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MEC - Atletismo 2 ÍNDICE INTRODUÇÃO............................................................................................................................... 3 1. MÓDULO 1 – ANÁLISE DA MODALIDADE DESPORTIVA ................................................ 4 2. MÓDULO 2 – ANÁLISE DAS CONDIÇÕES E DE APRENDIZAGEM ............................... 20 3. MÓDULO 3 – ANÁLISE DOS ALUNOS ............................................................................ 23 4. MÓDULO 4 – DETERMINAR A EXTENSÃO E A SEQUÊNCIA DOS CONTEÚDOS ....... 24 5. MÓDULO 5 – DEFINIR OS OBJETIVOS .......................................................................... 28 6. MÓDULO 6 – CONFIGURAÇÃO DA AVALIAÇÃO............................................................ 30 7. MÓDULO 7 – PROGRESSÕES DE ENSINO.................................................................... 38 BIBLIOGRAFIA ............................................................................................................................ 50 ANEXOS ...................................................................................................................................... 51

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MEC - Atletismo

2

ÍNDICE

INTRODUÇÃO ............................................................................................................................... 3

1. MÓDULO 1 – ANÁLISE DA MODALIDADE DESPORTIVA ................................................ 4

2. MÓDULO 2 – ANÁLISE DAS CONDIÇÕES E DE APRENDIZAGEM ............................... 20

3. MÓDULO 3 – ANÁLISE DOS ALUNOS ............................................................................ 23

4. MÓDULO 4 – DETERMINAR A EXTENSÃO E A SEQUÊNCIA DOS CONTEÚDOS ....... 24

5. MÓDULO 5 – DEFINIR OS OBJETIVOS .......................................................................... 28

6. MÓDULO 6 – CONFIGURAÇÃO DA AVALIAÇÃO ............................................................ 30

7. MÓDULO 7 – PROGRESSÕES DE ENSINO.................................................................... 38

BIBLIOGRAFIA ............................................................................................................................ 50

ANEXOS ...................................................................................................................................... 51

MEC - Atletismo

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INTRODUÇÃO

O presente trabalho é realizado para o 9.º ano de escolaridade da Escola EB 2/3 Júlio Dinis do ano letivo de 2011/2012.

No sentido de permitir um ensino eficaz, a ação de qualquer professor de Educação Física, independentemente da modalidade que vai abordar, deve ser não só refletida mas também orientada. É neste sentido que se expõe o presente documento.

Na primeira fase deste trabalho, procede-se à análise das variáveis do contexto que interferem direta e indiretamente no processo de ensino-aprendizagem, de modo a assim intervir posteriormente de uma forma mais real e consistente a nível escolar.

Assim no contexto da análise desenvolve-se um organigrama da estrutura de conhecimentos da modalidade, fazendo parte dele os conteúdos programáticos a serem abordados durante este ano letivo baseados no programa escolar elaborado pelo Ministério da Educação. Ainda na fase de análise é identificado todo o conhecimento relativo às infra-estruturas e material disponível para as aulas de Atletismo, bem como o nível de prestação inicial dos alunos referente à modalidade em questão. Esta última análise reveste-se de particular interesse, já que, irá ser a partir desta que será elaborado o Plano da Unidade Didática.

Segue-se a fase das decisões, em que se determina a extensão e a sequência da matéria (conteúdos a lecionar e seu encadeamento), definem-se os objetivos (categorias transdisciplinares), configura-se a avaliação a utilizar (inicial, formativa e sumativa) e criam-se as progressões de ensino.

Por fim, surge a bibliografia utilizada para a construção e realização da unidade didática.

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1. MÓDULO 1: ANÁLISE DA MODALIDADE DESPORTIVA

1.1 Estrutura do conhecimento

EESSTTRRUUTTUURRAA DDOO CCOONNHHEECCIIMMEENNTTOO -- AATTLLEETTIISSMMOO

Habilidades Motoras Conceitos Psico - Sociais Fisiologia do treino e Condição Física Cultura Desportiva

Regulamento Equipamento História

Lançamento do Peso

Lançamento

Zona

Medição

Saltos Horizontais

Salto Válido

Medição

Zona de Salto

Velocidade

Partidas

Vozes

Estafetas

Transmissão

Zonas

Fasquia

Caixa de areia

Peso

Blocos de partida

Testemunho

Respeito Empenho

Cooperação Concentração

Fair - Play Higiene

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Força resistente Força máxima Força explosiva

Força Flexibilidade

Ativa Passiva Específica Geral Dinâmica Estática

Velocidade

Execução

Reação

Deslocamento

Resistência

Anaeróbia

Aeróbia

Alática Láctica

Capacidades Coordenativas Capacidades Condicionais

Destreza Diferenciação cinestésica Ritmo Equilíbrio Capacidade de reação Orientação espacial

Diminuição da FC

Recuperação ativa ou passiva Ativação Geral

Ativação Específica

Aumento da FC

Ativação muscular

Aquecimento Retorno à Calma Capacidades Motoras

Fisiologia do Treino e Condição Física

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Voo Corrida de balanço Queda Saltos

Hop Step Jump

Comprimento Triplo Salto

Chamada

Voo

Queda

Corrida de balanço

Peso

Técnica de translação ou O’Brien

Técnica rotacional ou Barishnikov

Velocidade

100m 200m

400m

Partida

Aceleração

Velocidade máxima

Linha de chegada

Estafetas

Técnica ascendente

Técnica descendente

Resistência

Saltos

Habilidades Motoras

Lançamentos Corridas

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1.2 CULTURA DESPORTIVA

1.2.1História da modalidade

A sua origem remonta à própria origem do ser humano, que, por sobreviver corria, saltava e lançava. Podemos mesmo dizer por isso, que o Atletismo reúne necessidade, defesa ou até prazer, corria, saltava, lançava.

Depois, cada povo inventou e criou formas variadas e competitivas de corridas, de saltos e de lançamentos, quer como preparação para a guerra, quer para agradecimento aos deuses e como homenagem aos heróis desaparecidos.

Na Grécia, nos primeiros Jogos Olímpicos, em 776 a.C. realizou-se a verdadeira primeira prova de Atletismo.

Em todos os Jogos Olímpicos, é sempre no Atletismo que se atingem os momentos “mais altos” e de maior impacto mediático. É talvez a modalidade desportiva onde o ideal olímpico corresponde perfeitamente aos objetivos da própria modalidade – CITIUS, ALTIUS, FORTIUS – mais rápido, mais alto, mais forte. De facto, o que se procura é chegar em primeiro, ser mais veloz, chegar mais alto e mais longe e ainda aguentar melhor as dificuldades das provas, ser mais forte.

A Federação Portuguesa de Atletismo foi fundada em 1921 e é membro da Federação Internacional de Atletismo (IAAF) e da Associação Europeia de Atletismo (AEA).

1.2.2 Organização do Atletismo

O Atletismo é uma modalidade composta por 4 grandes grupos que, por sua vez, englobam várias disciplinas:

Tabela 1 – Disciplinas do Atletismo

Corridas

Velocidade

Estafetas

Meio-fundo e fundo

Barreiras

Obstáculos

Maratona

Saltos

Verticais Altura

Vara

Horizontais Comprimento

Triplo-Salto

Lançamentos

Dardo

Disco

Peso

Martelo

Provas Combinadas

Triatlo Pentatlo

Heptatlo

Decatlo

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1.2.3 Regulamento

O Atletismo é um conjunto de provas individuais que compreende corridas planas e de

obstáculos, concursos de saltos e lançamentos, estafetas, provas combinadas e ainda marcha e o corta-mato.

Estas provas realizam-se em três locais: 1. Pista de atletismo e espaços circundantes (zona interna e externa da pista); 2. Estrada; 3. Campo (corta-mato).

Imagem 1 – Pista de Atletismo

Relativamente à época do ano, algumas provas só são realizadas na época de Inverno e

são consideradas provas de pista coberta ou são realizadas exclusivamente durante o Verão, isto é, são provas de ar livre. O mesmo acontece com as provas que fazem parte do calendário olímpico, algumas delas diferenciam-se das provas que fazem parte dos campeonatos do mundo. Em relação ao sexo, estas também podem variar caso sejam realizadas pelo sexo feminino ou sexo masculino.

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De seguida segue-se um quadro síntese, onde constam as provas existentes em campeonatos do mundo com o respetivo sexo, a tipologia da prova e local.

Tabela 2 – Quadro síntese das competições regidas pela IAAF

Provas Local Tipo

CORRIDAS Velocidade Estafetas Meio-fundo e fundo

60 m Provas de Pista Coberta –

pista Ambos

100 m Provas de Ar Livre – pista Ambos

200 m Ambos Ambos

400 m Ambos Ambos

800 m Ambos Ambos

1 500 m Ambos Ambos

3 000 m obstáculos Ambos Masculino

5 000 m Provas de Ar Livre – pista Ambos

1 0000 m Provas de Ar Livre – pista Ambos

Maratona Provas de Ar Livre –

estrada Ambos

Corta-mato Estrada Ambos

SALTOS

Altura Ambos Ambos

Vara Ambos Ambos

Comprimento Ambos Ambos

Triplo Salto Ambos Ambos

LANÇAMENTO

Peso Ambos Ambos

Disco Provas de Ar Livre – pista Ambos

Dardo Provas de Ar Livre – pista Ambos

Martelo Provas de Ar Livre – pista Ambos

PROVA COMBINADA

Heptatlo Provas de Pista Coberta -

pista Masculino

Heptatlo Provas de Ar Livre – pista Feminino

Pentatlo Provas de Pista Coberta -

pista Feminino

Decatlo Provas de Ar Livre – pista Masculino

MARCHA

3 000 m Provas de Pista Coberta Feminino

5 000 m Provas de Pista Coberta Masculino

10 000 m Provas de Ar Livre Feminino

20 000 m Provas de Ar Livre –

estrada Ambos

50 000 m Provas de Ar Livre –

estrada Masculino

(MAIO/2007)

Nota: Para atualização dos recordes, consultar o sítio na Internet da IAAF: http://www.iaaf.org/statistics/index.html (recordes).

Tendo em consideração o programa do 3.º Ciclo, passo a explicitar os principais aspetos

dos regulamentos específicos das provas a lecionar neste período.

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Velocidade

São provas de curta distância, tendo como objetivo percorrer a distância estabelecida no menor tempo possível.

● Os atletas realizam a sua prova em pistas separadas; ● Partida é indicada com a voz de comando, (“aos seus

lugares” e “pronto”) e um sinal sonoro (som de apito ou tiro); ● Em posição de partida, o atleta não pode tocar o terreno

situado à frente da linha de partida; ● Os atletas só podem iniciar a corrida após o sinal de

partida. Imagem 2 – Corrida de velocidade

Estafetas

São corridas de velocidade, em que cada equipa transporta um testemunho, desde o início até ao fim da prova. Trata-se de uma prova de corrida por equipas de 4 elementos, em que cada equipa transporta um testemunho que, depois de percorrida determinada distância, deve ser entregue com segurança dentro da zona de transmissão.

● A passagem de testemunho é feita na zona de transmissão (20 metros); ● O testemunho só pode ser passado de mão para mão e não atirado; ● Se o testemunho cair, só pode ser apanhado pelo atleta que o deixou cair; ● Nas provas de 4x100m é permitido utilizar uma zona de aceleração de 10 metros.

Triplo Salto

É um salto horizontal cujo objetivo é atingir a maior distância possível entre a chamada e a queda, devendo o atleta realizar um salto a pé-coxinho (hop), uma passada saltada (step) e um salto final (jump).

● Os saltos são realizados num espaço com pista de balanço, zona de chamada e área de queda, aplicando-se as regras gerais do salto em comprimento;

● O primeiro salto deve ser efetuado com o pé de chamada, a passada saltada com o outro pé e, por fim, a receção a dois pés.

Imagem 3 – Zona de balanço (aceleração – 10m) e zona de transmissão (20m) na corrida de velocidade

Imagem 4 – Sequência do triplo salto

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Salto Altura

É um salto vertical cujo objetivo é atingir a maior altura possível sobre a fasquia sem a derrubar.

● Os saltos são realizados num espaço com uma pista de balanço e uma área de queda. ● Para cada altura tem direito a três ensaios. ● A chamada tem se ser realizada a um só pé. ● Um salto é válido quando o atleta passa a fasquia sem a derrubar, mesmo que lhe

toque.

Lançamento do peso

O objetivo deste lançamento é arremessar o peso (engenho esférico) o mais longe possível.

● Os lançamentos são efetuados a partir de um círculo para um sector de queda; ● O atleta deverá iniciar o lançamento a partir de uma posição estática; ● O peso não pode ser colocado atrás da linha dos ombros e tem de ser lançado apenas com uma mão ● O atleta não pode pisar ou ultrapassar a antepara; ● O atleta só pode sair do círculo pela metade de trás e apos a queda do peso; ● O lançamento só é válido se o peso cair no sector de queda; ● O lançamento é medido em linha reta entre o ponto de queda e o início da antepara

Imagem 6 – Zona de lançamento par a o lançamento do peso.

Imagem 5 – Corrida de balanço para o salto em altura

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1.3Fisiologia do treino e condição física

O Atletismo é uma modalidade que engloba muitas especialidades e cada uma delas possui uma especificidade muito própria, quando se fala dos aspetos fisiológicos e da condição física de cada uma.

Aquecimento

Antes da atividade, deverão ser realizados vários exercícios de intensidade moderada com objetivo de melhorar a transição do estado de repouso para o de atividade. A ênfase no início de uma aula deve ser o aumento gradual do nível de intensidade, até que seja atingido o estado adequado.

Capacidades Condicionais

O trabalho das capacidades condicionais faz parte integrante da abordagem das diferentes especialidades que compõem esta modalidade. No atletismo dependendo da especialidade em causa tem de se dar mais atenção à força, resistência, velocidade ou flexibilidade. Contudo é importante realçar que todas elas são trabalhadas ao longo da vida de um atleta, o que varia é apenas a importância dada.

Capacidades Coordenativas

O mesmo trabalho das capacidades coordenativas também faz parte integrante da abordagem das diferentes especialidades que compõem esta modalidade. Dependendo da especialidade em causa tem de se dar mais atenção à destreza/coordenação, que permite ao aluno realizar movimentos no espaço, com alternância de ritmo e velocidade de forma coordenada; orientação espacial que permite ao aluno reconhecer, perante a diversidade de situações e de movimentos que podem apresentar-se implicando, assim, um bom sentido de antecipação; ritmo que permite imprimir uma certa estrutura rítmica na realização das diversas ações motoras ou aperceber-se dessa cadência quando ela surge.

Retorno à calma

Depois do esforço realizado, há a necessidade de recompensar a atividade, pelo que é necessário ter presente um momento de relaxamento, quer das principais articulações e músculos solicitados, quer da parte psíquica.

1.4Habilidades motoras

Corrida de velocidade

A corrida de velocidade, nas distâncias de 60 m, 80 m e de 100 m, é caracterizada pela curta duração e pela sua intensidade máxima, por isso, nesta atividade desportiva é importante reagir rápido na partida, correr rápido e manter a velocidade da corrida.

Na corrida de velocidade são normalmente consideradas quatro fases:

Partida (Fase de reação)

Aceleração

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Velocidade máxima

Perda de velocidade

Partida

A partida é um fator decisivo e como tal pode e deve ser treinada, pois uma boa saída pode provocar o comando de uma prova, o que constitui, em muitos casos, uma importante vantagem.

A partida regulamentar da corrida de velocidade realiza-se nos “blocos de partida”, dispositivos que possibilitam uma maior velocidade inicial e consequentemente, uma partida eficiente pois permitem uma aplicação de força máxima dinâmica, uma vez que o aluno se encontra parado e tem de deslocar o seu próprio corpo.

A posição de saída no bloco, partida baixa, deve ser adaptada a cada praticante, para obter maior comodidade. Em situação de competição, existe um juiz que controla os procedimentos da partida, através das seguintes vozes de comando:

● “Aos seus lugares”; ● “ Prontos”; ● “Sinal de partida”.

“Aos seus lugares”: À voz de “aos seus lugares”, o aluno entra em contacto com o dispositivo e deve colocar-

se em posição de cinco apoios:

Fletir as pernas e os pés apoiados fortemente nos blocos de partida;

Apoiar os joelho da perna de trás no solo;

Colocar as mãos perto da linha de partida, ligeiramente mais afastadas que a largura dos ombros e equidistantes do eixo do corpo;

Afastar os dedos, polegar e indicador e coloca-los no chão próximos da linha de partida;

Colocar a cabeça no “prolongamento” do tronco.

“Prontos”: À voz de “prontos”, o aluno:

Colocar-se na posição de quatro apoios, elevando o joelho que se encontrava no solo, mantendo ambas as pernas fletidas;

Elevar suavemente as ancas até estas ultrapassarem ligeiramente a altura dos ombros, que, por sua vez, ultrapassam ligeiramente a linha de partida;

Apoiar fortemente os pés nos blocos;

Manter os braços estendidos, apoiando fortemente as mãos no solo, fazendo força e evitando o avanço antes do tempo.

Olhar dirigido para um ponto mais à frente no solo;

Colocar-se numa posição imóvel.

Imagem 8 – Voz de partida: “Prontos”

“Sinal sonoro, tiro ou apito”: Ao sinal de partida (“tiro”), o atleta deve reagir rapidamente:

Imagem 7 – Voz de partida: “Aos seus lugares”

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Elevar as mãos do solo;

Exercer força (impulsão) nos blocos de partida;

Realizar uma rápida e simultânea ação de extensão dos membros inferiores;

Realizar a primeira impulsão com a perna de trás, logo de seguida, com maior duração, a perna da frente é responsável pela projeção do corpo, formando com o plano da pista um ângulo de 45º, aproximadamente;

Colocar os braços numa ação correta e coordenada com as pernas.

Manter a cabeça no prolongamento do tronco, olhando em frente;

Ter em atenção que a primeira passada é a mais curta e que o tronco se encontra inclinado em frente, retomando a sua posição normal na fase de velocidade máxima.

Imagem 9 – “Sinal sonoro”

1-Aceleração A aceleração é a capacidade mais importante de um corredor de velocidade. Nesta fase, o

objetivo é alcançar a velocidade máxima tão rápido e tão eficiente quanto possível. Em termos técnicos, esta fase de aceleração exige algumas preocupações:

Manter o tronco ligeiramente inclinado para a frente;

Elevar o tronco até à posição vertical de uma forma gradual;

Empurrar o solo para a frente com os apoios;

Manter um frequência elevado dos primeiros apoios e se possível deve ser mantida à medida que a passada se vai tornando mais ampla, com o evoluir da corrida;

Coordenar os membros superiores com os inferiores, de uma forma dinâmica e frequente.

2-Velocidade máxima Tem como principal objetivo manter a corrida à máxima velocidade, durante o máximo de

tempo possível. A velocidade da corrida é o resultado de dois fatores: o comprimento e a frequência da passada, sendo que a mudança da aceleração inicial tem características importantes:

Pousar apenas a parte anterior do pé;

Manter ligeira flexão da perna de apoio, e colocar o calcanhar da perna livre perto das nádegas;

Coordenar o movimento dos braços, fletidos, com os membros inferiores;

Olhar dirigido para a frente;

Manter o tronco direito, com os ombros descontraídos;

Correr em linha reta, não colocando os pés lateralmente.

3-A linha de chegada – meta A chegada, numa corrida de velocidade, é muito importante. Como hoje em dia, os

concorrentes chegam quase todos ao mesmo tempo à linha de chegada, existe a necessidade de ser rápido a ultrapassá-la. Esta situação deve ser efetuada no último momento com:

Inclinar o tronco e a cabeça à frente ou avançar o ombro oposto à perna da frente e oscilar os braços à retaguarda;

Evitar a diminuição de velocidade antes de passar a meta.

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Estafetas As provas de estafetas caracterizam-se por serem corridas de equipas. É uma prova de

velocidade, sendo cada equipa constituída por quatro corredores. O mais importante é conseguir uma elevada velocidade média durante a corrida, pelo que se deve minimizar todas as perdas de velocidade na passagem do testemunho. As corridas de estafetas são consideradas corridas técnico-táticas. A distribuição dos corredores pelos diferentes percursos deverá ser feita tendo em conta as suas características e a forma como fazem a transmissão do testemunho, tendo em conta as curvas da pista, os melhores tempos e as características psicológicas de cada um, entre outros aspetos.

A Corrida de Estafetas é composta pelas seguintes fases:

1-Partida

A partida para a corrida de estafetas 4 x 100 m ou 4x400m é feita com blocos, deste modo o primeiro atleta da equipa realiza a partida baixa e os restantes a partida alta. Existem várias formas de segurar o testemunho na partida, mas a mais usual é agarrá-lo próximo do centro.

2-Transmissão do testemunho

O testemunho tem de ser entregue dentro de um espaço de 20 m de comprimento – zona de transmissão. Nas estafetas de 4 x 60m, de 4x80m, e de 4x100m, a zona de transmissão começa a 10 m da linha dos 60m ou dos 80m ou dos 100m e termina 10 m à frente destas.

O recetor deve aguardar o transmissor na zona de balanço (10 m), olhando para trás e por cima do ombro. O recetor deve começar a correr quando o transmissor passa junto a uma marca previamente colocada no corredor. Corre olhando para a frente e estica o braço para trás com a mão aberta quando o transmissor lhe der o sinal sonoro: “sai”, “vai”, “toma”.

O testemunho pode ser entregue de cima para baixo (técnica descendente) ou de baixo para cima (técnica ascendente). Os quatro atletas têm de combinar o modo e a mão com que fazem as transmissões, pois isso influencia a colocação de cada um no corredor para receber o testemunho.

Técnicas de transmissão:

Técnica ascendente: a transmissão do testemunho faz-se de baixo para cima, com extensão do membro superior à frente por parte do transmissor. O recetor estende o membro superior para trás com o dedo polegar separado dos restantes, apontados para o solo.

Técnica descendente: a transmissão do testemunho faz-se de cima para baixo, com extensão do membro superior à frente por parte do transmissor. O recetor estende o membro superior com palma da mão virada para cima. Aspetos importantes na execução: Transmissor

Segurar com a mão direita na parte de trás do testemunho;

Entregar na mão contrária ao seu companheiro;

Procurar manter a velocidade no ato da entrega;

Para o momento da transmissão, os alunos devem, previamente, combinar uma indicação verbal (“pega”).

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Recetor

Iniciar a corrida na máxima velocidade do lado correto da pista (se recebe com a mão esquerda deve correr do lado direito e vice-versa);

Quem recebe, estende o braço bem atrás, palma virada para o chão e o polegar bem afastado dos restantes dedos – movimento do testemunho de baixo para cima (Técnica Ascendente);

A transmissão também pode ser feita com a palma da mão virada para cima – movimento do testemunho de cima para baixo (Técnica Descendente);

Receber sem olhar para trás;

Recebe com a mão esquerda e troca-o de mão e continua a corrida.

Triplo Salto O triplo salto apresenta grandes semelhanças com o salto em comprimento, a única

diferença que existe são os dois saltos que são realizados após a corrida de aproximação. Tendo em consideração as semelhanças existentes entre os dois saltos horizontais apenas referirei os principais aspetos técnicos do “hop”, “step”, visto que a corrida de aproximação, “jump” e queda são semelhantes ao do salto em comprimento.

Imagem 10 – Área de queda para o triplo salto

Para realizar este salto é necessário ter em atenção as fases seguintes:

Corrida de balanço ● Fazer corrida de balanço, acelerando progressivamente até atingir a máxima velocidade; ● Tronco direito e olhar em frente. Impulsão (Chamada) ● Apoiar fortemente a perna de impulsão na tábua de chamada (esta perna fará os 2 primeiros saltos: Impulsão + Hop). Hop - 1º Salto (pé-coxinho) ● Elevar o joelho da perna livre para cima e para a frente; ● Realizar a extensão ativa das 3 articulações da perna de chamada (pé, joelho e anca); ● Apoiar a planta do pé no solo; ● Oscilação forte de braços e movimento circular da perna livre para ajudar o salto seguinte. Step - Passada saltada (2º salto para o outro pé) ● Realizar a extensão ativa das 3 articulações da perna de chamada (pé, joelho e anca); ● Manter a velocidade horizontal; ● Tronco na vertical.

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Jump – Salto ● Puxar os membros inferiores para a frente, com fecho do tronco sobre estes (posição engrupada); ● Equilibrar o corpo ou projetá-lo para a frente; ● Fazer a receção no solo sobre os 2 pés. Queda (2 pés) ● A 2 pés na caixa de saltos, fletindo o tronco bem à frente.

Salto em Altura

Tal como no salto anterior, são quatro fases que compõem este salto: corrida de balanço, chamada (impulsão), transposição e queda. A forma de transpor pode ser diferente de acordo com a técnica utilizada, nomeadamente no salto de tesoura, no rolamento ventral ou no fosbury flop. Este último é utilizado nas competições oficiais da atualidade e aquele que o programa contempla. Aspetos importantes na execução: Corrida de balanço: ● Realizar 4 a 8 passadas em aceleração progressiva, sendo as últimas 3 a 5 em curva; ● Apoiar os pés pela parte anterior e manter os joelhos elevados; ● Durante a curva, aproveitar a força centrífuga e voltar-se de costas para a fasquia, numa velocidade controlada; ● Inclinar o tronco ligeiramente à retaguarda nas 2 a 3 últimas passadas. Chamada: ● Fazer a chamada com o pé mais afastado do colchão, ligeiramente à frente do poste; ● Lançar a perna livre (do lado do colchão) fletida o mais alto possível; ● Realizar a chamada de forma enérgica com o apoio da planta do pé; ● Fazer o movimento de extensão completa das 3 articulações do membro inferior de apoio (pé, joelho e anca). Transposição ● Projetar o corpo para cima, de costas voltadas para a fasquia; ● Atirar as pernas para cima, com elevação da anca e os ombros para trás. Queda ● Cair sobre os ombros com os braços afastados; ● Controlar a queda com a ajuda dos membros superiores; ● Joelhos elevados e afastados.

Lançamento de peso

O lançamento do peso consiste na projeção, à maior distância horizontal possível, do engenho para o interior de uma zona de queda, com marcações próprias, tendo os concorrentes que respeitar as regras específicas impostas, bem como utilizar os gestos técnicos adequados. As duas técnicas predominantes do lançamento do peso são: a técnica de costas e a técnica

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com rotação. São normalmente consideradas quatro fases na execução do lançamento do peso na

técnica: 1- Preparação: lançador prepara-se para o início do deslizamento; 2- Deslizamento: aceleração do peso e do lançador, que se preparar para a fase seguinte; 3- Arremesso: velocidade adicional transferida para o peso antes do lançamento; 4- Recuperação: lançador tem uma ação bloqueadora para evitar lançamentos nulos.

Imagem 11 – Sequência do lançamento de peso

Aspetos importantes na execução: Fase Preparação: Características:

Lançador começa de pé, no final do círculo de lançamento e de costas para a zona de queda;

Tronco inclina-se para a frente e fica paralelo ao chão;

Corpo fica equilibrado apenas numa perna (perna do lado que segura o peso). Fase Deslizamento: Características:

Perna apoio em extensão sobre o calcanhar;

Perna apoio mantem-se em contacto com o solo durante a maior parte da fase de deslizamento;

Ombros direitos e virados para o ponto de partida. Fase Arremesso: Características:

Pé direito desliza pelo calcanhar e aterra no terço anterior do pé (destros);

Pé direito colocado no centro do círculo (destros);

Primeiro contacto no solo: pé direito (destros). Fase Arremesso: Características:

Troca de perna rápida;

Perna direita fletida;

Parte superior do corpo deve baixar. Principais regras de segurança:

1. O equipamento deve ser guardado num local seguro e bem conservado. Deve-se testar todo o equipamento antes de ser utilizado;

2. Os engenhos nunca devem ser usados no caminho para a área de lançamentos. Devem ser transportados de forma segura;

3. Em todas as aulas são realizados lançamentos sob a orientação da professora; 4. Os lançadores devem manter-se afastados da linha de lançamentos enquanto aguardam

a sua vez de lançar; 5. O lançador deve certificar-se antes de lançar que não há ninguém no percurso e na zona

de queda do engenho, lançar unicamente ao sinal da professora; 6. Após o lançamento, o atleta deve esperar que todos os seus colegas lancem.

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Erros frequentes no Lançamento do Peso:

Esquecer as regras de segurança;

Utilizar engenhos demasiado pesados;

Pega incorreta do peso e colocação do engenho longo do pescoço;

Arremesso pouco explosivo;

Não bloquear o movimento com o lado esquerdo do corpo (lançadores destros), o que dificulta a aplicação da força na fase de aceleração.

1.5Conceitos Psico-Sociais

A capacidade de concentração, de empenho e de entusiasmo são características que se destacam nestes atletas, especialmente nas especialidades onde a distancia, a altura ou a partida são aspetos essenciais para que os atletas tenham sucesso. Por se tratar de uma modalidade individual desenvolve características nos indivíduos que as praticam que os diferenciam daqueles que praticam modalidades coletivas pois no Atletismo. Consequentemente, surge a auto-estima, a confiança e a capacidade de se superar e querer ser melhor.

Estas diferenças têm obviamente reflexos na vida futura dos seus praticantes. Contudo, o Fair-play deve ser um conceito que deve prevalecer junto de qualquer atleta, independentemente da modalidade em causa, pois o espírito desportivo, o respeito pela autoridade e pelos adversários devem ser valores importantíssimos em cada praticante.

Outro aspeto importante e que é inerente à atividade física são os hábitos de higiene. Deste modo, é importante desenvolver estes comportamentos que poderão ser transferidos para o dia-a-dia.

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2.MÓDULO 2 – Análise das condições de aprendizagens

Recursos humanos

A presente unidade didática está destinada a uma turma de vinte alunos que frequentam o 9.º ano de escolaridade, inserindo-se no Ensino Básico sendo o professor responsável da disciplina de Educação Física, o professor Óscar Teixeira.

Disciplina

Os alunos têm habitualmente 5 minutos para se equiparem e como tal deverão apresentar-se devidamente equipados para realizar a aula, ou se for caso disso, preparados para assistir à aula com calçado apropriado e com uma esferográfica para que possam preencher o relatório da aula que lhe será facultado no início da mesma.

Após estarem devidamente preparados, devem deslocar-se para um local próprio no pavilhão, previamente indicado pelo professor, sentando-se ordeiramente e esperando as indicações, deslocando-se posteriormente conjuntamente com o professor ao espaço onde se realizará a aula, quer esta se desenrole no espaço interior quer no exterior.

A chamada será realizada no início da aula, sendo igualmente dito aos alunos quais os conteúdos a abordar e quais os objetivos, e sempre que necessário algumas informações que o professor considere importantes para o bom funcionamento da aula.

Recursos temporais

A turma do 9.º B tem um período de 45 minutos às terças-feiras e outro de 90 minutos às quintas-feiras. A modalidade de atletismo está inserida no conjunto de matérias a lecionar no 1º período do ano letivo 2011/2012. O número de aulas previstas inicialmente era de 12 mas devido à sua extensão passou para 15 aulas.

Períodos de aulas Dia da semana Tempo útil de aula

Aula de 1 Bloco (45 minutos)

Terça-Feira 12:45 – 13:30

30 minutos

Aulas de 1 Bloco (90 minutos)

Quinta-Feira 10:15 – 11:30

75 minutos

Tabela 3 – Tempos letivos

Recursos materiais e espaços

Para o ensino desta modalidade será utilizado essencialmente o espaço exterior. Este é constituído por uma pista de atletismo que rodeia toda a área, o que parece ser um bom espaço para a abordagem da corrida de velocidade, das partidas e das estafetas, bem como permitir trabalhar a resistência aeróbia, na medida em que é constituído por uma área bastante ampla. Penso contudo que isto poderá trazer algumas contrapartidas, uma vez que este espaço é descoberto, pelo que estarei um pouco condicionada pelas condições climatéricas, nomeadamente no Inverno. Contudo, e dado que a escola dispõe de um pavilhão gimnodesportivo mas pequeno e sem balizas, a abordagem inicial das várias disciplinas poderá realizar-se neste espaço, apesar de não ser o mais adequado para a prática desta modalidade, tendo sempre em conta que estão satisfeitas as condições de segurança. Relativamente aos equipamentos existentes na escola o estado de conservação desses materiais é razoável, no entanto, para a abordagem à velocidade, nomeadamente das partidas, a escola dispõe de

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blocos de partida em madeira, o que me levará provavelmente a improvisar esse material ou em caso de impossibilidade, dado ser difícil a construção de blocos de partida, a abordar somente a partida de pé. Assim, para a prática das disciplinas que irei abordar ao longo do ano a escola dispõe dos seguintes materiais:

Atletismo

Material Quantidade

Parcial

Estado de Conservação

Bom Razoável Mau

Postes de Salto em Altura 2 2

Fasquias 1 1

Blocos de Partida 2 2

Elásticos de Salto em Altura 2 2

Fasquia Elástica 2 2

Dardos Iniciados 2 2

Peso (Ferro) 2 2

Peso 2 Kg 2 2

Peso 3 Kg 2 2

Peso 4 Kg 1 1

Discos 1 1

Barreiras Desmontáveis 9 6 3

Testemunhos Improvisados 19 8 11

Fita Métrica (20 metros) 2 2

Fita Métrica (30 metros) 1 1

Fita Métrica Pequena 3 3

Dorsais de Pano 270 270

Sapatos de Bico (Par) 1 1

Rodo 1 1

Total de Equipamento 325 6 307 12

Equipamentos

Camisolas 12 12

Total de Equipamento 12 0 12 0

Tabela 4 - Material móvel que poderá ser utilizado na aula de Atletismo

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Espaço Exterior

Descrição do material Quantidade Estado de conservação

Caixa de saltos 1 Razoável

Tabela 5 – Recursos existentes no espaço exterior.

Mini plano de gestão do equipamento e responsabilidade

Todas as semanas será nomeado um aluno/a auxiliar da professora, que terá como responsabilidade, para além de outros pontos, verificar, no início de cada aula, o estado do material a utilizar, bem como do pavilhão no caso da aula aí decorrer, comunicando à professora caso alguma coisa não esteja devidamente tratada.

Aspetos de segurança

Relativamente à segurança, é importante referir que o espaço exterior para além de ser rodeado pela pista de atletismo, é utilizado também para a prática dos jogos desportivos coletivos, e neste sentido poderá ser utilizado simultaneamente por outro professor. Este facto poderá levar a algum risco na medida em que existem sempre “bolas perdidas”, que poderão interferir na prática de outras atividades.

Outro aspeto a ter em consideração é a possibilidade do piso exterior se encontrar molhado, por questões climatéricas, e como tal constituir um perigo para a integridade física dos alunos. Nesta situação a aula realizar-se-á no espaço interior se este apresentar todas as condições de segurança ou então caberá à professora a improvisação das suas aulas.

Relativamente ao espaço interior, cumpre todos os aspetos de segurança mas o piso poderá tornar-se escorregadio nos dias de chuva, como tal a segurança dos alunos dependerá em grande medida do cuidado e atenção de todos.

Será portanto conveniente mencionar algumas medidas necessárias:

No caso das corridas, será necessário realizar uma ativação específica de forma a

prevenir lesões. (devemos dar grande importância à articulação coxo-femural e aos músculos quadricípites);

Os alunos só devem iniciar a atividade à ordem da professora; Quando a atividade a realizar estiver organizada por corredores, o aluno que inicia o

exercício, deve aguardar até o colega da frente ter uma distância razoável; Neste caso os alunos regressarão sempre à posição inicial por fora dos corredores.

No caso de um aluno se lesionar, este será imediatamente reencaminhado para um local próprio, acompanhado por um funcionário, onde aguardará pelos meios necessários para os seus cuidados, ou caso seja necessário por uma ambulância que o transportará até ao hospital. O encarregado de Educação será imediatamente informado de toda a situação.

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3.MÓDULO 3 – Análise dos alunos

3.1Estrutura da turma

A turma é constituída por 20 alunos, dos quais 12 alunos pertencem ao sexo feminino e 8 do sexo masculino. As idades situam-se entre os 13 e 15, com a média de idades de 14,6 anos. Na ficha de caracterização dos alunos pude constatar que as expectativas dos alunos para a modalidade são muito baixas, deste modo terei de encontrar alternativas que os façam motivar para a sua prática.

3.2Avaliação prognóstica

A primeira avaliação realizada no atletismo foi baseada nos testes do Vaivém. Estes testes foram realizados a par da avaliação da condição física e resultou em resultados quantitativos. Desta forma, os resultados obtidos foram em ambas as situações registados numa tabela.

3.3Habilidades motoras e aspetos fisiológicos e da condição física

Neste período, devido ao corta-mato, a ação irá incidir essencialmente ao nível da resistência, não descurando contudo as outras capacidades condicionais, visto estarem intimamente relacionadas entre si, ao nível da técnica de corrida, da corrida de velocidade e da corrida de estafetas. Como é solicitado neste módulo, pretende-se organizar o pré-teste com o objetivo de verificar o nível em que os alunos se encontram, formando deste modo grupos de nível. Contudo, e tendo em consideração as fichas biográficas dos alunos onde lhes era questionado acerca das modalidades que já haviam abordado em anos anteriores, partir do princípio que se estão a iniciar nas disciplinas em questão e como tal se encontram num nível de iniciação. Como tal, não faria sentido realizar uma avaliação inicial, até porque estaría a perder tempo que já de si é escasso para a abordagem a tais disciplinas. Por outro lado, deverá realizar-se uma avaliação sumativa no final da unidade didática, embora esta em função dos objetivos atingidos pelos alunos, até porque permite um termo de comparação, realizar nesta fase uma avaliação inicial, mas em termos quantitativos. Ou seja, uma vez que o trabalho desenvolvido durante as aulas, nomeadamente ao nível da capacidade aeróbia, técnica de corrida e velocidade, permitirá aos alunos um melhor desempenho, assim será interessante verificar se isso ocorre verificando se os alunos melhoram o tempo em provas específicas quer de resistência, quer de velocidade. Assim serão observados os seguintes comportamentos:

Para proceder à avaliação da capacidade aeróbia, recorreu-se ao teste de “vaivém”, cujo protocolo se encontra descrito na bateria de testes “Fitnessgram”. A interpretação (avaliação) dos resultados será feita através das tabelas de valores do Fitnessgram para a Zona Saudável da Aptidão Física. A área de extensão da Educação Física na aptidão Física será considerada como matéria, sendo avaliada com a seguinte ponderação: Nível 1: com menos de dois testes na ZSAF; Nível 2: com dois testes na ZSAF; Nível 3: com três testes na ZSAF; Nível 4: Com cinco testes na ZSAF; Nível 5: com três testes com marcas ótimas na ZSAF e dois testes de Bom na ZSAF. Para além deste método na primeira aula de atletismo os alunos serão avaliados apenas em relação à técnica de corrida, corrida de velocidade. Para cada um destes conteúdos foram definidos 2 critérios de avaliação: executa (E) e não executa (NE). Na tabela que se segue apresenta-se os resultados obtidos pelos alunos, na fase inicial.

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Tabela 6 – Resultados obtidos no teste do vaivém do Fitnessgram

RESISTÊNCIA

N.º ALUNOS

VAIVÉM

1 Alice Santos 19

2 Ana Catarina 25

3 Ana Pinto 19

4 Ana Santos 26

5 Ângela Costa 37

6 Beatriz Sousa 21

7 Cláudia Cruz -

8 Diogo Barbosa 51

9 Diogo Teixeira 30

10 Fábio Rodrigues 35

11 Fábio Pereira 21

12 Jéssica Sousa -

13 Joana Vieira 13

14 Joana Magalhães 35

15 João Oliveira 31

16 Jorge Oliveira 45

17 Rogério Sousa 26

18 Rui Santos -

19 Rute Ramos 36

20 Vanessa Rocha 18

Legenda: Verde: valor médio; Vermelho: precisa melhorar.

3.4 Análise dos resultados obtidos O teste de resistência realizado com base na bateria de FITNESSGRAM tinha como

propósito avaliar a condição física dos alunos de forma a verificar se estes estavam na Zona Saudável da Aptidão Física. Constatei que 9 alunos encontram-se na zona com necessidades de incremento dos níveis de educação física, enquanto que 8 estão na zona adequada. Três alunos não realizaram o teste por se encontrarem lesionados.

Tendo em conta os resultados atingidos, penso que é importante realizar um trabalho em que se desenvolva a resistência aeróbia, para que estes alunos atinjam os níveis da zona saudável. Em relação à velocidade, o trabalho que vai ser feito, não será com base no desenvolvimento da condição física, mas através do trabalho da técnica de corrida.

4.MÓDULO 4 – Extensão e a sequência dos conteúdos

4.1 Unidade Didática A unidade didática foi elaborada tendo em consideração o Programa de Educação Física

do 3.º Ciclo, mais concretamente do 9.º ano de escolaridade. Os conteúdos a abordar ao longo da unidade didática foram divididos em quatro áreas: habilidades motoras, cultura desportiva, conceitos psico-sociais e aspetos fisiológicos e condição física:

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Tabela 7 – Unidade didática de Atletismo - INICIAL

Legenda: Ad - Avaliação Diagnóstica; I - Introdução; E - Exercitação; C – Consolidação; As – Avaliação.

Aula N.º 4 5/6 7 8/9 10 11/12

13 14/15

16

17/18

Conteúdos 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10

Habilidades Motoras

Técnica de Corrida Ad I/E E C

Velocidade / Estafetas Ad I/E E E C As

Resistência Ad E E E E

Triplo Salto I/E E C As

Salto em Altura E C As

Lançamento de Peso E C

Cultura Desportiva

História

Regulamento

Terminologia específica

Conceitos Psico-Sociais

Cooperação

Fair-Play

Duche

Aspetos Fisiológicos e Condição Física

Destreza

Capacidades coordenativas

Orientação

Ritmo

Reação

Capacidades condicionais

Resistência

Velocidade

Força

Flexibilidade

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Tabela 8 – Unidade didática de Atletismo - ORIGINAL

Legenda: Ad - Avaliação Diagnóstica; I - Introdução; E - Exercitação; C – Consolidação; As – Avaliação.

Aula N.º 7 8/9 10 11/12

13 14/15

16 17/18

19/ 20

21 22/ 23

24 25/ 26

27 28/ 29

Conteúdos 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15

Habilidades Motoras

Técnica de Corrida Ad I/E E E E C

Velocidade / Estafetas Ad I/E E E E E C C As

Resistência Ad E E E E E E

Triplo Salto I E E C As

Salto em Altura I/E E C/As

Lançamento de Peso I/E C/As

Cultura Desportiva

História

Regulamento

Terminologia específica

Conceitos Psico-Sociais

Cooperação

Fair-Play

Duche

Aspetos Fisiológicos e Condição Física

Destreza

Capacidades coordenativas

Orientação

Ritmo

Reação

Capacidades condicionais

Resistência

Velocidade

Força

Flexibilidade

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4.2 Justificação da Extensão e Sequência dos Conteúdos O Atletismo é considerado uma modalidade desportiva, e como tal, tem as suas regras próprias e

atividades muito bem definidas. Face à variedade de situações e movimentos que proporciona, permite-nos integrá-lo na programação como um meio de promovermos a melhoria da condição física dos alunos.

É claro que através da prática de algumas das especialidades do Atletismo, vou procurar melhorar a adaptação dos alunos aos esforços exigidos por tais atividades. Vou, sobretudo, utilizar formas lúdicas para que a atividade seja sempre um momento de alegria e de boa disposição.

De referir que a presente Unidade Didática destina-se a uma turma de vinte alunos que frequentam o 9.º ano de escolaridade, integrado no Ensino Básico.

A construção desta Unidade Didática teve em consideração a distribuição dos espaços roulement, os programas curriculares e o número de aulas atribuídas neste período.

Para o primeiro período, está definido pelo Subdepartamento que a especialidade a abordar é a corrida de resistência dado que neste período temos o corta-mato escolar.

Dentro destas especialidades existem algumas que estão condicionadas ao local onde a aula é lecionada e, como tal, sujeitas ao roulement das instalações.

Os conteúdos da unidade didática de atletismo podem ser abordados no espaço interior (nomeadamente o salto em altura) ou no espaço exterior.

Relativamente à avaliação diagnóstica, não constituiu um fator influenciador na construção desta unidade didática de atletismo. Esta tarefa inicial torna-se desnecessária, uma vez que só vou avaliar os alunos em relação à técnica de corrida e resistência (conteúdo prioritário para o Corta-Mato). Além do mais, realizar uma avaliação diagnóstica só iria fazer com que se perdessem aulas de exercitação.

A estratégia que utilizarei na abordagem desta modalidade será, sobretudo, o trabalho individual e em vaga, utilizando diversas formas lúdicas competitivas, no sentido de tentar manter os alunos motivados ao máximo. É um facto que a corrida de velocidade é um pouco pobre, do ponto de vista lúdico e consequentemente motivacional para os alunos, devendo, então, a professora, tentar arranjar formas de motivar os alunos para esta modalidade e para isso irei utilizar o Modelo de Educação Desportiva em algumas aulas de modo a promover a competição entre equipas.

Inicialmente esta unidade didática estava planificada para 10 aulas mas devido à baixa prestação dos alunos surgiu a necessidade de passar para um total de 15 aulas. Grande maioria das aulas foi destinada para esta disciplina: velocidade/estafetas. A corrida de estafetas será abordada em 8 aulas. Inicialmente introduzirei a transmissão e receção do testemunho de uma forma lúdica e a par deste conteúdo a pega do testemunho. Ao mesmo tempo também será trabalhada a técnica de corrida, visto que a sua correta execução irá beneficiar esta disciplina. Cinco das aulas serão destinadas para o salto horizontal: triplo salto; três para o salto vertical: salto em altura e apenas duas para o lançamento de peso. A lecionação do lançamento do peso será feita em apenas duas aulas, onde pretendo que os alunos adquiram competências a nível da pega e deslizamento para que realizem o lançamento do peso, sendo assim, os conteúdos a abordar serão: a pega, deslizamento e por fim a o lançamento completo.

De referir que a distribuição das disciplinas ao longo do período teve como em atenção o corta-mato escolar que será realizar na penúltima semana de aulas. Sendo assim, inicialmente abordarei a corrida de velocidade e a par desta a corrida de estafetas devido à transferência de conteúdos, depois a resistência aeróbia e por fim, o salto em altura e o lançamento do peso.

A autonomia, cooperação e fair-play são três conceitos que serão trabalhados ao longo do da unidade didática. A par destes conceitos psico-sociais será trabalhado um aspeto essencial da higiene: o banho.

Quanto aos aspetos fisiológicos e condição física os valores apresentados têm como base todo o planeamento realizado para esta área.

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Alterações à unidade didática

Ao observar a evolução dos alunos ao longo das aulas, verifiquei que o processo não estava adequado à turma, ao nível das corridas de estafetas. Na aula onde pretendia consolidar os conteúdos referentes à transmissão do testemunho verifiquei que a grande maioria dos alunos ainda não tinha adquirido as competências referentes a estes conteúdos. Deste modo, proporcionei mais umas aulas destinadas apenas à corrida de estafetas. Consequentemente, teve alteração em toda a planificação.

No fim do primeiro período pude verificar que os objetivos traçados para o triplo salto, salto em altura e lançamento de peso foram cumpridos pela maioria dos alunos. A capacidade condicional tem de ser treinada nestas idades e ficou um pouco aquém das minhas expectativas. Necessitaria de mais aulas para desenvolver esta disciplina, um trabalho mais “rígido” para desenvolver com estes alunos, pois apesar de ser uma capacidade desenvolvida, em pouco tempo, durante todas as aulas senti que não tive aulas suficientes.

5. MÓDULO 5 – Definir os Objetivos

5.1 Objetivos específicos da cada disciplina

Ao nível das habilidades motoras

Velocidade Realiza partidas com diferentes estímulos e em diferentes posições; Reage rapidamente aos estímulos; Conhece a técnica da partida de blocos; Realiza a partida a quatro apoios; Coordena os membros superiores e os membros inferiores de uma forma dinâmica; Executa uma corrida com velocidade crescente até à meta; Realiza uma ação dos apoios no solo empurrando para a frente; Executa uma corrida com elevada frequência dos apoios, joelhos elevados, tronco na vertical e olhar dirigido para a frente. Reage rapidamente a um estímulo sonoro, percorrendo 40 metros.

Estafetas Familiariza com o testemunho; Realiza a transmissão a uma velocidade constante ou crescente (não abrandar); Realiza os sinais sonoros nos momentos adequados; Realiza a transmissão do testemunho com um movimento rápido de trás para a frente e de baixo para cima; Recebe o testemunho com olhar dirigido para a frente, membro superior para trás com a palma da mão voltada para o solo com um afastamento do polegar dos outros dedos; Realiza uma corrida de estafeta.

Triplo salto Sabe determinar o seu pé de chamada; Sabe aferir o comprimento da corrida de aproximação; Realiza a corrida de aproximação com 12 a 14 passos, com velocidade crescente e impulsão na zona de chamada com precisão; Realiza a chamada com extensão completa da perna de impulsão e elevação enérgica da coxa da perna livre projetando-a para a frente durante o voo;

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Adquire a noção de encadeamento sucessivo de diferentes impulsões/receções; Realiza um movimento circular com a perna de impulsão no hop; Eleva o joelho do membro inferior livre, no step; Realiza a técnica de voo da passada; Executa a queda a pés juntos na caixa de saltos. Salto em altura Sabe determinar o seu pé de chamada; Sabe aferir o comprimento da corrida de aproximação; Realiza a corrida de aproximação com 6 a 8 passos, com trajetória retilínea inicial e curvilínea final e impulsão na zona de chamada com precisão; Adquire a noção de ligação entre a corrida de aproximação e a impulsão. Realiza a chamada com extensão completa da perna de impulsão e elevação enérgica da coxa da perna livre projetando-a para a frente durante o voo; Realiza a técnica de transposição; Executa a queda de costas sobre a cintura escapular.

Lançamento do peso Familiariza com o peso; Realiza a pega formal do engenho; Lança o engenho a partir de um leque variado de posições; Lança o engenho a partir a posição estática (sem balanço); Adquire a noção extensão dos membros no final do movimento; Realiza a técnica de lançamento com deslizamento – O’ Brien; Resistência aeróbia Desenvolve a capacidade condicional – Resistência Aeróbia; Realiza em situações de corrida continua e de situações lúdicas, ações motoras globais de longa duração (acima dos oito minutos) com intensidade moderada a vigorosa, sem diminuição nítida da eficácia, controlando o esforço, resistindo à fadiga e recuperando com relativa rapidez após o esforço; Adquire a noção de ritmo, de esforço e de tempo. Realiza o teste de vaivém a um ritmo constante, sem parar realizando maior número possível de percursos de modo a situar-se na zona saudável do teste de Fitnessgram.

Ao nível da fisiologia treino e condição física

Desenvolve a capacidade condicional força, essencialmente do trem superior e inferior, vencendo, tendo em conta a disciplina que se está a abordar; Desenvolve a capacidade condicional flexibilidade, realizando exercícios referentes a cada modalidade, mantendo uma amplitude de execução ideal ao desenvolvimento destas; Desenvolve as capacidades coordenativas, valorizando essencialmente o ritmo, destreza, reação e diferenciação cinestésica.

Ao nível da cultura desportiva

Conhece a história das diferentes especialidades: quando e como surgiu a modalidade, assim como cada uma das especialidades; Conhece os objetivos de cada especialidade; Conhece o regulamento específico de cada modalidade: vozes de partida, transmissão do testemunho e lançamento do peso.

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Conhece e utilizar a terminologia específica de cada disciplina do atletismo: decúbito dorsal, decúbito ventral, posição vertical, skipping, griffé, transmissão ascendente, técnica O’Brien, vozes de partida. Conhece as diferentes capacidades condicionais e quais as atividades que as poderão desenvolver.

Ao nível dos conceitos psico-sociais

Desenvolve o fair-play nas atividades competitivas, agindo adequadamente perante a vitória ou a derrota; Respeita as instruções fornecidas pela professora, Respeita os colegas, ajudando-os e incentivando-os na melhoria das suas ações; Realiza as tarefas propostas pela professora com empenhamento, procurando melhorar a sua performance para alcançar o sucesso; Coopera com os companheiros nas diferentes atividades da aula.

6. MÓDULO 6 – Configuração da avaliação

6.1 Avaliação Diagnóstica

Na avaliação realizada no início da unidade didática utilizei os testes de condição física como avaliação. Deste modo, para a avaliação prognóstica foram utilizados o teste de Vaivém. O primeiro momento da avaliação foi realizado nos dias 22 e 27 de Setembro e caracteriza-se por ser de carácter quantitativo, possuindo apenas os resultados que obtiveram em cada prova. A interpretação (avaliação) dos resultados será feita através das tabelas de valores do Fitnessgram para a Zona Saudável da Aptidão Física

A área de extensão da Educação Física na aptidão Física será considerada como matéria, sendo avaliada com a seguinte ponderação:

Nível 1: com menos de dois testes na ZSAF Nível 2: com dois testes na ZSAF Nível 3: com três testes na ZSAF Nível 4: Com cinco testes na ZSAF Nível 5: com três testes com marcas ótimas na ZSAF e dois testes de Bom na ZSAF. Para além deste método na primeira aula de atletismo os alunos serão avaliados apenas em

relação à técnica de corrida, corrida de velocidade. Para cada um destes conteúdos foram definidos 2 critérios de avaliação: executa (E) e não executa (NE).

6.2 Avaliação Formativa

A avaliação formativa ocorrerá de uma forma natural e informal em todas as aulas, e o seu resultado será expresso na reflexão de cada aula. Baseando-me na observação direta dos alunos na realização dos exercícios, poderei analisar o processo, o que resultará num reajustamento (se necessário) do processo de ensino-aprendizagem. Assim saberei se os alunos estão a evoluir de uma forma positiva ou negativa. Caso este não esteja a correr de uma forma correta terei de o alterar para rumar aos objetivos estabelecidos.

6.3 Avaliação Sumativa

Este tipo de avaliação tem como principal objetivo o balanço final da unidade didática. É após a realização desta avaliação que poderei analisar se os objetivos inicialmente traçados foram, ou não,

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cumpridos. A avaliação sumativa será realizada após abordar cada uma das disciplinas do atletismo presentes

na unidade didática, sendo constituída por exercícios idênticos aos realizados nas aulas, permitindo observar os comportamentos dos alunos nos conteúdos abordados, de forma a aferir a sua progressão na aprendizagem e a consolidação dos conhecimentos. Deste modo, os alunos sentir-se-ão identificados com o exercício em causa, não havendo um comprometimento da execução correta. Para além desta avaliação prática existirá também uma teórica onde serão abordados os conhecimentos a nível dos aspetos técnicos de cada disciplina e a cultura desportiva do atletismo.

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6.3.1 Critérios de avaliação

Habilidades Motoras

Avaliação Diagnóstica

Técnica de corrida/corrida de velocidade/resistência

Data: 04/10/2011

A avaliação diagnóstica da modalidade de atletismo, será efetuada, tendo como critérios de análise: a técnica de corrida; corrida de velocidade e

corrida de resistência. Para cada um destes conteúdos foram definidos 2 critérios de avaliação: executa (E) e não executa (NE). Para esta aula é fundamental criar situações mais dinâmicas, interativas e lúdicas, que levem os alunos a trabalhar conteúdos que não são do seu agrado (como por exemplo a resistência, a corrida de velocidade e a velocidade de reação), de forma motivada. Para isso a minha intenção será aplicar o Modelo de Educação Desportiva.

CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO: E – Executa; NE - Não executa.

DP- Declaração dos pais; F – Faltou; FM – Falta de Matrial; AM – Atestado médico

Ano: 9º Turma: B

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10

11

12

13

14

15

16

17

18

19

20

Técnica de Corrida E

FM

FM

E E E

AM

E E E E

D P

F FM

E E E E E

FM

Corrida de Velocidade NE

E E NE

E E E NE

E E E E E

Resistência Aeróbia NE

E E NE

E E E NE

E E NE

E E

NOTA FINAL NE

E E NE

E E E NE

E E E E E

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Corrida de estafetas

Data: 06/10/2011

Ano: 9º Turma: B

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10

11

12

13

14

15

16

17

18

19

20

Transmissão do testemunho

Critérios de Êxito

Transmissor: - Transmite o testemunho num movimento rápido, com a extensão completa do braço portador

NE

NE

NE

E E NE

AM

NE

FM

NE

NE

DP

FM

NE

NE

E NE

NE

E NE

- Entrega o testemunho à mão contrária

E E NE

E E NE

E E E NE

E E E E E E

Recetor: - Coloca-se na pista de acordo com a mão recetora

NE

E E E E E E E NE

E E E E E E NE

- Inicia a corrida logo que o transmissor passa a marca

NE

NE

NE

NE

NE

NE

E E NE

NE

E E E E E NE

NOTA FINAL NE

E NE

E E NE

E E NE

NE

E E NE

E E NE

CRITÉRIOS: E – Executa; NE - Não executa.

DP- Declaração dos pais; F – Faltou; FM – Falta de Material; AM – Atestado médico;

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Avaliação Sumativa

Velocidade

Data: 03/11/2011

Esta disciplina vai ser avaliada com duas corridas de 40 metros, com partida baixa, sendo avaliada a nível quantitativo, onde se irão registar os tempos, e qualitativo, através dos seguintes parâmetros:

Tabela 9 - Critérios de avaliação para a partida de velocidade

Estafetas

Data: 03/11/2011

Tal como aconteceu na velocidade, na corrida de estafetas, serão realizadas duas corridas de estafetas, onde se avaliarão os seguintes parâmetros:

Tabela 10 - Critérios de avaliação de corrida de estafetas

Partida Níveis

Respeita os sinais de partida;

Adota a posição correta;

Reage rapidamente ao estímulo;

Coordena os MS com os MI;

Eleva a coxa até 90º em relação ao tronco;

Realiza movimento circular com os MI;

Realiza flexão dorsal do pé.

Nível 1 – não realiza nenhum dos parâmetros avaliados; Nível 2 – realiza 1/2 dos parâmetros avaliados; Nível 3 – realiza 3/4 dos parâmetros avaliados; Nível 4 – realiza 5/6 dos parâmetros avaliados; Nível 5 – realiza todos os parâmetros avaliados.

Estafeta Níveis

Quem parte com o testemunho realiza uma corrida com velocidade crescente;

Quem recebe o testemunho parte ao sinal sonoro realizado pelo aluno transmissor;

Estende o MS para trás com o polegar a apontar para baixo;

Recebe o testemunho sem olhar para trás;

Realiza a transmissão na zona de transmissão;

Entrega o testemunho na mão do colega, com um movimento de baixo para cima;

Procura manter a velocidade no ato da entrega.

Nível 1 – não realiza nenhum dos parâmetros avaliados; Nível 2 – realiza 1/2 dos parâmetros avaliados; Nível 3 – realiza 3/4 dos parâmetros avaliados; Nível 4 – realiza 5/6 dos parâmetros avaliados; Nível 5 – realiza todos os parâmetros avaliados.

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Triplo Salto

Data: 08/11/2011 (não foi possível realizar a avaliação neste dia e como tal passou para dia 17) Data: 17/11/2011

Na avaliação do triplo salto serão dadas duas tentativas. A avalização vai ser segundo os seguintes parâmetros:

Tabela 3 - Critérios de avaliação do triplo salto

Salto em Altura

Data: 17/11/2011

Tal como a avaliação do triplo salto serão dadas duas tentativas. A avalização vai ser segundo os seguintes parâmetros:

Tabela 4 - Critérios de avaliação do salto em altura

Triplo salto Níveis

Sabe marcar a corrida de aproximação;

Realiza a corrida com os joelhos altos, tronco na vertical e cabeça alta;

Realiza a corrida de aproximação com velocidade crescente;

Coloca energicamente o pé de chamada na tábua de chamada;

Circula com a perna livre no hop;

Eleva o joelho a 90º em relação ao tronco no step;

Mantém o tronco direito e o olhar dirigido para a frente durante o voo

Nível 1 – não realiza nenhum dos parâmetros avaliados; Nível 2 – realiza 1 ou 2 dos parâmetros avaliados; Nível 3 – realiza 3 ou 4 dos parâmetros avaliados; Nível 4 – realiza 5 ou 6 dos parâmetros avaliados; Nível 5 – realiza todos os parâmetros avaliados.

Salto em Altura Níveis

Realiza 4 a 8 passadas em aceleração progressiva, sendo as 3 e 5 em curva;

Realiza a corrida com os joelhos altos, tronco na vertical e cabeça alta;

Inclina o tronco ligeiramente à retaguarda nas 2 a 3 últimas passadas;

Realiza a chamada de forma enérgica com o apoio da planta do pé;

Fazer o movimento de extensão ativa das 3 articulações do MI de apoio (pé, joelho e MS);

Eleva o joelho a 90º da perna livre;

Lança os MI para cima e os ombros para trás, ao mesmo tempo que eleva a anca;

Controla a queda com a ajuda dos MS apoiando em 1.º lugar a cintura escapular.

Nível 1 – não realiza nenhum dos parâmetros avaliados; Nível 2 – realiza 1 ou 2 dos parâmetros avaliados; Nível 3 – realiza 3 ou 4 dos parâmetros avaliados; Nível 4 – realiza 5 ou 6 dos parâmetros avaliados; Nível 5 – realiza todos os parâmetros avaliados.

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Lançamento de peso

Data: 24/11/2011

No lançamento do peso serão permitidas duas tentativas onde se avaliará a componente técnica,

segundo os seguintes aspetos:

Tabela 13 - Critérios de avaliação do lançamento de peso

Cultura Desportiva

O aluno no final do período deverá realizar um teste que terá uma duração de 20 minutos. A sua estrutura será organizada da seguinte forma: preenchimento de espaços, verdadeiro e falso, preenchimento de legendas e perguntas com respostas curtas. A percentagem dos exames será atribuída de 0 a 100% com a seguinte forma:

Tabela 14 – Percentagem e nomenclatura

Na nota final desta unidade didática, a avaliação dos conhecimentos terá uma percentagem de 10%.

Técnica O´Brien Níveis

Segurar o peso corretamente na mão (em forma de concha);

Encostar o peso ao pescoço, debaixo da orelha e junto ao queixo, com o cotovelo afastado do corpo;

Lançador virado de costas para o local de queda, apoiando o peso do corpo sobre a perna do lado da mão que tem o peso;

Flexão do tronco e elevar a perna de trás;

Fazer flexão da perna de apoio;

Rodar o tronco no sentido do lançamento;

Empurrar o peso, para a frente e para cima;

Extensão do braço e do tronco;

Lançamento válido, se o engenho cair dentro da zona de queda.

Nível 1 – não realiza nenhum dos parâmetros avaliados; Nível 2 – realiza 1 ou 2 dos parâmetros avaliados; Nível 3 – realiza 3 ou 4 dos parâmetros avaliados; Nível 4 – realiza 5 ou 6 dos parâmetros avaliados; Nível 5 – realiza todos os parâmetros avaliados.

Nível Percentagem Nomenclatura

1 0 – 19% Fraco

2 20 – 49% Insuficiente

3 50 – 69% Suficiente

4 70 – 89% Bom

5 90 – 100% Muito Bom

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Conceitos Psicossociais

Relativamente aos conceitos psicossociais, ao longo das aulas serão registados os valores para esta unidade didática de acordo com: a assiduidade, pontualidade, material, higiene e comportamento. No fim desta unidade didática será atribuído o valor em função da contagem dos pontos positivos e/ou negativos de cada aluno e será atribuído um nível consoante os valores da presente unidade.

Assim, os alunos serão classificados numa escala de 5 níveis, mediante a presença ou não do valor referido. Na fórmula final de atribuição de nota para a presente unidade, os conceitos psico-sociais (“saber estar”) terão uma percentagem total de 30% de acordo com os critérios de avaliação definidos e já aprovados em pedagógico.

De acordo com os comportamentos que o aluno manifestar serão atribuídos os seguintes níveis:

Tabela 15 - Categorias classificativas - conceitos psicossociais

Nível Conceitos psicossociais

0 5 ou + Faltas

1 4 Faltas

2 3 Faltas

3 2 Faltas

4 1 Falta

5 0 Faltas

6.3.2Avaliação dos alunos impossibilitados da prática da atividade física

Os alunos que apresentem atestado médico ou declaração do Encarregado de Educação em como não podem realizar a aula, terão que fazer um relatório da aula que lhes será entregue pelo professor e o qual será alvo de avaliação

Os alunos que estão impossibilitados da prática de qualquer atividade física, serão avaliados essencialmente nos domínios sócio-afetivos e cognitivos, de acordo com as tarefas alternativas de apoio à aula propostas pelo professor: conhecimento das regras, colaboração com o professor sempre que for solicitada o seu auxilio, arrumação do material e testes escritos ou trabalhos de investigação.

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7.MÓDULO 7 – Progressões de ensino

Os exercícios que se seguem a seguir constituem progressões de aprendizagem para os diversos gestos técnicos, cabe à professora a tarefa de adaptar os exercícios correspondentes ao nível de desempenho dos seus alunos.

TÉCNICA DE CORRIDA

A técnica de corrida foi escolhida para primeira abordagem por considerar que constitui, ao nível das aprendizagens e adaptações no âmbito do atletismo, um meio de aquisição de determinadas sensações motoras fundamentais à aprendizagem de todos os outros gestos técnicos da modalidade. Conceitos, como correr alto e colocado, podem ser muito bem definidos com os exercícios que a técnica de corrida engloba no seu repertório. Com o intuito de proporcionar aos alunos um ensino de qualidade, os exercícios técnicos desempenham naturalmente uma importante decisão pedagógica.

Quando a abordagem inicial desta matéria é conduzida duma forma muito técnico-analítica ela assume-se, contrariamente àquilo que se pretende, como um somatório de momentos monótonos, pouco atrativos, que não deixam muitas saudades e que acrescentam muito pouco ao almanaque motor dos alunos.

Assim, a proposta para se abordar esta importante matéria, deve passar em primeiro lugar, por conquistar os alunos para esta atividade e, simultaneamente, despertando-os para a importância do domínio da técnica da corrida. Um outro ponto a dar atenção será a passagem por exercícios concretos e simbólicos para que o aluno seja capaz de compreender de forma intuitiva e vivencial que uma passada é composta por várias fases e momentos, aos quais correspondem movimentos e ações características.

Em algumas aulas irei aplicar o Modelo de Educação Desportiva, este processo será realizado com jogos lúdicos e atividades onde se desenvolva as diferentes fases do movimento, tendo como objetivo a corrida, salto ou lançamento oficial.

Exercícios propostos / Descrição

Skipping Baixo - Forma de progressão através do desenrolar do pé, em ação circular de pequena

amplitude. Skipping Médio - Forma de progressão em ação circular de média amplitude, com apoio ativo do

pé (em griffée). Skipping Alto - Forma de progressão em ação circular, com apoio ativo do pé (em griffée), com

subida das coxas até à horizontal. Skipping Atrás - Forma de progressão em ação circular, com predomínio das ações de balanço

atrás, com apoio ativo de griffée, com uma ligeira inclinação à frente do bloco. Movimento dos braços a 90º parado - Com pescoço, ombros e braços relaxados, realizar

movimentos dos braços, em pêndulo com eixo nos ombros, de modo que a mão da frente vá até à altura do queixo e a mão de trás até ao quadril.

Saltitar Simples - Forma de progressão com impulsão alternada de pernas, de modo que a receção no solo seja feita com a mesma perna que impulsionou, de imediato ajudada pela outra que irá realizar a impulsão seguinte.

Corrida Saltada - Forma de progressão em que, conservando a ação circular da corrida, se privilegia a componente amplitude.

Step’s - Forma de progressão através de uma sequência de saltos de um pé para o outro. Hop’s - Forma de progressão através de uma sequência de saltos sempre sobre a mesma perna. Do movimento de braços para o skipping baixo - Conservando a bacia alta, começar

progressivamente a sincronizar os braços com pernas, até ao skipping baixo.

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Do skipping baixo para o skipping alto - Passagem progressiva do skipping baixo para o alto com subida progressiva da coxa no balanço à frente até à horizontal.

Skipping Assimétrico (baixo ou médio + médio ou alto) - Forma de progressão em que enquanto uma das pernas está a fazer skipping baixo ou médio, a outra está a fazer skipping médio ou alto.

Skipping assimétrico (atrás + baixo) - Forma de progressão em que enquanto uma das pernas está a fazer skipping baixo a outra está a fazer skipping atrás.

Step + Hop - Forma de progressão através de uma sequência de saltos alternadamente sobre o mesmo pé e de um pé para o outro.

Skipping progressivo de baixo até à corrida - Passagem progressiva do skipping baixo para a corrida atrás duma subida progressiva da coxa até à horizontal, acompanhada dum aumento de amplitude. Importante manter sempre a bacia alta, o movimento circular das pernas e o apoio ativo do pé.

Corrida em velocidade progressiva - Forma de progressão em corrida com progressivo mas suave aumento de velocidade.

In-Out’s - Corrida alta, com bacia fixa e bem colocada, em descontração, com apoios ativos do pé, apoiando no solo apenas o seu terço anterior, alternando fases em aceleração (20m) com fases de descontração sem perda de velocidade.

Pretende-se que os alunos realizem os diferentes exercícios tendo em conta as seguintes componentes críticas:

Trabalho ativo dos membros superiores com um ângulo entre o braço e o antebraço de aproximadamente de 90º;

Durante o trabalho dos membros superiores a mão não ultrapassa a projeção horizontal da linha dos ombros;

Bacia “alta” e “colocada”;

Apoio realizado no terço anterior do pé;

Alinhamento vertical entre ombros – bacia – apoios;

Ação circular e dinâmica dos membros inferiores.

CORRIDA DE VELOCIDADE

A velocidade pode definir-se como o resultado entre a frequência e a amplitude dos movimentos segmentares corporais. Esta definição quase geométrica não é mais do que o ponto de partida para uma abordagem curiosa do ponto de vista pedagógico. Ao lecionar esta especialidade procuro sensibilizar a importância da técnica de corrida para que o aluno obtenha melhor performance e possa transferir para outras especialidades. A partida será trabalhada de forma analítica, enquanto que as diferentes fases da corrida serão abordadas através de formas lúdicas.

Exercícios propostos / Descrição

Antes da introdução à partida com blocos, propor vários tipos de partidas com posições e estímulos de partida diferenciados.

Posição de sentado e de costas viradas para o sentido da corrida, partida ao som do apito. Posição de 2 apoios (pés), partida ao término do som do apito.

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Posição de 3 apoios (pés e mãos), partida ao término do som do apito. Posição de 4 apoios (pés e mãos), partida ao término do som do apito. Posição idêntica à voz de “prontos”, partida ao som do apito. Partida de blocos respeitando as vozes regulamentares e respetivas posições.

Pretende-se que nos exercícios de técnica de corrida o aluno cumpra os pontos já descritos. Na execução dos exercícios posteriores pretende-se que o aluno cumpra os pontos e as seguintes

componentes críticas:

Procure o contacto rápido dos apoios com o solo;

Reaja rapidamente ao sinal de início dos exercícios;

Realize o exercício no menor tempo possível;

Realize o exercício com empenho, entusiasmo e competitividade;

Mantenha uma atitude crítica relativamente ao tempo e qualidade de execução dos colegas da turma.

Nos exercícios de técnica de partida as execuções dos alunos devem ser fundamentalmente orientadas para:

Reação rápida ao estímulo conhecido (velocidade de reação simples);

Colocação correta nos blocos de partida e de acordo com a voz de partida respetiva;

À voz de “aos seus lugares”, o pé de impulsão coloca-se no apoio mais avançado do bloco, o joelho contrário apoia no solo ao nível do calcanhar da perna de impulsão. As mãos são apoiadas pelos dedos, os membros superiores colocam-se paralelos e afastados à largura dos ombros;

À voz de “pronto”, o joelho deixa de estar apoiado no solo e a linha da bacia eleva-se até à linha dos ombros. O peso do corpo encontra-se sobre os membros superiores e o olhar dirige-se para alguns metros à frente. A concentração é neste momento importantíssima;

Ao tiro/apito dá-se uma ativa extensão da perna de impulsão e projeção do joelho da perna livre. A ação dos membros superiores é ativa e energética.

ESTAFETAS

As estafetas constituem uma prática coletiva num desporto individual como é o atletismo. A sua abordagem é uma ótima oportunidade de se desenvolver dentro da turma a vertente sócio-afetiva, na medida em que os exercícios propostos visam fundamentalmente o desenvolvimento do trabalho de equipa, em que até a prestação do elemento mais fraco é importante para que a equipa possa atingir determinado resultado.

Tendo em conta a ausência de vivências dos alunos nesta disciplina, devemos partir sempre do mais simples para o mais complexo; partir de ações e movimentos a velocidade reduzida, introduzindo gradualmente maior velocidade; partir de situações exploratórias para, em função das respostas dos alunos, propor, se necessário, exercícios de aprendizagem mais ou menos analíticos.

Exercícios propostos

Objetivo: Familiarização do aluno com o testemunho durante a corrida, como parte integrante do aquecimento específico.

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Corrida contínua, com divisão dos alunos por colunas, cada uma com um testemunho. A transmissão do testemunho é realizada sem referências teóricas e a circulação é feita nos dois sentidos.

Objetivo: Aplicação dos conhecimentos técnicos adquiridos na instrução sobre a transmissão do testemunho. Pega por baixo e por cima.

Parados – extensão do MS, após o sinal da professora, executar a transmissão, com a mão direita e com a esquerda.

Transmissão do testemunho em trote, com a mão direita e esquerda. As mesmas condições do exercício anterior, com corrida moderada. Transmissão por baixo ou por cima, com grupos de 4 elementos, recebendo alternadamente, num

espaço de 60m. Estafetas simples (Um – vai – outro – vem): neste exercício os alunos aguardam a chegada do

colega de equipa, só podendo partir quando contactarem com o testemunho:

Os alunos correm em corredores paralelos;

O “testemunho” é transportado sempre na mão direita, ou na mão esquerda consoante a colocação dos alunos;

Contrariamente à estafeta do atletismo, a transmissão do testemunho é da mão direita do transmissor para a mão direita do recetor ou vice-versa;

Providenciar um espaço de desaceleração;

O objeto a transmitir deve permitir a segurança dos alunos. Objetivo: Identificação de zonas de transmissão e balanço. Identificar marcas de referência para a inclinação do tronco à frente e saída do recetor. Inclinação, saída atempada e receção na zona.

Partida de pé antes da zona de transmissão e receção dentro da zona, após sinal sonoro e em corrida moderada. Aluno colocado na zona de balanço.

Aluno colocado na zona de balanço, inclina-se e parte após a aproximação do colega pela marca. Objetivo: Execução correta da transmissão face às características técnicas próprias e nas zonas pré-estabelecidas.

Alunos distribuídos por colunas. Transmitem o testemunho ao colega da frente e assim sucessivamente até este chegar ao primeiro da fila. Quem transmite desloca-se para o início da fila, para tornar a recebê-lo. Inicialmente, tendo em conta o estímulo visual, numa segunda fase, o estímulo passará a ser sonoro, sendo emitido pelo colega que transmite o testemunho. - Os alunos encontram-se parados - Os alunos deslocam-se a passo - Os alunos deslocam-se a trote Efetuar 3 vezes cada exercício, mais 1 percurso em estafeta. Professora coloca-se lateralmente em relação as colunas.

Estafeta de 4x50m. A turma está dividida em 2/4 grupos, executando sequencialmente uma transmissão em percurso definido, quem vence soma ponto. Ganha a equipa que somar maior número de pontos.

Pretende-se que no 1.º exercício os alunos levantem a questão de como é que na realidade se

executa a transmissão. Os exercícios seguintes são de resposta a essa questão e é importante que os alunos:

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Executem a corrida normal com a preocupação de entregar o testemunho com a técnica ascendente (embora já tenham o conhecimento teórico da técnica descendente);

Não deixam cair o testemunho durante a corrida;

Após a receção do testemunho com a mão direita, vão entregá-lo na mão esquerda do colega.

Aspetos técnicos e táticos para o aluno recetor:

Definir se vai receber parado ou em movimento

Definir se vai receber com a mão direita ou esquerda (nos exemplos apresentados é mais vantajoso receber com a mão esquerda e efetuar troca de mão, permitindo, assim, que os alunos corram sempre pelo trajeto mais interior). Segundo esta opção, todas as transmissões ocorrem da mão direita do transmissor para a mão esquerda do recetor.

De acordo com esta opção, o membro superior responsável pela receção do testemunho, deve permanecer em extensão ou quase e numa posição posterior, formando um ângulo de cerca de 45º com o tronco. Quanto à mão, a palma deve permanecer voltada para o solo, com o dedo afastado dos restantes 4 dedos;

Definir se há ou não contacto visual recetor – transmissor no momento de transmissão: - Nunca diminuir a velocidade de corrida durante a aproximação ao recetor; - Na aproximação e durante a transmissão, o transmissor deve correr na metade inferior ou exterior do corredor, consoante vá com o testemunho na mão direita ou esquerda.

RESISTÊNCIA

Objetivo: A este nível pretende-se que ao longo das diversas aulas, e após um ciclo de exercícios dirigidos para o desenvolvimento da resistência aeróbia e noção individual de ritmo, cada aluno saiba que para correr esta distância em equilíbrio de esforço, deve adotar uma determinada intensidade para a sua corrida e não outra.

Exercício 1

Para consolidar as noções de ritmo uniforme, de tempo e de espaço, podem ser utilizadas figuras

geométricas simples balizadas por sinalizadores de, por exemplo, 20 em 20 metros ou nos seus vértices. Com a ajuda de um apito, a professora vai condicionar os ritmos uniformes a utilizar pelos grupos (de início) colocados em cada sinalizador e, depois, pelos alunos individualmente.

A lógica de evolução passa por começar a suprimir alguns apitos e observar quais as equipas que não alteram o seu ritmo de corrida.

Numa fase mais avançada, em vez de ser o apito da professora a comandar a uniformidade do ritmo, designa-se um grupo líder, cujo ritmo vai ser imitado por todos os outros grupos. Assim, após colocados os grupos em cada sinalizador ou em cada vértice da figura geométrica escolhida, todos os grupos vão chegar ao sinalizador seguinte ao mesmo tempo que o grupo líder. (é essencial que, inicialmente, o grupo que lidera mantenha um ritmo uniforme).

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Exercício 2

Propor um tempo de corrida, por exemplo 3 minutos. Os alunos iniciam a corrida, apitando a

professora ao primeiro e ao segundo minuto; os alunos param quando pensarem que o último minuto terminou. Critério de vitória: aproximação em relação ao tempo de corrida proposto (3’) Variante: aquando da repetição do exercício, a professora apenas apita ao primeiro minuto; quando os alunos pensarem que se esgotou o segundo minuto dão um sinal à professora; quando acharem que se esgotaram os três minutos param. Critério de vitória: aproximação em relação ao tempo intermédio (2’) e ao tempo final de corrida (3’). Variante: aquando da repetição do exercício, a professora apenas apita ao primeiro minuto, parando os alunos quando acharem que se esgotaram os 3 minutos. Critério de vitória: aproximação em relação ao tempo de corrida proposto (3’). Variante: aquando da repetição do exercício optar pela sua realização num outro espaço fechado ou aberto. Exercício 3

Propor um tempo de corrida. Repetir duas ou três vezes em aulas consecutivas, na tentativa de

consolidar a noção de tempo. Depois, condicionar (reduzir ou aumentar) de forma significativa o espaço de corrida (metade de um campo de basquetebol ou um espaço aberto) e cada grupo e, posteriormente, cada aluno vai tentar correr, sem qualquer referência, durante esse tempo. Critério de vitória: aproximação em relação ao tempo de corrida proposto. Variante: aquando da repetição do exercício num espaço fechado ou aberto, antes do final do tempo, parar a corrida e perguntar o tempo que entretanto decorreu.

Exercício 4

Turma dividida em equipas; após nomear um capitão, cada grupo de alunos executa, em ritmo fácil e uniforme, determinado percurso fixo, sendo o tempo registado para cada equipa. Após um período de descanso ou na aula seguinte, repetir o mesmo percurso procurando executá-lo em ritmo fácil e uniforme e num tempo igual ao anterior. Critério de vitória para a primeira execução: utilização de um ritmo uniforme e a manutenção do grupo reunido durante todo o percurso. Critério de vitória para a segunda execução: aproximar-se o mais possível do tempo inicial e manter o grupo sempre reunido ao longo de todo o exercício. Variante 1: pedir, para todas as equipas, o mesmo circuito para mais ou para menos 5, 10, 20 segundos.

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Exercício 5

Propor um tempo de corrida (por exemplo 3’) a cumprir em ritmo fácil e uniforme e em grupo. Durante esse tempo a professora regista o número de voltas e metros realizados por cada grupo de alunos ao circuito proposto. Repetir o exercício e cada grupo de alunos vai tentar cumprir o espaço percorrido durante os mesmos 3 minutos. (reproduzir um espaço num tempo próprio). Variante 1: pedir para, em 6’, realizar exatamente o dobro da distância realizada em 3’ Variante 2: realizar, no mesmo tempo de corrida (3’), mais ou menos 100 metros, ou mais ou menos 200 metros. Variante 2: pedir o mesmo circuito, mas agora a cada equipa individualmente será pedida a realização de um tempo diferente das outras equipas. (cada equipa terá de correr, em função do ritmo que adotou inicialmente, para menos ou para mais 10, 15, 20 segundos, consoante o desafio colocado pela professora). NOTA: Em todas estas atividades devemos fomentar a noção de grupo e mesmo de cooperação. Assim, e como critério de vitória, além daqueles já enunciados, devemos valorizar positivamente aquelas equipas que chegam agrupadas com todos os seus elementos. Isto envolve a valorização do desempenho em equipa, fomenta o espírito de grupo, a entreajuda, o respeito pelos elementos menos capacitados

TRIPLO SALTO

O triplo-salto é considerado uma sucessão de movimentos coordenados para conseguir realizar três saltos, com chamada a um pé e o mais longe possível. O primeiro salto é a pé coxinho, o segundo é um salto na passada e o terceiro um salto engrupado para a areia. Por isso, são fatores importantes nesta atividade desportiva a velocidade e a agilidade para a manutenção e equilíbrio do corpo, o sentido de ritmo, a força de salto e flexibilidade suficiente para suportar as sucessivas subidas nos três saltos.

Exercícios propostos

Saltos à corda. Turma dividida em 4 colunas de 5 elementos. Cada equipa encontra-se frente a

frente. Ao sinal, o primeiro aluno de cada equipa desloca-se a saltar à corda até ao seu colega de equipa. Assim que chegar entrega a corda na mão do seu colega e volta para o final dessa fila. Vence a equipa que realizar o maior número de percursos.

Jogo do Lago: Turma dividida em 4 equipas. Dentro de um espaço delimitado (quadrado de 10x10m) encontram-se diversas formas espalhadas aleatoriamente, simulando um “lago” com pedras. Em cada margem do “lago”, encontra-se uma equipa que terá de transpor o mesmo, deslocando-se sobre as pedras segundo as indicações prévias da professora. O “lago” só poderá ser transposto: a) Pisando apenas 4 quadrados b) Pisando apenas 4 círculos c) Pisando alternadamente circulo – quadrado d) Pisando o menor número de tapetes

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Alunos divididos em 4 colunas, distribuídos frente a frente. Os alunos realizam o menor nº de saltos até chegar ao outro lado. Ao chegar devem permanecer nesse lado, devendo sair o aluno que se encontra no início da fila.

Variantes: - Hops com o pé direito; - Hops com o pé esquerdo; - 5 Hops D + 5 Hops E; - 3 Hops D + 3 Hops E; - Steps.

Duas equipas. Num percurso de 18m, os alunos realizam 5m de corrida, 6m de coxinhos, mais 5m de corrida até contornar um cone. Contornado o cone realizam a mesma sequência no caminho inverso. O 2º elemento sai apenas quando o primeiro contornar o cone, e assim sucessivamente. Ganha a equipa que acabar primeiro as estafetas.

Jogo de combinações: Partindo da posição parado efetua saltos alternados do tipo Hop, com saltos do tipo Step (que é a estrutura rítmica do Triplo-Salto) tentando chegar o mais longe possível. Após o salto o aluno coloca-se no corredor seguinte do seu lado direito.

Alunos divididos em 4 equipas, dispostos lado a lado. Os alunos, em fila, realizam o movimento de impulsão. Após contornar o cone realizam corrida para o final da sua equipa. O 2.º elemento sai apenas quando o primeiro contornar o cone, e assim sucessivamente.

Variantes: - Parado em cima dos tapetes – HOP e STEP; - A caminhar realizando a receção no tapete; - Em corrida realizando a receção nos tapetes; - O mesmo percurso, os alunos realizam de corrida, coxinhos (Hop,Step,Jump), mais corrida até contornar um cone.

Alunos divididos em 4 equipas, dispostos pelos vértices de um quadrado (vértice 1, vértice 2, vértice 3 e vértice 4). Cada equipa possui alunos numerados de 1 a 5. Ao sinal, sai o primeiro aluno de cada equipa e realiza a sequência existente, respeitando as marcações no solo, após este se deslocar na diagonal e terminal a sua sequência desloca-se para o final dessa fila e saem, de seguida, os seguintes alunos das outras equipas com esse mesmo número.

Sequências: 1-Step e Jump: Sequência 1: D-E-D, seguida de receção; E-D-E, seguida de receção; 2-Hop e Jump: Sequência 2: D-D, seguida de receção; E-E, seguida de receção; 3-Duplo Hop e receção: Sequência 3: E-E-E ou D-D-D, seguida de receção; 4-Encadeamento do 2º e 3º saltos Sequência 4: E-D, e D-E, seguida de receção; 5-Desenvolver o triplo salto completo Sequência 5: D-D-E ou E-E-D.

Alunos são distribuídos pelas 2 pistas existentes, escolhendo o corredor que prefere para o salto de acordo com a distância da tábua de chamada e colocação dos apoios. O aluno deve ajustar a

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sua corrida preparatória +/- 15 metros, no sentido de colocar o apoio correto (pé de impulsão) junto da tábua de chamada.

Variantes:

Realizar Triplo-Salto com CP curtas (4/6 apoios) e gradualmente mais amplas (8/10 apoios) e finalmente com CP completa 12/14 apoios.

Competição: Turma dividida em equipas. Cada elemento efetua dois saltos pontuados, escolhendo o corredor que prefere para o salto de acordo com a distância da tábua de chamada. A pontuação é verificada com fita métrica, efetuando medição do salto real e do salto legal. Pretende-se que os alunos cumpram as seguintes componentes críticas:

Cumprimento dos critérios de êxito da técnica de corrida na execução da corrida de balanço;

Coordenação da corrida de balanço com a impulsão para o salto;

Impulsão ativa com transformação da velocidade horizontal em velocidade horizontal e vertical;

Executar o salto de forma contínua e ritmada.

SALTO EM ALTURA

Desenvolve a técnica Fosbury Flop para salto em altura, em 3 e 5 apoios, trabalhando a estrutura da sua corrida preparatória, a ação da força centrípeta.

Para tal utilizarei os seguintes exercícios:

Exercícios propostos

Flexibilidade

Os alunos, colocados á frente da professora, realizam vários exercícios de flexibilidade: 1-“Mataborrão” 2- Deitados de barriga para baixo, elevar o tronco e manter as palmas das mãos assentes no solo; 3-Deitados de barriga para baixo, elevar os MS e os MI, manter em alinhamento com ombros; 4-De seguida, elevar o mais alto possível os MS e MI com 20 repetições de intensidade rápida;

Jogo do Limbo

Duas equipas realizam a competição. Coloca-se a fasquia do limbo a uma determinada altura, cada equipa irá tentar passar por baixo a essa altura. Cada aluno terá uma oportunidade para a execução da tarefa. Ganha a equipa que conseguir passar a fasquia em menor altura e obtiver a maior pontuação sem derrubar a fasquia. As restantes equipas trocam de funções.

Elemento de Flexibilidade - Ponte

Duas equipas realizam a posição de ponte no colchão. Ajuda: A professora coloca-se atrás do/a aluno/a que se deita e apoia as mãos junto ou sobre os pés da professora. O/A aluno/a executa a Ponte e a professora força-lhe lentamente os ombros puxando para si. Pé de impulsão

Com os alunos alinhados, a professora provoca um pequeno desequilíbrio para a frente. O pé que o aluno apoiar primeiramente corresponderá ao seu pé de impulsão. Cada aluno coloca uma marca (fita) no tornozelo do pé de impulsão.

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Equipas realizam salto de impulsão. Cada aluno realiza corrida seguido de impulsão com elevação da perna livre procurando chegar a um ponto, que seja o mais alto possível na parede com as costas das mãos. Os alunos verificam a sua marca e procuram melhorar. A partir daqui definir pé de impulsão. Assinala-se ponto por cada salto. Ganha a equipa que atingir maior altura. Cada aluno terá direito a 1 tentativa, as zonas estarão marcadas com pontuação de 1 a 3.

Queda dorsal para o colchão:

Partir da posição de pé, criar desequilíbrios atrás, com queda dorsal sobre o colchão. a) À medida que a familiarização vai ocorrendo introduz-se o salto a um pé, com forte intervenção

dos segmentos livres e queda dorsal. Aumento gradual da corrida com execução da técnica de Fosbury Flop completa.

Turma dividida pelas 4 colunas de 5 alunos. Alunos dispostos em fila realizam os seguintes exercícios até ao sinalizador:

- 3 apoios apenas; - 5 apoios apenas; - 3 apoios: E–D–E, com elevação do joelho da perna livre no final e extensão dos MS, atingir o ponto mais alto. - 5 apoios: E-D-E-D-E, com elevação do joelho da perna livre no final e extensão dos MS, atingir o ponto mais alto.

Marcação da Corrida Preparatória (CP): Realizar uma corrida de experimentação, podendo ou não executar o salto, para que seguidamente seja possível definir o início de corrida e o local de chamada (colocam uma marca própria). Realizar 2 corridas de experimentação para efetuar ajustes no comprimento da corrida e da amplitude da curva.

“Mini Olimpíadas” - Organização das equipas. Os alunos realizam uma competição por equipas procurando ultrapassar o elástico, não o deformando. Duas das equipas realizam os saltos alternadamente, uma equipa fica como marcador de pontos e a outra como juíz de partida e responsável por colocar o elástico corretamente. Torneio realizado por equipas no qual os alunos têm de transpor três alturas diferentes (1,20m; 1,40m; 1,60m). Ganha a equipa que conseguir mais e melhores resultados.

Pretende-se que os alunos cumpram as seguintes componentes críticas:

Eleva bem o joelho livre;

Mantém o equilíbrio na corrida em curva;

Eleva bem o tronco, mantendo-o em extensão;

Eleva simultaneamente o MI livre e o MS do mesmo lado;

Eleva bem a bacia;

Empurra com os pés tentando estender completamente os MI;

Ultrapassa o elástico com sucesso (não deformar);

Curvar o corpo para passar a fasquia e cair sobre as omoplatas.

LANÇAMENTO DE PESO

Iniciando com a familiarização do engenho até atingir o lançamento global. Para tal utilizarei os seguintes exercícios:

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Exercícios propostos

Pega do engenho

Realizar exercícios de manipulação do peso, através de exercícios que promova a circulação do engenho pelas mãos; Realizar lançamentos com diferentes engenhos e em diferentes posições; Exercitar a pega e colocação do engenho junto ao pescoço: através de exercícios analíticos os alunos aprendem a colocar o engenho junto ao pescoço.

Trabalhando em grupos de 5 elementos, os alunos ficam de pé, em forma de círculo. Devem estar

todos equilibrados sobre a mesma perna. De seguida lançam a bola entre si sem deixar cair a bola ao chão, tentando manter o equilíbrio e realizando a contagem em voz alta.

Variantes: 1-Lançamento com bola normal; 2-Lançamento dom engenho. Limitação: Proibido passar ao aluno que nos enviou a bola. Atribuição de pontos ao número de passagens efetuadas em tempo determinado. Técnica de lançamento

Realizar o lançamento parado: de uma forma progressiva lançar inicialmente de frente para o local de queda do engenho e na posição lateral para o local de queda do engenho; Realizar o lançamento com deslocamento: inicialmente realizar a partir de uma posição lateral para o local de queda do engenho, realizando passo cruzado, depois partindo e uma posição lateral para o local de queda do engenho, realizando passo caçado (duplo apoio) e partindo de uma posição de costas para o local de queda do engenho, realizando duplo apoio.

1ª Etapa: Pega do engenho e regras de segurança. 2ª Etapa: Desenvolve a força explosiva e melhorar a fase de lançamento: 1-Lançamento (frontal e dorsal) com a bola medicional (ligação entre o movimento das pernas com o do tronco e braços, ao mesmo tempo que se enfatiza a importância da extensão completa do corpo na parte final do lançamento). 3ª Etapa: Desenvolve a velocidade de execução: 1 - Lançamentos (de frente) e com 1 passo a partir da área de lançamentos . 2 – Lançamentos (lateral) da posição de força 3 – Deslizamento 4ª Etapa: Lançamentos da técnica O’Brien 1-TÉCNICA COMPLETA.

Competição: Os alunos encontram-se divididos por equipas. O jogo inicia-se com um lançamento efetuado por um dos jogadores de cada equipa na mesma direção. Quando o último jogador lançar, define-se a distância que a equipa alcançou, no somatório dos ensaios de todos os elementos da equipa. Sagra-se vencedora a equipa que consiga atingir uma maior distância. Pretende-se que os alunos cumpram as seguintes componentes críticas:

Sustenta e não agarra;

Mão em concha, unidos mas relaxados;

Encosta o engenho ao pescoço por baixo da mandíbula;

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Adota uma posição com os MI semi-fletidos, com peso do corpo no MI mais atrasado e com um avanço do MI contra lateral ao MS que vai realizar o lançamento;

Executa uma extensão dos MI coordenando a transferência do peso do MI mais recuado para o mais avançado;

Bloqueia a parte esquerda, caso o lançamento seja feito com o MS direito.

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BIBLIOGRAFIA

Rolim, R.; Garcia, R. (2011). O atletismo em idades Pré-Pubertárias. Sebenta de Didática do

Desporto – Atletismo. Faculdade de Desporto – Universidade de Porto.

Rolim, R.; Garcia, R. (2011). O atletismo em idades Púberes e Pós-Púberes. Sebenta de Didática

do Desporto – Atletismo. Faculdade de Desporto – Universidade de Porto.

Batista, P.; Rêgo, L.; Azevedo, A. (2011): Em Movimento – 3ºciclo do Ensino Básico 7º/8º/9º Ano. Edições Asa (2.ª Edição)

Batista, P.; Rêgo, L.; Azevedo, A. (2011): Em Movimento – Guia Prático. 3ºciclo do Ensino Básico 7º/8º/9º Anos. Edições Asa (2.ª Edição).

Costa, M. e Costa, A. (2006). Educação Física 7º/ 8º /9º. Porto: Areal Editores (1.ª Edição).

Bento, J. O.; Planeamento e Avaliação em Educação Física. Livros horizonte.

Costa, J. D.(2004): Jogo Limpo. Porto Editora

Pais, S.; Romão, P. (2004): Educação Física – 1ª Parte 7.º/8.º/9.º anos. Porto Editora

Ribeiro, L. (1994). Avaliação da Aprendizagem. Texto Editora

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ANEXOS

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TESTE – 1º PERÍODO

ESCOLA EB 2/3 JÚLIO DINIS 9.ºB

Teste de Avaliação de Educação Física

Nome: _______________________________________________________________________________________

Professora: ________________________________________ Avaliação:__________________________________

Antes de responderes, lê atentamente o enunciado das questões.

BOM TRABALHO!

1. Completa as frases com os termos corretos: Alemanha / força do trem superior / 1890 / adversária / ponto / resistência aeróbia / jogo / força do trem inferior / menos / coletivo / 1823 / mais.

a. O Andebol surgiu _____ _______________________ no ano de ___________________________

b. O Andebol é considerado um desporto __________________________________________________

c. Quando realizamos flexões estamos a trabalhar a _________________________________________

d. O objetivo do jogo, no Andebol, é marcar golo na baliza ____________________________________

e evitar que a outra equipa faça o mesmo, no cumprimento do regulamento. Ganha _________________

a equipa que marca _________________ golos.

e. Quando realizamos uma corrida contínua durante 10 minutos estamos a desenvolver a ___________

________________________________________________________________________________ .

2. Das afirmações que se seguem, indica as verdadeiras (V) e as faltas (F):

a. O testemunho é entregue entre o início da zona de balanço e o final da zona de transmissão _______

b. Uma equipa de estafetas é composta por 4 elementos que devem passar o testemunho entre si, dentro das zonas respetivas, sem nunca o atirar para o colega que recebe ______________________________

c. Nas corridas de velocidade cada atleta pode realizar 2 falsas partidas, sendo desclassificado à terceira.

d. Numa corrida de estafetas o atleta que realiza a partida é o mesmo que chega à meta.____________

e. Na corrida de resistência aeróbia deves adequar o ritmo de corrida à distância a percorrer _________

f. No Andebol posso dar 2 passos com a bola na mão _______________________________________

g. O drible realizado com as 2 mãos ao mesmo tempo é considerado falta pessoal. ________________

h. No Andebol, quando realizo drible, devo parar para observar o jogo e caso não tenha nenhuma linha de passe devo recomeçar o drible em direção à baliza adversária ____________________________________

i. Na corrida de velocidade, a partida é feita com a ajuda dos “blocos de partida”. __________________

j. Numa corrida de velocidade, o atleta parte ao sinal de “prontos”. _____________________________

k. No Andebol cada equipa é composta por 7 jogadores em campo mais 7 jogadores suplentes. Os jogadores suplentes __________________________________

l. Os 40m planos e o Corta-Mato são provas de Velocidade ___________________________________

m. Numa corrida de estafetas, uma equipa é constituída por 4 elementos, que devem percorrer trajetos desiguais. ________________________________________________________________________ _________

n. Na corrida de estafetas, uma equipa pode ser eliminada sempre que a passagem do testemunho é feita dentro da zona de transmissão.

o. Os 60 m são uma corrida de Velocidade. ________________________________________________

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3. Completa a legenda:

1- ________________________________ 2- ________________________________ 3- ________________________________ 4- ________________________________ 5- ________________________________ 6- ________________________________ 7- ________________________________ 8- ________________________________ 9- ________________________________

4. Responde às seguintes questões:

a. Indica 2 componentes críticas da Posição Base Defensiva - Andebol.

____________________________________________________________________________________

____________________________________________________________________________________

b. Indica as 4 fases do Salto em Altura - Atletismo.

____________________________________________________________________________________

____________________________________________________________________________________

c. Refere as 4 fases do Lançamento do Peso - Atletismo.

____________________________________________________________________________________

____________________________________________________________________________________

d. Indica 2 regras de segurança no Lançamento do Peso - Atletismo.

____________________________________________________________________________________

____________________________________________________________________________________

5. Observa as figuras:

a. Indica as zonas da corrida de estafeta

A: __________________________________________________________________________________

B: __________________________________________________________________________________

b. Indica os exercícios, que capacidade condicional e que zona do corpo humano trabalha

C: _________________________ D: ________________________ E: _________________________

_________________________ ________________________ ________________________

7

8

9

6

1

2

5

4

3

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ESCOLA EB 2/3 JÚLIO DINIS 9.ºB

CORREÇÃO

Teste de Avaliação de Educação Física

Nome: _______________________________________________________________________________________

Professora: ________________________________________ Avaliação:__________________________________

Antes de responderes, lê atentamente o enunciado das questões.

BOM TRABALHO!

6. Completa as frases com os termos corretos: Alemanha / força do trem superior / 1890 / adversária / ponto / resistência aeróbia / jogo / força do trem inferior / menos / coletivo / 1823 / mais.

a. O Andebol surgiu Alemanha no ano de 1890

b. O Andebol é considerado um desporto coletivo

c. Quando realizamos flexões estamos a trabalhar a força do trem superior

d. O objetivo do jogo, no Andebol, é marcar golo na baliza adversária

e evitar que a outra equipa faça o mesmo, no cumprimento do regulamento. Ganha jogo

a equipa que marca mais golos.

e. Quando realizamos uma corrida contínua durante 10 minutos estamos a desenvolver a resistência aeróbia

7. Das afirmações que se seguem, indica as verdadeiras (V) e as faltas (F):

a. O testemunho é entregue entre o início da zona de balanço e o final da zona de transmissão F

b. Uma equipa de estafetas é composta por 4 elementos que devem passar o testemunho entre si, dentro das zonas respetivas, sem nunca o atirar para o colega que recebe V

c. Nas corridas de velocidade cada atleta pode realizar 2 falsas partidas, sendo desclassificado à terceira. F

d. Numa corrida de estafetas o atleta que realiza a partida é o mesmo que chega à meta. F

e. Na corrida de resistência aeróbia deves adequar o ritmo de corrida à distância a percorrer. V

f. No Andebol posso dar 2 passos com a bola na mão. V

g. O drible realizado com as 2 mãos ao mesmo tempo é considerado falta pessoal. V

h. No Andebol, quando realizo drible, devo parar para observar o jogo e caso não tenha nenhuma linha de passe devo recomeçar o drible em direção à baliza adversária. F

i. Na corrida de velocidade, a partida é feita com a ajuda dos “blocos de partida”. V

j. Numa corrida de velocidade, o atleta parte ao sinal de “prontos”. F

k. No Andebol cada equipa é composta por 7 jogadores em campo mais 7 jogadores suplentes. V

l. Os 40m planos e o Corta-Mato são provas de Velocidade. F

m. Numa corrida de estafetas, uma equipa é constituída por 4 elementos, que devem percorrer trajetos desiguais. V

n. Na corrida de estafetas, uma equipa pode ser eliminada sempre que a passagem do testemunho é feita dentro da zona de transmissão. F

o. Os 60 m são uma corrida de Velocidade. V

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8. Completa a legenda:

1-Linha central 2-Linha lateral 3-Linha de saída de baliza 4-Linha de área de baliza (6 m) 5-Linha de lançamento livre (9 m) 6-Linha de baliza 7-Linha restritiva do guarda-redes 8-Linha de 7 metros 9-Zona de substituição 9. Responde às seguintes questões:

a. Indica 2 componentes críticas da Posição Base Defensiva - Andebol.

Ligeira flexão das pernas com pés à largura dos ombros; Mãos bem abertas à altura do peito. b. Indica as 4 fases do Salto em Altura - Atletismo.

Corrida de Balanço – Chamada (impulsão) – Transposição - Queda

c. Refere as 4 fases do Lançamento do Peso - Atletismo.

Preparação – Deslizamento – Arremesso (Lançamento) - Recuperação

d. Indica 2 regras de segurança no Lançamento do Peso - Atletismo.

Material guardado num local seguro; Lançar apenas com indicação da professora

10. Observa as figuras:

a. Indica as zonas da corrida de estafeta

A: Zona de Aceleração (balanço)

B: Zona da Transmissão

b. Indica os exercícios, que capacidade condicional e que zona do corpo humano trabalha

C: Dorsal/Lombares D: Extensões/Flexões Braços E: Abdominais

Capacidade – Força Capacidade – Força Capacidade - Força

7

8

9

6

1

2

5

4

3