câncer novas terapias e e aconselhamento genético

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Universidade Paulista Prof. Luiz Nali Genética Humana Câncer

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Psicologia, Memória, Audição, Percepção, Visão, Audição.

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Universidade Paulista

Prof. Luiz Nali

Genética Humana

Câncer

O que é câncer?

• Naturalmente as células do nosso corpo possuem um tempo de vida limitado, onde em um determinado momento elas morrem, esse processo é conhecido como apoptose*

• Geralmente essas células após a morte são repostas por outras células jovens, prontas para exercerem suas respectivas funções.

*A Apoptose é um processo natural das células, onde ocorre uma série de alterações bioquímicas e morfológicas acarretando na morte celular.

• Além disso, as células possuem uma taxa de crescimento limitado, isso garante a morfologia e o correto funcionamento de determinados tecidos.

• Esse equilíbrio na regulação do crescimento celular e da morte celular programada é controlado por um complexo conjunto de proteínas conhecidas como controladoras do ciclo celular

• Quando os genes responsáveis pela síntese dessas proteínas e os genes responsáveis pelo controle da apoptose possuem mutações irreparáveis em uma ou mais células somáticas, essas células poderão crescer de forma desordenada, dando origem assim ao início da carcinogênese.

Dados interessantes

• O Câncer é responsável por mais de 12% de todos os óbitos do planeta. Além disso, segundo o INCA só no Brasil mais de 4 milhões de pessoas morrem anualmente em decorrência do câncer.

Agentes carcinogênicos

• São substâncias químicas ou microorganismos capazes de ocasionar erros no DNA nas células de determinados tecidos a ponto de auxiliar o aparecimento do câncer.

Alguns exemplos

• Os agentes químicos mais conhecidos são:

– Cigarro – CA pulmão, boca, esôfago

• Exposição a vários agentes carcinogênicos

– Álcool – CA fígado

• Dano sucessivo aos hepatócitos

Alguns exemplos de agentes infecciosos

HPV

Sarcoma de Kaposi (Herpesvírus-8)

Helicobacter pylori

Genes supressores de tumor

• Esses são genes “protetores” do nosso DNA, toda vez que algum erro ocorre no genoma que potencialmente poderá desenvolver para um câncer, esses genes atuam para evitar futuros erros.

• Resumidamente eles podem atuar de duas formas:

– Reparo do DNA

– Regulando o crescimento celular

• A perda da função de ambos os alelos desses genes favorecem o aparecimento do câncer.

Oncogene

• Os proto-oncogenes são genes celulares normais que auxiliam no ciclo celular. Porém quando esses genes deixam de funcionar pelos motivos citados, esses genes apresentam um ganho de função celular e são então conhecidos como oncogenes.

• Dentre os principais ganhos que a célula pode adquirir em virtude dessas mutações nos oncogenes estão:

– Inibição da apoptose

– Aumento do suprimento sanguíneo

– Estímulo da proliferação celular

Qual seria o papel desses genes na etiologia do câncer?

Tumores

• Conjunto de células cancerosas aglomeradas em uma determinada região

– O tumor é conhecido como benigno quando o crescimento é vagaroso, e a estrutura celular se assemelha com a do tecido aonde está localizado

– Por outro lado, quando esse conjunto de células, cresce de forma rápida e descontrolada, esse tumor é conhecido como maligno

Metástase

• Metástase trata-se do fenômeno onde uma célula cancerosa se “desprende” da massa celular e migra para outros órgãos, onde se instala e desenvolve uma nova massa tumoral

Carcinogênese

• Os tumores, de uma maneira geral, progridem lentamente. Para que esse tumor torne-se de fato um câncer, o conjunto celular necessita passar por alguns estágios, que são:

• Iniciação

• Promoção

• Progressão

Iniciação

• É a primeira etapa da carcinogênese. Nesta etapa as celulas sofrem modificações em alguns dos seus genes, essas modificações podem ser causados por agentes carcinogênicos ou ocorrem simplesmente por algum erro durante a replicação do DNA.

• Nesse estágio as células encontram-se geneticamente alteradas, porém ainda não estão prontas para desenvolver o câncer, porém encontram-se com as mutações inicias, logo estão “iniciadas”

• Essa etapa pode ser revertida

Promoção

• O segundo estágio a célula é transformada por outros agentes em uma célula maligna, essa que desenvolve-se de forma lenta e gradual. A exposição constante e excessiva a agentes promotores são fundamentais para a promoção das células alteradas.

• Nessa etapa as células podem ser descartadas pelo sistema imune

Progressão

• Último estágio da carcinogênese:

• Esse é caracterizado pelo crescimento descontrolado das células alteradas, além disso essa etapa é irreversível. Esse estágio já representa o câncer, onde pode-se apresentar as primeiros sintomas clínicos da doença

Alguns exemplos de cânceres causados por falhas genéticas ou influência

hereditária

• Linfoma de Burkitt

– Translocação Cromossômica

• Carcinoma renal papilar hereditário

– Síndrome hereditária

• Câncer de mama

– Mutações em genes específicos

Universidade Paulista

Prof. Luiz Nali

Genética Humana

Perspectivas Futuras de Tratamento

• Com o avanço da medicina, muitas estratégias de tratamento e metodologias de pesquisa foram sendo desenvolvidas para as doenças genéticas.

Genoma Humano –

Manipulação do DNA Estudos com animais Terapia gênica

Clonagem e Clonagem terapêutica

Pesquisa e utilização de células troncos

Terapia gênica

• Trata-se da introdução de um determinado gene em uma célula com o auxilio de vírus (não infecciosos) para fins terapêuticos. A terapia consiste em transferir cópias funcionais de um determinado gene de interesse para um paciente afetado, tecnicamente essa transferência auxiliaria na corrigindo o fenótipo mutante

Terapia Gênica

• A técnica é extremamente complexa pois há a necessidade se considerar diversos fatores além da realização de diversos ajustes para a eficácia do tratamento de doenças genéticas, entretanto essa técnica tem-se mostrado promissora.

Exemplos de candidatos para o uso da terapia gênica

• Câncer

• Anomalias genéticas metabólicas

• Distrofia muscular de Duchenne

• Hemofilia

Aspectos éticos

• A transferência/inserção de genes pode acarretar em graves consequências para os pacientes, pois por se tratar de algo novo, ainda não se sabe a real consequência dessas inserções. Esse é de fato o principal empecilho e o principal fator a ser considerado pelos comitês de ética das instituições de pesquisa e hospitais

Clonagem terapêutica

• A clonagem terapêutica é semelhante a clonagem tradicional, porém nesse caso cópias de determinados tecidos são realizados.

Principais utilizações

• Transplante mais eficiente

– Sem “rejeição” – órgão próprio

– Sem necessidade de drogas imunossupressoras

• Produção em massa para transplante (ideia futura)

Aspectos Éticos

• Assim como a terapia gênica, trata-se de uma metodologia nova que ainda precisa de ajustes, infelizmente não se conhecessem todas as consequência da inserção de um órgão produzido in vitro. Mas teoricamente trata-se também de uma técnica extremamente promissora.

Células tronco

• São células indiferenciadas, que após submetidas a um estímulo dão origem a todos os tipos celulares do corpo humano.

• Existem tipos diferentes de células tronco, cada uma com uma característica peculiar, porém todas possuem a capacidade de se diferenciar

• Conhecendo a fundo esse mecanismo, será possível então implementar de forma terapêutica

– Regeneração/ substituição de tecidos lesionados

– Cura para doenças até então incuráveis (Esclerose Múltipla, Diabetes)

Universidade Paulista

Prof. Luiz Nali

Genética Humana

Aconselhamento genético

• Aconselhamento genético trata-se do processo onde o paciente e familiares são informados quanto as consequências de determinada anomalia genética, bem como a probabilidade de transmissão para outras gerações. Além disso eles são informados também quanto a opções atuais para tratamento e prevenção.

• O aconselhamento genético é um assunto importante e complexo. Por isso equipes multidisciplinares são necessárias para assim abordar os temas em questão com total eficiência.

• Sendo assim...

– O aconselhamento (AG) genético pode ser dividido em algumas categorias

• História reprodutiva insatisfatória

• Casais normais que temem que sua prole venha a ser afetada

• Casais normais com filhos afetados

• Pessoa Afetada cuja anomalia pode passar a prole

• Grupo heterogêneos para motivação do AG

Circunstâncias do AG

• O profissional responsável assume a responsabilidade de planejamento familiar nos casos de doenças hereditárias.

• Cabe ao profissional informar sobre gravidade e chance de recorrência das doenças relacionadas

Em quais casos é indicado

1. Qualquer anomalia genética

2. Casos de afecção repetida na família

3. Casais consanguíneos

Etapas do aconselhamento

• Determinação do tipo de herança

– Heredrograma

– Diagnóstico

– Pesquisas

• Cálculo dos riscos

Etapas do aconselhamento

• Entrevista de Aconselhamento

– Avaliação do estado emocional da família

– Explicações verbais em termos leigos

– Ajuda e assessoramento aos consulentes

– Aconselhamento aos familiares (quanto ao risco de desenvolver e ter prole afetada)

• Acompanhamento

– Seguimento dos casos

E o psicólogo? Como atuar dentro de um grupo de AG

“Nos últimos dez anos, a evolução tecnológica e a variabilidade de problemáticas envolvidas em casos clínicos de genética, observada em diferentes estudos, confirmam uma tendência crescente à interdisciplinaridade e ao reconhecimento do profissional psicólogo como um membro efetivo de um serviço de aconselhamento genético.”

Apoio Familiar

• Mal formação fetal

– Abortos

• Filhos com diversas anomalias

• Esterilidade

• Manejo de variáveis psicossociais

Apoio a parte sexual

• Hermafroditismo

– Questões pessoais a serem abordadas

Estudos clínicos e de pesquisa

• Comportamentais

• Cognição

• Gravidade de distúrbios psicológicos

– Familiares

– Afetados

• Estratégias de tratamento