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Assistência para Elaboração do Plano Director de Desenvolvimento Agrícola do Corredor de Nacala em Moçambique 4-1 As opiniões e conclusões que integram esses documentos foram para fins de estudo e não são vinculativas ou refletindo a posição das instituições coordenadoras, nem a implementação das estratégias neles descritos. CAPÍTULO 4 COMPONENTES DO PLANO DIRETOR DE DESENVOLVIMENTO AGRÍCOLA (DRAFT) 4.1. Componentes do Plano Diretor Baseado nas estratégias descritas no Capítulo 3, o Plano Director de Desenvolvimento consiste nos seguintes projectos. Tabela 4.1.1 Os Projectos do Plano Director de Desenvolvimento Agrário do Corredor de Nacala Abordagem básica Estratégias Projectos Melhoria das Condições Básicas de Produção e das Infra-estruturas Sociais e Agrícolas Melhoria do Sistema de Apoio Técnico 1. Projecto de Fortalecimento da Investigação Agrária 2. Projecto de Fortalecimento do Serviço de Extensão Agrária Aquisiçãod de DUATs entre os agricultores de pequena e média escala 3. Projecto de Registo (DUATs) de terras para médias e pequenas explorações agrarias Melhoria no Acesso ao Financiamento/ Crédito Agrícola 4. Projecto de Estabelecimento de Estrutura Financeira para a Agricultura 5. Projecto de Sistema de Apoio Financeiro para Grandes Investidores 6. Projecto de Estabelecimento de um sistema de suporte financeiro para pequenas e médias empresas de agronécio e organização de agricultoresFundo ProSAVANA de Iniciativa ao Desenvolvimento 7. Projecto de Estabelecimento de um sistema de suporte financeiro para agricultores individuais Serviço de Apoio ao Desenvolvimento de Negócios 8. Projecto de Desenvolvimento de Capacidades para Prestação de Serviços de Desenvolvimento de Negócios Desenvolvimento de Infae-estructuras Sociais e Agrícolas 9. Projecto de Reabilitação de Sistemas de Irrigação 10. Projecto de Reforço das Organizações de Uso de Água 11. Projecto de Melhoria da Tecnologia de Irrigação e da Qualidade de Construção 12. Projecto de Melhoria de Estradas de Acesso para Actividades Agrícolas Aumento da Produção Agrícola Transição do culivo itinerante para cultivo permanente Melhoria no acesso aos insumos agrícolas Aquisiçãod de DUATs entre os agricultores de pequena e média escala 13. Projecto de Estabelecimento de Crédito Preferencial para Apoiar o Provedor de Serviços de Mecanização Agrícola 14. Projecto de Formação de Capacidades para os Produtores de Sementes 15. Projecto de Melhoria no Acesso aos Fertilizantes 16. Projecto Vilas-Modelo 17. Projecto Piloto para a Melhoria do Pequeno Agricultor As Culturas Prioritárias e as Suas Oportunidades 18. Projecto de Modelo de Produção de Hortícolas 19. Projecto de Replantio dos Cajueiros e Melhoria do Sistema de Cultura Intercalar 20. Projecto de Revitalização da Indústria de Chá

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Assistência para Elaboração do Plano Director de Desenvolvimento Agrícola do Corredor de Nacala em Moçambique

4-1

As opiniões e conclusões que integram esses documentos foram para fins de estudo e não

são vinculativas ou refletindo a posição das instituições coordenadoras, nem a

implementação das estratégias neles descritos.

CAPÍTULO 4 COMPONENTES DO PLANO DIRETOR

DE DESENVOLVIMENTO AGRÍCOLA

(DRAFT)

4.1. Componentes do Plano Diretor

Baseado nas estratégias descritas no Capítulo 3, o Plano Director de

Desenvolvimento consiste nos seguintes projectos.

Tabela 4.1.1 Os Projectos do Plano Director de Desenvolvimento Agrário do Corredor de

Nacala

Abordagem

básica Estratégias Projectos

Melhoria das

Condições

Básicas de

Produção e das

Infra-estruturas

Sociais e

Agrícolas

Melhoria do Sistema de

Apoio Técnico

1. Projecto de Fortalecimento da Investigação Agrária

2. Projecto de Fortalecimento do Serviço de Extensão Agrária

Aquisiçãod de DUATs entre

os agricultores de pequena

e média escala

3. Projecto de Registo (DUATs) de terras para médias e pequenas

explorações agrarias

Melhoria no Acesso ao

Financiamento/ Crédito

Agrícola

4. Projecto de Estabelecimento de Estrutura Financeira para a Agricultura

5. Projecto de Sistema de Apoio Financeiro para Grandes Investidores

6. Projecto de Estabelecimento de um sistema de suporte financeiro para

pequenas e médias empresas de agronécio e organização de agricultores–

Fundo ProSAVANA de Iniciativa ao Desenvolvimento

7. Projecto de Estabelecimento de um sistema de suporte financeiro para

agricultores individuais

Serviço de Apoio ao

Desenvolvimento de

Negócios

8. Projecto de Desenvolvimento de Capacidades para Prestação de

Serviços de Desenvolvimento de Negócios

Desenvolvimento de

Infae-estructuras Sociais e

Agrícolas

9. Projecto de Reabilitação de Sistemas de Irrigação

10. Projecto de Reforço das Organizações de Uso de Água

11. Projecto de Melhoria da Tecnologia de Irrigação e da Qualidade de

Construção

12. Projecto de Melhoria de Estradas de Acesso para Actividades

Agrícolas

Aumento da

Produção

Agrícola

Transição do culivo

itinerante para cultivo

permanente

Melhoria no acesso aos

insumos agrícolas

Aquisiçãod de DUATs entre

os agricultores de pequena

e média escala

13. Projecto de Estabelecimento de Crédito Preferencial para Apoiar o

Provedor de Serviços de Mecanização Agrícola

14. Projecto de Formação de Capacidades para os Produtores de

Sementes

15. Projecto de Melhoria no Acesso aos Fertilizantes

16. Projecto Vilas-Modelo

17. Projecto Piloto para a Melhoria do Pequeno Agricultor

As Culturas Prioritárias e

as Suas Oportunidades

18. Projecto de Modelo de Produção de Hortícolas

19. Projecto de Replantio dos Cajueiros e Melhoria do Sistema de Cultura

Intercalar

20. Projecto de Revitalização da Indústria de Chá

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Desenho da Visão Geral do Plano

4-2

As opiniões e conclusões que integram esses documentos foram para fins de estudo e não

são vinculativas ou refletindo a posição das instituições coordenadoras, nem a

implementação das estratégias neles descritos.

Colaboração entre

agricultores locais e o

agronegócio

6. Projecto de Estabelecimento de um sistema de suporte financeiro para

pequenas e médias empresas de agronécio e organização de

agricultores– Fundo ProSAVANA de Iniciativa ao Desenvolvimento

(acima mencionado)

Apoio à Criação e

Desenvolvimento das

Cooperativas Agrícolas

Modernas

21. Projecto para a Formulação e Desenvolvimento de Cooperativas

Agrícolas Modernas

Desenvolvimento

do Agronegócio

Criação da Cadeia de

Valores

Designação de Terras para

Investimento

Desenvolvimento de

Capacidades e Apoio

Técnico para o Mecanismo

de Supervisão da Aplicação

das Leis sobre a Terra e o

Meio Ambiente

22. Estabelecimento de uma Organização de Apoio no Investimento e

Desenvolvimento da Cadeia de Valor

23. Projecto para Designação de Terras para Investimento e Planeamento

Territorial

24. Projecto para o Fortalecimento do Mecanismo de Fiscalização da

Aplicação das Leis sobre a Terra e o Meio Ambiente

Criação da Cadeia de

Valor

Melhoria da infra-estrutura

da logística agrícola

Desenvolvimento de

clusters

25. Projeto de Zona Econômica Especial Agrícola (ZEE e ZFI - área do

ProSavana)

26. Projecto de Reabilitação de Instalações Agrícolas de Armazenamento

27. Projecto de Padronização de Produtos Agrícolas

28. Projecto de Melhoria no Acesso às Informações de Mercado

29. Projecto de Desenvolvimento de Cluster de Soja

Uso sustentável

dos recursos

naturais

Conformidade com os

princípios da RAI

Identificação do Potencial

de Desenvolvimento de

Recursos Hídricos

Fortalecimento da Gestão

de Recursos Hídricos

30. Programa de Assistência para a Elaboração, Divulgação e Execução

dos PDUTs (Plano Distrital de Uso da Terra)

31. Estudo Básico para a Gestão de Recursos Hídricos

Desenvolvimento

de Capacidades

de recursos

naturais

Melhoria do Sistema de

Apoio Técnico

Melhoria no Acesso aos

Insumos Agrícolas

Desenvolvimento da

Capacidade Humana de

Organizações de

Agricultores

32. Projecto de Treinamento de Distribuidores de Insumos Agrícolas

33. Projecto de Academia Agrícola ProSAVANA (Centro de

Desenvolvimento Agrícola)

34. Projecto de Desenvolvimento da Capacidade Humana para

Organização de Agricultores

35. Projecto de Desenvolvimento de Capacidades dos Governos Distritais

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Assistência para Elaboração do Plano Director de Desenvolvimento Agrícola do Corredor de Nacala em Moçambique

4-3

As opiniões e conclusões que integram esses documentos foram para fins de estudo e não

são vinculativas ou refletindo a posição das instituições coordenadoras, nem a

implementação das estratégias neles descritos.

4.2. Atividades para Melhoria da Condição Básica de Produção e

de Infraestrutura Social e Agrícola

1. Projecto de Fortalecimento da Investigação Agrária

Projecto Projecto de Fortalecimento da Investigação Agrária

Antecedentes Transição da agricultura itinerante para a agricultura fixa é uma necessidade urgente, tendo

em vista o rápido crescimento da população e da limitação de terras agrícolas disponíveis no

Corredor de Nacala. O aumento da produtividade da terra através da adubação, técnicas

melhoradas de produção de culturas tradicionais, a introdução de novas culturas ou cultivares

e a reativação da pecuária é a chave para essa finalidade. O papel da investigação agrícola

está se tornando mais importante do que nunca para desenvolver tecnologias adequadas para

responder a essas necessidades.

Objectivos Aumentar a capacidade de investigação do IIAM e melhorar as condições favoráveis para o

desenvolvimento de tecnologias avançadas para as culturas prioritárias, cultivares e espécies

pecuárias dentro do ProSAVANA tanto em termos de quantidade como em termos de

qualidade.

Metas A tecnologia agrícola adequada é desenvolvida e transferida no Corredor de Nacala (* o

mesmo objectivo do Projecto ProSAVANA-PI)

Produtos

Esperados

1. As estações do IIAM ao longo do Corredor de Nacala são reabilitados e equipados;

2. Os assistentes de investigação do IIAM são treinados em actividades de apoio à pesquisa;

3. Os programas de pesquisa são expandidos para temas estratégicos relativas ao

Desenvolvimento Agrário do Corredor de Nacala.

Principais

Actividades

1) Reabilitação de infra-estruturas das estações do IIAM

- Infra-estruturas básicas e equipamentos, tais como energia eléctrica, abastecimento de

água, escritório e armazém

- Infra-estruturas e equipamentos especializados para culturas específicas e animais de

cada região

2) Formação de assistentes de investigação do IIAM em actividades de apoio à pesquisa

- Operação e manutenção de máquinas e equipamentos

- Manutenção de campos experimentais, culturas e animais

- Apoio orçamental para contratar assistentes qualificados

3) Expansão de programas de pesquisa sobre temas estratégicos para o Desenvolvimento

Agrário no Corredor de Nacala

- Utilização de insumos agrícolas para a agricultura fixa

- Introdução e adaptação de culturas e cultivares não-tradicionais

Período de

Implementação

ProSAVANA-PI: até 2016

Reabilitação de infraestruturas e treinamento de assistentes de campo: 2017 – 2018

Expansão dos programas de investigação: 2019 – 2030

2014 ‘15 ‘16 ‘17 ‘18 ‘19 ‘20 ‘21 ‘22 ‘23 ‘24 ‘25 ‘26 ‘27 ‘28 ‘29 2030

Área Prioritária

(candidata)

Cobertura do Centro Zonal Nordeste IIAM (CZNd): Nampula, Mapupulo, Namapa, Nacaca,

Namialo, Nassuruma, Nametil, Ribaue

Cobertura do Centro Zonal Noroeste IIAM (CZNo): Lichinga, Mutuali, Gurue, Mutequelesse,

Matama

Agência

Implementadora/

Organizações

Relacionadas

IIAM (CZNd e CZNo), INCAJU, IAM

Mais EMBRAPA e NTCI/JIRCAS como actores do ProSAVANA-PI

Planos

relevantes/

projetos

PEDSA 2011 – 2020

Plano Estratégico do IIAM 2011 – 2015 (Sede, CZNd, CZNo)

ProSAVANA-PI de 2011 até 2016

Observações ProSAVANA-PI tem os seguintes cinco componentes:

1. Fortalecimento da capacidade de investigação do IIAM CZNd/CZNo;

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Desenho da Visão Geral do Plano

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As opiniões e conclusões que integram esses documentos foram para fins de estudo e não

são vinculativas ou refletindo a posição das instituições coordenadoras, nem a

implementação das estratégias neles descritos.

2. Avaliação dos recursos naturais e sócio-econômicas no Corredor de Nacala;

3. Desenvolvimento da tecnologia de melhoria do solo no Corredor de Nacala;

4. Desenvolvimento de tecnologia apropriada de cultivo no Corredor de Nacala;

5. Implementação e validação de uma nova tecnologias agrícola nas unidades de

demonstração.

2. Projecto de Fortalecimento do Serviço de Extensão Agrária

Projecto Projecto de Fortalecimento do Serviço de Extensão Agrária

Antecedentes Um dos grandes desafios para a implementação de uma agricultura orientada ao mercado

competitivo na área do Projecto, bem como no resto do país, é a transformação da actual

agricultura itinerante para o cultivo fixo através do sistema intensivo. Para que isso seja

possível, é necessário adoptar uma série de medidas que permitam condições aos agricultores

alcançarem a transformação proposta, como, a garantia legal de uso da terra, o acesso a

insumos e principalmente o acesso à tecnologia de produção através de um ágil e eficiente

serviço de extensão agrícola.

A extensão agrícola em Moçambique esteve historicamente focado em cultivos comerciais e

de exportação como o tabaco, algodão e cana de açúcar, financiados principalmente pelos

sectores agrícolas correspondentes antes da independência. Em 1987 quando o sistema

económico do país foi liberalizado, o sistema público de extensão foi finalmente estabelecido.

Os serviços de extensão em Moçambique são, portanto, altamente dependentes do sector

não-governamental, tais como ONGs e prestadores de serviços, principalmente associados a

grupos concessionários de culturas específicas. Em 2012, apenas 32,1% dos extensionistas

eram do sector público (MINAG / DNEA).

O PRONEA (2012-16), como o programa operacional do Plano Director de Extensão

Agrícola, está sendo implementado para consolidar o serviço de extensão agrícola com o

envolvimento do sector privado em 42 distritos seleccionados e distribuídos em todas as

províncias do país. O PRONEA, em termos de implementação estratégica, vai cobrir apenas 9

distritos dos 14 distritos da área do Projecto.

Objectivos Aumentar a produtividade e acesso ao mercado de agricultores emergentes de pequena escala

Metas Fortalecer o serviço de extensão agrícola para acelerar a transformação da agricultura

extensiva para a agricultura intensiva e orientada para o mercado na área do Projecto.

Produtos

Esperados

1: Alocação de extensionistas capacitados em todos os distritos-alvo da área do Projecto

2: Capacitação de extensionistas e agricultores

Principais

Actividades

1. Capacitação de extensionistas não só do sector público, mas também de ONGs e do sector

privado, incluindo o fornecimento de equipamentos necessários para os serviços

2. Capacitação de agricultores individuais e organizações de agricultores

3. Prestação de um melhor serviço de extensão a nível provincial e distrital / a nível local

através de agentes públicos, privados e ONGs

4. Reinício da transmissão do programa de extensão agrícola pela rádio ou TV.

Período de

Implementação

2014 ‘15 ‘16 ‘17 ‘18 ‘19 ‘20 ‘21 ‘22 ‘23 ‘24 ‘25 ‘26 ‘27 ‘28 ‘29 2030

Área Prioritária

(candidata)

Todos os 14 distritos

Agência

Implementadora/

Organizações

Relacionadas

MINAG/DNAE, SPEA, SDAE, ONGs e empresas privadas que fornecem apoio técnico aos

agricultores

Planos

relevantes/

projetos

PNISA, PRONEA

Fortalecimento da Investigação Agrário

Academia Agrícola ProSAVANA (Centro de Desenvolvimento Agrário)

Observações Este projecto visa o fortalecimento dos serviços de extensão agrícola nos 14 distritos,

realizando as acções do PRONEA e complementando outras acções.

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Assistência para Elaboração do Plano Director de Desenvolvimento Agrícola do Corredor de Nacala em Moçambique

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As opiniões e conclusões que integram esses documentos foram para fins de estudo e não

são vinculativas ou refletindo a posição das instituições coordenadoras, nem a

implementação das estratégias neles descritos.

3. Projecto de Registo (DUATs) de terras para médias e pequenas explorações agrarias

Projecto Projecto de Registo (DUATs) de terras para médias e pequenas explorações agrarias

Antecedentes As terras são tratadas, do ponto de vista do Plano Estratégico para o Desenvolvimento do

Sector Agrário (PDSA, 2010/2019), como recurso natural com potencialidade para a longo

prazo desenvolver o setor agrário de Moçambique. O mesmo PDSA quantifica que existem

36 milhões de hectares aráveis no país, dos quais 10% são atualmente cultivados. Já o Plano

Nacional de Investimento de Setor Agrário (PNISA), considera que há 3,9 milhões de

hectares em uso, sendo 90% desta área utilizada pelo sector familiar. O PNISA estima, ainda,

que existem no país 3,6 milhões de explorações agrícolas, dos quais cerca de 98% são de

pequena agricultura familiar e 96,9% da área ocupada não possuem o titulo de uso e

aproveitamento da terra (DUAT). Isso significa que, em nível nacional, há 3,4 milhões de

explorações agrícolas sem DUAT.

Ao trazer esses percentuais para a área do Plano de Desenvolvimento Regional do Corredor

de Nacala observa-se que há cerca de 1,06 milhão de pequenas explorações sem o devido

título DUAT. Esta realidade, que decorre do regime legal de terras moçambicano, (onde é

voluntária a solicitação do titulo para as ocupações que ocorrem por meio de normas

costumeiras e de boa fé) aliada à crescente demanda por terras, têm contribuído para o

aumento da insegurança sobre a posse da terra (uma vez que a mesma não está mapeada ou

delimitada e sem o DUAT) e o incremento dos conflitos de terras, especialmente em algumas

áreas, chamadas “Hotspots”.

A questão da titulação de terras entende se como um constrangimento a ser abordado antes de

outras ações para a fixação do agricultor e requer ações de longo prazo (durante o período até

2030) e de impacto rápido no curto prazo.

Objectivos Criar um ambiente de mitigação dos conflitos de uso da terra certo entre agricultores vizinhos e

entre agricultores e investidores

Metas • Mitigar a insegurança ea vulnerabilidade dos pequenos cultivos (agricultores de pequena

escala) e assegurar os direitos relacionados ao uso da terra e ao posse das propriedades sobre

a terra;

• Divulgação do cultivo intensivo para os pequenos agricultores

• Criar um ambiente de cooperação e integração entre agricultores de pequena escala e

novos investidores;

• Facilitar a identificação de áreas para a promoção da agricultura por grandes agricultores,

empresas privadas e agricultores de médio porte com experiência de liderança (fase inicial da

transição para uma agricultura intensiva).

Produtos

Esperados

1 - Proporcionar o titulo de direito de uso e aproveitamento da terra (DUAT) para pequenas e

médias explorações agrarias;

2 - Criar um ambiente de cooperação e integração entre a fazenda de atuais explorações

agrarias e os novos investidores;

3 - Disseminação de cultivo intensivo para pequenos agricultores.

Principais

Actividades

1: Proporcionar a titulação (emitir o DUAT) das pequenas explorações familiares como

premissa da transição para uma agricultura fixa ou lavoura permanente.

- Levantamento dos agricultores familiares sem DUAT que são vizinhos (fazem fronteira) às

áreas zoneadas como disponíveis pelas Províncias e dos agricultores familiares às áreas

vizinhas dos projetos piloto de Vilas-Modelo, Projetos No.16;

- Consultas comunitárias, formação de processos e consolidação de cada DUAT;

- Despesa gratuita para a titulação das pequenas explorações agrícolas (até 5 ha);

2: Introduzir ao mesmo tempo, o apoio através do suporte a insumos agrícolas e serviços de

extensão para orientação de culturas relativa à transição para a lavoura permanente.

3: Monitoria do uso da terra a fim de confirmar a real utilização agrícola da área.

Período de

Implementação

2014 ‘15 ‘16 ‘17 ‘18 ‘19 ‘20 ‘21 ‘22 ‘23 ‘24 ‘25 ‘26 ‘27 ‘28 ‘29 2030

Área Prioritária

(candidata)

Todos os 14 distritos nas três Províncias

Agência O DNTF (tem o papel de supervisionar e instituir as politicas), o SPCG de cada Província

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Desenho da Visão Geral do Plano

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As opiniões e conclusões que integram esses documentos foram para fins de estudo e não

são vinculativas ou refletindo a posição das instituições coordenadoras, nem a

implementação das estratégias neles descritos.

Implementadora/

Organizações

Relacionadas

(administram e demarcam as terras rurais), o MCA Moçambique (Tem a experiência neste

tipo de ação em Monapo, Malema e Cuamba).

Planos

relevantes/

projetos

Projeto de Acesso seguro a posse da terra da cooperação MCA - Millennium Challenge

Account - Mozambique

Observações

4. Projecto de Estabelecimento de Estrutura Financeira para a Agricultura

Projecto Projecto de Estabelecimento de Estrutura Financeira para a Agricultura

Antecedentes A existência de um sistema de crédito institucionalizado é o principal fator de promoção do

desenvolvimento econômico, permitindo ao empreendedor a obtenção de recursos financeiros

através deste instrumento para a realização de uma atividade produtiva. No caso da

agricultura, a existência de um sistema de crédito é determinante para o desenvolvimento da

atividade, pois os produtores não dispõem de recursos para investimentos que possibilitem o

aumento da sua capacidade e/ou eficiência produtiva e de rendimentos.

A agricultura tem importância fundamental na economia moçambicana, pois mais de 2/3 da

sua população depende desta atividade para a subsistência. Sendo uma atividade de alto risco

e baixo rendimento, necessita de inventivos do poder público para investimentos na produção

e armazenamento, pois esta não possui atratividade para instituições bancárias comerciais

nas atuais condições. O governo, então, necessita estabelecer uma estrutura de

financiamento agrícola que possibilite a estas instituições oferecer créditos em condições

favoráveis ao setor agrícola, criando um normativo específico para o financiamento agrícola

no Corredor de Nacala.

Objetivos Estabelecer um sistema de crédito agrícola para financiamento de custeio e investimento em

culturas no Corredor de Nacala

Metas Permitir que as instituições bancárias possam oferecer aos produtores créditos em condições

privilegiadas para financiamento agrícola, através dos normativos estabelecidos.

Produto

Esperado

1: Levantamento dos Marcos Legais do sistema de crédito moçambicano

2: Proposta e aprovação do normativo do sistema de crédito agrícola do Corredor de Nacala

3: Implementação do sistema de crédito agrícola

Principais

Atividades

1: Levantamento sobre o quadro legal do sistema de crédito Moçambicano.

2: Análise dos quadro legal e elaboração de proposta de normativo para estabelecimento de

sistema de crédito agrícola no Corredor de Nacala.

3: Aprovação do normativo do sistema de credito proposto e a sua divulgação às instituições

de crédito e produtores.

4. Treinamento de extensionistas rurais para a elaboração de propostas técnico-financeiras de

investimento e custeio de culturas.

5. Apoio às instituições de crédito para análise das propostas técnico-financeiras.

Período de

Implementação

2014 ‘15 ‘16 ‘17 ‘18 ‘19 ‘20 ‘21 ‘22 ‘23 ‘24 ‘25 ‘26 ‘27 ‘28 ‘29 2030

Área Prioritária

(candidata)

Corridor de Nacala.

Agência

Implementadora

/ Organizações

relacionadas

Banco de Moçambique (Banco Central?) , MINAG, DPA's, SDAE's, Instituições de Crédito

Planos

relevantes/

projetos

PRONEA

Observações

Page 7: CAPÍTULO 4 COMPONENTES DO PLANO DIRETOR DE … · 4. Projecto de Estabelecimento de Estrutura Financeira para a Agricultura 5. Projecto de Sistema de Apoio Financeiro para Grandes

Assistência para Elaboração do Plano Director de Desenvolvimento Agrícola do Corredor de Nacala em Moçambique

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As opiniões e conclusões que integram esses documentos foram para fins de estudo e não

são vinculativas ou refletindo a posição das instituições coordenadoras, nem a

implementação das estratégias neles descritos.

5. Projecto de Sistema de Apoio Financeiro para Grandes Investidores

Projecto Projecto de Sistema de Apoio Financeiro para Grandes Investidores

Antecedentes O volume de crédito para o sector agrícola representa apenas 6,5% do volume total da

economia nacional em 2010. Poucos distritos têm instalações bancárias formais. Além disso,

quando a pessoa tem acesso a empréstimos em instituições financeiras (IFs) a taxa de juros

geralmente é superior a 25%, sendo praticamente inviável obter o crédito. As instituições de

microfinanças (IMFs) praticam taxas mais baixas, porém o seu volume é insignificante frente

ao crédito concedido em relação à demanda existente por crédito agrícola.

A fim de implementar o Plano de Desenvolvimento Agrário no Corredor de Nacala, a criação

de um sistema de apoio financeiro para os investidores é um factor chave para o

desenvolvimento da economia e do agronegócio, gerando novos empregos e entrada de

divisas por meio de exportações.

Objetivos Criar um sistema de apoio financeiro com linhas especiais de crédito para atender complexos

de agronegócio (clusters) com os activos voltados para a produção, processamento,

conservação e comercialização.

Metas Financiar todo o complexo de agronegócio.

Produto

Esperado

1: Criar uma instituição financeira (IF) para financiamento aos investidores;

2: Aumentos de financiamento às linhas de produção;

3: Criar uma instituição especializada em seguro agrícola e de agronegócio;

4: Investimento e gestão eficiente através de s PPPs.

Principais

Atividades

1. Promover um fundo de investimento especializado em agronegócio, com prioridade para

clusters;

2. Aumento da dotação orçamental do MINAG para um mínimo de 10% do orçamento do

Estado;

3. Foco em linhas de crédito especiais para os clusters e a expansão do seu impacto para

todas as actividades da cadeia de valor do agronegócio;

4. Usar uma parte das sobretaxas sobre as exportações de matérias-primas e dos direitos

aduaneiros sobre as importações de matérias-primas, produtos intermediários e finais

para criar um fundo de garantia para o agronegócio;

5. Criar ou incentivar o sector privado a investir em instituições de seguro agrícola que

cubra toda cadeia de valor dentro do agronegócio;

6. Criar um fundo de "Subsídios Equivalentes" para apoiar a instalação de prestadores de

serviços dentro dos clusters.

Período de

Implementação 2014 ‘15 ‘16 ‘17 ‘18 ‘19 ‘20 ‘21 ‘22 ‘23 ‘24 ‘25 ‘26 ‘27 ‘28 ‘29 2030

Área Prioritária

(candidata)

Todos os 14 distritos.

Agência

Implementadora

/ Organizações

relacionadas

MINAG, empresas privadas - IFs (Banco) e fundos privados.

Planos

relevantes/

projetos

PEDSA – Plano Estratégico para o Desenvolvimento do Sector Agrícola, PNDA – Plano

Nacional de Desenvolvimento do agronegócio (Fundo Nacala).

Observações

Page 8: CAPÍTULO 4 COMPONENTES DO PLANO DIRETOR DE … · 4. Projecto de Estabelecimento de Estrutura Financeira para a Agricultura 5. Projecto de Sistema de Apoio Financeiro para Grandes

Desenho da Visão Geral do Plano

4-8

As opiniões e conclusões que integram esses documentos foram para fins de estudo e não

são vinculativas ou refletindo a posição das instituições coordenadoras, nem a

implementação das estratégias neles descritos.

6. Projecto de Estabelecimento de um sistema de suporte financeiro para pequenas e médias empresas

de agronécio e organização de agricultores– Fundo ProSAVANA de Iniciativa ao Desenvolvimento

Projecto Projecto de Estabelecimento de um sistema de suporte financeiro para pequenas e médias

empresas de agronécio e organização de agricultores– Fundo ProSAVANA de Iniciativa ao

Desenvolvimento

Antecedentes O Fundo ProSAVANA de Iniciativa ao Desenvolvimento (FPID) foi lançado em setembro de

2012 como um projeto piloto, com o objetivo de envolver os pequenos agricultores na cadeia

de valor comercial através de contratos de produção com empresas do agronegócio, o que

resultaria em aumento de produtividade e melhor acesso ao mercado para os pequenos

agricultores. Um esquema de empréstimo em condições favoráveis, com uma taxa anual de

juros de 10% foi introduzido para apoiar os esforços das pequenas e médias empresas do

agronegócio para expandir seus negócios, e que pode ser utilizado na aquisição de máquinas e

instalações necessárias, bem como para comprar a produção de agricultores. Em novembro de

2012, quatro empresas receberam empréstimos do FPID para realizar a produção de milho,

soja, amendoim, feijão e gergelim, bem como a multiplicação de sementes, envolvendo

agricultores de pequena escala e vários arranjos de cultura por contrato.

1) FPID para empresas de agronegócio de pequena e média escala

Com base nas lições obtidas através dos projectos-piloto do FPID, o FPID será transformado

em um regime formal de financiamento para apoiar o agronegócio local/ agro-indústrias na

promoção da agricultura por contrato, envolvendo pequenos agricultores na agricultura

comercial, bem como acelerar o investimento em indústrias de agro-processamento. Para

formalizar o FPID, o montante do capital deve ser aumentado através da mobilização do

Fundo de Contraparte1 gerido pelo Ministério da Agricultura ou de apoio financeiro de outros

doadores.

2) FPID para organização de agricultores

Quanto aos impactos necessários para a melhoria na produtividade agrícola, bem como a

transição para o cultivo intensivo e fixa em áreas mais amplas do Corredor de Nacala,

recomenda-se a criação de uma modalidade dentro do FPID para permitir as organizações de

agricultores (associações ou cooperativas de agricultores) acessarem empréstimos a juros

baixos com condições razoáveis. Usando os empréstimos amenos fornecidos pelo FPID, as

organizações de agricultores poderão investir em pequenos sistemas de irrigação, máquinas

agrícolas, e instalações de processamento de modo a introduzir melhores sistemas de

produção agrícola. O empréstimo em condições favoráveis também irá aliviar os encargos

financeiros para permitir à organização de agricultores a compra de culturas dos seus

membros na época de colheita

Objetivos 1) Formalizar o mecanismo do FPID para pequenas e médias empresas de agronegócio para

promover investimentos em agronegócio envolvendo pequenos agricultores.

2) Estabelecer um mecanismo financeiro acessível para as organizações de agricultores que

lhes permite investirem na melhoria do sistema de produção.

Metas 1) As Iniciativas/ investimentos em agronegócio através de envolvimento de grupos de

pequenos agricultores em produção comercial expandem através de esforços das

empresas de agronegócio.

2) A Capacidade das organizações de agricultores para melhorar a produtividade agrícola e

comercialização é reforçada pelo acesso ao sistema financeiro acessível.

Produto

Esperado

1: O FPID é transformado em um sistema financeiro formal para o desenvolvimento agrícola

no Corredor de Nacala.

2: Uma modalidade de fundo para apoiar as organizações de agricultores é estabelecida dentro

do FPID e é operacional.

Principais

Atividades

1: Mobilizar capital adicional para FPID

2: Consultar autoridades governamentais pertinentes para seleccionar potenciais instituições

financeiras que poderiam operar o FPID.

3: Desenvolver critérios e condições de FPID para especificar empresas de agronegócios e

1 Uma parte do pagamento da venda de máquinas agrícolas ou insumos concedidos pelo Governo do Japão através de Assistência

Alimentar e Subsídios a Produção de Alimentos é acumulada em uma conta para o país destinatário (Ministério da Agricultura).

Page 9: CAPÍTULO 4 COMPONENTES DO PLANO DIRETOR DE … · 4. Projecto de Estabelecimento de Estrutura Financeira para a Agricultura 5. Projecto de Sistema de Apoio Financeiro para Grandes

Assistência para Elaboração do Plano Director de Desenvolvimento Agrícola do Corredor de Nacala em Moçambique

4-9

As opiniões e conclusões que integram esses documentos foram para fins de estudo e não

são vinculativas ou refletindo a posição das instituições coordenadoras, nem a

implementação das estratégias neles descritos.

organização de agricultores (e.g. critério para aplicação do empréstimo, valor máximo de

empréstimo, taxa de juros, e condições para fornecimento de garantias)

4: Formar a unidade operacional de FPID para supervisionar a operação do fundo e fornecer

suporte por meio de aconselhamentos técnicos a clientes do FPID.

5: Iniciar as operações do FPID

6: Conduzir regularmente a monitoria e a avaliação das operações do fundo e implementação

de projectos.

Período de

Implementação

2014 ‘15 ‘16 ‘17 ‘18 ‘19 ‘20 ‘21 ‘22 ‘23 ‘24 ‘25 ‘26 ‘27 ‘28 ‘29 2030

Área Prioritária

(candidata)

Todos os 14 distritos. Esta questão deverá ser discutida com as autoridades governamentais

preocupadas com a abrangência de áreas (se a abrangência pode ser estendida para outros

distritos ao longo do Corredor de Nacala), e a origem e montante de recursos disponíveis para

FPID.

Agência

Implementadora

/ Organizações

relacionadas

MINAG, DPA em Nampula, Niassa e Zambézia, Instituições financeiras privadas, Unidade de

Operação do Fundo ProSAVANA de Iniciativa ao Desenvolvimento, ABC, JICA, Doadores

Planos

relevantes/

projetos

PNISA

Observações

7. Projecto de Estabelecimento de um sistema de suporte financeiro para agricultores individuais

Projecto Projecto de Estabelecimento de um sistema de suporte financeiro para agricultores

individuais

Antecedentes Promover a transformação do atual sistema de cultivo da agricultura extensiva itinerante

para o cultivo intensivo fixo é a principal estratégia proposta no Plano Diretor para a

melhoria da produção agrícola, através da introdução de técnicas agrícolas melhoradas em

juntamente com a introdução de insumos agrícolas e serviços. No entanto, tem sido

observado que a barreira crítica limitante ao acesso a esses insumos e serviços é a falta de

linhas de crédito acessíveis para os agricultores individuais. Portanto, o projeto propõe a

introdução de um empréstimo ameno de curto prazo com condições adaptadas ao ciclo de

produção agrícola, a fim de permitir aos agricultores individuais o acesso aos serviços

financeiros necessários para melhorar a sua produtividade. Empréstimos amenos também

serão utilizados para promover agronegócios em pequena escala por agricultores

individuais em seus esforços para iniciar negócios.

O esquema de empréstimos amenos será introduzido pelo governo com as contribuições

financeiras de doadores, ou fundos próprios do governo, através da oferta de linhas de

crédito subsidiadas para bancos comerciais ou instituições de micro-finança que irão gerir o

crédito agrícola. Quanto à origem deste crédito, uma opção potencial poderia ser a

mobilização do Fundo de Desenvolvimento Distrital (FDD) que serão transferidos para

instituições financeiras privadas em forma de Fundo Fiduciário.

Objetivos Estabelecer um mecanismo de financiamento acessívvel e disponível para os agricultores

individuais que lhes permite investir em serviços de agricultura, de modo a melhorar o

sistema de produção.

Metas Melhoria na produtividade agrícola e renda familiar dos agricultores individuais através da

introdução de insumos agrícolas e serviços na produção, que por sua vez resultará na

promoção do sistema de cultivo fixo.

Produto

Esperado

1: Garantia de fontes de crédito agrícola.

2: Um mecanismo financeiro (regime ameno de empréstimos) para apoiar os agricultores

individuais é estabelecido e é operacional.

Principais

Atividades

1: Mobilizar fonts financeiras.

2: Consultar autoridades governamentais pertinentes para seleccionar potenciais

instituições financeiras que poderiam fornecer o crédito agrícola.

Page 10: CAPÍTULO 4 COMPONENTES DO PLANO DIRETOR DE … · 4. Projecto de Estabelecimento de Estrutura Financeira para a Agricultura 5. Projecto de Sistema de Apoio Financeiro para Grandes

Desenho da Visão Geral do Plano

4-10

As opiniões e conclusões que integram esses documentos foram para fins de estudo e não

são vinculativas ou refletindo a posição das instituições coordenadoras, nem a

implementação das estratégias neles descritos.

3: Desenvolver critérios e condições para o crédito (e.g. valor máximo de empréstimo, taxa

de juros, termos de pagamento, condições para fornecimento de garantias)

4: Iniciar as operações de crédito agrícola. Este crédito também será aproveitado como

fundo de início para agronegócio por agricultores individuais.

5: Conduzir regularmente a monitoria e a avaliação das operações de empréstimo.

Período de

Implementação

2014 ‘15 ‘16 ‘17 ‘18 ‘19 ‘20 ‘21 ‘22 ‘23 ‘24 ‘25 ‘26 ‘27 ‘28 ‘29 2030

Área Prioritária

(candidata)

Todos os 14 distritos. Esta questão deverá ser discutida com as autoridades governamentais

preocupadas com a abrangência de áreas, bem como a origem e o montante de recursos

disponíveis dentro do esquema de crédito.

Agência

Implementadora

/ Organizações

SDAE, Governos Provinciais de Nampula, Niassa e Zambézia, MINAG, Instituições

financeiras privadas (bancos comerciais ou instituições de micro-finanças), doadores

As instituições financeiras privadas devem ser envolvidas na operação de crédito agrícola,

o que poderia garantir a transparência no processo de seleção de propostas de empréstimos

e de eficiência nas operações. Dado que a cobertura de agências bancárias a nível distrital é

bastante limitada no Corredor de Nacala, existe a necessidade de envolvimento de vários

bancos comerciais ou instituições de microcrédito na operação do crédito para os

agricultores individuais. SDAE, com o apoio de governos provinciais, vai supervisionar as

operações através de monitoria regular e auditorias anuais, bem como o alinhamento em

relação a regulamentos e obrigações exigidos pelo governo central.

Planos e

Projectos

Relacionados

Observações

Page 11: CAPÍTULO 4 COMPONENTES DO PLANO DIRETOR DE … · 4. Projecto de Estabelecimento de Estrutura Financeira para a Agricultura 5. Projecto de Sistema de Apoio Financeiro para Grandes

Assistência para Elaboração do Plano Director de Desenvolvimento Agrícola do Corredor de Nacala em Moçambique

4-11

As opiniões e conclusões que integram esses documentos foram para fins de estudo e não

são vinculativas ou refletindo a posição das instituições coordenadoras, nem a

implementação das estratégias neles descritos.

8. Projecto de Desenvolvimento de Capacidades para Prestação de Serviços de Desenvolvimento de

Negócios

Projecto Projecto de Desenvolvimento de Capacidades para Prestação de Serviços de Desenvolvimento

de Negócios

Antecedentes O desempenho de pequenas e médias empresas (PME) é a força motriz para o

desenvolvimento da cadeia de valor na área rural. A fim de facilitar a entrada nos negócios e a

ampliação dos negócios existentes, diversas linhas de crédito são fornecidos. No entanto, a

falta de habilidade de planeamento e de gestão de negócios dificulta o acesso a serviços de

crédito, assim como a alta taxa de juros.

Os serviços de apoio, chamado Serviço de Desenvolvimento de Negócios (SDN), onde

aconselhamentos sobre planeamento de negócios, finanças de empresa e gestão de negócios

estão incluídos são necessários tanto em a nível de serviço público e privado. O Instituto de

Promoção da Pequena e Média Empresa (IPEME) é uma instituição vinculada ao Ministério

da Indústria e Comércio e tem um papel de aconselhar os empresários sobre como concretizar

um negócio específico a partir de ideias de negócio, e às PME existentes como melhorar a sua

gestão de negócios. Mas, a limitação de recursos humanos desde por parte do IPEME não

permite a implantação do serviço em todo o país. Portanto é necessário desenvolver a criação

de SDNs de qualidade envolvendo recursos humanos do sector privado, tendo o IPEME como

o treinador de potenciais prestadores de serviços. As funções do SDN serão aconselhar o

planeamento e a gestão de negócios, analisar a situação financeira fornecendo informações

relacionadas a negócios, e a apresentação de fonte de crédito para empresas individuais, e

combinar as várias partes interessadas que compõe a cadeia de valor.

Objetivos Gestão excelente de pequenas e médias empresas, que são desenvolvidas ou melhoradas de

forma a contribuir para o desenvolvimento socioeconômico da área rural.

Metas Serviços de desenvolvimento de negócios de qualidade para as PME são fornecidos por

provedores privados.

Produto

Esperado

1: Fortalecimento da capacidade do pessoal do serviço de desenvolvimento de negócios do

IPEME como instrutores do treinamento sobre serviço de desenvolvimento de negócios é

fortalecer.

2: Prestação de serviços de desenvolvimento de negócios de qualidade por vários prestadores

de serviços privados.

3: Organizações/instituições relacionados com o desenvolvimento de negócios são bem

funcionais em coordenação um com o outro.

Principais

Atividades

1: Realizar uma série de treinamentos sobre administração de empresas e esquemas de apoio

para instrutores do Pie-me.

2: Convidar os prestadores privados de SDN e treiná-los em administração e esquemas de

empresas, tanto a nível de OJT (treinamento no trabalho) como de Off-JT.

3: Facilitar a Câmara de Comércio nas três províncias para o aprimoramento de suas funções.

4: Facilitar organizações/instituições relacionadas como BDS, CEPAGRI, CPI, GAPI, IPEX, e

Câmaras de Comércio a nível provincial.

Período de

Implementação

2014 ‘15 ‘16 ‘17 ‘18 ‘19 ‘20 ‘21 ‘22 ‘23 ‘24 ‘25 ‘26 ‘27 ‘28 ‘29 2030

Área Prioritária

(candidata)

Todos os 14 distritos

Agência

Implementadora

/ Organizações

IPEME, CEPAGRI, CPI, GAPI, IPEX, e Câmaras de Comércio a nível provincial

Planos e

Projectos

Relacionados

Projecto “Uma Vila Um Produto” (JICA)

Observações Os provedores de SDN treinados podem ser contratados pela organização coordenadora do

ProSAVANA para a facilitação do desenvolvimento de pequenos e médios negócios.

Page 12: CAPÍTULO 4 COMPONENTES DO PLANO DIRETOR DE … · 4. Projecto de Estabelecimento de Estrutura Financeira para a Agricultura 5. Projecto de Sistema de Apoio Financeiro para Grandes

Desenho da Visão Geral do Plano

4-12

As opiniões e conclusões que integram esses documentos foram para fins de estudo e não

são vinculativas ou refletindo a posição das instituições coordenadoras, nem a

implementação das estratégias neles descritos.

9. Projecto de Reabilitação de Sistemas de Irrigação

Projecto Projecto de Reabilitação de Sistemas de Irrigação

Antecedentes O desenvolvimento da irrigação é esperado para melhorar a condição básica da produção

agrícola e contribuir para o aumento da produção agrícola e da revitalização da economia

regional.

Mais de 55% das terras para irrigação, uma vez desenvolvidas e equipadas de sistemas de

irrigação não são utilizadas devido aos danos e mau funcionamento do sistema. As áreas de

irrigação extinta possuem potencial de recuperação da agricultura de irrigação por meio de

reabilitação das instalações. A fim de aumentar a eficácia a e eficiência do sistema de

irrigação, é necessário reorganizar as parcelas e reconstruir o sistema de canais, bem como a

reabilitação de todo o sistema.

Objetivos Aumentar a área real de irrigação e a produção agrícola através da reabilitação do sistema de

irrigação existente.

Metas Sistemas de irrigação em mal funcionamento e danificados recuperam a sua função e os

sistemas são usados de forma adequada e eficaz.

As boas práticas por meio da construção de instalações de irrigação, gestão de sistemas de

irrigação, tecnologia de irrigação no campo, e gestão do campo através da agricultura de

irrigação são demonstradas na área-piloto.

Produto

Esperado

1. O sistema de irrigação existente é reabilitado e a sua função é recuperada.

2. A área- piloto de irrigação é determinado e utilizado para a extensão técnica visando o

desenvolvimento da prática de irrigação.

Principais

Atividades

1. Reabilitação do sistema de irrigação

1-1 Investigação do potencial de desenvolvimento de irrigação, melhoria do inventário sobre

sistemas de irrigação, construção e manutenção de banco de dados

1-2 Formular o plano de reabilitação e desenvolvimento dos sistemas de irrigação

1-3 Implementação dos trabalhos de reabilitação do sistema de irrigação, reconstrução da rede

de canais e reordenamento das terras de irrigação através da sua consolidação

2. Estabelecimento da área-piloto para o desenvolvimento da irrigação

2-1 Selecção de área-piloto para o desenvolvimento da irrigação

2-2 Estabelecimento da área-piloto para desenvolvimento da irrigação

2-3 Implementação preferencial dos trabalhos de reabilitação/construção, melhoria da

capacidade de operação e manutenção pelo utente, melhoria da tecnologia de irrigação dos

agricultores

2-4 Utilizando da área-piloto para actividades de extensão através da demonstração das boas

práticas para o desenvolvimento da irrigação

Período de

Implementação 2014 ‘15 ‘16 ‘17 ‘18 ‘19 ‘20 ‘21 ‘22 ‘23 ‘24 ‘25 ‘26 ‘27 ‘28 ‘29 2030

Área Prioritária

(candidata)

Todos os 14 distritos.

A prioridade para a reabilitação do sistema de irrigação é dada para a Zona II, Zona III, Zone I

e em Lichinga Zona V.

A possibilidade de prioridade para o estabelecimento da área-piloto de desenvolvimento da

irrigação é prevista para Malema na Zona III e implantada a área-piloto serão estabelecidas

em cada uma dos distritos acima mencionados zonas prioritárias de reabilitação.

Agência

Implementadora

/ Organizações

DPA em Nampula, Niassa e Zambézia, SDAEs, MINAG e INIR

Planos e

Projectos

Relacionados

Planos Estratégicos Provinciais: Nampula ‘2010-2020’, Niassa ‘2017’, Zambézia ‘2011-2020’

Observações

Page 13: CAPÍTULO 4 COMPONENTES DO PLANO DIRETOR DE … · 4. Projecto de Estabelecimento de Estrutura Financeira para a Agricultura 5. Projecto de Sistema de Apoio Financeiro para Grandes

Assistência para Elaboração do Plano Director de Desenvolvimento Agrícola do Corredor de Nacala em Moçambique

4-13

As opiniões e conclusões que integram esses documentos foram para fins de estudo e não

são vinculativas ou refletindo a posição das instituições coordenadoras, nem a

implementação das estratégias neles descritos.

10. Projecto de Reforço das Organizações de Uso de Água

Projecto Projecto de Reforço das Organizações de Uso de Água

Antecedentes Os utentes de água e os grupos de utentes têm a responsabilidade de operação e manutenção

do sistema de irrigação. A maioria dos utentes de água e membros do grupo são pequenos

agricultores, sendo que as actividades de grupo são insuficientes devido à falta de

conhecimentos, habilidades e experiências de gerenciamento de instalações de irrigação por

parte de seus membros, bem como a falta de respaldo financeiro. A fim de manter a função do

sistema a longo prazo e esperar o efeito do desenvolvimento da irrigação, torna-se essencial

reforçar a capacidade dos utentes de água e dos grupos de utentes na operação e manutenção

do sistema.

Objetivos Realizar o desenvolvimento sustentável da irrigação a longo prazo por meio da operação e

manutenção adequadas das instalações de irrigação, através do reforço das organizações de

utentes de água.

Metas Os utentes do sistema de irrigação obtém capacidades de operação e manutenção adequadas e

os sistemas são utilizados de forma sustentável.

Produto

Esperado

1. A operação organizacional de utentes do sistema de irrigação é melhora em termos de

gestão do sistema de irrigação, gestão de taxa de água e gestão das contribuições em termos

de tarefa/ material de membros para os trabalhos de Operação/Manutenção.

2. A habilidade e a tecnologia dos membros da organização de utentes de água são melhoradas

e a operação e a manutenção adequadas do sistema é implementado pelos utentes.

Principais

Atividades

1. Reforço da organização de utentes de água

1-1 Organizar o grupo de utentes de água em associações legalizadas de agricultores, de forma

a fortalecer a situação financeira

1-2 Organizar associações de utentes de água de forma a abranger várias associações de

agricultores no caso do sistema de irrigação cobrir várias associações

1-3 Organizar as associações de utentes de água para exercerem a função de operação e

manutenção do sistema de irrigação, bem como a gestão do meio aquático e solo

1-4 Reforço das actividades da associação, incluindo colecta de taxa de água/associado,

controle das contas e coordenação na participação dos membros nos trabalhos de operação

e manutenção

2. Aprimoramento das técnicas de operação e manutenção

2-1 Treinamento dos grupos de agricultores na construção e reparação de estruturas simples

2-2 Melhora na orientação técnica e inspecção da operação e manutenção do sistema de

extensionistas do SDAE

3. Sensibilização dos membros da comunidade

3-1 Sensibilização dos membros da comunidade e utentes sobre a necessidade de

funcionamento e manutenção adequados

Período de

Implementação 2014 ‘15 ‘16 ‘17 ‘18 ‘19 ‘20 ‘21 ‘22 ‘23 ‘24 ‘25 ‘26 ‘27 ‘28 ‘29 2030

Área Prioritária

(candidata)

Todos os 14 distritos.

A prioridade para a reabilitação do sistema de irrigação é dada para a Zona II, Zona III, Zone I

e em Lichinga Zona V.

Agência

Implementadora

/ Organizações

DPA em Nampula, Niassa e Zambézia, SDAEs

Planos e

Projectos

Relacionados

Planos Estratégicos Provinciais: Nampula ‘2010-2020’, Niassa ‘2017’, Zambézia ‘2011-2020’

Observações

Page 14: CAPÍTULO 4 COMPONENTES DO PLANO DIRETOR DE … · 4. Projecto de Estabelecimento de Estrutura Financeira para a Agricultura 5. Projecto de Sistema de Apoio Financeiro para Grandes

Desenho da Visão Geral do Plano

4-14

As opiniões e conclusões que integram esses documentos foram para fins de estudo e não

são vinculativas ou refletindo a posição das instituições coordenadoras, nem a

implementação das estratégias neles descritos.

11. Projecto de Melhoria da Tecnologia de Irrigação e da Qualidade de Construção

Projecto Projecto de Melhoria da Tecnologia de Irrigação e da Qualidade de Construção

Antecedentes A fim de aproveitar plenamente os efeitos da introdução da irrigação é imprescindível a

adoçam de tecnologias apropriadas para a cultura por irrigação, tais como as gestões da

irrigação e das culturas no campo, bem como a gestão de água entre os utentes do sistema.

Por outro lado, um dos principais motivos do mau funcionamento da estrutura hidráulica é

devido à falta de habilidade e tecnologia adequadas para a construção e reparação da obra em

cada nível, isto é, a nível administrativo, a nível de empresa local de construção, e da

comunidade local e agricultores. Portanto, é necessário fornecer habilidades e tecnologias aos

actores citados em cada nível.

Objetivos Reforçar o serviço de extensão técnica do SDAE ligado à agricultura de irrigação, a fim de

permitir aos agricultores a prática adequada de irrigação com o uso eficaz e eficiente da água.

Aumentar a capacidade das empresas de construção, assim como melhorar a gestão técnica do

DPA, a fim de melhorar a qualidade das instalações de irrigação.

Metas Melhora na habilidade e na tecnologia do agricultor em relação à agricultura de irrigação e

manejo da água.

Melhora na qualidade das obras de construção de instalações de irrigação e a função das

instalações permitem a sua manutenção a longo prazo.

Produto

Esperado

1. Os agricultores implementam a gestão da água e tecnologia de irrigação no campo

adequadas e a produtividade aumenta.

2. A habilidade e a tecnologia das empresas de construção melhora e a qualidade das obras

também melhoram.

Principais

Atividades

1. Melhoria da tecnologia de irrigação dos agricultores

1-1 Melhorar o serviço de extensão técnica aos pequenos agricultores de irrigação a respeito

da gestão de água, tecnologias de irrigação e cultivo. A extensão técnica será

implementada por extensionistas do SDAE através de organizações de utentes de água,

tais como associações de agricultores.

1-2 Sensibilização da comunidade e utentes sobre a necessidade da gestão da terra e da água

2. Melhoria das habilidades e tecnologia das empresas de construção civil

2-1 Introdução de sistemas de qualificação nos processos de procurement para a construção de

estruturas hidráulicas

2-2 Fortalecimento da directriz técnica e da inspecção pelo DPA

2-3 Fortalecimento de apoio técnico do MINAG para o DPA através de desenvolvimento de

directrizes técnicas e de padrão de desenho de estruturas hidráulicas, com a instalação

preferencial de filiais regionais do INIR

Período de

Implementação 2014 ‘15 ‘16 ‘17 ‘18 ‘19 ‘20 ‘21 ‘22 ‘23 ‘24 ‘25 ‘26 ‘27 ‘28 ‘29 2030

Área Prioritária

(candidata)

Todos os 14 distritos.

Agência

Implementadora

/ Organizações

DPA em Nampula, Niassa e Zambézia, SDAEs, MINAG e INIR

Planos e

Projectos

Relacionados

Planos Estratégicos Provinciais: Nampula ‘2010-2020’, Niassa ‘2017’, Zambézia ‘2011-2020’

Observações

Page 15: CAPÍTULO 4 COMPONENTES DO PLANO DIRETOR DE … · 4. Projecto de Estabelecimento de Estrutura Financeira para a Agricultura 5. Projecto de Sistema de Apoio Financeiro para Grandes

Assistência para Elaboração do Plano Director de Desenvolvimento Agrícola do Corredor de Nacala em Moçambique

4-15

As opiniões e conclusões que integram esses documentos foram para fins de estudo e não

são vinculativas ou refletindo a posição das instituições coordenadoras, nem a

implementação das estratégias neles descritos.

12. Projecto de Estabelecimento de Crédito Preferencial para Apoiar o Provedor de Serviços de

Mecanização Agrícola

Projecto Projecto de Estabelecimento de Crédito Preferencial para Apoiar o Provedor de Serviços de

Mecanização Agrícola

Antecedentes As estradas rurais não estão bem desenvolvidas na Área de Estudo. Por isso, muitos

agricultores enfrentam dificuldades de transporte na estação chuvosa devidos à falta de ponte

sobre rio sazonal ou intransitablidade em estradas lamacentas com inclinação.

Além disso, a estrada rural é mantida pela ANE e pelo governo distrital através do Fundo de

Estradas. No entanto, o seu uso é feito de acordo com as exigências locais e não há

estratégias de desenvolvimento. Portanto, por exemplo, as estradas entre os distritos ou entre

províncias são difíceis de serem melhoradas, e por isso estradas pavimentadas entre o local de

produção de vegetais e o mercado para reduzir a perda no transporte não são consideradas

prioridades na decisão dos distritos.

A fim de melhorar a distribuição e a eficácia na produção, é necessário preparar um plano

estratégico para a melhoria de estradas sob o ponto de vista de desenvolvimento agrário e da

sua aplicação eficiente.

Objectivos Reabilitar ou melhorar estradas utilizadas para actividades agrícolas tais como a distribuição,

a conectar a área de produção com o mercado.

Metas As estradas de uso agrícola são mantidas para conectar os sítios de produção agrícola,

mercados, processamento ou armazenagem em cada distrito ou entre os distritos e algumas

áreas de produção tornam-se acessíveis no ano inteiro.

Produtos

Esperados

1: O Plano estratégico de melhoria de estradas para o desenvolvimento agrário é preparado.

2: As estradas rurais são melhoradas

Principais

Actividades

1: Formular o Comité de Melhoria de Estradas Agrícolas em cada província constituído pelo

DPA, DPTC, ANE e SDAEs e SDPIs de cada província.

2: Preparar o Plano estratégico de desenvolvimento de estradas agrícolas através do Comité

com base nas ideias levantadas por cada SDAEs em cooperação com os SDPIs. As SDAEs

examinam o seu próprio plano do ponto de vista da promoção da agricultura dentro do

distrito e apresenta ao Comité.

3: Melhorar as obras de reabilitação de acordo com o Plano.

Período de

Implementação

2014 ‘15 ‘16 ‘17 ‘18 ‘19 ‘20 ‘21 ‘22 ‘23 ‘24 ‘25 ‘26 ‘27 ‘28 ‘29 2030

Área Prioritária

(candidata)

Todos os 14 distritos, sendo que o Comité estabelecerá as prioridades.

Agência

Implementadora/

Organizações

Relacionadas

DPA em Nampula, Niassa e Zambézia, ANE em Nampula, Niassa e Zambézia/

MPD, MTC, MOPH

Planos e

Projectos

Relacionados

Plano Estratégico Provincial de Nampula ‘2010-2020’, Niassa ‘2017’, Zambézia ‘2011-2020’

PROMER – componente de estradas

Observações

Page 16: CAPÍTULO 4 COMPONENTES DO PLANO DIRETOR DE … · 4. Projecto de Estabelecimento de Estrutura Financeira para a Agricultura 5. Projecto de Sistema de Apoio Financeiro para Grandes

Desenho da Visão Geral do Plano

4-16

As opiniões e conclusões que integram esses documentos foram para fins de estudo e não

são vinculativas ou refletindo a posição das instituições coordenadoras, nem a

implementação das estratégias neles descritos.

4.3. Atividades para a Produção Agrícola Aumentada

13. Projecto de Formação de Capacidades para os Produtores de Sementes

Projecto Projecto de Formação de Capacidades para os Produtores de Sementes

Antecedentes A maioria dos agricultores cultivam terras agrícolas usando ferramentas manuais simples e

isto é um dos factores limitantes que mantem o agricultor em pequena escala e baixa

produtividade. A fim de melhorar a prática de preparação da terra, para que eles possam

plantar em terra bem preparada na hora certa, é necessário popularizar a mecanização

agrícola, especialmente a lavoura mecanizada, porque a tração animal não é tradicionalmente

comum na região. Infelizmente a área do projecto não é abençoado com elevado potencial

para criação de gado.

A fim de promover a agricultura mecanizada, entre pequenos agricultores, é necessário para

revitalizar o serviço de mecanização agrícola por meio do tractor. Por causa do padrão de

precipitação, o período óptimo para cultivo é curto e pouco flexível na área. Esta condição

não permite aos prestadores de serviços de mecanização usarem os seus tractores no nível

máximo. Devido à operação ineficiente dos tractores, a maioria dos provedores não podem

esperar suficiente lucro pela taxa de serviço actual. É desejável que as medidas públicas de

apoio para promover o serviço de mecanização agrícola sejam tomadas no período em que o

serviço ainda se encontra na sua fase inicial.

Objectivos Aumentar o número de agricultores ou entidades agrícolas usando serviços de trator

fornecidos por prestadores de serviços de mecanização agrícola

Metas Aumentar o número de prestadores de serviços de mecanização agrícola a fim de criar um

ambiente onde o agricultor possa utilizar o serviço de mecanização a custo acessível.

Produtos

Esperados

1. O preço do tractor diminui.

2. O tractor pode ser comprado em uma condição favorável.

3. Agricultores e instituições potenciais podem obter uma ideia sobre mecanização agrícola

através de extensionistas e vendedores de tractor.

4.O número de operadores de tractor capacitados aumenta.

Principais

Actividades

1. Tomar medidas para reduzir o preço das máquinas agrícolas, tractores, tais como a revisão

da tarifa e do IVA, a simplificação dos procedimentos logísticos, etc.

2. Estabelecer um sistema de crédito preferencial para compra de tractor (fornecimento de

subsídios governamentais para isenção de juros do crédito para compra de tractor) para

incentivar a sua aquisição pelo potencial agricultor.

3. Treinar os extensionistas para que eles possam introduzir o modelo de negócios do serviço

de mecanização agrícola para o potencial agricultor, mostrando como se faz o cálculo das

receitas e despesas e como se fornece os serviços pós-venda. Os extensionistas também

apresentam os clientes.

4. Fornecer treinamento governamental gratuito aos operadores de tractor

Período de

Implementação 2014 ‘15 ‘16 ‘17 ‘18 ‘19 ‘20 ‘21 ‘22 ‘23 ‘24 ‘25 ‘26 ‘27 ‘28 ‘29 2030

Área Prioritária

(candidata)

Todos os 14 distritos.

Agência

Implementadora/

Organizações

Relacionadas

MINAG, DPAs, SDEAs, Instituições de Crédito

Planos

relevantes/

projectos

PNISA – Programa de apoio à mecanização

Plano Estratégico de Mecanização Agrária (PEMA)

Organizações

Page 17: CAPÍTULO 4 COMPONENTES DO PLANO DIRETOR DE … · 4. Projecto de Estabelecimento de Estrutura Financeira para a Agricultura 5. Projecto de Sistema de Apoio Financeiro para Grandes

Assistência para Elaboração do Plano Director de Desenvolvimento Agrícola do Corredor de Nacala em Moçambique

4-17

As opiniões e conclusões que integram esses documentos foram para fins de estudo e não

são vinculativas ou refletindo a posição das instituições coordenadoras, nem a

implementação das estratégias neles descritos.

14. Projecto de Formação de Capacidades para os Produtores de Sementes

Projecto Projecto de Formação de Capacidades para os Produtores de Sementes

Antecedentes Apenas alguns agricultores usam sementes de qualidade em Moçambique, bem como na área

do Projecto. Eles costumam usar as suas próprias sementes produzidas ou sementes trocadas/

compradas de vizinhos. Portanto, a qualidade das sementes plantadas é inferior ao normal, em

geral, devido à falta de uma gestão adequada durante o crescimento das culturas e

tratamentos pós-colheita. Como a qualidade das sementes é um insumo fundamental para

aumentar a produtividade das culturas, o nível de acesso dos agricultores deve ser melhorado

a fim de promover o sistema de agricultura intensiva.

As sementes básicas das principais culturas produzidas por USEBA (Unidade Básica de

Produção de Sementes) do IIAM são multiplicadas para sementes certificadas por produtores

de sementes (empresas). No entanto, existem apenas 18 empresas produtoras de sementes

dentre as 35 empresas de sementes registradas em Moçambique, de acordo com o relatório do

Banco Mundial de 2012. Na área do projecto, existem várias empresas de sementes de

pequena escala recém que iniciaram recentemente os seus negócios a nível provincial/

distrital nos últimos anos. A maioria deles tem ajuda financeira e/ou técnico de Dongs ou

agências doadoras, todavia não recebem um apoio sistemático para tratar os seguintes

constrangimentos de uma forma abrangente:

(1) Falta de sementes básicas fiáveis

(2) Falta de pessoal técnico para gerenciar a produção de sementes de qualidade

(3) Falta de fundos (capital e operação)

A fim de melhorar o acesso a sementes de qualidade aos agricultores, o governo deveria

incentivar as pequenas empresas locais de sementes com a assistência necessária, para que as

empresas sejam capazes de produzir e distribuir sementes de qualidade das principais culturas

a um preço acessível para os agricultores.

Objectivos Aumentar o número de agricultores que usam sementes de qualidade.

Metas Melhorar o acesso a sementes de qualidade aos agricultores graças a um preço acessível ao

nível distrital.

Produtos

Esperados

1: Número de produtores de sementes capacitados aumenta na área do Projecto

2: A produção de sementes de qualidade das principais culturas aumenta na área do Projecto

Principais

Actividades

1. Treinar o pessoal técnico das empresas de sementes e os extensionistas sobre como

produzir sementes de qualidade (por IIAM). Enquanto as culturas alvo na fase inicial deve

ser de milho e feijão/leguminosas, outras culturas, como batata e hortícolas devem ser

cobertas a partir da fase intermediária do Projecto.

2. Dar prioridade às empresas de sementes que enviam seus técnicos para o treinamento no

recebimento de sementes de melhoradores (por IIAM)

3. Apresentar, a pedido das empresas, um grupo de agricultores capacitados para as empresas

de sementes como candidato a produtores por contrato. Se necessário, os extensionistas

devem fornecer apoio técnico intensivo para o grupo de agricultores (por SDAE / DPA)

4. Apresentar, a pedido das empresas, um sistema financeiro adequado para as empresas de

sementes (por SDAE / DPA)

Período de

Implementação 2014 ‘15 ‘16 ‘17 ‘18 ‘19 ‘20 ‘21 ‘22 ‘23 ‘24 ‘25 ‘26 ‘27 ‘28 ‘29 2030

Área Prioritária

(candidata)

Todos os 14 distritos

Agência

Implementadora/

Organizações

Relacionadas

IIAM (CZNd & CZNo), SDAE nos 14 distritos, DPA Nampula, Niassa e Zambézia

Planos

relevantes/

projectos

Plano Estratégico Provincial de Nampula 2010-2020

Organizações

Page 18: CAPÍTULO 4 COMPONENTES DO PLANO DIRETOR DE … · 4. Projecto de Estabelecimento de Estrutura Financeira para a Agricultura 5. Projecto de Sistema de Apoio Financeiro para Grandes

Desenho da Visão Geral do Plano

4-18

As opiniões e conclusões que integram esses documentos foram para fins de estudo e não

são vinculativas ou refletindo a posição das instituições coordenadoras, nem a

implementação das estratégias neles descritos.

15. Projecto de Melhoria no Acesso aos Fertilizantes

Projecto Projecto de Melhoria no Acesso aos Fertilizantes

Antecedentes Actualmente, a maioria dos agricultores dependem de uma prática agrícola extensiva e

raramente usam insumos agrícolas, ou seja, sementes de qualidade, fertilizantes químicos,

pesticidas e mecanização agrícola. O baixo uso de insumos deve ser a principal razão da

baixa produtividade nas principais culturas. Enquanto as razões para a baixa utilização de

insumos são complicadas de esclarecer, o seu alto preço deve ser um assunto importante a ser

abordado para estimular a demanda por insumos dos agricultores.

Apesar dos adubos químicos serem indispensáveis por ser o insumo mais eficaz para

aumentar a produtividade agrícola, o preço de actual de mercado é muito alto para serem

usados nas principais culturas em Moçambique, especialmente o milho. O milho é um cereal

importante para a população e é cultivada pela maioria dos agricultores em Moçambique. O

país, entretanto, importa anualmente quantidade substancial de milho. De acordo com a

simulação feita pelo Estudo, os agricultores podem encontrar uma viabilidade económica

para a utilização de fertilizantes químicos para o milho somente quando os preços passam a

ser quase a metade do nível actual, mesmo que os insumos consigam dobrar a produção

actual. Parece que no momento, somente as medidas orientadas pelo mercado não são

capazes de gerar uma alta demanda pelos fertilizantes químicos, sendo necessárias medidas

governamentais para revitalizar a cadeia do mercado de modo a reduzir os seus preços.

A actual situação pode dar ao governo uma boa razão para que este estabeleça um sistema de

subsídio de alavanca para fertilizantes químicos por um determinado período como muitos

países vizinhos fazem, tendo em consideração o impacto económico dos insumos para a

economia e a igualdade nacional. Se graças ao subsídio a demanda dos agricultores é

estimulada e estabelecida, este aumento da demanda abriria o caminho para reduzir os custos

da cadeia de abastecimento de insumos no futuro.

Objectivos Aumentar o número de agricultores que usam fertilizantes.

Metas Melhorar o acesso a fertilizantes químicos para os agricultores em geral

Produtos

Esperados

1: O preço de fertilizantes químicos cai a um nível economicamente viável para o uso na

produção de milho

2: A demanda dos agricultores por fertilizantes químicos é estimulado e estabelecido.

Principais

Actividades

1. Conceder um subsídio a comerciantes de fertilizantes para cobrir 50% do preço FOB de

fertilizantes químicos importados durante 5 anos. Então a percentagem subsidiada deve ser

gradualmente diminuída com redução de 10%/ano para os próximos quatro anos (o limite

para o preço FOB também é fixado e periodicamente revisado com base no preço do

mercado internacional)

2. Alocar a cada ano, um fundo (orçamento) de 10 milhões US dólares para o subsídio. Este

valor será o limite máximo anual para o subsídio.

3. Conceder o subsídio somente para Ureia e NPK (12-24-12) que são os fertilizantes mais

populares entre os agricultores em geral para uso nas principais culturas. A reexportação

dos fertilizantes subsidiados deve ser proibida, mesmo após misturadas por comerciantes /

empresas de blend.

4. Introdução de um sistema de registo de comerciantes de fertilizantes, de modo que apenas

os operadores registados podem receber a concessão do subsídio. Porém, empresas

agrícolas de produção própria de culturas ou por fomento, como tabaco, cana de açúcar,

algodão, banana, arroz, etc. ou suas empresas associadas não poderão ser registados como

comerciantes.

5. Estabelecer um sistema de monitoria independente dentro do governo.

Período de

Implementação 2014 ‘15 ‘16 ‘17 ‘18 ‘19 ‘20 ‘21 ‘22 ‘23 ‘24 ‘25 ‘26 ‘27 ‘28 ‘29 2030

Área Prioritária

(candidata)

Todo o país

Agência

Implementadora/

Organizações

Relacionadas

MINAG, MIC

Page 19: CAPÍTULO 4 COMPONENTES DO PLANO DIRETOR DE … · 4. Projecto de Estabelecimento de Estrutura Financeira para a Agricultura 5. Projecto de Sistema de Apoio Financeiro para Grandes

Assistência para Elaboração do Plano Director de Desenvolvimento Agrícola do Corredor de Nacala em Moçambique

4-19

As opiniões e conclusões que integram esses documentos foram para fins de estudo e não

são vinculativas ou refletindo a posição das instituições coordenadoras, nem a

implementação das estratégias neles descritos.

Planos relevantes/

projectos

Organizações

16. Projecto Vilas-Modelo

Projecto Projecto Vilas-Modelo

Antecedentes Transição do cultivo itinerante predominante para uma agricultura fixa com tecnologia

intensiva é fundamental para atingir o aumento da produção agrícola e uso sustentável dos

recursos naturais na área do Projecto. No entanto, muitos agricultores não podem ter uma

imagem concreta desta nova prática agricultura após o abandono da agricultura itinerante que

está ao seu alcance. De acordo com a longa história de colonização, a população está

costumada a conviver com a coexistência de um número limitado de fazendas de plantação em

grande escala sob gestão corporativa e um grande número de agricultores de subsistência em

cultura itinerante.

Considerando o comportamento geral dos agricultores, eles não irão para um novo sistema de

produção antes de reconhecerem que serão capazes de obter benefício real com o novo sistema.

O ditado: "Uma imagem vale mais que mil palavras" é muito verdadeiro para convencer os

agricultores sobre a vantagem do que é novo. As parcelas de demonstração existentes de UES

(Sistema de Extensão Unidos) do MINAG, no entanto, não têm cumprido o propósito de forma

positiva devido ao seu manejo inadequado.

Espera-se que através da demonstração de um modelo de agricultura intensiva em uma porção

de terra assentada por agricultores emergentes, muitos agricultores na área do Projecto serão

motivados a transformar o seu sistema agrícola. Uma Vila-Modelo deve levar a uma difusão

em cadeia de uma nova agricultura fixa entre os agricultores visando o aumento da produção

agrícola com a tecnologia agrícola intensiva.

Objectivos Disseminar a tecnologia de cultivo intensivo e seus efeitos e assim motivar agricultores da área

a introduzirem o cultivo intensivo

Metas Demonstrar a nível de campo, a agricultura intensiva e prática em uma terra assentada e o

sistema de gestão via organização de agricultores

Produtos

Esperados

1: Aumento da produtividade de agricultores assentados nas Vilas-Modelo através da

tecnologia de agricultura intensiva

2: Aumento da renda de agricultores assentados nas Vilas-Modelo por meio de actividades

conjuntas

Principais

Actividades

1. Desenvolver novas áreas para assentamento das Vilas-Modelo (1.000 ha: 5ha x 200

agricultores por vila) com infra-estruturas agrícolas e de vida necessárias, incluindo casas

para os colonos

2. Seleccionar jovens agricultores capacitados das comunidades vizinhas para o assentamento.

Graduados na Academia Agrícola ProSAVANA devem ser incluídos até uma certa

percentagem entre os colonos

3. Fornecer um empréstimo em condições favoráveis para cobrir o custo inicial de início de

plantio

4. Oferecer serviços de extensão sobre agricultura intensiva, incluindo agrupamento de

agricultores e combinação com as empresas privadas que buscam bons parceiros

Período de

Implementação 2014 ‘15 ‘16 ‘17 ‘18 ‘19 ‘20 ‘21 ‘22 ‘23 ‘24 ‘25 ‘26 ‘27 ‘28 ‘29 2030

Área Prioritária

(candidata)

Sítios candidatos para as Vilas-Modelo:

Meconta, Mogovolas, Mutuali (Malema), Alto Molocue e Lichinga

Agência

Implementadora/

Organizações

Relacionadas

DPA em Nampula, Niassa e Zambézia, SDAE dos 14 distritos

Planos relevantes/

projectos

Plano Estratégico da Provincia de Nampula 2010-2020, Vila de Milenio

Remarks

Page 20: CAPÍTULO 4 COMPONENTES DO PLANO DIRETOR DE … · 4. Projecto de Estabelecimento de Estrutura Financeira para a Agricultura 5. Projecto de Sistema de Apoio Financeiro para Grandes

Desenho da Visão Geral do Plano

4-20

As opiniões e conclusões que integram esses documentos foram para fins de estudo e não

são vinculativas ou refletindo a posição das instituições coordenadoras, nem a

implementação das estratégias neles descritos.

17. Projecto Piloto para a Melhoria do Pequeno Agricultor

Projecto Projecto Piloto para a Melhoria do Pequeno Agricultor

Antecedentes Mais de 90% dos agricultores da área de Projecto são agricultor de pequena escala. A

melhoria da sua produção e de vida são essenciais para o desenvolvimento agrícola da região.

Medidas abrangentes são necessárias para superar os constrangimentos complicados que os

agricultores pequenos enfrentam no momento, de modo que os agricultores possam transferir

a sua prática agrícola de cultivo itinerante para o cultivo intensivo sem dificuldades.

Objectivos Estabelecer o modelo de desenvolvimento para proceder o Plano Director através do

resultado do Projecto Piloto.

Metas Através da implementação de um Projecto Piloto que consiste de várias medidas técnicas e

sociais, obter o aumento da produção e a geração de renda para pequenos agricultores.

Produtos

Esperados

1. DUATs individuais são registrados nas comunidades piloto

2. É gerada renda para o agricultor participante

3. As capacidades dos trabalhadores do SDEA e extensionistas são desenvolvidos

4. O modelo de desenvolvimento para pequenos agricultores a ser aplicado na área do

projecto é formulado

Principais

Actividades

1. Seleccionar as comunidades-piloto do projecto com base na iniciativa voluntária num

processo transparente.

1) Socialização dos Projectos-piloto, explicação do projecto aos representantes das

comunidades.

2) Selecção das comunidades-piloto e os agricultores a participarem do projecto

2. Fazer o levantamento de todas as terras dos agricultores individuais dentro da comunidade

piloto e registar o seu DUAT.

3. Preparar o programa de cultivo dos agricultores participantes.

1) Estudar o cultivo actual de cada agricultor, para identificar os detalhes das culturas, as

variedades, práticas de gestão, métodos de comercialização, renda familiar, etc.

2) Preparação do esboço (draft) do programa de cultivo: O programa de cultivo visa a

geração de renda com base no cultivo permanente é elaborado junto com os agricultores

dentro do projeto.

3) Revisão do esboço do programa: O esboço é avaliado por assessores técnicos do IIAM e

Serviços de Extensão do DPA a respeito de da sua viabilidade técnica e económica. O

programa deve ser baseado na consideração detalhada de operações tais como o arranjo

dos insumos agrícolas ou apoio de crédito, se necessário. A análise do benefício é

calculada no final. O agricultor deve ser incluído neste processo de modo a desenvolver as

suas capacidades.

4) Pronunciamento público do programa de cultivo na comunidade.

4. Preparação: Os fazendeiros começam a preparação para o cultivo. A aquisição de insumos

é basicamente realizada por meio da distribuição existente e método de aquisição corrente

entre os agricultores. O projecto ajuda na conexão ao canal de distribuição existente, ou

seja, entre os agricultores participantes do projecto e as lojas locais. Se os agricultores não

tiverem meios próprios de acesso para aquisição dos insumos, o projecto irá fornecê-los

directamente. Nesse caso, o agricultor deve pagar o valor total do custo.

5. Monitoria: As actividades são monitoradas durante o período de cultivo, e avaliadas após a

venda das principais culturas pelos próprios agricultores e pelo projecto. O programa para

o próximo ano é elaborado com base nas avaliações feitas.

6. Desenvolvimento de Capacidades: As actividades e as experiências do Projecto Piloto

serão compartilhadas com o pessoal do governo local tais como os extensionistas e pessoal

do SDAE.

7. O modelo de desenvolvimento para pequenos agricultores é formulado com base na lição

aprendida na última fase do Projeto-Piloto, incluindo a compilação de um Manual de

Operação do projecto para os extensionistas e o pessoal do SDAE.

Período de

Implementação

2014 ‘15 ‘16 ‘17 ‘18 ‘19 ‘20 ‘21 ‘22 ‘23 ‘24 ‘25 ‘26 ‘27 ‘28 ‘29 2030

Área Prioritária

(candidata)

Monapo, Rapale (Nampula), Grue e Cuamba (áreas altamente povoadas exigem uma a

transição ainda maior para o cultivo permanente)

Page 21: CAPÍTULO 4 COMPONENTES DO PLANO DIRETOR DE … · 4. Projecto de Estabelecimento de Estrutura Financeira para a Agricultura 5. Projecto de Sistema de Apoio Financeiro para Grandes

Assistência para Elaboração do Plano Director de Desenvolvimento Agrícola do Corredor de Nacala em Moçambique

4-21

As opiniões e conclusões que integram esses documentos foram para fins de estudo e não

são vinculativas ou refletindo a posição das instituições coordenadoras, nem a

implementação das estratégias neles descritos.

Agência

Implementadora/

Organizações

Relacionadas

Serviços de Extensão do MINAG, IIAM, SDAEs, ONGs,

Planos

relevantes/

projectos

Organizações

PRONEA

Observações O projecto piloto é realizado por ONGs com experiência ou especialistas sob contrato com o

governo

No futuro, os graduados da Academia ProSAVANA, originários (idealmente) das

Comunidades Piloto, podem se assentar e exercer o papel de agricultor líder.

18. Projecto de Modelo de Produção de Hortícolas

Projecto Projecto de Modelo de Produção de Hortícolas

Antecedentes A demanda de hortícolas deverá aumentar devido ao aumento da mão de obra na área urbana,

como Nampula e ZES de Nacala, bem como na fábrica de fertilizante prevista em Monapo.

As hortícolas são consideradas produtos promissores tanto para a revitalização de produtos

locais específicos para a área, que possuem bom acesso ao mercado, bem como pelo fato de

ser geradora de caixa para os pequenos e médios agricultores.

As hortícolas são produzidas por pequenos agricultores ao longo de rios, córregos e

reservatórios manuseadas manualmente e recebem irrigação. A grande mão de obra exigida

para a prática da irrigação é o factor limitante para que os agricultores realizem e/ou

expandam esta prática. Assim, estima-se que a introdução de pequenas bombas ou de

sistemas simplificados de irrigação possam expandir a irrigação de hortícolas.

Porque a agricultura de irrigação de hortícolas exige um custo inicial e também custos de

operação da bomba, combustível, sementes, fertilizantes, etc., bem como a tecnologia

apropriada. Portanto, é necessário desenvolver um sistema de apoio adequado para a sua

expansão.

Objectivos Promover a produção de hortícolas através do uso de pequenas bombas e sistemas simples de

irrigação com o objetivo de gerar renda de caixa para os pequenos e médios agricultores.

Metas Aumentar a área irrigada e a produção de hortícolas;

Aumentar o rendimento dos agricultores através das culturas de hortaliças produzidas através

de irrigação tendo em conta a demanda do mercado;

Organizar os pequenos agricultores de hortaliças em associações para proceder com

procurements (compras) e desenvolvimento de equipamentos de irrigação, melhoria de

técnicas de irrigação e cultivo e desenvolvimento do mercado e do canal de vendas;

Formar agricultores líderes de pequena e média escala na área através da produção de

hortícolas.

Produtos

Esperados

1: Os agricultores que pretendam realizar a agricultura de irrigação obtém as bombas

necessárias e/ou sistemas simples de irrigação.

2: Agricultores que pretendem realizar a agricultura de irrigação são organizados em

associações e começam a aquisição de equipamentos, construção de instalações, bem como o

desenvolvimento de marketing pela associação.

3: As técnicas de cultivo e irrigação dos agricultores de hortícolas são melhoradas graças ao

recebimento de serviços adequados de extensão técnica.

4: Os grupos/ associações de agricultores irão desenvolver o mercado e o canal de venda,

recebendo o apoio necessário para actividades de marketing.

Principais

Actividades

1. Estabelecimento de um sistema de apoio para a introdução de pequenas bombas e

desenvolvimento de sistemas simples de irrigação por parte de agricultores e/ou grupo de

agricultores

1-1 Apoio para introduzir pequenas bombas

- Fornecer empréstimo para agricultores individuais para aquisição de equipamentos de

bombeamento

Page 22: CAPÍTULO 4 COMPONENTES DO PLANO DIRETOR DE … · 4. Projecto de Estabelecimento de Estrutura Financeira para a Agricultura 5. Projecto de Sistema de Apoio Financeiro para Grandes

Desenho da Visão Geral do Plano

4-22

As opiniões e conclusões que integram esses documentos foram para fins de estudo e não

são vinculativas ou refletindo a posição das instituições coordenadoras, nem a

implementação das estratégias neles descritos.

- Aluguer de equipamentos de bombeamento por meio da associação dos agricultores

- Treinamento de agricultores líderes na operação e manutenção de equipamentos de

bombeamento

1-2 Apoio para o desenvolvimento de sistema simples de irrigação

- Fornecer empréstimo às associações de agricultores para a construção de estruturas

hidráulicas simples, sistemas de canais e açude agrícola, bem como a aquisição de

equipamento de bombeamento e tanques de armazenamento

- Apoio técnico para planeamento e desenho de estruturas hidráulicas simples através de

treinamento dos membros da associação

1-3 Preparação de orçamento preferencial no FDA do SDAE e FDD dos Distritos para o

procurement de equipamentos de bombeamento e desenvolvimento de sistemas simples

de irrigação

2. Fortalecimento dos grupos de agricultores

2-1 Organizar os agricultores de pequenas irrigações em grupos e promover a formulação das

associações de agricultores, bem como a sua legalização

2-2 Aplicação de empréstimos para equipamentos de irrigação e desenvolvimento de

instalações, por associação

2-3 Operação e gestão de equipamentos instalações de irrigação por associação

2-4 Fortalecimento das actividades da associação ligadas à gestão de irrigação incluindo a

colecção de água/ taxa de associado, controle das contas e arranjos para a participação

dos membros na operação e manutenção

3. Estabelecer um sistema de extensão técnica para cultivo de hortícolas com irrigação

3-1 Implementação preferencial da extensão técnica por extensionistas do SDAE e ONGs

sobre a gestão de água, práticas de irrigação e cultivo de hortícolas

3-2 Fornecimento estável de sementes que deve estar ligado com o Projecto de Capacitação

de Produtores de Sementes dentro do Plano Director

4. Desenvolvimento do mercado e do canal de vendas de hortícolas

4-1 Apoio no desenvolvimento de instalações de colecta e manuseio de hortícolas que serão

operados por associação ou por fóruns das associações

4-2 Apoio às associações de agricultores e agricultores de médio porte para conectar ao canal

de vendas de consumidores de grande escala

Período de

Implementação 2014 ‘15 ‘16 ‘17 ‘18 ‘19 ‘20 ‘21 ‘22 ‘23 ‘24 ‘25 ‘26 ‘27 ‘28 ‘29 2030

Área Prioritária

(candidata)

Prioridade de produção de hortícolas com irrigação em pequenas bombas é dada às Zonas I e

II, enquanto a prioridade para desenvolvimento de sistemas simples de irrigação é dada às

Zonas III e V.

Agência

Implementadora/

Organizações

Relacionadas

DPA em Nampula, Niassa e Zambézia, SDAEs, Administrações Distritais

Planos

relevantes/

projectos

Organizações

Planos Estratégicos Provinciais: Nampula ‘2010-2020’, Niassa ‘2017’, Zambézia

‘2011-2020’

Observações

Page 23: CAPÍTULO 4 COMPONENTES DO PLANO DIRETOR DE … · 4. Projecto de Estabelecimento de Estrutura Financeira para a Agricultura 5. Projecto de Sistema de Apoio Financeiro para Grandes

Assistência para Elaboração do Plano Director de Desenvolvimento Agrícola do Corredor de Nacala em Moçambique

4-23

As opiniões e conclusões que integram esses documentos foram para fins de estudo e não

são vinculativas ou refletindo a posição das instituições coordenadoras, nem a

implementação das estratégias neles descritos.

19. Projecto de Replantio dos Cajueiros e Melhoria do Sistema de Cultura Intercalar

Projecto Projecto de Replantio dos Cajueiros e Melhoria do Sistema de Cultura Intercalar

Antecedentes Moçambique foi um dos principais produtores e exportadores de castanha de caju antes da

sua independência. Suas condições climáticas são adequadas para o caju. O Corredor de

Nacala é o seu centro de produção. De acordo com o INCAJU (Instituto de Promoção do

Caju) cerca de 40% da produção nacional de castanha de caju está na Província de Nampula.

A indústria do caju se concentra na província, sobretudo na parte oriental.

Na época do pico, a sua produção foi de cerca de 200.000 toneladas, e a produção recente

permanece em 1/3 do pico. Uma das principais razões da diminuição da produção é cajueiros

infestados por doenças. A fim de revitalizar a produção, o INCAJU tem feito os seguintes

esforços.

(1) Fornecer o serviço de pulverização em árvores infestadas por doenças

(2) Multiplicar e distribuir novas mudas para substituir árvores velhas hospedeiras da

doença

Apesar desses esforços significativos do INCAJU não é possível obter o efeito pretendido

para o controle da doença. Geralmente os agricultores são relutantes em substituir as árvores

infestadas de doenças devido às seguintes razões.

(1) Acesso limitado a novas árvores (infra-estrutura de transporte deficiente e altos custos

de transporte)

(2) Medo de diminuição da renda até o reinício da produção total dos novos cajueiros

Recomenda-se portanto, apoiar os esforços do INCAJU para a revitalização da produção de

caju em distritos seleccionados de Nampula juntamente com as seguintes medidas:

(1) Fornecer o apoio financeiro adequado que cubra as despesas necessárias para a

substituição de árvores antigas (transporte de mudas, corte de árvores antigas, remoção

de terra, etc.)

(2) Introduzir um sistema de cultivo intercalar de árvores de caju com outras culturas, para

que os agricultores possam esperar um certo rendimento do campo para os 6-7 anos

necessários para que as novas árvores de caju possam produzir plenamente

Objectivos Revitalizar produtos locais específicos

Metas Aumentar a produção de caju através da substituição dos cajueiros velhos e doentes

Produtos Esperados 1: Aumento do número de cajueiros novos e fortes replantados em substituição aos cajueiros

improdutivos infestados com a doença

2: Os agricultores que replantaram os cajueiros podem esperar um certo nível de renda na

fase entre a substituição e produção plena das novas árvores

Principais Actividades 1. Fornecer um empréstimo adequado a agricultores que vão substituir os cajueiros

2. Desenvolver e demonstrar um sistema rentável de cultura intercalar aplicável quando as

árvores se encontram na fase anterior à produção total (possibilidade de combinação com

gergelim e leguminosas/ feijão)

3. Fornecer um apoio intensivo aos agricultores através dos extensionistas

4. Organizar os agricultores para que eles possam ter um poder de negociação perante os

comerciantes, através da melhoria de seus produtos em termos de qualidade e quantidade.

A organização pode possuir instalações de processamento da castanha de caju e outros

produtos, se necessário

Período de

Implementação 2014 ‘15 ‘16 ‘17 ‘18 ‘19 ‘20 ‘21 ‘22 ‘23 ‘24 ‘25 ‘26 ‘27 ‘28 ‘29 2030

Área Prioritária

(candidata)

Zona I (Monapo e Muecate), Zona II (Meconta, Mogovolas, Nampula, Murrupula)

Agência

Implementadora/

Organizações

Relacionadas

INCAJU, IIAM (CZNd), DPA Nampula, SDAE dos distritos relacionados

Planos relevantes/

projectos Organizações

Plano Estratégico da Provincia de Nampula 2010-2020

Observações

Page 24: CAPÍTULO 4 COMPONENTES DO PLANO DIRETOR DE … · 4. Projecto de Estabelecimento de Estrutura Financeira para a Agricultura 5. Projecto de Sistema de Apoio Financeiro para Grandes

Desenho da Visão Geral do Plano

4-24

As opiniões e conclusões que integram esses documentos foram para fins de estudo e não

são vinculativas ou refletindo a posição das instituições coordenadoras, nem a

implementação das estratégias neles descritos.

20. Projecto de Revitalização da Indústria de Chá

Projecto Projecto de Revitalização da Indústria de Chá

Antecedentes O Chá foi um grande commodity de exportação de Moçambique antes da guerra civil. A

produção e o processamento do chá ainda ocupam uma parcela importante das actividades

económicas do planalto de Zambézia, no montante de 7.000 toneladas por ano por toda a

província e a criação de 4.000 oportunidades de emprego apenas no Distrito de Gurué.

Existem mais de 8.000 ha de área potencial para plantação de chá no Distrito de Gurué, mas

apenas 65% é operacional devido à destruição durante a guerra civil, ao insuficiente replantio

de pés de chá acima de 70 anos de idade, e a diminuição de apoio do governo após a

privatização de plantações estatais.

Objectivos Aumentar a renda dos pequenos agricultores, bem como a rentabilidade das empresas de chá,

contribuindo para a alavancagem da economia regional.

Metas A indústria de chá em torno do Distrito de Gurué ganha uma maior competitividade nos

mercados nacional e internacional, sem acelerar a degradação ambiental ou ampliar a

diferença socioeconómico.

Produtos

Esperados

1: Estabelecimento de um mecanismo de financiamento acessível;

2: As árvores velhas de chá são substituídas por mudas novas de qualidade;

3: O esquema de fomente para a produção de Chá se torna operacional e expande;

4: Os resultados de investigações e os serviços de extensão são disponibilizados aos

produtores de contrato (fomento).

Principais

Actividades

1) Criação de um mecanismo de financiamento acessível para as empresas de chá

- Aplicação do "Fundo ProSAVANA de Iniciativa ao Desenvolvimento"

- Provisão de incentivos fiscais para investimentos em instalações de processamento

2) Apoio para o replantio do chá

- Introdução de variedades melhoradas do exterior (como sementes, mudas ou clones)

por meio da compra colectiva

- Apoio financeiro para custos de replantio (tanto subsídios como empréstimos)

3) Promoção do esquema de produção de chá via fomento

- Teste inicial utilizando parte dos jardins de chá abandonados das empresas

- Desenvolvimento de cultivos por contrato com assistência técnica e fornecimento de

mudas e insumos pelas empresas

4) O apoio à investigação e extensão técnica das boas práticas agrícolas

- Assistência ao programa de investigação do chá pelas companhias de chá e associações,

apoiado pelo IIAM (provavelmente estação Gurué)

- Introdução de FFS para os pequenos produtores de chá via fomento

Período de

Implementação

Intervenção intensiva inicial: 2014 – 2019

Desenvolvimento e continuação: a partir de 2020

2014 ‘15 ‘16 ‘17 ‘18 ‘19 ‘20 ‘21 ‘22 ‘23 ‘24 ‘25 ‘26 ‘27 ‘28 ‘29 2030

Área Prioritária

(candidata)

Distrito de Gurué

Agência

Implementadora

/ Organizações

Relacionadas

Associação da Indústria de Chá em Zambézia (composta por 5 companhias de chá),

Governo Provincial de Zambézia Provincial, IIAM

Planos

relevantes/

projectos

Organizações

Plano Estratégico de Desenvolvimento Provincial de Zambézia 2011-2020 (A revitalização

da indústria de chá é uma da das prioridades do projecto)

Observações A Zona IV, onde a região montanhosa para a produção de chá do Distrito de Gurué pertence,

vai exigir atenção especial em termos de vulnerabilidade ambiental.

Page 25: CAPÍTULO 4 COMPONENTES DO PLANO DIRETOR DE … · 4. Projecto de Estabelecimento de Estrutura Financeira para a Agricultura 5. Projecto de Sistema de Apoio Financeiro para Grandes

Assistência para Elaboração do Plano Director de Desenvolvimento Agrícola do Corredor de Nacala em Moçambique

4-25

As opiniões e conclusões que integram esses documentos foram para fins de estudo e não

são vinculativas ou refletindo a posição das instituições coordenadoras, nem a

implementação das estratégias neles descritos.

21. Projecto para a Formulação e Desenvolvimento de Cooperativas Agrícolas Modernas

Projecto Projecto para a Formulação e Desenvolvimento de Cooperativas Agrícolas Modernas s

Antecedentes Promover a criação de cooperativas agrícolas com base na Lei Geral das Cooperativas

Modernas (Lei 23/2009), que apesar de ser uma importante política do MINAG/ DNSA, a

nova lei não tem sido bem conhecida na área rural, sendo que o número de cooperativas

registradas na nova legislação ainda é muito limitado. Portanto, na área do Corredor de

Nacala, é necessário para as organizações de pequenos agricultores, a criação de cooperativas

agrícolas modernas e um sistema eficiente e eficaz de gestão e operação com base comercial

sob a nova Lei das Cooperativas para alcançar a competitividade e a sustentabilidade das

organizações de agricultores.

Objectivos Fortalecimento do poder de negociação dos grupos de agricultores através da gestão

sustentável das cooperativas agrícolas modernas, gerando aumento da renda de pequenos

agricultores bem como a melhoria do seu nível de vida.

Metas Apoiar a criação e o desenvolvimento das Cooperativas Agrícolas Modernas de cunho

comercial com base na nova Lei das Cooperativas.

Produtos

Esperados

1: Novas cooperativas agrícolas serão estabelecidas através de projectos modelo.

2: As associações de agricultores existentes serão transformadas em novas cooperativas

agrícolas.

Principais

Actividades

1. Promover o reconhecimento da nova Lei e os seus métodos de operação para as

organizações e os parceiros interessados das províncias e distritos ligados à organização

de agricultores e criação de cooperativas agrícolas.

2. Apoiar o estabelecimento de novas cooperativas agrícolas em forma de projectos modelo

para grupos de agricultores que assim desejarem.

3. Apoiar a transformação das associações de agricultores existentes em novas cooperativas

agrícolas.

4. Apoiar a operação das novas cooperativas através de empréstimos suaves via sistema de

financiamento.

5. Realizar treinamentos para o desenvolvimento da capacidade dos membros das

cooperativas.

Período de

Implementação 2014 ‘15 ‘16 ‘17 ‘18 ‘19 ‘20 ‘21 ‘22 ‘23 ‘24 ‘25 ‘26 ‘27 ‘28 ‘29 2030

Área Prioritária

(candidata)

Todos os 14 distritos.

Agência

Implementador

a/ Organizações

Relacionadas

DNEA, DPAs, AMPCM, ONGs

Planos/

Projectos

Relevantes

Nas Províncias de Nampula e Niassa o desenvolvimento das cooperativas recebe apoio activo

da CLUSA.

Observações AMPCM está assumindo um papel de liderança na implementação da nova lei através da

promoção e desenvolvimento das cooperativas modernas como uma forma sustentável de

geração de riqueza capaz de atingir os múltiplos sectores.

Page 26: CAPÍTULO 4 COMPONENTES DO PLANO DIRETOR DE … · 4. Projecto de Estabelecimento de Estrutura Financeira para a Agricultura 5. Projecto de Sistema de Apoio Financeiro para Grandes

Desenho da Visão Geral do Plano

4-26

As opiniões e conclusões que integram esses documentos foram para fins de estudo e não

são vinculativas ou refletindo a posição das instituições coordenadoras, nem a

implementação das estratégias neles descritos.

4.4. Atividades para o Desenvolvimento de Agronegócio

22. Estabelecimento de uma Organização de Apoio no Investimento e Desenvolvimento da Cadeia de

Valor

Projecto Estabelecimento de uma Organização de Apoio no Investimento e Desenvolvimento da Cadeia

de Valor

Antecedentes Informações sobre investimentos na agricultura/ agronegócio, bem como a exportação e

importação de produtos agrícolas, tem sido tratado separadamente por diferentes organizações

estabelecidas em cada um dos ministérios em causa, como CEPAGRI (do Ministério da

Agricultura), CPI e GAZEDA (Ministério de Planejamento e Desenvolvimento), e IPEX (do

Ministério de Comércio e Indústria). Como resultado, os investidores têm enfrentado

dificuldades na aquisição de informações necessárias sobre promoção de investimentos e

oportunidades de mercado no tempo adequado.

Além disso, a cadeia de valor agrícola permanece subdesenvolvido no Corredor de Nacala,

devido a mecanismos limitados de partilha de informações entre os grandes consumidores e

produtores, o que tem resultado em desajustamentos no mercado de produtos agrícolas.

A fim de melhorar essas questões, é essencial estabelecer uma plataforma consolidada para

fornecer as informações necessárias sobre o investimento e a comercialização no sector

agrícola através de um esforço de colaboração entre as diferentes agências. Esta organização

de apoio estabelecida também vai prestar serviços de assessoria e consultoria para potenciais

investidores e empresários locais no que diz respeito ao planejamento de negócios e

marketing.

Objetivos 1) Estabelecer uma organização de apoio à promoção de investimentos na agricultura/

agronegócio e o desenvolvimento da cadeia de valores no Corredor de Nacala

Metas O ambiente de negócios para a promoção de investimentos a agricultura/ agroinegócio e de

desenvolvimento da cadeia de valores é melhorada através da criação de uma plataforma

abrangente de fornecimento de informações de marketing e investimento.

Produtos

Esperados

1: Uma organização de apoio ao investimento e desenvolvimento da cadeia de valores é

estabelecida e é operacional.

2: Expansão de negócios e oportunidades de investimento no sector agrícola graças à melhora

do serviço de fornecimento de informação

Principais

Atividades

1: Formar um Comitê Consultivo composto por CEPAGRI / DPA, CPI, GAZEDA, IPEX,

Câmaras de Comércio e outras agências relacionadas e doadores a fim de desenvolver um

plano para o estabelecimento da organização de apoio ao investimento e desenvolvimento

da cadeia de valores.

2: Criar a organização de apoio baseada no presente plano.

3: Fornecer a informação sobre a promoção no investimento e serviços de consultoria para

potenciais investidores.

4: Acumular a informação sobre a potencial de demanda pelos principais consumidores e

volumes de produto pelos grupos de produtores de modo a facilitar o ajuste de serviços.

5: Fornecer serviços de aconselhamento (apoio na elaboração de planos de negócio,

introdução de mecanismos financeiros disponíveis para o investimento agrícola, etc.) a

pequenas e médias empresas para a iniciarem os seus negócios.

Período de

Implementação

2014 ‘15 ‘16 ‘17 ‘18 ‘19 ‘20 ‘21 ‘22 ‘23 ‘24 ‘25 ‘26 ‘27 ‘28 ‘29 2030

Área Prioritária

(candidata)

Todos os 14 distritos e áreas adjacentes ao longo do Corredor de Nacala. O escritório sede irá

se localizar em Nampula, além de de filiais em áreas chaves (por exemplo, Cuamba, Lichinga,

etc.)

Agência

Implementadora

/ Organizações

Relacionadas

CEPAGRI, CPI, GAZEDA, IPEX, IPEME, MINAG/DPA, Escritório de Coordenação do

ProSAVANA, Doadores

Planos

Page 27: CAPÍTULO 4 COMPONENTES DO PLANO DIRETOR DE … · 4. Projecto de Estabelecimento de Estrutura Financeira para a Agricultura 5. Projecto de Sistema de Apoio Financeiro para Grandes

Assistência para Elaboração do Plano Director de Desenvolvimento Agrícola do Corredor de Nacala em Moçambique

4-27

As opiniões e conclusões que integram esses documentos foram para fins de estudo e não

são vinculativas ou refletindo a posição das instituições coordenadoras, nem a

implementação das estratégias neles descritos.

relevantes/

projetos

Observações Do ponto de vista tanto de eficiência de negócios desta organização e fácil acesso a serviços

de consultoria para clientes, bem como a qualidade e quantidade do pessoal de serviço de

assessoria, que irá intermediar a relação desta organização e os seus clientes de suma

importância para a boa execução do projecto de investimento. Eles são obrigados a saber bem

sobre os esquemas de funcionamento para apoiar a criação de empresas, e para orientar a

gestão operacional aos seus clientes através de conhecimentos e experiência de administração

de empresas.

Como os doadores e ONGs já desenvolveram a capacidade de prestar serviços de

desenvolvimento empresarial nesta área, A reciclagem e utilização deste recurso humano deve

ser considerada para se estabelecer uma serviço de consultoria de qualidade. O IPEME

(Instituto de Promoção de Pequenas e Médias Empresas), como um provedor de treinamento é

adequado para a prestação de serviços técnicos de desenvolvimento de capacidades para

prestação de serviços de desenvolvimento empresarial. O IPEME planeja estabelecer sua filial

neste ano.

Page 28: CAPÍTULO 4 COMPONENTES DO PLANO DIRETOR DE … · 4. Projecto de Estabelecimento de Estrutura Financeira para a Agricultura 5. Projecto de Sistema de Apoio Financeiro para Grandes

Desenho da Visão Geral do Plano

4-28

As opiniões e conclusões que integram esses documentos foram para fins de estudo e não

são vinculativas ou refletindo a posição das instituições coordenadoras, nem a

implementação das estratégias neles descritos.

23. Projecto para Designação de Terras para Investimento e Planeamento Territorial

Projecto Projecto para Designação de Terras para Investimento e Planeamento Territorial

Antecedentes As dificuldades para a procura de terras disponíveis e a posterior obtenção do Direito do Uso e

Aproveitamento da Terra - DUAT pelos investidores são os principais constrangimentos para a

implantação de projetos agrossilvipastoris no país, pois demanda um longo tempo (de procura

e de tramitação) num processo bastante complexo para a obtenção. Nos últimos 5 anos (2008 -

2012) apenas 20 projetos foram aprovados pela CEPAGRI e estão em fase de execução. Estes

5 projetos totalizam 740, 7 mil hectares, sendo que 60,2% desta área á para projetos de

reflorestamento, principalmente em Niassa.

Neste contexto, as províncias, para atrair investimentos de grande escala, poderiam adotar

medidas práticas para facilitar o acesso às terras disponíveis, assim como disponibilizar

informações sobre a potencialidade destas áreas através de zoneamentos agronômicos e

socioambientais.

A formação de um banco/estoque de terras, geridos pelas respectivas províncias de acordo

com as suas políticas públicas, assim como a disponibilização dessas áreas aos investidores já

com projetos básicos de parcelamento elaborados tornará os governos provinciais os

principais protagonistas do processo de desenvolvimento.

Este protagonismo na indução do desenvolvimento e direcionamento dos investimentos de

acordo com as políticas provinciais deverá ser exercido juntamente com a CEPAGRI, através

de trabalhos conjuntos no processo de formulação dos projetos produtivos.

Objectivos Tornar as províncias principais os protagonistas do processo de investimento para o

desenvolvimento agrícola.

Metas Criação de gabinetes governamentais em cada província para a promoção do investimento

pela gestão de terras disponíveis, formação de base de dados para apoio a investidores

interessados e direcionamento dos investimentos de acordo com as políticas públicas

provinciais.

Resultados

Esperados

1: Criação de gabinetes governamentais em cada província;

2: Levantamento de terras disponíveis para projetos agrícolas em cada distrito;

3: Os gabinetes gorvernamentais possuem um banco de dados com as terras disponíveis;

Produto 4: Preparação do Projecto básico de parcelamento das terras disponíveis.

Principais

Atividades

1: Criação de gabinetes governamentais de promoção de investimentos em grande escala em

cada província;

2: Levantamento de terras disponíveis para projetos agrícolas;

3: Formação de “banco de terras” e o seu banco de dados;

4. Preparação do projecto básico de parcelamento e gestão de terras baseado no zoneamento

agronômico e socioambiental das províncias.

Período de

Implementação

2014 ‘15 ‘16 ‘17 ‘18 ‘19 ‘20 ‘21 ‘22 ‘23 ‘24 ‘25 ‘26 ‘27 ‘28 ‘29 2030

Área Prioritária

(candidata)

Corredor de Nacala (áreas disponíveis nas três Províncias).

Agência

Implementadora

/ Organizações

relacionadas

Governos provinciais, DPA/SPCGs, CEPAGRI.

Planos

relevantes/

projetos

PNDA Plano Nacional de Desenvolvimento de Agronegócios.

Observações

Page 29: CAPÍTULO 4 COMPONENTES DO PLANO DIRETOR DE … · 4. Projecto de Estabelecimento de Estrutura Financeira para a Agricultura 5. Projecto de Sistema de Apoio Financeiro para Grandes

Assistência para Elaboração do Plano Director de Desenvolvimento Agrícola do Corredor de Nacala em Moçambique

4-29

As opiniões e conclusões que integram esses documentos foram para fins de estudo e não

são vinculativas ou refletindo a posição das instituições coordenadoras, nem a

implementação das estratégias neles descritos.

24. Projecto para o Fortalecimento do Mecanismo de Fiscalização da Aplicação das Leis sobre a Terra

e o Meio Ambiente

Projecto Projecto para o Fortalecimento do Mecanismo de Fiscalização da Aplicação das Leis sobre a

Terra e o Meio Ambiente

Antecedentes Apesar dos muitos instrumentos legais bem estruturados para supervisionar projectos de

investimento privado em Moçambique, a fraca aplicação da lei tem resultado, em muitos

casos, em degradações ambientais, bem como ameaças aos meios de subsistência das

comunidades. A grave falta de recursos, de equipamentos e pessoal treinado é um problema

subjacente.

Objectivos Harmonizar os investimentos em agronegócio e do desenvolvimento das comunidades locais,

bem como a conservação ambiental através da conformidade com os princípios da IAR

(Investimento Agrícola Responsável), sendo que a grande parte disso pode ser alcançada pela

aplicação adequada do mecanismo de supervisão existente.

Metas Todos os projectos de investimento em agronegócio que entram no Corredor de Nacala são

devidamente fiscalizados, contribuindo assim para evitar conflitos com as comunidades locais

e garantir a aplicação das medidas correctivas e penalidades sobre quaisquer infracções.

Resultados

Esperados

1. Os funcionários do governo são treinados para fornecerem um serviço melhorado de

fiscalização;

2. A fiscalização por parte do Governo é complementada pelo sector privado;

3. A base da fiscalização é reforçada em termos de orçamento e equipamentos;

4. As informações documentadas são transparentes e acessíveis ao público.

Principais

Atividades

1) Treinamento dos funcionários do governo

- Métodos efectivos de fiscalização param projectos agrícolas/agroindustriais

- Troca de experiências entre diferentes regiões e projectos

2) Terceirização parcial dos serviços de fiscalização

- Promoção de auditores ambientais privados certificados

- Serviço de consultoria contratada para apoiar os funcionários do governo

3) Fortalecimento da base de fiscalização

- Fornecimento de veículos e equipamentos de informática e comunicação para uso

exclusivo de inspectores e auditores

- Apoio orçamental tanto através de financiamento directo como pelos doadores ou pela

canalização de fundos do FUNAB

4) Melhoria do sistema de divulgação de informações

- A adaptação dos padrões de documentação

- A criação de websites ou pontos de acesso público para a apresentação de propostas de

investimento, relatórios de EIA, licenças ambientais e relatórios de fiscalização

Período de

Implementação

Intervenção Inicial Intensiva: 2014 – 2019

Continuação: 2020 –

2014 ‘15 ‘16 ‘17 ‘18 ‘19 ‘20 ‘21 ‘22 ‘23 ‘24 ‘25 ‘26 ‘27 ‘28 ‘29 2030

Área Prioritária

(candidata)

Todo o Corredor de Nacala será coberto: no entanto, será dada prioridade às áreas

identificadas no Projecto No.23 "Designação de Terras para Planeamento Territorial e

Investimentos".

Agência

Implementadora

/ Organizações

relacionadas

MICOA (Inspecção Geral, DNAIA), DPCA

MINAG (DNTF), CEPAGRI, Serviços de Cadastro

Planos

relevantes/

projetos

Observações

Page 30: CAPÍTULO 4 COMPONENTES DO PLANO DIRETOR DE … · 4. Projecto de Estabelecimento de Estrutura Financeira para a Agricultura 5. Projecto de Sistema de Apoio Financeiro para Grandes

Desenho da Visão Geral do Plano

4-30

As opiniões e conclusões que integram esses documentos foram para fins de estudo e não

são vinculativas ou refletindo a posição das instituições coordenadoras, nem a

implementação das estratégias neles descritos.

25. Projeto de Zona Econômica Especial Agrícola (ZEE e ZFI - área do ProSavana).

Projeto Projeto de Zona Econômica Especial Agrícola (ZEE e ZFI - área do ProSavana)

Antecedentes Para desenvolver um cluster agrícola é necessário atrair o sector privado através de vários

meios tais como a implementação de um sistema de tributação preferencial para investimentos.

Mais ainda, é preciso haver uma infra-estrutura social como a energia elétrica, abastecimento

de água, telecomunicações, etc. O estabelecimento de ZEZ ou ZFI limitado ao sector de

agronegócio é uma forma de fazê-lo com um orçamento limitado, pois permite aplicar um

tratamento favorável para uma área limitada e concentrar a implantação de obras de

infra-estrutura.

O Governo de Moçambique possui mecanismos (GAZEDA) para instituir ZES (Zonas

Econômicas Especiais) e ZFI (Zona Francas de Industrialização) em locais específicos e assim

criar o ambiente para a eficiência da cadeia de valor de cada cultura, o aumento da

produtividade, reunir as indústrias relacionadas com a produção, o processamento, o

armazenamento, a distribuição, em um único complexo e atrair o Investimento.

Objetivos Criar as áreas de atividade econômica, geograficamente delimitada e regida por um regime

aduaneiro especial com base no qual todas as mercadorias que aí entrem, se encontram,

circulem, se transformem industrialmente ou saiam do território nacional estão totalmente

isentas de quaisquer imposições aduaneiras, fiscais e para-fiscais, gozando, adicionalmente, de

um regime cambial livre e de operações “off-shore” (ZEE);

Criar as área ou unidade ou série de unidades de atividade industrial, geograficamente

delimitada e regulada por um regime aduaneiro específico na base do qual as mercadorias que

aí se encontrem ou circulem, destinadas à produção de artigos de exportação, estão isentos de

todas as imposições aduaneiras, fiscais, para-fiscais beneficiando de regimes cambial, fiscal e

laboral especialmente instituído (ZFI).

Metas do

Projeto

Criar uma zona econômica especial para a agroindústria, com incentivos fiscais

(financiamento, assistência técnica, etc.)

Resultados

Esperados

1: Produtos agrícolas competitivos, tanto para as exportações, e para substituição das

importações;

2: Mercado atacadista e formal relacionado ao agronegócio desenvolvido;

3: A geração de novos postos laboral;

4: Aumento do volume de compras de produtos agrícolas para o agro, industrial e de serviços;

5: A indústria a consumir matéria prima local, promovendo do desenvolvimento nacional.

6: O link da agricultura-mercado-indústria ser bem coordenado.

Principais

ações

1-Zonear as Áreas (zona económica especial) para cada “cluster” de produtos agrícolas;

2-Informar e iniciar negociação com o Governo (GAZEDA) sobre a necessidade de estabelecer

as áreas especiais do sector agrícola;

3-Elaboração do Projeto de Constituição ZEE e ZFI ao Conselho de Ministros.

4-Ofertas para entrada da iniciativa privada ligada a fornecimento de insumos agrícolas,

produção, processamento e distribuição;

5-Preparação pelo governo de infraestruturas básicas com o fornecimento de energia eléctrica,

água, estradas e comunicação por instituição governamental (inclusive linhas férreas de

acesso);

6-Realização de serviços de monitoramento para as empresas privadas.

Período de

Implementação

2014 ‘15 ‘16 ‘17 ‘18 ‘19 ‘20 ‘21 ‘22 ‘23 ‘24 ‘25 ‘26 ‘27 ‘28 ‘29 2030

Área de

prioridade

Áreas zoneadas pelo ProSavana para os “Clusters” e com potencial de Infraestrutura.(Cuamba

e Ribaue)

Implementação

Agencias/

relacionadas

O Ministério da Planificação e Desenvolvimento através de GAZEDA (Gabinete das Zonas

Económicas de Desenvolvimento Acelerado)

Agência de Desenvolvimento do Corredor de Nacala

Planos e

Projetos

relacionados

PNDA - Plano Nacional para o Desenvolvimento do Agronegócio.

Observações

Page 31: CAPÍTULO 4 COMPONENTES DO PLANO DIRETOR DE … · 4. Projecto de Estabelecimento de Estrutura Financeira para a Agricultura 5. Projecto de Sistema de Apoio Financeiro para Grandes

Assistência para Elaboração do Plano Director de Desenvolvimento Agrícola do Corredor de Nacala em Moçambique

4-31

As opiniões e conclusões que integram esses documentos foram para fins de estudo e não

são vinculativas ou refletindo a posição das instituições coordenadoras, nem a

implementação das estratégias neles descritos.

26. Projecto de Reabilitação de Instalações Agrícolas de Armazenamento

Projecto Projecto de Reabilitação de Instalações Agrícolas de Armazenamento

Antecedentes Na área de estudo existem alguns armazéns públicos que foram construídos na época colonial

Portuguesa para cada distrito. Estes armazéns são actualmente geridos pelo ICM (Instituto de

Cereais de Moçambique). Os volumes de armazenamento destes armazéns variam de 200

toneladas para 5.000 toneladas. Quase a totalidade destes são alugados para o sector privado

para logística de produtos agrícolas. Já se passam mais de 50 anos da sua construção, estes

armazéns são muito antigos e necessitam reabilitação.

A fim de melhorar a eficiência da cadeia de fornecimento e controlo de qualidade de produtos

agrícolas, a actual rede pública de armazenamento deve ser reabilitada. Como é feito

actualmente, as instalações públicas de armazenagem serão utilizados pelo sector privado em

PPP. Entre os clientes, a prioridade é dirigida aos clientes de volume pequeno a médio,

especialmente de grupos de agricultores que não pode dar ao luxo de investir em armazém

próprio de escala comercial, de modo a melhorar o seu acesso às instalações de

armazenamento de escala comercial. Uma instalação de armazenamento deve ser composta

por armazéns de pequena capacidade, cerca de 100 toneladas cada uma, de modo que

pequenos grupos, particulares e empresas podem utilizá-las. Já as instalações de

armazenamento de médio a grande porte, incluindo silo de grãos, deverão ser investidos pelo

sector privado.

A tecnologia pós-colheita, particularmente técnicas apropriadas de armazenamento para

controle de qualidade do produto devem ser direccionadas aos parceiros envolvidos na cadeia

de fornecimento de produtos agrícolas.

Objectivos Para melhorar a eficiência da cadeia de abastecimento, controlo de qualidade de produtos,

agricultura e armazenamento de rede público presente

Metas O sector privado tem acesso às instalações de armazenamento público para gerir o tempo de

venda sob condições de perda controlada durante o armazenamento

Produtos

Esperados

1: Preparação do Plano Estratégico de Reabilitação de Armazenagem para o desenvolvimento

agrícola no Corredor de Nacala

2: Instalações públicas de armazenagem são reabilitadas.

3: Instalações de armazenagem são devidamente utilizadas e perdas na armazenagem são

minimizadas.

Principais

Actividades

1: Avaliar as condições presentes de todas as instalações públicas de armazenagem em poder

do ICM.

2: Preparar o Plano de Reabilitação baseado em previsões de produção agrícola, condição de

armazenagem, e rede de logística

3: Implementar as obras de reabilitação de acordo com o plano.

4: Treinar o pessoal do ICM sobre operação e manutenção das instalações

5: Treinar os parceiros interessados sobre tecnologia de armazenagem

6. Aplicar padrões para produtos agrícolas em cooperação com os parceiros envolvidos

Período de

Implementação

2014 ‘15 ‘16 ‘17 ‘18 ‘19 ‘20 ‘21 ‘22 ‘23 ‘24 ‘25 ‘26 ‘27 ‘28 ‘29 2030

Área Prioritária

(candidata)

Todos os 14 distritos, sendo que a prioridade será dada em termos de condição actual e

importância logística.

Agência

Implementadora

/ Organizações

Relacionadas

MIC, ICM, MINAG, DPA (Nampula, Niassa e Zambézia), IIAM

Planos

relevantes/

projectos

Instalação de silos de grãos na região central e norte, Governo Português

Observações

Page 32: CAPÍTULO 4 COMPONENTES DO PLANO DIRETOR DE … · 4. Projecto de Estabelecimento de Estrutura Financeira para a Agricultura 5. Projecto de Sistema de Apoio Financeiro para Grandes

Desenho da Visão Geral do Plano

4-32

As opiniões e conclusões que integram esses documentos foram para fins de estudo e não

são vinculativas ou refletindo a posição das instituições coordenadoras, nem a

implementação das estratégias neles descritos.

27. Projecto de Padronização de Produtos Agrícolas

Projecto Projecto de Padronização de Produtos Agrícolas

Antecedentes Nenhum padrão claro para produtos agrícolas é utilizado no comércio ou contrato de

produtos agrícolas em Moçambique. Capacidade, chamada de "lata", é dominante como

unidade de medição do volume dos produtos na área rural, mas a unidade de capacidade

varia de lugar para lugar. A unidade de medição é alterada para peso (kg) no ponto de

ensacamento. Em relação à qualidade do produto, por exemplo, o teor de umidade do grão

não é condição para a determinação de preços. Isso resulta em deterioração da qualidade no

processo de armazenamento provocada pela mistura de grãos de alta umidade. Os

comerciantes determinam o preço de compra dos produtos sem considerar o risco de perdas

devido ao nível de umidade. Quando o preço é determinado com base no padrão do produto

agrícola, o risco de perdas para os comerciantes pode ser minimizado. Por outro lado, isto

pode motivar os agricultores a produzirem produtos de qualidade. Tanto o vendedor como o

comprador sairão satisfeitos com o preço praticado. Portanto, o padrão para o produto

agrícola é necessário para haver uma transacção transparente, redução de custos de

transacção e aumento da qualidade do produto.

Objectivos Reforçar a competitividade dos preços dos produtos agrícolas de Moçambique através da

redução de custos de transacção e aumento da qualidade dos produtos.

Metas O preço de transacção e o preço de contrato dos produtos são decididos justamente graças ao

padrão estabelecido.

Produtos

Esperados

1: Emissão oficial do padrão para produtos agrícolas.

2: O padrão emitido é usado em todo o país.

Principais

Actividades

1: Monitorar e avaliar a actividade teste de padronização dentro do ProSAVANA.

2: Adoptar um padrão aceitável por todo o país.

3: Promover o uso do padrão para produtos agrícolas.

Período de

Implementação

2014 ‘15 ‘16 ‘17 ‘18 ‘19 ‘20 ‘21 ‘22 ‘23 ‘24 ‘25 ‘26 ‘27 ‘28 ‘29 2030

Área Prioritária

(candidata)

Todo o país

Agência

Implementadora /

Organizações

Relacionadas

MINAG, MIC, representantes do grupo de parceiros interessados na produção, transacção,

processamento e venda de produtos agrícolas, institutos de investigação incluindo

universidades.

Planos

relevantes/

projectos

Observações

Page 33: CAPÍTULO 4 COMPONENTES DO PLANO DIRETOR DE … · 4. Projecto de Estabelecimento de Estrutura Financeira para a Agricultura 5. Projecto de Sistema de Apoio Financeiro para Grandes

Assistência para Elaboração do Plano Director de Desenvolvimento Agrícola do Corredor de Nacala em Moçambique

4-33

As opiniões e conclusões que integram esses documentos foram para fins de estudo e não

são vinculativas ou refletindo a posição das instituições coordenadoras, nem a

implementação das estratégias neles descritos.

28. Projecto de Melhoria no Acesso às Informações de Mercado

Projecto Projecto de Melhoria no Acesso às Informações de Mercado

Antecedentes É importante colectar e disseminar informações de mercado por todo o país de actores

envolvidos na cadeia de valores de modo a criar o acesso a oportunidades de mercado. O

SIMA (Sistema de Informações do Mercado Agrícola) do MINAG desempenha um

importante papel neste sentido. No seu sítio Web são colectadas as informações de mercado

de todo o país. Mas os pequenos agricultores dificilmente podem acessar essas informações

através de serviço de internet. Contudo um novo serviço de fornecimento de informações de

mercado “on demand” através do sistema SMS de mensagem foi lançado em Moçambique.

Não apenas agricultores mas também outros actores do sector privado podem tomar as suas

decisões para investimentos em instalações de armazenamento, equipamentos para

processamento e transporte valendo-se das informações de mercado. Fontes de informações

adequadas a cerca de variadas condições do dia-a-dia e de trabalho devem ser verificadas e

levadas em consideração pelos parceiros interessados.

Objectivos Criar um ambiente de competição justo para transação de produtos agrícolas, e melhorar a

eficiência do mercado

Metas Os produtores e operadores de agronegócios obtém um melhor acesso às informações de

mercado

Produtos

Esperados

1: Colectar lições sobre esforços do presente e passado sobre o sistema de informação de

mercado

2: Melhorar o acesso às informações de mercado para agricultores

3: Usar as informações de mercado para a gestão de negócios

Principais

Actividades

1: Colectar lições sobre esforços do presente e passado sobre o sistema de informação de

mercado

2: Seleccionar e apoiar o possível sistema de disseminação de informações

3: Instruir grupos de agricultores e operadores de pequenos negócios sobre como utilizar as

informações para a gestão dos negócios.

Período de

Implementação

2014 ‘15 ‘16 ‘17 ‘18 ‘19 ‘20 ‘21 ‘22 ‘23 ‘24 ‘25 ‘26 ‘27 ‘28 ‘29 2030

Área Prioritária

(candidata)

Todos os 14 distritos, sendo que a prioridade será a dada com base no estudo do desenho

básico.

Agência

Implementadora

/ Organizações

Relacionadas

MINAG, SIMA, DPA (Nampula, Niassa e Zambézia), DPIC (Direcção Provincial de Indústria

e Comercio)

Planos

relevantes/

projectos

Serviço de informações em texto para agricultores e pequenos negócios, IFC

Observações

Page 34: CAPÍTULO 4 COMPONENTES DO PLANO DIRETOR DE … · 4. Projecto de Estabelecimento de Estrutura Financeira para a Agricultura 5. Projecto de Sistema de Apoio Financeiro para Grandes

Desenho da Visão Geral do Plano

4-34

As opiniões e conclusões que integram esses documentos foram para fins de estudo e não

são vinculativas ou refletindo a posição das instituições coordenadoras, nem a

implementação das estratégias neles descritos.

29. Projecto de Desenvolvimento de Cluster de Soja

Projecto Projecto de Desenvolvimento de Cluster de Soja

Antecedentes Na actual cadeia de valor dos produtos agrícolas, a falta de ligação vertical e/ou horizontal

entre os parceiros interessados juntamente com a infraestrutura precária causa um baixo

poder de negociação, baixa qualidade dos produtos, discrepâncias de informação, e alto custo

de transacção. Isto leva os agricultores a se manterem num nível de subsistência.

Ao promover os parceiros interessados a criarem a ligação vertical e horizontal dentro de um

cluster (aglomerado), espera-se adquirir uma alta produtividade, acesso às informações de

mercado e oportunidade de negócios, produção orientada ao mercado ou de alto valor

agregado. A soja possui uma cadeia de valor onde muitos parceiros interessados de vários

sectores de agronegócios podem participar. O cluster baseado na soja é o modelo de

desenvolvimento rural a ser implementado através do desenvolvimento de clusters.

Objectivos Os papéis dos sectores públicos e privados são esclarecidos para materializar o

desenvolvimento socioeconómico em área rural através do desenvolvimento do cluster de

agronegócio

Metas O modelo de desenvolvimento do cluster é validado através da consolidação de uma forte

ligação entre os actores da produção agrícola, da indústria e de serviços dentro da cadeia de

fornecimento.

Produtos

Esperados

1: A ligação entre os participantes constituintes do cluster de soja é facilitada.

2: É preparada a infraestrutura económica para o desenvolvimento do cluster.

3: Provisão do apoio necessário em termos técnicas de produção, serviço de negócios e

serviço financeiro.

Principais

Actividades

1: Seleccionar local adequado para instalação do cluster de soja em termos de proximidade da

produção e área de consumo, disponibilidade de logística.

2: Convidar o sector privado (grupo de agricultores, comerciante de insumos, provedor de

serviços de mecanização agrícola, processadores de óleo1)

, avicultores, provedor de serviços

de armazenamento e transporte) oferecendo linhas de crédito especial ou sistema de imposto

preferencial para investimentos dentro do cluster.

3: Melhorar a infraestrutura necessária como estradas, electricidade, fornecimento de água e

rede de telecomunicações.

4: Facilitar o fortalecimento da ligação entre os participantes do grupo de agricultores2)

,

companhias privadas e instituições públicas.

5: Fornecer serviços de apoio técnico, financeiro e de gestão aos participantes.

6: Fazer a retro-alimentação das lições aprendidas com o Projecto de zona económica

agrícola especial do ProSAVANA.

Período de

Implementação

2014 ‘15 ‘16 ‘17 ‘18 ‘19 ‘20 ‘21 ‘22 ‘23 ‘24 ‘25 ‘26 ‘27 ‘28 ‘29 2030

Área Prioritária

(candidata)

Distrito de Cuamba

Agência

Implementadora/

Organizações

Relacionadas

Serviço de Promoção de Investimentos (temporário)、CPI, CEPAGRI, MPD, Gazeda, DPA,

(ICM)

Planos

relevantes/

projectos

Projecto de desenvolvimento do cluster de grãos em Ribaue, ProSAVANA

Organizações 1) Caso o sector privado se mostre relutante em investir no negócio de processamento tais

como a extração do óleo de soja e produção do farelo, pode ser considerado a patilha dos

investimentos e operação através da Parceira Pública-Privada. Por exemplo, uma instituição

paraestatal como ICM irá investir em instalações necessárias com o recurso público para

investimento, e a operação será feita por uma companhia privada interessada no negócio.

2) O cultivo por contrato entre os grupos de agricultores (a incluir as vilas-modelo) e

processadores/ avicultores pode ser mediado pelo Serviço de Promoção de Investimentos

(temporariamente).

Page 35: CAPÍTULO 4 COMPONENTES DO PLANO DIRETOR DE … · 4. Projecto de Estabelecimento de Estrutura Financeira para a Agricultura 5. Projecto de Sistema de Apoio Financeiro para Grandes

Assistência para Elaboração do Plano Director de Desenvolvimento Agrícola do Corredor de Nacala em Moçambique

4-35

As opiniões e conclusões que integram esses documentos foram para fins de estudo e não

são vinculativas ou refletindo a posição das instituições coordenadoras, nem a

implementação das estratégias neles descritos.

4.5. Atividades para Uso Sustentável de Recursos Naturais

30. Programa de Assistência para a Elaboração, Divulgação e Execução dos PDUTs (Plano Distrital de

Uso da Terra)

Projecto Programa de Assistência para a Elaboração, Divulgação e Execução do PDUTs (Plano

Distrital de Uso da Terra)

Antecedentes MICOA está a promover a elaboração de PDUTs desde 2008 tendo em vista a tendência

actual de exploração desordenada do uso da terra e exploração insustentável de recursos

naturais que ameaçam o ecossistema e a vida nas comunidades.

Objectivos Fornecer aos 14 distritos o instrumento legal de ordenamento territorial que restringe as

atividades indiscriminadas de desenvolvimento e mantém o equilíbrio em termos de

conservação ambiental, na fase inicial de implementação do Plano Director.

Metas As actividades de desenvolvimento agrícola acontecem em harmonia com o meio ambiente,

evitando impactos negativos significativos e irreversíveis em áreas ambientalmente

vulneráveis, em conformidade com os PDUTs.

Produtos

Esperados

1: Os 14 PDUTs são elaborados, ratificadas e devidamente revistos nos 14 Distritos;

2: DNAPOT, DPCA e SDPI são suficientemente equipados e treinados para a aplicação e

revisão dos PDUTs;

3: Os PDUTs são acessíveis ao público e divulgads entre os atores relevantes.

4: Implementação de uma gestão apropriada de terras sob o PDUT.

Principais

Actividades

1. Assistência para a elaboração acelerada de PDUTs em 6 distritos

- Fornecimento de equipamentos e software necessários, tais como GPS, motocicletas,

câmeras, computadores e SIG acompanhados de formação técnica

- Apoio orçamental para a contratação de engenheiros e custos de operação no campo

2. Assistência para a divulgação dos PDUTs ratificados

- Divulgação dos PDUTs nos websites do MICOA e dos Governos Provinciais

- Distribuição de PDUTs impressos (incluindo versões sinopse), juntamente com seminários

de explicação voltados aos actores relevantes (instituição, sector privado, ONG, morador)

- Reuniões técnicas de harmonização de PDUTs com as zonas protegidas e zoneamento

agro-ecológico, bem como em relação a planos inter-distritais com a participação de DPA

(especialmente SPGC e SPFFB)

3. Assistência para a execução de PDUTs pelo governo distrital

- Fornecimento de equipamentos e software necessários, tais como GPS, motocicletas,

câmeras, computadores e SIG acompanhados de formação técnica

- Apoio orçamental para a contratação de engenheiros e custos de operação no campo

4. Assistência para revisão dos PDUTS, após os primeiros 10 anos

Período de

Implementação

Elaboração: 2014 – 2015, Revisão: 2022 – 2025, Disseminação e Execução: todos os

períodos

2014 ‘15 ‘16 ‘17 ‘18 ‘19 ‘20 ‘21 ‘22 ‘23 ‘24 ‘25 ‘26 ‘27 ‘28 ‘29 2030

Área Prioritária

(candidata)

Áreas de 1ª prioridade (para elaboração de PDUT): Distritos de Malema, Gurue, Cuamba,

Mandimba, Ngauma e Lichinga

Áreas de 2ª prioridade (para disseminação e execução): todos os distritos

Agência

Implementadora

/ Organizações

Relacionadas

MICOA (DNAPOT), DPCA, Governos Distritais (SDPI), DPA

Planos

relevantes/

projectos

Organizações

Os PDUTs são elaborados e ratifcados em: Distritos de Monapo, Mogovolas, Murrupula, Alto

Molocue. Os PDUTs são elaborados mas ainda não ratificados em: Distritos de Meconta,

Muecate, Rapale, Ribaue. Realização do zoneamento agro-ecológico por todo o país na escala

1:250,000 feito pelo MINAG e o relatório final publicado em 2013.

Observações

(Base legal

deste projecto)

Lei de Ordenamento Territorial (Lei no.19/2007), Regulamento da Lei de Ordenamento

Territorial (Decreto no.23/2008), Lei de Terras (Lei no.19/97), Regulamento da Lei de Terras

(Decreto no.66/98), Lei de Floresta e Fauna Bravia (Lei no.10/99), Regulamento da Lei de

Floresta e Fauna Bravia (Decreto no.12/2002)

Page 36: CAPÍTULO 4 COMPONENTES DO PLANO DIRETOR DE … · 4. Projecto de Estabelecimento de Estrutura Financeira para a Agricultura 5. Projecto de Sistema de Apoio Financeiro para Grandes

Desenho da Visão Geral do Plano

4-36

As opiniões e conclusões que integram esses documentos foram para fins de estudo e não

são vinculativas ou refletindo a posição das instituições coordenadoras, nem a

implementação das estratégias neles descritos.

31. Estudo Básico para a Gestão de Recursos Hídricos

Projecto Estudo Básico para a Gestão de Recursos Hídricos

Antecedentes A gestão de recursos hídricos é essencial para o uso sustentável dos recursos naturais e

distribuição da água de forma adequada e justa. Actualmente, o desenvolvimento de recursos

hídricos permanece num nível muito abaixo do seu potencial, excepto para alguns rios que

atravessam áreas de alta densidade populacional. Por isso, mesmo sem uma gestão precisa de

recursos hídricos, nenhum conflito ou problema grave ocorreu até agora. Considerando o

desenvolvimento futuro da indústria e da agricultura, bem como o aumento da população na

área do Corredor de Nacala, o estabelecimento da gestão adequada de recursos hídricos é

considerado tarefa primordial.

Objectivos O projecto visa contribuir para a gestão dos recursos naturais em termos de economia

regional e desenvolvimento da irrigação através do fornecimento de condições básicas para o

desenvolvimento e uso bem-ordenados de recursos hídricos. Através do projecto, a situação

precisa do uso de água e o seu potencial de desenvolvimento será apreendido e compartilhado

entre os intervenientes do seu desenvolvimento.

Metas Organizar as informações necessárias para o desenvolvimento e gestão de recursos hídricos, e

a sua partilha entre os intervenientes de desenvolvimento, incluindo investidores privados.

Realizar o uso e o desenvolvimento ordenados da água nas bacias através da gestão adequada

de recursos hídricos.

Produtos

Esperados

1: A rede de medição de rios é reconstruído e as informações hidrológicas são acumulados.

Os dados medidos e o resultado da avaliação será integrado em banco de dados e são

compartilhados entre os intervenientes de desenvolvimento, incluindo os investidores

privados.

2: Um desenvolvimento e uso ordenados de recursos hídricos são implementados através de

melhora no monitoramento do uso de água e fortalecimento do sistema de licença de água.

3: O Plano de gestão de água é formulado e é estabelecido o ordenamento do uso de água nas

bacias de desenvolvimento concentrado.

Principais

Actividades

1. Implementação estável do desenvolvimento e reconstrução da rede de medição de rios

planeado pela ARA-CN e ARA-N.

2. Construção do banco de dados sobre o potencial de desenvolvimento de recursos hídricos.

3. Selecção de possíveis sítios para construção de barragens

4. Investigação e preparação do inventário de utentes de água de pequeno e médio porte e o

seu uso de água, tais como sistemas de irrigação para área menor que 500ha, que não estão

incluídos no actual sistema de licença de água.

5. Formulação do plano de gestão de água incluindo planos de distribuição de água dos rios

onde se espera um intenso desenvolvimento, tais como o rio Monapo.

Período de

Implementação 2014 ‘15 ‘16 ‘17 ‘18 ‘19 ‘20 ‘21 ‘22 ‘23 ‘24 ‘25 ‘26 ‘27 ‘28 ‘29 2030

Área Prioritária

(candidata)

Rio Monapo, Rio Mecuburi, Rio Meluli/Namaita, Rio Ligonha, Rio Lúrio e seus tributários,

Rio Lugenda e seus tributários, Rio Lucheringo, Lago Chiuta

A bacia do rio Monapo da Zona I e Zona II deve receber prioridade para o estabelecimento

dos planos de gestão de água e de distribuição

Agência

Implementadora/

Organizações

Relacionadas

ARA-CN e ARA-N em estreita cooperação com DPAs Nampula, Niassa e Zambézia

Planos

relevantes/

projectos

Organizações

Observações

Page 37: CAPÍTULO 4 COMPONENTES DO PLANO DIRETOR DE … · 4. Projecto de Estabelecimento de Estrutura Financeira para a Agricultura 5. Projecto de Sistema de Apoio Financeiro para Grandes

Assistência para Elaboração do Plano Director de Desenvolvimento Agrícola do Corredor de Nacala em Moçambique

4-37

As opiniões e conclusões que integram esses documentos foram para fins de estudo e não

são vinculativas ou refletindo a posição das instituições coordenadoras, nem a

implementação das estratégias neles descritos.

4.6. Atividades para Desenvolvimento de Capacidade de

Recursos Humanos

32. Projecto de Treinamento de Distribuidores de Insumos Agrícolas

Projecto Projecto de Treinamento de Distribuidores de Insumos Agrícolas

Antecedentes É necessário promover a transição do estilo de agricultura da rotação de culturas para o

cultivo intensivo. É preciso expandir o uso de fertilizantes, sementes certificadas e

defensivos agrícolas, a fim de conseguir o cultivo intensivo. No entanto, o serviço público

de extensão é fraco devido ao pequeno número de extensionistas. Por isso, é necessário

que haja muitos canais de transferência de conhecimento sobre a agricultura intensiva aos

agricultores. Neste ponto, as lojas ou os distribuidores de insumos atender os agricultores

com frequência de forma que eles serão capazes de se tornarem um balcão de consulta

sobre o uso de insumos agrícolas.

Por outro lado, o conhecimento adequado sobre agroquímicos como pesticidas e

herbicidas deve ser entendido pelos agricultores para a preservação da natureza e da sua

própria saúde. Os distribuidores ou lojas que lidam com os produtos devem conhecê-los e

devem transferir os seus conhecimentos aos agricultores clientes para evitar acidentes

inesperados.

Se os distribuidores de insumos agrícolas são motivados a prestar os serviços de

consultoria, os agricultores terão acesso fácil à tecnologia básica de cultivo ao nível de

base. Os fracos serviços públicos de extensão rural podem ser compensados por esses

serviços de consulta. Além disso, os distribuidores de insumos podem ganhar confiança

junto aos clientes (agricultores) se eles continuarem a fornecer informações adequadas

sobre a tecnologia de cultivo. A confiança deve ser um tesouro inestimável para eles para

executar seus negócios em concorrência com os outros.

Objectivos Os agricultores têm um bom acesso aos conhecimentos básicos sobre a tecnologia de

cultivo intensivo.

Metas Distribuidores agrícolas qualificados fornecem serviços de aconselhamento agrícola a

agricultores sobre tecnologias agrícolas bem como o fornecimento de insumos.

Produtos Esperados 1. Cursos de formação sobre insumos agrícolas por distribuidores ou lojas são organizados

todo ano regularmente.

2. O número de distribuidores agrícolas qualificados aumenta a nível distrital

3. Número de entidades que manuseiam insumos agrícolas aumenta.

Principais

Actividades

1. Organizar cursos de formação em matéria de gestão de principais culturas e o uso

adequado dos insumos agrícolas, incluindo normas de segurança de agrotóxicos

estabelecidos por distribuidores ou lojas voluntários de insumos agrícolas. O certificado

é emitido para aqueles que terminarem o curso.

2. A fim de incentivo os distribuidores a realizarem o treinamento, tratamentos favoráveis

serão dados para os portadores do certificado de conclusão do treinamento, como a

prioridade para compras governamentais, incentivos fiscais, prioridade na obtenção de

créditos a juros baixos, sistema de condecoração, etc.

3. SDAE e DPA anunciam o tratamento favorável a distribuidores ou lojas de insumos

agrícolas.

Período de

Implementação

2014 ‘15 ‘16 ‘17 ‘18 ‘19 ‘20 ‘21 ‘22 ‘23 ‘24 ‘25 ‘26 ‘27 ‘28 ‘29 2030

Área Prioritária

(candidata)

Todos os 14 distritos.

Agência

Implementadora/

Organizações

Relacionadas

DPAs, Governos Distritais, MINAG, Agência Executora do Desenvolvimento Agrário do

Corredor de Nacala, ONGs

Planos relevantes/

projectos

Observações

Page 38: CAPÍTULO 4 COMPONENTES DO PLANO DIRETOR DE … · 4. Projecto de Estabelecimento de Estrutura Financeira para a Agricultura 5. Projecto de Sistema de Apoio Financeiro para Grandes

Desenho da Visão Geral do Plano

4-38

As opiniões e conclusões que integram esses documentos foram para fins de estudo e não

são vinculativas ou refletindo a posição das instituições coordenadoras, nem a

implementação das estratégias neles descritos.

33. Projecto de Academia Agrícola ProSAVANA (Centro de Desenvolvimento Agrícola)

Projecto Projecto de Academia Agrícola ProSAVANA (Centro de Desenvolvimento Agrícola)

Antecedentes O governo de Moçambique reconheceu que a capacitação de recursos humanos a nível de

base é uma importante força motriz para o desenvolvimento agrícola. O PRONEA (Programa

Nacional de Extensão Agrícola) que é o programa operacional do Plano Director de Extensão

Agrícola em conformidade com PEDSA, concentra-se em agricultores emergentes de

pequena escala a fim de aumentar a sua produtividade e acesso ao mercado. PRONEA, então,

possui 2 componentes de desenvolvimento humano dentre seus 3 componentes principais.

Um é o desenvolvimento dos serviços de extensão agrícola do lado da oferta (capacitação de

extensionistas) e o outro é o desenvolvimento dos serviços de extensão agrícola do lado da

demanda (capacitação de agricultores).

Apesar do reconhecimento do Governo sobre a questão dos recursos humanos, o pequeno

número de agricultores líderes nas comunidades e extensionistas capacitados tem sido um

problema sério para o desenvolvimento agrícola na área do Projecto. A fim de acelerar o

desenvolvimento, recursos humanos capacitados em ambos os lados a nível distrital, tanto do

lado do agricultor como do lado do extensionista devem ser sistematicamente assegurados

com base numa estratégia a longo prazo. Existe um sistema de educação formal sobre

agricultura nas Faculdades de Agricultura, Institutos Agrícolas e Ensinos Médios de

Agricultura em Moçambique. No entanto, o sistema não pode responder plenamente à

demanda por líderes capacitados e dedicados no desenvolvimento agrícola a nível de base.

Recomenda-se que o governo prestar muita atenção para descobrir capazes pessoal jovem e

silvicultor que eles sejam de base líderes a assumir a responsabilidade do desenvolvimento

agrícola, bem como para capacitar agentes de extensão públicos periodicamente.

Objectivos Formar pessoas a exercerem um papel de liderança no desenvolvimento agrário na área do

Projecto.

Metas Aumanto do número de agricultores capacitados e conscientes e extensionistas voltados ao

desenvolvimento agrícola/ rural na área do Projecto

Produtos

Esperados

1: Estabelecimento do sistema escolar da Academia Agrícola ProSAVANA

2: Jovens capazes são treinados e educados por meio de treinamento intensivo centrado em

práticas agrícolas e em habilidades necessárias para se tornarem líderes comunitários.

3: Curso de formação de líderes comunitários e fornecedores de insumos agrícolas bem como

a formação de extensionistas em cada etapa.

Principais

Actividades

<Treinamento de agricultores líderes e extensionistas públicos>

1. Construir as academias e campos para prática.

2. Treinar jovens capazes seleccionados (graduados no ensino médio) com uma forte vontade

de assumir a responsabilidade para o desenvolvimento da agricultura regional. Os 20

seleccionados em cada ano receberão por 2 anos um treinamento intensivo centrado em

práticas agrícolas

3. Focar o treinamento nas áreas de formação sobre gestão de culturas, organização e gestão

de grupos, etc. além da prática, para que os estagiários sejam capazes de desenvolver as

qualidades e habilidades necessárias para se tornarem um líder comunitário no futuro

4. Fornecer as seguintes 2 opções de incentivo aos formandos do treinamento findos os 2

anos:

(1) DUAT de terra agrícola de cerca de 5 ha e empréstimo em condições favoráveis para

cobrir o custo de capital inicial para início do plantio

(2) Emprego como extensionista público do SDAE correspondente

<Outros treinamentos>

1. Treinamento inicial dos extensionistas públicos (treinamento de 1 ano no acto do

recrutamento)

2. Treinamento de reciclagem dos extensionistas públicos (1 mês de treinamento a cada 5

anos de carreira)

3. Treinamento de líderes comunitários (treinamento ad-hoc em atendimento à solicitação dos

serviços de extensão)

4. Treinamento de fornecedores de insumos agrícolas (2 semanas de treinamento, a cada ano)

<Os instrutores>

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Assistência para Elaboração do Plano Director de Desenvolvimento Agrícola do Corredor de Nacala em Moçambique

4-39

As opiniões e conclusões que integram esses documentos foram para fins de estudo e não

são vinculativas ou refletindo a posição das instituições coordenadoras, nem a

implementação das estratégias neles descritos.

Professores/instrutores de universidades agrícolas, pesquisadores do IIAM, funcionários

seniores da DPA, ONGs e sector privado, e especialistas estrangeiros do Brasil e Japão, etc.

Período de

Implementação 2014 ‘15 ‘16 ‘17 ‘18 ‘19 ‘20 ‘21 ‘22 ‘23 ‘24 ‘25 ‘26 ‘27 ‘28 ‘29 2030

Área Prioritária

(candidata)

Todos os 14 distritos (local candidato para a Academia: Cuamba)

Agência

Implementadora/

Organizações

Relacionadas

MINAG, DPA em Nampula, Niassa e Zambézia, SDAE dos 14 distritos, IIAM (CZNd e

CZNo)

Planos

relevantes/

projectos

PRONEA

Observações

Page 40: CAPÍTULO 4 COMPONENTES DO PLANO DIRETOR DE … · 4. Projecto de Estabelecimento de Estrutura Financeira para a Agricultura 5. Projecto de Sistema de Apoio Financeiro para Grandes

Desenho da Visão Geral do Plano

4-40

As opiniões e conclusões que integram esses documentos foram para fins de estudo e não

são vinculativas ou refletindo a posição das instituições coordenadoras, nem a

implementação das estratégias neles descritos.

34. Projecto de Desenvolvimento da Capacidade Humana para Organização de Agricultores

Projecto Projecto de Desenvolvimento da Capacidade Humana para Organização de Agricultores

Antecedentes A fim de promover de forma eficaz os vários projectos de desenvolvimento agrícola na área

do Corredor de Nacala, é necessário obtermos o aumento do nível das práticas agrícolas e a

melhoria no padrão de vida de pequenos agricultores para que estes participem dos projectos,

sendo necessária a realização de actividades de formação para o desenvolvimento da

capacidade humana a nível rural. Há também a necessidade de apoiar a orientação técnica e a

organização de pequenos agricultores que não se beneficiarão dos projectos de produção por

fomento.

Objectivos Desenvolvimento da capacidade humana de pequenos agricultores a participarem de

projectos de desenvolvimento agrário na área do Corredor de Nacala através do aumento de

nível das práticas agrícolas e melhoria no padrão de vida. Além do que agricultores líderes de

futuras organizações de agricultores serão formados.

Metas Realizados os treinamentos de formação para o desenvolvimento da capacidade humana de

pequenos agricultores envolvidos no desenvolvimento agrário na área do Corredor de Nacala.

Produtos

Esperados

1: O nível das práticas agrícolas de pequenos agricultores será melhorado.

2: Agricultores líderes de futuras organizações de agricultores serão formados.

Principais

Actividades

1. Formular o Plano de treinamento para o desenvolvimento da capacidade humana pelo

DPA e SDAE

2. Seleccionar os participantes do treinamento por meio da recomendação da comunidade

ou a partir de representantes do grupo de jovens da comunidade.

3. Implementar o treinamento para o desenvolvimento da capacidade humana a nível de

Posto Administrativo.

4. Seleccionar talentos que podem se tornar Pessoas de Liderança das futuras organizações

de agricultores dentre os estagiários e implementar o treinamento para líderes para os

talentos que se candidatarem a líderes da organização.

5. Formar as organizações de agricultores através dos estagiários formados no treinamento

para líderes, mantendo-os como elementos centrais.

6. Apoiar as novas organizações de agricultores que foram estabelecidos através dos

serviços de extensão agrícola.

Período de

Implementação

2014 ‘15 ‘16 ‘17 ‘18 ‘19 ‘20 ‘21 ‘22 ‘23 ‘24 ‘25 ‘26 ‘27 ‘28 ‘29 2030

Área Prioritária

(candidata)

Todos os 14 distritos.

Agência

Implementadora/

Organizações

Relacionadas

DNEA, DPAs, SDAE, ONGs

Planos/

Projectos

Relevantes

Observações Para que os objectivos e as actividades do programa sejam semelhantes aos do PRONEA, o

programa irá apoiar e será realizada em conjunto com PRONEA.

Page 41: CAPÍTULO 4 COMPONENTES DO PLANO DIRETOR DE … · 4. Projecto de Estabelecimento de Estrutura Financeira para a Agricultura 5. Projecto de Sistema de Apoio Financeiro para Grandes

Assistência para Elaboração do Plano Director de Desenvolvimento Agrícola do Corredor de Nacala em Moçambique

4-41

As opiniões e conclusões que integram esses documentos foram para fins de estudo e não

são vinculativas ou refletindo a posição das instituições coordenadoras, nem a

implementação das estratégias neles descritos.

35. Projecto de Desenvolvimento de Capacidades dos Governos Distritais

Projecto Projecto de Desenvolvimento de Capacidades dos Governos Distritais

Antecedentes A unidade administrativa básica do desenvolvimento rural é o governo distrital. O governo

distrital tem desempenhado um papel importante para realizar o desenvolvimento agrícola e

deve ser o núcleo de planejamento e implementação. No entanto, os recursos humanos para

apoiar a organização administrativa em nível de distrito são pobres, e não têm sido capaz de

realizar uma administração eficaz e eficiente. A fim de promover o plano de desenvolvimento

agrícola no futuro, é necessário desenvolver os recursos humanos da administração local do

governo distrital.

Objetivos A fim de aprimorar a habilidade do governo distrital para executar projetos para o

desenvolvimento agrícola na área do Corredor de Nacala, implementar treinamentos para

desenvolvimento de capacidades do pessoal distrital.

Metas O pessoal da SDAE obtem capacidades para implementar projectos e rever o plano com base

na monitoria.

Produto

Esperados

1. Plano Director de Desenvolvimento Agrário no Nacala de Corredor é entendido a nível de

distrito

2. Pessoal da SDAE obtém a capacidade de operação/ gestão de projetos.

Principais

Atividades

1. Implementar um seminário de treinamento por alguns dias para SDAEs no Corredor de

Nacala com o seguinte conteúdo:

(1) A divulgação do Plano Director de Desenvolvimento Agrário no Corredor de Nacala.

(2) Reconhecer o papel do governo distrital/ SDAE na execução do Plano.

(3) Introdução de métodos de gestão geral e métodos de monitoria e avaliação na execução do

projeto.

(4) Elaboração de um plano de monitoria para projectos específicos dentro do Plano Diretor.

2. Implementar seminário anual com as SDAEs, a fim de apresentar os resultados da

monitoria e para compartilhar os problemas enfrentados e suas soluções.

3. Designar o pessoal necessário ao SDAE para promover o plano de desenvolvimento

agrícola, bem como traçar o seu orçamento necessário.

Período de

Implementação

2014 ‘15 ‘16 ‘17 ‘18 ‘19 ‘20 ‘21 ‘22 ‘23 ‘24 ‘25 ‘26 ‘27 ‘28 ‘29 2030

Área Prioritária

(candidata)

SDAEs de todos os 14 distritos.

Agência

Implementadora

/ Organizações

relacionadas

Agência (organismo) executora do Desenvolvimento Agrário no Corredor de Nacla, DPAs,

Governos Distritais, ONGs

Planos

relevantes/

projetos

Projecto

Page 42: CAPÍTULO 4 COMPONENTES DO PLANO DIRETOR DE … · 4. Projecto de Estabelecimento de Estrutura Financeira para a Agricultura 5. Projecto de Sistema de Apoio Financeiro para Grandes

Desenho da Visão Geral do Plano

4-42

As opiniões e conclusões que integram esses documentos foram para fins de estudo e não

são vinculativas ou refletindo a posição das instituições coordenadoras, nem a

implementação das estratégias neles descritos.

4.7. Escalonamento do Plano Diretor

A realização do desenvolvimento agrícola no Corredor de Nacala, proposto no Plano

Diretor visa 2030 com atividades a partir de 2014. Levando em consideração o

estado atual das práticas agrícolas na área com mais dos pequenos agricultores

dependendo de extensos cultivos itinerantes, o estágio de desenvolvimento foi

dividido em três (3) fases que permitem o uso intensivo de recursos por setores-alvo

para alcançar a efetiva implementação dos programas/projetos propostos no Plano

Diretor.

A Figura 3.2.1 estabelece o escalonamento proposto do desenvolvimento agrícola no

Corredor de Nacala com "Fase I - Transição para a Fase de Cultivo Fixo (2014-2020)",

"Fase II - Fase de Crescimento da Produção Agrícola (2021-2025)" e "Fase III - Fase

de Expansão do Agronegócio (2026-2030)". As estratégias básicas de

desenvolvimento para estas fases são resumidas a seguir:

Fase I - Transição para a Fase de Cultivo Fixo (2014-2020)

Nesta fase, a intervenção do projeto se concentrará principalmente em promover a

transição do atual sistema de cultivo por pequenos agricultores, movendo-se

especificamente do cultivo itinerante não intensivo para cultivo fixo intensivo, através

da implementação de vários projetos. O foco recairá na capacitação dos agricultores

pequenos e médios para melhorar a produtividade agrícola, bem como promover

empresas do agronegócio como parceiros estratégicos para colaborar com os

pequenos agricultores, a fim de estabelecer um modelo eficiente de contrato agrícola.

Mecanismos de apoio acessíveis, tais como o crédito agrícola e esquemas de

subsídio de insumos serão introduzidos para acelerar essas iniciativas de

desenvolvimento. Além disso, será dado apoio para facilitar o registo do DUAT para

os pequenos agricultores, a fim de confirmar os seus direitos de uso de terra

agricultável.

Fase II - Fase de Crescimento da Produção Agrícola (2021-2025)

Para esta fase, será conduzido um apoio contínuo para a expansão da produção

agrícola, com foco na organização de grupos de agricultores ou no fortalecimento

das associações de agricultores existentes para promover amplamente a transição

do cultivo itinerante para fixo. Um dos mecanismos possíveis seria a criação de uma

aldeia modelo, onde um modelo prático para a produção intensiva fixa seria ser

demonstrado através da participação dos agricultores que se estabelecerem na vila

modelo. Ao mesmo tempo, apoio/projetos para melhoria e fortalecimento de cadeias

de valor agrícolas serão realizadas através do desenvolvimento de infraestruturas

básicas e a introdução de medidas de política para promover o desenvolvimento de

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Assistência para Elaboração do Plano Director de Desenvolvimento Agrícola do Corredor de Nacala em Moçambique

4-43

As opiniões e conclusões que integram esses documentos foram para fins de estudo e não

são vinculativas ou refletindo a posição das instituições coordenadoras, nem a

implementação das estratégias neles descritos.

agronegócios. Isso também seria promoveria colaboração ativa entre pequenos e

médios agricultores e grandes empresas agrícolas por meio da atração de

investimento direto estrangeiro.

Fase III - Fase de Expansão de Agronegócio (2026-2030)

Na Fase de Expansão do Agronegócio, será promovido o desenvolvimento de

agrupamentos em áreas selecionadas de produção, especificados no Plano Diretor,

que se espera conduzam ao desenvolvimento agrícola abrangente no Corredor de

Nacala. Possíveis medidas de política para apoiar esta iniciativa incluem o

desenvolvimento de grandes lotes agrícolas em que o governo estrategicamente

facilitará o estabelecimento de um modelo de agronegócio comercial em grande

escala, e o estabelecimento das Zonas Econômicas de Agricultura Especiais com o

apoio da CPI/GAZEDA, formando o núcleo dos agrupamentos agrícolas na área.

Além disso, um esforço contínuo em direção à transição da produção agrícola para o

cultivo intensivo fixo será fundamental para a consecução dos objetivos de

desenvolvimento do Plano Diretor.

4.8. Programação da Implementação do Plano Diretor de

Desenvolvimento Agrícola

4.8.1. Alocação de Tarefas entre Stakeholders

O Plano Diretor será implementado não apenas pelo setor público, mas também

pelo setor privado incluindo agricultores e ONGs, etc. Setor público significa,

principalmente, instituições Governamentais como MINAG, suas subordinadas,

outros Ministérios relacionados como MPD, MOPH, MICOA etc. Algumas

organizações públicas como câmaras de comércio, instituições financeiras e

doadores também se encontram categorizadas neste setor. O setor privado consiste

em empreendimentos agrícolas, empresas de agronegócio de pequeno e médio

portes (SMEs), distribuidores, etc. E, agricultores organizados em vários níveis de

associações. Os stakeholders/instituições envolvidos encontram-se descritos na

Tabela 4.8.1.

A relação entre cada envolvido e projeto/atividade será esclarecida, e os atores

principais da implementação, assim como grupo/agência executora e apoiadores

serão identificados na Tabela 4.8.1.

Page 44: CAPÍTULO 4 COMPONENTES DO PLANO DIRETOR DE … · 4. Projecto de Estabelecimento de Estrutura Financeira para a Agricultura 5. Projecto de Sistema de Apoio Financeiro para Grandes

Desenho da Visão Geral do Plano

4-44

As opiniões e conclusões que integram esses documentos foram para fins de estudo e não

são vinculativas ou refletindo a posição das instituições coordenadoras, nem a

implementação das estratégias neles descritos.

Tabela 4.8.1 Stakeholders esperados e relação à implementação do Plano Diretor

SECTOR SUB CATEGORIA STAKEHOLDER

GOVERNO ORGANIZAÇÕES

GOVERNAMENTAIS

MINISTÉRIO DA AGRICULTURA

MINISTÉRIO DO PLANEJAMENTO E DESENVOLVIMENTO

MINISTÉRIO DA INDÚSTRIA E COMÉRCIO

MINISTÉRIO DAS OBRAS PÚBLICAS E HABITAÇÃO

MINISTÉRIO DO MEIO AMBIENTE

CPI, CEPAGRI, GAZEDA, IPEX, IIAM, INCAJU, ARA, ANE,

DPA, SDAE,

INSTITUIÇÕES

ORGANIZAÇÕES

PÚBLICAS

CÂMARA DE COMÉRCIO, UNIVERSIDADE

BANCOS E OUTRAS INSTITUIÇOES FINANCEIRAS

FUNDAÇÃO MALONDA

DOADORES ORGANIZAÇÃO INTERNACIONAL, PAÍSES DOADORES

PRIVADO AGRICULTORES UNAC, FORO, ASSOCIAÇÃO DE AGRICULTORES, COOPERATIVAS

PRODUTORES EMPRESAS AGRÍCOLAS

AGRONEGÓCIO GRANDES EMPRESAS DE AGRONEGÓCIO

SMES PARA AGRONEGÓCIO

PRODUTORES/EMPRESAS DE SEMENTES

DISTRIBUIDOR DE INSUMOS AGRÍCOLAS

DISTRIBUIDOES DE MÁQUINAS AGRÍCOLAS

FORNECEDOR DE SERVIÇOS DE MAQUINAS

ONGS - CLUSA, AFRICARE, WORLD VISION, TECHNOSERVE, ORAM, ETC.

Fonte: Equipe do Estudo da JICA

Tabela 4.8.2 Stakeholder e Projetos

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NG

Os

1. Projecto de Fortalecimento da Investigação

Agrária ✓ ✓ ✓ ✓

2. Projecto de Fortalecimento do Serviço de

Extensão Agrária ✓ ✓ ✓ ✓ ✓ ✓ ✓

3. Projecto de Registo (DUATs) de terras para

médias e pequenas explorações agrarias ✓ ✓ ✓ ✓

4. Projecto de Estabelecimento de Estrutura

Financeira para a Agricultura ✓ ✓ ✓ ✓

5. Projecto de Sistema de Apoio Financeiro

para Grandes Investidores ✓ ✓ ✓

6. Projecto de Estabelecimento de um sistema

de suporte financeiro para pequenas e médias

empresas de agronécio e organização de

agricultores– Fundo ProSAVANA de Iniciativa

ao Desenvolvimento

✓ ✓ ✓ ✓

7. Projecto de Estabelecimento de um sistema

de suporte financeiro para agricultores

individuais

✓ ✓ ✓ ✓

8. Projecto de Desenvolvimento de

Capacidades para Prestação de Serviços de

Desenvolvimento de Negócios

✓ ✓ ✓ ✓ ✓ ✓

9. Projecto de Reabilitação de Sistemas de

Irrigação ✓ ✓ ✓ ✓ ✓ ✓

Page 45: CAPÍTULO 4 COMPONENTES DO PLANO DIRETOR DE … · 4. Projecto de Estabelecimento de Estrutura Financeira para a Agricultura 5. Projecto de Sistema de Apoio Financeiro para Grandes

Assistência para Elaboração do Plano Director de Desenvolvimento Agrícola do Corredor de Nacala em Moçambique

4-45

As opiniões e conclusões que integram esses documentos foram para fins de estudo e não

são vinculativas ou refletindo a posição das instituições coordenadoras, nem a

implementação das estratégias neles descritos.

Min

istr

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Agr

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CP

I

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I

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Agr

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Inpu

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trib

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NG

Os

10. Projecto de Reforço das Organizações de

Uso de Água ✓ ✓

11. Projecto de Melhoria da Tecnologia de

Irrigação e da Qualidade de Construção ✓ ✓ ✓ ✓

12. Projecto de Melhoria de Estradas de

Acesso para Actividades Agrícolas ✓ ✓ ✓ ✓ ✓ ✓ ✓

13. Projecto de Estabelecimento de Crédito

Preferencial para Apoiar o Provedor de

Serviços de Mecanização Agrícola

✓ ✓ ✓ ✓ ✓

14. Projecto de Formação de Capacidades

para os Produtores de Sementes ✓ ✓ ✓ ✓ ✓

15. Projecto de Melhoria no Acesso aos

Fertilizantes ✓ ✓ ✓

16. Projecto Vilas-Modelo ✓ ✓ ✓ 17. Projecto Piloto para a Melhoria do Pequeno

Agricultor ✓ ✓ ✓ ✓ ✓ ✓

18. Projecto de Modelo de Produção de

Hortícolas ✓ ✓ ✓ ✓

19. Projecto de Replantio dos Cajueiros e

Melhoria do Sistema de Cultura Intercalar ✓ ✓ ✓ ✓ ✓ ✓

20. Projecto de Revitalização da Indústria de

Chá ✓ ✓ ✓ ✓ ✓

21. Projecto para a Formulação e

Desenvolvimento de Cooperativas Agrícolas

Modernas

✓ ✓ ✓ ✓ ✓

22. Estabelecimento de uma Organização de

Apoio no Investimento e Desenvolvimento da

Cadeia de Valor

✓ ✓ ✓ ✓ ✓ ✓ ✓ ✓ ✓ ✓ ✓ ✓ ✓ ✓ ✓ ✓ ✓

23. Projecto para Designação de Terras para

Investimento e Planeamento Territorial ✓ ✓ ✓ ✓ ✓ ✓

24. Projecto para o Fortalecimento do

Mecanismo de Fiscalização da Aplicação das

Leis sobre a Terra e o Meio Ambiente

✓ ✓ ✓ ✓

25. Projeto de Zona Econômica Especial

Agrícola (ZEE e ZFI - área do ProSavana) ✓ ✓ ✓ ✓ ✓ ✓ ✓

26. Projecto de Reabilitação de Instalações

Agrícolas de Armazenamento ✓ ✓ ✓ ✓ ✓ ✓

27. Projecto de Padronização de Produtos

Agrícolas ✓ ✓ ✓ ✓ ✓ ✓ ✓ ✓ ✓ ✓ ✓

28. Projecto de Melhoria no Acesso às

Informações de Mercado ✓ ✓ ✓

29. Projecto de Desenvolvimento de Cluster de

Soja ✓ ✓ ✓ ✓ ✓ ✓ ✓ ✓ ✓ ✓ ✓ ✓

30. Programa de Assistência para a

Elaboração, Divulgação e Execução dos

PDUTs (Plano Distrital de Uso da Terra)

✓ ✓

31. Estudo Básico para a Gestão de Recursos

Hídricos ✓ ✓

32. Projecto de Treinamento de Distribuidores

de Insumos Agrícolas ✓ ✓ ✓ ✓ ✓ ✓

33. Projecto de Academia Agrícola

ProSAVANA (Centro de Desenvolvimento

Agrícola)

✓ ✓ ✓ ✓ ✓

Page 46: CAPÍTULO 4 COMPONENTES DO PLANO DIRETOR DE … · 4. Projecto de Estabelecimento de Estrutura Financeira para a Agricultura 5. Projecto de Sistema de Apoio Financeiro para Grandes

Desenho da Visão Geral do Plano

4-46

As opiniões e conclusões que integram esses documentos foram para fins de estudo e não

são vinculativas ou refletindo a posição das instituições coordenadoras, nem a

implementação das estratégias neles descritos.

Min

istr

y of

Agr

icul

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CP

I

CE

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GR

I

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grib

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ess/

Pro

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trib

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NG

Os

34. Projecto de Desenvolvimento da

Capacidade Humana para Organização de

Agricultores

✓ ✓ ✓ ✓ ✓ ✓

35. Projecto de Desenvolvimento de

Capacidades dos Governos Distritais ✓ ✓ ✓ ✓

4.8.2. Plano de Implementação

Os principais envolvidos na implementação do Plano Diretor são os setores público,

privado e ONGs.

Como descrito no capítulo 4.4, o Plano Diretor tem como período meta de 2014 a

2030. O período do desenvolvimento do Plano Diretor está dividido em 3 fases,

como mostra a Figura 5.8.1, “Fase 1 – Transição para cultura não itinerante

(2014-2020)”, “Fase II – Crescimento da produção agrícola (2012 – 2025)”, e “Fase

III – Expansão do agronegócio (2026 – 2030)”.

4.8.3. Programação da Implementação

O projeto/programa será implementado considerando a implementação efetiva do

Plano Diretor e o uso intensivo de recursos dos stakeholders para setores meta. O

monitoramento do progresso deverá ser realizado até o final do programa/projeto, e

ao final de cada fase, o progresso do Plano Diretor deverá ser avaliado.

A programação da implementação do Plano Diretor encontra-se sintetizada

conforme mostra a Tabela 4.8.3. A programação será considerada de forma mais

detalhada nas atividades a seguir.

Tabela 4.8.3 Programa de Implementação do Plano Diretor

Projecto

Fase 1 – Transição para

cultura não itinerante

Fase II –

Crescimento da

produção agrícola

Fase III – Expansão

do agronegócio

‘14 ‘15 ‘16 ‘17 ‘18 ‘19 ‘20 ‘21 ‘22 ‘23 ‘24 ‘25 ‘26 ‘27 ‘28 ‘29 ‘30

1. Projecto de Fortalecimento da Investigação

Agrária

2. Projecto de Fortalecimento do Serviço de

Extensão Agrária

3. Projecto de Registo (DUATs) de terras para

médias e pequenas explorações agrarias

4. Projecto de Estabelecimento de Estrutura

Financeira para a Agricultura

Page 47: CAPÍTULO 4 COMPONENTES DO PLANO DIRETOR DE … · 4. Projecto de Estabelecimento de Estrutura Financeira para a Agricultura 5. Projecto de Sistema de Apoio Financeiro para Grandes

Assistência para Elaboração do Plano Director de Desenvolvimento Agrícola do Corredor de Nacala em Moçambique

4-47

As opiniões e conclusões que integram esses documentos foram para fins de estudo e não

são vinculativas ou refletindo a posição das instituições coordenadoras, nem a

implementação das estratégias neles descritos.

Projecto

Fase 1 – Transição para

cultura não itinerante

Fase II –

Crescimento da

produção agrícola

Fase III – Expansão

do agronegócio

‘14 ‘15 ‘16 ‘17 ‘18 ‘19 ‘20 ‘21 ‘22 ‘23 ‘24 ‘25 ‘26 ‘27 ‘28 ‘29 ‘30

5. Projecto de Sistema de Apoio Financeiro para

Grandes Investidores

6. Projecto de Estabelecimento de um sistema

de suporte financeiro para pequenas e médias

empresas de agronécio e organização de

agricultores– Fundo ProSAVANA de Iniciativa

ao Desenvolvimento

7. Projecto de Estabelecimento de um sistema

de suporte financeiro para agricultores

individuais

8. Projecto de Desenvolvimento de Capacidades

para Prestação de Serviços de Desenvolvimento

de Negócios

9. Projecto de Reabilitação de Sistemas de

Irrigação

10. Projecto de Reforço das Organizações de

Uso de Água

11. Projecto de Melhoria da Tecnologia de

Irrigação e da Qualidade de Construção

12. Projecto de Melhoria de Estradas de Acesso

para Actividades Agrícolas

13. Projecto de Estabelecimento de Crédito

Preferencial para Apoiar o Provedor de Serviços

de Mecanização Agrícola

14. Projecto de Formação de Capacidades para

os Produtores de Sementes

15. Projecto de Melhoria no Acesso aos

Fertilizantes

16. Projecto Vilas-Modelo

17. Projecto Piloto para a Melhoria do Pequeno

Agricultor

18. Projecto de Modelo de Produção de

Hortícolas

19. Projecto de Replantio dos Cajueiros e

Melhoria do Sistema de Cultura Intercalar

20. Projecto de Revitalização da Indústria de

Chá

21. Projecto para a Formulação e

Desenvolvimento de Cooperativas Agrícolas

Modernas

22. Estabelecimento de uma Organização de

Apoio no Investimento e Desenvolvimento da

Cadeia de Valor

23. Projecto para Designação de Terras para

Investimento e Planeamento Territorial

24. Projecto para o Fortalecimento do

Mecanismo de Supervisão da Aplicação das

Leis sobre a Terra e o Meio Ambiente

25. Projeto de Zona Econômica Especial

Agrícola (ZEE e ZFI - área do ProSavana)

26. Projecto de Reabilitação de Instalações

Agrícolas de Armazenamento

27. Projecto de Padronização de Produtos

Agrícolas

28. Projecto de Melhoria no Acesso às

Page 48: CAPÍTULO 4 COMPONENTES DO PLANO DIRETOR DE … · 4. Projecto de Estabelecimento de Estrutura Financeira para a Agricultura 5. Projecto de Sistema de Apoio Financeiro para Grandes

Desenho da Visão Geral do Plano

4-48

As opiniões e conclusões que integram esses documentos foram para fins de estudo e não

são vinculativas ou refletindo a posição das instituições coordenadoras, nem a

implementação das estratégias neles descritos.

Projecto

Fase 1 – Transição para

cultura não itinerante

Fase II –

Crescimento da

produção agrícola

Fase III – Expansão

do agronegócio

‘14 ‘15 ‘16 ‘17 ‘18 ‘19 ‘20 ‘21 ‘22 ‘23 ‘24 ‘25 ‘26 ‘27 ‘28 ‘29 ‘30

Informações de Mercado

29. Projecto de Desenvolvimento de Cluster de

Soja

30. Programa de Assistência para a Elaboração,

Divulgação e Execução dos PDUTs (Plano

Distrital de Uso da Terra)

31. Estudo Básico para a Gestão de Recursos

Hídricos

32. Projecto de Treinamento de Distribuidores

de Insumos Agrícolas

33. Projecto de Academia Agrícola

ProSAVANA (Centro de Desenvolvimento

Agrícola)

34. Projecto de Desenvolvimento da

Capacidade Humana para Organização de

Agricultores

35. Projecto de Desenvolvimento de

Capacidades dos Governos Distritais

4.9. Estrutura Institucional para a Implementação do Plano Diretor

4.9.1. Experiência do Corredor de Crescimento Agrícola da Beira

A estrutura organizacional do Corredor de Crescimento Agrícola da Beira (BAGC),

conhecido como “Parceria BARC” será a base da plataforma institucional do

ProSAVANA. Como ilustrado na Figura 4.9.1, o papel da Parceria BAGC é facilitar o

investimento coordenado dos setores público e privado para apoiar o agronegócio

viável comercialmente. Existem duas principais funcionalidades da Parceira BAGC;

o Conselho BAGC e a Secretaria BAGC. O conselho BAGC atua como um corpo de

tomada de decisão representado pelos setores público e privado para trabalhar no

interesse de promover investimentos na agricultura comercial no Corredor da Beira.

Já a secretaria BAGC oferece uma plataforma de coordenação e facilitação do apoio

operacional no trabalho da Parceria BAGC. O Fundo Catalisador, registrado como

uma empresa de investimento, investe nas etapas inicias de negócios relacionados

ao agro-processamento e à produção agrícola, que incorporam agricultores de

pequeno e médio portes. A equipe técnica do Fundo Catalisador oferece apoio

intensivo aos clientes do fundo quanto à gestão da produção e dos negócios, e

fornece serviços de consultoria a empresas pequenas-médias que buscam iniciar ou

expandir a agricultura comercial.

Em síntese, o papel da secretaria da Parceria BAGC limita-se à coordenação e

atividades de relações públicas para a criação de uma rede entre parceiros públicos

e privados, enquanto o Fundo Catalisador tem um papel prático e proativo na

Page 49: CAPÍTULO 4 COMPONENTES DO PLANO DIRETOR DE … · 4. Projecto de Estabelecimento de Estrutura Financeira para a Agricultura 5. Projecto de Sistema de Apoio Financeiro para Grandes

Assistência para Elaboração do Plano Director de Desenvolvimento Agrícola do Corredor de Nacala em Moçambique

4-49

As opiniões e conclusões que integram esses documentos foram para fins de estudo e não

são vinculativas ou refletindo a posição das instituições coordenadoras, nem a

implementação das estratégias neles descritos.

promoção e expansão comercial da agricultura e do agronegócio na área,

fornecendo ampla consultoria e apoio de monitoramento.

Fonte: Corredor de Crescimento Agrícola

Figure 4.9.1 Estrutura organizacional da Parceria BAGC

4.9.2. Opções Potenciais para a Estrutura Institucional na implementação do

Plano Diretor Agrícola no Corredor de Nacala

(1) Estabelecimento de instância de coordenação para a implementação do Plano

Diretor

O Plano Diretor Agrícola do Corredor de Nacala compreende 14 distritos em 3

províncias envolvendo diferentes setores e aborda uma variedade de questões de

desenvolvimento tais como meio ambiente, posse da terra, infraestrutura,

desenvolvimento de recursos humanos e desenvolvimento agrícola e do

agronegócio. A Implementação do Plano Diretor Agrícola no Corredor de Nacala

(também conhecido como ProSAVANA) estará institucionalmente a cargo do

Ministério da Agricultura, e sob a colaboração dos ministérios relevantes tais como o

Ministério de Planificação e Desenvolvimento (CPI, GAZEDA), Ministério do

Comércio, Ministério das Obras Públicas e Habitação (DNA, ARAS), Ministério de

Coordenação da Acção Ambiental, todos a nível de governo central.

Por ser um programa multi-setorial, o ProSAVANA trabalhará com uma série de

diferentes instituições tanto do setor público quanto do privado, e em nível nacional,

provincial e distrital. Para que os projetos de desenvolvimento agrícola e as

atividades propostas no Plano Diretor sejam efetivamente direcionados e

implementados, é necessário criar-se uma instância de coordenação para atuar

como um conselho consultivo interinstitucional para o compartilhamento de

informações e a coordenação das atividades entre os três diferente níveis nas 3

Setor Privado

Parceria BAGC (Registrada como uma Associação)

BAGC Fundo Catalisador

Conselho da Parceria BAGC

Governo Doadores

SecretariaBAGC

Conselho do Fundo BAGC

Comitê de Investimento

Page 50: CAPÍTULO 4 COMPONENTES DO PLANO DIRETOR DE … · 4. Projecto de Estabelecimento de Estrutura Financeira para a Agricultura 5. Projecto de Sistema de Apoio Financeiro para Grandes

Desenho da Visão Geral do Plano

4-50

As opiniões e conclusões que integram esses documentos foram para fins de estudo e não

são vinculativas ou refletindo a posição das instituições coordenadoras, nem a

implementação das estratégias neles descritos.

províncias de Nampula, Niassa e Zambézia. A estrutura de coordenação terá o

papel de facilitador, auxiliando a coordenar o apoio de outros parceiros de

desenvolvimento e manter a ligação entre parceiros privados do agronegócio

durante a implementação do Plano Direto. Além disso, haverá uma unidade

separada para monitorar/inspecionar o status dos investimentos agrícolas e no

agronegócio em termos de aspectos ambientais e sociais, com vistas a implementar

o conceito da introdução do investimento agrícola responsável para o

desenvolvimento do Corredor de Nacala.

Esta instituição de desenvolvimento do sector agrícola será um dos sectores mais

importantes sob a instituição de desenvolvimento para o desenvolvimento

econômico integrado do Corredor de Nacala num futuro próximo.

(2) Opções potenciais para a estrutura institucional de implementação do Plano

Diretor Agrícola no Corredor de Nacala

Existem diferentes tipos de estruturas organizacionais de coordenação e de

implementação de projetos e programas. Considerando a natureza do proSAVANA,

que será realizado por meio de iniciativas multi-setoriais, é necessário estabelece

uma estrutura de coordenação, constituída de um conselho gestor e uma secretaria

para assegurar a tomada de decisão de forma colaborativa e compartilhamento de

informações. Semelhante ao caso das Parcerias BAGC, são propostas abaixo duas

estruturas institucionais potenciais focadas na função de secretaria.

1) Opção 1: Secretaria ProSAVANA com o papel de coordenação

O papel de secretaria, aqui proposto, visa facilitar a coordenação entre os projetos

de desenvolvimento agrícola e as atividades de investimentos realizadas por

diferentes instituições, ambas públicas e privada; enquanto o conselho gestor,

composto por representantes de 3 províncias, o Ministério da Agricultura, ABC e

JICA, atuam como instâncias de tomada de decisão. Apesar da secretaria não ter o

papel de consultor técnico no apoio aos projetos e atividades realizadas por

diferentes atores, como mostrado na Figura 4.9.2, ela facilita a ligação entre as

atividades agrícolas e do agronegócio, criando sinergias para a expansão das

iniciativas. Embora os projetos de desenvolvimento e de investimento venham a ser

realizados de forma independente por diferentes partes, seus representantes

deverão participar de reuniões trimestrais organizadas pela secretaria para

relatarem o progresso de suas atividades. Um escritório de ligação seria

estabelecido em Maputo com a tarefa de manter um contato próximo com

ministérios, doadores e empresas privadas. Tarefas específicas para o conselho

gestor e secretaria encontram-se resumidas abaixo:

Page 51: CAPÍTULO 4 COMPONENTES DO PLANO DIRETOR DE … · 4. Projecto de Estabelecimento de Estrutura Financeira para a Agricultura 5. Projecto de Sistema de Apoio Financeiro para Grandes

Assistência para Elaboração do Plano Director de Desenvolvimento Agrícola do Corredor de Nacala em Moçambique

4-51

As opiniões e conclusões que integram esses documentos foram para fins de estudo e não

são vinculativas ou refletindo a posição das instituições coordenadoras, nem a

implementação das estratégias neles descritos.

Os Papéis do Conselho Gestor ProSAVANA

Realizar reuniões anuais do Conselho;

Monitorar o progresso geral dos projetos e investimentos realizados no Corredor

de Nacala;

Aprovar o plano anual orçamentário das atividades da Secretaria ProSAVANA; e

Discutir assuntos relativos a reformas institucionais ou regulamentares para o

desenvolvimento da agricultura e do agronegócio no Corredor de Nacala.

Os Papéis da Secretaria ProSAVANA

Responsável pela coordenação geral das atividades com instituições

relacionadas;

Realizar reuniões trimestrais de coordenação, convidando instituições e órgãos

engajados com o desenvolvimento agrícola e do agronegócio no Corredor de

Nacala;

Apoiar o monitoramento e a avaliação da implementação do Plano Diretor;

Monitorar/auditar investimentos agrícolas e do agronegócio em termos dos

aspectos ambientais e sociais, e advertir investidores no sentido de induzi-los a

tomarem medidas corretivas caso sejam observadas sérios delitos;

Facilitar o desenvolvimento de uma plataforma de gestão do conhecimento,

agindo como um centro de informações para o ProSAVANA;

Realizar atividades de relações públicas para disseminar amplamente

informações sobre o desenvolvimento agrícola e do agronegócio no Corredor de

Nacala;

Facilitar discussões sobre políticas com instituições relacionadas para uma

reforma institucional e regulamentar de forma a promover o desenvolvimento

agrícola e investimentos no agronegócio; e

Realizar a coordenação dos doadores para o desenvolvimento do Corredor de

Nacala.

Conselho Gestor - Instância de Tomada de Decisão

MINAG

(Diretor do

Conselho)

JICAGabinete do

Governador do

Niassa

Gabinete do

Governador da

Zambézia

Gabinete do

Governador de

Nampula ABC

Ministérios/

Organizações

Relevantes

Ministérios/

Organizações

Relevantes

Colaboração

Escritório de

Ligação (Maputo)

Administração -

Relaões Púbicas

Unidade de

Coordenação

Unidade de

Monitoramento/Auditoria

(Aspectos Ambientais/Sociais)

Secretaria (NAMPULA)(Supervisiona a Implementação do Projecto)

ProSAVANA-JBM Project CProject BProject A

Projetos Relata periodicamente o progresso

Figura 4.9.2 Estrutura Institucional (Opção 1)

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Desenho da Visão Geral do Plano

4-52

As opiniões e conclusões que integram esses documentos foram para fins de estudo e não

são vinculativas ou refletindo a posição das instituições coordenadoras, nem a

implementação das estratégias neles descritos.

2) Opção 2: Secretaria ProSAVANA com papel de coordenação e consultoria

técnica

A segunda opção, mostrada na Figura 4.9.3 propõe um papel mais extenso para a

secretaria com tarefas consultivas técnicas. Uma unidade de apoio a projetos será

criada na secretaria, com especialistas técnicos designados para fornecer apoio

consultivo e monitoramento. Espera-se que a secretaria exerça um papel mais

proativo na condução dos projetos de desenvolvimento agrícola, no entanto, pode

haver um risco potencial de uma gestão ineficaz devido à capacidade organizacional

limitada para realizar as tarefas ampliadas. Além das funções da secretaria

sintetizadas na Opção 1, haveriam tarefas adicionais na Opção 2, listadas abaixo,

enquanto o papel do conselho gestor permaneceria o mesmo da Opção 1.

Os Papéis da Unidade de Apoio a Projetos da Secretaria ProSAVANA

Monitorar o progresso de cada projeto e/ou atividade de acordo com o plano de

implementação;

Fornecer informações técnicas necessárias e serviços de consultoria para

garantir a tranquila implementação dos projetos;

Manter lições técnicas obtidas de projetos para fornecer experiências/feedback

na formulação de novos projetos agrícolas; e

Revisar documentos de propostas e projetos de novos projetos de

desenvolvimento agrícola e de investimentos, e fornecer dados técnicos e

orientações para o planejamento de projetos.

Conselho Gestor - Instância de Tomada de Decisão

MINAG

(Diretor do

Conselho)

JICAGabinete do

Governador do

Niassa

Gabinete do

Governador da

Zambézia

Gabinete do

Governador de

Nampula ABC

Ministérios/

Organizações

Relevantes

Ministérios/

Organizações

Relevantes

Colaboração

Escritório de

Ligação (Maputo)

Administração -

Relaões Púbicas

Unidade de

Coordenação

Unidade de

Monitoramento/Auditoria

(Aspectos Ambientais/Sociais)

Secretaria (NAMPULA)(Supervisiona a Implementação do Projecto)

ProSAVANA-JBM

Project C

Project B

Project A

Unidade do

Projecto(Suporte Técnico)

# Fornecer as entradas t?cnicas necess?rias e servi?o de aconselhamento

# Monitorar o progresso dos projectos/actividades

# Manter li??es t?cnicas obtidas de projetos

Figura 4.9.3 Estrutura Institucional (Opção 2)

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Assistência para Elaboração do Plano Director de Desenvolvimento Agrícola do Corredor de Nacala em Moçambique

4-53

As opiniões e conclusões que integram esses documentos foram para fins de estudo e não

são vinculativas ou refletindo a posição das instituições coordenadoras, nem a

implementação das estratégias neles descritos.

4.10. Avaliação Ambiental Estratégica

A Avaliação Ambiental Estratégica (AAE) refere-se a "uma avaliação implementada

nos níveis político, de planejamento e programa, mas não a um AIA em nível de

projeto" (Diretrizes JICA para Considerações Ambientais e Sociais, 2010) ou "uma

variedade de abordagens analíticas e participativas que visam integrar

considerações ambientais em políticas, planos e programas, e avaliar as

inter-relações com considerações econômicas e sociais" (OECD/DAC, 2006). A

aplicação de AAE provou-se útil especialmente nos primeiros estágios da tomada de

decisão para o desenvolvimento. A este respeito, o Esboço de Plano Diretor de

Desenvolvimento Agrícola no Corredor de Nacala está agora sujeitos ao AAE

seguindo os passos mostrados abaixo:

4.1. Identificação de alternativas;

4.2. Análise de Partes Interessadas

4.3. Desenho de Matriz e comparação de alternativas;

4.4. Identificação de impactos adversos significativos associados ao Esboço de

Plano Diretor.

Em fase posterior do estudo, cada componente do Plano Diretor, incluindo projetos

prioritários, bem como projetos de impacto rápido serão objeto de rastreamento e

definição de escopo em nível de IEE, e também serão propostas medidas de

mitigação.

Embora Moçambique não tenha legislação específica sobre AAE2 além do Decreto

Nº.45/2004 "Regulamentação do Processo de AIA", existem alguns casos onde AAE

foi aplicada (Tabela 4.10.1). Entre os doadores, CIDA está aplicando AAE como uma

ferramenta comum para suas operações em Moçambique como apoio orçamentário

para redução da pobreza, programas setoriais para a saúde e agricultura, etc.

Tabela 4.10.1 Exemplos de AAE em Moçambique

Título Local Resultado principal

Transport Options for Corridor Sands Ltd.

(MICOA/DANIDA, 2004)

Província

de Gaza

Recomendação para tomada de decisão sobre

diferentes opções de transporte.

Programa National de Desenvolvimento

Agrícola-II (MINAG/IUCN, 2005)

Nível

Nacional

Estratégia Ambiental para Implementação do

Programa;

Critérios ambientais para a seleção de Propostas.

Avaliação Ambiental Estratégica de Zona

Costeira (MICOA, 2012)

48

distritos

do litoral

Mapeamento da ocupação de terras atual e

identificação de terras admissíveis para o turismo,

mineração, habitação, etc.

Fonte: Equipe do Estudo

2 Está definido que a Direção Nacional de Avaliação de Impacto Ambiental (DNAIA) tem a função de "prosseguir com a

avaliação ambiental estratégica de políticas, planos e programas" (Portarias Ministeriais nº.259/2005 e nº.265/2009).

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Desenho da Visão Geral do Plano

4-54

As opiniões e conclusões que integram esses documentos foram para fins de estudo e não

são vinculativas ou refletindo a posição das instituições coordenadoras, nem a

implementação das estratégias neles descritos.

4.10.1. Identificação de alternativas

Conforme descrito no capítulo 3.2, o objetivo do Esboço de Plano Diretor é definido

como "Melhorar a produtividade agrícola de pequenos e médios

estabelecimentos agrícolas, e maximizar os efeitos do aumento dos produtos

agrícolas sobre a economia regional através do desenvolvimento de polos

agrícolas de investimento privado e envolvendo os pequenos e médios

estabelecimentos agrícolas". Existem vários planos, programas e estratégias que

podem ser considerados como alternativas (não competitivos mas complementares

entre si) com o mesmo objetivo, embora a cobertura geográfica não se encaixe

exatamente no Corredor de Nacala em todos os casos. A Tabela 4.10.2 mostra tais

alternativas a serem analisadas no AAE atual. Alguns planos de ação importantes

como PAPA e PARPA não estão incluídos porque estes estão previstos para terminar

antes de 2015, o ano em que o Plano Diretor deverá tornar-se operacional.

Políticas nacionais subjacentes às alternativas acima incluem: Política Agrária (1995),

Política Nacional do Ambiente (1995), Política Nacional de Terras (1995), Política de

Desenvolvimento de Florestas e Fauna Bravia (1997), Política de Ordenamento do

Território (2007), Política de Águas (2007), Política de Biocombustíveis (2009) e

Política de Conservação (2009). "Pacto para o Desenvolvimento do Sector Agrário

em Moçambique no contexto do CAADP" assinado em 2011 entre o MINAG, UA,

SADC e outras partes interessadas cita a Declaração de Maputo em 2003, que pediu

a alocação pelo menos 10% do orçamento nacional ao setor agrícola para atingir o

crescimento do setor de mais de 6% ao ano.

Tabela 4.10.2 Alternativas ao Plano Diretor

Título Cobertura Período Orçamento Indicativo

PEDSA: Plano Estratégico para o

Desenvolvimento do Sector Agrário

(MINAG)

Nível Nacional 2011 –

2020

112 bilhões MT

(segundo estimado no

1o esboço de PNISA)

Plano Estratégico Provincial (Governo

Provincial de Niassa)

Província de

Niassa

2008 –

2017

680 milhões USD

Plano Estratégico de

Desenvolvimento da Província de

Nampula (Governo Provincial de

Nampula)

Província de

Nampula

2010 –

2020

4,292 milhões de USD

Plano Estratégico de

Desenvolvimento da Zambézia

(Governo Provincial de Zambézia)

Província de

Zambézia

2011 –

2020

3,706 milhões de

USD*

Estratégia de revolução verde em

Moçambique (Conselho de Ministros)

Nível Nacional 2007 - Não apresentado

EDR: Estratégia de Desenvolvimento

Rural (Conselho de Ministros)

Nível Nacional 2007 –

2025

20 milhões USD (para

1ª fase 2007-2009)

PASAN: Estratégia e Plano de Ação

de Segurança Alimentar e Nutricional

(SETSAN)

Nível Nacional 2008 –

2015

232 milhões USD

Plano Diretor da Extensão (MINAG) Nível Nacional 2007 – 51 milhões USD (para

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Assistência para Elaboração do Plano Director de Desenvolvimento Agrícola do Corredor de Nacala em Moçambique

4-55

As opiniões e conclusões que integram esses documentos foram para fins de estudo e não

são vinculativas ou refletindo a posição das instituições coordenadoras, nem a

implementação das estratégias neles descritos.

2016 PRONEA 2007-2014)

Estratégia da irrigação (MINAG) Nível Nacional 2010 –

2020

645 milhões USD

PROMER: Programa da Promoção do

Mercado Rural (MINAG/FIDA/AGRA)

15 distritos de 4

províncias do Norte

2009 –

2016

41 milhões USD

Estratégia para o Reflorestamento

(MINAG)

Nível Nacional 2009 –

2030

1,360 milhões de USD

Plano de Ação para a Prevenção e

Controlo da Erosão de Solos (MICOA)

Nível Nacional 2008 –

2018

4.4 milhões de USD

Plano de Ação para a Prevenção e

Controlo às Queimadas

Descontroladas (MICOA)

Nível Nacional 2008 –

2018

2 milhões USD

* Projetos em andamento não estão incluídos.

Fonte: Equipe do Estudo

4.10.2. Análise de Partes Interessadas

De acordo com a "Acta da Reunião sobre Cooperação Triangular para o

Desenvolvimento Agrícola da Savana Tropical em Moçambique (17 de setembro de

2009)", as partes interessadas do ProSAVANA são determinadas como segue:

Produtores: Agricultores locais, População Local,

Associações agrícolas, Empresas privadas (empresas

agrícolas, empresas de processamento de produtos

agrícolas), Outras empresas da cadeia produtiva

Organizações públicas: IIAM, DNSA, DNEA, DNSV, IAM, INCAJU, Outros

No entanto, é evidente que existe uma gama mais ampla de partes interessadas,

caracterizados por diferentes níveis de participação no processo de tomada de

decisão, influência consultiva e susceptibilidade aos impactos positivos/negativos,

diretos/indiretos devidos à implementação do Plano Diretor. A Tabela 4.10.3 é uma

tentativa de descrever as partes interessadas, no sentido mais amplo para a área do

estudo.

Tabela 4.10.3 Partes interessadas ampliadas do ProSAVANA

Produtores:

- Associações (registradas/não registradas)

- Fóruns, Sindicatos, Federações

- Cooperativas (primeiro nível/segundo-nível)

- Organização de nível nacional tais como AMPCM, UNAC

- Os agricultores podem ser classificados de várias maneiras: por cultura, tamanho do

estabelecimento agrícola, propriedade de animais, detentor de DUAT, prática agrícola

(fixa/itinerante, manual/mecanizada), acesso a extensão/financiamentos/irrigação/mercado,

condições de saúde, tais como HIV/AIDS, idade, sexo, etnia, língua, nível de alfabetização,

religião, nível de pobreza, etc.

- Estabelecimentos agrícolas familiares (chefiados por homem/mulher, etc.)

- Representantes oficiais/tradicionais da localidade, aldeia e comunidade

Empresas privadas:

- Empresas tradicionais de cultura comercial (algodão, tabaco, cana-de-açúcar, sementes

oleaginosas, coco, etc.)

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Desenho da Visão Geral do Plano

4-56

As opiniões e conclusões que integram esses documentos foram para fins de estudo e não

são vinculativas ou refletindo a posição das instituições coordenadoras, nem a

implementação das estratégias neles descritos.

- Empresas de transformação de produtos agrícolas (milho, mandioca, arroz, castanha de

caju, frango, carne, etc.)

- Comerciantes Formais/Informais, transportadores, intermediários

- Atacadistas, varejistas, supermercados, restaurantes

- Mercados de alimentos públicos/Informais em nível de cidade, vila ou aldeia

- Empresas de comércio para importação e exportação

- Prestadores de serviços (sementes, fertilizantes, agroquímicos, máquinas, equipamentos,

assistência técnica, finanças, marketing, etc.)

- Investidores em agronegócios (externos/internos)

- Câmara de comércio

Organizações públicas:

- MINAG (Gabinete do Ministro, DNSA, DNEA, DNSV, DNTF, etc.)

- MICOA (DNAPOT, DNAIA, etc.)

- MOPH, ARA

- ANE

- CPI

- GAPI

- Instituições relacionadas com MINAG (IIAM, INCAJU, IAM, ICM, CEPAGRI, CENACARTA,

INFATEC, FDA, etc.)

- Governos provinciais, especialmente DPA DPOPH, DPIC, DPCA

- Governos distritais, especialmente SDAE e SDPI

ONGs e Doadores:

- ONGs (internacionais/nacionais)

- Doadores multilaterais (WB, AFDB, IFAD, o UNDP, etc.)

- Doadores bilaterais (JICA, ABC, USAID, MCA, SIDA, SDC, FINNIDA, etc.)

Fonte: Equipe do Estudo

4.10.3. Desenho de matriz e comparação de alternativas

Impactos negativos sobre o ambiente natural e social podem ocorrer em associação

com os planos, programas e estratégias descritas acima. A Tabela 4.10.4 mostra uma

matriz de potenciais impactos adversos e suas principais causas.

Tabela 4.10.4 Potenciais Impactos Adversos e Suas Principais Causas

Impactos Adversos Principais Causas

Poluição do Ar Emissão das fábricas de processamento; Queimada florestal; Queima de

resíduos de culturas

Poluição da Água

& contaminação de sedimentos

Drenagem e escoamento de machambas afetadas por excrementos de

pecuária, fertilizantes ou agroquímicos; Efluentes de fábrica de

processamento; Eutrofização de albufeira e aumento de turbidez da água

descarregada

Eliminação inadequada de resíduos Resíduos orgânicos de fábrica de processamento; Depósito de terra

removida por obras civis (estrada, sistema de irrigação, fábrica, etc.)

Contaminação do solo

& contaminação de sedimentos

Agroquímicos e metais pesados residuais; Água descarregada de obras

civis

Ruído e vibração Operação da fábrica de processamento; Obras civis (durante a construção);

Aumento do tráfego em estrada rural

Subsidência do solo Extração excessiva das águas subterrâneas

Odor ofensivo Pecuária intensiva; Algum tipo de fábrica de processamento

Perturbação de áreas protegidas Seleção de local inadequado dentro ou ao redor de áreas protegidas;

Invasão de zonas-tampão pelo aumento de pressão por terra

Degradação do ecossistema e

biodiversidade

Seleção de local inadequado perto de habitat de espécies protegidas ou

ameaçadas; Queima ou derruba de floresta; Recuperação de zonas

úmidas; Extração ou desvio maciço das águas superficiais e subterrâneas;

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Assistência para Elaboração do Plano Director de Desenvolvimento Agrícola do Corredor de Nacala em Moçambique

4-57

As opiniões e conclusões que integram esses documentos foram para fins de estudo e não

são vinculativas ou refletindo a posição das instituições coordenadoras, nem a

implementação das estratégias neles descritos.

Descarga de albufeira; Efluentes de fábrica de processamento; Obstrução

de migração de peixes por estrutura hidráulica; Obstrução de migração

animal e fragmentação do habitat pelo aumento de tráfego rodoviário;

Invasão de espécies exóticas ou pragas; Desmatamento acelerado pela

melhoria de rede viária; Excesso de pastoreio; Monocultura de culturas

arbóreas; Eutrofização; Excesso de pesca

Alteração no regime hidrológico Extração ou desvio maciço das águas superficiais e subterrâneas;

Estruturas hidráulicas para irrigação; Aterro de estrada em áreas mal

drenadas; Descarga de albufeira; Efeito de remanso por albufeira;

Reflorestamento e desmatamento maciço

Erosão de solo e assoreamento Desmatamento e expansão das práticas inadequadas de agricultura em

áreas inclinadas; Acúmulo de sedimentos em albufeira; Corte-e-aterro por

obras civis

Acúmulo de sal, outras degradações

do solo

Práticas inadequadas de irrigação em área de risco potencial; Exploração

consecutiva de agricultura sem repouso, cobertura, aplicação de

fertilizantes ou estrume; Compactação acelerada pela mecanização

Alteração substancial da forma de

terra, geologia, paisagem

Improvável

Gestão inadequada de sítios

abandonados

Improvável

Aumento do risco de incêndio

florestal

Expansão da fronteira agrícola sobre a floresta; Expansão da plantação de

árvores ou da cultura arbórea próxima à área residencial

Efeito transfronteiriço ou global Emissão de gases com efeito de estufa de fábrica de processamento;

Alteração hidrológica em bacias fluviais internacionais

Influência sobre os povos indígenas

ou minorias

Improvável

Em detrimento do patrimônio

cultural ou histórico

Seleção inadequada de local em património conhecido ou desconhecido;

Exame inicial insuficiente antes do início de actividade

Reassentamento involuntário Cercamento de terreno grande por DUAT; Expropriação de terras;

Inundação pela construção ou reabilitação de albufeira; Conversão de

florestas em terras agrícolas; Extração excessiva de águas superficiais ou

subterrâneas, especialmente em área a montante; Não conformidade com

fluxo de compensação de albufeira a jusante; Expansão das plantações de

biocombustível substituindo estabelecimentos agrícolas, florestas e áreas

comunitárias; Fraca construção de consenso entre investidor, comunidade e

governo; Não conformidade com o plano de ação de reassentamento;

Compensação insuficiente e/ou retardada; Não cumprimento do acordo de

parceria entre investidor - comunidade; Reassentamento em áreas sem

infraestrutura adequada e prestação de serviço social; Falta de plano de

reconstrução de subsistência para a população afetada; Reparação fraca

de mecanismo de queixa; Perda de emprego tradicional devido à melhoria

do transporte, do uso do solo e utilização de recursos naturais; Captura de

benefício por elites locais; Falta de oportunidades de emprego preferencial

para a população local

Limitação de acesso a recursos

naturais

Perda ou restrição de meios de

subsistência

Séria mudança no estilo de vida

Marginalização dos grupos

vulneráveis

Localização de benefícios e danos

Agravamento de conflitos de

interesses

Ampliação da desigualdade de

gênero

Condições de trabalho e segurança

no trabalho

Intoxicação por gestão inadequada de agroquímicos; Efluentes de fábrica

de processamento em rios e lagos usados como fonte de água potável;

Mudança de tráfego devido a obras rodoviárias e aumento de acidentes de

trânsito; Propagação de pragas em torno de albufeira; Falta de sistema de

alerta de emergência de descarga de albufeira; Maior interação entre

trabalhadores externos e moradores; Não cumprimento da legislação

pertinente para obras civis e operações de fábrica; Falta de treinamento e

campanha de criação de sensibilização sobre segurança e saúde pública;

Falta de plano de contingência para emergências

Aborrecimentos durante a

construção

Risco de acidente e danos à saúde

humana

Disseminação de Doenças

infecciosas, HIV / SIDA

Desrespeito a direitos da criança

Fonte: Equipe do Estudo

A Tabela 4.10.5 mostra o resultado da comparação entre o Esboço de Plano Diretor e

suas alternativas, em termos de provável ocorrência de impactos adversos sem

quantificação exata. Embora seja desejável classificar os impactos por pontuação de

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Desenho da Visão Geral do Plano

4-58

As opiniões e conclusões que integram esses documentos foram para fins de estudo e não

são vinculativas ou refletindo a posição das instituições coordenadoras, nem a

implementação das estratégias neles descritos.

probabilidade, magnitude, extensão e duração, a comparação foi realizada de forma

muito qualitativa uma vez que a maioria de alternativas não descrever totalmente as

atividades concretas ou indicadores numéricos. Além disso, deve notar-se que a

Tabela 4.10.5 não significa que efeitos adversos assinalados (X) acontecerão com

certeza, pois a maioria dos impactos poderia ser evitada pela aplicação de medidas

adequadas. Por outro lado, também é verdade que ausência de assinalação (X) não

garante que esse impacto nunca aconteceria.

Todos os prováveis impactos adversos do Esboço de Plano Diretor também

aparecem em alternativas. Em termos de ambiente natural, a maioria dos principais

fatores desses impactos são: (i) construção ou reabilitação de infraestruturas rurais,

tais como estradas, instalações de irrigação, fábrica de processamento, etc.; e, (ii)

aumento do uso de fertilizantes e produtos agroquímicos. Quanto ao ambiente social,

o fundo de impactos negativos é mais complicado e diferente em cada caso, mas

geralmente atribuível a: (i) cercamento ou expropriação de terras já em uso pela

população local (incluindo pousios e floresta); (ii) extração ou desvio de água; e, (iii)

direcionamento não transparente ou seleção desleal de beneficiários.

A semelhança nos impactos adversos prováveis entre o Esboço de Plano Diretor e

alternativas reflete o fato de que esses planos e programas compartilham a mesma

direção de desenvolvimento agrícola. No entanto, é difícil dizer com certeza em que

medida os planos "alternativos", programas e estratégias seriam realmente

colocados em execução sob o cenário "Sem Plano Diretor". Além disso, atividades

do setor privado estão rapidamente se expandindo no Corredor de Nacala, o que

torna ainda mais difícil prever a situação exata em 2030. Apesar dessas incertezas,

podemos concluir, como uma observação geral, que esse Esboço de Plano

Diretor não contém elementos que sejam significativamente mais

preocupantes que alternativas, em termos dos impactos sobre ambiente

natural e social. Adicionalmente, deve-se salientar que as seguintes preocupações

ainda precisam de uma solução clara em nível de política:

Projeto desencontrado de uso da terram em nível nacional entre a Política

Agrária, Política de Florestas e Fauna Bravia (especialmente sobre plantação

artificial), Política de Biocombustíveis e a Política de Conservação;

Falta de política nacional sobre fertilizantes químicos.

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4-59

As opiniões e conclusões que integram esses documentos foram para fins de estudo e não

são vinculativas ou refletindo a posição das instituições coordenadoras, nem a

implementação das estratégias neles descritos.

Tabela 4.10.5 Comparação Qualitativa de Prováveis Impactos Adversos entre o Esboço de Plano Diretor e suas Alternativas

Esboço

P/D

Alternativas

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13

Poluição do Ar

Poluição da água (& contaminação de sedimentos) X X X X X X X X

Eliminação inadequada de resíduos X X X X X X X

Contaminação do solo (& contaminação de

sedimentos) X X X X X X X

Ruído e vibração X X X X X X X

Subsidência do solo

Odor ofensivo X X X X X

Perturbação de áreas protegidas

Degradação do ecossistema e biodiversidade X X X X X X X X X X

Alteração no regime hidrológico X X X X X X X X X

Erosão de solo e assoreamento X X X X X X X

Acúmulo de sal, outras degradações do solo X X X X X X

Aumento do risco de incêndio florestal X X X

Efeito transfronteiriço ou global

Em detrimento do patrimônio cultural ou histórico X X X X X X X X X X

Reassentamento involuntário

Limitação de acesso a recursos naturais

Perda ou restrição de meios de subsistência

Séria mudança no estilo de vida

Marginalização dos grupos vulneráveis

Localização de benefícios e danos

Agravamento de conflitos de interesses

Ampliação da desigualdade de gênero

X X X X X X X

Condições de trabalho e segurança no trabalho

Aborrecimentos durante a construção

Risco de acidente e danos à saúde humana

Disseminação de Doenças infecciosas, HIV / SIDA

Desrespeito a direitos da criança

X X X X X X X X

Alternativas = 1:PEDSA, 2:PEP Niassa, 3: PEP Nampula, 4:PEP Zambézia, 5:Estratégia de revolução Verde, 6:EDR, 7:PASAN, 8:Extension MP, 9:Estratégia de

Irrigação, 10:PROMER, 11: Estratégia de Reflorestamento, 12:plano de controle de erosão de solo, 13: plano de controle de queimadas

Fonte: Equipe do Estudo

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Assistência para Elaboração do Plano Director de Desenvolvimento Agrícola do Corredor de Nacala em Moçambique

4-1

As opiniões e conclusões que integram esses documentos foram para fins de estudo e não

são vinculativas ou refletindo a posição das instituições coordenadoras, nem a

implementação das estratégias neles descritos.

4.10.4. Identificação de impactos adversos significativos associados ao

Esboço de Plano Diretor

A localização exata, dimensão, metas e procedimento dos projetos propostos ainda

são desconhecidos na atual fase do estudo. Portanto, uma aproximação foi tentada

na tabela 4.10.6 de agrupá-los pelo significado (julgado pela duração e

irreversibilidade previstas) dos prováveis impactos adversos. A triagem detalhada e a

definição de escopo de cada projeto serão feitos no Relatório Provisório 3,

juntamente com a proposta das medidas de mitigação e os métodos de

monitoramento e avaliação. Além disso, é importante reconhecer que alguns dos

projetos propostos são projetados para funcionar como medidas de prevenção ou

mitigação dos impactos negativos derivados de outros projetos.

Grupo Alarmante caracteriza-se pela possibilidade de expropriação de terrenos

em larga escala e desenvolvimento de infraestrutura que implicam impactos

adversos significativos tanto sobre o meio natural quanto social, incluindo o

reassentamento involuntário;

Grupo Notável (principalmente o impacto natural) refere-se ao desenvolvimento

de infraestruturas rurais através da reabilitação ou nova construção, tais como

estradas, fábricas de processamento e irrigação. Expansão do uso de

agroquímicos também cai sob este grupo;

Grupo Notável (principalmente o impacto social) e Grupo Leve exigirão uma

atenção à igualdade social, transparência e bom mecanismo de construção de

consenso entre os diferentes interessados, além de alguns impactos leves sobre o

ambiente natural.

Tabela 4.10.6 Importância dos Prováveis Impactos Negativos do Esboço de Plano Diretor

Grupo Projeto proposto

Alarmante

16: Estabelecimento de Vilas-Modelo

25: Projeto de Zona Econômica Especial

27: Projeto de Desenvolvimento de Cluster de Soja

Notável

(principalmente o

impacto natural)

9: Projecto de Reabilitação de Sistemas de Irrigação

12: Melhoria das estradas para fins agrícolas

19: Replantio dos Cajueiros e Melhoria do Sistema de Cultura Intercalar

Notável

(principalmente o

impacto social)

18: Projecto de Modelo de Produção de Hortícolas

23: Projecto de Reserva de Terras para Investimento e Planeamento Territorial

30: Assistência para a Elaboração, Divulgação e Execução do Plano Distrital de Uso da Terra

Leve

3: rojecto de Registo (DUATs) de terras para médias e pequenas explorações agrarias

17: Projecto Piloto para a Melhoria do Pequeno Agricultor

20: Revitalização da Indústria de Chá

26: Reabilitação das instalações de armazenamento agrícola existentes

Insignificante Outros Projetos

Fonte: Equipe do Estudo

Page 62: CAPÍTULO 4 COMPONENTES DO PLANO DIRETOR DE … · 4. Projecto de Estabelecimento de Estrutura Financeira para a Agricultura 5. Projecto de Sistema de Apoio Financeiro para Grandes

Desenho da Visão Geral do Plano

4-2

As opiniões e conclusões que integram esses documentos foram para fins de estudo e não

são vinculativas ou refletindo a posição das instituições coordenadoras, nem a

implementação das estratégias neles descritos.

Analisando o Esboço de Plano Diretor como um todo, uma das questões

preocupantes de preocupação ambiental e social é a "existência de 300.000 a

600.000 ha de terra disponível para o desenvolvimento de novos estabelecimentos

agrícolas". Este argumento exigirá uma cuidadosa revisão técnica e discussão

aprofundada, já que os investidores privados (empresas agrícolas) serão atraídos

por essas áreas, potencialmente provocando atrito com a população local. Ao

contrário, o agravamento da ameaça para a segurança alimentar devido ao Esboço

de Plano Diretor será insignificante: mesmo à soja, a cultura comercial não tradicional

em mais rápido crescimento é alocada somente 10% da terra cultivada total prevista

em 2030, dando espaço suficiente para outras culturas principais. Outra

preocupação do Esboço de Plano Diretor encontra-se em sua visão vaga sobre como

distribuir o fruto do crescimento entre os agricultores individuais e empresas

agrícolas, bem como entre diferentes classes de agricultores, de forma socialmente

justa e aceitável.

O estudo para "Estratégia de Desenvolvimento Econômico do Corredor de Nacala

(PEDEC)" realizado pela JICA e MPD também realizará um AAE para área maior e

setores mais amplos, incluindo agricultura, silvicultura, transporte, recursos hídricos,

eletricidade, comunicação, turismo, mineração e outras indústrias. Espera-se que o

AAE atual do ProSAVANA-PD possa ser integrado ao do PEDEC.[