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CAPÍTULO 1

REGIME JURÍDICO DOS SERVIDORES PÚBLICOS CIVIS DO ESTADO DE SÃO

PAULO

1.1. Estatuto do Servidor Público: recepção constitucional e destinatários das normas

Recepcionada pela Constituição Federal (CF) de 1988 e pela Constituição do Estado de São Paulo de 1989, a Lei Estadual 10.261, de 28 de outubro de 1968, dispõe sobre o Estatuto dos Funcionários Públicos Civis do Estado de São Paulo.

De modo mais detalhado, pelo princípio da recepção, quando entra em vigor uma nova ordem constitucional, a Constituição re-voga tacitamente as normas infraconstitucionais anteriores que com ela sejam incompatíveis e, por outro lado, recepciona a legislação an-terior que seja compatível. Foi assim que a maioria dos dispositivos da Lei 10.261/68 acabou recepcionada, com a ressalva de que, na CF de 1988 e na Constituição Estadual de 1989, em lugar da expressão “funcionário público”, preferiu-se adotar “servidor público”.

Considerando-se a Constituição como norma hierarquicamente superior do sistema jurídico, no presente livro serão adotadas as ter-minologias “servidor público” e “Estatuto do Servidor Público”, não obstante fique a ressalva de que no texto da Lei 10.261/68 prevale-cem as designações “funcionário público” e “Estatuto do Funcionário Público”.

Atenção: nas modificações da Lei 10.261/68 posteriores a 1988, como foi o caso da profunda alteração implementada no procedimento disciplinar pela Lei Complementar 942/2003, prevalecem “servidor” e “servidor público”, muito embora, mesmo nessa legislação mais recente, ainda tenha o legislador, vez ou outra, utilizado “funcionário” ou “funcionário público”.

Nos termos do artigo 1º, parágrafo único do Estatuto, são desti-natários de suas normas os servidores:

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- dos três Poderes do Estado (Executivo, Legislativo e Judiciário);

- do Tribunal de Contas do Estado.

A princípio, as disposições do Estatuto não se aplicam aos em-pregados das autarquias, entidades paraestatais e serviços públicos de natureza industrial (Lei 10.261/68, art. 2º).

Atenção: transposta para o sistema jurídico atual, a referência da lei de 1968 a entidades paraestatais e serviços públicos de natureza industrial diz respeito às empresas públicas e sociedades de economia mista.

A essa regra são feitas duas ressalvas, quais sejam:

1ª) permaneceram abrangidos pelo Estatuto os empregados de autarquias, entidades paraestatais e serviços públicos de na-tureza industrial que, por lei anterior, já tinham a qualidade de funcionários públicos (regra de transição do art. 2º, in fine);

2ª) extensão aos empregados das referidas entidades, na for-ma e condições que a lei estabelecer, dos direitos, vanta-gens e regalias dos funcionários públicos (art. 2º, parágrafo único).

Para melhor entendimento acerca desses destinatários, deve-se aqui esclarecer sobre a distinção que se faz entre servidor público e empregado público, que é a mesma que imperava à época em que o Estatuto Paulista entrou em vigor. Essa distinção é feita de forma cla-ra e objetiva por Leandro Bortoleto1, nos seguintes termos:

“• servidores públicos propriamente ditos: ocupantes de cargo efetivo ou de cargo em comissão; são regidos por leis específicas, denominadas estatutos e, por isso, são chamados estatutários;

• empregados públicos: são aqueles regidos pela Consolidação das Leis Trabalhistas (CLT) e, assim, chamados de celetistas.”

Como auxílio para fixação dessas distinções foi elaborado o se-guinte quadro comparativo:

1 BORTOLETO, Leandro. Direito administrativo: para os concursos de analista. 2ª edição. Salvador: Juspodivm, 2013, p. 129.

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Regime jurídico dos servidores públicos civis do estado de são paulo

Servidores públicos Empregados públicos

Centro de atribuições Cargo Emprego

Legislação Lei específica (Estatuto) Legislação trabalhista, especialmente a CLT

Regime jurídico Estatutário Celetista (trabalhista)

Pois foi justamente em razão de os destinatários da Lei 10.261/68 serem os servidores dos três Poderes e do Tribunal de Contas do Esta-do que se deu a recepção do Estatuto pela CF em vigor. Isso porque a CF de 1988 estabeleceu, em seu artigo 39, a figura do regime jurídico único, que deve ser adotado, juntamente com planos de carreira, para os servidores da administração pública direta, das autarquias e das fundações públicas da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, no âmbito de suas competências.

No mesmo sentido, tem-se o artigo 124 da Constituição Estadual de 1989, segundo o qual os servidores da administração pública dire-ta, das autarquias e das fundações instituídas ou mantidas pelo Poder Público terão regime jurídico único e planos de carreira.

É verdade que a Emenda Constitucional 19/98 deu nova redação ao artigo 39 da CF, prevendo, com isso, a extinção do regime jurí-dico único. Todavia, posteriormente, o Supremo Tribunal Federal, por força de medida liminar concedida da Ação Direta de Inconstitu-cionalidade (ADI) 2135, suspendeu a eficácia dessa alteração. Desde então, voltou a valer o regime jurídico único que, na interpretação do STF, na decisão da citada ADI 2135, é incompatível com a figura do emprego público2, sendo aplicável, portanto, apenas aos servidores públicos (regime estatutário).

Portanto, ao determinar que os funcionários dos três Poderes do Estado de São Paulo são regidos por Estatuto próprio, a Lei 10.261/68 faz valer a regra do regime jurídico único, o que a credenciou para ser recepcionada pela Constituição de 1988.

Atenção: nem todas as normas do Estatuto de 1968 são compatíveis com a ordem constitucional em vigor. Veja-se, por exemplo, o artigo 12, segundo o qual, não havendo candidato habilitado em concurso, os cargos vagos, isolados

2 BORTOLETO, Leandro. Op. cit., p. 134/135.

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ou de carreira, só poderão ser ocupados no regime da legislação trabalhista, até o prazo máximo de 2 (dois) anos, considerando-se findo o contrato após esse período, vedada a recondução. Essa hipótese de contratação sem concurso público contraria frontalmente o artigo 37, inciso II, da CF e, portanto, não foi por ela recepcionada.

Ainda sobre os destinatários do Estatuto instituído pela Lei 10.261/68 e a recepção constitucional em pauta, cabe uma observação.

É que, nos termos do artigo 173, parágrafo 1º, inciso II, da CF, o regime jurídico único não se aplica às empresas públicas e sociedades de economia mista, para as quais é obrigatória a adoção do regime da legislação trabalhista (emprego público). Além disso, a interpretação dada pelo STF ao regime jurídico único é determinante de que, nas autarquias, o vínculo é estatutário.

Portanto, há divergência entre a Lei 10.261/68 em relação à or-dem constitucional vigente, na medida em que o Estatuto Paulista prevê a existência de empregados nas autarquias, quando a CF os restringe às empresas públicas e sociedades de economia mista.

Atenção: não obstante a inconstitucionalidade de atualmente existirem empregados públicos nas autarquias, se a banca examinadora de determina-do concurso restringir determinada questão ao universo da Lei 10.261/68, recomenda-se ao candidato que considere correto o que expressamente prevê o artigo 2º do Estatuto em relação à existência de empregados públicos nas autarquias.

1.2. Natureza de norma geral e status de lei complementar do Estatuto

Quando prevê a aplicação do Estatuto aos servidores públicos dos três Poderes do Estado de São Paulo, a Lei 10.261/68 ressalva, expressamente, que suas disposições se aplicam aos mesmos, exceto no que colidirem com a legislação especial (art. 1º, parágrafo único).

Isso confere à Lei 10.261/68 a condição de norma geral que se aplica:

- integralmente, aos servidores públicos não regidos por leis próprias;

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- subsidiariamente, aos servidores públicos regidos por le-gislação especial, tais como Agentes Fiscais de Rendas (Lei Complementar 1.059/2008), Procuradores do Estado (Lei Complementar 478/86) etc.

Quando se fala em aplicação subsidiária aos servidores regidos por legislação especial, quer-se dizer que, para esses servidores, pre-valecem as disposições de lei própria, aplicando-se as normas gerais do Estatuto apenas naquilo em que a legislação especial for omissa.

Além da natureza de norma geral, a Lei 10.261/68 também foi alçada à estatura de lei complementar, por força de expressa previsão do artigo 23, parágrafo único, item 10, da Constituição Estadual de 1989.

Assim, pode-se dizer que, embora formalmente ordinária, a Lei 10.261/68, no contexto da Constituição Estadual de 1989, é uma lei materialmente complementar. Consequentemente, o Estatuto Paulista só pode ser revogado ou alterado por lei complementar, como se deu no caso já citado da profunda alteração implementada no procedi-mento disciplinar pela Lei Complementar 942/2003, que por sinal, é tema do capítulo 7 deste livro.

1.3. Conceitos fundamentais

Depois de dispor sobre os destinatários de suas normas, a Lei 10.261/68, no restante de seu título I, veicula uma série de normas conceituais, fundamentais para a compreensão do Estatuto como um todo.

Apresentam-se esses conceitos fundamentais no quadro abaixo:

Conceito Dispositivo Definição conceitual/exemplo

Funcionário público (servidor público)

art. 3º

A pessoa legalmente investida em cargo público. Ex: um servidor público do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo.

Cargo público art. 4º Conjunto de atribuições e responsabilidades cometidas a um funcionário.

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Conceito Dispositivo Definição conceitual/exemplo

Classe art. 7º Conjunto de cargos da mesma denominação.

Carreira art. 8º

Conjunto de classes da mesma natureza de trabalho, escalonadas segundo o nível de complexidade e o grau de responsabilidade.

Quadro art. 9º Conjunto de carreiras e de cargos isolados.

A criação, transformação e extinção de cargos públicos estaduais exige lei de iniciativa privativa dos Governadores dos Estados, abrangendo a administração direta, autárquica e fundacional (CF, art. 61, § 1º, II, “d”).3

O quadro de servidores públicos de um Poder é composto por cargos isolados e por cargos de carreira (Lei 10.261/68, art. 5º).

Atenção: é vedado atribuir ao servidor serviços diversos dos inerentes ao seu cargo, exceto as funções de chefia e direção e as comissões legais, compreendidas dentro das funções de confiança e cargos em comissão (vide item 2.2.1.2 deste livro).

Por fim, aos cargos públicos serão atribuídos valores determina-dos por referências numéricas, seguidas de letras em ordem alfabética, indicadoras de graus (Lei 10.261/68, art. 6º), sendo que o conjunto de referência e grau constitui o padrão do cargo. Em síntese, é o seguinte:

Padrão do cargo = Referência (números) + Grau (letras em ordem alfabética)

1.4. Disposições finais e transitórias

Os últimos artigos da Lei 10.261/68 foram dedicados pelo legis-lador às disposições finais e transitórias.

3 MEIRELLES, Hely Lopes. Direito administrativo brasileiro. 22ª. edição. São Paulo: Malheiros, 1997 , p. 367/368.

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As disposições transitórias, passados quase 50 anos da publica-ção do Estatuto, encontram-se com os seus efeitos exauridos. Quanto às disposições finais, são importantes dois apontamentos.

Primeiramente, o artigo 323 e seu parágrafo único dispõem so-bre a contagem dos prazos previstos no Estatuto, cujas regras são as seguintes:

1ª) Os prazos são contados em dias corridos, isto é, a partir de quando começa a contagem, todos os dias são contados até o vencimento, inclusive sábados, domingos, feriados ou facultativos.

2ª) Não se computa o dia inicial do prazo, ou seja, o prazo começa a contar no dia seguinte àquele em que se deu o ato que marcou o seu termo inicial. Por exemplo, em uma decisão passível de recurso publicada em uma terça-feira, o prazo para recorrer começa a contar no dia seguinte, quarta-feira.

3ª) Prorroga-se o vencimento que incidir em sábado, domingo, feriado ou facultativo para o primeiro dia útil seguinte. Por exemplo, o vencimento de um prazo cuja contagem termina no sábado é prorrogado para a segunda-feira seguinte.

Em segundo lugar, foi o artigo 322 da Lei 10.261/68 que instituiu o dia 28 de outubro como sendo consagrado ao “Funcionário Público Estadual”.

1.5. Jurisprudência

Aplicação subsidiária da Lei 10.261/68 à Lei 444/85 – Estatuto do Ma-gistério (TJSP – Apelação com revisão 9090294-09- 8ª. Câmara de Direito Público – Rel. Des. Rubens Rihl – julg. 16/09/2009)

MAGISTÉRIO - Mandado de segurança – Impetração por professora admi-tida pela Lei 500/74 visando à anulação do ato que determinou a diminuição de suas férias para 20 (vinte) dias - Reversão da convocação antecipada que perdeu objeto, pelo decurso do tempo - Impetrante que contou com o total de 16 ausências no exercício anterior - Constituição que, ao garantir férias, não afastou a necessidade de regulamentação do afastamento - Lei n. 444/85 (Estatuto do Magistério) que remete à aplicação subsidiária do Estatuto dos Funcionários Públicos Civis - Aplicabilidade do art. 176, § 3o, da Lei n. 10.261/68 - Denegação mantida - Recurso desprovido.

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Aplicação subsidiária da Lei 10.261/68 ao Estatuto do Magistério (TJSP – Apelação cível 0181256-43 – 11ª Câmara de Direito Público - Rel. Des. Pires Araújo – jul. 06/04/2009)

MAGISTÉRIO - PROFESSOR - FÉRIAS - MÊS DE JANEIRO - NÃO RE-CEBIMENTO DE VENCIMENTOS E TERÇO CONSTITUCIONAL - LE-GALIDADE - Recesso de janeiro, que não se confunde com férias - Outros períodos pretendidos - Direito condicionado ao exercício efetivo das funções por um ano - Aplicação subsidiária do estatuto dos servidores públicos civis do estado de São Paulo - O estatuto dos funcionários públicos civis do estado de São Paulo, o qual tem aplicação subsidiária aos servidores do magistério, determina a aquisição de férias somente após o decurso de um ano de efeti-vo exercício no cargo - Férias proporcionais não comprovadas - Pagamento indevido - Sentença mantida - Recurso improvido.

Aplicação subsidiária da Lei 10.261/68 ao Estatuto do Magistério (TJSP – Apelação 0111086-06 – 10ª Câmara de Direito Público - Rel. Des. Antonio Celso Aguilar Cortez – jul. 28/06/2010)

Servidor Público. Delegado de Polícia. Designação para exercício da função em unidade de categoria superior. Pretensão à diferença de vencimentos en-tre o valor do padrão do cargo do substituto em relação ao do substituído. Admissibilidade. Existência de fundamento legal para a percepção das di-ferenças. Aplicabilidade subsidiária dos arts. 23 e 24, da Lei n. 10.261/68 e arts. 80 a 82, da Lei n. 180/78, nos termos do art. 135 da Lei 207/79 (Lei Orgânica da Polícia Civil). Sentença de procedência. Reexame necessário e apelação da Fazenda desprovidos.

1.6. Síntese do capítulo

▶ Estatuto do Servidor Público: a Lei estadual 10.261, de 28 de outubro de 1968 – Estatuto dos Funcionários Públicos Civis do Estado de São Paulo teve a maioria dos dispositivos recepcionada pela Constituição Federal de 1988 e pela Cons-tituição Estadual de 1989, com a ressalva de que, nos siste-mas da CF de 1988 e da Constituição Estadual de 1989, em lugar da expressão “funcionário público”, preferiu-se adotar “servidor público”.

▶ Destinatários das normas do Estatuto: servidores dos três Poderes do Estado (Executivo, Legislativo e Judiciário) e do Tribunal de Contas do Estado.

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▶ Servidores públicos x empregados públicos:

Servidores públicos Empregados públicos

Centro de atribuições

Cargo Emprego

Legislação Lei específica (Estatuto) Legislação trabalhista, especialmente a CLT

Regime jurídico

Estatutário Celetista (trabalhista)

▶ Estatuto como norma geral: o artigo 1º, parágrafo único, confere ao Estatuto a condição de norma geral aplicável: i) integralmente, aos servidores públicos não regidos por leis próprias; ii) subsidiariamente, aos servidores públicos re-gidos por legislação especial, tais como Agentes Fiscais de Rendas (Lei Complementar 1.059/2008), Procuradores do Estado (Lei Complementar 478/86) etc.

▶ Estatuto como lei materialmente complementar: a Lei 10.261/68 também foi alçada à estatura de lei complementar, por força de expressa previsão do artigo 23, parágrafo único, item 10, da Constituição Estadual de 1989. Consequente-mente, só pode ser revogado ou alterado por lei complemen-tar, como se deu na profunda alteração implementada no procedimento disciplinar pela Lei Complementar 942/2003.

▶ Funcionário público (servidor público): a pessoa legalmente investida em cargo público (Lei 10.261/68, art. 3º).

▶ Cargo público: conjunto de atribuições e responsabilidades cometidas a um funcionário (Lei 10.261/68, art. 4º).

▶ Classe: conjunto de cargos da mesma denominação (Lei 10.261/68, art. 7º).

▶ Carreira: conjunto de classes da mesma natureza de traba-lho, escalonadas segundo o nível de complexidade e o grau de responsabilidade (Lei 10.261/68, art. 8º).

▶ Quadro: conjunto de carreiras e de cargos isolados (Lei 10.261/68, art. 9º). O quadro de servidores públicos de um

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Poder é composto por cargos isolados e por cargos de carrei-ra (Lei 10.261/68, art. 5º).

▶ Padrão do cargo: Referência (números) + Grau (letras em ordem alfabética).

▶ Regras para contagem dos prazos do Estatuto: 1ª) os pra-zos são contados em dias corridos. 2ª) não se computa o dia inicial do prazo. 3ª) prorroga-se o vencimento que incidir em sábado, domingo, feriado ou facultativo para o primeiro dia útil seguinte.

▶ Dia do Servidor Público Estadual: o artigo 322 da Lei 10.261/68 instituiu o dia 28 de outubro como sendo consa-grado ao “Funcionário Público Estadual”.

1.7. Questões comentadas

1. Por força do artigo 12 da Lei Complementar 644/89, foi revogado o artigo 215 da Lei 10.261/68 (Estatuto dos Funcionários Públicos Civis do Estado de São Paulo), que possibilitava ao funcionário optar por receber em dinheiro os pe-ríodos correspondentes a licenças-prêmio. Mais recentemente, de acordo com o artigo 43 da Lei Complementar Estadual 1.059/2008, foi concedido aos Agentes Fiscais de Rendas, que são servidores estaduais, o direito à conversão em pecúnia dos períodos de licença-prêmio não usufruídos no momento da aposentadoria ou do falecimento, isto é, possibilitou-se a essa carreira a percepção das licenças--prêmio em dinheiro. Diante do exposto, pode-se afirmar que essa última norma, prevista na lei que rege a carreira dos Agentes Fiscais de Rendas:

a) é ilegal, pois o Estatuto do Funcionário Público aplica-se integral-mente a todas as carreiras de servidores públicos estaduais.

b) é legal, em face da condição de norma geral da Lei Complementar 1.059/2008.

c) não contraria o Estatuto do Funcionário Público, o qual se aplica apenas subsidiariamente às carreiras de servidores públicos estaduais regidas por leis específicas.

d) é ilegal, em face da condição de norma especial da Lei Complementar 1.059/2008.

e) é inconstitucional, pois a licença-prêmio é um direito constitucional do servidor público.

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COMENTÁRIOS

Nota do autor: para responder a esta questão é importante saber que, quan-do prevê a aplicação do Estatuto aos servidores públicos dos três Poderes do Es-tado de São Paulo, a Lei 10.261/68 ressalva, expressamente, que suas disposições se aplicam aos mesmos, exceto no que colidirem com a legislação especial (art. 1º, parágrafo único). Isso confere à Lei 10.261/68 a condição de norma geral que se aplica: i) integralmente, aos servidores públicos não regidos por leis próprias; ii) subsidiariamente, aos servidores públicos regidos por legislação especial, tais como Agentes Fiscais de Rendas (Lei complementar 1.059/2008), Procuradores do Estado (Lei complementar 478/86) etc.

Alternativa correta: letra “c”: de fato, como esclarecido na “nota do autor”, o Estatuto é aplicado apenas subsidiariamente às carreiras de servidores públicos estaduais regidas por leis específicas, como é o caso da carreira dos Agentes Fiscais de Rendas. Dessa forma, as normas especiais da Lei Complementar 1.059/2008, que regem a referida carreira, não contrariam o Estatuto.

Alternativa “a”: na verdade, o Estatuto dos Servidores Públicos somente se aplica integralmente às carreiras não regidas por lei própria. No caso de carreiras regidas por lei própria, a aplicação do Estatuto é subsidiária.

Alternativa “b”: ao contrário do afirmado, a Lei Complementar 1.059/2008 não tem caráter de norma geral, pois é uma lei especial, que rege a carreira dos Agentes Fiscais de Rendas.

Alternativa “d”: de fato, a Lei Complementar 1.059/2008 possui a natureza de norma especial, pois rege especificamente a carreira dos Agentes Fiscais de Rendas, mas, ao contrário do que foi afirmado, essa condição confere legalidade à regra específica sobre percepção de licença-prêmio em dinheiro que veicula.

Alternativa “e”: a licença-prêmio em dinheiro não se encontra no rol dos direitos constitucionais dos servidores públicos.

2. A Lei 10.261/68, que institui o Estatuto dos Servidores Públicos Civis do Esta-do de São Paulo, sofreu significativa alteração pela Lei Complementar 942/2003. É correto afirmar que essa alteração:

a) ocorreu porque a Lei 10.261/68 foi originalmente aprovada como lei materialmente complementar.

b) ocorreu porque a Lei 10.261/68 foi recepcionada pela Constituição Estadual com estatura de lei complementar.

c) é uma lei formalmente complementar e materialmente ordinária.

d) viola a hierarquia das normas no sistema jurídico brasileiro.

e) é inconstitucional, porque está expressamente vedada na Constituição de 1988.

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COMENTÁRIOS

Nota do autor: a Lei 10.261/68 foi alçada à estatura de lei complemen-tar, por força de expressa previsão do artigo 23, parágrafo único, item 10, da Constituição Estadual de 1989. Assim, pode-se dizer que, embora formalmente ordinária, a Lei 10.261/68, no contexto da Constituição Estadual de 1989, é uma lei materialmente complementar. Consequentemente, o Estatuto Paulista só pode ser revogado ou alterado por lei complementar.

Alternativa correta: letra “b”: de fato, o Estatuto dos Servidores Públicos Civis do Estado de São Paulo sofreu significativa alteração pela Lei Complemen-tar 942/2003. Como o Estatuto foi recepcionado pela Constituição Estadual com status de lei complementar, só pode ser alterado ou revogado por meio de lei complementar.

Alternativa “a”: não é correto dizer que a Lei 10.261/68 foi originalmente aprovada como lei materialmente complementar. Ao contrário, essa lei é formal-mente ordinária, isto é, originalmente foi assim aprovada.

Alternativa “c”: totalmente oposto ao afirmado, a Lei 10.261/68 é uma lei formalmente ordinária e materialmente complementar.

Alternativa “d”: não há hierarquia entre lei complementar e lei ordinária no sistema jurídico brasileiro, mas sim reserva constitucional de algumas matérias à competência do legislador da lei complementar. Dessa forma, a alteração da Lei 10.261/68 por lei complementar não viola a hierarquia normativa do sistema jurídico brasileiro, mesmo porque essa lei foi recepcionada pela Constituição Es-tadual com estatura de lei complementar.

Alternativa “e”: não há vedação na Constituição de 1988 a que uma lei ordinária seja recepcionada pela Constituição Estadual como lei complementar. Pelo contrário, pode a Constituição Estadual reservar à competência do legislador da lei complementar matéria que antes era de lei ordinária.

3. Sobre o quadro de pessoal da Administração Pública do Estado de São Paulo, é incorreto afirmar que:

a) o quadro de pessoal das empresas públicas é composto por empregos regidos pela legislação trabalhista.

b) os servidores da Administração Direta são regidos por lei própria e, assim, são chamados de estatutários.

c) é composto por servidores estatutários, regidos por estatuto próprio, e por empregados públicos, regidos pela legislação trabalhista.

d) na Administração Indireta, os empregados públicos são designados pelo termo celetistas, pois são regidos pela CLT.

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e) a Administração Direta é composta apenas por empregados públicos, que são regidos pela legislação trabalhista.

COMENTÁRIOS

Nota do autor: atenção para o fato de que a exigência desta questão é que seja assinalada uma afirmação incorreta.

Alternativa correta: letra “e”: à luz do disposto no artigo 1º, parágrafo úni-co do Estatuto, são destinatários de suas normas os servidores dos três Poderes do Estado (Executivo, Legislativo e Judiciário) e do Tribunal de Contas do Estado. Isso, associado à adoção do regime jurídico único na Administração Direta, au-tarquias e fundações públicas, faz concluir por ser totalmente incorreto afirmar que existiriam apenas empregados públicos na Administração Direta.

Alternativa “a”: de fato, o quadro de pessoal das empresas públicas é com-posto por empregados públicos, regidos pela legislação trabalhista, especialmente a CLT, razão pela qual, inclusive, são chamados de “celetistas”.

Alternativa “b”: realmente o quadro de pessoal da Administração Direta é composto por servidores públicos, os chamados “estatutários”, porque são re-gidos por estatuto próprio (lei diversa da legislação trabalhista). No caso dos servidores públicos estaduais, tem-se a Lei 10.261/68).

Alternativa “c”: exatamente como afirmado, a Administração Pública esta-dual paulista conta com servidores públicos (estatutários), como ocorre na Admi-nistração Direta, e também com empregados públicos (celetistas), como se dá nas empresas públicas e sociedades de economia mista.

Alternativa “d”: por serem regidos pela legislação trabalhista, especial-mente pela CLT, realmente os empregados públicos são designados pelo termo “celetistas”.

4) Analise os conceitos apresentados nos itens abaixo à luz da Lei Estadual 10.261/68:I) Funcionário público é a pessoa legalmente investida em cargo público.

II) Cargo público é o conjunto de atribuições e responsabilidades cometidas a um funcionário.

III) O quadro de funcionários de um poder é composto por cargos isolados e cargos de carreira.

Julgue os conceitos e assinale a alternativa correta:

a) estão corretos os itens I e II.

b) está correto apenas o item II.

c) está correto apenas o item III.

d) todos os itens estão incorretos.

e) todos os itens estão corretos.

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COMENTÁRIOS

Nota do autor: nessa modalidade de questão, muito utilizada pelas bancas de concursos em geral, é exigido do candidato que julgue afirmações constantes de alguns itens, para que, depois, seja assinalada a alternativa correta quanto aos itens que estão corretos e incorretos.

Alternativa correta: letra “e”.

Item I: correto, por repetir literalmente o conceito de funcionário público vei-culado no artigo 3º da Lei 10.261/68.

Item II: também correto, pois corresponde exatamente ao conceito de cargo público veiculado no artigo 4º da Lei 10.261/68.

Item III: mais uma vez, correto, haja vista que, nos termos do artigo 5º da Lei 10.261/68, de fato, o quadro de servidores públicos de um Poder é composto por cargos isolados e por cargos de carreira (Lei 10.261/68, art. 5º).

5. No processo administrativo disciplinar, a defesa tem um prazo de 5 (cinco) dias para se manifestar, a partir da ciência de despacho abrindo-lhe vista sobre o re-sultado de diligência realizada pela autoridade encarregada do processo. Em um caso concreto, a defesa toma ciência do despacho numa quinta-feira. Sabendo-se que, na semana seguinte, terça-feira será feriado, é correto dizer que o prazo para manifestação vencerá:

a) na quarta-feira, pois terça-feira é feriado.

b) antecipadamente na segunda-feira, pois terça-feira é feriado.

c) com o início da contagem na quinta-feira, vencerá na segunda-feira.

d) com o início da contagem na sexta-feira, vencerá na terça-feira.

e) com o início da contagem na sexta-feira, vencerá na sexta-feira se-guinte, pois em sábados, domingos e feriados não se contam prazos.

COMENTÁRIOS

Nota do autor: o artigo 323 e seu parágrafo único dispõem sobre a contagem dos prazos previstos no Estatuto, cujas regras são as seguintes: 1ª) os prazos são con-tados em dias corridos; 2ª) não se computa o dia inicial do prazo; 3ª) prorroga-se o vencimento que incidir em sábado, domingo, feriado ou facultativo para o primeiro dia útil seguinte.

Alternativa correta: letra “a”: não se computando o dia inicial do prazo, isto é, aquele em que a defesa tomou ciência do despacho (quinta-feira), a contagem inicia-se no dia seguinte (sexta-feira). A partir daí, computam-se os dias corridos, completando-se cinco dias na terça-feira, que é feriado, razão pela qual se prorroga o vencimento para o primeiro dia útil seguinte, ou seja, quarta-feira.

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Regime jurídico dos servidores públicos civis do estado de são paulo

Alternativa “b”: de fato, um prazo nunca vence no feriado, mas, ao contrário do que indevidamente afirmado, nesse caso, o vencimento não é antecipado, porém prorrogado para o primeiro dia útil seguinte.

Alternativa “c”: como não se computa o dia inicial do prazo, o início da conta-gem não pode ser na quinta-feira (dia da ciência pela defesa), devendo-se excluir esse dia e iniciar-se a contagem na sexta-feira. Consequentemente, o prazo não vencerá na segunda-feira, como indevidamente afirmado.

Alternativa “d”: embora, de fato, a contagem se inicie na sexta-feira (com ex-clusão do dia inicial), por outro lado o vencimento não pode ocorrer na terça-feira, pois é feriado e prazos cuja contagem se encerra no feriado devem ter seu vencimento prorrogado para o primeiro dia útil seguinte.

Alternativa “e”: ao contrário do que foi afirmado, os prazos são contados em dias corridos, isto é, a partir de quando começa a contagem, todos os dias são conta-dos até o vencimento, inclusive sábados, domingos, feriados ou facultativos.

e) com o início da contagem na sexta-feira, vencerá na sexta-feira seguinte, pois em sábados, domingos e feriados não se contam prazos.

1.8. Legislação aplicável

1.8.1. Texto legal

Lei nº 10.261, de 28 de outubro de 1968 (Estatuto dos Funcionários Públicos Civis do Estado)

TÍTULO I Disposições Preliminares

Artigo 1º - Esta lei institui o regime jurídico dos funcionários públicos civis do Estado.

Parágrafo único - As suas disposições, exceto no que colidirem com a legisla-ção especial, aplicam-se aos funcionários dos 3 (três) Poderes do Estado e aos do Tribunal de Contas do Estado.

Artigo 2º - As disposições desta lei não se aplicam aos empregados das autar-quias, entidades paraestatais e serviços públicos de natureza industrial, ressalvada a situação daqueles que, por lei anterior, já tenham a qualidade de funcionário público.

Parágrafo único - Os direitos, vantagens e regalias dos funcionários públicos só poderão ser estendidos aos empregados das entidades a que se refere este arti-go na forma e condições que a lei estabelecer.

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Alan Martins

Artigo 3º - Funcionário público, para os fins deste Estatuto, é a pessoa legal-mente investida em cargo público.

Artigo 4º - Cargo público é o conjunto de atribuições e responsabilidades cometidas a um funcionário.

Artigo 5º - Os cargos públicos são isolados ou de carreira.Artigo 6º - Aos cargos públicos serão atribuídos valores determinados por re-

ferências numéricas, seguidas de letras em ordem alfabética, indicadoras de graus.Parágrafo único - O conjunto de referência e grau constitui o padrão do cargo.Artigo 7º - Classe é o conjunto de cargos da mesma denominação.Artigo 8º - Carreira é o conjunto de classes da mesma natureza de trabalho,

escalonadas segundo o nível de complexidade e o grau de responsabilidade. Artigo 9º - Quadro é o conjunto de carreiras e de cargos isolados.Artigo 10 - É vedado atribuir ao funcionário serviços diversos dos inerentes

ao seu cargo, exceto as funções de chefia e direção e as comissões legais.Disposições FinaisArtigo 322 - O dia 28 de outubro será consagrado ao “Funcionário Público

Estadual”.Artigo 323 - Os prazos previstos neste Estatuto serão todos contados por dias

corridos.Parágrafo único - Não se computará no prazo o dia inicial, prorrogando-se

o vencimento, que incidir em sábado, domingo, feriado ou facultativo, para o primeiro dia útil seguinte.

Artigo 324 - As disposições deste Estatuto se aplicam aos extranumerários, exceto no que colidirem com a precariedade de sua situação no Serviço Público.

Disposições TransitóriasArtigo 325 - Aplicam-se aos atuais funcionários interinos as disposições deste

Estatuto, salvo as que colidirem com a natureza precária de sua investidura e, em especial, as relativas a acesso, promoção, afastamentos, aposentadoria voluntária e às licenças previstas nos itens VI, VII e IX do artigo 181.

Artigo 326 - Serão obrigatoriamente exonerados os ocupantes interinos de cargos para cujo provimento for realizado concurso.

Parágrafo único - As exonerações serão efetivadas dentro de 30 (trinta) dias, após a homologação do concurso.

Artigo 327 - Revogado. Artigo 328 - Dentro de 120 (cento e vinte) dias proceder-se-á ao levantamento

geral das atuais funções gratificadas, para efeito de implantação de novo sistema retribuitório dos encargos por elas atendidos.

Parágrafo único - Até a implantação do sistema de que trata este artigo, continuarão em vigor as disposições legais referentes à função gratificada.

Artigo 329 - Ficam expressamente revogadas:I - as disposições de leis gerais ou especiais que estabeleçam contagem de

tempo em divergência com o disposto no Capítulo XV do Título II, ressalvada,

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Regime jurídico dos servidores públicos civis do estado de são paulo

todavia, a contagem, nos termos da legislação ora revogada, do tempo de serviço prestado anteriormente ao presente Estatuto;

II - a Lei n. 1.309, de 29 de novembro de 1951 e as demais disposições atinen-tes aos extranumerários; e

III - a Lei n. 2.576, de 14 de janeiro de 1954.Artigo 330 - Vetado.Artigo 331 - Revogam -se as disposições em contrário.Palácio dos Bandeirantes, aos 28 de outubro de 1968.Roberto Costa de Abreu Sodré

1.8.2. Exercícios de fixação do texto legal

Lei nº 10.261, de 28 de outubro de 1968 (Estatuto dos Funcionários Públicos Civis do Estado)

TÍTULO I Disposições Preliminares

Artigo 1º - Esta lei institui o regime ________ dos funcionários públicos ____ do Estado.

Parágrafo único - As suas disposições, exceto no que colidirem com a legisla-ção _________, aplicam-se aos funcionários dos 3 ________ do Estado e aos do Tribunal de ________ do Estado.

Artigo 2º - As disposições desta lei não se aplicam aos ___________ das au-tarquias, entidades paraestatais e serviços públicos de natureza industrial, res-salvada a situação daqueles que, por _____ anterior, já tenham a qualidade de funcionário público.

Parágrafo único - Os direitos, vantagens e regalias dos funcionários públicos só poderão ser ____________ aos empregados das entidades a que se refere este artigo na forma e condições que a lei estabelecer.

Artigo 3º - Funcionário público, para os fins deste Estatuto, é a __________ legalmente investida em cargo público.

Artigo 4º - ________ público é o conjunto de atribuições e responsabilidades cometidas a um funcionário.

Artigo 5º - Os cargos públicos são __________ ou de __________.Artigo 6º - Aos cargos públicos serão atribuídos valores determinados por

_________ numéricas, seguidas de letras em ordem alfabética, indicadoras de ______.

Parágrafo único - O conjunto de referência e grau constitui o ________ do cargo.

Artigo 7º - _______ é o conjunto de cargos da mesma denominação.Artigo 8º - ________ é o conjunto de classes da mesma natureza de trabalho,

escalonadas segundo o nível de __________ e o grau de ______________. Artigo 9º - _________ é o conjunto de carreiras e de cargos isolados.

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Alan Martins

Artigo 10 - É vedado atribuir ao funcionário serviços diversos dos ________ ao seu cargo, ________ as funções de chefia e direção e as comissões legais.

Disposições FinaisArtigo 322: O dia ___ de ________ será consagrado ao “Funcionário Público

Estadual”.Artigo 323: Os _______ previstos neste Estatuto serão todos contados por

dias _______.Parágrafo único - Não se computará no prazo o dia _______, prorrogando-se

o vencimento, que incidir em sábado, domingo, feriado ou facultativo, para o primeiro dia _____ seguinte.

1.8.2.1. Gabarito Artigo 1º: jurídico; civis.Parágrafo único: especial; Poderes; Contas.Artigo 2º: empregados; lei.Parágrafo único: - estendidos.Artigo 3º: pessoa.Artigo 4º: Cargo.Artigo 5º: isolados; carreira.Artigo 6º: referências; graus.Parágrafo único: padrão.Artigo 7º: Classe.Artigo 8º: Carreira; complexidade; responsabilidade. Artigo 9º: Quadro.Artigo 10: inerentes; exceto.Artigo 322: 28; outubro.Artigo 323: prazos; corridos.Parágrafo único: inicial, útil.

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