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Ano XXIII nº 342 Junho / 2017 Metalúrgicos de Canoas e Nova Santa Rita CAMPANHA SALARIAL 2017 ASSEMBLEIA APROVA PROPOSTA DE REAJUSTE QUE REPÕE AS PERDAS INFLACIONÁRIAS A categoria metalúrgica de Canoas e Nova Santa Rita aprovou, em assembleia geral realizada na noite de quinta-feira (8), por maioria absoluta, o reajuste da Campanha Salarial 2017, encerrando assim as negociações deste ano. A proposta considerada final pelo sindicato patronal e lançada para apreciação dos trabalhadores e trabalhadoras foi de 4% de reajuste, porcentagem que repõe as perdas inflacionárias do período entre maio/2016 a abril/2017, que é 3,99% segundo o acumulado do INPC. Uma vez aprovado, o percentual será pago de forma retroativa, ou seja, a partir de maio, mês de nossa data base. O reajuste deve compor os salários no final do mês, junto com as diferenças. “Acredito que, diante da realidade conjuntural, fechamos um bom reajuste”, resumiu o presidente do sindicato, Paulo Chitolina, considerando o levantamento feito pelo Dieese em 304 unidades de negociação na indústria, comércio e serviços, de que os reajustes salariais no país, no primeiro semestre do ano, ficaram em média 0,5% abaixo da inflação. TETO DO LIMITE INCLUSIVO Outro ponto negociado que pode ser considerado uma conquista neste ano é o aumento do teto de reajuste de R$ 5.500,00 para R$ 7.000,00, uma elevação de 27,27%. Agora, trabalhadores e trabalhadoras com salários até este novo teto entram na faixa de reajuste negociada entre o nosso sindicato e o sindicato patronal. Assim, inclui praticamente grande parte dos trabalhadores e trabalhado- ras das áreas de produção e administrativas. Para quem recebe salários acima de R$ 7.000,00, haverá um reajuste correspondente a parcela fixa de R$ 280,00. Diferente do que muita gente pensa ou escuta dentro das fábricas, o teto para o reajuste salarial sempre foi estipulado pelos patrões nas mesas de negociação por considerar “cargos de confiança” trabalhadores e trabalhadoras que recebem salários maiores. “O Sindicato, no compromisso de lutar pela classe trabalhadora e seus interesses, sempre teve como meta a extinção deste limite, pois ele infelizmente divide a categoria. Mas, quando isso não é possível, o nosso sindicato busca aumentar ou corrigir de forma justa o seu valor”, esclarece o presidente Paulo Chitolina. PISO SALARIAL COM REPOSIÇÃO Ficou definido na mesa de negociação que o reajuste de 4% também incide sobre o piso salarial da categoria. Assim, antes em R$ 1.230,35, o piso passa a valer R$ 1.280,00. Também em relação às cláusulas econômicas, o acordo prevê o reajuste dos salários dos aprendizes, que passa de R$ 4,13 para R$ 4,90 por hora. CLÁUSULAS SOCIAIS GARANTIDAS ATÉ 2019 Apesar de não estarem previstos ajustes nas cláusulas sociais neste ano porque elas foram negociadas por dois anos no ano passado, o Sindicato garantiu a permanência das quase 60 cláusulas até as negociações de 2019. Nas mesas de negociação de outras bases metalúrgicas, os patrões estão se aproveitando desta conjuntura de crise e reformas para alterar ou extinguir de vez benefícios acordados nas convenções coletivas. Neste caso, para a direção do Sindicato, esta pode ser considera- da uma grande conquista para a categoria, visto às ameaças das reformas trabalhista e previdenciária, além da terceirização sem limites, recentemente aprovada. Além do reajuste de 4% nos pisos e salários, retroativo a 1º de maio, a renovação das cláusulas sociais da Convenção Coletiva até 2019 e a elevação do valor do teto para o reajuste foram considerados como importantes avanços AVALIAÇÃO POSITIVA Os dirigentes do Sindicato avaliaram como positivas as negociações deste ano. Para tanto, considera- ram alguns aspectos como a comparação das conquistas de reposição inflacionária nas duas últimas campanhas salariais (2015 e 2016) de forma parcelada e à custa de muita pressão nas portas das fábricas, que se estenderam até meados de setembro e outubro, e geraram expectativas que, não confirmadas, causaram um desgaste e uma frustração muito grandes à própria categoria. Num ano de enormes dificuldades de mobilização por causa da crise geradora de desemprego, em que muitas categorias com data base no primeiro semestre sequer conseguiram a reposição total da inflação, conquistar a reposição integral inclusive nos pisos, o significativo aumento do valor do teto e a renovação das cláusulas sociais até a campanha salarial de 2019, não deixa de ser um avanço. Segundo o secretário geral Flavio de Souza, o Flavião, que acompanha as negociações no Estado pela Federação dos Metalúrgicos, “em um momento em que até as propostas na mesa de Máquinas Agrícolas – setor que está bem por conta do resultados do agronegócio - estão surgindo de forma parcelada, a categoria sai na frente com a melhor proposta do Estado”. Durante a assembleia, a diretoria lembrou que a luta contra os retrocessos tanto aqui quanto lá em Brasília começou a ser feita muitos meses antes do início da Campanha Salarial. O sindicato nunca deixou de estar nas portas de fábrica distribuindo informações, realizando assembleias e dialogando com os trabalhadores e trabalhadoras da base. A organização da greve geral do dia 28 de abril, a participação nas caravanas de ocupação da capital federal, no dia 24 de maio, e a organização do Comitê Sindical e Popular aqui na base foram lembrados como exemplos das mobilizações de nosso sindicato na luta contra o arrocho e a retirada de direitos citados. “Não que a nossa campanha salarial não seja importante, mas a luta contra as reformas tem sido uma prioridade por todo o movimento sindical combativo. O que se pretende fazer com a legislação trabalhista e com a previdência lá em Brasília é muito mais grave. Se as reformas forem aprovadas, vão causar um tsunami arrasador nos direitos de todos os brasileiros, especialmen- te os mais jovens”, opinou o presidente Paulo Chitolina. A posição é compartilhada pelo vice-presidente Silvio Bica. Para ele, não podemos deixar esta herança maldita para as futuras gerações. Bica aproveitou a oportunidade para conclamar a militância presente na assembleia a construir a nova greve geral convocada para o dia 30 de junho, que precisa ser muito maior do que a do dia 28 de abril.

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Page 1: CAMPANHA SALARIAL 2017 ASSEMBLEIA APROVA …sindimetalcanoas.org.br/novo/wp-content/uploads/2017/06/Jornal-343.pdf · reformas forem aprovadas, vão causar um tsunami ... 2 Jornal

Ano XXIII nº 342 Junho / 2017

Metalúrgicos de Canoas e Nova Santa Rita

CAMPANHA SALARIAL 2017

ASSEMBLEIA APROVA PROPOSTA DE REAJUSTEQUE REPÕE AS PERDAS INFLACIONÁRIAS

A categoria metalúrgica de Canoas e Nova Santa Rita aprovou, em assembleia geral realizada na noite de quinta-feira (8), por maioria absoluta, o reajuste da Campanha Salarial 2017, encerrando assim as negociações deste ano. A proposta considerada final pelo sindicato patronal e lançada para apreciação dos trabalhadores e trabalhadoras foi de 4% de reajuste, porcentagem que repõe as perdas inflacionárias do período entre maio/2016 a abril/2017, que é 3,99% segundo o acumulado do INPC. Uma vez aprovado, o percentual será pago de forma retroativa, ou seja, a partir de maio, mês de nossa data base. O reajuste deve compor os salários no final do mês, junto com as diferenças. “Acredito que, diante da realidade conjuntural, fechamos um bom reajuste”, resumiu o presidente do sindicato, Paulo Chitolina, considerando o levantamento feito pelo Dieese em 304 unidades de negociação na indústria, comércio e serviços, de que os reajustes salariais no país, no primeiro semestre do ano, ficaram em média 0,5% abaixo da inflação.

TETO DO LIMITE INCLUSIVO Outro ponto negociado que pode ser considerado uma conquista neste ano é o aumento do teto de reajuste de R$ 5.500,00 para R$ 7.000,00, uma elevação de 27,27%. Agora, trabalhadores e trabalhadoras com salários até este novo teto entram na faixa de reajuste negociada entre o nosso sindicato e o sindicato patronal. Assim, inclui praticamente grande parte dos trabalhadores e trabalhado-

ras das áreas de produção e administrativas. Para quem recebe salários acima de R$ 7.000,00, haverá um reajuste correspondente a parcela fixa de R$ 280,00. Diferente do que muita gente pensa ou escuta dentro das fábricas, o teto para o reajuste salarial sempre foi estipulado pelos patrões nas mesas de negociação por considerar “cargos de c o n f i a n ç a ” t r a b a l h a d o r e s e trabalhadoras que recebem salários m a i o r e s . “ O S i n d i c a t o , n o compromisso de lutar pela classe trabalhadora e seus interesses, sempre teve como meta a extinção deste limite, pois ele infelizmente divide a categoria. Mas, quando isso não é possível, o nosso sindicato busca aumentar ou corrigir de forma justa o seu valor”, esclarece o presidente Paulo Chitolina.

PISO SALARIAL COM REPOSIÇÃO

Ficou definido na mesa de negociação que o reajuste de 4% também incide sobre o piso salarial da categoria. Assim, antes em R$ 1.230,35, o piso passa a valer R$ 1.280,00. Também em relação às cláusulas econômicas, o acordo prevê o reajuste dos salários dos aprendizes, que passa de R$ 4,13 para R$ 4,90 por hora.

CLÁUSULAS SOCIAIS GARANTIDAS ATÉ 2019

Apesar de não estarem previstos ajustes nas cláusulas sociais neste ano porque elas foram negociadas por dois anos no ano passado, o Sindicato garantiu a permanência das quase 60 cláusulas até as negociações de 2019. Nas mesas de negociação de outras bases metalúrgicas, os patrões estão se aproveitando desta conjuntura de crise e reformas para alterar ou extinguir de vez benefícios acordados nas convenções coletivas. Neste caso, para a direção do Sindicato, esta pode ser considera-da uma grande conquista para a categoria, visto às ameaças das reformas trabalhista e previdenciária, além da terceirização sem limites, recentemente aprovada.

Além do reajuste de 4% nos pisos e salários, retroativo a 1º de maio, a renovaçãodas cláusulas sociais da Convenção Coletiva até 2019 e a elevação do valor do

teto para o reajuste foram considerados como importantes avanços

AVALIAÇÃO POSITIVA Os dirigentes do Sindicato avaliaram como positivas as negociações deste ano. Para tanto, considera-ram alguns aspectos como a comparação das conquistas de reposição inflacionária nas duas últimas campanhas salariais (2015 e 2016) de forma parcelada e à custa de muita pressão nas portas das fábricas, que se estenderam até meados de setembro e outubro, e geraram expectativas

que, não confirmadas, causaram um desgaste e uma frustração muito grandes à própria categoria. Num ano de enormes dificuldades de mobilização por causa da crise geradora de desemprego, em que muitas categorias com data base no primeiro semestre sequer conseguiram a reposição total da inflação, conquistar a reposição integral inclusive nos pisos, o significativo aumento do valor do teto e a renovação das cláusulas sociais até a campanha salarial de 2019, não

deixa de ser um avanço. Segundo o secretário geral Flavio de Souza, o Flavião, que acompanha as negociações no Estado pela Federação dos Metalúrgicos, “em um momento em que até as propostas na mesa de Máquinas Agrícolas – setor que está bem por conta do resultados do agronegócio - estão surgindo de forma parcelada, a categoria sai na frente com a melhor proposta do Estado”. Durante a assembleia, a diretoria lembrou que a luta contra os retrocessos tanto aqui quanto lá em Brasília começou a ser feita muitos meses antes do início da

Campanha Salarial. O sindicato nunca deixou de estar nas portas de fábrica distribuindo informações, realizando assembleias e dialogando com os trabalhadores e trabalhadoras da base. A organização da greve geral do dia 28 de abril, a participação nas caravanas de ocupação da capital federal, no dia 24 de maio, e a organização do Comitê Sindical e Popular aqui na base foram lembrados como exemplos das mobilizações de nosso sindicato na luta contra o arrocho e a retirada de direitos citados. “Não que a nossa campanha salarial não seja importante, mas a luta contra as reformas tem sido uma prioridade por todo o movimento sindical combativo. O que se pretende fazer com a legislação trabalhista e com a previdência lá em Brasília é muito mais grave. Se as reformas forem aprovadas, vão causar um tsunami arrasador nos direitos de todos os brasileiros, especialmen-te os mais jovens”, opinou o presidente Paulo Chitolina. A posição é compartilhada pelo vice-presidente Silvio Bica. Para ele, não podemos deixar esta herança maldita para as futuras gerações. Bica aproveitou a oportunidade para conclamar a militância presente na assembleia a construir a nova greve geral convocada para o dia 30 de junho, que precisa ser muito maior do que a do dia 28 de abril.

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2 Jornal A Vez e a Voz do Peão - Junho de 2017 Fale com o sindicato pelo fone: 0800.6024955

MOBILIZAÇÃO NACIONAL

EXPEDIENTEO jornal A Vez e a Voz do Peão é uma publicação do Sindicato dos Metalúrgicos de Canoas e Nova Santa Rita - STIMMMEC

Endereço: Rua Caramuru, 330 - Centro - Canoas/RS Fone DDG: 0800.6024955 - Site: www.sindimetalcanoas.org.br - Email: [email protected] - Facebook: /sindicato.metalurgicodecanoas Colônia de Férias: (51) 3683.1819 - Presidente: Paulo Chitolina - Vice-presidente: Silvio Bica - Secretário de Imprensa: André Soares (Índio) - Assessoria de Imprensa: Geraldo Muzykant (Reg. Prof. n° 8.658), Rita Garrido (Reg. Prof. nº 18.683) e Dijair Brilhantes (estagiário) - OBS.: A reprodução total ou parcial do conteúdo deste jornal é permitida desde que citada a fonte.

Já está provado que quem gera empregos é a economia em alta. Fábricas produzindo, comércio vendendo, população consumindo. Ou seja, retirar direitos não tem efeito nenhum na economia. Pelo contrário, arrochar salários, precarizar contratos e retirar benefícios e direitos que complementam a renda, não induz ao consumo, não gera produção e não gera

emprego. O mais provável é que os empregos existentes hoje sejam trocados por trabalhos desprotegidos ou com remuneração menor. Em todos os países onde

ocorreram mudanças semelhantes, não se verificou aumento dos postos de trabalho. Na década passada, nosso país viveu um período de expensão econômica e pleno emprego sem que os direitos trabalhistas fossem um problema ou um entrave para o crescimento. O que tem estagnado a economia é a crise política e a corrupção que envolve empresários e políticos, como mostra a Operação Lava Jato.

A MENTIRA A VERDADEA reforma trabalhista

vai gerar maisempregos no

Brasil.

Até o FMI - Fundo Monetário Internacional, que é uma instituição capitalista, reconheceu em relatório publicado em 2015 que as leis trabalhistas não afetam em nada a produtividade e a competitividade das empresas. Na verdade, é o contrário! Quanto

mais o trabalhador é valorizado e tem seus direitos reconhecidos, mais ele veste a camisa da empresa e produz cada vez mais e melhor.

A MENTIRA A VERDADELeis trabalhistas

prejudicam acompetitividadedas empresas.

Desde que foi concebida, em 1943, a CLT continua em constante atualização. Segundo o Ministério Público do Trabalho, dos 510 artigos que compõem a parte de direito individual do trabalho, somente 75 permanecem com sua redação original, ou seja, apenas 14,7% dos

dispositivos não sofreram atualização. Por trás da mentira dos patrões e do governo de que a CLT precisa

de uma “modernização” está a intenção de tirar direitos.

A MENTIRA A VERDADEA CLT é ultrapassada

e precisa ser modernizada na

reforma.

Estudo recente do TRT-RS - Tribunal Regional do Trabalho do Rio Grande do Sul mostrou que 40% das ações ajuizadas pelos trabalhadores foram vencidas pelas empresas. Os patrões atacam a Justiça do Trabalho porque a veem como um empecilho que os impede de cometer suas fraudes para cima do

trabalhador. As reclamações mais frequentes dizem respeito ao não pagamento de horas extras, de

adicionais, de danos morais, de não pagamento de verbas rescisórias e do não recolhimento do FGTS, o que denota o nível de descumprimento das leis por parte dos patrões.

A MENTIRA A VERDADEA Justiça do

Trabalhoprotege demaiso trabalhador.

O acordado sobre o legislado seria um desastre para os trabalhadores. Num momento de crise econômica e desemprego, incapazes de discutir em igualdade de condições com os patrões, os trabalhadores seriam coagidos a ceder em seus direitos essenciais. Nos conflitos entre capital e

trabalho, o Estado, por meio das leis, deve garantir empregos decentes, como proclama a OIT. Por isso, a Constituição Federal prevê acordo coletivo somente

para os casos de ampliação de direitos ou quando haja condições para soluções justas e equilibradas.

A MENTIRA A VERDADEA livre negociação

com os patrões seriavantajosa para

os trabalhadores.

Pra barrar as reformastrabalhista e previdenciária,

GREVE GERAL!

Embora estivesse tocando a campanha salarial, nosso sindicato sempre esteve na linha de frente das mobilizações contra essas reformas que, se aprovadas, vão arrebentar com nossos direitos trabalhistas e previdenciários. De um lado, o governo tenta se safar das acusações de corrupção que envolvem o presidente golpista e seus principais ministros e colaboradores. De outro, tenta agilizar ao máximo a aprovação das reformas trabalhista e previdenciária no Congresso Nacional, onde detém maioria absoluta. Antes de cair, Temer precisa pagar a conta do apoio patronal ao golpe que afastou a presidenta e o colocou no poder. As bancadas de oposição na Câmara e no Senado – especialmente os parlamentares do PT, PCdoB, Psol e Rede – lutam bravamente para impedir que este governo e sua base de sustentação continuem aprovando as propostas nas

comissões, antes de serem definitivamente votadas em plenário. O entendimento é que este governo é entreguista lesa-pátria, comprometido com a elite econômica e que não possui condições morais para conduzir qualquer tipo de reforma social importante. Mas a oposição sozinha e minoritária não está conseguindo barrar as reformas. Por isso, é necessária a mobilização da população, especialmente a classe trabalhadora, que é quem produz e gera as riquezas do país. Este é o motivo pelo qual as centrais sindicais decidiram promover várias mobilizações no país, inclusive uma nova greve geral no dia 30 de junho. Neste dia, não vai ter ônibus, não vai ter trem, não vai ter aula, não vai ter rua e avenida, não vai ter trabalho. É preciso a adesão de todos e que cada um faça a sua parte. Quem não quiser ajudar a sustentar a greve, basta ficar em casa.

Para retirar direitos dos trabalhadores e precarizar as relações de trabalho, o governo Temer está propondo uma reforma na legislação trabalhista a mando da classe patronal. A justificativa do projeto se sustenta em muitas mentiras. Aliás, além de golpista e corrupto, este é o governo mais mentiroso da história de nosso país. Com a ajuda dos meios de comunicação pagos a peso de ouro, o governo também mente ao dizer que a Previdência Social é deficitária para justificar a reforma que praticamente vai inviabilizar a aposentadoria pra muita gente. Entre as mentiras ditas pelo governo para aprovar a reforma trabalhista, citamos as cinco principais:

As mentiras patronais e do governo

Depois das denúncias feitas pelo dono da JBS, a situação do presidente golpista e ilegítimo Michel Temer ficou insustentável. Uma pesquisa do Instituto Vox Populi divulgada no dia 5 de junho mostra que 85% das pessoas aprovam a cassação de Temer e que, se isso se confirmar, 89% dos entrevistados querem eleição direta. Apenas 5% apoiam uma

eleição indireta para presidente. O estudo apontou ainda que apenas 3% dos entrevistados consideram o governo de Michel Temer como “bom/ótimo”. Para 7 5 % , s e u g o v e r n o é “ruim/péssimo”.

Pesquisa Vox Populi:só 3% aprovam Temere 89% querem Diretas