caos e sistemas dinâmicos

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    Caos e sistemas dinmicos

    ISVOUGA 30 de Novembro 2010

    J.A. Campos Neves

    ndice

    Conceitos base Sinais temporais e sua utilidade Transformadas

    Sistemas caticos Casos reais

    Nota prvia: Este trabalho baseiase numa linha de investigao conjunta, sendo

    exposta uma parte do trabalho realizado, cujo link : http://paginas.fe.up.pt/~ee02208/

    2ISVOUGANov 2010

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    Caos e Cosmos ? COSMOS :

    .

    CAOS: Vem tambm do grego, e o oposto a Cosmos,

    significando desordem

    filosficos, mas antes com a tentativa de se encontrarem modelos matemticos para certos comportamentos!

    3ISVOUGANov 2010

    Teoria do Caos A Teoria matemtica do caos visa explicar o

    .

    So considerados

    sistemas

    complexos

    e

    dinmicos

    ,

    aqueles cujo comportamento podem ser instvel na sua evoluo temporal.

    Esta instabilidade funo das suas variveis, que de forma aleatria provocam estados especficos.

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    Sistemas informticos e registo de sries temporais

    O desenvolvimento dos computadores e dos

    capacidade de registo de dados discretizados. Desta forma a variao de uma grandeza no

    tempo transformada numa srie de valores discretos, que nos permitem deduzir

    grandeza. Falamos ento de sries temporais .

    5ISVOUGANov 2010

    Sistemas informticos e registo de sries temporais

    Exemplos: Formalmente: Temperatura mdia Batimento cardaco Variaes bolsistas Caudais de rios Voz e sons

    X N={x 1 ,x 2 ,x i ,x N }

    O que se obtm pela discretizao ou seja

    Outros.!

    de impulsos pelo sinal.

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    Discretizao

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    Caudal mdio de um rio entre 1946 e 1999

    25

    10

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    5

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    Dow Jones [1980 a 2008] 5000

    Dow Jones variao 23 12 1980 a 04 03 2008

    2000

    2500

    3000

    3500

    4000

    4500

    0

    500

    1000

    1500

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    Batimento cardaco

    2.500

    3.000

    3.500

    0

    500

    1.000

    1.500

    2.000

    0 500 1000 1500 2000 2500 3000 3500 4000 4500

    2.500

    3.000

    3.500

    0

    500

    1.000

    1.500

    2.000

    0 500 1000 1500 2000 2500 3000 3500 4000 4500

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    Temperatura mdia do ar (Viana)

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    Objectivos do estudo de sries temporais

    Consideramse quatro objectivos no estudo de sries temporais, as quais esto associadas a processos:

    Descrio obteno de indicadores primrios (mdias, mximos e

    mnimos, moda, varincia, .) Explicao

    construo de modelos que permitam a anlise da evoluo tem oral X = x, , z, w,

    Previso prever valores futuros a partir de valores passados

    Controlo Implementar mecanismos de controlo ou reaco

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    7

    Processos Processos determinsticos

    valores futuros a partir dos valores passados

    S ocorrem em casos muito controlados e onde nada muda, o que no possvel!

    Processos dinmicos Ou processos estocsticos, ou aleatrios, so aqueles

    onde valores futuros so apenas parcialmente

    determinados a partir de valores passados! Logo, no se sabe (a priori)quando mudam e para

    como mudam!

    13ISVOUGANov 2010

    Processos Dentro dos processos estocsticos temos os

    processos estac on r os que apresentam um estado de equilbrio estatstico em torno de

    um nvel mdio fixo, logo sem tendncia. Mas nem todos so assim, nem de forma

    constante odem ou mudam .

    14ISVOUGANov 2010

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    8

    Processos de anlise H inmeras tcnicas para entender e

    mo e ar processos a par r as suas s r es temporais.

    Coeficiente de correlao amostral mede o grau de correlao, logo de similaridade.

    Correlograma grfico que faz corresponder a

    cada coeficiente de autocorrelao o seu desfasamento temporal

    Outras.!

    15ISVOUGANov 2010

    Processos de anlise Espectro em sries temporais

    ervese a rans orma o a s r e empora o domnio dos tempos para o das frequncias!

    Na anlise em frequncia (anlise ou transformada de Fourier) procuramos analisar quais so as diferentes frequncias ou componentes peridicas que contribuem para a variabilidade da srie temporal.

    No entanto apresentam tambm limites, sobretudo nos processos no determinsticos!

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    Fourier significadoA partir de formas simples (de funes) podemos (re)construir um sinal/srie, ou saber como ele se decompe!

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    Exemplos transformada de Fourier

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    Transformada de Fourier

    Extrado de: http://www.gearslutz.com

    19ISVOUGANov 2010

    Fourier aplicaes Filtragem no domnio das frequencias!

    1(t)0(t)

    Fourier

    Transform

    Inverse Fourier

    Transform

    | F 0(t) |

    Filter

    t t f

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    Caos em Sistemas dinmicos Um sistema dinmico pode ser definido atravs

    do seu estado ao longo do tempo. Podem ser classificados como:

    Sistemas estveis convergem para um valor fixo. Sistemas peridicos oscilaes peridicas. Sistemas ruidosos im revisveis caracterizados or

    flutuaes irregulares Sistemas caticos deterministicos comportamento

    aperidico e imprevisvel! [Lorenz 1963]

    21ISVOUGANov 2010

    Representaes espao das fases sistema de coordenadas associado s variveis de

    estado ue descrevem a dinmica dum sistema. Fundamentos

    Sendo X(n)= {x(1),x(2),,x(i),} serie

    e X(n+L )= {x(1+L ),x(2+L ),,x(i+L ),} Onde L o Tempo de atraso .

    Podemos desta forma reconstruir a srie a partir de vectores de atraso em 2 ou mais dimenses, onde se evidenciam os estados do sistema.

    Passamos a ter apenas os estados e no as variaes temporais !

    22ISVOUGANov 2010

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    Como se obtm A partir de f(t), construmos um espao a N dimenses a partir dos vectores esfasados da srie temporal, ou seja X: f(i); Y: i+L

    As formas que se obtm no Espao das fases sero objecto de estudo e permitem extrair algumas concluses de relevo.

    L f(-)

    f(i) f(i+L)i

    f(i)

    ( + Return map

    23ISVOUGANov 2010

    Espao de fases Conceitos 1 Pontos fixos

    = , = . Podese identificar trs tipos possveis de pontos fixos:

    1. Pontos fixos

    estveis:

    atraem

    as

    trajectrias

    prximas

    a eles.

    2. Pontos fixos instveis: repelem as trajectrias prximas a eles.

    3. Pontos de sela: atraem as trajectrias provenientes numa direco mas repelem as trajectrias provenientes de outras direces.

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    Espao de fases Conceitos 2 Atractor

    espao de fases. Exemplos de atractores

    Atractor Ponto fixo: sistemas estveis a representao no espao de fases converge ao longo do

    tempo para um estado fixo. Atractor Ciclo limite: sistemas peridicos

    a representao no espao de fases esta definida por uma , .

    Atractor estranho: sistemas caticos a representao no espao de fases tem rbitas que nunca

    repetem o mesmo caminho, mas so confinadas (atradas) a uma regio limitada do espao de fases.

    25ISVOUGANov 2010

    Exemplos de atractores

    (3)

    (1) f(x)= cos(x)

    (1) (2)

    (5)(5)rac or e orenz(3) Batimento cardiaco 1(4) Funo f(x)=sin(x)/x (5) f(x)= exp( x)*sin(x)

    (4)

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    Elementos base Esfasamento temporal (L)

    O valor de L na obteno do espao das fases designase por esfasamento temporal.

    A sua variao introduz variaes no espao das fases.

    Domnio temporal Espao fases

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    Elementos base Dimenso de imerso

    o numero de dimenses para o espao de fases. o emos v sua zar a as mens es, mas n o ac ma sso. Em geral acima das 6 dimenses no obtemos grandes dados adicionais

    Vrias dimenses de mergulho 2 dimens f(i) e f(i+L) 3 dimens f(i) , f(i+L) e f(i+2*L) 4 dimens f(i), f(i+L), e f(i+2*L) e f(i+3*L)

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    Espao de fases utilizao Vrios autores tem tentado usar o espao de fases, com algum sucesso, para prever e antecipar

    , ponto em que o sistema se encontra para outro.

    As fases representam os estados do sistema.

    O sinal rectangular com rudo apresenta 4 fases que correspondem s transies possveis de ocorrer, e que so visveis no espao das fases

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    Espao de fases utilizao Outras ferramentas

    Coeficientes de Liapunov Autocorrelao Informao mutua mdia Espectro de Fourier Dimenso de mer ulho fun o da necessidade Esfasamento temporal (sua variao)

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    Casos de estudo Anlise de caudais de rios

    A partir do espao das fases, e recorrendo a alguns parmetros descritores das fases e do seu contedo analisaram se o caudal de rios, a partir de dados recolhidos durante vrios anos.

    Procurouse obter um modelo ou uma forma de entender o seu comportamento em virtude do valor acrescentado

    em causa. uma rea de estudo de interesse!

    31ISVOUGANov 2010

    Casos de estudo Rio Guadiana: desde 31/10/1982 a 31/10/1997

    Rio Lima: desde 01/10/1982 a 01/10/1989

    Rio Mondego: de 10/1975 a 10/1990

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    Casos de estudo Guadiana Anlise de caudais de rios Esfasamento de 1 dia

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    Casos de estudo Guadiana

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    Casos de estudo Guadiana Esfasamento a 204 dias

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    Casos de estudo Lima Esfasamento temporal de 1 dia

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    Casos de estudo Lima Esfasamento temporal de 96 dia

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    Casos de estudo Lima Esfasamento temporal de 83 dias

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    Outros casos aces bolsa Aces BCP/PSI20 de 01/01/2003 a 11/05/2009

    Aces Brisa de 01/01/2003 a 11/05/2009

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    Casos de estudo BCP Esfasamento 1 dia

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    Casos de estudo BCP Esfasamento a 241 dias

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    Casos de Estudo Brisa Esfasamento 1 dia

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    Casos de Estudo Brisa Esfasamento de 396 dias

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    Casos de Estudo Brisa Esfasamento de 104 dias

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    Casos de Estudo SONAE Aces em bolsa entre 30/06/2000 e 11/05/2009

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    Casos de Estudo SONAE Esfasamento de 1 dia

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    Casos de Estudo SONAE Esfasamento de 366 dia

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    Casos de Estudo SONAE Esfasamento de 211 dia

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    Concluses da anlise da bolsa Alguns elementos extrados

    a anlise de sries temporais de cotaes de ttulos na bolsa evidenciaram caractersticas gerais como uma forte dependncia entre valores consecutivos e o aparecimento de componentes de tendncia.

    a evese a a gumas regras assoc a as compra a prazo de aces, mas tambm a comportamentos humanos

    49ISVOUGANov 2010

    Outros casos de estudo Estabilidade da rede elctrica HongKong Previso de comportamento cardaco Filtragem de sinais (em estudo embora

    discutvel) Comportamentos sociais dinmicos Etc

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    Para concluir Esta comea a ser uma rea de estudo, com interesse

    crescente elo rau de iabilidade ue con ere s anlises, e pela viso geral que proporciona!

    No entanto h ainda um longo caminho a percorrer!

    NOTA: est disponvel uma biblioteca de funes para MATLAB, de uso livre no site referido na FEUP, onde alguns dos dados da apresentao esto acessveis.

    51ISVOUGANov 2010

    Questes?

    Obrigado pela vossa ateno

    52ISVOUGANov 2010

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    Referencias Phase Space Signal Filtering, IEEE, 2006, J.A.

    ampos eves e ranc sco es vo Anlise de Sries Temporais Atravs de

    Representaes do Espao de Fases; Richard Moiss Alves Pinto

    computadores, FEUP, Junho 2009 http://paginas.fe.up.pt/~ee02208/

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