carroceiros da luz (douglas elias) - degustação

5/17/2018 Carroceiros da Luz (Douglas Elias) - Degusta o - slidepdf.com

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Douglas O. Elias

Inspirado pelo Espírito

"Florentino de Agodô



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Carroceiros da Luz

inspirado por "Florentino de Agodô"

Douglas O. Elias

ISBN: : 978-0-9837723-2-3

Revisão: Jéssica Oliveira

Composição: Caio Barbosa

Capa: Lucas Bronze

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OPP Agency

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Indice

Sinopse da obra......................................................................................................05

Sobre o autor espiritual...........................................................................................06

Na luz......................................................................................................................08

Oxun e suas encantadas...........................................................................................15

Na luta.....................................................................................................................22

Segredos ocultos.....................................................................................................36

A verdade que liberta..............................................................................................41

Exu de lei................................................................................................................48

Falseadores da Fé....................................................................................................51

Noutro mundo desse mundo....................................................................................79



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Prefácio

De tempos em tempos o plano espiritual nos surpreende, en-viando obras literárias belíssimas através de médiuns inspirados.

Este livro, cujo título “Carroceiros da Luz” é singelo, nos brin-da com uma narração elucidativa e esclarecedora sobre as difi-culdades que sofrem boa parte dos espíritos após o falecimento

para a matéria, nos mostrando que, se há muitos que sofrem e padecem nos planos inferiores, também há espíritos socorristasabnegados que dedicam suas existências a eles, os sofredores.

Pai Florentino de Agodô, através do seu inspirado medium DouglasElias, nos trouxe uma história riquíssima em ensinamento e alertassobre o mundo espiritual e sobre as consequências dos nossos atos

negativos, mas também nos mostra que sempre há a esperança derepararmos nossos erros e nos creditarmos diante de Deus, recebendoDele o amparo para que, redimidos, voltemos a servi-lo onde quer que estejamos.

Obrigado, Pai Florentino de Agodô!

Parabéns, irmão Douglas Elias.Pai Rubens Saraceni.



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Sobre o autor espiritual

Espírito trabalhador incansável das Esferas da Luz. Manifesta-se nasesferas da Umbanda Sagrada, e também nas searas Kardecistas, Cató-

licas, Evangélicas e mais aonde falarem do Nazareno de Oxalá e em Deus,ele está apresentando-se em diferentes roupagens fluídicas e com os nomesna sintonia de cada uma.

Conhecido por Vovô Florentino de Agodô e na humildade espiritualdos Pretos-Velhos é que assim na Umbanda Sagrada se manifesta dedican-do seu amor, seus ensinamentos e suas milongas para ajudar no equilíbrioespiritual da humanidade.

Colecionando várias encarnações, traz sabedoria milenar: foi sacer-dote na extinta Atlântida, ourives egípcio, mercador grego, poeta-escritor romano, pajé na America Antiga, Guerreiro-curador africano, escravo noBrasil do século XV e novamente escravo em sua última encarnação, sendoalforriado em 1876 na figura de famoso escritor da capital do Brasil antiga,que era a Bahia e que prefere não revelar.

Consorciado às esferas da Luz e trabalhador Nestas, opera com dedi-cação e amor sua Fé buscando libertar os homens de tão graves sofrimentos.

Diz-se ser, com divina humildade, um trabalhador da última hora e,em suas palavras, resume:

“Quando souberdes que o sofrer os adverte do mal proceder e quedevem corrigir-se;

Quando as tuas emoções se equilibrarem com as vossas razões;

Quando admitires que a vida é infinda e que sois tão antigos quantoos personagens de suas várias histórias do mundo;

Quando permitires seguir seus guias de Luz;Quando sentires o amor transbordando nas suas expressões de homens

filhos de Deus Único;Quando enfim assumirem suas personalidades Divinas, O Todo de

Deus vibrando e magnetizando em tudo e em cada um de vós;

Quando tudo isso ocorrer, estareis no fim do mundo. Do mundo desofrimentos e expiações.Qual dos caminhos preferirás: o da verdade que liberta, conduz, am-

para, ou o da servidão que ilude e no sofrimento, depura?”Vovô Florentino de Agodô



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Na luz

ALuz surgiu no meu mental e seu brilho se traduziu em imagensda natureza.Lá eu estava que não me via, mas, deslumbrado num caminho

em frente a uma linda figueira alta, fazendo sombra para um bancode tronco velho, destes de praça.

Em volta, arvoredo lindo quase infinito contrastando com o céuazul-turquesa.

- Então, para onde seguir? - Pensei.Surgiu novo clarão azul desdobrando-se para o branco que

resplandecia.Ouvi sons lembrando o leve ranger de rodas de carroça, e eis

que era, e vinha sendo puxada por um velho negro, maltrapilho, rosto

anguloso, cabelos brancos, olhos grandes e esbugalhados, cansadose observadores, pele bastante queimada pelo sol onde gotas de suor brilhavam sob o clarão deste.

Levava uma carroça grande e parecia muito pesada com suasrodas a ranger na sua caminhada difícil pelo chão de terra avermelhada.

Transportava algo que exalava cheiro nauseante e quase insu- portável. Eram coisas negras e sem forma definida.

Passos curtos, braços presos por detrás de suas costas, esforçava--se por andar.

Olhando-o com o sentimento de repulsa, percebi seu olhar afitar-me meigamente.

- Salve sinhô! - Cumprimentou-me.Suas palavras fraternas interromperam meus pensamentos que

pré-julgavam.- Salve negro, que fazes? - Perguntei.

- Trabaíando prás Luz.Pensei ser ele um andarilho louco, pois se apresentava em pés-

simas condições.- Talvez um quiumba disfarçado. – Conjecturei.



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Mas em seguida, descobri o porquê da sua caminhada lenta esofrida: Seus tornozelos que sangravam estavam presos por pesadacorrente de ferro e suas mãos atadas por grossa corda, uma à outra,

por detrás de suas costas, presas também a um suporte de ferro em

forma de “V” parafusado à carroça.Comovi-me e imediatamente meus sentimentos de repulsa paraaquele homem foram eliminados, e em seu lugar, surgiu uma grandevontade de ajudá-lo sem constrangê-lo e, talvez, ampará-lo. Perguntei:

- Por que está amarrado assim, senhor?- Num sei! Pregunte pra quem me amarrou!- E quem foi o desalmado?- Foi tu.- Como? Eu? Mas como? Eu não faria isso com ninguém.- Sei sinhô, e não faria mesmo. Tem Luz aí dentro de tu. Mas

nego exprica: trabaiá prás Luz é proteger, amparar, fortalecer o bemna fé e no amor, libertar, esclarecer, compreender, perdoar, persistir no Bem Maior, então-se trabaio prás Luz pra tu, mas donde tu vais,traz quizilas. Nóis num pode deixá e vamos combatê. As armas daLuz é amor divino que é imbatível, mas quando o fio se negativa,

fortalece as almas sofredoras que não aceita ou não entende ainda ascoisas da Luz, então-se o fio acaba fortalecendo os ainda caídos nomal que trazem seus maiorais trevosos que faz estas coisas ruins, por isso que afirmei que foste tu quem me prendeu. Mas aí as Luz traz asmagias do merecimento que ensina e traz graças pro fio que liberta.Se o fio aprendê, o trabaio prás Luz foi feito. Se o fio não aprendê, aívem trabalhadores mais fortes. Mas o fio aprendeu!

Envergonhado, tentando compreender, decidi espalmando minhamão direita em direção aquele senhor, pedindo a libertação do que o

prendia:- Livra-o Senhor nosso Deus desse sofrimento. Amém.Imediatamente as correntes sumiram e as feridas em seus tor-

nozelos e braços iam cicatrizando.O negro sorriu mostrando seus dentes que de tão brancos ilu-

minava seu rosto e seus olhos refletiam luzes num brilho dourado,resplandecente, cobrindo-lhe toda a cabeça. Mas notei que ele per-manecia preso à carroça.

- Mas por que continua preso ainda a esta carroça? - Falei.- Nego exprica: trabaíá prás Luz é meu ofício até quando Olorum



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quiser então-se levo esta carga de flor pros jardins da Luz.- Mas senhor, só tem lixo aí!- Olha fio, vê direito. Olhe com o mesmo sentimento de amor

e compaixão que tu pediu para Olorum que me libertou. Veja com os

olhos da alma!- Ouço vozes! - Exclamei. Pasmo fiquei.- Mas são pessoas!- Sim, fio. Eles são nossos irmãos. Fios de Olorum também.

Estes e aqueles tão assim purquê quiseram ficá presos nos sentimentosde ódio, cobiça, inveja e outros vícios deprimentes que atraíram paraos mundos de baixo. Trabalharam para os grandes da negatividade eagora, viram o erro, sofreram por isso e já tão prontos para brotá nanova sementeira do jardim de Oxalá. Eles viram em tu um bucadinhode Luz e quiseram te pôr no caminho das trevas. Fizeram feitiçaria emagias negras e também muitas outras coisas feias, aí começou em tuuma tristezazinha, uma raiva, as coisas não deram certo na tua vida,vieram as doenças, desarmonia, acidentes.

Meneando e pouco cabisbaixo, fez uma pequena pausa, conti-nuando em seguida.

- É fio, se não parar para ouvir a voz do seu anjo, o inferno abreas portas e aí vem tudo de mal e das vontades de mudar os caminhosdas coisas do amor para as ilusões do seu mundo. Foi o que aconte-ceu com tu que por ter ficado triste, zangado, reclamão das coisas deOlorum, da sua vida, dos outros seus irmãos e irmãs, se negativou esó não foi levado de vez para o outro lado purquê é merecedor de ter guardiões que te amparam e esse nego que voz fala é mais um guardião

seu que pra te defender, deixei-me aprisionar.Pausando de novo, mas olhando para o céu, dizia:- Felizmente Olorum é perfeito então trago de lá estes irmãos

e irmãs que ainda sofrem, mas já estão prontos e amadurecidos denovo prás Luz.

Surpreso e comovido, notei entre algumas pessoas na carroça,antepassados meus. Pessoas de que gostava e outras que não apreciava.

Alguns ainda vivos. Perguntei:- Mas senhor, eu vejo parentes e conhecidos desencarnados, masalguns estavam vivos. O que acontece? Eu morri ou eles morrerame eu não sei?

Rindo respondeu: - Morreu não e poucos deles morreram ainda



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não. Vivem ainda no seu mundo e são os que se conhecem por obses-sores encarnados que agem negativamente aqui e lá, tu também oslibertou pelo perdão e a fé em Olorum. Aqui estão desdobrados emespírito, logo voltarão com mensagens do bem e renovadoras em que

o amor ficará em seus corações e os deixarão livres e ficarão também para seguir seus caminhos.Respirou profundamente, atropelando suspiros, no que dizia:- Ai, ai, ai, quanto sofrer homens fracos na Fé!- É triste fio, mas necessário. Olorum dá á água e o pão que ali-

menta o espírito que é para o espírito viver, entender os mistérios Delee ser mais um Seu doador do amor universal. Mas as pessoas – nóstodos – nos perdemos neste universo e mostramos que não estamos

prontos; ainda bem que o amor do Pai sempre está com seus fios efias em todo lugar, esperando ativo que acordemos e nos limpemosdo que não serve mais e das ilusões que prendem nosso crescimento.Foi o que aconteceu com tu, purquê a vida ensina a não bulir nem um

bocadinho com o mal purquê o mal pode querer bulir muito com tu.E tudo começa assim, como para nos avisar, uma tristezazinha,

uma contrariedade que não se aceita, o apego em demasia, o esqueci-mento das coisas de Deus e das Suas leis em favor dos desejos egoístas

contrários ao bem. Ai, ai, ai, humanidade cega. Valida o que perece,desmerecendo a fonte infinita, absoluta, onde sempre há vida, des-lumbrante, imensurável, ativa, feliz, ao nosso dispor porque fazemos

parte dela, de tudo, em todos, em qualquer lugar.Meus olhos eram rios de lágrimas que lavavam mágoas de pes-

soas e acontecimentos, medos, antipatias, arrogâncias, invejas, ódios,desamores, egoísmos e reclamações. Foi o que pude perceber, mas onego velho advertia:

- Fio, óia que ainda tem muito mais de coisas ruins para sair, persevere na fé, no amor, na paciência e na caridade universal, trabalhe para a felicidade dos nossos irmãos, confiando sempre em Olorum enos Sagrados Orixás, pois que tudo o que precisar, terá na abundância.

Com profundo amor e gratidão àquele irmão – bendita alma - quisajudá-lo a carregar a carroça, mas antes de qualquer ação ele me disse:

- Agradecido, num precisa não, fio! Guarneça forças na Luz queé pra tu poder carregar as suas.

- Minhas? Mas aonde, como?De repente um novo clarão surge a minha direita espargindo

raios sutis de todos os matizes.- Um portal! – Pensei.



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Atravessou-o um ser com rosto de anjo, alto e forte, vestido comuma túnica branca imaculada, turbante com uma jóia dourada presa àaltura do seu chacra frontal.

Deu-me uma espada reluzente e um machado com duas lâminas

de lado a lado. Ajoelhei-me, retesando meus olhos, mas continuei avê-lo. Segurei-os meio trêmulo e atrapalhado quase os deixando cair.De súbito, suas pontas verticalizaram em direção ao céu e se

transformaram em intensa Luz que invadiu todo o meu corpo, provo-cando em mim forte sensação de grande força e paz.

Extraordinário o que eu pude sentir.Debrucei-me em intenso choro sentindo imensa gratidão a Olo-

rum e aos Sagrados Orixás.Tentava me comunicar com aquele divino ser, mas não conse-

guir falar.Enfim, meus sentidos conseguiram escutá-lo que com voz forte,

pausada, calma e imperativa, apontando para o lado, disse:- Olha lá, irmão, suas carroças. Utilize do poder do amor com

sabedoria e tome cuidado com emoções desconexas. Não se entristeça jamais e confie sempre, pois no universo de Olorum, ninguém nem

nada ficam sem seu auxílio.Olhei para o lado e vi uma imensa fileira de carroças semelhantes

às do velho negro, porém, vazias.Retornei o olhar, mas o ser divino já não estava. Cruzei o cami-

nho andando em direção às carroças.Pequena subida onde o chão já não estava vermelho e sim, ia-se

embranquecendo assemelhando-se à areia, quando escutei ao longe

o chiado da carroça do velho preto que doava felicidade para o lugar,cantando:

“Os nego salva as alma,na Luz de Oxalá.

As almas que são salvas,salvam outras pros Orixás.

No céu azul de Deus,tem recados pro Brasil.Saravá pra quem é da Umbanda,

fé em tudo isso, viu!”Adorê as almas.



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Final da Versão degustação.Acesse nosso site para saber mais informações sobre

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