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Capítulo 5.1: Revisão de Série de Potência Encontrar a solução geral de uma equação diferencial linear depende de determinar um conjunto fundamental das soluções da equação homogênea. Já conhecemos um procedimento para construir soluções fundamentais quando a equação tiver coeficientes constantes. Para a grande classe das equações com coeficientes variáveis, nós devemos procurarar por soluções além das funções elementares do cálculo. A principal ferramenta que vamos utilizar é a respresentação de uma função dada por uma série de potência . Então, similar ao método dos coeficientes indeterminados, vamos supor que as soluções têm representações em série de potência, e determinam então os coeficientes que satisfazem à equação.

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Page 1: Capítulo 5.1: Revisão de Série de Potência › sandro_mazorche › files › 2017 › 03 › Soluções-em...Capítulo 5.1: Exemplo 4: Deslocando o índice do Somatório Podemos

Capítulo 5.1:

Revisão de Série de Potência

Encontrar a solução geral de uma equação diferencial linear depende de determinar um conjunto fundamental das soluções da equação homogênea. Já conhecemos um procedimento para construir soluções fundamentais quando a equação tiver coeficientes constantes. Para a grande classe das equações com coeficientes variáveis, nós devemos procurarar por soluções além das funções elementares do cálculo. A principal ferramenta que vamos utilizar é a respresentação de uma função dada por uma série de potência . Então, similar ao método dos coeficientes indeterminados, vamos supor que as soluções têm representações em série de potência, e determinam então os coeficientes que satisfazem à equação.

Page 2: Capítulo 5.1: Revisão de Série de Potência › sandro_mazorche › files › 2017 › 03 › Soluções-em...Capítulo 5.1: Exemplo 4: Deslocando o índice do Somatório Podemos

Capítulo 5.1:

Convergência da Série de Potência

Uma série de potência sobre o ponto x0 tem a forma

e é dita convergente em um ponto x se

existe o limite para todo x. Note que a série converge para x = x0. Pode convergir para todo o ponto x, ou pode convergir para alguns valores de x e outros não.

( )∑∞

=

−1

0n

nn xxa

( )∑=∞→

−m

n

nnm

xxa1

0lim

Page 3: Capítulo 5.1: Revisão de Série de Potência › sandro_mazorche › files › 2017 › 03 › Soluções-em...Capítulo 5.1: Exemplo 4: Deslocando o índice do Somatório Podemos

Capítulo 5.1:

Convergência AbsolutaUma série de potência sobre o ponto x0

é dita Absolutamente Converge no ponto x se a série

converge. Se uma série convergir absolutamente, então a série converge também. O inverso, entretanto, não é necessariamente verdadeiro .

( )∑∞

=

−1

0n

nn xxa

( ) ∑∑∞

=

=

−=−1

01

0n

nn

n

nn xxaxxa

Page 4: Capítulo 5.1: Revisão de Série de Potência › sandro_mazorche › files › 2017 › 03 › Soluções-em...Capítulo 5.1: Exemplo 4: Deslocando o índice do Somatório Podemos

Capítulo 5.1:

Teste da RazãoUm dos testes os mais úteis para a convergência absoluta de uma série de potência

é o teste da razão. Se an ≠ 0, e se, para um valor fixo de x,

então a série de potência converge absolutamente para esse x se |x - x0|L < 1 e diverge se |x - x0|L > 1. O teste é inconclusivo se |x - x0|L = 1.

( )∑∞

=

−1

0n

nn xxa

,lim)()(lim 0

10

0

101 Lxx

aaxx

xxaxxa

n

nnn

n

nn

n−=−=

−− +

∞→

++

∞→

Page 5: Capítulo 5.1: Revisão de Série de Potência › sandro_mazorche › files › 2017 › 03 › Soluções-em...Capítulo 5.1: Exemplo 4: Deslocando o índice do Somatório Podemos

Capítulo 5.1:

Raio de ConvergênciaExiste um número não negative ρ, chamado de raio de convergência, tal que Σ an(x - x0)n converge absolutamente para todo x satisfazendo |x - x0| < ρ e diverge para |x - x0| > ρ. Para uma série que converge somente em x0, definimos ρ=0.Para uma série que converge para todo x, dizemos que ρ é infinito.Se ρ > 0, então |x - x0| < ρ é chamado de intervalo de convergência.

A série pode convergir ou divergir quando |x - x0| = ρ.

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Capítulo 5.1:

Exemplo 1Encontrar o raio de convergência da série abaixo.

Usando o Teste da Razão, obtemos

Em x = -2 e x = 0, a correspondente séries são, respectivamente,

Ambas as séries diverge, pois o n-esimo termo não aproxima de zero.Portanto o intervalo de convergência é (-2, 0), e assim o raio de convergência é ρ = 1.

02 para 1, 11lim)1()1(lim

1

<<−<+=+=+

+→ ∞

+

→ ∞xxx

xx

nn

n

n

( )∑∞

=

+0

1n

nx

( ) ( ) ( ) ( )∑∑∑∑∞

=

=

=

=

=+−=+−0000

110,112n

n

n

n

n

n

n

n

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Capítulo 5.1:

Exemplo 2Encontrar o raio de convergência da série abaixo.

Usando o Teste da Razão, obtemos

Em x = -2 e x = 4, a correspondente séries são, respectivamente,

Estas séries são série convergente alternada e série geométrica, respectivamente. Conseqüentemente o intervalo de convergência é [-2, 4], e assim o raio de convergência é ρ = 3.

( ) ∑∑∞

=

=

−00 3

1,31

nn

nn

n

( )∑∞

=

−1 3

1n

n

n

nx

( ) 42- para 1, 3

11

lim3

1)1(31

)1(3lim1

1

<<<−

=+

−=

−+−

→ ∞+

+

→ ∞x

xn

nxxn

xnnnn

nn

n

Page 8: Capítulo 5.1: Revisão de Série de Potência › sandro_mazorche › files › 2017 › 03 › Soluções-em...Capítulo 5.1: Exemplo 4: Deslocando o índice do Somatório Podemos

Capítulo 5.1:

Exemplo 3Encontrar o raio de convergência da série abaixo.

Usando o Teste da Razão, obtemos

Portanto o intervalo de convergência é (-∞, ∞), e assim o raio de convergência é infinito.

( ) ( ) ∞<<∞<=+

+=++

+→ ∞

+

→ ∞x

nnnx

xnxn

nn

n

n- para 1, 0

!1!lim2

)2(!1)2(!lim

1

( )∑∞

=

+1 !

2n

n

nx

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Capítulo 5.1:

Series de TaylorSuponha que Σ an(x - x0)n converge para f (x) em |x - x0| < ρ. Então os valores de an é dado por

e a série é chamada de series de Taylor para f sobre x = x0. Também, se

então f é continua e possuem todas as derivadas de todas as ordens no intervalo de convergência. Além disso, as derivadas de f podem ser calculadas derivando termo a termo da série.

,!

)( 0)(

nxfa

n

n =

( ) ,!

)()(1

00

)(

∑∞

=

−=n

nn

xxn

xfxf

Page 10: Capítulo 5.1: Revisão de Série de Potência › sandro_mazorche › files › 2017 › 03 › Soluções-em...Capítulo 5.1: Exemplo 4: Deslocando o índice do Somatório Podemos

Capítulo 5.1:

Funções Analíticas Uma função f que tem uma série de Taylor expandida em x = x0

com um raio de convergência ρ > 0, é dita analítica em x0. Todas as funções elementares do cálculo são analíticas. Por exempo, sen x e ex são analítica em todo ponto, enquanto 1/x é analitica exceto em x = 0, e tag x é analítica exceto nos multiplos impares de π /2.Se f e g são analíticas em x0, então também são f ± g, fg, e f /g :

( ) ,!

)()(1

00

)(

∑∞

=

−=n

nn

xxn

xfxf

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Capítulo 5.1:

Igualando SériesSe duas séries de potência são iguais, isto é,

para cada x em algum intervalo aberto com centro x0, então an = bn para n = 0, 1, 2, 3,…Em particular, se

então an = 0 para n = 0, 1, 2, 3,…

( ) ( )∑∑∞

=

=

−=−1

01

0n

nn

n

nn xxbxxa

( ) 01

0 =−∑∞

=n

nn xxa

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Capítulo 5.1:

Deslocando o índice do SomatórioO índice do somatírio de uma série infinita é um parâmetro mudo assim como na variável da integração em uma integral definitiva é uma variável muda. Assim não importa com que letra é usada para o índice da soma:

Assim como nós fazemos mudanças na variável da integração em uma integral definitiva, nós também vamos fazer mudanças convenientes no índice da soma da série de equações diferenciais.

( ) ( )∑∑∞

=

=

−=−1

01

0k

kk

n

nn xxaxxa

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Capítulo 5.1:

Exemplo 4: Deslocando o índice do Somatório

Podemos verificar que

fazendo m = n -1 na série da esquerda. Então n = 1 corresponde a m = 0, e assim

Substituindo o índice mudo m pelo n, obtemos

como queriamos.

n

nn

n

nn xaxa )1()1(

01

1

1+=+ ∑∑

=+

−∞

=

m

mm

n

nn xaxa )1()1(

01

1

1+=+ ∑∑

=+

−∞

=

n

nn

n

nn xaxa )1()1(

01

1

1+=+ ∑∑

=+

−∞

=

Page 14: Capítulo 5.1: Revisão de Série de Potência › sandro_mazorche › files › 2017 › 03 › Soluções-em...Capítulo 5.1: Exemplo 4: Deslocando o índice do Somatório Podemos

Capítulo 5.1:

Exemplo 5: Reescrevendo o termo genericoPodemos escrever a série

como uma soma cujo o termo genérico envolva xn deixando m = n + 3. Então n = 0 corresponde para m = 3, e n + 1 igual a m – 2. Segue que

Substituindo o índice mudo m pelo n, obtemos

como queriamos.

3

0)1( +

=∑ + n

nn xan

m

mm

n

nn xamxan ∑∑

=−

+∞

=

−=+3

33

0)2()1(

n

nn xan∑

=−−

33)2(

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Capítulo 5.2: Soluções em Séries

Na Vizinhança de um Ponto Ordinário

No Capítulo 3, vimos métodos para resolver EDO de 2a ordem com coeficientes constantes. Agora consideramos o caso onde os coeficientes são funções da variável independente, que nós denotaremos por x. É suficiente considerar a equação homogênea

sendo que o método para o caso não homogêneo é similar . Primeiramente consideraremos o caso quando P, Q, R são polinomiais, e também contínuas. Entretanto, veremos, que o método de resolução é também aplicável quando P, Q e R são funções analíticas gerais.

,0)()()( 2

2

=++ yxRdxdyxQ

dxydxP

Page 16: Capítulo 5.1: Revisão de Série de Potência › sandro_mazorche › files › 2017 › 03 › Soluções-em...Capítulo 5.1: Exemplo 4: Deslocando o índice do Somatório Podemos

Capítulo 5.2:

Pontos Ordinários

Assumindo que P, Q, R são polinomios com nenhum fator comuns, e nós queremos resolver a equação abaixo em uma vizinhança de um ponto de interesse:

O ponto x0 é chamado de ponto ordinário se P(x0) ≠ 0. Desde que P é contínua, P(x) ≠ 0 para todo x em algum intervalo em x0. Para x neste intervalo, dividimos a equação diferencial por P

Sendo p e q contínuas, o Teorema 3.2.1 diz que existe uma única solução, dando as condições iniciais y(x0) = y0, y'(x0) = y0'

0)()()( 2

2

=++ yxRdxdyxQ

dxydxP

)()()( ,

)()()( o,0)()(

2

2

xPxRxq

xPxQxpndeyxq

dxdyxp

dxyd ===++

Page 17: Capítulo 5.1: Revisão de Série de Potência › sandro_mazorche › files › 2017 › 03 › Soluções-em...Capítulo 5.1: Exemplo 4: Deslocando o índice do Somatório Podemos

Capítulo 5.2:

Pontos SingularesSuponha que queremos resolver a equação abaixo em alguma vizinhança de um ponto de interesse x0:

O ponto x0 é chamado de ponto singular se P(x0) = 0. Sendo P, Q, R polinomiais com nenhum fator comum, isto siguinifica que Q(x0) ≠ 0 ou R(x0) ≠ 0, ou ambos. Então pelo menos um deles p ou q torna-se ilimitado quando x → x0, e portanto não podemos aplicar o Teorema 3.2.1 para esta situação. As seções 5.4 a 5.8 tratam dos métodos para encontrar soluções na vizinhança de um ponto singular.

)()()( ,

)()()( where,0)()(2

2

xPxRxq

xPxQxpyxq

dxdyxp

dxyd ===++

Page 18: Capítulo 5.1: Revisão de Série de Potência › sandro_mazorche › files › 2017 › 03 › Soluções-em...Capítulo 5.1: Exemplo 4: Deslocando o índice do Somatório Podemos

Capítulo 5.2:Soluções em Séries

na Vizinhança de um Ponto Ordinário

A fim resolver a equação perto de um ponto ordinário x0,

nós suporemos uma representação da série da função desconhecida da solução y:

Contanto que nós estamos dentro do intervalo da convergência, esta representação de y é contínua e tem todas as derivadas de todas as ordens .

0)()()( 2

2

=++ yxRdxdyxQ

dxydxP

∑∞

=

−=0

0 )()(n

nn xxaxy

Page 19: Capítulo 5.1: Revisão de Série de Potência › sandro_mazorche › files › 2017 › 03 › Soluções-em...Capítulo 5.1: Exemplo 4: Deslocando o índice do Somatório Podemos

Capítulo 5.2:

Exemplo 1: Solução em SériesEncontrando uma solução em série para a equação

Onde, P(x) = 1, Q(x) = 0, R(x) = 1. Assim cada ponto x é um ponto ordinário. tomando x0 = 0. Assumindo que uma solução em series é da forma

Diferenciando termo a termo obtemos

Substituindo estas expressões na equação, temos

∑∞

=

=0

)(n

nn xaxy

( )∑∑∑∞

=

−∞

=

−∞

=

−=′′=′=2

2

1

1

01)(,)(,)(

n

nn

n

nn

n

nn xannxyxnaxyxaxy

( ) 0102

2 =+− ∑∑∞

=

=

n

nn

n

nn xaxann

∞<<∞−=+′′ xyy ,0

Page 20: Capítulo 5.1: Revisão de Série de Potência › sandro_mazorche › files › 2017 › 03 › Soluções-em...Capítulo 5.1: Exemplo 4: Deslocando o índice do Somatório Podemos

Capítulo 5.2:

Exemplo 1: Combinando as séries

A equação é

Deslocando os índices, obtemos

( ) 0102

2 =+− ∑∑∞

=

=

n

nn

n

nn xaxann

( )( )

( )( )[ ] 012

ou

012

02

002

=+++

=+++

∑∑

=+

=

=+

n

nnn

n

nn

n

nn

xaann

xaxann

Page 21: Capítulo 5.1: Revisão de Série de Potência › sandro_mazorche › files › 2017 › 03 › Soluções-em...Capítulo 5.1: Exemplo 4: Deslocando o índice do Somatório Podemos

Capítulo 5.2:

Exemplo 1: Relação Recursiva

Assim

Para esta equação ser valida para todo x, o coeficiente de cada potência de x deve ser zero, e assim

Este tipo de equação é chamada de uma relação recursiva.Vamos encontrar individualmente os coeficientes a0, a1, a2, …

( )( )

( )( ) ...,2,1,0,12

ou...,2,1,0,012

2

2

=++

−=

==+++

+

+

nnn

aa

naann

nn

nn

( ) ( )[ ] 0120

2 =+++∑∞

=+

n

nnn xaann

Page 22: Capítulo 5.1: Revisão de Série de Potência › sandro_mazorche › files › 2017 › 03 › Soluções-em...Capítulo 5.1: Exemplo 4: Deslocando o índice do Somatório Podemos

Para encontrar a2, a4, a6, …., procedemos da seguinte forma:

Capítulo 5.2:

Exemplo 1: Coeficientes Pares( ) ( )122 ++

−=+ nnaa n

n

( ) ...,3,2,1,)!2(

1

,12345656

,123434

,12

02

046

024

02

=−=

⋅⋅⋅⋅⋅−=

⋅−=

⋅⋅⋅=

⋅−=

⋅−=

kk

aa

aaa

aaa

aa

k

k

Page 23: Capítulo 5.1: Revisão de Série de Potência › sandro_mazorche › files › 2017 › 03 › Soluções-em...Capítulo 5.1: Exemplo 4: Deslocando o índice do Somatório Podemos

Para encontrar a3, a5, a7, …., procedemos da seguinte forma:

Capítulo 5.2:

Exemplo: Coeficientes Impares

( ) ...,3,2,1,)!12(

1

,123456767

,1234545

,23

112

157

135

13

=+

−=

⋅⋅⋅⋅⋅⋅−=

⋅−=

⋅⋅⋅⋅=

⋅−=

⋅−=

+ kk

aa

aaa

aaa

aa

k

k

( ) ( )122 ++−=+ nn

aa nn

Page 24: Capítulo 5.1: Revisão de Série de Potência › sandro_mazorche › files › 2017 › 03 › Soluções-em...Capítulo 5.1: Exemplo 4: Deslocando o índice do Somatório Podemos

Capítulo 5.2:

Exemplo 1: SoluçãoNós temos agora a seguinte informação:

Assim

Note: a0 e a1 são determinados pelas condições iniciais.Também, pelo teste da razão pode-se mostrar que estas duas séries convergem absolutamente sobre (-∞, ∞), e daqui as manipulações que nós executamos na série em cada etapa são válidas.

y ( x )=∑n=0

an xn , onde a2k=(−1 )k

(2k ) !a0 , a 2k+1=

(−1)k

(2k+1) !a1

12

01

2

00 !)12(

)1(!)2(

)1()( +∞

=

=∑∑ +

−+−= n

n

nn

n

n

xn

axn

axy

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Capítulo 5.2:

Exemplo 1: Definindo as Funções pelo PVIA solução encontrada é

Por cálculos, nos sabemos que esta solução é equivalente a

Anteriormente, nós vimos que cosx e o sinx são certamente soluções fundamentais da nossa equação diferencial original

12

01

2

00 !)12(

)1(!)2(

)1()( +∞

=

=∑∑ +

−+−= n

n

nn

n

n

xn

axn

axy

xaxaxy sencos)( 10 +=

∞<<∞−=+′′ xyy ,0

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Capítulo 5.2:Exemplo 1: Gráfico

Os gráficos abaixo mostram as aproximações das somas parciais de cos x e sen x. Enquanto o número dos termos aumenta, o intervalo aumenta e a aproximação torna-se satisfatória por um longo trecho, e para cada x neste intervalo que a exatidão melhora. Entretanto, a série de potência truncada fornece somente uma aproximação local na vizinhança de x = 0.

12

01

2

00 !)12(

)1(!)2(

)1()( +∞

=

=∑∑ +

−+−= n

n

nn

n

n

xn

axn

axy

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Capítulo 5.2:

Exemplo 2: Equação de Airy

Encontre uma solução em série da equação de Airy em x0 = 0:

Onde, P(x) = 1, Q(x) = 0, R(x) = - x. Assim todo ponto x é um ponto ordinário. Tomando x0 = 0. Assumindo uma solução em series e diferenciando, obtemos

Substituindo estas expressões na equação, obtemos

( )∑∑∑∞

=

−∞

=

−∞

=

−=′′=′=2

2

1

1

0

1)(,)(,)(n

nn

n

nn

n

nn xannxyxnaxyxaxy

( ) 010

1

2

2 =−− ∑∑∞

=

+∞

=

n

nn

n

nn xaxann

∞<<∞−=−′′ xxyy ,0

Page 28: Capítulo 5.1: Revisão de Série de Potência › sandro_mazorche › files › 2017 › 03 › Soluções-em...Capítulo 5.1: Exemplo 4: Deslocando o índice do Somatório Podemos

Capítulo 5.2:

Exemplo 2: Combinando as Séries

A equação é

Deslocando os índices, temos

( ) 010

1

2

2 =−− ∑∑∞

=

+∞

=

n

nn

n

nn xaxann

( )( )

( )( )[ ] 01212

ou

012

1122

11

02

=−+++⋅⋅

=−++

∑∑

=−+

=−

=+

n

nnn

n

nn

n

nn

xaanna

xaxann

Page 29: Capítulo 5.1: Revisão de Série de Potência › sandro_mazorche › files › 2017 › 03 › Soluções-em...Capítulo 5.1: Exemplo 4: Deslocando o índice do Somatório Podemos

Capítulo 5.2:

Exemplo 2: Relação de Recursividade

Assim temos a equação

Para que esta equação seja valida para todo x, os coeficientes de cada potência de x deve ser zero; assim a2 = 0 e

( )( )

( )( ) ...,2,1,0,23

ou

,...3,2,1,12

3

12

=++

=

=++

=

+

−+

nnn

aa

nnn

aa

nn

nn

( )( )[ ] 012121

122 =−+++⋅⋅ ∑∞

=−+

n

nnn xaanna

Page 30: Capítulo 5.1: Revisão de Série de Potência › sandro_mazorche › files › 2017 › 03 › Soluções-em...Capítulo 5.1: Exemplo 4: Deslocando o índice do Somatório Podemos

Capítulo 5.2:

Exemplo 2: Coeficientes

Temos a2 = 0 e

Para esta relação de recursividade, note que a2 = a5 = a8 = … = 0.

Logo, vamos encontrar os coeficientes a0, a3, a6, ….Nós fazemos isto encontrando uma fórmula a3n, n = 1, 2, 3, …

Após isso, nós encontramos a1, a4, a7, …, encontrando uma fórmula para a3n+1, n = 1, 2, 3, …

( ) ( ) ...,2,1,0,323 =

++=+ n

nnaa n

n

Page 31: Capítulo 5.1: Revisão de Série de Potência › sandro_mazorche › files › 2017 › 03 › Soluções-em...Capítulo 5.1: Exemplo 4: Deslocando o índice do Somatório Podemos

Capítulo 5.2:

Exemplo 2: Encontrando a3n

Achando a3, a6, a9, ….

A fórmula geral para esta seqüência é

( )( )323 ++=+ nn

aa nn

⋯,98653298

,653265

,32

069

036

03 ⋅⋅⋅⋅⋅

=⋅

=⋅⋅⋅

=⋅

=⋅

= aaaaaaaa

...,2,1,)3)(13)(33)(43(6532

03 =

−−−⋅⋅⋅= n

nnnnaa n ⋯

Page 32: Capítulo 5.1: Revisão de Série de Potência › sandro_mazorche › files › 2017 › 03 › Soluções-em...Capítulo 5.1: Exemplo 4: Deslocando o índice do Somatório Podemos

Capítulo 5.2:

Exemplo 2: Encontrando a3n+1

Achando a4, a7, a10, …

A fórmula geral para esta seqüência é

⋯,1097643109

,764376

,43

1710

147

14 ⋅⋅⋅⋅⋅

=⋅

=⋅⋅⋅

=⋅

=⋅

= aaaaaaaa

...,2,1,)13)(3)(23)(33(7643

113 =

+−−⋅⋅⋅=+ n

nnnnaa n ⋯

( )( )323 ++=+ nn

aa nn

Page 33: Capítulo 5.1: Revisão de Série de Potência › sandro_mazorche › files › 2017 › 03 › Soluções-em...Capítulo 5.1: Exemplo 4: Deslocando o índice do Somatório Podemos

Capítulo 5.2:

Exemplo 2: Series e Coeficientes Nós temos agora a seguinte informação:

onde a0, a1 são arbitrários, e

n

nn

n

nn xaxaaxaxy ∑∑

=

=

++==3

100

)(

...,2,1,)13)(3)(23)(33(7643

...,2,1,)3)(13)(33)(43(6532

113

03

=+−−⋅⋅⋅

=

=−−−⋅⋅⋅

=

+ nnnnn

aa

nnnnn

aa

n

n

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Capítulo 5.2:

Exemplo 2: SoluçãoAssim nossa solução é

onde a0, a1 são arbitrários(determinado pelas condições iniciais).Considere dois casos (1) a0 =1, a1 = 0 ⇔ y(0) = 1, y'(0) = 0 (2) a0 =0, a1 = 1 ⇔ y(0) = 0, y'(0) = 1A solução correspondente y1(x), y2(x) são Linearmente Independentes, desde que W(y1, y2)(0) =1 ≠ 0, onde

+⋅

++

−⋅

+= ∑∑∞

=

+∞

= 1

13

11

3

0 )13)(3(43)3)(13(321)(

n

n

n

n

nnxxa

nnxaxy

⋯⋯

)0()0()0()0()0()0()0()0(

)0)(,( 212121

2121 yyyy

yyyy

yyW ′−′=′′

=

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Capítulo 5.2:

Exemplo 2: Soluções Fundamentais Nossa solução:

Para estes casos (1) a0 =1, a1 = 0 ⇔ y(0) = 1, y'(0) = 0 (2) a0 =0, a1 = 1 ⇔ y(0) = 0, y'(0) = 1,a solução correspondente y1(x), y2(x) são linearmente independentes, e assim são soluções fundamentais para a equação de Airy, com solução geral

y (x) = c1 y1(x) + c1 y2(x)

+⋅

++

−⋅

+= ∑∑∞

=

+∞

= 1

13

11

3

0 )13)(3(43)3)(13(321)(

n

n

n

n

nnxxa

nnxaxy

⋯⋯

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Capítulo 5.2:

Exemplo 2: GráficoAssim dado as condições iniciais y(0) = 1, y'(0) = 0 and y(0) = 0, y'(0) = 1as soluções são, respectivamente,

O gráfico de y1 e y2 são dados abaixo. Note a precisão do intervalo de aproximação para cada soma parcial

∑∑∞

=

+∞

= +⋅+=

−⋅+=

1

13

21

3

1 )13)(3(43)(,

)3)(13(321)(

n

n

n

n

nnxxxy

nnxxy

⋯⋯

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Capítulo 5.2:

Exemplo 3: Equação de Airy

Encontre uma solução em série da equação de Airy em x0 = 1:

Onde, P(x) = 1, Q(x) = 0, R(x) = - x. Assim todo ponto x é um ponto ordinário. Tome x0 = 1. Assumindo uma solução em séries e diferenciando, temos

Substituindo isto na EDO e deslocando os índices, obtemos

( )∑∑∑∞

=

−∞

=

−∞

=

−−=′′−=′−=2

2

1

1

0)1(1)(,)1()(,)1()(

n

nn

n

nn

n

nn xannxyxnaxyxaxy

( )( ) ( ) ( )∑∑∞

=

=+ −=−++

002 1112

n

nn

n

nn xaxxann

∞<<∞−=−′′ xxyy ,0

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Capítulo 5.2:

Exemplo 3: Reescrevendo a Equação da Série

Nossa equação é

O x do lado direito pode ser reescrito como 1 + (x – 1); e Assim

( )( ) ( ) ( )∑∑∞

=

=+ −=−++

002 1112

n

nn

n

nn xaxxann

( ) ( ) ( ) [ ] ( )

( ) ( )

( ) ( )∑∑

∑∑

∑∑

=−

=

=

+∞

=

=

=+

−+−=

−+−=

−−+=−++

11

0

0

1

0

002

11

11

1)1(1112

n

nn

n

nn

n

nn

n

nn

n

nn

n

nn

xaxa

xaxa

xaxxann

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Capítulo 5.2:

Exemplo 3: Relação de Recursividade

Assim nossa equação torna-se

Portanto a relação de recursividade é

Equacionando as potencias de x -1, obtemos

,1224

34

,66

23

,2

2

104124

103013

0202

aaaaaa

aaaaaa

aaaa

+=⇒+=⋅

+=⇒+=⋅

=⇒=

( ) ( ) ( ) ( ) ( )∑∑∑∞

=−

=

=+ −+−+=−+++

11

10

122 111122

n

nn

n

nn

n

nn xaxaaxanna

( ) ( ) )1(,12 12 ≥+=++ −+ naaann nnn

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Capítulo 5.2:

Exemplo 3: Solução

Nós temos agora a seguinte informação:

e

( )∑∞

=

−=0

1)(n

nn xaxy

( ) ( ) ( )

( ) ( ) ( )

+−+−+−+

+−+−+−+=

121

611

241

61

211)(

43

1

432

0

xxxa

xxxaxy⋮

,1224

,66

,2

arbitrárioarbitrário

104

103

02

1

0

aaa

aaa

aa

aa

+=

+=

=

==

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Capítulo 5.2:

Exemplo 3: Solução e RecursividadeNossa solução:

A recursão tem três termos ,

e determinar uma fórmula geral para os coeficientes an pode ser difícil ou impossível.Entretanto, nós podemos gerar tantos coeficientes que quisermos, preferivelmente com a ajuda de um sistema de álgebra computacional.

( ) ( ) ( )

( ) ( ) ( )

+−+−+−+

+−+−+−+=

121

611

241

61

211)(

43

1

432

0

xxxa

xxxaxy

,1224

,66

,2

arbitrárioarbitrário

104

103

02

1

0

aaa

aaa

aa

aa

+=

+=

=

==

( ) ( ) )1(,12 12 ≥+=++ −+ naaann nnn

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Capítulo 5.2:

Exemplo 3: Solução e ConvergênciaA solução:

Desde que não temos uma fórmula geral, não podemos usar um teste de convergência (isto é, teste da razão) em nossa série de potência

Isto significa que nossas manipulações da série de potência para chegar na solução pode ser suspeito. Entretanto, os resultados da seção 5.3 confirmarão a convergência da nossa solução .

( ) ( ) ( )

( ) ( ) ( )

+−+−+−+

+−+−+−+=

121

611

241

61

211)(

43

1

432

0

xxxa

xxxaxy

( )∑∞

=

−=0

1)(n

nn xaxy

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Capítulo 5.2:

Exemplo 3: Soluções Fundamentais

Nossa solução:

ou

Podemos mostrar que as soluções y3(x), y4(x) são LI, e assim são soluções fundamentais da equação de Airy, com solução geral

( ) ( ) ( )

( ) ( ) ( )

+−+−+−+

+−+−+−+=

121

611

241

61

211)(

43

1

432

0

xxxa

xxxaxy

)()()( 4130 xyaxyaxy +=

)()()( 4130 xyaxyaxy +=

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Capítulo 5.2:

Um outro MétodoPara muitos problemas, o método que segue é mais simples do que o anterior.Suponhamos que exista uma solução y(x) do PVI abaixo:

que possa ser representada em série de potência em x=x0. Logo, pelo Teorema de Taylor

O que implica que os coeficientes an são identificados por

==

=−= ∑

=

00

000

0

')(')(

)',,('',)()(

yxyyxy

yyxfyxxaxy

n

nn

0

)',,()(,)',,(''

)('),(,!

)(

)(

0)(

01000

)(

xxn

nn

n

n

dxyyxfdxyyyxfye

xyaxyaonden

xya

=

==

===

....)(!

)(........)(

!2)(''

)(!1

)(')()( 0

0)(

20

00

00 +−+−+−+= n

n

xxn

xyxxxyxxxyxyxy

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Capítulo 5.2:

Exemplo 4Considere o seguinte PVI.

e as seguintes devivadas vamos encontrar a série de potência em x=1.

Pelo Teorema de Taylor os coeficientes an são identificados por

e assim por diante. Assim, por recursividade, encontramos a solução

−=−=−=

−=−=

−−=⇒

==

−=+

)5()7(

)4()6(

)5(

)4(

'''

'''2'''

12''

3)1('1)1(

12''

yyyyyy

yyyy

yxy

yy

xyy

,....0!6

)1(!6

)1(,!5

1!5

)1('''!5

)1(,0!4

)1(''!4

)1(

,!31

!3)1('2

!3)1(''',0

!2)1('',3

!1)1(',1

!0)1(

)4()6(

6

)5(

5

)4(

4

3210

====−===−==

−=−========

yyayyayya

yyayayaya

....)1(!

)1(........)1(!2

)1('')1(!1

)1(')1()()(

2 +−+−+−+= nn

xn

yxyxyyxy

...)1(!9

1)1(!7

1)1(!5

1)1(!3

1)1(!131)( 9753 −−+−−−+−−−+= xxxxxxy