capacitação em mediação familiar deisemara turatti langoski 2013

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Capacitação em Capacitação em Mediação Mediação Familiar Familiar Deisemara Turatti Deisemara Turatti Langoski Langoski 2013 2013

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Page 1: Capacitação em Mediação Familiar Deisemara Turatti Langoski 2013

Capacitação em Capacitação em Mediação FamiliarMediação Familiar

Deisemara Turatti LangoskiDeisemara Turatti Langoski20132013

Page 2: Capacitação em Mediação Familiar Deisemara Turatti Langoski 2013

Situação atual....Principal reclamação da Principal reclamação da sociedade em relação ao sociedade em relação ao Judiciário: MOROSIDADEJudiciário: MOROSIDADETambém é considerado pouco acessível, Também é considerado pouco acessível,

“fechado”, distante, ineficiente ... “fechado”, distante, ineficiente ... Conciliação e mediação: agilizam, favorecem o Conciliação e mediação: agilizam, favorecem o

acesso (e a saída), proporcionam mais participação acesso (e a saída), proporcionam mais participação e maior aproximação com a sociedade = e maior aproximação com a sociedade = EFICIÊNCIAEFICIÊNCIA

Daí a importância de uma política pública em Daí a importância de uma política pública em conciliação e mediaçãoconciliação e mediação

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RESOLUÇÃO 125 - CNJRESOLUÇÃO 125 - CNJDispõe sobre a Política Nacional de tratamento Dispõe sobre a Política Nacional de tratamento

adequado dos conflitos de interessesadequado dos conflitos de interesses

Visa “assegurar a todos o direito à solução dos Visa “assegurar a todos o direito à solução dos conflitos por meios adequados à sua natureza e conflitos por meios adequados à sua natureza e peculiaridade”, incumbindo aos “órgãos peculiaridade”, incumbindo aos “órgãos judiciários oferecer mecanismos de soluções de judiciários oferecer mecanismos de soluções de controvérsias, em especial os chamados meios controvérsias, em especial os chamados meios consensuais, como a consensuais, como a mediação e a e a conciliaçãoconciliação” ” (art. 1º), “com vista à boa qualidade dos serviços e (art. 1º), “com vista à boa qualidade dos serviços e à disseminação da cultura de pacificação social” à disseminação da cultura de pacificação social” (art. 2º)(art. 2º)

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Mediação - primeira ideiaHistória...História...

O que é?O que é?

Função essencial?Função essencial?

Iceberg – posições e interessesIceberg – posições e interesses

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Origem...Remonta idos de 3.000 a.C., na Grécia;Remonta idos de 3.000 a.C., na Grécia;Culturas judaicas, cristãs, islâmicas, huduístas, Culturas judaicas, cristãs, islâmicas, huduístas,

budistas, indígenas praticam mediação;budistas, indígenas praticam mediação;Até a Renascença a Igreja católica era a principal Até a Renascença a Igreja católica era a principal

organização da mediação;organização da mediação;China, durante o período de Confúcio (550-479 China, durante o período de Confúcio (550-479

a.C.) –haveria uma harmonia natural nas questões a.C.) –haveria uma harmonia natural nas questões humanas que não deveria ser satisfeita por humanas que não deveria ser satisfeita por procedimentos adversariais;procedimentos adversariais;

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A mediação familiar nos EUA

Nasce em 1974, fruto do desenvolvimento de um Nasce em 1974, fruto do desenvolvimento de um modo alternativo de resolução de conflitos;modo alternativo de resolução de conflitos;

Visava essencialmente reconciliações de casaisVisava essencialmente reconciliações de casaisEvoluiu para a obtenção de acordos sobre variadas Evoluiu para a obtenção de acordos sobre variadas

questões familiares, sobretudo regulação do poder questões familiares, sobretudo regulação do poder paternal paternal

Inicia-se a passagem de um direito imposto para Inicia-se a passagem de um direito imposto para um direito partilhadoum direito partilhado

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A mediação familiar em França

Anos 70: “desjudicialização” do divórcio com o Anos 70: “desjudicialização” do divórcio com o divórcio por mútuo consentimentodivórcio por mútuo consentimento

Influência canadiana no final dos anos 80Influência canadiana no final dos anos 80Mediação não beneficia de um quadro legislativo Mediação não beneficia de um quadro legislativo

próprio,próprio,Vive muito em função dos magistrados que Vive muito em função dos magistrados que

“delegam” questões nas associações“delegam” questões nas associações

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Estado cria estruturas e financia experiências de Estado cria estruturas e financia experiências de mediação.mediação.

Em 2004 a mediação familiar é legalmente Em 2004 a mediação familiar é legalmente caracterizada como sendo essencial não somente caracterizada como sendo essencial não somente para a protecção dos filhos como também de para a protecção dos filhos como também de pessoas e bens.pessoas e bens.

Art.1108º CPC estipula que junto com a Art.1108º CPC estipula que junto com a notificação para audiência de tentativa de notificação para audiência de tentativa de reconciliação apensa-se informação sobre reconciliação apensa-se informação sobre mediação familiar.mediação familiar.

A mediação familiar em França

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Mediação familiar em Inglaterra Donde data a mediação familiar mais antiga da EuropaDonde data a mediação familiar mais antiga da Europa

Em 1978, Fundado o Serviço de Mediação Em 1978, Fundado o Serviço de Mediação FamiliarFamiliar

Recentemente foram criados vários serviços de mediação Recentemente foram criados vários serviços de mediação familiar por todo o país.familiar por todo o país.

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Mediação familiar em Portugal

Início: década de 90Início: década de 90 Em 1993 é criado o Instituto português de Mediação Em 1993 é criado o Instituto português de Mediação

FamiliarFamiliar Por iniciativa de magistrados, advogados, terapeutas Por iniciativa de magistrados, advogados, terapeutas

familiares e psicólogos com o objetivo de:familiares e psicólogos com o objetivo de: Promoção e dinamização da mediação familiarPromoção e dinamização da mediação familiar Divulgação de informação e formação de mediadores Divulgação de informação e formação de mediadores

familiaresfamiliares

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No Brasil

Regime militar (1964 – 1985) – cerceamento Regime militar (1964 – 1985) – cerceamento direitos;direitos;

Constituição Federal de 1988 – ordem Constituição Federal de 1988 – ordem democrática: cidadania, direitos e garantias, democrática: cidadania, direitos e garantias, acesso à justiça;acesso à justiça;

Descrédito da população na Justiça Estatal;Descrédito da população na Justiça Estatal;Aparecem neste cenário os meios alternativos de Aparecem neste cenário os meios alternativos de

resolução de conflitosresolução de conflitos

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No Brasil

A mediação no Brasil surgiu A mediação no Brasil surgiu simplesmente dos obstáculos de simplesmente dos obstáculos de acesso à justiça e à ineficiência do acesso à justiça e à ineficiência do sistema judiciário brasileiro em atender, sistema judiciário brasileiro em atender, satisfatoriamente, à demanda por satisfatoriamente, à demanda por soluções exigidas pelos mais diversos soluções exigidas pelos mais diversos conflitos da populaçãoconflitos da população

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No Brasil

Código de Processo CivilCódigo de Processo CivilArtigo 125. O juiz dirigirá o processo conforme as Artigo 125. O juiz dirigirá o processo conforme as disposições deste Código, competindo-lhe: (...) disposições deste Código, competindo-lhe: (...) IV. tentar, a qualquer tempo, conciliar as partes. IV. tentar, a qualquer tempo, conciliar as partes. (Redação dada ao inciso pela Lei 8.952 de (Redação dada ao inciso pela Lei 8.952 de 13.12.1994).13.12.1994).

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A Mediação no Brasil Duas vertentes: SP, 1989, modelo francês e, década de 90

pela Argentina o modelo dos EUA: Redução distância entre Judiciário e cidadão;Aperfeiçoamento instrumentos de acesso à justiça;

Afeição ao modelo europeu;PL 4827/98 -Zulaiê Cobra Ribeiro – adotou o modelo

francês (sete artigos);Década de 90 – Ada Pelegrini Grinover e processualistas

– PL influência EUA.PL 2.285/2007 - Estatuto das Famílias, Deputado Sérgio

Barradas Carneiro, consagra a mediação familiar (arts. 128 e 129):

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Duas linhas principais de Mediação:

Mediação Resolutiva de Conflitos (EUA – a partir de 1960)

Mediação Universalista (dialética)(França – a partir de 1981)

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Ideia da Mediação Universalista no tratamento do conflito:

Busca atingir a estrutura do conflito para alterar (transformar) a dimensão simbólica da relação conflituosa (ou seja, alterando o modo como as pessoas percebem os fatos que elas qualificam como conflituosos) e, conseqüentemente, abrindo novas portas para a transformação dessa relação.

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Brasil, momento derever paradigmas...

Transpor a cultura adversarial para a cultura do Transpor a cultura adversarial para a cultura do diálogo; diálogo;

A linguagem binária para a linguagem ternária A linguagem binária para a linguagem ternária (Águida Arruda Barbosa); (Águida Arruda Barbosa);

Do agir instrumental para o “agir comunicativo” o Do agir instrumental para o “agir comunicativo” o homem” (Habermas).homem” (Habermas).

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Pós-modernidade...

Alteração das estruturas familiares tradicionais;Alteração das estruturas familiares tradicionais;Aumento da uniões de fato;Aumento da uniões de fato;Aumento do número de famílias monoparentais; Aumento do número de famílias monoparentais; Aumento do número de filhos fora do casamento;Aumento do número de filhos fora do casamento;Aumento do nº de divórcios;Aumento do nº de divórcios;Uniões homoafetivas;Uniões homoafetivas;Outros...Outros...

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A instância judicial não se revela a mais adequadaA instância judicial não se revela a mais adequadapara solucionar conflitos familiares devido a:para solucionar conflitos familiares devido a: burocratização burocratização morosidademorosidade custoscustos

Necessidade de um sistema diferente.Necessidade de uma alternativa à rigidez jurídica que não é favorável à participação ativa e direta das pessoas nos conflitos.

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Fonte parcial: Tania Almeida

NEGOCIAÇÃONEGOCIAÇÃOX Y

CONCILIAÇÃOCONCILIAÇÃOX YC

X YM

RESOLUÇÃO JUDICIALRESOLUÇÃO JUDICIAL JX Y

ARBITRAGEMARBITRAGEMAX Y

Métodos de Resolução de Conflitos

MEDIAÇÃOMEDIAÇÃO

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Mediação e Conciliação: diferenças

Na conciliação, o objetivo é o acordo, ou seja, as Na conciliação, o objetivo é o acordo, ou seja, as pessoas, mesmo adversárias, devem chegar a um pessoas, mesmo adversárias, devem chegar a um acordo para evitar um processo judicial. acordo para evitar um processo judicial.

Na mediação as pessoas não devem ser entendidas Na mediação as pessoas não devem ser entendidas como adversárias e o acordo é conseqüência da como adversárias e o acordo é conseqüência da real comunicação entre as partes. real comunicação entre as partes.

Na conciliação, o mediador sugere, interfere, Na conciliação, o mediador sugere, interfere, aconselha. aconselha.

Na mediação, o mediador facilita a comunicação, Na mediação, o mediador facilita a comunicação, sem induzir as partes ao acordo. sem induzir as partes ao acordo.

(SALES, 2004, p.38)(SALES, 2004, p.38)

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Mediação e Conciliação: diferenças

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Definindo a mediação...Processo não adversarial, confidencial e voluntário, no qual um terceiro neutro/isento (mediador) facilita a negociação entre duas ou mais pessoas e as auxilia na identificação de interesses comuns, complementares e divergentes, mantendo-as autoras das soluções construídas com base no consenso e visando o futuro.

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Definindo a mediação…

“A mediação é uma possibilidade de poder ter o direito a dizer o que nos passa, ou uma procura do próprio ponto de equilíbrio e do ponto de equilíbrio com os outros. Seria um ponto de equilíbrio entre os sentimentos e as razões para evitar os excessos dos sentimentos, os sentimentos desmedidos. A mediação como um encontro consigo mesmo é uma possibilidade de sentir com o outro, produzir com o outro a sensibilidade de cada um: o entre-nós da sensibilidade”

(Luis Alberto Warat)

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A partir desta nova percepção...

Conflito redimensionado:

Faz parte das relações humanas;Desafio: ser percebido e transformado;Favorece o crescimento pessoal e comunitário;Previne estagnações, estimula interesses e

curiosidades; É a raiz da mudança pessoal e social;

Page 31: Capacitação em Mediação Familiar Deisemara Turatti Langoski 2013

Mediação para além do acordo...

Função saudável:Função saudável:

Ajuda à comunicação e à compreensão;Ajuda à comunicação e à compreensão;Transforma as relações (pessoas);Transforma as relações (pessoas);Ressignifica os conflitos;Ressignifica os conflitos;Promove a Cultura de Paz;Promove a Cultura de Paz;

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O Mediador

Equilíbrio

Avaliaçãosólida

Empatiapessoal

Conhecimentosubstancial

Compreensão teórica

Comportamentoético

Sensibilidade emocional

Capacidadestécnicas

Criatividade Flexibilidade

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Fases do Processo de mediaçãoAtendimento inicial

Reunião Individual com a mãe

Reunião Individual com o pai

Reunião conjunta de mediação

1ª Fase

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Fases do Processo de mediação2ª Fase

Reuniões de Mediação

Reunião final para: assinatura de acordo formal ou infomal, reconciliação, ou outra

resposta.

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Importância das técnicas para a sessão de Mediação As técnicas permitem fazer com a que a solução do As técnicas permitem fazer com a que a solução do

conflito decorra efetivamente da manifestação de vontade conflito decorra efetivamente da manifestação de vontade das pessoas, ainda que se trate de uma aceitação ou adesão das pessoas, ainda que se trate de uma aceitação ou adesão a propostas que a elas são formuladas (a propostas que a elas são formuladas (agrega qualidadeagrega qualidade))

O uso das técnicas gera postura ativa das partes na solução O uso das técnicas gera postura ativa das partes na solução dos conflitos (dos conflitos (maior satisfação do usuáriomaior satisfação do usuário))

As técnicas permitem a identificação (e a tentativa de As técnicas permitem a identificação (e a tentativa de solução) do conflito real, o qual nem sempre está explícito solução) do conflito real, o qual nem sempre está explícito na pretensão deduzida em juízo (na pretensão deduzida em juízo (resolve o conflitoresolve o conflito))

Uso das técnicas gera maior número de acordos Uso das técnicas gera maior número de acordos ((eficiênciaeficiência))

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Técnicas e ferramentas1 - Declaração de abertura: 1 - Declaração de abertura: apresentação das apresentação das

pessoas, o significado, os objetivos e os pessoas, o significado, os objetivos e os esclarecimentos sobre as regras da sessão (reunião esclarecimentos sobre as regras da sessão (reunião de mediação) – de mediação) – RAPPORTRAPPORT: relação de confiança: relação de confiança

2 - Comunicação2 - Comunicação: linguagem simples, cuidado com : linguagem simples, cuidado com o tom de voz e a postura corporal - palavras o tom de voz e a postura corporal - palavras significam 7%, tom de voz 38% e 55% é significam 7%, tom de voz 38% e 55% é linguagem corporal, ou seja, 93% é linguagem não linguagem corporal, ou seja, 93% é linguagem não verbal! verbal!

3 – Escuta ativa3 – Escuta ativa: evitar escuta nervosa, realmente : evitar escuta nervosa, realmente escutar a pessoa (isso é comunicação, diálogo)escutar a pessoa (isso é comunicação, diálogo)

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Técnicas e ferramentasTécnicas e ferramentas

4 – Audição de propostas implícitas: 4 – Audição de propostas implícitas: a escuta ativa a escuta ativa permite que você identifique na fala das pessoas a permite que você identifique na fala das pessoas a formulação de uma proposta;formulação de uma proposta;

5 - Tolerância5 - Tolerância: autocontrole, evitando estimular o : autocontrole, evitando estimular o conflito, despolarizando;conflito, despolarizando;

6 – Contato direto6 – Contato direto: aproximação, diálogo direto : aproximação, diálogo direto com as pessoas em conflito;com as pessoas em conflito;

7 - Silêncio7 - Silêncio: permite momentos de reflexão: permite momentos de reflexão

Page 38: Capacitação em Mediação Familiar Deisemara Turatti Langoski 2013

Técnicas e ferramentasTécnicas e ferramentas8 – Postura conciliatória: 8 – Postura conciliatória: as pessoas devem ir para a as pessoas devem ir para a

sessão com o objetivo de dialogar/conciliar e não sessão com o objetivo de dialogar/conciliar e não com o intuito de buscar uma vantagem ou com o intuito de buscar uma vantagem ou imaginando estar fazendo um favor; imaginando estar fazendo um favor;

9 – Validação de sentimentos9 – Validação de sentimentos: identificar sentimentos : identificar sentimentos permite que eles sejam validados, o que faz com que permite que eles sejam validados, o que faz com que a pessoa se sinta valorizada e prestigiada. Melhora a a pessoa se sinta valorizada e prestigiada. Melhora a comunicação e gera credibilidade;comunicação e gera credibilidade;

10 – Afago – reforço positivo10 – Afago – reforço positivo: significa ressaltar uma : significa ressaltar uma postura positiva da parte durante a sessão;postura positiva da parte durante a sessão;

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Técnicas e ferramentasTécnicas e ferramentas11 – Sessões privadas: 11 – Sessões privadas: confidencialidade (Como confidencialidade (Como

manter a imparcialidade?). Pode ser solicitada manter a imparcialidade?). Pode ser solicitada pelas pessoas e/ou mediadores e deve ser pelas pessoas e/ou mediadores e deve ser garantida de igual modo e tempo para a outra garantida de igual modo e tempo para a outra pessoa;pessoa;

12 – Inversão de papéis12 – Inversão de papéis;;13 – Geração de opções;13 – Geração de opções;14- Normalização: 14- Normalização: demonstrar para a pessoa que demonstrar para a pessoa que

o conflito é um fenômeno normal;o conflito é um fenômeno normal;

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Técnicas e ferramentas15 – Teste de realidade: 15 – Teste de realidade: Fechamento do acordo – Fechamento do acordo –

teste de realidade: verificar se a pessoa tem teste de realidade: verificar se a pessoa tem condições de cumprir o acordo a fim de evitar condições de cumprir o acordo a fim de evitar novo(s) conflito(s), se esta for a opção;novo(s) conflito(s), se esta for a opção;

16 - Cumprimento do acordo16 - Cumprimento do acordo: fase essencial, a fim : fase essencial, a fim de que o que foi acordado se concretize da forma de que o que foi acordado se concretize da forma mais rápida possível e nos prazos do acordo;mais rápida possível e nos prazos do acordo;

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Para refletir…““Horizontalizar as responsabilidades, romper preconceitos, Horizontalizar as responsabilidades, romper preconceitos, expor as contradições das nossas organizações (…) e deixar expor as contradições das nossas organizações (…) e deixar aflorar um novo caminho, sem demagogia, sem a soberba da aflorar um novo caminho, sem demagogia, sem a soberba da hierarquia exagerada, sem o romantismo piegas, sem o hierarquia exagerada, sem o romantismo piegas, sem o bacharelismo onipotente. Esses são os pressupostos bacharelismo onipotente. Esses são os pressupostos necessários para a construção de uma cultura de paz.necessários para a construção de uma cultura de paz.[…][…]Queremos um país desenvolvido e, para tal, precisamos Queremos um país desenvolvido e, para tal, precisamos desenvolver os laços de uma cultura que privilegie o diálogo, desenvolver os laços de uma cultura que privilegie o diálogo, que sejam sustentados sobre valores éticos de respeito a todas que sejam sustentados sobre valores éticos de respeito a todas as pessoas e de ações de solidariedade.”as pessoas e de ações de solidariedade.”

(Everardo Lopes)(Everardo Lopes)

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Obrigada!