5. escoamentos internos 5.1. introdução neste capítulo serão estudados os efeitos da viscosidade...

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5. ESCOAMENTOS INTERNOS 5.1. Introdução Neste capítulo serão estudados os efeitos da viscosidade em escoamentos internos e incompressíveis. Compreende: Escoamento em: tubos circulares dutos não circulares canais abertos (Hidráulica) O escoamento de fluidos viscosos se dá em dois regimes: laminar e turbulento.

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Page 1: 5. ESCOAMENTOS INTERNOS 5.1. Introdução Neste capítulo serão estudados os efeitos da viscosidade em escoamentos internos e incompressíveis. Compreende:

5. ESCOAMENTOS INTERNOS

5.1. Introdução

Neste capítulo serão estudados os efeitos da viscosidade em escoamentos internos e incompressíveis.

Compreende:

Escoamento em:

tubos circulares

dutos não circulares

canais abertos (Hidráulica)

O escoamento de fluidos viscosos se dá em dois regimes:

laminar e

turbulento.

Page 2: 5. ESCOAMENTOS INTERNOS 5.1. Introdução Neste capítulo serão estudados os efeitos da viscosidade em escoamentos internos e incompressíveis. Compreende:

O parâmetro empregado para identificar o regime de escoamento é o número de Reynolds.

ascosvisForçasinérciadeForçasVVRe

Quando essa razão torna-se grande, é esperado que as forças de inércias predominem sobre as forças viscosas.

Essa situação ocorre em mudanças de geometria repentinas (perdas localizadas).

Não é o caso de tubos longos ou canis abertos, onde os efeitos viscosos predominam (perdas distribuídas).

Tubos Re < 2000 escoamento laminar

Canal largo Re < 1500 escoamento laminar

Page 3: 5. ESCOAMENTOS INTERNOS 5.1. Introdução Neste capítulo serão estudados os efeitos da viscosidade em escoamentos internos e incompressíveis. Compreende:

u = u(y)

espessura da camada limite

(região na qual ocorre 99% da variação da velocidade)

= (x)

V = cte. V

y

x

Camada limite

5.2. Escoamento de Entrada e Escoamento Totalmente desenvolvido

Camada limite

Camada Limite laminar

Page 4: 5. ESCOAMENTOS INTERNOS 5.1. Introdução Neste capítulo serão estudados os efeitos da viscosidade em escoamentos internos e incompressíveis. Compreende:

y

x

Sub camada laminar

V

T

u = u(y)

C. L. laminar C. L. turbulenta

transição

V

u = u(y)

Camada limite turbulenta

Page 5: 5. ESCOAMENTOS INTERNOS 5.1. Introdução Neste capítulo serão estudados os efeitos da viscosidade em escoamentos internos e incompressíveis. Compreende:

V = cte.

T

T

Vmáx

Estabelecimento de um escoamento laminar em um tubo

Page 6: 5. ESCOAMENTOS INTERNOS 5.1. Introdução Neste capítulo serão estudados os efeitos da viscosidade em escoamentos internos e incompressíveis. Compreende:

Núcleo sem efeitos viscosos; du/dy = 0.

Re065,0DLE

Page 7: 5. ESCOAMENTOS INTERNOS 5.1. Introdução Neste capítulo serão estudados os efeitos da viscosidade em escoamentos internos e incompressíveis. Compreende:

V = cte.

TVmáx

Estabelecimento de um escoamento turbulento

T

Escoamento laminar Sub camada laminar

Escoamento turbulento

Page 8: 5. ESCOAMENTOS INTERNOS 5.1. Introdução Neste capítulo serão estudados os efeitos da viscosidade em escoamentos internos e incompressíveis. Compreende:

D120LE

n/1

0máx )

rr1(u)r(u

Page 9: 5. ESCOAMENTOS INTERNOS 5.1. Introdução Neste capítulo serão estudados os efeitos da viscosidade em escoamentos internos e incompressíveis. Compreende:

5.3. Escoamento Laminar em um Tubo

5.3.1. Abordagem elementar

Hipótese:

• regime laminar (totalmente desenvolvido),

• regime permanente e

• incompressível.

Um volume elementar do fluido é mostrado na Fig. 7.4.

Page 10: 5. ESCOAMENTOS INTERNOS 5.1. Introdução Neste capítulo serão estudados os efeitos da viscosidade em escoamentos internos e incompressíveis. Compreende:

Se o diâmetro é constante em um escoamento permanente e incompressível, é sinal que a aceleração em x é nula.

Assim, considerando a 2ª Lei de Newton, vem:

0sendxrdxr2r)dpp(rp 222 dividindo por r,

0)dxdh(dxrdx2dpr

dhsendx dxdhsen

Page 11: 5. ESCOAMENTOS INTERNOS 5.1. Introdução Neste capítulo serão estudados os efeitos da viscosidade em escoamentos internos e incompressíveis. Compreende:

0)dxdh(dxrdx2dpr

)dhdp(2rdx )hp(d

2r

ou:

)hp(dxd

2r

Escoamento laminar ou turbulento

Para escoamento laminar unidimensional, considera-se a Lei da viscosidade de Newton.

dydu

Onde y = 0 na parede e cresce para dentro do escoamento.

Page 12: 5. ESCOAMENTOS INTERNOS 5.1. Introdução Neste capítulo serão estudados os efeitos da viscosidade em escoamentos internos e incompressíveis. Compreende:

Com estas considerações a Lei de viscosidade de Newton, passa a ser escrita como:

drdu

Na Eq. anterior, vem:

)hp(dxd

2r

drdu

• u = u(r) não depende de “x”

• (p + h) = p* pressão de movimento

• p* = p*(x) não depende de “r”

Como no problema em estudo a variável é o raio (r), há necessidade de se proceder a uma mudança de variável.

rry 0 drdy

Page 13: 5. ESCOAMENTOS INTERNOS 5.1. Introdução Neste capítulo serão estudados os efeitos da viscosidade em escoamentos internos e incompressíveis. Compreende:

Considerando a condição de contorno:

p/ r = r0 u = 0 (parede do tubo condição de aderência).

A)hp(dxd

4r0

20

)hp(dxd

4rA

20

)rr)(hp(dxd

41u 2

02

perfil parabólico.

Escoamento de Poiseuille.

Jean L. Poiseuille (1799 – 1869).

Separando as variáveis e integrando,

drr)hp(dxd

21du A)hp(

dxd

4ru

2

Page 14: 5. ESCOAMENTOS INTERNOS 5.1. Introdução Neste capítulo serão estudados os efeitos da viscosidade em escoamentos internos e incompressíveis. Compreende:

5.3.2 Resolvendo as equações de Navier–Stokes5.3.3. Quantidades do escoamento em um tubo

• Velocidade média V

Pelo teorema do valor médio,

dA = 2r dr

r

dr

r0

AQdAu

A1V

A

0r

020

drr2ur1V

0r

0

20

220

drr)rr(dx

)hp(d41

r2V

0r

0

20

320

dr)rrr(dx

)hp(dr2

1V

Page 15: 5. ESCOAMENTOS INTERNOS 5.1. Introdução Neste capítulo serão estudados os efeitos da viscosidade em escoamentos internos e incompressíveis. Compreende:

0r

0

20

320

dr)rrr(dx

)hp(dr2

1V

0r

0

220

4

20 2

rr4r

dx)hp(d

r21V

dx

)hp(d8r20

No caso de tubos horizontais

h = Cte. dh = 0.

Para escoamento totalmente desenvolvido,

de modo que:.Ctedxdp

Page 16: 5. ESCOAMENTOS INTERNOS 5.1. Introdução Neste capítulo serão estudados os efeitos da viscosidade em escoamentos internos e incompressíveis. Compreende:

x

p

dx

p + dp

Lp p - p

p queda de pressão.

1 2

dxp)dpp(

Lp)pp(

Lp

dxdp

Page 17: 5. ESCOAMENTOS INTERNOS 5.1. Introdução Neste capítulo serão estudados os efeitos da viscosidade em escoamentos internos e incompressíveis. Compreende:

Assim, para tubos horizontais

ou, explicitando a queda de pressãoLp

8rV

20

20r

LV8p

A vazão será de:

Lp

8)2D(

4DAVQ

22

L128pDQ

4

Eq. de Hagen-Poiseuille.

Para tubos inclinados basta substituir “p” por “p + h”.

Page 18: 5. ESCOAMENTOS INTERNOS 5.1. Introdução Neste capítulo serão estudados os efeitos da viscosidade em escoamentos internos e incompressíveis. Compreende:

A velocidade máxima ocorre no centro do tubo (r = 0).

Ou seja:

dx)hp(d

4ru

20

máx

)rr)(hp(

dxd

41u 2

02

Foi visto que:

dx)hp(d

8rV

20

máxu21V

Lp

8rV

20

Page 19: 5. ESCOAMENTOS INTERNOS 5.1. Introdução Neste capítulo serão estudados os efeitos da viscosidade em escoamentos internos e incompressíveis. Compreende:

No caso do escoamento em tubos, foi mostrado que a tensão de cisalhamento é dada por:

drdu

dx

)hp(d2r

Na parede do tubo, r = r0 e = 0, de modo que:

dx)hp(d

2r0

0

Lp

2r0

0

0

rL2p

x

= (r) distribuição linear.

0

0

r

Lp

2r

Page 20: 5. ESCOAMENTOS INTERNOS 5.1. Introdução Neste capítulo serão estudados os efeitos da viscosidade em escoamentos internos e incompressíveis. Compreende:

Seja:

f fator de atrito (tensão de cisalhamento adimensional).

Com:

281

0

Vf

Considerando que,

p queda de pressão (perda).

Tem-se:

0

0L r

L2hp

DL4 0

g

VDL

8f4 2

g2V

DLfh

2

L Eq. de Darcy-Weisbch

Henri P. G. Darcy (1803 – 1858); Julius Weisbach (1806 – 1871).

Page 21: 5. ESCOAMENTOS INTERNOS 5.1. Introdução Neste capítulo serão estudados os efeitos da viscosidade em escoamentos internos e incompressíveis. Compreende:

Combinado a Eq. abaixo com a Eq. de Darcy-Weisbach

20r

LV8p

g2V

DLfh

2

L 20rLV8

2DLV32

g2

VDL

DV64 2

Portanto, para o escoamento laminar, tem-se:

Re64f

Observa-se, ainda, que para o escoamento laminar a perda de carga varia linearmente com a velocidade.

p

Page 22: 5. ESCOAMENTOS INTERNOS 5.1. Introdução Neste capítulo serão estudados os efeitos da viscosidade em escoamentos internos e incompressíveis. Compreende:

Exemplo 7.1

Um tubo horizontal de diâmetro pequeno é conectado a um reservatório, como mostra a Fig. E7.1. Se 6600 mm3 são capturados na saída em 10 s, estime a viscosidade da água.

FIGURA E7.1

Page 23: 5. ESCOAMENTOS INTERNOS 5.1. Introdução Neste capítulo serão estudados os efeitos da viscosidade em escoamentos internos e incompressíveis. Compreende:

Dados: = 6600 mm3 = 6,60·10-6 m3,t = 10 s,

L = 1,20 m,D = 1 mm = 10-3 m,

H = 2,0 m.Solução:

Escoamento viscoso Equação da Energia.

L1

211

0

200 hz

g2Vpz

g2Vp

= 0 = 0 = 0 = 0 = 0Hzh 0L

.s/m1060,610

1060,6t

Q 376

Page 24: 5. ESCOAMENTOS INTERNOS 5.1. Introdução Neste capítulo serão estudados os efeitos da viscosidade em escoamentos internos e incompressíveis. Compreende:

13821008,610101060,64

DQ4DVRe 43

37

Re < 2000 escoamento laminar. OK!

Hagen – Poiseuille

Lp

128DQ

4

Lp

Q128D4

20,1

21081,91060,6128)10( 3

7

43

smkg1008,6 4

Page 25: 5. ESCOAMENTOS INTERNOS 5.1. Introdução Neste capítulo serão estudados os efeitos da viscosidade em escoamentos internos e incompressíveis. Compreende:

Exemplo 7.2

Obtenha uma expressão para a distribuição de velocidades entre tubos horizontais e concêntricos, no caso de um escoamento permanente, incompressível e totalmente desenvolvido (Fig. E7.2).

(regime laminar)

r2

r1

u(r)

x

FIGURA E7.2

Page 26: 5. ESCOAMENTOS INTERNOS 5.1. Introdução Neste capítulo serão estudados os efeitos da viscosidade em escoamentos internos e incompressíveis. Compreende:

r2

r1 r

dr

dx

Solução:

x

dA = 2r dr

Considerando a Eq. da continuidade

0zw

yv

xu

0

xu

mas: v = w = 0

)dxxpp(drr2

drr2p

dr)dxr2(r

dxr2

dxr2

Ou seja: u = cte. em x. Então: ax = 0.

Page 27: 5. ESCOAMENTOS INTERNOS 5.1. Introdução Neste capítulo serão estudados os efeitos da viscosidade em escoamentos internos e incompressíveis. Compreende:

Da Lei de movimento de Newton,

0]dr)dxr2(r

dxr2[dxr2)dxxpp(drr2drr2p

dxdrr2d 0)r(rr

dxdrr2xpdxdrr2

0)r(rr

1xp

)r()x(pp

com

0)r(ddrdxdpr

Ardxdp

2r2

drdu

Considerando a Lei da viscosidade de Newton (Laminar)

Adrdur

dxdp

2r2

r

dr

dx

)dxxpp(drr2

drr2p

dr)dxr2(r

dxr2

dxr2 integrando,

Page 28: 5. ESCOAMENTOS INTERNOS 5.1. Introdução Neste capítulo serão estudados os efeitos da viscosidade em escoamentos internos e incompressíveis. Compreende:

0urr0urr

:contornodeCondições2

1

rdrAdr

dxdp

2rdu

BrlnAdxdp

4ru

2

BrlnAdxdp

4r0 1

21

1

2BrlnAdxdp

4r0 2

22

2 1 )rlnr(lnAdxdp)rr(

410 12

21

22

integrando,

Page 29: 5. ESCOAMENTOS INTERNOS 5.1. Introdução Neste capítulo serão estudados os efeitos da viscosidade em escoamentos internos e incompressíveis. Compreende:

O que leva a:

2

Brlndxdp

)rrln(rr

41

dxdp

4r0 2

12

21

22

22

222

12

21

22 rrln

)rrln(rr

dxdp

41B

2

2212

21

22

12

21

222 rrln

)rrln(rrrln

)rrln(rrr

dxdp

41u

221

21

222

22

rrln

)rrln(rrrr

dxdp

41u

dxdp

)rrln(rr

41A

12

21

22

De

Page 30: 5. ESCOAMENTOS INTERNOS 5.1. Introdução Neste capítulo serão estudados os efeitos da viscosidade em escoamentos internos e incompressíveis. Compreende:

?drrrlnrI2

22 r

drduurr

2

1uln2urduulnur

rdr

rrln

rrrI

222

22

222

22

21

rrln

2r

21

rrln

rr

2rI

2

2

222

222

Para se obter a vazão, integra-se a distribuição de velocidades

2

1

r

rAdrr2udAuQ

2

1

r

r221

21

222

23 dr

rrlnr

)rrln(rrrrr

dxdp

2Q

Page 31: 5. ESCOAMENTOS INTERNOS 5.1. Introdução Neste capítulo serão estudados os efeitos da viscosidade em escoamentos internos e incompressíveis. Compreende:

2r

2rr

)rrln(4rr

2rr

4r

4r

dxdp

2Q

41

22

21

21

221

22

22

21

41

42

)rrln(

rrrrdxdp

8Q

12

221

224

142

2

1

r

r2

2

21

21

22

222

4

21

rrln

2r

)rrln(rr

2rr

4r

dxdp

2Q

2rr

2r

4r

4r

dxdp

2Q

22

21

42

41

42

= 0

4r

rrln

2r

4r

)rrln(rr

2rr

4r

4r

dxdp

2Q

21

2

12

122

21

21

22

22

21

41

42

21

rrln

2r

21

rrln

2r

)rrln(rr

2

12

1

2

222

21

21

22

Page 32: 5. ESCOAMENTOS INTERNOS 5.1. Introdução Neste capítulo serão estudados os efeitos da viscosidade em escoamentos internos e incompressíveis. Compreende:
Page 33: 5. ESCOAMENTOS INTERNOS 5.1. Introdução Neste capítulo serão estudados os efeitos da viscosidade em escoamentos internos e incompressíveis. Compreende:

Incompressível;

permanente;

totalmente desenvolvido.

5.4. Escoamento Laminar entre Placas Paralelas

5.4.1. Abordagem elementar

Escoamento:

Figura 7.5 Escoamento totalmente desenvolvido

dxdhsen

U

Page 34: 5. ESCOAMENTOS INTERNOS 5.1. Introdução Neste capítulo serão estudados os efeitos da viscosidade em escoamentos internos e incompressíveis. Compreende:

Considere a Lei de movimento de Newton na direção “x”.

0sendzdydxdzdx)d(dzdxdzdy)dpp(dzdyp

0sendzdydxdzdxddzdydp dzdydxpor

sen

dxdp

dyd

dxdh

dxdp

dx

)hp(d

Uma vez que “d(p + h)/dx = Cte.” em y, vem:

dydx

)hp(dd integrando,

dzdyp

dzdy)dpp(

dzdx)d(

dzdx

dzdydx

Page 35: 5. ESCOAMENTOS INTERNOS 5.1. Introdução Neste capítulo serão estudados os efeitos da viscosidade em escoamentos internos e incompressíveis. Compreende:

Aydx

)hp(d

mas,

dydu

Lei de Newton da viscosidade.

dyAdyydx

)hp(d1du

integrando,

ByAdx

)hp(d2yu

2

Levando em conta as condições de contorno,

• p/ y = 0 u = 0 e B = 0.

• p/ y = a u = U. Então:

aAdx

)hp(d2aU

2

dx

)hp(d2a

aUA

Page 36: 5. ESCOAMENTOS INTERNOS 5.1. Introdução Neste capítulo serão estudados os efeitos da viscosidade em escoamentos internos e incompressíveis. Compreende:

dx)hp(d

2yay

aU

dx)hp(d

2yu

2

yaU)yay(

dx)hp(d

21u 2

Escoamento com:

• U 0

• U = 0

0dx

)hp(d

Escoamento de Couette.

0dx

)hp(d

Escoamento de Poiseuille.

Page 37: 5. ESCOAMENTOS INTERNOS 5.1. Introdução Neste capítulo serão estudados os efeitos da viscosidade em escoamentos internos e incompressíveis. Compreende:

5.4.2. Integrando as equações de Navier–Stokes

Page 38: 5. ESCOAMENTOS INTERNOS 5.1. Introdução Neste capítulo serão estudados os efeitos da viscosidade em escoamentos internos e incompressíveis. Compreende:

5.4.3. Situação de escoamento simplificado

A distribuição de velocidades entre placas fixas é obtida fazendo U = 0.

)yay(dx

)hp(d21)y(u 2

A vazão é obtida da equação:

A

dAuQ dA = 1dy (unidade de largura)

a

0

2 dy)yay(dx

)hp(d21Q

dx)hp(d

12aQ

3

a

0

23

)2ya

3y(

dx)hp(d

21

Page 39: 5. ESCOAMENTOS INTERNOS 5.1. Introdução Neste capítulo serão estudados os efeitos da viscosidade em escoamentos internos e incompressíveis. Compreende:

Por outro lado, a velocidade média é dada por:

dx)hp(d

12a

1aQ

AQV

2

Para o caso de placas horizontais, h = Cte. e:

Lp

dxdp

de modo que:

2aLV12p

A velocidade máxima é encontrada a partir da distribuição de velocidades.

)yay(L2pu 2

0)ay2(L2p

dydu

2aye

Page 40: 5. ESCOAMENTOS INTERNOS 5.1. Introdução Neste capítulo serão estudados os efeitos da viscosidade em escoamentos internos e incompressíveis. Compreende:

Logo, a velocidade máxima ocorre no meio da distância entre as placas.

Lp

8a)

2a

4a(

L2pu

222

máx

V23

LaVL12

8au 2

2

máx

Assim, a velocidade média é

máxu32V

Page 41: 5. ESCOAMENTOS INTERNOS 5.1. Introdução Neste capítulo serão estudados os efeitos da viscosidade em escoamentos internos e incompressíveis. Compreende:

A tensão de cisalhamento pode ser encontrada

dydu

)ay2(L2p

)ay2(L2p

Considerando as condições de contorno,

• p/ y = 0 = 0.

• p/ y = a = 0.

Uma vez que = (y) é uma distribuição linear, vem:

x

0

0

y

a

Page 42: 5. ESCOAMENTOS INTERNOS 5.1. Introdução Neste capítulo serão estudados os efeitos da viscosidade em escoamentos internos e incompressíveis. Compreende:

Na parede, na qual y = 0, resulta:

Lp

2a

0

A queda de pressão em um comprimento L de um trecho horizontal é

La

2p 0

Considerando o fator de atrito (tensão de atrito adimensional), introduzida no item 5.3.3, vem:

20

V8f

2VL

pa4

22aVLaLV48f

2aLV12p

mas,

então

Va48

Re48

Re

Page 43: 5. ESCOAMENTOS INTERNOS 5.1. Introdução Neste capítulo serão estudados os efeitos da viscosidade em escoamentos internos e incompressíveis. Compreende:

Perda de carga

2L aLV12ph

gV

aL

aV1

448 2

g2

Va2

LRe48 2

g2V

a2Lfh

2

L Eq. de Darcy-Weisbch

Page 44: 5. ESCOAMENTOS INTERNOS 5.1. Introdução Neste capítulo serão estudados os efeitos da viscosidade em escoamentos internos e incompressíveis. Compreende:

Exemplo 7.3Água a 15° C escoa com um número de Reynolds de 1500, entre placas horizontais de 500 mm de largura, como mostra a Fig. E7.3. Calcule: a) a vazão, b) a tensão de cisalhamento na parede, c) a queda de pressão sobre 3 m, e d) a velocidade em y = 5 mm.

3,00 m

13 mm

Figura E7.3

Page 45: 5. ESCOAMENTOS INTERNOS 5.1. Introdução Neste capítulo serão estudados os efeitos da viscosidade em escoamentos internos e incompressíveis. Compreende:

Dados:T Re b L y a

15º 1500 500 3,00 5,00 13,00C / mm m mm mm

    0,500   0,005 0,013    m   m m

a)

aVRe

Solução:

= 999,1 kg/m3;Água a 15° C = 1,128·10-3 kg/(m s).

a

ReV1,999013,0

10128,11500 3

.s/m1317,0

Page 46: 5. ESCOAMENTOS INTERNOS 5.1. Introdução Neste capítulo serão estudados os efeitos da viscosidade em escoamentos internos e incompressíveis. Compreende:

Lp

2a

0

2aV12

Lp

Pa97,3100,366,10LLpp

b)

c)

)ayy(Lp

21)ayy(

dxdp

21u 22

d)

)005,0013,0005,0(66,1010128,12

1u 23

2

3

013,01317,010128,112

m/Pa66,10

66,102013,0

.m/N06927,0 2

.s/m1870,0

Page 47: 5. ESCOAMENTOS INTERNOS 5.1. Introdução Neste capítulo serão estudados os efeitos da viscosidade em escoamentos internos e incompressíveis. Compreende:

Exemplo 7.4Encontre uma expressão para o gradiente de pressão que resulte em uma tensão de cisalhamento igual a zero na parede inferior de duas placas paralelas, na qual y = O; esboce também os perfis de velocidade para uma velocidade U da placa superior, com vários gradientes de pressão. Suponha placas paralelas horizontais.

Figura E7.4

Uy

x

U

0dydu

Page 48: 5. ESCOAMENTOS INTERNOS 5.1. Introdução Neste capítulo serão estudados os efeitos da viscosidade em escoamentos internos e incompressíveis. Compreende:

Solução:

yaU)ayy)(hp(

dxd

21)y(u 2

Placas horizontais, logo dh/dx = 0 e,

yaU)ayy(

dxdp

21)y(u 2

A tensão de cisalhamento é dada pela Lei de Newton.

dydu

Page 49: 5. ESCOAMENTOS INTERNOS 5.1. Introdução Neste capítulo serão estudados os efeitos da viscosidade em escoamentos internos e incompressíveis. Compreende:

= 0 em y = 0 , então du/dy = 0 em y = 0 ( 0) e:

0aU)a(

dxdp

21

dydu

0y

de modo que,

2aU2

dxdp

Se dp/dx é maior que esse valor, a inclinação du/dy, em y = 0 é negativa e assim, a velocidade u será negativa perto de y = 0.

Se dp/dx = 0, observa-se que resulta uma distribuição de velocidades linear, isto é,

aU)ay2(

dxdp

21

dydu

yaU)y(u

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Se dp/dx é negativo, u(y) é maior que a distribuição linear em cada localização y, pois (y2 – ay) é uma quantidade negativa para todos os y de interesse.

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5.5. Escoamento Laminar entre Cilindros em Rotação

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5.6. Escoamento Turbulento em um Tubo

O estudo de um escoamento turbulento totalmente desenvolvido em um tubo circular é de substancial interesse em escoamentos reais.

Na prática a maioria dos escoamentos se dão em tubos circulares.

Laboratórios Escoamento laminar Re 40.000.

Na prática sob condições de

operação padrão Re 4.000 Esc. turbulento

2.000 < Re < 4.000 o escoamento oscila ao acaso entre laminar e turbulento.

Em termos práticos:

• Re = 2.000 – limite inferior para o escoamento turbulento

• Re = 4.000 – limite superior para o escoamento laminar.

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Considere por exemplo, água a 20º C escoando em um tubo com diâmetro de 5 mm.

• Água a 20º C = 10-6 m2/s.

DVRe .s/m80,0105

100004D

ReV 3

6

Na maioria das situações de engenharia o regime de escoamento é turbulento.

Em um escoamento turbulento todos os três componentes da velocidade são diferentes de zero.

Com os componentes medidos em função do tempo, gráficos semelhantes aos da Figura 7.7 são obtidos para o escoamento em um tubo em que u, v e w são os componente da velocidade nas direções x, r e , respectivamente.

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Figura 7.7 Componentes da velocidadeRaramente existe algum interesse (para o engenheiro) nos detalhes das flutuações aleatórias dos componentes da velocidade.

Assim, é introduzido a noção de uma quantidade média no tempo.

'uuu

'vvv

'www

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Tomando o componente u como exemplo, a média temporal é definida como:

T

0

dt)t(uT1u

Onde “T” deve ser suficientemente grande, para eliminar toda a dependência do tempo.

Em um escoamento totalmente desenvolvido em um tubo,

0u

0v

.0w

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Exemplo 7.7

Mostre que para um escoamento turbulento.,yu

yue0u

Solução:

'uu)t(u T

0dt)t(u

T1u

T

0

T

0

T

0dt'u

T1dtu

T1dt)'uu(

T1u 'uu'udt

T1u

T

0

0u'uuuu 0'u

?0'u a)

onde,

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Tomando a média temporal da derivada du/dy,

T

0dt

yu

T1

yu u

yudt

T1

yT

0

b) ?yu

yu

yu

yu

Já que T é constante. Então:

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5.6.1. Equação diferencial

Figura 7.8 Escoamento turbulento em um tubo horizontal

Considere um escoamento turbulento em um tubo horizontal

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Partículas de fluido movendo através da área elementar dA, troca q.d.m. com as camadas adjacentes.

O componente em x da força devido ao movimento aleatório de uma partícula de fluido passando através da área dA é:

'udA'vdF

u’ flutuação da velocidade em x.

v’dA fluxo de massa através do elemento de área.

Veja que:

u’

v’Pela continuidade,

um v’ (+), produz um u’ (-).

Portanto u’v’ (-).

dA

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Dividindo por dA,

'u'vdAdF

turb tensão de cisalhamento turbulenta.

Cuja média temporal é:

'u'vturb

Observe que:

0'w'u

0'w'v

(u = Cte. em ).

(v = Cte. em ).

Não altera a energia da camada adjacente, portanto o cisalhamento é nulo, (mesma velocidade em ).

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A tensão de cisalhamento total em uma localização particular é devido à viscosidade e a troca de quantidade de movimento descrita.

turblam

'u'vyu

Já foi mostrado que:

L2pr

dxpd

2r

Viu-se que a tensão de cisalhamento é linear, tanto para o escoamento turbulento, quanto para o escoamento laminar.

Figura 7.9.

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Figura 7.9 Distribuição da tensão de cisalhamento

u’ = 0 na parede, portanto:

na parede.

Fora da sub-camada laminar (viscosa)

0turb

.0lam !0yu

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Considerando o raio do tubo no lugar de y, vem:

rry 0 ,edrdy

'u'vyu

'u'vru

dx

pd2r

'u'vru

dxpd

2r

A primeira tentativa para exprimir a tensão de cisalhamento no escoamento turbulento foi feira por Boussinesq, que, seguindo o modelo do escoamento laminar, escreveu:

dyud'v'uturb

drud

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Ou seja:

drud

ru

dxpd

2r

drud)(

De modo que:

drud)(

dxpd

2r

Prandtl introduziu o “comprimento de mistura” “m” e sugeriu que a variação de velocidade sofrida por uma partícula fluida que se move na distância m é proporcional a u’ e v’.

Isto é:

dyud'u

dyud'v

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Com este raciocínio e associando o coeficiente de proporcionalidade ao comprimento de mistura, vem:

22mturb dy

ud'v'u

De modo que:

dyud2

m

Comparando as propriedades do perfil de velocidades na turbulência com as variações de m em função de y, Von Kármán (1936) propôs a seguinte relação:

22uvm dyuddyudK

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Onde Kuv é uma constante (adimensional) da turbulência.

Por outro lado, medidas experimentais demonstram que Kuv não é estritamente constante.

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Exemplo 7.8Note que na Fig.7.9b há uma região perto da parede onde o cisalhamento turbulento está próximo de seu máximo e é relativamente constante, como mostra a Fig. E7.8, e o cisalhamento viscoso é bastante pequeno. Suponha que o comprimento de mistura seja diretamente proporcional a distância da parede. Com essa hipótese, mostre que a distribuição de velocidades é logarítmica nessa região perto da parede.

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Figura E7.8 Solução:Cisalhamento viscoso desprazível, então

turbturblam

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yc2m

22mturb dy

ud'v'u

Por outro lado, viu-se que:

Por hipótese, o cisalhamento turbulento é relativamente constante, ou seja:

1turb c.cte

Lembrando que o comprimento de mistura é tomado diretamente proporcional a distância da parede, então:

222

21 dyudycc

substituindo, vem

extraindo a raiz quadrada,

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32

1 cc1c

dyudy

separando as variáveis,

43 cylnc)y(u

O que mostra que um perfil logarítmico é previsto para a região de tensão de cisalhamento turbulento constante.

ydycud 3 integrando, resulta:

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5.6.2. Perfil de velocidades

Figura 7.10 a) Superfície lisa b) Superfície rugosa

O perfil da média da velocidade no tempo é sensível a altura média da rugosidade “e”.

Vide Fig. 7.10.

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Como observado no item anterior, o cisalhamento laminar é significativo apenas perto da parede, na subcamada viscosa com espessura .

Se a espessura é suficientemente grande, ela sobrepõe os elementos de rugosidade da parede de tal forma que eles têm efeito desprezível sobre o escoamento; é como se a parede fosse lisa.

Tal condição é muitas vezes citada como hidraulicamente lisa.

Por outro lado, se a subcamada viscosa é relativamente fina, os elementos de rugosidade projetam-se para fora dessa camada e a parede é considerada hidraulicamente rugosa.

A rugosidade relativa “e/D” e o número de Reynolds, podem ser usados para determinar se um tubo é liso ou rugoso.

Como u’v’ não pode ser determinado analiticamente, não se tem uma equação analítica para a distribuição de velocidades no escoamento turbulento.

O primeiro método para expressar empiricamente a distribuição de velocidades, envolve escoamentos com paredes lisas e escoamentos com paredes rugosas.

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Se o escoamento tem paredes lisas, como na Fig. 7.10a, identifica-se duas regiões do escoamento:

• a região da parede e

• a região externa.

Na região da parede, a velocidade e o comprimento característico são:

• velocidade de atrito e

• comprimento de viscosidade.

0u

uObserve que:

s

mmkg

smkgu 32

mms

smu

2

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Expressões empíricas para o perfil de velocidadesTubos lisos:

yuuu 5yu0

Subcamada viscosa.

9,4uln44,2uu

15,0ry;yu300

No intervalo 5 < uy/ < 30 (zona intermediária), os dados experimentais não se ajustam a nenhuma das curvas anteriores, mas unem as duas curvas como mostra a Fig. 7.11.

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Figura 7.11 Relações empíricas para o esc. Turbulento a) turbulento liso

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A subcamada viscosa tem espessura .

É na subcamada viscosa que se imagina que a turbulência seja iniciada.

Essa camada possui uma distribuição de velocidades média no tempo linear, mas instantaneamente a camada é altamente dependente do tempo.

O limite externo da região da parede é completamente dependente do número de Reynolds, conforme mostrado.

Para Reynolds baixo ele pode ser localizado perto de uy/ = 3000.

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Tubos rugosos:Neste caso a subcamada viscosa não é importante, pois a turbulência inicia-se a partir dos elementos de rugosidade da parede que se projetam para fora desta subcamada, de forma que é necessário apenas um perfil logaritmo na região da parede.

O comprimento característico passa a ser a altura média da rugosidade “e”.

Assim:

5,8eyln44,2

uu

15,0ry

0

(região da parede)

Na região externa o comprimento característico é r0, Fig. 7.11b.

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Figura 7.11 Relações empíricas para o esc. Turbulento b) turbulento rugoso

A deficiência de velocidade é normalizada com u.)uu( máx

8,0yrln44,2

uuu 0máx

15,0ry

0

(região externa)

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Uma equação empírica adicional é necessária para completar o perfil para 0,15 < y/r0 1.

A região da parede e a região externa sobrepõe-se, como mostrado na Fig. 7.11a.

Na região de sobreposição

7,5rruln44,2

uu 0máx

(tubos lisos)

3,9erln44,2

uu 0máx

(tubos rugosos)

Para calcular umáx, deve-se conhecer u.

Para calcular u, deve-se conhecer 0.

0 é calculado a partir do gradiente de pressão,

dxdp

2r0

0

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Ou do fator de atrito,

8Vf

2

0

Quando nem dp/dx, nem f são conhecidos, pode-se usar a lei de potência.

n/1

0máx ry

uu

(perfil da lei de potência)

Com 5 n 10.

Considerando esta distribuição de velocidades, a velocidade média é calculada.

0r

020

drr2)r(ur1V

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Fazendo uma mudança de variável, com:

n/1

0máx ry

uu

n/1

0

0

rrr

n/1

0máx r

r1uu

0r

0

n/1

020

máx drrrr1

ru2V

arr10

0r

drda

Os novos limites de integração, serão:

• para r = 0 a = 1

• para r = r0 a = 0.

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Com r = r0(1 – a), vem:

0

100

n/120

máx da)r)(a1(raru2V

1

0

1n1

n/1máx da)aa(u2V

1

0

2n11

n1

máx a2

n1

1a1

n1

1u2V

)1n2)(1n()1n1n2(nu2 máx

máx

2

u)1n2)(1n(

n2V

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Figura 7.12 Perfil de velocidades turbulento

Re 4·103 105 106 > 2·106

n 6 7 9 10

Tabela 7.1 Expoente n para tubos lisos

A distribuição de velocidades é comparada com o perfil laminar na Fig. 7.12.

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Por seu lado, n é relacionado ao fator de atrito f, pela expressão empírica

f1n

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Observações:O perfil da lei de potência não pode ser usado para obter a inclinação na parede, pois sempre fornecerá:

parededy

ud (não pode ser usado)

Do mesmo modo,

0dyud

centro

(não pode ser usado)

0 é calculado pela expressão:

.8Vf

2

0

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Fatores de correção da energia cinética “”.

n = 5 = 1,11

n = 7 = 1,06

n = 10 = 1,03.

Portanto, 1, para n > 7.

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Exemplo 7.9A água a 20°C escoa em um tubo de 10 cm de diâmetro a uma velocidade média de 1,6 m/s. Se os elementos de rugosidade têm 0,046 mm de altura, a parede é considerada lisa ou rugosa? Tome como referência a Fig.7.10

Dados:Ta D V e20º 10-6 103 10 1,60 0,046C m2/s kg/m3 cm m/s mm      0,100   0,000046

      m   m

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Solução:Da Fig. 7.11

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5yu

56 1060,1

1010,06,1DVRe

Da Tabela 7.1, para Re = 1,6·105 tem-se n 7,5. Assim

018,05,71

n1f 22

Da definição do fator de atrito

22320 m/N80,5018,060,110

81fV

81

limite da subcamada viscosa (y = )

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A velocidade de atrito será

.s/m076,010

8,5u 30

E a espessura da subcamada viscosa

m106,6076,0105

u5 5

6

e = 0,046 mm < = 0,066 mm. Portanto, a superfície é lisa.

.mm066,0

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Exemplo 7.10O tubo liso horizontal de 4 cm de diâmetro da Fig. E7.10 transporta 0,004 m3/s de água a 20º C. Usando o perfil da lei da potência, faça uma aproximação para: a) o fator de atrito, b) a velocidade máxima, c) a posição radial em que u = V, d) o cisalhamento na parede, e) a queda de pressão sobre um comprimento de 10 m e f) a velocidade máxima usando a Eq. 7.6.16.

Figura E7.10

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D Q Ta g L 4 0,004 20º 10-6 103 9,81 10

cm m3/s C m2/s kg/m3 m/s2 m0,040            

m            

Dados:

Solução:a) Cálculo do fator de atrito

.s/m18,304,0004,04

DQ4V 22

56 1027,1

1004,018,3DVRe

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Da Tabela 7.1, para Re = 1,27·105 tem-se n 7,5. Assim

018,05,71

n1f 22

b) Cálculo da velocidade máxima

18,35,7

)15,72)(15,7(Vn2

)1n2)(1n(u 22máx

c) Cálculo da posição radial em que u = V

n/1

0máxmáxmáx ry

uV

uu

uu

.s/m84,3

5,7n

máx0 84,3

18,3204,0

uVry

Ou, y = 0,49 cm..m0049,0

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Assim, a posição radial será:

.cm51,149,02yrr 0

d) Cálculo do cisalhamento na parede

fV81 2

0

e) Cálculo da queda de pressão

0

0

rL2p

223 m/N0,23018,018,31081

Pa2300002,0

100,232

.kPa23pou

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f) Cálculo da velocidade máxima usando a fórmula 7.6.16

s/m152,010

0,23u 30

7,5rln44,2u

u 0máx

)7,5ruln44,2(uu 0máx

)7,510

02,0152,1ln44,2(152,0 6

.s/m84,3

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5.6.3. Perdas em um escoamento totalmente desenvolvido em um tuboConsiderando a Eq. Da energia em um tubo retilíneo, sem adição ou extração de energia, vem:

L2

222

1

211 hh

g2Vph

g2Vp

)hh(pph 2121

L

Equação de Darcy-Weisbach

)g,,e,D,V,,(Fh 1L

n = 8

m = 3 n – m = 8 – 3 = 5 parâmetros .

)hp()hp( 2211

)hp(

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D [D] = [L] L = D

[] = [ML-3] M = D3

V [V] = [LT-1] T = DV-1

m = 3 3 grandezas de base

1) [] = [ML-1T-1] = D3D-1D-1V = DV

2) [e] = [L] e = D

3) [] = [L] = D

4) [g] = [LT-2] g = DD-2V2 = D-1V2

5) [hL] = [L] hL = D

ReVD1

De

2

D3

DgV2

4

DhL

5

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)DgV,

D,

De(Re,F

Dh 2

2L

Estes parâmetros podem ser agrupados na seguinte relação funcional.

É razoável supor que a perda de carga varie diretamente com o comprimento da tubulação, como também que a perda varie diretamente com o termo cinético (Bernoulli). Assim, chega-se a uma nova relação funcional.

)g2

VD1

D)

De(Re,F

Dh 2

3L

De modo que a perda de carga passe a ser escrita como:

g2V

D)

De(Re,Fh

2

3L

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)De(Re,ff)

De(Re,F3 fator de atrito

)De(Re,f diagrama de Moody

Lewis F. Moody (1880 – 1953)

g2V

DLfh

2

L Eq. de Darcy-Weisbach

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Tubos lisos e Tubos rugosos Subcamada viscosa

ve

Figura 1 Superfície hidraulicamente lisa

v = espessura da subcamada viscosa

e = altura das projeções rugosas

Subcamada viscosav e

Figura 2 Superfície rugosa

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Experiência de Nicuradse

D - e

e/2

e

D

Grãos de areia

Superfície interna do tubo

Figura 3 Rugosidade artificial de Nikuradse (homogênea)

rugosidade resultantediâmetro original do tubo

diâmetro resultante

eD2/e

= rugosidade relativa

resultante

e/D = rugosidade relativa adotada por

Nikuradse

diâmetro dos grãos de areia

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Figura 4 Diagrama de Nikuradse

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Estes resultados ilustram as seguintes observações fundamentais.

1. A diferença física entre o escoamento laminar e o turbulento é indicada pela variação da relação de f com Re, próximo do número de Reynolds crítico (2000).

2. O regime laminar é caracterizado por uma única curva dada pela equação f = 64/Re, para qualquer rugosidade das superfícies. Donde se conclui que, em escoamentos laminares, a perda de carga é independente da rugosidade da superfície.

3. No escoamento turbulento uma curva de f versus Re pode ser feita para cada rugosidade relativa, e/D, e do aspecto horizontal das curvas podemos concluir que para tubos rugosos a rugosidade é mais importante que o número de Reynolds, para determinar o módulo do fator de atrito.

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4. Para números de Reynolds elevados os fatores de atrito de tubos rugosos se tornam constantes, dependentes inteiramente da rugosidade do tubo; e portanto, independentes do número de Reynolds. Da equação de Darcy podemos concluir que hL V2 para escoamento com turbulência completa sobre superfícies rugosas.

5. Embora a curva inferior tenha sido obtida de testes com tubos hidraulicamente lisos, muitos dos resultados de Nikuradse com tubos rugosos coincidem com esta curva para 5.000 < Re < 50.000. Nestes casos, a rugosidade fica submersa na subcamada viscosa e em geral não produz efeito sobre a perda de carga e o fator de atrito, que neste caso dependeriam somente dos efeitos de viscosidade.

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6. A série de curvas para tubos rugosos diverge da curva do tubo liso à medida que o número de Reynolds cresce. Ou seja, tubos lisos, para baixos valores de Re, tornam-se rugosos para valores elevados de Re. Isto pode ser explicado pela espessura da subcamada viscosa que decresce à medida que o número de Reynolds cresce, produzindo uma exposição menor das protuberâncias ao escoamento turbulento e fazendo com que o tubo se comporte como se fosse um tubo rugoso.

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Fórmulas Para o Cálculo das perdas em escoamento em tubos

a) Fórmula de Darcy-Weisbach (universal)

g2V

DLfh

22

L

b) Escoamento laminar Fórmula de Poiseuille

Re/64f Reta de Poiseuille

fRe51,2log28,0)flog(Re2

f1

c) Escoamento turbulento liso Fórmula de Prandtl-Von Kármàn

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Re 105. Reta de Blasius4/1Re3164,0f

d) Escoamento turbulento liso Fórmula de Blasius

e) Escoamento turbulento rugoso Fórmula de Nikuradse

7,3D/elog214,1

Delog2

f1

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Figura 4 Diagrama de Nikuradse

Reta de Poiseuille

Retas de Nikuradse (horizontais)

Reta de Blasius

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Experiências de Colebrook - rugosidade equivalente

Colebrook mostrou que os resultados das experiências de Nikuradse podem ser usados em medidas quantitativas de rugosidade de tubos comerciais, chegando-se a uma rugosidade “equivalente”.

Ou seja, se o valor do fator de atrito (f), para um tubo comercial operando na região de escoamento turbulento rugoso, for conhecido, obtido com o auxilio da equação de Darcy-Weisbach, pode-se calcular um valor de “e”, equivalente à rugosidade artificial de Nikuradse, usando para tanto a equação proposta por ele para tubos rugosos.

Assim, a altura da rugosidade “e”, para tubos de rugosidade artificial de areia, é usada como uma medida da rugosidade de tubos comerciais.

Posteriormente, verificou-se que o valor desta rugosidade não dependia do diâmetro do tubo, mantendo-se aproximadamente constante.

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Esse valor é como se fosse uma propriedade hidráulica do tubo e foi denominada “rugosidade equivalente”.

Deste modo, a rugosidade indicada para tubos comerciais é na realidade, uma “rugosidade equivalente” à rugosidade artificial de grãos de areia introduzida por Nikuradse.

Na região de transição, onde o fator de atrito (f) depende da rugosidade relativa (e/D) e do número de Reynolds (Re), os resultados dos ensaios com tubos de rugosidade artificial diferem dos resultados obtidos com tubos comerciais.

Este fato fica evidente num gráfico baseado nas equações para tubo liso e tubo rugoso, onde resultados de ensaios com tubos comerciais e com tubos de rugosidade artificial são mostrados.

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14,1Delog2

f1

8,0)Deflog(Re2

Delog2

f1

Rearranjando a expressão para tubos rugosos,

e somando 2log(e/D) em ambos os lados da equação para tubos lisos,

Tomando:

Delog2

f1

como ordenada e,

)Deflog(Re como abscissa,

Colebrook obteve o interessante diagrama da Figura 5.

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)Deflog(Re

Delog2

f1

Tubo liso

Figura 5 Função de Colebrook para a transição

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Os resultados de Nikuradse com rugosidade artificial formam a curva tracejada na região de transição e os resultados dos ensaios com tubos comerciais formam a linha curva inferior.

Visando resolver o problema, não só na região de transição, mas para todo o escoamento turbulento, Colebrook, a partir de uma associação por soma das equações para tubos lisos e para tubos rugosos, propôs a seguinte equação.

)fRe

51,27,3D/elog(2

f1

a qual é a base para o diagrama de Moody.

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Figura 6 Diagrama universal = (D/k, Re)

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Figura 7.13 Diagrama de Moody

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8,0)fln(Re86,0f

1

As equações empíricas que seguem, representam o diagrama de Moody para Re > 4000.

Tubo liso:

fRe51,2ln86,0

Ou, em termos de logaritmo decimal,

fRe51,2log2

f1

Prandtl-Von Kármán

4/1Re316,0f Re 105 (1913) Eq. de Blasius

(0,86859)

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Tubo rugoso:

Deln86,014,1

f1

7,3D/eln86,0

7,3D/elog2

f1

fórmula de Nikuradse

Região de transição:

fRe51,2

7,3D/eln86,0

f1

fRe51,2

7,3D/elog2

f1

Eq. de Colebrook (1938)

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Problemas Tipo:

Tipo Dados Incógnita

I Q,D,e, hL

III Q,hL,e, D

II hL,D,e, Q

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Fórmulas de Swamee e Jain (1976) para o cálculo do fator de atrito.

2

9,0Re74,5

7,3D/eln

325,1f

8

26

10Re5000

10De10

2

9,0Re74,5

7,3D/elog2

1f

8

26

10Re5000

10De10

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Fórmulas de Swamee e Jain (1976) para a solução dos problemas de perda em escoamento em tubos.

29,0

5

2

L QD62,4

7,3D/eln

DgLQ07,1h

8

26

103Re5000

10De10

5,0

L3

25,0

L5

hDgL17,3

7,3D/eln

LhDg965,0Q 4000Re

04,02,5

L

4,975,4

L

225,1

hgLQ

hgQLe66,0D

8

26

103Re5000

10De10

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Exemplo 7.11A água a 20º C é transportada por 450 m em um tubo de ferro forjado, horizontal, com diâmetro de 38 mm a uma vazão de 3,0 /s. Calcule a queda de pressão sobre o comprimento de 450 m de tubo usando: a) o diagrama de Moody e b) o método alternativo.

Ta L e D Q g 20° 10-6 998,0 450 0,046 38 3,00 9,81C m2/s kg/m3 m mm mm /s m/s2

          0,038 0,003            m m3/s  

Dados:

Page 125: 5. ESCOAMENTOS INTERNOS 5.1. Introdução Neste capítulo serão estudados os efeitos da viscosidade em escoamentos internos e incompressíveis. Compreende:

Solução:a) Cálculo pelo diagrama de Moody.

56 10005,1

10038,0003,04

DQ4Re

2

9,0Re74,5

7,3D/eln

325,1f

0230,0

10005,174,5

7,338/046,0ln

325,12

9,05

g2V

DLfh

2

L

4DVQ

2 2D

Q4V

2

5LQ

DL

gf8h

00121,038046,0

De

023,0f

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2

5LQ

DL

gf8h

Considerando a Eq. da energia

L2

222

1

211 hh

g2Vph

g2Vp

.m14,97003,0038,0450

81,90230,08 2

5

L21 hppp

.Pa95100026,9781,9998hgp L

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b) Cálculo pelo Método alternativo.

.Pa94870090,9681,9998hgp L

29,0

5

2

L QD62,4

7,3D/eln

DgLQ07,1h

.m90,96003,0

038,01062,47,3

38/046,0ln038,081,9450003,007,1h

29,06

5

2

L

%246,010014,97

90,9614,97100h

hhDifL

LAL

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Exemplo 7.12Uma queda de pressão de 700 kPa é medida sobre um comprimento de 300 m de um tubo (horizontal) em ferro forjado de 100 mm de diâmetro que transporta óleo (S = 0,9; = 10-5 m2/s). Calcule a vazão usando: a) o diagrama de Moody e b) o método alternativo.

Dados:

p L e D S a g 700 300 0,046 10 0,9 10-5 1000 9,81kPa m mm cm   m2/s kg/m3 m/s2

7105   4,610-5 0,100        Pa   m m        

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Solução:a) Cálculo pelo diagrama de Moody.

.m28,7981,9109,0

107gph 3

5

L

Solução por tentativas.

1ª tentativa – calcula-se um primeiro valor para f = f1.

Escoamento rugoso. (Nikuradse)

hL

Dados: D

Incógnita: Q

Problema Tipo II

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21

7,3D/eln

325,1f

LfhDg2V

1

L1

45

11 1063,5

10100,0625,5DVRe

Com o número de Reynolds, calcula-se um novo valor para f.

2

9,01

2

Re74,5

7,3D/eln

325,1f

0164,0

7,3100,0106,4ln

325,125

.s/m625,53000164,0

28,79100,081,92

0220,0

1063,574,5

7,3100,0106,4ln

325,12

9,04

5

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.s/m851,43000220,0

28,79100,081,92V2

452 1085,4

10100,0851,4Re

0226,0

1085,474,5

7,3100,0106,4ln

325,1f 2

9,04

53

f2 f1 procede-se a uma nova tentativa com f = f2.

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0226,0

1079,474,5

7,3100,0106,4ln

325,1f 2

9,04

54

f4 = f3 assim o problema está resolvido e V = 4,790 m/s.

.s/m03762,0790,44100,0V

4DQ 3

22

f3 f2 nova tentativa com f = f3.

.s/m790,43000226,0

28,79100,081,92V3

453 1079,4

10100,0790,4Re

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5,0

3

1055,05

28,79100,081,93001017,3

7,3100,0106,4ln

30028,79100,081,9965,0Q

.s/m03761,0Q 3

%0369,010003762,0

03761,003762,0100Q

QQDif A

b) Cálculo pelo Método alternativo.

5,0

L3

25,0

L5

hDgL17,3

7,3D/eln

LhDg965,0Q

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Exemplo 7.13Que diâmetro de tubo estirado deve ser escolhido para transportar 0,002 m3/s de água a 20º C por um comprimento de 400 m, de modo que a perda de carga não exceda a 30 m? a) use o diagrama de Moody e b) o método alternativo.

e Q Ta L hL g0,0015 0,002 20º 10-6 998 400 30 9,81

mm m3/s C m2/s kg/m3 m m m/s2

1,510-6              m              

Dados:

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Solução:a) Pelo diagrama de Moody. (cálculo por tentativas)

30QDL

gf8h

2

5L

555

2

f08488,0f002,030400

81,98D

D/254610D002,04

DQ4Re 6

2

9,0Re74,5

7,3D/eln

325,1f

2

5

002,0D400

81,9f8

2

9,0

6

D/254674,5

7,3D105,1ln

325,1

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Com estes valores pode-se montar a seguinte tabela:

f D Re e/D f / m / / /

1ª tentativa 0,0300 0,0421 6,05104 3,5610-5 0,0201

O resultado indica um diâmetro de 0,0387 m. Ou D = 39 mm.

3ª tentativa 0,0197 0,0387 6,58104 3,87 10-5 0,0197 O.K!

2ª tentativa 0,0201 0,0388 6,56104 3,86 10-5 0,0197

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b) Cálculo pelo Método alternativo.

04,02,5

L

4,975,4

L

225,1

hgLQ

hgQLe66,0D

04,02,54,96

75,4225,16

3081,9400002,010

3081,9002,0400)105,1(66,0D

.m0391,0D

Novamente, o resultado indica um diâmetro D = 39 mm.

Porem, a solução do problema será obtida com um diâmetro comercial imediatamente superior a 39 mm.

Talvez 50 mm.

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4.6.4. Perdas em condutos não circularesBoas aproximações são conseguidas com o conceito de “raio hidráulico” (Rh). Ver Streeter.

PA

molhadoPerímetroÁreaR h

Exemplo: Tubo circular operando à plena seção

4D

D4DR

2

h

hh R4Dou

Utiliza-se desse conceito apenas para calcular o número de Reynolds e o fator de atrito.

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Exemplo 7.14O ar, nas condições normais, está para ser transportado através de 500 m de um duto retangular horizontal e liso medindo 30 cm x 20 cm, e uma vazão de 0,24 m3/s. Calcular a queda de pressão.

L b h Q g

500 30 20 0,24 1,510-5 9,81 1,20m cm cm m3/s m2/s m/s2 kg/m3

  0,300 0,200          m m        

Dados:

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)hb(2hb

PAR h

Solução:

.m240,0060,04R4D hh

.s/m00,420,030,0

240,0AQV

45

h 1040,6105,1240,04DVRe

Tubo liso, Re < 105 Blasius

0199,0)1040,6(

3164,0Re3164,0f 25,044/1

.m060,0)20,030,0(2

20,030,0

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g2V

DLfh

2

L

Tubo liso, Prandtl-Von Kàrmán

2

fRe51,2log2f

.m64,3381,92

424,0

5000198,0h2

L

%505,010064,33

64,3381,33Dif

.Pa0,39664,3381,920,1hgp L

.m81,3381,92

424,0

5000199,02

0198,00199,01040,6

51,2log22

4

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4.6.5. Perdas singularesPara o caso de alargamento brusco seção, viu-se que:

g2V

AA1h

21

2

2

1L

V maior velocidade (menor seção).

Fazendo tem-se:,KAA1

2

2

1

g2VKh

2

L fórmula geral (perdas singulares)

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Figura 7.14 Escoamento em um cotovelo

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Figura 7.15 Coeficientes de perda em uma expansão cônica

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Figura 7.16 Vena Contracta em contrações e orifícios

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Muitas vezes é habitual expressar o coeficiente de perda como um “comprimento equivalente (Le)” de tubo.

Ou seja:

g2V

DLf

g2VKh

2e

2

L

O que leva a:

fDKLe

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TABELA 7.2 Coeficientes de perda nominais K (escoamento turbulento)

Tipos de AcessórioDiâmetro

Rosqueado Flangeado

2,5 cm 5 in 10

cm5

cm10 cm

20 cm

Válvula globo (totalmente aberta) 8,2 6,9 5,7 8,5 6,0 5,8

(meio aberta) 20 17 14 21 15 14

(um quarto aberta) 57 48 40 60 42 41

Válvula em ângulo (totalmente aberta) 4,7 2,0 1,0 2,4 2,0 2,0

Válvula de retenção (totalmente aberta) 2,9 2,1 2,0 2,0 2,0 2,0

Válvula de gaveta (totalmente aberta) 0,24 0,16 0,11 0,35 0,16 0,07

Curva de Retorno (em “U”) 1,5 0,95 0,64 0,35 0,30 0,25

Tê (ramal) 1,8 1,4 1,1 0,80 0,64 0,58

Tê (em linha) 0,9 0,9 0,9 0,19 0,14 0,20

Cotovelo-padrão 1,5 0,95 0,64 0,39 0,30 0,26

Cotovelo de grande diâmetro 0,72 0,41 0,23 0,30 0,19 0,15

Cotovelo de 45° 0,32 0,30 0,29

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Entrada com quinas vivas 0,5

Entrada reentrante 0,8

Entrada arredondada 0,03

Saída do tubo 1,0

Razão de área

Contração súbita

2:1 0,25

5:1 0,41

10:1 0,46

Razão de área A/A0

Placa de orifício

1,5:1 0,85

2:1 3,4

4:1 29

6:1

Alargamento súbito

2

0

6,0AA78,2

2

2

1AA

1

Page 151: 5. ESCOAMENTOS INTERNOS 5.1. Introdução Neste capítulo serão estudados os efeitos da viscosidade em escoamentos internos e incompressíveis. Compreende:

Exemplo 7.15Se a vazão através de um tubo de ferro forjado de 100 mm de diâmetro (Fig. E7.15) é de 0,04 m3/s, encontre a diferença de elevação H para os dois reservatórios.

Figura E7.15

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Dados:e D Q L g

0,046 0,100 0,040 50 10-6 9,81mm m m3/s m m2/s m/s2

     KEn KVg KCo KSa

0,50 5,70 0,64 1,00

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Solução:

L2

222

1

211 hz

g2Vpz

g2Vp

Hzzh 21L

= 0 (pb)

Eq. da Energia 0

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Como ilustração, a perda distribuída será calculada separada da perda localizada.

.s/m093,5100,0040,04

DQ4V 22

56 1009,5

10100,009,5DVRe

00046,0100

046,0De

0175,0

1009,574,5

7,300046,0ln

325,1

Re74,5

7,3D/eln

325,1f 2

9,05

2

9,0

2

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g2V

DLf

g2V)KK2KK(H

22

SaCoVgEn

81,9209,5

10,0500175,0

81,9209,5)164,0270,550,0(H

22

.m8,2257,1121,11H

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4.6.6. Linha piezométrica e linha de energiaConsidere a Eq. da Energia:

pz

LT2

222

p1

211 hHz

g2VpHz

g2Vp

Linha piezométrica

Linha de energia

g2Vpz

2

Lugar geométrico dos pontos que têm como elevação

Lugar geométrico dos pontos que têm como elevação

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Figura 7.17 Linha piezométrica (LP) e linha de energia (LE)

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• Ocorre um salto na LP e na LE quando energia útil é adicionada ao fluido, como acontece com uma bomba, e uma queda ocorre, se energia útil é extraída do escoamento, como ocorre com uma turbina.

• Nos pontos em que a LP passa através da linha central do tubo, a pressão é zero. Se o tubo é localizado acima da LP, há um vácuo no tubo, uma condição que muitas vezes é evitada, se possível, nos projetos de tubulações; uma exceção seria um projeto de um sifão.

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Exemplo 7.17Água a 20º C escoa entre dois reservatórios a uma vazão de 0,06 m3/s, como mostra a Fig. E7.17. Esboce a LP e a LE. Qual é o diâmetro DB mínimo permissível para evitar a ocorrência de cavitação?

Figura E7.17

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Dados:

Ta Q D L1 L2 e Kent HCon g

20º 0,060 0,200 30 20 0,260 0,500 0,250 9,81C m3/s m m m mm     m/s2

Solução:

.s/m918,120,0060,04

DQ4V 221

= 103 kg/m3

Água a 20° C, logo: = 10-6 m2/spv = 2450 Pa (abs).

561 1082,3

1020,091,1DVRe

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0217,0

1082,374,5

7,320026,0ln

325,1

Re74,5

7,3D/eln

325,1f 2

9,05

2

9,01

1

1

No segundo trecho, o que se procura é o diâmetro. Explicitando em função deste valor, vem:

22

22

22

2 D07639,0

D060,04

DQ4V

2

4

622

222 D

10639,710D

D07639,0DVRe

222 D00026,0

D100026,0

De

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g2V

DLf

g2V

DLf

g2VK

g2VK

g2V)p(z)p( 2

2

2

22

21

1

11

22

con

21

en

22abs2

1abs1

A pressão barométrica é tomada igual a 101 kPa. Então:

totalL2

22abs2

1

21abs1 hz

g2V)p(z

g2V)p(

Só não haverá cavitação no ponto 2 se a pressão neste ponto for mantida acima da pressão de vapor.

Uma vez que a pressão de vapor é expressa na escala de pressões absolutas, deve-se: ou trabalhar com pressões absolutas, ou converter a pressão de vapor para a escala efetiva. Assim,

0

52

2

242

2

2

3

3

D81,9207639,020f

D81,9207639,0)25,01(

81,9291,1)

20,0300217,050,0(20

1081,910)45,2101(

0

Page 163: 5. ESCOAMENTOS INTERNOS 5.1. Introdução Neste capítulo serão estudados os efeitos da viscosidade em escoamentos internos e incompressíveis. Compreende:

52

242

22

D20f

D25,107639,0/91,1)

20,0300217,050,0(2)81,92055,98(

52

242 D

20fD25,198660

Resolvendo por tentativas,

Nº D e/D Re f 1,25/D4 f×20/D5

1ª 0,10000 0,002600 7,64105 0,0254 12500 50836 63336

Logo, para não haver cavitação D2 > 91,55 mm.

Portanto, D = 100 mm resolve satisfatoriamente o problema.

4ª 0,09155 0,0028408,3410

5 0,0260 17793 80867 98660

2ª 0,09000 0,0028898,4910

5 0,0261 19052 88480 1075323ª 0,09200 0,002826

8,30105 0,0260 17449 78816 96264

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4.6.7. Sistema simples de tubo com bomba

Característica da bomba fornecida pelo fabricante.

Figura 7.18 Curvas características

Característica de cano

Característicade rotor

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Exemplo 7.18Estime a vazão na tubulação simples da Fig. E 7.18a, se as curvas características da bomba são como mostrado na Fig. E7.18b. Calcule também a potência requerida pela bomba.

Figura E7.18 a)

Page 166: 5. ESCOAMENTOS INTERNOS 5.1. Introdução Neste capítulo serão estudados os efeitos da viscosidade em escoamentos internos e incompressíveis. Compreende:

Figura E7.18 b)

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z1 z2 D e Ke KSa

60 90 0,2 0,046 10-6 0,50 1,00m m m mm m2/s    

Dados:

Solução:Da Eq. da energia, com:

L12B21

21 h)zz(H0VV0pp

g2V)

DLfKK()zz(H

2

saen12B

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Como primeira tentativa para a solução do problema, pode-se supor que o escoamento se dá na região de escoamento turbulento rugoso.

Assim, considerando a Eq. de Nikuradse para escoamento turbulento rugoso, vem:

0141,0

7,3200046,0ln

325,1

7,3D/eln

325,1f 221

Levando na Eq. anterior,

2

2B 20,0Q4

81,921)

20,04000141,00,15,0()6090(H

2B Q153030H Eq. do sistema.

Page 169: 5. ESCOAMENTOS INTERNOS 5.1. Introdução Neste capítulo serão estudados os efeitos da viscosidade em escoamentos internos e incompressíveis. Compreende:

Entrando com valores de vazão na Fig. E7.18 b),

tira-se os valores correspondentes para a altura total de elevação, o que permite montar a tabela a seguir.

BombaH Q

68,70 0,2573,90 0,2077,70 0,1580,00 0,10

Page 170: 5. ESCOAMENTOS INTERNOS 5.1. Introdução Neste capítulo serão estudados os efeitos da viscosidade em escoamentos internos e incompressíveis. Compreende:

Agora, entrando com valores para a vazão, na equação do sistema, chega-se a seguinte tabela relacionando valores de H e Q do sistema.

SistemaH Q

30,00 0,0046,30 0,1066,68 0,1595,20 0,20

Considerando estas duas tabelas e com o auxilio do excel, chega-se ao seguinte gráfico, sendo a solução o cruzamento da duas curvas.

Ou seja:

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HB = -290 Q2 + 26,1 Q + 80,295R2 = 1

H = 1530 Q2 + 30R2 = 1

0,0

10,0

20,0

30,0

40,0

50,0

60,0

70,0

80,0

90,0

100,0

0,00 0,05 0,10 0,15 0,20 0,25 0,30

Vazão

Altu

ras Bomaba

Sistema

Operação

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O gráfico nos dá a Eq. da linha de tendência para a característica de rotor. Ou seja:

295,80Q1,26Q290H 2R

Uma vez que o ponto de operação vai estar no cruzamento destas duas equações, a vazão é obtida ao se igualar uma com a outra.

295,80Q1,26Q290Q153030 22

0295,50Q1,26Q1820 2 Resolvendo,

18202285,50182041,261,26Q

2

.s/m159,0''Q

s/m174,0'Q3

3

O valor significativo é o positivo. Levando em uma das duas equações, chega-se à altura total de elevação da bomba.

Page 173: 5. ESCOAMENTOS INTERNOS 5.1. Introdução Neste capítulo serão estudados os efeitos da viscosidade em escoamentos internos e incompressíveis. Compreende:

.m1,76174,0153030H 2

Com o valor da vazão tem-se como calcular o número de Reynolds e retornar no diagrama de Moody, de modo a verificar o valor obtido para o fator de atrito.

Com esse procedimento se chegaria ao valor correto para a vazão (0,169 m3/s) e para a altura de elevação (76,4 m).

Do gráfico da Fig. E7.18 b), tira-se = 0,65%.

Com esse valor a potência pode ser calculada.

.kW8,1991065,0

1,7681,9174,010HgQP 33

BB

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4.7. Escoamento Turbulento Uniforme em Canais Abertos

Figura 7.19 Escoamento uniforme em um canal aberto

S declividade (inclinação) – (I)

Para muito pequeno, sen S.

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Considere a Eq. da energia:

L2

222

1

211 hz

g2Vpz

g2Vp

0 0

O que leva a: 21L zzh

Por outro lado,

g2

VR4Lf

g2V

DLfSLsenLh

2

h

2

hL

2h V

g8fSR

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Ou:

Antoine Chezy (1718 – 1798).

SRCV h Eq. de Chezy.

6/1h

1 RncC

.inglessistemadounidades49,1cSIdounidades00,1c

1

1

n coeficiente de Manning

Robert Manning (1816 – 1897).

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Para o SI,

2/13/2h SRA

n1Q Eq. de Chezy Manning.

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TABELA 7.3 Valores médios do n de Manning

Material da Parede n de Manning

Madeira aplainada 0,012

Madeira não-aplainada 0,013

Concreto acabado 0,012

Concreto inacabado 0,014

Cano de esgoto 0,013

Tijolo 0,016

Ferro fundido, ferro forjado 0,015

Tubo de concreto 0,015

Aço rebitado 0,017

Terra, tal qual 0,022

Canalete de metal enrugado 0,025

Cascalho 0,03

Terra com pedras e plantas rasteiras 0,035

Corredeiras de montanhas 0,05

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Exemplo 7.19A profundidade medida de água a 15º C, escoando em um canal aberto retangular de concreto acabado, de 3,60 m de largura é de 1,20 m. A inclinação (declividade) medida foi de 0,0016. Estime a vazão usando: a) a equação de Chezy-Manning e b) a equação de Darcy-Weisbach.

Dados:Tág b h S g15º 3,6 1,2  0,0016 1,1410-6 9,81C m m   m2/s m/s2

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Solução:O raio hidráulico pode ser calculado.

.m720,06,32,12

2,16,3bh2

hbPARmol

h

.s/m57,11016,072,02,16,3012,01SRA

n1Q 32/13/22/13/2

h

.m88,2720,04R4D hh

a) Chezy – ManningConcreto acabado n = 0,012

b) Darcy – WeisbchConcreto 0,30 e 3 mm acabado e = 0,46 mm.

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Eq. de Nikuradse,

0131,0

7,3288046,0ln

325,1

7,3D/eln

325,1f 221

.s/m625,20131,0

0016,088,281,92f

SDg2V1

h1

2h V

g8fSR

66

h1 1063,6

1014,188,2625,2DVRe

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Pela Eq. de Swamee - Jain,

0134,0

)1063,6(74,5

7,3288046,0ln

325,1

Re74,5

7,3D/eln

325,1f 2

9,06

2

9,0

2

.s/m601,20134,0

0016,088,281,92V2

662 1057,6

1014,188,2601,2Re

!K.O0134,0

)1057,6(74,5

7,3288046,0ln

325,1f 2

9,06

3

Page 184: 5. ESCOAMENTOS INTERNOS 5.1. Introdução Neste capítulo serão estudados os efeitos da viscosidade em escoamentos internos e incompressíveis. Compreende:

Desta forma o problema está resolvido e:

.s/m601,2V

.s/m24,1120,160,3601,2AVQ 3

%94,210024,11

24,1157,11100Q

QQDifDar

DarChe

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Exemplo 7.20Um tubo de concreto de 1,0 m de diâmetro transporta água a 20º C em uma profundidade de 0,4 m. Se a inclinação é 0,001, encontre a vazão usando:

a) a equação de Chezy-Manning e

b) a equação de Darcy-Weisbach.

Dados:

D Tág h S

1,00 20º 0,4 0,001 10-6

m C m   m2/s

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Figura E7.20

Solução:Cálculo dos ângulos e .

m10,040,0200,1hR

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º9,15654,1121802180

º54,1150,010,0arcsen

.m4899,0º54,11cos50,0cosR2b

222

m2934,04899,01,02360

9,15641

3604DA

m2147,0369,12934,0

PAR h m8569,02147,04R4D hh

Os demais valores são calculados.

m369,1360

9,156360

DP

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a) Chezy – ManningTubo de esgoto (concreto) n = 0,013

.s/m255,0001,02142,02934,0013,01SRA

n1Q 32/13/22/13/2

h

b) Darcy – WeisbchTubo de concreto e = 2 mm. Por Colebrook

hDVRe

g2V

DLfh

2

hL

hDReV

3h

22

2h

22

hL Dg2

LRefg2D

ReDLfh

512

3

2

3L 1011,1

1108569,0001,081,92

LDhg2fR

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0246,0

1011,151,2

7,38572ln

325,1

fRe51,2

7,3D/eln

325,1f 2

5

2

.s/m8261,010246,0

857,0001,081,92Lf

Dhg2V hL

.s/m2423,02934,08261,0AVQ 3

%43,5100242,0

242,0255,0100Q

QQDifDar

DarChe

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Característica da bomba

0,00

10,00

20,00

30,00

40,00

50,00

60,00

70,00

80,00

90,00

100,00

0,00 0,05 0,10 0,15 0,20 0,25 0,30