mediação empresarial judicial

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Mediação Empresarial 19 de fevereiro de 2016

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Page 1: Mediação Empresarial Judicial

Mediação

Empresarial 19 de fevereiro de 2016

Page 2: Mediação Empresarial Judicial

MAURICIO VASCONCELOS GALVÃO FILHO Advogado do Departamento de Contencioso da Área Jurídica do BNDES.

[email protected]

Tel.: (21) 2172.7626

Membro e Coordenador da Comissão de Mediação de Conflitos da OAB/RJ.

Mestre em Direito Processual pela UERJ.

Especialista em Direito Público e Privado – EMERJ/UNESA.

Autor e co-autor de artigos e livros sobre Direito Processual, Mediação, Arbitragem e Métodos de Solução de

Conflitos.

Fundador e Consultor ad hoc da Revista de Direito. Processual da Pós-Graduação (Mestrado e Doutorado) da

Faculdade de Direito da UERJ - http://www.e-publicacoes.uerj.br/index.php/redp

Mantenedor do site www.codigodeprocessocivil.com

Page 3: Mediação Empresarial Judicial

Para reflexão:

O que é conflito?

Conflito é algo positivo ou negativo?

Conflitologia e Teoria do Conflito.

Sistemas de prevenção e solução de conflitos

(Extrajudicial e Judicial).

3

Page 4: Mediação Empresarial Judicial

As 3 questões para análise:

O que é Mediação Empresarial?

Quais os benefícios da Mediação Empresarial?

Existe espaço, aplicação e mercado para quem

deseja utilizar e trabalhar com a Mediação

Empresarial?

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Page 5: Mediação Empresarial Judicial

5 Imagem disponível in www.ucrostravel.com

Page 6: Mediação Empresarial Judicial

O que é Mediação Empresarial?

6

Page 7: Mediação Empresarial Judicial

A Mediação Empresarial é:

- um método (ou instrumento) científico, técnico,

consensual e não-adversarial (não-litigioso),

- de prevenção ou solução de disputas, controvérsias,

conflitos ou litígios,

- que pode ser utilizado em sede extrajudicial ou judicial,

- pelo qual as partes de forma livre, autônoma,

espontânea e consciente,

- utilizam um terceiro qualificado, neutro, imparcial,

capacitado e facilitador do processo de comunicação e

negociação, denominado de Mediador,

- O mediador (ou co-mediadores) é responsável pela

condução de processo de mediação,

7

Page 8: Mediação Empresarial Judicial

- destinado a auxiliar e conduzir as partes em busca:

a) do restabelecimento da comunicação e do diálogo,

b) de uma solução possível,

b) a preservação de relações continuadas ou

c) de situações em que o relacionamento das partes

seja relevante para o presente e o futuro,

- mediante um procedimento VOLUNTÁRIO, imparcial,

isonômico, independente, informal, oral, FLEXÍVEL,

CONFIDENCIAL, marcado pela AUTONOMIA DA

VONTADE DAS PARTES, que se pauta na busca do

consenso e regido pela DECISÃO INFORMADA

(vedação da decisão surpresa) (CPC/2015, art. 166; Lei

de Mediação, art. 2º caput e §3º),

8

Page 9: Mediação Empresarial Judicial

- visando a preservação ou manutenção de relações

continuadas (CPC/2015, art. 165, §3º),

- sendo qualificada como Empresarial ao ser aplicada as

Empresas (Empresário individual, Empresa Individual de

Responsabilidade Limitada – EIRELI, Sociedade

Empresária ou Grupos Societários empresariais)

- seja “intra-empresarial” (interna ou “intra-organizacional”),

“inter-empresarial” (entre Empresas), “extra-empresarial”

(entre Empresa e Ente não-empresarial) ou judicial

(trabalhista, cível ou criminal).

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Page 10: Mediação Empresarial Judicial

Modalidades de Mediação Empresarial

1- Mediação interna, “intra-empresarial” ou “intra-

organizacional”

2 - Mediação entre Empresas ou “inter-empresarial”

3 - Mediação externa ou “extra-empresarial”

4 – Mediação Empresarial judicial

10

Page 11: Mediação Empresarial Judicial

11

1- Mediação interna ou “intra-empresarial” ou “intra-

organizacional”

- Situações ocorridas dentro da própria estrutura da Empresa,

normalmente relacionadas a questões decorrentes das atividades

internas da Empresa ou vinculadas a sua manutenção, por

exemplo:

a) Questões de organização (organizacionais).

b) Questões de recursos humanos (com exclusão de matérias

trabalhistas “judicializadas”, a serem tratadas pela Mediação

Judicial trabalhista).

c) Questões entre administradores e empregados.

d) Questões entre administradores e sócios.

e) Questões entre acionistas ou quotistas e a Empresa.

f) Questões entre sócios.

Page 12: Mediação Empresarial Judicial

2 - Mediação entre Empresas ou “inter-empresarial”

PRESSUPOSTO: lógica empresarial e a questão do lucro.

Envolvendo questões entre Empresas, tendo como matéria por exemplo:

- decorrentes de crédito e débito;

- transações comerciais;

- transações financeiras ou bancárias;

- transações imobiliárias;

- empreitadas;

- relações de franquia;

- Propriedade intelectual;

- operações com seguros;

- questões societárias entre Empresas;

- questões sobre títulos de crédito e títulos de participação societária.

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Page 13: Mediação Empresarial Judicial

3 - Mediação externa ou “extra-empresarial” ou entre Empresas e Entes

não-empresariais.

PRESSUPOSTO: lógica não empresarial, função social da Empresa para a

Sociedade, função social do Contrato e a crítica ao parâmetro do lucro.

- Decorrentes da relação entre a Empresa e:

a) consumidores;

b) Sociedade ou Coletividade;

c) Entes não-empresariais nacionais (Associações, ONGs, Sociedades

Simples, Fundações etc.);

d) Entes não-empresariais estrangeiros ou internacionais (Países,

Organismos internacionas, Associações estrangeiras, ONGs

estrangeiras, Fundações estrangeiras etc.);

e) Poder Público (Administração Pública Direta e Indireta).

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Page 14: Mediação Empresarial Judicial

4 – Mediação Empresarial Judicial

4.1) Mediação empresarial judicial trabalhista individual (em Dissídio

individual e Ações plúrimas)

4.2) Mediação empresarial judicial trabalhista coletiva (Dissídio

Coletivo e Ações Coletivas Trabalhistas)

4.3) Mediação empresarial judicial cível individual (Ação civil

individual)

4.4) Mediação empresarial judicial cível Coletiva (Ações Coletivas,

Demandas individuais repetitivas e IRDR – Incidente de Resolução de

Demandas Repetitivas)

4.5) Mediação empresarial judicial criminal (crimes comuns, crimes

societários, crimes ambientais, acordos de leniência) – Seria

possível?

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Page 15: Mediação Empresarial Judicial

Quais os benefícios da

Mediação Empresarial?

15

Page 16: Mediação Empresarial Judicial

16 Imagem disponível in www.aceinstitucional.com.br

Page 17: Mediação Empresarial Judicial

17 www.conradopaulinoadv.com.br

Page 18: Mediação Empresarial Judicial

Mediar ou não mediar: esta é a

questão? Baseado no artigo To Mediate or Not To Mediate: That Is the Question, por Roger J. Peters e Deborah Bovarick

Mastin in Dispute Resolution Journal

Para usar a mediação:

1º - o caso deve ser apropriado para a

mediação,

2º - o momento da mediação precisa ser

adequadamente escolhido.

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Page 19: Mediação Empresarial Judicial

VANTAGENS DA MEDIAÇÃO

1) O acordo produzido pelo processo de mediação não será sujeito a recursos, e

será imediatamente exequível,

2) Mesmo um processo de mediação sem sucesso pode auxiliar as partes para

identificar os pontos em disputa,

3) Por ser menos adversarial e por requerer certo tipo de cooperação, o processo de

mediação auxilia as partes para preservar os relacionamentos comerciais,

4) O processo de mediação se direciona para uma solução mais barata e rápida do

que as opções de resolução adversarial de disputas,

5) As partes mantem o controle do resultado, assim não podem ocorrer resultados

inesperados e inaceitáveis (CPC/2015, art. 166 – decisão informada),

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Page 20: Mediação Empresarial Judicial

6) A confidencialidade pode abranger a legislação aplicável e ao acordo contratual

(CPC/2015, art. 166, §1º e Lei 13.140/2015, arts. 2º, VII; 14; 30 caput e §1º);

7) O processo de mediação permite que as partes prevejam uma realidade alternativa,

permitindo um “check da realidade” para os proponentes para alocar os riscos

assumidos;

8) O processo de mediação permite aos verdadeiros tomadores de decisão, aqueles

que tem autoridade para firmar o acordo, para alocar o risco pessoalmente e mais

acurado do que os participantes iniciais da matéria da disputa;

9) Ao contrário da arbitragem e do litígio, as opções de acordo de mediação incluem

vários tipos de soluções não monetárias;

10) A Corte (Poder Judiciário) deve estimular as partes o uso da mediação em qualquer

momento, através de um programa indicado pela Corte (CPC/2015, art. 2º, §3º);

11) Alto grau de exequibilidade e efetividade dos acordos (registros internacionais –

EUA e França – de cumprimento voluntário entre 80% e 90%).

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Page 21: Mediação Empresarial Judicial

21 Imagem disponível in stopsecrets.ning.com

Page 22: Mediação Empresarial Judicial

22 www.aleteia.org

Page 23: Mediação Empresarial Judicial

BENEFÍCIOS DA MEDIAÇÃO EMPRESARIAL (Diego Faleck)

1 – drástica redução de custos;

2 – solução rápida das disputas, com economia de tempo;

3 – redução dos custos diretos e indiretos de resolução de conflitos;

4 – gasto reduzido de executivos e gerentes internos da Empresa;

5 – redução do desgaste de relacionamentos importantes para a Empresa;

6 – minimização de incertezas quanto aos resultados;

7 – mesmo quando a Mediação não gera um acordo imediatamente, sua

utilização propicia vantagens para as partes, como:

a) a melhor compreensão da disputa;

b) o estreitamento de pontos que posteriormente serão submetidos

à Arbitragem ou ao Poder Judiciário;

c) plantar a “semente” do acordo, que talvez seja concretizado em

momento futuro.

Revista de Arbitragem e Mediação da RT (RArb, ano 11, volume 42, julho-setembro – 2014, pp. 263/278) o

artigo MEDIAÇÃOEMPRESARIAL: INTRODUÇÃO E ASPECTOS PRÁTICOS, p. 265.

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Page 24: Mediação Empresarial Judicial

Neil Andrews (professor da Faculdade de Direito de Cambridge, Inglaterra)

explica que o crescimento da mediação é em grande parte relacionada a

seis fatores:

1) a percepção (quase sempre também da realidade) de que processos

judiciais são imprevisíveis;

2) o processo adjudicativo baseado nos Tribunais (e extensa preparação

para a audiência final) é uma fonte de despesa, atraso e ansiedade;

3) processo judicial oferece pouco escopo para participação direta pelas

partes, consideradas distinta dos representantes legais;

4) o julgamento final normalmente assegura vitória para apenas um

vencedor;

5) Tribunal é Justiça a céu aberto, visível para o homem em geral;

6) contencioso é uma guerra privada – mesmo se os juízes pretenderem

que seja regido por regras elaboradas e convenções conciliadoras

destinadas a abrandar a disputa.

ANDREWS, Neil. Mediação e arbitragem na Inglaterra in Revista de Processo, vol. 211/2012, p. 281,

Set / 2012. São Paulo: Revista dos Tribunais, 2012.

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Page 25: Mediação Empresarial Judicial

25 Imagem disponível in www.altag.net

Page 26: Mediação Empresarial Judicial

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Page 27: Mediação Empresarial Judicial

Existe área para quem deseja

utilizar, aplicar e trabalhar com a

Mediação Empresarial?

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Page 28: Mediação Empresarial Judicial

Informações IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística

http://brasilemsintese.ibge.gov.br/pt/servicos/numero-de-empresas-por-segmento-de-servico

Números de Empresas no Brasil em 2012

Total: 1.155.634

Por segmentos

- Serviços prestados às famílias: 367.363

- Serviços profissionais, administrativos e complementares: 361.442

- Transportes, serviços auxiliares aos transportes e correio: 158.884

- Serviços de manutenção e reparação: 105.060

- Serviços de informação e comunicação: 90.375

- Outras Atividades de Serviços: 36.865

- Atividades imobiliárias: 35.645

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Page 29: Mediação Empresarial Judicial

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Page 30: Mediação Empresarial Judicial

Relatório ACCENTURE (2012)

http://www.accenture.com/SiteCollectionDocuments/Local_Brazil/PDF/Accent

ure-Decisao-Pela-Eficiencia.pdf

“O crescimento no número de processos judiciais reflete diretamente

nas demonstrações financeiras das empresas brasileiras. Em um

recente estudo realizado pela Accenture verificou-se que companhias

de diversos segmentos provisionavam valores expressivos para

perdas com ações judiciais (Tabela 1). Somas significativas eram

direcionadas para depósitos judiciais e outras garantias, como

bloqueios de contas, cartas de fiança e seguros.”

Somatório da Tabela 1

Provisões para Perdas (total/2012): 22,278 bilhões de reais

Depósitos/Garantias (total/2012): 29,867 bilhões de reais

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Page 31: Mediação Empresarial Judicial

Conselho Nacional de Justiça – CNJ

Justiça em números – 2014 (ano-base 2013) ftp://ftp.cnj.jus.br/Justica_em_Numeros/relatorio_jn2014.pdf

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Page 32: Mediação Empresarial Judicial

CNJ – Justiça em números ftp://ftp.cnj.jus.br/Justica_em_Numeros/relatorio_jn2014.pdf

Análise de custo do funcionamento do Poder Judiciário

“O total gasto pelo Poder Judiciário foi de aproximadamente R$ 61,6 bilhões, com

crescimento de 1,5% em relação ao ano de 2012, e em 8,9% em relação ao último

triênio (2011-2013). Essa despesa é equivalente a 1,3% do Produto Interno Bruto (PIB)

nacional, 2,7% do total gasto pela União, pelos estados e pelos municípios no ano de

2013 e a R$ 306,35 por habitante. (...)

A maior parte desse gasto – R$ 55,30 bilhões – é com recursos humanos, que

representam aproximadamente 89,8% da despesa total.” (p. 32)

Receitas: “Com relação às receitas, o Poder Judiciário arrecadou aproximadamente R$

34 bilhões, o que equivale, em média, a 59,4% da despesa total.” (p. 33)

Quantidade de Magistrados no Brasil (2013): “... 16.429 magistrados, sendo que 13.841

(84%) atuam na primeira instância e 2.305 (14%) são desembargadores. Somam-se a

esses os 77 ministros atuantes nos quatro tribunais superiores (STJ, TST, TSE e STM),

além dos juízes de Turmas Recursais e Turmas Regionais de Uniformização.” (p. 33)

Destaque: Em 2009 eram 16.088 magistrados. Em 4 anos aumentou em 341 o número

de magistrados em todo o Brasil.

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Page 33: Mediação Empresarial Judicial

Análise simplificada da “litigiosidade no Judiciário brasileiro” por

algumas categorias que interessam a Mediação Empresarial

Ações de conhecimento cíveis (novas + pendentes em 2013) :

34.965.578 processos

Execuções fiscais (novas + pendentes em 2013): 31.191.017

processos.

Ações de execução cíveis (extrajudicial + judicial + cumprimento de

sentença): 10.627.970 processos

EXECUÇÕES CÍVEIS + FISCAIS: 41.818.987

(aproximadamente 44%) de 95,14 milhões de

processos em tramitação em 2013.

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Page 34: Mediação Empresarial Judicial

Recordando:

POPULAÇÃO BRASILEIRA (2010)

190.755.799

NÚMERO DE EMPRESAS NO BRASIL (2012)

1.155.634

Informações IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística

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Page 35: Mediação Empresarial Judicial

Número de Processos (2013) / População brasileira (2010)

95,14 milhões / 190.755.799 = 0,51 Processos/Pessoa

-----------------------------------------------------------------------------------

Número de Processos (2013) / Número de Empresas (2012)

95,14 milhões / 1.155.634 = 82,33 Processos/Empresa

-----------------------------------------------------------------------------------

Número de Processos (2013) / (População em 2010 + Número de

Empresas em 2012)

95,14 milhões/(191.911.433)= 0,50 Processos/(Pessoa ou Empresa)

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Page 36: Mediação Empresarial Judicial

36

ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DO COMÉRCIO

15.10.2014: World Investment Forum

161 members

since 26 April 2015, with

dates of WTO membership

(and pre-WTO GATT

membership dates where

applicable).

https://www.wto.org/english/res_e/photo_gallery_e/other_photos_e.htm

Page 37: Mediação Empresarial Judicial

Mediação Empresarial judicial nos EUA

Eric Green noticia que a mediação vem sendo utilizada regularmente

nos Estados Unidos (EUA) em “grandes casos” (“big cases”), como:

- Ações coletivas (class actions);

- Ações envolvendo múltiplos distritos (multidistrict litigation), ou

seja, diversas jurisdições;

- Ações de responsabilidade civil (mass torts);

- Falência (bankruptcy);

- Processos administrativos e Ações antitruste (antitrust)

- Ações envolvendo “multi-party construction”

- Processos administrativos e Ações judiciais sobre propriedade

intelectual (intellectual property);

- Casos de fraudes financeiras. GREEN, Eric D. - RE-EXAMINING MEDIATOR AND JUDICIAL ROLES IN LARGE, COMPLEX LITIGATION:

LESSONS FROM MICROSOFT AND OTHER MEGACASES in Boston University Law Review, vol. 8, p. 1171.

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Page 38: Mediação Empresarial Judicial

Leading case

United States versus Microsoft Corp.

On May 18, 1998, the United States filed a civil antitrust case against

Microsoft alleging that the company restrained competition in violation of the

Sherman Act.49 On the same day, twenty states and the District of Columbia

filed a similar complaint, and the court consolidated the cases at Microsoft’s

request.50 As it turned out, the consolidation of plaintiffs’ claims sowed the

seeds of difficulty for settlement on the back-end.

(...)

The essence of the complaint was that Microsoft unlawfully maintained its

operating system monopoly by engaging in a variety of exclusionary,

anticompetitive, and predatory acts in violation of section 2 of the Sherman Act. GREEN, Eric D. - RE-EXAMINING MEDIATOR AND JUDICIAL ROLES IN LARGE, COMPLEX LITIGATION: LESSONS FROM MICROSOFT AND OTHER MEGACASES in Boston University Law Review, vol. 8, p. 1180.

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Page 39: Mediação Empresarial Judicial

Microsoft Corp.

Fundada por Bill Gates e Paul Allen em 4

de abril de 1975.

39

Informações Financeiras:

Ano fiscal terminado em junho de

2001

Faturamento:

US$ 25,30 bilhões

Lucro Líquido:

US$ 7,35 bilhões

Valor de Mercado (2014)

US$ 343,8 bilhões

FONTE: http://exame.abril.com.br/mercados/noticias/as-maiores-empresas-do-mundo-em-valor-de-mercado/lista

Número de funcionários atual*

Puget Sound

(estado de

Washington):

23.539

EUA: 32.931

Mundial: 48.030

Sexo (EUA)

Homens 24.025 72,9%

Mulheres 8.899 27,0%

Idade (EUA)

Abaixo de 20 108 0,3%

20-29 9.152 27,7%

30-39 16.425 49,9%

40+ 7.246 22%

Média de

Idade (EUA) 34,3 anos

Números de funcionários por área

(Mundial)

Pesquisa &

Desenvolvime

nto

19.552

Vendas &

Suporte 22.619

Operações 5.859

*Em 29/6/2001

Page 40: Mediação Empresarial Judicial

Mediação no novo CPC: um ponto de reflexão.

Quantas vezes estes termos são citados no novo CPC?

40

Litisconsórcio - 14

Dolo - 15

Fraude - 15

Intervenção - 16

Empresa - 25

Acordo - 29

Apelação - 29

Conciliação - 37

Economia - 0

Celeridade - 1

Solução do litígio - 1

Boa-fé – 3

Empresário - 4

Principio - 7

Culpa - 9

Arbitragem - 12

Família - 13

Page 41: Mediação Empresarial Judicial

41

Mediação:

38 citações

no CPC/2015

Page 42: Mediação Empresarial Judicial

Mediação no CPC/2015

- Dever de estimular a mediação (art. 2º)

- Definição de mediação por interpretação extensiva (art. 165, §3º)

- Princípios (art. 166)

- Confidencialidade (art. 166, §1º)

- Escolha pelas partes do mediador ou câmara privada de mediação (art. 168)

- “Quarentena do mediador” por 1 ano (art. 172)

- Petição inicial indicará a opção do autor pela mediação ou não (art. 319, VII)

- Antecedência mínima da audiência de mediação de 30 dias, sendo a citação do réu

com mínimo de 20 dias antecedência (art. 334)

- Desinteresse na realização da audiência de mediação (art. 334, §§ 5º e 6º)

- Presença de advogado ou defensor público (art. 334, §9º)

- Contagem do prazo de contestação (art. 335, I e II)

- Incompetência e suspensão da audiência de mediação (art. 340, §§3º e 4º)

- Audiência de mediação prévia a apreciação de liminar em litígio coletivo por posse

de imóvel em caso de “posse velha” (mais de ano e dia) – (art. 565, §1º)

42

Page 43: Mediação Empresarial Judicial

Lei de Mediação

31 artigos sobre Mediação Civil.

Confidencialidade (arts. 2º, VII; 30 a 31)

Princípios da Mediação:

- Lei 13.140/2015, art. 2º

- CPC/2015, art. 166, caput.

Cláusula de mediação contratual (arts. 2º, §1º; 22 e §§; 23)

Obrigatoriedade de comparecer à primeira reunião de mediação.

43

Page 44: Mediação Empresarial Judicial

44

Page 45: Mediação Empresarial Judicial

Conclusão

Existe no Brasil uma ampla área de aplicação para

a Mediação Empresarial, como instrumento adequado

para a prevenção e solução de disputas, controvérsias

e conflitos, o que se amplia com a positivação das

normas sobre Mediação no CPC/2015 (Lei nº

13.105/2015) e na Lei de Mediação (Lei nº 13.140/2015.

Além disto, a Mediação pode ser utilizada como

instrumento de segurança e estabilização das relações

empresariais, mediante a utilização adequada das

cláusulas contratuais de mediação (Lei nº 13.140/2015,

art. 2º, §1º).

45

Page 46: Mediação Empresarial Judicial

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