caracterizaÇÃo - renascimento

13
UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ LICENCIATURA EM ARTES CÊNICAS CARACTERIZAÇÃO – 4º período UNIDADE I - EVOLUÇÃO DA INDUMENTÁRIA __________________________________________________ __________ Renascimento Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre. . O homem vitruviano de Leonardo da Vinci sintetiza o ideário renascentista: humanista e clássico. Renascimento, Renascença ou Renascentismo são os termos usados para identificar o período da História da Europa aproximadamente entre fins do século XIV e inicio do século XVII . Os estudiosos , contudo, não chegaram a um consenso sobre essa cronologia, havendo variações consideráveis nas datas conforme o autor. Seja como for, o período foi marcado por transformações em muitas áreas da vida humana, que assinalam o final da Idade Média e boa parte da Idade Moderna . Apesar destas transformações serem bem evidentes na cultura , sociedade , economia , política e religião , caracterizando a transição do feudalismo para o capitalismo e 1

Upload: rafael-lemos

Post on 17-Jan-2016

225 views

Category:

Documents


0 download

DESCRIPTION

fdghuiop

TRANSCRIPT

Page 1: CARACTERIZAÇÃO - RENASCIMENTO

UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁLICENCIATURA EM ARTES CÊNICASCARACTERIZAÇÃO – 4º períodoUNIDADE I - EVOLUÇÃO DA INDUMENTÁRIA____________________________________________________________

RenascimentoOrigem: Wikipédia, a enciclopédia livre..

O homem vitruviano de Leonardo da Vinci sintetiza o ideário renascentista: humanista e clássico.

Renascimento, Renascença ou Renascentismo são os termos usados para identificar o período da História da Europa aproximadamente entre fins do século XIV e inicio do século XVII. Os estudiosos , contudo, não chegaram a um consenso sobre essa cronologia, havendo variações consideráveis nas datas conforme o autor. Seja como for, o período foi marcado por transformações em muitas áreas da vida humana, que assinalam o final da Idade Média e boa parte da Idade Moderna. Apesar destas transformações serem bem evidentes na cultura, sociedade, economia, política e religião, caracterizando a transição do feudalismo para o capitalismo e significando uma ruptura com as estruturas medievais, o termo é mais comumente empregado para descrever seus efeitos nas artes, na filosofia e nas ciências.

Chamou-se "Renascimento" em virtude da redescoberta e revalorização das referências culturais da antiguidade clássica, que nortearam as mudanças deste período em direção a um ideal humanista e naturalista. O termo foi registrado pela primeira vez por Giorgio Vasari já no século XVI, mas a noção de Renascimento como hoje o entendemos surgiu a partir da publicação do livro de Jacob Burckhardt A cultura do Renascimento na Itália (1867), onde ele definia o período como uma época de "descoberta do mundo e do homem".

1

Page 2: CARACTERIZAÇÃO - RENASCIMENTO

O Renascimento cultural manifestou-se primeiro na região italiana da Toscana, tendo como principais centros as cidades de Florença e Siena, de onde se difundiu para o resto da península Itálica e depois para praticamente todos os países da Europa Ocidental, impulsionado pelo desenvolvimento da imprensa por Johannes Gutenberg. A Itália permaneceu sempre como o local onde o movimento apresentou maior expressão, porém manifestações renascentistas de grande importância também ocorreram na Inglaterra, Alemanha, Países Baixos, Portugal e Espanha. Alguns críticos, porém, consideram, por várias razões, que o termo "Renascimento" deve ficar circunscrito à cultura italiana desse período, e que a difusão europeia dos ideais clássicos italianos pertence com mais propriedade à esfera do maneirismo. Além disso, estudos realizados nas últimas décadas têm revisado uma quantidade de opiniões historicamente consagradas a respeito deste período, considerando-as insubstanciais ou estereotipadas, e vendo o Renascimento como uma fase muito mais complexa, contraditória e imprevisível do que se supôs ao longo de gerações.

Ideias principais

O humanismo pode ser apontado como o principal valor cultivado no Renascimento. O

Humanismo afirma a dignidade do homem e o torna o investigador por excelência da

natureza. Na perspectiva do Renascimento, isso envolveu a revalorização da

cultura clássica antiga e sua filosofia, com uma compreensão fortemente antropocêntrica e

racionalista do mundo, tendo o homem e seu raciocínio lógico e sua ciência como árbitros

da vida manifesta. Seu precursor foi Petrarca, e o conceito se consolidou no século XV

principalmente através dos escritos de Marsilio Ficino, Erasmo de Roterdão, Pico della

Mirandola e Thomas More.

Pico della Mirandola.

O brilhante florescimento cultural e científico renascentista deu origem a sentimentos de

otimismo, abrindo positivamente o homem para o novo e incentivando seu espírito de

pesquisa. O desenvolvimento de uma nova atitude perante a vida deixava para trás a

espiritualidade excessiva do gótico e via o mundo material com suas belezas naturais e

culturais como um local a ser desfrutado, com ênfase na experiência individual e nas

possibilidades latentes do homem. Além disso, os experimentos democráticos italianos, o

crescente prestígio do artista como um erudito e não como um simples artesão, e um novo

conceito de educação que valorizava os talentos individuais de cada um e buscava

desenvolver o homem num ser completo e integrado, com a plena expressão de suas

2

Page 3: CARACTERIZAÇÃO - RENASCIMENTO

faculdades espirituais, morais e físicas, nutriam sentimentos novos de liberdade social e

individual.

A EVOLUÇÃO DA INDUMENTÁRIA, anos 1400 a 1600 aproximadamente

RELAÇÃO FRANÇA – ITÁLIA

Em meados do século XV, os hábitos na Itália já divergiam consideravelmente daqueles da Europa do Norte e medieval.

A invasão da Itália pelo rei francês Carlos VIII (um rei medieval) trouxe a moda francesa para os italianos, mas em geral a influência era oposta. O Renascimento foi transplantado através dos Alpes pelo rei Francisco I, que era um monarca do Renascimento.

Nos penteados, por exemplo, as damas dos países baixos, e as da Itália eram muito diferentes. BOURRELETS (penteados cheios) elaborados eram envoltos em véus no norte, enquanto na Itália os penteados eram muito mais naturais e menos formais. Mas a moda de puxar os cabelos para trás evidenciando a testa, era universal.

Os cortes das mangas também era diferente, ajustadas no norte e bufantes na Itália, com aberturas através das quais a CHEMISE (camisa) branca era vista.

As mangas eram destacáveis e muito ornamentadas, um reflexo do grande aumento no luxo produzido pela prosperidade mercantil das cidades italianas.

NA INGLATERRA

Coube a Henrique VIII esse papel. A linha, em vez de vertical, tornara-se horizontal; os sapatos, em vez de exageradamente pontudos, adquiriram bicos largos, como para fazer eco ao novo estilo arquitetônico com arcos achatados.

OS PENTEADOS das mulheres deixaram de ser réplicas dos pináculos góticos e começaram a se assemelhar às janelas e arcos TUDOR (Dinastia dos Tudor).

O LANDSKNECHT

Com o advento do novo século, um germanismo curioso começou a influenciar as roupas das pessoas elegantes tanto na França quanto na Inglaterra. Essa influência deve-se à vitória dos suíços sobre Carlos, o Temerário, duque de Borgonha, na Batalha de Grandson (1476).

3

Page 4: CARACTERIZAÇÃO - RENASCIMENTO

Grande quantidade de seda e outros tecidos caros caiu nas mãos dos vitoriosos, que os usaram para remendar suas próprias roupas rasgadas. Os trajes das tropas suíças foram copiados pelos mercenários alemães e, através deles, a moda difundiu pela corte francesa. O casamento da irmã de Henrique VII, Maria, com Luís XII da França fez com que os ingleses também adotassem a moda do LANDSKNECHT.

Os recortes (a prática de recortar aberturas no tecido das roupas e puxar o forro através delas) acabaram se tornando quase universais por volta de 1500. Na Alemanha atingiram maior extravagância.

Não só o GIBÃO, mas também os CALÇÕES eram recortados. Literalmente “cortados em tiras”. Os calções consistiam em tiras largas de tecido caindo até os joelhos e, às vezes, até os tornozelos.

Cuidava-se de que as tiras em cada perna formassem desenhos diferentes, e elas podiam até ser de cores diversas.

NAS ROUPAS FEMININAS

Os recortes foram predominantes. Essa moda extravagante era mais apropriada para os calções do que para as saias, com suas grandes áreas de tecido. Nessa época, as roupas femininas eram muito mais modestas do que as masculinas. Entretanto, as saias eram mais amplas e ricamente bordadas do que em reinados anteriores.

Sobre a túnica, que consistia em uma saia e uma blusa costuradas uma à outra, vestia-se a BECA, caindo em pregas até o chão, com a cintura apertada. As mangas deixaram de ser justas e se tornaram bastante amplas.

Tanto homens quanto as mulheres faziam muito uso de peles de animais, em geral usadas como barras nas mangas ou aberturas das becas. Peles de lince, lobo e zibelina eram as preferidas.

O DECOTE era cortado quadrado e baixo, e, acima dele, via-se a parte superior da CHEMISE.

OS HOMENS Também, nos primeiros anos do século, usavam decotes, com a parte superior da camisa aparecendo. Passava-se um cordão na extremidade que, quando apertado, formava um leve franzido que seria posteriormente transformado no RUFO (segunda metade do século).

A CODPIECE

4

Page 5: CARACTERIZAÇÃO - RENASCIMENTO

A peça masculina principal era o GIBÃO, que podia chegar até os joelhos. Possuía uma abertura na frente através da qual se via a CODPIECE.

As mangas foram ficando mais largas, sendo frequentemente almofadadas ou recortadas. Usavam-se também mangas duplas, sendo que um par era solto e de cor diferente. Os tecidos preferidos eram o veludo, o cetim e o pano-de-ouro.

Henrique VIII possuía um gibão de cetim roxo, bordado com fios de ouro e prata e todo adornado com pérolas. Sobre o gibão, uma jaqueta com abotoamento tipo jaquetão ou fechada na frente com cordões ou botões; por cima de tudo, a BECA, folgada sobre os ombros e caindo em pregas amplas até os pés e geralmente com as bordas adornadas com pele.

AS ROUPAS DE BAIXO consistiam em calções e meias costurados juntos. A parte superior era presa ao gibão por meio de pontos, isto é, cordões passados por orifícios nas duas peças e amarrados em pequenos laços.

OS SAPATOS, no início, eram extremamente largos, na forma chamada BICO DE PATO. Os saltos eram baixos; as solas, de couro ou cortiça; a parte superior, de couro, veludo ou seda. Frequentemente possuíam recortes e eram adornados com jóias.

OS CHAPÉUS eram usados tanto em ambientes fechados quanto ao ar livre, e, em sua maioria, tomavam a forma de uma boina macia e baixa. Às vezes trazia uma aba que podia ser virada para cima na frente, com os lados dobrados sobre as orelhas. Os viajantes e camponeses usavam um chapéu de abas largas.

OS CABELOS eram usados compridos pelos homens e, sob o reinado de Henrique VII, tinham a barba raspada. Mas em 1535, de acordo com os Anais, de Stow, “o rei mandou que todos em sua corte cortassem os cabelos e, para dar-lhes exemplo, mandou cortar os seus e, dessa data em diante, que sua barba (...) não fosse mais raspada”.

Os trajes dos menos elevados, menos abastados e camponeses naturalmente não exibiam a extravagância daqueles usados nos círculos da corte.

A SCHAUBE, chamado assim pelos alemães, trata-se de um sobretudo com formato de uma batina, geralmente sem mangas, usada por todo cidadão próspero. A shaube, frequentemente forrada com pele, tornou-se o traje típico do acadêmico.

AS CORES eram muito vivas nos trajes das classes altas durante a primeira metade do século XVI. A descrição do guarda-roupa de Henrique VIII, nos fala

5

Page 6: CARACTERIZAÇÃO - RENASCIMENTO

que ele tinha, entre outros, gibões de veludo azul e vermelho forrados com pano-de-ouro. O vermelho era uma das cores prediletas. No conhecido retrato do conde de Surrey, o jovem nobre aparece vestido em vários tons de escarlate.

MEADOS DO SÉCULO E O PODER DA ESPANHA

Em meados do século tudo mudou. O domínio alemão da moda européia com suas cores vibrantes e formas fantásticas deu lugar à moda espanhola, ajustada e sombria, de preferência preta. Isso se atribuiu, em parte, ao gosto pessoal de Carlos V, famoso pela sobriedade de suas roupas e pelo crescente poder da Espanha. Quando em 1556, Filipe II sucedeu a Carlos V como rei da Espanha, a corte espanhola se transformou no exemplo admirado por toda a Europa.

NA INGLATERRA

Essa tendência foi notada nos finais do reinado de Henrique III. Quando Maria Tudor subiu ao trono essa tendência foi enfatizada. Seu casamento com o rei espanhol em 1554 completou a revolução. Mesmo em guerra com a Espanha, a Inglaterra sucumbiu às influências espanholas que persistiram até o final do século.

Além da cor diferente, ou da ausência dela, havia também uma diferença no corte. Os aspectos principais da nova moda eram os “acolchoado, cinturas finas e a introdução do tricô”. O acolchoado era o enchimento usado nos gibões e nas meias a fim de encorpá-los, eliminando todas as dobras. Era feito de trapos, resíduos de lã, crina de cavalo, algodão e até farelo. O enchimento do gibão no peito e também dos calções fazia a cintura parecer mais fina, e o efeito era acentuado com o uso de espartilhos apertados.

Os calções curtos, com enchimento, principalmente os presos às meias, deixavam expostas boa parte das pernas, e a introdução do tricô tornou possíveis meias mais ajustadas do que anteriormente.

O efeito de tudo isso era uma nova rigidez, refletindo a etiqueta rigorosa e altiva da corte espanhola. Acabaram-se as linhas fluidas das roupas do início do século, quando pareciam expressar a personalidade do homem e até sua própria fantasia.

Agora as pessoas pareciam estar demonstrando ser membros de uma casta aristocrática. Ficavam empertigadas em roupas acolchoadas e duras que formavam uma verdadeira couraça.

6

Page 7: CARACTERIZAÇÃO - RENASCIMENTO

O RUFO

OS HOMENS e o cordão que apertava a gola das camisas formando um franzido, daí se derivou o RUFO. Bastava apertar bem e um princípio de rufo passava a existir. Quando a partir de 1570, ele surgiu acima da gola alta do gibão, mantinha a cabeça em atitude de desdém. O rufo era uma peça que significava privilégio aristocrático.

Os homens que o usavam tinham nele um exemplo extremo da tendência nas roupas masculinas de mostrarem que aqueles que as usavam não precisavam trabalhar, ou mesmo realizar qualquer tarefa que exigisse esforço.

À medida que o século avançava os rufos foram ficando maiores! O rufo é um exemplo do elemento “hierárquico” nas roupas.

AS MULHERES também o usavam, mas no traje feminino há sempre outro elemento a ser notado: o decote ou “o principio da sedução”. Elas desejavam usar o rufo para mostrar seu status na sociedade mas também queriam ser atraentes como mulheres.

O COMPROMISSO ELIZABETANO era abrir o rufo na frente de modo a deixar o colo exposto e permitir que se elevasse em asas de gaze atrás da cabeça.

OS CHAPÉUS

Os chapéus baixos foram substituídos pelos chapéus de vários tipos a favor da silhueta vertical, agora dominante nas roupas. Alguns eram gorros com uma copa alta que , às vezes, era endurecida com tela engomada; outros eram verdadeiros chapéus feitos de materiais duros ou engomados. Um deles era o COPOTAIN, que possuía uma copa alta cônica. Eram feitos de pele de animais, de feltro ou couro e, também enfeitados com uma pluma e uma jóia. Havia chapéus de abas largas e copas baixas, usados por magistrados e profissionais.

AS MULHERES também adotaram os chapéus em lugar dos capuzes e gorros. A princípio eram usados para viajar ou cavalgar.

Eram semelhantes aos masculinos, porém menores e frequentemente usados sobre uma touca de linho. A medida que os penteados foram ficando mais elaborados, essa touca foi sendo aos poucos abandonada.

A rainha Elizabeth lançou a moda de tingir os cabelos de vermelho, e muitas mulheres , como ela própria, devem ter necessitado de cabelos postiços. Na velhice, a rainha usava uma peruca.

A RIGIDEZ DAS ROUPAS FEMININAS

7

Page 8: CARACTERIZAÇÃO - RENASCIMENTO

A rigidez que marcou as roupas masculinas na segunda metade do século XVI foi maior com as roupas femininas. O corpete era endurecido com tela engomada ou papelão e mantido no lugar por barbatanas feitas de madeira, ou seja, não flexíveis. A saia era armada pela FARTHINGALE cuja origem era espanhola. Era uma anágua armada por arcos de arame, madeira ou barbatanas de baleia, que ficavam maiores em direção à barra. Surgiu na Inglaterra em 1545 e logo passou a ser usada por todas as mulheres nobres.

Em 1580 surgiu a FARTHINGALE FRANCESA ou FARTHINGALE CIRCULAR. Era como se a mulher estivesse de pé dentro de uma roda, com a saia presa à sua borda externa e caindo verticalmente até o chão. Esse traje era singularmente deselegante fazendo as mulheres se parecerem com cavalinhos-de-pau.

A FARTHINGALE CILINDRO era usada fora dos círculos da corte. Vulgarmente conhecida como ROLO. Era feita de um rolo de tecido acolchoado em forma de salsicha, sendo as extremidades amarradas por uma fita na frente do corpo. No final do século era considerada deselegante.

Havia também a BECA, que caía em pregas a partir dos ombros, deixando uma abertura na frente através da qual o vestido era visto.

OS TRAJES MASCULINOS

Também passaram a apresentar maior variedade. O GIBÃO ainda era a peça principal no guarda-roupa de um cavalheiro, mas sobre ele podia ser usada a jaqueta, em geral sem mangas.

A CAPA deixou de ser comprida como era na primeira metade do século, e se tornou curta, às vezes dependurada no ombro. Originalmente foi concebida para montar, mas durante a segunda metade do século XVI era usada tanto em ambientes fechados quanto ao ar livre. Era feita de tecidos caros, e o homem elegante precisava de três capas: para a manhã, a tarde e a noite. As capas às vezes possuíam golas altas, em geral de veludo.

O MANDILION, segundo a descrição de Cunnington: “originariamente um traje militar, era uma jaqueta folgada, até a altura dos quadris, com gola alta e mangas de casaco (mais tarde falsas). As costuras laterais eram abertas, formando um painel na frente e outro atrás. O abotoamento ia da gola até o peito apenas, sendo vestido pela cabeça. Era frequentemente usado torto, ou seja, usado de lado, com os painéis frontal e traseiro por cima dos ombros, enquanto uma das mangas pendia na frente e a outra atrás.”

AS ROUPAS DE BAIXO masculinas na segunda metade do século apresentavam variações. As meias costuradas aos calções (meia-calça) podiam ser usadas com

8

Page 9: CARACTERIZAÇÃO - RENASCIMENTO

CANIONS. Estes eram calções usados por baixo (e de tecido diferente), chegando até os joelhos.

Os verdadeiros CALÇÕES dispensavam totalmente a meia-calça. Eles adquiriam várias formas. Os “venezianos” eram calções bem fofos presos sob os joelhos com botões ou cordões. Surgiram por volta de 1570 e quando eram muito fofos, chamavam-se GALLIGASKINS, GASCOYNES ou SLOPS.

Com essas peças as meias adquiriram nova importância. Eram cortadas enviesadas em tecido até 1590, sendo então substituídas por meias tricotadas, às vezes de seda. Costumavam ter cores vibrantes e eram adornadas com desenhos de seda colorida ou até mesmo fio de ouro.

Nos pés usavam-se SAPATOS ou BOTAS. Os sapatos eram moderadamente arredondados e, bem no final do século, começavam a apresentar saltos. Eram confeccionados em couro, seda, veludo ou tecido simples. As botas, que até o último quartel do século serviam apenas para montar, passaram a ser usadas o tempo todo, até em ambientes fechados.

______________________________________

9