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MEC - Voleibol ÍNDICE INTRODUÇÃO............................................................................................................................... 3 I – FASE DE ANÁLISE .................................................................................................................. 4 1. MÓDULO 1 – ANÁLISE DA MODALIDADE DESPORTIVA ................................................ 4 1.1 Cultura Desportiva ......................................................................................................... 8 1.2 Habilidades motoras .................................................................................................... 17 1.3 Fisiologia do treino e condição física ........................................................................... 22 1.4 Conceitos Psicossociais .............................................................................................. 24 2. MÓDULO 2 – ANÁLISE DAS CONDIÇÕES E DE APRENDIZAGEM ............................... 25 2.1 Recursos humanos ...................................................................................................... 25 2.2 Disciplina ..................................................................................................................... 25 2.3 Recursos temporais ..................................................................................................... 25 2.4 Recursos materiais e espaço ...................................................................................... 25 2.5 Aspetos de segurança ................................................................................................. 26 2.6 Rotinas ........................................................................................................................ 26 3. MÓDULO 3 – ANÁLISE DOS ALUNOS ............................................................................ 27 3.1 Estrutura da turma ....................................................................................................... 27 3.2 Avaliação Prognóstica de Voleibol ............................................................................. 27 II – FASE DE DECISÕES ............................................................................................................ 29 4. MÓDULO 4 – DETERMINAR A EXTENSÃO E A SEQUÊNCIA DOS CONTEÚDOS ....... 29 4.1 Apresentação da Unidade Didática ............................................................................. 29 4.2 Justificação da Unidade Didática ................................................................................. 31 5. MÓDULO 5 – DEFINIR OS OBJETIVOS .......................................................................... 33 5.1 Habilidades Motoras .................................................................................................... 34 5.2 Cultura desportiva ...................................................................................................... 35 5.3 Fisiologia e Condição Física ........................................................................................ 35 5.4 Conceitos Psicossociais .............................................................................................. 36 6. MÓDULO 6 – CONFIGURAÇÃO DA AVALIAÇÃO............................................................ 36 6.1 Avaliação Prognóstica ................................................................................................. 36 6.2 Avaliação Formativa .................................................................................................... 36 6.3 Avaliação Sumativa ..................................................................................................... 36 6.4 Critérios de Avaliação .................................................................................................. 37 III – FASE DE APLICAÇÃO ......................................................................................................... 40 7. MÓDULO 7 – PROGRESSÕES DE ENSINO.................................................................... 40 BIBLIOGRAFIA ............................................................................................................................ 48

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MEC - Voleibol

ÍNDICE

INTRODUÇÃO ............................................................................................................................... 3

I – FASE DE ANÁLISE .................................................................................................................. 4 1. MÓDULO 1 – ANÁLISE DA MODALIDADE DESPORTIVA ................................................ 4

1.1 Cultura Desportiva ......................................................................................................... 8 1.2 Habilidades motoras .................................................................................................... 17 1.3 Fisiologia do treino e condição física ........................................................................... 22 1.4 Conceitos Psicossociais .............................................................................................. 24 2. MÓDULO 2 – ANÁLISE DAS CONDIÇÕES E DE APRENDIZAGEM ............................... 25 2.1 Recursos humanos ...................................................................................................... 25 2.2 Disciplina ..................................................................................................................... 25 2.3 Recursos temporais ..................................................................................................... 25 2.4 Recursos materiais e espaço ...................................................................................... 25 2.5 Aspetos de segurança ................................................................................................. 26 2.6 Rotinas ........................................................................................................................ 26 3. MÓDULO 3 – ANÁLISE DOS ALUNOS ............................................................................ 27 3.1 Estrutura da turma ....................................................................................................... 27 3.2 Avaliação Prognóstica de Voleibol ............................................................................. 27

II – FASE DE DECISÕES ............................................................................................................ 29 4. MÓDULO 4 – DETERMINAR A EXTENSÃO E A SEQUÊNCIA DOS CONTEÚDOS ....... 29 4.1 Apresentação da Unidade Didática ............................................................................. 29 4.2 Justificação da Unidade Didática ................................................................................. 31 5. MÓDULO 5 – DEFINIR OS OBJETIVOS .......................................................................... 33 5.1 Habilidades Motoras .................................................................................................... 34 5.2 Cultura desportiva ...................................................................................................... 35 5.3 Fisiologia e Condição Física ........................................................................................ 35 5.4 Conceitos Psicossociais .............................................................................................. 36 6. MÓDULO 6 – CONFIGURAÇÃO DA AVALIAÇÃO ............................................................ 36 6.1 Avaliação Prognóstica ................................................................................................. 36 6.2 Avaliação Formativa .................................................................................................... 36 6.3 Avaliação Sumativa ..................................................................................................... 36 6.4 Critérios de Avaliação .................................................................................................. 37

III – FASE DE APLICAÇÃO ......................................................................................................... 40 7. MÓDULO 7 – PROGRESSÕES DE ENSINO.................................................................... 40

BIBLIOGRAFIA ............................................................................................................................ 48

MEC - Voleibol

INTRODUÇÃO

No âmbito do Estágio Pedagógico do 2.º ano de Mestrado de Ensino da Educação Física, da Faculdade de Desporto da Universidade do Porto, no ano letivo de 2011/2012, foi elaborado este planeamento, relativo à modalidade de Voleibol.

Neste documento pretende-se que estejam presentes, diretrizes de orientação que funcionem como guião da prática, bem como documentadas todas as etapas do processo ensino-aprendizagem por mim preconizado, tendo em conta a especificidade característica da turma 9.ºB da Escola EB 2/3 Júlio Dinis. Constitui-se um instrumento de trabalho que permitirá um ensino mais eficaz, e tem por base o Modelo de Estrutura de Conhecimentos (MEC), que divide-se em três fases: análise, decisões, e aplicação.

Referente à Fase de Análise, apresenta-se no módulo 1 a Estrutura do Conhecimento referente à modalidade em questão, fazendo referência apenas aos conteúdos que prevêem-se serem abordados e possíveis de abordar, tendo em conta o planeamento anual já efetuado pela escola, e as análises posteriores do envolvimento (módulo 2) e dos alunos (módulo 3), sem no entanto descurar a globalidade da disciplina e estar contextualizado com o livro da disciplina que é o meio mais próximo ao alcance dos alunos para estarem sintonizados com os saberes transmitidos nas aulas.

Na Fase de Decisões, determina-se a extensão e a sequência dos conteúdos (módulo 4), bem como a sua justificação na base das análises anteriores, nomeadamente nas avaliações prognósticas. Só assim estou pronta para estabelecer objetivos, que são metas que pretendo que os alunos atinjam (módulo 5), com a prática da modalidade. Para verificar o alcance desses objetivos, tenho que proceder, no decorrer do processo, a avaliações constantes, pelo que configurarei o modo como decorrerão essas avaliações no módulo 6.

Na fase da Aplicação, apresenta-se progressões de ensino (módulo 7), um conjunto de exercícios, meios, que podem ajudar a atingir os objetivos propostos. É também nesta fase que procederei à realização do planeamento das aulas, sua reflexão. Estão em jogo muitas variáveis que se inter-relacionam e obrigam a uma tomada de decisões constante, no sentido de adaptar o processo o melhor possível às necessidades de cada aluno.

O papel da reflexão, que tem de estar sempre presente, em todas as fases do processo, como a única forma de dar sentido à prática e de a tornar eficaz e competente, o meu objetivo diário, para que também possa potenciar alunos desportivamente cultos e sobretudo ativos.

MEC - Voleibol

1.MÓDULO 1: ANÁLISE DA MODALIDADE DESPORTIVA

Estrutura do Conhecimento

Estrutura do Modelo de Conhecimento - Voleibol

Cultura Desportiva Habilidades Motoras Fisiologia do Treino Conceitos Psicossociais

História do Voleibol Caracterização da

modalidade

Origem e evolução

Voleibol em Portugal

Terminologia

Identificação

Objetivo

Regulamento Terreno de jogo

Início e recomeço de jogo

Rede

N.º Jogadores/Posição/Rotação

Duração e interrupção de jogo

Sistema de pontuação

Substituições

Faltas e incorreções

Funções específicas

MEC - Voleibol

Habilidades Motoras

Habilidades Motoras

Cultura Desportiva

Fisiologia do Treino Conceitos Psicossociais

Estrutura do Modelo de Conhecimento - Voleibol

Ações Técnicas Ações Táticas

Posição Base

Deslocamentos

Passe de frente

Manchete

Remate

Formas de jogo reduzidas 2X2

Ocupação do espaço

Comunicação verbal

Regras

Posições no jogo

Serviço por Cima

Serviço por Baixo

MEC - Voleibol

Fisiologia do Treino e Condição Física

Fisiologia do Treino

Cultura Desportiva

Habilidades Motoras

Conceitos Psicossociais

Estrutura do Modelo de Conhecimento - Voleibol

Ativação Geral Retorno à Calma

Capacidades Motoras

Capacidades Condicionais Capacidades Coordenativas

Resistência

Força

Velocidade

Flexibilidade

Orientação Espacial

Equilíbrio

Diferenciação Cinestésica

Reação

Ritmo

MEC - Voleibol

Conceitos Psicossociais

Conceitos Psicossociais

Cultura Desportiva

Habilidades Motoras

Fisiologia do Treino

Empenho

Estrutura do Modelo de Conhecimento - Voleibol

Respeito

Autonomia e responsabilidade

Cooperação

MEC - Voleibol

1.1 Cultura Desportiva

História do Voleibol

Origem e evolução da modalidade

O Voleibol foi criado em 1895 por William Morgan, diretor de Educação Física no Colégio de Holioke, no Estado de Massachussets, nos Estados Unidos da América, e ao qual chamou primeiramente Mintonette.

Procurando encontrar um jogo que não fosse tão fatigante e competitivo como o Basquetebol, ou que não colocasse tantos problemas de material e de ocupação de espaço como o ténis, William Morgan, tentou criar uma atividade de carácter mais recreativo, que se adaptasse aos seus alunos e aos homens de Massachussets que frequentavam os seus cursos, e que simultaneamente exigisse sempre um grande esforço e uma movimentação variada.

Na sua mente permaneceu sempre a ideia de uma rede a dividir o espaço de jogo. A ideia era a de um jogo que deveria ser jogado num recinto retangular, entre duas equipas separadas por uma rede, mantendo uma bola em movimento, até que esta tocasse no solo, ou fosse batida para além dos limites do campo.

Era um jogo que poderia ser jogado em recintos cobertos ou ao ar livre, por um qualquer número de jogadores, que não precisavam de material para bater a bola, pois poderiam fazê-lo com as próprias mãos.

A dificuldade estava em arranjar uma bola de tamanho grande e de pouco peso, que se adaptasse ao tipo de jogo que havia idealizado.

Colocou a rede a uma altura ligeiramente superior à estatura de um homem, adaptou as medidas do terreno de jogo e experimentou diversos tipos de bolas até que a firma A.G. Spalding & Bross fabricou uma que o satisfez. Era uma bola de couro, com câmara-de-ar em borracha, com uma circunferência entre 63,5 e 68,6 centímetros e com peso entre 252 e 336 gramas. A primeira demonstração pública deste jogo foi realizada em 1896 no Colégio de Springfield, durante uma conferência de diretores de Educação Física do Y.M.C.A. (Young Man Christian Association).

Morgan apresentou duas equipas formadas por 5 jogadores, num campo de 15,35 metros de comprimento por 7,625 de largura e com a rede colocada a uma altura de 1,98 m.

Durante a exibição, que a todos entusiasmou, o professor Alfred Halstead sugeriu a mudança de nome para Voleibol que na sua opinião era mais adaptado ao jogo e com a qual Morgan concordou.

Estavam assim lançadas as bases de um jogo que, sofrendo variadas e profundas alterações, em breve se iria expandir e popularizar por todo o mundo.

Voleibol em Portugal

O Voleibol foi introduzido em Portugal pelas tropas norte-americanas que estiveram estacionadas na Ilha dos Açores durante a 1ª Grande Guerra Mundial. O Eng.º António Cavaco, natural de S. Miguel, teve um papel preponderante na divulgação do Voleibol quando veio para Lisboa cursar engenharia, nomeadamente nas Escolas Superiores e Faculdades, com mais incidência na Associação de Estudantes do Instituto Superior Técnico, equipa que dominaria a modalidade até aos anos sessenta.

A Associação Cristã da Mocidade (A.C.M.), ramo português do Y.M.C.A., teve igualmente uma ação relevante na difusão do voleibol em Portugal e a ela se deve a publicação do primeiro

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livro de regras, bem como a sua contribuição para a fundação da Associação de Voleibol de Lisboa, que seria fundada em 28 de Dezembro de 1938, presidida por José Morgado Rosa.

O primeiro Clube a ser oficialmente filiado foi o Campolide Atlético Clube, juntamente com a Associação Cristã da Mocidade, Belenenses, Sporting, Técnico, Benfica, Clube Internacional de Futebol, A.A. Instituto Comercial, A.A. Faculdade de Direito, Associação de Alunos do Monte Estoril e outros.

O primeiro torneio oficial e o primeiro Campeonato de Lisboa foram organizados pela Associação de Voleibol de Lisboa em 1939/40 e tiveram como vencedora a equipa da A.E.I.S. Técnico.

Em 31 de Março de 1942 o Clube Fluvial Portuense, Estrela e Vigorosa, Associação Académica de Espinho, Clube Portuense de Desportos, Vilanovense Futebol Clube e Sport Clube do Porto fundaram a Associação de Voleibol do Porto.

O primeiro jogo Porto-Lisboa, realizou-se em 23 de Junho de 1946, cabendo a vitória a Lisboa por 2-0.

A Federação Portuguesa de Voleibol nasceu no dia 7 de Abril de 1947 em Lisboa, sendo presidida por Guilherme Sousa Martins. A F.P.V. seria uma das fundadoras da Federação Internacional de Voleibol.

O primeiro Campeonato Nacional de Seniores Masculino disputou-se em 1946/47, tendo como vencedor a A.E.I.S. Técnico. A prova feminina apenas começou em 1959/60, com a equipa do S.C. Espinho a sagrar-se campeã nacional.

A estreia da seleção portuguesa em provas internacionais deu-se no Campeonato da Europa de 1948 em Roma, acabando a prova em quarto lugar. Para além de Portugal estiveram presentes a França, Holanda, Itália, Bélgica e Checoslováquia. Três anos mais tarde a seleção portuguesa participou no 3º Campeonato da Europa, em Praga, obtendo o 7º lugar.

A F.P.V. organizou em 1979 a Fase Final do Campeonato Europeu de Juniores culminando uma aposta mais intensa na formação dos jovens. Entretanto as seleções seniores masculina e feminina começam a participar na Taça da Primavera (Spring Cup), tornando-se a prova como barómetro de referência e comparação do nosso voleibol.

Em 1993 realiza-se o primeiro Campeonato Nacional de Duplas Masculinas e Femininas em Voleibol de Praia, tendo como campeões as duplas Miguel Maia / João Brenha e Cristina Pereira / José Schuller. No ano seguinte, Espinho recebe uma etapa do Circuito Europeu de Voleibol de Praia, sendo ganha pela dupla Maia / Brenha.

No ano pré-olímpico de 1995 realizaram-se em Portugal duas etapas da World Series of Beach Volley sendo um sucesso em termos de público. Foi também o ano em que a dupla portuguesa masculina se qualificou para os Jogos Olímpicos de Atlanta. A dupla feminina, apesar de não conseguir qualificar-se para os Jogos Olímpicos, foi quinta classificada no final do Europeu, ganhando a etapa disputada na Grécia.

Em 1996 Portugal organizou a Poule de Qualificação Olímpica para os Jogos de Atlanta-96, com a presença das seguintes seleções: Bulgária, Canadá e Venezuela. Portugal obteve o 2º lugar, atrás da Bulgária, vencendo as Seleções Nacionais do Canadá e Venezuela.

A Seleção Nacional de Beach Volley, constituída pela dupla Miguel Maia / João Brenha, participou nos Jogos Olímpicos de Atlanta, obtendo um brilhante 4º lugar, que se repercutiu a nível nacional, por uma grande projeção do voleibol nos mass-media.

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Caracterização da Modalidade

Identificação da modalidade O Voleibol é um jogo desportivo coletivo, sendo praticado por duas equipas de seis

elementos, separadas por uma rede. Atualmente vêm conhecendo um grande incremento os torneios de Voleibol de Praia, em que se defrontam equipas de dois jogadores, sem suplentes, num espaço próprio dos areais de inúmeras praias do Mundo.

Objetivo O objetivo do jogo é enviar a bola por cima da rede, respeitando as regras e fazendo-a

tocar no solo do campo adversário (ação ofensiva) e impedir que a bola toque no seu próprio campo (ação defensiva).

Esta modalidade é praticada num campo retangular de dezoito metros de comprimento e nove metros de largura, dividido a meio. Está delimitado por duas linhas laterais e duas de fundo. O terreno de jogo deverá estar rodeado por uma zona livre de pelo menos três metros e de um espaço mínimo, livre de obstáculos, com um mínimo de sete metros a partir do solo.

A duração de jogo, nesta modalidade, depende da frequência dos pontos e da duração das jogadas. No Voleibol não há empates. Os jogos são disputados, na generalidade, num máximo de cinco sets, vencendo a equipa que ganhar primeiro três deles.

Regulamento

Terreno de Jogo A área de jogo é constituída por um terreno retangular de 18x9 metros e por uma zona

livre com um mínimo de 3 metros de largura em todos os lados. O terreno de jogo é delimitado pelas linhas laterais e de fundo, existindo ainda a linha central que divide o campo em dois quadrados com 9x 9 metros e as linhas de ataque, em cada campo, a 3 metros da linha central.

Ilustração 1 – Campo de Voleibol: zonas e linhas de jogo

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Zona de Ataque A zona de ataque situa-se entre a linha de ataque e a linha central. Considera-se esta

zona prolongada até ao limite do campo. Zona de Serviço A zona de serviço tem 9 metros de largura e situa-se para além da linha de fundo.

Lateralmente é delimitada por duas pequenas linhas de 15 cm de comprimento, no prolongamento das linhas laterais.

Zona de Substituição A zona onde se efetuam as substituições é delimitada pelo prolongamento das linhas de

ataque.

Rede A rede de malha branca quadrada preta e com uma banda superior branca é colocada

sobre a linha central a uma altura de 2,43 metros para o sexo masculino e 2,24 para o sexo feminino, medida a partir da parte superior da rede.

As varetas servem para delimitar lateralmente o espaço de passagem da bola. Estão colocadas na rede, no prolongamento vertical das linhas laterais e são constituídas por fibra de vidro ou outro material flexível.

Ilustração 2 – Campo de Voleibol: rede

Bola fora / Reposição em Jogo

A bola é considerada fora de jogo, quando contacta o solo ou toca em qualquer objeto (varetas, postes, teto) ou pessoas (treinadores, suplentes, árbitros) fora dos limites do campo. As linhas que delimitam o campo fazem parte deste. Se a bola cair dentro do campo adversário, a equipa que a conseguiu colocar ganha um ponto e tem direito a servir.

Duração e interrupção do Jogo O jogo de Voleibol não tem uma duração limitada. A duração dos intervalos entre sets é de

três minutos e nos jogos da categoria de sénior, em cada um dos quatro primeiros parciais, existem dois tempos técnicos de um minuto de duração, aos 8 e 16 pontos. Cada equipa tem direito a pedir um máximo de dois tempos mortos de 30 segundo cada por set.

Sistema de Pontuação

Um jogo é ganho pela equipa que vencer 3 sets. Em cada jogada é ganho um ponto (sistema de ponto por jogada). Quando a equipa que recebe ganha a jogada, ganha um ponto e o direito a servir. Um set é ganho pela equipa que chega primeiro aos 25 pontos, com a

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diferença mínima de 2 pontos. Em caso de igualdade de sets o último parcial é disputado até aos 15 pontos com a diferença mínima de 2 pontos.

Número de Jogadores O Voleibol é um jogo desportivo coletivo praticado por duas equipas, cada uma composta

por seis jogadores efetivos e, no máximo, seis suplentes, podendo um destes desempenhar a função de “líbero”.

O “Libero” Cada equipa pode ter, entre os jogadores inscritos no boletim de jogo, um jogador que

desempenhe a função de “libero”. Este jogador, que está equipado com uma camisola de cor diferente dos restantes colegas, pode entrar e sair do jogo sem autorização dos árbitros, no intervalo entre duas jogadas, para ocupar uma posição defensiva (zona 5, 6 e1). O jogador “libero” não pode atacar nenhuma bola acima do bordo superior da rede, mesmo na zona defensiva, e não pode distribuir em passe de dedos dentro da zona de ataque. É obrigado a sair (troca) quando a rotação implica a sua passagem para a zona de ataque (zona 4).

Posição dos Jogadores São definidas zonas do campo que correspondem à posição

de cada jogador no momento do serviço. Assim, da direita para a esquerda os jogadores do ataque,

que são os da frente, ocupam as posições 2, 3 e 4 e os da defesa ocupam as posições 1, 6 e 5.

É importante não esquecer que esta definição de zonas, no momento do serviço, é relativa, uma vez que por exemplo, cada defesa só terá que estar atrás do atacante colocado à sua frente.

Após o batimento da bola no serviço os jogadores podem deslocar-se livremente.

Rotação dos Jogadores

Quando a equipa que recebe ganha o direito ao serviço, os jogadores efetuam uma rotação, deslocando-se no sentido dos ponteiros do relógio.

Ilustração 4 - Sistema de rotação dos jogadores

Substituições

São permitidas seis substituições por equipa e por set. O ato de substituição só pode ocorrer com o jogo parado e com autorização prévia da equipa de arbitragem. O jogador só pode entrar no terreno de jogo após saída do jogador a substituir. Só é permitida uma vez por set a reentrada para o lugar do colega que o substitui.

Faltas de incorreções

A bola deve ressaltar claramente do corpo, principalmente nos gestos de ataque. Cada equipa pode dar, no máximo, 3 toques, excetuando o toque do bloco que não conta para este número. O jogador que toca a bola no bloco pode dar aquele que é considerado o primeiro toque da equipa. A bola pode tocar em qualquer parte do corpo em todos os gestos técnicos,

Ilustração 3 - Posição dos jogadores no campo

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excetuando o serviço. O serviço tem de ser efetuado atrás da linha final, no espaço compreendido entre o

prolongamento das linhas laterais. A bola pode tocar no bordo superior da rede, desde que transponha o espaço entre as

varetas e passe para o campo do adversário sem tocar em nenhum jogador da equipa que serve.

Quando um jogador está a executar o serviço, os restantes colegas e adversários têm de estar dentro do campo na ordem correta de rotação.

Nenhum jogador pode tocar na rede durante a ação de intercetar a bola. O jogador que executa o bloqueio pode invadir espaço contrário por cima da rede, depois do terceiro toque da equipa adversária ou sempre que algum jogador executa um ataque. A linha central divisória pode ser pisada, mas nunca ultrapassada. Os jogadores defesas (posição 5, 6 e 1) só podem atacar a bola acima do bordo superior da rede, desde que o último apoio seja feito antes da linha de ataque.

Funções específicas e constituição da equipa de arbitragem: O jogo é dirigido por uma equipa de arbitragem. O primeiro árbitro apita sempre para

iniciar o serviço. O primeiro e o segundo árbitro apitam para parar uma jogada, assinalando por meio de gestos oficiais a natureza da falta, o jogador faltoso e a equipa que vai servir. No entanto o primeiro árbitro tem autoridade sobre toda a equipa de arbitragem e auxiliares, bem como sobre os membros das equipas. As suas decisões são irrevogáveis.

Ao primeiro árbitro compete aplicar a qualquer membro da equipa as sanções mais adequadas, tais como:

Por conduta antidesportiva:

- Advertência, por conduta antidesportiva; - Penalização, por conduta grosseira (manifestação de desprezo). Esta sanção penaliza a equipa com perda da jogada.

O jogador que repetir a mesma atitude deve ser expulso, não podendo jogar o resto do “set”.

A desqualificação de um jogador ocorre quando se verifique tentativa ou mesmo agressão física, devendo o infrator deixar imediatamente a área de jogo para o resto do encontro.

O juiz de linha, a pedido do primeiro árbitro, deve assinalar: - A bola “fora”; - A bola “dentro”; - A bola tocada pela equipa que recebe; - As bolas que passam a rede, por fora do espaço de passagem (entre as varetas), e a falta com o pé no serviço (calcar a linha de fundo ou fora da zona de serviço). Também o marcador faz parte da equipa de arbitragem: é responsável pelo

preenchimento do boletim de jogo, em colaboração com o segundo árbitro; controla a ordem de rotação e regista os pontos marcados. A ordem de rotação é determinada pela formação inicial de cada equipa.

Substituições Em cada set, cada equipa pode realizar seis substituições, sendo que um jogador da

formação inicial só pode ser substituído uma vez e se reentrar em campo tem de ocupar o lugar daquele que o substituiu.

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Relativamente ao líbero, este pode substituir qualquer jogador da defesa e as suas substituições não contam para o número limite, no entanto é obrigado a sair do terreno de jogo, quando a rotação implica a sua passagem para a zona de ataque.

Sistema de Pontuação Uma equipa conquista um ponto, sempre que conseguir que a bola toque no solo do

campo da equipa adversária, sempre que esta cometa falta ou envie a bola para fora do terreno de jogo.

Desta forma a equipa ganha a jogada, o ponto e o direito a servir. - Vence um set a equipa que primeiro totalizar 25 pontos, sendo no entanto obrigatória uma diferença mínima de dois pontos. - Um jogo é ganho pela equipa que primeiro conquistar três sets. - Se existir uma igualdade a dois sets, o quinto set será disputado até aos quinze pontos, acabando sempre com uma diferença mínima de dois pontos. Duração O jogo de Voleibol não tem duração limitada. Os intervalos entre sets duram três

minutos. Tempos Mortos Um tempo morto corresponde a uma interrupção de jogo, com 30 segundos de duração,

geralmente com o objetivo de analisar o processo de jogo. Em cada set, cada equipa tem direito a pedir dois tempos mortos. Existem ainda dois tempos técnicos em cada um dos sets, aos oito e aos dezasseis

pontos, com um minuto de duração cada.

Início e Recomeço do Jogo Antes do início do jogo, o árbitro realiza o sorteio com os dois capitães de equipa. O

vencedor pode escolher entre serviço/receção ou campo A/campo B em que vão começar a jogar.

A equipa que escolheu ou que ficou com o serviço inicia o jogo, após o apito do árbitro. No início do segundo parcial, as equipas trocam de campo e a que o recebeu no

primeiro set inicia o jogo. Nos restantes parciais, as equipas voltam a alternar, com exceção do quinto set, onde se

realiza novo sorteio e as equipas trocam de campo aos 8 pontos. Bola Fora / Bola Dentro A bola é considerada fora de jogo quando cai no chão ou quando toca em qualquer

objeto (varetas, postes, teto) ou pessoas (suplentes, treinadores, árbitros) fora dos limites do campo.

Se cair dentro (o que inclui as linhas limite) do campo adversário a equipa que o conseguiu ganha um ponto e tem o direito a servir.

Se uma equipa for sancionada com bola fora, a equipa adversária ganha um ponto e tem o direito a servir.

Faltas e Incorreções

Toques na Bola Cada equipa pode dar três toques na bola, intencionais ou não, embora o mesmo

jogador não o possa fazer duas vezes consecutivas. Os toques efetuados pelo bloco não contam

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para este efeito. A bola pode ser tocada por qualquer parte do corpo, desde que não seja agarrada ou lançada, exceto no serviço.

O primeiro toque na bola é o único onde é permitido dar dois toques ou transportar a bola, desde que aconteçam na mesma ação. Nos restantes toques, a bola deve ressaltar claramente do corpo, principalmente nos gestos de ataque.

Serviço O serviço tem de ser executado atrás da linha final, no espaço compreendido entre o

prolongamento das linhas laterais. A bola tem de ser lançada previamente e batida com qualquer parte de um membro superior.

A bola pode tocar no bordo superior da rede no serviço, desde que transponha o espaço entre as varetas e passe para o campo adversário sem tocar em nenhum jogador da equipa que serve.

Quando um jogador está a executar o serviço, os restantes colegas e adversários têm de estar dentro do campo na ordem correta de rotação.

No momento do serviço não é permitido executar cortina, isto é, impedir os adversários de ver o servidor ou a trajetória da bola, exceto de forma estática.

Toque na Rede Nenhum jogador pode tocar na rede ou vareta durante a ação de intercetar a bola. O blocador pode invadir o espaço contrário por cima da rede, depois do terceiro toque da

equipa adversária ou sempre que algum jogador execute um ataque. A linha central divisória pode ser pisada, mas nunca ultrapassada. Os jogadores defesas (posições 5, 6 e 1) só podem atacar a bola acima do bordo

superior da rede, desde que o último apoio seja feito antes da linha de ataque.

Restrições do Ataque Todos os jogadores podem efetuar ações de ataque, exceto o líbero e os defesas que

estão limitados a iniciar o ataque na sua zona, exceto quando a bola se encontre a uma altura inferior ao topo da rede.

Sanções Disciplinares

Atitude Sanção disciplinar atribuída

Se um jogador cometer uma falta de natureza antidesportiva, por exemplo, discordar da decisão do árbitro.

Advertência – O árbitro exibe o cartão amarelo. Não há perda de ponto ou serviço.

Se o jogador cometer o mesmo tipo de falta pela segunda vez.

Penalização – O árbitro exibe o cartão vermelho. O adversário ganha um ponto ou o serviço.

Se o jogador cometer o mesmo tipo de falta pela terceira vez ou se manifestar de forma grosseira.

Desqualificação – O árbitro exibe simultaneamente os cartões vermelho e amarelo, um em cada mão. O jogador deixa o campo durante aquele set.

Se um jogador tiver uma conduta injuriosa ou cometer uma agressão.

Expulsão – O árbitro exibe simultaneamente os cartões vermelho e amarelo, na mesma mão. O jogador abandona definitivamente o recinto de jogo.

Tabela 1 – Sanções Disciplinares

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Sinalética da Arbitragem

Ilustração 5 – Sinalética de arbitragem

Terminologia

Relativamente a este ponto, a disciplina de Educação Física apresenta alguma

terminologia, que lhe é específica, tais como:

Os nomes técnicos dos movimentos humanos (flexão, extensão, entre outros termos)

A terminologia relativa às capacidades motoras trabalhadas e as respetivas posições em que se realizam os exercícios.

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1.2 Habilidades Motoras

Ações Técnicas

POSIÇÃO BASE

Componentes críticas

- A posição fundamental no Voleibol deve permitir um rápido deslocamento em todas as direções - Pés ligeiramente afastados, aproximadamente à largura dos ombros, com um mais adiantado segundo a posição no campo (pé exterior mais avançado); - Membros Inferiores (MI) semi-fletidos; tronco ligeiramente inclinado à frente; Membros Superiores (MS) semi-fletidos e relaxados.

Erros comuns

Pés paralelos; Extensão dos membros inferiores; Membros superiores descontraídos.

DESLOCAMENTOS

Componentes críticas

- A posição do corpo é idêntica à posição base - Deslocar-se enquanto a bola está no ar; - Executar os deslocamentos de uma forma rápida e controlada, parando em equilíbrio; - Utilizar o “passo caçado” realizado através de um deslizamento dos apoios, sem que se cruzem, nem que se elevem do solo. - Dirigir o olhar para a bola; - Colocar o corpo atrás da bola; - Parar antes do contacto com a bola; Podem ser utilizados da seguinte forma: frontais (para a frente), laterais (direita/ esquerda) e à retaguarda (para trás). Nos frontais ou à retaguarda é utilizado o passe caçado (o pé mais avançado mantém-se sempre à frente), em distâncias curtas, e a corrida nas distâncias maiores.

Erros comuns

- Cruzar os apoios;

- Levantar os apoios dos solos;

- Não adotar a posição básica.

PASSE DE FRENTE

Componentes críticas

A técnica de Passe tem duas dimensões, tendo em conta a posição dos apoios em relação ao solo no momento do toque de bola: o passe em apoio e o passe em suspensão. Cada dimensão tem algumas variantes: costas, frente, lateral, tendo em conta as trajetórias de reenvio da bola e a posição do corpo nesse momento. - Colocado atrás e por baixo da bola - Fletir os MI; - Colocar um dos apoios mais adiantado em relação ao outro; - Inclinar o tronco ligeiramente para a frente;

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- Os MS devem estar semi-fletidos com os cotovelos afastados, mas não em demasia; - Os ombros e pés devem estar orientados para o local em que se pretende colocar a bola - O toque de bola realiza-se por cima da testa, com as mãos abertas e em forma de concha, em que os dedos polegares e os indicadores formam um triângulo. O contacto com a bola deve ser realizado apenas com as pontas dos dedos. Após o contacto com a bola deve ser executada uma extensão dos MI, tronco, MS e mãos para cima e para a frente.

Erros comuns

- Ausência do movimento de extensão/flexão da mão. - Má orientação das mãos/dedos. - Cotovelos demasiado afastados ou fechados. - Ausência do movimento de extensão dos MI.

MANCHETE

Componentes críticas

A manchete é o gesto técnico mais utilizado quer na receção do serviço, quer na receção ao ataque. Para realizar corretamente este gesto técnico o jogador após ter chegado ao local apropriado através de um bom deslocamento, deve colocar-se da seguinte forma: - MI fletidos e afastados, aproximadamente à largura dos ombros: - Assumir uma posição equilibrada, estando o peso do corpo sobre a parte dianteira dos pés; - Orientar os pés e os ombros para a direção pretendida; - Os MS devem estar totalmente estendidos, com as mãos unidas, uma em cima da outra. No momento do contacto com a bola, inicia-se uma extensão de todos os segmentos do corpo, empurrando a bola para o distribuidor, numa trajetória alta, a bola deve ser batida na zona dos antebraços.

Erros comuns

- Pega ineficaz. - MS fletidos no batimento da bola. - Superfície de contacto nos pulsos. - Flexão dos antebraços. - Insuficiente elevação dos ombros. - MS ultrapassarem o plano dos ombros após o contacto. Ausência de extensão dos MI.

SERVIÇO POR BAIXO

Componentes críticas

O serviço “é o ato de pôr a bola em jogo pelo defesa direito, colocado na zona de serviço” (livro oficial de regras da FPV), batendo-a com uma mão ou com o braço. O serviço pode ser classificado de diferentes formas, das quais selecionámos a altura relativamente à cabeça a que a bola é jogada: por cima ou por baixo. - Ombros de frente para a rede; - Pés separados à largura dos ombros; - MI fletidos; - O tronco inclinado à frente; - O MI do MS batedor atrasada. - A mão que segura a bola deve estar colocada à frente do MS batedor, - MS batedor funciona como um pêndulo. Bate-se na bola na sua parte inferior, com a mão aberta ou com a mão fechada e o MS estendido.

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Erros comuns

- Fletir o MS; - Oscilar o MS para um dos lados; - Apoios trocados; - Não elevar o MS atrás (apenas o movimento necessário); - Rotação do punho aquando do movimento; - Lançamento da bola para a frente o que desequilibra o jogador; O batimento da bola é efetuado perto do corpo, com uma flexão do cotovelo e envio da bola numa trajetória tão vertical que não passa a rede.

SERVIÇO POR CIMA

Componentes críticas

- Colocar o corpo de forma equilibrada, com o pé contrário à mão que serve avançado; - Segurar a bola com a mão livre; - Lançar a bola ao ar, para cima e para a frente da mão que bate; - Fletir o MS que vai bater a bola seguido da extensão do cotovelo; mão aberta, com os dedos afastados no batimento; - Bater a bola à frente e acima do nível da cabeça, mantendo o MS estendido.

Erros comuns

- Corpo não colocado frontalmente à rede; - Lançamento da bola demasiado alta e/ ou não realizado num plano vertical; - O movimento do MS de batimento não é realizado de trás para a frente mas sim lateralmente; - Mão relaxada; - Batimento com o MS fletido.

REMATE

Componentes críticas

Gesto técnico finalizador de uma fase ofensiva com o objetivo claro de fazer contactar a bola com o solo do campo adversário numa trajetória descendente ou fazer a equipa contrária incorrer em erros de controlo de bola. - Iniciar a corrida de aproximação quando a bola atinge o ponto mais alto da sua trajetória ascendente; - Executar dois passos na corrida de aproximação, sendo o último realizado a dois tempos (chamada) de forma a travares e subires; - Fazer o último apoio no solo com o pé contrário ao membro superior dominante (que executa o remate); - Durante a impulsão, elevar os dois MS à retaguarda; - Estender o MS esquerdo;

- Deslocar o MS atacante para cima e para a frente, batendo a bola acima e à frente da cabeça (avançar o respetivo ombro); o pulso exerce uma ação final sobre a bola; - Bater a bola com a mão firme e contacta-la com a maior superfície da mão; Amortecer e controlar a queda, contactando o solo com a parte anterior dos pés e com os MI ligeiramente fletidos.

Erros comuns

- Contacto na bola com a mão fechada; - MS fletido aquando do batimento; - Empurrar a bola em vez de efetuar o batimento; - Inclinação do tronco atrás.

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Ações Táticas

O modo como uma equipa coloca problemas ao adversário e a maneira como este se

organiza e adapta para tentar encontrar a resposta mais adequada constituem uma relação fundamental em voleibol. Cada jogador tem que conhecer as tarefas individuais e coletivas a desempenhar ao longo do jogo, de modo a integrar-se na ação da equipa e a responder eficazmente a todas as situações de jogo.

As situações de jogo reduzido (1x1, 2x2, 3x3 e 4x4) permitem a aquisição dos princípios básicos da tática coletiva assim como do domínio de toda a técnica individual.

FORMA DE JOGO 2X2

- A partir do 2x2 está presente a estrutura do jogo de Voleibol na sua essência (bola, relação de adversidade, relação de cooperação).

- Nesta situação, os 2 jogadores participam ativamente em todas as jogadas (polivalência funcional):

- Quem recebe – ataca; - Quem não recebe – passa. - O 2x2 é a estrutura tática básica do jogo. O recebedor será o atacante, ou seja realiza o

1º e o 3º toque e o 2º toque será realizado pelo distribuidor ou passador.

Tabela 2 – Ações Táticas

1º ETAPA DE APRENDIZAGEM

O seguinte esquema explica as duas formas de jogo que irão ser lecionadas. Sempre que houver torneios, os jogos terão estas formas tendo a rede a altura do escalão de iniciados.

AÇÃO TÁTICA DESCRIÇÃO

Ocupação do Espaço - Ocupar o espaço de forma a manter-se disponível

para qualquer ação técnica.

Comunicação

- Comunicar ao primeiro toque.

Regras

- Quem não recebe desloca-se para a rede.

- Quem recebe envia a bola para o colega que está

na rede e desloca-se também para a rede.

- O não recebedor passa-lhe a bola paralela à rede.

Posições no jogo - Coloca-se na posição correta e roda.

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1X1 2X2

Objetivo principal: Conseguir enviar a bola por cima da rede Objetivos específicos Componente Tática:

Noção de oposição; Reenvio da bola dentro dos limites do campo adversário; Escolha de alvos para atacar. Ações sem Bola: Abrir espaço – ocupação do espaço oportuno para intervir; Prosseguir – Segue a jogada e mantém-se disponível para jogar;

Componente Técnica:

Passe: Mãos abertas e acima da cabeça; “Crescer para a bola”

Serviço por baixo: Apoio contralateral avançado; Passar o peso do corpo do pé de trás para o da frente; Pulso fixo

○○

○○

No jogo reduzido 2x2 Os jogadores devem: Colocar-se para receber e deslocar-se para enviar para o campo adversário; Cooperar com um colega de forma a enviar a bola por cima da rede, para o outro campo; Encadear as acções, do 1º para o 3º toque, com intencionalidade táctica na finalização; Aplicar, de forma oportuna e em colaboração com o colega de equipa, os conteúdos da etapa em situação de

oposição, procurando conquistar o ponto.

No jogo reduzido 1x1 Os jogadores devem: Enviar a bola por cima da rede, para o outro campo, utilizando passe; Progredir para a rede para enviar a bola e recuperar para defender; Aplicar, de forma oportuna, os conteúdos da etapa em situação de oposição, procurando conquistar o

ponto.

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2º ETAPA DE APRENDIZAGEM

Objetivo principal: Coloca-se para receber e desloca-se para enviar Objetivos específicos Componente Tática:

Observação dos movimentos do colega e adversários; Desenvolvimento da comunicação verbal; Defesa: Identificação das zonas de responsabilidade; Ataque: Diferenciação de papéis: recebedor/atacante e não recebedor/passador. Ações sem Bola: Transição – após o contacto é consumada a estabilização de nova posição para agir. Permite ao jogador ocupar espaço para intervir Ajustamento – adaptação da posição corporal às características da trajetória da bola

Componente Técnica: Manchete: Membros Superiores juntos e afastados do corpo; Corpo atrás da bola; Membros Inferiores Fletidos

1.3 Fisiologia do Treino e da Condição Física

O Voleibol faz apelo a esforços intermitentes, mistos alternados (aeróbios e anaeróbios), e pode ser considerada como uma atividade de resistência, em regime de velocidade, de força e de coordenação técnico-tática. Deste modo solicita fontes energéticas aeróbias e anaeróbias, bem como um misto de resistência, velocidade de deslocamento e de execução e força inferior, média e superior.

Ativação Geral

O período de ativação geral deverá ser sempre a fase inicial de qualquer atividade física, pois prepara o organismo para o esforço de intensidade superior àquele em que se encontra.

Os benefícios que se obtêm são basicamente dois: - Melhoria qualitativa e quantitativa no gesto desportivo, aumentando desse modo

a prestação desportiva; - Prevenção de lesões.

A parte inicial de uma aula, não deve “apenas” ser entendida como “o aquecimento”, mas sim um período da aula em que deverá haver a preocupação de ser criada uma situação pedagógica, psicológica e fisiológica, favorável à realização da função principal da aula. Esta pretende despertar a disponibilidade dos alunos para a aprendizagem e para a exercitação, prepará-los psicologicamente para assumirem as tarefas da aula e adaptarem o seu organismo para as cargas consequentes.

Através do aquecimento há preparação psicológica e física para o esforço. O aquecimento psicológico acontece simultaneamente com o físico, e tem como finalidade aumentar a

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concentração na atividade física. No aquecimento “físico” há a realçar a preparação articular, muscular e funcional.

O aquecimento deve ser adaptado à atividade a desenvolver posteriormente. No entanto, em linhas gerais, poderá ser feito um aquecimento global que envolva grandes grupos musculares, e posteriormente um aquecimento mais específico de acordo com a atividade a ser desenvolvida.

O período de aquecimento ou o período de adaptação ao esforço, como é conhecido por alguns autores, depende, entre outros, da atividade física, das condições climatéricas e do estado do terreno.

Capacidades Motoras

Os alunos necessitam de possuir certas qualidades, tais como a coordenação, a velocidade de reação e de execução. O trabalho desenvolvido nesta área está desenvolvido no planeamento anual.

São componentes da aptidão física necessárias à aprendizagem e realização de ações motoras:

- Capacidades Condicionais: são determinadas pelas componentes energéticas, predominando os processos de obtenção e transformação de energia – carácter quantitativo.

- Capacidades Coordenativas: são determinadas pelos processos de condução do sistema nervoso central – carácter qualitativo.

CAPACIDADES CONDICIONAIS (mais dependentes das fontes energéticas):

Resistência - capacidade de suportar e recuperar da fadiga física e psíquica.

Força - capacidade de suportar ou opor-se às resistências do movimento.

Velocidade - capacidade de realizar movimentos no mais curto espaço de tempo.

Flexibilidade - capacidade de realizar ações motoras de grande amplitude articular. CAPACIDADES COORDENATIVAS (mais dependentes do sistemas nervoso central):

Destreza (agilidade e coordenação) - permite ao aluno realizar movimentos no espaço, com alternância de ritmo e velocidade, de forma coordenada.

Orientação espacial - permite ao aluno localizar no espaço o corpo e os objetos e deslocar-se.

Equilíbrio - permite manter uma determinada postura corporal estática durante algum tempo.

Diferenciação cinestésica - permite realizar ações motoras de forma correta e económica com base na receção

Reação - permite ao aluno agir de forma oportuna no mais curto espaço de tempo.

Ritmo - permite ao aluno percecionar e interpretar as estruturas temporais e dinâmicas na evolução do movimento.

Retorno à Calma

Depois do esforço realizado, há a necessidade de recompensar a atividade, pelo que é necessário ter presente um momento de relaxamento, quer das principais articulações e músculos solicitados, quer da parte psíquica.

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1.4 Conceitos Psicossociais

Uma das particularidades mais característica dos Jogos Desportivos Coletivos (JDC) reside no conceito de equipa, entendida como um conjunto de indivíduos que cooperam para a realização de um objetivo comum. Neste sentido, os JDC simbolizam um meio formativo por excelência em que a sua prática promove o desenvolvimento de competências a diferentes planos, nomeadamente ao nível sócio-afetivo. Assim sendo, esta modalidade poderá contribuir para o desenvolvimento de virtudes nos alunos como:

Empenho:

Mostrar interesse nas tarefas propostas bem como na explicação destas; Estar atento e concentrado em todos os momentos da aula; Mostrar vontade de aprender.

Respeito:

Relacionar-se com cordialidade e respeito com os seus companheiros, quer no papel de parceiros quer no de adversários; Aceitar o apoio dos companheiros nos esforços de aperfeiçoamento próprio, bem como as opções do outro e as dificuldades reveladas por eles; Incentivar aos colegas na participação das várias atividades; Cumprir regras do jogo e rotinas impostas pelo professor; Estar atento às decisões e indicações fornecidas pelos colegas e pelo professor.

Cooperação:

Cooperar nas situações de aprendizagem e de organização, escolhendo as ações favoráveis ao êxito, segurança e bom ambiente relacional, na atividade da turma; Ajudar os colegas a ultrapassar as dificuldades;

Responsabilidade/Autonomia:

Assumir compromissos e responsabilidades de organização e preparação das atividades individuais e/ou em grupo cumprindo com empenho e as tarefas inerentes; Avaliar do seu desempenho (autoavaliação) e o dos seus colegas (heteroavaliação).

Assiduidade/Pontualidade:

Mostrar-se interessado e empenhado, estando presente em todas as aulas e respeitando os horários estabelecidos.

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2.MÓDULO 2 – ANÁLISE DAS CONDIÇÕES DE APRENDIZAGEM

2.1 Recursos humanos

A presente unidade didática está destinada a alunos que frequentam as turmas do 9.º ano de escolaridade, inserindo-se no Ensino Básico sendo o professor responsável da disciplina de Educação Física, o professor Óscar Teixeira.

2.2 Disciplina

Os alunos têm habitualmente 5 minutos para se equiparem e como tal deverão apresentar-se devidamente equipados para realizar a aula, ou se for caso disso, preparados para assistir à aula com calçado apropriado e com uma esferográfica para que possam preencher o relatório da aula que lhe será facultado no início da mesma.

Após estarem devidamente preparados, devem deslocar-se para um local próprio no exterior, previamente indicado pelo professor/a, deslocando-se posteriormente conjuntamente com o/a professor/a ao espaço onde se realizará a aula.

A chamada será realizada no início da aula, sendo igualmente dito aos alunos quais os conteúdos a abordar e quais os objetivos, e sempre que necessário algumas informações que o/a professor/a considere importantes para o bom funcionamento da aula.

2.3 Recursos temporais

As turmas têm um período de 45 minutos e outro de 90 minutos. A modalidade de Voleibol está inserida no conjunto de matérias a lecionar no 3º período do ano letivo 2011/2012.

Períodos de aulas Dia da semana Tempo útil de aula

Aula de 1 Bloco (45 minutos)

Terça-Feira 12:45 – 13:30

30 minutos

Aulas de 1 Bloco (90 minutos)

Quinta-Feira 10:15 – 11:30

75 minutos

Tabela 3 – Tempos letivos

2.4 Recursos materiais e espaços

Para o ensino desta modalidade será utilizado essencialmente o espaço exterior. Este é constituído por um recinto grande e com 3 campos de Basquetebol, o que parece ser um espaço razoável para trabalhar a resistência aeróbia capacidade condicional que será aplicada este período. Relativamente aos equipamentos existentes na escola o estado de conservação desses materiais é do mesmo modo razoável. Assim, para a prática da disciplina que iremos abordar ao longo do ano a escola dispõe dos seguintes materiais:

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Voleibol

Material Quantidade

Parcial

Estado de Conservação

Bom Razoável Mau

Postes 8 8

Redes 8 2 6

Bolas 49 37 12

Bolas Kaz 6 5 1

Bolas de Iniciação 2 2

Bolas de Voleibol Malten 17 17

Total de Equipamento 62 56 21 13

Tabela 4 - Material móvel que poderá ser utilizado na aula de Voleibol

2.5 Aspetos de segurança

Pelo facto desta modalidade ser jogada com bola, é importante referir que existe o perigo

das bolas andarem a rebolar pelo chão, o que poderá gerar entorses se forem pisadas. Deste modo, não se devem deixar espalhadas as bolas no recinto, mas sim arruma-las no saco apropriado para tal. Outro aspeto a ter em atenção, é a possibilidade do piso exterior se encontrar molhado, devido às condições climatéricas constituindo-se um perigo para a integridade física dos alunos. Nesta situação, existirá um plano de aula que substituirá a unidade didática e a aula realizar-se-á no espaço interior. No que diz respeito ao espaço interior, os problemas que poderão surgir dizem respeito à falta de cuidados e atenção por parte dos alunos, pois a instalação desportiva tem condições razoáveis.

2.6 Rotinas Após o toque de entrada, os alunos terão autorização para entrar nos balneários e terão 5

minutos para se equiparem e como tal deverão com o equipamento apropriado para atividade física, ou caso não o façam, com calçado desportivo. Após estarem devidamente equipados, devem sentar-se por ordem numérica nos bancos suecos ou no local indicado pela professora.

No início da aula será realizada a chamada, sendo igualmente dito aos alunos quais os conteúdos que serão abordados na aula, assim como algumas informações que a professora considere importantes para o decorrer da aula. Sempre que a professora interromper a aula, os alunos permanecem no local onde estão, ouvindo-a, exceto quando são chamados, devendo reunir-se à sua frente o mais rapidamente possível.

Os alunos só poderão abandonar a aula com a minha autorização e terão 10 minutos para poderem tomar banho.

Nenhum aluno deverá abandonar o recinto da aula sem o material estar devidamente arrumado e todos os alunos são responsáveis pelo correto transporte e arrumação do material.

Os alunos que por algum motivo não possam realizar a aula terão de permanecer no recinto até tocar.

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3.MÓDULO 3 – ANÁLISE DOS ALUNOS

É importante que o/a professor/a saiba caracterizar o tipo de jogo praticado pelos alunos, facto que lhe irá possibilitar a utilização da metodologia de ensino mais apropriada, bem como a correta seleção dos conteúdos de aprendizagem. Para que a intervenção de qualquer professor/a seja eficaz e concreta, é necessário aferir o nível em que os alunos se encontram.

3.1 Estrutura da turma

A presente unidade didática será utilizada com a turma B do 9.º ano da Escola EB 2/3 Júlio Dinis. A turma é constituída por 21 alunos, dos quais 12 alunos pertencem ao sexo feminino e 9 do sexo masculino. As idades situam-se entre os 13 e 15.

3.2 Avaliação Prognóstica de Voleibol

A primeira avaliação da unidade didática será realizada através de um jogo reduzido de 2X2, de modo a observar os seguintes aspetos: distinção de funções de recebedor e não recebedor, comunicação e cooperação com o colega, deslocamento ao encontro da bola, utilização do 2º toque e reenvio da bola por cima da rede de uma forma dirigida, ou seja, aplicação do gesto adequado e movimentação em campo.

Tabela 5 - Critérios de avaliação

Parâmetros a Avaliar

Nível

1

Introdutório

2 Elementar

3 Avançado

Aplica o gesto adequado Não realiza Nem sempre realiza Realiza corretamente

Ocupação do espaço Não realiza Manifesta algumas

dificuldades em distinguir os diferentes espaços

Ocupa racionalmente

Comunicação Não realiza Não é precisa Boa comunicação com os

colegas

Regras Não sabe as regras Demonstra pouco

conhecimento das regras e sua aplicação

Sabe aplicar e conhece as regras

Posições no jogo Não sabe distinguir Demonstra dificuldades em

diferenciar as posições Distingue as diferentes

posições em jogo

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Grelha da avaliação prognóstica

Tabela 6 – Grelha da Avaliação Diagnóstica

A análise deve ser feita tendo em conta o nível de cada aluno e o nível de cada conteúdo. Importa perceber qual a média da turma em cada conteúdo, para perceber quais os erros mais comuns e quais as potencialidades a serem aproveitadas. Desta forma, os exercícios propostos devem ir de encontro à colmatação dessas lacunas.

Serão definidos grupos de trabalho (equipas), heterogéneos no seu núcleo mas homogéneos entre si. Isto significa que, dentro de uma mesma equipa existirão alunos com diferentes níveis de desempenho (heterogeneidade do grupo), mas que no seu conjunto formarão uma equipa com nível de desempenho semelhante às restantes (homogeneidade entre as equipas). Durante as aulas, o objetivo será aplicar exercícios que proporcionem vivências intragrupais (dentro da mesma equipa), onde os alunos mais desenvolvidos terão a responsabilidade de auxiliar os menos desenvolvidos (estimular a cooperação), e experiências intergrupais, onde cada aluno terá a possibilidade de contactar com alunos de outras equipas que se encontram no mesmo nível de desenvolvimento (estimular a competição).

Nome

Parâmetros de avaliação

TÉCNICA

TÁTICA

Gesto técnico

Nív

el

Téc

nico

Ocupação do espaço

Comunica

com os colegas

Aplica as

regras

Posições no jogo

Nív

el T

átic

o

Nív

el F

INA

L

P M S

1 Alice 2 Ana 3 Ana Pinto 4 Ana 5 Ângela 6 Beatriz 7 Cláudia 8 Diogo 9 Diogo 10 Fábio 11 Fábio 12 Jéssica 13 Joana 14 Joana 15 João 16 Jorge 17 Rogério 18 Rui 19 Rute 20 Vanessa 21 Pedro

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Apresentação dos resultados

Nível 1 - Introdutório: _______ alunos

Nomes: _________/_________/_________/_________/_________/_________/_________/

_________/_________/_________/_________/_________/_________/_________/

Nível 2 - Elementar: _______ alunos

Nomes: _________/_________/_________/_________/_________/_________/_________/

_________/_________/_________/_________/_________/_________/_________/

Nível 3 - Avançado: _______ alunos

Nomes: _________/_________/_________/_________/_________/_________/_________/

_________/_________/_________/_________/_________/_________/_________/

A turma caracteriza-se por um nível de execução médio-baixo, como já vem sendo

habitual para todas as modalidades abordadas até então. Assim, é objetivo abordar o Voleibol, partindo das orientações metodológicas e programáticas desenvolvidas para anos anteriores, mas que se revelam fundamentais para a abordagem da modalidade perante as características da turma, tendo em consideração que tais não foram desenvolvidas nos anos respetivos.

4.MÓDULO 4 – EXTENSÃO E A SEQUÊNCIA DOS CONTEÚDOS

4.1 Unidade Didática A unidade didática foi realizada tendo em consideração o Programa de Educação Física

do 3.º Ciclo, mais concretamente do 9.º ano de escolaridade, a avaliação inicial, a caracterização da turma, o número de alunos, o número de aulas disponíveis, as características comportamentais dos alunos, e as competências a desenvolver previstas na planificação anual do grupo de Educação Física.

Entendo que a seleção dos conteúdos, tendo em conta todos estes constrangimentos, não poderá ser muito ambiciosa. Contudo, estará sempre sujeita a alterações mediante a própria evolução dos alunos ou o aparecimento de novas situações que alterem as condições existentes neste momento.

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Modalidade de Voleibol Grupos heterogéneos

Data/Aulas

10.04 12.04 17.04 19.04 24.04 26.04 03.05 08.05 10.05 15.05 17.05 22.05 24.05 29.05

Aula 70 Aula 71/72 Aula 73 Aula 74/75 Aula 76 Aula 77/78 Aula 79/80 Aula 81 Aula 82/83 Aula 84 Aula 85/86 Aula 87 Aula 88/89 Aula 90

Conteúdos 1 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14

Habilidades motoras

Técnica

Posição Média

Ava

liaçã

o D

iagn

óstic

a 2

x2

1x1 (C/O)

E 1x1 (cooperação) (C)

E 1x1 (C)

C 1x1 (O)

(A)

2x2

Eve

nto

culm

inan

te

(A

) A

valia

ção

sum

ativ

a

2x2

Passe 1x1 (cooperação) (O) E/E

1x1 (O) C 2x2 (C)

E 1x1 (O)

E 1x1 (O)

Deslocamentos I

1x0 I

1x0 E

1x1 (C) E

1x1 (O)

Serviço por baixo

I 1x0

E/E 1x1 (C)

E 2x2 (C)

E 2x2 (O)

E 2x2 (O)

C 2x2 (O)

C 2x2 (O)

Manchete

I

1x0 (O) E

1x1 (C) E

2x2 (O) E

1x1 (O) E

2x2 (O) C

2x2 (O)

Tática

Ocupação do espaço

I/I 1x1 (C)

E/E 1x1 (C)

E 1x1 (O)

E 2x2 (C)

E 2x2 (O)

E 2x2 (O)

C 2x2 (O)

C 2x2 (O)

Comunicação

I/I 1x1 (C)

E 1x1 (C)

E 1x1 (O)

E 2x2 (O)

E 2x2 (O)

E 2x2 (O)

C 2x2 (O)

Aplica regras

I

2x2 (C) E

2x2 (C) E

2x2 (O) E

2x2 (O) E

2x2 (O) E

2x2 (O)

Posições no jogo

E

2x2 (O) E

2x2 (O) E

2x2 (O) E

2x2 (O)

Cultura desportiva

Caracterização da modalidade e regulamento

Objetivo do

jogo Terreno de

jogo Início e recomeço

do jogo

Bola dentro e

fora

Rotação de Jogadores

Faltas: serviço

Faltas: toques na bola/rede

Sistema

de pontuação

Sinais de arbitragem

Todo o anterior

Terminologia específica O aluno aplica a terminologia das ações motoras (por exemplo: passe, deslocamentos, serviço por baixo, abrir espaço, entre outros).

Condição Física

Capacidades Condicionais

O aluno corre durante 10 minutos, um percurso estabelecido, mantendo o ritmo.

O aluno realiza, a situação estabelecida, no menor tempo possível sem perda de eficácia.

O aluno realiza, a situação estabelecida, com a amplitude adequada.

Força

Superior (2x20)

Média (2x25)

Inferior (2x25)

Capacidades Coordenativas Ao longo das aulas, nos exercícios propostos, serão desenvolvidas as capacidades de reação, ritmo, orientação espacial, diferenciação cinestésica.

Conceitos Psicossociais

Cooperação O aluno colabora com os colegas de turma com o intuito de atingir os objetivos do exercício

Respeito O aluno revela respeito pelos colegas de turma, professora e materiais utilizados na aula

Responsabilidade/autonomia O aluno executa o que a professora propõe, com ou sem a sua supervisão ativa

Empenho O aluno realiza os exercícios propostos com o máximo empenho e compromisso

Outras Informações

Rotinas de segurança Bola parada enquanto a professora realiza a instrução, regra dos 3’’, arrumar o material que não está a ser utilizado

Materiais Bolas de Voleibol, coletes, cones, sinalizadores, elástico, rede, postes, fitas, cartazes.

Legenda: I – Introdução; E – Exercitação; C – Consolidação; AS – Avaliação Sumativa.

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4.2 Justificação da Extensão e Sequência dos Conteúdos

Os conteúdos designados vão de acordo com o planeamento anual concebido pelo grupo de Educação Física da Escola EB 2/3 Júlio Dinis.

Para o ensino desta modalidade existem treze aulas, sete de 90min e seis de 45 minutos. Relativamente à turma, esta é do 9º ano de escolaridade e é constituída por 21 alunos.

A unidade didática em questão sustenta um trabalho educacional a quatro níveis: habilidades motoras, cultura desportiva, condição física e conceitos psicossociais. Deste modo, os objetivos a atingir nesta unidade didática obedecem a estas quatro áreas.

Na avaliação diagnóstica foram analisados três componentes: ocupação racional do espaço de jogo; comunicação; aplicação de regras e posições de jogo.

Para as referidas componentes de análise foram definidos critérios de desempenho agrupados em três níveis distintos: Nível 1 - Introdutório; Nível 2 - Elementar; Nível 3 - Avançado.

Desta forma, cada aluno apresenta uma determinada classificação em cada uma das componentes.

Na primeira aula realiza-se a avaliação diagnóstica em que se pretende atribuir um nível ou níveis ao desempenho da turma e para isso a situação de aprendizagem utilizada é 2x2 (oposição).

Analisando a ficha de registo da turma 9º B verifica-se que em média os alunos situam-se no nível 1 em cada uma das componentes analisadas. No entanto, e fazendo uma análise mais pormenorizada verifica-se que, no que diz respeito à componente dinâmica coletiva, os alunos situam-se na sua maioria no nível 1. Na componente Serviço situam-se, igualmente, no nível 1 assim como nas restantes duas componentes, Defesa/Receção e Ataque/Remate. Assim, os conteúdos selecionados para integrar o plano da unidade didática resume-se aos elementos técnicos básicos da modalidade voleibol, nomeadamente deslocamentos, passe de frente em apoio e serviço por baixo nas primeiras aulas e manchete e remate em apoio nas aulas seguintes. A utilização das formas jogadas 1x1, 2x2 será uma constante. Confirmando que a situação 3x3 não estará ao alcance de todos os alunos.

A utilização do 2x2 na construção de situações de aprendizagem assume-se como uma das principais estratégias a ser utilizada por mim, pois o 2x2 encerra em si uma grande riqueza de problemas permitindo equacionar sob o ponto de vista ofensivo e defensivo todo o tipo de relações básicas da tática individual e de grupo. Acresce ainda que se torna mais fácil (I) a seleção de tópicos para o jogo, através da delimitação do universo de possibilidades de ação (espaço, tempo, tipo de ação, situação inicial); e a supervisão e intervenção individualizada sobre as respostas dos praticantes. Para estes, o 2x2 tem a vantagem de reduzir substancialmente a complexidade das situações pela diminuição dos elementos a que têm de reportar a sua ação, ao mesmo tempo que os implicam mais diretamente no jogo porque fica aumentada a possibilidade de se estar envolvido nas ações com bola ou numa relação direta com o jogador da bola. Em suma, o 2x2 suscita uma maior participação do jogador, uma menor probabilidade para a ocorrência de atitudes passivas, uma elevada frequência de contactos com a bola e uma grande simplificação e maior sucesso na consumação das ações ofensivas.

Na aula número dois procede-se à introdução da posição média e passe, sendo o primeiro conteúdo exercitado. O passe será o gesto técnico que necessita de mais tempo de exercitação. Este é provavelmente o principal conteúdo, em parceria com a posição base, a abordar nesta fase de aprendizagem. Será a partir do domínio destas ações fundamentais, que os alunos terão capacidade de cumprir os requisitos da modalidade, nomeadamente aspetos como a sustentação de bola; deslocamentos no sentido antero-posterior, a cooperação, entre outros.

Adjacentes ao passe e posição base surgem os deslocamentos. Entendo serem conteúdos interligados entre si, já que o aluno para passar com qualidade necessita de se

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enquadrar com a bola, isto é, de se deslocar. Assim, este conteúdo é introduzido nas aulas seguintes.

O serviço por baixo será o próximo conteúdo introduzido, a fim de se promover, uma aproximação à lógica do jogo, e por outro lado pelo facto deste tipo de serviço proporcionar maiores facilidades de receção. Com a conjugação de outros conteúdos os alunos já deverão encontrar-se aptos, para promover melhorias no jogo.

De seguida tenciono introduzir-se o conteúdo tático, uma vez que os conteúdos técnicos que foram introduzidos solicitam o início da implementação da tática afim do aluno ser solicitado a servir; deslocar-se; receber; utilizar o passe para controlar ou colocar a bola, procurar espaços vazios (intencionalidade tática) ou seja, integrará os diferentes conteúdos aprendidos, melhorando não só os aspetos técnicos mas também capacidades cognitivas como a tomada de decisão. O conteúdo tático “prosseguir”, o aluno segue a jogada e mantém-se disponível para jogar.

No que diz respeito à tipologia das tarefas e respetivas progressões dos conteúdos técnicos, nomeadamente a posição média, passe, deslocamentos, serviço por baixo e manchete, será utilizada como tarefa de informação a situação de 1x0, com o intuito de existir consciencialização dos gestos técnicos. Nas aulas será efetuada uma progressão para 1x1 (cooperação - C), aumentando assim a complexidade e dificuldade. Sendo utilizada a tarefa 1x1 (C) ou 1x1 (O - Oposição) com a intenção de afinar/refinar as componentes críticas. Posteriormente, os alunos são confrontados com uma tarefa de aplicação 1x1 (O) ou 2x2 (C ou O), em que é pedido que se foquem em como se estão a movimentar consoante a fase do jogo (eficiência) e em outros aspetos para além do movimento (eficácia). Relativamente aos conteúdos táticos, a tarefa de informação é o 1x1, no “abrir espaço” e “prosseguir”, surgindo assim com o intuito de contextualizar e integrar os conteúdos, exercitando-os através da sustentação da bola no ar. As tarefas de extensão seguem a mesma lógica de evolução da técnica, tendo como objetivo que os alunos consigam jogar o 2x2 com ocupação do espaço de jogo de forma mais organizada, com projetos de ação coletivos, o que significa que a cooperação é aplicada intencionalmente no decurso do jogo.

Na última aula realiza-se a avaliação sumativa que será mais uma experiência de aplicação das matérias aprendidas, na situação de 2x2. As duas aulas seguintes destinam-se ao Evento Culminante, onde é possível aplicar, mais uma vez, os conteúdos aprendidos ao longo da unidade didática. Em relação à cultura desportiva, existirá um especial enfoque na transmissão de informação à turma, acerca de todo um conjunto de aspetos referentes ao objetivo do jogo: o terreno de jogo, bola dentro e fora, início e recomeço do jogo, rotação de jogadores, faltas: do serviço, toques na bola e toque na rede, sistema de pontuação, sinaléticas da arbitragem, bem como terminologia específica.

O trabalho de desenvolvimento da condição física terá particular foco nas capacidades de força superior 2x20, média 2x25, inferior 2x25, assim como na resistência (3/5/8/10 minutos), velocidade, flexibilidade, capacidades de reação, ritmo, orientação espacial, diferenciação cinestésica.

No que diz respeito aos conceitos psicossociais serão privilegiados valores como a cooperação, responsabilidade e autonomia, respeito e empenho. Portanto, os alunos deverão ser capazes de cooperar com os colegas para atingir os objetivos (cooperação), executar as atividades com ou sem a supervisão da professora (autonomia/responsabilidade), respeitar todos os intervenientes no processo ensino-aprendizagem (respeito), realizar os exercícios propostos com empenho e compromisso.

Por último, as rotinas de segurança que são relevantes para o bom funcionamento da aula serão: bola parada enquanto a professora realiza a instrução, regra dos 3 segundos para reunir junto da professora e arrumar o material que não está a ser utilizado.

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Modalidade de Voleibol Grupos heterogéneos

Data/Aulas

10.04 12.04 17.04 19.04 24.04 26.04 03.05 08.05 10.05 15.05 17.05 22.05 24.05

Aula 70 Aula 71/72 Aula 73 Aula 74/75 Aula 76 Aula 77/78 Aula 79/80 Aula 81 Aula 82/83 Aula 84 Aula 85/86 Aula 87 Aula 88/89

Conteúdos 1 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13

Habilidades motoras

Técnica

Posição Média

Ava

liaçã

o D

iagn

óstic

a 2

x2

I 1x1 (C/O)

E 1x1 (cooperação)

E 1x0 (C)

E 1x0 (C)

C 1x1 (C)

E

NS

AIO

DE

UM

A

CO

RE

OG

RA

FIA

TE

ST

E IN

TE

RM

ÉD

IO R

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LIZ

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O P

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ME

VIS

ITA

DE

ES

TU

DO

Tor

neio

e A

valia

ção

sum

ativ

a

1x1

e 2

x2

Passe 1x1 (cooperação) (C) E

1x0 (C) E

1x0 (C) E/E

1x1 (C) E 1x1 (C)

Deslocamentos I

1x0 (I) I

1x1 (I/E) E

1x1 (C) E

1x0 (C) E

1x1 (C)

Serviço por baixo

I 1x1 (I/E)

E 1x1

E 1x0 (C)

E 1x1 (C)

E 1x1 (C)

C 2x2 (O)

Manchete I

1x1 (I/E) E

1x1 (I/E) E

1x0 (C) E

1x0 (C) E

1x1 (C) E

1x1 (C) C

2x2 (O)

Tática

Ocupação do espaço

E 1x1 (C)

E 1x1 (C)

E 1x1 (C)

E 1x1 (C)

C 2x2 (O)

Comunicação

E 1x1 (C)

E 1x1 (C)

E 1x1 (C)

E 1x1 (C)

C 2x2 (O)

Aplica regras

E 2x2 (C

E 2x2 (C)

E 1x1 (O)

E 2x2 (O)

Posições no jogo

E

1x1 (O) E

2x2 (O)

Cultura desportiva

Caracterização da modalidade e regulamento

Objetivo do

jogo Terreno de

jogo Início e recomeço

do jogo

Bola dentro e

fora

Rotação de Jogadores

Faltas: serviço

Sistema de

pontuação

Todo o anterior

Terminologia específica O aluno aplica a terminologia das ações motoras (por exemplo: passe, deslocamentos, serviço por baixo, abrir espaço, entre outros).

Condição Física

Capacidades Condicionais

O aluno corre durante 10 minutos, um percurso estabelecido, mantendo o ritmo.

O aluno realiza, a situação estabelecida, no menor tempo possível sem perda de eficácia.

O aluno realiza, a situação estabelecida, com a amplitude adequada.

Força

Superior (2x20)

Média (2x25)

Inferior (2x25)

Capacidades Coordenativas Ao longo das aulas, nos exercícios propostos, serão desenvolvidas as capacidades de reação, ritmo, orientação espacial, diferenciação cinestésica.

Conceitos Psicossociais

Cooperação O aluno colabora com os colegas de turma com o intuito de atingir os objetivos do exercício

Respeito O aluno revela respeito pelos colegas de turma, professora e materiais utilizados na aula

Responsabilidade/autonomia O aluno executa o que a professora propõe, com ou sem a sua supervisão ativa

Empenho O aluno realiza os exercícios propostos com o máximo empenho e compromisso

Outras Informações

Rotinas de segurança Bola parada enquanto a professora realiza a instrução, regra dos 3’’, arrumar o material que não está a ser utilizado

Materiais Bolas de Voleibol, coletes, cones, sinalizadores, elástico, rede, postes, fitas, cartazes.

Legenda: I – Introdução; E – Exercitação; C – Consolidação; AS – Avaliação Sumativa.

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4.3 Alteração da Extensão e Sequência dos Conteúdos

Ao longo das aulas lecionadas verificaram-se determinadas situações que englobam

mudanças na planificação da unidade didática de Voleibol. Consequentemente realizei uma alteração no planeamento dividindo a turma em dois grupos de trabalho. Desta forma a este grupo de alunos mais habilidosos procurei proporcionar essencialmente situações onde se desenvolvia a tática de jogo, comparativamente ao outro grupo onde continuei a focar essencialmente a técnica.

O evento culminante que estava previsto para a última aula não foi realizado e substituiu-se por simples torneio. Ao nível do jogo o planeamento também foi alterado, pois ao nível 3 introduzi o jogo de 2x2 precocemente comparativamente com o nível 1/2.

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5. MÓDULO 5 – DEFINIR OS OBJETIVOS

Os objetivos que pretendo abordar nesta unidade didática foram definidos tendo em

consideração o Programa de Educação Física, após a avaliação prognóstica e a análise da turma. Após analisadas as lacunas para cada uma das áreas transdisciplinares: Habilidades Motoras, Cultura Desportiva, Fisiologia do Treino e Conceitos Psicossociais, selecionei um conjunto de competências às quais poderão ser agrupadas em cada uma das áreas:

5.1 Habilidades Motoras

Técnica:

Passe de dedos: - O aluno coloca o corpo debaixo da bola, MI ligeiramente fletidos e afastados, realizando

a flexão/extensão em simultâneo dos MI e dos MS (mola); - O aluno mantém os MS em extensão com as mãos em forma de concha (dedos

afastados e polegares orientados para o rosto); - O aluno realiza o passe acima e à frente da cabeça, contactando a bola com os dedos; - O aluno mantém a cabeça levantada e olhar dirigido para a frente.

Posição Média: - O aluno mantém os MI afastados à largura dos ombros, ligeiramente fletidos, com um pé

ligeiramente à frente do outro; - O aluno mantém o tronco ligeiramente inclinado à frente, com os MS à frente; - O aluno mantém o olhar dirigido para a bola.

Serviço por baixo: - O aluno flete ligeiramente o tronco à frente, com o pé contrário à mão livre adiantado e a

mão que sustenta a bola sensivelmente ao nível da cintura; - O aluno mantém o braço de batimento em extensão durante o movimento de trás para a

frente contactando a bola com a palma da mão (mão rígida e dedos fechados); - O aluno, após o batimento na bola, desloca o peso do corpo para o apoio mais

adiantado; - O aluno mantém o olhar dirigido para a zona alvo.

Deslocamentos: - O aluno mantém um pé ligeiramente avançado em relação ao outro e afastados à largura

dos ombros; - O aluno mantém os MI ligeiramente fletidos e o tronco ligeiramente inclinado à frente; - O aluno desloca-se lateralmente utilizando o passo caçado. - O aluno mantém o olhar dirigido para a frente.

Manchete: - O aluno coloca um pé ligeiramente avançado em relação ao outro e afastados à largura

dos ombros; - O aluno flete os MI e inclina ligeiramente o tronco à frente; - O aluno coloca os MS em extensão, ligeiramente abaixo da cintura pélvica, com as

“mãos dadas” (em supinação), uma por cima da outra;

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- O aluno contacta a bola com a superfície formada pelos dois antebraços, que se encontra entre os apoios.

Tática:

Ocupação do espaço: - O aluno ocupa o espaço de forma oportuna para de seguida intervir.

Comunicação no jogo: - O aluno comunica na jogada com o seu colega e mantém-se disponível para jogar.

Aplica as regras : - O aluno aplica e conhece as regras de jogo.

Posições no jogo: - Distingue as diferentes posições em jogo. Formas de Jogo: 1x1 - O aluno adquire as noções básicas de oposição; - O aluno reenvia a bola dentro dos limites do campo adversário; - O aluno escolhe alvos para atacar. 2x2 - O aluno observa os movimentos do colega e adversários; - O aluno desenvolve a comunicação verbal; - O aluno identifica as zonas de responsabilidade (defesa); - O aluno diferencia os papéis de recebedor/atacante e não recebedor/passador.

5.2 Cultura Desportiva

- O aluno conhece o objetivo do jogo, o terreno de jogo, bola dentro e fora, início e recomeço do jogo, rotação de jogadores, faltas: do serviço, toques na bola e toque na rede, sistema de pontuação, sinaléticas da arbitragem.

- O aluno conhece a terminologia específica da modalidade, decorrente das tarefas realizadas na aula (por exemplo: passe, deslocamentos, serviço por baixo, abrir espaço, entre outros).

5.3 Fisiologia e Condição Física

- O aluno corre, durante 3/5/8/10 minutos, um percurso estabelecido, mantendo o ritmo. - O aluno através dos exercícios propostos percorre curtas distâncias, no menor tempo

possível, sem perda de eficácia. - O aluno realiza as ações motoras referentes a cada tarefa a uma amplitude adequada. - O aluno realiza com correção, em exercícios de força superior (2x20), média (2x25) e

inferior (2x25). - O aluno desenvolve as capacidades coordenativas de orientação espacial, reação, ritmo,

diferenciação cinestésica interligando adequadamente as suas ações durante a execução de exercícios propostos na aula.

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5.4 Conceitos Psicossociais

- O aluno colabora com os colegas de turma com o intuito de atingir os objetivos do exercício.

- O aluno revela respeito pelos colegas de turma, professora e materiais utilizados na aula. - O aluno executa o que a professora propõe, com ou sem a sua supervisão ativa. - O aluno realiza os exercícios propostos com o máximo empenho e compromisso.

6. MÓDULO 6 – CONFIGURAÇÃO DA AVALIAÇÃO

A avaliação vai ser realizada através da observação do comportamento dos alunos referente às quatro áreas transdiciplinares, tendo em consideração três momentos: a avaliação diagnóstica, avaliação formativa e a avaliação sumativa, além disso irei efetuar o registo dos comportamentos dos alunos que se destaquem pela positiva ou negativa.

6.1 Avaliação Prognóstica

O primeiro momento da avaliação foi realizado no dia 10 de Abril, que coincide com a primeira aula da unidade didática.

A avaliação prognóstica procedeu-se através da realização de uma situação de jogo 2x2 recorrendo-se a uma observação direta dos elementos tático-técnicos. Dependendo do número de parâmetros que cada aluno realizou foi determinado o nível do aluno para cada elemento.

6.2 Avaliação Formativa

Este momento de avaliação aparece durante todo o processo. Podemos dizer que se trata de uma contínua recolha de dados sobre a prestação dos alunos que vai auxiliar na regulação de todo o planeamento inicial. Esta recolha é que nos vai mostrar claramente o estado de evolução na aprendizagem dos alunos e indicar a necessidade de modificar, ou não, as estratégias inicialmente definidas.

6.3 Avaliação Sumativa

É o momento mais formal de avaliação realizado no final da unidade temática. Esta avaliação fornece dados relativos ao nível de aprendizagem e respetiva evolução dos alunos, demonstrando ainda se foram capazes de alcançar os objetivos propostos.

Relativamente à avaliação sumativa da modalidade de Voleibol será utilizada uma ficha idêntica à da avaliação diagnóstica. Com uma escala, a utilizar de 3 a 5 critérios, uma vez que existe a necessidade de atribuir uma nota e não de determinar um nível. De seguida apresenta-se a ficha de avaliação sumativa a utilizar na modalidade de Voleibol, acompanhada dos critérios de avaliação de cada um dos conteúdos.

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6.4 Critérios de avaliação

Tabela 7 - Critérios de Avaliação

Nota Critério

1 O aluno não cumpre nenhum critério

2 O aluno cumpre um critério

3 O aluno cumpre dois critérios

4 O aluno cumpre três critérios

5 O aluno cumpre quatro critérios

SERVIÇO POR BAIXO

Flete o tronco ligeiramente à frente.

Coloca o pé contrário à mão de batimento adiantado.

Contacta a bola com a palma da mão (dedos fechados e rígidos).

Desloca o peso do corpo para o apoio mais adiantado.

PASSE

Coloca o corpo debaixo da bola

Mantém os MS em extensão e as mãos em forma de concha.

Contacta a bola com os dedos, acima e à frente da testa.

Realiza a flexão/extensão simultânea dos MS e dos MI (mola).

MANCHETE

Coloca um pé adiantado em relação ao outro e ligeiramente afastados.

Flete ligeiramente os MI e inclina o tronco à frente.

Coloca os MS em extensão, com as “mãos dadas”, uma por cima da outra.

Contacta a bola com a superfície formada pelos antebraços, entre os apoios.

TÁTICA

Coloca um pé adiantado em relação ao outro e ligeiramente afastados.

Flete ligeiramente os MI e inclina o tronco à frente.

Coloca os MS em extensão, com as “mãos dadas”, uma por cima da outra.

Contacta a bola com a superfície formada pelos antebraços, entre os apoios.

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Grelha da avaliação sumativa

Tabela 8 – Grelha da Avaliação Sumativa

Cultura desportiva

Os alunos no final do período deverão apresentar conhecimentos nos seguintes níveis: conhecimentos ao nível dos aspetos regulamentares da modalidade e conhecimentos ao nível da terminologia e dos aspetos técnicos mais determinantes da modalidade.

Para proceder à avaliação destes conhecimentos, os alunos realizarão um teste escrito no final do período que terá uma duração de 15 minutos. A sua estrutura será organizada da seguinte forma: verdadeiro e falso, escolha múltipla e preenchimento de legendas. A percentagem dos exames será atribuída de 0 a 100% com a seguinte forma:

Tabela 9 – Percentagem e nomenclatura

Nome

Parâmetros de avaliação

TÉCNICA

TÁTICA

Gesto técnico

Nív

el

Téc

nico

Ocupação do espaço

Comunica

com os colegas

Aplica as

regras

Posições no jogo

Nív

el T

átic

o

Nív

el F

INA

L

P M S

1 Alice 2 Ana 3 Ana Pinto 4 Ana 5 Ângela 6 Beatriz 7 Cláudia 8 Diogo 9 Diogo 10 Fábio 11 Fábio 12 Jéssica 13 Joana 14 Joana 15 João 16 Jorge 17 Rogério 18 Rui 19 Rute 20 Vanessa 21 Pedro

Nível Percentagem Nomenclatura

1 0 – 19% Fraco

2 20 – 49% Insuficiente

3 50 – 69% Suficiente

4 70 – 89% Bom

5 90 – 100% Muito Bom

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Na nota final desta unidade didática, a avaliação dos conhecimentos terá uma percentagem de 10%.

Conceitos Psicossociais

O registo da pontualidade e assiduidade será efetuado em todas as aulas e a participação e comportamento dos alunos será registada ao longo das aulas da Unidade Didática através das observações realizadas pela professora.

Relativamente aos conceitos psicossociais, ao longo das aulas serão registados os valores para esta unidade didática de acordo com: a assiduidade, pontualidade, material, higiene e comportamento. No fim desta unidade didática será atribuído o valor em função da contagem dos pontos positivos e/ou negativos de cada aluno e será atribuído um nível consoante os valores da presente unidade.

Assim, os alunos serão classificados numa escala de 5 níveis, mediante a presença ou não do valor referido. Na fórmula final de atribuição de nota para a presente unidade, os conceitos psicossociais (“saber estar”) terão uma percentagem total de 30% de acordo com os critérios de avaliação definidos e já aprovados em pedagógico.

De acordo com os comportamentos que o aluno manifestar serão atribuídos os seguintes níveis:

Tabela 10 - Categorias classificativas - conceitos psicossociais

Avaliação dos alunos impossibilitados da prática da atividade física

Os alunos que apresentem atestado médico ou declaração do Encarregado de Educação em como não podem realizar a aula, terão que fazer um relatório da aula que lhes será entregue pela professora e o qual será alvo de avaliação

Os alunos que estão impossibilitados da prática de qualquer atividade física durante um período prolongado, serão avaliados essencialmente nos domínios sócio-afetivo e cognitivo, de acordo com as tarefas alternativas de apoio à aula propostas pela professora: conhecimento das regras, colaboração com a professora sempre que for solicitada o seu auxilio, arrumação do material e testes escritos ou trabalhos de investigação.

Nível Categorias

0 5 ou + Faltas

1 4 Faltas

2 3 Faltas

3 2 Faltas

4 1 Falta

5 0 Faltas

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7.MÓDULO 7 – PROGRESSÕES DE ENSINO

Existem vários níveis no voleibol, no qual apresentam variadas características:

1.º Nível de jogo – Jogo Estático:

Dinâmica Coletiva

Intervenções raras sobre a bola; Jogo de um toque: reenvios diretos, quase sempre sem êxito; Imobilidade do jogador; Ocupação não racional do espaço;

Serviço/Receção Grande percentagem de serviços falhados; Ausência de deslocamentos;

Ataque A principal arma de ataque é o serviço; A troca de bola entre os jogadores é praticamente nula; O ataque reduz-se a 1 toque; O gesto técnico é efetuado sem domínio: movimentos explosivos e descontrolados;

Defesa Não existe intencionalidade na ação defensiva; Os jogadores adotam atitude de “espera”, em posição vertical.

2.º Nível de jogo – Jogo Anárquico

Dinâmica Coletiva

Aglutinação no ponto de queda, o que provoca indiferenciação de funções; Mobilidade ocasional dos jogadores com o intuito de intercetar a bola; Reenvios diretos persistem; maior número de bolas intercetadas; Surge o 2º toque esporadicamente;

Serviço/Receção A percentagem de serviços falhados diminui; Deslocamento tardio dos apoios em direção à bola; Superfícies de batimento não orientadas para a zona do passador: Ausência na dissociação das funções dom membros superiores e inferiores;

Ataque

A principal arma de ataque continua a ser o serviço; O ataque tem fraca eficácia: trajetórias de bola altas e finalização do ataque no espaço

afastado da rede; Defesa

Ocupação do centro de terreno de forma desorganizada: zonas laterais desprotegidas; Defesa normalmente estática: surgem ocasionalmente ações individuais vigilantes; A rutura do jogo é menos frequente que no 1º nível.

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3.º Nível de jogo – Consecução Rudimentar dos 3 toques

Dinâmica Coletiva Estabelecem-se relações no espaço de jogo o que confere mais dinamismo; A troca da bola entre os jogadores surge como meio de organizar as ações; Descentralização em torno da bola; As ações situam-se no momento presente. Não há progressão para a rede do 2º par o 3º

toques; Serviço/Receção

A percentagem de serviços falhados diminui relativamente `a verificada no 2º nível; Movimento do coletivo tendo em vista discriminar atempadamente o jogador que recebe; Ação coordenada dos membros superiores e inferiores; Orientação dos segmentos corporais para o local de envio da bola (zona onde está o

passador); Ataque

O serviço deixa de ser a principal arma de ataque; Os reenvios de 1 e 2 toques diminuem: surge com mais frequência a realização dos 3

toques; O ataque revela fraca eficácia ofensiva, devido a não haver progressão da bola para a

rede; Impossibilidade de o atacante utilizar batimentos variados: a incerteza não é gerada no

adversário; Os jogadores já adotam atitude pré-dinâmica, o que torna a sua intervenção mais eficaz;

Defesa A defesa surge como meio de impedir que a bola caia no chão; Preocupação em possibilitar o 2º toque; A construção e finalização do ataque, após defesa, surge com mais frequência do que no

2.º nível.

A cada nível de jogo corresponde uma etapa de aprendizagem. Após a identificação do nível inicial em que os alunos se encontram, verifica-se qual a etapa de aprendizagem que corresponde a esse nível e segue-se as orientações metodológicas dessa etapa.

Uma vez que já apresentei os níveis de jogo, agora de seguida apresento as etapas e as suas orientações metodológicas para o ensino do voleibol na escola.

Etapas de Aprendizagem

1ª ETAPA

Análise dos comportamentos motores:

Iniciais Finais Não há intervenções sobre a bola. Bola controlada em cima e à frente da cabeça.

Reenvio explosivo por cima da rede provocando a rutura do jogo.

Dosear a energia transmitida à bola.

Objetivos: Enviar a bola por cima da rede.

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Princípios metodológicos:

Princípios Consequências Meios Limitar o deslocamento dos alunos.

Favorecer o aumento do número de contactos com a bola.

Terreno reduzido.

Favorecer as intervenções na rede.

Melhora o equilíbrio do corpo junto à rede.

Rede 10 a 20cm acima das mãos com MS em extensão superior.

Facilitar o alinhamento: jogador/bola/adversário.

Permite uma maior concentração em relação ao alvo a atingir.

Jogo 1x1.

Adaptações do regulamento ao nível de prestação:

Regras Retenção da bola – não permitir a retenção da bola (em situação de jogo)

Ressalto da bola – permitir o ressalto no solo antes de realizar a interceção da bola, permitindo uma maior continuidade de jogo

Duplo toque – permite a utilização de um 2ºtoque consecutivo pelo mesmo jogador , permitindo corrigir uma deficiente receção da bola (1ºtoque), visualizando o seu reenvio (2ºtoque) sem ser necessário agarrá-la

Material e espaço de jogo

Bola – bola mais leve (facilita o seu domínio e a sua sustentação)

Rede – colocar a rede a uma altura que facilite a transposição vertical

Espaço de jogo – redução do espaço de jogo

2ª ETAPA

Análise dos comportamentos motores:

Iniciais Finais Dificuldades em se deslocar. Desloca os apoios para ajustar à trajectória da bola.

Indiferenciação de responsabilidades. Reconhecimento do papel atribuído.

Objetivos: Colocar-se para receber e deslocar-se para reenviar de seguida. Princípios Metodológicos:

Princípios Consequências Meios Percorrer distâncias para intercetar a bola.

Promove o aperfeiçoamento dos deslocamentos.

Terreno mais alargado.

Favorecer a relação entre os alunos

Discrimina os papéis de acordo com a ação desencadeada.

Jogos 2x2.

Favorecer a utilização de diferentes tipos de batimento.

Utiliza de forma adequada o gesto técnico.

Variar a altura da rede.

Adaptações do regulamento ao nível de prestação:

Regras Ressalto da bola – interditar a partir do momento que o jogador se ajusta atempadamente à trajetória da bola materializada no domínio eficaz dos deslocamentos

Duplo toque – interditar, a partir do momento em que se verifica a colaboração entre jogadores nas ações de jogo

Bola de jogo – jogar com a oficial a partir do momento em que o jogador domina o contacto com ela e lhe possibilita a utilização de diferentes batimentos

Espaço de jogo – deve ser aumentado de forma a exigir um deslocamento prévio ao contacto com a bola

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3ª ETAPA Análise dos comportamentos motores:

Iniciais Finais O aluno não representa a ação futura “joga no aqui e agora” o que provoca comportamentos inadequados a uma construção efetiva do ataque.

Representa a ação futura deslocando-se para intervir subsequentemente (encadeamento de ações).

O aluno que distribui está orientado de frente para os recetores levando o primeiro a enviar a bola para o campo do adversário sem o visualizar ou a utilizar o colega sem se verificar progressão para a rede.

O aluno distribuidor orienta-se de forma a permitir jogar a bola no espaço próximo da rede: os apoios estão dirigidos para a zona de ataque permitindo progressão para a rede.

O atacante utiliza sempre o mesmo tipo de finalização (passe a duas mãos ou manchete) não provocando incerteza no adversário.

O futuro atacante depois de receber desloca-se para bater a bola numa zona próxima da rede, utiliza batimentos adaptados à trajetória da bola.

Objetivos: Organizar coletivamente o ataque (“passa e vai” encadeamento de ações). Princípios Metodológicos:

Princípios Consequências Meios Realizar deslocamentos sucessivos de acordo com a ação subsequente.

Permite um enquadramento eficaz em relação aos intervenientes no jogo.

Situação de jogo reduzido 2x2: recetor efetue 1º e o 3º toques, o distribuidor efetua o 2º toque.

Fomentar as intervenções ao nível ofensivo no espaço próximo da rede.

Permite o domínio do equilíbrio vertical, traduzindo uma maior eficácia ofensiva.

Concretização do ataque ao 3º toque, acima do plano superior da rede.

Aumentar o espaço de jogo assim como o número de jogadores.

Compreende a relação entre o espaço ocupado e a função exercida

Jogo reduzido 3x3 e 4x4.

Adaptações do regulamento ao nível de prestação:

Regras Ressalto e duplo toque – interditar o seu uso e fomentar a continuidade das ações de jogo entre os jogadores

Mais de 3 toques – interditar o seu uso, uma vez que as exigências se devem aproximar do jogo formal

Altura da rede – pode-se utilizar a rede mais baixa (1.90m), no entanto, esta deverá subir (10 cm) a partir do momento em que o jogador domine o salto vertical.

Dimensões do terreno – deve tender para aumentar, bem como o número de jogadores, uma vez que já domina os deslocamentos no espaço de jogo.

4ª ETAPA Análise dos comportamentos motores:

Iniciais Finais No início desta etapa os alunos já se deslocam para agir, no entanto, os deslocamentos são realizados de forma destampada.

Sincronização entre os deslocamentos e os tipos de trajetória da bola.

O aluno distribuidor desloca-se tardiamente ocasionando batimentos inadaptados.

O aluno distribuir deve adotar uma atitude pré-dinâmica.

O aluno recetor logo após o 1º toque, efetua um deslocamento precipitado para a rede.

O atacante efetua a seu deslocamento em função da posição do distribuidor e da trajetória da bola.

Os alunos deslocam-se para agir, não se verificando todavia, deslocamentos para as ações seguintes.

Após cada ação, cada aluno deve ocupar a zona de ação futura.

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Objetivos: Organizar coletivamente o ataque utilizando a rede em toda a sua extensão. Princípios Metodológicos:

Princípios Consequências Meios Utilizar o espaço próximo da rede e em toda a sua extensão.

Permite a disputa da bola acima do plano superior da rede.

Concretização do ataque próximo da rede, com oposição do bloco individual.

Encadear tarefas distintas que correspondem a fases de jogo diferenciadas.

Compreende que exista sempre uma função a exercer, quer intervenha diretamente ou não.

Utilização de exercícios que integram fases do jogo distintas. Situação de jogo reduzido.

Aumentar o espaço de jogo assim como o número de alunos, discriminação de posições e funções com rotação obrigatória.

Compreende que a sucessão cronológica das funções que desempenham estão diretamente relacionadas com o espaço ocupado.

Situação de jogo formal 6x6.

Adaptações do regulamento ao nível de prestação:

Regras Utilizar o regulamento específico da modalidade

Utilizar as medidas oficiais do campo e do material de jogo

Alguns exercícios para a exercitação dos conteúdos a abordar ao longo da UT:

Deslocamentos: Descrição: a) Os alunos devem começar por executar os deslocamentos sem bola, ao longo das

linhas delimitadas do campo de Voleibol;

linhas finais e linha central – deslocamentos laterais

linhas laterais

no sentido da rede – deslocamentos de frente

no sentido da zona de serviço – deslocamentos de costas b) Numa segunda fase, os alunos executam os deslocamentos, após um estímulo visual

e/ou sonoro feito pelo professor (deslocamento/velocidade de reação). Objetivos: Definir a orientação espacial dos alunos no recinto de jogo.

Passe de Frente: 1

Material: Uma bola para cada grupo de dois alunos. Descrição: O aluno sentado no solo com as pernas estendidas e afastadas, mantém uma bola de Voleibol nas mãos, colocada como no passe. O outro aluno colocará uma das mãos sobre a bola e acompanhará sem perda de contacto os movimentos de flexão e extensão dos MS do companheiro, que atuam contra a resistência exercida pelo companheiro. Objetivo: Introdução ao passe – sentir o nível de tensão dos braços e observar a correta colocação das mãos e dos dedos do aluno.

2 Material: Uma bola para cada aluno. Descrição: Com um joelho apoiado no solo e a bola à sua frente, o aluno coloca as mãos sobre a bola, levanta-a e coloca-a na posição de passe. Todos os dedos devem estar em contacto com a bola. Objetivo: Introdução ao passe – sentir e percecionar as partes dos dedos que devem tocar a bola.

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3 Material: Uma bola para cada aluno. Descrição: O aluno lança a bola ao ar e agarra-a com as duas mãos, colocadas como no passe. Insistir no plano diferenciado dos apoios.

A mesma situação, agora com uma maior flexão do corpo, com o centro de gravidade mais baixo.

Objetivo: Introdução ao passe – coordenação entre o lançamento e a receção da bola. 4

Material: Uma bola para cada aluno. Descrição: a) Junto à parede o aluno toca a bola o mais alto possível e agarra-a. colocação do corpo

bem debaixo da bola de modo a poder tocá-la o mais alto possível; b) Na posição anteriormente descrita, o aluno tente uma sequência de passes à parede.

De acordo com a trajetória e a força imprimida à bola, o aluno deve efetuar o deslocamento;

c) A mesma situação com o joelho no solo. O trabalho executado é principalmente com os segmentos superiores.

Objetivo: Desenvolver a técnica de passe. 5

Material: Uma bola para cada aluno. Descrição: a) O aluno realiza um passe alto, deixa cair a bola no solo, desloca-se e executa

novamente o passe; b) O aluno em toque de sustentação tenta realizar uma distância determinada: seguir uma

linha previamente marcada, com deslocamentos laterais e à retaguarda; c) O aluno em toques de sustentação tenta realizar a seguinte sequência: dois toques

curtos e um terceiro mais alto. Objetivo: Desenvolver a técnica de passe.

6

Material: Uma bola para cada dois alunos. Descrição: a) Passe um para o outro. Quando recebe a bola realiza um toque de sustentação e só

depois o reenvio da bola; b) Passe um para o outro.

Objetivo: Desenvolver a técnica de passe. 7

Material: Uma bola para cada dois alunos. Descrição: a) Um aluno fixo a efetuar o passe com trajetórias diferenciadas de modo a obrigar o

companheiro a efetuar deslocamentos: lateral, frontal e à retaguarda; b) A passa a bola a B e desloca-se lateralmente. B devolve e efetua o deslocamento. Para

se colocar frontalmente. Objetivo: Desenvolver a técnica de passe com deslocamento.

8 Material: Uma bola para cada quatro alunos. Descrição:

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a) O aluno que vai começar o exercício tem atrás de si um suplente. Efetua o passe e segue o sentido da bola ocupando o lugar do recetor, e assim sucessivamente;

b) Colocados em quadrado. A e C são jogadores fixos. D e B são jogadores em movimento que permutam de posição após realização do passe, A e C realizam um toque de sustentação antes de reenviarem a bola.

Objetivo: Desenvolver a técnica de passe. 9

Material: Duas bolas para cada coluna. Descrição: Ao sinal do professor o primeiro aluno de cada coluna executa um passe tentando acertar no arco correspondente. Vai rapidamente buscar a bola e entrega-a ao colega seguinte. Esta situação é realizada com um aluno sentado dentro do arco, somando um ponto cada vez que o aluno agarra a bola sem sair do mesmo. Objetivo: Desenvolver a precisão de passe.

10

Material: Cinco bolas para cada equipa. Descrição: Duas equipas formadas por um número variável de alunos e cada um com o mesmo número de bolas. Ao sinal do professor tenta enviar a bola em passe para o campo adversário. Ganha quem no final do jogo tiver menos bolas na sua área de jogo. Objetivo: Desenvolver a velocidade de passe.

Manchete: 1

Material: Cada aluno com uma bola. Descrição: a) O aluno atira a bola ao ar e tenta amortece-la com os antebraços; b) A mesma situação com o joelho apoiado no solo; c) O aluno realiza toques de sustentação com os antebraços, tentando fazer o maior

número de toques. Objetivo: Introdução à Manchete.

2

Material: Cada aluno com uma bola. Descrição: a) O aluno toca a bola em manchete para cima, deixa-a cair no solo, deslocando-se e

toca-a novamente; b) O mesmo exercício anterior, com dois toques consecutivos; c) O mesmo exercício, só que o segundo toque é efetuado com maior altura, o aluno faz

uma rotação completa do tronco (360º) e continua a ação. Objetivo: Desenvolver a técnica de Manchete.

3 Material: Cada dois alunos com uma bola. Descrição: a) Batimento da bola com ressalto no solo; b) Um aluno de pé com a bola, o outro de joelhos, frontalmente. O aluno com a bola lança-

a com trajetória baixa para o colega que devolve em manchete; c) A mesma situação só que os dois encontram-se de pé. Objetivo: Desenvolver a técnica de Manchete.

4 Material: Cada dois alunos com uma bola.

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Descrição: Jogo de Manchete na rede ou banco sueco. Objetivo: Desenvolver a técnica de Manchete.

5 Material: Professor ou aluno num meio campo com bolas. Descrição: Alunos distribuídos em colunas, no campo adversário ao do professor. Após o lançamento da bola baixa por parte do professor, os alunos efetuam o deslocamento e devolvem-na em manchete.

6 Material: Cada dois alunos com uma bola. Descrição: O professor lança a bola para o aluno da coluna A que após deslocamento lateral devolve a bola para a zona onde se encontra o professor e mais dois ajudantes que agarram a bola. Objetivo: desenvolver a técnica de Manchete.

Passe e Manchete:

1 Material: Cada dois alunos com uma bola. Descrição: 1x1 separados pela rede, um executa o passe e o outro devolve em manchete. Objetivo: Desenvolver a técnica de Passe de frente e Manchete.

2

Material: Cada dois alunos com uma bola. Descrição: Duas colunas de alunos separados pela rede. Os alunos da coluna A com bola, efetuam o passe, os da coluna B devolvem em manchete com deslocamentos laterais. Objetivos: Desenvolver a técnica de Passe de frente e Manchete em deslocamento.

3

Material: Professor com bolas. Descrição: O professor em cima do banco sueco lança a bola para A que passa em manchete para B, que em passe reenvia para o professor. Objetivo: Desenvolver a técnica de Passe de frente e Manchete.

Serviço por baixo / por cima: 1

Material: Cada dois alunos com uma bola. Descrição: a) 1x1 serviço a curta distância do colega; b) A mesma situação com uma distância maior; c) A realiza o serviço e B recebe em toque de dedos e seguidamente executa o mesmo

gesto. Objetivo: Introdução ao serviço.

2

Material: Cada aluno com uma bola. Descrição: Serviço à parede com afastamento progressivo. A bola deverá tocar acima de um ponto referencial. Objetivo: Introdução ao serviço.

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3

Material: Uma coluna com bolas. Descrição: a) Serviço por cima da rede, em que os alunos da coluna B agarram a bola antes de tocar

no solo; b) Os alunos da coluna B recebem a bola em passe ou manchete, de acordo com a sua

trajetória. Objetivo: Desenvolver a técnica.

4

Material: Uma bola para cada aluno. Descrição: A e B realizam cinco serviços cada um. C e D defendem o seu campo. Procurar que C e D realizem três toques antes de colocar a bola no outro campo. Objetivo: Desenvolver a técnica de serviço.

5

Material: Duas colunas de alunos com bola. Descrição: Campo dividido em duas metades, serviço dirigido para a área de jogo respetiva e para o alvo. 0 pontos – serviço falhado 1 ponto - serviço válido 2 pontos – serviço no alvo Objetivo: Desenvolver a técnica de serviço.

Remate: 1

Material: Dois alunos com uma bola. Descrição: Frente a frente: a) A segura a bola na vertical com os MS estendidos e B simula o remate em apoio; b) A segura a bola na vertical com os MS estendidos e B simula o remate em suspensão.

É importante trocar de funções.

Objetivo: Desenvolver a técnica de Remate em apoio e em suspensão. 2

Material: Dois alunos com uma bola. Descrição: Frente a frente, A lança a bola um pouco acima da cabeça rematando e B responde em manchete. Objetivo: Desenvolver a técnica de Remate em apoio e em suspensão.

3 Material: Dois alunos com uma bola. Descrição: a) Junto à rede, B lança a bola na vertical e remata para o outro lado da rede. A recebe a

bola; b) B envia a bola quase na vertical para A. A efetua o remate, primeiro em apoio e

posteriormente em suspensão. Objetivo: Desenvolver a técnica de Remate em apoio e em suspensão.

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Bloco individual: 1

Material: Sem bola, um de cada lado da rede. Descrição: Alunos alternando deslocamentos laterais com impulsão de pernas, tocam as mãos por cima da rede. Objetivo: Introdução da execução do bloco.

2 Material: Cada dois alunos com uma bola. Descrição: Alunos trocam a bola em cima da rede. Enquanto A efetua um “remate”, B não deixa que a bola passe para o seu campo através de bloco. Objetivo: Desenvolver a técnica de Bloco em situação de exercício critério.

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BIBLIOGRAFIA

Apontamentos de Didática de Voleibol do 1.º ano do 2.º Ciclo em Ensino de Educação Física nos Ensinos Básico e Secundário da Faculdade de Desporto da Universidade do Porto. Apontamentos de Didática de Voleibol do 2.º ano do Curso de Professores do Ensino Básico, variante Educação Física da licenciatura na Escola Superior de Educação Jean Piaget. Batista, P.; Rêgo, L. e Azevedo, A. (2011). Em movimento. Edições ASA: Porto. 2.ª Edição. Cardoso, E., Saavedra, A., Montes, N., Rodrigues, J.; Varela, H.; Santos, M. (1998). Educação Física 7º, 8º e 9º Anos. Plátano Editores, S.A. Lisboa. Costa, J. (2006). Jogo Limpo: 7º, 8º e 9ºanos. Porto Editora: Porto. Costa, M.; Costa, A. (2006). Educação Física 7º, 8º e 9ºanos – 3.º ciclo do ensino básico. Areal Editores: Porto. Graça, A.; Oliveira, J. (1998). O ensino do Voleibol. Proposta metodológica. In O ensino dos jogos desportivos coletivos. Porto. 2.ª Edição. Vickers, J. (1989). Instructional Design for Teaching Physical Activities. Human Kinetics Books, Champaign, III. Weineck, J. (2000). Manual do treino ótimo. Piaget Editora, Lisboa. Mesquita, I. (2000): A Pedagogia do Treino – A formação em jogos desportivos coletivos. Lisboa. Livros Horizonte.

SITOGRAFIA:

http://www.google.pt/search?hl=pt-PT&cp=4&gs_id=b&xhr=t&q=voleibol&rlz=1W1TSEH_pt-PTPT352PT352&bav=on.2,or.r_gc.r_pw.r_qf.,cf.osb&wrapid=tljp133513697522806&um=1&ie=UTF-8&tbm=isch&source=og&sa=N&tab=wi&ei=0ZKUT7ynF4K18QPx07XNDA&biw=1366&bih=506&sei=05KUT4OcLsi80QXvl62EAg

http://www.fpvoleibol.pt/