ao programa SIFIDE - Sistema de Incentivos Fiscais em Investigação e Desenvolvimento

Empresarial, o qual possibilita dedução à coleta do IRC para empresas que apostem em I&D.

Desenvolvimento interno de soluções que permitiram a comercialização de produtos e serviços,

destacando-se em particular:

− Solução de comunicação personalizada (Trasnpromo) que permite aos clientes poderem,

consoante os destinatários, definirem mensagens de marketing ou outras que são inseridas

nos espaços em branco das comunicações transacionais;

− Solução de comunicação física (Easymail), instrumentada remotamente, que permite o envio

de correio de forma simples e integrada;

− Solução global (Cyclos) para gestão dos clientes das entidades que operam no setor das

águas, contemplando a leitura de contadores, a faturação, o printing e finishing das faturas,

a expedição das mesmas e a cobrança integrada;

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− Robustecimento da infraestrutura de suporte à ViaCTT de modo a dar resposta ao incremento

substancial da atividade e utilizadores do serviço.

Os projetos de sistemas de informação mais relevantes realizados no ano foram os seguintes:

Renovação tecnológica da rede de comunicações dos postos de correio – foram migrados 488

postos de correio que utilizavam uma solução de comunicações baseada em tecnologia RDIS

para uma nova solução VPN@ADSL 512/384Kbps com maior disponibilidade e fiabilidade e

redução de custos.

A atualização da plataforma informática na rede de atendimento dos CTT (Nave) nas lojas e

postos de correio que envolveu a substituição por equipamentos com características técnicas

atualizadas e com consumos de energia significativamente mais reduzidos. Foi ainda possível

reduzir o número de equipamentos instalados e atualizar as versões de sistema operativo

Windows e do software base que suportam o sistema de atendimento NAVE.

O processo de instalação da nova solução (hardware e software) iniciou-se em abril nos postos

de correio e em maio nas lojas CTT. O rollout foi concluído em novembro 2012, num total 1 486

instalações tendo sido 738 em lojas CTT e 748 em postos.

Alargamento do âmbito da nova plataforma da reconciliação bancária e contabilização de

operações de cash pooling dos CTT, às contas bancárias das empresas dos CTT, nomeadamente

CTT – Expresso, S.A. e Grupo Mailtec.

Implementação de uma nova plataforma de gestão de Recursos Humanos que integra as

funcionalidades hoje presentes em três aplicações distintas: HR-Access, Teleponto e SGF

(Sistema de Gestão da Formação).

Renovação da infraestrutura tecnológica e sistema SAP R/3 que suporta este sistema transversal

aos CTT e evolução do seu sistema operativo. Juntamente com o projeto Arquivo SAP obteve-se

uma redução de cerca de 40% no espaço ocupado pela base de dados.

Na área dos sistemas de informação merece destaque a renegociação do acordo de outsourcing de

gestão de tecnologias de informação na área de infraestruturas em vigor com a IBM, tendo-se obtido

uma redução de cerca de 14% do custo total desse contrato com efeitos a partir de janeiro de 2013.

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Relatório e Contas 2012

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5.3. Sustentabilidade

Pelo oitavo ano consecutivo, os CTT publicam em 2013 o seu Relatório anual de Sustentabilidade,

disponível apenas em formato on line em www.ctt.pt. Tal como em anos anteriores, no capítulo dos

compromissos os CTT fizeram um balanço das metas assumidas para o ano anterior e elegeram

cerca de meia centena de novas metas de curto e médio prazo, cobrindo os três pilares da

sustentabilidade.

O Relatório foi alvo de verificação independente por entidade externa, renovando o nível de

classificação A+, segundo a metodologia GRI, obtido pela primeira vez em 2009. Este ano o exercício

de verificação incluiu, pela segunda vez e com maior cobertura de indicadores, três empresas dos

CTT (CTT Expresso, EAD e Mailtec) com o objetivo de incrementar o rigor e a transparência na

prestação das contas.

Durante o ano de 2012 a empresa continuou a consolidar o seu reposicionamento ecológico e a

operacionalizar diversas iniciativas neste âmbito. De destacar o crescimento do tráfego e da receita

do Correio Verde Eco (6,2% e 9,5%, respetivamente) e o facto dos CTT terem sido a primeira empresa

portuguesa a testar o novo veículo Renault Kangoo Z.E., 100% elétrico, na sequência de protocolo

assinado com a Renault Portugal, um modelo que apresenta potencialidades interessantes.

Neste pilar da sustentabilidade, prosseguiu-se com a expansão dos sistemas de gestão ambiental,

mantendo-se igualmente as restantes áreas de intervenção, que incluem, entre outras, a eficiência

energética e as alterações climáticas, o inventário de emissões, a divulgação e o reporte carbónico,

a racionalização de consumos, a gestão de resíduos, as compras ecológicas, o marketing

sustentável, a biodiversidade e a educação e sensibilização ambiental. Os resultados foram muito

positivos, com reduções estimadas dos consumos energéticos de cerca de 5% e com quebras da

mesma ordem de grandeza em termos de emissões.

Para reforçar internamente a atitude ecológica da empresa, assinalou-se o Dia do Ambiente, no dia 5

de junho, em Lisboa e noutras instalações do país, a fim de alertar os trabalhadores para a

necessidade de preservação do planeta, pela ação de todos e de cada um, enquanto cidadãos e

profissionais.

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Relatório e Contas 2012

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No contexto do envolvimento com os seus stakeholders, a gestão de topo desenvolveu diversas

iniciativas. Para o stakeholder clientes, a empresa continuou a apostar numa estrutura que privilegia

a gestão direta dos grandes clientes por key Account Managers, com segmentação por tipo de

mercado. O ano fechou com um valor record de mais de 70% de clientes satisfeitos com a prestação

global da empresa (e apenas 6% de insatisfeitos), valor que sobe para quase 80% no caso do

serviço de distribuição postal e atinge perto de 90% no atendimento.

Como ferramenta de melhoria contínua e enquanto barómetro da satisfação dos clientes, as

reclamações continuam a ser uma forma de contacto estreita com estes, servindo para a deteção e

correção de anomalias que ocorrem em pontos do ciclo operativo. As reclamações nacionais foram

resolvidas numa média de 6,5 dias e as internacionais em 31 dias, prazos idênticos aos praticados

no ano anterior.

Em 2012 foram recebidos 91 940 pedidos de informação e reclamações (+15% que no ano anterior),

tendo sido resolvidos 90 592 (+14% que no ano anterior). O crescimento verificado resulta do

aumento do envio de ficheiros por clientes contratuais relacionados com pesquisa de informação

sobre a situação dos objetos, de anomalias no fluxo Portugal-Brasil e de alterações do modelo de

funcionamento da empresa.

Para satisfação deste stakeholder a empresa lançou novos produtos adaptados às necessidades do

mercado, com um especial enfoque nas soluções digitais (potenciação do negócio dos clientes) e

nos seguros de capitalização. Com uma posição de liderança neste mercado, somente atrás do seu

parceiro Fidelidade-Mundial, os CTT lançaram três novos seguros de poupança “Postal Mais Futuro

II”, “Postal Praemium” e “Postal Futuro Junho – 2014” que oferecem taxas muito competitivas no

contexto atual. Hoje os CTT são uma clara alternativa aos bancos nas aplicações e poupanças.

No que se refere ao stakeholder trabalhadores, em 2012 realizaram-se sessões de focus groups com

grupos de trabalhadores representativos do universo da empresa.

Organizaram-se também outras múltiplas ações de envolvimento. Para os trabalhadores

distribuidores, o workshop de vendas “Qualidade Acrescenta Valor” e a divulgação interna do livro

“Portugal Connosco – O Olhar dos Carteiros”, em vários pontos do país. Esta foi uma iniciativa

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Relatório e Contas 2012

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pioneira que envolveu a mobilização de milhares de carteiros, a quem foi entregue uma máquina

fotográfica, para que captassem imagens do seu quotidiano. A adesão foi muito elevada e os

resultados excederam as expectativas, quer pela dinâmica que se estabeleceu com os participantes,

quer pela atribuição de vários prémios e distinções.

Para os trabalhadores em geral, realizaram-se dois Fóruns de Inovação e Criatividade, uma

campanha de prevenção das doenças cardiovasculares, em parceria com a Fundação Portuguesa de

Cardiologia, em vários edifícios do país, e duas consultas em matéria de Segurança, Higiene e Saúde

no Trabalho. Estas revelaram que o nível de satisfação com as condições de trabalho aumentou em

5% atingindo o valor de 80,5%.

Entre outras iniciativas dirigidas aos trabalhadores e aos seus filhos, lançou-se a Biblioteca Escolar

dos CTT, criada para promover a troca de livros e manuais escolares entre pais que tenham filhos a

frequentar o ensino básico ou secundário, tendo sido satisfeitas as necessidades de 90 famílias.

Internamente lançaram-se ainda vários “concursos” para promover uma maior interação dos

trabalhadores entre si e com a empresa, constatando-se uma participação crescente neste tipo de

iniciativas. No âmbito da conciliação trabalho família, a empresa ofereceu inscrições para a corrida

da mulher, entradas na Kidzania no dia da Mãe para filhos e pais e uma visita ao Jardim Zoológico

para as famílias.

A empresa procurou também intensificar o seu envolvimento com o stakeholder sociedade e o

melhor exemplo desse esforço traduz-se no patrocínio do movimento que apoia o zero desperdício

alimentar, DariAcordar, através de um protocolo de cooperação, em que os CTT cedem, por um ano,

dois dos seus quadros superiores em regime de full-time, para apoiar o trabalho de coordenação e

operacionalização do movimento.

Também este ano se realizou o “Pai Natal Solidário”, em que crianças carenciadas de 50 instituições

escreveram 2 058 cartas ao Pai Natal com os seus desejos.

Deu-se continuidade ao “Projeto de Luta contra a Pobreza e a Exclusão Social” lançado em 2008,

com a entrega gratuita de donativos a 25 instituições protocoladas (33 450 embalagens solidárias) e

a organização das campanhas: “Um Livro por um sorriso” - recolha de 200 mil livros nas lojas, a

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Relatório e Contas 2012

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favor de Timor-Leste; “Vamos Abraçar a Saúde” – recolha de materiais consumíveis médicos e de

enfermagem, a favor do Hospital Ayres de Menezes, em São Tomé e Príncipe; recolha de produtos

alimentares e de higiene para o Banco do Bebé.

Lançou-se ainda o projeto Carteiro Solidário, em que foram entregues bens excedentes a

associações que os encaminharam para pessoas carenciadas.

Das ações desenvolvidas nas vertentes governance, económica, ambiental e social, destacam-se:

Manutenção das certificações existentes em áreas internas dos CTT, serviço mailManager e

Correio de Prova;

Manutenção dos sistemas de gestão ambientais certificados nas áreas mais sensíveis: Centros

Operacionais de Correios do Norte, Centro e Sul e em diversas subsidiárias (CTT Expresso,

Mailtec e EAD), com uma nova certificação (Tourline);

Expansão da cobertura da certificação de serviços das lojas e dos centros de distribuição postal

(CDP), tendo sido atingido o número total de 550 lojas, que corresponde a 2/3 da atividade do

atendimento e 309 CDP, que corresponde a 95% da atividade de distribuição;

Implementação de regras de governance no âmbito dos produtos financeiros, cumprindo os

princípios definidos pelo Banco de Portugal;

Conclusão da certificação energética dos maiores edifícios próprios dos CTT, mais de meia

centena. Na sequência da mesma foram identificadas oportunidades de poupança energética

superiores a 700 mil euros/ano, que serão concretizadas faseadamente através de Planos de

Racionalização Energética;

Teste e aquisição de viaturas elétricas (dois novos veículos de 4 rodas para distribuição em zona

urbana, com capacidade de carga 2,2m3 e autonomia de 100 Km), renovação da frota com 26

veículos pesados de acordo com a norma EURO5+EEV, cumprindo os padrões de emissões mais

exigentes da UE, aquisição de 150 bicicletas eletricamente assistidas e substituição de 185

veículos ligeiros por outros mais eficientes;

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Melhoria do detalhe e fiabilidade da informação ambiental presente no scorecard dos

Compromissos de Gestão, que estabelece metas e apresenta desempenhos desdobrados ao

nível das unidades operacionais de base, relativos aos consumos de combustíveis, eletricidade

e papel, a fim de responder aos objetivos de sustentabilidade vigentes, o qual teve um

contributo muito significativo em termos de consumo energético e de poupanças;

No âmbito das alterações climáticas e da biodiversidade, os CTT integram a iniciativa

comunitária Business & Biodiversity, participaram num estudo do IPC sobre os impactos da

indústria postal na biodiversidade e continuam a colaborar ativamente nas iniciativas do

Programa Print Power, direcionado para a promoção da utilização sustentável de papel enquanto

suporte de comunicação.

Apadrinhamento de uma chita (acinonyx jubatus, uma espécie ameaçada), no zoo de Lisboa,

batizada pelos trabalhadores com o nome de Dákartas. Escolheu-se simbolicamente este animal

por ser o mais veloz do mundo, uma vez que os CTT pretendem estabelecer-se como líder dos

mercados em que opera;

Aumento do volume de formação em 5%, com 304 477 horas;

Validação e certificação de competências de mais 179 trabalhadores (9º ano e 12º ano), tendo

sido concluídas 1 126 certificações. No total, foram recebidas 2 769 inscrições, o que representa

20% dos trabalhadores dos CTT;

Formação de doze técnicos de 7 países PALOPS e da UPAEP - União Postal das Américas,

Espanha e Portugal, no âmbito da cooperação com outros operadores postais;

Difusão interna de sete newsletters sobre vários temas ligados à Higiene e Segurança. Como

estímulo para as unidades operacionais, foi divulgada várias vezes no ano a lista de equipas que

não registaram qualquer acidente laboral e rodoviário de 2010 a 2012;

Redução dos acidentes laborais em 11% (792 acidentes) e dos dias perdidos em 22% (20 751

dias);

Redução do absentismo de 7,2% para 6,7%;

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Atribuição de patrocínios a projetos comunitários de relevância e celebração de novos

protocolos, num total de 400 mil €, alocados a mais de duas dezenas de iniciativas no âmbito

da responsabilidade social: venda do Pirilampo Mágico, Maratonas para deficientes motores,

Corrida da Mulher, Revista Visão Braille, Liga Portuguesa Contra o Cancro, Abraço, CAIS,

Fundação Portuguesa de Cardiologia, Associação Portuguesa Contra a Leucemia, Associação

Salvador, Refúgio Aboim Ascensão, Alzheimer Portugal, entre outras;

Recolha interna anual de donativos, no âmbito do programa “Somar Para Dividir”, que angariou

7,2 toneladas de donativos, tratados e triados por 44 voluntários CTT e entregues a 23

instituições do continente e ilhas;

Adesão à Semana Europeia da Mobilidade, com a iniciativa “De bicicleta para o trabalho!”, nos

edifícios do Parque das Nações e em Cabo Ruivo (Lisboa), locais onde há estacionamento

gratuito e seguro. Também aderiram trabalhadores noutros pontos do país;

No domínio da inclusão e acessibilidade, emissão da série filatélica “Comunicar a Cores”,

dedicada ao código de identificação de cores para daltónicos e construção e remodelação de 5

rampas de acesso às lojas CTT para deficientes motores;

Dinamização de 11 acordos permanentes da PayShop com diversas instituições, para recolha de

donativos na sua rede de agentes, além de campanhas temporárias para várias causas;

Renovação do acordo de colaboração da Tourline com a ONG Save the Children, que continuou a

ser o operador logístico e o patrocinador da corrida “quilómetros de Solidariedade”;

Assinatura de Adenda ao Protocolo de Cooperação existente entre os CTT e a API – Associação

Portuguesa de Imprensa, formalizando o envio gratuito de jornais e outras publicações

periódicas para a Escola Portuguesa de Maputo, em Moçambique, até ao final de 2012;

Organização de mais uma recolha de sangue, em parceria com o Centro de Histocompatibilidade

do Sul, para despiste e angariação de dadores de medula óssea;

Adesão ao peditório nacional de pilhas e baterias nos grandes edifícios da empresa a favor do

IPO (Instituto Português de Oncologia), promovido pela Ecopilhas, ação simultaneamente de

educação ambiental e com contornos sociais;

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Dinamização do voluntariado empresarial através de dez iniciativas. Três no domínio da

promoção da biodiversidade, em parceria com a Quercus: eliminação de infestantes para

permitir o desenvolvimento de espécies autóctones (nomeadamente azinheiras) no Parque

Natural das Serras de Aires e Candeeiros; proteção da Leuzea longifolia, um endemismo em risco

de extinção, perto de Leiria; e conservação de habitats naturais na Lagoa de Albufeira. As

restantes iniciativas, de cariz social, foram desde o estabelecimento de uma parceria com a

Fundação Portuguesa de Cardiologia na campanha “Desafio do Coração”, passando pelo evento

“Pão de Todos para Todos” em associação com a CAIS já no final de 2012.

Neste ano, 100 voluntários participaram nas ações organizadas pela empresa ou a que aderiu,

tendo atingido mais de mil horas de atividade. A base de voluntários ascende atualmente a

cerca de 500 voluntários.

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6. RECURSOS HUMANOS

O Desenvolvimento de Recursos Humanos organiza-se em torno de três eixos: adequar, atrair e

fidelizar recursos humanos, em clima de concertação social.

A carta dos valores e qualidades profissionais (Figura 4) afirma-se como a componente genética da

cultura corporativa dos CTT.

Figura 4

Em 2012 a gestão de recursos humanos manteve-se condicionada pelas medidas que foram

aplicadas de acordo com o Orçamento de Estado (OE) para 2011 e pelas orientações do Governo

para o Sector Empresarial do Estado (SEE) sobre política salarial e redução de custos operacionais.

No Orçamento de Estado para 2012, à redução remuneratória, proibição de valorizações

remuneratórias e outras determinações que continuaram em vigor, acresceu a suspensão dos

subsídios de férias e de Natal (artigos 20.º e 21.º da Lei n.º 64-A/2011, de 30 de dezembro).

Em todas as empresas dos CTT continuou a ser aplicada a redução remuneratória determinada pelo

artigo 19.º da Lei n.º 55-A/2010, de 31 de dezembro que aprovou o OE 2011. A redução

remuneratória continua a abranger as remunerações superiores a 1 500 euros e a concretizar-se

através da aplicação de uma taxa progressiva entre os 3,5% e os 10%. Em relação aos órgãos

Valores e qualidades profissionaisValores e qualidades profissionais

ValoresValores Qualidades profissionaisQualidades profissionais

► Iniciativa e respeito pelos valores

► Ambição e desenvolvimento profissional

► Integração e adaptação aos desafios

► Comunicação e relações interpessoais

► Capacidade de gestão e trabalho em equipa

► Excelência e qualidade

► Satisfação do cliente e outros stakeholders

► Orientação para a eficiência e resultados

► Respeito e confiança

► Sustentabilidade e inovação

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Relatório e Contas 2012

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sociais esta medida acresceu à redução de 5% da remuneração fixa mensal já efetuada a partir de 1

de junho de 2010, resultante da aplicação da Lei n.º 12-A/2010, de 30 de junho. Foram também

cumpridas as normas relativas a contratos de aquisição de serviços, proibição de valorizações

remuneratórias e subsídio de refeição (respetivamente artigos 22º, 24º e 28º da Lei n.º 55-A/2010),

às ajudas de custo e transporte, trabalho extraordinário e trabalho noturno (em conformidade com o

estipulado no art.º 31.º da referida Lei). A suspensão do pagamento de subsídios de férias e de

Natal aplica-se aos trabalhadores cuja remuneração base mensal seja superior a €1 100; os que

auferem entre €600 e €1 100 continuam a receber embora com a redução prevista na lei.

Foi mantida a aplicação das medidas de redução de gastos com pessoal que integraram o Programa

de Redução de Custos, nomeadamente: eliminação do prémio de qualidade, não substituição de

saídas, redução do abono de família, eliminação dos telefones residenciais subsidiados, redução do

número de viaturas não operacionais e de telemóveis, redução dos plafonds de combustível e de

telemóveis, redução de chefias, celebração de acordos de suspensão e de acordos de rescisão do

contrato de trabalho.

Em consequência da política de ajustamento dos recursos humanos à evolução dos negócios e a

uma forte orientação para a redução de custos, no final de 2012 os efetivos dos CTT (efetivos do

quadro e contratados a termo) ascendiam a 13 167, -4,8% do que em 2011.

Efetivos dos CTT

31.12.2011 31.12.2012 % 2012/2011 CTT, SA 11 923 11 391 -4,5% PostContacto 41 40 -2,4% CTT Gest 23 23 - Mailtec Processos 318 166 -47,8 PayShop Portugal 32 32 - CTT Expresso 677 658 -2,8% Tourline Express 443 480 8,4% CORRE 44 63 43,2% Mailtec (exceto Mailtec Processos) 234 219 -6,4% EAD 101 95 -5,9% Total, do qual: 13 836 13 167 -4,8% Efetivos do quadro 12 666 12 308 -2,8% Contratados a termo 1 170 859 -26,6% Total em Portugal 13 349 12 624 -5,4%

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Em resultado das medidas de contenção, foram admitidos 81 trabalhadores, enquanto ocorreram

436 saídas. Das 384 saídas ocorridas nos CTT, SA, 306 foram por aposentação ou reforma, 66 por

cessação do contrato de trabalho e 12 por falecimento.

No domínio do recrutamento e mobilidade foram divulgadas internamente oportunidades para o

preenchimento de 100 postos de trabalho e 13 no âmbito da UPU.

Foram concedidos 34 estágios, dos quais 14 profissionais e 20 curriculares. Proporcionou-se ainda 2

estágios a alunos com necessidades educativas especiais, dando expressão à política de

responsabilidade social dos CTT.

No conjunto das empresas CTT, para satisfazer necessidades transitórias de trabalho foram

celebrados ou renovados 1 741 contratos de trabalho a termo e 102 de trabalho temporário.

No domínio da contratação, a fonte preferencial de candidaturas continuou a ser através do

facebook, tendo sido recebidas cerca de 24 000 candidaturas.

Com o objetivo de aumentar o nível das qualificações académicas, enquanto contributo para a

melhoria contínua da qualidade do serviço ao cliente, manteve-se a exigência do 12º ano como nível

mínimo para contratação, o que permitiu continuar a elevar o nível das habilitações literárias. O

efetivo com habilitações inferiores ao 9º ano diminuiu de 17,6% para 16,7% e, em contrapartida,

aumentou o efetivo com o ensino secundário, de 41,0% para 43,0% e com o ensino superior de

10,8% para 11,3%.

Figura 5

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Foi desenvolvido o processo anual de avaliação de desempenho relativo à atividade do ano de

2011, para o conjunto dos trabalhadores da empresa, o qual visou apoiar a gestão por objetivos, a

relação entre chefia e trabalhador, a identificação de necessidades de formação e

corresponsabilização da chefia e trabalhador pelo desenvolvimento profissional, a gestão de

talentos e a política de reconhecimento do mérito e contribuição para os resultados.

No âmbito do programa de desenvolvimento dos recursos humanos e gestão de talentos deu-se

continuidade ao projeto de construção do diretório empresarial de competências e assessment de

quadros das empresas dos CTT, anteriormente realizado para as áreas de marketing e vendas e de

operações e produção.

Na perspetiva de modernização e adequação dos CTT e do seu enquadramento laboral à evolução da

sociedade, da economia e do mercado, e dando resposta aos desafios que o sector postal enfrenta,

a empresa desencadeou o processo de revisão e unificação dos dois Acordos de Empresa vigentes

nos CTT, tendo-se realizado em 2012 diversas reuniões com os Sindicatos subscritores, num total de

32 sessões negociais formais a que acresceram inúmeras reuniões bilaterais correlacionadas. Já em

2013 chegou-se a acordo com todos os sindicatos que participaram nas negociações para

celebração de um novo e único Acordo de Empresa.

Em matéria de concertação social realizaram-se, em 2012, 10 reuniões com a Comissão de

Trabalhadores e 6 com os sindicatos representativos da empresa (SNTCT, SINDETELCO, SITIC,

SICOMP e GCSI).

No que concerne à conflitualidade laboral, registou-se em 2012 um significativo decréscimo do

número de greves realizadas em relação a 2011 (de 14 para 8, -42,9%), traduzido no decréscimo do

número de dias perdidos por este motivo (2 538 vs. 4 313, -41,2%). No mesmo período verificou-se

um acréscimo do número de reuniões (plenários) de trabalhadores (237 para 184, +28,8%), sendo a

Comissão de Trabalhadores responsável por 77,2% destas reuniões.

Higiene, Segurança e Ergonomia

A nível da prevenção, realizaram-se 341 intervenções para avaliação de condições de trabalho e de

riscos em estabelecimentos dos CTT.

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Relatório e Contas 2012

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No que concerne à sinistralidade laboral, verificaram-se 792 acidentes laborais (-11% do que em

2011) e 20 751 dias de ausência ao trabalho por incapacidade temporária absoluta (-22% do que

em 2011), não tendo ocorrido qualquer acidente mortal.

No âmbito da qualificação de doenças profissionais, o Centro Nacional de Prevenção Contra os

Riscos Profissionais reconheceu 12 doenças ocupacionais do foro músculo-esquelético.

No sentido de reduzir a sinistralidade laboral e rodoviária e focalizar as equipas no tema, foi criado e

distribuído o “quadro da sinistralidade” para as áreas operacionais da distribuição, tratamento e

transportes. A informação conteve um contador do número de dias sem acidentes laborais.

Constatou-se a existência de 15 centros de distribuição postal que não registaram acidentes nos

últimos 3 anos.

Em 2012 divulgaram-se 7 newsletters sobre vários temas ligados à segurança no trabalho.

Formação

Manteve-se a regularidade mensal dos trabalhos do Fórum de Formação dos CTT, em que têm

assento as áreas de recursos humanos da empresa e os clientes internos de maior dimensão, e cuja

missão consiste em promover a melhoria contínua da qualidade da formação.

Em 2012 realizaram-se 10 453 ações de formação (+18,0% do que em 2011), com 73 912

participações (+4,3%) e atingiu-se um volume de formação de 304 477 horas (+5,5%).

As áreas temáticas que registaram um maior volume de formação foram qualidade (17%), formação

de base que engloba o Centro de Novas Oportunidades e as horas concedidas ao abrigo do estatuto

de trabalhador estudante (16%), produtos e serviços (15%), enquadramento da empresa (13%),

comportamental (6%), sistemas de informação (6%), saúde e segurança no trabalho, gestão e

economia e recursos humanos (5% cada).

Pela abrangência e impacto em populações ou domínios chave do negócio, bem como pela sua

importância para a competitividade e desenvolvimento da empresa, destacam-se os seguintes

programas de formação: certificação dos sistemas de gestão integrados (além da qualidade,

abrangem o ambiente e a segurança), qualificação de agentes de seguros, desenvolvimento das

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chefias das lojas e dos centros de distribuição postal e responsáveis do serviço ao cliente,

marketing e vendas, gestão e organização da produção, condução eco defensiva, segurança e

higiene no trabalho, sistemas de informação, formação comportamental e cooperação internacional.

Dada a dispersão geográfica da população da empresa, o vasto portefólio e a ênfase no controlo de

gastos, continuou a intensificar-se a aposta na realização de programas pelas vias de dinamização

em local e de formação à distância.

Na dinamização em local predominaram os temas qualidade e processos de certificação,

enquadramento na empresa e produtos e serviços, num total de 105 773 horas, 35 % do total da

formação realizada.

Na modalidade de formação à distância salientam-se os cursos sobre produtos (cobrança de

portagens e televisão digital terrestre), sobre o novo acordo ortográfico e sobre o “Kit representante

do empregador” que se destina a dar os conhecimentos necessários para uma atuação prática e

eficaz na implementação das atividades de Higiene, Segurança e Ergonomia. As ações de formação

à distância tiveram 4 096 participações, totalizando um volume de formação de 28 025 horas e

representando 9,2% do total da formação realizada.

Face às restrições orçamentais, o programa de formação pós-graduada foi limitado a 14 pós-

graduações nas áreas da gestão, tecnologias de informação, marketing e direito. Foi também

organizada uma edição do Curso Geral de Gestão, em regime intraempresa, nas instalações da Nova

Executivos (Instituto de Formação de Executivos da Nova School of Business and Economics), com a

duração de 146 horas letivas, que envolveu 40 responsáveis dos CTT.

Ainda em 2012, foram certificados através do Centro Novas Oportunidades dos CTT 179

trabalhadores (178 ao nível do ensino secundário e 1 ao nível do básico) e foram recebidas 108

novas inscrições. Criado em 2004 e em regime de autofinanciamento, desde o início da sua

atividade recebeu 2 769 inscrições e proporcionou 1 126 certificações (41%), sendo 486 ao nível do

ensino básico (4º, 6º e 9º anos de escolaridade) e 640 ao nível do ensino secundário (12º ano).

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Relatório e Contas 2012

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7. ANÁLISE ECONÓMICA E FINANCEIRA

O presente título sintetiza os resultados consolidados alcançados pelos CTT no exercício económico

de 2012 e a situação patrimonial e financeira consolidadas a 31 de dezembro de 2012.

A sua leitura deve ser realizada em conjugação com a análise efetuada a propósito das contas

individuais da empresa e com as demonstrações financeiras consolidadas e notas anexas. A

consolidação das empresas dos CTT foi efetuada pelo método de integração global, tendo sido

eliminadas na consolidação as transações e saldos significativos entre as diferentes sociedades.

Na presente análise está incluída a consolidação das atividades da empresa-mãe e das seguintes

subsidiárias e empreendimentos conjuntos:

CTT – Correios de Portugal, SA (empresa-mãe)

PostContacto – Correio Publicitário, Lda 100%

CTT Expresso – Serviços Postais e Logística, SA 100%

Tourline Express Mensajería, SU 100%

PayShop (Portugal), SA 100%

CORRE – Correio Expresso de Moçambique, SA 50%

CTT GEST – Gestão de Serviços e Equipamentos Postais, SA 100%

Grupo Mailtec 100%

EAD – Empresa de Arquivo de Documentação, SA 51%

Ti-Post – Prestação de serviços informáticos, ACE 49%

Postal Network – Prestação de Serviços de Gestão de

Infraestruturas de Comunicações, ACE 49%

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Relatório e Contas 2012

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Resultados consolidados

Demonstração de resultados consolidados

mil euros 2011 2012 % 12/11

Rendimentos operacionais 761 074 711 691 -6,5 Vendas e Prestação de Serviços 741 850 699 332 -5,7

Vendas 24 523 24 300 -0,9 Prestações de Serviços 717 327 675 033 -5,9

Outros rendimentos operacionais 19 223 12 359 -35,7 Trabalhos para a própria entidade 806 572 -29,1 Outros Rendimentos e Ganhos 18 417 11 787 -36,0

Gastos operacionais excluindo imparidades, provisões, depreciações e gastos não recorrentes

657 329 619 325 -5,8

Custo das mercadorias vendidas e das matérias consumidas

18 353 18 543 1,0

Fornecimentos e serviços externos 256 464 246 416 -3,9 Gastos com o pessoal 363 570 342 758 -5,7

Gastos correntes 341 912 323 340 -5,4 Benefícios aos empregados 21 658 19 418 -10,3

Outros gastos e perdas operacionais 18 942 11 608 -38,7

Resultado antes de depreciações e imparidades, resultados não recorrentes, gastos de financiamento e impostos (EBITDA)

103 745 92 366 -11,0

Imparidades de inventários e contas a receber (perdas/reversões)

3 119 798 -74,4

Provisões (aumentos/reversões) 795 2 857 259,6 Imparidades ativos não depreciáveis 1 942 -100,0 Depreciações/ amortizações e imparidade de investimentos (perdas/reversões)

22 252 24 636 10,7

Resultado antes de resultados não recorrentes, gastos de financiamento e impostos (EBIT)

75 636 64 075 -15,3

Reestruturações empresariais (gastos) 10 976 12 557 14,4 Outros rendimentos e gastos não recorrentes 5 480 9 208 68,0

Resultado antes de gastos de financiamento e impostos 59 180 42 310 -28,5

Rendimentos financeiros, líquidos 19 670 14 247 -27,6 Ganhos/perdas em associadas 85 240 183,9 Resultado antes de impostos (EBT) 78 934 56 797 -28,0 Imposto sobre o rendimento do período - 22 693 - 18 011 20,6 Resultado antes de interesses minoritários 56 241 38 786 -31,0 Prejuízos (lucros) atribuíveis a Interesses minoritários - 423 - 232 45,1 Resultado líquido do período (RL) 55 818 38 554 -30,9  

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Relatório e Contas 2012

80

No exercício económico findo em 31 de dezembro de 2012, os CTT obtiveram um resultado líquido

consolidado de 38,6 M.€, valor 17,3M.€ aquém do atingido no ano de 2011, como consequência do

reconhecimento dos efeitos da decisão de inconstitucionalidade da suspensão do pagamento do

subsídio de férias em 2013, que obrigou à sua especialização no ano de 2012, e de gastos não

recorrentes no ano de 2012 no valor de 21,8 M.€. Este resultado corresponde a um resultado líquido

consolidado por ação de Euro 2,20 e a uma rendibilidade do capital próprio de 14,1%.

A formação do lucro do período resultou fundamentalmente da performance obtida pela atividade

operacional que gerou um resultado antes de depreciações e imparidades, resultados não

recorrentes, gastos de financiamento e impostos (EBITDA ajustado) de 92,4 M.€, 11% aquém do

obtido em 2011. Contudo, previamente à decisão de inconstitucionalidade, emitida pelo Tribunal

Constitucional, da suspensão do pagamento do subsídio de férias em 2013 superveniente ao

encerramento do ano de 2012, o EBITDA ajustado havia crescido 6,1% para 110,1 M.€.

O impacto das medidas tomadas através da manutenção do programa de redução de custos

implementado em anos anteriores, a relevante redução do efetivo médio e o não pagamento do

subsídio de Natal de 2012 não foram suficientes para compensar o reconhecimento dos valores

relativos ao subsídio de férias a pagar em 2013 (decisão de inconstitucionalidade) e os efeitos da

conjuntura económica desfavorável, nomeadamente ao nível da atividade económica, que afetou

também os negócios com tendência de crescimento futuro como o expresso e encomendas.

A atividade operacional foi condicionada pelo recuo dos rendimentos operacionais em 49,4 M.€

(-6,5%), tendo os gastos operacionais consolidados também caído 5,8% (-38 M.€), esforço de

redução superior à diminuição dos rendimentos mas que foi afetado negativamente pela

reintrodução do subsídio de férias, que não se encontrava reconhecido nas contas de 2011, o que

originou uma diminuição da margem operacional antes de gastos não recorrentes para 64,1 M.€.

Os CTT registaram em 2012, como resultados não recorrentes, -21,8 M.€ reconhecendo

fundamentalmente gastos associados ao processo de celebração de acordos de suspensão de

contratos de trabalho, forte incremento das provisões para fazer face a contingências laborais e a

eventuais responsabilidades contratuais, especificamente relacionadas com os edifícios arrendados

devolutos com contratos de longo prazo. Desta forma, os resultados antes de gastos de

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Relatório e Contas 2012

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financiamento e impostos situaram-se em 42,3 M.€, 16,9 M.€ aquém do atingido em 2011 e a

margem EBIT baixou para 5,9%.

Os resultados financeiros de 14,5 M.€, caíram cerca de 5,3 M.€ face aos registados no ano transato

dada a queda das taxas de remuneração das aplicações financeiras ocorrida durante o ano,

altamente influenciadas pelos limites impostos pelo Banco de Portugal. De referir no entanto que

parte do impacto da redução das taxas de juro foi colmatado com disponibilidades superiores e uma

melhor gestão dos prazos de aplicação para maximização das taxas de aplicação.

Os resultados antes de impostos e interesses minoritários totalizaram 56,8 M.€ caindo 22,1 M.€

face ao atingido em 2011 em resultado da diminuição do EBIT justificado pela medida de

inconstitucionalidade, do acréscimo de 5,3M.€ dos gastos não recorrentes e da redução dos

resultados financeiros.

7.1. Rendimentos operacionais

A atividade operacional dos CTT, ao longo de 2012, continuou a ser profundamente condicionada

pela conjuntura económica desfavorável e aprofundamento da crise financeira, que impactou

acentuadamente a o volume de negócios. O comportamento da procura de serviços manteve a

tendência de quebra registada ao longo de todo o exercício de 2011 e afetou negativamente os

rendimentos operacionais que caíram 6,5% (49,4 M.€) em 2012, para 711,7 M.€.

Rendimentos Operacionais

mil euros 2011 2012 % 12/11Vendas e prestação de serviços 741 850 699 332 -5,7 Vendas 24 523 24 300 -0,9 Prestação de serviços 717 327 675 033 -5,9 Outros rendimentos operacionais 19 223 12 359 -35,7

Trabalhos para a própria entidade 806 572 -29,1 Outros Rendimentos e Ganhos 18 417 11 787 -36,0

Rendimentos Operacionais 761 074 711 691 -6,5

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Relatório e Contas 2012

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As vendas e prestação de serviços, rubricas dominantes ao nível dos rendimentos operacionais

consolidados (98,3%), integram: (i) a atividade postal e de correspondência não endereçada, que

constituem a área de negócio Correio; (ii) a prestação de serviços expresso e encomendas,

correspondendo à área de negócio Expresso; (iii) a prestação de serviços financeiros postais e as

soluções de pagamentos via PayShop, que representam a área de negócio Serviços Financeiros e;

(iv) as atividades de produção de correio para grandes clientes, consubstanciadas nas áreas de

printing & finishing e a atividade de arquivo de documentação, integrantes da área de negócio

Soluções Empresariais. Totalizaram 699,3 M.€, valor correspondente a uma diminuição de 42,5 M.€

(-5,7%) face ao atingido em 2011, em grande parte devido à queda do tráfego de correio físico.

As vendas atingiram um valor ligeiramente abaixo do registado em 2011 (-0,2 M.€ ou -0,9%).

A prestação de serviços registou uma diminuição, de 42,3 M.€ (-5,9%) para 675 M.€, que se fez

sentir em praticamente todas as empresas objeto de consolidação mas com maior acuidade nos CTT

SA, na CTT Expresso e na Mailtec.

Nos CTT SA, a prestação de serviços caiu 6,6% refletindo particularmente a queda do tráfego de

correspondências e marketing direto. O tráfego postal recuou 8,8% face a 2011 afetando

transversalmente os vários segmentos. A prestação de serviços na CTT Expresso caiu 6,7% pese

embora o tráfego distribuído ter recuado apenas 2,5% face a 2011, o que se justifica por uma

procura de serviços de menor valor.

Nas restantes subsidiárias e com exceção da CORRE, que iniciou a sua atividade no segundo

semestre de 2010, o quadro de declínio da procura manteve-se, tendo a prestação de serviços da

Mailtec e da EAD recuado 13,1% e 16% respetivamente. Na PostContacto também o tráfego não

endereçado observou um recuo de 4,9% relativamente ao ano anterior, originando um decréscimo

de 6% na respetiva prestação de serviços.

Quanto à PayShop, os rendimentos derivados da prestação de serviços acusaram igualmente um

decréscimo (-5,3%) influenciado pelo menor número de transações efetuadas (-2,5%), como

consequência em grande medida da opção tomada por um operador de telecomunicações de

descontinuar os carregamentos de 5€.

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Relatório e Contas 2012

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Por fim, a prestação de serviços da Tourline manteve praticamente os valores registados em 2011

apesar da queda do tráfego observada (-1,1%), tendo incrementado as receitas das lojas próprias

face ao decréscimo de receitas dos franchisados.

Os outros rendimentos operacionais, que incluem os trabalhos para a própria empresa e ainda

outros rendimentos e ganhos, registaram um decréscimo de 6,9 M.€ (-35,7%) principalmente ao

nível dos CTT SA. 

O Conselho de Administração aprovou, com efeitos a partir de 1 de janeiro de 2013, uma nova

macroestrutura para os CTT. Assim, para efeitos de reporte, os CTT alteraram, relativamente a 2012,

a metodologia de construção de informação por segmentos operacionais passando a utilizar uma

lógica de área de negócio em vez da lógica operacional utilizada até 2011. Por esse fato, não é

apresentada informação comparativa.

O negócio dos CTT encontra-se segmentado por Áreas de Negócio da seguinte forma:

• Correio – CTT SA sem serviços financeiros, rede de lojas, área de soluções empresariais e

áreas corporativas e de suporte, mas incluindo a PostContacto, a Mailtec Processos e a

CTT Gest;

• Expresso – inclui a CTT Expresso, a Tourline e a Corre;

• Serviços financeiros – PayShop e serviços financeiros dos CTT SA;

• Soluções empresariais – engloba a Mailtec Consultoria, a Mailtec Comunicação, a EAD e

ainda a área de soluções empresariais dos CTT SA.

Além das quatro áreas de negócio acima referidas, existem dois canais de venda, transversais a

todos os negócios e produtos, a Rede de Lojas e os Grandes Clientes. A Rede de Lojas, estando

associada às obrigações no âmbito da concessão do serviço postal universal, encontra-se, para

efeitos desta análise, incorporada na Área de Negócio Correio integrando os rendimentos internos

relacionados com a sua prestação interna de serviços a outras Áreas de Negócio, assim como a

venda de produtos e serviços de terceiros realizados na sua rede.

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Relatório e Contas 2012

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A informação relativa às áreas corporativas e de suporte é objeto de afetação aos diferentes

departamentos dos CTT SA em função do número de empregados ao serviço.

O volume dos rendimentos operacionais encontra-se primordialmente centrado na área de negócio

Correio, integrando os rendimentos core dos CTT. A área de negócio de Expresso, a segunda em

termos de importância, obteve, em 2012, 128,1 M.€ de rendimentos operacionais o que constitui

um recuo de cerca de 5,8 M.€ face aos valores atingidos em 2011. Este recuo tem como origem o

comportamento dos rendimentos operacionais da CTT Expresso e Tourline, que diminuíram 7,3% e

1,2%, respetivamente, parcialmente compensados com o crescimento de 61,3% (+0,7 M€)

registado na Corre.

Das restantes áreas de negócio, os Serviços Financeiros e as Soluções Empresariais registam

rendimentos operacionais que constituem, respetivamente, 11% e 4,3% dos do Correio. Importante

notar que na área de negócio Serviços Financeiros, a receita advém principalmente da prestação de

serviços pagos através de comissões, não estando aqui incorporada a receita que é originada pelos

ganhos financeiros das aplicações de fundos gerados por esta atividade que se estima em cerca de

33% das receitas financeiras.

mil euro Correio ExpressoServiços

FinanceirosSoluções

Empresariais

ServiçosCentrais

CTT

Eliminações intragrupo

Rendimentosoperacionais

Vendas e prestação de serviços 500 178 126 788 54 326 21 175 1 122 - 4 257 699 332

Vendas 23 008 1 305 - 14 24 300

Prestação de serviços 477 170 125 483 54 326 21 175 1 122 - 4 244 675 033

Outros rendimentos e ganhos 36 997 1 344 4 660 1 837 61 313 - 93 792 12 359

Afetação Serv. Centrais CTT 72 374 - 72 374

Rendimentos operacionais 537 175 128 132 58 985 23 012 134 809 - 170 423 711 691

Rendimentos operacionais por Área de Negócio

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Relatório e Contas 2012

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7.2. Gastos operacionais1

Os gastos operacionais consolidados ascenderam a 619,3 M.€, recuando 38 M.€ face ao valor

registado no exercício económico de 2011. Apesar do reconhecimento dos montantes associados ao

subsídio de férias a pagar em 2013 (cerca de 17,7 M.€), como consequência da decisão do Tribunal

Constitucional, o impacto da manutenção e aprofundamento das ações desenvolvidas no sentido da

redução de custos desde 2010 (consequência dos compromissos assumidos) e as medidas

implementadas durante o ano levaram os gastos operacionais a cair 5,8 % face aos observados no

ano anterior.

Os gastos com pessoal e os fornecimentos e serviços externos continuam a deter um peso decisivo

(95,1%) na estrutura de gastos do Grupo. Em 2012 a sua importância relativa face ao conjunto dos

gastos operacionais ascendia a, respetivamente, 55,3% e 39,8% (contra 55,3% e 39% no final de

2011).

Gastos Operacionais Consolidados

mil euros 2011 2012 % 12/11Custo existências vendidas e consumidas 18 353 18 543 1,0 Fornecimentos e serviços externos 256 464 246 416 -3,9 Gastos com o pessoal, dos quais 363 570 342 758 -5,7

Gastos correntes 341 912 323 340 -5,4 Benefícios aos empregados 21 658 19 418 -10,3

Outros gastos operacionais 18 942 11 608 -38,7

Gastos operacionais consolidados (excluindo gastos não recorrentes)

657 329 619 325 -5,8

O custo das mercadorias vendidas e matérias consumidas totalizou 18,5 M.€ atingindo um valor

ligeiramente acima do registado em 2011. O crescimento desta rubrica na CTT SA foi quase

compensado pelos decréscimos observados na Mailtec e na CTT Expresso.

O decréscimo de 10 M.€ (-3,9%) nos fornecimentos e serviços externos resulta do recuo desta

rubrica na CTT SA, na CTT Gest, na EAD e na CTT Expresso, ligeiramente atenuado pelo crescimento

registado aa Tourline, na CORRE e na Mailtec.

1 CMVC + FSE + Gastos com pessoal + outros gastos operacionais

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Relatório e Contas 2012

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Os gastos com pessoal do Grupo voltaram a cair em 2012, recuando 20,8 M.€ face ao valor atingido

em 2011 (-5,7%) principalmente por via dos gastos correntes que diminuíram 18,6 M.€ fruto da

redução do quadro de pessoal e do número de chefias. Este recuo incorpora os impactos do não

pagamento do subsídio de Natal relativo a 2012 mas, em sentido contrário, contempla o

reconhecimento do subsídio de férias de 2012 a pagar em 2013 que ascendeu a 17,7 M.€,

resultando num efeito quase neutro neste campo.

O decréscimo dos gastos com pessoal (corrigidos de resultados não recorrentes) teve origem

principalmente nas reduções registadas nos CTT SA (-18 M.€), na Mailtec (-1,3 M.€), na CTT Gest

(-0,6 M.€) e na CTT Expresso (-0,1 M.€). A PayShop e a EAD registaram igualmente reduções mas de

expressão mais reduzida. Os gastos correntes da Tourline aumentaram 0,5 M.€ (+3,8%).

Os valores assumidos com gastos recorrentes associados a benefícios aos empregados, na sua

quase totalidade residentes nos CTT SA, ascenderam em 2012 a 19,4 M.€, representando

decréscimo de 2,2 M.€ face ao ano anterior. Englobam fundamentalmente rubricas associadas a

cuidados de saúde pós reforma e outros benefícios pós reforma.

Os gastos com cuidados de saúde registaram um decréscimo de 1 M.€ (-5,2%), totalizando 17,6

M.€. As responsabilidades atuariais avaliadas no final de 2012 atingiram valores inferiores em 19,3

M.€ aos registados no final de 2011.

Os gastos recorrentes do período associados a outros benefícios pós emprego, no seu todo,

ascenderam a 1,8 M.€.

Os outros gastos e perdas operacionais de 11,6 M.€ recuaram 7,3 M.€. A redução verificada nos CTT

SA (-7,9 M.€) foi parcialmente absorvida pelo crescimento registado na Tourline (+0,5 M.€).

mil euro Correio ExpressoServiços

FinanceirosSoluções

Empresariais

ServiçosCentrais

CTT

Eliminações intragrupo

Gastosoperacionais

Forn e serv externos 108 680 92 298 8 203 9 927 55 727 - 28 420 246 416

Gastos com pessoal 235 048 23 927 3 190 7 969 72 623 342 758Outros gastos 65 082 2 212 22 785 3 244 6 458 - 69 630 30 151Afetação Serv. Centrais CTT 71 493 583 298 - 72 374 Gastos operacionais 480 303 118 437 34 760 21 439 134 809 - 170 423 619 325

Gastos operacionais por Área de Negócio

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Relatório e Contas 2012

87

Ao incluir as funções de tratamento, distribuição, transporte e a rede de lojas, áreas com maior peso

dentro dos CTT SA, a área de negócio Correio concentra um volume significativo de gastos

operacionais (480,3 M.€).

Os gastos operacionais da área de negócio Expresso atingiram 118,4 M.€, valor ligeiramente inferior

ao registado no ano transato (-0,7%), também influenciado pelas medidas de redução de gastos

implementadas nos CTT.

No que diz respeito às restantes áreas de negócio, salienta-se que os gastos operacionais dos

serviços financeiros e das soluções empresariais atingem valores de menor dimensão constituindo

7,2% e 4,5% dos registados pelo Correio.

7.3. Programa de redução de custos

Os CTT assumiram com o acionista o compromisso de reduzir até final de 2012 15% dos custos

consolidados com Fornecimentos e Serviços Externos (FSE) e com Pessoal no valor de 103 M€.

O Plano de Redução de Custos (PRC) definido e apresentado ao acionista em 17 de junho de 2011,

identificava um conjunto de medidas para essa redução, que se resumem no quadro seguinte.

(apresentado ao acionista em 17 junho 2011)

2011 2012 Total

Revisão do ciclo operativo 5,0 M. € 8,6 M. € 13,6 M. €

Redução de outros custos operacionais 17,8 M. € 4,4 M. € 22,2 M. €

Reduções de custos com pessoal e fringe benefits 18,7 M. € 6,0 M. € 24,7 M. €

Redução de estrutura de gestão e medidas extraordinárias de recursos humanos

3,3 M. € 12,2 M. € 15,5 M. €

Redução de custos nas empresas participadas 2,0M. € 5,6 M. € 7,6 M. €

Efeito da cessação da isenção do IVA nos serviços postais

14,0 M. € 14,0 M. €

Ajustamentos 0,6 M. € -2,4 M. € -1,8 M. €

Reforço e antecipação das medidas extraordinárias derecursos humanos, na sequência de plano dereestruturação empresarial

7,2 M. € 7,2 M. €

Redução total 47,4 M. € 55,6 M. € 103,0 M. €

Plano de Redução de Custos 2011/2012

Medidas / açõesReduções face a 2009

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A proposta de PRC 2011/2012 acima referida sofreu ajustamentos constantes do Plano e Orçamento

2012 dos CTT, por via da retificação do efeito nos FSE da alteração do âmbito de isenção do IVA nos

serviços postais, na sequência da Proposta de Lei n.º 35/XII, e da decisão do CA de não afetar os

resultados de 2011 com a constituição de uma provisão de 56 M€ destinada a medidas

extraordinárias de recursos humanos que se concretizariam em 2012. Estes ajustamentos

originaram a necessidade de desenvolver um conjunto de medidas, adicional relativamente às já

apresentadas, que tivessem um impacto de redução de custos no valor de cerca de 30 M€.

Em 2011 foi conseguida uma redução de 57,9 M€ ficando por concretizar em 2012 a redução

remanescente no valor de 45,1 M€.

O quadro seguinte apresenta o grau de cumprimento do Programa de Redução de Custos no final de

2012 antes do registo nas contas, já em abril de 2013, do gasto relativo ao subsídio de férias a

pagar em 2013.

Programa de Redução de Custos 2012

Redução face a 2009

Previsto Real

Revisão do ciclo operativo 17,1 17,8 0,7

Política salarial 23,6 23,7 0,1

Outras reduções de custos com pessoal 2,2 1,8 -0,4

Redução de estruturas de gestão 0,4 0,3 -0,1

Medidas extraordinárias de RH 4,4 3,7 -0,8

Efeito da cessação do IVA sobre o Serv. Postal Universal 0,4 0,8 0,4

Redução de Outros Custos Operacionais 22,2 21,4 -0,8

Total medidas CTT, SA 70,3 69,4 -0,9

Eliminação dos subsídios de férias e natal 35,9 39,7 3,8

Variação de outros custos não incluidos em medidas -6,6 -6,0 0,6

Total CTT, SA 99,6 103,1 3,5

Empresas subsidiárias 15,2 18,9 3,7

Transações intragrupo -11,6 -11,9 -0,3

Redução total 103,2 110,1 6,9

Variação % face a 2009 -15,0% -16,0%

unidade: M.€

Medidas / açõesDesvio Valor

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As conclusões fundamentais que se retiram são as seguintes:

Foi cumprido e mesmo excedido o compromisso assumido, pois foi conseguida uma redução

de 110,1 M€ (16%), superior à prevista (+6,9 M€).

Nessa redução estão incluídos os impactos das medidas ditadas pelo Orçamento de Estado

para reduções salariais (4,3 M€) e eliminação dos subsídios de férias e Natal (39,7 M€) que,

no seu total, originaram uma redução de 44 M€. Foi entendimento do CA que o não

pagamento dos subsídios foi incluído no OE 2012 como uma medida alternativa a uma

redução mais rápida do quadro de pessoal na função pública pelo que se incorporou o seu

impacto no âmbito do PRC.

As reduções de custos obtidas nas empresas subsidiárias resultaram essencialmente da

quebra dos negócios que se reflete nos custos por via do elevado peso dos custos variáveis

nos custos daquelas empresas.

Foram incluídos os custos com suspensão de contratos de trabalho, mesmo tendo em conta o

caracter extraordinário dos mesmos resultantes do próprio plano ao nível de redução de

custos com pessoal.

A especialização do subsídio de férias a pagar em 2013 decorrente da decisão do Tribunal

Constitucional sobre este aspeto do OE 2013 que teve como consequência o registo de mais 17,8

M.€ nos gastos com pessoal, implicou que o programa não fosse cumprido tendo-se conseguido

uma redução relativamente a 2009 de 93 M.€ (-14%), inferior à prevista em 1,5 pontos percentuais

(-11 M.€). O tardio conhecimento da necessidade de registar esta verba nas contas de 2012 impediu

a ativação de eventuais medidas adicionais que permitissem compensá-la. De notar também que os

gastos com pessoal incluem 6 M.€ de gastos não recorrentes relativos ao efeito conjugado dos

gastos com reestruturações empresariais (12,6 M.€) e ao corte dos gastos de apoio por cessação da

atividade profissional (-6,6 M. €).

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7.4. EBITDA2

A atividade operacional do Grupo gerou em 2012 um EBITDA ajustado de 92,4 M.€ correspondente a

uma margem de 13% e caindo 0,6 pp face ao valor atingido em 2011. Contudo, importa referir que

antes da reposição do subsídio de férias de 2013, especializado em 2012, o EBITDA ajustado tinha

registado um crescimento de 6,1% para 110,1 M.€ como segue:

2 Resultado antes de gastos de financiamento e impostos + Resultados não recorrentes + Depreciações/ amortizações +

variação líquida de provisões e perdas por imparidade.

Programa de Redução de Custos 2012

Redução face a 2009

Previsto Real

Revisão do ciclo operativo 17,1 17,8 0,7

Política salarial 23,6 23,7 0,1

Outras reduções de custos com pessoal 2,2 1,8 -0,4

Redução de estruturas de gestão 0,4 0,3 -0,1

Medidas extraordinárias de RH 4,4 3,7 -0,8

Efeito da cessação do IVA sobre o Serv. Postal Universal 0,4 0,8 0,4

Redução de Outros Custos Operacionais 22,2 21,4 -0,8

Total medidas CTT, SA 70,3 69,4 -0,9

Eliminação dos subsídios de férias e natal 35,9 22,7 -13,2

Variação de outros custos não incluidos em medidas -6,6 -5,9 0,7

Total CTT, SA 99,6 86,2 -13,4

Empresas subsidiárias 15,2 18,1 2,9

Transações intragrupo -11,6 -11,8 -0,2

Redução total 103,2 92,5 -10,7

Variação % face a 2009 -15,0% -13,5%

unidade: M.€

Medidas / açõesDesvio Valor

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O desempenho do EBITDA dos CTT foi suportado pelas áreas de negócio de Correio e de Serviços

Financeiros, que no seu conjunto representaram, em 2012, 87,8% do EBITDA consolidado. O EBITDA

da área Expresso em 2012 atingiu 9,7 M.€, caindo 4,9 M.€ face a 2011 fundamentalmente devido à

queda dos rendimentos operacionais em Portugal (CTT Expresso) e ao forte aumento do peso dos

gastos resultante do processo de restruturação no modelo de negócio na Tourline.

EBITDA por Área de negócio

mil euros Correio Expresso Serviços

Financeiros Soluções

Empresariais

Rendimentos operacionais 537 175 128 132 58 985 23 012

Gastos operacionais 480 303 118 437 34 760 21 439

EBITDA 56 872 9 695 24 225 1 574

Margem EBITDA 10,6% 7,6% 41,1% 6,8%

As margens EBITDA da área de negócio de Correio e de Serviços Financeiros situaram-se em 10,6% e

41,1%, respetivamente. Sendo um negócio remunerado com base em comissões de venda, os

Serviços Financeiros têm margem de EBITDA muito elevadas. As áreas de Soluções Empresariais

(6,8%) e do Expresso (7,6%) atingiram valores mais modestos de margem EBITDA, em parte devido

ao processo de reorganização que estas áreas estão a desenvolver mas sobretudo afetados pela

continuada crise económica em Portugal.

mil euro Correio ExpressoServiços

FinanceirosSoluções

EmpresariaisTotal

EBITDA ajustado

Antes da decisão de inconstitucionalidade 73 575 10 063 24 466 1 969 110 074

Após decisão de inconstitucionalidade 56 872 9 695 24 225 1 574 92 366

Impacto - 16 703 - 369 - 241 - 395 - 17 708

Impacto da decisão de inconstitucionalidade no EBITDA ajustado

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7.5. Amortizações, imparidades e provisões

As depreciações, amortizações e imparidades de investimentos ascenderam a 24,6 M.€ crescendo

2,4 M.€ relativamente ao ano anterior. O crescimento observado (+10,7%) encontra-se

maioritariamente concentrado nos CTT,SA, na CTT Expresso e Tourline. Nos CTT,SA foram também

reconhecidos 0,5 M.€ relativos a imparidades em imóveis.

A evolução das provisões resulta fundamentalmente do movimento verificado na casa mãe que

registou um aumento de 2,7 M.€. Este aumento encontra-se relacionado com o reforço líquido de

provisões para processos judiciais, nomeadamente do foro laboral.

Os valores relativos à variação das perdas por imparidade (reforço líquido de 0,8 M.€)

correspondem aos valores líquidos das variações das imparidades observadas em inventários,

clientes e outras dívidas de terceiros: ocorreram principalmente nos CTT SA (reversão líquida de 1,6

M.€) e na Tourline, na CTT Expresso e na PayShop (aumentos de, respetivamente, 1,8M, 0,4M, e 0,1

M.€).

7.6. Resultados não recorrentes

No exercício económico de 2012 os CTT registaram 21,8 M.€ como resultados não recorrentes, o que

constitui cerca de 34% do EBIT. Encontram-se exclusivamente nos CTT SA e incluem 7,7 M.€

relacionados como reforço de provisão para fazer face a eventuais gastos com responsabilidades

contratuais relativas aos contratos onerosos de edifícios centrais devolutos. Reconheceu ainda 12,6

M.€ como gastos relativos a reestruturações empresariais consubstanciados na continuação do

processo de celebração de acordos de suspensão de contratos de trabalho por mútuo acordo na

empresa mãe e ainda uma provisão de 11,3 M.€ para fazer face a contingências laborais, tendo

contudo registado -3,3 M.€ relacionados com a reversão de provisão anteriormente constituída para

rescisões de contratos de trabalho por mútuo acordo. Foi também registada uma redução nas

responsabilidades pós-reforma de -6,6 M.€ associada ao corte de benefício por desligamento,

atribuído pela empresa unilateralmente, cuja responsabilidade se encontrava reconhecida.

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7.7. EBIT

Os resultados antes de resultados não recorrentes, gastos de financiamento e impostos - EBIT

ascenderam a 64,1 M.€, registando uma variação negativa de 11,6 M.€ em relação a 2011, uma vez

que a quebra registada nos rendimentos operacionais (-49,4 M.€) superou a redução dos gastos

operacionais (-37,8 M.€).

7.8. Resultados financeiros

No seguimento da implementação de um processo de Cash-Management, no âmbito de uma cada

vez mais acentuada gestão de Tesouraria centralizada e da criação de um Comité de Tesouraria para

o acompanhamento, análise e gestão do referido processo, tem-se registado melhorias significativas

ao nível do processamento e integração de informação diária de tesouraria das empresas do grupo,

o que tem proporcionado uma melhor gestão financeira dos níveis de liquidez dos CTT, coincidindo

com um aumento dos valores médios dos recursos disponíveis para aplicações financeiras.

O Comité de Tesouraria, que reúne trimestralmente, tem como um dos seus principais focos de ação,

a melhoria da capacidade de previsão de Tesouraria de todas as empresas do Grupo CTT. Esta

competência é importante como medida de mitigação do risco financeiro e como instrumento para

rentabilização de oportunidades de investimento de recursos disponíveis.

O avanço neste domínio permitiu uma crescente conjugação das aplicações das subsidiárias com os

CTT SA, com vantagens notórias para as primeiras, que puderam beneficiar de taxas mais favoráveis.

O diferencial das taxas obtidas pelos CTT e pelas subsidiárias, inicialmente favorável em 1,96% aos

CTT devido aos maiores volumes envolvidos, é hoje muito reduzido.

No ano 2012, os resultados de aplicações financeiras estiveram afetados pelos limites de

remuneração impostos pelo Banco de Portugal em novembro 2011, reforçados em abril 2012, e que

tiveram um impacto direto nas taxas praticadas pelos bancos. A quebra de remunerações foi

parcialmente compensada pelo aumento do volume de aplicações, em consequência tanto da

atividade da empresa, como da eficiência na gestão de Tesouraria.

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No entanto, no ano 2013 os rendimentos de aplicações serão novamente reduzidos em virtude

redução das taxas Euribor (que são o indexante para os limites do Banco de Portugal) de forma

contínua ao longo de 2012, tendo a Euribor 3 meses caído de 1,36% em dezembro 2011 para 0,19%

em dezembro 2012.

Manteve-se uma política de investimento prudente, tendo em vista o acompanhamento do fluxo de

caixa das empresas do Grupo. As aplicações de Tesouraria seguem critérios de diversificação de

riscos financeiros, tanto ao nível de prazos como de instituições, os quais são revistos regularmente.

No exercício económico de 2012 o resultado financeiro consolidado atingiu 14,5 M.€, decrescendo

5,3 M.€ face ao obtido em 2011. O volume dos juros e rendimentos financeiros foi diretamente

influenciado em 2012 pela quebra que as taxas de remuneração registaram durante o ano, recuando

28,2% face aos valores atingidos em 2011.

Os gastos financeiros incorridos no ano ascenderam a 0,7 M.€ incorporando os juros associados a

operações de leasing e empréstimos bancários da Tourline, EAD, CTT Expresso e CTT SA.

7.9. Impostos sobre o rendimento

Os Impostos sobre o Rendimento atingiram 18 M.€ em 2012, menos 20,6% que em 2011. A taxa

efetiva de imposto situou-se em 31,7%, 3 pp acima da apurada em 2011, por força do efeito

conjugado do decréscimo do imposto corrente e do impacto do registo de imposto diferido ativo

relativo ao reforço de provisões.

7.10. Resultado líquido, rentabilidade e VAB

O Grupo CTT obteve no exercício económico findo em 31 de dezembro de 2012 um resultado líquido

consolidado de 38,6 M.€, valor 30,9% aquém do atingido no ano de 2011, correspondente a um

resultado líquido consolidado por ação de Euro 2,20, a uma margem líquida sobre os proveitos

operacionais de 5,4% e a uma rendibilidade do capital próprio de 14,1%.

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O EBITDA e o EBIT recuaram 11% (-11,4 M.€) e 15,3% (-11,6 M.€), respetivamente, traduzindo os

efeitos da contração dos rendimentos e do reconhecimento dos valores associados aos subsídios de

férias de 2012 a pagar em 2013, apesar das medidas de redução de custos implementadas. O efeito

dos gastos não recorrentes anulou 34% do EBIT, tendo sido no entanto compensado pela redução

das responsabilidades pós-reforma com impacto positivo nesta rubrica, o que conduziu a um

resultado antes de resultados financeiros e impostos de 42,3 M.€, valor 16,9 M.€ inferior ao

atingido em 2011.

Os resultados financeiros caíram 5,3 M. pelas razões anteriormente enunciadas.

Resultado líquido consolidado

mil euros 2011 2012 % 12/11

EBITDA consolidado 103 745 92 366 -11,0 Amortizações, perdas por imparidade e provisões 28 109 28 291 0,6 Resultado antes de resultados não recorrentes, gastos de financiamento e impostos (EBIT)

75 636 64 075 -15,3

Gastos não recorrentes - 16 457 - 21 764 -32,3

Resultado antes de resultados financeiros e impostos 59 180 42 310 -28,5

Resultados financeiros consolidados 19 754 14 487 -26,7

Resultados antes de impostos e interesses minoritários 78 934 56 797 -28,0 Imposto sobre o rendimento - 22 693 - 18 011 20,6 Resultado líquido antes de interesses minoritários 56 241 38 786 -31,0 Interesses minoritários - 423 - 232 45,1 Resultado líquido consolidado 55 818 38 554 -30,9 Resultado líquido consolidado por ação (euro) 3,19 2,20 -30,9

As alterações introduzidas na revisão de junho de 2011 da IAS 19 – Benefícios aos empregados, que

estabelece que os ganhos e perdas atuariais devem ser reconhecidos em Capital Próprio e o nível

dos ganhos atuariais observado na avaliação das responsabilidades relativas a cuidados de saúde,

conjugadas com o recuo do resultado líquido do período, proporcionaram o crescimento dos

Capitais Próprios médios de 7,3%. Deste modo, e tomando em consideração que o Resultado líquido

do exercício de 2012 recuou 30,9%, a rentabilidade dos Capitais Próprios caiu 7,9 pp para 14,1%.

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Rentabilidade dos Capitais

2011 2012 p.p.12/11

Rentabilidade dos Capitais Próprios (ROE)(1) 22,0% 14,1% -7,9

Rentabilidade dos Capitais Investidos (ROIC)(2) 9,4% 7,4% -2,0

Rentabilidade dos Capitais Empregues (ROCE)(3) 9,6% 6,9% -2,7

(1)Resultado Líquido/Capitais Próprios médios (3)EBIT/(Ativo Liquido-Disponibilidades) (2)EBIT/(Ativo Liquido-Passivo CP)

As Rentabilidade dos Capitais Investidos (ROIC) de 7,4% e a Rentabilidade dos Capitais Empregues

(ROCE) de 6,9%, recuaram 2 pp e 2,7 pp, respetivamente, face aos valores atingidos em 2011. Este

comportamento está fundamentalmente associado à evolução negativa do EBIT

VAB

2011 2012 % 12/11

VAB (Distribuição) - mil euros 422 411 385 076 -8,8%

Efetivo médio 14 371 13 756 -4,3%

VAB (Distribuição)/Efetivo (euros) 29 393 27 993 -4,8%

O valor acrescentado bruto gerado pelo Grupo atingiu o montante de 385,1 M.€ correspondendo a

uma capitação VAB/efetivo médio de cerca de 28 mil euros, valor inferior ao registado no ano

anterior (-4,8%).

7.11. Investimento

O investimento dos CTT situou-se em cerca de 14,2 M.€, valor 47,5% aquém do observado no ano

anterior e foi orientado prioritariamente para o reforço das infraestruturas produtivas (instalações,

equipamento associado à produção), equipamento informático e para o desenvolvimento de

projetos de sistemas e tecnologias de informação.

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O esforço de investimento dos CTT centrou-se nos CTT SA, na CTT Expresso e na Tourline, que no seu

conjunto representaram cerca de 97,7% do total do investimento.

7.12. Posição financeira e Cash-flow

Na comparação das demonstrações das posições financeiras consolidados em 31 de dezembro de

2012 e em 31 de dezembro de 2011 ressalta um crescimento do ativo líquido dos CTT e suas

subsidiárias em 10,9 M.€ para 1.063,4 M.€, em resultado de:

aumento das disponibilidades e aplicações de tesouraria (63,3 M.€) influenciada pelo forte

recuo das dívidas de clientes (-29,2 M.€), principalmente ao nível dos CTT SA fruto de uma

política de cobrança ativa implementada no 2ºsemestre do ano e a definição de uma política

de crédito clara;

diminuição dos ativos tangíveis, propriedades de investimento e intangíveis (-12,3 M.€)

dado que o esforço de investimento foi inferior às amortizações do ano;

diminuição de outros ativos correntes e não correntes (-10,2 M.€) relacionado com os

valores de serviços financeiros postais a receber e com a amortização da dívida do Ministério

da Saúde realizada no final do ano.

Balanço Consolidado

mil euros 31.12.2011 31.12.2012 % 12/11Ativo não corrente 422 887 405 398 -4,1 Ativo corrente 629 670 658 026 4,5 Total do ativo consolidado 1 052 557 1 063 425 1,0 Capital próprio 271 607 273 481 0,7

Passivo não corrente 347 231 340 290 -2,0 Passivo corrente 433 719 449 654 3,7

Total do passivo 780 949 789 944 1,2 Total capital próprio e passivo consolidado 1 052 557 1 063 425 1,0

Quanto ao passivo de 790 M.€ (+9 M.€ que em dezembro de 2011), importa realçar que o aumento

da rubrica contas a pagar (+2,4 M.€) resulta principalmente do efeito conjugado do acréscimo dos

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credores de serviços financeiros postais da casa mãe (+10,8 M.€ que em finais de 2011) e do recuo

dos saldos de fornecedores (-7,7 M.€). Salienta-se ainda o aumento da rubrica outros passivos

correntes (+17,9 M.€ que em dezembro de 2011) resultado do reconhecimento dos valores relativos

a subsídios de férias de 2012 a pagar em 2013 e o recuo dos valores do IRC a pagar (-6,5 M.€).

Responsabilidades com benefícios de longo prazo

mil euros 31.12.2011 31.12.2012 % 12/11Responsabilidades com benefícios de longo prazo 321 431 303 316 -5,6

Cuidados de saúde 272 102 252 803 -7,1 Pessoal (acordos de suspensão) 17 010 24 084 41,6 Outros benefícios de longo prazo 32 319 26 429 -18,2

As responsabilidades com benefícios aos empregados ascendiam em 31 de dezembro de 2012 a

303,3 M€ (-18,1M.€ que em dezembro de 2011) e integram as responsabilidades globais dos CTT

com encargos futuros associados a benefícios de saúde pós reforma no montante de 252,8 M.€

(valor inferior em 19,3 M.€ ao de 31 de dezembro de 2011), e as responsabilidades de longo prazo

com outros benefícios aos empregados que ascendem a 50,5 M.€ no final de 2012, as quais

incorporam as responsabilidades associadas a acordos de suspensão de contratos de trabalho

(24,1 M.€) e ainda outros benefícios (26,4 M.€).

O capital próprio ascende no final do exercício económico de 2012 a 273,5 M.€, encontra-se

praticamente ao mesmo nível do registado em 31 dezembro de 2011, aumentando muito

ligeiramente (1,9 M.€) e incorporando o impacto positivo do reconhecimento dos ganhos atuariais e

respetivo imposto diferido apurados no ano (17,2 M.€), sendo que o resultado líquido de 2012

(38,6 M.€) ficou aquém do valor da distribuição de resultados do exercício de 2011 (53,9 M.€).

A redução do esforço de investimento resultante de uma gestão mais racional dos projetos e, acima

de tudo, a variação do fundo de maneio negativa, cerca de 64 M.€ abaixo de 2011, elevaram o cash

flow operacional a cerca de 138,1 M.€, valor superior em 86,7% face ao apurado no ano anterior. A

política de crédito e um maior cuidado na redução dos prazos de pagamento (cobrança ativa)

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levaram a uma redução do fundo de maneio operacional, permitindo a libertação adicional de

liquidez.

O free cash flow de 106,7 M.€ acusou também um acréscimo expressivo (+58 M.€) apesar da

redução dos juros de aplicações financeiras, permitindo mais que duplicar o valor alcançado em

2012.

CASH FLOW

mil euros 2011 2012 % 12/11Resultado antes de resultado financeiro e impostos 59 180 42 310 -28,5%CAPEX - 27 122 - 14 247 47,5%Depreciações, amortizações 22 252 24 636 10,7%Variação das provisões e perdas p/ imparidade 11 337 19 426 71,4%Gastos com benefícios aos empregados 32 634 26 002 -20,3%Variação do fundo de maneio - 24 278 40 009 264,8%CASH-FLOW OPERACIONAL 74 002 138 136 86,7%Investimento financeiro líquido - 46 41 189,9%Juros líquidos 20 375 11 535 -43,4%Pagamentos - benefícios aos empregados - 17 442 - 16 230 6,9%Dividendos recebidos 117 Imposto sobre o rendimento - 28 154 - 26 889 4,5%FREE CASH FLOW 48 735 106 710 119,0%

7.13. Ativo não corrente

Os ativos não correntes do Grupo ascendiam a 405,4 M.€ no final de 2012, valor inferior em 17,5

M.€ face ao registado em 31 de dezembro de 2011, apresentando a seguinte discriminação:

Ativo não corrente

mil euros 31.12.2011 31.12.2012 % 12/11Ativos tangíveis, propriedades de investimento e intangíveis

287 055 274 802 -4,3

Goodwill 25 529 25 529 0,0 Investimentos em associadas 553 690 24,9 Ativos por impostos diferidos 103 614 102 229 -1,3 Outros ativos não correntes 6 136 2 149 -65,0 Total ativos não correntes 422 887 405 398 -4,1

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Relatório e Contas 2012

100

A diminuição do ativo não corrente observado no ano está principalmente relacionado com o facto

das amortizações do período terem ficado aquém do investimento realizado em 2012 e com o

recebimento de dívida a receber dos CTT SA.

7.14. Financiamento

O financiamento do Grupo encontra-se concentrado em operações de leasing financeiro

relacionadas com a construção de instalações operacionais e aquisição de equipamento básico (nos

CTT SA, na CTT Expresso, na EAD, na Corre e na Tourline) e em empréstimos bancários de curto prazo

na Tourline, na casa mãe, na EAD e na CORRE.

mil euro 31.12.2008 31.12.2009 31.12.2010 31.12.2011 31.12.2012Leasing Financeiro 10 957 8 993 8 581 7 239 5 830De curto prazo 2 004 1 304 1 327 1 410 1 310De longo prazo 8 953 7 689 7 254 5 829 4 520Empréstimos bancários 2 533 5 264 5 699 3 870 5 593De curto prazo 2 324 5 264 5 699 3 756 5 547De longo prazo 208 115 46

Total 13 490 14 256 14 279 11 109 11 423Juros suportados 781 404 241 280 294Taxa média 5,34% 2,91% 1,69% 2,20% 2,56%

 

A dívida financeira dos CTT SA ascendia em 31 de dezembro de 2012 a 5,6 M.€ (2,6 M.€ referentes a

leasing financeiro e 3 M.€ a empréstimos bancários de curto prazo).

FINANCIAMENTO dos CTT (contas individuais)

mil euros 31.12.2008 31.12.2009 31.12.2010 31.12.2011 31.12.2012

Leasing Financeiro 4 281 3 867 3 434 3 002 2 557

Empréstimos bancários 0 0 699 0 2 996

Juros suportados 228 84 41 56 32

Taxa média 5,1% 2,0% 1,1% 1,7% 1,1%

 

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Relatório e Contas 2012

101

Através da área de negócio de Serviços Financeiros, os CTT possuem uma elevada posição de caixa e

disponibilidade de curto-prazo, por conta dos parceiros financeiros das diversas atividades

prestadas: (i) pagamento de benefícios sociais, através de vales (ii) comercialização de seguros,

com especial enfoque em seguros de capitalização; (iii) certificados de aforro, por conta do IGCP e

(iv) cobrança de portagens e outros pagamentos realizados na rede de lojas.

Disponibilidades Líquidas

mil euros 31.12.2011 31.12.2012 % 12/11

Disponibilidades líquidas 178 491 240 383 34,7

(+) Disponibilidades + Aplicações 426 259 489 510 14,8(-) Credores de Serviços Financeiros (247 768) (249 127) -0,5

A redução das contas a receber de clientes e consequente melhoria do fundo de maneio, além de

outros fatores descritos em detalhe no mapa de free cash flow acima apresentado, levou a que as

disponibilidades líquidas tenham aumentado cerca de 34,7% em 2012 ou cerca de 61,9 milhões de

euros.

Assim, a dívida financeira líquida do Grupo tem a seguinte composição em 31 de dezembro de 2012

e 31 de dezembro de 2011:

Dívida Financeira Líquida

mil euros 31.12.2011 31.12.2012 % 12/11

Dívida financeira remunerada 11 109 11 423 2,8

Empréstimos Bancários 3 870 5 593 44,5 Leasing financeiro 7 239 5 830 -19,5

Disponibilidades líquidas 178 491 240 383 34,7

Dívida (Disponibilidades) líquida (167 382) (228 960) -36,8

A dívida financeira líquida do Grupo em 31 de dezembro de 2012 é negativa, constituindo

efetivamente disponibilidades líquidas após divida financeira. As disponibilidades financeiras

líquidas situaram-se em 229 M.€, aumentado 61,6 M.€ em relação ao final de 2011.

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Relatório e Contas 2012

102

Nos anos anteriores, as responsabilidades com benefícios de longo prazo eram deduzidos para

obtenção a dívida líquida apesar de não constituírem dívida financeira.

7.15. Indicadores financeiros

Em 2012, os diversos indicadores financeiros dos CTT registaram uma melhoria, consolidando ainda

mais a posição sólida de balanço da empresa.

Indicadores Financeiros

2011 2012 p.p. 12/11

Liquidez geral (1) 145,2% 146,3% 1,1 p.p.

Solvabilidade (2) 34,8% 34,6% -0,2 p.p. Dívida Financeira Líquida (m€) -167.382 -228.960 -61.579

Divida financeira líquida/EBITDA(3) -1,6 x -2,5 x -0,9 x Cobertura dos ativos fixos tangíveis (4) 227,5% 235,7% 8,2 p.p. (1)Ativo corrente/Passivo corrente (2)Capital próprio/Passivo Total (3)Se negativo significa posição de caixa positiva (4)(Passivo não corrente + Capital próprio)/Ativo fixo tangível

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Relatório e Contas 2012

103

8. EVENTOS POSTERIORES E PERSPETIVAS FUTURAS

Após um longo e exigente processo negocial, iniciado em dezembro de 2011, a empresa formalizou

em 22 de março de 2013 com 12 associações sindicais um novo Acordo de Empresa (AE2013). O

novo AE2013 prevê um enquadramento das relações de trabalho que ajusta o regime legal às

especificidades da atividade dos CTT e viabiliza uma evolução positiva da atual regulamentação

coletiva de trabalho em vigor na empresa. A celebração de um único AE terá efeitos ao nível da

simplificação da gestão e ao nível do clima social e do reforço da estabilização das relações

coletivas de trabalho nos CTT, elementos fundamentais para os novos desafios da empresa num

contexto de tendências adversas de mercado, de liberalização plena e de início do processo de

privatização.

No seguimento do Acórdão nº 187/2013 em que foram consideradas inconstitucionais as

suspensões do subsídio de férias previstos no art.º 29º e 77º da lei do Orçamento de Estado para

2013, os CTT decidiram reconhecer nas contas do presente exercício económico a respetiva

responsabilidade estimada em cerca de 18 milhões de euros.

2013 será um ano chave da história dos CTT.

Na sequência dos compromissos assumidos pelo Estado Português no contexto do Programa de

Ajustamento Económico e Financeiro (PAEF), celebrado com o Fundo Monetário Internacional, a

Comissão Europeia e o Banco Central Europeu, perspetivam-se alterações significativas no quadro

institucional e regulatório da empresa, de que se destacam:

A continuidade da liberalização do sector postal, enquadrada pela Lei nº 17 / 2012, de 26 de

Abril, e a execução de um novo contrato de concessão do serviço universal postal com os CTT;

A determinação do modelo de privatização dos CTT, tendo como objetivo a conclusão do seu

processo até ao final de 2013.

A queda da procura postal, fortemente impactada pelo efeito da substituição tecnológica do correio

físico e que se revela já como uma tendência sistemática e estrutural, manter-se-á a um ritmo

acentuado e ampliado pelo ambiente recessivo da economia do país.

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Relatório e Contas 2012

104

É neste contexto económico relativamente adverso e face ao imperativo de uma bem-sucedida

privatização da empresa, que o principal objetivo dos CTT será, em 2013 com maior acuidade e

enfoque, o continuar a maximizar o seu valor acionista de forma sustentada.

Neste sentido, estão lançados uma estratégia empresarial e um Plano de Transformação, em torno,

fundamentalmente de três linhas de ação:

i. A finalização de um enquadramento regulatório que possa ser estável e que defina

adequadamente as condições do Serviço Público e das atividades concorrenciais,

assumindo particular relevância a clarificação das seguintes questões críticas: maior

flexibilidade tarifária a nível do Serviço Universal (SU), a redefinição da qualidade de serviço

em função das efetivas necessidades do mercado das comunicações e a determinação do

custo das obrigações do SU e seu financiamento.

ii. A maximização do negócio com grandes clientes, do negócio expresso e encomendas ibérico

e do negócio financeiro. Isto é, transformando o atual portefólio de negócios dos CTT,

tornando-o menos dependente do correio através de apostas em atividades com maior

potencial de crescimento, de maior potenciação da sua rede de retalho e viabilizadoras de

soluções mais completas e integradas que combinem as atuais plataformas físicas de

correio e encomendas com novas plataformas digitais.

iii. A contínua otimização e racionalização das redes operacionais (atendimento, distribuição e

comercial) e serviços centrais da área core do correio, de forma a colmatar a inevitável queda

das receitas e a permitir uma maior competitividade.

A junção de medidas de eficiência, que permitam compensar a reposição dos cortes salariais

ocorridos em 2011 e 2012, fruto das medidas aplicadas às empresas públicas, e uma estratégia de

crescimento da receita alicerçada na consolidação dos novos negócios e mercados geográficos de

expansão, permitirá a médio prazo um crescimento sustentado da rentabilidade dos CTT. Tudo isto

somente será possível com o novo quadro regulatório que permita a empresa ser compensada por

custos do serviço postal universal que não são possíveis de ser absorvidos num mercado cada vez

mais concorrencial.

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Relatório e Contas 2012

105

Este Plano de Transformação será concretizado, com empenho, rigor e profissionalismo, através dos

trabalhadores e das equipas, enquadrados numa nova organização aprovada pelo Conselho de

Administração em dezembro de 2012 que visa tornar a empresa mais eficaz, dinâmica e eficiente.

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Relatório e Contas 2012

106

9. PROPOSTA DE APLICAÇÃO DOS RESULTADOS

Nos termos do artigo 25º dos estatutos da sociedade, os lucros líquidos anuais, devidamente

aprovados, terão a seguinte aplicação:

a) um mínimo de 5% para constituição de reserva legal, até atingir o montante exigível;

b) uma percentagem a distribuir pelos acionistas, a título de dividendo a definir em

Assembleia Geral;

c) o restante para os fins que a Assembleia Geral delibere de interesse para a sociedade.

Nos termos do artigo 295º, nº1, do código das sociedades comerciais (CSC), o mínimo de 5%

destinado à constituição da reserva legal não é distribuível até que a mesma represente 20% do

capital social.

Com o capital social de Euro 87 325 000,00, 20% corresponde a Euro 17 465 000, pelo que a

reserva legal à data de 31 de dezembro de 2012 supera o valor mínimo exigido pelo Estatutos e pelo

Código das Sociedades Comerciais.

Nos termos do artigo 294º, nº1 do CSC, não pode deixar de ser distribuída aos acionistas metade do

lucro distribuível. Por lucro distribuível entende-se o resultado líquido do exercício após reforço de

reserva legal e cobertura de resultados transitados negativos, caso existam. Com referência a 31 de

Dezembro de 2012, verifica-se que a reserva legal se encontra integralmente constituída e os

resultados transitados são positivos.

Neste enquadramento, nos termos das disposições legais e estatutárias, o Conselho de

Administração propõe a seguinte aplicação de resultados (valores em euros):

para dividendos 38.554.129 euros - alínea b) do art.º 25º dos estatutos

Lisboa, 30 de abril de 2013

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Relatório e Contas 2012

107

O Conselho de Administração

Francisco José Queiroz de Barros de Lacerda

Manuel Cabral de Abreu Castelo-Branco

André Manuel Pereira Gorjão de Andrade Costa

Dionízia Maria Ribeiro Farinha Ferreira

Ana Maria de Carvalho Jordão Ribeiro Monteiro de Macedo

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Relatório e Contas 2012

109

PARTE II – DOCUMENTOS DE PRESTAÇÃO DE CONTAS

DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS E NOTAS ANEXAS

CTT-CORREIOS DE PORTUGAL, S.A.

DEMONSTRAÇÃO DA POSIÇÃO FINANCEIRA CONSOLIDADA EM 31 DE DEZEMBRO DE 2012 E 31 DE DEZEMBRO DE 2011

UNIDADE M ONETÁRIA: Euro

ATIVO

Ativo não correnteAtivos fixos tangíveis 5 259 077 634 269 246 885 265 484 227Propriedades de investimento 7 1 368 943 2 728 373 3 562 552Ativos intangíveis 6 14 355 060 15 080 232 14 097 499Goodwill 9 25 528 608 25 528 608 27 471 058Investimentos em associadas 10 690 215 552 824 585 645Ativos financeiros disponíveis para venda 11 130 829 130 829 130 829Outros ativos não correntes 18 2 018 619 6 004 988 851 723 Ativos por impostos diferidos 41 102 228 537 103 614 097 100 819 205

Total do ativo não corrente 405 398 445 422 886 836 413 002 738

Ativo correnteInventários 13 6 710 739 6 305 998 6 512 659Contas a receber 14 135 212 754 164 395 448 166 489 760Imposto sobre o rendimento 29 - 3 2 121 797Diferimentos 15 5 600 261 5 494 827 5 977 849Outros ativos correntes 18 20 992 404 27 214 044 21 907 679Caixa e equivalentes de caixa 17 489 510 078 426 259 362 480 073 674

Total do ativo corrente 658 026 236 629 669 682 683 083 418

Total do ativo 1 063 424 681 1 052 556 518 1 096 086 156

CAPITAL PRÓPRIO E PASSIVO

Capital próprioCapital 20 87 325 000 87 325 000 87 325 000Reservas 21 53 946 165 50 657 421 47 593 690Resultados transitados 21 3 586 704 2 408 870 (17 432 756)Outras Variações no capital próprio 21 32 372 942 15 144 300 11 605 660 Excedentes de revalorização 21 56 088 705 58 625 232 61 266 929 Resultado líquido atribuível a detentores do capital do Grupo CTT 38 554 129 55 818 305 56 304 948Interesses não controlados 24 1 607 508 1 627 958 1 406 989Total do capital próprio 273 481 153 271 607 086 248 070 459

Passivo

Passivo não correnteFinanciamentos obtidos 25 4 565 411 5 943 942 7 253 904Benefícios aos empregados 26 282 065 364 300 975 316 285 190 208Provisões 27 36 596 189 20 440 943 20 180 460Diferimentos 15 11 322 625 13 704 951 19 570 206Passivos por impostos diferidos 41 5 740 233 6 165 433 6 365 777

Total do passivo não corrente 340 289 822 347 230 585 338 560 555

Passivo correnteContas a pagar 28 349 292 545 346 905 448 403 880 097Benefícios aos empregados 26 21 250 996 20 455 430 23 065 599Imposto sobre o rendimento 29 864 909 7 381 234 - Financiamentos obtidos 25 6 857 361 5 165 248 7 025 423Diferimentos 15 4 368 966 4 675 943 6 140 690Outros passivos correntes 30 67 018 928 49 135 544 69 343 333

Total do passivo corrente 449 653 706 433 718 847 509 455 142

Total do passivo 789 943 528 780 949 432 848 015 697

Total do capital próprio e do passivo 1 063 424 681 1 052 556 518 1 096 086 156

As notas anexas fazem parte integrante destas demonstrações financeiras

O DIRETOR DA CONTABILIDADE E TESOURARIA O CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO

01.01.2011Reexpresso

NOTAS31.12.2011Reexpresso

31.12.2012

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Relatório e Contas 2012

110

CTT-CORREIOS DE PORTUGAL, S.A.

DEMONSTRAÇÕES CONSOLIDADAS DOS RESULTADOS DOS PERÍODOS FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2012 E 2011

NOTAS 20122011

(Reexpresso)

Rendimentos operacionais 711 690 865 761 073 616Vendas e serviços prestados 4 699 332 226 741 850 362Outros rendimentos e ganhos operacionais 33 12 358 639 19 223 254

Gastos operacionais (669 380 383) (701 894 100)Custo das mercadorias vendidas e das matérias consumidas 13 (18 543 381) (18 352 702)Fornecimentos e serviços externos 34 (246 416 229) (256 463 997)Gastos com o pessoal 36 (348 751 126) (374 546 289)Imparidade de inventários e contas a receber (perdas/reversões) 37 (798 308) (3 119 386)Imparidade de ativos não depreciáveis 9 - (1 942 450)Provisões (aumentos/reversões) 27 (18 627 833) (6 274 919)Depreciações/ amortizações e imparidade de investimentos (perdas/reversões) 38 (24 635 814) (22 252 306)Outros gastos e perdas operacionais 39 (11 607 693) (18 942 051)

Resultado operacional 42 310 482 59 179 516

Resultados financeiros 14 486 891 19 754 268Gastos e perdas financeiros 40 (669 459) (1 118 935)Rendimentos financeiros 40 14 916 210 20 788 608Ganhos/perdas em associadas 10 240 140 84 595

Resultado antes de impostos 56 797 373 78 933 784Imposto sobre o rendimento do período 41 (18 011 242) (22 692 636)

Resultado liquido do período 38 786 131 56 241 148

Resultado líquido do período atribuível a:Detentores do capital do Grupo CTT 38 554 129 55 818 305Interesses não controlados 24 (232 002) (422 843)Resultado por ação da empresa mãe 23 2,20 3,19

As notas anexas fazem parte integrante destas demonstrações financeiras

O DIRETOR DA CONTABILIDADE E TESOURARIA O CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO

UNIDADE M ONETÁRIA: Euro

DEMONSTRAÇÃO CONSOLIDADA DO RENDIMENTO INTEGRAL DOS PERÍODOS FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2012 E 2011

UNIDADE M ONETÁRIA: Euro UNIDADE M ONETÁRIA: Euro

Resultado líquido do período 38 786 131 56 241 148

Ajustamentos em ativos financeiros decorrentes da aplicação do método de equivalência patrimonial 11 (8 332) (232 826)Ganhos e perdas atuariais 17 228 642 3 538 640Outras alterações no capital próprio 21 (3 338) 248 485

Outro rendimento integral do período líquido de impostos 17 216 972 3 554 299

Rendimento integral do período 56 003 104 59 795 447

Atribuível a interesses não controlados 24 (232 002) (422 843)Atribuível ao acionista dos CTT 55 771 102 59 372 604

As notas anexas fazem parte integrante destas demonstrações financeiras.

O DIRETOR DA CONTABILIDADE E TESOURARIA O CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO

NOTAS2011

Reexpresso2012

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Relatório e Contas 2012

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CTT-CORREIOS DE PORTUGAL, S.A.

DEMONSTRAÇÃO CONSOLIDADA DE FLUXOS DE CAIXA DOS PERÍODOS FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2012 E 2011

Fluxos de caixa das atividades operacionaisRecebimentos de clientes 713 094 163 717 247 085Pagamentos a fornecedores (259 915 782) (292 997 906)Pagamentos ao pessoal (294 639 233) (346 787 463)

Caixa gerada pelas operações 158 539 148 77 461 716Pagamento/recebimento do imposto sobre o rendimento (26 889 403) (28 865 533)Outros recebimentos/pagamentos (3 373 810) (59 256 628)

Fluxos de caixa das atividades operacionais (1) 128 275 935 (10 660 445)

Fluxos de caixa das atividades de investimentoRecebimentos provenientes de: Ativos fixos tangíveis 790 275 394 851 Investimentos financeiros 41 450 53 885 Juros e rendimentos similares 12 767 611 21 484 749 Dividendos 117 200 -

Pagamentos respeitantes a: Ativos intangíveis (3 822 505) (2 611 690) Ativos fixos tangíveis (20 105 520) (23 566 398) Empréstimos concedidos - (100 000)

Fluxos de caixa das atividades de investimento (2) (10 211 488) (4 344 603)

Fluxos de caixa das atividades de financiamentoRecebimentos provenientes de: Financiamentos obtidos 6 344 810 -

Pagamentos respeitantes a: Financiamentos obtidos (4 747 278) (738 603) Juros e gastos similares (1 051 759) (595 025) Amortização de contratos de locação financeira (1 482 919) (1 418 693) Dividendos (53 876 585) (36 056 944)

Fluxos de caixa das atividades de financiamento (3) (54 813 731) (38 809 265)

Variação de caixa e seus equivalentes (1+2+3) 63 250 716 (53 814 313) Alteração no perímetro de consolidação - -Caixa e seus equivalentes no início do período 426 259 362 480 073 674Caixa e seus equivalentes no fim do período 17 489 510 078 426 259 362

As notas anexas fazem parte integrante destas demonstrações financeiras

O DIRETOR DA CONTABILIDADE E TESOURARIA O CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO

2011NOTAS 2012

UNIDADE M ONETÁRIA: Euro

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CTT – CORREIOS DE PORTUGAL, S.A. Anexo às demonstrações financeiras consolidadas Em 31 de dezembro de 2012 (Montantes expressos em Euros)

ÍNDICE

1. NOTA INTRODUTÓRIA .............................................................................................................. 115 1.1- CTT – Correios de Portugal, SA ............................................................................................................ 115 1.2- Atividade ............................................................................................................................................ 115

2. PRINCIPAIS POLÍTICAS CONTABILÍSTICAS ................................................................................ 117 2.1 Bases de apresentação ....................................................................................................................... 118 2.1.1 Novas normas ou alterações adotadas pelo Grupo .............................................................................. 118 2.1.2 Novas normas, alterações e interpretações emitidas mas sem aplicação efetiva aos exercícios iniciados a 1 de Janeiro de 2012 e não adotadas antecipadamente .............................................................. 119 2.2 Princípios de consolidação ................................................................................................................. 122 2.3 Áreas de Negócio ................................................................................................................................ 125 2.4 Transações e saldos em moeda estrangeira ........................................................................................ 125 2.5 Ativos fixos tangíveis .......................................................................................................................... 126 2.6 Ativos intangíveis ............................................................................................................................... 127 2.7 Propriedades de investimento ............................................................................................................ 127 2.8 Imparidade de ativos tangíveis e intangíveis, exceto goodwill ............................................................. 128 2.9 Goodwill ............................................................................................................................................. 128 2.10 Ativos e passivos financeiros .............................................................................................................. 129 2.11 Inventários ......................................................................................................................................... 131 2.12 Ativos não correntes detidos para venda e operações descontinuadas ................................................ 131 2.13 Distribuição de dividendos ................................................................................................................. 132 2.14 Benefícios aos empregados ................................................................................................................ 132 2.15 Provisões e passivos contingentes ...................................................................................................... 134 2.16 Rédito ................................................................................................................................................. 135 2.17 Subsídios obtidos ............................................................................................................................... 136 2.18 Locações ............................................................................................................................................ 136 2.19 Encargos financeiros com empréstimos obtidos .................................................................................. 137 2.20 Impostos ............................................................................................................................................ 137 2.21 Especialização dos períodos ............................................................................................................... 138 2.22 Julgamentos e estimativas .................................................................................................................. 138 2.23 Demonstração dos fluxos de caixa ...................................................................................................... 140 2.24 Acontecimentos subsequentes ........................................................................................................... 140

3. ALTERAÇÃO DE POLÍTICAS CONTABILÍSTICAS, ERROS E ESTIMATIVAS ...................................... 140 4. ÁREAS DE NEGÓCIO ................................................................................................................ 143 5. ATIVOS FIXOS TANGÍVEIS ........................................................................................................ 144 6. ATIVOS INTANGÍVEIS .............................................................................................................. 149 7. PROPRIEDADES DE INVESTIMENTO ......................................................................................... 150

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8. EMPRESAS INCLUÍDAS NO PERÍMETRO DE CONSOLIDAÇÃO ..................................................... 152 9. GOODWILL ............................................................................................................................. 154 10. INVESTIMENTOS EM ASSOCIADAS .......................................................................................... 157 11. ATIVOS FINANCEIROS DISPONÍVEIS PARA VENDA .................................................................... 157 12. GESTÃO DE RISCOS FINANCEIROS ........................................................................................... 158 13. INVENTÁRIOS ......................................................................................................................... 161 14. CONTAS A RECEBER ................................................................................................................ 162 15. DIFERIMENTOS ....................................................................................................................... 164 16. ATIVOS NÃO CORRENTES DETIDOS PARA VENDA E OPERAÇÕES DESCONTINUADAS ................. 164 17. CAIXA E EQUIVALENTES DE CAIXA ........................................................................................... 164 18. OUTROS ATIVOS NÃO CORRENTES E CORRENTES .................................................................... 165 19. PERDAS DE IMPARIDADE ACUMULADAS .................................................................................. 166 20. CAPITAL .................................................................................................................................. 167 21. RESERVAS AJUSTAMENTOS EM INVESTIMENTOS FINANCEIROS E RESULTADOS TRANSITADOS . 167 22. DIVIDENDOS ........................................................................................................................... 169 23. RESULTADOS POR AÇÃO ......................................................................................................... 170 24. INTERESSES NÃO CONTROLADOS ........................................................................................... 170 25. FINANCIAMENTOS OBTIDOS ................................................................................................... 170 26. BENEFÍCIOS AOS EMPREGADOS .............................................................................................. 172 27. PROVISÕES, GARANTIAS PRESTADAS, PASSIVOS CONTINGENTES E COMPROMISSOS ............. 178 28. CONTAS A PAGAR ................................................................................................................... 181 29. IMPOSTO SOBRE O RENDIMENTO ........................................................................................... 182 30. OUTROS PASSIVOS NÃO CORRENTES E CORRENTES ................................................................ 182 31. ATIVOS E PASSIVOS FINANCEIROS .......................................................................................... 183 32. SUBSÍDIOS OBTIDOS .............................................................................................................. 184 33. OUTROS RENDIMENTOS E GANHOS OPERACIONAIS ................................................................ 184 34. FORNECIMENTOS E SERVIÇOS EXTERNOS ............................................................................... 184 35. LOCAÇÕES OPERACIONAIS ..................................................................................................... 185 36. GASTOS COM PESSOAL .......................................................................................................... 186 37. IMPARIDADE DE INVENTÁRIOS E CONTAS A RECEBER .............................................................. 187 38. DEPRECIAÇÕES/ AMORTIZAÇÕES (PERDAS/REVERSÕES) ........................................................ 187 39. OUTROS GASTOS E PERDAS OPERACIONAIS............................................................................ 187 40. GASTOS, PERDAS E RENDIMENTOS FINANCEIROS ................................................................... 188 41. IMPOSTO SOBRE O RENDIMENTO DO PERÍODO ....................................................................... 189 42. PARTES RELACIONADAS .......................................................................................................... 193 43. HONORÁRIOS E SERVIÇOS DOS AUDITORES ............................................................................ 194 44. OUTRAS INFORMAÇÕES .......................................................................................................... 194 45. EVENTOS SUBSEQUENTES ...................................................................................................... 196

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1. NOTA INTRODUTÓRIA

1.1- CTT – Correios de Portugal, SA

CTT – Correios de Portugal, S. A. (“CTT, SA”, “Empresa-mãe” ou “Empresa”), com sede na Rua de São José, nº 20 em Lisboa, teve a sua origem na Administração Geral dos Correios Telégrafos e Telefones e a sua atual forma jurídica decorre de sucessivas ações de organização do setor empresarial do Estado na área das Comunicações. Pelo Decreto-Lei n.º 49.368 de 10 de novembro de 1969, foi criada a empresa pública CTT - Correios e Telecomunicações de Portugal, E. P., que iniciou a sua atividade em 1 de janeiro de 1970. Pelo Decreto-Lei n.º 87/92, de 14 de maio, os CTT – Correios e Telecomunicações de Portugal, E. P., foram transformados em pessoa coletiva de direito privado, com o estatuto de sociedade anónima de capitais exclusivamente públicos. Finalmente, pelo Decreto – Lei n.º 277/92, de 15 de dezembro, com a criação da ex-Telecom Portugal, S.A., por cisão dos Correios e Telecomunicações de Portugal, S.A., a sociedade passou à sua atual designação de CTT – Correios de Portugal, S.A., sendo detida na sua totalidade pelo Estado Português. As demonstrações financeiras consolidadas anexas são apresentadas em Euros por esta ser a moeda principal das operações do Grupo. As demonstrações financeiras consolidadas para o período findo em 31 de dezembro de 2012 foram aprovadas pelo Conselho de Administração e autorizadas para emissão em 30 de abril de 2013. As mesmas estão ainda sujeitas a aprovação pela Assembleia geral de acionistas nos termos da legislação comercial em vigor.

1.2- Atividade

Os CTT e as empresas suas subsidiárias (“Grupo CTT” ou “Grupo”): CTT - Expresso – Serviços Postais e Logística, S.A., PostContacto – Correio Publicitário, Lda., PayShop (Portugal), S.A., CTT Gest - Gestão de Serviços e Equipamentos Postais, S.A., Mailtec Holding, SGPS, S.A. e suas subsidiárias, Tourline Express Mensajería, SLU e suas subsidiárias e a EAD – Empresa de Arquivo de Documentação, S.A. têm como atividade principal assegurar o estabelecimento, gestão e exploração das infraestruturas, do serviço postal universal e a prestação de serviços financeiros, que incluem a transferência de fundos através de contas correntes e que podem vir a ser explorados por um operador financeiro ou entidade parabancária a constituir na dependência do Grupo. Fazem ainda parte das atividades prosseguidas as que sejam complementares, subsidiárias ou acessórias das referidas, bem como de comercialização de bens ou de prestação de serviços por conta própria ou de terceiros, desde que convenientes ou compatíveis com a normal exploração da rede pública de correios, designadamente a prestação de serviços da sociedade de informação, redes e serviços de comunicações eletrónicas, incluindo recursos e serviços conexos e um operador móvel virtual

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(MVNO) com a designação comercial “Phone-ix” suportado na rede da TMN - Telecomunicações Móveis Nacionais, S. A.. A Lei n.º 102/99, de 26 de julho definiu as bases gerais a que obedece o estabelecimento, gestão e exploração de serviços postais no território nacional, bem como os serviços internacionais com origem ou destino no território nacional e assegurou a continuidade do serviço universal, garantindo o cumprimento da missão do serviço público das administrações postais. Através do Decreto-Lei n.º 448/99, de 4 de novembro, foram definidas as bases de concessão do Serviço Postal Universal que deram origem ao contrato de concessão assinado em 1 de setembro de 2000 entre o Estado e os CTT - Correios de Portugal, S.A. (CTT). De acordo com o referido contrato, constitui objeto da concessão o estabelecimento, gestão e exploração da rede postal pública e a prestação de diversos serviços postais reservados e não reservados, definidos nesse mesmo contrato. A prestação de serviços postais concessionados compreende, tanto no âmbito nacional como internacional, o serviço postal de envios de correspondência, livros, catálogos, jornais e publicações periódicas até 2Kg, o serviço de encomendas postais até 20Kg, bem como o serviço de envios registados e o serviço de envios com valor declarado. No quadro da progressiva liberalização do setor definida a nível comunitário, o âmbito dos serviços reservados tem sido objeto de revisões periódicas. Assim, o âmbito dos serviços reservados aos CTT foi objeto de uma nova redução em 2006, compreendendo até final de 2011 o envio de correspondências até 50 gramas de peso e preço inferior a duas vezes e meia a tarifa de referência (correio azul no caso português). O contrato tem uma vigência inicial de 30 anos, passível de renovação por períodos sucessivos de 15 anos. Nos termos do diploma supra referido, como contrapartida da concessão, os CTT estão obrigados a pagar anualmente ao Estado Português, a título de renda, o valor correspondente a 1% da receita bruta de exploração dos serviços objeto da concessão prestados em regime de exclusividade. O Decreto-Lei n.º 112/2006, de 9 de junho, veio alterar as bases da concessão do serviço postal universal, cometendo à concessionária o serviço público caixa eletrónica postal e adaptando o contrato de concessão ao ambiente regulamentar do setor postal conferindo-lhe o grau de flexibilidade necessário ao exercício da atividade da concessionária, num setor em liberalização cada vez mais dinâmico e competitivo. A alteração ao contrato de concessão foi celebrada em 26 de julho de 2006. No âmbito do novo quadro regulamentar, implementado pela Lei nº 17/2012, de 26 de abril (“Nova Lei Postal”), registamos que não houve qualquer desenvolvimento a nível legislativo no segundo semestre de 2012. Por este motivo, na ausência (i) da publicação dos diplomas de desenvolvimento previstos na Nova Lei Postal (respeitantes ao regime de exploração e utilização dos serviços postais no território nacional, bem como dos serviços internacionais com origem ou destino no território nacional) e (ii) da alteração das bases da concessão (aprovadas pelo Decreto-Lei n.º 448/99, de 4 de novembro,

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revogado parcialmente pelo Decreto-Lei n.º 150/2001, de 7 de maio, e alterado pelos Decretos-Leis n.ºs 116/2003, de 12 de junho, e 112/2006, de 9 de junho) tendo em vista a sua adaptação ao regime constante da nova lei, mantiveram-se em vigor todas as disposições do Regulamento do Serviço Público de Correios (aprovado pelo Decreto-Lei n.º 176/88, de 18 de Maio), bem como as medidas regulamentares adotadas ao seu abrigo, desde que compatíveis com o novo regime jurídico aprovado, assim como as obrigações constantes das bases da concessão do serviço postal universal. Como empresa concessionária do serviço postal universal, os CTT mantêm-se como prestador de serviço universal, devendo os parâmetros de qualidade de serviço e os objetivos de desempenho, bem como os critérios de formação dos preços, obedecer aos termos fixados no convénio de qualidade e no convénio de preços celebrados entre os CTT e o ICP-ANACOM, em 10 de julho de 2008 (em vigor no triénio de 2008-2010, renovando-se por períodos sucessivos de um ano). Importa notar que, muito embora o processo de alteração do contrato de concessão esteja ainda em curso, nomeadamente no que concerne ao prazo do mesmo que foi fixado pela Lei nº17/2012, de 26 de abril em 20 anos, prevê-se que o contrato de concessão continue a assegurar aos CTT a continuidade de prestação de um serviço universal de qualidade e de total cobertura nacional. Atualmente integram o âmbito do serviço universal as seguintes prestações, no âmbito nacional e internacional: um serviço postal de envios de correspondência (excluindo a publicidade endereçada), de livros, catálogos, jornais e outras publicações periódicas até 2 Kg de peso; um serviço de encomendas postais até 10 Kg de peso, bem como a entrega no território nacional de encomendas postais recebidas de outros Estados-Membros da União Europeia com peso até 20Kg; um serviço de envios registados e um serviço de envios com valor declarado. Uma vez finda a concessão, caso não seja novamente atribuída, os CTT poderão prestar, a par dos restantes operadores, todos os serviços postais que entenderem, em regime de livre concorrência, de acordo com a sua política estratégico-comercial, à exceção dos serviços que forem concessionados em regime de exclusivo (serviço de colocação de marcos e caixas de correio na via pública destinados à aceitação de envios postais, a emissão e venda de selos postais com a menção Portugal, o serviço de correio registado utilizado em procedimentos judiciais ou administrativos e o serviço de emissão de vales postais), os quais têm um peso muito inferior a 10% na receitas do Grupo. Em súmula, face ao enquadramento legal e regulamentar vigente, mormente o processo em curso de alteração do contrato de concessão, entendem os CTT que não existem fundamentos para introduzir qualquer alteração relevante nas políticas contabilísticas do Grupo.

2. PRINCIPAIS POLÍTICAS CONTABILÍSTICAS

As principais políticas contabilísticas adotadas pelo Grupo na preparação das demonstrações financeiras consolidadas, são as abaixo mencionadas.

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2.1 Bases de apresentação

As demonstrações financeiras consolidadas foram preparadas no pressuposto da continuidade das operações e tomando por base o custo histórico, a partir dos livros e registos contabilísticos da Empresa e das empresas incluídas na consolidação (nota 8), de acordo com as disposições das Normas Internacionais de Relato Financeiro, tal como adotadas pela União Europeia a 31 de dezembro de 2012. Devem entender-se como fazendo parte daquelas normas, quer as IFRS emitidas pelo International Accounting Standards Board (“IASB”), quer as IAS emitidas pelo International Accounting Standards Committee (“IASC”) e respetivas interpretações – IFRIC e SIC, emitidas, respetivamente, pelo International Financial Reporting Interpretation Committee (“IFRIC”) e Standing Interpretation Committee (“SIC”). De ora em diante, o conjunto daquelas normas e interpretações serão designadas genericamente por “IFRS”. Além das normas que se tornaram efetivas a 1 de janeiro de 2012 e que se encontram consideradas nas políticas contabilísticas adotadas na preparação das demonstrações financeiras, auditadas, reportadas a 31 de dezembro de 2012 e descritas nas notas 2.2 e seguintes, durante o período compreendido entre 1 de janeiro e 31 de dezembro de 2012, tornaram-se de aplicação obrigatória as normas e interpretações emitidas e aprovadas pela União Europeia descritas na nota 2.1.2.

2.1.1 Novas normas ou alterações adotadas pelo Grupo

O Grupo CTT procedeu em 2012 à adoção antecipada da norma IAS 19 – Beneficios aos empregados (revista), emitida pelo International Accounting Standards Board (IASB) em Junho de 2011, e adotada pela União Europeia através do Regulamento n.º 475/2011 da Comissão Europeia. Esta revisão introduz diferenças significativas no reconhecimento e mensuração dos gastos com benefícios definidos e benefícios de cessação de emprego, bem como nas divulgações a efetuar para todos os benefícios concedidos aos empregados. Os desvios atuariais passam a ser reconhecidos de imediato e apenas nos “Outros rendimentos integrais” eliminando a opção do método do corredor. Os Benefícios de cessação de emprego apenas qualificam como tal se não existir qualquer obrigação do empregado prestar serviço futuro. O impacto desta alteração encontra-se divulgado na nota 3.

O Grupo adotou também em 2012 as alterações à norma IFRS 7 - Instrumentos Financeiros: Divulgações, emitida pelo International Accounting Standards Board (IASB) em Outubro de 2010, e adotada pela União Europeia através do Regulamento n.º 1205/2011 da Comissão Europeia. As alterações pretendem clarificar os requisitos de divulgação na transferência de ativos financeiros e é de aplicação obrigatória para os exercícios que se iniciem em ou após 1 de Julho de 2011, não tendo qualquer impacto nas demonstrações financeiras consolidadas do Grupo.

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2.1.2 Novas normas, alterações e interpretações emitidas mas sem aplicação efetiva aos exercícios iniciados a 1 de Janeiro de 2012 e não adotadas antecipadamente

Em 2012, a União Europeia adotou um conjunto de normas e alterações às Normas Internacionais de Contabilidade emitidas pelo IASB e interpretações emitidas pelo International Financial Reporting Interpretations Committee (IFRIC):

Descrição Alteração Data efetiva

Normas efetivas após 1 de Julho de 2012

IAS 1 - Apresentação das demonstrações financeiras Apresentação de outro 1 julho de 2012rendimento integral

IAS 12 - Impostos Imposto diferido 1 janeiro de 2013

IFRS 1 - Adoção pela primeira vez das IFRS Hiperinflacionarias e 1 janeiro de 2013retiradas datas fixas

IRFS 10 - Demonstrações financeiras consolidadas Nova norma Mais tarde 1 janeiro 2014

IFRS 11 - Acordos conjuntos Nova norma Mais tarde 1 janeiro 2014

IFRS 12 - Divulgação de interesses em entidades Nova norma Mais tarde 1 janeiro 2014

IAS 27 - Demonstrações financeiras separadas Consolidação retirada Mais tarde 1 janeiro 2014do âmbito

IAS 28 - Investimentos em associadas e Aplicação a empreendimentos Mais tarde 1 janeiro 2014 empreendimentos conjuntos conjuntos

IFRS 13 - Justo valor Nova norma 1 janeiro de 2013

IAS 32 - Instrumentos financeiros: apresentação Compensação de ativos 1 janeiro de 2014e passivos

IFRS 7 - Instrumentos financeiros: divulgação Apresentação da 1 janeiro de 2013compensação

Normas efetivas após 1 de Julho de 2012 não adotadas pela EU

IFRS 1 - Adoção pela primeira vez das IFRS Empréstimos bonificados 1 janeiro de 2013

IFRS 9 - Instrumentos financeiros Fase 1 - classificação 1 janeiro de 2015e mensuração

Melhorias às normas 2009 - 2011 Clarificações 1 janeiro de 2013

Alterações IFRS 10, 11 e 12 Regime transição 1 janeiro de 2013

Alterações IFRS 10, 11 e 12 Isenção aplicação a SGPS 1 janeiro de 2014

Interpretações efetivas na EU após 1 de Julho de 2012

IFRIC 20 - Custos de descoberta na fase de produção de uma mina Nova interpretação 1 janeiro de 2013 a céu aberto

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Estas novas normas e alterações às normas e interpretações são efetivas para períodos anuais que se iniciem em ou após 1 de Julho de 2012, e não foram aplicadas na preparação destas demonstrações financeiras consolidadas. Com exceção da IFRS 11, de nenhuma das restantes se espera que venha a ter um impacto significativo nas demonstrações financeiras consolidadas do Grupo IAS 1 (alteração), ‘Apresentação de demonstrações financeiras” (a aplicar nos exercícios que se iniciem em ou após 1 de Julho de 2012). Esta alteração requer que as Entidades apresentem de forma separada os itens contabilizados como Outros rendimentos integrais, consoante estes possam ser reciclados ou não no futuro por resultados do exercício e o respetivo impacto fiscal, se os itens forem apresentados antes de impostos.

IAS 12 (alteração), ‘Impostos sobre o rendimento’ (a aplicar na UE nos exercícios que se iniciem o mais tardar em ou após 1 de Janeiro de 2013). Esta alteração requer que uma Entidade mensure os impostos diferidos relacionados com ativos dependendo se a Entidade estima recuperar o valor líquido do ativo através do uso ou da venda, exceto para as propriedades de investimento mensuradas de acordo com o modelo do justo valor. Esta alteração incorpora na IAS 12 os princípios incluídos na SIC 21, a qual é revogada. Melhorias às normas 2009-2011, a aplicar maioritariamente para os exercícios que se iniciem em ou após 1 de Janeiro de 2013. Esta alteração está ainda sujeita ao processo de adoção pela União Europeia. O processo de melhoria anual de 2009-2011 afeta as normas: IFRS 1, IAS 1, IAS 16, IAS 32 e IAS 34. Estas melhorias serão adotadas, quando aplicáveis, exceto quanto às melhorias à IFRS 1as quais já foram consideradas. IFRS 1 (alteração), ‘Adoção pela primeira vez das IFRS’ (a aplicar na UE nos exercícios que se iniciem o mais tardar em ou após 1 de Janeiro de 2013). Esta alteração visa incluir uma isenção específica para as entidades que operavam anteriormente em economias hiperinflacionárias, e adotam pela primeira vez as IFRS. A isenção permite a uma Entidade optar por mensurar determinados ativos e passivos ao justo valor e utilizar o justo valor como “custo considerado” na demonstração da posição financeira de abertura para as IFRS. Outra alteração introduzida refere-se à substituição das referências a datas específicas por “data da transição para as IFRS” nas exceções à aplicação retrospetiva da IFRS. IFRS 1 (alteração) ‘Adoção pela primeira vez das IFRS – Empréstimos do governo’ (a aplicar nos exercícios que se iniciem em ou após 1 de Janeiro de 2013). Esta alteração está ainda sujeita ao processo de adoção pela União Europeia. Esta alteração visa esclarecer como é que as entidades que adotam as IFRS pela primeira vez devem contabilizar um empréstimo do governo com uma taxa de juro inferior à taxa de mercado. Também introduz uma isenção à aplicação retrospetiva, semelhante à atribuída às entidades que já reportavam em IFRS, em 2009.

IFRS 10 (novo), ‘Demonstrações financeiras consolidadas’ (a aplicar na UE nos exercícios que se iniciem o mais tardar em ou após 1 de Janeiro de 2014). A IFRS 10 substitui todos os princípios

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associados ao controlo e consolidação incluídos na IAS 27 e SIC 12, alterando a definição de controlo e os critérios aplicados para determinar o controlo. O princípio base de que o consolidado apresenta a empresa mãe e as subsidiárias como uma entidade única mantém-se inalterado. O Grupo CTT aplicará esta norma no exercício em que a mesma se tornar efetiva.

IFRS 11 (novo), ‘Acordos conjuntos’ (a aplicar na UE nos exercícios que se iniciem o mais tardar em ou após 1 de Janeiro de 2014). A IFRS 11 centra-se nos direitos e obrigações associados aos acordos conjuntos em vez da forma legal. Acordos conjuntos podem ser Operações conjuntas (direitos sobre ativos e obrigações) ou Empreendimentos conjuntos (direitos sobre o ativo líquido por aplicação do método da equivalência patrimonial). A consolidação proporcional deixa de ser permitida na mensuração de Entidades conjuntamente controladas. O Grupo CTT aplicará esta norma no exercício em que a mesma se tornar efetiva.

IFRS 12 (novo) – ‘Divulgação de interesses em outras entidades’ (a aplicar na UE nos exercícios que se iniciem em ou após 1 de Janeiro de 2014). Esta norma estabelece os requisitos de divulgação para todos os tipos de interesses em outras entidades, incluindo empreendimentos conjuntos, associadas e entidades de fim específico, de forma a avaliar a natureza, o risco e os impactos financeiros associados ao interesse da Entidade. O Grupo CTT aplicará esta norma no exercício em que a mesma se tornar efetiva. Alteração às IFRS 10, IFRS 11 e IFRS 12 – ‘Regime de transição’ (a aplicar nos exercícios que se iniciem em ou após 1 de Janeiro de 2013). Esta alteração está ainda sujeita ao processo de adoção da União Europeia. Esta alteração clarifica que, quando da aplicação da IFRS 10 resulte um tratamento contabilístico de um investimento financeiro diferente do seguido anteriormente, de acordo com a IAS 27/SIC 12, os comparativos têm de ser reexpressos mas apenas para o período comparativo anterior, e as diferenças apuradas, à data de início do período comparativo, são reconhecidas no capital próprio. Divulgações específicas são exigidas pela IFRS 12. O Grupo CTT aplicará estas normas no exercício em que as mesmas se tornarem efetivas.

Alteração às IFRS 10, IFRS 12 e IAS 27 – “Entidades gestoras de participações financeiras’ (a aplicar nos exercícios que se iniciem em ou após 1 de Janeiro de 2014). Esta alteração está ainda sujeita ao processo de adoção da União Europeia. Esta alteração inclui a definição de Entidade de investimento e introduz o regime de exceção à obrigação de consolidar, para as Entidades de investimento que qualifiquem como tal, uma vez que todos os investimentos serão mensurados ao justo valor. Divulgações específicas são exigidas pela IFRS 12. Estas alterações não têm impacto para o Grupo na medida em que os CTT não satisfazem a definição de entidade de investimento.

IFRS 13 (novo) – ‘Justo valor: mensuração e divulgação’ (a aplicar nos exercícios que se iniciem em ou após 1 de Janeiro de 2013). A IFRS 13 tem como objetivo aumentar a consistência, ao estabelecer uma definição de justo valor e constituir a única base dos requisitos de mensuração e divulgação do justo valor a aplicar de forma transversal a todas as IFRSs. O Grupo CTT aplicará esta norma no exercício em que a mesma se tornar efetiva.

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IAS 27 (revisão 2011) ‘Demonstrações financeiras separadas’ (a aplicar na UE nos exercícios que se iniciem o mais tardar em ou após 1 de Janeiro de 2014). A IAS 27 foi revista após a emissão da IFRS 10 e contém os requisitos de contabilização e divulgação para investimentos em subsidiárias, e empreendimentos conjuntos e associadas quando uma Entidade prepara demonstrações financeiras separadas. O Grupo CTT aplicará esta norma no exercício em que a mesma se tornar efetiva. IAS 28 (revisão 2011) ‘Investimentos em associadas e empreendimentos conjuntos’ (a aplicar na UE nos exercícios que se iniciem o mais tardar em ou após 1 de Janeiro de 2014). A IAS 28 foi revista após a emissão da IFRS 11 passando a incluir no seu âmbito o tratamento contabilístico dos investimentos em associadas e empreendimentos conjuntos, e estabelecendo os requisitos para a aplicação do método da equivalência patrimonial. O Grupo CTT aplicará esta norma no exercício em que a mesma se tornar efetiva. IFRS 7 (alteração), ‘Divulgações – compensação de ativos e passivos financeiros’ (a aplicar nos exercícios que se iniciem em ou após 1 de Janeiro de 2013). Esta alteração é parte do projeto de “compensação de ativos e passivos” do IASB e introduz novos requisitos de divulgação sobre os direitos de compensação (de ativos e passivos) não contabilizados, os ativos e passivos compensados e o efeito destas compensações na exposição ao risco de crédito. O Grupo CTT aplicará esta norma no exercício em que a mesma se tornar efetiva. IAS 32 (alteração) ‘Compensação de ativos e passivos financeiros’ (a aplicar nos exercícios que se iniciem em ou após 1 de Janeiro de 2014). Esta alteração é parte do projeto de “compensação de ativos e passivos” do IASB a qual clarifica a expressão “deter atualmente o direito legal de compensação” e clarifica que alguns sistemas de regularização pelos montantes brutos (câmaras de compensação) podem ser equivalentes à compensação por montantes líquidos. O Grupo CTT aplicará esta norma no exercício em que a mesma se tornar efetiva.

IFRS 9 (novo), ‘Instrumentos financeiros – classificação e mensuração’ (a aplicar nos exercícios que se iniciem em ou após 1 de Janeiro de 2015). Esta norma está ainda sujeita ao processo de adoção pela União Europeia. Trata-se da primeira fase da IFRS 9, na qual se prevê a existência de duas categorias de mensuração: o custo amortizado e o justo valor. Todos os instrumentos de capital são mensurados ao justo valor. Um instrumento financeiro é mensurado ao custo amortizado apenas quando a Entidade o detém para receber os cash-flows contratuais e os cash-flows representam o nominal e juros. Caso contrário os instrumentos financeiros, são valorizados ao justo valor por via de resultados. O Grupo CTT aplicará esta norma no exercício em que a mesma se tornar efetiva.

2.2 Princípios de consolidação

A concentração de atividades empresariais é contabilizada pela aplicação do método da compra. Na data em que a aquisição ocorre, esta, é mensurada pelo justo valor dos ativos adquiridos, dos passivos assumidos e dos interesses de capital próprio emitidos para o efeito. Os custos de

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transação incorridos são contabilizados como gastos nos períodos em que os custos são incorridos, com exceção dos custos da emissão de valores mobiliários representativos de dívida ou de capital próprio, que são registados de acordo com a IAS 32 e a IAS 39. Os ativos identificáveis adquiridos e os passivos assumidos na aquisição são mensurados pelo justo valor determinado à data de aquisição. Um goodwill é reconhecido quando é apurado um excesso entre o valor agregado: (i) do custo de aquisição conforme definido acima, da quantia de qualquer interesse não controlado na adquirida e o justo valor de qualquer interesse detido anteriormente na adquirida; e (ii) o justo valor dos ativos identificáveis adquiridos e dos passivos e passivos contingentes assumidos (Nota 2.9). No caso de ser apurado uma insuficiência entre o valor agregado em (i) supra e o (ii) supra, a diferença é reconhecida como ganho do exercício. Na aplicação do método da compra, os interesses não controlados são mensurados ao justo valor ou na proporção da percentagem detida sobre o ativo líquido da entidade adquirida, quando representam direitos efetivos na entidade. Quando seja adquirido controlo através de direitos potenciais os interesses não controlados são mensurados ao justo valor. Empresas subsidiárias Os CTT consolidam integralmente as demonstrações financeiras das empresas subsidiárias em que o Grupo exerce o controlo. Presume-se a existência de controlo quando o Grupo detém mais de metade dos direitos de voto. Existe também controlo quando o Grupo detém o poder, de direta ou indiretamente, gerir a política financeira e operacional de determinada empresa, mesmo que a percentagem que detém sobre os seus capitais próprios seja inferior a 50%. As empresas subsidiárias também se designam por empresas do Grupo. A participação de terceiros no capital próprio e no resultado líquido das empresas incluídas na consolidação é apresentada na rubrica de “Interesses não controlados” na Demonstração consolidada do rendimento integral, na Demonstração consolidada dos resultados por naturezas, na Demonstração da posição financeira consolidada e na Demonstração consolidada das alterações do capital próprio (Nota 8). Os resultados das subsidiárias adquiridas ou alienadas durante o período estão incluídos na demonstração consolidada dos resultados por naturezas desde a data da sua aquisição e até à data da sua alienação. Transações de alienação ou de aquisição de participações a interesses não controlados não resultam no reconhecimento de ganhos, perdas ou goodwill, sendo qualquer diferença apurada entre o valor da transação e o valor contabilístico da participação transacionada, reconhecida no Capital próprio. De acordo com o método de consolidação integral são consolidados os ativos, passivos, rendimentos, gastos e fluxos de caixa das empresas do Grupo, sendo as transações, saldos e fluxos

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significativos entre essas empresas eliminados no processo de consolidação. As mais e menos valias decorrentes das transações entre empresas do Grupo são igualmente anuladas. Sempre que necessário, são efetuados ajustamentos às demonstrações financeiras das empresas subsidiárias, tendo em vista a uniformização das respetivas políticas contabilísticas com as do Grupo. Entidades conjuntamente controladas As participações financeiras em entidades conjuntamente controladas são consolidadas pelo método de consolidação proporcional, desde a data em que o controlo conjunto é adquirido. De acordo com este método, os ativos, passivos, rendimentos e gastos destas empresas são integrados, nas demonstrações financeiras consolidadas anexas, rubrica a rubrica, na proporção do controlo atribuível ao Grupo (Nota 8). As transações, os saldos e os dividendos distribuídos entre empresas são eliminados, na proporção do controlo atribuível ao Grupo. A classificação dos investimentos financeiros em entidades conjuntamente controladas é determinada com base na existência de acordo contratual que demonstre e regule o controlo conjunto. Empresas associadas Os investimentos financeiros em empresas associadas encontram-se registados na demonstração da posição financeira consolidada, pelo método da equivalência patrimonial (Nota 10). Uma empresa associada é uma entidade na qual o Grupo exerce influência significativa, através da participação nas decisões relativas às suas políticas financeiras e operacionais, mas não detém controlo ou controlo conjunto, o que em geral acontece quando a participação financeira se situa entre os 20% e os 50%. De acordo com o método da equivalência patrimonial, as participações financeiras são registadas inicialmente pelo seu custo e posteriormente ajustadas pelo valor correspondente à participação nos resultados líquidos das empresas associadas por contrapartida de “Ganhos/perdas em associadas”, e por outras variações ocorridas nos seus capitais próprios por contrapartida de “Ajustamentos em investimentos financeiros”. Adicionalmente, as participações em associadas poderão igualmente ser ajustadas pelo reconhecimento de perdas por imparidade. Quando existem indícios de que o ativo possa estar em imparidade, é realizada uma avaliação, sendo registadas como gastos na Demonstração consolidada dos resultados por naturezas, as perdas por imparidade que se demonstre existir. Quando as perdas em empresas associados excedem o investimento efetuado nessas entidades, o valor contabilístico do investimento financeiro é reduzido a zero e o reconhecimento de perdas futuras é descontinuado, exceto na parcela em que o Grupo incorra numa obrigação legal ou construtiva de assumir essas perdas em nome da associada, caso em que é registada uma Provisão.

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Os dividendos recebidos de empresas associadas são registados como uma diminuição do valor dos “Investimentos em associadas”.

2.3 Áreas de Negócio

As Áreas de Negócio são reportados consistentemente com o reporte interno que é produzido e disponibilizado aos órgãos de gestão do Grupo, de acordo com o novo organograma aprovado em dezembro de 2012 (Nota 4). A forma de afetação utilizada é a correspondente à natureza dos serviços prestados: correio (que inclui o correio digital), serviços financeiros, serviço de correio expresso e encomendas, e soluções empresariais. Existem ainda dois canais de venda transversais dos CTT, a Rede de Lojas e os Grandes Clientes. A Rede de Lojas gere também a oferta de produtos de terceiros na sua rede, tais como telecomunicações, bilhética, livros entre outros.

2.4 Transações e saldos em moeda estrangeira

As transações em moeda estrangeira (moeda diferente da moeda funcional do Grupo) são registadas às taxas de câmbio em vigor na data da transação. Em cada data de relato, as quantias escrituradas dos itens monetários denominados em moeda estrangeira são atualizadas às taxas de câmbio dessa data. As quantias escrituradas dos itens não monetários registados ao justo valor denominados em moeda estrangeira são atualizadas às taxas de câmbio das datas em que os respetivos justos valores foram determinados. As quantias escrituradas dos itens não monetários registados ao custo histórico denominados em moeda estrangeira não são atualizadas. As taxas de câmbio utilizadas na conversão das demonstrações financeiras expressas em moeda estrangeira são as taxas de câmbio de fecho do período, no caso da conversão dos ativos e passivos, e a taxa de câmbio médio no caso da conversão dos resultados. As taxas de câmbio utilizadas na conversão dos saldos e das demonstrações financeiras em moeda estrangeira foram as seguintes:

As diferenças de câmbio, favoráveis e desfavoráveis, originadas pelas diferenças entre as taxas de câmbio em vigor na data das transações e as vigentes na data da cobrança, pagamentos ou na data do balanço, são reconhecidas nos resultados do período.

Fecho Médio Fecho Médio

Metical de Moçambique (MZM) 39,24000 36,56000 34,96000 40,27833Dólar dos Estados Unidos (USD) 1,31940 1,31190 1,29390 1,39200Direitos de saque especial (DTS) 1,16583 1,17373 1,18654 1,13408

2012 2011

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2.5 Ativos fixos tangíveis

Os ativos fixos tangíveis encontram-se registados ao custo de aquisição ou de produção, deduzidos de depreciações acumuladas e perdas de imparidade, quando aplicável. O custo de aquisição inclui: (i) o preço de compra do ativo; (ii) as despesas diretamente imputáveis à compra; e (iii) os custos estimados de desmantelamento, remoção dos ativos e restauração do local (Notas 2.15 e 27). De acordo com a exceção prevista no IFRS1 - Adoção pela Primeira vez das Normas Internacionais de Relato Financeiro, as reavaliações efetuadas aos ativos tangíveis, de acordo com os índices de atualização monetária previstos na legislação portuguesa, em exercícios anteriores a 1 de janeiro de 2009, foram mantidas, designando-se essas quantias reavaliadas, para efeitos de IFRS, como “custo considerado”.

As depreciações dos ativos tangíveis, deduzidos do seu valor residual, são calculadas de acordo com o método da linha reta (quotas constantes), a partir do mês em que se encontram disponíveis para utilização, durante a vida útil dos ativos, a qual é determinada em função da utilidade esperada. As taxas de depreciação praticadas correspondem, em média, às seguintes vidas úteis estimadas para as diversas classes de ativos:

A depreciação cessa quando os ativos passam a ser classificados como detidos para venda. Em cada data de relato, o Grupo avalia se existe qualquer indicação de que um ativo possa estar em imparidade. Sempre que existam tais indícios, os ativos fixos tangíveis são sujeitos a testes de imparidade, sendo o excesso do valor contabilístico face ao valor recuperável, caso exista, reconhecido em resultados. Os ativos fixos tangíveis em curso representam ativos tangíveis ainda em fase de construção/produção, encontrando-se registados ao custo de aquisição ou produção. Estes ativos são depreciados a partir do mês em que se encontrem em condições de ser utilizados nos fins pretendidos. Os encargos com manutenção e reparações de natureza corrente são registados como gastos do período em que são incorridos. As grandes reparações que originem acréscimo de benefícios ou de vida útil esperada são registadas como ativos tangíveis e depreciadas às taxas correspondentes à vida útil esperada. A componente substituída é identificada e abatida.

Edifícios e outras construções 10 – 50Equipamento básico 4 – 10Equipamento de transporte 4 – 7Ferramentas e utensílios 4Equipamento administrativo 3 – 10Outros ativos fixos tangíveis 5 – 10

Anos de vida útil

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Os rendimentos ou gastos decorrentes da alienação de ativos fixos tangíveis são determinados pela diferença entre o valor de venda e a respetiva quantia registada, são contabilizados em resultados na rubrica “Outros rendimentos e ganhos operacionais “ ou “Outros gastos e perdas operacionais”.

2.6 Ativos intangíveis

Os ativos intangíveis encontram-se registados ao custo de aquisição, deduzido das amortizações acumuladas e das perdas de imparidade, quando aplicável. Os ativos intangíveis apenas são reconhecidos quando for provável que deles advenham benefícios económicos futuros para o Grupo e que os mesmos possam ser mensurados com fiabilidade. Os ativos intangíveis, compreendem essencialmente despesas com patentes, software (sempre que este é separável do hardware e esteja associado a projetos em que seja quantificável a geração de benefícios económicos futuros), licenças e outros direitos de uso. Também incluem as despesas de desenvolvimento dos projetos de I&D sempre que se demonstre a intenção e a capacidade técnica para completar esse desenvolvimento, a fim de o mesmo estar disponível para comercialização ou uso. As despesas de investigação, efetuadas na procura de novos conhecimentos técnicos ou científicos ou na busca de soluções alternativas, são reconhecidas em resultados quando incorridas. Os ativos intangíveis são amortizados pelo método das quotas constantes, a partir do mês em que se encontram disponíveis para utilização, durante a vida útil estimada, que se situa num período que varia entre 3 e 20 anos. Exceção para os ativos respeitantes a propriedade industrial e outros direitos, que são amortizados durante o período de tempo em que tem lugar a sua utilização exclusiva e, para os ativos intangíveis com vida útil indefinida, que não são objeto de amortização, sendo sujeitos a testes de imparidade com uma periodicidade anual, ou então sempre que haja uma indicação de que possam estar em imparidade.

2.7 Propriedades de investimento

As propriedades de investimento compreendem essencialmente terrenos detidos pelo Grupo para uso futuro indeterminado e pelos quais não obtém qualquer rendimento, não se destinando ao uso nas atividades desenvolvidas pelo grupo ou ainda à venda no curso ordinário da atividade. Uma propriedade de investimento é mensurada inicialmente pelo seu custo de aquisição ou produção, incluindo os custos de transação que lhe sejam diretamente atribuíveis. Após o reconhecimento inicial as propriedades de investimento são mensuradas ao custo deduzido de depreciações e perdas de imparidade acumuladas, quando aplicável. As taxas de depreciação coincidem com as dos ativos fixos tangíveis.

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O Grupo providencia anualmente avaliações dos ativos classificados como propriedades de investimento para determinar eventuais imparidades e proceder à respetiva divulgação do justo valor. Os custos incorridos relacionados com propriedades de investimento, nomeadamente, manutenções, reparações, seguros e impostos sobre propriedades são reconhecidos como um gasto no período a que se referem. As beneficiações relativamente às quais existem expectativas de que irão gerar benefícios económicos futuros adicionais são capitalizadas.

2.8 Imparidade de ativos tangíveis e intangíveis, exceto goodwill

O Grupo efetua avaliações de imparidade dos seus ativos fixos tangíveis e intangíveis sempre que ocorra algum evento ou alteração que indique que o montante pelo qual o ativo se encontra registado possa não ser recuperado. Em caso da existência de tais indícios, o Grupo procede à determinação do valor recuperável do ativo, de modo a determinar a extensão da perda por imparidade. Quando não é possível determinar a quantia recuperável de um ativo individual, é estimada a quantia recuperável da unidade geradora de caixa a que esse ativo pertence. A quantia recuperável do ativo ou da unidade geradora de caixa consiste no maior de entre (i) o justo valor deduzido de custos para vender e (ii) o valor de uso. O justo valor é o valor que se obteria com a alienação do ativo numa transação entre entidades independentes e conhecedoras. O valor de uso decorre dos fluxos de caixa futuros estimados e descontados do ativo durante a vida útil esperada. A taxa de desconto utilizada na atualização dos fluxos de caixa descontados reflete o valor atual do capital e o risco específico do ativo. Sempre que a quantia escriturada do ativo ou da unidade geradora de caixa seja superior à sua quantia recuperável, é reconhecida uma perda por imparidade. A perda por imparidade é registada na Demonstração consolidada dos resultados por naturezas a que se refere, na rubrica de “Depreciações/ amortizações e imparidade de investimentos (perdas/reversões)”. A reversão de perdas por imparidade reconhecidas em períodos anteriores é registada quando há evidências de que as perdas por imparidade reconhecidas já não existem ou diminuíram, sendo reconhecida na demonstração de consolidada de resultados por naturezas como dedução à rubrica “Depreciações/ amortizações e imparidade de investimentos (perdas/reversões)”. Contudo, a reversão da perda por imparidade é efetuada até ao limite da quantia que estaria reconhecida (líquida de depreciações ou amortizações) caso a perda por imparidade não tivesse sido registada em anos anteriores.

2.9 Goodwill

O goodwill representa o excesso do custo de aquisição face ao justo valor líquido dos ativos, passivos e passivos contingentes identificáveis de cada entidade adquirida e incluída na

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consolidação pelo método integral, subsidiária, entidade controlada conjuntamente ou associada, na respetiva data de aquisição, em conformidade com o estabelecido na IFRS 3 – Concentração de Atividades Empresariais. Decorrente da exceção prevista no IFRS 1 – Adoção pela Primeira vez das Normas Internacionais de Relato Financeiro, o Grupo aplicou as disposições do IFRS 3 apenas às aquisições ocorridas posteriormente a 1 de janeiro de 2009. Os valores de goodwill correspondentes a aquisições anteriores a 1 de janeiro de 2009 foram mantidos, pelos valores líquidos apresentados nessa data, sendo sujeitos anualmente a testes de imparidade desde aquela data. O goodwill não é amortizado. Na análise da imparidade do Goodwill, o mesmo é adicionado à unidade ou unidades geradoras de caixa a que respeita. O valor de uso é determinado pela atualização dos fluxos de caixa futuros estimados da unidade geradora de caixa. O valor recuperável das unidades geradoras de caixa às quais o goodwill é afeto, é determinado com base no valor em uso dos ativos, sendo calculado com recurso a metodologias de avaliação, suportadas em técnicas de fluxos de caixa descontados, considerando as condições de mercado, o valor temporal e os riscos do negócio. A taxa de desconto utilizada na atualização dos fluxos de caixa descontados reflete o WACC antes de impostos (“Weighted Average Cost of Capital”) do Grupo CTT para o segmento de negócio a que a unidade geradora de caixa pertence. Os testes de imparidade são realizados à data de cada relato financeiro. As perdas por imparidade não são revertíveis.

2.10 Ativos e passivos financeiros

Os ativos e os passivos financeiros são reconhecidos na Demonstração da posição financeira consolidada quando o Grupo se torna parte das correspondentes disposições contratuais. Um ativo financeiro é qualquer ativo que seja dinheiro ou um direito contratual de receber dinheiro. Um passivo financeiro é qualquer passivo que se consubstancie numa obrigação contratual de entregar dinheiro. Os ativos financeiros do Grupo são basicamente as Contas a receber, Caixa e equivalentes de caixa e Capital. Os passivos financeiros são fundamentalmente os Financiamentos obtidos e as Contas a pagar. Contas a receber Os saldos de clientes e outros devedores constituem as contas a receber por serviços prestados pelo Grupo no decurso normal da sua atividade. Se é expectável que a sua cobrança ocorra dentro de um ano ou menos, são classificadas como ativo corrente. Caso contrário são classificadas como ativo não corrente. As contas a receber classificadas como ativo corrente não têm implícito juro e são apresentadas pelo respetivo valor nominal, deduzidas de perdas de realização estimadas (perdas por imparidade), calculadas com base na estimativa de fluxos de caixa a receber descontados à taxa de juro efetiva. As perdas por imparidade identificadas são registadas por contrapartida de resultados, sendo

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subsequentemente revertidas por resultados caso se verifique uma redução do montante da perda estimada, num período posterior. As contas a receber classificadas como ativo não corrente são mensuradas pelo respetivo custo amortizado, determinado de acordo com o método da taxa de juro efetiva. Quando existe evidência de que as mesmas se encontram em imparidade, procede-se ao registo da correspondente perda em resultados. Caixa e equivalentes a caixa Os montantes incluídos nas rubricas de caixa e seus equivalentes correspondem aos valores de caixa, depósitos à ordem, depósitos a prazo e outras aplicações de tesouraria que possam ser imediatamente mobilizáveis, até 3 meses, com risco insignificante de alteração de valor. Para efeitos da demonstração dos fluxos de caixa, a rubrica de “Caixa e seus equivalentes” é deduzida dos descobertos bancários incluídos na rubrica de Financiamentos Obtidos na Demonstração da posição financeira consolidada. Ativos financeiros disponíveis para venda Os ativos financeiros disponíveis para venda são mensurados inicialmente ao valor da transação e subsequentemente ao justo valor com as variações registadas no Capital próprio, exceto se o justo valor não puder ser determinado com fiabilidade. Capital Os custos com a emissão de novas ações são reconhecidos diretamente em capital como dedução ao valor do encaixe. Financiamentos obtidos Os empréstimos são registados no passivo pelo valor nominal recebido, líquido de despesas com a emissão, o qual corresponde ao respetivo justo valor nessa data. Subsequentemente, são mensurados pelo método do custo amortizado, sendo os correspondentes encargos financeiros calculados de acordo com a taxa de juro efetiva e, contabilizados em resultados de acordo com o princípio da especialização dos exercícios. Contas a pagar As contas a pagar classificadas como passivo corrente são registadas pelo seu valor nominal, o que é substancialmente equivalente ao seu justo valor. As contas a pagar classificadas como passivo não corrente, para as quais não exista uma obrigação contratual pelo pagamento de juros, são mensuradas inicialmente ao valor descontado e subsequentemente pelo respetivo custo amortizado, determinado de acordo com o método da taxa de juro efetiva.

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As contas a pagar (saldos de fornecedores e outros credores) são responsabilidades respeitantes à aquisição de mercadorias ou serviços, pelo Grupo no decurso normal das suas atividades. Se o pagamento for devido dentro de um ano ou menos são classificadas como passivo corrente. Caso contrário são classificadas como passivo não corrente.

2.11 Inventários

As mercadorias e as matérias-primas, subsidiárias e de consumo encontram-se valorizadas ao menor entre o custo de aquisição e o valor de realização líquido, utilizando-se o custo médio ponderado, como método de valorização das saídas de armazém. Sempre que se verifica que a antiguidade dos inventários é significativa, procede-se à redução da quantia registada, mediante o reconhecimento de uma perda por imparidade.

2.12 Ativos não correntes detidos para venda e operações descontinuadas

Os ativos não correntes, são classificados como detidos para venda se o respetivo valor for realizável através de uma venda em vez de o ser através do seu uso continuado. Considera-se que esta situação se verifica apenas quando: (i) a venda, seja muito provável e o ativo esteja disponível para venda imediata nas suas atuais condições; (ii) o Grupo tenha assumido um compromisso de vender; e (iii) seja expectável que a venda se concretize num período de 12 meses. Os ativos não correntes classificados como detidos para venda são mensurados ao menor de entre a sua quantia escriturada antes desta classificação e o seu justo valor, deduzido dos custos de venda. Quando o justo valor é inferior à quantia escriturada, a diferença é reconhecida em “Depreciações/ amortizações e imparidade de investimentos (perdas/reversões)”. Os ativos não correntes detidos para venda são apresentados em linha própria na Demonstração da posição financeira consolidada. Os ativos não correntes detidos para venda não são, em qualquer caso, objeto de depreciação ou amortização. Os resultados das operações descontinuadas são apresentados, em linha própria na Demonstração consolidada de resultados por naturezas, a seguir ao Imposto sobre o rendimento e antes do Resultado líquido. Quando o Grupo está comprometido com um plano de venda de uma subsidiária que envolva a perda de controlo sobre a mesma, todos os ativos e passivos dessa subsidiária são classificados como detidos para venda, desde que se cumpram os requisitos referidos anteriormente, ainda que o Grupo retenha algum interesse residual na subsidiária após a venda.

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2.13 Distribuição de dividendos

A distribuição de dividendos, quando aprovados em Assembleia Geral da Empresa e enquanto não pagos ao acionista, é reconhecida como um passivo.

2.14 Benefícios aos empregados

O Grupo adota como política contabilística para o reconhecimento das suas responsabilidades pelo pagamento das prestações de cuidados de saúde pós-reforma e outros benefícios, os critérios consagrados na IAS 19, com utilização nomeadamente do método de custeio atuarial “Unidade de crédito projetada”. Para obtenção da estimativa do valor das responsabilidades (Valor presente da obrigação de benefício definido) e do gasto a reconhecer em cada período, é efetuado anualmente um estudo atuarial por entidade independente de acordo com pressupostos considerados apropriados e razoáveis. O “Valor presente da obrigação de benefício definido” é registado no passivo na rubrica de “Benefícios aos empregados”. Em 31 de dezembro de 2012, os CTT, S.A. optaram pela adoção antecipada das alterações constantes na IAS 19, pelo que os ganhos e perdas atuariais são reconhecidos, na totalidade, nos capitais próprios. Pensões de aposentação do pessoal subscritor da Caixa Geral de Aposentações (“CGA”) O Decreto-Lei n.º 246/2003, de 8 de outubro, transferiu a responsabilidade dos encargos com as pensões de aposentação do pessoal dos CTT subscritor da CGA, já aposentado e no ativo, para esta última entidade, com efeitos a 1 de janeiro de 2003, pelo que o referido diploma legal extinguiu o Fundo de Pensões do Pessoal dos CTT, S.A.. Como consequência da extinção do fundo, conforme determinado pelo mesmo diploma legal, a Empresa transferiu para a CGA e para a Direção Geral do Tesouro, o valor do respetivo património, reportado a 1 de janeiro de 2003, acrescido dos respetivos rendimentos e incrementos de valor até à data da sua efetiva entrega, em dezembro de 2003. Benefícios pós-emprego - cuidados de saúde Os trabalhadores subscritores da C.G.A. e os trabalhadores beneficiários da Segurança Social (“S.S.”), (admitidos no quadro efetivo da Empresa após 19 de Maio de 1992 e até 31 de dezembro de 2009), podem usufruir dos benefícios, no âmbito dos cuidados de saúde, previstos no Regulamento das Obras Sociais dos CTT. Tais benefícios são extensíveis a todos os trabalhadores efetivos da empresa, quer se encontrem no ativo, quer na situação de aposentação, pré-reforma ou reforma. Os trabalhadores admitidos na empresa após 31 de dezembro de 2009, apenas poderão usufruir dos benefícios previstos no Regulamento das Obras Sociais enquanto se mantiverem vinculados à Empresa por um contrato individual de trabalho, não lhe assistindo tal direito na aposentação, pré-reforma ou reforma.

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Os benefícios com cuidados de saúde respeitam, nomeadamente, à comparticipação no custo dos medicamentos, dos serviços médico-cirúrgicos, de enfermagem e de meios auxiliares de diagnóstico e dos serviços hospitalares, conforme estabelecido no Regulamento das Obras Sociais dos CTT. O financiamento do plano de cuidados de saúde pós-reforma é garantido na sua maior parte pela Empresa, sendo o restante coberto pelas quotas pagas pelos beneficiários. A adesão ao plano de cuidados de saúde pós-reforma implica o pagamento por parte dos beneficiários titulares (aposentados e reformados) de uma quota correspondente a 1,5 % da pensão. Por cada familiar inscrito é também paga uma quota de 1,5 % ou 2 % da pensão, dependendo a percentagem do montante desta. Em determinadas situações especiais poderá haver isenção do pagamento de quota quer para titulares quer para familiares. A gestão do plano de cuidados de saúde é assegurada pelo IOS - Instituto das Obras Sociais, que por sua vez contratou a Portugal Telecom - Associação de Cuidados de Saúde (“PT-ACS”) para prestação dos serviços de assistência médica. Outros benefícios de longo prazo Existe ainda um conjunto de obrigações construtivas assumidas pelo Grupo perante alguns grupos de trabalhadores, nomeadamente: - Suspensão de contratos, recolocação e libertação de postos de trabalho As responsabilidades pelo pagamento de salários a empregados em regime de libertação do posto de trabalho, de suspensão de contrato de trabalho, pré-reforma ou equivalentes, são contabilizadas, na totalidade, no momento de passagem do empregado para aqueles regimes. - Taxa de assinatura telefónica Trata-se de uma obrigação assumida pelos CTT de pagamento vitalício a um grupo fechado de trabalhadores aposentados e cônjuges sobrevivos (8.117 beneficiários em 31 de dezembro de 2012 e 8.471 beneficiários em 31 de dezembro de 2011), da taxa de assinatura telefónica no montante de 15,30 Euros mensais. - Pensões por acidentes de serviço Corresponde essencialmente a responsabilidades com o pagamento de pensões por acidentes em serviço, relativas a trabalhadores subscritores da CGA. O Grupo CTT suporta igualmente as demais responsabilidades decorrentes dos acidentes de serviço destes trabalhadores.

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De acordo com a legislação em vigor, no que diz respeito aos trabalhadores subscritores da CGA, são da responsabilidade do Grupo os encargos com pensões que tiverem sido atribuídas a título de reparação de danos resultantes de acidentes em serviço, e dos quais tenha resultado a incapacidade permanente ou morte do trabalhador. O valor destas pensões é atualizado por diploma legal. Atualmente, por não se considerar economicamente justificado, não existe apólice de seguro contratada para fazer face a estas responsabilidades. Em 31 de dezembro de 2012 havia 66 beneficiários a receber este tipo de pensão (67 em 31 de dezembro de 2011). - Subsídio mensal vitalício Constitui um subsídio previsto no regime jurídico das prestações familiares do D.L. nº 133-B/97 de 30 de maio, alterado pelos D.L. nº 341/99 de 25 de agosto e D.L. nº 250/2001 de 21 de setembro. São beneficiários os trabalhadores no ativo ou aposentados, que tenham descendentes, maiores de 24 anos, portadores de deficiência de natureza física, orgânica, sensorial, motora ou mental, que se encontrem em situação que os impossibilite de proverem normalmente à sua subsistência pelo exercício de atividade profissional. No caso de se tratar de beneficiários subscritores da CGA, o encargo com o subsídio é da responsabilidade dos CTT. Em 31 de dezembro de 2012 havia 51 beneficiários nestas condições, (49 beneficiários em 31 de dezembro de 2011), a receber um valor mensal de 176,76 Euro, 12 meses por ano. Este valor é atualizado por Portaria dos Ministérios das Finanças e do Trabalho e Solidariedade Social. - Apoio por cessação da atividade profissional Este benefício é concedido aos trabalhadores que se aposentem, com pelo menos 5 anos de antiguidade na empresa. O seu montante depende da antiguidade à data da aposentação. Em 31 de dezembro de 2012 a tabela em vigor previa um valor máximo de 1.847,16 Euros para 36 ou mais anos de antiguidade. Em 2012 o Conselho de Administração dos CTT deliberou descontinuar a compensação que era atribuída aos trabalhadores que atingiram o termo da sua vida ativa ao serviço da empresa CTT, S.A.. Deliberou igualmente que, nas situações de desligação e reforma que venham a ocorrer na sequência dos pedidos de aposentação e de reforma já apresentados ou que venham a sê-lo até ao dia 31 de Março de 2013 a manutenção do referido benefício. As responsabilidades com os “Outros benefícios de longo prazo” a empregados são determinadas anualmente, com base em estudos atuariais, elaborados por entidade independente, de acordo com métodos e pressupostos atuariais considerados apropriados e razoáveis, sendo os valores determinados registados na rubrica do passivo “Benefícios aos empregados”. Os principais pressupostos financeiros e demográficos utilizados no cálculo destas responsabilidades nomeadamente taxa de desconto, tábuas de mortalidade e invalidez são os mesmos que os utilizados na avaliação atuarial do plano de cuidados de saúde dos CTT.

2.15 Provisões e passivos contingentes

São reconhecidas provisões quando: (i) o Grupo tem uma obrigação presente (legal ou implícita) resultante dum acontecimento passado, (ii) seja provável que o seu pagamento venha a ser exigido

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e (iii) exista uma estimativa fiável da quantia da obrigação. Quando alguma destas condições não é preenchida, o Grupo procede à divulgação dos eventos como passivo contingente, a menos que a possibilidade de uma saída de fundos seja remota. O montante das provisões corresponde ao valor presente da obrigação, sendo a atualização financeira registada como gasto financeiro na rubrica de “Gastos e perdas financeiros” (Nota 40). As provisões são revistas a cada data de relato financeiro e são ajustadas de modo a refletir a melhor estimativa a essa data. Quando as perdas em empresas associadas excedem o investimento efetuado nessas entidades, o valor contabilístico do investimento financeiro é reduzido a zero e o reconhecimento de perdas futuras é descontinuado, exceto na parcela em que o Grupo incorra numa obrigação legal ou construtiva de assumir essas perdas em nome da associada, caso em que é registada uma Provisão para investimentos em associadas. São constituídas provisões para reestruturação sempre que um plano formal detalhado de reestruturação tenha sido aprovado pelo Conselho de Administração e este tenha sido iniciado ou divulgado publicamente. São constituídas provisões para os custos de desmantelamento, remoção do ativo e restauração do local de certos ativos, quando esses ativos começam a ser utilizados e seja possível estimar a respetiva obrigação com fiabilidade, ou quando existe o compromisso contratual de reposição de espaços alugados por terceiros. É registada uma provisão para processos judiciais em curso quando exista uma estimativa fiável de custos a incorrer decorrentes de ações interpostas por terceiros, com base na avaliação da efetivação da probabilidade de pagar tendo por base o parecer dos advogados do Grupo.

2.16 Rédito

O rédito é mensurado pelo justo valor da contraprestação recebida ou a receber. O rédito relativo às vendas de produtos de merchandising e afetas ao negócio postal é reconhecido no momento em que os riscos e vantagens inerentes ao produto são transferidos para o comprador, o que normalmente ocorre no momento da transação. O rédito relativo à prestação de serviços postais é reconhecido no momento em que o cliente solicita o serviço, uma vez que os CTT não têm informação que permita estimar com fiabilidade o montante relativo a entregas não efetuadas na data do relato financeiro, embora se entenda que o mesmo não é materialmente relevante visto que a data de solicitação do serviço não difere significativamente da data da sua prestação. As comissões por cobranças efetuadas e por venda de produtos financeiros são reconhecidas na data da prestação de contas com o cliente.

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O rédito relativo a apartados e custódia de arquivos é reconhecido durante o período dos respetivos contratos. O rédito relativo às recargas de serviços de telecomunicações móveis pré-pagos é diferido, e reconhecido em resultados em função do tráfego efetuado pelo cliente, no período em que a prestação de serviços é efetuada. O rédito relativo a serviços postais internacionais, bem como os custos correspondentes, é estimado com base em sondagens e índices acordados com as administrações postais homólogas e registados em contas provisórias, no mês em que o tráfego ocorre. As diferenças, que normalmente não são significativas, entre os valores assim estimados, e as contas definitivas, apuradas por acordo com aquelas administrações, são reconhecidas em resultados quando as contas passam a definitivas. O rédito proveniente de royalties é reconhecido segundo o regime do acréscimo de acordo com a substância dos correspondentes contratos, desde que seja provável que benefícios económicos fluam para o Grupo e o seu montante possa ser mensurado com fiabilidade. O rédito de juros é reconhecido utilizando o método do juro efetivo, desde que seja provável que benefícios económicos fluam para o Grupo e o seu montante possa ser mensurado com fiabilidade.

2.17 Subsídios obtidos

Os subsídios apenas são reconhecidos quando exista uma garantia razoável de que irão ser recebidos e que o Grupo irá cumprir com as condições exigidas para a sua atribuição. Os subsídios ao investimento associados à aquisição ou produção de ativos fixos tangíveis são reconhecidos inicialmente no passivo não corrente, sendo subsequentemente imputados numa base sistemática como rendimentos do período, de forma consistente e proporcional às depreciações dos bens a cuja aquisição se destinaram. Os subsídios à exploração, nomeadamente para formação de colaboradores, são reconhecidos na Demonstração consolidada dos resultados por naturezas como rendimentos durante os períodos necessários para os balancear com os gastos incorridos, na medida em que os subsídios não sejam reembolsáveis.

2.18 Locações

A classificação das locações é feita em função da substância e não da forma do contrato. As locações são classificadas como financeiras sempre que nos seus termos ocorra a transferência

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substancial, para o locatário, de todos os riscos e vantagens associados à propriedade do bem. As restantes locações são classificadas como operacionais. Os ativos tangíveis adquiridos mediante contratos de locação financeira, bem como as correspondentes responsabilidades para com o locador, são registados no início da locação pelo menor de entre o justo valor dos ativos e o valor presente dos pagamentos mínimos da locação. A taxa de desconto a utilizar deverá ser a taxa implícita na locação. Caso esta não seja conhecida deverá ser utilizada a taxa de financiamento do Grupo para aquele tipo de investimentos. A política de depreciação destes ativos segue as regras aplicáveis aos ativos tangíveis propriedade do Grupo. Os juros incluídos no valor das rendas e as amortizações do ativo fixo tangível são reconhecidos na Demonstração consolidada dos resultados por naturezas do período a que respeitam. Nas locações operacionais as rendas devidas são reconhecidas como gasto na Demonstração consolidada dos resultados por naturezas, durante o período da locação.

2.19 Encargos financeiros com empréstimos obtidos

Os encargos financeiros relacionados com empréstimos obtidos são reconhecidos como gastos quando incorridos. Exceção: os juros são capitalizados quando os empréstimos são diretamente atribuíveis à aquisição ou construção de um ativo que requeira um período substancial de tempo (superior a um ano) para atingir a sua condição de uso.

2.20 Impostos

Imposto sobre o rendimento (“IRC”) O imposto sobre o rendimento corresponde à soma dos impostos correntes com os impostos diferidos. Os impostos correntes e os impostos diferidos são registados em resultados, salvo quando se relacionam com itens registados diretamente no capital próprio. Nestes casos os impostos correntes e os impostos diferidos são igualmente registados no capital próprio. O imposto corrente a pagar é baseado no lucro tributável do período das várias entidades incluídas no perímetro de consolidação, calculado de acordo com os critérios fiscais vigentes à data do relato financeiro. O lucro tributável difere do resultado contabilístico, uma vez que exclui diversos gastos e rendimentos que apenas serão dedutíveis ou tributáveis noutros exercícios. O lucro tributável exclui ainda gastos e rendimentos que nunca serão dedutíveis ou tributáveis. Os impostos diferidos referem-se às diferenças temporárias entre os montantes registados dos ativos e passivos para efeitos de relato contabilístico e os respetivos montantes para efeitos de tributação. São geralmente reconhecidos passivos por impostos diferidos para todas as diferenças temporárias tributáveis. São reconhecidos ativos por impostos diferidos para as diferenças temporárias

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dedutíveis. Porém tal reconhecimento unicamente se verifica quando existem expectativas razoáveis de lucros fiscais futuros suficientes para utilizar esses ativos por impostos diferidos, ou quando existam impostos diferidos passivos cuja reversão seja expectável no mesmo período em que os impostos diferidos ativos possam ser utilizados. Em cada data de relato é efetuada uma revisão desses ativos por impostos diferidos, sendo os mesmos ajustados em função das expectativas quanto à sua utilização futura. Os ativos e os passivos por impostos diferidos são mensurados utilizando as taxas de tributação que se espera estarem em vigor à data da reversão das correspondentes diferenças temporárias, com base nas taxas de tributação (e legislação fiscal) que esteja formal ou substancialmente emitida na data de relato. Os CTT encontram-se abrangidos pelo regime especial de tributação dos grupos de sociedades que engloba todas as empresas em que os CTT participam, direta ou indiretamente, em pelo menos 90% do respetivo capital social e que simultaneamente sejam residentes em Portugal e tributadas em sede IRC. As restantes empresas são tributadas individualmente com base nas respetivas matérias coletáveis e nas taxas de imposto aplicáveis. Imposto sobre o valor acrescentado (“IVA”) Para efeito de IVA a Empresa-mãe encontra-se enquadrada no regime normal de periodicidade mensal de acordo com o disposto na alínea a) do nº. 1 do art.º. 41º. do Código do IVA, praticando no âmbito da sua atividade operações isentas, enquadráveis no art.º 9.º. do Código do IVA e outras sujeitas e não isentas, razão pela qual utiliza para efeitos de apuramento de IVA o método da afetação real e o método do prorata.

2.21 Especialização dos períodos

Os rendimentos e os gastos são registados de acordo com o princípio da especialização dos períodos, pelo que são reconhecidos à medida que são gerados, independentemente do momento em que são recebidos ou pagos. As diferenças entre rendimentos e gastos gerados e os correspondentes montantes faturados são registados em “Outros ativos correntes” ou em “Outros passivos correntes”, respetivamente nas rubricas de “Devedores por acréscimos de rendimentos” ou de ” Credores por acréscimos de gastos”. Os rendimentos recebidos e os gastos pagos antecipadamente são registados por contrapartida das rubricas de “Diferimentos”, respetivamente, no passivo e no ativo.

2.22 Julgamentos e estimativas

Na preparação das demonstrações financeiras foram utilizadas julgamentos e estimativas que afetam as quantias reportadas de ativos e passivos, assim como as quantias reportadas de rendimentos e gastos durante o período de reporte. As estimativas e pressupostos são determinadas com base no melhor conhecimento existente e na experiência de eventos passados e/ou correntes

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considerando determinados pressupostos relativos a eventos futuros. No entanto, poderão ocorrer situações em períodos subsequentes que, não sendo previsíveis à data de aprovação das demonstrações financeiras, não foram consideradas nessas estimativas. As alterações às estimativas que ocorram posteriormente à data das demonstrações financeiras serão corrigidas de forma prospetiva. Por este motivo e dado o grau de incerteza associado, os resultados reais das situações em questão poderão diferir das correspondentes estimativas. Os principais juízos de valor e estimativas efetuadas na preparação das demonstrações financeiras consolidadas ocorrem nas seguintes áreas: (i) Ativos fixos tangíveis e intangíveis/ estimativas de vidas úteis As depreciações/amortizações são calculadas sobre o custo de aquisição sendo utilizado o método das quotas constantes, a partir do mês em que o ativo se encontra disponível para utilização. As taxas de depreciação/amortização praticadas refletem o melhor conhecimento sobre a sua vida útil estimada. Os valores residuais dos ativos e as respetivas vidas úteis são revistos e ajustados, quando se afigura necessário. (ii) Imparidade do Goodwill O Grupo testa o goodwill, pelo menos anualmente, com o objetivo de verificar se o mesmo está em imparidade, de acordo com a política referida na Nota 2.9. O cálculo dos valores recuperáveis das unidades geradoras de caixa envolve julgamento e reside substancialmente na análise da Gestão em relação à evolução futura da respetiva participada. Na avaliação subjacente aos cálculos efetuados são utilizados pressupostos baseados na informação disponível quer do negócio, quer do enquadramento macro-económico. (iii) Imparidade de contas a receber As perdas por imparidade relativas a créditos de cobrança duvidosa são baseadas na avaliação do Grupo da probabilidade de recuperação dos saldos das contas a receber. Esta avaliação é efetuada em função do tempo de incumprimento, do histórico de crédito do cliente e da deterioração da situação creditícia dos principais clientes. Caso as condições financeiras dos clientes se deteriorem, as perdas de imparidade poderão ser superiores ao esperado. (iv) Impostos diferidos O reconhecimento de impostos diferidos pressupõe a existência de resultados e matéria coletável futura. Os impostos diferidos ativos e passivos foram determinados com base na legislação fiscal atualmente em vigor para as empresas do Grupo, ou em legislação já publicada para aplicação futura. Alterações na legislação fiscal podem influenciar o valor dos impostos diferidos. (v) Benefícios aos empregados A determinação das responsabilidades com o pagamento de benefícios pós-emprego, nomeadamente com cuidados de saúde, requer a utilização de pressupostos e estimativas, incluindo a utilização de projeções atuariais, taxas de desconto e outros fatores que podem ter impacto nos gastos e nas responsabilidades com estes benefícios. Quaisquer alterações nos pressupostos utilizados, os quais estão descritos na Nota 26, terão impacto no valor contabilístico

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das responsabilidades. Os CTT têm como política rever periodicamente os principais pressupostos atuariais, caso o seu impacto seja material nas demonstrações financeiras. (vi) Provisões O Grupo exerce julgamento considerável na mensuração e reconhecimento de provisões. O julgamento é necessário de forma a aferir a probabilidade que um contencioso tem de ser bem sucedido. As provisões são constituídas quando o Grupo espera que processos em curso irão originar a saída de fluxos, a perda seja provável e possa ser razoavelmente estimada. Devido às incertezas inerentes ao processo de avaliação, as perdas reais poderão ser diferentes das originalmente estimadas na provisão. Estas estimativas estão sujeitas a alterações à medida que nova informação fica disponível. Revisões às estimativas destas perdas podem afetar os resultados futuros.

2.23 Demonstração dos fluxos de caixa

A Demonstração dos fluxos de caixa é preparada segundo o método direto, através da qual são divulgados os recebimentos e pagamentos de caixa em atividades operacionais, de investimento e de financiamento.

2.24 Acontecimentos subsequentes

Os acontecimentos ocorridos após a data do fecho, até à data de aprovação das demonstrações financeiras pelo Conselho de Administração, e que proporcionem informação adicional sobre condições que existiam à data do relato financeiro são refletidos nas demonstrações financeiras. Os eventos ocorridos após a data do fecho que sejam indicativos de condições que surgiram após a data do relato financeiro são divulgados no anexo às demonstrações financeiras, se forem considerados materiais.

3. ALTERAÇÃO DE POLÍTICAS CONTABILÍSTICAS, ERROS E ESTIMATIVAS

Durante o exercício não ocorreram alterações de políticas contabilísticas face às consideradas na preparação da informação financeira relativa ao período anterior, apresentada para efeitos comparativos, com exceção da adoção antecipada da IAS 19 – Benefícios de empregados (revista), conforme revisão publicada pelo IASB (International Accounting Standards Board) em junho de 2011. De acordo com a mesma, os ganhos e perdas atuariais, anteriormente diferidos e amortizados pelo período médio estimado de serviços futuros dos trabalhadores até à idade da reforma, passam a ser reconhecidos de imediato e apenas nos “Outros rendimentos integrais”. Tendo em consideração a revisão da IAS 19 acima referida, o Grupo CTT, decidiu, no exercício de 2012, alterar a sua política contabilística, com base na norma IAS 19 vigente, quanto ao reconhecimento dos ganhos e perdas atuariais dos planos de benefícios definidos, efetuando a

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reexpressão dos valores comparativos do ano de 2011. Assim, o Grupo passou a reconhecer integralmente todos os ganhos e perdas atuariais na demonstração de rendimento integral com reflexo na sua posição financeira. Devido à alteração da política contabilística, quanto ao reconhecimento dos ganhos e perdas atuariais dos planos de benefícios de empregados os montantes comparativos das demonstrações financeiras foram reexpressos à data de 31 de dezembro de 2011, sendo os efeitos na demonstração consolidada da posição financeira e nas demonstrações consolidadas de resultados por naturezas e de rendimento integral, representados nos quadros seguintes:

Desmonstração da Posição Financeira Consolidada

Reportado Ajustamentos Reexpresso Reportado Ajustamentos Reexpresso

ATIVO NÃO CORRENTE:Ativos fixos tangíveis 265.484.227 - 265.484.227 269.246.885 - 269.246.885 Propriedades de investimento 3.562.552 - 3.562.552 2.728.373 - 2.728.373 Ativos intangíveis 14.097.499 - 14.097.499 15.080.232 - 15.080.232 Goodwill 27.471.058 - 27.471.058 25.528.608 - 25.528.608 Investimentos em associadas 585.645 - 585.645 552.824 - 552.824 Outros investimentos 130.829 - 130.829 130.829 - 130.829 Outros ativos não correntes 851.723 - 851.723 6.004.988 - 6.004.988 Ativos por impostos diferidos 105.559.545 (4.740.340) 100.819.205 109.434.687 (5.820.590) 103.614.097

Total do ativo não corrente 417.743.078 (4.740.340) 413.002.738 428.707.426 (5.820.590) 422.886.836

ATIVO CORRENTE:Inventários 6.512.659 - 6.512.659 6.305.998 - 6.305.998 Contas a receber 166.489.760 - 166.489.760 164.395.448 - 164.395.448 Imposto sobre o rendimento 2.121.797 - 2.121.797 3 - 3 Diferimentos 5.977.849 - 5.977.849 5.494.827 - 5.494.827 Outros ativos correntes 21.907.679 - 21.907.679 27.214.044 - 27.214.044 Caixa e equivalentes a caixa 480.073.674 - 480.073.674 426.259.362 - 426.259.362

Total do ativo corrente 683.083.418 - 683.083.418 629.669.682 - 629.669.682

Total do ativo 1.100.826.496 (4.740.340) 1.096.086.156 1.058.377.108 (5.820.590) 1.052.556.518

Reportado Ajustamentos Reexpresso Reportado Ajustamentos Reexpresso

CAPITAL PRÓPRIO:Capital 87.325.000 - 87.325.000 87.325.000 - 87.325.000 Reservas 47.593.690 - 47.593.690 50.657.421 - 50.657.421 Resultados transitados (17.432.756) - (17.432.756) 2.408.870 2.408.870 Outras variações no capital próprio - 11.605.660 11.605.660 - 15.144.300 15.144.300 Excedentes de revalorização 61.266.929 - 61.266.929 58.625.232 - 58.625.232 Resultado liquido do período 56.304.948 56.304.948 56.712.195 (893.890) 55.818.305

Total do capital próprio excluindo interesses não controlados 235.057.810 11.605.660 246.663.470 255.728.718 14.250.410 269.979.128 Interesses não controlados 1.406.989 - 1.406.989 1.627.958 - 1.627.958

Total do capital próprio 236.464.799 11.605.660 248.070.459 257.356.676 14.250.410 271.607.086

PASSIVO:PASSIVO NÃO CORRENTE:

Financiamentos obtidos 7.253.904 - 7.253.904 5.943.942 - 5.943.942 Benefícios aos empregados 285.190.208 - 285.190.208 300.975.316 - 300.975.316 Provisões 20.180.460 - 20.180.460 20.440.943 - 20.440.943 Diferimentos 35.075.206 (15.505.000) 19.570.206 32.516.951 (18.812.000) 13.704.951 Passivos por impostos diferidos 6.365.777 - 6.365.777 6.165.433 - 6.165.433

Total do passivo não corrente 354.065.555 (15.505.000) 338.560.555 366.042.585 (18.812.000) 347.230.585

PASSIVO CORRENTE:Contas a pagar 403.880.097 - 403.880.097 346.905.448 - 346.905.448 Benefícios aos empregados 23.065.599 - 23.065.599 20.455.430 - 20.455.430 Imposto sobre o rendimento - - - 7.381.234 - 7.381.234 Financiamentos obtidos 7.025.423 - 7.025.423 5.165.248 - 5.165.248 Diferimentos 6.981.690 (841.000) 6.140.690 5.934.943 (1.259.000) 4.675.943 Outros passivos correntes 69.343.333 - 69.343.333 49.135.544 - 49.135.544

Total do passivo corrente 510.296.142 (841.000) 509.455.142 434.977.847 (1.259.000) 433.718.847

Total do passivo 864.361.697 (16.346.000) 848.015.697 801.020.432 (20.071.000) 780.949.432

Total do capital próprio e do passivo 1.100.826.496 (4.740.340) 1.096.086.156 1.058.377.108 (5.820.590) 1.052.556.518

CAPITAL PRÓPRIO E PASSIVO

1 de janeiro de 2011 31 de dezembro de 2011

1 de janeiro de 2011 31 de dezembro de 2011

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Relatório e Contas 2012

142

Adicionalmente, não foram reconhecidos erros materiais relativos a estimativas efetuadas na preparação das demonstrações financeiras de exercícios anteriores. As estimativas e os pressupostos subjacentes foram determinados com base no melhor conhecimento existente à data de aprovação das demonstrações financeiras dos eventos e transações em curso, assim como na experiência de eventos passados e/ou correntes. Contudo, poderão ocorrer situações em períodos subsequentes que, não sendo previsíveis à data de aprovação das demonstrações financeiras, não foram consideradas nessas estimativas. As alterações às estimativas que ocorram posteriormente à data das demonstrações financeiras serão corrigidas de forma prospetiva. Por este motivo e dado o grau de incerteza associado, os resultados reais das transações em questão poderão diferir das correspondentes estimativas.

Desmonstração Consolidada dos Resultados

RENDIMENTOS E GASTOS Reportado Ajustamentos Reexpresso

Rendimentos operacionais: 761.073.616 761.073.616 Vendas e prestações de serviços 741.850.362 - 741.850.362 Outros rendimentos e ganhos 19.223.254 - 19.223.254

Total de rendimentos operacionais 761.073.616 - 761.073.616

Gastos operacionais: (700.635.100) (1.259.000) (701.894.100)Custo das mercadorias vendidas e das matérias consumidas (18.352.702) - (18.352.702)Fornecimentos e serviços externos (256.463.997) - (256.463.997)Gastos com o pessoal (373.287.289) (1.259.000) (374.546.289)Imparidade de inventários e contas a receber(perdas) / reversões (3.119.386) - (3.119.386)Imparidade de ativos não depreciáveis (1.942.450) - (1.942.450)Provisões - (aumentos) / reduções (6.274.919) - (6.274.919)Depreciações/amortizações e imparidade de investimentos (perdas/reversões) (22.252.306) - (22.252.306)Outros gastos e perdas operacionasi (18.942.051) - (18.942.051)

Resultado operacional 60.438.516 (1.259.000) 59.179.516

Resultados financeiros 19.754.268 - 19.754.268 Gastos e perdas financeiros (1.118.935) - (1.118.935)Rendimentos financeiros 20.788.608 - 20.788.608 Resultados relativos a empresas associadas 84.595 - 84.595

Resultado antes de impostos 80.192.784 (1.259.000) 78.933.784 Imposto sobre o rendimento do período (23.057.746) 365.110 (22.692.636)

Resultado liquido do período 57.135.038 (893.890) 56.241.148 Resultado liquido do período atrbuível a:

Detentores do capital do Grupo CTT 56.712.195 (893.890) 55.818.305 Interesses não controlados (422.843) - (422.843)Resultado por ação da empresa mãe 3,24 (893.890) 3,19

Desmonstração Consolidada do Rendimento Integral

Reportado Ajustamentos Reexpresso

Resultado líquido do período 57.135.038 (893.890) 56.241.148

Ajustamentos em ativos financeiros decorrentes da aplicação do método de equivalência patrimonial (232.826) - (232.826)Ganhos e perdas atuariais - 3.538.640 3.538.640Outras alterações no capital próprio 248.485 - 248.485Outro rendimento integral do período líquido de impostos 15.659 3.538.640 3.554.299Rendimento integral do período 57.150.697 2.644.750 59.795.447

Atribuível a interesses não controlados (422.843) - (422.843)Atribuível ao acionista dos CTT 56.727.854 2.644.750 59.372.604

31 de dezembro de 2011

31 de dezembro de 2011

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Relatório e Contas 2012

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4. ÁREAS DE NEGÓCIO

De acordo com a nova macroestrutura para os CTT aprovada pelo do Conselho de Administração, com efeitos a partir de 1 de Janeiro de 2013, os CTT alteraram para 2012 a metodologia de construção de informação por Áreas de Negócio passando a utilizar, em vez da lógica operacional utilizada até 2011, uma lógica de área de negócio. Por esse fato não é apresentada informação comparativa. O negócio dos CTT encontra-se organizado por Áreas de Negócio da seguinte forma:

Correio – CTT SA sem serviços financeiros, rede de lojas, grandes clientes, área de soluções empresariais e áreas corporativas e de suporte, mas incluindo a PostContacto, a Mailtec Processos e a CTT Gest;

Expresso – inclui a CTT Expresso, a Tourline e a Corre; Serviços financeiros – PayShop e serviços financeiros dos CTT SA; Soluções empresariais – engloba a Mailtec Consultoria, a Mailtec Comunicação, a EAD e

ainda a área de soluções empresariais dos CTT SA. Além das áreas de negócio, existem dois canais de venda, transversais a todos os negócios e produtos, a Rede de Lojas e os Grandes Clientes. Para efeitos da presente análise, estando a Rede de Lojas associada às obrigações no âmbito da concessão do serviço postal universal, encontra-se, tal como a área de Grandes Clientes, incorporada na Área de Negócio Correio integrando os seus rendimentos internos relacionados com a sua prestação interna de serviços às Áreas de Negócio, assim como os rendimentos provenientes da venda de produtos de terceiros nas lojas. Os gastos de estrutura e a inatividade da Rede de Lojas estão integrados na Área de Negócio Correio. Nesta análise, e numa primeira fase, somente parte dos gastos das áreas corporativas e de suporte são alocados às áreas de negócio através de imputação por prestação de serviços, pelo que, com o objetivo de alocar a globalidade dos gastos às áreas de negócio, a informação relativa às áreas corporativas e de suporte anteriormente não imputados por prestações de serviços internas ou a subsidiárias, é objeto de afetação aos diferentes departamentos dos CTT SA em função do número de empregados ao serviço. Com a imputação da globalidade dos custos, o resultado antes de depreciações, provisões, imparidades, resultados financeiros e impostos por área de negócio fica assim definido:

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Relatório e Contas 2012

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5. ATIVOS FIXOS TANGÍVEIS

Durante os exercícios findos em 31 de dezembro de 2012 e 31 de dezembro de 2011, o movimento ocorrido na quantia escriturada dos “Ativos fixos tangíveis”, bem como nas respetivas depreciações acumuladas, foi o seguinte:

Correio ExpressoServiços

FinanceirosSoluções

EmpresariaisEstrutura

Central CTTEliminações intragrupo

Rendimentosoperacionais

Rendimentos operacionais 537.175.329 128.131.687 58.985.452 23.012.390 140.802.587 (176.416.580) 711.690.865Vendas e prestação de serviços 500.178.319 126.787.812 54.325.550 21.175.354 1.122.455 (4.257.264) 699.332.226Vendas 23.008.136 1.304.978 - - - (13.524) 24.299.590Prestação de serviços 477.170.183 125.482.834 54.325.550 21.175.354 1.122.455 (4.243.740) 675.032.636

Outros rendimentos e ganhos 15.493.972 1.343.875 207.432 1.654.738 17.842.876 (24.184.254) 12.358.639Prestações internas de serviços 21.503.038 - 4.452.470 182.298 43.470.147 (69.607.953) -Afetação estrutura central CTT - - - - 78.367.109 (78.367.109) -

Gastos operacionais 486.223.767 118.436.783 34.808.672 21.463.199 140.802.587 (176.416.580) 625.318.428Forn e serv externos 108.680.278 92.298.109 8.202.791 9.927.284 55.727.312 (28.419.546) 246.416.229Gastos com pessoal 235.047.840 23.926.575 3.190.371 7.969.438 78.616.902 - 348.751.126Outros gastos 20.571.806 2.212.099 413.663 1.875.082 5.100.396 (21.973) 30.151.074Prestações internas de serviços 44.510.462 - 22.370.918 1.368.595 1.357.977 (69.607.953) -

Afetação estrutura central CTT 77.413.380 - 630.928 322.800 - (78.367.109) -EBITDA(1) 50.951.562 9.694.904 24.176.780 1.549.191 - - 86.372.437(1) Resultados operacionais +Depreciações/ amortizações + variação líquida de provisões e perdas por imparidade

Ativos fixos tangíveisSaldo inicial 44.611.520 375.183.725 147.698.948 3.558.117 116.129.241 30.216.949 2.089.368 1.885.722 721.373.590Aquisições - 3.810.255 4.163.091 54.889 914.871 1.522.788 328.466 542.194 11.336.554Alienações (162.109) (498.500) (4.473.864) - (321.114) (4.213) - - (5.459.800)Transferências e abates - 1.047.890 1.499.396 (228) (35.406.106) (8.085.039) (1.952.374) (2.277.742) (45.174.203)Regularizações (3.448) (4.014) - (11.222) (1.509) (209.831) - - (230.024)Outras variações - - (646) 2.399 (420.134) (6.853) (235.352) - (660.586)Saldo final 44.445.963 379.539.356 148.886.925 3.603.955 80.895.249 23.433.801 230.108 150.174 681.185.531

Depreciações e perdas por imparidade acumuladasSaldo inicial 4.200.150 184.602.605 128.326.275 3.028.654 108.528.398 23.440.622 - - 452.126.704Depreciações do período - 9.853.138 5.345.507 224.617 3.259.221 1.253.583 - - 19.936.066Alienações - (149.375) (4.473.864) - (321.114) (4.213) - - (4.948.566)Transferências e abates - - (425.138) (228) (37.557.142) (7.115.902) - - (45.098.410)Perdas por imparidade - 502.113 - - - - - - 502.113Regularizações - - - - - - - - -Outras variações - - (168.881) (9.640) (238.553) 7.064 - - (410.010)Saldo final 4.200.150 194.808.481 128.603.899 3.243.403 73.670.810 17.581.154 - - 422.107.897

Ativos fixos tangíveis líquidos 40.245.813 184.730.875 20.283.026 360.552 7.224.439 5.852.647 230.108 150.174 259.077.634

Equipamento transporte

Equipamento administrativo

Outros ativos fixos tangíveis

Ativos fixos tangíveis em

curso

Adiantamentos por conta

investimentosTotal

2012Terrenos e

recursos naturais

Edifícios e outras

construções

Equipamento básico

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Relatório e Contas 2012

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Os saldos das rubricas “Terrenos” e “Edifícios e outras construções” incluem 6.668.577 Euros referente a terrenos e imóveis em copropriedade com a PT Comunicações, S.A.. Em resultado da alteração ao contrato de concessão ocorrida em 26 de julho de 2006 (Nota 1), no termo da concessão, revertem, gratuita e automaticamente para o concedente, os bens dos domínios público e privado do Estado, sendo que, nos termos do contrato anterior, revertiam para o Estado todos os bens afetos à concessão. Sendo a rede postal propriedade exclusiva dos CTT, não estando portanto integrada no domínio público, reverterão para a posse do Estado apenas os bens que ao Estado pertençam, pelo que no fim da concessão o Grupo CTT continuará na posse dos bens que integram o seu património. O Conselho de Administração, suportado nos seus assessores jurídicos, entende que o ativo dos CTT não inclui qualquer bem do domínio público ou privado do Estado.

Durante o período findo em 31 de dezembro de 2012, os movimentos mais relevantes ocorridos nas rubricas dos Ativos Fixos Tangíveis, foram os seguintes: Terrenos: As alienações registadas nesta rúbrica (162.109 Euros), referem-se à venda de um imóvel sito em Lisboa (Rua das Pedras Negras), por parte dos CTT. Edifícios e outras construções:

Os movimentos associados às aquisições, dizem respeito na sua totalidade a obras de conservação e manutenção efetuadas em imóveis propriedade dos CTT (1.363.408 Euros) e imóveis em que são arrendatários (670.207 Euros). Por outro lado, refira-se o investimento efetuado pela CTT Expresso, com especial relevância para as obras de ampliação da Logística (1.348 mil Euros) e obras nos Centros Operacionais do Prior Velho e Viseu que totalizaram cerca de 204 mil Euros. Refira-se por

Ativos fixos tangíveisSaldo inicial 43.644.908 369.425.567 140.661.107 3.527.403 111.613.642 29.089.313 3.072.549 1.912.079 702.946.568Aquisições - 5.699.434 8.343.439 197.595 1.537.902 4.616.294 1.196.277 1.375.782 22.966.723Alienações (2.632) (172.629) (1.547.839) (1.115) (126.236) (10.943) - - (1.861.394)Transferências e abates 779.701 (973.011) 217.431 (146.602) 2.779.057 (3.016.445) (2.408.839) (1.448.639) (4.217.347)Regularizações 189.543 1.204.364 25.271 (19.164) 323.054 (459.909) 229.381 46.500 1.539.040Outras variações - - (461) - 1.822 (1.361) - -Saldo final 44.611.520 375.183.725 147.698.948 3.558.117 116.129.241 30.216.949 2.089.368 1.885.722 721.373.590

Depreciações acumuladas Saldo inicial 3.970.789 176.123.383 126.195.264 2.931.996 105.906.989 22.333.919 - - 437.462.341Depreciações do período - 9.532.490 4.754.844 234.700 3.091.360 1.270.748 - - 18.884.142Alienações (134) (113.028) (1.546.506) (1.115) (121.784) (10.921) - - (1.793.488)Transferências e abates 229.495 (1.503.322) (1.077.096) (136.927) (349.606) (151.916) - - (2.989.372)Regularizações - 563.082 - - - - - - 563.082Outras variações - - (231) - 1.439 (1.208) - - -Saldo final 4.200.150 184.602.605 128.326.275 3.028.654 108.528.398 23.440.622 - - 452.126.705

Ativos fixos tangíveis líquidos 40.411.370 190.581.120 19.372.673 529.463 7.600.843 6.776.327 2.089.368 1.885.722 269.246.885

Equipamento transporte

Equipamento administrativo

Outros ativos fixos tangíveis

Ativos fixos tangíveis em

curso

Adiantamentos por conta

investimentosTotal

2011Terrenos e recursos naturais

Edifícios e outras

construções

Equipamento básico

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Relatório e Contas 2012

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último o investimento efetuado em obras em diversas instalações da Tourline, as quais ascenderam a cerca de 154 mil Euros. Por outro lado, no que às alienações se refere, trata-se do registo relativo à venda do imóvel já descrito na rúbrica de Terrenos, cuja depreciação acumulada se encontra relevada na segunda parte do quadro respeitante a esta nota (149.374 Euros). De referir que esta alienação gerou para os CTT, cerca de 43 mil Euros de mais-valias. As transferências relevadas, e relativas a esta classe de ativos (1.047.890 Euros), dizem respeito a obras que se encontravam em curso, nas empresas CTT e CTT Expresso, e que foram durante o período em análise transferidas para ativos fixos. O Grupo detém um conjunto de imóveis que se encontram desocupados, logo não afetos à atividade. Existindo indícios de que estes ativos possam estar em imparidade, haveria que determinar o valor recuperável dos mesmos (justo valor deduzido dos custos de vender). Nesta conformidade o Grupo procedeu à avaliação dos referidos imóveis, efetuada por entidade externa, tendo concluído, em oito deles, pela existência de imparidade no montante de 502.113 Euros. Equipamento básico:

O valor relativo às aquisições e transferências (5.812 mil Euros), respeitam a aquisições diretas ou saídas de armazém, dos seguintes tipos de ativos:

Máquinas de obliterar (3): 46.141 Euros; Upgrades a máquinas de indexação (leitores óticos): 580.771 Euros; Upgrades a máquinas divisoras de correspondência: 1.276.137 Euros (CTT) e 905 mil Euros

na CTT Expresso; Cabines telefónicas instaladas em Lojas Postais (31): 14.320 Euros; Bicicletas e motociclos: sendo 150 bicicletas elétricas (244.094 Euros) e 117 motociclos

(224.904 Euros); Veículos pesados de mercadorias: 26 viaturas e 4 atrelados nos CTT (2.255.340 Euros) a que

acresce o investimento efetuado na CTT Expresso em 5 viaturas pesadas de mercadorias, num valor aproximado a 218 mil Euros;

Tratores de cais, elétricos (2): 24.612 Euros. As alienações registadas, num valor de 4.473.864 Euros, referem-se à venda de diversos ativos dos CTT, que se encontravam totalmente depreciados, a saber:

Diverso equipamento postal (156.608 Euros), com especial destaque para a venda de 21 máquinas de cintar;

Bicicletas (4) e motociclos (43) com valor de aquisição de 86.242 Euros, os quais geraram cerca de 62 mil Euros de mais-valias;

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Relatório e Contas 2012

147

Veículos automóveis (3.979.151 Euros), sendo 1 veículo ligeiro misto (7.939 Euros), 65 veículos de mercadorias (681.066 Euros) e 47 pesados de mercadorias (3.290.146 Euros), tendo sido geradas mais-valias no valor de 137 mil Euros;

Tratores (12) e empilhadores (4), num valor de 236.707 Euros; Uma viatura como estação itinerante (15.156 Euros).

Foram registados abates por inutilização/destruição de diversas categorias de bens, tais como, máquinas de obliterar, máquinas de gravação ótica, máquinas de gravar e atar, máquinas de franquiar, recetáculos e utensílios postais, equipamento de movimentação interna de cargas e balanças, cuja totalidade ascendeu a 224.047 Euros. Equipamento administrativo:

O valor relativo às aquisições e transferências (4.836.471 Euros), respeitam a aquisições diretas ou saídas de armazém, tratando-se fundamentalmente da aquisição de equipamento informático (2.348 mil Euros), mobiliário postal (cerca de 158 mil euros), mobiliário diverso (48 mil Euros) e cerca de 20 mil Euros em cofres. De destacar ainda, a aquisição de 3.000 terminais de pagamento automático (TPA’s), a serem instalados na rede de Lojas dos CTT, num valor aproximado de 422 mil Euros, bem como o dispêndio de 289 mil Euros relativos ao “Roll-Out” do NAVE. Refira-se também o investimento efetuado pela Tourline na aquisição de equipamento informático afeto ao SGC, num valor aproximado de 1 milhão de Euros. Por parte da CTT Expresso, há a destacar a aquisição de estanteria para a Logística (42 mil Euros), bem como a aquisição de 210 etiquetadoras num valor global de 48 mil Euros.

O valor registado nas alienações, refere-se à venda de diversos tipos de ativos dos CTT, totalmente depreciados, sendo de destacar os seguintes: mobiliário postal e diverso (283.868 Euros) e equipamento informático (16.657 Euros), com a geração de cerca de 11 mil Euros de mais-valias.

Outros ativos fixos tangíveis: O valor correspondente às aquisições desta classe de ativos (1.522.788 Euros), respeita essencialmente à aquisição de equipamento de prevenção e segurança (714.425 Euros), equipamento de comunicações (60 mil Euros), bem como a aquisição de diversos equipamentos para armazém (designados de ativos não afetos à exploração), cujo valor ascendeu ao longo do exercício a cerca de 681 mil Euros.

Na rúbrica das regularizações, cujo valor relevado ascende a 209 mil Euros, é de destacar a saída de armazém de bens para conta de gastos, referentes a bens cujo valor de aquisição é inferior a 200 Euros, valor mínimo suscetível de ser capitalizado como ativos fixos na empresa. O valor referente a esta situação ascendeu a cerca de 173 mil Euros.

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Ativos fixos tangíveis em curso:

Os valores constantes nesta rúbrica, dizem respeito ao registo dos gastos com obras de manutenção e conservação em imóveis próprios, sendo que o valor das transferências realizadas, devem-se à conclusão das mesmas, sendo capitalizadas em ativos relacionados com os imóveis do Grupo (edifícios e outras construções). Os aumentos registados nesta rubrica, referem-se aos adiantamentos concedidos a fornecedores relativos ao “Roll-Out” do NAVE (289 mil Euros), bem como cerca de 224 mil Euros pagos a fornecedores estrangeiros relacionados com upgrades a máquinas divisoras de encomendas. As transferências dizem respeito à faturação definitiva dos trabalhos/fornecimentos efetuados pelos fornecedores. Os elevados montantes verificados nos abates de Equipamento administrativo e Outros ativos fixos tangíveis, devem-se fundamentalmente ao abate efetuado nos CTT, a cerca de 150.000 bens que se encontravam totalmente depreciados e, cuja data de aquisição ocorreu até ao exercício de 1992. Os motivos justificativos para o seu abate, prenderam-se com a sua degradação física, derivado da sua antiguidade. As depreciações contabilizadas no período do presente Anexo, no montante de 19.936.066 Euros (18.884.142 Euros em 2011), foram registadas na rubrica de "Depreciações/amortizações e imparidade de investimentos (perdas/reversões)” da Demonstração consolidada dos resultados por naturezas (Nota 38). Os compromissos contratuais referentes aos Ativos Fixos Tangíveis são como segue:

(i) Edifícios e outras construções Aquisição de Fração Autónoma para instalar a Estação de Correios de Corroios com contrato de promessa de compra e venda celebrado com a Câmara Municipal do Seixal em 26 de dezembro de 1985. A escritura de aquisição deste imóvel foi efetivada já depois do término do exercício de 2012, em 22 de março de 2013. (ii) Equipamento básico Aquisição de porta tabuleiros à Caddie Portugal no valor de 120 mil Euros, de um empilhador à Manitou com o valor de 18 mil Euros, de postos de etiquetagem à Burótica no valor de 17,2 mil Euros e de uma firewall à PT Prime no montante de 10,8 mil Euros.

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6. ATIVOS INTANGÍVEIS

Durante os períodos findos em 31 de dezembro de 2012 e 31 de dezembro de 2011, o movimento ocorrido nas principais classes de ativos intangíveis, bem como nas respetivas amortizações acumuladas, foi o seguinte:

Os aumentos verificados nas rubricas de Programas de computador e Ativos intangíveis em curso, referem-se essencialmente aos custos (internos e externos) com o desenvolvimento de projetos de informática, dos quais se destacam os seguintes: “Reconciliação Bancária” (78,5 mil Euros); “Sistema de Informação Interna” (39 mil Euros); “Informação de Referência” (33,5 mil Euros); “Geo10” (300 mil Euros); “Reformulação dos Vales” (23,5 mil Euros); “Sigest” (80 mil Euros); “Portal Corporativo” (127 mil Euros) e “E-Procurement” (59 mil Euros).

Ativos intangíveisSaldo inicial 4.325.692 29.520.405 10.906.059 4.171.683 17.986 48.941.825Aquisições - 567.922 24.971 2.114.193 4.380 2.711.466Transferências e abates - 3.513.452 - (3.517.602) - (4.150)Regularizações - - 799.449 - - 799.449Outras variações - (55.519) (42.860) 157.237 - 58.858Saldo final 4.325.692 33.546.260 11.687.619 2.925.511 22.366 52.507.448

Amortizações acumuladas Saldo inicial 4.325.692 23.294.861 6.241.040 - - 33.861.593Amortizações do período - 3.530.961 662.623 - - 4.193.584Transferências e abates - (4.150) - - - (4.150)Outras variações - (26.048) 127.409 - - 101.361Saldo final 4.325.692 26.795.624 7.031.072 - - 38.152.388

Ativos intangíveis líquidos - 6.750.636 4.656.547 2.925.511 22.366 14.355.060

Propriedade industrial

Ativos intangíveis em

cursoTotal

2012

Projetos desenvolvimento

Programas computador

Adiantamentos por conta de

investimentos

Ativos intangíveisSaldo inicial 4.325.692 26.889.908 10.750.693 2.719.859 - 44.686.152Aquisições - 1.830.489 155.366 2.112.529 - 4.098.384Transferências e abates - 800.008 - (669.348) - 130.660Regularizações - - - 8.643 17.986 26.629Saldo final 4.325.692 29.520.405 10.906.059 4.171.683 17.986 48.941.825

Amortizações acumuladas Saldo inicial 4.325.679 20.221.320 6.041.654 - - 30.588.653Amortizações do período 13 3.106.921 199.386 - - 3.306.320Transferências e abates - (33.380) - - - (33.380)Saldo final 4.325.692 23.294.861 6.241.040 - - 33.861.593

Ativos intangíveis líquidos - 6.225.544 4.665.019 4.171.683 17.986 15.080.232

2011

Projetos desenvolvimento

Programas computador

Adiantamentos por conta de

investimentos

Propriedade industrial

Ativos intangíveis em

cursoTotal

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Relatório e Contas 2012

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As transferências ocorridas no período em análise de Ativos intangíveis em Curso para Programas de Computador, dizem respeito a projetos de informática, concluídos no decorrer do exercício. Os ativos intangíveis em curso referem-se a projetos de informática que se encontram a ser desenvolvidos sendo os mais significativos os seguintes:

Na rubrica Propriedade Industrial o valor indicado em regularizações inclui o montante de 726.526 Euros relativo ao reconhecimento, na entidade Corre – Correio Expresso Moçambique, da marca EMS. Nos Ativos Intangíveis em Curso, em outras variações o valor apresentado, de aproximadamente 157 mil Euros resulta fundamentalmente de ajustamentos em saldos de anos anteriores. As amortizações do período, no montante de 4.196.322 Euros, (3.306.320 Euros em 2011) foram registadas na rubrica “Depreciações/ amortizações e imparidade de investimentos (perdas/reversões)” (Nota 38). Não existem quantias escrituradas com titularidade restringida ou quantias escrituradas de Ativos Intangíveis dadas como garantia de passivos.

Também não existem compromissos contratuais para a aquisição de Ativos Intangíveis. PROJETOS DE DESENVOLVIMENTO

No decurso do exercício findo em 31 de dezembro de 2012 não foram registados gastos com pesquisa e desenvolvimento.

7. PROPRIEDADES DE INVESTIMENTO

Em 31 de dezembro de 2012 e 31 de dezembro de 2011, o Grupo tem os seguintes ativos classificados como propriedades de investimento:

Nova aplicação GRH 707.575

SGC Tourline 595.761

Migrações Tecnológicas 425.958

Renovação equipamente NAVe 338.727

Sistema alteração dinâmica de planos 197.3092.265.330

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Estes ativos, não se encontram afetos à atividade operacional do Grupo, nem têm uso futuro determinado. O valor de mercado destes ativos fixos, classificados como propriedades de investimento, de acordo com as avaliações reportadas ao final do exercício económico de 2012 efetuadas por entidades independentes, ascende para os terrenos e para os edifícios, respetivamente, a 2.937 mil Euros e 170 mil Euros. As avaliações efetuadas têm como objetivo estimar o valor de mercado para subarrendamento (valor da renda) e o valor de mercado atual para compra/venda. Os critérios de avaliação tomaram como base o método comparativo/mercado que se fundamenta sobretudo no conhecimento do mercado local e nas bases de comparação com valores idênticos recolhidos no mercado que integram os bens em análise. O objetivo deste método é a determinação do valor pelo qual se estima que os imóveis são transacionados entre entidades não relacionadas a condições de mercado. O método do rendimento permite avaliar bens geradores de rendimento, propriedades que já fornecem ou podem fornecer um rendimento.

Propriedades de investimentoSaldo inicial 2.692.616 97.602 2.790.218Adições - - -Abates (1.361.565) - (1.361.565)Transferências/Regularizações 3.448 (31.949) (28.501)Saldo final 1.334.499 65.653 1.400.152

Depreciações acumuladasSaldo inicial - 61.845 61.845Depreciações do período - 1.313 1.313Transferências/Regularizações - (31.949) (31.949)Saldo final - 31.209 31.209

Propriedades de investimento líquidas 1.334.499 34.444 1.368.943

2012Terrenos e

recursos naturais

Edifícios e outras

construçõesTotal

Propriedades de investimentoSaldo inicial 2.889.672 1.218.675 4.108.347Adições - 97.602 97.602Transferências/Regularizações (197.056) (1.218.675) (1.415.731)Saldo final 2.692.616 97.602 2.790.218

Depreciações acumuladasSaldo inicial - 545.795 545.795Depreciações do período - 61.845 61.845Transferências/Regularizações - (545.795) (545.795)Saldo final - 61.845 61.845

Propriedades de investimento líquidas 2.692.616 35.757 2.728.373

2011Terrenos e

recursos naturais

Edifícios e outras

construçõesTotal

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Relatório e Contas 2012

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As depreciações do período, no montante de 1.313 Euros, (61.845 Euros em 2011) foram registadas na rubrica “Depreciações/amortizações e imparidade de investimentos (perdas/reversões)” (Nota 38). De referir igualmente o reconhecimento de um gasto originado pelo incumprimento contratual relativo ao terreno do Campo 24 de agosto no montante de 1.361.565 Euros. Nos períodos findos em 31 de dezembro de 2012 e 31 de dezembro de 2011, não houve lugar a registo de imparidades nas propriedades de investimento.

8. EMPRESAS INCLUÍDAS NO PERÍMETRO DE CONSOLIDAÇÃO

Empresas subsidiárias Em 31 de dezembro de 2012 e 31 de dezembro de 2011, foram incluídas na consolidação, pelo método integral, a empresa-mãe, CTT – Correios de Portugal, S.A. e as seguintes subsidiárias nas quais se detém a maioria dos direitos de voto (controlo):

Denominação social Sede Direta Indireta Total Direta Indireta Total Empresa - mãe: CTT - Correios de Portugal, S.A. Rua de S. José, 20

1166-001 Lisboa - - - - - - Subsidiárias: PostContacto - Correio Rua de S. José, 20 Publicitário, Lda. ("PostContacto") 1166-001 Lisboa 95 5 100 95 5 100

CTT Expresso - Serviços Postais e Lugar do Quintanilho Logística, S.A. ("CTT Expresso") 2664-500 São Julião do Tojal 100 - 100 100 - 100

Payshop Portugal, S.A. Av. D. João II lote 01.12,03 ("Payshop") 1999-001 Lisboa 100 - 100 100 - 100

CTT GEST - Gestão de Serviços e Rua de S. José, 20 Equipamentos Postais, S.A. ( "CTT Gest") 1166-001 Lisboa 100 - 100 100 - 100

Mailtec Holding, SGPS, S.A. Estrada Casal do Canas, Edificio ("Mailtec SGPS") Mailtec, 2720-092 Amadora 100 - 100 100 - 100

Mailtec Comunicação , S.A. Estrada Casal do Canas, Edificio

("Mailtec TI") Mailtec, 2720-092 Amadora 17,7 82,3 100 17,7 82,3 100

Mailtec Consultoria , S.A. Estrada Casal do Canas, Edificio ("Mailtec COM") Mailtec, 2720-092 Amadora 10 90 100 10 90 100

Mailtec Processos, Lda. Estrada Casal do Canas, Edificio ("EQUIP") Mailtec, 2720-092 Amadora - 100 100 - 100 100

Tourline Express Mensajería, SLU. Calle Pedrosa C, 38-40 Hospitalet de ("TourLine") Llobregat (08908)- Barcelona 100 - 100 100 - 100

EAD - Empresa de Arquivo de Documentação, S.A. Parque Industrial Mata Lobos, Lote 2 ("EAD") Apartado 151 2950- 901Palmela 51 - 51 51 - 51

Correio Expresso de Moçambique, S.A. Av. Zedequias Manganhela, 309 50 - 50 50 - 50 ("CORRE") Maputo - Moçambique

Percentagem do capital detido2012 2011

Percentagem do capital detido

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Relatório e Contas 2012

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Relativamente à empresa associada “CORRE” e em virtude de o Grupo exercer um controlo efetivo dos setores operacional e financeiro a mesma é incluída no perímetro de consolidação. Entidades conjuntamente controladas Em 31 de dezembro de 2012 e em 31 de dezembro de 2011, o Grupo detinha os seguintes interesses em entidades conjuntamente controladas, incluídos na consolidação pelo método proporcional:

Associadas Em 31 de dezembro de 2012 e em 31 de dezembro de 2011, o Grupo detinha as seguintes participações em empresas associadas, incluídas na consolidação pelo método da equivalência patrimonial:

Alterações no perímetro de consolidação Durante o período findo em 31 de dezembro de 2012, não ocorreram alterações de perímetro de consolidação relativamente ao período homólogo do ano anterior.

Denominação social Sede Direta Indireta Total Direta Indireta Total

Ti-Post Prestção de Serviços informáticos, ACE R. do Mar da China, Lote 1.07.2.3(" Ti-Post") Lisboa 49 - 49 49 - 49

Postal Network - Prestação de Serviços de Gestão de Av. Fontes Pereira de Melo, 40Infra-Estruturas de Comunicações, ACE Lisboa 49 - 49 49 - 49

PTP & F, ACE Estrada Casal do Canas - 51 51 - 51 51 Amadora

2012 2011Percentagem do capital detido Percentagem do capital detido

Denominação social Sede Direta Indireta Total Direta Indireta Total

Multicert - Serviços de Certificação Electrónica, S.A. R. do Centro Cultural, 2("Multicert") Lisboa 20 - 20 20 - 20

Payshop Moçambique, S.A. (a) R. da Sé, 114-4º. - 35 35 - 35 35Maputo - Moçambique

AB ADA Courier, SL (b) Granada Espanha - - - - 50 50

Mafelosa, SL (b) Castellon Espanha - 25 25 - 25 25

Mensajeira Ugente Rioja Portalada , SL (b) Logoroño Espanha - - - - 25 25

Urpacksur, SL (b) Málaga Espanha - 30 30 - 30 30

(a) Empresa participada pela Payshop Portugal, S.A.

(b) Empresa participada pela Tourline Mensajeria S.A.

2012 2011Percentagem do capital detido Percentagem do capital detido

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Relatório e Contas 2012

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9. GOODWILL

Em 31 de dezembro de 2012 e 31 de dezembro de 2011, a composição do Goodwill era a seguinte:

Durante os exercícios findos em 31 de dezembro de 2012 e 2011, os movimentos ocorridos em Goodwill foram os seguintes:

Análise da Imparidade do Goodwill O valor recuperável do goodwill é avaliado anualmente ou sempre que existam indícios de eventual perda de valor. O valor recuperável é determinado com base no valor em uso dos ativos, sendo calculado com recurso a metodologias suportadas em técnicas de fluxos de caixa descontados, considerando as condições de mercado, o valor temporal e os riscos de negócio. Para efeitos destes testes o Grupo CTT definiu um conjunto de pressupostos de forma a determinar o valor recuperável dos investimentos efetuados, dos quais se destacam:

Ano daaquisição 2012 2011

Mailtec Holding SGPS, S.A. (51%) 2004 582.970 582.970Mailtec Consultoria, S.A. 2004 4.718 4.718Mailtec Comunicação, S.A. (51%) 2004 69.767 69.767Payshop Portugal, S.A. 2004 406.101 406.101Mailtec Holding SGPS, S.A. (49%) 2005 6.641.901 6.641.901Tourline Express Mensajería, SLU 2005 16.592.248 16.592.248Tourline Express Mensajería, SLU (carteira de clientes) 2005 444.739 444.739EAD - Empresa de Arquivo de Documentação, S.A. 2006 786.164 786.164

25.528.608 25.528.608

Entidade

2012 2011

Saldo início período 25.528.608 27.471.058Imparidade - (1.942.450)Saldo final período 25.528.608 25.528.608

Tourline Express Mensajeria, SLU CEP e Logistica Equity Value/DCF 5 anos 12,14% 2,0%EAD - Empresa de Arquivo de Documentação, S.A. Custódia e gestão de arquivos Equity Value/DCF 5 anos 13,18% 2,0%Mailtec Grupo Serviço documental Equity Value/DCF 5 anos 13,48% 2,0%Payshop Portugal, SA Gestão rede pontos pagamento Equity Value/DCF 5 anos 14,32% 2,0%

2012

Empresa AtividadeBase

determinação valor recuperável

Período explícito para fluxos caixa

Taxa desconto

(WACC)

Taxa crescimento na perpetuidade

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Relatório e Contas 2012

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As projeções dos fluxos de caixa basearam-se no desempenho histórico e nos planos de negócio a médio e longo prazo, aprovados pelo Conselho de Administração, sendo prolongadas por uma perpetuidade. Na sequência desta análise de imparidade o Grupo concluiu que em 31 de dezembro de 2012 não se verificaram perdas por imparidade e em 31 de dezembro de 2011 as perdas por imparidade em goodwill eram como segue:

Foram realizadas análises de sensibilidade aos resultados dos testes de imparidade efetuados, nomeadamente relativamente às seguintes variáveis chave: (i) taxa de crescimento na perpetuidade e (ii) taxas de desconto. Os resultados das análises de sensibilidade para a PayShop, EAD e Grupo Mailtec não determinam a existência de indícios de imparidade. No que diz respeito à Tourline os resultados das análises de sensibilidade concluem que um aumento de 1% na taxa de desconto determinaria o reconhecimento de uma perda de imparidade no montante de 1.460.824 Euros, conforme quadros seguintes:

Tourline Express Mensajeira, SLU CEP e Logística Equity Value/DCF 5 anos 13,00% 2,0%EAD - Empresa de Arquivo de Documentação, S.A. Custódia e gestão de arquivos Equity Value/DCF 5 anos 16,40% 2,0%Mailtec Grupo Serviço documental Equity Value/DCF 5 anos 14,58% 2,0%Payshop Portugal, SA Gestão rede pontos pagamento Equity Value/DCF 5 anos 16,09% 2,0%

Empresa Atividade

2011Base

determinação valor recuperável

Período explícito para fluxos caixa

Taxa desconto

(WACC)

Taxa crescimento na perpetuidade

2011

Tourline Express Mensajería, SLU 2005 20.671.985 - 4.079.737 16.592.248 16.592.248EAD - Empresa de Arquivo de Documentação, S.A. 2006 1.082.015 - 295.851 786.164 786.164Payshop Moçambique, S.A. (a) 2008 235.946 - 235.946 - -

21.989.946 - 4.611.534 17.378.412 17.378.412

(a) Detida pela empresa do Grupo Payshop Portugal

2012

Quantia escriturada

Entidade Ano da aquisição

Montante ínicial

Perdas por imparidade do período

Perdas por imparidade acumuladas

Quantia escriturada

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Relatório e Contas 2012

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Tourline -0,5% 0,0% 0,5%g (Taxa de crescimento perpetuidade) 1,5% 2,0% 2,5%Avaliação Equity 21.794.050 22.630.972 23.554.689Teste: imparidade (se negativo) 561.344 1.398.266 2.321.983

Mailtec -0,5% 0,0% 0,5%g (Taxa de crescimento perpetuidade) 1,5% 2,0% 2,5%Avaliação Equity 23.686.948 24.246.247 24.856.480Teste: imparidade (se negativo) 9.747.053 10.306.352 10.916.585

EAD -0,5% 0,0% 0,5%g (Taxa de crescimento perpetuidade) 1,5% 2,0% 2,5%Avaliação Equity 7.105.222 7.423.782 7.772.163Teste: imparidade (se negativo) 1.309.964 1.472.430 1.650.104

Payshop -0,5% 0,0% 0,5%g (Taxa de crescimento perpetuidade) 1,5% 2,0% 2,5%Avaliação Equity 49.546.076 50.580.533 51.702.500Teste: imparidade (se negativo) 42.422.883 43.457.340 44.579.307

Variação de crescimento na perpetuidade

Tourline -1% 0% +1%WACC 11,20% 12,14% 13,08%Avaliação Equity 26.066.769 22.630.972 19.771.882Teste: imparidade (se negativo) 4.834.063 1.398.266 -1.460.824

Mailtec -1% 0% +1%WACC 12,48% 13,48% 14,48%Avaliação Equity 26.416.441 24.246.247 22.430.269Teste: imparidade (se negativo) 12.476.546 10.306.352 8.490.374

EAD -1% 0% +1%WACC 12,26% 13,18% 14,10%Avaliação Equity 8.467.831 7.423.782 6.543.482Teste: imparidade (se negativo) 2.004.894 1.472.430 1.023.477

Payshop -1% 0% +1%WACC 13,32% 14,32% 15,32%Avaliação Equity 54.303.132 50.580.533 47.413.672Teste: imparidade (se negativo) 47.179.939 43.457.340 40.290.479

Variação de risco soberano

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10. INVESTIMENTOS EM ASSOCIADAS

Em 31 de dezembro de 2012 e 31 de dezembro de 2011, o detalhe dos “Investimentos em associadas” era como segue:

Participações de capital Em 31 de dezembro de 2012 e 31 de dezembro de 2011, o detalhe do item “Participações de capital” era o seguinte:

Nos períodos findos em 31 de dezembro de 2012 e 31 de dezembro de 2011, as “Participações de capital” tiveram o seguinte movimento: Investimentos em associadas

11. ATIVOS FINANCEIROS DISPONÍVEIS PARA VENDA

Em 31 de dezembro de 2012 e em 31 de dezembro de 2011, o detalhe de “Outros investimentos”, que se encontram registados ao custo, era o seguinte:

2012 2011

Participações de capital 690.215 552.824690.215 552.824

2012 2011Multicert, S.A. 689.734 552.343Urpacksur, SL 481 481

690.215 552.824

Capital Resultado % Participações Provisões Empréstimos ProporçãoSede Ativo Passivo próprio líquido detida financeiras concedidos no resultado

Empresas associadas:

Multicert - Serviços de Certificação Electrónica, S.A. (f) Lisboa 5.003.269 1.284.270 4.732.941 655.710 20% 689.734 - - 254.591 Payshop Moçambique, S.A. (b) Maputo - Moçambique 271.930 953.017 (681.086) (41.288) 35% - 220.816 - (14.451)

Mafelosa, SL (c) (d) Castellon - Espanha n.d. n.d. (340.333) (93.161) 25% - - - n.d.Urpacksur (c) (e) Espanha n.d. n.d. 1.924 n.d. 30% 481 - - n.d.

690.215 220.816 - 240.140

Capital Resultado % Participações Provisões Empréstimos ProporçãoSede Ativo Passivo próprio líquido detida financeiras concedidos no resultado

Empresas associadas:

Multicert - Serviços de Certificação Electrónica, S.A. (a) Lisboa 4.167.165 2.013.746 2.761.718 258.618 20% 552.343 - - 51.724 Payshop Moçambique, S.A. (b) Maputo - Moçambique 300.938 1.013.717 (712.779) 93.918 35% - 222.205 - 32.870

Mafelosa, SL (c) (d) Castellon - Espanha n.d. n.d. (340.333) (93.161) 25% - - - n.d.Urpacksur (c) (e) Espanha n.d. n.d. 1.924 n.d. 30% 481 - - n.d.

552.824 222.205 - 84.594

(a) Dados reportados a Dezembro de 2010 (últimos disponíveis)(b) Empresa participada pela Payshop Portugal. Dados reportados a março de 2012(c) Empresa participada pela Tourline Express Mensajeria(d) Dados reportados a 2008(e) Dados reportados a 2007(f) Dados provisórios de 2012. A proporção nos resultados inclui o resultado de 2011.

2012

2011

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Em 31 de dezembro de 2012 e 31 de dezembro de 2011, não se verificaram movimentos, sendo as “Participações de capital” detidas como segue:

As participações detidas e acima referidas estão mensuradas ao custo de aquisição dado que as entidades não são cotadas e não é possível estimar com fiabilidade o seu justo valor.

12. GESTÃO DE RISCOS FINANCEIROS

As atividades do Grupo acarretam exposição a riscos financeiros, nomeadamente: (i) riscos de crédito - risco dos seus devedores não cumprirem com as suas obrigações financeiras, (ii) riscos de mercado - fundamentalmente o das taxas de juro e o das taxas de câmbio, os quais estão associados, respetivamente, ao risco do impacto da variação das taxas de juro de mercado nos ativos e passivos financeiros e nos resultados e ao risco de flutuação do justo valor dos ativos e passivos financeiros em resultado de alterações nas taxas de câmbio (iii) riscos de liquidez – risco de que se venham a encontrar dificuldades para satisfazer obrigações associadas a passivos financeiros. Por risco financeiro, entende-se justamente, a probabilidade de se obterem resultados diferentes do esperado, sejam estes positivos ou negativos, alterando de forma material e inesperada o valor patrimonial do Grupo. A gestão do risco concentra-se na imprevisibilidade dos mercados financeiros e procura minimizar os efeitos adversos dessa imprevisibilidade no desempenho financeiro do Grupo. As direções de Finanças Gestão do Riscos e Contabilidade e Tesouraria dos CTT asseguram a gestão centralizada das operações de financiamento, das aplicações dos excedentes de tesouraria, das transações cambiais assim como a gestão do risco de contrapartes do Grupo, de acordo com políticas aprovadas pelo Conselho de Administração. Adicionalmente, são responsáveis pela identificação, quantificação e pela proposta e implementação de medidas de mitigação dos riscos

2012 2011Participações de capital 130.829 130.829

130.829 130.829

IPC - International Post Corporation Bruxelas- Bélgica 6.157Eurogiro Network Copenhaga - Dinamarca 124.435CEPT Copenhaga - Dinamarca 237

130.829

ValorEmpresa Sede

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financeiros a que o Grupo se encontra exposto. O Grupo tem em desenvolvimento um sistema integrado de gestão de riscos. Dos riscos financeiros destacam-se os riscos de crédito, os riscos de mercado, de taxa de juro e cambial, e os riscos de liquidez. Riscos de crédito O risco de crédito está essencialmente relacionado com o risco de uma contraparte falhar nas suas obrigações contratuais, resultando em perdas financeiras para o Grupo. No Grupo o risco de crédito situa-se essencialmente nas contas a receber de clientes e outros devedores, relacionados com a sua atividade operacional e de tesouraria. O risco de crédito nas contas a receber é monitorizado numa base regular por cada um dos negócios do Grupo com o objetivo de limitar o crédito concedido a clientes, considerando o respetivo perfil e antiguidade da conta a receber, acompanhando a evolução do nível de crédito concedido, e analisando a recuperabilidade dos valores a receber. O agravamento das condições económicas ou as adversidades que afetem as economias podem originar incapacidade dos clientes para saldar as suas obrigações, com eventuais efeitos negativos nos resultados do Grupo. Neste sentido, tem sido desenvolvido um esforço na redução do prazo e montante de crédito a clientes. O Grupo não apresenta risco de crédito significativo com um cliente em particular, na medida em que as contas a receber respeitam a um elevado número de clientes. As perdas de imparidade para as contas a receber são calculados considerando essencialmente: (i) a antiguidade das contas a receber; (ii) o perfil de risco do cliente; e (iii) a condição financeira do cliente. O movimento das perdas de imparidade das contas a receber encontra-se divulgado nas Notas 19 e 37. Em 31 de dezembro de 2012, o Grupo entende que as perdas por imparidade em contas a receber se encontram adequadamente estimadas e relevadas nas demonstrações financeiras consolidadas. O risco decorrente das atividades de tesouraria resulta essencialmente dos investimentos efetuados pelo Grupo em disponibilidades monetárias. Com o objetivo de reduzir este risco, a política do Grupo é a de investir em aplicações de curto/médio prazo, junto de diversas instituições financeiras e todas com rating relativo de crédito elevado (tendo em conta o rating da República Portuguesa). Em 31 de dezembro de 2012 e 31 de dezembro de 2011 na rubrica de “Caixa e equivalentes de caixa” havia aplicações de tesouraria que totalizavam, respetivamente, 444.947.000 Euros e 386.391.158 Euros (Nota 17).

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Risco de taxa de juro O risco de taxa de juro está essencialmente relacionado com os juros obtidos com a aplicação dos excedentes de tesouraria. Os ganhos resultantes das operações financeiras são importantes, pelo que as alterações das taxas de juro têm um impacto direto na receita financeira do Grupo. Com o propósito de reduzir o impacto do risco de taxa de juro, o Grupo acompanha numa base regular e sistemática as tendências de mercado, com vista a alavancar a relação prazo/ taxa por um lado e risco/ rentabilidade por outro. As aplicações dos excedentes de tesouraria, nos exercícios findos em 31 de dezembro de 2012 e 31 de dezembro de 2011, beneficiaram de um rendimento financeiro de, respetivamente, 14.916.210 Euros e 20.788.608 Euros (Nota 40). Se as taxas de juro tivessem sido inferiores em 1%, durante o período findo em 31 de dezembro de 2012, os juros obtidos seriam inferiores em 3.894 milhares de Euros. Risco cambial Os riscos de taxa de câmbio estão relacionados com a existência de saldos expressos em moeda distinta do Euro, particularmente saldos decorrentes de transações com Operadores Postais estrangeiros expressos em Direito de Saque Especial (DTS). A gestão do risco cambial assenta na monitorização periódica do grau de exposição ao risco de taxa de câmbio de ativos e passivos, tendo como referência objetivos previamente definidos com base na evolução das atividades do negócio internacional. Em 31 de dezembro de 2012 e em 31 de dezembro de 2011, a exposição líquida (ativo menos passivo) do Grupo ascendia, respetivamente, a -1.192.621 DTS (1.390.394 Euros à taxa de câmbio €/DTS 1,16583) e a 1.145.356 DTS (1.359.011 Euros à taxa de câmbio €/DTS de 1,18654). Na análise de sensibilidade efetuada aos saldos das contas a receber e a pagar a Operadores Postais estrangeiros, em 31 de dezembro de 2012 e em 31de dezembro de 2011, utilizando-se como pressuposto uma valorização / desvalorização na taxa de câmbio €/DTS de 10%, o impacto em resultados seria, respetivamente, de (139.039) Euros e 135.901 Euros. Riscos de liquidez O risco de liquidez pode ocorrer se as fontes de financiamento, como sejam as disponibilidades, os fluxos de caixa operacionais e os fluxos de caixa obtidos de operações de desinvestimento, de linhas de crédito e de financiamento, não satisfizerem as necessidades existentes, como sejam as saídas de caixa para atividades operacionais e de financiamento, os investimentos e a remuneração do acionista. Com base nos fluxos de caixa gerados pelas operações e nas disponibilidades de caixa, o Grupo entende que tem capacidade para cumprir as suas obrigações. As principais obrigações contratuais do Grupo CTT são as relacionadas com o financiamento obtido (essencialmente locações financeiras) e respetivos juros, o pagamento de benefícios aos empregados, as locações operacionais e outros compromissos financeiros não contingentes. O

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quadro a seguir apresentado resume as obrigações contratuais esperadas e compromissos financeiros em 31 de dezembro de 2012:

13. INVENTÁRIOS

Em 31 de dezembro de 2012 e 31 de dezembro de 2011, os “Inventários” do Grupo apresentam o seguinte detalhe:

Custo das mercadorias vendidas e das matérias consumidas Nos períodos findos em 31 de dezembro de 2012 e 2011, o detalhe do “Custo com as mercadorias vendidas e as matérias consumidas” foi o seguinte:

Mais de 1 ano e Até 1 ano menos de 5 anos Mais de 5 anos Total

Financiamentos obtidos (Nota 25) 6.857.361 4.565.411 - 11.422.772Juros relativos ao financiamento obtido (Nota 25) 41.459 64.992 - 106.451Pagamento de benefícios aos empregados (1) 21.377.638 74.449.683 645.447.746 741.275.067Obrigações com locações operacionais (Nota 35) 9.100.531 8.509.807 - 17.610.338Compromissos financeiros não contingentes (2) 166.026 - - 166.026

37.543.015 87.589.893 645.447.746 770.580.654

(1) Os montantes apresentados correspondem aos pagamentos não descontados. Este montante difere do passivo reconhecido no balanço pelo efeito do desconto nas responsabilidades com serviços passados e por incorporar também a componente dos serviços futuros com a população atualmente abrangida por estes benefícios.(2) Os compromissos financeiros não contingentes estão relacionados essencialmente com contratos celebrados com fornecedores de investimento.

Quantia Perdas por Quantia Quantia Perdas por Quantiabruta imparidade líquida bruta imparidade líquida

Mercadorias 5.687.910 1.903.511 3.784.399 7.148.329 3.275.093 3.873.236Matérias-primas, subsidiárias e de consumo 3.583.586 715.248 2.868.338 3.966.757 1.616.011 2.350.746Adiantamentos por conta de compras 58.002 - 58.002 82.016 - 82.016

9.329.498 2.618.759 6.710.739 11.197.103 4.891.104 6.305.998

2012 2011

Saldo inicial 7.148.328 3.966.757 11.115.085Compras 13.767.171 3.623.185 17.390.356

Ofertas de inventários (105.661) (20.691) (126.352)Regularizações de inventários (377.409) (186.804) (564.212)Saldo final (5.687.910) (3.583.586) (9.271.496)Custo das merc. vendidas e das mat. consumidas 14.744.519 3.798.862 18.543.381

MercadoriasMatérias-primas,

subsidiárias, consumo

Total

2012

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Imparidade Nos períodos findos em 31 de dezembro de 2012 e 31 de dezembro de 2011, o movimento ocorrido em “Perdas de imparidade acumuladas de inventários” (Nota 19) foi como segue:

Nos períodos findos em 31 de dezembro de 2012 e 31 de dezembro de 2011, foram registadas perdas por imparidade de inventários líquidas de reversões no montante de, respetivamente, 2.128.110 Euros e 697.155 Euros, na rubrica de “Imparidade de inventários e contas a receber (perdas/reversões)” (Nota 37).

14. CONTAS A RECEBER

Em 31 de dezembro de 2012 e 31 de dezembro de 2011, a rubrica de “Contas a receber” apresentava a seguinte composição:

Saldo inicial 6.447.860 4.072.866 10.520.726Compras 15.465.256 3.758.388 19.223.644Ofertas de inventários (50.058) (21.908) (71.966)Regularizações de inventários (169.218) (35.398) (204.616)Saldo final (7.148.329) (3.966.757) (11.115.086)Custo das merc. vendidas e das mat. consumidas 14.545.511 3.807.191 18.352.702

MercadoriasMatérias-primas,

subsidiárias, consumo

Total

2011

Saldo Saldoinicial Aumentos Reversões Utilizações final

Mercadorias 3.275.093 - (1.371.582) - 1.903.511Matérias - primas, subsidiárias e de consumo 1.616.011 83.575 (840.103) (144.235) 715.248

4.891.104 83.575 (2.211.685) (144.235) 2.618.759

Saldo Saldoinicial Aumentos Reversões Utilizações final

Mercadorias 2.854.170 420.923 - - 3.275.093Matérias - primas, subsidiárias e de consumo 1.339.779 276.232 - - 1.616.011

4.193.949 697.155 - - 4.891.104

2012

2011

2012 2011

Clientes 135.212.562 164.395.256Empresas associadas 192 192

135.212.754 164.395.448

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Clientes Em 31 de dezembro de 2012 e 31 de dezembro de 2011,a antiguidade do saldo do item “Clientes” é detalhada conforme se segue:

Imparidade de clientes Nos exercícios findos em 31 de dezembro de 2012 e 31 de dezembro de 2011, o movimento ocorrido em “Perdas de imparidade acumuladas ” (Nota 19) foi como segue:

Nos períodos findos em 31 de dezembro de 2012 e 31 de dezembro de 2011, foram registadas perdas por imparidade (aumentos líquidos de reversões) de contas a receber no montante de, respetivamente, 2.490.567 Euros e 1.956.549 Euros, na rubrica de “Imparidade de inventários e contas a receber (perdas/reversões)” (Nota 37). O valor de 515.016 Euros registado em “Transferências”, refere-se a uma perda de imparidade de “Outros devedores “ da subsidiária Tourline.

Quantia brutaImparidade acumulada

Quantia escriturada

líquidaQuantia bruta

Imparidade acumulada

Quantia escriturada

líquida

CorrentesNão vencido 57.132.265 491 57.131.774 65.652.014 - 65.652.014Vencido:

0-30 dias 23.368.767 9.030 23.359.737 24.978.505 2.983 24.975.52230-90 dias 14.407.624 5.692 14.401.932 13.271.817 47.232 13.224.58590-180 dias 4.680.277 26.451 4.653.826 10.766.446 86.058 10.680.388180-360 dias 9.718.075 1.660.503 8.057.572 24.971.589 1.005.569 23.966.020> 360 dias 48.218.580 20.610.859 27.607.721 46.023.585 20.126.858 25.896.727

157.525.588 22.313.026 135.212.562 185.663.956 21.268.700 164.395.256

2012 2011

Saldo Saldoinicial Aumentos Reversões Utilizações Transferências final

Clientes 21.268.700 2.888.988 (398.421) (1.961.257) 515.016 22.313.02621.268.700 2.888.988 (398.421) (1.961.257) 515.016 22.313.026

Saldo Saldoinicial Aumentos Reversões Utilizações Transferências final

Clientes 22.711.915 2.721.703 (765.154) (4.501.298) 1.101.534 21.268.70022.711.915 2.721.703 (765.154) (4.501.298) 1.101.534 21.268.700

2012

2011

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15. DIFERIMENTOS

Em 31 de dezembro de 2012 e 31 de dezembro de 2011, a rubrica “Diferimentos” do ativo corrente e do passivo corrente e não corrente apresentava a seguinte composição:

Em exercícios anteriores a Empresa alienou um conjunto de imóveis, relativamente aos quais celebrou posteriormente contratos de arrendamento. As mais-valias apuradas naquela alienação foram diferidas, e são reconhecidas no período de duração dos contratos de arrendamento.

16. ATIVOS NÃO CORRENTES DETIDOS PARA VENDA E OPERAÇÕES DESCONTINUADAS

Em 31 de dezembro de 2012 e 31 de dezembro de 2011, o Grupo não apresentava ativos não correntes classificados como detidos para venda, nem existiam operações classificadas como operações descontinuadas.

17. CAIXA E EQUIVALENTES DE CAIXA

Em 31 de dezembro de 2012 e 31 de dezembro de 2011, a caixa e seus equivalentes que inclui numerário, depósitos bancários imediatamente mobilizáveis e aplicações de tesouraria no mercado monetário, líquidas de descobertos bancários e de outros financiamentos de curto prazo equivalentes, detalha-se como segue:

20122011

Reexpresso

Diferimentos ativosCorrentes

Rendas a pagar 1.479.225 1.170.713Subsídios de refeição 1.772.639 1.865.875Outros 2.348.397 2.458.239

5.600.261 5.494.827

Diferimentos passivosNão correntes

Mais-valias diferidas 10.874.369 13.273.398Subsídios ao investimento 372.832 387.956Outros 75.424 43.597

11.322.625 13.704.951Correntes

Mais-valias diferidas 2.399.029 2.399.029Carregamentos Phone-IX 572.687 680.860Subsidios ao investimento 11.267 7.410Outros 1.385.983 1.588.644

4.368.966 4.675.94315.691.591 18.380.894

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18. OUTROS ATIVOS NÃO CORRENTES E CORRENTES

Em 31 de dezembro de 2012 e 31 dezembro de 2011, as rubrica “Outros ativos não correntes” e “Outros ativos correntes” apresentavam a seguinte composição:

A conta a receber do Ministério da Saúde respeita a comparticipação de encargos de saúde dos exercícios de 2000 a 2006, no âmbito do plano de saúde dos CTT o qual cessou em 31 de dezembro de 2006. A variação ocorrida nesta rubrica resulta do pagamento de 4.594.703 Euros efetuado pela Administração Central do Sistema de Saúde (ACSS), conforme plano de pagamentos oportunamente definido. A dívida encontra-se registada ao valor presente e classificada com base no pagamento faseado da mesma. Os montantes registados na rubrica “Serviços financeiros postais” respeitam a valores a receber referentes a subscrições de produtos de aforro e a comercialização de seguros.

2012 2011

Numerário 12.138.936 22.556.735Depósitos bancários imediatamente mobilizáveis 32.424.142 17.311.469Depósitos a prazo 444.947.000 386.391.158Caixa e seus equivalentes (Demonstração da Posição Financeira) 489.510.078 426.259.362Descobertos bancários - -Caixa e seus equivalentes (Demonstração dos Fluxos de Caixa) 489.510.078 426.259.362

2012 2011

Não correnteAdiantamentos ao pessoal 312.243 282.300Outros valores a receber do pessoal 1.384.664 1.354.099Ministério da Saúde 1.444.883 5.534.797Emprestimo INESC 1.455.643 1.497.093Imparidade (2.578.814) (2.663.301)

2.018.619 6.004.988

CorrenteAdiantamentos a fornecedores 49.803 57.170Adiantamentos ao pessoal 2.900.773 3.123.524Ministério da Saúde 1.487.594 1.487.594Emprestimo INESC 49.740 49.740Serviços financeiros postais 9.461.390 13.838.233Estado e outros entes públicos IVA 330.546 638.971Devedores por acréscimos de rendimentos 3.418.976 2.805.370Outros ativos correntes 12.268.188 13.736.994Imparidade (8.974.606) (8.523.552)

20.992.404 27.214.044

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Devedores por acréscimos de rendimentos Em 31 de dezembro de 2012 e em 31 de dezembro de 2011, os devedores por acréscimos de rendimentos respeitam a juros a receber (1.287.162 Euros), valores a faturar (1.173.172 Euros), produtos filatélicos (24.030 Euros), agentes filatélicos e outros valores a faturar (673.519 Euros). Imparidade de outros ativos não correntes e correntes Nos exercícios findos em 31 de dezembro de 2012 e 31 de dezembro de 2011, o movimento ocorrido em “Perdas de imparidade acumuladas de outros ativos não correntes e correntes” (Nota 19), foi como segue:

Nos períodos findos em 31 de dezembro de 2012 e 31 de dezembro de 2011, foram registadas, perdas por imparidade (aumentos líquidos de reversões) de “Outros ativos correntes e não correntes” no montante de 435.851 Euros e 465.682 Euros, respetivamente, na rubrica de “Imparidade de inventários e contas a receber (perdas/reversões)” (Nota 37).

19. PERDAS DE IMPARIDADE ACUMULADAS

Durante os exercícios findos em 31 de dezembro de 2012 e em 31 de dezembro de 2011, realizaram-se os seguintes movimentos nas rubricas de imparidades:

Saldo Saldoinicial Aumentos Reversões Utilizações Transferências final

Outras contas a receber 9.640.020 913.120 (435.819) - (69.284) 10.048.037Empréstimo INESC 1.546.833 - (41.450) - - 1.505.383

11.186.853 913.120 (477.269) - (69.284) 11.553.420

Saldo Saldoinicial Aumentos Reversões Utilizações Transferências final

Outras contas a receber 10.271.913 974.939 (455.372) (264.451) (887.009) 9.640.020Empréstimo INESC 1.600.718 - (53.885) - - 1.546.833

11.872.631 974.939 (509.257) (264.451) (887.009) 11.186.853

2012

2011

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20. CAPITAL

Em 31 de dezembro de 2012 e 31 de dezembro de 2011 o capital da Empresa era composto por 17.500.000 ações com o valor nominal de 4,99 Euros cada, sendo detido na sua totalidade pelo acionista Estado Português e encontra-se totalmente subscrito e realizado.

21. RESERVAS AJUSTAMENTOS EM INVESTIMENTOS FINANCEIROS E RESULTADOS TRANSITADOS

Em 31 de dezembro de 2012 e em 31 de dezembro de 2011, a rubrica de “Reservas” apresentava o seguinte detalhe:

Outros ativos não correntes (Nota 18)Outras contas a receber 1.166.208 (43.037) - - 1.123.171Empréstimo INESC 1.497.093 - (41.450) - - 1.455.643

2.663.301 - (84.487) - - 2.578.814

Outros ativos correntes (Notas 14 e 18)Clientes 21.268.700 2.888.988 (398.421) (1.961.257) 515.016 22.313.026Outras contas a receber 8.473.812 913.120 (392.782) - (69.284) 8.924.866Empréstimo INESC 49.740 - - - - 49.740

29.792.252 3.802.108 (791.203) (1.961.257) 445.732 31.287.632

Inventários (Nota 13)Mercadorias 3.275.093 - (1.371.582) - - 1.903.511Matérias-Primas, subs. e de consumo 1.616.011 83.575 (840.103) (144.235) - 715.248

4.891.104 83.575 (2.211.685) (144.235) - 2.618.75937.346.657 3.885.683 (3.087.375) (2.105.492) 445.732 36.485.205

Saldo finalSaldo inicial Aumentos Reversões Utilizações Transferências

2012

Outros ativos não correntes (Nota 18)Outras contas a receber 971.076 195.132 - - - 1.166.208Empréstimo INESC 1.550.978 - (53.885) - - 1.497.093

2.522.054 195.132 (53.885) - - 2.663.301

Outros ativos correntes (Notas 14 e 18)Clientes 22.711.915 2.721.703 (765.154) (4.501.298) 1.101.534 21.268.700Outras contas a receber 9.300.837 779.807 (455.372) (264.451) (887.009) 8.473.812Empréstimo INESC 49.740 - - - - 49.740

32.062.492 3.501.510 (1.220.526) (4.765.749) 214.525 29.792.252

Inventários (Nota 13)Mercadorias 2.854.170 420.923 - - - 3.275.093Matérias-Primas, subs. e de consumo 1.339.779 276.232 - - - 1.616.011

4.193.949 697.155 - - - 4.891.10438.778.495 4.393.797 (1.274.411) (4.765.749) 214.525 37.346.657

Transferências Saldo finalSaldo inicial Aumentos Reversões Utilizações

2011

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Reservas legais A legislação comercial estabelece que, pelo menos, 5% do resultado líquido anual tem de ser destinado ao reforço da reserva legal, até que esta represente pelo menos 20% do capital. Esta reserva não é distribuível a não ser em caso de liquidação da Empresa, mas pode ser utilizada para absorver prejuízos depois de esgotadas as outras reservas, ou incorporada no capital. Outras reservas Esta rubrica regista os lucros transferidos para reservas que não sejam impostas pela lei ou pelos estatutos, nem sejam constituídas de acordo com contratos firmados pela Empresa. Ajustamentos em investimentos financeiros Esta rubrica reflete os ajustamentos decorrentes da aplicação do método da equivalência patrimonial sobre rubricas do capital que não o resultado líquido do período. A sua distribuição só pode ocorrer aquando da alienação da empresa participada. Excedentes de revalorização Os excedentes de revalorização resultaram das reavaliações dos ativos fixos tangíveis efetuadas até 31 de dezembro de 1998 ao abrigo do Plano Oficial de Contabilidade (POC). Estes excedentes foram transferidos para “Resultados transitados” no âmbito da adoção dos IFRS, uma vez que o Grupo CTT assumiu o valor reavaliado dos “Terrenos e recursos naturais”, dos ” Edifícios e outras construções” e do “Equipamento básico”, como “custo considerado” na data de transição. De acordo com a legislação vigente e as práticas contabilísticas seguidas em Portugal, estes excedentes não são distribuíveis, podendo apenas ser utilizados em futuros aumentos de capital ou na cobertura de resultados transitados negativos quando estiverem realizados. A diminuição verificada em “Excedentes de revalorização” resulta essencialmente da transferência para “Resultados de exercícios anteriores” da parcela do excedente de revalorização que foi realizada durante o período.

2012 2011

Reservas legais 18.072.559 15.236.949Outras reservas 10.555.948 10.555.948Ajustamentos em investimentos financeiros 25.317.658 24.864.524

53.946.165 50.657.421

2012 2011

Saldo inicial 58.625.232 61.266.929Realização dos excedentes de revalorização dos AFT (2.536.527) (2.641.697)Saldo final 56.088.705 58.625.232

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Resultados transitados Nos períodos findos em 31 de dezembro de 2012 e 31 de dezembro de 2011, realizaram-se os seguintes movimentos na rubrica de “Resultados transitados”:

Outras Variações no Capital Próprio Com a adoção antecipada, no exercício de 2012, das alterações à IAS 19, são reconhecidos nesta rubrica, os Ganhos/Perdas atuariais associados aos benefícios com a Saúde, assim como os respetivos impostos diferidos. Assim, nos exercícios findos em 31 de dezembro de 2012 e 31 de dezembro de 2011 (reexpresso) os movimentos ocorridos nesta rubrica foram os seguintes:

22. DIVIDENDOS

Na Assembleia-geral realizada em 30 de maio de 2012, foi aprovada a distribuição de dividendos de 53.876.585 Euros referente ao exercício de 2011. O pagamento foi efetuado ao acionista em 30 de junho de 2012, tendo sido sujeito a uma retenção na fonte de 25% sobre o valor distribuído. Na Assembleia-geral realizada em 31 de maio de 2011, foi aprovada a distribuição de dividendos de 36.056.944 Euros referente ao exercício de 2010. O pagamento foi efetuado ao acionista em 30 de junho de 2011, tendo sido sujeito a uma retenção na fonte de 21,5% sobre o valor distribuído.

2012 2011

Saldo inicial 2.408.870 (17.432.756)Aplicação do resultado liquido 52.982.695 53.489.700Distribuição de dividendos (53.876.585) (36.056.944)Realização de excedentes de revalorização 2.536.527 2.641.697Lucros não atribuídos por subsidiárias e participadas (464.803) (232.826)Saldo final 3.586.704 2.408.870

20122011

Reexpresso

Saldo inicial 15.144.300 11.605.660Ganhos/perdas atuariais - Saúde 24.265.693 4.984.000Impostos Diferidos ganhos/perdas atuariais - Saúde (7.037.051) (1.445.360)Saldo final 32.372.942 15.144.300

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23. RESULTADOS POR AÇÃO

Nos períodos findos em 31 de dezembro de 2012 e 31 de dezembro de 2011, os resultados por ação foram calculados como segue:

24. INTERESSES NÃO CONTROLADOS

Durante os períodos findos em 31 de dezembro de 2012 e 31 de dezembro de 2011 realizaram-se os seguintes movimentos em interesses não controlados:

Em 31 de dezembro de 2012 e 31 de dezembro de 2011, os interesses não controlados referem-se às seguintes empresas:

25. FINANCIAMENTOS OBTIDOS

Em 31 de dezembro de 2012 e 31 de dezembro de 2011, a rubrica de “Financiamentos obtidos” apresentava o seguinte detalhe:

20122011

Reexpresso

Resultado líquido do período 38.554.129 55.818.305Nº médio de ações ordinárias 17.500.000 17.500.000Resultado líquido por ação:

Básico 2,20 3,19Diluído 2,20 3,19

2012 2011

Saldo inicial 1.627.958 1.406.989Resultado do período atribuível a interesses não controlados 232.002 422.843Distribuição de dividendos (252.452) (201.874)Saldo final 1.607.508 1.627.958

2012 2011 EAD - Empresa de Arquivo de Documentação, S.A. 1.467.632 1.537.513 Correio Expresso de Moçambique, S.A. 139.876 90.445

1.607.508 1.627.958

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Empréstimos bancários e outros empréstimos

Em 31 de dezembro de 2012 e em 31 de dezembro de 2011, o detalhe dos empréstimos bancários era o seguinte:

Os financiamentos contraídos com entidades bancárias espanholas destinam-se a financiar a atividade operacional da subsidiária Tourline, sendo as taxas de juros praticadas referenciadas à Eonia. O financiamento contraído com o BIM (Moçambique) destina-se a financiar equipamento de transporte destinado à distribuição no âmbito da atividade operacional da subsidiária Corre. Locação financeira Em 31 de dezembro de 2012 e 31 de dezembro de 2011, o Grupo mantém os seguintes bens em regime de locação financeira:

2012 2011

Passivo não correnteEmpréstimos bancários 45.785 114.747Locação financeira 4.519.626 5.829.195

4.565.411 5.943.942Passivo corrente

Empréstimos bancários 2.467.562 3.494.551Locação financeira 1.310.451 1.409.656Outros empréstimos 3.079.348 261.041

6.857.361 5.165.24811.422.772 11.109.190

Empréstimos bancários: Banco Sabadell (Espanha) 300.000 231.292 - 300.000 176.316 - - - BBVA (Espanha) 450.000 182.888 - 450.000 84.725 - - - Millennium BCP (Espanha) 5.000.000 1.997.353 - 5.000.000 3.182.063 - - - BIM - (Moçambique) 218.270 56.029 45.785 218.270 51.447 114.747 24-08-2014 - Millennium BCP 5.000.000 2.995.873 - - - - 02-01-2013 Única Millennium BCP 250.000 83.475 - - - - 02-01-2013 Única

11.218.270 5.546.910 45.785 5.968.270 3.494.551 114.747 -

Limite CorrenteNão

correnteEntidade financiadora Limite Corrente Não corrente

2012 2011Montante utilizado Montante utilizado

VencimentoTipo de

amortização

2011

Terrenos e recursos naturais 9.651.895 815.990 8.835.905 8.835.905Edifícios e outras construções 5.641.685 1.326.333 4.315.352 4.506.847Equipamento básico 1.914.855 1.193.080 721.775 1.162.693Equipamento de transporte 187.306 170.238 17.068 74.461

17.395.741 3.505.641 13.890.100 14.579.906

2012

CustoDepreciações/perdas

imparidade acumuladas

Quantia escriturada

Quantia escriturada

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Os contratos mais significativos são os seguintes:

Os CTT, S.A. são locatários em contrato de locação financeira celebrado com IMOLEASING – Sociedade de locação financeira imobiliária, S.A., referente a um imóvel sito no concelho da Maia (Porto) onde se encontra implantado o novo Centro Operacional de Correio. A tipologia dos contratos de locação determina o seu enquadramento como uma locação financeira. Não existem rendas contingentes a pagar nem a imposição de quaisquer restrições. Existe a opção de compra por um valor residual de aproximadamente 6% do contrato.

A subsidiária EAD é locatária em:

(i) Contratos referentes à aquisição de dois imóveis situados na Região Autónoma da Madeira e um imóvel situado em Vilar do Pinheiro;

(ii) Contratos referentes à aquisição de estanteria metálica para acondicionamento do arquivo dos clientes;

(iii) Contratos referentes à aquisição de viaturas para utilização na atividade operacional. A subsidiária CTT Expresso é locatária de imóvel sito na Perafita (Matosinhos) destinado a albergar o Centro Operacional Regional do Norte. As rendas mensais são calculadas com base no valor inicial do contrato, existindo a possibilidade de, mediante pagamento de um valor residual exercer a opção de compra. Não existem nos contratos celebrados quaisquer outras cláusulas/restrições impostas.

Em 31 de dezembro de 2012 e 31 de dezembro de 2011, as responsabilidades do grupo com contratos de locação financeira apresentavam o seguinte plano de vencimentos:

Para os períodos findos em 31 de dezembro de 2012 e 2011 os valores pagos relacionados com juros de locação ascenderam respetivamente, a 155.196 Euros e 167.782 Euros (nota 40).

26. BENEFÍCIOS AOS EMPREGADOS

As responsabilidades com benefícios a empregados referem-se a (i) benefícios pós-emprego – cuidados de saúde e (ii) outros benefícios a empregados.

Capital JurosRendas

vincendas Capital JurosRendas

vincendasAté 1 ano 1.310.451 41.459 1.351.910 1.409.656 166.024 1.575.680Entre 1 ano e 5 anos 4.519.626 64.992 4.584.618 4.710.383 325.042 5.035.425A mais de 5 anos - - 1.118.812 31.924 1.150.736

4.519.626 64.992 4.584.618 5.829.195 356.966 6.186.161

Total 5.830.077 106.451 5.936.528 7.238.851 522.990 7.761.841

2012 2011

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Relatório e Contas 2012

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Durante os períodos findos em 31 de dezembro de 2012 e em 31 de dezembro de 2011 apresentaram o seguinte movimento:

O detalhe das responsabilidades com benefícios a empregados atendendo à sua exigibilidade é como segue:

Nos períodos findos em 31 de dezembro de 2012 e 31 de dezembro de 2011, os gastos com benefícios aos empregados reconhecidos na demonstração consolidada de resultados por naturezas foram os seguintes:

Os gastos relativos à rubrica “Outros benefícios ” dizem essencialmente respeito às responsabilidades que advêm do programa de redução de pessoal em curso. As responsabilidades com este programa na vertente relativa à suspensão de contratos de trabalho, totalizaram no presente exercício findo em 31 de dezembro de 2012, 12.556.711 Euros, sendo reconhecido em gastos de pessoal o montante de 11.147.551 Euros.

Saldo inicial 272.102.000 49.328.746 321.430.746Movimento do exercício (19.299.000) 1.184.614 (18.114.386)Saldo final 252.803.000 50.513.360 303.316.360

Saldo inicial 272.123.000 36.132.807 308.255.807Movimento do exercício (21.000) 13.195.939 13.174.939Saldo final 272.102.000 49.328.746 321.430.746

2011

Cuidados de saúde

Outros benefícios longo prazo

Total

2012

Cuidados de saúde

Outros benefícios longo prazo

Total

2012 2011

Passivo não corrente 282.065.364 300.975.316Passivo corrente 21.250.996 20.455.430

303.316.360 321.430.746

20122011

ReexpressoGastos do período Cuidados de saúde 17.608.000 18.576.000 Outros benefícios longo prazo 7.803.116 14.057.944

25.411.116 32.633.944

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Relatório e Contas 2012

174

Cuidados de saúde Conforme referido na Nota 2.14, os CTT são responsáveis pelo financiamento do plano de cuidados de saúde, aplicável a determinados empregados. Para obtenção da estimativa das responsabilidades e do gasto a reconhecer em cada período, é anualmente elaborado estudo atuarial por entidade independente, com base no método denominado por “Projected Unit Credit”, e de acordo com pressupostos considerados apropriados e razoáveis.

Os principais pressupostos seguidos na avaliação atuarial foram os seguintes:

A taxa de desconto é estimada com base em taxas de juro de obrigações de dívida privada com qualidade de crédito elevada (“AA” ou equivalente) à data do balanço e com duração equiparável à das responsabilidades com cuidados de saúde.

A redução da taxa de desconto para 4,00% é motivada pela análise efetuada pelo Grupo à evolução da realidade macroeconómica tendo em atenção uma constante necessidade de adequação dos pressupostos atuariais e financeiros a essa mesma realidade. A taxa esperada de crescimento dos salários é determinada de acordo com a política salarial definida pelo Grupo. A taxa esperada de crescimento das pensões é determinada em função da evolução estimada para a taxa de inflação e para a taxa de crescimento do PIB. A taxa de crescimento dos gastos com saúde reflete a melhor estimativa para a evolução futura destes gastos, sendo tidos em conta os dados da experiência do plano. Os pressupostos demográficos têm por base as tábuas de mortalidade e de invalidez consideradas apropriadas para efeitos da avaliação atuarial deste plano. A evolução do valor presente das obrigações para com o plano de cuidados de saúde tem sido a seguinte:

2012 2011 2010

Pressupostos financeirosTaxa de desconto 4,00% 5,00% 5,50%Taxa esperada de crescimento dos salários 0% e 2013 e 2014 2,75% 2,75%

2,75% a partir dessa dataTaxa de crescimento das pensões Lei nº. 53-B/2006 Lei nº. 53-B/2006 Lei nº. 53-B/2006

(com ∆ PIB < 2%)Taxa de inflação 2,00% 2,00% 2,00%Taxa crescimento dos custos com saúde 0% e 2013 e 2014 3,00% 3,00%

2% a partir dessa dataPressupostos demográficosTábua de mortalidade TV 88/90 TV 88/90 TV 88/90Tábua de invalidez Swiss RE Swiss RE Swiss RE

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Relatório e Contas 2012

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Nos períodos findos em 31 de dezembro de 2012 e em 31 de dezembro de 2011, o movimento ocorrido no valor presente da obrigação de benefícios definidos relativa ao plano de cuidados de saúde foi como segue:

Nos períodos findos em 31 de dezembro de 2012 e em 31 de dezembro de 2011, a composição dos gastos com cuidados de saúde reconhecido na rubrica foi a seguinte:

O total de gastos do período encontra-se reconhecido da seguinte forma:

A melhor estimativa que o Grupo dispõe nesta data, para os gastos com o plano de cuidados de saúde, que espera reconhecer no próximo período anual de 2013 situa-se nos 13.747 milhares de euros A análise de sensibilidade efetuada para o plano de cuidados de saúde permite concluir o seguinte: (i) Caso ocorresse um aumento de 1 ponto percentual na taxa de crescimento dos gastos médicos e mantendo todas as restantes variáveis constantes, as responsabilidades do plano de saúde seriam de 299.158 milhares de Euros, aumentando cerca de 18,3%.

2012 2011 2010 2009 2008

Responsabilidades no fim do período 252.803.000 272.102.000 272.123.000 299.454.000 313.807.000

2012 2011

Saldo inicial 272.102.000 272.123.000Gasto com o serviço do período 4.330.000 4.002.000Gasto financeiro do período 13.278.000 14.574.000Quotas dos aposentados 3.409.494 3.422.000(Pagamento de benefícios) (14.877.637) (15.995.000)(Gastos de estrutura) (1.173.164) (1.040.000)(Ganhos)/perdas atuariais (24.265.693) (4.984.000)Saldo final 252.803.000 272.102.000

20122011

Reexpresso

Gasto com o serviço do período 4.330.000 4.002.000Gasto financeiro do período 13.278.000 14.574.000

17.608.000 18.576.000

20122011

Reexpresso

Gastos com pessoal/benefícios aos empregados (Nota 36) 16.434.836 17.536.596Outros gastos operacionais 1.173.164 1.039.404 Total de gastos do período 17.608.000 18.576.000

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Relatório e Contas 2012

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(ii) Se a taxa de desconto reduzisse meio ponto percentual e mantendo todas as restantes variáveis constantes, as responsabilidades aumentariam cerca de 6,9%, ascendendo a 270.246 milhares de Euros.

Outros benefícios de longo prazo Conforme referido na Nota 2.14, o Grupo tem, em determinadas situações, responsabilidades com o pagamento de salários em situações de “Suspensão de contratos, recolocação e libertação de postos de trabalho”, com a atribuição de subsídios de “Apoio por cessação da atividade profissional”, que serão suprimidos a partir de 1 de Abril de 2013, com o pagamento da “Taxa de assinatura de telefone”, com “Pensões por acidentes de serviço” e com “Subsídio mensal vitalício”. Para obtenção da estimativa do valor destas responsabilidades e do gasto a reconhecer em cada período, é elaborado anualmente um estudo atuarial por entidade independente, com base no método denominado por “Projected Unit Credit” e de acordo com pressupostos considerados apropriados e razoáveis. Os principais pressupostos seguidos na avaliação destas responsabilidades foram os seguintes:

No apuramento das responsabilidades do Grupo com empregados em situações de “Suspensões de contrato, recolocação e libertação de postos de trabalho” foram consideradas taxas de crescimento salarial de 0% em 2013 e 2014 e de 2,75% nos anos seguintes. A taxa de crescimento salarial de 2,75% foi aplicada aos restantes benefícios dos empregados com exceção da “Taxa de assinatura de telefone” em que não se considerou a atualização do valor. Nos períodos findos em 31 de dezembro de 2012 e em 31 de dezembro de 2011 o movimento das responsabilidades com outros benefícios aos empregados de longo prazo, foi o seguinte:

2012 2011 2010

Pressupostos financeirosTaxa de desconto 4,0% 5,0% 5,5%Taxa de crescimento dos salários 0% e 2013 e 2014 2,75% 2,75%

2,75% a partir dessa dataTaxa de crescimento das pensões Lei nº. 53-B/2006 Lei nº. 53-B/2006 Lei nº. 53-B/2006

(com ∆ PIB < 2%)Taxa de inflação 2,00% 2,0% 2,0%

Pressupostos demográficosTaxa de mortalidade TV 88/90 TV 88/90 TV 88/90Taxa de invalidez Swiss RE Swiss RE Swiss RE

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Relatório e Contas 2012

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Nos períodos findos em 31 de dezembro de 2012 e em 31 de dezembro de 2011, a composição do gasto com outros benefícios de longo prazo reconhecido na rubrica “Gastos com o pessoal”, foi como segue:

2012 2011Suspensão de contratos, recolocação e libertação de postos de trabalho

Saldo inícial 17.010.161 4.131.151Gasto financeiro do período 1.255.368 966.283Responsabilidades relativas a novos beneficiários 12.556.711 10.976.099Responsabilidades relativas a novos beneficiários (provisionado em anos anteriores) - 3.997.001(Pagamento de benefícios) (4.073.264) (2.036.534)(Ganhos)/perdas atuariais (2.664.528) (1.023.839)Saldo final 24.084.448 17.010.161

Taxa assinatura de telefoneSaldo inícial 14.296.771 14.841.007Gasto financeiro do período 676.602 772.281(Pagamento de benefícios) (1.512.475) (1.581.133)(Ganhos)/perdas atuariais 781.227 264.616Saldo final 14.242.125 14.296.771

Acidentes em serviçoSaldo inícial 7.166.624 6.936.757Gasto financeiro do período 347.635 369.869Responsabilidades relativas a novas pensões - -(Pagamento de benefícios) (425.297) (425.343)(Ganhos)/perdas atuariais 474.977 285.341Saldo final 7.563.939 7.166.624

Subsídio mensal vitalícioSaldo inícial 3.047.431 2.855.189Gasto financeiro do período 149.739 154.080Responsabilidades relativas a novos beneficiários - -(Pagamento de benefícios) (112.719) (105.526)(Ganhos)/perdas atuariais 607.189 143.688Saldo final 3.691.640 3.047.431

Apoio por cessação da atividade profissionalSaldo inícial 7.807.759 7.368.703Gasto com o serviço do período 345.177 328.867Gasto financeiro do período 384.031 398.923Responsabilidade relativas a novos beneficiários - -Corte (6.563.175) -(Pagamento de benefícios) (494.746) (710.470)(Ganhos)/perdas atuariais (547.837) 421.736Saldo final 931.209 7.807.759

Total saldos final 50.513.361 49.328.746

2012 2011

Suspensão do contratos, recolocação e libertação de postos de trabalho Gastos correntes (1.409.160) (57.557) Programa de redução do pessoal 12.556.711 10.976.100Taxa assinatura de telefone 1.457.829 1.036.897Acidentes em serviço 822.612 655.210Subsídio mensal vitalício 756.928 297.768Apoio por cessão da atividade profissional Gastos correntes 181.371 1.149.526 Corte (6.563.175) -Total de gastos do período 7.803.116 14.057.944

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Relatório e Contas 2012

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A melhor estimativa que o Grupo dispõe nesta data, para os gastos com os outros benefícios de longo prazo, que espera reconhecer no próximo período anual de 2013 situa-se nos 1.813 milhares de Euros. A análise de sensibilidade efetuada para o plano de “Outros benefícios”, permite concluir que se a taxa de desconto sofresse uma variação negativa de 50 b.p. face à taxa de desconto final de 31 de dezembro de 2012, mantendo tudo o resto constante, poderá traduzir-se num aumento das responsabilidades por serviços passados em cerca de 3,2%, aumentando para 50.852 milhares de Euros.

27. PROVISÕES, GARANTIAS PRESTADAS, PASSIVOS CONTINGENTES E COMPROMISSOS

Provisões Nos períodos findos em 31 de dezembro de 2012 e 31 de dezembro de 2011, para fazer face aos processos judiciais e a outras obrigações presentes decorrentes de acontecimentos passados o Grupo constituiu “Provisões” que tiveram o seguinte movimento:

A provisão para investimentos em associadas corresponde à assunção pelo Grupo de obrigações legais ou construtivas relativas à associada PayShop Moçambique, S.A.. As utilizações respeitam a quantias utilizadas no período por ocorrência das situações provisionadas. As reversões respeitam a anulações por as quantias provisionadas se revelarem desnecessárias.

As provisões para processos judiciais em curso destinam-se a fazer face a responsabilidades decorrentes de processos intentados contra o Grupo, estimadas com base em informações dos seus advogados.

Saldo Saldoinicial Aumentos Reversões final

Provisões não correntesProcessos judiciais 8.504.959 4.809.960 (2.785.699) (1.260.791) 9.268.429Investimentos em associadas 222.205 173.130 - (1.389) 393.946Outras provisões 11.713.779 19.810.486 (3.380.044) (1.210.407) 26.933.814

20.440.943 24.793.576 (6.165.743) (2.472.587) 36.596.189

Saldo Saldoinicial Aumentos Reversões final

Provisões não correntesProcessos judiciais 7.409.988 1.157.265 (62.294) - 8.504.959Investimentos em associadas 226.164 28.913 (32.872) - 222.205Outras provisões 12.544.308 5.925.419 (741.512) (6.014.436) 11.713.779

20.180.460 7.111.597 (836.678) (6.014.436) 20.440.943

Utilizações /Transferências

Utilizações /Transferências

2012

2011

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Relatório e Contas 2012

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No exercício findo em 31 de dezembro de 2012 foi constituída uma provisão, no valor de 11.344.569 Euros, para fazer face a eventuais contingências que poderão acarretar ações de contencioso laboral. O referido montante foi determinado tendo em conta a evolução dos processos judiciais relativos a diferenças retributivas nas férias, subsídios de férias e natal assim como a pendencia de um número significativo de processos judiciais desta natureza. Para este cálculo foram efetuadas análises técnicas inerentes à temporalidade e aos critérios a considerar para efeitos de determinação do âmbito e tipologia dos complementos retributivos suscetíveis de integrar nas férias, subsídio de férias e natal. No presente exercício foi reforçada em 7.731.960 Euros a provisão destinada a fazer face à cobertura da estimativa do valor presente do dispêndio líquido associado a contratos onerosos. Este valor foi obtido tomando em consideração o seguinte:

Na sequência da mudança para o Edifício Báltico, os CTT libertaram um conjunto de 4 imóveis com contratos de arrendamento de longo prazo vinculísticos devolutos sem ocupação operacional;

O edifício localizado na Praça D. Luís foi alvo de uma negociação entre o proprietário e os CTT para o términus do contrato de arrendamento antecipadamente, tendo os CTT acordado em pagar para tal 50% das rendas vincendas descontadas;

Foi decidido em 2011 proceder a uma provisão para os 3 edifícios devolutos arrendados assumindo que os CTT poderiam terminar os mesmos em condições similares às negociadas para o edifício sito na Praça. D. Luís;

O Conselho de Administração aprovou o reforço das provisões relativas às rendas vincendas dos edifícios atrás referidos de forma a considerar um custo superior para o terminus dos contratos de arrendamento antecipadamente.

A 31 de dezembro de 2012 o montante provisionado para contratos onerosos ascende a 13.212.379 Euros (5.480.419 Euros em 2011). A 31 de dezembro de 2012, para além da situação acima referida esta rubrica inclui ainda:

o montante de 406.222 Euros para cobertura de gastos de desmantelamento de ativos fixos tangíveis e/ou remoção de instalações e restauração do local.

o valor de 1.390.000 Euros que resulta da avaliação efetuada pela gestão relativamente à

possibilidade de materialização de contingências fiscais. O valor líquido entre aumentos e reversões das provisões foi registado na Demonstração consolidada dos resultados por naturezas nas rubricas de “Provisões (aumentos) / reduções” em 18.627.833 Euros (6.274.919 Euros em 2011).

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Relatório e Contas 2012

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Garantias prestadas Em 31 de dezembro de 2012 e em 31 de dezembro de 2011, o Grupo tinha prestado garantias bancárias a terceiros no montante de, respetivamente, 2.503.494 e 1.893.160 Euros. O detalhe das garantias prestadas era como segue:

2012 2011

Tribunais 1.030.991 721.733Lisboagás, S.A. 190.000 190.000Câmaras Municipais 140.423 123.887ACT Autoridade Condições de Trabalho 146.210 34.046Sofinsa 91.618 91.618Solred 80.000 80.000Parc Logistics Zona Franca 77.969 77.969Alfândega do Porto 74.820 74.820Secretaria Geral do MAI 48.000 -Governo Civil de Lisboa - 25.000Autoridade Nacional de Segurança Rodoviária 43.223 -PT PRO - Serv. Adm Gestão Part., S.A. 50.000 50.000Direcção Regional Contenciosos Administrativo Lisboa 49.880 49.880Record Rent a Car ( Cataluña, Levante) 40.000 40.000Setgás, S.A. 30.000 30.000Ana Aeroportos de Portugal, E.P. 29.000 29.000Santa Casa da Misericórdia de Lisboa 86.917 49.817TIP - Transportes Intermodais do Porto, ACE 50.000 -Ministério da Educação 38.700 38.700EPAL - Empresa Portuguesa de Águas Livres 21.433 -Nature Import 18.096 18.096Albert Vilella 16.800 16.800Portugal Telecom, S.A. 16.657 16.657Ana M. Alcaina Sanchez - 14.400Secretaria-Geral do Ministério da Administração Interna 14.000 -Petrogal, S.A. 10.774 10.774Alquiler Nave Tarragona 7.155 7.155TNT Express WorldWide 6.010 6.010SMAS Torres Vedras 4.002 4.002Infarmed IP 8.223 3.856Instituto de emprego e formação profissional 3.718 3.720Controlplan, S.L 3.400 3.400ANACOM 20.919Junta de Extremadura 1.335 1.335Immobiliaria Ederkin 7.800 7.800Instituo Infra Estruturas Rodoviárias 3.725 3.725Estradas de Portugal, EP 5.000 5.000REN Serviços, S.A. 9.818 9.818EMEL, S.A 19.384 15.000IFADAP 1.746 1.746Outras Entidades 26.667 16.477

2.503.494 1.893.160

Descrição

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Relatório e Contas 2012

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Garantias Contratos Onerosos De acordo com o estipulado nos contratos de arrendamento dos edifícios da Praça dos Restauradores, Rua do Conde Redondo e Av. Casal Ribeiro, na eventualidade do Estado Português perder a maioria do capital social dos CTT, SA, deverão ser prestadas garantias bancárias on first demand, no montante correspondente a 24 meses de renda que, à data de solicitação, se encontre em vigor. Passivos contingentes Em 31 de dezembro de 2012, o Grupo não tem responsabilidades contingentes. Compromissos Em 31 de dezembro de 2012, o Grupo tem livranças subscritas totalizando aproximadamente 1.012 mil Euros a favor de diversas locadoras destinadas ao bom cumprimento dos respetivos contratos de leasing.

28. CONTAS A PAGAR

Em 31 de dezembro de 2012 e 31 de dezembro de 2011 a rubrica “Contas a pagar” apresentava a seguinte composição:

Vales CNP O valor de “Vales CNP” refere-se aos valores recebidos do Centro Nacional de Pensões, cuja data de liquidação aos respetivos pensionistas deverá ocorrer no mês seguinte ao encerramento do período. Serviços financeiros postais O decréscimo verificado nesta rubrica é resultante de um desinvestimento em “Certificados de Aforro” por parte dos aforradores.

2012 2011

Adiantamento de clientes 3.079.145 2.865.955Vales CNP 186.169.916 186.484.577Fornecedores c/c 75.799.904 76.906.006Faturas em receção e conferência (c/corrente) 2.350.705 3.617.294Fornecedores de investimentos 2.220.531 7.075.314Faturas em receção e conferência (investimentos) 49.274 473.245Renda da Concessão 1.101.323 2.883.384Valores cobrados por conta de Terceiros 3.566.227 2.665.104Serviços financeiros postais 72.417.787 61.283.690Outras contas a pagar 2.537.733 2.650.879

349.292.545 346.905.448

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Relatório e Contas 2012

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Fornecedores c/c, Fornecedores de investimentos Em 31 de dezembro de 2012 e em 31 de dezembro de 2011, a antiguidade do saldo das rubricas de “Fornecedores c/c” e de “Fornecedores de investimentos” é detalhada conforme se segue:

29. IMPOSTO SOBRE O RENDIMENTO

Em 31 de dezembro de 2012 e em 31 de dezembro de 2011, a rubrica de “ Imposto sobre o rendimento” apresentava a seguinte composição:

30. OUTROS PASSIVOS NÃO CORRENTES E CORRENTES

Em 31 de dezembro de 2012 e em 31 de dezembro de 2011, a rubrica de “Outros passivos correntes” apresentava a seguinte composição:

2012 2011

Fornecedores c/cNão vencido 27.205.690 28.503.4820-30 dias 3.585.391 2.544.12130-90 dias 5.918.454 12.546.78790-180 dias 2.959.006 2.490.721180-360 dias 7.591.006 9.230.404> 360 dias 28.540.358 21.590.491

75.799.904 76.906.006

2012 2011Fornecedores de investimentos

Não vencido 1.555.840 5.606.5150-30 dias 277.472 1.116.30530-90 dias 177.096 151.37790-180 dias 8.240 25.309180-360 dias 129.148 3.454> 360 dias 72.735 172.354

2.220.531 7.075.314

2012 2011

Ativo correnteImposto sobre o rendimento das pessoas coletivas - 3

- 3

Passivo correnteImposto sobre o rendimento das pessoas coletivas 864.909 7.381.234

864.909 7.381.234

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Relatório e Contas 2012

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31. ATIVOS E PASSIVOS FINANCEIROS

Em 31 de dezembro de 2012 e em 31 de dezembro de 2011, as categorias de ativos e passivos financeiros eram as seguintes:

Com exceção dos empréstimos bancários e da locação financeira, os restantes ativos e passivos financeiros respeitam fundamentalmente a ativos e passivos correntes, pelo que se entende que o seu justo valor não diverge significativamente da quantia escriturada. No que respeita aos empréstimos bancários, à locação financeira e outros empréstimos na componente não corrente, considera-se que a quantia escriturada corresponde ao seu justo valor.

2012 2011Corrente

Especialização férias e subsídio de férias 41.749.350 25.901.736Especialização FSE 10.220.456 8.497.806Estado e outros entes públicos Imposto sobre o valor acrescentado 3.056.898 3.969.277 Imposto sobre o rendimento das pessoas singulares 2.366.451 2.446.948 Contribuições para a Segurança Social 4.808.195 4.961.356 Caixa Geral de Aposentações 794.990 849.025 Tributo das autarquias locais 638.169 526.011 Outros impostos - 202Outros 3.384.419 1.983.183

67.018.928 49.135.544

Activos financeiros

Contas a receber 135.212.754 135.212.754 - 164.395.448 164.395.448 -Outros ativos correntes e não correntes 23.324.102 23.011.023 (313.079) 34.107.529 33.219.032 (888.497)Imposto sobre o Rendimento - - - 3 3 -

158.536.856 158.223.777 (313.079) 198.502.980 197.614.483 (888.497)Caixa e equivalentes 489.510.078 489.510.078 - 426.259.362 426.259.362 -

648.046.934 647.733.855 (313.079) 624.762.342 623.873.845 (888.497)

Passivos financeiros

Financiamentos obtidos 11.422.772 11.422.772 - 11.109.190 11.109.190 -Contas a pagar 349.292.545 349.292.545 - 346.905.448 346.905.448 -Imposto sobre o Rendimento 864.909 864.909 - 7.381.234 7.381.234 -Outros passivos correntes 67.018.928 67.018.928 - 49.135.544 49.135.544 -

428.599.154 428.599.154 - 414.531.416 414.531.416 -

2012Quantia

escrituradaJusto valor Diferença

2011Quantia

escrituradaJusto valor Diferença

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Relatório e Contas 2012

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32. SUBSÍDIOS OBTIDOS

Em 31 de dezembro de 2012 e 31 de dezembro de 2011 a informação relativa a subsídios comunitários (Nota 2.17) era como segue:

Os valores recebidos são reconhecidos na Demonstração consolidada dos resultados por naturezas, na rubrica “Outros rendimentos e ganhos operacionais”, à medida que os bens subsidiados vão sendo amortizados.

33. OUTROS RENDIMENTOS E GANHOS OPERACIONAIS

Nos exercícios findos em 31 de dezembro de 2012 e em 31 de dezembro de 2011, a composição da rubrica de “Outros rendimentos e ganhos operacionais” era conforme segue:

34. FORNECIMENTOS E SERVIÇOS EXTERNOS

Nos exercícios findos em 31 de dezembro de 2012 e em 31 de dezembro de 2011, a rubrica de “Fornecimentos e serviços externos” tinha a seguinte composição:

2011

Subsídio

Feder 9.815.622 9.662.306 153.316 9.431.523 384.099 395.366

9.815.622 9.662.306 153.316 9.431.523 384.099 395.366

2012

Montante por utilizar

Montante por utilizar

Montante atribuído

Montante recebido

Montante por receber

Rendimento acumulado

2012 2011

Trabalhos para a própria entidade 571.540 805.896Rendimentos suplementares 3.447.161 4.528.733Descontos de pronto pagamento obtidos 233.016 232.464Ganhos em inventários 91.211 50.038Diferenças de câmbio favoráveis de ativos e passivos diferentes de financiamento 2.392.451 2.724.851Rendimentos e ganhos em investimentos financeiros 668.924 1.981.542Rendimentos e ganhos em investimentos não financeiros (a) 2.700.837 7.087.133Outros 2.253.499 1.812.597

12.358.639 19.223.254

(a) Em 2011 Inclui o valor do reconhecimento da mais-valia diferida referente ao edifício da Praça D. Luís I em Lisboa

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Relatório e Contas 2012

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(i) Os “Serviços especializados” referem-se em particular aos contratos de outsourcing de

prestação de serviços informáticos bem como à manutenção de equipamentos informáticos.

(ii) Os “Transportes de mercadorias” dizem respeito a gastos com o transporte de correio pelas diversas vias (marítima, aérea e terrestre).

(iii) As “Rendas e alugueres” referem-se a gastos com instalações arrendadas a terceiros e com o aluguer operacional de viaturas.

(iv) Os “Operadores postais” dizem respeito a gastos efetuados com os operadores postais congéneres.

(v) A “Energia e fluídos” refere-se fundamentalmente a gasóleo de veículos de mercadorias utilizados no processo operativo.

35. LOCAÇÕES OPERACIONAIS

Em 31 de dezembro de 2012 e 2011, o Grupo mantinha responsabilidades de médio e longo prazo em contratos de locação operacional de viaturas, com cláusula de penalização em caso de cancelamento. O montante total dos pagamentos futuros respeitante a locações operacionais é o seguinte:

Nos períodos findos a 31 de dezembro de 2012 e a 31 de dezembro de 2011, os gastos incorridos com contratos de locação operacional de viaturas foram respetivamente, de 7.563.379 e 7.947.241

2012 2011

Subcontratos 5.132.955 5.222.698Serviços especializados 62.282.158 68.476.500Materiais 1.569.255 1.944.798Energia e fluídos 15.972.445 15.475.601Transporte de pessoal 1.390.773 1.457.604Transporte de mercadorias 67.173.532 66.247.680Operadores postais 15.573.666 16.078.174Rendas e alugueres 38.866.377 40.114.032Comunicação 6.549.251 7.332.462Seguros 2.665.587 2.391.867Limpeza higiene e conforto 4.370.399 5.134.625Royalties 201.370 276.501Contencioso e notariado 244.754 137.877Postos de Correio 4.215.330 4.032.734Agenciamentos 7.054.046 7.626.072Outros serviços 13.154.331 14.514.772

246.416.229 256.463.997

2012 2011

Até 1 ano 9.100.531 10.448.851Entre 1 ano e 5 anos 8.509.807 14.553.876A mais de 5 anos - 420.000

17.610.338 25.422.727

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Relatório e Contas 2012

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Euros, e encontram-se reconhecidos em “Rendas e alugueres” na rubrica “Fornecimentos e serviços externos” da Demonstração consolidada dos resultados por naturezas.

36. GASTOS COM PESSOAL

Nos períodos findos em 31 de dezembro de 2012 e em 31 de dezembro de 2011, a rubrica de “Gastos com o pessoal” tinha a seguinte composição:

Nos exercícios findos em 31 de dezembro de 2012 e em 31 de dezembro de 2011, o nº médio de pessoal ao serviço do Grupo era, respetivamente, de 13.756 e 14.371 colaboradores. A rubrica “Remunerações do Pessoal” inclui a responsabilidade com o pagamento do subsídio de férias em virtude de a norma que previa a sua suspensão e inscrita no Orçamento de Estado para 2013, ter sido considerada inconstitucional pelo respetivo tribunal. Remunerações dos órgãos sociais Nos períodos findos em 31 de dezembro de 2012 e 31 de dezembro de 2011, as remunerações fixas e variáveis atribuídas aos membros do Conselho de Administração das diversas empresas do Grupo foram as seguintes:

20122011

Reexpresso

Remunerações dos orgãos sociais (Nota 42) 866.964 829.147Remunerações do pessoal 254.675.120 269.402.775Benefícios aos empregados 24.237.949 31.594.540Indemnizações 22.380 2.182Encargos sobre remunerações 53.301.325 55.421.329Seguros de acidente trabalho e doenças profissionais 2.117.496 2.309.799Gastos de ação social 12.063.295 13.313.014Outros gastos com o pessoal 1.466.596 1.673.503

348.751.126 374.546.289

Conselho de Administração

Conselho Fiscal/Fiscal Único

Assembleia Geral Alta Direcção Total 2012

Remunerações fixas 648.156 217.838 - 3.916.196 4.782.190Remunerações variáveis - - 970 - 970

648.156 217.838 970 3.916.196 4.783.160

Conselho de Administração

Conselho Fiscal/Fiscal Único

Assembleia Geral Alta Direcção Total 2011

Remunerações fixas 585.373 242.804 - 4.832.403 5.660.580Remunerações variáveis - - 970 - 970

585.373 242.804 970 4.832.403 5.661.550

2012

2011

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Relatório e Contas 2012

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Relativamente ao período findo em 31 de dezembro de 2012, e por despacho conjunto dos Ministérios da Economia e das Finanças de 24 de Agosto de 2012, foi nomeado um novo Conselho de Administração para os CTT, S.A. O anterior conselho somente tinha 3 administradores executivos por renúncia de dois dos administradores pertencentes ao anterior Conselho de Administração.

37. IMPARIDADE DE INVENTÁRIOS E CONTAS A RECEBER

Nos períodos findos em 31 de dezembro de 2012 e em 31 de dezembro de 2011, o detalhe da “Imparidade de inventários e contas a receber (perdas/ reversões) ” era o seguinte:

38. DEPRECIAÇÕES/ AMORTIZAÇÕES (PERDAS/REVERSÕES)

Nos períodos findos em 31 de dezembro de 2012 e em 31 de dezembro de 2011, o detalhe das “Depreciações, amortizações e perdas por imparidade (perdas / reversões) ” era o seguinte:

39. OUTROS GASTOS E PERDAS OPERACIONAIS

Nos períodos findos em 31 de dezembro de 2012 e 2011, a decomposição da rubrica de “Outros gastos e perdas operacionais” era conforme segue:

2012 2011Gastos com reforços de perdas de imparidade Clientes ( Nota 14) 2.888.988 2.721.703 Outras contas a receber ( Nota 18) 913.120 974.939 Inventários ( Nota 13) 83.575 697.155

3.885.683 4.393.797Rendimentos com reversões de perdas por imparidade Clientes ( Nota 14) 398.421 765.154 Outras contas a receber ( Nota 18) 435.819 455.372 Empréstimo INESC ( Nota 18) 41.450 53.885 Inventários ( Nota 13) 2.211.685 -

3.087.375 1.274.411 Movimento líquido do período 798.308 3.119.386

2012 2011

Ativos fixos tangíveisDepreciações (Nota 5) 19.936.066 18.884.142Perdas por imparidade (Nota 5) 502.113 -

Ativos intangíveisAmortizações (Nota 6) 4.196.322 3.306.320

Propriedades de investimentoDepreciações (Nota 7) 1.313 61.845

24.635.814 22.252.306

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Relatório e Contas 2012

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A variação verificada em “Perdas em inventários” resulta da destruição de suportes documentais relacionados com o projeto “Novo Portfólio”. De igual modo a variação ocorrida na rubrica “Renda da concessão” é motivada pela entrada em vigor da Lei nº. 17/2012 de 26 de Abril que transpôs para a esfera jurídica nacional a 3ª. Diretiva Postal e que veio introduzir alterações significativas no âmbito do serviço universal. As penalidades contratuais ocorridas, respetivamente, em 31 de dezembro de 2012 e 31 de dezembro de 2011 são motivadas por (i) desreconhecimento de uma propriedade de investimento por a empresa CTT, S.A. não ter acionado a cláusula de salvaguarda que permitiria a sua manutenção na esfera empresarial e (ii) resolução de um contrato de arrendamento em que se encontrava estabelecido um limite temporal que não sendo cumprido implicaria o ressarcimento do locador (edifício da Praça D. Luís I em Lisboa).

40. GASTOS, PERDAS E RENDIMENTOS FINANCEIROS

No decurso dos períodos findos em 31 de dezembro de 2012 e 2011, a rubrica de “Gastos e perdas financeiros” tinha o seguinte detalhe:

2012 2011

Impostos 1.121.873 1.421.115Dívidas incobráveis 115.956 480.069Perdas em inventários 669.968 220.564Gastos e perdas em investimentos não financeiros 9.180 1.055.435Renda da concessão 1.101.936 2.882.309Diferenças de câmbio desfavoráveis de ativos e passivos diferentes de financiamento 2.358.136 2.723.115Donativos 972.906 1.005.505Serviços Bancários 863.527 818.186Juros de mora 634.784 511.472Faturação anulada - 637.647Quotizações 643.110 654.264Insuficiência de estimativa para imposto 4.156 -Penalidades contratuais 1.361.938 4.970.069Outros gastos e perdas 1.750.223 1.562.301

11.607.693 18.942.051

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Relatório e Contas 2012

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No decurso dos períodos findos em 31 de dezembro de 2012 e 2011, a rubrica “Rendimentos financeiros” encontrava-se detalhada como se segue:

41. IMPOSTO SOBRE O RENDIMENTO DO PERÍODO

As empresas sedeadas em Portugal encontram-se sujeitas a impostos sobre os lucros em sede de Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Coletivas (“IRC”) à taxa normal de 25%, sendo a Derrama fixada a uma taxa máxima de 1,5% do lucro tributável, e a Derrama estadual de 3% do excedente do lucro tributável em 1.500.000 Euros. A Tourline encontra-se sujeita a impostos sobre os lucros em Espanha, em sede de Impuesto sobre Sociedades (“IS”) à taxa de 30%, assim como a subsidiária Corre se encontra sujeita em Moçambique a impostos sobre os lucros em sede de Imposto sobre o Rendimentos das Pessoas Coletivas (“IRPC”) O Grupo é tributado em sede de IRC juntamente com as suas participadas PostContacto – Correio Publicitário, Lda., CTT – Expresso, S.A., Mailtec Holding, SGPS, S.A., MailTec Comunicação, S.A., Mailtec Consultoria, S.A., Mailtec Processos, Lda., PayShop Portugal, S.A. (“PayShop”) e CTT GEST – Gestão de Serviços e Equipamentos Postais, S.A. (“CTT Gest”), pelo Regime Especial de Tributação de Grupos de Sociedades (“RETGS”). As restantes empresas participadas são tributadas individualmente. Reconciliação da taxa de imposto Nos períodos findos em 31 de dezembro de 2012 e em 31 de dezembro de 2011, a reconciliação entre a taxa nominal e a taxa efetiva de imposto foi efetuada como segue:

2012 2011

Juros suportadosFinanciamentos bancários 484.839 302.719Outros juros 155.196 167.782

Diferenças de câmbio desfavoráveis de passivos de financiamento - 2.051Outros gastos de financiamento 29.424 646.383

669.459 1.118.935

2012 2011

Juros obtidosDepósitos em instituições de crédito 14.340.792 20.750.136

Outros rendimentos suplementares 575.418 38.47214.916.210 20.788.608

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Relatório e Contas 2012

190

Em 31 de dezembro de 2012 e em 31 de dezembro de 2011 a rubrica “Excesso de estimativa para impostos” inclui, respetivamente, o montante de 439.432 Euros referente ao deferimento da reclamação graciosa do IRC 2008 e os valores regularizados do SIFIDE no montante de 4.214.287 Euros. Impostos diferidos Em 31 de dezembro de 2012 e em 31 de dezembro de 2011, o saldo de impostos diferidos ativos e passivos era composto como segue:

20122011

Reexpresso

Resultado antes de impostos 56.797.373 78.933.784Taxa nominal de imposto até 12.500€ - 12,5%Taxa nominal de imposto superior a 12.500€ 25,0% 25,0%

14.199.343 19.731.884Diferenças permanentes

Benefícios fiscais (401.224) (417.003)Mais-valias contabilísticas (65.807) (30.276)Mais-valias fiscais 4.511 12.358Equivalencia patrimonial (63.648) (12.931)Provisões não consideradas para cálculo de impostos diferidos 138.707 (75.118)Perdas e reversões por imparidade 67.647 592.309Outras situações, liquidas 452.994 675.722

Diferenças temporárias:Mais-valias contabilísticas (599.757) (1.726.984)Provisões consideradas para cálculo de impostos diferidos 4.008.391 1.336.055Perdas e reversões por imparidade (525.947) 167.405Depreciações não aceites como custos fiscais 176.392 27.972Desreconhecimento de inventário (81.240) (81.240)Outras situações, líquidas 1.565.010 3.203.322

Ajustamentos à coleta -Tributação Autónoma 627.563 684.966Ajustamentos à coleta -Derrama Municipal 1.110.401 1.385.086Ajustamentos à coleta -Derrama Estadual 2.975.184 1.994.056Alteração da taxa de imposto - (193.559)Excesso de estimativa para impostos (539.131) (675.160)Outros efeitos, líquidos (5.038.147) (3.906.228)Impostos sobre o rendimento do período 18.011.242 22.692.636

Taxa efetiva de imposto 31,71% 28,75%

Impostos sobre o rendimento do períodoImposto corrente 23.693.389 27.815.953Imposto diferido (5.143.016) (4.448.157)Excesso de estimativa para impostos (539.131) (675.160)

18.011.242 22.692.636

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Relatório e Contas 2012

191

Nos períodos findos em 31 de dezembro de 2012 e em 31 de dezembro de 2011, o movimento ocorrido nas rubricas de impostos diferidos foi o seguinte:

20122011

Reexpresso

Benefícios aos empregados-cuidados de saúde 73.312.870 78.909.580Benefícios aos empregados-outros benefícios longo prazo 14.789.263 14.417.549Mais-valias contabilísticas diferidas 3.897.266 4.640.965Perdas por imparidade e provisões 8.549.846 4.865.130Ajustamentos de conversão - desreconhecimento de inventários 157.216 238.444Ajustamentos de conversão - valor descontado de dívidas do pessoal 37.761 57.271Prejuízos fiscais reportáveis 1.335.932 482.388Perdas por imparidade em ativos fixos tangíveis 145.613 -Outros 2.770 2.770

102.228.537 103.614.097

2012 2011

Excedentes de revalorização antes IFRS 4.529.436 4.811.756Mais-valias suspensas 1.096.522 1.155.930Outros 114.275 197.747

5.740.233 6.165.433

Ativos por impostos diferidos

Passivos por impostos diferidos

20122011

Reexpresso

Ativos por impostos diferidosSaldos em 1 de Janeiro de 2012 e 2011 103.614.097 100.819.205Efeito em resultados

Benefícios aos empregados-cuidados de saúde 651.168 1.074.160Benefícios aos empregados-outros benefícios longo prazo 371.714 3.939.035Mais-valias contabilísticas diferidas (743.699) (1.907.341)Perdas por imparidade e provisões 3.684.717 810.976Perdas por imparidade em ativos fixos tangíveis 145.613 -Desreconhecimento de inventários (81.228) (65.506)Valor descontado de dívidas (19.510) (15.734)Prejuízos fiscais reportáveis 853.543 39.552

Efeito em capitais própriosBenefícios aos empregados-cuidados de saúde (6.247.878) (1.080.250)

Saldo final 102.228.537 103.614.097

2011 2011

Passivos por impostos diferidosSaldos em 1 de Janeiro de 2012 e 2011 6.165.433 6.365.777Efeito em resultados

Excedentes de revalorização antes de IFRS (282.320) (281.079)Mais-valias suspensas (59.408) (27.972)Outros (83.472) 108.707

Saldo final 5.740.233 6.165.433

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Relatório e Contas 2012

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SIFIDE O Grupo suportou nos períodos de 2006 a 2008 despesas de investigação e desenvolvimento (“I&D”), elegíveis para efeitos de enquadramento no Sistema de Incentivos Fiscais em Investigação e Desenvolvimento Empresarial (SIFIDE), previsto na Lei nº. 40/2005, de 3 de agosto, no montante de aproximadamente, 20.394.000 Euros.

Foram preparadas e entregues as respetivas candidaturas dirigidas à Comissão Certificadora para os Incentivos Fiscais à I&D Empresarial (“Comissão Certificadora”), tendo resultado um crédito fiscal de 4.214.286 Euros, reconhecido no imposto do exercício de 2010. Relativamente ao período de 2009 a candidatura apresentada totalizou 6.126.128 Euros, tendo resultado um crédito fiscal de 576.914 Euros reconhecido no imposto do exercício de 2011.

No que respeita ao exercício de 2010, a candidatura apresentada totalizou 12.856.864 Euros, tendo a Comissão Certificadora para os Incentivos Fiscais à I&D Empresarial, após análise da pronúncia do Grupo em sede de audiência prévia, em que foi manifestada discordância sobre a não elegibilidade dos projetos apresentados. Por notificação de 3 dezembro de 2012 da suprareferida Comissão Certificadora foi confirmada a não elegibilidade dos projetos apresentados. Relativamente às despesas incorridas com I&D no exercício económico de 2011, no montante aproximado de 5.287.949, o Grupo terá possibilidade de beneficiar de uma dedução à coleta em sede Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Coletivas (“IRC”) estimada em 2.553.349 Euros, aguardando-se confirmação da Comissão Certificadora. No que se refere às despesas incorridas com I&D no exercício económico de 2012, no montante aproximado de 97.792 Euros, o Grupo terá possibilidade de beneficiar de uma dedução à coleta em sede Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Coletivas (“IRC”) estimada em 8.913 Euros. Outras informações De acordo com a legislação em vigor, as declarações fiscais estão sujeitas a revisão e correção por parte das autoridades fiscais durante um período de quatro anos (cinco anos para a Segurança Social), exceto quando tenha havido prejuízos fiscais, tenham sido concedidos benefícios fiscais, ou estejam em curso inspeções, reclamações ou impugnações, casos estes em que, dependendo das circunstâncias, os prazos são alongados ou suspensos. Deste modo, as declarações fiscais do Grupo de 2010 e seguintes podem ser sujeitas a revisão, uma vez que as anteriores àquela data já foram sujeitas a inspeção tributária. O Conselho de Administração do Grupo entende que as eventuais correções resultantes de revisões/inspeções por parte das autoridades fiscais àquelas declarações de impostos não terão um efeito significativo nas demonstrações financeiras consolidadas em 31 de dezembro de 2012.

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42. PARTES RELACIONADAS

De acordo com as normas internas ao Grupo de relato financeiro, as partes relacionadas para o Grupo, são o Estado Português através do Ministério das Finanças e da Administração Pública (“Ministério Finanças”), os outros acionistas de empresas participadas pelo Grupo, as empresas associadas ou conjuntamente controladas e os membros do Conselho de Administração, Assembleia Geral e Conselho Fiscal. Os termos ou condições praticados entre as empresas do Grupo e as partes relacionadas são substancialmente idênticos aos que normalmente são contratados, aceites e praticados entre entidades independentes em operações comparáveis. No decurso dos exercícios findos em 31 de dezembro de 2012 e 2011, foram efetuadas as seguintes transações e existiam os seguintes saldos com partes relacionadas:

Ministério Finanças- - - 53.876.585 -

Associadas 2.894 34.198 9.923 - 126.775Conjuntamente controladas 40.654 14.920 246.672 - 183.662

Membros doConselho de Administração - - - - 648.156Assembleia Geral - - - - 970Conselho Fiscal - - - - 217.838

Alta Direcção - - - - 3.916.19643.548 49.118 256.595 53.876.585 5.093.597

Contas a receber

correntes

Contas a pagar correntes

Rendimentos

2012

Outros accionistas

Dividendos Gastos

Ministério FinançasDividendos - - - 36.056.944 -

Associadas 1.729 18.923 23.958 - 102.283Conjuntamente controladas 89.002 33.004 266.882 - 161.804

Membros doConselho de Administração - - - - 585.373Assembleia Geral - - - - 970Conselho Fiscal - - - - 242.804

Alta Direcção - - - - 4.832.40390.731 51.927 290.840 36.056.944 5.925.637

2011

DividendosContas a receber

correntes

Contas a pagar correntes

Rendimentos Gastos

Outros accionistas

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As transações e saldos entre as empresas consolidadas pelo método integral, são eliminadas no processo de consolidação, não sendo objeto de divulgação na presente nota.

43. HONORÁRIOS E SERVIÇOS DOS AUDITORES

Nos períodos findos em 31 de dezembro de 2012 e em 31 de dezembro de 2011, os honorários e serviços prestados pelos auditores do Grupo foram os seguintes:

44. OUTRAS INFORMAÇÕES

ACORDO DE EMPRESA Após um longo e exigente processo negocial o Grupo chegou a acordo com todos os Sindicatos que participaram nas negociações para celebração de um Novo Acordo de Empresa (AE). A celebração de um único AE terá efeitos ao nível da simplificação da gestão e ao nível do clima social e do reforço da estabilização das relações coletivas de trabalho n o Grupo, elementos fundamentais para os novos desafios num contexto de liberalização plena. BANIF Em 7 de abril de 2006 o Banco Internacional do Funchal (BANIF), interpôs contra os CTT – Correios de Portugal, que foram pessoalmente citados em 27 de junho de 2006, uma ação de processo ordinário pedindo a execução do MoU (princípios de acordo) de constituição do Banco Postal e subsidiariamente, caso se entenda não exequível esta condenação, a obrigação de indemnizar o BANIF por danos emergentes e lucros cessantes, ascendendo o pedido a 100.000.000 Euros acrescido de juros vincendos. Sendo certo que o consultor legal do Grupo entende pouco provável, numa classificação a três níveis, de pouco a muito provável, que os pedidos deduzidos pelo BANIF

2012 2011Empresa-mãe

Serviços de revisão legal de contas 81.320 93.470Serviços de auditoria externa 110.772 92.159Outros serviços 2.349 -

194.441 185.629

Empresas subsidiáriasServiços de revisão legal de contas 59.180 54.739Serviços de auditoria externa 39.165 51.330Outros serviços - -

98.345 106.069292.786 291.698

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sejam julgados procedentes, decidiu-se não constituir qualquer provisão para este fim. De referir de igual modo que o período de exercício de direito de preferência a exercer pela Caixa Geral de Depósitos cessou em janeiro de 2008. Em 12 de janeiro de 2011 o Tribunal considerou não provados os factos essenciais que sustentam os pedidos de indemnização do BANIF e provados fatos alegados pelo Grupo que contraditam a tese defendida pelo BANIF. Por sentença de 2 de dezembro de 2011, foram os CTT absolvidos do pedido formulado pelo BANIF, que interpôs recurso desta decisão para o Tribunal da Relação de Lisboa onde se encontra a decorrer os seus termos. Em 28 de março de 2013 através de requerimento enviado ao Tribunal da Relação de Lisboa, o BANIF desistiu de todos os pedidos formulados inclusive do recurso referido no parágrafo anterior. SINDETELCO Após o termo do exercício económico findo em 31 de dezembro de 2011, foram os CTT notificados da decisão proferida pelo 4º. Juízo 2ª. Secção do Tribunal de Trabalho de Lisboa na ação intentada pelo SINDETELCO – Sindicato Democrático dos Trabalhadores das Comunicações e dos Media contra os CTT, com fundamento na redução indevida de retribuições e congelamento da progressão na carreira dos trabalhadores seus associados, aplicada no âmbito das medidas governamentais definidas para o universo das empresa públicas. Desta decisão que condena os CTT no pedido, entendeu o Grupo apresentar recurso para o Tribunal Constitucional, pelo que de forma a obter um efeito suspensivo da mesma, foi prestada uma garantia bancária no montante de 500 mil Euros. Por decisão de 26 de Abril de 2012, o Tribunal Constitucional deu provimento ao recurso interposto, considerando constitucionais as reduções efetuadas e o congelamento da progressão das carreiras, tendo o processo baixado ao Tribunal recorrido com vista à prolação de decisão em conformidade com o juízo de constitucionalidade emitido. Foi já devolvida a garantia bancária prestada. SNTCT Em 17 de setembro de 2012 os CTT foram citadas para uma ação judicial interposta no Tribunal de Trabalho de Lisboa pelo Sindicato Nacional dos Trabalhadores dos Correios e Telecomunicações (SNTCT), pedindo a condenação do Grupo no pagamento das quantias que, relativamente aos trabalhadores seus associados, tivesse descontado ou viesse a descontar nas respetivas retribuições e a título de subsídio de férias de natal de 2012 ao abrigo dos arts. 20º e 21º da Lei nº 64-B/2011 (LOE 2012). Por sentença de 22 de janeiro de 2013 foram os CTT absolvidos do pedido, tendo o SNTCT interposto recurso da referida decisão para o Tribunal da Relação de Lisboa, que se encontra pendente.

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CONTRATO DE CONCESSÃO A Lei n.º 17/2012, de 26 de abril, transpôs para a ordem jurídica interna a Diretiva nº 2008/6/CE, do Parlamento Europeu e do Conselho, de 20 de fevereiro de 2008 (também designada por 3ª Diretiva Postal), estabelecendo o regime jurídico aplicável à prestação de serviços postais, em plena concorrência, quer no território nacional quer na prestação de serviços internacionais com origem ou destino no território nacional. No capítulo das disposições finais e transitórias desta Lei é referido que os CTT - Correios de Portugal, SA (CTT) são o prestador do serviço postal universal, até 31 de dezembro de 2020. O contrato de concessão para prestação do serviço postal universal assinado entre o Estado Português e os CTT em 1 de setembro de 2000 estabeleceu um período de vigência de 30 anos, i.e., uma vigência até 1 de setembro de 2030. Uma alteração ao período de vigência do contrato de concessão em vigor requer um acordo entre as partes. Dado que o processo de modificação do contrato de concessão ainda se encontra em curso, o Grupo entende que não há fundamentação para alterar as políticas contabilísticas que tem adotado na preparação das suas demonstrações financeiras. Adicionalmente, o fim do contrato de concessão não impede a prestação de serviços postais fruto da liberalização do mercado acima referida.

45. EVENTOS SUBSEQUENTES

No seguimento do Acórdão nº 187/2013 em que foram consideradas inconstitucionais as suspensões do subsídio de férias previstos nos art.º 29º e 77º da Lei do Orçamento de Estado para 2013, o Grupo decidiu reconhecer nas contas do presente exercício económico a respetiva responsabilidade estimada em cerca de 18 milhões de Euros. Após o termo do exercício e até à presente data, verificou-se que pelo despacho nº 2468/12 – SETF de 28 de dezembro foi determinada a transferência para a Parpública da participação financeira que o Estado Português detém nos CTT. Esta transferência efetivou-se a 31 de janeiro de 2013, data a partir da qual aquela entidade assume a correspondente posição como acionista. O DIRETOR DA CONTABILIDADE E TESOURARIA O CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO

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Relatório e Contas 2012

197

PARTE II – DOCUMENTOS DE PRESTAÇÃO DE CONTAS

DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS INDIVIDUAIS E NOTAS ANEXAS

CTT CORREIOS DE PORTUGAL, S.A.

BALANÇO INDIVIDUAL EM 31 DE DEZEMBRO DE 2012 E 31 DE DEZEMBRO DE 2011

2012

ACTIVO

Ativo não correnteAtivos fixos tangíveis 7 238 883 879 248 373 699Propriedades de investimento 8 1 368 943 2 728 373Goodwill 9 25 083 869 25 083 869Ativos intangíveis 10 9 178 107 6 782 171Participações financeiras - método da equivalência patrimonial 11 50 069 477 57 912 073Participações financeiras - outros métodos 12 130 829 130 829Acionistas/ sócios e empresas do Grupo 6 13 477 473 9 482 456Outras contas a receber 15 2 018 619 6 004 988Ativos por impostos diferidos 38 100 673 390 102 860 551

Total do ativo não corrente 440 884 586 459 359 008

Ativo correnteInventários 14 5 669 967 5 077 343Clientes 15 99 128 893 125 976 551Acionistas/ sócios e empresas do Grupo 6 384 147 1 047 104Outras contas a receber 15 17 685 147 22 278 286Diferimentos 16 4 054 112 4 010 046Caixa e equivalentes de caixa 4 471 348 513 402 780 271

Total do ativo corrente 598 270 778 561 169 601Total do ativo 1 039 155 364 1 020 528 608

CAPITAL PRÓPRIO E PASSIVO

Capital próprio

Capital realizado 19 87 325 000 87 325 000Reservas legais 20 18 072 559 15 236 949Outras reservas 20 10 555 947 10 555 947Resultados transitados 20 3 586 704 2 408 871Ajustamentos em ativos financeiros 20 25 317 659 24 864 524Excedentes de revalorização 20 56 088 705 58 625 232Outras variações no capital próprio 20 32 645 427 15 424 714Resultado líquido do período 38 554 129 55 818 305

Total do capital próprio 272 146 130 270 259 542

Passivo

Passivo não correnteProvisões 23 35 868 024 19 807 651Financiamentos obtidos 25 2 104 100 2 564 578Benefícios aos empregados 26 281 919 352 300 669 522Diferimentos 16 10 874 369 13 273 398Passivos por impostos diferidos 38 5 737 572 6 082 638

Total do passivo não corrente 336 503 417 342 397 787

Passivo correnteFornecedores 27 66 833 187 68 214 015Estado e outros entes públicos 28 10 916 154 17 938 446Acionistas/ sócios e empresas do Grupo 6 549 952 58 617Financiamentos obtidos 25 3 449 018 437 686Benefícios aos empregados 26 21 089 780 20 252 295 Outras contas a pagar 27 323 470 614 296 530 835Diferimentos 16 4 197 112 4 439 384

Total do passivo corrente 430 505 817 407 871 278

Total do passivo 767 009 234 750 269 066Total do capital próprio e do passivo 1 039 155 364 1 020 528 608

As notas anexas fazem parte integrante dos balanços para os exercícios findos em 31 de dezembro de 2012 e 2011

O DIRETOR DA CONTABILIDADE E TESOURARIA O CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO

NOTAS2011

Reexpresso

Unidade Monetária: Euro

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Relatório e Contas 2012

198

Unidade Monetária: Euro

Notas 20122011

Reexpresso

Vendas e serviços prestados 30 532 213 596 565 378 416Ganhos / perdas imputados de subsidiárias e associadas 11 11 181 197 17 305 921Trabalhos para a própria entidade 339 584 328 148Custo das mercadorias vendidas e das matérias consumidas 14 (15 879 844) (15 353 944)Fornecimentos e serviços externos 32 (165 540 674) (178 549 897)Gastos com o pessoal 33 (311 148 476) (334 869 047)Imparidade de inventários (perdas / reversões) 14 e 18 2 211 685 (686 163)Imparidade de dívidas a receber (perdas/reversões) 15 e 18 (610 418) 245 634Imparidade de investimentos não depreciáveis/amortizáveis (perdas/reversões) 9 e 18 - (1 942 450)Provisões (aumentos/reduções) 23 (18 505 731) (6 307 212)Outros rendimentos e ganhos 31 46 899 659 61 960 506Outros gastos e perdas 35 (9 939 763) (17 830 536) Resultado antes de depreciações, gastos de financiamento e impostos 71 220 815 89 679 377

Gastos / reversões de depreciação e de amortização 34 (19 325 766) (17 851 648)Imparidade de investimentos depreciáveis/amortizáveis (perdas/reversões) 7 (502 113) -

Resultado operacional (antes de gastos de financiamento e impostos) 51 392 936 71 827 729

Juros e rendimentos similares obtidos 36 644 978 421 073Juros e gastos similares incorridos 36 (108 549) (764 984)

Resultados antes de impostos 51 929 364 71 483 818Imposto sobre o rendimento 38 (13 375 235) (15 665 513)

Resultado líquido do período 38 554 129 55 818 305

Resultado por ação 22 2,20 3,19

O DIRETOR DA CONTABILIDADE E TESOURARIA O CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO

CTT- CORREIOS DE PORTUGAL, S.A.

As notas anexas fazem parte integrante da demonstração dos resultados por naturezas para os exercícios findos em 31 de dezembro de 2012 e 20

DEMONSTRAÇÃO INDIVIDUAL DOS RESULTADOS POR NATUREZAS DOS PERÍODOS FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2012 E 31 DE DEZEMBRO DE 2011

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Relatório e Contas 2012

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Relatório e Contas 2012

200

Unidade Monetária: Euro

Notas 2012 2011ATIVIDADES OPERACIONAIS:

Recebimentos de clientes 543 974 681 540 702 713 Pagamentos a fornecedores (163 613 263) (199 206 818)Pagamentos ao pessoal (261 353 094) (307 397 121)

Fluxos gerados pelas operações 119 008 324 34 098 774

Pagamento do imposto sobre o rendimento (24 121 004) (12 753 523)Pagamento de outros impostos (8 712 189) (6 211 280)Outros recebimentos/pagamentos 24 653 306 (48 061 943)

(8 179 887) (67 026 746) Fluxos das atividades operacionais (1) 110 828 436 (32 927 972)

ATIVIDADES DE INVESTIMENTO:

Recebimentos provenientes de:Ativos fixos tangíveis 787 162 422 956 Investimentos financeiros 41 450 53 885 Empréstimos concedidos 56 219 - Juros e rendimentos similares 12 674 120 20 314 107 Dividendos 19 015 461 17 839 850

32 574 412 38 630 798 Pagamentos respeitantes a:

Ativos fixos tangíveis (15 837 647) (18 858 997)Ativos intangíveis (2 929 969) (567 453)Empréstimos concedidos (4 000 000) -

(22 767 616) (19 426 450) Fluxos das atividades de investimento (2) 9 806 796 19 204 348

ATIVIDADES DE FINANCIAMENTO:

Recebimentos provenientes de:

Financiamentos bancários 2 995 872 -

2 995 872 -

Pagamentos respeitantes a:Financiamentos bancários - (699 438)Amortizações de contratos de locação financeira (445 018) (431 295)Juros e gastos similares (741 260) (124 593)Dividendos ao acionista 20 (53 876 585) (36 056 944)

(55 062 863) (37 312 270) Fluxos das atividades de financiamento (3) (52 066 991) (37 312 270)

Variação de caixa e seus equivalentes (4) = (1) + (2) + (3) 68 568 242 (51 035 894)Caixa e seus equivalentes no início do período 4 402 780 271 453 816 165 Caixa e seus equivalentes no fim do período 4 471 348 513 402 780 271

As notas anexas fazem parte da demonstração dos fluxos de caixa para os exercícios findos em 31 de dezembro de 2012 e 2011

O CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO

DEMONSTRAÇÃO DOS FLUXOS DE CAIXA DOS PERÍODOS FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2012 E 31 DE DEZEMBRO DE 2011

CTT - CORREIOS DE PORTUGAL, S.A.

O DIRETOR DA CONTABILIDADE E TESOURARIA

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Relatório e Contas 2012

201

CTT – CORREIOS DE PORTUGAL, S.A. NOTAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS INDIVIDUAIS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2012 (MONTANTES EXPRESSOS EM EUROS)

ÍNDICE

1 NOTA INTRODUTÓRIA ................................................................................................................ 203 2 REFERENCIAL CONTABILÍSTICO DE PREPARAÇÃO DAS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS .............. 205 3 PRINCIPAIS POLÍTICAS CONTABILÍSTICAS .................................................................................. 206

3.1 ATIVOS FIXOS TANGÍVEIS ..................................................................................................................... 206 3.2 PROPRIEDADES DE INVESTIMENTO ...................................................................................................... 207 3.3 CONCENTRAÇÃO DE ATIVIDADES EMPRESARIAIS E GOODWILL .............................................................. 208 3.4 ATIVOS INTANGÍVEIS ........................................................................................................................... 209 3.5- PARTICIPAÇÕES FINANCEIRAS .............................................................................................................. 210 3.6- TRANSAÇÕES E SALDOS EM MOEDA ESTRANGEIRA .............................................................................. 211 3.7- IMPARIDADE DE ATIVOS TANGÍVEIS E INTANGÍVEIS, EXCETO GOODWILL ............................................... 211 3.8- INSTRUMENTOS FINANCEIROS ............................................................................................................. 212 3.9- INVENTÁRIOS ...................................................................................................................................... 214 3.10- ATIVOS NÃO CORRENTES DETIDOS PARA VENDA E OPERAÇÕES DESCONTINUADAS ............................... 214 3.11- RESULTADOS POR AÇÃO ...................................................................................................................... 215 3.12- DISTRIBUIÇÃO DE DIVIDENDOS ............................................................................................................ 215 3.13- PROVISÕES E PASSIVOS CONTINGENTES ............................................................................................. 216 3.14- LOCAÇÕES .......................................................................................................................................... 216 3.15- BENEFÍCIOS AOS EMPREGADOS .......................................................................................................... 217 3.16- RÉDITO ............................................................................................................................................... 220 3.17- SUBSÍDIOS OBTIDOS ........................................................................................................................... 221 3.18- ENCARGOS FINANCEIROS COM EMPRÉSTIMOS OBTIDOS ...................................................................... 222 3.19- IMPOSTOS .......................................................................................................................................... 222 3.20- REGIME DO ACRÉSCIMO ...................................................................................................................... 223 3.21- JULGAMENTOS E ESTIMATIVAS ............................................................................................................ 224 3.22- MATÉRIAS AMBIENTAIS ....................................................................................................................... 225 3.23- ACONTECIMENTOS SUBSEQUENTES .................................................................................................... 226

4. FLUXOS DE CAIXA ...................................................................................................................... 226 5. ALTERAÇÃO DE POLÍTICAS CONTABILÍSTICAS, ERROS E ESTIMATIVAS ........................................ 227 6. PARTES RELACIONADAS ............................................................................................................ 229 7. ATIVOS FIXOS TANGÍVEIS .......................................................................................................... 234 8. PROPRIEDADES DE INVESTIMENTO ............................................................................................ 238 9. GOODWILL ................................................................................................................................ 239 10. ATIVOS INTANGÍVEIS ................................................................................................................. 242 11. PARTICIPAÇÕES FINANCEIRAS – MÉTODO DA EQUIVALÊNCIA PATRIMONIAL ............................... 243 12. PARTICIPAÇÕES FINANCEIRAS – OUTROS MÉTODOS .................................................................. 246

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13. GESTÃO DE RISCOS FINANCEIROS ............................................................................................. 246 14. INVENTÁRIOS ............................................................................................................................ 250 15. CLIENTES E OUTRAS CONTAS A RECEBER ................................................................................... 251 16. DIFERIMENTOS .......................................................................................................................... 254 17. ATIVOS NÃO CORRENTES DETIDOS PARA VENDA E OPERAÇÕES DESCONTINUADAS ................... 254 18. PERDAS POR IMPARIDADE ACUMULADAS .................................................................................. 255 19. CAPITAL .................................................................................................................................... 255 20. RESERVAS E OUTRAS RUBRICAS DE CAPITAL PRÓPRIO ............................................................... 255 21. DIVIDENDOS ............................................................................................................................. 258 22. RESULTADOS POR AÇÃO ........................................................................................................... 258 23. PROVISÕES, GARANTIAS PRESTADAS PASSIVOS CONTINGENTES E COMPROMISSOS ................. 259 24. LOCAÇÕES OPERACIONAIS ........................................................................................................ 262 25. FINANCIAMENTOS OBTIDOS ...................................................................................................... 262 26. BENEFÍCIOS AOS EMPREGADOS ................................................................................................ 263 27. FORNECEDORES E OUTRAS CONTAS A PAGAR ............................................................................ 269 28. ESTADO E OUTROS ENTES PÚBLICOS ......................................................................................... 270 29. SUBSIDIOS OBTIDOS ................................................................................................................ 271 30. VENDAS E SERVIÇOS PRESTADOS ............................................................................................. 271 31. OUTROS RENDIMENTOS E GANHOS ........................................................................................... 272 32. FORNECIMENTOS E SERVIÇOS EXTERNOS .................................................................................. 273 33. GASTOS COM PESSOAL ............................................................................................................. 274 34. GASTOS/REVERSÕES DE DEPRECIAÇÃO E DE AMORTIZAÇÃO ..................................................... 275 35. OUTROS GASTOS E PERDAS ...................................................................................................... 276 36. JUROS E RENDIMENTOS/GASTOS SIMILARES OBTIDOS/SUPORTADOS ....................................... 276 37. EFEITOS E ALTERAÇÕES EM TAXAS DE CÂMBIO .......................................................................... 277 38. IMPOSTO SOBRE O RENDIMENTO .............................................................................................. 277 39. HONORÁRIOS E SERVIÇOS DOS AUDITORES .............................................................................. 281 40. INFORMAÇÃO SOBRE MATÉRIAS AMBIENTAIS ............................................................................ 281 41. PRESTAÇÃO DO SERVIÇO DE MEDIAÇÃO DE SEGUROS ............................................................... 281 42. OUTRAS INFORMAÇÕES ............................................................................................................ 282 43. ACONTECIMENTOS SUBSEQUENTES .......................................................................................... 284

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1 NOTA INTRODUTÓRIA

CTT – Correios de Portugal, S. A. (“CTT ou “Empresa”), com sede na Rua de São José, nº 20 em Lisboa, teve a sua origem na Administração Geral dos Correios Telégrafos e Telefones e a sua atual forma jurídica decorre de sucessivas ações de organização do sector Empresarial do Estado na área das Comunicações. Pelo Decreto-Lei n.º 49.368 de 10 de Novembro de 1969, foi criada a Empresa pública CTT - Correios e Telecomunicações de Portugal, E. P., que iniciou a sua atividade em 1 de Janeiro de 1970. Pelo Decreto-Lei n.º 87/92, de 14 de Maio, os CTT – Correios e Telecomunicações de Portugal, E. P., foram transformados em pessoa coletiva de direito privado, com o estatuto de sociedade anónima de capitais exclusivamente públicos. Finalmente, pelo Decreto – Lei n.º 277/92, de 15 de dezembro, com a criação da ex-Telecom Portugal, S.A., por cisão dos Correios e Telecomunicações de Portugal, S.A., a sociedade passou à sua atual designação de CTT – Correios de Portugal, S.A.. Os CTT têm como atividade principal assegurar o estabelecimento, gestão e exploração das infra-estruturas do serviço postal universal em Portugal e a prestação de serviços financeiros, que incluem a transferência de fundos através de contas correntes e que podem vir a ser explorados por um operador financeiro ou entidade parabancária a constituir na dependência da Empresa. Faz ainda parte do objeto social o exercício de quaisquer atividades que sejam complementares, subsidiárias ou acessórias das referidas, bem como de comercialização de bens ou de prestação de serviços por conta própria ou de terceiros, desde que convenientes ou compatíveis com a normal exploração da rede pública de correios, designadamente a prestação de serviços da sociedade de informação, redes e serviços de comunicações eletrónicas, incluindo recursos e serviços conexos e um operador móvel virtual (MVNO) com a designação comercial “Phone-ix” suportado na rede da TMN - Telecomunicações Móveis Nacionais, S. A.. A Lei n.º 102/99, de 26 de Julho definiu as bases gerais a que obedece o estabelecimento, gestão e exploração de serviços postais no território nacional, bem como os serviços internacionais com origem ou destino no território nacional e assegurou a continuidade do serviço universal, garantindo o cumprimento da missão do serviço público das administrações postais. Através do Decreto-Lei n.º 448/99, de 4 de Novembro, foram definidas as bases de concessão do Serviço Postal Universal que deram origem ao contrato de concessão, assinado em 1 de Setembro de 2000, entre o Estado e os CTT - Correios de Portugal, S.A. (CTT). De acordo com o referido contrato, constitui objeto da concessão o estabelecimento, gestão e exploração da rede postal pública e a prestação de diversos serviços postais reservados e não reservados, definidos nesse mesmo contrato. A prestação de serviços postais concessionados compreendia, tanto no âmbito nacional como internacional, o serviço postal de envios de correspondência, livros, catálogos, jornais e publicações periódicas até 2Kg, o serviço de encomendas postais até 20Kg, bem como o serviço de envios registados e o serviço de envios com valor declarado. No quadro da progressiva liberalização do sector definida a nível comunitário, o âmbito dos serviços reservados tem sido objeto de revisões periódicas. Assim, o âmbito dos serviços reservados aos CTT foi objeto de uma

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nova redução em 2006, compreendendo até final de 2011 o envio de correspondências até 50 gramas de peso e preço inferior a duas vezes e meia a tarifa de referência (correio azul no caso português). O contrato tem uma vigência inicial de 30 anos, passível de renovação por períodos sucessivos de 15 anos. Nos termos do diploma supra referido, como contrapartida da concessão, os CTT estão obrigados a pagar anualmente ao Estado Português, a título de renda, o valor correspondente a 1% da receita bruta de exploração dos serviços objeto da concessão prestados em regime de exclusividade. O Decreto-Lei n.º 112/2006, de 9 de Junho, veio alterar as bases da concessão do serviço postal universal, cometendo à concessionária o serviço público caixa eletrónica postal e adaptando o contrato de concessão ao ambiente regulamentar do sector postal conferindo-lhe o grau de flexibilidade necessário ao exercício da atividade da concessionária, num sector em liberalização cada vez mais dinâmico e competitivo. A alteração ao contrato de concessão foi celebrada em 26 de Julho de 2006. No âmbito do novo quadro regulamentar, implementado pela Lei nº 17/2012, de 26 de abril (“Nova Lei Postal”), registamos que não houve qualquer desenvolvimento a nível legislativo no segundo semestre de 2012. Por este motivo, na ausência (i) da publicação dos diplomas de desenvolvimento previstos na Nova Lei Postal (respeitantes ao regime de exploração e utilização dos serviços postais no território nacional, bem como dos serviços internacionais com origem ou destino no território nacional) e (ii) da alteração das bases da concessão (aprovadas pelo Decreto-Lei n.º 448/99, de 4 de novembro, revogado parcialmente pelo Decreto-Lei n.º 150/2001, de 7 de maio, e alterado pelos Decretos-Leis n.ºs 116/2003, de 12 de junho, e 112/2006, de 9 de junho) tendo em vista a sua adaptação ao regime constante da nova lei, mantiveram-se em vigor todas as disposições do Regulamento do Serviço Público de Correios (aprovado pelo Decreto-Lei n.º 176/88, de 18 de Maio), bem como as medidas regulamentares adotadas ao seu abrigo, desde que compatíveis com o novo regime jurídico aprovado, assim como as obrigações constantes das bases da concessão do serviço postal universal. Como empresa concessionária do serviço postal universal, os CTT mantêm-se como prestador de serviço universal, devendo os parâmetros de qualidade de serviço e os objetivos de desempenho, bem como os critérios de formação dos preços, obedecer aos termos fixados no convénio de qualidade e no convénio de preços celebrados entre os CTT e o ICP-ANACOM, em 10 de julho de 2008 (em vigor no triénio de 2008-2010, renovando-se por períodos sucessivos de um ano). Importa notar que, muito embora o processo de alteração do contrato de concessão esteja ainda em curso, nomeadamente no que concerne ao prazo do mesmo, prevê-se que o contrato de concessão continue a assegurar aos CTT a continuidade de prestação de um serviço universal de qualidade e de total cobertura nacional. Atualmente integram o âmbito do serviço universal as seguintes prestações, no âmbito nacional e internacional: um serviço postal de envios de correspondência (excluindo a publicidade endereçada), de livros, catálogos, jornais e outras publicações periódicas

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até 2 Kg de peso; um serviço de encomendas postais até 10 Kg de peso, bem como a entrega no território nacional de encomendas postais recebidas de outros Estados-Membros da União Europeia com peso até 20Kg; um serviço de envios registados e um serviço de envios com valor declarado. Uma vez finda a concessão, caso não seja novamente atribuída, os CTT poderão prestar, a par dos restantes operadores, todos os serviços postais que entenderem, em regime de livre concorrência, de acordo com a sua política estratégico-comercial, à exceção dos serviços que forem concessionados em regime de exclusivo (serviço de colocação de marcos e caixas de correio na via pública destinados à aceitação de envios postais, a emissão e venda de selos postais com a menção Portugal, o serviço de correio registado utilizado em procedimentos judiciais ou administrativos e o serviço de emissão de vales postais), os quais têm um peso muito inferior a 10% na receitas da empresa. Em súmula, face ao enquadramento legal e regulamentar vigente, mormente o processo em curso de alteração do contrato de concessão, entendem os CTT que não existem fundamentos para introduzir qualquer alteração relevante nas políticas contabilísticas da empresa. As demonstrações financeiras anexas são apresentadas em Euros, por esta ser a moeda principal das operações da Empresa.

2 REFERENCIAL CONTABILÍSTICO DE PREPARAÇÃO DAS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS

As presentes demonstrações financeiras foram preparadas no pressuposto da continuidade das operações da Empresa, a partir dos livros e registos contabilísticos da Empresa, mantidos de acordo com as normas do Sistema de Normalização Contabilística (“SNC”), regulado pelos seguintes diplomas legais:

Decreto-Lei nº 158/2009, de 13 de Julho (Sistema de Normalização Contabilística), com as retificações da Declaração de Retificação nº67-B/2009, de 11 de Setembro, e com as alterações introduzidas pela Lei nº 20/2010, de 23 de Agosto;

Portaria nº 986/2009, de 7 de Setembro (Modelos de Demonstrações Financeiras); Aviso nº 15652/2009, de 7 de Setembro (Estrutura Conceptual); Aviso nº 15655/2009, de 7 de Setembro (Normas Contabilísticas e de Relato Financeiro); Aviso nº 15654/2009, de 7 de Setembro (Normas Interpretativas); Portaria nº 1011/2009, de 9 de Setembro (Código de Contas).

Em todos os aspetos relativos ao reconhecimento, mensuração e divulgação foram utilizadas as Normas Contabilísticas e de Relato Financeiro (“NCRF”) que integram o SNC. As demonstrações financeiras foram elaboradas utilizando os modelos das demonstrações financeiras previstos no artº 1º da Portaria nº 986/2009, de 7 de Setembro, designadamente o balanço, a demonstração dos resultados por naturezas, a demonstração das alterações no capital próprio, a demonstração dos fluxos de caixa e o anexo.

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O normativo SNC foi utilizado na elaboração das demonstrações financeiras pela primeira vez em 2010, passando a constituir o referencial de base para os períodos subsequentes.

Conforme previsto no Anexo ao Decreto-Lei nº 158/2009, a Empresa aplica supletivamente as Normas Internacionais de Contabilidade (NIC), adotadas ao abrigo do Regulamento (CE) nº 1606/202 do Parlamento Europeu e do Conselho e as Normas Internacionais de Contabilidade e de Relato Financeiro (“IAS/IFRS”) e as respetivas interpretações (“SIC/IFRIC”) do IASB, de forma a colmatar lacunas ou omissões relativas a aspetos de algumas transações ou situações particulares não previstas no SNC. Nos períodos de 2012 e de 2011 a que respeitam as presentes demonstrações financeiras não foram derrogadas quaisquer disposições do SNC que pudessem ter produzido efeitos materialmente relevantes pondo em causa a imagem verdadeira e apropriada da informação divulgada.

3 PRINCIPAIS POLÍTICAS CONTABILÍSTICAS

As principais políticas contabilísticas adotadas na preparação destas demonstrações financeiras estão descritas abaixo e foram consistentemente aplicadas.

3.1 Ativos fixos tangíveis

Os ativos fixos tangíveis (Nota 7) são inicialmente registados ao custo de aquisição ou de produção. O custo de aquisição inclui: (i) o preço de compra do ativo, (ii) as despesas diretamente imputáveis à compra, e (iii) os custos estimados de desmantelamento, remoção dos ativos e restauração do local (Notas 3.13 e 23). Após o reconhecimento inicial os ativos fixos tangíveis são mensurados ao custo deduzido de depreciações acumuladas e perdas de imparidade acumuladas, quando aplicável. De acordo com a exceção prevista na NCRF3 - Adoção pela Primeira vez das Normas Contabilísticas de Relato Financeiro, as reavaliações efetuadas aos ativos tangíveis, de acordo com os índices de atualização monetária previstos na legislação portuguesa, em exercícios anteriores a 1 de Janeiro de 2009, foram mantidas, designando-se essas quantias reavaliadas, para efeitos de NCRF, como “custo considerado”.

As depreciações dos ativos tangíveis, deduzidos do seu valor residual, são calculadas de acordo com o método da linha reta (quotas constantes), a partir do mês em que se encontram disponíveis para utilização, durante a vida útil dos ativos, a qual é determinada em função da utilidade esperada. As taxas de depreciação praticadas correspondem, em média, às seguintes vidas úteis estimadas para as diversas classes de ativos:

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A depreciação cessa quando os ativos passam a ser classificados como detidos para venda. Em cada data de relato, a Empresa avalia se existe qualquer indicação de que um ativo possa estar em imparidade. Sempre que existam tais indícios, os ativos fixos tangíveis são sujeitos a testes de imparidade, sendo o excesso da quantia escriturada face à quantia recuperável, caso exista, reconhecido em resultados. A quantia recuperável corresponde ao montante mais elevado entre o justo valor de um ativo menos os custos de o vender e o seu valor de uso. Os ativos fixos tangíveis em curso representam ativos tangíveis ainda em fase de construção/produção, encontrando-se registados ao custo de aquisição ou produção. Estes ativos são depreciados a partir do mês em que se encontrem em condições de ser utilizados nos fins pretendidos. Os encargos com manutenção e reparações de natureza corrente são registados como gastos do período em que são incorridos. As grandes reparações que originem acréscimo de benefícios ou de vida útil esperada são registadas como ativos tangíveis e depreciadas às taxas correspondentes à vida útil esperada. A componente substituída é identificada e abatida. Os ganhos ou perdas decorrentes da alienação de ativos fixos tangíveis, determinadas pela diferença entre o valor de venda e a respetiva quantia registada na data da alienação, são contabilizadas em resultados na rubrica “Outros rendimentos e ganhos “ ou “Outros gastos e perdas”.

3.2 Propriedades de investimento

As propriedades de investimento (Nota 8) compreendem terrenos detidos pela Empresa para uso futuro indeterminado, não se destinando ao uso na produção, a fins administrativos ou à venda no decurso normal da atividade da Empresa. Uma propriedade de investimento é mensurada inicialmente pelo seu custo de aquisição ou produção, incluindo os custos de transação que lhe sejam diretamente atribuíveis. Após o

Edifícios e outras construções 10 – 50Equipamento básico 4 – 10Equipamento de transporte 4 – 7Ferramentas e utensílios 4Equipamento administrativo 3 – 10Outros activos fixos tangíveis 5 – 10

Anos de vida útil

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reconhecimento inicial as propriedades de investimento são mensuradas ao custo deduzido de depreciações e de perdas de imparidade acumuladas, quando aplicável. A política e taxas de depreciação coincidem com as dos ativos fixos tangíveis. A Empresa providencia anualmente avaliações dos ativos classificados como propriedades de investimento para determinar eventuais imparidades. Os custos incorridos relacionados com propriedades de investimento, nomeadamente, manutenções, reparações, seguros e impostos sobre propriedades são reconhecidos como um gasto no período a que se referem. As beneficiações relativamente às quais existem expectativas de que irão gerar benefícios económicos futuros adicionais são capitalizadas.

3.3 Concentração de atividades empresariais e Goodwill

Os investimentos em subsidiárias, entidades conjuntamente controladas e associadas são registados ao custo de aquisição e mensurados subsequentemente pelo método da equivalência patrimonial. De acordo com o método da equivalência patrimonial, as participações financeiras são registadas inicialmente pelo seu custo de aquisição e posteriormente ajustadas em função das alterações verificadas, após a aquisição, na quota-parte da Empresa nos ativos líquidos das correspondentes entidades. Os resultados da Empresa incluem a parte que lhe corresponde nos resultados dessas entidades. As aquisições de subsidiárias e de negócios são registadas utilizando o método da compra. O correspondente custo é determinado como o agregado, na data da aquisição, de: (a) justo valor dos ativos entregues ou a entregar; (b) justo valor de responsabilidades incorridas ou assumidas; e (c) justo valor de instrumentos de capital próprio emitidos pela Empresa em troca da obtenção de controlo sobre a subsidiária. O excesso do custo de aquisição face ao justo valor de ativos, passivos e passivos contingentes identificáveis da adquirida constitui o goodwill (Nota 9), em conformidade com o estabelecido na NCRF 14 – Concentração de Atividades Empresariais. Decorrente da exceção prevista no NCRF 3 – Adoção pela Primeira vez das Normas Contabilísticas e de Relato Financeiro, a Empresa aplicou as disposições da NCRF 14 apenas às aquisições ocorridas posteriormente a 1 de Janeiro de 2009. Os valores de goodwill correspondentes a aquisições anteriores a 1 de Janeiro de 2009 foram mantidos, pelas quantias líquidas apresentadas nessa data. O goodwill não é amortizado sendo o seu valor recuperável avaliado anualmente ou sempre que existam indícios de eventual perda de valor. As eventuais perdas de imparidade determinadas são reconhecidas em gastos do período. O valor recuperável é determinado com base no valor em uso dos ativos, sendo calculado com recurso a metodologias de avaliação, suportadas em técnicas de

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fluxos de caixa descontados, considerando as condições de mercado, o valor temporal e os riscos do negócio. As perdas por imparidade não são revertíveis. Nos casos em que o custo de aquisição seja inferior ao justo valor dos ativos e passivos adquiridos, a diferença apurada é registada como ganho financeiro na Demonstração dos resultados por naturezas do período em que ocorre a aquisição. Na alienação de uma empresa subsidiária, conjuntamente controlada ou associada, o correspondente goodwill é incluído na determinação da mais ou menos valia.

3.4 Ativos intangíveis

Os ativos intangíveis (Nota 10) são inicialmente registados ao custo de aquisição. Após o reconhecimento inicial os ativos intangíveis são mensurados ao custo deduzido das amortizações acumuladas e das perdas de imparidade, quando aplicável. Os ativos intangíveis apenas são reconhecidos quando for provável que deles advenham benefícios económicos futuros para a Empresa e que os mesmos possam ser mensurados com fiabilidade. Os ativos intangíveis, compreendem essencialmente despesas com patentes, software (sempre que este é separável do hardware e esteja associado a projetos em que seja quantificável a geração de benefícios económicos futuros), licenças e outros direitos de uso. Também incluem as despesas de desenvolvimento dos projetos de I&D sempre que se demonstre a intenção e a capacidade técnica para completar esse desenvolvimento, a fim de o mesmo estar disponível para comercialização ou uso. As despesas de investigação, efetuadas na procura de novos conhecimentos técnicos ou científicos ou na busca de soluções alternativas, são reconhecidas em resultados quando incorridas. Os ativos intangíveis são amortizados pelo método da linha reta (quotas constantes), a partir do mês em que se encontram disponíveis para utilização, durante a vida útil estimada, que se situa num período que varia entre 3 e 5 anos. Exceção para os ativos respeitantes a propriedade industrial, que são amortizados durante o período de tempo em que tem lugar a sua utilização exclusiva e, para os ativos intangíveis com vida útil indefinida, que não são objeto de amortização, sendo antes sujeitos a testes de imparidade com uma periodicidade anual, ou então sempre que haja uma indicação de que possam estar em imparidade. Os ganhos ou perdas resultantes da alienação dos ativos intangíveis são determinadas pela diferença entre o preço de venda e a quantia escriturada na data da alienação, sendo registadas na Demonstração dos resultados por naturezas como “Outros rendimentos e ganhos” ou “Outros gastos e perdas”.

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3.5 Participações financeiras

As participações financeiras nas quais a Empresa tem controlo, geralmente representado por mais de metade dos direitos de voto (empresas subsidiárias), nas que exerce influência significativa, geralmente onde a participação se situa entre os 20% e os 50% dos direitos de voto (empresas associadas) ou nas que controla conjuntamente com outras entidades, são registadas no balanço em “Participações financeiras – método da equivalência patrimonial”, ao custo de aquisição e mensurados subsequentemente, pelo método da equivalência patrimonial (Nota 11). De acordo com o método da equivalência patrimonial, as participações financeiras são registadas inicialmente pelo seu custo e posteriormente ajustadas pelo valor correspondente à participação nos resultados líquidos das empresas subsidiárias, conjuntamente controladas ou associadas por contrapartida de “Ganhos/perdas imputados de subsidiárias, associadas e empreendimentos conjuntos”, e por outras variações ocorridas nos seus capitais próprios por contrapartida de “Ajustamentos em ativos financeiros”. As participações financeiras poderão igualmente ser ajustadas pelo reconhecimento de perdas por imparidade. Anualmente ou quando existem indícios de que o ativo possa estar em imparidade, são realizadas avaliações sendo as perdas por imparidade que se demonstrem existir, registadas como gastos na Demonstração dos resultados por naturezas. Os resultados das participadas adquiridas ou vendidas durante o período são incluídos na demonstração de resultados por naturezas desde a data da sua aquisição e até à data da sua alienação. Quando as perdas em empresas subsidiárias ou associadas excedem o investimento efetuado nessas entidades, o valor contabilístico do investimento financeiro é reduzido a zero e o reconhecimento de perdas futuras é descontinuado, exceto na parcela em que a Empresa incorra numa obrigação legal ou construtiva de assumir essas perdas em nome da subsidiária ou associada, caso em que é registada uma Provisão (Nota 23). Os dividendos recebidos de empresas subsidiárias e associadas são registados como uma diminuição do valor das “Participações financeiras – método da equivalência patrimonial”. Os restantes investimentos financeiros encontram-se registados em “Participações financeiras – outros métodos” ao custo de aquisição (Nota 12). Sempre que existam indícios de que o ativo possa estar em imparidade, é efetuada uma avaliação destes investimentos, sendo registada como “Imparidade de investimentos não depreciáveis/ amortizáveis (perdas/ reversões)” a perda por imparidade que se revele existir. Os dividendos recebidos das empresas assim classificadas são registados na demonstração dos resultados por naturezas do período em que é decidida a anunciada a sua distribuição.

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3.6 Transações e saldos em moeda estrangeira

As transações em moeda estrangeira (moeda diferente da moeda funcional da Empresa) são registadas às taxas de câmbio em vigor na data da transação. Os ativos e passivos expressos em moeda estrangeira para os quais não há acordo de fixação de câmbio são convertidos para Euros utilizando-se as taxas de câmbio vigentes na data do balanço. As diferenças de câmbio, favoráveis ou desfavoráveis, originadas pelas diferenças entre as taxas de câmbio em vigor na data das operações e as vigentes na data das cobranças, dos pagamentos ou à data do balanço, são registadas como “Outros rendimentos e ganhos” ou “Outros gastos e perdas” na Demonstração dos resultados por naturezas do período (Notas 31, 35 e 37). As diferenças de câmbio positivas relativas a atividades de financiamento são relevadas na demonstração dos resultados por naturezas como “Juros e rendimentos similares obtidos” e as negativas como “Juros e gastos similares suportados” (Notas 36 e 37). As taxas de câmbio utilizadas na conversão das demonstrações financeiras em moeda estrangeira foram as seguintes (X de moeda estrangeira por 1 Euro):

3.7 Imparidade de ativos tangíveis e intangíveis, exceto goodwill

A Empresa efetua avaliações de imparidade dos seus ativos fixos tangíveis e intangíveis sempre que ocorre algum evento ou alteração que indique que o montante pelo qual o ativo se encontra registado possa não ser recuperado. Em caso da existência de tais indícios, a Empresa procede à determinação do valor recuperável do ativo, de modo a determinar a extensão da perda por imparidade. Quando não é possível determinar a quantia recuperável de um ativo individual, é estimada a quantia recuperável da unidade geradora de caixa a que esse ativo pertence. A quantia recuperável do ativo ou da unidade geradora de caixa consiste no maior de entre (i) o justo valor deduzido de custos para vender e (ii) o valor de uso. O justo valor é o valor que se obteria com a alienação do ativo numa transação entre entidades independentes e conhecedoras. O valor de uso decorre dos fluxos de caixa futuros estimados e descontados do ativo durante a vida útil esperada. A taxa de desconto utilizada na atualização dos fluxos de caixa descontados reflete o valor atual do capital e o risco específico do ativo. Sempre que a quantia escriturada do ativo ou da unidade geradora de caixa seja superior à sua quantia recuperável, é reconhecida uma perda por imparidade. A perda por imparidade é registada

Fecho Médio Fecho Médio

Metical de Moçambique (MZM) 39,24000 36,56000 34,96000 40,27833Dólar dos USA (USD) 1,31940 1,31990 1,29390 1,39200Direitos de saque especial (DTS) 1,16583 1,17373 1,18654 1,13482

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na Demonstração dos resultados por naturezas do período a que se refere, na rubrica de “Imparidade de investimentos depreciáveis/ amortizáveis (perdas/reversões)” (Nota 9). A reversão de perdas por imparidade reconhecidas em períodos anteriores é registada quando há evidências de que as perdas por imparidade reconhecidas já não existem ou diminuíram, sendo reconhecida na demonstração de resultados como dedução à rubrica “Imparidade de investimentos depreciáveis/ amortizáveis (perdas/reversões)”. Contudo, a reversão da perda por imparidade é efetuada até ao limite da quantia que estaria reconhecida (líquida de depreciações ou amortizações) caso a perda por imparidade não tivesse sido registada em anos anteriores, e é reconhecida como um rendimento na demonstração de resultados.

3.8 Instrumentos financeiros

Um instrumento financeiro é um contrato que dá origem a um ativo financeiro numa entidade e a um passivo financeiro ou instrumento de capital próprio noutra entidade. Os ativos e os passivos financeiros são reconhecidos no balanço quando a Empresa se torna parte das correspondentes disposições contratuais. Um ativo financeiro é qualquer ativo que seja dinheiro ou um direito contratual de receber dinheiro. Um passivo financeiro é qualquer passivo que se consubstancie numa obrigação contratual de entregar dinheiro. Os ativos financeiros e instrumento de capital da Empresa são basicamente os Clientes e outras contas a receber, Caixa e equivalentes de caixa. Os passivos financeiros são fundamentalmente os Financiamentos obtidos e os Fornecedores e outras contas a pagar. Os ativos e passivos financeiros encontram-se mensurados na data do relato financeiro ao custo ou ao custo amortizado subtraído da perda por imparidade, sendo o custo amortizado determinado através do método do juro efetivo. O juro efetivo é calculado através da taxa que desconta exatamente os pagamentos ou recebimentos futuros estimados durante a vida esperada do instrumento financeiro na quantia líquida escriturada do ativo ou passivo financeiro. Por instrumento de capital próprio entende-se um qualquer contrato que evidencie um interesse nos ativos da Empresa após a subtração de todos os passivos. Os instrumentos de capital próprio são basicamente as ações/ quotas da empresa e prestações suplementares e acessórias, sempre que cumpram o conceito de instrumento de capital próprio. Clientes e outras contas a receber Os saldos de clientes e de outros devedores constituem as contas a receber por serviços prestados pela Empresa no decurso normal da sua atividade (Nota 15). Se é expectável que a sua cobrança ocorra dentro de um ano ou menos, são classificadas como ativo corrente. Caso contrário são classificadas como ativo não corrente. As contas a receber classificadas como ativo corrente não têm implícito juro e são apresentadas pelo respetivo valor nominal, deduzidas de perdas de realização estimadas (perdas por imparidade),

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calculadas essencialmente com base na antiguidade das contas a receber. As perdas por imparidade identificadas são registadas por contrapartida de resultados, sendo subsequentemente revertidas por resultados caso se verifique uma redução do montante da perda estimada, num período posterior. As contas a receber classificadas como ativo não corrente são mensuradas pelo respetivo custo amortizado, determinado de acordo com o método da taxa de juro efetiva. Quando existe evidência de que as mesmas se encontram em imparidade, procede-se ao registo da correspondente perda em resultados. O seu desreconhecimento só ocorre quando expiram os direitos contratuais. Caixa e equivalentes a caixa Os montantes incluídos nas rubricas de caixa e seus equivalentes correspondem aos valores de caixa, depósitos à ordem, depósitos a prazo e outras aplicações de tesouraria que possam ser imediatamente mobilizáveis com risco insignificante de alteração de valor. Se o seu vencimento for inferior a 12 meses, são reconhecidos no ativo corrente; caso contrário, e ainda quando existam limitações à sua disponibilidade ou movimentação, são reconhecidos no ativo não corrente. Estes ativos são mensurados ao custo amortizado. Usualmente, o seu custo amortizado não difere do seu valor nominal. Para efeitos da demonstração dos fluxos de caixa, a rubrica de “Caixa e seus equivalentes” é deduzida dos descobertos bancários incluídos no balanço na rubrica de “Financiamentos obtidos” (Nota 4). Financiamentos obtidos Os financiamentos (Nota 25) são registados ao custo ou ao custo amortizado. O custo amortizado é determinado através do método do juro efetivo. São expressos no passivo corrente ou não corrente, dependendo do seu vencimento ocorrer a menos ou mais de um ano, respetivamente. O seu desreconhecimento só ocorre quando cessam as obrigações decorrentes dos contratos, designadamente quando tenha havido lugar a liquidação, cancelamento ou expiração.

Os encargos financeiros são calculados de acordo com a taxa de juro efetiva e, contabilizados em resultados de acordo com o princípio da especialização dos exercícios, encontrando-se os montantes vencidos e não liquidados à data do balanço, classificados na rubrica de “Outras contas a pagar” (Nota 27). Fornecedores e outras contas a pagar Os saldos de fornecedores e outros credores (Nota 27) são responsabilidades respeitantes à aquisição de mercadorias ou serviços pela Empresa no decurso normal das suas atividades. Se o pagamento for devido dentro de um ano ou menos são classificadas como passivo corrente. Caso contrário, são classificadas como passivo não corrente.

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As contas a pagar classificadas como passivo corrente são registadas pelo seu valor nominal. As contas a pagar classificadas como passivo não corrente, para as quais não exista uma obrigação contratual pelo pagamento de juros, são mensuradas pelo respetivo custo amortizado, determinado de acordo com o método da taxa de juro efetiva. O seu desreconhecimento só ocorre quando cessam as obrigações decorrentes dos contratos, designadamente quando tiver havido lugar a liquidação, cancelamento ou expiração. Instrumentos de capital próprio Um instrumento de capital próprio só é reconhecido quando é emitido e subscrito. Se um instrumento de capital próprio for emitido, subscrito e se os recursos não forem proporcionados, a quantia a receber é relevada como dedução ao capital próprio. Caso a empresa adquira ou readquira os seus próprios instrumentos de capital próprio, estes instrumentos são reconhecidos como dedução ao capital próprio. Os custos com a emissão de novas ações são reconhecidos diretamente em capital como dedução ao valor do encaixe. Os custos com uma emissão de capital próprio que não se concluiu são reconhecidos como gasto.

3.9 Inventários

As mercadorias e as matérias-primas, subsidiárias e de consumo (Nota 14) encontram-se valorizadas ao custo de aquisição, incluindo os custos incorridos para colocar os inventários no seu local e em condições de utilização. O método de valorização das saídas de armazém é o custo médio ponderado. O sistema de inventário utilizado na Empresa é o sistema de inventário permanente. Sempre que se verifica que a antiguidade dos inventários é significativa, procede-se à redução da quantia registada, mediante o reconhecimento de uma perda por imparidade.

3.10 Ativos não correntes detidos para venda e operações descontinuadas

Os ativos não correntes, nomeadamente ativos fixos tangíveis e participações de capital, são classificados como detidos para venda (Nota 17) se o respetivo valor for realizável através de uma venda e não através do seu uso continuado. Considera-se que esta situação se verifica apenas quando: (i) a venda, seja muito provável e o ativo esteja disponível para venda imediata nas suas atuais condições; (ii) a Empresa tenha assumido um compromisso de vender; e (iii) seja expectável que a venda se concretize num período de 12 meses.

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Os ativos não correntes classificados como detidos para venda são mensurados ao menor de entre a sua quantia escriturada antes desta classificação e o seu justo valor, deduzido dos custos expectáveis com a sua venda. Quando o justo valor é inferior à quantia escriturada, a diferença é reconhecida em “Imparidade de investimentos depreciáveis/ amortizáveis (perdas/reversões)”. Os ativos não correntes detidos para venda são apresentados em linha própria no balanço. Os ativos não correntes detidos para venda não são, em qualquer caso, objeto de depreciação ou amortização. Quando a Empresa está comprometida com um plano de venda de uma subsidiária que envolva a perda de controlo sobre a mesma, todos os ativos e passivos dessa subsidiária são classificados como detidos para venda, desde que cumpram os requisitos referidos anteriormente, ainda que a Empresa retenha algum interesse minoritário na subsidiária após a venda. Caso um ativo deixe de cumprir os requisitos para ser classificado como detido para venda, esta classificação deve cessar e o seu valor deve passar a ser o mais baixo entre: (i) a quantia escriturada antes da classificação como detido para venda, ajustado por qualquer depreciação ou amortização que teria sido efetuada caso não tivesse sido classificado como tal; e, (ii) a quantia recuperável à data da decisão posterior de não vender. Qualquer ajustamento é reconhecido em resultados. Uma operação descontinuada é uma componente da Empresa que tenha sido alienada ou esteja classificada para venda, e (i) represente uma importante linha de negócios separada ou uma área geográfica operacional, ou (ii) seja parte integrante de um único plano coordenado para alienar uma importante linha de negócios separada ou uma área geográfica operacional. Os resultados das operações descontinuadas são apresentados, em linha própria na demonstração dos resultados por naturezas, a seguir ao Imposto sobre o rendimento e antes do Resultado líquido.

3.11 Resultados por ação

Os resultados por ação (Nota 22) são calculados dividindo o lucro atribuível aos acionistas pelo número ponderado de ações ordinárias em circulação durante o período.

3.12 Distribuição de dividendos

A distribuição de dividendos, quando aprovada em Assembleia Geral da Empresa e enquanto não pagos ao acionista, é reconhecida como um passivo (nota 21).

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3.13 Provisões e passivos contingentes

São reconhecidas provisões (Nota 23) quando, cumulativamente: (i) a Empresa tem uma obrigação presente (legal ou implícita) resultante dum acontecimento passado, (ii) seja provável que o seu pagamento venha a ser exigido e (iii) exista uma estimativa fiável da quantia da obrigação. O montante das provisões corresponde ao valor presente da obrigação, sendo a atualização financeira registada como custo financeiro na rubrica de “Juros e gastos similares suportados” (Nota 36). As provisões são revistas na data de cada balanço e são ajustadas de modo a refletir a melhor estimativa a essa data. Quando as perdas em empresas subsidiárias ou associadas excedem o investimento efetuado nessas entidades, o valor contabilístico do investimento financeiro é reduzido a zero e o reconhecimento de perdas futuras é descontinuado, exceto na parcela em que a Empresa incorra numa obrigação legal ou construtiva de assumir essas perdas em nome da subsidiária ou associada, caso em que é registada uma Provisão para participações financeiras. São constituídas provisões para reestruturação sempre que um plano formal detalhado de reestruturação tenha sido aprovado pela Empresa e este tenha sido iniciado ou divulgado publicamente. São constituídas provisões para os custos de desmantelamento, remoção do ativo e restauração do local de certos ativos, quando esses ativos começam a ser utilizados e seja possível estimar a respetiva obrigação com fiabilidade, ou quando existe o compromisso contratual de reposição de espaços alugados por terceiros. Quando alguma das condições para o reconhecimento de provisões não é preenchida, a Empresa procede à divulgação dos eventos como passivo contingente (Nota 23). Os passivos contingentes são: (i) obrigações possíveis que surjam de acontecimentos passados e cuja existência somente será confirmada pela ocorrência, ou não, de um ou mais acontecimentos futuros, incertos e não totalmente sob o seu controlo, ou (ii) obrigações presentes que surjam de acontecimentos passados mas que não são reconhecidas porque não é provável que uma saída de recursos que incorpore benefícios económicos seja necessária para liquidar a obrigação, ou a quantia da obrigação não possa ser mensurada com suficiente fiabilidade. Os passivos contingentes são divulgados, a menos que seja remota a possibilidade de uma saída de recursos.

3.14 Locações

A classificação das locações como financeiras ou operacionais é efetuada em função da substância e não da forma do contrato. As locações são classificadas como financeiras sempre que nos seus termos ocorra a transferência substancial, para o locatário, de todos os riscos e vantagens

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associados à propriedade do bem (Nota 25). As restantes locações são classificadas como operacionais (Nota 24). Os ativos tangíveis adquiridos mediante contratos de locação financeira, bem como as correspondentes responsabilidades para com o locador, são registados no balanço no início da locação pelo menor de entre o justo valor dos ativos e o valor presente dos pagamentos mínimos da locação. A taxa de desconto a utilizar deverá ser a taxa implícita na locação. Caso esta não seja conhecida deverá ser utilizada a taxa de financiamento da Empresa para aquele tipo de investimentos. A política de depreciação destes ativos segue as regras aplicáveis aos ativos tangíveis propriedade da Empresa. Os juros incluídos no valor das rendas e as amortizações do ativo fixo tangível são reconhecidos na Demonstração dos resultados por naturezas do período a que respeitam. Nas locações operacionais as rendas devidas são reconhecidas como gasto na Demonstração dos resultados por naturezas, durante o período da locação (Nota 32).

3.15 Benefícios aos empregados

Pensões de aposentação do pessoal subscritor da Caixa Geral de Aposentações (“CGA”) Pelo Decreto-lei 36610, de 24 de Novembro de 1947, foi transferida a responsabilidade pelos encargos com as respetivas pensões de aposentação, da C.G.A. para a Administração Geral dos Correios Telégrafos e Telefones, desacompanhada, contudo, da transmissão das correspondentes reservas matemáticas. Em 1969, o Decreto-lei 49368, de 10 de Novembro, que criou os CTT – Correios e Telecomunicações de Portugal E.P, determinou que o pagamento das pensões pela empresa, deveria ser efetuado, diretamente ou através de fundo, o qual viria a ser constituído, sob o nome de Fundo de Pensões do Pessoal dos CTT, em 31 de dezembro de 1988. O Decreto-lei 87/92, de 14 de Maio, que transformou a empresa CTT em sociedade anónima, manteve a obrigação da empresa assegurar a manutenção do Fundo de Pensões do Pessoal dos CTT, subscritor da C.G.A., através de contribuições destinadas a financiar estas responsabilidades. No exercício de 1998, a Empresa veio a adotar as disposições da Diretriz Contabilística nº 19, de 21 de Maio de 1997, emitida pela Comissão de Normalização Contabilística, passando, a partir daí, a registar o valor destas responsabilidades no balanço. Com o Decreto-Lei 246/2003, de 08 de Outubro, os CTT viram a sua responsabilidade com o encargo das pensões de aposentação do pessoal dos CTT, subscritores da C.G.A., já aposentados ou no ativo, transferida para esta última entidade, com efeitos a 01 de Janeiro de 2003. O referido Decreto viria, ainda, a extinguir o Fundo de Pensões do Pessoal dos CTT e a determinar a transferência para a C.G.A, do valor do respetivo património do Fundo de Pensões, constituído pelo conjunto dos ativos

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na titularidade do mesmo, existentes a 01 de Janeiro de 2003, acrescido dos respetivos rendimentos e incrementados de valor até à data da sua efetiva entrega em dezembro de 2003. Benefícios pós-emprego - cuidados de saúde Os trabalhadores subscritores da C.G.A. e os trabalhadores beneficiários da Segurança Social (“S.S.”), (admitidos no quadro efetivo da Empresa após 19 de Maio de 1992 e até 31 de dezembro de 2009), podem usufruir dos benefícios, no âmbito dos cuidados de saúde, previstos no Regulamento das Obras Sociais dos CTT. Tais benefícios são extensíveis a todos os trabalhadores efetivos da empresa, quer se encontrem no ativo, quer na situação de aposentação, pré-reforma ou reforma. Os trabalhadores admitidos na empresa após 31 de dezembro de 2009, apenas poderão usufruir dos benefícios previstos no Regulamento das Obras Sociais enquanto se mantiverem vinculados à Empresa por um contrato individual de trabalho, não lhe assistindo tal direito na aposentação, pré-reforma ou reforma. Os benefícios com cuidados de saúde respeitam, nomeadamente, à comparticipação no custo dos medicamentos, dos serviços médico-cirúrgicos, de enfermagem e de meios auxiliares de diagnóstico e dos serviços hospitalares, conforme estabelecido no Regulamento das Obras Sociais dos CTT. O financiamento do plano de cuidados de saúde na situação de pós-emprego é garantido na sua maior parte pela Empresa, sendo o restante coberto pelas quotas pagas pelos beneficiários. A manutenção dos benefícios do plano de cuidados de saúde no período pós-emprego implica o pagamento por parte dos beneficiários titulares (aposentados e reformados) de uma quota correspondente a 1,5 % da pensão. Por cada familiar inscrito é também paga uma quota de 1,5 % ou 2 % da pensão, dependendo a percentagem do montante desta. Em determinadas situações especiais poderá haver isenção do pagamento de quota quer para titulares quer para familiares, nomeadamente nos casos de pensões inferiores à Remuneração Mínima Nacional ou em situações especiais de carência económica. A Empresa adota como política contabilística para o reconhecimento das suas responsabilidades pelo pagamento das prestações de cuidados de saúde pós-emprego, os critérios consagrados na NCRF 28 – Benefícios dos Empregados, com utilização nomeadamente do método de custeio atuarial “Unidade de crédito projetada” (Nota 26). Para obtenção da estimativa do valor das responsabilidades (Valor presente da obrigação de benefício definido) e do gasto a reconhecer em cada período, é feito anualmente um estudo atuarial, elaborado por entidade independente de acordo com pressupostos considerados apropriados e razoáveis. O “Valor presente da obrigação de benefício definido” é registado no passivo na rubrica de “Benefícios aos empregados”. Em 31 de dezembro de 2012, os CTT, S.A. optaram pela adoção antecipada das alterações constantes na IAS 19, pelo que os ganhos e perdas atuariais são

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reconhecidos, na totalidade, nos capitais próprios, inversamente ao procedimento que ocorria em anteriores exercícios económicos, em que eram diferidos e amortizados pelo período médio estimado de serviço futuro dos trabalhadores até à idade de aposentação. A gestão do plano de cuidados de saúde é assegurada pela IOS – Instituto das Obras Sociais que por sua vez contratou a Portugal Telecom – Associação de Cuidados de Saúde (“PT-ACS”), para prestação dos serviços de assistência médica. Outros benefícios de longo prazo Existe ainda um conjunto de obrigações construtivas assumidas pelos CTT perante alguns grupos de trabalhadores (Nota 26), nomeadamente: - Suspensão de contratos, recolocação, contratos de pré-reforma e libertação de postos de trabalho As responsabilidades pelo pagamento de salários a trabalhadores nas situações supra referidas ou equivalentes, são contabilizadas, na totalidade, no momento de passagem do trabalhador para aqueles regimes. - Taxa de assinatura telefónica Trata-se de uma obrigação assumida pelos CTT de pagamento vitalício a um grupo fechado de trabalhadores aposentados e cônjuges sobrevivos (8.117 beneficiários em 31 de dezembro de 2012 e 8.471 beneficiários em 31 de dezembro de 2011), da taxa de assinatura telefónica no montante de 15,30 Euros mensais.

- Pensões por acidentes de serviço As responsabilidades com o pagamento de pensões por acidentes em serviço, restringe-se aos trabalhadores subscritores da C.G.A. A Empresa suporta igualmente as demais responsabilidades decorrentes dos acidentes de serviço destes trabalhadores. De acordo com a legislação em vigor, no que diz respeito aos trabalhadores subscritores da C.G.A, são da responsabilidade dos CTT os encargos com pensões que tiverem sido atribuídas a título de reparação de danos resultantes de acidentes em serviço, e dos quais tenha resultado a incapacidade permanente ou morte do trabalhador. O valor destas pensões é atualizado por diploma legal. Acresce que, no que respeita aos trabalhadores da C.G.A, o empregador não se encontra obrigado a transferir a sua responsabilidade pela reparação dos acidentes de serviço para entidade legalmente autorizada. Em 31 de dezembro de 2012 e 31 de dezembro de 2011 havia 66 e 67 beneficiários, respetivamente, a receber este tipo de pensão. - Subsídio mensal vitalício Constitui um subsídio previsto no regime jurídico das prestações familiares do D.L. nº 133-B/97 de 30 de Maio, retificado pela Declaração de retificação nº 15-F/97, de 30.09, alterado pelos D.L. nº

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248/99, de 02 de Julho, 341/99 de 25 de Agosto, 250/2001 de 21 de Setembro e 176/2003, de 02 de Agosto. São beneficiários os trabalhadores no ativo ou aposentados, que tenham descendentes, maiores de 24 anos, portadores de deficiência de natureza física, orgânica, sensorial, motora ou mental, que se encontrem em situação que os impossibilite de proverem normalmente à sua subsistência pelo exercício de atividade profissional. No caso de se tratar de beneficiários subscritores da CGA, o encargo com o subsídio é da responsabilidade dos CTT. Em 31 de dezembro de 2012 havia 51 beneficiários nestas condições, (49 beneficiários em 31 de dezembro de 2011), a receber um valor mensal de 176,76 Euro, 12 meses por ano. Este valor é atualizado por Portaria dos Ministérios das Finanças e da Solidariedade e da Segurança Social. - Apoio por cessação da atividade profissional Este benefício é concedido aos trabalhadores que se aposentem, com pelo menos 5 anos de antiguidade na empresa. O seu montante depende da antiguidade à data da aposentação. Em 31 de dezembro de 2012 a tabela em vigor estabelecia um valor máximo de 1.847,16 Euros para 36 ou mais anos de antiguidade. Em 2012 o Conselho de Administração dos CTT deliberou descontinuar a compensação que era atribuída aos trabalhadores que atingiram o termo da sua vida ativa ao serviço da empresa CTT, S.A.. Deliberou igualmente que, nas situações de desligação e reforma que venham a ocorrer na sequência dos pedidos de aposentação e de reforma já apresentados ou que venham a sê-lo até ao dia 31 de Março de 2013 a manutenção do referido benefício (nota26). As responsabilidades da empresa com os “Outros benefícios de longo prazo” são determinadas anualmente, com base em estudos atuariais, elaborados por entidade independente, de acordo com métodos e pressupostos atuariais considerados apropriados e razoáveis, sendo os valores determinados registados na rubrica do passivo “Benefícios aos empregados”. Os principais pressupostos financeiros e demográficos utilizados no cálculo destas responsabilidades nomeadamente taxa de desconto, taxas de mortalidade e invalidez são os mesmos que os utilizados na avaliação atuarial do plano de cuidados de saúde dos CTT.

3.16 Rédito

O rédito relativo a vendas, prestações de serviços, royalties, juros e dividendos (provenientes de investimentos não contabilizados pelo método da equivalência patrimonial), decorrentes da atividade ordinária da Empresa, é mensurado pelo justo valor da contraprestação recebida ou a receber, entendendo-se como tal o que é livremente fixado entre as partes contratantes numa base de independência, sendo que, relativamente às vendas e prestações de serviços, o justo valor reflete eventuais descontos concedidos e não inclui o Imposto sobre o Valor Acrescentado (Notas 30, 31 e 36). O reconhecimento de um rédito exige que (i) seja provável que os benefícios económicos associados com a transação fluam para a Empresa, (ii) o montante do rédito possa ser fiavelmente mensurado, (iii) os custos incorridos ou a incorrer com a transação também possam ser mensurados com fiabilidade e, (iv) que a fase de acabamento da prestação de serviços/ transação possa ser

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mensurada com fiabilidade, no caso da prestação de serviços/transação ser reconhecida com base na percentagem de acabamento. O rédito relativo às vendas de produtos de merchandising e afetas ao negócio postal é reconhecido no momento em que os riscos e vantagens inerentes ao produto são transferidos para o comprador, o que normalmente ocorre no momento da transação. O rédito relativo à prestação de serviços postais é reconhecido no momento em que o cliente solicita o serviço, uma vez que os CTT não têm informação que permita estimar com fiabilidade o montante relativo a entregas não efetuadas na data do balanço, embora se entenda que o mesmo não é materialmente relevante visto que a data de solicitação do serviço não difere significativamente da data da sua prestação. As comissões por cobranças efetuadas e por venda de produtos financeiros são reconhecidas na data da prestação de contas com o cliente. O rédito relativo às recargas de serviços de telecomunicações móveis pré-pagos é diferido, e reconhecido em resultados em função do tráfego efetuado pelo cliente, no período em que a prestação de serviços é efetuada. O rédito relativo a serviços postais internacionais, bem como os custos correspondentes, é estimado com base em sondagens e índices acordados com as administrações postais homólogas e registados em contas provisórias, no mês em que o tráfego ocorre. As diferenças, que normalmente não são significativas, entre os valores assim estimados, e as contas definitivas, apuradas por acordo com aquelas administrações, são reconhecidas em resultados quando as contas passam a definitivas. O rédito proveniente de royalties é reconhecido segundo o regime de acréscimo de acordo com a substância dos correspondentes contratos, desde que seja provável que benefícios económicos fluam para a Empresa e o seu montante possa ser mensurado com fiabilidade. O rédito de juros é reconhecido utilizando o método do juro efetivo, desde que seja provável que benefícios económicos fluam para a Empresa e o seu montante possa ser mensurado com fiabilidade. O rédito de dividendos, provenientes de investimentos não contabilizados pelo método da equivalência patrimonial, é reconhecido quando for estabelecido o direito da Empresa receber o pagamento, que regra geral ocorre com a deliberação dos sócios da participada.

3.17 Subsídios obtidos

Os subsídios são reconhecidos quando exista uma garantia razoável de que irão ser recebidos e que a Empresa irá cumprir com as condições exigidas para a sua concessão (Nota 29).

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Os subsídios ao investimento associados à aquisição ou produção de ativos fixos tangíveis ou ativos intangíveis são reconhecidos inicialmente no capital próprio (Nota 20), sendo posteriormente reconhecidos na Demonstração de resultados por naturezas numa base sistemática como rendimentos do período (Nota 31), de forma consistente e proporcional às depreciações dos bens a cuja aquisição de destinaram. Caso os subsídios respeitem a ativos não depreciáveis ou com vida útil indefinida, as quantias serão mantidas em capital próprio, exceto se forem necessárias para compensar qualquer perda por imparidade. Os subsídios à exploração, nomeadamente para formação de colaboradores, são reconhecidos na Demonstração de resultados por naturezas como rendimentos durante os períodos necessários para os balancear com os gastos incorridos (Nota 31).

3.18 Encargos financeiros com empréstimos obtidos

Os encargos financeiros relacionados com empréstimos obtidos são reconhecidos como gastos no período em que são incorridos (Nota 36). Exceção para os juros que são capitalizados quando os empréstimos são diretamente atribuíveis à aquisição ou construção de um ativo que requeira um período substancial de tempo (superior a um ano) para atingir a sua condição de uso.

3.19 Impostos

Imposto sobre o rendimento (“IRC”)

A Empresa encontra-se abrangida pelo Regime especial de tributação dos grupos de sociedades que engloba todas as empresas em que os CTT participam, direta ou indiretamente, em pelo menos 90% do respetivo capital social e que simultaneamente sejam residentes em Portugal e tributadas em sede IRC, pelo que a estimativa de imposto sobre o rendimento e as retenções efetuadas por terceiros são registadas no balanço como contas a pagar e a receber dos CTT. O imposto sobre o rendimento (Nota 38) corresponde à soma dos impostos correntes com os impostos diferidos. Os impostos correntes e os impostos diferidos são registados em resultados, salvo quando se relacionam com itens registados diretamente no capital próprio. Nestes casos os impostos correntes e os impostos diferidos são igualmente registados no capital próprio. O imposto corrente a pagar é baseado no lucro tributável do período calculado de acordo com as leis fiscais vigentes à data do balanço. O lucro tributável difere do resultado contabilístico, uma vez que exclui diversos gastos e rendimentos que apenas serão dedutíveis ou tributáveis noutros exercícios, bem como gastos e rendimentos que nunca serão dedutíveis ou tributáveis. Os impostos diferidos referem-se às diferenças temporárias entre os montantes dos ativos e passivos para efeitos de relato contabilístico e os respetivos montantes para efeitos de tributação.

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São geralmente reconhecidos passivos por impostos diferidos para todas as diferenças temporárias tributáveis. São reconhecidos ativos por impostos diferidos para as diferenças temporárias dedutíveis. Porém tal reconhecimento unicamente se verifica quando existem expectativas razoáveis de lucros fiscais futuros suficientes para utilizar esses ativos por impostos diferidos, ou quando existam impostos diferidos passivos cuja reversão seja expectável no mesmo período em que os impostos diferidos ativos possam ser utilizados. Em cada data de relato é efetuada uma revisão desses ativos por impostos diferidos, sendo os mesmos ajustados em função das expectativas quanto à sua utilização futura. Os ativos e os passivos por impostos diferidos são mensurados utilizando as taxas de tributação que se espera estarem em vigor à data da reversão das correspondentes diferenças temporárias, com base nas taxas de tributação (e legislação fiscal) que esteja formal ou substancialmente emitida na data de relato. As declarações de rendimentos para efeitos fiscais são passíveis de revisão e correção pela Administração Tributária durante um período de quatro anos. As declarações posteriores ao ano de 2010 poderão vir a ser corrigidas, não sendo expectável, que das eventuais correções venha a decorrer um efeito significativo nestas demonstrações financeiras. Contudo, este prazo poderá ser prolongado ou suspenso desde que tenham sido obtidos benefícios fiscais, estejam em curso inspeções, reclamações ou impugnações, ou se tiver havido prejuízos fiscais, situação em que, durante um período de seis anos após a sua ocorrência, relativamente a períodos anteriores a 2010, de quatro anos relativamente a 2011 e de cinco anos relativamente aos períodos posteriores, não são suscetíveis de dedução aos lucros tributáveis que venham a ser gerados. Imposto sobre o valor acrescentado (“IVA”) Para efeito de IVA os CTT encontram-se enquadrados no regime normal de periodicidade mensal de acordo com o disposto na alínea a) do nº. 1 do art.º. 40º. do Código do IVA, praticando no âmbito da sua atividade operações isentas, enquadráveis no art.º 9.º. do Código do IVA e outras sujeitas e não isentas, razão pela qual utiliza para efeitos de apuramento de IVA o método da afetação real e o método do prorata.

3.20 Regime do acréscimo

Os rendimentos e os gastos são registados de acordo com o regime do acréscimo, pelo que são reconhecidos à medida que são gerados ou incorridos, independentemente do momento em que são recebidos ou pagos. Os rendimentos e os gastos reconhecidos na demonstração de resultados por naturezas que ainda não tenham sido faturados ou cuja fatura de aquisição ainda não tenha sido rececionada são registados por contrapartida de “Devedores por acréscimos de rendimentos” ou de ” Credores por acréscimos de gastos” relevados nas rubricas de balanço de “Outras contas a receber” e “Outras contas a pagar”, respetivamente (Notas 15 e 27). Os rendimentos recebidos e os gastos pagos

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antecipadamente são registados por contrapartida das rubricas de “Diferimentos” do passivo e do ativo, respetivamente (Nota 16).

3.21 Julgamentos e estimativas

Na preparação das demonstrações financeiras de acordo com as NCRF foram utilizadas julgamentos e estimativas que afetam as quantias reportadas de ativos e passivos, assim como as quantias reportadas de rendimentos e gastos durante o período de reporte. As estimativas e pressupostos são determinadas com base no melhor conhecimento existente à data de preparação das demonstrações financeiras e na experiência de eventos passados e/ou correntes considerando determinados pressupostos relativos a eventos futuros. No entanto, poderão ocorrer situações em períodos subsequentes que, não sendo previsíveis à data de aprovação das demonstrações financeiras, não foram consideradas nessas estimativas. As alterações às estimativas que ocorram posteriormente à data das demonstrações financeiras serão corrigidas de forma prospetiva. Por este motivo e dado o grau de incerteza associado, os resultados reais das situações em questão poderão diferir das correspondentes estimativas. Os principais juízos de valor e estimativas efetuadas na preparação das demonstrações financeiras ocorrem nas seguintes áreas: (i) Ativos fixos tangíveis e intangíveis/ estimativas de vidas úteis (nota 3.1/nota 7/nota 10) As depreciações são calculadas sobre o custo de aquisição sendo utilizado o método das quotas constantes, a partir do mês em que o ativo se encontra disponível para utilização. As taxas de depreciação praticadas refletem o melhor conhecimento sobre a sua vida útil estimada. Os valores residuais dos ativos e as respetivas vidas úteis são revistos e ajustados, quando se afigura necessário. (ii) Imparidade do Goodwill (nota 9) A Empresa testa o goodwill, pelo menos anualmente, com o objetivo de verificar se o mesmo está em imparidade, de acordo com a política contabilística indicada na Nota 3.3. Os valores recuperáveis das unidades geradoras de caixa são determinados com base no cálculo de valores de uso envolvendo os mesmos julgamentos, residindo substancialmente na análise da Gestão baseada na experiência passada, bem como nas expectativas futuras de evolução da respetiva atividade. Na avaliação subjacente aos cálculos efetuados são utilizados pressupostos baseados na informação disponível quer do negócio, quer do enquadramento macro -económico. A identificação de indicadores de imparidade e a estimativa de fluxos de caixa futuros requerem julgamentos significativos. As variações destes pressupostos poderão ter impactos ao nível dos resultados e no consequente registo de imparidades. (iii) Imparidade de clientes e outras contas a receber (nota 5) As perdas por imparidade relativas a créditos de cobrança duvidosa são baseadas na avaliação que a Empresa faz da probabilidade de recuperação dos saldos de clientes ou de outras contas a

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receber. Esta avaliação é efetuada em função do tempo de incumprimento, do histórico de crédito do cliente e outros devedores e da deterioração da situação creditícia dos principais clientes e outros devedores. Caso as condições financeiras dos clientes se deteriorem, as perdas de imparidade poderão ser superiores ao esperado. (iv) Impostos diferidos (nota 38) O reconhecimento de impostos diferidos pressupõe a existência de resultados e matéria coletável futura. Os impostos diferidos ativos e passivos foram determinados com base na legislação fiscal atualmente em vigor, ou em legislação já publicada para aplicação futura. Alterações na legislação fiscal podem influenciar o valor dos impostos diferidos. (v) Benefícios aos empregados (nota 3.15/nota 26) A determinação das responsabilidades com o pagamento de benefícios pós-emprego, nomeadamente com cuidados de saúde, requer a utilização de pressupostos e estimativas, incluindo a utilização de projeções atuariais, taxas de desconto e outros fatores que podem ter impacto nos gastos e nas responsabilidades com estes benefícios. Quaisquer alterações nos pressupostos utilizados, os quais estão descritos na Nota 26, terão impacto no valor contabilístico das responsabilidades. Os CTT têm como política rever periodicamente os principais pressupostos atuariais, caso o seu impacto seja material nas demonstrações financeiras. (vi) Provisões (nota 3.13/ nota 23) A Empresa exerce julgamento considerável na mensuração e reconhecimento de provisões. O julgamento é necessário de forma a aferir a probabilidade que um contencioso tem de ser bem sucedido. As provisões são constituídas quando a Empresa espera que processos em curso irão originar a saída de fluxos, a perda seja provável e possa ser razoavelmente estimada. Devido às incertezas inerentes ao processo de avaliação, as perdas reais poderão ser diferentes das originalmente estimadas na provisão. Estas estimativas estão sujeitas a alterações à medida que nova informação fica disponível. Revisões às estimativas destas perdas podem afetar os resultados futuros.

3.22 Matérias ambientais

A Empresa tem a obrigação legal de evitar, reduzir ou reparar danos de carácter ambiental decorrentes das suas atividades, podendo incorrer em dispêndios para assegurar o integral cumprimento das suas obrigações (Nota 40). Contudo, a atividade da Empresa é de natureza essencialmente não industrial, sendo relativamente reduzida a incorporação de inputs materiais nos seus processo de prestação de serviços, sendo a sua pegada ecológica direta limitada. Uma análise comparativa empírica permite estimar que o peso dos impactes ambientais da atividade da Empresa é em termos relativos, bastante inferior ao seu contributo para geração de valor no tecido económico e social nacional.

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Em termos de política ambiental a Empresa pretende ter cobertos e dominados todos os aspetos da conformidade legal, tendo assumido compromissos em termos da melhoria continuada do desempenho ambiental em que se destaca:

(i) Prevenção da poluição, (ii) Cumprimento da legislação, (iii) Comunicação e divulgação a todas as partes interessadas da política ambiental da Empresa, (iv) Formação e sensibilização dos trabalhadores, (v) Análise dos impactes ambientais derivados da atividade da Empresa, (vi) Definição de “standards” ambientais para fornecedores e parceiros.

Este tema encontra-se desenvolvido com profundidade no capítulo “Sustentabilidade” do Relatório de Governo da Sociedade anexo ao Relatório e Contas 2012.

3.23 Acontecimentos subsequentes

Os acontecimentos ocorridos após a data do balanço mas antes da data de aprovação das demonstrações financeiras pelo órgão de gestão da Empresa e desde que proporcionem informação adicional sobre condições que existiam à data do balanço, são refletidos nas demonstrações financeiras do período. Os eventos ocorridos após a data do balanço que sejam indicativos de condições que surgiram após a data do balanço (“acontecimentos que não dão lugar a ajustamentos”) são divulgados no anexo às demonstrações financeiras, se forem considerados materiais (Nota 43). No seguimento do Acórdão nº 187/2013 em que foram consideradas inconstitucionais as suspensões do subsídio de férias previstos nos art.º 29º e 77º da Lei do Orçamento de Estado para 2013, o Grupo decidiu reconhecer nas contas do presente exercício económico a respetiva responsabilidade estimada em cerca de 18 milhões de Euros.

4 FLUXOS DE CAIXA

Através da demonstração dos fluxos de caixa, são divulgados os recebimentos e pagamentos de caixa em atividades operacionais, de investimento e de financiamento. As atividades operacionais englobam os recebimentos de clientes, pagamentos a fornecedores, pagamentos ao pessoal e outros relacionados com a atividade operacional, nomeadamente o imposto sobre o rendimento. As atividades de investimento incluem, nomeadamente aquisições e alienações de investimentos em empresas participadas, pagamentos e recebimentos decorrentes da compra e da venda de ativos e recebimentos de juros e de dividendos. As atividades de financiamento incluem os pagamentos e recebimentos referentes a empréstimos obtidos, contratos de locação financeira, juros pagos e pagamentos de dividendos.

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Em 31 de dezembro de 2012 e em 31 de dezembro de 2011, a caixa e seus equivalentes que inclui numerário, depósitos bancários imediatamente mobilizáveis e aplicações de tesouraria no mercado monetário, líquidas de descobertos bancários e de outros financiamentos de curto prazo equivalentes, detalha-se como segue:

5 ALTERAÇÃO DE POLÍTICAS CONTABILÍSTICAS, ERROS E ESTIMATIVAS

Durante o exercício não ocorreram alterações de políticas contabilísticas face às consideradas na preparação da informação financeira relativa ao período anterior, apresentada para efeitos comparativos, com exceção da adoção antecipada da IAS 19 – Benefícios de empregados (revista). De acordo com a mesma, os ganhos e perdas atuariais, anteriormente diferidos e amortizados pelo período médio estimado de serviços futuros dos trabalhadores até à idade da reforma, passam a ser reconhecidos de imediato e apenas nos “Outros rendimentos integrais”. Com referência a 1 de janeiro de 2011, é efetuada uma reexpressão dos ganhos atuariais com um impacto de 11.605.660 Euros em capitais próprios. Com a adoção desta revisão da norma na preparação das suas demonstrações financeiras o impacto por rubrica das demonstrações financeiras foi como segue:

2012 2011

Numerário 12.095.973 22.521.903Depósitos bancários imediatamente mobilizáveis 27.757.540 11.638.368

Depósitos bancários a prazo 431.495.000 368.620.000Caixa e seus equivalentes (Balanço) 471.348.513 402.780.271Caixa e seus equivalentes (Demonstração dos fluxos de caixa) 471.348.513 402.780.271

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Balanço Individual

Reportado Ajustamentos Reexpresso

ATIVO NÃO CORRENTE:

Ativos fixos tangíveis 248.373.699 - 248.373.699

Propriedades de investimento 2.728.373 - 2.728.373

Goodwill 25.083.869 - 25.083.869

Ativos intangíveis 6.782.171 - 6.782.171

Participações financeiras - método da equivalência patrimonial 57.912.073 - 57.912.073

Participações financeiras - outros métodos 130.829 - 130.829

Acionistas/ sócios e empresas do Grupo 9.482.456 - 9.482.456

Outras contas a receber 6.004.988 - 6.004.988 Ativos por impostos diferidos 108.681.141 (5.820.590) 102.860.551

Total do ativo não corrente 465.179.598 (5.820.590) 459.359.008

ATIVO CORRENTE:Inventários 5.077.343 - 5.077.343 Clientes 125.976.551 - 125.976.551 Estado e outros entes públicos - - -Acionistas/ sócios e empresas do Grupo 1.047.104 - 1.047.104 Outras contas a receber 22.278.286 - 22.278.286 Diferimentos 4.010.046 - 4.010.046 Caixa e equivalentes a caixa 402.780.271 - 402.780.271

Total do ativo corrente 561.169.601 - 561.169.601

Total do ativo 1.026.349.198 (5.820.590) 1.020.528.608

Reportado Ajustamentos Reexpresso

CAPITAL PRÓPRIO:Capital realizado 87.325.000 - 87.325.000 Reservas legais 15.236.949 - 15.236.949 Outras reservas 10.555.947 - 10.555.947 Resultados transitados 2.408.871 - 2.408.871 Ajustamentos em ativos financeiros 24.864.524 - 24.864.524 Excedentes de revalorização 58.625.232 - 58.625.232 Outras variações no capital próprio 280.414 15.144.300 15.424.714 Resultado liquido do período 56.712.195 (893.890) 55.818.305

Total do capital próprio 256.009.132 14.250.410 270.259.542

PASSIVO:PASSIVO NÃO CORRENTE:

Provisões 19.807.651 - 19.807.651 Financiamentos obtidos 2.564.578 - 2.564.578 Benefícios aos empregados 300.669.522 - 300.669.522 Diferimentos 32.085.398 (18.812.000) 13.273.398 Passivos por impostos diferidos 6.082.638 - 6.082.638

Total do passivo não corrente 361.209.787 (18.812.000) 342.397.787

PASSIVO CORRENTE:Fornecedores 68.214.015 - 68.214.015 Estado e outros entes públicos 17.938.446 - 17.938.446 Acionistas/ sócios e empresas do Grupo 58.617 - 58.617 Financiamentos obtidos 437.686 - 437.686 Benefícios aos empregados 20.252.295 - 20.252.295 Outras contas a pagar 296.530.835 - 296.530.835 Diferimentos 5.698.384 (1.259.000) 4.439.384

Total do passivo corrente 409.130.278 (1.259.000) 407.871.278

Total do passivo 770.340.066 (20.071.000) 750.269.066

Total do capital próprio e do passivo 1.026.349.198 (5.820.590) 1.020.528.608

CAPITAL PRÓPRIO E PASSIVO

31 de dezembro de 2011

31 de dezembro de 2011

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Relatório e Contas 2012

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De acordo com esclarecimento nº 26 da Comissão de Normalização Contabilística de maio/2012 os “Juros e rendimentos similares obtidos” que não derivem diretamente do financiamento da entidade deverão afetar o resultado operacional (antes de gastos de financiamento e impostos) pelo que foi feita a respetiva reclassificação em 2011 para a rubrica de “Outros Rendimentos e Ganhos” da demonstração de resultados por natureza.

Desta forma a Demonstração dos Resultados por Natureza, que se apresenta a seguir, contempla não só a reexpressão decorrente da adoção antecipada da revisão da IAS 19, como também a reclassificação mencionada no parágrafo anterior.

Adicionalmente, não foram reconhecidos erros materiais relativos a estimativas efetuadas na preparação das demonstrações financeiras de períodos anteriores. As estimativas e os pressupostos subjacentes foram determinados com base no melhor conhecimento existente à data de aprovação das demonstrações financeiras dos eventos e transações em curso, assim como na experiência de eventos passados e/ou correntes. Contudo, poderão ocorrer situações em períodos subsequentes que, não sendo previsíveis à data de aprovação das demonstrações financeiras, não foram consideradas nessas estimativas. As alterações às estimativas que ocorram posteriormente à data das demonstrações financeiras serão corrigidas de forma prospetiva. Por este motivo e dado o grau de incerteza associado, os resultados reais das transações em questão poderão diferir das correspondentes estimativas.

6 PARTES RELACIONADAS

Todas as empresas que fazem parte do Grupo CTT foram consideradas como partes relacionadas da Empresa. O conceito de partes relacionadas inclui não apenas as entidades subsidiárias e

Desmonstração Individual dos Resultados por Naturezas

RENDIMENTOS E GASTOS Reportado Ajustamentos Reexpresso

Vendas e serviços prestados 565.378.416 - 565.378.416 Ganhos / perdas imputados de subsidiárias e associadas 17.305.921 - 17.305.921 Trabalhos para a própria entidade 328.148 - 328.148 Custo das mercadorias vendidas e das matérias consumidas (15.353.944) - (15.353.944)Fornecimentos e serviços externos (178.549.897) - (178.549.897)Gastos com o pessoal (333.610.047) (1.259.000) (334.869.047)Imparidade de inventários (perdas / reversões) (686.163) - (686.163)Imparidade de dívidas a receber (perdas/reversões) 245.634 - 245.634 Imparidade de investimentos não depreciáveis/amortizáveis (perdas/reversões) (1.942.450) - (1.942.450)Provisões (aumentos/reduções) (6.307.212) - (6.307.212)Outros rendimentos e ganhos 42.344.127 19.616.379 61.960.506 Outros gastos e perdas (17.830.536) - (17.830.536) Resultado antes de depreciações, gastos de financiamento e impostos 71.321.998 18.357.379 89.679.377

- -Gastos / reversões de depreciação e de amortização (17.851.648) - (17.851.648)

Resultado operacional (antes de gastos de financiamento e impostos) 53.470.350 18.357.379 71.827.729- -

Juros e rendimentos similares obtidos 20.037.452 (19.616.379) 421.073 Juros e gastos similares incorridos (764.984) - (764.984)

Resultados antes de impostos 72.742.818 (1.259.000) 71.483.818Imposto sobre o rendimento (16.030.623) 365.110 (15.665.513)

Resultado líquido do período 56.712.195 - (893.890) 55.818.305 Resultado por ação 3,24 3,19

31 de dezembro de 2011

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Relatório e Contas 2012

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associadas dos CTT mas também outras empresas detidas pelas subsidiárias dos CTT. As partes relacionadas englobam igualmente os quadros-chave da Empresa.

Os quadros-chave são compostos pelos responsáveis diretamente dependentes do Conselho de Administração.

Os termos ou condições praticados entre as partes relacionadas são, em regra, substancialmente idênticos aos que normalmente são contratados, aceites e praticados entre entidades independentes em operações comparáveis. EMPRESAS SUBSIDIÁRIAS: Em 31 de dezembro de 2012 e 31 de dezembro de 2011, a Empresa detinha participações nas seguintes subsidiárias:

* Direta e indiretamente os CTT detêm a totalidade do capital desta entidade. EMPRESAS ASSOCIADAS: Em 31 de dezembro de 2012 e 31 de dezembro de 2011, a Empresa detinha as seguintes participações em empresas associadas:

* Direta e indiretamente, os CTT detêm a totalidade do capital destas entidades. ENTIDADES CONJUNTAMENTE CONTROLADAS: Em 31 de dezembro de 2012 e 31 de dezembro de 2011, a Empresa detinha os seguintes interesses em entidades conjuntamente controladas:

Subsidiária Sede 2012 2011

Post Contacto - Correio Publicitário, Lda. Lisboa 95%* 95%*

CTT - Expresso, S.A. S. Julião do Tojal 100% 100%

CTT - Gestão de Serviços e Equipamentos Postais, S.A. Lisboa 100% 100%

Payshop Portugal, S.A. Lisboa 100% 100%

Mailtec Holding, SGPS, S.A. Amadora 100% 100%

Tourline Express Mensajeria, SLU Barcelona 100% 100%

EAD - Empresa de Arquivo de Documentação, S.A. Palmela 51% 51%

CORRE - Correio Expresso de Moçambique, S.A. Maputo 50% 50%

Percentagem de

participação

Empresa associada Sede 2012 2011

Multicert - Serviços de Certificação Electrónica, S.A. Lisboa 20% 20%Mailtec Comunicação, S.A. Amadora 17,695%* 17,695%*Mailtec Consultoria, S.A. Amadora 10%* 10%*

Percentagem departicipação

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Relatório e Contas 2012

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OUTRAS EMPRESAS DO GRUPO CTT: Em 31 de dezembro de 2012 e 31 de dezembro de 2011, a Empresa detinha os seguintes interesses em outras empresas do Grupo:

*Indiretamente, os CTT detêm a totalidade do capital desta entidade. No decurso dos períodos findos em 31 de dezembro de 2012 e em 31 de dezembro de 2011 foram efetuadas as seguintes transações e existiam os seguintes saldos com partes relacionadas:

Sede 2012 2011

TI-Post Prestação de Serviços Informáticos, ACE Lisboa 49% 49%Postal Network - Prestação de Serviços de Gestão de Infra estruturas de Comunicações, ACE Lisboa 49% 49%PTP & F (ACE) Amadora 51% 51%

Percentagem departicipação

Sede 2012 2011

Payshop Moçambique, SARL Moçambique 35% 35%Mailtec Processos, Lda. Amadora 100%* 100%*

Percentagem departicipação

AcionistasDividendos - - - - - - - 53.876.585

Subsidiárias 2.654.252 13.861.621 5.690.720 386.298 20.690.303 6.647.304 644.978 -Associadas 234.290 422.185 108.953 993.617 3.506.303 - -Conjuntamente controladas 40.491 245.079 4.074 - -Outras partes relacionadas 41.484 504.186 54.701 503.909 7.101.323 - -

Membros do Conselho Administração - - - - - 518.968 - -Assembleia Geral - - - - - 970 - -Conselho Fiscal - - - - - 155.792 - -

Quadros-chave - - - - - 1.541.489 - -2.970.517 13.861.621 6.617.091 549.952 22.432.908 19.476.222 644.978 53.876.585

Fornecedores e outras contas

pagarRendimentos Gastos

2012

Empresas do Grupo CTT

Dividendos

Clientes e outras contas receber

Juros obtidos

Acionistas/ sócios e

empresas do Grupo (SD)

Acionistas/ sócios e

empresas do Grupo (SC)

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Relatório e Contas 2012

232

Os gastos com os membros do Conselho de Administração, Conselho Fiscal e Quadros-chave correspondem à totalidade dos gastos com remunerações no período indicado.

Durante o exercício findo em 31 de dezembro de 2012, foi nomeado, em 24 de Agosto de 2012, um novo Conselho de Administração passando a ser constituído por 5 elementos, ao contrário do que aconteceu no exercício de 2011 em que o mesmo órgão era composto por apenas 3 elementos. Em 31 de dezembro de 2012 e em 31 de dezembro de 2011, a natureza e o detalhe, por empresa do Grupo CTT, dos principais saldos devedores e credores era como segue:

AcionistasDividendos - - - - - - - 36.056.944

Subsidiárias 3.836.706 10.418.445 2.042.260 - 23.988.366 9.484.636 421.072 -Associadas 149.215 111.114 746.292 - 1.030.909 4.189.161 - -Conjuntamente controladas 88.837 - 923 - 265.347 5.042 - -Outras partes relacionadas 65.453 - 766.678 58.617 493.394 6.845.745 - -

Membros do Conselho Administração - - - - - 414.537 - -Assembleia Geral - - - - - 970 - -Conselho Fiscal - - - - - 179.020 - -

Quadros-chave - - - - - 2.325.698 - -4.140.211 10.529.559 3.556.153 58.617 25.778.016 23.444.809 421.072 36.056.944

SD- saldos devedores; SC - saldos credores

Rendimentos

Acionistas/ sócios e

empresas do Grupo (SC)

Juros obtidos

Acionistas/ sócios e

empresas do Grupo (SD)

Gastos Dividendos

Empresas do Grupo CTT

2011

Clientes e outras contas receber

Fornecedores e outras contas

pagar

SubsidiáriasTourline Express Mensajeria, S.A. 64.736 11.700.000 11.764.736 3.932.109 - 3.932.109Post Contacto - Correio Publicitário, Lda. 326.663 87.324 413.987 152.825 - 152.825CTT Expresso,S.A. 1.863.343 - 1.863.343 1.249.416 361.965 1.611.381Payshop Portugal, S.A. 90.404 213.862 304.266 157.947 - 157.947CTT Gestão de Serviços e Equipamentos Postais, S.A. 47.579 - 47.579 182.201 24.333 206.534EAD - Empresa de Arquivo de Documentação, S.A. 6.405 1.674.375 1.680.780 16.222 - 16.222Mailtec SGPS S.A. - 26.118 26.118 - - -CORRE - Correio Expresso Moçambique, S.A. 255.122 159.942 415.064 - - -

Mailtec Consultoria S.A. 941 941 135.789 23.743 159.532Mailtec Comunicação S.A. 230.455 - 230.455 252.198 85.210 337.408

Multicert - Serviços de Certificação Electrónica, S.A. 2.894 - 2.894 34.198 - 34.198-

Conjuntamente controladasTi-Post Prestação Serviços Informáticos, ACE 1.957 - 1.957 - - -Postal Network - Prestação de Serviços de Gestão 38.534 - 38.534 - - -

Outras partes relacionadasPayshop Moçambique, S.A.R.L. 192 - 192 - - -Mailtec Processos Lda. 41.292 - 41.292 504.186 54.701 558.887

2.970.517 13.861.621 16.832.138 6.617.091 549.952 7.167.043

Associadas

2012

Clientes e outras contas

a receber

Acionistas/ sócios e empresas do

Grupo (SD)

Total de contas a receber

Fornecedores e outras contas

pagar

Acionistas/ sócios e empresas do

Grupo (SC)

Total de contas a pagar

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Relatório e Contas 2012

233

SD- Saldos devedores; SC – Saldos credores

Durante o exercício findo em 31 de dezembro de 2012 os movimentos mais significativos entre as empresas do grupo foram os seguintes:

Reforço do empréstimo da casa mãe à subsidiária Tourline no montante de 4 milhões Euros;

Aquisição à subsidiária Tourline do software associado ao Sistema de Gestão de Centros (SGC), num montante aproximado de 2.477 mil Euros.

Nos períodos findos em 31 de dezembro de 2012 e em 31 de dezembro de 2011, a natureza e o detalhe, por empresa do Grupo CTT, das principais transações era como segue:

SubsidiáriasTourline Express Mensajeria, S.A. 568.634 7.700.000 8.268.634 - - -Post Contacto - Correio Publicitário, Lda. 334.910 169.104 504.014 231.320 - 231.320CTT Expresso,S.A. 2.665.194 78.927 2.744.121 1.341.456 - 1.341.456Payshop Portugal, S.A. 84.922 497.568 582.490 169.913 - 169.913CTT Gestão de Serviços e Equipamentos Postais, S.A. 65.396 67.429 132.825 276.700 - 276.700EAD - Empresa de Arquivo de Documentação, S.A. - 1.674.375 1.674.375 22.871 - 22.871Mailtec SGPS S.A. - 14.881 14.881 - - -CORRE - Correio Expresso Moçambique, S.A. 117.650 216.161 333.811 - - -

Mailtec Consultoria S.A. 1.178 81.094 82.272 304.644 - 304.644Mailtec Comunicação S.A. 146.308 30.020 176.328 422.725 - 422.725

Multicert - Serviços de Certificação Electrónica, S.A. 1.729 - 1.729 18.923 - 18.923-

Conjuntamente controladasTi-Post Prestação Serviços Informáticos, ACE 1.979 - 1.979 923 - 923Postal Network - Prestação de Serviços de Gestão 86.858 - 86.858 - - -

Outras partes relacionadasPayshop Moçambique, S.A.R.L. 192 - 192 - -Mailtec Processos Lda. 65.261 - 65.261 766.678 58.617 825.295

4.140.211 10.529.559 14.669.770 3.556.153 58.617 3.614.770

Fornecedores e outras contas

pagar

Total de contas a receber

Associadas

Clientes e outras contas

a receber

Total de contas a pagar

Acionistas/ sócios e empresas do

Grupo (SC)

Acionistas/ sócios e empresas do

Grupo (SD)

2011

SubsidiáriasTourline Express Mensajeria, S.A. 3.924.854 - - - 5.043 543.442 9.776 - 531.301Post Contacto - Correio Publicitário, Lda. - - - 5.291 1.907 3.466.334 164.925 295 -CTT Expresso,S.A. - - - 27.871 310.366 14.853.649 1.517.371 10.188 -Payshop Portugal, S.A. - - - - 83.664 788.153 1.704.863 - -CTT Gestão de Serviços e Equipamentos Postais, S.A. - - - - 60 569.985 3.060.770 - -EAD - Empresa de Arquivo de Documentação, S.A. - - - - 7 597 179.116 - 113.678CORRE - Correio Expresso Moçambique, S.A. - - - - - 67.098 - - -

Mailtec Consultoria S.A. 173.158 - - - - 5.522 1.406.419 - -Mailtec Comunicação S.A. - 752.435 1.489 1.163 187.516 778.729 1.973.109 - -

Multicert - Serviços de Certificação Electrónica, S.A. - - - - 21.850 - 126.775 - -

Conjuntamente controladasTi-Post Prestação Serviços Informáticos, ACE - - - - - 25.670 4.074 - -Postal Network - Prestação de Serviços de Gestão - - - - - 219.410 - - -

Outras partes relacionadasPayshop Moçambique, S.A.R.L. - - - - - - - - -Mailtec Processos Lda. - - - - 503.909 7.101.323 - -

4.098.012 752.435 1.489 34.325 610.412 21.822.496 17.248.520 10.483 644.978

Serviços a refaturar

Outros gastos e perdas

Juros obtidos

Associadas

2012

Ativos fixos adquiridos

Inventários adquiridos

Ativos fixos vendidos

Vendas e serviços

prestados

Outros rendimentos

e ganhos

Fornecimentos e serviços externos

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Relatório e Contas 2012

234

7 ATIVOS FIXOS TANGÍVEIS

Durante os períodos findos em 31de dezembro de 2012 e em 31 de dezembro de 2011, o movimento ocorrido na quantia escriturada dos “Ativos fixos tangíveis”, bem como nas respetivas depreciações acumuladas e perdas por imparidade acumuladas, foi o seguinte:

SubsidiáriasTourline Express Mensajeria, S.A. - - - - 35 633.898 11.558 - 388.938Post Contacto - Correio Publicitário, Lda. - - - - 4.802 3.839.840 296.359 - -CTT Expresso,S.A. - - - 356.251 341.590 17.441.903 1.737.539 13.428 -Payshop Portugal, S.A. - - - - 73.981 737.086 1.644.394 18 -CTT Gestão de Serviços e Equipamentos Postais, S.A. - - - - 90 768.048 5.560.262 - -EAD - Empresa de Arquivo de Documentação, S.A. - - - - - 3.935 221.078 - 32.134CORRE - Correio Expresso Moçambique, S.A. - - - - - 143.158 - - -

Mailtec Consultoria S.A. 506.237 - - - - 4.227 1.791.082 - -Mailtec Comunicação S.A. - 1.595.533 10.167 - 74.720 928.005 2.295.796 - -

Multicert - Serviços de Certificação Electrónica, S.A. - - - - 23.958 - 102.283 - -

Conjuntamente controladasTi-Post Prestação Serviços Informáticos, ACE - - - - - 27.234 5.042 - -Postal Network - Prestação de Serviços de Gestão - - - - - 238.113 - - -

Outras partes relacionadasPayshop Moçambique, S.A.R.L. - - - - - - - - -Mailtec Processos Lda. - - - - 493.394 - 6.845.745 - -

506.237 1.595.533 10.167 356.251 1.012.570 24.765.447 20.511.138 13.446 421.072

Serviços a refaturar

Associadas

Juros obtidos

Ativos fixos vendidos

Outros rendimentos

e ganhos

Outros gastos e perdas

Ativos fixos adquiridos

Inventários adquiridos

Vendas e serviços

prestados

Fornecimentos e serviços externos

2011

Ativos fixos tangíveisSaldo inicial 41.811.771 360.279.239 119.508.092 2.124.912 108.609.424 28.226.124 357.489 1.464.021 662.381.071Aquisições - 2.037.629 3.178.416 - 1.270.279 1.470.949 58.114 542.194 8.557.581Alienações (162.109) (498.500) (4.473.864) - (321.114) (4.213) - - (5.459.800)Transferências e abates - 357.489 1.286.250 - (36.203.255) (7.981.109) (357.489) (1.967.725) (44.865.839)Regularizações (3.448) (4.014) - - - (209.509) - - (216.971)Saldo final 41.646.214 362.171.843 119.498.894 2.124.912 73.355.334 21.502.242 58.114 38.490 620.396.042

Depreciações acumuladas Saldo inicial 4.200.150 178.901.543 104.722.218 1.982.237 102.439.658 21.761.567 - - 414.007.373Depreciações do período - 8.923.624 4.045.305 37.148 2.624.328 1.177.612 - - 16.808.017Alienações - (149.374) (4.473.864) - (321.114) (4.213) - - (4.948.565)Transferências e abates - - (224.047) - (37.516.131) (7.116.597) - - (44.856.775)Perdas por imparidade - 502.113 - - - - - - 502.113Regularizações - - - - - - - - -Saldo final 4.200.150 188.177.906 104.069.612 2.019.385 67.226.741 15.818.369 - - 381.512.163

Ativos fixos tangíveis líquidos 37.446.064 173.993.937 15.429.282 105.527 6.128.593 5.683.873 58.114 38.490 238.883.879

Equipamento administrativo

Outros ativos fixos tangíveis

Edifícios e outras

construções

Equipamento básico

Equipamento transporte

Adiantamentos por conta

investimentosTotal

Ativos fixos tangíveis em

curso

2012

Terrenos e recursos naturais

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Relatório e Contas 2012

235

Os saldos das rubricas “Terrenos” e “Edifícios e outras construções” incluem 6.668.577 Euros referente a terrenos e imóveis em co-propriedade com a PT Comunicações, S.A. Em resultado da alteração ao contrato de concessão ocorrida em 26 de Julho de 2006 (Nota 1), no termo da concessão, revertem, gratuita e automaticamente para o concedente, os bens dos domínios público e privado do Estado, sendo que, nos termos do contrato anterior, revertiam para o Estado todos os bens afetos à concessão. Sendo a rede postal propriedade exclusiva dos CTT, não estando portanto integrada no domínio público, reverterão para a posse do Estado apenas os bens que ao Estado pertençam, pelo que no fim da concessão os CTT continuarão na posse dos bens que integram o seu património. O Conselho de Administração, suportado nos seus assessores jurídicos, entende que o ativo dos CTT não inclui qualquer bem do domínio público ou privado do Estado.

Durante o período findo em 31 de dezembro de 2012, os movimentos mais relevantes ocorridos nas rubricas dos Ativos Fixos Tangíveis, foram os seguintes: Terrenos e edifícios e outras construções:

Os movimentos associados às aquisições, dizem respeito na sua totalidade a obras de conservação e manutenção efetuadas em imóveis propriedade da empresa (1.363.408 Euros) e imóveis em que os CTT são arrendatários (670.207 Euros); A principal alienação do período respeita à venda do imóvel sito em Lisboa (Rua das Pedras Negras) o qual apresentava à data da alienação um valor líquido de 509.008 Euros composto por terreno (162.109 Euros) e edifício (346.899 Euros). Esta alienação gerou para os CTT, cerca de 43 mil Euros de mais-valias. As transferências relevadas, e relativas a esta classe de ativos (357.489 Euros), dizem respeito a obras que se encontravam em curso no início do período, e que foram durante o período em análise transferidas para ativos fixos.

Ativos fixos tangíveisSaldo inicial 41.034.702 356.723.867 112.459.031 2.031.900 105.399.962 26.803.825 1.768.162 1.912.079 648.133.528Aquisições - 5.204.211 7.630.660 95.409 900.213 4.524.798 357.489 954.081 19.666.861Alienações (2.632) (172.629) (1.536.625) (1.115) (114.474) (10.943) - - (1.838.418)Transferências e abates 779.701 (1.476.210) 955.026 (1.282) 2.423.723 (2.929.414) (1.768.162) (1.387.639) (3.404.257)Regularizações - - - - - (162.142) - (14.500) (176.642)Saldo final 41.811.771 360.279.239 119.508.092 2.124.912 108.609.424 28.226.124 357.489 1.464.021 662.381.072

Depreciações acumuladas Saldo inicial 3.970.789 172.045.586 102.956.454 1.944.752 100.920.382 20.730.881 - - 402.568.844Depreciações do período - 8.610.449 3.447.530 39.883 2.157.504 1.133.673 - - 15.389.039Alienações (134) (113.028) (1.535.292) (1.115) (113.667) (10.921) - - (1.774.157)Transferências e abates 229.495 (1.641.464) (146.474) (1.283) (524.561) (92.066) - - (2.176.353)Regularizações - - - - - - - - -Saldo final 4.200.150 178.901.543 104.722.218 1.982.237 102.439.658 21.761.567 - - 414.007.373

Ativos fixos tangíveis líquidos 37.611.621 181.377.696 14.785.874 142.675 6.169.766 6.464.557 357.489 1.464.021 248.373.699

TotalEquipamento

administrativo

2011

Terrenos e recursos naturais

Edifícios e outras

construções

Outros ativos fixos tangíveis

Ativos fixos tangíveis em

curso

Adiantamentos por conta

investimentos

Equipamento básico

Equipamento transporte

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Relatório e Contas 2012

236

A empresa detém um conjunto de imóveis que se encontram desocupados, logo não afetos à atividade. Existindo indícios de que estes ativos possam estar em imparidade, haveria que determinar o valor recuperável dos mesmos (justo valor deduzido dos custos de vender). Nesta conformidade a empresa procedeu à avaliação dos referidos imóveis, efetuada por entidade externa, tendo concluído pela existência de imparidade no montante de 502.113 Euros, em oito deles. Equipamento básico:

O valor relativo às aquisições e transferências (4.688.721 Euros), respeitam essencialmente a aquisições diretas ou saídas de armazém, dos seguintes tipos de ativos:

o Máquinas de obliterar (3): 46.141 Euros; o Upgrades a máquinas de indexação (leitores óticos): 580.771 Euros; o Upgrades a máquinas divisoras de correspondência: 1.276.137 Euros; o Cabines telefónicas instaladas em Lojas Postais (31): 14.320 Euros; o Bicicletas e motociclos: sendo 150 bicicletas elétricas (244.094 Euros) e 117 motociclos

(224.904 Euros); o Veículos pesados de mercadorias: 26 viaturas e 4 atrelados (2.255.340 Euros); o Tratores de cais, elétricos (2): 24.612 Euros.

As alienações registadas, num valor de 4.473.864 Euros, referem-se à venda de diversos ativos que se encontravam totalmente depreciados, a saber:

o Diverso equipamento postal (156.608 Euros), com especial destaque para a venda de 21

máquinas de cintar; o Bicicletas (4) e motociclos (43) com valor de aquisição de 86.242 Euros, os quais geraram cerca

de 62 mil Euros de mais-valias; o Veículos automóveis (3.979.151 Euros), sendo 1 veículo ligeiro misto (7.939 Euros), 65 veículos

de mercadorias (681.066 Euros) e 47 pesados de mercadorias (3.290.146 Euros), tendo sido geradas mais-valias no valor de 137 mil Euros;

o Tratores (12) e empilhadores (4), num valor de 236.707 Euros; o Uma viatura como estação itinerante (15.156 Euros).

Foram registados abates por inutilização/destruição de diversas categorias de bens, tais como, máquinas de obliterar, máquinas de gravação ótica, máquinas de gravar e atar, máquinas de franquiar, recetáculos e utensílios postais, equipamento de movimentação interna de cargas e balanças, cuja totalidade ascendeu a 224.047 Euros. Equipamento administrativo:

O valor relativo às aquisições e transferências (2.585.131 Euros), respeitam a aquisições diretas ou saídas de armazém, tratando-se fundamentalmente da aquisição de equipamento informático (2.348 mil Euros), mobiliário postal (cerca de 158 mil euros), mobiliário diverso (48 mil Euros) e

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Relatório e Contas 2012

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cerca de 20 mil Euros em cofres. De destacar dentro do equipamento informático, a aquisição à participada Tourline de equipamento afeto ao Sistema de Gestão de Centros (SGC) num valor de 852 mil Euros, a aquisição de 3.000 terminais de pagamento automático (TPA), a serem instalados na rede de Lojas dos CTT, num valor aproximado de 422 mil Euros, bem como o dispêndio de 289 mil Euros relativos ao “Roll Out” do NAVE. O valor registado nas alienações, refere-se à venda de diversos tipos de ativos, totalmente depreciados, sendo de destacar os seguintes: mobiliário postal e diverso (283.868 Euros) e equipamento informático (16.657 Euros), com a geração de cerca de 11 mil Euros de mais-valias. Uma última referência aos movimentos relativos aos abates relevados no Equipamento administrativo e Outros ativos fixos tangíveis. Os elevados montantes, devem-se fundamentalmente ao abate efetuado a cerca de 150.000 bens que se encontravam totalmente depreciados e, cuja data de aquisição ocorreu até ao exercício de 1992. Os motivos justificativos para o seu abate, prenderam-se com a sua degradação física, derivado da sua antiguidade. Outros ativos fixos tangíveis: O valor correspondente às aquisições desta classe de ativos (1.470.949 Euros), respeita essencialmente à aquisição de equipamento de prevenção e segurança (714.425 Euros), equipamento de comunicações (60 mil Euros), bem como a aquisição de diversos equipamentos para armazém (designados de ativos não afetos à exploração), cujo valor ascendeu ao longo do exercício a cerca de 681 mil Euros.

Na rúbrica das regularizações, cujo valor relevado ascende a 209 mil Euros, é de destacar os seguintes dois factos: a saída de bens de armazém (bens não afetos à exploração) para venda a empresas do grupo (36 mil euros), bem como a saída do mesmo armazém de bens para conta de custos (conta SNC 62), referentes a bens cujo valor de aquisição é inferior a 200 Euros, valor mínimo suscetível de ser capitalizado como ativos fixos na empresa. O valor referente a esta última situação ascendeu a cerca de 173 mil Euros. Ativos fixos tangíveis em curso: Os valores constantes nesta rúbrica, dizem respeito ao registo dos gastos com obras de manutenção e conservação em imóveis próprios, sendo que o valor das transferências realizadas, devem-se ao facto resultante da conclusão das mesmas, sendo capitalizadas em ativos relacionados com os imóveis da empresa (edifícios e outras construções). As depreciações contabilizadas no período do presente Anexo, no montante de 16.808.017 Euros (15.389.039 Euros em 2011), foram registadas na rubrica de "Depreciações/amortizações e imparidade de investimentos (perdas/reversões)” da Demonstração dos resultados por naturezas (Nota 34).

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Os compromissos contratuais referentes aos Ativos Fixos Tangíveis são como segue:

(i) Edifícios e outras construções Aquisição de Fração Autónoma para instalar a Estação de Correios de Corroios com contrato de promessa de compra e venda celebrado com a Câmara Municipal do Seixal em 26 de dezembro de 1985. A escritura de aquisição deste imóvel foi efetivada já depois do término do exercício de 2012, em 22 de março de 2013. (ii) Equipamento básico Aquisição de porta tabuleiros à Caddie Portugal no valor de 120 mil Euros, de um empilhador à Manitou com o valor de 18 mil Euros, de postos de etiquetagem à Burótica no valor de 17,2 mil Euros e de uma firewall à PT Prime no montante de 10,8 mil Euros.

8 PROPRIEDADES DE INVESTIMENTO

Em 31 de dezembro de 2012 e 31 de dezembro de 2011, a Empresa tem os seguintes ativos classificados como propriedades de investimento:

Propriedade de investimentoSaldo inicial 2.692.616 65.653 2.758.269Abates (nota 35) (1.361.565) - (1.361.565)Outras variações 3.448 - 3.448Saldo final 1.334.499 65.653 1.400.152

Depreciações acumuladas Saldo inicial - 29.896 29.896Depreciações do período - 1.313 1.313Saldo final - 31.209 31.209

Propriedades investimento líquidas 1.334.499 34.444 1.368.943

2012

Terrenos e recursos naturais

Edifícios e outras construções

Total

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Relatório e Contas 2012

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Estes ativos não se encontram afetos à atividade operacional da Empresa nem têm uso futuro determinado.

O valor de mercado destes ativos fixos classificados como propriedades de investimento, de acordo com as avaliações reportadas ao final do exercício económico de 2012 efetuadas por entidades independentes, ascende para os terrenos e para os edifícios, respetivamente, a 2.936.900 Euros e 170.000 Euros. As avaliações efetuadas têm como objetivo estimar o valor de mercado para subarrendamento (valor da renda) e o valor de mercado atual para compra/venda. Os critérios de avaliação tomaram como base o método comparativo/mercado que se fundamenta sobretudo no conhecimento do mercado local e nas bases de comparação com valores idênticos recolhidos no mercado que integram os bens em análise. O objetivo deste método é a determinação do valor pelo qual se estima que os imóveis são transacionados entre entidades sem interesses especiais que não sejam comerciais. O método do rendimento permite avaliar bens geradores de rendimento, propriedades que já fornecem ou podem fornecer um rendimento. Nos períodos findos em 31 de dezembro de 2012 e 2011 foram registados na rubrica de “ Gastos/ reversões de depreciação e de amortização” 1.313 Euros respeitante a depreciações (Nota 34). De referir igualmente o reconhecimento de uma perda originada pelo incumprimento contratual relativo ao terreno do Campo 24 de agosto, no montante de 1.361.565 Euros.

9 GOODWILL

Em 31 de dezembro de 2012 e em 31 de dezembro de 2011, a composição do Goodwill era a seguinte:

Propriedade de investimentoSaldo inicial 2.700.129 - 2.700.129Outras variações (7.513) 65.653 58.140Saldo final 2.692.616 65.653 2.758.269

Depreciações acumuladas Saldo inicial - - -Depreciações do período - 1.313 1.313Outras variações - 28.583 28.583Saldo final - 29.896 29.896

Propriedades investimento líquidas 2.692.616 35.757 2.728.373

2011

Terrenos e recursos naturais

Edifícios e outras construções

Total

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Relatório e Contas 2012

240

Durante os períodos findos em 31 de dezembro de 2012 e em 31 de dezembro de 2011, os movimentos ocorridos em Goodwill foram os seguintes:

Imparidade

O valor recuperável do goodwill é avaliado anualmente ou sempre que existam indícios de eventual perda de valor. Para efeitos desta avaliação a Empresa definiu uma metodologia e um conjunto de pressupostos de forma a determinar o valor recuperável dos investimentos efetuados, dos quais se destacam:

As projeções dos fluxos de caixa basearam-se no desempenho histórico e nos planos de negócio a médio e longo prazo, aprovados pelo Conselho de Administração, sendo prolongadas por uma perpetuidade. Na sequência desta análise de imparidade a Empresa concluiu que em 31 de dezembro de 2012 não se verificaram perdas por imparidade e em 31 de dezembro de 2011 as perdas por imparidade em goodwill (Nota 18) eram como segue:

Ano daaquisição 2012 2011

Empresas subsidiárias

Mailtec Consultoria, S.A. (51%) 2004 4.718 4.718Mailtec Comunicação, S.A. (51%) 2004 69.767 69.767Mailtec Holding, SGPS, S.A. (51%) 2004 582.970 582.970Mailtec Holding, SGPS, S.A. (49%) 2005 6.641.901 6.641.901Payshop Portugal, S.A. 2004 406.101 406.101Tourline Express Mensajeira, SLU 2005 16.592.248 16.592.248EAD - Empresa de Arquivo de Documentação, S.A. 2006 786.164 786.164

25.083.869 25.083.869

Entidade

2012 2011

Saldo inicio do período 25.083.869 27.026.319Imparidade - (1.942.450)Saldo final do período 25.083.869 25.083.869

Tourline Express Mensajeria, SLU CEP e Logistica Equity Value/DCF 5 anos 12,14% 2,0%EAD - Empresa de Arquivo de Documentação, S.A. Custódia e gestão de arquivos Equity Value/DCF 5 anos 13,18% 2,0%Mailtec Grupo Serviço documental Equity Value/DCF 5 anos 13,48% 2,0%Payshop Portugal, SA Gestão rede pontos pagamento Equity Value/DCF 5 anos 14,32% 2,0%

2012

Empresa AtividadeBase

determinação valor recuperável

Período explícito para fluxos caixa

Taxa desconto

(WACC)

Taxa crescimento na perpetuidade

Tourline Express Mensajeira, SLU CEP e Logística Equity Value/DCF 5 anos 13,00% 2,0%EAD - Empresa de Arquivo de Documentação, S.A. Custódia e gestão de arquivos Equity Value/DCF 5 anos 16,40% 2,0%Mailtec Grupo Serviço documental Equity Value/DCF 5 anos 14,58% 2,0%Payshop Portugal, SA Gestão rede pontos pagamento Equity Value/DCF 5 anos 16,09% 2,0%

Empresa Atividade

2011Base

determinação valor recuperável

Período explícito para fluxos caixa

Taxa desconto

(WACC)

Taxa crescimento na perpetuidade

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Relatório e Contas 2012

241

As perdas por imparidade do período foram reconhecidas nos resultados e encontram-se relevadas na rubrica “Imparidade de investimentos não depreciáveis/ amortizáveis (perdas/reversões)” da Demonstração dos resultados por naturezas. Foram realizadas análises de sensibilidade aos resultados dos testes de imparidade efetuados, nomeadamente relativamente às seguintes variáveis chave: (i) taxa de crescimento na perpetuidade e (ii) taxas de desconto. Os resultados das análises de sensibilidade para a PayShop, EAD e Grupo Mailtec não determinam a existência de indícios de imparidade. No que diz respeito à Tourline os resultados das análises de sensibilidade concluem que um aumento de 1% no risco soberano, com implicações na taxa de desconto determinaria o reconhecimento de uma perda de imparidade no montante de 1.460.824 Euros, conforme quadros seguintes:

2011

Mailtec Consultoria, S.A. (51%) 2004 4.718 - - 4.718 4.718Mailtec Comunicação, S.A. (51%) 2004 69.767 - - 69.767 69.767Mailtec Holding, SGPS, S.A. (51%) 2004 582.970 - - 582.970 582.970Mailtec Holding, SGPS, S.A. (49%) 2005 6.641.901 - - 6.641.901 6.641.901Payshop Portugal, S.A. 2004 406.101 - - 406.101 406.101Tourline Express Mensajeria, SLU 2005 20.671.985 - 4.079.737 16.592.248 16.592.248EAD - Empresa de Arquivo de Documentação, S.A. 2006 1.082.015 - 295.851 786.164 786.164

29.459.457 - 4.375.588 25.083.869 25.083.869

2012Perdas por imparidade acumuladas

Quantia escriturada

Quantia escriturada

Entidade Ano da aquisição

Montante ínicial

Perdas por imparidade do

período

Tourline -0,5% 0,0% 0,5%g (Taxa de crescimento perpetuidade) 1,5% 2,0% 2,5%Avaliação Equity 21.794.050 22.630.972 23.554.689Teste: imparidade (se negativo) 561.344 1.398.266 2.321.983

Mailtec -0,5% 0,0% 0,5%g (Taxa de crescimento perpetuidade) 1,5% 2,0% 2,5%Avaliação Equity 23.686.948 24.246.247 24.856.480Teste: imparidade (se negativo) 9.747.053 10.306.352 10.916.585

EAD -0,5% 0,0% 0,5%g (Taxa de crescimento perpetuidade) 1,5% 2,0% 2,5%Avaliação Equity 7.105.222 7.423.782 7.772.163Teste: imparidade (se negativo) 1.309.964 1.472.430 1.650.104

Payshop -0,5% 0,0% 0,5%g (Taxa de crescimento perpetuidade) 1,5% 2,0% 2,5%Avaliação Equity 49.546.076 50.580.533 51.702.500Teste: imparidade (se negativo) 42.422.883 43.457.340 44.579.307

Variação de crescimento na perpetuidade

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Relatório e Contas 2012

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10 ATIVOS INTANGÍVEIS

Durante os períodos findos em 31 de dezembro de 2012 e em 31 de dezembro de 2011, o movimento ocorrido nas principais classes de ativos intangíveis, bem como nas respetivas amortizações acumuladas e perdas por imparidade acumuladas, foi o seguinte:

Tourline -1% 0% +1%WACC 11,20% 12,14% 13,08%Avaliação Equity 26.066.769 22.630.972 19.771.882Teste: imparidade (se negativo) 4.834.063 1.398.266 -1.460.824

Mailtec -1% 0% +1%WACC 12,48% 13,48% 14,48%Avaliação Equity 26.416.441 24.246.247 22.430.269Teste: imparidade (se negativo) 12.476.546 10.306.352 8.490.374

EAD -1% 0% +1%WACC 12,26% 13,18% 14,10%Avaliação Equity 8.467.831 7.423.782 6.543.482Teste: imparidade (se negativo) 2.004.894 1.472.430 1.023.477

Payshop -1% 0% +1%WACC 13,32% 14,32% 15,32%Avaliação Equity 54.303.132 50.580.533 47.413.672Teste: imparidade (se negativo) 47.179.939 43.457.340 40.290.479

Variação de risco soberano

Ativos intangíveisSaldo inicial 3.670.096 20.599.818 3.220.203 1.426.079 28.916.196Aquisições - 2.812.365 - 2.100.007 4.912.372Transferências e abates - 746.311 - (746.311) -Saldo final 3.670.096 24.158.494 3.220.203 2.779.775 33.828.568

Amortizações acumuladas Saldo inicial 3.670.096 15.629.466 2.834.463 - 22.134.025Amortizações do período - 2.475.203 41.233 - 2.516.436Transferências e abates - - - - -Saldo final 3.670.096 18.104.669 2.875.696 - 24.650.461

Ativos intangíveis líquidos - 6.053.825 344.507 2.779.775 9.178.107

2012

Projetos desenvolvimento

Programas computador

Propriedade industrial

Ativos intangíveis em curso

Total

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Relatório e Contas 2012

243

Os ativos intangíveis em curso referem-se a projetos de informática que se encontram a ser desenvolvidos com a participação de recursos internos e externos. De registar igualmente a aquisição à participada Tourline do software associado ao Sistema de Gestão Centros (SGC), num valor aproximado a 2.477 mil Euros. As amortizações do período, no montante de 2.516.346 Euros, (2.461.296 Euros em 2011) foram registadas na rubrica “Gastos/ reversões de depreciação e de amortização” (Nota 34). Não existem quantias escrituradas com titularidade restringida ou quantias escrituradas de Ativos Intangíveis dadas como garantia de passivos.

Também não existem compromissos contratuais para a aquisição de Ativos Intangíveis. PROJETOS DE DESENVOLVIMENTO

No decurso do exercício findo em 31 de dezembro de 2012 não foram registados gastos com pesquisa e desenvolvimento.

11 PARTICIPAÇÕES FINANCEIRAS – MÉTODO DA EQUIVALÊNCIA PATRIMONIAL

Durante os períodos findos em 31 de dezembro de 2012 e em 31 de dezembro de 2011, os movimentos ocorridos em “Participações financeiras – método da equivalência patrimonial” foram os seguintes:

Ativos intangíveisSaldo inicial 3.670.096 18.037.597 3.207.289 712.472 25.627.454Aquisições - 2.029.954 12.914 1.067.333 3.110.201Transferências e abates - 532.267 - (368.226) 164.041Regularizações - - - 14.500 14.500Saldo final 3.670.096 20.599.818 3.220.203 1.426.079 28.916.196

Amortizações acumuladas Saldo inicial 3.670.096 13.211.545 2.791.088 - 19.672.729Amortizações do período - 2.417.921 43.375 - 2.461.296Saldo final 3.670.096 15.629.466 2.834.463 - 22.134.025

Ativos intangíveis líquidos - 4.970.352 385.740 1.426.079 6.782.171

Ativos intangíveis em curso

2011

Propriedade industrial

Programas computador

Projetos desenvolvimento

Total

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Relatório e Contas 2012

244

Em 31 de dezembro de 2012 e em 31 de dezembro de 2011, o detalhe por empresa das “Participações financeiras – método da equivalência patrimonial” era como segue:

(a) O valor de 2012 reflete o efeito do Método de equivalência patrimonial de 2011.

A principal informação financeira respeitante às empresas acima mencionadas, era a seguinte:

Quantia escriturada brutaSaldo inicial 56.169.478 1.742.595 57.912.073Equivalência patrimonial -proporção nos RL 10.778.746 402.451 11.181.197Distribuição de dividendos (18.452.547) (562.915) (19.015.462)Outras variações (8.331) - (8.331)Saldo final 48.487.346 1.582.131 50.069.477

2012Partes de capital

em empresas subsidiárias

Partes de capital em empresas

associadasTotal

Quantia escriturada brutaSaldo inicial 56.784.488 1.661.514 58.446.002Equivalência patrimonial -proporção nos RL 16.974.661 331.260 17.305.921Distribuição de dividendos (17.589.671) (250.179) (17.839.850)

Saldo final 56.169.478 1.742.595 57.912.073

Partes de capital em empresas subsidiárias

Partes de capital em empresas

associadasTotal

2011

Subsidiárias:

CORRE - Correio Expresso Moçambique, S.A. 50 139.876 - 49.431 50 98.776 - (23.110)EAD - Empresa de Arquivo de Documentação, S.A. 51 1.527.536 - 190.023 51 1.600.268 - 460.974Post Contacto - Correio Publicitário, Lda. 95 2.176.249 - 1.669.612 95 2.251.269 - 1.744.633CTT Expresso,S.A. 100 24.696.387 - 4.045.273 100 26.602.703 - 6.049.425CTT Gestão de Serviços e Equipamentos Postais, S.A. 100 2.819.225 - 958.211 100 2.944.229 - 1.143.298Mailtec Holding, SGPS, S.A. 100 5.770.524 - 1.196.938 100 8.259.075 - 2.189.873Payshop Portugal, S.A. 100 6.717.092 - 4.916.327 100 7.525.631 - 5.295.880Tourline Express Mensajeria, S.A. 100 4.640.457 - (2.247.070) 100 6.887.527 - 113.688

48.487.346 - 10.778.746 56.169.478 - 16.974.661Associadas:

Mailtec Consultoria S.A. 10 59.021 - 26.594 10 162.351 - 69.920Mailtec Comunicação S.A. 17,695 833.376 - 121.266 17,695 1.027.900 - 209.616

Multicert - Serviços de Certificação Electrónica, S.A. (a) 20 689.734 - 254.591 20 552.344 - 51.7241.582.131 - 402.451 1.742.595 - 331.260

Conjuntamente controladas:

Ti-Post Prestação Serviços Informáticos, ACE 49 - - - 49 - - -Postal Network - Prestação de Serviços de Gestão 49 - - - 49 - - -

- - - - - -

50.069.477 - 11.181.197 57.912.073 - 17.305.921

2012 2011

Provisão participações

financeiras

% detida

Participação financeira

Provisão participações

financeiras

Proporção nos resultados

líquidos

% detida

DenominaçãoParticipação

financeira

Proporção nos resultados

líquidos

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Relatório e Contas 2012

245

Subsidiárias:

CORRE - Correio Expresso Moçambique, S.A. 1.571.624 1.372.477 1.660.366 93.418 199.146EAD - Empresa de Arquivo de Documentação, S.A. 6.602.556 3.607.387 4.533.059 372.594 2.995.168Post Contacto - Correio Publicitário, Lda. 3.330.469 1.039.680 11.141.800 1.757.487 2.290.788CTT Expresso,S.A. 38.220.743 13.524.355 73.961.504 4.045.273 24.696.387CTT Gestão de Serviços e Equipamentos Postais, S.A. 3.348.453 529.229 1.855.751 958.211 2.819.225Mailtec Holding, SGPS, S.A. 5.825.905 55.381 480.000 1.196.938 5.770.524Payshop Portugal, S.A. 8.694.968 1.977.876 14.805.658 4.916.327 6.717.092Tourline Express Mensajeria, S.A. 26.006.755 21.366.297 52.040.133 (2.247.070) 4.640.458

Associadas:

Mailtec Consultoria S.A. 1.194.862 604.700 2.800.559 265.923 590.162Mailtec Comunicação S.A. 7.062.455 2.352.925 13.132.494 685.289 4.709.529

Multicert - Serviços de Certificação Electrónica, S.A. (a) 5.003.269 1.284.270 3.716.304 655.710 4.732.941

(a) Valores de 2011

Conjuntamente controladas:

Ti-Post Prestação Serviços Informáticos, ACE 453.400 453.400 2.025.594 - -Postal Network - Prestação de Serviços de Gestão 320.851 320.851 262.076 - -

2012

Denominação Ativo PassivoVendas e serviços

prestados

Resultado líquido

Capital próprio

Subsidiárias:

CORRE - Correio Expresso Moçambique, S.A. 1.004.733 886.061 1.275.162 (46.129) 118.763EAD - Empresa de Arquivo de Documentação, S.A. 7.176.101 4.038.320 5.466.444 903.871 3.137.781Post Contacto - Correio Publicitário, Lda. 3.484.861 1.115.104 11.666.001 1.836.455 2.369.757CTT Expresso,S.A. 42.657.084 16.054.380 79.847.417 6.049.425 26.602.703CTT Gestão de Serviços e Equipamentos Postais, S.A. 3.766.424 763.209 3.452.839 1.084.312 3.003.215Mailtec Holding, SGPS, S.A. 8.304.618 45.543 480.000 2.189.873 8.259.075Payshop Portugal, S.A. 9.764.857 2.239.226 15.445.654 5.295.880 7.525.631Tourline Express Mensajeria, S.A. 26.160.873 19.273.347 52.285.351 113.688 6.887.527

Associadas:

Mailtec Consultoria S.A. 2.325.343 701.958 3.574.081 699.144 1.623.383Mailtec Comunicação S.A. 8.344.079 2.535.268 14.989.088 1.184.571 5.808.811

Multicert - Serviços de Certificação Electrónica, S.A. (a) 4.167.165 2.013.746 3.622.432 662.248 2.761.718

(a) Valores de 2010

Conjuntamente controladas:

Ti-Post Prestação Serviços Informáticos, ACE 355.333 355.333 2.411.443 - -Postal Network - Prestação de Serviços de Gestão 134.899 134.899 272.564 - -

2011

DenominaçãoCapital próprio

Ativo PassivoVendas e serviços

prestados

Resultado líquido

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Equivalência patrimonial

Nos períodos findos em 31 de dezembro de 2012 e 2011, os ganhos e perdas em empresas subsidiárias, associadas e conjuntamente controladas decorrentes da aplicação do método da equivalência patrimonial e registados na rubrica de “Ganhos/ perdas imputados de subsidiárias, associadas e empreendimentos conjuntos” da demonstração de resultados por naturezas foram reconhecidos por contrapartida das seguintes rubricas de balanço:

12 PARTICIPAÇÕES FINANCEIRAS – OUTROS MÉTODOS

Nos períodos findos em 31 de dezembro de 2012 e 2011 as “Participações financeiras – outros métodos” não tiveram movimento. O saldo final ascende a 130.829 Euros e refere-se essencialmente a participações nas sociedades EMS Internacional, Eurogiro e CEPT nos montantes de, respetivamente, 6.157 Euro, 124.435 Euros e 237 Euros.

13 GESTÃO DE RISCOS FINANCEIROS

As atividades da Empresa acarretam exposição a riscos financeiros, nomeadamente: (i) riscos de crédito - risco dos seus devedores não cumprirem com as suas obrigações financeiras, (ii) riscos de mercado - fundamentalmente o das taxa de juro e o das taxas de câmbio, os quais estão associados, respetivamente, ao risco do impacto da variação das taxas de juro de mercado nos ativos e passivos financeiros e nos resultados e ao risco de flutuação do justo valor dos ativos e passivos financeiros em resultado de alterações nas taxas de câmbio e, (iii) riscos de liquidez – risco de que se venham a encontrar dificuldades para satisfazer obrigações associadas a passivos financeiros. As categorias de ativos e passivos financeiros em 31 de dezembro de 2012 e 31 de dezembro de 2011 são detalhadas conforme se segue:

2012 2011Participações financeiras - método da equivalência patrimonial

CORRE - Correio Expresso Moçambique, S.A. 49.431 (23.110)EAD - Empresa de Arquivo de Documentação, S.A. 190.023 460.974Post Contacto - Correio Publicitário, Lda. 1.669.612 1.744.633CTT Expresso,S.A. 4.045.273 6.049.425CTT Gestão de Serviços e Equipamentos Postais, S.A. 958.211 1.143.298Payshop Portugal, S.A. 4.916.327 5.295.880Tourline Express Mensajeria, S.A. (2.247.070) 113.688Mailtec Holding, SGPS, S.A. 1.196.938 2.189.873Mailtec Comunicação, S.A. 121.266 209.616Mailtec Consultoria, S.A. 26.594 69.920Multicert, Serviços de Certificação Electrónica, S.A. 254.591 51.724

11.181.197 17.305.921

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Por risco financeiro, entende-se justamente, a probabilidade de se obterem resultados diferentes do esperado, sejam estes positivos ou negativos, alterando de forma material e inesperada o valor patrimonial da Empresa. A gestão do risco concentra-se na imprevisibilidade dos mercados financeiros e procura minimizar os efeitos adversos dessa imprevisibilidade no desempenho financeiro da Empresa.

A gestão dos riscos financeiros integra o Sistema de Gestão do Risco da Empresa cuja coordenação é conduzida pela unidade Gestão do Risco Corporativo, com report direto ao Conselho de Administração. As direções de Finanças e Gestão do Risco e Contabilidade e Tesouraria asseguram a gestão centralizada das operações de financiamento, das aplicações dos excedentes de tesouraria, das transações cambiais assim como a gestão do risco de contrapartes da Empresa e a monitorização do risco cambial, de acordo com políticas aprovadas pelo Conselho de Administração. Dos riscos financeiros destacam-se os riscos de crédito, os riscos de mercado, de taxa de juro e cambial, e os riscos de liquidez.

Risco de crédito O risco de crédito está essencialmente relacionado com o risco de uma contraparte falhar nas suas obrigações contratuais, resultando em perdas financeiras para a Empresa. Na Empresa o risco de crédito situa-se essencialmente nas contas a receber de clientes e outros devedores, relacionados com a sua atividade operacional e de tesouraria. O risco de crédito nas contas a receber é monitorizado numa base regular por cada um dos negócios da Empresa com o objetivo de limitar o crédito concedido a clientes, considerando o respetivo perfil e antiguidade da conta a receber, acompanhando a evolução do nível de crédito concedido, e analisando a recuperabilidade dos valores a receber. O agravamento das condições económicas ou as adversidades que afetem as economias podem originar incapacidade dos

ATIVOS FINANCEIROS 2012 2011

Contas a receber de terceiros 132.723.022 164.789.385Caixa e equivalentes 471.348.513 402.780.271

604.071.535 567.569.656

PASSIVOS FINANCEIROS

Fornecedores 66.833.187 68.214.015Benefícios aos empregados 303.009.132 320.921.817Outras Contas a pagar a terceiros 328.942.767 317.530.162

698.785.086 706.665.994

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clientes para saldar as suas obrigações, com eventuais efeitos negativos nos resultados da Empresa. Neste sentido, tem sido desenvolvido um esforço na redução do prazo e montante de crédito a clientes.

A Empresa não apresenta risco de crédito significativo com um cliente em particular, na medida em que as contas a receber respeitam a um elevado número de clientes.

As perdas de imparidade para as contas a receber são calculados considerando essencialmente: (i) a antiguidade das contas a receber; (ii) o perfil de risco do cliente; e (iii) a condição financeira do cliente.

O movimento das perdas por imparidade em contas a receber encontra-se divulgado na Nota 15. Em 31 de dezembro de 2012, a Empresa entende que as perdas por imparidade em contas a receber se encontram adequadamente estimadas e relevadas nas demonstrações financeiras. O risco decorrente das atividades de tesouraria resulta essencialmente dos investimentos efetuados pela Empresa em disponibilidades monetárias. Com o objetivo de reduzir este risco, a política da Empresa é a de investir em aplicações de curto/médio prazo, junto de diversas instituições financeiras e todas com rating relativo de crédito elevado (tendo em conta o rating da república portuguesa). Risco de taxa de juro O risco de taxa de juro está essencialmente relacionado com os juros obtidos com a aplicação dos excedentes de tesouraria e com a determinação, por via do seu impacto na taxa de desconto, da estimativa de responsabilidades com benefícios aos empregados. Os ganhos resultantes das operações financeiras são importantes, pelo que as alterações das taxas de juro têm um impacto direto na receita financeira da Empresa.

Com o propósito de reduzir o impacto do risco de taxa de juro, a Empresa acompanha numa base regular e sistemática as tendências de mercado, com vista a alavancar a relação prazo/ taxa por um lado e risco/ rentabilidade por outro. As aplicações dos excedentes de tesouraria, beneficiaram de um rendimento financeiro de, aproximadamente, 13.522.891 Euros no período de 2012 e 19.577.908 Euros no período de 2011 (Nota 31). Se as taxas de juro tivessem sido inferiores em 1%, durante o período findo em 31 de dezembro de 2012, os juros obtidos seriam inferiores em 3.705 milhares de Euros. Com uma redução de meio ponto percentual na taxa de desconto e mantendo todas as restantes variáveis constantes, as responsabilidades com benefícios aos empregados – cuidados de saúde aumentariam em cerca de 17,4 milhões de Euros (Nota 26).

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Risco cambial Os riscos de taxa de câmbio estão relacionados com a existência de saldos expressos em moeda distinta do Euro, particularmente saldos decorrentes de transações com Operadores Postais estrangeiros expressos em Direito de Saque Especial (DTS). A gestão do risco cambial assenta na monitorização periódica do grau de exposição ao risco de taxa de câmbio de ativos e passivos, tendo como referência objetivos previamente definidos com base na evolução das atividades do negócio internacional. Em 31 de dezembro de 2012 e em 31 de dezembro de 2011, a exposição líquida (ativo menos passivo) da Empresa ascendia, respetivamente, a -1.838.001 DTS (2.142.796 Euros à taxa de câmbio €/DTS de 1,16583) e a 378.627 DTS (449.257 Euros à taxa de câmbio €/DTS de 1,18654).

Na análise de sensibilidade efetuada aos saldos das contas a receber e a pagar a Operadores Postais estrangeiros, em 31 de dezembro de 2012 e em 31 de dezembro de 2011, utilizando-se como pressuposto uma valorização / desvalorização na taxa de câmbio €/DTS (1,282413 em 31 de dezembro de 2012 e 1,305194 em 31 de dezembro de 2011) de 10%, o impacto em resultados seria, respetivamente, de -214.280 Euros e 44.926 Euros.

Risco de liquidez O risco de liquidez pode ocorrer se as fontes de financiamento, como sejam as disponibilidades, os fluxos de caixa operacionais e os fluxos de caixa obtidos de operações de desinvestimento, de linhas de crédito e de financiamento, não satisfizerem as necessidades existentes, como sejam as saídas de caixa para atividades operacionais e de financiamento, os investimentos e a remuneração do acionista. Com base nos fluxos de caixa gerados pelas operações e nas disponibilidades de caixa, a Empresa entende que tem capacidade para cumprir as suas obrigações. As principais obrigações contratuais da Empresa são as relacionadas com o financiamento obtido (essencialmente locações financeiras) e respetivos juros, o pagamento de benefícios aos empregados, as locações operacionais e outros compromissos financeiros não contingentes. O quadro a seguir apresentado resume as obrigações contratuais esperadas e compromissos financeiros da Empresa em 31 de dezembro de 2012:

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14 INVENTÁRIOS

Em 31 de dezembro de 2012 e em 31 de dezembro de 2011, os “Inventários” da Empresa apresentam o seguinte detalhe:

Custo das mercadorias vendidas e das matérias consumidas Nos períodos findos em 31 de dezembro de 2012 e 31 de dezembro de 2011, o detalhe do “Custo com as mercadorias vendidas e as matérias consumidas” foi o seguinte:

Financiamentos obtidos (Nota 25) 453.146 2.104.100 - 2.557.246Juros relativos ao financiamento obtido (Nota 25) 16.684 33.214 - 49.898Pagamento de beneficios aos empregados (1) 21.216.422 74.303.670 645.447.746 740.967.837Obrigações com locações operacionais (Nota 24) 7.043.103 6.613.062 - 13.656.165Compromissos financeiros não contingentes (2) 166.026 - - 166.026

Total de obrigações contratuais 28.895.381 83.054.046 645.447.746 757.397.172

(1) Os montantes apresentados correspondem aos pagamentos não descontados. Este montante difere do passivo reconhecido no balanço pelo efeito do desconto nas responsabilidades com serviços passados e por incorporar também a componente dos serviços futuros com a população atualmente abrangida por estes benefícios.(2) Conforme referido na Nota 23, os compromissos financeiros não contingentes estão relacionados essencialmente com contratos celebrados com fornecedores de investimento.

Até 1 anoMais de 1 ano e

menos de 5 anosMais 5 anos Total

Mercadorias 5.007.339 1.903.511 3.103.828 6.314.860 3.275.093 3.039.767Matérias-primas, subsidiárias e de consumo 3.154.285 646.148 2.508.137 3.441.811 1.486.251 1.955.560Adiantamentos por conta de compras 58.002 - 58.002 82.016 - 82.016

8.219.626 2.549.659 5.669.967 9.838.687 4.761.344 5.077.343

2012 2011

Quantia bruta

Perdas por imparidade

acumuladas

Quantia líquida

Quantia bruta

Perdas por imparidade

acumuladas

Quantia líquida

Saldo inicial 6.314.860 3.441.811 9.756.671Compras 12.842.536 2.071.234 14.913.770Ofertas de inventários (44.070) (20.691) (64.761)Regularizações de inventários (377.409) (186.804) (564.213)Saldo final (5.007.339) (3.154.285) (8.161.624)Custo das merc. vendidas e das mat. consumidas 13.728.578 2.151.265 15.879.844

2012

MercadoriasMatérias-primas,

subsidiárias, consumo

Total

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Imparidade em inventários Nos períodos findos em 31 de dezembro de 2012 e 31 de dezembro de 2011, o movimento ocorrido em “Perdas por imparidade acumuladas” (Nota 18) foi como segue:

Nos períodos findos em 31 de dezembro de 2012 e 31 de dezembro de 2011, foram registadas perdas por imparidade em inventários (aumentos líquidos de reversões) no montante de, respetivamente, (2.211.685) Euros e 686.163 Euros, na rubrica “ Imparidade de inventário (perdas/reversões)”.

15 CLIENTES E OUTRAS CONTAS A RECEBER

Em 31 de dezembro de 2012 e em 31 de dezembro de 2011, as rubricas “Clientes” e “Outras contas a receber” apresentavam a seguinte composição:

Saldo inicial 5.726.612 3.499.177 9.225.789Compras 14.264.782 1.901.151 16.165.933Ofertas de inventários (50.059) (21.908) (71.967)Regularizações de inventários (173.742) (35.398) (209.140)Saldo final (6.314.860) (3.441.811) (9.756.671)Custo das merc. vendidas e das mat. consumidas 13.452.733 1.901.211 15.353.944

Matérias-primas, subsidiárias,

consumoMercadorias Total

2011

Saldo Saldoinicial final

Mercadorias 3.275.093 - (1.371.582) 1.903.511Matérias - primas, subsidiárias e de consumo 1.486.251 - (840.103) 646.148

4.761.344 - (2.211.685) 2.549.659

Reversões

2012

Aumentos

Saldo Saldoinicial final

Mercadorias 2.854.170 420.923 - 3.275.093Matérias - primas, subsidiárias e de consumo 1.221.011 265.240 - 1.486.251

4.075.181 686.163 - 4.761.344

Aumentos Reversões

2011

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Clientes Em 31 de dezembro de 2012 e em 31 de dezembro de 2011, a antiguidade das quantias brutas da rubrica “Clientes” é detalhada conforme se segue:

Outras contas a receber Em 31 de dezembro de 2012 e em 31 de dezembro de 2011, as quantias escrituradas na rubrica de “Outras contas a receber” apresentavam o seguinte detalhe:

ClientesCorrente Gerais 60 499 260 4 596 368 55 902 892 88 659 884 5 472 595 83 187 289 Empresas do Grupo (Nota 6) 2 904 123 - 2 904 123 4 140 212 - 4 140 212 Operadores Postais 40 540 287 218 408 40 321 879 38 869 410 220 360 38 649 050

103 943 670 4 814 776 99 128 893 131 669 506 5 692 955 125 976 551

Outras contas a ReceberCorrente Gerais 25 378 975 7 760 223 17 618 752 29 642 728 7 364 442 22 278 286 Empresas do Grupo (Nota 6) 66 395 - 66 395 - - -Não Corrente 4 597 433 2 578 814 2 018 619 8 668 289 2 663 301 6 004 988

30 042 803 10 339 037 19 703 766 38 311 017 10 027 743 28 283 274133 986 473 15 153 813 118 832 659 169 980 523 15 720 698 154 259 825

2012 2011

Quantia brutaPerdas por imparidade

acumuladas

Quantia líquida

Quantia brutaPerdas por imparidade

acumuladasQuantia líquida

ClientesOperadores

PostaisEmpresas do

GrupoTotal Clientes

Operadores Postais

Empresas do Grupo

Total

ClientesSaldo não vencido 31.679.668 4.189.162 2.692.126 38.560.956 35.682.600 4.757.902 3.451.872 43.892.374Saldo vencido:

0-30 dias 16.863.958 - 36.773 16.900.731 17.812.207 - 89.578 17.901.78530-90 dias 5.899.581 2.400.885 17.557 8.318.023 6.106.872 1.402.581 99.957 7.609.41090-180 dias 401.702 1.238.832 16.175 1.656.709 6.759.870 1.289.510 30.157 8.079.537180-360 dias 159.249 6.857.769 37.088 7.054.106 13.589.476 9.120.538 55.222 22.765.236> 360 dias 5.495.102 25.853.639 104.404 31.453.145 8.708.859 22.298.879 413.425 31.421.163

60.499.260 40.540.287 2.904.123 103.943.670 88.659.884 38.869.410 4.140.211 131.669.506

2012 2011

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A conta a receber do “Ministério da Saúde” respeita a comparticipação de encargos de saúde dos exercícios de 2000 a 2006, no âmbito do plano de saúde dos CTT e de acordo com o protocolo celebrado com esta entidade, o qual cessou em 31 de dezembro de 2006. Com base na documentação preparada e no trabalho desenvolvido foi aceite a pretensão dos CTT, encontrando-se a dívida reconhecida com base no pagamento faseado da mesma, tendo sido liquidado em Dezembro de 2012, e de acordo com o plano de pagamentos negociado o montante de 4.594.703 Euros.

Os montantes registados na rubrica “Serviços financeiros postais” respeitam a valores a receber referentes a subscrições de produtos de aforro e a comercialização de seguros. Imparidade em clientes e outras contas a receber Nos períodos findos em 31 de dezembro de 2012 e em 31 de dezembro de 2011, o movimento ocorrido em “Perdas por imparidade acumuladas” (Nota 18) foi como segue:

Não correnteAdiantamentos ao pessoal 312.243 - 312.243 282.300 - 282.300Outros valores a receber do pessoal 1.384.664 1.123.171 261.493 1.354.099 1.166.208 187.891Ministério da Saúde 1.444.883 - 1.444.883 5.534.797 - 5.534.797Emprestimo de financiamento INESC 1.455.643 1.455.643 - 1.497.093 1.497.093 -

4.597.433 2.578.814 2.018.619 8.668.289 2.663.301 6.004.988

CorrenteAdiantamentos ao pessoal 2.836.285 911.743 1.924.542 3.031.443 960.378 2.071.065Ministério da Saúde 1.487.594 - 1.487.594 1.487.594 - 1.487.594Serviços financeiros postais 9.461.390 - 9.461.390 13.838.233 - 13.838.233Devedores por acréscimos de rendimentos 3.011.035 - 3.011.035 2.019.464 - 2.019.464Outros ativos correntes Agentes filatélicos 54.001 - 54.001 42.786 - 42.786 Faturação diversa CT 916.986 371.823 545.163 503.623 127.203 376.420 Protocolo Caixa Geral de Aposentações - Obras Sociais 296.524 - 296.524 290.378 - 290.378 Emprestimo de financiamento INESC 49.740 49.740 - 49.740 49.740 - Gabinete para os meios da comunicação social 74.624 - 74.624 284.750 - 284.750 Devedores por depósitos de garantia 196.184 196.184 - 240.492 240.492 - Administrações postais estrangeiras - - - 1.335.343 - 1.335.343 Devedores diversos 5.124.781 5.124.781 - 5.133.433 5.133.433 - Outros 1.936.226 1.105.952 830.274 1.385.449 853.196 532.253

25.445.370 7.760.223 17.685.147 29.642.728 7.364.442 22.278.286

2012 2011

Quantia brutaPerdas por imparidade

Quantia líquida

Quantia brutaPerdas por imparidade

Quantia líquida

Clientes 5.692.955 299.124 - (1.177.303) - 4.814.776Outras contas a receber 10.027.743 787.069 (475.775) - - 10.339.037

15.720.698 1.086.193 (475.775) (1.177.303) - 15.153.813

2012

Saldo inicial Aumentos Reversões Utilizações Transferências Saldo final

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Relatório e Contas 2012

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Nos períodos findos em 31 de dezembro de 2012 e 31 de dezembro de 2011, foram registados aumentos de perdas por imparidade (líquidas de reversões) em dívidas a receber no montante de, respetivamente, 610.418 Euros e (245.634) Euros.

16 DIFERIMENTOS

Em 31 de dezembro de 2012 e em 31 de dezembro de 2011, as rubricas “Diferimentos” do ativo corrente e do passivo corrente e não corrente apresentavam a seguinte composição:

Em exercícios anteriores a Empresa alienou um conjunto de imóveis, relativamente aos quais celebrou posteriormente contratos de arrendamento. As mais-valias apuradas naquela alienação foram diferidas, e são reconhecidas no período de duração dos contratos de arrendamento.

17 ATIVOS NÃO CORRENTES DETIDOS PARA VENDA E OPERAÇÕES DESCONTINUADAS

Em 31 de dezembro de 2012 e em 31 de dezembro de 2011, a Empresa não apresentava ativos não correntes classificados como detidos para venda.

Clientes 5.976.892 - (471.863) (937.743) 1.125.669 5.692.955Outras contas a receber 11.191.634 696.494 (470.265) (264.451) (1.125.669) 10.027.743

17.168.526 696.494 (942.128) (1.202.194) - 15.720.698

2011

Saldo inicial Aumentos Reversões Utilizações Saldo finalTransferências

20122011

Reexpresso

Diferimentos ativos (Gastos a reconhecer)Correntes

Rendas a pagar 1.141.837 912.024Subsídios de refeição 1.772.639 1.865.875Outros 1.139.636 1.232.147

4.054.112 4.010.046

Diferimentos passivos (Rendimentos a reconhecer)Não correntes

Mais-valias diferidas 10.874.369 13.273.39810.874.369 13.273.398

CorrentesMais-valias diferidas 2.399.029 2.399.029Carregamentos Phone-IX 572.687 680.860Outros 1.225.396 1.359.495

4.197.112 4.439.38415.071.481 17.712.782

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18 PERDAS POR IMPARIDADE ACUMULADAS

Em 31 de dezembro de 2012 e em 31 de dezembro de 2011, realizaram-se os seguintes movimentos nas rubricas de imparidades acumuladas:

19 CAPITAL

Capital Em 31de dezembro de 2012 e em 31 de dezembro de 2011 o capital social da Empresa era composto por 17.500.000 ações com o valor nominal de 4,99 Euros cada, sendo detido na sua totalidade pelo acionista Estado Português. O capital encontra-se totalmente subscrito e realizado.

20 RESERVAS E OUTRAS RUBRICAS DE CAPITAL PRÓPRIO

Reservas legais A legislação comercial estabelece que, pelo menos, 5% do resultado líquido anual tem de ser destinado ao reforço da reserva legal, até que esta represente pelo menos 20% do capital. Esta reserva não é distribuível a não ser em caso de liquidação da Empresa, mas pode ser utilizada para absorver prejuízos depois de esgotadas as outras reservas, ou incorporada no capital. Em 31 de dezembro de 2012 e em 31 de dezembro de 2011, a rubrica de “Reservas legais” apresentava o seguinte detalhe:

Goodwill (Nota 9) 4.375.588 - - - 4.375.588Ativos fixos tangíveis ( Nota 7) - 502.113 - - 502.113Inventários (Nota 14) 4.761.344 - (2.211.685) - 2.549.659Clientes e outras contas receber (Nota 15) 15.720.698 1.086.193 (475.775) (1.177.303) 15.153.813

24.857.630 1.588.306 (2.687.460) (1.177.303) 22.581.173

2012

Saldo inicial Aumentos Reversões Utilizações Saldo final

Goodwill (Nota 9) 2.433.138 1.942.450 - - 4.375.588Inventários (Nota 14) 4.075.181 686.163 - - 4.761.344Clientes e outras contas receber (Nota 15) 17.168.526 696.494 (942.128) (1.202.194) 15.720.698

23.676.845 3.325.107 (942.128) (1.202.194) 24.857.630

Saldo final

2011

Saldo inicial Aumentos Reversões Utilizações

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Outras reservas Esta rubrica regista os lucros transferidos para reservas que não sejam impostas pela lei ou pelos estatutos, nem sejam constituídas de acordo com contratos firmados pela Empresa. Em 31 de dezembro de 2012 e em 31 de dezembro de 2011, a rubrica de “Outras reservas” correspondente a “Reservas Livres” apresentava o valor de 10.555.947 Euros.

Resultados transitados Nos períodos findos em 31 de dezembro de 2012 e em 31 de dezembro de 2011, realizaram-se os seguintes movimentos na rubrica de “Resultados transitados”:

Ajustamentos em investimentos financeiros Esta rubrica reflete os ajustamentos decorrentes da aplicação do método da equivalência patrimonial sobre rubricas do capital que não o resultado líquido do período. A sua distribuição só ocorre aquando da alienação da empresa participada. Excedentes de revalorização Nas presentes demonstrações financeiras os excedentes de revalorização que se encontram reconhecidos nesta rubrica estão apenas relacionados com os ativos revalorizados anteriormente à adoção do SNC e relativamente aos quais, conforme permitido pela NCRF 3, a Empresa adotou o modelo do custo.

O detalhe dos custos históricos de aquisição de ativos fixos tangíveis e correspondentes valores de revalorização em 31 de dezembro de 2012 e 31 dezembro de 2011, incluídos no custo considerado, líquidos de amortizações, é o seguinte:

2012 2011

Saldo inicial 15.236.949 12.421.702Aplicação do resultado do período anterior 2.835.610 2.815.247Saldo final 18.072.559 15.236.949

2012 2011

Saldo inicial 2.408.871 (17.432.756)Aplicação do resultado do período anterior (893.890) 17.432.756Realização de excedentes de revalorização 2.536.527 2.641.697Lucros não atribuídos por empresas participadas (461.466) (248.484)Outras variações (3.338) 15.658Saldo final 3.586.704 2.408.871

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De acordo com a legislação vigente e as práticas contabilísticas seguidas em Portugal, os excedentes de revalorização não são distribuíveis aos acionistas, podendo apenas, em determinadas circunstâncias, ser utilizados em futuros aumentos do capital ou na cobertura de resultados transitados negativos. Podem ser movimentados de acordo com a seguinte ordem de prioridades: (i) para corrigir situações em que o valor líquido contabilístico dos elementos reavaliados exceder, à data da reavaliação, o seu valor real atual; (ii) para cobertura de prejuízos acumulados até à data a que se reporta a reavaliação, inclusive, e (iii) para incorporação no capital social, na parte remanescente, sendo que o valor resultante da reavaliação efetuada nos termos do Decreto-Lei nº. 31/98 (de acordo com o seu artº. 5º), apenas poderá ser movimentado quando a reserva se considerar realizada, total ou parcialmente, nos termos da regulamentação contabilística aplicável. Esta questão é omissa nos Decretos-Lei que permitiram as reavaliações anteriores. Anualmente a Empresa transfere para Resultados transitados o excedente das reservas de revalorização realizado durante o exercício, essencialmente por via das depreciações registadas no período e respeitantes ao acréscimo do ativo que originou estas reservas.

Nos períodos findos em 31 de dezembro de 2012 e em 31 de dezembro de 2011, realizaram-se os seguintes movimentos na rubrica de “Excedentes de revalorização”:

Data da Custo Excedente Custo Custo Excedente Custorevalorização histórico revalorização considerado histórico revalorização considerado

Terrenos e recursos naturaisAno 1978 134.678 1.545.871 1.680.549 134.678 1.545.871 1.680.549Ano 1982 65.905 743.377 809.282 65.905 743.377 809.282Ano 1984 139.726 1.533.493 1.673.219 139.726 1.533.493 1.673.219Ano 1986 249.315 2.713.551 2.962.866 249.315 2.713.551 2.962.866Ano 1988 161.214 1.737.056 1.898.270 161.214 1.737.056 1.898.270Ano 1991 391.202 4.110.789 4.501.991 391.202 4.110.789 4.501.991Ano 1992 340.898 3.484.631 3.825.529 340.898 3.655.128 3.996.026Ano 1998 544.170 5.049.305 5.593.475 544.170 5.289.757 5.833.927

Edifícios e outras construçõesAno 1978 4.680.650 595.339 5.275.989 4.612.261 663.728 5.275.989Ano 1982 2.700.902 607.122 3.308.024 2.649.846 658.178 3.308.024Ano 1984 6.140.174 1.632.559 7.772.733 6.015.595 1.757.138 7.772.733Ano 1986 11.691.604 3.849.010 15.540.614 11.431.154 4.109.460 15.540.614Ano 1988 7.530.569 2.707.777 10.238.346 7.356.392 2.881.955 10.238.347Ano 1991 17.828.969 7.622.951 25.451.920 17.377.351 8.074.568 25.451.919Ano 1992 15.582.524 7.637.334 23.219.858 15.161.288 8.058.570 23.219.858Ano 1998 23.222.351 14.237.634 37.459.985 22.512.058 14.947.928 37.459.986

Equipamento básicoAno 1988 962.595 - 962.595 1.213.304 - 1.213.304Ano 1991 2.530.043 164 2.530.207 3.089.481 1.609 3.091.090Ano 1992 2.092.103 286 2.092.389 2.603.376 1.762 2.605.138Ano 1998 4.379.462 347 4.379.809 4.793.128 2.590 4.795.718

101.369.054 59.808.596 161.177.650 100.842.342 62.486.508 163.328.850

2012 2011

2012 2011

Saldo inicial 58.625.232 61.266.929Realização dos excedentes de revalorização dos AFT (2.536.527) (2.641.697)Saldo final 56.088.705 58.625.232

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Outras variações no capital próprio A empresa reconhece nesta rubrica os subsídios associados à aquisição ou produção de ativos não correntes (subsídios ao investimento), os quais foram integralmente recebidos e não são reembolsáveis. Estes subsídios são subsequentemente imputados numa base sistemática como rendimentos do período durante as vidas úteis dos ativos com os quais se relacionam, tendo sido reconhecidos rendimentos no montante de 11.267 Euros em 2012 e 7.410 Euros em 2011 (Nota 31). O saldo desta rubrica corresponde à parcela destes subsídios ainda não imputados a rendimentos do período. Com a adoção antecipada, no exercício de 2012, das alterações à IAS 19, reconhece também nesta rubrica, os Ganhos/Perdas atuariais associados aos benefícios com a Saúde, assim como os respetivos impostos diferidos. Assim, nos exercícios findos em 31 de dezembro de 2012 e 31 de dezembro de 2011 (reexpresso) os movimentos ocorridos nesta rubrica foram os seguintes:

21 DIVIDENDOS

Na Assembleia Geral realizada em 30 de Maio de 2012, foi aprovada a distribuição de um dividendo por ação de cerca de 3,08 Euros referente ao exercício de 2011, tendo sido pago o dividendo total de 53.876.585 Euros, que foi sujeito a uma retenção na fonte de 25% no mês de Junho de 2012. Na Assembleia Geral realizada em 20 de Maio de 2011, foi aprovada a distribuição de um dividendo por ação de cerca de 2,06 Euros referente ao exercício de 2010, tendo sido pago o dividendo total de 36.056.944 Euros, sujeito a uma retenção na fonte de 21,5% sobre o valor distribuído no mês de Junho de 2011.

22 RESULTADOS POR AÇÃO

Nos períodos findos em 31de dezembro de 2012 e em 31 de dezembro de 2011, os resultados por ação foram calculados como segue:

20122011

Reexpresso

Saldo inicial 15.424.714 12.008.436Imputação subsídios ao exercício (11.267) (7.410)Impostos diferidos associados aos subsídios 3.338 (114.952)Ganhos/perdas atuariais - Saúde 24.265.693 4.984.000Impostos Diferidos ganhos/perdas atuariais - Saúde (7.037.051) (1.445.360)Saldo final 32.645.427 15.424.714

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23 PROVISÕES, GARANTIAS PRESTADAS PASSIVOS CONTINGENTES E COMPROMISSOS

Provisões Nos períodos findos em 31 de dezembro de 2012 e em 31 de dezembro de 2011, as “Provisões” constituídas pela Empresa tiveram o seguinte movimento:

As utilizações respeitam a quantias utilizadas no período por ocorrência das situações provisionadas. As reversões respeitam a anulações por as quantias provisionadas se revelarem desnecessárias.

As provisões para processos judiciais em curso destinam-se a fazer face a responsabilidades decorrentes de processos intentados contra a Empresa, estimadas com base em informações dos seus advogados. No exercício findo em 31 de dezembro de 2012 foi constituída uma provisão, no valor de 11.344.569 Euros, para fazer face a eventuais contingências que poderão acarretar ações de contencioso laboral. O referido montante foi determinado tendo em conta a evolução dos processos judiciais relativos a diferenças retributivas nas férias, subsídios de férias e natal assim como a pendencia de um número significativo de processos judiciais desta natureza. Para este cálculo foram efetuadas análises técnicas inerentes à temporalidade e aos critérios a considerar para efeitos

20122011

Reexpresso

Resultado líquido do período 38.554.129 55.818.305Nº médio de acções ordinárias 17.500.000 17.500.000Resultado líquido por ação 2,20 3,19

Provisões não correntesProcessos judiciais 8.096.619 4.691.208 (2.600.736) (1.236.848) - 8.950.243Outros riscos e encargos 11.711.032 19.795.302 (3.380.044) (1.208.509) - 26.917.781

19.807.651 24.486.510 (5.980.780) (2.445.357) - 35.868.024

Saldo final

2012

Saldo inicial Aumentos Reversões Utilizações Transferências

Provisões não correntesProcessos judiciais 6.969.356 1.127.263 - - - 8.096.619Outras provisões 12.412.282 5.925.419 (745.470) (1.884.199) (3.997.000) 11.711.032

19.381.638 7.052.682 (745.470) (1.884.199) (3.997.000) 19.807.651

Saldo finalSaldo inicial Aumentos Reversões Utilizações Transferências

2011

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Relatório e Contas 2012

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de determinação do âmbito e tipologia dos complementos retributivos suscetíveis de integrar nas férias, subsídio de férias e natal. No presente exercício foi reforçada em 7.731.960 Euros a provisão destinada a fazer face à cobertura da estimativa do valor presente do dispêndio líquido associado a contratos onerosos. Este valor foi obtido tomando em consideração o seguinte:

Na sequência da mudança para o Edifício Báltico, os CTT libertaram um conjunto de 4 imóveis com contratos de arrendamento de longo prazo vinculísticos devolutos sem ocupação operacional;

O edifício localizado na Praça D. Luís foi alvo de uma negociação entre o proprietário e os CTT para o términus do contrato de arrendamento antecipadamente, tendo os CTT acordado em pagar para tal 50% das rendas vincendas descontadas;

Foi decidido em 2011 proceder a uma provisão para os 3 edifícios devolutos arrendados assumindo que os CTT poderiam terminar os mesmos em condições similares às negociadas para o edifício sito na Praça. D. Luís;

O Conselho de Administração aprovou o reforço das provisões relativas às rendas vincendas dos edifícios atrás referidos de forma a considerar um custo superior para o términus dos contratos de arrendamento antecipadamente.

A 31 de dezembro de 2012 o montante provisionado para contratos onerosos ascende a 13.212.379 Euros (5.480.419 Euros em 2011). A 31 de dezembro de 2012, para além da situação acima referida esta rubrica inclui ainda:

o montante de 406.222 Euros para cobertura de gastos de desmantelamento de ativos fixos tangíveis e/ou remoção de instalações e restauração do local.

o valor de 1.390.000 Euros que resulta da avaliação efetuada pela gestão relativamente à

possibilidade de materialização de contingências fiscais.

O valor líquido entre aumentos e reversões das provisões foi registado na Demonstração dos resultados por naturezas nas rubricas de “Provisões (aumentos) / reduções” em 18.505.731 Euros (6.307.212 Euros em 2011).

Garantias prestadas Em 31 de dezembro de 2012 e em 31 de dezembro de 2011, a Empresa tinha assumido compromissos por garantias prestadas a terceiros no montante de, respetivamente, 1.377.326 Euros e 982.002 Euros.

O detalhe das garantias prestadas era como segue:

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Relatório e Contas 2012

261

Garantias Contratos Onerosos De acordo com o estipulado nos contratos de arrendamento dos edifícios da Praça dos Restauradores, Rua do Conde Redondo e Av. Casal Ribeiro, na eventualidade do Estado Português perder a maioria do capital social dos CTT, SA, deverão ser prestadas garantias bancárias on first demand, no montante correspondente a 24 meses de renda que, à data de solicitação, se encontre em vigor.

Passivos Contingentes Em 31 de dezembro de 2012, a Empresa não tem responsabilidades contingentes.

Compromissos Nos períodos findos em 31 de dezembro de 2012 e em 31 de dezembro de 2011, no decurso normal da sua atividade, a Empresa assumiu compromissos de compra como segue:

Estes compromissos respeitam à aquisição de porta tabuleiros à Caddie Portugal no valor de 120 mil Euros, de um empilhador à Manitou com o valor de 18 mil Euros, de postos de etiquetagem à Burótica no valor de 17,2 mil Euros e de uma firewall à PT Prime no montante de 10,8 mil Euros. A Empresa assumiu compromissos financeiros (cartas de conforto) perante o Banco Bilbao Vizcaya Argentaria, S.A e relativamente à sua subsidiária Tourline, SLU no montante de 1.170.769 Euros, os quais ainda se encontram ativos em 31 de dezembro de 2012.

2012 2011

Garantias bancárias a favor de tribunais 822.029 600.709Garantias bancárias solicitadas pela empresa a favor de terceiros:

Autarquias 137.036 120.500ACT Autoridade Condições de Trabalho 146.210 34.046Ana Aeroportos de Portugal 29.000 29.000Alfandega do Freixo 74.820 74.820DRCAL Direcção Regional Contencioso Administrativo de Lisboa 49.880 49.880Secretaria Geral do Ministério da Administração Interna 48.000Autoridade Nacional da Segurança Rodoviária 43.223Governo Civil de Lisboa - 25.000ANACOM - 20.919Portugal Telecom 16.657 16.657Estradas de Portugal 5.000 5.000Instituto das Infra-Estruturas Rodoviárias 3.725 3.725IFADAP 1.746 1.746

1.377.326 982.002

Descrição

2012 2011

Compromissos de compra perante:Fornecedores de ativos fixos tangíveis 166.026 276.456

166.026 276.456

Descrição

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Relatório e Contas 2012

262

24 LOCAÇÕES OPERACIONAIS

Em 31 de dezembro de 2012 e 31 de dezembro de 2011, a Empresa mantinha responsabilidades de médio e longo prazo em contratos de locação operacional de viaturas, com cláusula de penalização em caso de cancelamento. O montante total dos pagamentos futuros destas locações operacionais é o seguinte:

Nos períodos findos em 31 de dezembro de 2012 e a 31 de dezembro de 2011, os gastos incorridos com contratos de locação operacional de viaturas foram, respetivamente, de 5.689.801 Euros e 6.395.411 Euros, encontrando-se reconhecidos em “Rendas e alugueres” na rubrica “Fornecimentos e serviços externos” da Demonstração dos resultados por natureza.

25 FINANCIAMENTOS OBTIDOS

Em 31 de dezembro de 2012 e 31 de dezembro de 2011, a rubrica de “Financiamentos obtidos” apresentava o seguinte detalhe:

Empréstimos bancários e outros empréstimos Em 31 de dezembro de 2012 e 31 de dezembro de 2011, o detalhe dos empréstimos bancários e outros empréstimos era o seguinte:

2012 2011

Até 1 ano 7.043.103 8.456.733Entre 1 ano e 5 anos 6.613.062 11.352.750

13.656.165 19.809.483

2012 2011

Passivo não correnteLocação financeira 2.104.100 2.564.578

2.104.100 2.564.578Passivo corrente

Empréstimos bancários 2.995.872 -Locação financeira 453.146 437.686

3.449.018 437.686

5.553.118 3.002.264

Empréstimos bancários: Millennium BCP 5.000.000 2.995.872 - - - - 02-01-2013 Única5.000.000 2.995.872 - - - -

2012 2011Montante utilizado Montante utilizado

Entidade financiadora

Corrente Limite CorrenteTipo de

amortizaçãoNão

correnteNão

correnteLimite Vencimento

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Relatório e Contas 2012

263

Locação financeira Em 31 de dezembro de 2012 e 31 de dezembro de 2011, as responsabilidades da Empresa com contratos de locação financeira (Nota 7) apresentavam o seguinte plano de vencimento:

Em 31 de dezembro de 2012 e 31 de dezembro de 2011, a Empresa mantém os seguintes bens em regime de locação financeira:

A empresa é locatária em contrato de locação financeira celebrado com IMOLEASING – Sociedade de locação financeira imobiliária, S.A., referente a imóvel sito no concelho da Maia (Porto) onde se encontra implantado o novo Centro Operacional de Correio cuja inauguração ocorreu em dezembro de 2010. A tipologia dos contratos de locação determina o seu enquadramento como uma locação financeira.

Não existem rendas contingentes a pagar nem a imposição de quaisquer restrições. Existe a opção de compra por um valor residual de aproximadamente 6% do valor do contrato.

26 BENEFÍCIOS AOS EMPREGADOS

As responsabilidades com benefícios a empregados referem-se a (i) benefícios pós-emprego – cuidados de saúde e, a (ii) outros benefícios a empregados. Durante os períodos findos em 31 de dezembro de 2012 e em 31 de dezembro de 2011 apresentaram o seguinte movimento:

Até 1 ano 453.146 16.684 469.830 437.686 51.674 489.360Entre 1 ano e 5 anos 2.104.100 33.214 2.137.314 1.833.665 123.776 1.957.441A mais de 5 anos - - - 730.913 6.579 737.492Total 2.557.246 49.898 2.607.144 3.002.264 182.029 3.184.293

Juros Capital Rendas

vincendasJuros

20112012Rendas

vincendasCapital

2011

Terrenos e recursos naturais 7.798.567 815.990 6.982.577 6.982.577

Edifícios e outras construções 81.701 19.796 61.905 65.360

7.880.268 835.786 7.044.482 7.047.937

2012

Depreciações/perdas imparidade acumuladas

Custo Quantia escriturada Quantia escriturada

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Relatório e Contas 2012

264

O detalhe das responsabilidades com benefícios a empregados atendendo à sua exigibilidade é como segue:

Os gastos com benefícios aos empregados reconhecidos na demonstração de resultados por natureza totalizaram o seguinte:

Os gastos relativos à rubrica “Outros benefícios ” dizem essencialmente respeito às responsabilidades que advêm do programa de redução de pessoal de 2012. As responsabilidades com este programa na vertente relativa à suspensão de contratos de trabalho, totalizaram 23.777.219 Euros, sendo reconhecido em gastos de pessoal no período findo em 31 de dezembro de 2012 o montante de 11.168.961 Euros. Cuidados de saúde Conforme referido na Nota 3.15, os CTT são responsáveis pelo financiamento do plano de cuidados de saúde, aplicável a determinados empregados. Para obtenção da estimativa das responsabilidades e do gasto a reconhecer em cada período, é anualmente elaborado estudo

Saldo inícial 272.102.000 48.819.817 320.921.817Movimento do período (19.299.000) 1.386.315 (17.912.685)Saldo final 252.803.000 50.206.132 303.009.132

Saldo inícial 272.123.000 36.132.807 308.255.807Movimento do período (21.000) 12.687.010 12.666.010Saldo final 272.102.000 48.819.817 320.921.817

Cuidados de saúde

Outros benefícios

Total

2012Cuidados de

saúdeOutros

benefícios Total

2011

2012 2011

Passivo não corrente 281.919.352 300.669.522Passivo corrente 21.089.780 20.252.295

303.009.132 320.921.817

20122011

Reexpresso

Gastos do períodoCuidados de saúde 17.608.000 18.576.000Outros benefícios de longo prazo 7.824.526 13.549.015

25.432.526 32.125.015

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Relatório e Contas 2012

265

atuarial por entidade independente, com base no método denominado por “Projected Unit Credit”, e de acordo com pressupostos considerados apropriados e razoáveis.

Os principais pressupostos seguidos na avaliação atuarial foram os seguintes:

A taxa de desconto é estimada com base em taxas de juro de obrigações de dívida privada com qualidade de crédito elevada (“AA” ou equivalente) à data do balanço e com duração equiparável à das responsabilidades com cuidados de saúde.

A redução da taxa de desconto para 4,00% é motivada pela análise efetuada pela Empresa à evolução da realidade macroeconómica tendo em atenção uma constante necessidade de adequação dos pressupostos atuariais e financeiros a essa mesma realidade.

A taxa esperada de crescimento dos salários é determinada de acordo com a política salarial definida pela Empresa. A taxa esperada de crescimento das pensões é determinada em função da evolução estimada para a taxa de inflação e para a taxa de crescimento do PIB. A taxa de crescimento dos gastos com saúde reflete a melhor estimativa para a evolução futura destes gastos, sendo tidos em conta os dados da experiência do plano. Os pressupostos demográficos têm por base as tábuas de mortalidade e de invalidez consideradas apropriadas para efeitos da avaliação atuarial deste plano. A evolução do valor presente das obrigações para com o plano de cuidados de saúde tem sido a seguinte:

2012 2011 2010

Pressupostos financeirosTaxa de desconto 4,00% 5,00% 5,50%Taxa esperada de crescimento dos salários 0% e 2013 e 2014 2,75% 2,75%

2,75% a partir dessa dataTaxa de crescimento das pensões Lei nº. 53-B/2006 Lei nº. 53-B/2006 Lei nº. 53-B/2006

(com ∆ PIB < 2%)Taxa de inflação 2,00% 2,00% 2,00%Taxa crescimento dos custos com saúde 0% e 2013 e 2014 3,00% 3,00%

2% a partir dessa dataPressupostos demográficosTábua de mortalidade TV 88/90 TV 88/90 TV 88/90Tábua de invalidez Swiss RE Swiss RE Swiss RE

2012 2011 2010 2009 2008

Responsabilidades no fim do período 252.803.000 272.102.000 272.123.000 299.454.000 313.807.000

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Relatório e Contas 2012

266

Nos períodos findos em 31 de dezembro de 2012 e em 31 de dezembro de 2011, o movimento ocorrido no valor presente da obrigação de benefícios definidos relativa ao plano de cuidados de saúde foi como segue:

Nos períodos findos em 31 de dezembro de 2012 e em 31 de dezembro de 2011, a composição dos gastos com cuidados de saúde reconhecido na rubrica foi a seguinte:

O total de gastos do período encontra-se reconhecido da seguinte forma:

A melhor estimativa que a Empresa dispõe nesta data, para os gastos com o plano de cuidados de saúde, que espera reconhecer no próximo período anual de 2013 situa-se nos 13.747 milhares de euros. A análise de sensibilidade efetuada para o plano de cuidados de saúde permite concluir o seguinte: (i) Caso ocorresse um aumento de 1 ponto percentual na taxa de crescimento dos gastos médicos e mantendo todas as restantes variáveis constantes, as responsabilidades do plano de saúde seriam de 299.158 milhares de Euros, aumentando cerca de 18,3%. (ii) Se a taxa de desconto reduzisse meio ponto percentual e mantendo todas as restantes variáveis constantes, as responsabilidades aumentariam cerca de 6,9%, ascendendo a 270.246 milhares de Euros.

2012 2011

Saldo inicial 272.102.000 272.123.000Gasto com o serviço do período 4.330.000 4.002.000Gasto financeiro do período 13.278.000 14.574.000Quotas dos aposentados 3.409.494 3.422.000(Pagamento de benefícios) (14.877.637) (15.995.000)(Gastos de estrutura) (1.173.164) (1.040.000)(Ganhos)/perdas atuariais (24.265.693) (4.984.000)Saldo final 252.803.000 272.102.000

20122011

Reexpresso

Gasto com o serviço do período 4.330.000 4.002.000Gasto financeiro do período 13.278.000 14.574.000

17.608.000 18.576.000

20122011

Reexpresso

Gastos com pessoal/benefícios aos empregados (Nota 33) 16.434.836 17.536.596Outros gastos operacionais 1.173.164 1.039.404 Total de gastos do período 17.608.000 18.576.000

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267

Outros benefícios de longo prazo Conforme referido na Nota 3.15, a Empresa tem, em determinadas situações, responsabilidades com o pagamento de salários em situações de “Suspensão de contratos, recolocação e libertação de postos de trabalho”, com a atribuição de subsídios de “Apoio por cessação da atividade profissional” que serão suprimidos a 1 de abril de 2013, com o pagamento da “Taxa de assinatura de telefone”, com “Pensões por acidentes de serviço” e com “Subsídio mensal vitalício”. Para obtenção da estimativa do valor destas responsabilidades e do gasto a reconhecer em cada período, é elaborado anualmente um estudo atuarial por entidade independente, com base no método denominado por “Projected Unit Credit” e de acordo com pressupostos considerados apropriados e razoáveis. Os principais pressupostos seguidos na avaliação destas responsabilidades foram os seguintes:

No apuramento das responsabilidades da Empresa com empregados em situações de “Suspensões de contrato, recolocação e libertação de postos de trabalho” foram consideradas taxas de crescimento salarial de 0% em 2013 e 2014 e de 2,25% nos anos seguintes. A taxa de crescimento salarial de 2,75% foi aplicada aos restantes benefícios dos empregados com exceção da “Taxa de assinatura de telefone” em que não se considerou a atualização do valor. Nos períodos findos em 31 de dezembro de 2012 e em 31 de dezembro de 2011 o movimento das responsabilidades com outros benefícios aos empregados de longo prazo, foi o seguinte:

2012 2011 2010

Pressupostos financeirosTaxa de desconto 4,0% 5,0% 5,5%Taxa de crescimento dos salários 0% e 2013 e 2014 2,75% 2,75%

2,75% a partir dessa dataTaxa de crescimento das pensões Lei nº. 53-B/2006 Lei nº. 53-B/2006 Lei nº. 53-B/2006

(com ∆ PIB < 2%)Taxa de inflação 2,00% 2,0% 2,0%

Pressupostos demográficosTaxa de mortalidade TV 88/90 TV 88/90 TV 88/90Taxa de invalidez Swiss RE Swiss RE Swiss RE

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Relatório e Contas 2012

268

Em 2012 o Conselho de Administração dos CTT deliberou descontinuar a compensação que era atribuída aos trabalhadores que atingiram o termo da sua vida ativa ao serviço da empresa CTT, S.A. – Apoio por cessação da atividade profissional. Deliberou igualmente, nas situações de desligação e reforma que venham a ocorrer na sequência dos pedidos de aposentação e de reforma já apresentados ou que venham a sê-lo até ao dia 31 de Março de 2013, a manutenção do referido benefício (Nota 3.15)

Nos períodos findos em 31 de dezembro de 2012 e em 31 de dezembro de 2011, a composição do gasto com outros benefícios de longo prazo reconhecido na rubrica “Gastos com o pessoal”, foi como segue (Nota 33):

2012 2011Suspensão de contratos, recolocação e libertação de postos de trabalho

Saldo inícial 16.501.232 4.131.151Gasto financeiro do período 1.255.368 966.283Responsabilidades relativas a novos beneficiários 12.556.711 10.467.170Responsabilidades relativas a novos beneficiários (provisionado em anos anteriores) - 3.997.001(Pagamento de benefícios) (3.892.974) (2.036.534)(Ganhos)/perdas atuariais (2.643.118) (1.023.839)Saldo final 23.777.219 16.501.232

Taxa assinatura de telefoneSaldo inícial 14.296.771 14.841.007Gasto financeiro do período 676.602 772.281(Pagamento de benefícios) (1.512.475) (1.581.133)(Ganhos)/perdas atuariais 781.227 264.616Saldo final 14.242.125 14.296.771

Acidentes em serviçoSaldo inícial 7.166.624 6.936.757Gasto financeiro do período 347.635 369.869(Pagamento de benefícios) (425.297) (425.343)(Ganhos)/perdas atuariais 474.977 285.341Saldo final 7.563.939 7.166.624

Subsídio mensal vitalícioSaldo inícial 3.047.431 2.855.189Gasto financeiro do período 149.739 154.080(Pagamento de benefícios) (112.719) (105.526)(Ganhos)/perdas atuariais 607.189 143.688Saldo final 3.691.640 3.047.431

Apoio por cessação da atividade profissionalSaldo inícial 7.807.759 7.368.703Gasto com o serviço do período 345.177 328.867Gasto financeiro do período 384.031 398.923Corte (6.563.175) -(Pagamento de benefícios) (494.746) (710.470)(Ganhos)/perdas atuariais (547.837) 421.736Saldo final 931.209 7.807.759

Total saldos final 50.206.132 48.819.817

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Relatório e Contas 2012

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A melhor estimativa que a Empresa dispõe nesta data, para os gastos com os outros benefícios de longo prazo, que espera reconhecer no próximo período anual de 2013 situa-se nos 1.813 milhares de euros. A análise de sensibilidade efetuada para o plano de “Outros benefícios”, permite concluir que se a taxa de desconto sofresse uma variação negativa de 50 b.p. face à taxa de desconto final de 31 de dezembro de 2012, mantendo tudo o resto constante, poderá traduzir-se num aumento das responsabilidades por serviços passados em cerca de 3,2%, aumentando para 50.852 milhares de Euros.

27 FORNECEDORES E OUTRAS CONTAS A PAGAR

Em 31 de dezembro de 2012 e 31 de dezembro de 2011, as rubricas “Fornecedores” e “Outras contas a pagar” apresentavam a seguinte composição:

Fornecedores Em 31 de dezembro de 2012 e 31 de dezembro de 2011, a antiguidade do saldo das rubricas de “Fornecedores” era conforme se segue:

Outras contas a pagar Em 31 de dezembro de 2012 e 31 de dezembro de 2011 o detalhe dos “Outras contas a pagar” era conforme segue:

2012 2011

Suspensão do contratos, recolocação e libertação de postos de trabalho Gastos correntes (1.387.750) (57.557) Programa de redução do pessoal 12.556.711 10.467.172Taxa assinatura de telefone 1.457.829 1.036.897Acidentes em serviço 822.612 655.210Subsídio mensal vitalício 756.928 297.768Apoio por cessão da atividade profissional Gastos correntes 181.371 1.149.526 Corte (6.563.175) -Total de gastos do período 7.824.526 13.549.016

Empresas Outros Operadores Empresas Outros Operadores do Grupo fornecedores Postais do Grupo fornecedores Postais

Fornecedores, conta corrente: Não vencido 1.433.154 13.738.433 3.770.338 18.941.925 2.041.252 11.995.838 5.662.935 19.700.0250-30 dias 268 2.546.072 - 2.546.340 51.595 1.128.530 - 1.180.12530-90 dias - 3.815.043 1.795.369 5.610.412 - 9.427.120 2.715.021 12.142.14190-180 dias - 248.374 2.411.338 2.659.712 - 51.761 2.097.877 2.149.638180-360 dias - (4.410) 7.256.689 7.252.279 - 99.254 8.353.568 8.452.822> 360 dias - 36.902 27.867.914 27.904.816 - 81.620 21.256.784 21.338.404

1.433.422 20.380.414 43.101.648 64.915.484 2.092.847 22.784.123 40.086.185 64.963.155Fornecedores, facturas em receção e conferência - 1.917.703 - 1.917.703 - 3.250.860 - 3.250.860

1.433.422 22.298.117 43.101.648 66.833.187 2.092.847 26.034.983 40.086.185 68.214.015

2012 2011

Total Total

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Relatório e Contas 2012

270

O acréscimo verificado na rubrica “Certificados de Aforro” é resultante do investimento neste produto financeiro por parte dos aforradores.

A rubrica “ CNP – Centro Nacional de Pensões “ refere-se a valores recebidos do Centro Nacional de Pensões, cuja data de liquidação aos respetivos pensionistas deverá ocorrer no mês seguinte ao encerramento do exercício.

28 ESTADO E OUTROS ENTES PÚBLICOS

Em 31 de dezembro de 2012 e em 31 de dezembro de 2011, a rubrica de “Estado e outros entes públicos” apresentava a seguinte composição:

O passivo corrente relativo ao imposto sobre o rendimento das pessoas coletivas (Nota 38) foi apurado como segue:

2012 2011Corrente

Adiantamentos de clientes 3.049.633 2.824.886Fornecedores de investimentos

Empresas grupo 3.930.799 147.734Outros Fornecedores 1.514.494 6.108.639

Credores por acréscimos de gastosRemunerações a liquidar 31.082.639 19.205.523Custos sociais 7.728.410 4.561.020Outros 10.729.075 8.301.003

CNP-Centro Nacional de Pensões 186.169.916 186.484.578Outros credores

Impostos 25.688.889 25.427.743Vales 21.532.103 21.016.361Certificados de aforro 11.346.698 86.580Cobrança postal 12.255.109 11.584.221Empresas grupo 1.252.870 1.315.572Outros 7.189.979 9.466.975

323.470.614 296.530.835

2012 2011

Passivo correnteImposto sobre o rendimento das pessoas coletivas (Nota 38) 1.001.131 7.284.670Imposto sobre o rendimento das pessoas singulares 2.167.368 2.241.528Imposto sobre o valor acrescentado 1.903.771 2.548.365Contribuições para a Segurança Social 4.410.724 4.488.645Caixa Geral de Aposentações 794.990 849.025Tributos das Autarquias Locais 638.169 526.011Outros Impostos - 202

10.916.154 17.938.446

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Relatório e Contas 2012

271

29 SUBSIDIOS OBTIDOS

Em 31 de dezembro de 2012, a informação relativa a subsídios comunitários (Nota 3.17) era como segue:

Os montantes recebidos de subsídios ao investimento, inicialmente reconhecidos em capital próprio (Nota 20), foram transferidos para a Demonstração de resultados por naturezas, para a rubrica “Outros rendimentos e ganhos”, na medida em que os bens subsidiados foram amortizados (Nota 31).

30 VENDAS E SERVIÇOS PRESTADOS

Nos períodos findos em 31 de dezembro de 2012 e 31 de dezembro de 2011, as categorias significativas do rédito da Empresa eram as seguintes:

As variações verificadas na rubrica “Prestação de serviços de correio” resultam fundamentalmente do decréscimo dos volumes de correio enviados pelos maiores clientes e da intensificação da concorrência na área liberalizada. Os “Outros serviços” dizem respeito fundamentalmente a:

2012 2011

Estimativa de imposto sobre o rendimento ( Nota 38) 19.109.323 20.677.681Estimativa de imposto sobre o rendimento empresas do grupo 5.370.721 6.719.552Pagamentos por conta (19.610.340) (14.940.263)Retenção na Fonte (3.868.573) (5.172.300)

1.001.131 7.284.670

Subsídio

FEDER 9.815.622 9.662.306 153.316 9.431.523 384.099 (111.614) 272.485

9.815.622 9.662.306 153.316 9.431.523 384.099 (111.614) 272.485

Ajustamento imposto diferido

Montante liquido por utilizar

Montante por utilizar

Montante atribuído

Montante recebido

Montante não recebido

Rendimento acumulado

2012 2011

Vendas 23.008.136 22.804.768Prestação de serviços de correio 460.745.881 493.150.815Serviços financeiros postais 35.573.109 37.585.869Dispositivos eletrónicos de matrícula 5.382.191 4.208.776Serviços de Telecomunicações 3.772.017 3.943.261Outros serviços 3.732.262 3.684.927

532.213.596 565.378.416

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272

31 OUTROS RENDIMENTOS E GANHOS

Nos períodos findos em 31 de dezembro de 2012 e 31 de dezembro de 2011 a composição da rubrica de “Outros rendimentos e ganhos” era conforme se segue:

(a) Em 2011, inclui o valor do reconhecimento da mais-valia diferida referente ao edifício da Praça D. Luís. (b) Em 2012, este valor refere-se na totalidade a atualização de dívidas de “Outros devedores”

Os “Rendimentos suplementares” dizem respeito fundamentalmente a:

2012 2011

Troca de documentos 611.869 553.325Certificação de fotocópias 375.195 487.247Subsídio transporte RAM 429.419 510.230Loja virtual Filatelia 212.987 358.647Serviços PT 306.108 372.052MailRoom digital 440.735 457.897Outros serviços diversos 1.355.949 945.529

3.732.262 3.684.927

2012 2011

Amortização de subsídios ao investimento (Notas 20 e 29) 11.267 7.410Rendimentos suplementares 25.065.024 29.280.575Descontos de pronto pagamento obtidos 94.614 29.473Ganhos em inventários 53.320 45.780Alienação ativos fixos tangíveis (a) 2.693.139 7.031.405Diferenças de câmbio favoráveis de ativos e passivos

diferentes de financiamento 2.330.942 2.642.416Rendimentos e ganhos em investimentos não financeiros 531.587 1.851.532Correções relativas a exercícios anteriores - 1.117.093Ganhos regularização de iva - Pro Rata 813.563 -Depósitos em instituições de crédito 13.522.891 19.577.908Outros juros e rendimentos similares (b) 575.418 38.471Outros 1.207.894 338.443

46.899.659 61.960.506

2012 2011

Estudos projectos e assistência técnica 112.444 346.508Royalties 500.000 500.033Prestação serviços a subsidiárias 20.695.686 24.404.980Aluguer espaços em prédios urbanos 2.804.296 2.826.643Outros rendimentos suplementares 952.598 1.202.411

25.065.024 29.280.575

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273

De acordo com esclarecimento nº 26 da Comissão de Normalização Contabilística de maio/2012 os “Juros e rendimentos similares obtidos” que não derivem diretamente do financiamento da entidade deverão afetar o resultado operacional (antes de gastos de financiamento e impostos) pelo que foi feita a respetiva reclassificação em 2011 para a rubrica de “Outros Rendimentos e Ganhos” da demonstração de resultados por natureza.

32 FORNECIMENTOS E SERVIÇOS EXTERNOS

Nos períodos findos em 31 de dezembro de 2012 e 31 de dezembro de 2011, a rubrica de “Fornecimentos e serviços externos” tinha a seguinte composição:

(i) Os gastos com serviços de informática referem-se em particular aos contratos de “outsourcing” de prestação dos referidos serviços;

(ii) Os gastos com “Conservação e reparação” dizem respeito à manutenção dos equipamentos informáticos

(iii) Os gastos com “Energia e fluidos” referem-se fundamentalmente a gasóleo de veículos de mercadorias utilizados no processo produtivo;

(iv) Os gastos com “Transporte de mercadorias” dizem respeito a gastos com o transporte de correio pelas diversas vias (marítima, aérea e terrestre);

(v) Os gastos com “Outras rendas e alugueres” referem-se a gastos com instalações arrendadas a terceiros.

2012 2011

Serviços especializadosServiços informática (i) 25.467.866 25.683.980Serviços empresas Grupo 11.648.711 14.577.190Conservação e reparação (ii) 14.028.802 16.106.017Publicidade e Propaganda 1.561.992 2.301.421Vigilância e Segurança 2.265.315 2.294.034Consultores Externos 2.476.222 1.681.525Outros serviços especializados 2.904.070 2.993.523

Materiais 2.059.920 2.212.793Energia e fluídos (iii) 13.252.799 13.020.470Deslocações e estadas 404.934 458.677Transporte de pessoal 241.249 222.300Transporte de mercadorias (iv) 14.363.381 14.480.640Serviços diversos

Rendas e alugueresAluguer operacional de viaturas (Nota 24) 5.689.801 6.395.411Outras rendas e alugueres (v) 23.148.923 23.937.277

Comunicação 4.802.848 5.598.981Outros serviços 41.223.841 46.585.658

165.540.674 178.549.897

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274

A decomposição dos “Outros Serviços” é como segue:

33 GASTOS COM PESSOAL

Nos períodos findos em 31 de dezembro de 2012 e em 31 de dezembro de 2011, a rubrica de “Gastos com o pessoal” tinha a seguinte composição:

A rubrica “Remunerações do Pessoal” inclui a responsabilidade com o pagamento do subsídio de férias em virtude de a norma que previa a sua suspensão e inscrita no Orçamento de Estado para 2013, ter sido considerada inconstitucional pelo respetivo tribunal. Nos períodos findos em 31 de dezembro de 2012 e em 31 de dezembro de 2011 o nº médio de pessoal ao serviço da Empresa era, respetivamente, 11.921 e 12.468 colaboradores.

2012 2011

Contencioso e Notariado 174.350 125.346Fardamentos 709.044 911.443

Seguros 1.912.930 1.739.699Encarregados de Postos 4.215.330 4.032.734

Limpeza higiene e conforto 3.939.783 4.663.329Serviços p/ Empresas do Grupo 4.761.580 5.724.729

Distribuição 7.054.046 7.626.072Operadores Postais 14.858.777 18.113.843

Outros serviços 3.598.001 3.648.46341.223.841 46.585.658

20122011

Reexpresso

Remunerações dos orgãos sociais (Nota 6) 675.730 594.527Remunerações do pessoal 225.111.767 238.520.547Benefícios aos empregados (Nota 26)

Cuidados de saúde 16.434.836 17.536.596Outros benefícios 8.274.074 14.059.190

Indemnizações 1.132.976 1.223.086Encargos sobre remunerações 46.341.045 48.346.575Seguros de acidente trabalho e doenças profissionais 1.452.002 1.593.042Gastos de acção social 11.726.046 12.995.484

311.148.476 334.869.047

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275

Remunerações dos órgãos sociais Nos períodos findos em 31 de dezembro de 2012 e em 31 de dezembro de 2011 as remunerações fixas atribuídas aos membros do Conselho de Administração da Empresa, foram as seguintes:

Durante o período findo em 31 de dezembro de 2012, e por despacho conjunto dos Ministérios da Economia e das Finanças de 24 de agosto, foi nomeado um novo Conselho de Administração passando, este órgão, a ser constituído por cinco elementos, já que o anterior Conselho de Administração era constituído por apenas três administradores executivos em virtude da renúncia ocorrida no exercício de 2011 de dois administradores. Gastos de ação social Nos períodos findos em 31 de dezembro de 2012 e 31 de dezembro de 2011, esta rubrica inclui, respetivamente, 5.810.058 Euros e 7.053.727 Euros, relativos a encargos com os cuidados de saúde dos trabalhadores no ativo.

34 GASTOS/REVERSÕES DE DEPRECIAÇÃO, AMORTIZAÇÃO E IMPARIDADE DE INVESTIMENTOS

Nos períodos findos em 31 de dezembro de 2012 e em 31 de dezembro de 2011, o detalhe das “Gastos/ reversões de depreciação, amortização e imparidades de investimentos” era o seguinte:

2012 2011

Conselho de AdministraçãoRemunerações fixas 518.968 414.537

518.968 414.537

Depreciações e amortizações2012 2011

Ativos fixos tangíveis ( Nota 7) 16.808.017 15.389.039Propriedades de investimento ( Nota 8) 1.313 1.313Ativos intangíveis ( Nota 10) 2.516.436 2.461.296

19.325.766 17.851.648

Imparidades

2012 2011

Activos fixos tangíveis ( Nota 7) 502.113 -502.113 -

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35 OUTROS GASTOS E PERDAS

Nos períodos findos em 31 de dezembro de 2012 e em 31 de dezembro de 2011, a decomposição da rubrica de “Outros gastos e perdas” era conforme segue:

A variação ocorrida na rubrica “Renda da concessão” é motivada pela entrada em vigor da Lei nº. 17/2012 de 26 de Abril que transpôs para a esfera jurídica nacional a 3ª. Diretiva Postal e veio introduzir alterações significativas no âmbito do serviço universal, reduzindo de forma considerável a base de cálculo daquele montante. A rubrica “Penalidades contratuais” em 31 de dezembro de 2012 diz respeito essencialmente ao desreconhecimento da propriedade de investimento “Campo 24 de agosto”, uma vez que os CTT não acionaram a cláusula de salvaguarda que permitia a sua manutenção na esfera empresarial (nota 8). A mesma rubrica inclui, em 2011, a penalidade relativa à resolução de um contrato de arrendamento em que se encontrava estabelecido um limite temporal que não sendo cumprido implicaria o ressarcimento do locador (edifício da Praça D. Luís I em Lisboa).

36 JUROS E RENDIMENTOS/GASTOS SIMILARES OBTIDOS/SUPORTADOS

No decurso dos períodos findos em 31de dezembro de 2012 e 31 de dezembro de 2011, a rubrica de “Juros e rendimentos similares obtidos” tinha o seguinte detalhe:

2012 2011

Impostos e taxas 1.000.615 1.077.916Dívidas incobráveis 69.557 472.519Abates de ativos fixos tangívies 9.064 1.055.362Perdas em inventários 617.531 254.922Renda da concessão 1.101.936 2.882.309Diferenças de câmbio desfavoráveis de ativos e passivos diferentes de financiamento 2.266.404 2.631.383Donativos 967.786 999.976Quotizações 589.491 606.379Penalidades contratuais 1.361.937 4.970.069Indemnizações 188.498 249.478Serviços bancários 661.225 652.102Juros de mora 634.784 511.472Outros gastos e perdas 470.935 1.466.649

9.939.763 17.830.536

2012 2011

Juros obtidosEmpréstimos a empresas do Grupo 644.978 421.073

644.978 421.073

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No decurso dos períodos findos em 31 de dezembro de 2012 e 31 de dezembro de 2011, a rubrica “Juros e gastos similares suportados” encontrava-se detalhada como se segue:

As perdas de 2011 decorrentes da aplicação da taxa de juro efetiva respeitam ao reconhecimento da atualização da dívida do Ministério da Saúde.

37 EFEITOS E ALTERAÇÕES EM TAXAS DE CÂMBIO

Durante os períodos findos em 31 de dezembro de 2012 e em 31 de dezembro de 2011, a Empresa reconheceu as seguintes diferenças de câmbio:

38 IMPOSTO SOBRE O RENDIMENTO

A Empresa encontra-se sujeita a imposto sobre os lucros em sede de Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Coletivas (“IRC”) à taxa normal de 25%, sendo a Derrama fixada a uma taxa máxima de 1,5% do lucro tributável, e a Derrama estadual de 3% do excedente do lucro tributável em 1.500.000 Euros, atingindo-se uma taxa máxima agregada de cerca de 29,5%.

Reconciliação da taxa de imposto Nos períodos findos em 31 de dezembro de 2012 e em 31 de dezembro de 2011, a reconciliação entre o montante resultante da aplicação da taxa nominal de imposto ao resultado antes de impostos e o gasto com imposto sobre o rendimento foi como segue:

2012 2011

Juros suportadosDescobertos bancários 41.630 52.705Locações financeiras 31.595 55.719Outros juros 35.324 21.113Perdas decorrentes da aplicação da taxa de juro efetiva - 635.447

108.549 764.984

2012 2011

Diferenças de câmbio desfavoráveisActividade operacional

Outros gastos e perdas (nota 35) 2.266.404 2.631.3832.266.404 2.631.383

Diferenças de câmbio favoráveisAtividade operacional

Outros rendimentos e ganhos (nota 31) 2.330.942 2.642.4162.330.942 2.642.416

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Relatório e Contas 2012

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Impostos diferidos Nos períodos findos em 31 de dezembro de 2012 e em 31 de dezembro de 2011 o movimento ocorrido nas rubricas de impostos diferidos foi o seguinte:

20122011

Reexpresso

Resultado antes de impostos 51.929.365 71.483.818Taxa nominal de imposto 25,0% -Taxa nominal de imposto até 12.500€ - 14,0%Taxa nominal de imposto entre 12.500€ e 2.000.000€ - 26,5%Taxa nominal de imposto superior a 2.000.000€ - 29,0%

Imposto esperado 12.982.341 20.678.745Diferenças permanentes

Benefícios fiscais (329.634) (389.781)Mais-valias contabilísticas (65.029) (35.072)Mais-valias fiscais 4.122 14.312Equivalência patrimonial (2.795.299) (5.018.717)Provisões não consideradas para cálculo de impostos diferidos 95.424 (87.136)Perdas e reversões por imparidade 77.823 628.917Outras situações, líquidas 372.183 695.261

Diferenças temporárias:Mais-valias contabilísticas (599.757) (2.003.302)Provisões consideradas para cálculo de impostos diferidos 4.008.391 1.698.930Perdas e reversões por imparidade (531.907) 194.189Depreciações não aceites como custo fiscal 176.392 32.447Desreconhecimento de inventários (81.240) (94.239)Pagamentos a aposentados (4.476.588) (5.055.286)Outras situações, líquidas 6.092.023 8.623.549

Ajustamentos à colecta - Tributação autónoma 543.472 539.363Ajustamentos à colecta - Derrama Municipal 895.755 -Ajustamentos à colecta - Derrama Estadual 2.740.849 -Impacto da alteração da taxa de imposto - (193.559)Excesso de estimativa e restituição de impostos (539.131) (675.160)Outros efeitos, líquidos (5.194.955) (3.887.948)Impostos sobre o rendimento do período 13.375.235 15.665.513

Taxa efetiva de imposto 25,76% 21,91%

Impostos sobre o rendimento do períodoImposto corrente 19.109.321 20.677.681Imposto diferido (5.194.955) (4.337.008)Excesso de estimativa para impostos (539.131) (675.160)

13.375.235 15.665.513

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279

Em 31 de dezembro de 2012 e em 31 de dezembro de 2011, o saldo de impostos diferidos ativos e passivos era composto como segue:

20122011

Reexpresso

Ativos por impostos diferidosSaldo inicial 102.860.551 98.834.743Movimentos do período - Efeito em resultados

Benefícios aos empregados-cuidados de saúde 651.168 1.439.270Benefícios aos empregados-outros benefícios longo prazo 428.516 3.793.798Perdas por imparidade e provisões 3.679.857 781.321Perdas por imparidade ativos fixos tangíveis 145.613 -Mais-valias contabilísticas diferidas (743.699) (1.907.341)Ajustamentos de conversão - desreconhecimento de inventários (81.228) (65.506)Ajustamentos de conversão - valor descontado de dívidas do pessoal (19.510) (15.734)

Movimentos do período - Efeito em capitais própriosBenefícios aos empregados-cuidados de saúde (6.247.878) -

Saldo final 100.673.390 102.860.551

2012 2011

Passivos por impostos diferidosSaldo inicial 6.082.638 6.276.737Movimentos do período

Excedentes de revalorização (282.320) (281.079)Mais-valias suspensas (59.408) (27.972)Subsídios ao investimento (3.338) 114.952

Saldo final 5.737.572 6.082.638

20122011

Reexpresso

Benefícios aos empregados-cuidados de saúde 73.312.870 78.909.580Benefícios aos empregados-outros benefícios longo prazo 14.700.828 14.272.312Mais-valias contabilísticas diferidas 3.897.266 4.640.965Perdas de imparidade e provisões 8.421.836 4.741.979Ajustamento de conversão - desreconhecimento de inventários 157.216 238.444Ajustamento de conversão - valor descontado de dividas do pessoal 37.761 57.271Perdas por imparidade ativos fixos tangíveis 145.613 -

100.673.390 102.860.551

Ativos por impostos diferidos

2012 2011

Excedentes de revalorização 4.529.436 4.811.756Mais-valias suspensas 1.096.522 1.155.930Subsídios ao investimento 111.614 114.952

5.737.572 6.082.638

Passivos por impostos diferidos

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Relatório e Contas 2012

280

SIFIDE A empresa suportou nos períodos de 2006 a 2008 despesas de investigação e desenvolvimento (“I&D”), elegíveis para efeitos de enquadramento no Sistema de Incentivos Fiscais em Investigação e Desenvolvimento Empresarial (SIFIDE), previsto na Lei nº. 40/2005, de 3 de agosto, no montante de aproximadamente, 20.394.000 Euros.

Foram preparadas e entregues as respetivas candidaturas dirigidas à Comissão Certificadora para os Incentivos Fiscais à I&D Empresarial (“Comissão Certificadora”), tendo resultado um crédito fiscal de 4.214.286 Euros, reconhecido no imposto do exercício de 2010. Relativamente ao período de 2009 a candidatura apresentada totalizou 6.126.128 Euros, tendo resultado um crédito fiscal de 576.914 Euros reconhecido no imposto do exercício de 2011.

No que respeita ao exercício de 2010, a candidatura apresentada totalizou 12.336.275 Euros, tendo a Comissão Certificadora para os Incentivos Fiscais à I&D Empresarial, após análise da pronuncia do Grupo em sede de audiência prévia, em que foi manifestada discordância sobre a não elegibilidade dos projetos apresentados. Por notificação de 3 Dezembro de 2012 da suprarreferida Comissão Certificadora foi confirmada a não elegibilidade dos projetos apresentados. Relativamente às despesas incorridas com I&D no exercício económico de 2011, no montante aproximado de 5.287.949, o Grupo terá possibilidade de beneficiar de uma dedução à coleta em sede Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Coletivas (“IRC”) estimada em 2.553.349 Euros, aguardando-se confirmação da Comissão Certificadora. No que se refere às despesas incorridas com I&D no exercício económico de 2012, no montante aproximado de 97.792 Euros, o Grupo terá possibilidade de beneficiar de uma dedução à coleta em sede Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Coletivas (“IRC”) estimada em 8.913 Euros.

Outras informações De acordo com a legislação em vigor, as declarações fiscais estão sujeitas a revisão e correção por parte das autoridades fiscais durante um período de quatro anos (cinco anos para a Segurança Social), exceto quando tenha havido prejuízos fiscais, tenham sido concedidos benefícios fiscais, ou estejam em curso inspeções, reclamações ou impugnações, casos estes em que, dependendo das circunstâncias, os prazos são alongados ou suspensos. Deste modo, as declarações fiscais da Empresa de 2010 podem ser sujeitas a revisão uma vez que as anteriores àquela data já foram sujeitas a inspeção tributária. O Conselho de Administração da Empresa entende que as eventuais correções resultantes de revisões/inspeções por parte das autoridades fiscais àquelas declarações de impostos não terão um efeito significativo nas demonstrações financeiras.

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Relatório e Contas 2012

281

39 HONORÁRIOS E SERVIÇOS DOS AUDITORES

Nos períodos findos em 31 de dezembro de 2012 e em 31 de dezembro de 2011, os honorários e serviços prestados pelos auditores da Empresa foram os seguintes:

40 INFORMAÇÃO SOBRE MATÉRIAS AMBIENTAIS

A atividade dos CTT é de natureza essencialmente não industrial, sendo relativamente reduzida a incorporação de inputs materiais nos seus processos de fornecimento, sendo a sua pegada ecológica direta limitada. Uma análise comparativa empírica permite estimar que o peso dos impactes ambientais da atividade dos CTT é em termos relativos, bastante inferior ao contributo da empresa para geração de valor no tecido económico e social nacional. Em termos de politica ambiental a Empresa pretende ter cobertos e dominados todos os aspetos da conformidade legal, tendo assumido compromissos em termos da melhoria continuada do desempenho ambiental tendo subscrito um seguro de responsabilidade civil destinado a assegurar a cobertura de responsabilidades ambientais decorrentes da transposição para o ordenamento jurídico português, através do Decreto-Lei n.º14/2008 de 29 de Julho, da Diretiva relativa à responsabilidade administrativa pela prevenção e reparação de danos ambientais, nomeadamente, (i) danos causados às espécies e habitats naturais protegidos, (ii) danos causados à água e contaminação do solo através de poluição que criem um risco significativo à saúde humana. Este tema encontra-se desenvolvido com profundidade no capítulo “Sustentabilidade” do Relatório de Governo da Sociedade anexo ao Relatório e Contas 2012. Não existem, quaisquer passivos de carácter ambiental nem obrigações presentes, quer legais, quer construtivas relacionadas com matérias ambientais que devam dar origem à constituição de provisões.

41 PRESTAÇÃO DO SERVIÇO DE MEDIAÇÃO DE SEGUROS

Conforme dispõe a Norma Regulamentar do Instituto de Seguros de Portugal nº. 15/2009-R de 30 de dezembro de 2009 a Empresa irá publicar no seu sítio institucional, www.ctt.pt a informação

2012 2011

Serviços de revisão legal de contas 81.320 93.470Serviços de auditoria externa 110.772 92.159Outros serviços 2.349 -

194.441 185.629

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Relatório e Contas 2012

282

pertinente respeitante à atividade de mediação de seguros nos termos do artº. 4º. da acima referida Norma Regulamentar.

42 OUTRAS INFORMAÇÕES

ACORDO DE EMPRESA Após um longo e exigente processo negocial a Empresa chegou a acordo com todos os Sindicatos que participaram nas negociações para celebração de um Novo Acordo de Empresa (AE). A celebração de um único AE terá efeitos ao nível da simplificação da gestão e ao nível do clima social e do reforço da estabilização das relações coletivas de trabalho na Empresa, elementos fundamentais para os novos desafios num contexto de liberalização plena. BANIF Em 7 de abril de 2006 o Banco Internacional do Funchal (BANIF), interpôs contra os CTT – Correios de Portugal, que foram pessoalmente citados em 27 de junho de 2006, uma ação de processo ordinário pedindo a execução do MoU (princípios de acordo) de constituição do Banco Postal e subsidiariamente, caso se entenda não exequível esta condenação, a obrigação de indemnizar o BANIF por danos emergentes e lucros cessantes, ascendendo o pedido a 100.000.000 Euros acrescido de juros vincendos. Sendo certo que o consultor legal da Empresa entende pouco provável, numa classificação a três níveis, de pouco a muito provável, que os pedidos deduzidos pelo BANIF sejam julgados procedentes, decidiu-se não constituir qualquer provisão para este fim. De referir de igual modo que o período de exercício de direito de preferência a exercer pela Caixa Geral de Depósitos cessou em janeiro de 2008. Em 12 de janeiro de 2011 o Tribunal considerou não provados os factos essenciais que sustentam os pedidos de indemnização do BANIF e provados fatos alegados pela Empresa que contraditam a tese defendida pelo BANIF. Por sentença de 2 de dezembro de 2011, foram os CTT absolvidos do pedido formulado pelo BANIF, que interpôs recurso desta decisão para o Tribunal da Relação de Lisboa onde se encontra a decorrer os seus termos. Em 28 de março de 2013 através de requerimento enviado ao Tribunal da Relação de Lisboa, o BANIF desistiu de todos os pedidos formulados inclusive do recurso referido no parágrafo anterior. SINDETELCO Após o termo do exercício foram os CTT notificados da decisão proferida pelo 4º. Juízo 2ª. Secção do Tribunal de Trabalho de Lisboa na ação intentada pelo SINDETELCO – Sindicato Democrático dos Trabalhadores das Comunicações e dos Media contra os CTT, com fundamento na redução indevida de retribuições e congelamento da progressão na carreira dos trabalhadores seus associados,

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Relatório e Contas 2012

283

aplicada no âmbito das medidas governamentais definidas para o universo das empresa públicas. Desta decisão que condena os CTT no pedido, entendeu a Empresa apresentar recurso para o Tribunal Constitucional, pelo que de forma a obter um efeito suspensivo da mesma, foi prestada uma garantia bancária no montante de 500 mil Euros. Por decisão de 26 de Abril de 2012, o Tribunal Constitucional deu provimento ao recurso interposto, considerando constitucionais as reduções efetuadas e o congelamento da progressão das carreiras, tendo o processo baixado ao Tribunal recorrido com vista à prolação de decisão em conformidade com o juízo de constitucionalidade emitido. Foi já devolvida a garantia bancária prestada. SNTCT Em 17 de setembro de 2012 os CTT foram citadas para uma ação judicial interposta no Tribunal de Trabalho de Lisboa pelo Sindicato Nacional dos Trabalhadores dos Correios e Telecomunicações (SNTCT), pedindo a condenação da empresa no pagamento das quantias que, relativamente aos trabalhadores seus associados, tivesse descontado ou viesse a descontar nas respetivas retribuições e a título de subsídio de férias de natal de 2012 ao abrigo dos arts. 20º e 21º da Lei nº 64-B/2011 (LOE 2012). Por sentença de 22 de janeiro de 2013 foram os CTT absolvidos do pedido, tendo o SNTCT interposto recurso da referida decisão para o Tribunal da Relação de Lisboa, que se encontra pendente. Não ocorreu qualquer outro facto relevante, considerado material, para a atividade da Empresa que não tenha sido divulgado no anexo às demonstrações financeiras. CONTRATO DE CONCESSÃO

A Lei n.º 17/2012, de 26 de abril, transpôs para a ordem jurídica interna a Diretiva nº 2008/6/CE, do Parlamento Europeu e do Conselho, de 20 de fevereiro de 2008 (também designada por 3ª Diretiva Postal), estabelecendo o regime jurídico aplicável à prestação de serviços postais, em plena concorrência, quer no território nacional quer na prestação de serviços internacionais com origem ou destino no território nacional. No capítulo das disposições finais e transitórias desta Lei é referido que os CTT - Correios de Portugal, SA (CTT) são o prestador do serviço postal universal, até 31 de dezembro de 2020.

O contrato de concessão para prestação do serviço postal universal assinado entre o Estado Português e os CTT em 1 de setembro de 2000 estabeleceu um período de vigência de 30 anos, i.e., uma vigência até 1 de setembro de 2030.

Uma alteração ao período de vigência do contrato de concessão em vigor requer um acordo entre as partes. Dado que o processo de modificação do contrato de concessão ainda se encontra em curso, a Empresa entende que não há fundamentação para alterar as políticas contabilísticas que tem adotado na preparação das suas demonstrações financeiras. Adicionalmente, o fim do contrato de concessão não impede a prestação de serviços postais fruto da liberalização do mercado acima referida.

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Relatório e Contas 2012

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43 ACONTECIMENTOS SUBSEQUENTES

No seguimento do Acórdão nº 187/2013 em que foram consideradas inconstitucionais as suspensões do subsídio de férias previstos nos art.º 29º e 77º da Lei do Orçamento de Estado para 2013, o Grupo decidiu reconhecer nas contas do presente exercício económico a respetiva responsabilidade estimada em cerca de 18 milhões de Euros. Após o termo do exercício e até à presente data, verificou-se que pelo despacho nº 2468/12 – SETF de 28 de dezembro foi determinada a transferência para a Parpública da participação financeira que o Estado Português detém nos CTT. Esta transferência efetivou-se a 31 de janeiro de 2013, data a partir da qual aquela entidade assume a correspondente posição como acionista. As demonstrações financeiras para o período findo em 31 de dezembro de 2012 foram aprovadas pelo Conselho de Administração da Empresa e autorizadas para emissão em 30 de abril de 2013. Contudo, as mesmas estão ainda sujeitas a aprovação pela Assembleia Geral de Acionistas nos termos da legislação comercial em vigor em Portugal. O DIRECTOR DA CONTABILIDADE E TESOURARIA O CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO

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Relatório e Contas 2012

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PARTE III – RELATÓRIO DE GOVERNO DA SOCIEDADE

Índice

0. Declaração de cumprimento 286 0.1. Estrutura 286 0.2. Declaração de conformidade 292 0.3. Resolução do Conselho de Ministros nº 49/2007 294

1. Divulgação da informação 299 1.1. Estrutura organizacional do Grupo 299 1.2. Estrutura acionista 306 1.3. Política de dividendos 306 1.4. Auditores 308 1.5. Remunerações dos administradores 308 1.6. Outras informações relativas ao órgão de administração 313

2. Órgãos sociais 314 2.1. Assembleia Geral 315 2.2. Conselho de Administração 316 2.3. Conselho Fiscal e Revisor Oficial de Contas 320 2.4. Comissão de vencimentos 322

3. Exercício do direito de voto e representação dos acionistas 322

4. Regras societárias 323 4.1. Código de Ética 323 4.2. Regime jurídico aplicável 327

5. Sistema de gestão e controlo de riscos 328 5.1. Principais fatores de risco inerentes aos negócios do Grupo CTT 328 5.2. Controlo interno 331

6. Relações com investidores 335 6.1. Deveres especiais de informação 335 6.2. Informação no site da empresa e no site do SEE 336

7. Relações com fornecedores 337

8. Investigação e desenvolvimento 343

9. Sustentabilidade 343 9.1. Responsabilidade social 343 9.2. Reporting social 346 9.3. Política de gestão ambiental 346

10. Cumprimento das orientações legais - Ofício circular nº 843 – 30 janeiro 2013 da DGTF 352

11. Currículos dos membros do Conselho de Administração 362

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Relatório e Contas 2012

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0. Declaração de cumprimento

0.1. Estrutura

O conteúdo do Relatório de Governo da Sociedade obedece ao estabelecido pelo acionista no

documento “Um compromisso com a excelência na gestão do Grupo CTT” de 13 de setembro de

2006 e à Resolução do Conselho de Ministros (RCM) nº 49/2007, de 28 de março, que aprovou os

princípios de bom governo das empresas do Sector Empresarial do Estado.

Como as ações dos CTT não estão cotadas no mercado de capitais, dado que são detidas na

totalidade pelo acionista único – Estado, não se aplica aos CTT o Regulamento n.º 1/2010 da

Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM). Atentos às melhores práticas e certos que a

informação é fundamental para assegurar a transparência, o rigor e a integridade do governo da

sociedade, os CTT adotam a maioria das recomendações do Código de Governo das Sociedades3

divulgadas pela CMVM, com as limitações decorrentes do acima referido. O conteúdo do presente

relatório segue a orientação do acionista, com sequência e numeração distinta do estabelecido no

Anexo I do Regulamento da CMVM.

De seguida indicam-se os capítulos do Relatório de Governo da Sociedade que correspondem às

Recomendações da CMVM. Por ser uma sociedade fechada dispensamo-nos de transcrever na

íntegra o conteúdo das mesmas quando não aplicáveis.

3 Código de Governo das Sociedades disponível em www.cmvm.pt

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Relatório e Contas 2012

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Recomendação da CMVM Adoção Capítulo I. ASSEMBLEIA GERAL I.1 MESA DA ASSEMBLEIA GERAL I.1.1. O Presidente da mesa da Assembleia Geral deve dispor de recursos humanos e logísticos de apoio que sejam adequados às suas necessidades, …

Sim 2.1

I.1.2. A remuneração do Presidente da mesa da Assembleia geral deve ser divulgada no relatório anual sobre o Governo da Sociedade.

Sim 2.1

I.2 PARTICIPAÇÃO NA ASSEMBLEIA I.2.1 A antecedência imposta para a receção, pela mesa, das declarações de depósito ou bloqueio das ações…

n.a.(1) -

I.2.2 Em caso de suspensão da reunião da Assembleia Geral, a sociedade não deve obrigar ao bloqueio durante todo o período…

n.a.(1) -

I. 3. VOTO E EXERCÍCIO DO DIREITO DE VOTO I.3.1. As sociedades não devem prever qualquer restrição estatutária ao voto por correspondência…

Não(1) 3

I.3.2. O prazo estatutário de antecedência para a receção da declaração de voto emitida por correspondência…

Não(1) 3

I.3.3. As sociedades devem assegurar a proporcionalidade entre os direitos de voto e a participação acionista, …

n.a.(1) -

I.4 QUÓRUM DELIBERATIVO

As sociedades não devem fixar um quórum deliberativo superior ao previsto por lei.

n.a.(1) -

I.5. ACTAS E INFORMAÇÃO SOBRE DELIBERAÇÕES ADOPTADAS. Extratos de ata das reuniões da Assembleia Geral, ou documentos de conteúdo equivalente, devem ser disponibilizados aos acionistas no sítio na Internet da sociedade, …

Não(1) -

I.6. MEDIDAS RELATIVAS AO CONTROLO DAS SOCIEDADES n.a.(1) - II. ÓRGÃOS DE ADMINISTRAÇÃO E FISCALIZAÇÃO II.1. TEMAS GERAIS II.1.1. ESTRUTURA E COMPETÊNCIA II.1.1.1. O órgão de administração deve avaliar no seu relatório anual sobre o Governo da Sociedade o modelo adotado, identificando eventuais constrangimentos ao seu funcionamento e propondo medidas de atuação que, no seu juízo, sejam idóneas para os superar.

Não -

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Relatório e Contas 2012

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Recomendação da CMVM Adoção Capítulo II.1.1.2. As sociedades devem criar sistemas internos de controlo e gestão de riscos, em salvaguarda do seu valor e em benefício da transparência do seu governo societário, que permitam identificar e gerir o risco. Esses sistemas devem integrar, pelo menos, as seguintes componentes: i) fixação dos objetivos estratégicos da sociedade em matéria de assunção de riscos; ii) identificação dos principais riscos ligados à concreta atividade exercida e dos eventos suscetíveis de gerar riscos; iii) análise e mensuração do impacto e da probabilidade de ocorrência de cada um dos riscos potenciais; iv) gestão do risco com vista ao alinhamento dos riscos efetivamente incorridos com a ação estratégica da sociedade quanto à assunção de riscos; v) mecanismos de controlo da execução das medidas de gestão de risco adotadas e da sua eficácia; vi) adoção de mecanismos internos de informação e comunicação sobre as diversas componentes do sistema e de alertas de riscos; vii) avaliação periódica do sistema implementado e adoção das modificações que se mostrem necessárias.

Sim 5

II.1.1.3. O órgão de administração deve assegurar a criação e funcionamento dos sistemas de controlo interno e de gestão de riscos, cabendo ao órgão de fiscalização a responsabilidade pela avaliação do funcionamento destes sistemas e propor o respetivo ajustamento às necessidades da sociedade.

Sim 2.3 e 5

II.1.1.4. As sociedades devem, no relatório anual sobre o Governo da Sociedade: i) identificar os principais riscos económicos, financeiros e jurídicos a que a sociedade se expõe no exercício da atividade; ii) descrever a atuação e eficácia do sistema de gestão de riscos.

Sim 5

II.1.1.5. Os órgãos de administração e fiscalização devem ter regulamentos de funcionamento os quais devem ser divulgados no sítio na Internet da sociedade.

Não -

II.1.2 INCOMPATIBILIDADES E INDEPENDÊNCIA n.a.(2) - II.1.3 ELEGIBILIDADE E NOMEAÇÃO II.1.3.1. Consoante o modelo aplicável, o Presidente do Conselho Fiscal, … deve … possuir as competências adequadas ao exercício das respetivas funções.

Sim 2.3

II.1.3.2. O processo de seleção de candidatos a administradores não executivos…

n.a.(2) -

II.1.4 POLÍTICA DE COMUNICAÇÃO DE IRREGULARIDADES Sim - II.1.5. REMUNERAÇÃO II.1.5.1. A remuneração dos membros do órgão de administração deve ser estruturada de forma a permitir o alinhamento dos interesses daqueles com os interesses de longo prazo da sociedade, basear-se em avaliação de desempenho e desincentivar a assunção excessiva de riscos. Para este efeito, as remunerações devem ser estruturadas, nomeadamente, da seguinte forma:

Sim(3) 0.3 e 1.5

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Relatório e Contas 2012

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Recomendação da CMVM Adoção Capítulo (i) A remuneração dos administradores que exerçam funções executivas deve integrar uma componente variável cuja determinação dependa de uma avaliação de desempenho, realizada pelos órgãos competentes da sociedade, de acordo com critérios mensuráveis predeterminados, que considere o real crescimento da empresa e a riqueza efetivamente criada para os acionistas, a sua sustentabilidade a longo prazo e os riscos assumidos, bem como o cumprimento das regras aplicáveis à atividade da empresa.

Sim(3) 0.3 e 1.5

(ii) A componente variável da remuneração deve ser globalmente razoável em relação à componente fixa da remuneração, e devem ser fixados limites máximos para todas as componentes.

Sim(3) 0.3 e 1.5

(iii) Uma parte significativa da remuneração variável deve ser diferida por um período não inferior a três anos, e o seu pagamento deve ficar dependente da continuação do desempenho positivo da sociedade ao longo desse período.

Sim(3) 1.5

(iv) Os membros do órgão de administração não devem celebrar contratos, quer com a sociedade, quer com terceiros, que tenham por efeito mitigar o risco inerente à variabilidade da remuneração que lhes for fixada pela sociedade.

Sim(4) 1.5

(v) Até ao termo do seu mandato, devem os administradores executivos manter as ações da sociedade…

n.a.(1) -

(vi) Quando a remuneração variável compreender a atribuição de opções… n.a.(1) - (vii) Devem ser estabelecidos os instrumentos jurídicos adequados para que a compensação estabelecida para qualquer forma de destituição sem justa causa de administrador não seja paga se a destituição ou cessação por acordo é devida a desadequado desempenho do administrador.

Sim(4) 1.5

(viii) A remuneração dos membros não executivos do órgão de administração… n.a.(2) - II.1.5.2. A declaração sobre a política de remunerações dos órgãos de administração e fiscalização a que se refere o artigo 2.º da Lei n.º 28/2009, de 19 de junho, deve, …

n.a.(5) -

II.1.5.3. A declaração sobre a política de remunerações a que se refere o art. 2.º da Lei n.º 28/2009 deve abranger igualmente …

n.a.(5) -

II.1.5.4. Deve ser submetida à Assembleia Geral a proposta relativa à aprovação de planos de atribuição de ações…

n.a.(1) -

II.1.5.6. Pelo menos um representante da Comissão de Remunerações deve estar presente nas Assembleias Gerais de acionistas.

n.a. -

II.1.5.7. Deve ser divulgado, no relatório anual sobre o Governo da Sociedade, o montante da remuneração recebida, de forma agregada e individual, em outras empresas do Grupo e os direitos de pensão adquiridos no exercício em causa.

n.a.(6) -

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Relatório e Contas 2012

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Recomendação da CMVM Adoção Capítulo II.2. CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO II.2.1. Dentro dos limites estabelecidos por lei para cada estrutura de administração e fiscalização, e salvo por força da reduzida dimensão da sociedade, o Conselho de Administração deve delegar a administração quotidiana da sociedade, devendo as competências delegadas ser identificadas no relatório anual sobre o Governo da Sociedade.

Sim 1.1

II.3. ADMINISTRADOR DELEGADO, COMISSÃO EXECUTIVA E CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO EXECUTIVO

II.3.1. Os administradores que exerçam funções executivas, quando solicitados por outros membros dos órgãos sociais, devem prestar, em tempo útil e de forma adequada ao pedido, as informações por aqueles requeridas.

Sim -

II.3.2. O presidente da Comissão Executiva deve remeter… n.a.(2) - II.3.3. O presidente do Conselho de Administração executivo deve remeter ao presidente do Conselho Geral e de Supervisão e ao Presidente da comissão para as matérias financeiras, …

n.a.(2) -

II.4. CONSELHO GERAL E DE SUPERVISÃO, COMISSÃO PARA AS MATÉRIAS FINANCEIRAS, COMISSÃO DE AUDITORIA E CONSELHO FISCAL

II.4.1. O Conselho Geral e de Supervisão… n.a.(2) - II.4.2. Os relatórios anuais sobre a atividade desenvolvida pelo … Conselho Fiscal devem ser objeto de divulgação no sítio da internet da sociedade, em conjunto com os documentos de prestação de contas.

Sim -

II.4.3. Os relatórios anuais sobre a atividade desenvolvida pelo … Conselho Fiscal devem incluir a descrição sobre a atividade de fiscalização desenvolvida referindo, nomeadamente, eventuais constrangimentos deparados.

Sim -

II.4.4. O … Conselho Fiscal … deve representar a sociedade, para todos os efeitos, junto do Auditor Externo, competindo-lhe, designadamente, propor o prestador destes serviços, a respetiva remuneração, zelar para que sejam asseguradas, dentro da empresa, as condições adequadas à prestação dos serviços, bem assim como ser o interlocutor da empresa e o primeiro destinatário dos respetivos relatórios.

Não -

II.4.5. O … Conselho Fiscal, … deve anualmente avaliar o Auditor Externo e propor à Assembleia Geral a sua destituição sempre que se verifique justa causa para o efeito.

Não -

II.4.6. Os serviços de auditoria interna e os que velem pelo cumprimento das normas aplicadas à sociedade (serviços de compliance) devem reportar funcionalmente … ao Conselho Fiscal, independentemente da relação hierárquica que esses serviços mantenham com a administração executiva da sociedade.

Não -

II.5. COMISSÕES ESPECIALIZADAS II.5.1. Salvo por força da reduzida dimensão da sociedade, o Conselho de Administração … deve criar as comissões que se mostrem necessárias …

n.a.(2) -

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Relatório e Contas 2012

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Recomendação da CMVM Adoção Capítulo II.5.2. Os membros da Comissão de Remunerações ou equivalente devem ser independentes relativamente aos membros do órgão de administração e incluir pelo menos um membro com conhecimentos e experiência em matérias de política de remuneração.

Sim 2.4

II.5.3. Não deve ser contratada para apoiar a Comissão de Remunerações no desempenho das suas funções qualquer pessoa singular ou coletiva que preste ou tenha prestado, nos últimos três anos, serviços a qualquer estrutura na dependência do Conselho de Administração, ao próprio Conselho de Administração da sociedade ou que tenha relação atual com consultora da empresa. Esta recomendação é aplicável igualmente a qualquer pessoa singular ou coletiva que com aquelas se encontre relacionada por contrato de trabalho ou prestação de serviços.

Sim -

II.5.4. Todas as comissões devem elaborar atas das reuniões que realizem. Sim - III. INFORMAÇÃO E AUDITORIA III.1 DEVERES GERAIS DE INFORMAÇÃO III.1.1. As sociedades devem assegurar a existência de um permanente contacto com o mercado, respeitando o princípio da igualdade dos acionistas e prevenindo as assimetrias no acesso à informação por parte dos investidores. Para tal deve a sociedade manter um Gabinete de Apoio ao Investidor.

n.a.(2) -

III.1.2. A seguinte informação disponível no sítio da internet da sociedade deve ser divulgada em inglês:

-

a) A firma, a qualidade de sociedade aberta, a sede e os demais elementos mencionados no artigo 171.º do Código das Sociedades Comerciais;

Sim/n.a. (1)

b) Estatutos; Não c) Identidade dos titulares dos órgãos sociais e do representante para as relações com o mercado;

Sim/n.a. (1)

d) Gabinete de Apoio ao Investidor, respetivas funções e meios de acesso; n.a. e) Documentos de prestação de contas; Sim f) Calendário semestral de eventos societários; Não g) Propostas apresentadas para discussão e votação em Assembleia Geral; Não h) Convocatórias para a realização de Assembleia Geral. Não III.1.3. As sociedades devem promover a rotação do auditor ao fim de dois ou três mandatos, conforme sejam respetivamente de quatro ou três anos. A sua manutenção além deste período deverá ser fundamentada num parecer específico do órgão de fiscalização que pondere expressamente as condições de independência do auditor e as vantagens e os custos da sua substituição.

Sim(8) -

III.1.4. O auditor externo deve, no âmbito das suas competências, verificar a aplicação das políticas e sistemas de remunerações, a eficácia e o funcionamento dos mecanismos de controlo interno e reportar quaisquer deficiências ao órgão de fiscalização da sociedade.

Sim 5

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Relatório e Contas 2012

292

Recomendação da CMVM Adoção Capítulo III.1.5. A sociedade não deve contratar ao auditor externo, nem a quaisquer entidades que com eles se encontrem em relação de participação ou que integrem a mesma rede, serviços diversos dos serviços de auditoria. Havendo razões para a contratação de tais serviços – que devem ser aprovados pelo órgão de fiscalização e explicitadas no seu relatório anual sobre o Governo da Sociedade – eles não devem assumir um relevo superior a 30% do valor total dos serviços prestados à sociedade.

Sim -

IV. CONFLITOS DE INTERESSES IV.1. RELAÇÕES COM ACCIONISTAS n.a.(1)

Notas:

n.a. – não aplicável.

(1) Os CTT são uma empresa fechada (empresa pública). (2) O modelo de sociedade aprovado pelo acionista para os CTT é o latino que integra um Conselho de Administração, um

Conselho Fiscal e um Revisor Oficial de Contas (ROC). (3) De acordo com o artigo 29º da Lei nº 55-A/2010 de 31 de dezembro (OE/2011) durante o período de execução do

Programa de Estabilidade e Crescimento 2010-2013 não será atribuída qualquer componente variável da remuneração.

(4) Ao Conselho de Administração aplicam-se as regras do Estatuto do Gestor Público, aprovado pelo Decreto-Lei nº 71/2007, de 27 de março, com as alterações introduzidas pelo Decreto-Lei nº 8/2012 de 18 de janeiro.

(5) A Comissão de Vencimentos está limitada por despacho conjunto dos Secretário de Estado do Tesouro e Finanças e Secretário de Estado Adjunto das Obras Públicas e Comunicações.

(6) Os administradores não auferem estas regalias. (7) Em todos os mandatos o administrador financeiro tem rodado. (8) De acordo com as melhores práticas a empresa procedeu em 2012 a uma consulta ao mercado para seleção de um

novo auditor externo tendo sido selecionada a KPMG. A PricewaterhouseCoopers manteve-se como SROC, ainda que com outra equipa responsável pela revisão de contas.

0.2. Declaração de conformidade

Os CTT não estão no mercado de capitais, pelo que não se lhes aplicam as recomendações da

CMVM.

Os CTT implementam regras societárias, alinhadas com as melhores práticas nacionais e

internacionais, visando responder às necessidades de responsabilização, de transparência e de

qualidade das práticas internas e de divulgação, clara e atempada, da informação relevante sobre a

atividade da empresa.

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Relatório e Contas 2012

293

Destacam-se:

Elaboração e divulgação a todos os trabalhadores do Código de Ética que contempla os valores e

normas de conduta que os CTT, os seus responsáveis e demais trabalhadores devem observar;

criação da Comissão de Ética; criação da figura de Ethics Officers em cada empresa dos CTT,

visando o reforço da aplicação das normas de conduta definidas no Código de Ética; aprovação

do Sistema de Comunicação de Irregularidades sob a supervisão da Comissão de Ética, que inclui

um endereço próprio de e-mail e uma morada postal;

Aprovação da Política Integrada de Qualidade, Ambiente e Segurança dos CTT, reafirmando a

adoção dos princípios de desenvolvimento sustentável;

Identificação dos financial officers das empresas dos CTT, responsáveis por assegurar a proteção,

equilíbrio e preservação dos interesses dos stakeholders;

Criação da responsabilidade compliance com representação orgânica e identificação dos

compliance officers; aprovação do Manual de Compliance com vista a mitigar os riscos

decorrentes da utilização do sistema financeiro dos CTT para efeitos de branqueamento de

capitais e financiamento do terrorismo;

Criação de comissões especializadas: Comissão de Comunicação, Comissão de Gestão

Imobiliária e Comissão de Crédito (vide 1.1 infra);

Aprovação do Manual de Investimentos para o Grupo CTT e criação do Comité de Investimento

composto pelos responsáveis das unidades corporativas Estratégia e Desenvolvimento (que

coordena), Planeamento e Controlo de Gestão e Finanças e Gestão do Risco;

Lançamento de Política de Compras Responsáveis, incluindo regras de relacionamento com

fornecedores;

Aprovação do Manual de Cash Management do Grupo CTT com o objetivo de definir regras e

implementar procedimentos para as empresas do Grupo, que assegurem e operacionalizem uma

efetiva gestão diária, ótima e eficiente, de saldos de tesouraria, potenciando os recursos

disponíveis e alavancando a imagem, importância e impacto que a marca CTT tem no mercado

financeiro nacional. Criação do Comité de Tesouraria, cuja missão é o acompanhamento, análise

e gestão do processo de Cash Management;

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Relatório e Contas 2012

294

Aprovação do processo de Gestão de Risco Corporativo, contemplando a Política de Gestão do

Risco e o Manual de Gestão do Risco, o qual visa estabelecer e divulgar quer os procedimentos

que devem orientar o referido processo, quer as funções e responsabilidades chave, assim como

as técnicas e ferramentas de suporte ao Sistema de Gestão do Risco. Aprovação dos “Princípios

orientadores da Política de Segurança da Informação e sua classificação”, o “Manual Interno de

Estabelecimento de Parcerias” e o “Novo modelo de Gestão da Inovação” no âmbito do

desenvolvimento do programa de mitigação dos riscos corporativos. Criação da unidade Finanças

e Gestão do Risco Corporativo, com a incumbência de coordenação centralizada de todo o

processo de Gestão do Risco dos CTT e de gerir o processo de planeamento e implementação de

programas de ação sobre os riscos identificados. Criação do Comité de Gestão do Risco tendo em

vista o reforço do envolvimento e comprometimento organizacional em torno da temática do

risco;

Aprovação dos Estatutos do Provedor do Cliente dos CTT, que resultou de uma revisão dos

anteriores Estatutos da Provedoria dos CTT, S.A. visando a sua modernização e adequação da

realidade atual.

Os CTT publicam anualmente o seu Relatório e Contas, que inclui o Relatório de Governo da

Sociedade, e o Relatório de Sustentabilidade, ambos divulgados no seu website (www.ctt.pt). Desde

2006 são também publicados Relatórios e Contas semestrais, incluindo o Relatório de Governo da

Sociedade.

0.3. Resolução do Conselho de Ministros nº 49/2007

A Resolução do Conselho de Ministros (RCM) nº 49/2007, de 28 de março, aprovou os princípios de

bom governo das empresas do Sector Empresarial do Estado.

Na tabela seguinte apresenta-se o grau de cumprimento dos princípios definidos na RCM e o

capítulo do Relatório e Contas ou do respetivo Anexo – Relatório de Governo da Sociedade, em que

são referidos.

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Relatório e Contas 2012

295

Princípios de bom governo (RCM nº49/2007) Aplicado Capítulo do Relatório 1 – Missão, objetivos e políticas da empresa Sim Parte I - 2 2 – Regulamentos internos e externos a que a empresa

está sujeita Sim Parte III – 1.2, 4.1, 4.2 e 10

3 – Informação sobre transações relevantes com entidades relacionadas

Sim Parte II – nota 42

4 – Informação sobre outras transações Sim Procedimentos adotados em matéria de aquisição de bens e serviços

Parte III - 7

Lista dos principais fornecedores Parte III - 7 5 – Identificação do modelo de governo e dos membros

dos órgãos sociais: Sim

a) membros dos órgãos sociais, funções e responsabilidades

Parte III – 2

b) auditor externo Parte III – 1.4

6 – Remunerações dos membros dos órgãos sociais (informação detalhada em tabela própria a seguir)

Sim Parte III – 1.5, 2.1 e 2.3

7 – Análise de sustentabilidade nos domínios económicos, social e ambiental:

Sim

a) Estratégias adotadas Parte I - 2

b) Grau de cumprimento das metas Parte I – 7.3 e Parte III – 10

c) Políticas prosseguidas para garantir a eficiência económica, financeira, social e ambiental

Parte I – 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8 e 9 e Parte III – 1.1.

d) Principais fatores de risco inerentes ao negócio Parte III – 5.1

e) Responsabilidade social Parte I – 5.3 e Parte III – 9.1

f) Desenvolvimento sustentável Parte I – 5.3 e 6 e Parte III – 9

g) Serviço público e satisfação das necessidades da coletividade

Parte I – 1, 5.1 e Parte III – 9.1

h) Investigação, inovação e desenvolvimento e novas tecnologias

Parte I – 5.2

i) Planos de ação para o futuro Parte I - 8

8 – Cumprimento dos princípios de bom governo Sim Parte III – 0.2 e 0.3 9 – Código de Ética Sim Parte III – 4.1 10 – Sistemas de controlo Sim Parte III – 5.2 11 – Conflitos de interesses Sim Parte III – 1.6, 4.1 e 5.2 12 – Divulgação de informação no site da empresa e no site

do SEE (DGTF) Sim Parte III – 0.2

13 – Provedor do cliente Sim Parte III – 1.1

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Relatório e Contas 2012

296

Os quadros seguintes enumeram de forma sucinta a informação divulgada no sítio das empresas do

SEE e no portal da empresa (ponto 12 do quadro anterior), nos termos da RCM nº 49/2007, de 28 de

março.

Legenda: S – Sim; N – Não; N.A. – Não aplicável

S N N.A.

Estatutos actualizados (PDF) XHistorial, Visão, Missão e Estratégia XFicha sintese da empresa XIdentificação da Empresa: X

Missão, objectivos, politicas, obrig. serv. público e modelo de financiamentoModelo Governo / Ident. Orgãos Sociais: X

Modelo de Governo (identificação dos órgãos sociais)Estatuto remuneratório fixadoRemunerações auferidas e demais regalias

Regulamentos e Transacções: XRegulamentos Internos e ExternosTransações Relevantes c/ entidade(s) relacionada(s)Outras transacções

Análise de sustentabilidade Económica, Social e Ambiental XAvaliação do cumprimento dos PBG XCódigo de Ética XInformação Financeira histórica e actual XEsforço Financeiro do Estado X

Informação a constar no Site do SEE Divulgação

S N N.A.

Existência de Site XHistorial, Visão, Missão e Estratégia XOrganigrama XOrgãos Sociais e Modelo de Governo: X

Identificação dos orgãos sociais XIdentificação das áreas de responsabilidade do CA XIdentificação de comissões existentes na sociedadeIdentificação dos sistemas de controlo de riscosRemuneração dos órgãos sociais Regulamentos Internos e ExternosTransacções fora das condições de mercado Transacções relevantes com entidades relacionadas

Análise de sustentabilidade Económica, Social e Ambiental XCódigo de Ética XRelatório e Contas XProvedor do cliente X

DivulgaçãoInformação a constar no Site da Empresa

Informação disponibilizada no Relatório de Governo da Sociedade incluido no R&C

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Relatório e Contas 2012

297

As tabelas seguintes procedem à discriminação do estatuto remuneratório dos órgãos sociais,

conforme orientações da RCM nº 49/2007, de 28 de março.

Conselho de Administração

0 – Todos os administradores são executivos.

1 – Remuneração anual dos administradores:

Remuneração base/fixa:

Aplicada em 2012:

Presidente - €12 226,50 x 12 = €146 718,00; vice-presidente - €11 003,85 x 12 = €132 046,20; cada vogal - €10 392,52 x 12 = €124 710,24.

Este valor resulta dos valores fixados para o Presidente (€14 300 x 14), o Vice-Presidente (€12 870 x 14) e cada vogal (€12 155 x 14), aos quais se deduziram as reduções e a suspensão de subsídios abaixo descritos.

A remuneração fixa mensal foi reduzida em 5% a partir de 1 de junho de 2010 por aplicação da Lei 12-A/2010, mantendo-se em vigor em 2012.

Em 2012 mantiveram-se as reduções das remunerações totais ilíquidas mensais do Conselho de Administração em 10%, conforme determinado pelo artigo 19º da Lei nº55-A/2010, de 31 de dezembro (OE/2011) e mantido em vigor pelo nº 1 do artigo 20 da Lei nº 64-B/2011, de 30 de dezembro (OE/2012). A estas reduções acresce a suspensão dos subsídios de férias e de Natal conforme artigos 20º e 21º da Lei nº 64-B/2011, de 30 de dezembro (OE/2012).

Prémios de gestão – De acordo com o artigo 29º da Lei nº 64-B/2011 de 30 de dezembro (OE/2012) durante o período de execução do Programa de Estabilidade e Crescimento 2010-2013 não será atribuída aos gestores qualquer componente variável da remuneração.

Outros – não há

2 – Outras regalias e compensações

Gastos de utilização de telemóvel de serviço: até ao montante máximo mensal de €150 por administrador.

Viaturas de serviço – até ao limite de renda mensal de € 1 350, incluindo seguro e manutenção: Presidente - Mercedes E 350 CDI de 2010; Vice-Presidente e 2 Administradores – 3 Audi 6 2.0 TDI de 2009; 1 Administrador - Mercedes C 220 CDI de 2009. Todas as viaturas em renting.

Combustível da viatura: até ao limite de 350 litros por mês por administrador.

Subsídio de deslocação – não há

Outros – subsídio de alimentação.

(continua)

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Relatório e Contas 2012

298

Conselho de Administração

3 – Encargos com benefícios sociais

Segurança social obrigatória: aos administradores aplica-se a lei geral.

Seguros de saúde: não há.

Seguros de vida / acidentes pessoais: nos termos em vigor nos CTT, conforme deliberação da comissão de vencimentos.

Outros – não há.

4 – Informações adicionais

Opção pelo vencimento de origem: não.

Regime de Segurança Social: regime geral.

Outras: não há.

Mesa da Assembleia Geral

Presidente: senha de presença no valor de €580

Vice-presidente: senha de presença no valor de €390

Secretário: senha de presença no valor de €290

Conselho Fiscal

Presidente: Remuneração mensal ilíquida de € 2 860,00, paga em 14 vezes por ano.

Vogais: Remuneração mensal ilíquida de € 2 145,00, paga em 14 vezes por ano.

A remuneração fixa mensal foi reduzida em 5% a partir de 1 de junho de 2010 até 24 de agosto de 2013 por aplicação da Lei 12-A/2010, de 30 de junho, pelo facto da remuneração se encontrar, na data de publicação da Lei, indexada à do Conselho de Administração; a partir de 24 de agosto de 2013 deixou de estar indexada.

A partir de 1 de janeiro de 2011, conforme determinado pelo artigo 19º da Lei nº 55-A/2010, de 31 de dezembro (OE/2011) e mantido em vigor pelo nº 1 do artigo 20 da Lei nº 64-B/2011, de 30 de dezembro (OE/2012), as remunerações totais ilíquidas do Conselho Fiscal foram reduzidas em 10%.

A estas reduções acresce a suspensão dos subsídios de férias e de Natal conforme artigos 20º e 21º da Lei nº 64-B/2011, de 30 de dezembro (OE/2012).

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Relatório e Contas 2012

299

1. Divulgação da informação

1.1. Estrutura organizacional dos CTT

O Conselho de Administração aprovou uma nova estrutura que entrou em vigor a 1 de janeiro de

2013.

A nova estrutura reflete a necessidade de adequar a organização da empresa aos objetivos

estratégicos e à evolução do negócio, tendo como princípios subjacentes a eficiência e

racionalização de áreas e serviços e a redução de direções e chefias, bem como as orientações

estratégicas para o Setor Empresarial do Estado.

O Grupo CTT (organigrama infra) está organizado em quatro áreas de negócios: Correio, Expresso,

Serviços Financeiros e Soluções Empresariais, que enquadram as subsidiárias. A Rede de Lojas e os

Grandes Clientes são os dois principais canais de venda e atuam transversalmente, prestando

serviços às diversas áreas de negócios. Os serviços centrais apoiam o Conselho de Administração e

as áreas de negócio na gestão, controlo e supervisão das várias atividades e empresas.

Todos os membros do Conselho de Administração (CA) dos CTT têm áreas de responsabilidade

especificamente atribuídas, e alguns desempenham igualmente funções de administração ou de

gerência em outras sociedades dos CTT (vide 2.2).

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Relatório e Contas 2012

300

As atribuições dos departamentos dos CTT, S.A. são as seguintes:

Secretaria Geral e Assessoria Jurídica – assegurar as relações institucionais da empresa; prestar

apoio técnico e administrativo ao Conselho de Administração (CA) e restantes órgãos sociais;

assegurar a comunicação formal entre o Conselho de Administração, a estrutura da empresa, as

subsidiárias e as entidades externas; assegurar a assessoria jurídica geral, laboral e disciplinar e o

exercício da função disciplinar.

Estratégia e Desenvolvimento – apoiar o CA na definição, implementação e gestão da estratégia de

desenvolvimento do universo CTT, propondo e promovendo iniciativas de desenvolvimento e gestão

estratégica do seu portefólio dos negócios, numa perspetiva de criação sustentada de valor.

Recursos Humanos e Organização – desenvolver e implementar políticas de recursos humanos

alinhadas com a estratégia definida para o Grupo, promovendo uma cultura de mérito e

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Relatório e Contas 2012

301

desenvolvimento profissional contínuo; prestar serviços administrativos de recursos humanos às

empresas dos CTT; promover a saúde e segurança no trabalho, bem como a disponibilidade de

cuidados de saúde e de proteção social.

Comunicação Institucional – definir e implementar as estratégias de comunicação interna e externa

da empresa, de patrocínios e mecenato, através do desenvolvimento de ações que contribuam para

a melhoria e criação de valor da imagem institucional e marca CTT, em estreita colaboração com o

CA; assegurar o cumprimento da política e dos compromissos de sustentabilidade, ambiente,

responsabilidade social e cidadania empresarial do universo CTT; assegurar o relacionamento com

os órgãos de comunicação social.

Auditoria e Qualidade – examinar e avaliar de forma independente as atividades e os negócios dos

CTT, por forma a mitigar os riscos associados aos processos e transações, recomendando medidas

corretivas às áreas auditadas e fornecendo informações necessárias ao processo de governação;

contribuir para a gestão e mitigação dos riscos de compliance no âmbito da prestação de serviços

financeiros; investigar práticas ilegítimas e/ou fraudulentas; definir e promover políticas e

procedimentos de qualidade nos CTT.

Tecnologias de Informação – desenvolver a estratégia de sistemas e tecnologias de informação dos

CTT que maximize a sua competitividade e eficiência; garantir o correto planeamento e controlo dos

sistemas e tecnologias de informação; promover a inovação e implantação de novas soluções para o

desenvolvimento do negócio.

Apoio a clientes e Negócio – desenvolver a política de relacionamento com os clientes dos CTT em

termos de pós-venda e de informação e apoio ao cliente, contribuindo para a sua fidelização;

garantir o suporte aos negócios em funções transversais, numa ótica de otimização dos recursos

utilizados, propondo medidas de otimização dos processos e/ou ações de melhoria.

Regulação e Concorrência – assessorar o CA em matéria de regulação e concorrência e no

relacionamento com as entidades reguladoras e supervisoras do setor; gerir os riscos regulatórios e

a relação com concorrentes.

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Relatório e Contas 2012

302

Planeamento e Controlo de Gestão – assessorar o CA em matéria de planeamento e controlo de

gestão dos CTT, garantindo a articulação de todas as unidades organizacionais dos CTT e

subsidiárias, numa perspetiva de criação de valor.

Finanças e Gestão do Risco – providenciar e implementar estratégias para a utilização adequada de

recursos através da otimização do custo e retorno do capital e de uma apropriada gestão dos riscos,

em alinhamento com os objetivos estratégicos definidos para os CTT.

Contabilidade e Tesouraria – assegurar a gestão contabilística, a gestão económico-financeira e a

gestão da avaliação dos processos de negócio que impactam na geração da receita.

Contencioso – assegurar o patrocínio judiciário da empresa e das subsidiárias, bem como dos

trabalhadores que dele careçam por motivos de serviço e por força das suas funções.

Recursos Físicos e Segurança – definir a estratégia articulada dos recursos imobiliários e da frota;

garantir a prestação de serviço por parte dos fornecedores em tempo útil e nas condições

contratualizadas; assegurar a gestão integrada dos processos e procedimentos de documentos e

arquivo; definir, coordenar e controlar as políticas de segurança e vigilância das instalações, dos

equipamentos e das pessoas.

Compras e Logística – definir a estratégia de compras dos CTT, da centralização e planeamento das

necessidades de locação e de aquisição de bens móveis, serviços e de realização de empreitadas,

da coordenação, preparação e acompanhamento dos procedimentos de compras, da centralização

da gestão administrativa dos contratos, do controlo de qualidade e avaliação de fornecedores e da

gestão eficaz de armazéns e stocks.

Operações e Distribuição – gerir as operações de recolha, transporte, tratamento e distribuição de

correio de forma eficiente, garantindo a excelência da qualidade de serviço e o respeito pelas

obrigações do serviço postal universal em todo o território nacional, promovendo sinergias com

todas as áreas de negócio da empresa no sentido do aumento da eficiência e da criação de valor

para a empresa.

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Relatório e Contas 2012

303

Marketing de Correio e Rede – maximizar o valor das ofertas de correio e da rede, contribuindo para

uma gestão mais eficiente e competitiva da rede e do negócio postal, e para os objetivos comerciais,

de rentabilidade e posicionamento dos diversos negócios.

Filatelia – desenvolver de forma global, sustentada e com rendibilidade o negócio da filatelia e do

colecionismo, mantendo a idoneidade e os níveis de qualidade da filatelia portuguesa.

Clientes Empresariais – garantir a fidelização dos clientes empresariais bem como a maximização do

volume e rentabilidade das vendas através da deteção e resposta comercial adequada às

necessidades e oportunidades de negócio no âmbito da unidade de negócios de Correio.

Serviços Financeiros – gerir uma oferta inovadora de produtos e serviços financeiros competitivos,

geradores de valor para o acionista, estrategicamente orientada para os clientes, margem e

eficiência, alicerçada na rede de lojas.

Soluções Empresariais – garantir a satisfação dos clientes empresariais e a qualidade

contratualizada; disponibilizar ofertas aos clientes empresariais ajustadas às suas necessidades;

gerir os projetos estratégicos mais diretamente ligados aos clientes empresariais.

Rede de Lojas – gerir a rede de lojas, garantindo o aumento das receitas resultantes dos atos de

venda; maximizar a produtividade dos recursos e a racionalização da oferta versus a procura, no

contexto da oferta definida, níveis de preço e obrigações do serviço postal universal; racionalizar a

Rede de Lojas e pontos de acesso à Rede Postal, num contexto de privatização; garantir a qualidade

do atendimento em todos os pontos de acesso à rede postal.

Grandes Clientes – assegurar a gestão integrada dos grandes clientes, gerindo o segmento key

accounts numa ótica de maximização das vendas e da rentabilidade das diversas áreas de negócios

dos CTT.

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Relatório e Contas 2012

304

Diretamente dependentes do CA funcionam as seguintes Comissões especializadas:

Comissão de comunicação, com o objetivo de assegurar maior eficácia, eficiência e agilidade ao

nível da comunicação interna; fazer chegar às pessoas atempadamente, de forma clara e direta o

que a empresa pretende comunicar; garantir uma comunicação integrada e articulada que

favoreça e incremente sinergias entre as várias áreas e empresas dos CTT e promova a ligação da

gestão às pessoas, ajudando a consolidar a imagem da organização, a identidade organizacional

e o espírito de grupo; garantir uma comunicação preventiva e ativa, incluindo as matérias

laborais; racionalizar a rede de comunicação nos CTT, articulando as vertentes interna e externa;

criar um observatório que permita medir e avaliar as ações de comunicação e propor as medidas

corretivas necessárias.

A Comissão de Comunicação para além do Conselho de Administração engloba os responsáveis

das seguintes unidades: Secretaria Geral e Assessoria Jurídica, Recursos Humanos e Organização,

Operações e Distribuição, Grandes Clientes, Comunicação Institucional, Rede de Lojas e Auditoria

e Qualidade.

Comissão de gestão imobiliária para o planeamento e gestão estratégica de imóveis,

programação de investimentos em imóveis e promoção da otimização e rentabilização do

património imobiliário. Esta Comissão é composta por 2 membros do Conselho de Administração

Ana Maria Jordão e André Gorjão Costa e pelos responsáveis das seguintes unidades: Recursos

Físicos e Segurança (acompanhado de 2 colaboradores), Rede de Lojas, Operações e Distribuição,

Planeamento e Controlo de Gestão e um membro do Conselho de Administração da CTT Expresso.

Em função dos assuntos da agenda os membros variáveis são: Manuel Castelo-Branco e Dionísia

Ferreira e outros dirigentes de 1ª linha. Em 2012 foram feitas 11 reuniões.

Comissão de crédito que se debruça sobre as políticas e gestão de crédito a terceiros, sobre a

concessão de crédito e supervisiona a evolução da dívida vencida de terceiros. Esta Comissão é

composta pelo Administrador Financeiro André Gorjão Costa e pelos responsáveis das seguintes

unidades: Finanças e Gestão do Risco, Contabilidade e Tesouraria, Grandes Clientes, Rede de

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Relatório e Contas 2012

305

Lojas, Clientes Empresarias, Marketing de Correio e Rede, Auditoria e Qualidade e Contencioso.

Em 2012 foram feitas 11 reuniões.

Comissão de Ética que tem a seu cargo a implementação, o acompanhamento, a interpretação, o

esclarecimento de dúvidas ou casos omissos no Código de Ética. É coordenada pelo Diretor de

Recursos Humanos e Organização e integra igualmente o Diretor da Fundação das Comunicações

e o Diretor de Auditoria e Qualidade. A Comissão reporta ao Conselho de Administração dos CTT

através do Administrador com o pelouro financeiro. Em 2012 realizou-se 1 reunião.

Comissão de Vendas que assessora o CA em matéria de oferta global dos serviços do conjunto

das empresas CTT, constituída pelo diretor de Grandes Clientes e por membros do Conselho de

Administração da CTT Expresso e da Mailtec. Em 2012 foram feitas 23 reuniões.

Até 4 de setembro existia ainda a Comissão Mesa de Compras, especializada na condução de

procedimentos pré-contratuais de aquisição de bens e serviços e de empreitadas, integrada na

anterior Unidade de Gestão de Serviços Partilhados. Foram feitas 202 reuniões em 2012. Desde essa

data a Comissão Mesa de Compras encontra-se suspensa.

A gestão dos CTT é apoiada pelos seguintes comités:

O Comité de Investimento composto pelos responsáveis das unidades corporativas Estratégia e

Desenvolvimento (que coordena), Planeamento e Controlo de Gestão e Finanças e Gestão do Risco.

Todas as propostas de projetos de investimento de valor superior a 50 mil €, previamente à

apreciação/aprovação final pelo Conselho de Administração, deverão ser remetidas a este Comité

para que se pronuncie e elabore um parecer não vinculativo. Foram feitas 33 reuniões em 2012.

O Comité de Gestão do Risco, criado em junho de 2012, para dinamizar a atuação da função de

Gestão do Risco Corporativo e funcionar como um instrumento de alavancagem de todo o processo

de operacionalização do sistema de gestão de risco nos CTT. Constituído pelo AD André Gorjão Costa

e pelos responsáveis das unidades de Finanças e Gestão do Risco, Estratégia e Desenvolvimento,

Operações e Distribuição, Rede de Lojas, Recursos Humanos e Organização, Tecnologias de

Informação, Contabilidade e Tesouraria e Recursos Físicos e Segurança.

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Relatório e Contas 2012

306

1.2. Estrutura acionista

Os CTT – Correios de Portugal, S.A. (CTT) são uma sociedade anónima de capitais exclusivamente

públicos.

O capital social dos CTT é composto por 17 500 000 ações com o valor nominal de 4,99 euros cada,

encontrando-se totalmente realizado e integralmente detido pelo Estado. Através do Despacho nº

2468/12-Setembro da Secretaria de Estado do Tesouro a participação dos CTT, detida pela Direção

Geral do Tesouro, foi transferida para a Parpública, com efeitos a 31 de janeiro de 2013.

Com a transformação dos CTT em sociedade anónima, por força do Decreto-Lei nº 87/92 de 14 de

maio, ainda que de capitais exclusivamente públicos, a empresa deixou de se encontrar submetida

ao regime das empresas públicas, aprovado pelo Decreto-Lei nº 260/76 de 8 de abril, conforme

previsto no seu artº 48º, nº2.

Todavia, com a entrada em vigor do Decreto-Lei nº 558/99 de 17 de dezembro, a noção de empresa

pública foi ampliada às sociedades anónimas nas quais o Estado possa exercer, isolada ou

conjuntamente, de forma direta ou indireta, uma influência dominante em virtude da detenção da

maioria do capital ou dos direitos de voto ou do direito de designar ou de destituir a maioria dos

membros dos órgãos de administração ou de fiscalização, conforme respetivo artº 3º, nº 1, alíneas

a) e b). O Decreto-Lei nº 300/2007 de 23 de agosto, que veio proceder a algumas alterações ao

regime jurídico do sector empresarial do Estado, manteve inalterado esse artigo 3º.

Assim, os CTT regem-se pelo Decreto-Lei nº 87/92, pelos seus Estatutos, pelas normas aplicáveis às

sociedades anónimas, pelo Decreto-Lei nº 558/99 com as alterações que lhe foram introduzidas

pelo Decreto-Lei nº 300/2007 e pelas normas especiais cuja aplicação decorra do objeto da

sociedade.

1.3. Política de dividendos

De acordo com os estatutos da sociedade, os lucros líquidos anuais terão a seguinte aplicação:

um mínimo de 5% para constituição da reserva legal;

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Relatório e Contas 2012

307

uma percentagem a distribuir pelos acionistas, a título de dividendo a definir em assembleia

geral;

o restante para os fins que a assembleia geral delibere de interesse para a sociedade.

Nos termos do artigo 294º, nº1, do código das sociedades comerciais deve proceder-se a uma

distribuição de 50% do lucro distribuível, sujeita às condições económicas e financeiras da empresa

em cada momento. Por lucro líquido distribuível entende-se o valor do lucro líquido do exercício

deduzido de 5% para reserva legal e do valor para cobertura de resultados transitados negativos.

Desde 2006 a empresa tem distribuído anualmente dividendos ao acionista.

Em junho de 2012 procedeu-se ao pagamento ao Estado de dividendos no montante de 53 876 585

euros relativos ao exercício de 2011, correspondente a um dividendo por ação de €2,13.

Em seis anos consecutivos a empresa retornou ao acionista 276% do capital social.

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Relatório e Contas 2012

308

1.4. Auditores

Os CTT contratam serviços de auditoria externa a uma entidade independente que não expressando

uma opinião sobre a efetividade da estrutura de controlo interno, sempre que entenda relevante

deve comunicar eventuais deficiências significativas na estrutura de controlo interno e, se

significativos, eventuais erros e irregularidades detetadas.

A empresa procedeu em Novembro de 2012 à seleção do auditor externo, tendo sido selecionada a

KPMG.

Em 2012 a remuneração dos auditores externos foi de 113 121,33 euros, repartida pela prestação

dos seguintes serviços:

Valor (euros) % a) Auditoria às demonstrações financeiras das empresas dos CTT

110 772,16 97,9

- BDO 80 654,66 - KPMG 30 117,50

b) Outros serviços de garantia de fiabilidade - BDO 2 349,17 2,1

Total 113 121,33 100,0

1.5. Remunerações dos administradores

De acordo com o Estatuto do gestor público, a remuneração dos administradores é determinada em

função da complexidade, exigência e responsabilidade inerentes às funções e atendendo às práticas

normais de mercado no sector das comunicações, tendo em conta igualmente os princípios e

orientações estabelecidas pelos acionistas e a situação do mercado.

No âmbito da vigência do Programa e Assistência Económica e Financeira a Portugal (PAEF), foram,

pelo Decreto-Lei nº 8/2012, de 18 de janeiro, introduzidas alterações ao Decreto-Lei n.º 71/2007, de

27 de março, que aprovou o Estatuto do Gestor Público (EGP), e subsequentemente aprovadas a

Resolução do Conselho de Ministros n.º 16/2012, de 14 de fevereiro, a qual procede à definição de

categorias e critérios objetivos para a fixação do vencimento mensal dos gestores públicos, tendo

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Relatório e Contas 2012

309

por referência o limite do vencimento mensal do Primeiro-Ministro, bem como a Resolução do

Conselho de Ministros n.º 36/2012, de 26 de março, que determina a aplicação do regime

remuneratório decorrente do n.º 23 da Resolução do Conselho de Ministros n.º 16/2012 à empresa

pública CTT - Correios de Portugal, S.A., que prescreve que, por despacho dos membros do Governo

responsáveis pela área das finanças e pela tutela sectorial, pode ser determinada a manutenção do

atual regime remuneratório dos gestores de empresas em processo de privatização ou de extinção

ou liquidação.

A política de remuneração dos membros dos órgãos de administração deve ajustar-se ao disposto

nos anteditos textos normativos, conforme declaração apresentada pela Comissão de Fixação de

Remunerações, na Assembleia Geral de 30 de maio de 2012.

Em 2012, conforme aprovado na Assembleia Geral de 31 de maio de 2011, para os administradores

ainda em funções, mantiveram-se inalteradas as remunerações fixas mensais ilíquidas fixadas para

o mandato 2008-2010, na ata nº1/2009, de 16 de junho, com as reduções resultantes da aplicação

no disposto no nº 1 do artigo 12º da Lei 12-A/2010, de 30 de junho, e no artigo 19ª da Lei 55-

A/2010, de 31 de dezembro que aprovou o Orçamento de Estado 2011 e mantido em vigor pelo

nº 1 do artigo 20 da Lei nº 64-B/2011, de 30 de dezembro que aprovou o Orçamento de Estado

2012 (OE/2012). A estas reduções acresce a suspensão dos subsídios de férias e de Natal,

conforme artigos 20º e 21º da Lei nº 64-B/2011, de 30 de dezembro (OE/2012).

Tal como previsto no artigo 172º da Lei nº3-B/2010, de 28 de abril (OE/2010), no artigo 29º da Lei

nº 55-A/2010, de 31 de dezembro (OE/2011) e no artigo 29º da Lei nº 64-B/2011 (OE/2012) deverá

ser adotada uma política assente na contenção acrescida de custos, não havendo lugar, durante o

período de execução do Programa de Estabilidade e Crescimento para 2010-2013, à atribuição de

qualquer componente variável da remuneração.

Nos quadros seguintes constam a totalidade dos encargos de 2012 discriminados por

administrador. De notar que até 24 de agosto de 2012 esteve em funções um Conselho de

Administração e que a partir de 24 de agosto tomou posse um novo Conselho de Administração,

pelo que se apresenta os encargos de um e outro Conselho de Administração (CA) separadamente.

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Relatório e Contas 2012

310

Unidade: € Vice-Presidente Vogal Vogal

Pedro Coelho Carlos Dias

Alves Duarte d’Araújo

Mandato (Anterior CA – 01/01/2012 a 24/08/2012) 2008/2012 2008/2012 2008/2012

Adaptado ao EGP (Sim/Não) Sim Sim Sim

Remuneração Total (1+2+3+4)

OPRLO (Sim/Não) Não Não Não

Entidade de Origem (Identificar) - - -

Entidade Pagadora (Origem/Destino) CTT CTT CTT

1.1. Remuneração anual 118 349,51 111 774,54 111 774,54

1.2 Despesas de representação (anual) - - -

1.3 Senha de presença - - -

1.4. Redução decorrente da Lei 12-A/2010 5 917,48 5 588,73 5 588,73

1.5. Redução decorrente da Lei 64-B/2011 11 243,20 10 618,58 10 618,58

1.6. Suspensão do pagamento dos subsídios de férias (sf) e natal (sn)

8 002,80 (sf) 7 356,00 (sn)

7 558,20 (sf) 6 947,33 (sn)

7 558,20 (sf) 6 947,33 (sn)

1.7. Reduções de anos anteriores - - -

1. Remuneração anual efetiva líquida (1.1+1.2+ 1.3-1.4-1.5-1.6-1.7) 85 830,03 81 061,70 81 061,70

2. Remuneração variável - - -

3. IHT (Isenção de horário de trabalho) - - -

4. Outras (identificar) - - -

Subsídio de deslocação

Subsídio de refeição 0,00 0,00 0,00

Encargos com benefícios sociais

Regime de proteção social (Seg. social) 8 169,76 8 169,76 8 169,76

Seguros de saúde - - -

Seguros de vida 9 936,86 10 991,60 6 796,31

Seguro de acidentes pessoais viagem 118,88 118,88 118,88

Outros seguros – (responsabilidade civil) 309,26 309,10 309,10

Acumulação de funções de gestão (Sim/Não) Não Não Não

Parque Automóvel

Modalidade de utilização Renting Renting Renting

Valor de referência da viatura nova 59 446,80 51 200,01 51 200,01

Ano início 2009 2009 2009

Ano termo 2013 2013 2013

Nº prestações (se aplicável) 48 48 48

Valor residual - - -

Valor de renda/prestação anual viatura de serviço 7 623,50 7 330,70 7 420,35

Combustível gasto com a viatura 2 517,55 3 170,74 3 755,11

Plafond anual combustível atribuído (litros) 4 200 4 200 4 200

Outros (Portagens/reparações/seguro) 754,90 2 722,03 1 417,06

Limite definido conforme artº 33 do EGP (Sim/Não) Sim Sim Sim

(continua)

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Relatório e Contas 2012

311

Unidade: € Vice-Presidente Vogal Vogal

Pedro Coelho Carlos Dias

Alves Duarte d’Araújo

Outras regalias e compensações

Plafond mensal em comunicações móveis 150,00 150,00 150,00

Gastos anuais com comunicações móveis 505,55 912,55 685,33

Outras (indicar) - - -

Limite definido conforme artº 32 do EGP (Sim/Não) Sim Sim Sim

Gastos c/deslocações (total) 611,86 5 922,49 -

Custo total anual c/viagens n.d. n.d. -

Custos anuais com alojamento n.d. n.d. -

Ajudas de custo - - -

Outras (indicar) - - -

Legenda: EGP – Estatuto do Gestor Público; OPRLO – Opção pela Remuneração do Lugar de Origem; n.d. – não disponível desagregação.

Unidade: € Presidente Vice-

Presidente Vogal Vogal Vogal

Francisco de Lacerda

Manuel Castelo-Branco

André Gorjão Costa

Dionízia Ferreira

Ana Jordão

Mandato (Atual CA – 24/08/2012 a 31/12/2012)

2012-2014 2012-2014 2012-2014 2012-2014 2012-2014

Adaptado ao EGP (Sim/Não) Sim Sim Sim Sim Sim

Remuneração Total (1+2+3+4)

OPRLO (Sim/Não) Não Não Não Não Não

Entidade de Origem (Identificar) - - - - -

Entidade Pagadora (Origem/Destino) CTT CTT CTT CTT CTT

1.1. Remuneração anual 70 516,40 63 464,75 59 938,94 59 938,94 59 938,94

1.2 Despesas de representação (anual) - - - - -

1.3 Senha de presença - - - - -

1.4. Redução decorrente da Lei 12-A/2010 3 525,82 3 173,24 2 996,95 2 996,95 2 996,95

1.5. Redução decorrente da Lei 64-B/2011 6 639,15 5 950,41 5 605,82 5 605,82 5 605,82

1.6. Suspensão do pagamento dos subsídios de férias e natal

4 446,00 (sf)

4 086,67(sn)

4 001,40 (sf)

3 678,00 (sn)

3 779,10 (sf)

3 473,67 (sn)

3 779,10 (sf)

3 473,67 (sn)

3 779,10 (sf)

3 473,67 (sn)

1.7. Reduções de anos anteriores - - - - -

(continua)

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Relatório e Contas 2012

312

Unidade: € Presidente Vice-

Presidente Vogal Vogal Vogal

Francisco de Lacerda

Manuel Castelo-Branco

André Gorjão Costa

Dionízia Ferreira

Ana Jordão

1. Remuneração anual efetiva líquida

(1.1+1.2+ 1.3-1.4-1.5-1.6-1.7) 51 818,76 46 661,70 44 083,40 44 083,40 44 083,40

2. Remuneração variável - - - - -

3. IHT (Isenção de horário de trabalho) - - - - -

4. Outras (identificar) - - - - -

Subsídio de deslocação - - - - -

Subsídio de refeição 380,03 380,03 380,03 380,03 380,03

Encargos com benefícios sociais

Regime de proteção social (Seg. social) 4.762,22 4.694,49 4.660,62 4.660,62 4.660,62

Seguros de saúde

Seguros de vida - - - - -

Seguro de acidentes pessoais viagem 35,68 35,68 35,68 35,68 35,68

Outros seguros – (responsabilidade civil) 136,80 136,80 136,80 136,80 136,80

Acumulação de funções de gestão (Sim/Não) Não Não Não Não Não

Parque Automóvel

Modalidade de utilização Renting Renting Renting Renting Renting

Valor de referência da viatura nova 75.700,24 51.200,01 51.200,01 59.446,80 47.499,99

Ano início 2010 2009 2009 2009 2009

Ano termo 2014 2014 2014 2014 2014

Nº prestações (se aplicável) 48 60 60 60 60

Valor residual - - - - -

Valor de renda/prestação anual da viatura de serviço [sem seguro] 5.591,70 3.845,62 3.892,65 3.999,22 3.553,73

Combustível gasto com a viatura 1.494,02 1.293,93 1.089,29 2.021,62 770,46

Plafond anual combustível atribuído (litros) 4 200 4 200 4 200 4 200 4 200

Outros (Portagens/reparações/seguro) 240,75 516,57 690,48 871,54 253,62

Limite definido conforme artº 33 do EGP (Sim/Não) Sim Sim Sim Sim Sim

Outras regalias e compensações

Plafond mensal em comunicações móveis 150,00 150,00 150,00 150,00 150,00

Gastos anuais com comunicações móveis 412,51 1.432,64 340,35 351,37 213,66

Outras (indicar) - - - - -

Limite definido conforme artº 32 do EGP (Sim/Não) Sim Sim Sim Sim Sim

(continua)

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Relatório e Contas 2012

313

Unidade: € Presidente Vice-

Presidente Vogal Vogal Vogal

Francisco de Lacerda

Manuel Castelo-Branco

André Gorjão Costa

Dionísia Ferreira

Ana Jordão

Gastos c/deslocações (total) 9 391,44 9 387,18 1 319,44 400,00 -

Custo total anual c/viagens -

Custos anuais com alojamento -

Ajudas de custo - - - - -

Outras (indicar) - - - - -

Legenda: EGP – Estatuto do Gestor Público; OPRLO – Opção pela Remuneração do Lugar de Origem.

1.6. Outras informações relativas ao órgão de administração

O Decreto-Lei nº 558/99 com a redação dada pelo Decreto-Lei nº 300/2007, no seu art.º 15º,

estabelece que os órgãos de administração das empresas públicas, independentemente da

respetiva forma jurídica, ficam sujeitos ao Estatuto de gestor público.

O Decreto-Lei nº 71/2007, de 27 de março, procedeu à redefinição do Estatuto do gestor público e

das condições do seu exercício, adotando as recomendações do Tribunal de Contas (Relatório nº

28/2003 – 2ª Secção). Este diploma foi alterado pelo Decreto-Lei nº 8/2012 de 18 de janeiro no que

se refere às regras de recrutamento e seleção dos gestores públicos, bem como ao regime aplicável

aos contratos de gestão, à sua remuneração e benefícios.

Nos termos dos arts. 3º, nº 1, alínea b) e 2º da Lei nº 64/93 de 26 de agosto, com as alterações

introduzidas pelas Leis nºs 39-B/94 de 29 de dezembro, 28/95 de 18 de agosto, 12/96 de 18 de

abril e 42/96 de 31 de agosto, o administrador de sociedade anónima de capitais exclusivamente

públicos é juridicamente enquadrado como exercício de “alto cargo público”, pelo que devem

depositar na Procuradoria-Geral da República no prazo de 60 dias após a nomeação/entrada em

funções declaração de inexistência de incompatibilidades ou impedimentos.

O exercício desse “cargo” está sujeito ao regime de exclusividade, implicando a incompatibilidade

com quaisquer outras funções profissionais, remuneradas ou não, com algumas exceções (exercício

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Relatório e Contas 2012

314

de funções de docência ou direitos de autor). A incompatibilidade pode ser afastada por deliberação

da Assembleia Geral da empresa.

Nos termos do art. 4º da Lei nº 4/83 de 2 de abril, na redação da Lei nº 25/95 de 18 de agosto, no

início e fim do seu mandato os administradores devem apresentar no Tribunal Constitucional

“Declaração sobre o Valor do Património e Rendimentos dos Titulares de Cargos Políticos e

Equiparados”. Esta declaração deve ser renovada anualmente.

Adicionalmente, nos termos do nº 9 do art. 22º do Decreto-Lei nº 71/2007, antes do início de

funções o gestor indica por escrito à Inspeção Geral de Finanças todas as participações e interesses

patrimoniais que detenha, direta ou indiretamente, na empresa na qual irá exercer funções ou

qualquer outra.

Os membros do Conselho de Administração cumprem as normas relativas à abstenção de

intervenção em assuntos que possam envolver os seus próprios interesses, incluídas no

Regulamento do Conselho de Administração aprovado por deliberação de 28 de abril de 2008, tendo

efetuado a comunicação de detenção de participações e relações relevantes a que aludem o

Estatuto do Gestor Público e a RCM nº 49/2007, junto da Inspeção Geral de Finanças, Tribunal

Constitucional e Procuradoria-Geral da República.

2. Órgãos sociais

Na Assembleia Geral Anual de 30 de maio de 2012 não foram eleitos os órgãos sociais para o triénio

2012-2014, mantendo-se em funções até 23 de agosto de 2012 os eleitos para o triénio 2008-2010

na Assembleia Geral Anual de 28 de abril de 2008.

Em 24 de agosto de 2012, através de deliberação social unânime por escrito, foram eleitos os

membros a integrarem os órgãos sociais dos CTT para o triénio 2012-2014.

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Relatório e Contas 2012

315

2.1. Assembleia Geral

A Assembleia Geral é formada pelos acionistas com direito de voto, reúne uma vez por ano ou

sempre que requerida a sua convocação ao Presidente da Mesa pelos Conselhos de Administração

ou Fiscal, ou por acionistas que representem pelo menos 5% do capital.

A convocação da Assembleia Geral faz-se com uma antecedência mínima de 30 dias, com indicação

expressa dos assuntos a tratar.

A Mesa da Assembleia Geral dos CTT era composta, até 24 de agosto de 2012, por:

Presidente: Virgínia Celeste das Neves Rodrigues da Silva Veiga

Vice-Presidente: Carlos António Lopes Pereira

Secretário: Paulo Manuel Marques Fernandes

A partir de 24 de agosto de 2012, a Mesa da Assembleia Geral dos CTT passou a integrar os

seguintes elementos:

Presidente: Pedro Miguel Nascimento Ventura

Vice-Presidente: Maria Onilda Sousa

Secretário: Paula Alexandra Caetano da Silva

Compete, especialmente, à Assembleia Geral:

Apreciar o relatório do Conselho de Administração, discutir e votar o balanço, as contas e o

parecer do Conselho Fiscal e decidir sobre a aplicação de resultados do exercício;

Eleger a mesa da Assembleia Geral e os membros do Conselho de Administração e do Conselho

Fiscal e o Revisor Oficial de Contas, este último por proposta do Conselho Fiscal;

Deliberar sobre quaisquer alterações dos estatutos e aumentos de capital;

Autorizar a aquisição e alienação de imóveis e, bem assim, investimentos, uns e outros de valor

superior a 10% do capital social;

Deliberar sobre as remunerações dos membros dos corpos sociais, podendo para o efeito,

designar uma comissão de vencimentos;

Tratar de qualquer outro assunto para que tenha sido convocada.

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Relatório e Contas 2012

316

Em 2012 a Assembleia Geral usufruiu a seguinte remuneração:

Valor (euros) Assembleia-geral

Presidente Vice-Presidente Secretário

970 580 390

-

2.2. Conselho de Administração

O Conselho de Administração é composto por cinco ou sete administradores, eleitos em Assembleia

Geral, tendo o respetivo mandato a duração de três anos e o número de mandatos exercidos

sucessivamente não pode exceder o limite de quatro. A Assembleia Geral que elege o Conselho de

Administração escolhe o respetivo Presidente, podendo ainda designar, de entre os restantes

Administradores eleitos, o Vice-Presidente.

Até 24 de agosto de 2012 o Conselho de Administração era composto por três membros:

Vice-Presidente: Pedro Amadeu de Albuquerque Santos Coelho

Vogais: - Carlos de Jesus Dias Alves

- Duarte Nuno Lopes Reis D’Araújo

A partir de 24 de agosto de 2012, o Conselho de Administração passou a se composto por cinco

membros:

Presidente: Francisco José Queiroz de Barros de Lacerda

Vice-Presidente: Manuel Cabral de Abreu Castelo-Branco

Vogais: - André Manuel Pereira Gorjão de Andrade Costa,

- Dionízia Maria Ribeiro Farinha Ferreira

- Ana Maria de Carvalho Jordão Ribeiro Monteiro de Macedo.

Compete, especialmente, ao Conselho de Administração:

aprovar os objetivos e as políticas de gestão da empresa;

aprovar os planos de atividade e financeiros anuais e plurianuais e os orçamentos anuais, bem

como as alterações que se revelem necessárias;

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Relatório e Contas 2012

317

gerir os negócios da sociedade e praticar todos os atos e operações relativos ao objeto social que

não caibam na competência atribuída a outros órgãos da sociedade;

representar a sociedade em juízo e fora dele, ativa e passivamente, podendo desistir, transigir e

confessar em quaisquer pleitos e, bem assim, celebrar convenções de arbitragem;

adquirir, vender ou, por qualquer forma, alienar ou onerar direitos, nomeadamente os incidentes

sobre as participações sociais, bens móveis e imóveis;

constituir sociedades, subscrever, adquirir, onerar e alienar participações sociais;

estabelecer a organização técnico-administrativa da sociedade e as normas de funcionamento

interno;

constituir mandatários com poderes que julgue convenientes, incluindo os de substabelecer;

exercer as demais competências que lhe sejam estabelecidas pela Assembleia Geral;

designar o Secretário da Sociedade e seu suplente.

O Conselho de Administração poderá delegar nalgum ou alguns dos seus membros ou comissões

especiais alguma ou algumas das suas competências, definindo em ata os limites e condições de tal

delegação.

Ao Presidente do Conselho de Administração encontram-se atribuídas competências próprias,

cabendo-lhe especialmente:

representar o Conselho em juízo e fora dele;

coordenar a atividade do Conselho de Administração e convocar e dirigir as respetivas reuniões;

exercer voto de qualidade;

zelar pela correta execução das deliberações do Conselho de Administração.

Nos seus impedimentos ou faltas, o Presidente será substituído pelo Vice-Presidente, quando este

tiver sido designado pela Assembleia Geral ou, não o tendo sido, pelo vogal do Conselho de

Administração por si designado para o efeito.

O Conselho de Administração fixa as datas ou a periodicidade das suas reuniões ordinárias e reunirá

extraordinariamente sempre que convocado pelo Presidente ou por dois Administradores ou pelo

Conselho Fiscal.

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Relatório e Contas 2012

318

O Conselho de Administração não pode funcionar sem a presença da maioria dos seus membros em

exercício, salvo por motivo de urgência, como tal expressamente reconhecido pelo Presidente, caso

em que os votos podem ser expressos por carta dirigida a este ou por procuração passada a outro

Administrador.

As deliberações do Conselho de Administração constarão sempre de ata e serão tomadas por

maioria dos votos expressos, tendo o Presidente ou quem legalmente o substituir, voto de

qualidade.

A falta de um membro do Conselho de Administração a mais de duas reuniões deste órgão por ano,

seguidas ou interpoladas, sem justificação aceite pelo Conselho de Administração, conduz a uma

falta definitiva do administrador, devendo proceder-se à sua substituição nos termos do Código das

Sociedades Comerciais.

Em 2012 o Conselho de Administração realizou 51 reuniões, todas no edifício dos CTT localizado na

Av. D. João II, em Lisboa.

A distribuição de áreas de responsabilidade entre os membros do atual Conselho de Administração

é a seguinte:

Francisco de Lacerda

- Presidente do Conselho de Administração (PCA) e Chief Executive Officer (CEO).

- Unidades organizacionais: Secretaria-Geral e Assessoria Jurídica (no que respeita a Secretaria-

Geral), Estratégia e Desenvolvimento, Recursos Humanos e Organização (no que respeita a

preparação de políticas e regras e organização), Comunicação e Marketing Institucional e

Auditoria e Qualidade.

Manuel Castelo-Branco

- Vice-Presidente do Conselho de Administração.

- Unidades organizacionais: Soluções Transversais, Grandes Clientes e Tecnologias de

Informação.

- Empresas subsidiárias: CTT Expresso, Tourline Express, CORRE, Mailtec SGPS, Mailtec

Comunicação, Mailtec Consultoria e EAD.

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Relatório e Contas 2012

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- Áreas de negócio: Expresso e Soluções Empresariais.

André Gorjão Costa

- Chief Financial Officer

- Unidades Organizacionais: Regulação e Concorrência, Planeamento e Controlo de Gestão,

Finanças e Gestão do Risco, Contabilidade e Tesouraria e Serviços Financeiros.

- Empresas subsidiárias: Payshop.

- Áreas de negócio: Serviços Financeiros.

Dionízia Ferreira

- Unidades organizacionais: Clientes Empresariais, Rede de Lojas, Apoio a Clientes e Negócio,

Filatelia, Marketing de Correio e Rede e Operações e Distribuição.

- Empresas subsidiárias: CTT Gest, PostContacto e Mailtec Processos.

- Áreas de negócio: Correio.

Ana Jordão

- Unidades Organizacionais: Secretaria-Geral e Assessoria Jurídica (exceto Secretaria-Geral),

Contencioso, Recursos Humanos e Organização (todas as matérias incluindo relações com as

ERCT - Estruturas de Representação Coletiva dos Trabalhadores e excluindo as matérias da

competência do PCA), Compras e Logística e Recursos Físicos e Segurança.

O relacionamento com o Provedor é assegurado pelo PCA & CEO.

Os currículos dos membros do Conselho de Administração são apresentados no final do presente

Relatório de Governo da Sociedade.

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Relatório e Contas 2012

320

2.3. Conselho Fiscal e Revisor Oficial de Contas

A fiscalização da atividade social dos CTT compete atualmente a um Conselho Fiscal e a um Revisor

Oficial de Contas.

Até 24 de agosto de 2012 a composição foi a seguinte:

Presidente: Pedro Manuel Guerreiro da Silva Costa

Vogais: Carlos Alberto Dores Costa, Maria de Lurdes Pereira Moreira Correia de Castro

Vogal Suplente: Sara Alexandra Ribeiro Pereira Simões Duarte Ambrósio

ROC: PriceWaterhouseCoopers & Associados, SROC, Lda., representada por Jorge Manuel

Santos Costa ou Ana Maria Ávila de Oliveira Lopes Bertão

ROC Suplente: José Manuel Henriques Bernardo, ROC

A partir de 24 de agosto de 2012, a composição passou a ser a seguinte:

Presidente: Elsa Maria Roncon Santos

Vogais: Maria Fernanda Joanaz Silva Martins, Maria de Lurdes Pereira Moreira Correia de Castro

Vogal Suplente: Sara Alexandra Ribeiro Pereira Simões Duarte Ambrósio

O ROC, eleito por deliberação social unânime por escrito de 24 de outubro de 2012, é uma

sociedade:

ROC: PriceWaterhouseCoopers & Associados, SROC, Lda., representada por José Pereira Alves

ou João Rui Fernandes Ramos

ROC Suplente: José Manuel Henriques Bernardo, ROC

Nos termos dos estatutos compete especialmente ao Conselho Fiscal:

Examinar, sempre que o julgue conveniente e pelo menos uma vez por mês, a escrituração da

sociedade;

Acompanhar o funcionamento da instituição e o cumprimento das leis, dos estatutos e dos

regulamentos que lhe são aplicáveis;

Fazer-se representar nas reuniões do Conselho de Administração sempre que o entenda

conveniente;

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Relatório e Contas 2012

321

Pedir a convocação extraordinária da Assembleia Geral sempre que o entenda conveniente;

Examinar as situações periódicas apresentadas pelo Conselho de Administração durante a sua

gerência;

Emitir parecer acerca do orçamento, do balanço, do inventário e das contas anuais;

Chamar a atenção do Conselho de Administração para qualquer assunto que deva ser ponderado

e pronunciar-se sobre qualquer matéria que lhe seja submetida por aquele órgão;

Fiscalizar o processo de preparação e divulgação da informação financeira;

Propor à Assembleia Geral a nomeação do Revisor Oficial de Contas;

Receber as comunicações de irregularidades apresentadas por acionistas, colaboradores da

sociedade e outros.

As deliberações do Conselho Fiscal são tomadas com a presença da maioria dos membros em

exercício e por maioria de votos expressos.

De acordo com as disposições estatutárias, compete ao Revisor Oficial de Contas ou a uma

Sociedade de Revisores Oficiais de Contas, que poderão ter um suplente, designados pela

Assembleia Geral por proposta do Conselho Fiscal, proceder ao exame das contas da sociedade e

especialmente, para além das demais funções previstas na lei, a todas as verificações necessárias à

revisão e certificação legal das contas.

Em janeiro de 2013 foi aprovada pelo Conselho de Administração a proposta dos honorários do ROC

para a prestação de serviços de revisão legal das contas de 2012, que manteve os valores do ano

anterior e que incorpora a redução de 10% prevista na Lei 55-A/2010 de 31 de dezembro (OE/2011).

Em 2012 as remunerações do Conselho Fiscal foram de 74 925,18 euros, repartidas conforme

abaixo discriminado, e a do Revisor Oficial de Contas de 81 320,28 euros.

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Relatório e Contas 2012

322

De 1 de Janeiro de 2012 a 24/08/2012

CONSELHO FISCAL Presidente Vogal Vogal

Remuneração anual fixa (€) 22 308,00 16 731,00 16 731,00Redução decorrente da Lei 12-A/2010 (€) 1 115,00 836,55 836,55Redução decorrente da Lei 64-B/2011 (€) 2 119,66 1 589,48 1 589,48Remuneração anual efetiva (€) 19 073,34 14 304,97 14 304,97

De 24/08/2012 a 31/12/2012

CONSELHO FISCAL Presidente Vogal Vogal

Remuneração anual fixa (€) 12 107,33 9 080,50 9 080,50Redução decorrente da Lei 12-A/2010 (€) 0 0 0Redução decorrente da Lei 64-B/2011 (€) 1 210,73 908,05 908,05Remuneração anual efetiva (€) 10 896,60 8 172,45 8 172,45

2.4. Comissão de vencimentos

A Comissão de Vencimentos não é um órgão social. É designada em sede de Assembleia Geral e de

acordo com o disposto nos estatutos dos CTT fixa as remunerações dos membros dos corpos sociais

da sociedade.

Até 23 de agosto a Comissão de Vencimentos era composta pelos seguintes membros:

Presidente: Dina Carvalho Santos

Vogais: Cristina Maria Pereira Freire

Rita Maria Pereira da Silva

Atualmente não foram eleitos novos membros.

3. Exercício do direito de voto e representação dos acionistas

De acordo com o artigo 9º dos estatutos da empresa, a Assembleia Geral é formada pelos acionistas

com direito de voto.

A cada 100 ações corresponde um voto na Assembleia Geral.

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Relatório e Contas 2012

323

Qualquer acionista com direito a voto pode fazer-se representar na Assembleia Geral nos termos

previstos pelo Código das Sociedades Comerciais.

Os acionistas indicarão, em carta dirigida ao Presidente da Mesa, quem os representará na

Assembleia Geral.

Nenhum acionista se pode fazer representar por mais de uma pessoa na mesma reunião da

Assembleia Geral.

Por deliberação social unânime por escrito do acionista único – (Estado) de 18 de novembro de

2007, foi introduzido no artigo 9º dos estatutos um novo número 8 que não permite o voto por

correspondência.

Não existe prazo de bloqueio das ações para participação na Assembleia Geral.

Os membros do Conselho de Administração e do Conselho Fiscal devem estar presentes nas

reuniões da Assembleia Geral e poderão participar nos seus trabalhos, mas não terão, nessa

qualidade, direito de voto. Na Assembleia Anual que aprovar o relatório e contas deve estar presente

o Revisor Oficial de Contas.

De acordo com os estatutos da empresa, a convocação da Assembleia Geral faz-se por carta

registada dirigida a todos os acionistas com uma antecedência mínima de 30 dias, com indicação

expressa dos assuntos a tratar.

As deliberações serão tomadas por maioria de votos dos acionistas presentes ou representados na

Assembleia Geral sempre que a lei não exija maior número.

4. Regras societárias

4.1. Código de Ética

A imagem e a identidade das organizações resultam cada vez mais, para além do seu desempenho

económico e financeiro, dos princípios, valores e comportamentos que assumem.

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Relatório e Contas 2012

324

Esta verificação adquire maior importância quando aplicada a um universo empresarial, como é o

caso dos CTT, pela responsabilidade social que exerce, pela sua dimensão económica e volume de

emprego que proporciona, pela sua presença e atividade em todo o território nacional e em alguns

países estrangeiros.

Neste enquadramento, em 2006 foi instituído e difundido o Código de Ética dos CTT, que reflete os

princípios, visão e missão da empresa, como referência formal e institucional, para a conduta

pessoal e profissional de todos os trabalhadores e dirigentes dos CTT, independentemente da

empresa onde prestam serviço e do seu vínculo contratual, bem como da posição hierárquica que

ocupam.

A Resolução do Conselho de Ministros nº 49/2007, de 28 de março, relativa aos princípios do bom

governo das empresas do Sector Empresarial do Estado, no nº 14 do seu anexo, determina a adesão

a um Código de Ética.

Com a divulgação do Código de Ética pretendeu-se atingir três objetivos:

consolidar as relações de confiança que os CTT construíram com o seu acionista, clientes,

fornecedores, parceiros, concorrentes, trabalhadores, outras empresas e organizações sociais,

entidades reguladoras e público em geral, doravante designadas por “partes interessadas”;

clarificar junto de todos os trabalhadores as normas de conduta que os mesmos devem observar

contínua e escrupulosamente nas suas relações recíprocas e nas que, em nome da respetiva

empresa, estabelecem com as partes interessadas;

cimentar junto de todas as empresas dos CTT e dos seus trabalhadores a vivência e a partilha de

valores e normas de conduta comuns que permitam o reforço dos elementos de identificação da

cultura CTT.

Segundo o Código de Ética dos CTT, os valores a preservar, de que decorrem as normas de conduta a

praticar, respeitam a:

a) proteção do acionista, salvaguarda do interesse público e dos bens físicos, financeiros e

intelectuais e da informação das empresas CTT;

b) observância dos deveres de lealdade, confidencialidade, sigilo e responsabilidade profissional

dos trabalhadores no exercício das respetivas funções;

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Relatório e Contas 2012

325

c) bom governo das empresas dos CTT, relações institucionais com outras entidades e divulgação e

fiabilidade da informação produzida;

d) práticas de negócio em cumprimento escrupuloso das normas legais e regulamentares aplicáveis

às atividades dos CTT;

e) resolução de conflitos de interesse e submissão dos trabalhadores a limites no que respeita a

prendas, ofertas, convites, transações de valores e transações particulares;

f) relações interpessoais e chefes-subordinados, relações com clientes, fornecedores, parceiros e

reguladores;

g) observância de qualidade e segurança dos produtos e serviços prestados e práticas de

concorrência leal;

h) reconhecimento de igualdade de oportunidades, não discriminação e reserva da intimidade da

vida privada dos trabalhadores, garantia de segurança e bem-estar no local de trabalho;

i) relações com a comunicação social e práticas de marketing e publicidade;

j) responsabilidade social e desenvolvimento sustentável.

O texto integral do Código de Ética dos CTT encontra-se disponível para consulta no website oficial

da empresa (www.ctt.pt).

A sensibilização e formação orientadas para uma conduta ética e socialmente responsável,

privilegiando a valorização do pessoal e a proteção do ambiente, assumem um carácter transversal

tanto no plano das áreas temáticas como no que se refere às populações-alvo dos cursos de

formação inicial, contínua e de desenvolvimento. A título exemplificativo, merecem referência as

ações de formação no domínio da certificação dos sistemas de gestão (normas de qualidade,

ambiente e segurança no trabalho) que em 2012 abrangeram cerca de 29 500 participações; as

ações sobre condução eco-defensiva para 279 condutores de ligeiros e motociclos com o objetivo de

redução dos acidentes rodoviários, consumos e emissões poluentes; a valorização do pessoal

através do incentivo à melhoria das suas habilitações académicas, quer no âmbito do Centro de

Novas Oportunidades com atribuição de 179 certificados escolares quer ao abrigo do estatuto de

trabalhador estudante, que representaram, no conjunto, 16% das horas de formação.

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Relatório e Contas 2012

326

Tendo em vista a adoção de comportamentos éticos e não discriminatórios por parte das chefias foi

preparado um curso, na modalidade de e-learning, sobre “Boas práticas na gestão de recursos

humanos – igualdade de oportunidades e não discriminação”, que versa os temas igualdade de

género, deficiência e inclusão, envelhecimento ativo e assédio no local de trabalho, cuja difusão

ocorrerá durante 2013.

Com a aprovação do Código de Ética, foi criada uma Comissão de Ética que tem a seu cargo a

implementação, o acompanhamento, a interpretação e o esclarecimento de dúvidas ou casos

omissos no Código de Ética. É coordenada pelo Diretor de Recursos Humanos e Organização e

integra igualmente o Diretor da Fundação das Comunicações e o Diretor de Auditoria e Qualidade. A

Comissão reporta ao Conselho de Administração dos CTT através do Administrador com o pelouro

financeiro. O seu endereço eletrónico é [email protected].

Em 2012 a Comissão de Ética procedeu à apreciação de uma comunicação recebida via mailbox

Ética, tendo emitido o respetivo parecer, em consonância com os procedimentos vigentes.

No âmbito do reforço das práticas do Governo da Sociedade, foram definidos procedimentos em

matéria de comunicação de irregularidades relacionadas com situações de incumprimento das

normas de conduta e foram publicados no site da empresa. Os procedimentos aprovados preveem a

indicação:

a) dos meios através dos quais as comunicações de práticas irregulares podem ser feitas,

incluindo as pessoas com legitimidade para receber comunicações;

b) do tratamento a ser dado às comunicações, incluindo a garantia de confidencialidade, caso

assim seja pretendido pelo declarante.

Atendendo às características de tais comunicações, o Conselho de Administração delegou na

Comissão de Ética a supervisão sobre o processo de comunicação de irregularidades, com a

responsabilidade de avaliar a eficiência da sua aplicação no Grupo CTT, procedendo aos

ajustamentos que considere necessários para o seu gradual aperfeiçoamento.

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Relatório e Contas 2012

327

A responsabilidade pelo suporte técnico à Comissão de Ética ao nível da operacionalização do

citado sistema de comunicação de irregularidades encontra-se atribuída à Direção de Auditoria e

Qualidade, competindo-lhe designadamente:

a) Processar as comunicações, assegurando o seu registo e análise prévia.

b) Identificar e tratar as comunicações relevantes.

c) Propor à Comissão de Ética o arquivamento ou a tomada de medidas corretivas relativamente aos processos analisados.

De acordo com os procedimentos aprovados pelo Conselho de Administração, é assegurado o

tratamento confidencial das comunicações recebidas e preservado o princípio da proibição de

retaliação em relação às pessoas que reportem as irregularidades abrangidas pelo presente

mecanismo.

4.2. Regime jurídico aplicável

Quanto ao regime jurídico aplicável às sociedades anónimas que assumam a natureza de empresas

públicas, como é o caso dos CTT, o Decreto-Lei nº 558/99, com a redação dada pelo Decreto-Lei

nº 300/2007, estabelece, no seu artº 7º, nº 1, a primazia do direito privado.

Contudo, nos seus arts. 8º, nºs 1, 2 e 3, 11º, 12º, nº 1, 13º, nº 1 e 15º, consagra alguns limites por

estarem em causa finalidades públicas dessas empresas, a saber:

Sujeição às regras de concorrência nacionais e comunitárias;

Observância do princípio de transparência financeira;

Sujeição a orientações estratégicas, gerais e específicas definidas pelo Conselho de Ministros e

pelos Ministros das Finanças e Responsável pelo sector;

Sujeição a controlo financeiro para averiguar da sustentabilidade, da legalidade, da economia, da

eficiência e da eficácia da gestão;

Obrigatoriedade de facultar aos Ministros das Finanças e Sectorial informação e documentos

adequados à compreensão da situação económico-financeira e perspetivas de evolução, bem

como à eficiência da gestão e a assegurar a boa gestão dos fundos públicos;

Os administradores ficam sujeitos ao estatuto do gestor público;

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Relatório e Contas 2012

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A administração deve reger-se por critérios de “boa gestão”.

5. Sistema de gestão e controlo de riscos

Prosseguiram em 2012 os trabalhos relativos à implementação do plano de ações de mitigação dos

riscos corporativos (“Top 11 Risks”) que tinham começado no último trimestre de 2011. Este

programa, que constitui um dos pilares do Sistema de Gestão do Risco, visa dar uma resposta eficaz

às principais fragilidades detetadas na organização e devidamente refletidas no seu perfil de risco.

Das 21 ações que o constituem, uma já foi concluída e 13 estão em curso.

Durante este período, seguindo o modelo de gestão e acompanhamento preconizado para o plano

de ações foram elaborados e remetidos, mensalmente, relatórios de progresso para informação do

Conselho de Administração.

Nesta fase de execução do plano de ações, os resultados obtidos não permitem mitigar totalmente

os riscos corporativos (“Top 11 Risks”). Ainda assim, já foram produzidos e aprovados algumas

recomendações e documentos importantes dos quais se devem destacar a Política de Segurança e

Classificação de Informação, o manual interno de estabelecimento de parcerias e o novo modelo de

Gestão da Inovação a implementar em 2013.

Em junho de 2012, tendo em vista o reforço do envolvimento e comprometimento organizacional em

torno da temática do risco, o Conselho de Administração aprovou a criação de um Comité de Gestão

do Risco. Pretende-se que este órgão colegial seja um polo agregador das diferentes visões e

sensibilidades das áreas envolvidas, nomeadamente sobre a importância estratégica que a gestão

sistematizada dos riscos representa no contexto atual de uma organização, enquanto garante da sua

sustentabilidade.

5.1. Principais fatores de risco inerentes aos negócios dos CTT

A cada vez maior complexidade dos modelos e processos de negócio e correspondentes tecnologias

de informação suporte, complementada com os atuais desafios colocados pelo meio envolvente

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Relatório e Contas 2012

329

(e.g. liberalização, requisitos legais e regulatórios, concorrência), traduzem-se numa nova realidade

para os CTT. Num ambiente com este dinamismo, a condução bem sucedida da empresa e do seu

negócio depende, em grande parte, da capacidade de previsão e controlo dos potenciais eventos

que possam surgir e ameaçar os objetivos estratégicos definidos.

Os 11 principais riscos (“Top 11 risks”) que podem comprometer a concretização dos objetivos

estratégicos e o crescimento sustentável dos CTT:

Mercados e concorrência: Num contexto de decréscimo do tráfego postal, a abertura total do

mercado representa um desafio para os CTT tendo em conta o novo ambiente legal e

regulamentar que se avizinha. A segmentação de mercados e a internacionalização são temas

fundamentais de resposta à entrada de novos players e ao aumento da competitividade. A gestão

deste risco está entregue à unidade de Regulação e Concorrência, a quem compete acompanhar

proactivamente a evolução das normas regulatórias emitidas pelas entidades nacionais e

internacionais, e aos responsáveis pelas áreas de negócio. Este risco já se encontra em gestão

contínua e dinâmica pela unidade referida, tendo já desenvolvido várias iniciativas com vista à

sua mitigação.

Inovação e desenvolvimento: A inovação e modernização em termos de novas ideias, produtos,

processos e abordagens do mercado é um fator crítico de sucesso para o desenvolvimento dos

CTT. A gestão deste risco é responsabilidade da unidade de Estratégia e Desenvolvimento que

monitoriza e analisa, de uma forma contínua, várias fontes (e.g. operadores postais, software

houses, associações profissionais, fóruns tecnológicos) com vista a identificar soluções que

possam ser aplicadas pelos CTT.

Stakeholder Estado: Pertencendo ao Sector Empresarial do Estado, os CTT são fortemente

afetados pelas orientações e decisões do stakeholder Estado que apresenta uma multiplicidade

de papéis, por vezes, conflituantes. Neste contexto, a definição do modelo de privatização dos

CTT e a sua efetiva concretização, prevista até final de 2013, assumem uma importância vital para

o futuro da empresa. A gestão da relação com o stakeholder Estado, bem como do risco que ela

acarreta, é uma preocupação do Conselho de Administração que tem ativamente interagido com

a tutela sectorial e financeira.

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Relatório e Contas 2012

330

Obrigatoriedade do serviço universal: Assegurar a prestação do serviço universal decorrente do

contrato de concessão que vigorará pelo menos até 2020, traduz-se numa responsabilidade e

custo elevado e, por outro lado, numa oportunidade enquanto objetivo estratégico. A gestão

deste risco está alocada à unidade de Regulação e Concorrência e à unidade de Estratégia e

Desenvolvimento, tendo por missão, entre outras tarefas, a determinação do custo líquido do

serviço postal universal e os mecanismos eficazes para a sua compensação.

Focalização e fidelização de clientes: O crescimento e a sustentabilidade dos CTT estão

fortemente dependentes da prestação de um serviço focado na satisfação do cliente. Neste

sentido, é fundamental antecipar, avaliar, responder e acompanhar as suas necessidades,

oferecendo produtos e serviços adequados, a preços competitivos e com níveis de qualidade

crescentes. A gestão deste risco é uma preocupação dos responsáveis pelas áreas de negócio e

dos canais Rede de Lojas e Grandes Clientes.

Gestão de Recursos Humanos: Os recursos humanos são o principal ativo dos CTT. O processo

produtivo está fortemente dependente dos seus trabalhadores, os quais deverão ser geridos de

modo adequado, fomentando a sua motivação e envolvimento no cumprimento da estratégia da

empresa. A gestão deste risco compete à unidade de Recursos Humanos e Organização, em

coordenação com o Conselho de Administração, tendo já em 2013 conseguido finalizar com

sucesso o novo Acordo de Empresa unificado.

Parcerias: A seleção correta de parceiros, seja ao nível do negócio core, serviços financeiros e

novos negócios, seja ao nível de prestadores de serviços e fornecedores, é cada vez mais um

fator determinante na capacidade de competir e na criação de valor para os stakeholders. A

gestão deste risco compete aos responsáveis pelas áreas de negócios e aos serviços

corporativos.

Gestão da Informação: A análise e a tomada de decisões fundamentadas em informação

criteriosa, relevante, fiável, consistente e confidencial são cruciais para uma eficiente definição,

implementação e gestão da estratégia de negócio. A gestão deste risco é responsabilidade da

unidade de Tecnologias de Informação e do Planeamento e Controlo de Gestão.

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Relatório e Contas 2012

331

Tecnologias de Informação: O crescimento do negócio requer a existência de tecnologias

robustas e flexíveis, alinhadas com as necessidades, adequados à maior eficácia comercial e que

suportem a estratégia de negócio. Adicionalmente, a aposta nos negócios digitais exige o

desenvolvimento de sistemas e tecnologias de informação que os suportem. A gestão deste risco

está entregue à unidade de Tecnologias de Informação.

Alinhamento estratégico: O cumprimento da estratégia de negócio implica a existência de um

alinhamento claro e constante com os objetivos estratégicos, fatores críticos de sucesso,

programas de ações estratégicas e operações realizadas pelas diversas áreas. A gestão deste

risco compete ao Conselho de Administração e à unidade de Estratégia e Desenvolvimento.

Cultura de análise de rentabilidade: A existência de uma cultura de análise e maximização de

rentabilidade é crucial para o crescimento sustentado dos CTT. A avaliação regular e sistemática

da relação custo/benefício ao nível dos produtos e serviços, dos clientes e dos projetos de

investimento é um fator crítico de sucesso. A gestão deste risco é responsabilidade da unidade

de Contabilidade e Tesouraria e da unidade de Finanças e Gestão do Risco.

5.2. Controlo interno

Os CTT dispõem de meios, nomeadamente de uma direção de Auditoria e Qualidade, que assegura a

avaliação da eficiência e da eficácia dos sistemas de controlo interno das unidades organizacionais

dos CTT e suas subsidiárias, tendo igualmente atribuições no âmbito do Compliance e política de

prevenção de branqueamento de capitais e financiamento de terrorismo.

O Conselho de Administração estabeleceu uma política de rigor, transparência e responsabilização

propiciadora de uma cultura de controlo a todos os níveis da organização.

Para além da identificação dos fatores de risco ao nível das atividades empresariais e da atribuição

de responsabilidades específicas que permitam assegurar que as ações identificadas são

executadas de forma tempestiva, estão estabelecidos canais formais e informais de informação e

comunicação, que permitem uma monitorização da atividade empresarial.

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Relatório e Contas 2012

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O sistema de controlo interno em vigor nos CTT, visa assegurar, com um grau de segurança razoável,

a execução dos seguintes objetivos:

a utilização económica e eficiente dos recursos;

a eficácia e eficiência das operações;

a fiabilidade e integridade da informação financeira;

a conformidade com as políticas, planos, procedimentos, leis, normas e regulamentos

aplicáveis;

a deteção e reporte de riscos relevantes à atividade da empresa, assim como riscos de

corrupção e infrações conexas;

o cumprimento dos princípios de transparência, de igualdade, de concorrência, de

imparcialidade, da boa fé e da boa administração;

a adesão a preocupações de sustentabilidade, responsabilidade social e ambiental.

Como instrumento de gestão a todos os níveis da organização, o sistema de controlo interno assenta

nas seguintes cinco componentes:

Ambiente de controlo – determina o funcionamento da organização e influencia o comportamento

dos seus trabalhadores, constituindo a base das restantes componentes do sistema de controlo

interno.

Neste capítulo, destacam-se:

a estrutura orgânica dos CTT, com a definição das linhas de reporte, missão e funções das

diversas unidades organizacionais;

os diplomas de delegação de competências, definindo quais os limites e atos delegados nos

diversos níveis de gestão, enquadrados pelos planos e orçamentos aprovados;

o Regulamento do Conselho de Administração e a função do Secretário da Sociedade para o

exercício das funções constantes dos artigos 446.º-C, 446.º-E e 446.º-F do Código das

Sociedades Comerciais;

o Código de Ética (distribuído a todos os trabalhadores) que engloba os valores e normas de

conduta dos CTT que os seus responsáveis e demais trabalhadores devem observar e a

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Relatório e Contas 2012

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Comissão de Ética que tem a seu cargo a análise, tratamento e resposta às comunicações que

lhe são veiculadas pelos stakeholders;

o Manual de Disciplina que serve de ferramenta de apoio à formação de chefias e como

instrumento de consulta aos trabalhadores;

o Manual de Compliance meio mitigador dos riscos decorrentes da utilização do sistema

financeiro dos CTT para efeitos de branqueamento de capitais e financiamento do terrorismo;

a formação como vetor estratégico determinante para a melhoria do desempenho dos

trabalhadores;

a aprovação dos Princípios Orientadores da Política de Segurança da Informação e sua

classificação;

a emissão e divulgação de um vasto conjunto de normas e procedimentos que regulam a

atividade das diversas empresas dos CTT, nas mais variadas vertentes de atuação.

Avaliação, gestão e controlo de riscos – a gestão e controlo dos riscos é assumida, nos CTT, por toda

a sua estrutura organizacional (serviços centrais e áreas de negócio), pelos seus responsáveis em

primeiro lugar e, em cooperação mútua, por todos os trabalhadores em geral.

Compete à unidade de Finanças e Gestão do Risco, a coordenação centralizada de todo o processo

de gestão do risco dos CTT, colaborando na criação de uma cultura daquela natureza, gerindo o

processo de planeamento e implementação de programas/projetos de ação sobre os riscos

identificados.

Também a Direção de Auditoria e Qualidade, no âmbito da sua atuação, atende aos riscos

conhecidos ou potenciais para definir o plano anual de auditorias internas, onde analisa a

qualidade, integridade e eficácia do sistema de controlo interno associado a operações e a

processos materialmente relevantes, identificando melhorias e boas práticas a implementar pelas

unidades auditadas, com vista a mitigar riscos e/ou eventos potencialmente danosos que impactam

em ineficiências operacionais e perdas.

A Direção de Auditoria e Qualidade tem igualmente atribuições em matérias de:

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Relatório e Contas 2012

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Compliance − identificação e monitorização dos riscos inerentes à atividade financeira exercida

pelos CTT, visando assegurar a sua conformidade com as regras de deontologia e o respeito das

disposições legais e regulamentares aplicáveis, bem como das recomendações e orientações

emitidas pelas entidades reguladoras/supervisoras competentes;

Inspeção − avaliação de procedimentos internos e práticas que permitam ou possam

proporcionar comportamentos irregulares e de corrupção, nomeadamente peculato, fraude e

suborno, com vista a atuação e desenvolvimento de processos para recuperação dos valores em

que a empresa foi lesada e/ou adoção de medidas preventivas a ocorrências da mesma natureza.

Em conformidade com as recomendações do Conselho de Prevenção da Corrupção, procedeu-se à

elaboração do Relatório de Execução sobre o Plano de Prevenção de Riscos de Corrupção e Infrações

Conexas, incluindo referência à questão da gestão de conflitos de interesse.

Atividades de controlo, assentes nas políticas e procedimentos definidos, com vista a assegurar

quer o cumprimento das instruções superiormente transmitidas, quer supervisão sobre os riscos

relacionados com a consecução dos objetivos empresariais (incluem designadamente: autorizações,

verificações, conciliações, análises de indicadores, salvaguarda de ativos e segregação de funções).

Para além das atividades de controlo desenvolvidas pelas diversas unidades organizacionais,

destacam-se as realizadas:

pelo Conselho de Administração no acompanhamento e gestão do desempenho económico,

ambiental e social através dos seguintes instrumentos: plano estratégico dos CTT, plano e

orçamento anual, indicadores mensais de controlo, reuniões de controlo do plano e publicação

de relatórios trimestrais, semestrais e anuais;

pelo Comité de Investimento, a quem compete apreciar e pronunciar-se sobre projetos de

investimento de valor superior a 50 mil euros;

pela Comissão de Crédito, com responsabilidades ao nível da política de gestão e de análise de

risco de crédito e evolução da dívida vencida de clientes;

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pela Comissão de Gestão Imobiliária, com atribuições ao nível do planeamento e gestão

estratégica de imóveis, programação de investimentos e promoção da otimização e

rentabilização do património imobiliário;

pela entidade prestadora de serviços de auditoria externa (KPMG).

Informação e comunicação, estão estabelecidos canais formais e informais de informação e

comunicação, que permitem a monitorização da atividade empresarial, salientando-se a

comunicação interna e externa das atividades e resultados obtidos de todas as ações nos domínios

socioeconómico e ambiental.

Supervisão – a fiscalização da atividade empresarial dos CTT é assegurada pelo Conselho Fiscal e

por um Revisor Oficial de Contas (ROC), nos termos dos Estatutos da Sociedade e do Código das

Sociedades Comerciais.

De acordo com os princípios de bom governo das sociedades do SEE, fixados pela RCM nº 49/2007,

as contas da empresa são ainda auditadas por uma entidade independente, a KPMG.

A Provedoria tem por missão a defesa e promoção dos direitos e garantias legítimos dos clientes,

bem como contribuir para o fortalecimento da confiança nas relações entre os CTT e os seus clientes.

Efetua averiguações e formula recomendações ao Conselho de Administração, com vista à correção

de eventuais práticas discriminatórias, propondo medidas para melhoria da eficiência dos serviços

prestados.

No quadro legal em vigor, o ICP – ANACOM (Autoridade Nacional de Comunicações) efetua

monitorização regular aos CTT, no âmbito do contrato da concessão do Serviço Postal Universal.

6. Relações com investidores

6.1. Deveres especiais de informação

Os CTT são uma empresa de acionista único – o Estado – e não têm títulos de dívida no mercado. As

relações com os mercados financeiros são asseguradas pelo Administrador Financeiro (CFO) e pela

área financeira. A prestação de informações aos diferentes organismos do Estado está a cargo das

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unidades organizativas Planeamento e Controlo de Gestão, Secretaria Geral e Assessoria Jurídica e

Contabilidade e Tesouraria.

Sem prejuízo do disposto na Lei Comercial quanto à prestação de informações aos acionistas, nos

termos do disposto no Despacho nº 14 277 de 14 de maio de 2008 do Ministro de Estado e das

Finanças, a empresa envia à Inspeção-Geral de Finanças e à Direcção-Geral do Tesouro e Finanças:

Planos de atividades anuais e plurianuais, nos 10 dias subsequentes à sua aprovação;

Orçamentos anuais, incluindo estimativas das operações financeiras com o Estado, nos 10 dias

subsequentes à sua aprovação;

Planos de investimento anuais e plurianuais e respetivas fontes de financiamento, nos 10 dias

subsequentes à sua aprovação;

Documentos de prestação anual de contas individuais e consolidadas, relatórios dos auditores

independentes e relatório anual da fiscalização (Relatório e Parecer do Conselho Fiscal e

Certificação Legal de Contas), com a antecedência mínima de 15 dias em relação à data da

Assembleia Geral Anual;

Relatórios trimestrais de execução orçamental, acompanhados dos relatórios do órgão de

fiscalização sempre que sejam exigíveis, até 30 dias após o final do período a que respeitam;

Cópias das atas das Assembleias Gerais e das deliberações unânimes por escrito, nos 15 dias

subsequentes à sua realização;

Quaisquer outras informações e documentos solicitados para o acompanhamento da situação da

empresa e da sua atividade, nos 10 dias subsequentes à realização do pedido, salvo indicação

de prazo diverso.

6.2. Informação no site da empresa e no site do SEE

Para além do envio dos documentos acima citados os CTT, a partir de 2008, passaram a prestar

informação através do Sistema de Recolha de Informação Económica e Financeira (SIRIEF),

desenvolvido com o intuito de responder simultaneamente a três entidades: Direcção-Geral do

Tesouro e Finanças (DGTF), Inspeção-Geral de Finanças e Parpública.

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Sempre que se justifica, atualizam os seus dados divulgados no site das empresas do Sector

Empresarial do Estado (SEE) da DGTF.

Toda a documentação referida é enviada também para o Ministério da Economia e do Emprego (MEE)

/ Secretário de Estado das Obras Públicas Transportes e Comunicações.

Para o MEE são também enviados os dados trimestrais para alimentação do SOR (Solução de

Reporting), sistema de arquivo e reporte de indicadores para acompanhamento estratégico das

empresas tuteladas.

Os CTT publicam anualmente o Relatório e Contas, que inclui informação detalhada sobre a empresa

e é divulgado no seu sítio na internet (www.ctt.pt). Desde 2006, os CTT publicam também o Relatório

e Contas semestral reportado a 30 de junho.

7. Relações com fornecedores

As relações dos CTT com os seus fornecedores respeitam a igualdade de oportunidades, a

transparência, o rigor, a lealdade e a confidencialidade.

A gestão da cadeia de fornecimento tem por objetivo não só comprar nas melhores condições, mas

também elevar as práticas, seja da empresa, seja dos seus fornecedores, numa ótica de construção

de relações de parceria mutuamente vantajosas.

Em 2011, os CTT lançaram a Política de Compras Responsáveis que incluí regras de relacionamento

com fornecedores. Para os CTT é de crucial importância respeitar, manter e promover nas suas

atividades e na sua esfera de influência, elevados padrões de conduta social, ética e ambiental.

Nesse sentido, com o objetivo de reforçar os valores de equidade, solidariedade e de

desenvolvimento societário próprios aos CTT, espera que os seus fornecedores adotem uma conduta

responsável idêntica. A integração destas metas nos produtos ou serviços concebidos, comprados e

comercializados pelas empresas CTT, permite atingir os objetivos de desempenho que definiu, no

âmbito da estratégia de desenvolvimento sustentável.

Os CTT requerem que os fornecedores declarem o conhecimento da Política de Compras

Responsáveis e do seu Código de Ética, incentiva-os a estabelecerem objetivos que melhorem a sua

prática e desempenho em questões sociais, éticas e ambientais, através de um processo de

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Relatório e Contas 2012

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compras responsável/sustentável, baseado no princípio da melhoria contínua em todos os níveis da

cadeia de fornecimento.

Os CTT procurarão evidências de adesão aos princípios referidos, relativamente às cadeias de

fornecimento dos seus fornecedores, incluindo os subcontratados e os produtores de matéria-prima.

O fornecedor aceita a possibilidade de poder ser auditado a fim de ser verificado o respeito destes

princípios, sendo os resultados partilhados com o fornecedor e com as empresas dos CTT.

Os CTT poderão considerar como incumprimento contratual a violação dos princípios definidos na

sua Política de Compras.

Com a publicação em 29 de janeiro, e entrada em vigor a 29 de julho de 2008, do Decreto-Lei

nº 18/2008 que aprovou o Código dos Contratos Públicos, os CTT passaram a ser abrangidos pelo

mesmo, sendo considerados entidade adjudicante. Por forma a cumprir o novo enquadramento

legal, os CTT desenvolveram, em 2008, novas instruções internas sobre as regras a observar nas

aquisições de bens e serviços, que entraram em vigor a partir de 25 de julho desse ano. De referir

ainda que, conforme exigido pelo Código foi concretizado, em 2009, o processo de subscrição de

uma plataforma eletrónica vortalGOV, que permite realizar os processos de compras exclusivamente

por via eletrónica.

Na sequência do ofício nº 8 784 de 15 de novembro de 2010 da DGTF, que aponta para uma

utilização progressiva do Sistema Nacional de Compras Públicas (SNCP) pelas empresas incluídas

no SEE, os CTT solicitaram em novembro de 2010 à Agencia Nacional de Compras Públicas a

informação necessária para a adesão como entidade compradora voluntária, que culminou com a

assinatura do contrato de adesão no dia 25 de janeiro de 2011.

Em 1 de junho de 2010 entrou em vigor o Manual de Compras para os CTT. Foram definidas práticas

e regras que visam a maximização das poupanças, garantindo a aquisição dos bens e serviços e a

realização das empreitadas nas melhores condições, assegurando o cumprimento da legislação em

vigor, nomeadamente o Código dos Contratos Públicos. Posteriormente, e na sequência do

Despacho n.º 438/10-SETF, de 10 de maio, transmitido através do ofício circular n.º 6132, de 6 de

agosto de 2010, procedeu-se à respetiva transposição para o Manual de Compras.

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Esta mudança ditou a segregação de funções entre a entidade que compra e a entidade que solicita

o pedido, cabendo a esta última a responsabilidade de justificar a necessidade de contratar e a

obtenção de autorização para a despesa.

O lançamento do processo de registo e qualificação de fornecedores, inicialmente previsto para o

primeiro semestre de 2012, não se concretizou.

A orientação do Estado aos contribuintes sujeitos passivos do IRC e do IVA,

determinando a obrigatoriedade de criação de Caixa Postal Eletrónica no serviço Via CTT, abriu uma

nova perspetiva de solução final e ponderou-se a possibilidade de alteração da mesma no sentido

de se utilizar a Via CTT como canal de entrada para o registo e qualificação de fornecedores. Em

simultâneo, está em curso um processo de viabilização de inclusão da componente avaliação de

fornecedores que aumentaria o âmbito e fomentaria a proximidade entre os CTT e os seus

fornecedores.

Os processos de aquisição são sustentados em caderno de especificações técnicas, programa de

inspeções e ensaios (quando aplicável), sendo a avaliação de conformidade efetuada por

amostragem ou por lote unitário (dependendo do tipo de produto ou serviço).

A avaliação das propostas dos fornecedores assenta em critérios objetivos, que incluem o

cumprimento de condições pré-definidas de acordo com a natureza do serviço ou produto a

contratualizar e a certificação segundo normas de qualidade e ambientais. Os critérios de

adjudicação incluem: certificação da qualidade, sistemas informáticos, gestão ambiental, gestão da

segurança e higiene e segurança no trabalho.

Nesse sentido, a aceitação de propostas para análise, exige a apresentação prévia de declaração,

em que os concorrentes têm de comprovar compromissos e o cumprimento de leis e regulamentos

sociais, de que se destacam:

situação regularizada relativamente a dívidas por contribuições para a segurança social em

Portugal;

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ausência de sanção administrativa ou judicial pela utilização ao seu serviço de mão-de-obra

legalmente sujeita ao pagamento de impostos e contribuições para a segurança social não

declarada nos termos das normas que imponham essa obrigação em Portugal.

Nos termos da Resolução do Conselho de Ministros (RCM) nº 70/2008, que remete para a RCM nº

65/2008, os cadernos de encargos dos processos de compra mantiveram os critérios ambientais,

expressos nos documentos:

- Certificação Ambiental NP EN ISO 14001;

- Declaração do candidato, sob compromisso de honra, referindo que não foi objeto de

aplicação de coimas e/ou de sanções não monetárias por incumprimento das leis e

regulamentos ambientais;

- Apresentação de descrição sumária dos procedimentos inerentes à Gestão ambiental

(planos de formação e iniciativas para mitigar os impactes ambientais associados à

prestação do serviço).

Não obstante a determinação legal, introduziram-se critérios ambientais na avaliação das propostas

sempre que o objeto contratado o justificou.

O grau de concretização dos indicadores definidos na RCM nº 65/2007 de 7 de maio para avaliar a

extensão da introdução dos referidos critérios ambientais nos processos de compra (excluindo

empreitadas para obras de construção civil) atingiu em 2012 os seguintes valores:

Percentagem de procedimentos pré-contratuais com critérios ambientais relativamente ao total

de procedimentos pré-contratuais: 70%;

Percentagem dos contratos com critérios ambientais relativamente ao total de contratos

celebrados: 98%.

Os dois indicadores, para os quais os objetivos de 2010 eram de 50%, estão alinhados com os

valores de 2011, não apresentando oscilações de relevo.

Do total de adjudicações existem algumas em que os critérios ambientais não têm aplicação, pelo

baixo valor comercial e pequenas quantidades (normalmente compras pontuais para satisfazer

pedidos urgentes).

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Dos 1 073 processos de compra concluídos com adjudicação, 6 resultaram de concursos lançados

ao abrigo do Código dos Contratos Públicos, que representaram cerca de 60% do valor adjudicado.

Consolidou-se o recurso aos Acordos de Quadro estabelecidos com a eSPap - Entidade de Serviços

Partilhados da Administração Pública, I.P. (que resultou da fusão de alguns institutos públicos, entre

eles da Agência Nacional de Compras Públicas, E. P. E.) com a adjudicação de 4 consultas ao abrigo

dos mesmos, nos grupos de compra de combustíveis, consumíveis de informática e seguro

automóvel.

Os compromissos assumidos são verificados regularmente durante a vigência do contrato, através

nomeadamente da entrega periódica de comprovativos (segurança social e impostos), considerando

o não cumprimento dos mesmos um incumprimento contratual.

O início de 2012 foi caracterizado pela entrada em produção da nova plataforma de comércio

eletrónico B2B (e-Compras) para requisições internas de produtos ao abrigo de contratos

previamente estabelecidos. O e-Compras foi desenvolvido internamente, permitindo a redução de

custos de aluguer e manutenção que a antiga solução comprometia. O sistema implementado,

baseado em catálogos, permitirá a expansão a outros processos de requisição e, portanto, constitui

potencial de otimização de recursos nos CTT.

Iniciou-se o desenvolvimento aplicacional da plataforma de gestão de atribuição de vestuário de

serviço aos trabalhadores, crucial para suportar o novo processo de fornecimento de fardamento - o

utilizador passará a requisitar somente as peças de que necessita, em detrimento da atribuição

automática de peças assim que terminava a duração mínima das mesmas.

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Relatório e Contas 2012

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Principais 25 Fornecedores dos CTT, SA – 2012

Designação mil euros 1 PORTUGAL TELECOM - ASSOCIAÇÃO DE CUIDADOS DE SAUDE - PT - ACS 37 1692 COMPANHIA IBM PORTUGUESA, S.A. 18 3163 PT COMUNICAÇÕES, S.A. 11 0434 MAILTEC PROCESSOS, LDA * 7 3205 LOCARENT COMPANHIA PORTUGUESA DE ALUGUER DE VIATURAS, S.A. 7 2096 CASA DA SORTE ORGANIZAÇÃO NOGUEIRA DA SILVA, S.A. 6 5357 PETRÓLEOS DE PORTUGAL PETROGAL, S.A. 6 2038 TMN TELECOMUNICAÇÕES MÓVEIS NACIONAIS, S.A. 4 7469 CONFORLIMPA (TEJO) MULTISERVIÇOS, S.A. 3 67710 ENDESA ENERGIA, S.A. - SUCURSAL EM PORTUGAL 3 52711 TAP TRANSPORTES AÉREOS PORTUGUESES, SGPS, S.A. 3 11312 CTT GEST GESTÃO DE SERVIÇOS E EQUIPAMENTOS POSTAIS, S.A. * 3 08513 MAILTEC COMUNICAÇÃO, S.A. * 2 79714 VIA VERDE PORTUGAL GESTÃO DE SIST. ELECTRÓNICOS DE COBRANÇA, S.A. 2 11815 TRACAR TRANSPORTES DE CARGA E COMÉRCIO, S.A. 2 10616 PAYSHOP (PORTUGAL), S.A. * 1 92717 2045 EMPRESA DE SEGURANÇA, S.A. 1 80218 MAILTEC CONSULTORIA, S.A. * 1 66619 CTT EXPRESSO SERVIÇOS POSTAIS E LOGÍSTICA, S.A. * 1 59220 NOVABASE DIGITAL TV – ENG.DE SISTEMAS PARA TV INTERACTIVA, S.A. 1 35621 TIEL TRANSPORTES E LOGÍSTICA, S.A. 1 27422 LEASE PLAN PORTUGAL – COM. E ALUG. AUTOMÓVEIS E EQUIP., UNIP., LDA 1 17823 SATA INTERNACIONAL SERVIÇOS E TRANSPORTES AÉREOS, S.A. 1 15524 COMPANHIA DE SEGUROS AÇOREANA, S.A. 1 04725 EDP SERVIÇO UNIVERSAL, S.A. 1 007

* empresas subsidiárias dos CTT

Os grupos de compras com maior peso ao nível do valor das adjudicações foram os sistemas de

informação/comunicações e instalações/edifícios representando no conjunto mais de 50% do valor

total.

Contratação de serviços de publicidade institucional (RCM nº 47/2010 de 25 de junho)

No sentido de reforçar a transparência da atividade de aquisição de espaços publicitários pelo

Estado e por outras entidades públicas, foi publicada, em 25 de junho de 2010, a RCM nº 47/2010.

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Relatório e Contas 2012

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Os CTT são abrangidos por esta resolução uma vez que se aplica a empresas públicas

concessionárias de serviços públicos, relativamente às respetivas obrigações de serviço público.

A resolução visa edificar um conjunto de diretrizes adequadas às especificidades das mensagens a

transmitir em sede de publicidade institucional, apontando para o reforço da eficiência e da

transparência na aquisição deste tipo de espaços publicitários.

Em 2012 não foram desenvolvidas ações de publicidade institucional.

8. Investigação e desenvolvimento

Os CTT constituem uma referência enquanto hub de comunicações físicas e eletrónicas a nível

nacional e com reputação a nível internacional. Líderes na disponibilização de soluções postais, têm

vindo a inovar e a desenvolver, com recurso às novas tecnologias da informação e da comunicação,

produtos e serviços com uma forte componente digital, que respondam com qualidade às

necessidades dos clientes, amigos do ambiente e que possam assegurar a competitividade e a

liderança da empresa face aos crescentes desafios da substituição tecnológica, liberalização e

privatização.

No correio físico, os CTT têm desenvolvido novas soluções integradas e de valor acrescentado para

os seus clientes, permitindo um maior número de serviços prestados desde serviços financeiros a

digitalização e tratamento documental.

As principais iniciativas levadas a efeito em 2012 estão descritas no corpo do Relatório e Contas

(vide título 5.2. Inovação e Desenvolvimento).

9. Sustentabilidade

9.1. Responsabilidade social

A atividade dos CTT tem um carácter intrinsecamente social. Por definição, todos os portugueses são

clientes da empresa, enquanto agentes ativos ou passivos (destinatários de correspondência). Com

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Relatório e Contas 2012

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cerca de 141 mil clientes/dia nas lojas e uma média diária de 1 objeto postal por agregado

doméstico, a capilaridade, a acessibilidade e a proximidade são as suas marcas distintivas.

São aproximadamente 5 300 carteiros que diariamente distribuem cerca de 5 milhões de objetos

postais aos portugueses e outros residentes no território nacional. Ao nível do atendimento, são 2

720 os atendedores disponíveis em cerca de 748 lojas CTT, para aconselhar o produto ou serviço

que melhor serve as necessidades de cada cliente, complementados pela rede de postos que

oferecem serviços e produtos postais.

Os CTT, como operador nacional concessionado para a prestação do Serviço Postal Universal (SPU),

comprometem-se a assegurar este serviço postal de forma permanente, em todo o território, com

qualidade especificada e a preços não discriminatórios e acessíveis.

No que concerne à rede de atendimento (lojas e postos de correio), os CTT têm níveis superiores à

média da UE (dados de 2011/2012), quer em termos de cobertura postal (área média, em km2, por

estabelecimentos postais fixos; 43 para a média da UE e 36 para Portugal) quer em termos de

densidade postal (número médio de habitantes por estabelecimento postal fixo; 4919 para a média

da UE e 4136 para Portugal).

Com as suas marcas distintivas, os CTT podem prestar variados serviços de proximidade às

empresas e população, sendo um meio único de alcançar e conhecer a população e o território

nacional. A oferta de serviços de proximidade ao Estado e às empresas, além do carácter de

responsabilidade social, são um importante vetor de negócio da empresa dentro da Rede de Lojas e

da área de negócio de Soluções Empresariais.

Os CTT atuam como agente importante na manutenção da coesão social e territorial do país. Estão

ativamente empenhados na pesquisa e ativação de soluções de atendimento e distribuição mais

eficientes, com a salvaguarda das atuais características e atributos dos serviços prestados.

No âmbito do estabelecimento de diálogo com as comunidades e com as restantes partes

interessadas os CTT procederam ao aprofundamento da identificação dos seus stakeholders mais

críticos e dos temas que lhes são mais relevantes, sendo que os pontos de vista destes influenciam

a forma como a empresa desenvolve o seu negócio. Como evidência deste envolvimento e da

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Relatório e Contas 2012

345

preocupação em dar resposta às suas partes interessadas, os CTT introduziram e mantêm objetivos

específicos de sustentabilidade no seu scorecard empresarial, desde a gestão de topo até às

unidades operacionais.

A transmissão desta postura aos cerca de 13 mil trabalhadores tem-se traduzido numa ação

contínua, concretizada no terreno através da implementação de sistemas de gestão integrados de

qualidade, e-ambiente e segurança nas principais unidades operacionais e empresas participadas, e

da certificação de serviços do atendimento e distribuição (a maior cobertura existente em Portugal,

em termos do nº de sites abrangidos), da validação das competências dos trabalhadores, formação

em primeiros socorros e combate a incêndios, reforço do clausulado com os fornecedores no âmbito

da Estratégia de Compras Ecológicas e da alocação de patrocínios a instituições e projetos de

relevância. Celebraram-se protocolos para apoio à população em carência ou risco, faz-se o controlo

contínuo de emissões de gases com efeito de estufa, desenvolvem-se projetos para uma melhor

eficiência energética e para a preservação da biodiversidade.

A empresa fez donativos no valor de aproximadamente 400 mil € a cerca de duas dezenas de

iniciativas de responsabilidade social, de apoio a grupos carenciados ou de risco. Além fronteiras os

CTT participaram em ações de cooperação internacional, nomeadamente junto dos PALOP e de

países da América Latina, com quem têm fortes laços culturais. No âmbito do Projeto de Luta Contra

a Pobreza e Exclusão Social, os CTT associaram-se ao Banco do Bebé na campanha de Natal "Achar

Querido Não Chega", visando a angariação de bens essenciais a favor daquela Associação de Ajuda

ao Recém-Nascido. Os CTT disponibilizaram as embalagens solidárias para expedição gratuita dos

bens doados ao Banco do Bebé em qualquer loja CTT de todo o país, incluindo Açores e Madeira, e

enviaram para esta instituição cerca de 1 700 embalagens.

Aumentar os impactes positivos da sua atividade e controlar ou reduzir os negativos são um dos

grandes desafios dos CTT, tendo sempre em mente as necessidades dos seus vários stakeholders

internos e externos, primários e secundários. As ações desenvolvidas para a concretização destes

objetivos constam do título 5.3. do Relatório e Contas.

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Relatório e Contas 2012

346

9.2. Reporting social

Os CTT elaboram o Relatório Único nos termos da Lei n.º 105/2009 de 14 de setembro e da Portaria

n.º 55/2010 de 21 de janeiro, procedem às consultas prévias e às comunicações previstas nestes

diplomas, nomeadamente em relação à Comissão de Trabalhadores e apresentam-no ao serviço com

competência inspetiva do Ministério responsável pela área laboral. Este reporta distribuições

segmentadas de números e valores referentes à atividade social da empresa, que podem ser

encarados como relevantes para a avaliação de gestão sustentável, na vertente social.

Para além do Relatório Único, a empresa reporta ao INE e ao Ministério da Solidariedade e

Segurança Social, alguns inquéritos de natureza social, a saber:

trimestralmente: Inquérito aos Empregos Vagos e Índice de Custo do Trabalho;

semestralmente: Inquérito aos Ganhos e Duração do Trabalho;

anualmente: Inquérito à Proteção Social;

trianualmente: Inquérito à Formação Profissional Contínua.

9.3. Política de gestão ambiental

A atividade dos CTT é de natureza essencialmente não-industrial, sendo reduzida a incorporação de

inputs materiais (matérias-primas e consumos intermédios) nos seus processos operativos. A sua

pegada ecológica direta é limitada. Uma análise comparativa empírica permite estimar que o peso

dos impactes ambientais da sua atividade será bastante inferior ao contributo da empresa para a

geração de valor no tecido económico e social nacional, cerca de 1/7 daqueles, usando como proxy

as emissões de gases com efeito de estufa (GEE).

Nem por isso os CTT deixam de intervir neste domínio desde há longa data, tendo sido pioneiros na

utilização comercial de viaturas elétricas em Portugal e promovendo regularmente, desde há

décadas, a divulgação da temática ambiental nas suas emissões filatélicas.

A partir de 2005 foram, pela primeira vez, identificadas de forma mais precisa as variáveis

ambientais e avaliados os impactes associados. Iniciou-se então um trabalho de abordagem

sistemática e estruturada do “dossier” ambiental, que levou os CTT a estarem atualmente ativos em

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Relatório e Contas 2012

347

todos os descritores ambientais relevantes: da gestão de resíduos à eficiência energética e gestão

carbónica, passando pela implementação de sistemas de gestão ambiental, a prospeção e utilização

de soluções de mobilidade sustentável, as compras responsáveis, a formação ambiental e

terminando na certificação de edifícios e no marketing sustentável. Hoje, todas estas áreas de

trabalho se traduzem em metas quantificadas e são reportadas com indicadores normalizados.

Neste domínio, além da introdução de viaturas elétricas nas rotas urbanas, foram também

adquiridas bicicletas elétricas para apoio aos giros dos carteiros.

Em termos de estratégia ambiental, como primeira prioridade, os CTT começaram por se centrar no

domínio das questões da conformidade legal ambiental. Neste momento a empresa encontra-se já a

explorar as potencialidades de criação de valor da gestão ambiental para os diversos stakeholders:

redução de custos, lançamento de produtos e negócios inovadores, fidelização de clientes, melhoria

de reputação, reforço da motivação do pessoal, etc.

A perspetiva nesta matéria é que, a adoção de uma agenda ambiental releva em primeiro lugar de

uma atitude de responsabilidade corporativa (preservar recursos escassos e garantir aos vindouros

um planeta mais viável), mas faz igualmente todo o sentido económico, podendo dar um importante

contributo ao bottom line da empresa.

Em outubro de 2007, o Conselho de Administração aprovou a Política de Ambiente para os CTT; em

abril de 2011 essa Política foi revista e atualizada, tendo sido incluída, conjuntamente com as

Políticas de Qualidade e Segurança, na Política Integrada do Grupo, com a formulação abaixo:

“O Grupo CTT reafirma a adoção dos princípios do desenvolvimento sustentável, como parte

integrante da sua estratégia e prática empresarial. Todos os que nele trabalham assumem

compromissos claros em termos de melhoria continuada do desempenho, nas vertentes qualidade,

ambiente, segurança e saúde do trabalho.”

Prevenção da poluição

Identificar os aspetos ambientais, avaliando e controlando os seus impactes, resultantes da

atividade dos CTT.

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Relatório e Contas 2012

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Promover a utilização sustentável de recursos naturais, nomeadamente de origem florestal, e

a racionalização do consumo de materiais.

Reduzir, reutilizar e reciclar os resíduos produzidos.

Adotar as melhores práticas de trabalho e tecnologias disponíveis, promovendo o aumento

da eficiência ambiental e energética dos equipamentos, das instalações e da frota, visando a

redução das emissões atmosféricas.

Cumprimento Legal

Respeitar o quadro legal e regulamentar em vigor e outros requisitos que os CTT subscrevam.

Comunicação e Sensibilização

Divulgar a todos os trabalhadores, ao público em geral e às restantes partes interessadas a

respetiva política e relato de desempenho dos CTT.

Formar, sensibilizar, valorizar competências e motivar os trabalhadores e todos aqueles que

desempenhem atividades em nome dos CTT, induzindo a adoção de boas práticas.

Melhoria contínua

Medir, avaliar, rever e melhorar sistematicamente a eficácia dos Sistema de Gestão.”

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9.3.1. Análise de impactos ambientais dos produtos e serviços produzidos pela empresa

Os impactes do sector postal no ambiente estão relacionados com as suas atividades operacionais,

no que respeita ao tratamento, distribuição e transporte dos objetos postais, assentes numa rede de

plataformas logísticas.

Os principais impactes ambientais da atividade dos CTT advêm essencialmente de:

depleção de combustíveis fósseis, através do consumo de carburantes e de eletricidade;

alterações climáticas, derivadas das emissões de poluentes atmosféricos, nomeadamente de

gases com efeito de estufa produzidas pela frota e edifícios;

depleção de recursos naturais pelo consumo de papel e de outros materiais (principalmente

impactes indiretos);

resíduos diretos e indiretos (particularmente os decorrentes do uso de papel, produto base da

comunicação em suporte físico).

Poderão ainda ser mencionados outros impactes ambientais, dos quais se destacam a emissão de

ruído e o consumo de água.

O processo de implementação dos sistemas de gestão ambiental da empresa permitiu aprofundar a

identificação dos aspetos e impactes ambientais, regularmente atualizados de acordo com

metodologias normalizadas. Igualmente o processo de constituição de Seguro de Responsabilidade

Ambiental ao nível dos CTT implicou a identificação exaustiva dos riscos ambientais, medidas de

mitigação e custos associados. Várias medidas de mitigação têm sido desenvolvidas e analisadas.

Os CTT têm contratado externamente um serviço jurídico de avaliação de conformidade legal

ambiental.

9.3.2. Definição de standards ambientais para fornecedores e parceiros

Nos últimos anos foram introduzidas cláusulas ambientais nos cadernos de encargos dos processos

de consulta e compra, que podem incluir a apresentação do certificado relativo ao referencial NP EN

ISO 14001, a declaração do candidato referindo não ter sido objeto de aplicação de coimas e/ou de

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sanções não monetárias por incumprimento das leis e regulamentos. Assim como a apresentação

sumária dos procedimentos inerentes à gestão ambiental.

São utilizados critérios ambientais como a eficiência energética, redução de gases com efeito de

estufa (GEE), prevenção da emissão de poluentes, incorporação de materiais reciclados,

minimização dos impactes diretos e indiretos na conservação e critérios ambientais específicos

relativamente a veículos, lâmpadas, energia, equipamentos informáticos, entre outros. Em 2011, foi

aprovada a Política de Compras Sustentáveis para que as regras e procedimentos que regem a

relação com os fornecedores sejam mais claros e objetivos e, no âmbito da qualificação e seleção de

fornecedores, concluiu-se o desenvolvimento de uma ferramenta para registo e qualificação

on-line de fornecedores.

Neste âmbito, de acordo com as diretrizes da Política de Compras Públicas Ecológicas, sistematizou-

se também a utilização de critérios ambientais na seleção de fornecedores e parceiros (vide título

5.3. deste Relatório).

9.3.3. Identificação de objetivos/metas ambientais

Os CTT assumem compromissos públicos explícitos em termos da melhoria continuada do seu

sistema de reporting ambiental, da implementação gradual de sistemas estruturados de gestão

ambiental nas áreas mais sensíveis no domínio do ambiente, do esforço de melhoria do

desempenho ambiental nas vertentes da eficiência energética da frota automóvel e do parque

imobiliário, da redução de emissões, da gestão de resíduos e da redução de consumos.

Assim, os CTT impõem-se um conjunto de metas ambientais quantificadas para 2013, algumas

voluntárias, outras decorrentes de orientações das políticas públicas e da participação em

iniciativas de natureza sectorial (PostEurop e IPC), como a introdução de veículos alternativos

(elétricos), a redução das emissões de CO2, a redução do consumo de energia, de combustíveis e de

papel, o aumento da taxa de valorização dos resíduos, a participação em programas internacionais

de gestão carbónica, entre outras.

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Essas metas (além de outras, relativas aos restantes pilares da Sustentabilidade) são divulgadas

publicamente no capítulo “Compromissos” do Relatório de Sustentabilidade 2012, expressam-se

em mais de três dezenas de ações distintas e são válidas para todas as empresas dos CTT, tendo

sido transpostas para os diversos sistemas de gestão existentes.

De entre as ações iniciadas ou levadas a cabo durante o ano de 2012, referência especial para o

processo de certificação energético de edifícios, o teste do veículo elétrico Kangoo Z.E. na sequência

de protocolo assinado com a Renault Portugal, um concurso para aquisição de 150 bicicletas

elétricas, a renovação de parte substancial da frota de pesados e a manutenção do scorecard

ambiental nos centros de distribuição postal, lojas e centros operacionais de correio, entre outros.

Como consequência, os desempenhos ambientais dos CTT mantiveram a sua trajetória de melhoria

continuada.

9.3.4. Certificação ambiental segundo as normas internacionais

Os CTT têm presentemente implementados e em funcionamento diversos Sistemas de Gestão

Ambiental, certificados de acordo com os requisitos da Norma ISO 14001. Nos CTT-Correios, estão

certificados os três principais centros de operações de correio (Norte, Lisboa e Centro), que

englobam as atividades de tratamento e transportes, num total de mais de 1 300 trabalhadores. Por

seu lado, as subsidiárias mantiveram as certificações ambientais existentes (CTT Expresso e EAD) ou

obtiveram novas certificações (Tourline).

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Relatório e Contas 2012

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10. Cumprimento das orientações legais - Ofício circular nº 843 – 30 janeiro 2013 da DGTF

Objetivos de gestão

Foram definidos pelo acionista, nas suas vertentes de tutela financeira e setorial, objetivos de

gestão para mandato 2012-2014.

O mandato tem como principal desafio a preparação da empresa e o suporte ao acionista no

processo de privatização da empresa na qual assentam os objetivos estratégicos cujo grau de

realização qualitativo e quantitativo será medido no final do mandato.

Os quatro principais objetivos estratégicos são:

Preparação da empresa para a sua privatização, a ocorrer até ao final do ano de 2013, de

acordo com o Programa de Assistência Económica e Financeira e como é a vontade expressa

do Estado.

Maximização do valor da empresa, através de medidas estruturais de médio e longo prazo,

assim como do desenvolvimento das diversas áreas de atividade, com especial enfoque nas

atividades fora do âmbito do Serviço Postal Universal.

Reorganização e desenvolvimento organizacional para enfrentar os desafios do futuro, fruto

da contração do mercado de serviços postais e da sua recente liberalização.

Assegurar as obrigações de serviço que advém do contrato de concessão do serviço postal

universal, com padrões de qualidade adequados mas assegurando a sustentabilidade de

médio longo prazo da empresa e destes serviços.

Em paralelo foram fixados objetivos anuais cuja construção está feita em sucessivas e distintas

etapas dado que os objetivos estratégicos estão definidos para vários momentos com diferentes

metas e realizações planeadas.

Atento o facto de este Conselho de Administração ter sido nomeado no dia 24 de agosto de 2012, os

objetivos anuais para o ano de 2012, são basicamente os de assegurar a concretização das

principais metas definidas pela anterior gestão. A evolução de mercado, em termos de tráfego postal

e de uma menor atividade económica, pode prejudicar a concretização de algumas das metas

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Relatório e Contas 2012

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propostas, devendo este Conselho de Administração tomar as medidas necessárias para reduzir o

impacto destes fatores externos.

Não são, por tal facto, fixados objetivos quantitativos para este exercício ao nível operacional e de

rentabilidade e eficiência.

Para os anos de 2013 e 2014 o cumprimento dos objetivos anuais será avaliado por recurso a

indicadores financeiros de rentabilidade e crescimento e de eficiência baseados nas orientações

constantes da RCM 70/2008.

Gestão do Risco Financeiro

As atividades dos CTT acarretam exposição a riscos financeiros, nomeadamente: riscos de crédito -

risco dos seus devedores não cumprirem com as suas obrigações financeiras; riscos de mercado -

fundamentalmente o das taxas de juro e o das taxas de câmbio, os quais estão associados,

respetivamente: (i) ao risco do impacto da variação das taxas de juro de mercado nos ativos e

passivos financeiros, assim como nos resultados, e (ii) ao risco de flutuação do justo valor dos

ativos e passivos financeiros em resultado de alterações nas taxas de câmbio; riscos de liquidez –

risco de que se venham a encontrar dificuldades para satisfazer obrigações associadas a passivos

financeiros.

A gestão do risco concentra-se na imprevisibilidade dos mercados financeiros, monitorizando os

mercados por forma a minimizar os efeitos adversos dessa imprevisibilidade no desempenho

financeiro da empresa.

A gestão dos riscos financeiros integra o Sistema de Gestão do Risco da Empresa cuja coordenação é

conduzida pela unidade Finanças e Gestão do Risco, com report direto ao Conselho de

Administração. As direções de Finanças e Gestão do Risco e de Contabilidade e Tesouraria

asseguram a gestão centralizada das operações de financiamento, das aplicações dos excedentes

de tesouraria, das transações cambiais assim como a gestão do risco de contrapartes da Empresa e

a monitorização do risco cambial, de acordo com políticas aprovadas pelo Conselho de

Administração.

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Relatório e Contas 2012

354

No quadro seguinte identifica-se o grau de cumprimento das instruções do Despacho nº 101/09-

SETF, de 30 de Janeiro, tendo em vista a mitigação dos efeitos da volatilidade dos mercados

financeiros sobre a situação financeira da empresa.

Limites de crescimento do endividamento

Em 2012 o endividamento dos CTT cresceu 2,8% cumprindo o limite máximo de crescimento de 5%

fixado no despacho nº 155/2011 de 28 de abril do MEF (vide capítulo 7. Análise Económica e

Financeira).

S N N.A.

Procedimentos adotados em matéria de avaliação de risco e medidas de cobertura respetivaDiversificação de instrumentos de financiamento XDiversificação das modalidades de taxa de juro disponíveis XDiversificação de entidades credoras XContratação de instrumentos de gestão de cobertura de riscos em função das condições de mercado X

Adoção de politica ativa de reforço de capitais permanentesConsolidação passivo remunerado: transformação passivo Curto em M/L prazo, em condições favoráveis XContratação da operação que minimiza o custo financeiro (all-in-cost ) da operação XMinimização da prestação de garantias reais XMinimização de cláusulas restritivas (covenants ) X

Medidas prosseguidas com vista à otimização da estrutura financeira da empresa

Adoção de política que minimize afetação de capitais alheios à cobertura financeira dos investimentos X

Opção pelos investimentos com comprovada rendibilidade social/empresarial, beneficiam de FC e de CP X

Os investimentos superiores a 50 mil eurossão sujeitos à apreciação do Comité deInvestimentos, que avalia, entre outros,critérios de rendibilidade e emite parecer.

Utilização de auto financiamento e de receitas de desinvestimento XO autofinanciamento da atividade e dosinvestimentos continua a ser a estratégiaseguida pela empresa.

Inclusão nos R&C Descrição da evolução tx média anual de financiamento nos últimos 5 anos X

juros suportados anualmente com o passivo remunerado e outros encargos nos últimos 5 anos X

Análise de eficiência da política de financiamento e do uso de instrumentos de gestão de risco financeiro X

Reflexão nas DF 2011 do efeito das variações do justo valor dos contratos de swap em carteira X

Legenda: FC - Fundos comunitários; CP - Capital próprio; S - Sim; N - Não; N.A. - Não Aplicável

Não aplicável devido ao nível reduzido de endividamento.

Vide capítulo 7 - Análise Económica e Financeira do R&C

Gestão de Risco Financeiro - Despacho n.º 101/09-SETF, de 30-01CUMPRIDO

Descrição

Não aplicável devido ao nível reduzido de endividamento.

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Relatório e Contas 2012

355

Evolução do Prazo Médio de Pagamento a fornecedores

No âmbito do programa “pagar a tempo e horas”, o prazo médio de pagamento (PMP), calculado nos

termos previstos no nº 6 do anexo à RCM 34/2008, de 22 de fevereiro e redefinido pelo despacho

9870/2009, de 13 de abril, apresentou no período 2011/2012 a seguinte evolução:

Conforme orientações legais a informação relativa à empresa-mãe é fornecida à DGTF para

divulgação no seu site.

Atrasos nos pagamentos (Arrears)

Pagamentos em atraso dos CTT, SA (empresa-mãe), em 31 de dezembro de 2012, nos termos do DL

65-A/2011 de 17 de maio:

(1) Os valores relativos a Administrações Postais Estrangeiras respeitam ao negócio internacional e funcionam tendo por base o encontro

de contas. As contas com as Administrações Postais têm uma base média de recebimento/pagamento acordada via União Postal Universal

e outros acordos bilaterais de cerca de 2 anos. Os valores a receber são os seguintes:

Deveres especiais de informação

Conforme referido no capítulo 6, no ponto 6.1., do Relatório de Governo da Sociedade a empresa

cumpre os deveres especiais de informação, nos termos do Despacho nº 14277 de 14 de maio do

Ministro de Estado e das Finanças.

PMP (dias) 1ºT 2011 2ºT 2011 3ºT 2011 4ºT 2011 1ºT 2012 2ºT 2012 3ºT 2012 4ºT 2012

CTT, SA (empresa-mãe) 40 37 35 34 34 36 36 39

Dados consolidados 40 39 40 38 38 37 38 38

Pagamentos em atraso (€) 0-90 dias 90-120 dias 120-240 dias 240-360 dias > 360 dias

Aquisições de bens e serviços 3 198 144,25 102 988,07 151 507,46 1 898,78 11 649,95

Aquisições de capital 291 453,40 0,00 525,58 3 505,50 5 944,73

Administrações Postais Estrangeiras (1) 1 795 368,79 2 111 937,86 2 807 753,90 4 748 335,83 27 867 913,80

0-90 dias 90-120 dias 120-240 dias 240-360 dias > 360 dias

Administrações Postais Estrangeiras - valores a receber (€) 3 709 124,00 315 671,00 3 800 236,00 4 859 027,00 28 488 428,00

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Relatório e Contas 2012

356

Recomendações do acionista

Na Assembleia Geral Anual de 31 de maio de 2011 foram emitidas as seguintes recomendações:

Para o ano de 2011 e seguintes (Ata nº35):

I. Adoção de um plano de ação com vista à mitigação de riscos identificados; II. Implementação dum sistema de gestão de risco, devendo este sistema constituir uma ferramenta essencial com vista a gerir sistematicamente os principais riscos dos CTT e identificação e gestão de eventuais riscos futuros. III. Dar cumprimento à RCM n.º 34/2008, de 22 de fevereiro, que aprovou o Programa “Pagar a

Tempo e horas”.

Esta recomendação encontra-se implementada e em plena execução tendo sido concretizada

através de um plano de ações de mitigação de risco com Identificação dos principais 11 riscos.

Para o ano de 2012 e seguintes (Ata nº36):

- Cumprimento do plano de redução de custos operacionais

Foi definido em fevereiro de 2011 um plano de redução de custos operacionais que transitou para o

ano de 2012 e que se encontra em plena execução (vide ponto 7.3 – Programa de Redução de

Custos do Relatório & Contas).

Remunerações

Em 2012 a gestão de recursos humanos manteve-se condicionada pelas medidas que foram

aplicadas de acordo com o Orçamento de Estado (OE) para 2011 e pelas orientações do Governo

para o Sector Empresarial do Estado (SEE) sobre política salarial e redução de custos operacionais.

No Orçamento de Estado para 2012, à redução remuneratória, proibição de valorizações

remuneratórias e outras determinações que continuaram em vigor, acresce a suspensão dos

subsídios de férias e de Natal (Artigos 20.º e 21.º da Lei n.º 64-A/2011, de 30 de Dezembro).

Em todas as empresas dos CTT continuou a ser aplicada a redução remuneratória determinada pelo

artigo 19.º da Lei n.º 55-A/2010, de 31 de dezembro (OE/2011) e mantido em vigor pelo nº 1 do

artigo 20 da Lei nº 64-B/2011, de 30 de dezembro (OE/2012). A redução remuneratória continua a

abranger as remunerações superiores a 1 500 euros e a concretizar-se através da aplicação duma

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Relatório e Contas 2012

357

taxa progressiva entre os 3,5% e os 10%. Em relação aos órgãos sociais esta medida acresceu à

redução de 5% da remuneração fixa mensal já efetuada a partir de 1 de junho de 2010, resultante da

aplicação Lei n.º 12-A/2010, de 30 de junho. Foram também cumpridas as normas relativas a

contratos de aquisição de serviços, proibição de valorizações remuneratórias e subsídio de refeição

(respetivamente artigos 22º, 24º e 28º da Lei n.º 55-A/2010), às ajudas de custo e transporte,

trabalho extraordinário e trabalho noturno (em conformidade com o estipulado no art.º 31.º da

referida Lei). A suspensão do pagamento de subsídios de férias e de Natal aplica-se aos

trabalhadores cuja remuneração base mensal seja superior a € 1100; os que auferem entre €600 e

€1100 continuam a receber embora com a redução prevista na lei.

De acordo com o artigo 29º da Lei nº 64-B/2011 (OE/2012) deverá ser adotada uma política assente

na contenção acrescida de custos, não havendo lugar, durante o período de execução do Programa

de Estabilidade e Crescimento para 2010-2013, à atribuição de qualquer componente variável da

remuneração.

Aplicação do art. 32º do Estatuto do Gestor Público

A deliberação social unânime por escrito de 24 de agosto de 2012 com aditamento determina a não

atribuição de cartão de crédito (art.32º de estatuto do gestor público DL 71/2007) e encontra-se em

plena execução.

Contratação Pública, Sistema Nacional de Compras Públicas e Parque de Veículos do Estado

Na sequência do ofício nº 8 784 de 15 de novembro de 2010 da DGTF, que aponta para uma

utilização progressiva do Sistema Nacional de Compras Públicas (SNCP) pelas empresas incluídas

no SEE, os CTT solicitaram em novembro de 2010 à Agencia Nacional de Compras Públicas a

informação necessária para a adesão como entidade compradora voluntária, que culminou com a

assinatura do contrato de adesão no dia 25 de janeiro de 2011.

Em 2012 consolidou-se o recurso aos Acordos de Quadro estabelecidos com a eSPap - Entidade de

Serviços Partilhados da Administração Pública, I.P. (que resultou da fusão de alguns institutos

públicos, entre eles da Agência Nacional de Compras Públicas, E. P. E.) com a adjudicação de quatro

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Relatório e Contas 2012

358

consultas ao abrigo dos mesmos, nos grupos de compra de combustíveis, consumíveis de

informática e seguro automóvel.

Dos 1 073 processos de compra concluídos com adjudicação, 6 resultaram de concursos lançados

ao abrigo do Código dos Contratos Públicos, que representaram cerca de 60% do valor adjudicado.

Princípio da Igualdade do género

O nº1 da RCM nº 19/2012 de 23 de fevereiro estabelece a obrigatoriedade de adoção, em todas as

entidades do Sector Empresarial do Estado (SEE) dos planos para a igualdade previstos na RCM nº

70/2008 de 22 de abril. Neste sentido os CTT têm vindo a melhorar os indicadores de gestão no

sentido de proceder à monitorização contínua das variáveis relevantes para a política de igualdade

de género, tendo sido introduzidas desagregações em alguns indicadores periódicos de gestão.

Foram elaborados relatórios de gestão, com periodicidade semestral, em que os CTT já vêm

procedendo ao apuramento da situação de recursos humanos em cada empresa, em função do

género, inserindo alguns indicadores no Relatório de Sustentabilidade da empresa.

Os CTT assinaram em 18 de fevereiro de 2013 um protocolo com a CITE - Comissão para a Igualdade

no Trabalho e no Emprego, através do Fórum de Empresas para a Igualdade (IGEN), no qual se

comprometem a desenvolver ações que incorporem na sua estratégia de gestão os princípios de

equidade de género, com vista à promoção da igualdade profissional e ao fim de todos os processos

discriminatórios. Deste esforço irá resultar um acervo de boas práticas que irão ser partilhadas.

O nº2 da RCM nº 19/2012 determina como objetivo a presença plural de mulheres e de homens nas

nomeações ou designações para cargos de administração e de fiscalização no SEE. É referido o

apelo da Vice-Presidente da Comissão Europeia aos Presidentes dos Conselhos de Administração

das maiores empresas para que assumam o compromisso de alcançar a meta de 30% de mulheres

entre os membros daqueles Conselhos até 2015 e de 40% até 2020. No caso dos CTT a presença de

mulheres perfaz 40% no Conselho de Administração e 100% no Conselho Fiscal.

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Relatório e Contas 2012

359

Plano de Redução de Custos

Na Assembleia Geral Anual de 30 de maio de 2012 foi recomendado ao Conselho de Administração:

“…que diligencie no sentido do cumprimento do Plano de Redução dos Custos Operacionais”.

O Programa de Redução de Custos (PRC) apresentado pelos CTT ao acionista previa para 2012 uma

redução de 103,2 M€ face a 2009 (-15%). O quadro seguinte apresenta o grau de cumprimento do

Programa de Redução de Custos no final de 2012 antes do registo nas contas, já em abril de 2013,

do gasto relativo ao subsídio de férias a pagar em 2013. Foi conseguida uma redução de 110,1 M€

(16%), superior ao previsto (+6,9 M€)

A especialização do subsídio de férias a pagar em 2013 decorrente da decisão do Tribunal

Constitucional sobre este aspeto do OE 2013 que teve como consequência o registo de mais 17,8

M.€ nos gastos com pessoal, implicou que o programa não fosse cumprido tendo-se conseguido

uma redução relativamente a 2009 de 93 M.€ (-14%), inferior à prevista em 1,5 pontos percentuais

(-11 M.€).

(vide ponto 7.3 – Programa de Redução de Custos do Relatório & Contas).

Programa de Redução de Custos Unidades: mil euros

2009 2010 2012

FSE 277 824 273 333 246 568 -31 256 -11,3% -26 765 -9,8%Custos com Pessoal 409 845 399 357 331 016 -78 829 -19,2% -68 341 -17,1%Total 687 669 672 690 577 584 -110 085 -16,0% -95 106 -14,1%

∆ 2012/2009 ∆ 2012 /2010

Programa de Redução de Custos Após decisão de inconstitucionalidade

Unidades: mil euros

2009 2010 2012

FSE 277 824 273 333 246 416 -31 408 -11,3% -26 917 -9,8%Custos com Pessoal 409 845 399 357 348 751 -61 094 -14,9% -50 606 -12,7%Total 687 669 672 690 595 167 -92 502 -13,5% -77 523 -11,5%

∆ 2012 /2009 ∆2012 /2010

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Relatório e Contas 2012

360

Redução do número de efetivos e de cargos dirigentes dos CTT, SA

Princípio da Unidade de Tesouraria

Pelo Despacho nº2349/12 SET de 26 de dezembro de 2012 da Secretária de Estado do Tesouro foi

autorizada a exceção solicitada pelos CTT de não aplicação do Princípio da Unidade de Tesouraria

publicado na Lei nº 12-A/2010, de 30 de junho, artigo 17º, que alterou o artigo 63º da Lei nº 3-

B/2010, de 28 de abril (Orçamento Geral do Estado para 2010). Pelo facto dos CTT prestarem

serviços financeiros, que se revestem de relevante importância no plano operacional e o prevalente

valor dos seus fluxos financeiro por conta de clientes e parceiros, são caracterizados como empresa

pública financeira, pelo que não se integram no respetivo âmbito subjetivo de aplicação da Lei nº

12-A/2010.

Recomendações de auditorias conduzidas pelo Tribunal de Contas

Não foram realizadas auditorias pelo Tribunal de Contas nos últimos dois anos (2011-2012).

Para efeitos de sistematização da informação quanto ao cumprimento das orientações legais

referidas, apresenta-se o quadro seguinte:

Gastos com pessoal (€) 358 241 533 333 610 047 299 712 012

Gastos com Órgãos Sociais (€) 1 010 645 594 527 643 292

Reduções decorrentes de alterações Legislativas (€) 0 87 471 206 598

Aumentos decorrentes de alterações Legislativas (€) 0 0 0

Gastos com Dirigentes sem O.S. (€) 3 752 152 3 314 063 2 435 222

Reduções decorrentes de alterações Legislativas (€) 0 308 327 705 660

Aumentos decorrentes de alterações Legislativas (€) 0 0 0

Gastos com Efetivos sem O.S. e sem Dirigentes (€) 353 478 735 329 701 457 296 633 498

Reduções decorrentes de alterações Legislativas (€) 0 22 956 539 35 840 268

Aumentos decorrentes de alterações Legislativas (€) 0 0 0

Rescisões / Indemnizações (€) 1 560 839 1 223 086 1 132 976

Nº Total RH (O.S. + Dirigentes + Efetivos) 12 484 11 932 11 402

Nº Órgãos Sociais (O.S.) (número) 11 9 11

Nº Dirigentes sem O.S. (número) 30 26 26 (1)

Nº Efetivos sem O.S. e sem Dirigentes (número) 12 443 11 897 11 365

(1) ‐ Na nova estrutura organizacional, em vigor a partir de 1 de janeiro de 2013, o nº de dirigentes perfaz 22.

2012

2010 2011 2012

Designação

Designação

2010 2011

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Relatório e Contas 2012

361

Anexo 6 - EPNF

S N N.A.

Objectivos de Gestão:ver ponto "Objetivos de Gestão"

Gestão do Risco Financeiro x ver quadro "Gestão do risco financeiro"

Limites de Crescimento do Endividamento 2,8%ver ponto "Limites crescimento do endividamento"

Evolução do PMP a fornecedores xIgual a 2011

(0 dias)ver quadro "Evolução do PMP"

Atrasos nos Pagamentos ("Arrears") x 43 098 928 € ver quadro "Atrasos nos pagamentos"Deveres Especiais de Informação xRecomendações do acionista na aprovação de contas:Recomendação 1 - Adoção de um plano de ação com vista à mitigação de riscos identificados x 100%Recomendação 2 - Implementação dum sistema de gestão de risco x 100%Recomendação 3 - Dar cumprimento à RCM n.º 34/2008, de 22 de fevereiro, que aprovou o Programa “Pagar a Tempo e horas”.

x 100%

Recomendação 4 - Dar cumprimento ao plano de redução de custos operacionais. x 100%Remunerações:Não atribuição de prémios de gestão, nos termos art.º 29.º da Lei 64-B/2011Órgãos sociais - redução remuneratória nos termos do art.º 20.º da Lei 64-B/2011 x 60 737 €Órgãos Sociais - redução de 5% por aplicação artigo 12º da Lei n.º 12-A/2010 x 28 341 €Órgãos Sociais - suspensão sub. Férias e natal , nos termos do art.º 21º da Lei 64-B/2011 x 117 519 €Auditor Externo - redução remuneratória nos termos do artº 26º da Lei 64-B/2011 -Restantes trabalhadores - redução remuneratória, nos termos do art.º 20º da Lei 64-B/2011 x 4 238 311 €Restantes trabalhadores - suspensão sub. Férias e natal , nos termos do art.º 21º da Lei 64-B/2011 x 32 307 617 €Artigo 32º do EGPUtilização de cartões de crédito x 0% ver ponto "Aplicação do art 32º do EGP"Reembolso de despesas de representação pessoal 0%Contratação PúblicaNormas de contratação pública x

Normas de contratação pública pelas participadas x x"Sim" para a CTT Expresso e "Não aplicável" para as restantes empresas subsidiárias.

Contratos submetidos a visto prévio do TC x 0%Em 2012 não houve adjudicações com valor igual ou superior a 5M€, ou seja que carecessem de visto prévio do TC

Adesão ao Sistema Nacional de Compras Públicas x 4,3%% vol. de aquisições objeto de consulta no SNCP

Parque Automóvel x -105Principio da Igualdade do Género x

No caso dos CTT a presença de mulheres perfaz 40% no Conselho de Administração e 100% no Conselho Fiscal. Ver iniciativas tomadas no ponto "Princípio da Igualdade do Género".

Plano de Redução de Custos

Gastos com pessoal x -9,8%ver quadro "Programa de redução de custos"

Fornecimentos e Serviços Externos x -12,7%Redução nº Efetivos e Cargos DirigentesNº de efetivos x -8,7%Nº de cargos dirigentes x -13,3%

Princípio da Unidade de Tesouraria x

Aos CTT não se aplica o previsto no artigo 77º da Lei nº 55-A/2010, de 31 de dezembro pelo facto de desenvolverem atividades de serviços financeiros

O atual Conselho de Administração foi nomeado em 24 de agosto de 2012. Não foram, por tal facto, fixados objetivos quantitativos para este exercício ao nível operacional e de rentabilidade e eficiência.

JustificaçãoCumprimento das Orientações legaisCumprimento

Quantificação

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Relatório e Contas 2012

362

11. Currículos dos membros do Conselho de Administração

Currículos resumidos dos membros do Conselho de Administração:

Francisco de Lacerda, 52 anos. Presidente do Conselho de Administração e Chief Executive Officer

(CEO) dos CTT - Correios de Portugal, S.A desde 24 de agosto de 2012.

Licenciado em Administração e Gestão de Empresas pela Universidade Católica Portuguesa, onde

foi Assistente entre 1984 e 1985. Iniciou o seu percurso profissional como Técnico e

posteriormente como Diretor na Locapor (leasing) e nas sociedades de investimento CISF e

Hispano Americano. Em 1990 integrou a equipa dirigente da área financeira do Grupo José de

Mello, tendo sido Presidente da Comissão Executiva (CEO) do Banco Mello, Administrador não

executivo da Companhia de Seguros Império e Presidente ou Administrador de diversos bancos e

empresas financeiras subsidiárias do Banco Mello, em Portugal e no estrangeiro, até ao ano

2000.

Entre 2000 e 2008 foi Administrador Executivo do Banco Comercial Português onde foi

responsável pela atividade do Grupo na Europa de 2003 a 2007 e pela Banca de Investimentos

entre 2005 e 2007. No Millennium Bank na Europa foi Membro do Conselho de Supervisão após

ter sido 1º Vice-Presidente do Conselho de Administração Executivo (Deputy CEO) entre 2001 e

2003 na Polónia, Membro do Conselho Superior na Grécia, Vice-Presidente do Conselho de

Administração na Turquia e Presidente do Conselho de Administração na Roménia. Foi ainda

Membro dos Conselhos de Administração do Millenniumbcp Investimentos e da Fundação

Millenniumbcp.

De 2010 a 2012 foi Presidente da Comissão Executiva (CEO) da CIMPOR – Cimentos de Portugal e

Presidente do Conselho de Administração da Sociedade de Investimento Cimpor Macau SA.,

antes de presidir ao Conselho de Administração dos CTT. Desde 2008 que era igualmente

Administrador não executivo da EDP Renováveis.

É membro dos Advisory Boards do Master in Finance da Católica Lisbon Business & Economics

(desde 2006) e da Nova Business & Economics (desde 2011).

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Relatório e Contas 2012

363

Manuel Castelo-Branco, 44 anos. Vice-Presidente do Conselho de Administração dos CTT –

Correios de Portugal, S.A. desde 24 de agosto de 2012. Presidente do Conselho de Administração

das seguintes empresas dos CTT: Mailtec – Holding, SA (desde 24 de setembro de 2012), Tourline

Express Mensajería, SLU (desde 27 de novembro de 2012), CTT Expresso – Serviços Postais e

Logística, S.A. e EAD - Empresa de Arquivo de Documentação S.A. (ambas desde 30 de novembro

de 2012).

Licenciado em Gestão e Administração de Empresas pela Universidade Católica Portuguesa, tem

também o grau de graduado da Harvard Business School com o Advance Managment Program

(AMP). Com um percurso profissional que passou por diversas empresas como a Unilever - Elida

Fabergé, Personal Care, a Sara Lee Foods Portugal - Ind. Nobre, a Sonae Distribuição -

Continente/Worten ou o COTY Benckinser Group, entre 2000 e 2007 foi Diretor Geral da Media

Capital Telecomunicações.

Desde 2007 que desempenhava o cargo de administrador executivo da Reditus Gestão SGPS e

outras empresas do Grupo, até integrar o Conselho de Administração dos CTT. De 2010 a 2012 foi

ainda Consultor Estratégico e de Negócios da Saudi Oger - Holding Libanesa/Saudita.

André Gorjão Costa, 39 anos. Administrador e Chief Financial Officer (CFO) dos CTT – Correios de

Portugal, S.A. desde 24 de agosto de 2012 e Presidente do Conselho de Administração da

PayShop Portugal, S.A. desde 30 de novembro de 2012.

Licenciado em Economia, com especialização em Economia da Empresa pela Faculdade de

Economia da Universidade Nova de Lisboa, tem diversos cursos de Corporate Finance, Banking,

Estratégia, Comunicação Organizacional e Liderança e Gestão de Equipas. Iniciou a sua vida

profissional em 1996 como Associado da área de Fusões e Aquisições, Assessoria Financeira e

Financiamentos Estruturados no Banco Santander de Negócios Portugal e em 1999 assumiu

também a função de Cross Border Coordination. Já como Diretor Adjunto a partir de 2000 integra

o Banco Santander Totta onde desempenhou os cargos de Diretor Comercial de Corporate

Banking, Diretor Executivo de Corporate Banking Portugal e, desde 2007 até ingressar nos CTT,

era o Diretor Coordenador de Dívida Estruturada, Mercados de Dívida e Financiamento de Ativos

em Portugal, integrado no Santander, Global Banking & Markets Europa. De 1998 até 2002 foi

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Relatório e Contas 2012

364

assistente convidado de Estratégia Competitiva na Faculdade de Economia da Universidade Nova

de Lisboa.

Dionízia Ferreira, 47 anos. Administradora dos CTT – Correios de Portugal, S.A. desde 24 de

agosto de 2012. Presidente do Conselho de Administração da CTT Gest - Gestão de Serviços e

Equipamentos Postais, S.A., do Conselho de Gerência da PostContacto – Correio Publicitário, Lda.

e Gerente da Mailtec Processos, Lda desde 30 de novembro de 2012.

Presidente do Conselho de Administração da PayShop Portugal, S.A. de 24 de setembro de 2012

a 30 de novembro de 2012.

Licenciada em Administração e Gestão de Empresas pelo Instituto Superior de Economia e

Gestão, começou a sua carreira profissional como Gestora Comercial na DUN & Bradstreet em

1988, tendo passado nos anos seguintes pelo Barclays Bank, pelo Grupo Mello, pelo Banco Mello

e pelo Banco Comercial Português. Entre 2003 e 2007 desempenhou o cargo de Diretora

Comercial e Marketing dos CTT onde foi responsável pelo Marketing Operacional e Estratégico da

Rede de Retalho, pela conceção e lançamento do Correio Verde, pela otimização do mix do

portefólio de produtos e serviços e pela preparação e lançamento do Banco Postal.

Após a primeira experiência nos CTT foi CEO da PayUp Group (Portugal e Espanha) e Diretora

Coordenadora de Novas Agências do Barclays Bank. Antes de regressar aos CTT para integrar a

nova equipa de gestão exercia o cargo de Responsável pelo Desinvestimento do Banco Popular.

Ana Jordão, 57 anos. Administradora dos CTT – Correios de Portugal, S.A. desde 24 de agosto de

2012.

Licenciada em Direito, pela Faculdade de Direito da Universidade Clássica de Lisboa. Com um

percurso profissional construído na Administração Pública desde 1978, onde exerceu diversos

cargos, foi Adjunta do Secretário de Estado da Defesa Nacional, Adjunta do Secretário de Estado

do Orçamento, Secretária-Geral Adjunta da Secretaria-Geral do ex-Ministério do Planeamento e da

Administração do Território, Chefe de Gabinete do Secretário de Estado dos Assuntos Fiscais,

Vogal da Comissão de Fiscalização da Comissão do Mercado de Valores Mobiliários e Diretora-

Geral da Direcção-Geral das Alfândegas e dos Impostos Especiais sobre o Consumo.

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Relatório e Contas 2012

365

De 2006 a 2011 foi Diretora de Serviços Administrativos e Financeiros da Assembleia da

República e antes de integrar o Conselho de Administração dos CTT era Adjunta do Secretário-

Geral da Assembleia da República desde janeiro de 2012.

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Relatório e Contas 2012

367

PARTE IV – DOCUMENTOS DE FISCALIZAÇÃO E AUDITORIA

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