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CAPITALISMO TERMINAL

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CAPITALISMO

TERMINAL

L.C.Correa Soares

CAPITALISMO TERMINAL

Ensaio para ajudar a entender sua

trajetoria e buscar uma alternativa

civilizatória

MAIO/2011

© 2010, Luiz Carlos Correa SoaresTodos os direitos reservados

Título original

Capitalismo Terminal

Arte da Capa

Arte criada por Alexsandro Teixeira

Texto, revisão e editoração

Luiz Carlos Correa Soares

Impressão e encadernação

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Rua Anne Frank, 2861

CEP 81650-020 - Curitiba - PR - (41)3376-1713

Soares, Luiz Carlos Correa. Capitalismo Terminal : ensaio para entender sua trajetória e buscar uma alternativa civilizatória/L. C. Correa Soares – Curitiba : O Autor, 2011. 256 p.; 160x225 mm. ISBN 85-901773-1-9

1. Capitalismo. 2. Economia 3. Título

Impresso no Brasil

Maio - 2011

S U M Á R IO GERAL

INICIAL

Oferecimento

Apresentação, 09

Bibliogra�a, 15

TOMO I – GERAÇÃO E DEGENERAÇÃO

Palavras Iniciais, 21

01 – Retrospectiva Histórica, 23

02 – Marcos do Capitalismo, 35

03 – Trajetória do Neoliberalismo, 53

04 – Crises e Confrontos, 81

05 – Consequências do Capitalismo, 121

Palavras Finais, 146

TOMO II – ANTÍTESE E SÍNTESE, UMA VISÃO HOLÍSTICA

Palavras Iniciais

Introdução

06 – Revisitando Conceitos Fundamentais, 157

07 – Garimpando Pensares e Saberes, 181

08 – Um Novo Projeto Civilizatório, 207

Palavras Finais, 254

OFERECIMENTOSI – A mensagem

YO VENGO OFRECER MI CORAZÓNCanção de Fito Paez

Cantada por Mercedes Sosa(in memoriam)

Quién dijo que todo está perdidoYo vengo a ofrecer mi corazónTanta sangre que se llevó el ríoYo vengo a ofrecer mi corazón

No será tan fácil, ya sé que pasaNo será tan simple como pensaba

Como abrir el pecho y sacar el almaUna cuchillada de amor

Luna de los pobres siempre abiertaYo vengo a ofrecer mi corazón

Como un documento inalteradoYo vengo a ofrecer mi corazón

Y uniré las puntas de un mismo lazoY me iré tranquillo, me iré despacio

Y te daré todo y me darás algoAlgo que me alivie un poco más

Cuando no haya nadie cerca o lejosYo vengo a ofrecer mi corazón

Cuando los satélites no alcancenYo vengo a ofrecer mi corazón

Y hablo de países y de esperanzasHablo por la vida, hablo por la nadaHablo de cambiar esta nuestra casaDe cambiarla por cambiar nomás

Quién dijo que todo está perdido

Yo vengo a ofrecer mi corazón

II – O agradecimento

O ato de agradecer envolve sempre muitas emoções e algumas di�culdades. Quais emoções e quais di�culdades? Aquelas, são facilmente perceptíveis; estas,

são de várias ordens e naturezas. A principal di�culdade é, seguramente, a impossibilidade de contemplar todos

os que, de forma direta ou indireta, me prestam ajuda independente do tempo, do espaço e da dimensão da empreitada.

No caso deste livro, percebam o meu dilema. Se reduzo a listagem, cometo injus-tiças; se a amplio, aborreço o leitor. Não há solução razoável para tal contraditório.

De qualquer modo, sempre sou um grato devedor do apoio e do estímulo por parte dos amigos. (Aqui, o verbete amigos tem o sentido mais genérico e abrangente possível).

Mais do que apoio e estímulo, devo-lhes as críticas construtivas, indispensáveis para rever rumos, caminhos e caminhares na busca da minimização das imperfeições e das incompetências. Sim, apenas a minimização porque a superação é impossível.

Para os leitores – também no genérico - ofereço antecipadamente dois tipos de agradecimento muito especiais. Um, pela tolerância para com as imperfeições de texto e de conteúdo; outro, pelo retorno de eventuais comentários, sugestões, ava-liações e críticas.

Tudo aquilo que é construtivo, é sempre bem-vindo.

III – A dedicatória

A meus ascendentes e descendentes, inclusive os viajores que se encon-tram fora das suas jornadas terrenas.Todos, no entanto, continuaremos seguindo nossas trajetórias paralelas, porém convergentes no in�nito de nossas vidas in�ndas. Talvez antes.

Curitiba, maio de 2011Luiz Carlos Correa Soares

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APRESENTAÇÃO

“A realidade é sempre algo que está posto,

de modo independente de tempo e de espaço.

Todos têm a possibilidade de olhar; alguns

podem também ver; grande parte das pessoas

olha e não vê; boa parte não olha nem vê.”

Luiz Carlos Correa Soares

O modelo sistêmico capitalista, aprimorado durante mais de tres longos séculos pelas clas-

ses burguesas, instituiu um poderoso processo de dominação, alienante e ex-plorador. Esses poder foi incrementado de tal forma que chegou a gerar o sonho escatológico do “�m da História”, ou seja, a perenidade do sistema e o conse-qüente �m do processo histórico (sic!).

Tal absurdo foi admitido porque os chamados sensos comuns estabelecidos pelo processo ideológico capitalista não permitem que as pessoas possam ter percepções adequadas da realidade do mundo e até da realidade do cotidiano de suas vidas. Isso se deve em grande medida às di�culdades de acesso a in-formações verdadeiras, como é destaca-do na epígafe acima.

Dentro desse contexto alienador é natural que hoje exista todo tipo de interpretação quanto ao rumo da crise de<agrada em 2008, bem como seus desdobramentos. A escala de percepções é completa: há as pessoas sempre crédu-las, as otimistas, as otimistas moderadas, as descon�adas, as duvidantes, as céti-cas, as descrentes, as descrentes radicais.

Há também duas classes muito especiais e, por isso, ainda com poucos adeptos: os apostadores no caos e os convictos quanto ao advento do caos inexorável, dado o estado de degenerescência do Sistema. Eu me incluo nesta última tur-ma. Com muita honra e convicção.

Por outro lado, no que concerne aos denominados – e muitas vezes au-todenominados – analistas políticos, econômicos, sociais etc, há consensos, semi-consensos, semi-divergências, di-vergências completas e divergências ex-tremadas. Estas, devem ser bem poucas.

Por concisão e simpli�cação, deve-mos abstrair o conteúdo das análises que têm surgido e focar a discussão na for-ma e no método das análises. Por exem-plo, há uma generalizada uniformidade quanto a método e objetivo nas análises, ou seja, elas são exatamente isso: somen-te análises e diagnósticos. Repetidos, re-petidos e repetidos! Os ângulos às vezes mudam um tanto, os conteúdos, quase nada.

Poucos analistas arriscam perscrutar o futuro e escapar das hipóteses mais óbvias, ou seja, aquelas que con<uem em continuar como está ou reinventar

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o keynesianismo, chamando de volta o Estado. Alguns arriscam sugerir re-corrências a Marx, talvez com uma re-leitura “neo-socialista” ou, de qualquer modo, revisionista.

Ainda não chegou às minhas mãos – não estou a�rmando que não existe – qualquer proposta concreta sobre o quê e o como realizar um processo real de contraposição ao sistema capitalista, quer seja para combatê-lo, quer para substituí-lo depois de uma possível e provável falência.

Por isso, tenho que retomar o único projeto que conheço como portador de uma idéia de futuro completa e radical para substituição do sistema capitalista. Ele, na verdade, não chegou às minhas mãos na forma usual porque se trata de uma percepção que foi gestada no interior do meu próprio ser, de algum modo que a ciência ainda não conse-guiu estabelecer com precisão. Isso aconteceu há mais de dez anos, ou seja, na década de 1990. Aquele modelo então concebido – e desconsiderado! - está agora sendo retomado, ampliado e aprofundado neste ensaio.

Assim, também quero meter a minha colher de pau nesse mingau porque, se todos têm sua opinião a respeito do que acontece no mundo, eu também tenho a minha. E a explicito desde há muito tempo. Aliás, às vezes chego a descon�ar que sou alguém fora do seu tempo. Isso não chega a perturbar, mas produz uma sensação inde�nível, sem se saber se é boa ou se é ruim.

Por exemplo, constato que no meu livro “E se o capitalismo acabasse?”, editado em 2001- um dos referenciais de partida para este ensaio -, foi estendi-do um olhar tão critico quanto realista sobre a trajetória civilizacional vigente ao �nal do século 20. Foram perscru-tadas condições históricas, tendências e perspectivas que estão postas para as sociedades em geral e, de modo muito especial, para os excluídos. Estes, con-ceituados sob várias naturezas e caracte-rizações.

Já naquela época não foi difícil con-cluir que a crise então percebida não era apenas /nanceira, econômica, po-lítica e social. Sem dúvida, ela era – e continua sendo - tudo isso. Todavia, fundamentalmente, ela é também ci-vilizacional, isto é, uma crise de visão de mundo, de auto-percepção, de com-portamento de cada ser humano para consigo mesmo e para com os outros. Trata-se do resultado de um processo de construção ideológica muito e�caz de alienação, dominação e exclusão, tudo combinado com a crescente degeneres-cência e o conseqüente e fatal colapso das relações econômicas, políticas, so-ciais e pessoais.

Como se não bastassem todas essas conseqüências, está adicionada mais uma, cada vez mais grave: a degradação do planeta Terra. E tudo isso é inerente, de modo integral e absoluto, ao atual modelo, deteriorado de modo crescente nos últimos trinta anos.

No livro referido já tinha �cado cla-

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ro que as soluções para as crises devem ser buscadas onde ainda não fora tenta-do, ou seja, fora dos padrões de análise condicionados à ideologia e ao status quo imperantes. Em outras palavras, mudanças profundas só seriam possíveis com base nas utopias, tomando como ponto de partida a reumanização do ser humano, através da prevalência de valores ainda existentes, porém soter-rados sob camadas monstruosas jamais vistas, compostas por materialismos, individualismos, egoísmos, ganâncias e ambições.

Em síntese, a solução deve ser prece-dida por uma retomada de valores base-ados em virtudes historicamente concei-tuadas desde Aristóteles, passando por Espinosa e outros pensadores e, inclusi-ve, pelas principais religiões do mundo. Esses valores foram sendo progressiva-mente desconsiderados na medida em que os malefícios foram crescendo no interior das sociedades humanas.

O material que redundou no livro ci-tado foi acumulado na década de 1990, quando o neoliberalismo chegou ao Brasil com Fernando Collor de Mello e aprofundou-se com Fernando Henri-que Cardoso, na esteira do processo ne-oliberalizante que se alastrou pelo mun-do nas décadas 1980 e 1990. A edição foi concluída em dezembro de 2000 e lançada em janeiro de 2001, no Fórum Social Mundial de Porto Alegre. Oito meses após o lançamento, o episódio do onze-de-setembro quase materializou uma das hipóteses previstas no livro, na

página 208:“Cenário III (Salve-se quem pu-

der!). O sistema capitalista entra em um processo de autodegradação por ganância desenfreada, ausência de lastro real, baseado apenas em papéis com valores �ctícios e escriturais, sis-temas produtivos restritos cada vez mais ao consumo das minorias, con-tradições e disenções internas e au-sência de respostas para as demandas sociais. Nesse sentido, o sistema ca-minha rapidamente para a implosão, sem condições nem tempo para gestar uma nova forma alternativa e subs-titutiva. Popularmente falando, po-demos caracterizar esta hipótese como sendo uma situação em que “alguém chutou o pau da barraca e voaram cacos para todos os lados”.Claro está que se tratava de uma

metáfora, referenciada a uma implosão possível, provável e fatalística do siste-ma capitalista, jamais à implosão física das duas torres-gêmeas, onde pereceram mais de três mil pessoas. Mas é óbvio também que um ataque daquela natu-reza, no centro nevrálgico do mundo �nanceiro e econômico do planeta, teve uma conotação simbólica extraordi-nariamente forte, conjugada, também simbolicamente, com o sentido militar do ataque ao Pentágono, bem como com o sentido político da tentativa de ataque à Casa Branca.

Entre as conseqüências visíveis des-se episódio, uma das mais notáveis foi o enterro de três trilhões de dólares nos

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buracos abertos nas montanhas do Afe-ganistão e nas areias do Iraque, disfar-çado em ações de represália ao “ataque terrorista” do onze-de-setembro. Hoje, depois de dez anos, está con�rmado que o resultado mais signi�cativo dessa aventura paranóica foi a instituição do estopim de um provável afundamento do poder �nanceiro, político e militar do império norte-americano. Este, o poder militar, ainda é incomensurável. Todavia, é de se perguntar até quando será imbatível.

Também é necessário fazer perguntas a respeito da real serventia de tal poder num mundo globalizado, inclusive com a dispersão de artefatos atômicos até em mãos talvez ávidas por produzir algum caos cujas dimensões nem conseguimos imaginar.

Em suma, esse poder bélico tem tido aplicação como instrumento de intimi-dação e de promoção de “guerrinhas” regionais por aqui, por ali, por acolá. E, é claro, com vistas à continuidade da produção armamentista, um dos susten-táculos da economia norte-americana.

Como inexorável decorrência do processo de ganância desenfreada, de burrice e prepotência córneas, agora está posto um novo momento de terror sis-têmico, que con�rma algumas das mi-nhas “predições” de dez anos atrás. De qualquer modo, temos clareza de que as perspectivas de uma sobrevida adicional para o sistema capitalista são cada vez mais reduzidas. E que, caso haja essa so-brevida, com certeza ela não será louvá-

vel nem confortável nem saudável nem digna. E, muito menos, longeva!

Por isso, devo confessar que já havia pensado em dar realidade à brincadeira que costumava fazer há nove anos com os amigos, ou seja, que o livro citado constituía o primeiro volume de uma trilogia seqüencial: 1 - E se o capitalis-mo acabasse?; 2 - Agora, que o capita-lismo está acabando...; 3 - Agora, que o capitalismo já acabou....

Tendo em vista a “crise imperial” que se espalhou pelo mundo talvez devesse ir diretamente ao terceiro volume, porque é possível que não haja tempo su�ciente para elaborar o segundo...!

Por que?Porque o capitalismo gestou, de

modo intrínseco e autóctone, um pro-cesso virótico quádruplo que o matará, de modo inexorável e fatal: ganância, dominação, exploração e exclusão. O processo septicêmico e metastásico está generalizado de tal modo que a UTI que cuida do paciente já emitiu um boletim �nal, por enquanto em caráter e âmbito muito reservados:

_______________

“A criatura está em estado de fa-lência sistêmica e generalizada de órgãos vitais sem qualquer indicio de possibilidade de recuperação! O desenlace está para acontecer a qualquer momento! Evitem-se con-tágios porque a doença é perigosís-sima! Prepare-se cremação imedia-ta após o falecimento!”

_______________

L. C. CORREA SOARES

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Há exageros na metáfora? Pelo sim, pelo não, convém prestar mais atenção a certas palavras de ordem que estão se corpori�cando e ganhando importantes adeptos, ultimamente: /m do capita-lismo, /m do Império, nova ordem, nova hegemonia, novo projeto histó-rico, novo processo civilizatório, entre outras.

O que está faltando? Está faltando surgir uma certa convergência genera-lizada – mesmo sem a ambição de se chegar a perfeitos consensos – quanto a uma clara leitura do novo momento histórico que se anuncia, de tal modo que seja possível formatar e construir um razoável corpo de doutrina com o objetivo de ser uma bússola orientadora na busca de outro rumo e outro destino para as sociedades humanas de todo o planeta Terra.

Este é o desa�o fundamental para a Filoso�a do século 21, em todos os sen-tidos, em especial o epistêmico, o meta-físico ou ontológico e o holístico.

Assim, este modesto ensaio, ao expli-citar esse desa�o, pretende ser portador apenas de um propósito. Ou seja, con-tribuir humilde e primariamente para a formulação de um rumo para um corpo de doutrina que vá na direção da construção de um modelo civilizatório totalmente revolucionário, o qual fatal-

mente emergirá.Devo reconhecer que neste instante

poderá estar ocorrendo ao leitor a neces-sidade de um diálogo com o autor com base no método preferido pelo �lósofo grego Sócrates, vinte e cinco séculos atrás, ou seja, o método de perguntas questionadoras sucessivas. Mais ou me-nos assim, de forma sistematizada e sim-pli�cada:

- Tens certeza que emergirá tal mo-delo?

- Tenho!- Por quê?- Porque a sua necessidade é cada vez

mais notória e se transformará em con-senso.

- Por quê?- Porque é possível enganar algumas

pessoas por muito tempo ou muitas pes-soas por algum tempo, mas é impossível enganar todas as pessoas todo o tempo. Também porque, caso não ocorram mudanças radicais imediatas no rumo do processo civilizatório que se estabe-leceu, o caos /nal será inexorável. E sucumbiremos todos!

- O que propões?- Leia o ensaio, por favor!

O autorMaio/2011

L. C. CORREA SOARES

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BIBLIOGRAFIAALMEIDA, Sérgio Barbosa de. Desenvolvimento e desemprego. Rio de Janeiro : Caderno Temático nº 1. Senge-RJ. Mimeo, 1996ANDREETA, José Pedro; ANDREETA, Maria de Lourdes. Quem se atreve a ter certeza? A realidade quântica e a /loso/a. São Paulo : Editora Mercuryo, 2004ARAUJO, Tânia Bacelar; BENJAMIM, César. Brasil, reinventar o futuro. Rio de Janeiro : Senge-RJ, 1994 ARENDT, Hannah. A condição humana. Rio de janeiro : Forense-Universitária, 1989ARISTÓTELES, A Política. São Paulo : Editora EscalaBATISTA JR, Paulo Nogueira. Mitos da globalização. Rio de Janeiro : PEDEX – Programa Educativo sobre a Dependência Externa. Publicado no Caderno Temático nº 4. Senge-RJ, 1998BENJAMIM, César et. al. A opção brasileira. Rio de Janeiro : Contraponto, 1998CAPRA, Fritjof. O ponto de mutação. São Paulo : Editora Cultrix, 2001 ______ , ______. As conexões ocultas – Ciência para uma vida sustentável. São Paulo : Editora Cultrix, 2002 CHAUI, Marilena. Convite à Filoso/a. São Paulo : Editora Ática, 2002DIETERICH, Heinz et. al. Fim do capitalismo global, o novo projeto histórico. São Paulo : Xamã, 1998FAUCHER, Philippe. Políticas de ajuste ou erosão do Estado no Brasil?. Rio de Janeiro : DADOS - Revista de Ciências Sociais. volume 36, n.3. 1993. (Texto apresentado no seminário internacional “Estratégias Liberais de Refundação: Dilemas Contemporâneos do Desenvolvimento” - Rio de Janeiro - agosto/92).FIORELLI, José Ormir; MALHADAS JUNIOR, Marcos Julio Olivé; MORAES, Daniel Lopes de. Psicologia na mediação – Inovando a gestão de con;itos interpessoais e orgnizacionais. São Paulo : Editora LTr, 2004FORRESTER, Viviane. O horror econômico. São Paulo : Editora Unesp, 1997FURTADO, Celso. O capitalismo global. São Paulo : Editora Paz e Terra, 2000GALEANO, Eduardo. As veias abertas da América Latina. São Paulo : Editora Paz e Terra, 1998GLEISER, Marcelo. Retalhos cósmicos. São Paulo : Companhia das Letras, 1999

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KURZ, Robert. Os últimos Combates. Petrópolis - RJ : Editora Vozes, 1997LÖWY, Michael. Ideologias e ciências sociais - Elementos para uma análise marxista. São Paulo : Cortez Editora, 1995 Paulo : Xamã Editora, 2000 ______, _______; BENSAÏD, Daniel. Marxismo - Modernidade - Utopia. São Paulo : Xamã Editora, 2000MAQUIAVEL, Nicolau. O príncipe. São Paulo : Editora Martin Claret, 2007MARX, Karl; ENGELS, Friedrich. O Manifesto Comunista. São Paulo: Paz e Terra, 2007MORE, `omas. Utopia. São Paulo : Editora EscalaPLATÃO. A República. São Paulo : Editora Martin Claret POCHMANN, Marcio. Qual desenvolvimento?. São Paulo : Publisher, 2009 PRADO JR, Caio. A revolução brasileira. São Paulo : Brasiliense, 1996RAMONET, Ignacio. Geopolítica do caos. Petrópolis - RJ : Editora Vozes, 1998RIBEIRO, Darcy. O processo civilizatório – Etapas da evolução sociocultu-ral. São Paulo : Companhia das Letras, 1998RIFKIN, Jeremy. O Fim dos empregos. São Paulo : Makron Books do Brasil Editora, 1995SADER, Emir; GENTILI, Pablo (Organizadores). Pós-neoliberalismo: as po-líticas sociais e o Estado democrático. São Paulo : Editora Paz e Terra, 1995SOARES, Luiz Carlos Correa. E se o capitalismo acabasse?. Curitiba : Editora Popular, 2001_______ , ________. Pensar o Brasil e Construir o Futuro da Nação – Súmu-la do Projeto. Brasília : Confea (edição própria), 2007 SUPLICY, Eduardo. Programa de Garantia de Renda Mínima. Brasília : Centro Grá�co do Senado Federal, 1992 ________, ______. Renda Básica de Cidadania, São Paulo : Editora L@PM, 2006SUN TZU. A arte da guerra. Rio de Janeiro : Editora Ediouro

Centenas de matérias na Internet: -> Google (www.google.com.br) -> IHU Notícias (www.unisinos.br/ihu) -> Sítio do Soares (www.lukasoar.com) -> Blog do Soares – temas políticos (lccsoares.blog.uol.com.br) - > Outras fontes

L. C. CORREA SOARES

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TOMO I – Geração e degeneração

GERAÇÃO E DEGENERAÇÃO

TOMO I - GERAÇÃO E DEGENERAÇAO

S U M Á R IO

PALAVRAS INICIAIS

01 – RETROSPECTIVA HISTÓRICA

Um pouco da História Econômica, 25

Um pouco do Pensamento Econômico, 30

02 - MARCOS DO CAPITALISMO

Síntese de Processos Anticapitalistas, 35

Revoluções Industriais, 38

Marcos Históricos do Capitalismo, 42

03 - TRAJETÓRIA DO NEOLIBERALISMO

Origens e Fundamentos, 53

Expansão Neoliberal, 56

Brasil, da Dependência à Subserviência, 70

Ocaso Neoliberal, 77

04 – CRISES E CONFRONTOS

Crises do Capitalismo, 81

O onze-de-setembro, 95

“Rebeldias” atuais na América Latina, 98

05 - CONSEQUÊNCIAS DO CAPITALISMO

Introdução, 121

Consequências Sociais, 123

Consequências Ecológicas, 137

PALAVRAS FINAIS, 146

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CAPITALISMO TERMINAL

GERAÇÃO E DEGENERAÇÃO

PALAVRAS INICIAIS

A realidade é sempre algo que está posto, de modo independente de

tempo e de espaço. Todos têm a possibilidade de olhar; alguns podem

também ver; grande parte das pessoas olha e não vê; boa parte não

olha nem vê.

Tendo em vista a a/rmativa acima, a qual também foi vista na epígrafe

da Apresentação, esta parte primeira do ensaio tem o sentido dialético

de uma tese. Nela é tratada a degenerescência do sistema capitalista e é

procedida uma análise diferencial mediante uma resenha retrospecti-

va, sumária, analítica e crítica da história econômica e do pensamento

político-economico-social até nossos dias.

É enfatizado o olhar sobre os últimos três séculos, quando o modelo

capitalista passou a ser predominante em decorrência da supremacia

de uma classe política, econômica e social denominada burguesia.

A acuidade da observação aumenta na proporção do tempo decorrido.

O foco se aprofunda na medida em que a “câmera” da análise se apro-

xima do momento atual, ou seja, o “zoom” é cada vez mais fechado

na trajetória e nas conseqüências do capitalismo, em especial o neoli-

beralismo, sua última versão. Aqui, podemos entender o quali/cativo

“última” tanto no sentido de “atual” quanto de “derradeira”...

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