caminho formoso o weblog como ferramenta de participação e emancipação no muincípio de campo...

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UNIVERSIDADE DO ESTADO DA BAHIA-UNEB DEPARTAMENTO DE EDUCAÇÃO COMUNICAÇÃO SOCIAL LEANDRO DOS SANTOS DANIEL CAMINHO FORMOSO: O weblog como ferramenta de participação e emancipação no município de Campo Formoso Conceição do Coité Bahia 2011

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  • 1. UNIVERSIDADE DO ESTADO DA BAHIA-UNEB DEPARTAMENTO DE EDUCAOCOMUNICAO SOCIALLEANDRO DOS SANTOS DANIELCAMINHO FORMOSO:O weblog como ferramenta de participao e emancipao nomunicpio de Campo FormosoConceio do Coit Bahia2011

2. LEANDRO DOS SANTOS DANIELCAMINHO FORMOSO:O weblog como ferramenta de participao e emancipao nomunicpio de Campo Formoso Trabalho de concluso apresentado ao curso de Comunicao Social - Habilitao em Radialismo,da Universidade do Estado da Bahia, como requisito parcial de obteno do grau de bacharel em Comunicao, sob a orientao do Professor Dr. Raimundo Cludio Silva Xavier.Conceio do Coit-BA2011 3. LEANDRO DOS SANTOS DANIELCAMINHO FORMOSO:O weblog como ferramenta de participao e emancipao nomunicpio de Campo FormosoTrabalho de concluso apresentado aocurso de Comunicao Social -Habilitao em Radialismo,daUniversidade do Estado da Bahia, comorequisito parcial de obteno do grau debacharel em Comunicao.Aprovado em 21 de setembro de 2011 Banca ExaminadoraRaimundo Cludio Silva Xavier-Orientador________________________________Doutor em Cincias e Tecnologias da Comunicao-Universidade de Aveiro/PTKatia dos Santos Morais _________________________________________________Mestre em Administrao pela Escola de Administrao da Universidade Federal daBahia (UFBA)Hanayana Fontes Lima___________________________________________________Mestranda em Estudos Multidisciplinares em Cultura - CULT pela UniversidadeFederal da Bahia (UFBA)Conceio do Coit-BA 2011 4. Dedico este trabalho minha namorada Rita de Cssia e minhafamlia que sempre acreditaram em mim, e foras me passaramem toda a minha jornada neste universo acadmico. 5. AGRADECIMENTOSAo Senhor Jesus Cristo e, toda sua corte celestial...Ao meu orientador, professor Dr. Cludio Xavier que com sua sabedoria, pacincia ehumildade, norteou-me nesta pesquisa.A todos e todas colegas de classe do curso de Comunicao Social, com os quaistroquei vrias emoes, experincias, conhecimentos ao longo destes quase quatro anos,dentre eles Robson, Maicon, Mariana, Miri, Glcia e Bela.A diretora do Campus XIV da Universidade do Estado da Bahia-UNEB situado emConceio do Coit, Joselita Gabriel Alves pelo apoio e indicao admisso dos meusservios profissionais neste Departamento.A todos os ex-colegas da Residncia Universitria da UNEB (repblica de estudantes),que por muito tempo partilharam comigo o mesmo teto de alegrias, resenhas edecepes.A todos os colegas de trabalho do Campus XIV, dentre eles os coordenadores efuncionrios Verner, Henrique, Dcio, Gildevan, Djair Ferreira, Jonatas, Jordan,Mrcia, Railton, Marcos, Luciana, Valdice, Lita e Daiane, e a tantos outros, os quais memostraram que todo profissional, antes de tudo um ser humano-amigo.A todos os mestres e doutores do curso de Comunicao Social, que se empenham paratransmitir conhecimento, (in)formao profissional em sala de aula.A todos os colegas de outros cursos do Campus XIV, dentre eles Cleidivan, Maia,Vagner, Kely, Mnica, Eliane, Rosana que nos corredores deste Departamento deEducao e da vida dividiram muitos risos e brincadeiras comigo.Aos meus amigos Damiana Souza, Marcelo Pereira, Luciene Arajo, Andr Neves. 6. A meu avs Benedito e Adlia(falecida), e a todos meus primos, dentre eles Eurides,Bel, Aline, Suely, Samara, Preta, Z Drio, Javan os quais sempre me passam energiaspositivas, alegrias em quaisquer circunstncias.A todos os meus tios, em especial a Rege, Avelina, Z da Itinga e Lindanece, JosSeverino (falecido), os quais sempre me deram acolhimento e palavras de consolo emmomentos crticos da minha vida.Aos conterrneos campo-formosenses Carla Lidiane, Ozelito, Rangel, Bartilloti eWalber que deram contribuies para confeco desta atividade de cunho cientfico.A todos e todas que colaboraram para eu realizar este sonho, este feito. De corao, meuMUITO OBRIGADO!!! 7. O desenvolvimento das comunicaes e seusreflexos sociais esto imersos nas profundastransformaes que vive a sociedade do sculoXXI. (Herdoto Barbeiro e Rodolfo Lima) 8. RESUMOEste trabalho apresenta a ferramenta weblog, pertencente a web 2.0 ou segunda fase daInternet, ambiente interativo, hipertextual e multimiditico, isto , que possibilita a efetivaode processos de (in)formao atravs da participao e emancipao social de sujeitos a partirde mltiplas linguagens como textos, imagens fixas e animadas, sons, etc. Tem como objetivorepresentar o contexto cultural do municpio de Campo Formoso (situado ao norte do estadoda Bahia), mais especificamente as grutas e stios pr-histricos existentes no lugar. Atravsda criao de um weblog, busca-se divulgar e comentar sobre informaes relacionadas construo de contedos (in)formativos referentes as riquezas naturais desse municpio,instigando o internauta a participar atravs de comentrios, sugestes dos contedos postados,e assim contribuir para promover o desenvolvimento local. De fato a ideia para a realizaodesta pesquisa bibliogrfica parte em funo da pouca visibilidade das belezas naturaiscampo-formosense em vrios veculos de comunicao da regio mencionada, alm deinterpretar que o sistema tradicional comunicacional tem uma lgica de limitao tanto naconstruo quanto na veiculao de contedos.PALAVRAS-CHAVE: Emancipao, (in)formao, Participao social, Riquezas naturais,Weblog. 9. ABSTRACTThis paper presents the tool weblog, web 2.0 or belonging to the second phase of the Internet,interactive environment, hypertext and multimiditico, ie, that enables the execution ofprocesses (in) formation through participation and social emancipation of individuals frommultiple languages such as text, still and moving images, sounds, etc.. Aims to represent thecultural context of the municipality of Campo Formoso (located north of Bahia state), morespecifically the caves and prehistoric sites existing in place. By creating a weblog, we seek todisclose and comment on information related to building contents (in) formative regarding thenatural wealth of this town, prompting Internet users to participate through comments,suggestions of content posted, and help to promote local development. In fact the idea for thisresearch literature partially due to the poor visibility of the field-formosensis natural beauty inthe various media of the region covered, and to interpret than the traditional system ofcommunication is a logical limitation in both the construction and placement of contents.KEYWORDS: Empowerment, (in) formation, Weblog, Social Participation, Natural Wealth. 10. LISTA DE ILUSTRAESFigura 01- Mapa rodovirio da Bahia......................................................................... 07Figura 02- Sergiosatiro.com....................................................................................... 23Figura 03-Grupoulturart.com..................................................................................... 23Figura 04- Ambientalcampoformoso.com.................................................................. 25Figura 05- Blogdoplomemico.com.............................................................................25Figura 06- Esportecampo.com....................................................................................26Figura 07- Grupoorasantoantonio.com........................................................................26Figura 08- Portalcampoformoso.com......................................................................... 27Figura 09- Campoformosonotcias.com..................................................................... 27Figura 10- Esmeraldanotcias.com.............................................................................28Figura 11- Taza.com................................................................................................... 29Figura 12- Rdiofm98.com.......................................................................................29Figura 13- Campoformosoonline.com........................................................................30Figura 14- Camaracf. Ba. ..........................................................................................31Figura 15- Social bookmarking..................................................................................35Figura 16- Caminhoformoso.wordpress.com............................................................. 45Figura 17- Categoria Notcias do Caminhoformoso.com........................................... 47Figura 18- Espao para postagem de comentrio... ................................................... 47Figura 19- Galeria Formosa/Fotografia do Caminhoformoso.com............................. 48Figura 20- Estrutura do Caminhoformoso.com.......................................................... 50Figura 21- Perfil do Caminhoformoso.com................................................................52Figura 22- Frequncia de atualizao de contedos do Caminhoformoso.com..........53Figura 23-Hiperlinks do Caminhoformoso.com para outras mdias sociais............... 55 11. LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLASCETICCentro de Estudos sobre as Tecnologias da Informao e daCGIComit Gestor de InternetComunicaoIBGE Instituto Brasileiro de Geografia e EstatsticasSUDECULT Superintendncia de Cultura do Estado da BahiaTICTecnologias da Comunicao e da InformaoUFBA Universidade do Federal da BahiaUFMG Universidade Federal de Mina GeraisUNEB Universidade do Estado da BahiaUNIVASFUniversidade Federal do Vale do So Francisco 12. SUMRIO1. INTRODUO.............................................................................................................. 031.1 OBJETIVOS.............................................................................................................051.2 JUSTIFICATIVA.....................................................................................................061.3 PROCEDIMENTOS METODOLGICOS...............................................................091.4 DESCRIO DOS CAPTULOS............................................................................ 101.5PBLICO-ALVO.....................................................................................................102 AS TECNOLOGIAS................................................................................................122.1 ESTUDOS DA INTERNET NO BRASIL................................................................ 122.2 CAMPO FORMOSO NA INTERNET.....................................................................173 FERRAMENTA ESCOLHIDA................................................................................183.1 FERRAMENTA BLOG...........................................................................................213.2 ORIGEM E CONTRIBUIES DO BLOG............................................................. 213.3 WEBLO VERSUS WEBSITE..................................................................................244 DESCRIO DAS ETAPAS DE REALIZAO DO PRODUTO........................ 254.1 BRIEFING .............................................................................................................. 274.2 DEFINIO DE CONTEDO ..............................................................................274.3 ESTRUTURA DO WEBLOG (ARQUITETURA DE NAVEGAO)..................... 334.4 EQUIPE ENVOLVIDA............................................................................................364.5 FREQNCIA DE ATUALIZAO...................................................................... 414.6 RECURSOS TECNOLGICOS...............................................................................445 CONSIDERAES FINAIS........................................................................................58REFERNCIAS.............................................................................................................62 13. 31 INTRODUO Os meios de comunicao como rdio, TV e cinema, alm dos meios impressos comojornais e revistas, sempre foram canais para divulgar informaes de determinada cultura econtribuir na sua valorizao. No entanto, apresentam uma lgica de limitao ou linearidadedurante o processo de produo e difuso (PRIMO, 2008). Hoje, bem mais constante o fluxo destas manifestaes impulsionado inclusive pelouso das Tecnologias da Comunicao TICs, que excluem os limites e a unilateridade nacomunicao, trazendo mudanas nos hbitos culturais comuns: relacionamentos, linguagem,gostos, sem contar na alterao nos modos do fazer dos setores econmicos, educacionaisdentre outros (CASTELSS 1999; LEMOS 2004). As TICs, especificamente a Internet, representa na contemporaneidade caractersticasque se traduzem em interatividade multimdia e possibilidade de participao social.Interatividade multimdia porque a informao produzida ou transmitida entre indivduospode se dar atravs de formatos sonoro, audiovisual, imagtico e textual; participao social1porque vrios sujeitos podem contribuir na confeco de um determinado contedo (LEMOS2004). Comparado com outros suportes de comunicao tradicionais j citados, o aparato(interfaces) dessas tecnologias possibilita trabalhar mais intensamente caractersticas easpectos de quaisquer temticas, como o caso de estudos sobre as riquezas naturais, porexemplo. Em outras palavras, pode-se dizer que atravs deste espao inmeros assuntos outemas no divulgados pela mdia convencional por diversas razes, tm a possibilidade deserem inseridos e exibidos amplamente. Tomemos como exemplo a oportunidade de divulgarum dos aspectos da cultural local, no tocante as cavernas ou grutas, algumas caracterizadascomo as maiores do Hemisfrio Sul (AULER, 1999), sendo assim uma das principais riquezasnaturais do municpio de Campo Formoso descobertas em 1987 2. O municpio campo-formosense fica situado a 4143 km de Salvador na regio norte doestado da Bahia, no territrio Piemonte do Norte do Itapicuru em que se cruzam as Bacias dos1Segundo Peruzzo (2010) todos os indivduos da sociedade tm a possibilidade de arguir ou propor mudanas aocaos vigente, isto , so inclusos socialmente.2Atravs dos espelelogos do Grupo Bambu de Minas Gerais, e da Universidade Federal de Minas Gerais-UFMG, com apoio do ex-representante poltico local Jos Telcio (ALVES; SILVA, 2004).3http://www.emsampa.com.br/xspxba.htm 14. 4Rios Itapicuru e Salitre, com trs tipos de vegetao, sendo considerado por estudiosos comoa capital dos minrios em nvel estadual e at nacional, pois sua extensa rea territorialapresenta uma grande variedade de jazidas minerais de graus distintos, muitas destas aindano exploradas, alm de ter a maior produo de Sisal da Bahia 4.Apesar de vrios veculos de comunicao regionais, assim como tambm rgosadministrativos pblicos conhecerem a existncia destes tesouros, pouco feito para darvisibilidade e principalmente criar mecanismos a fim de melhor explorar estas riquezas(grupos estrangeiros usufruem e/ou tem maior lucratividade) 5.Com a chegada da internet na cidade, alguns muncipes campo-formosenses criaramwebsites com intuito de divulgar alm de notcias locais, os smbolos de prosperidade.Todavia, tal divulgao ainda muita sucinta ou no apresenta elementos-chaves que geremmais visibilidade a essa cultura (produo jornalstica com maior propriedade ou sentimentode pertencimento) a partir do reconhecimento das suas riquezas naturais.Com a viso de suprir estas lacunas, assim surge o desejo de tambm investir nestesistema denominado por muitos de web 2.0 (hoje na segunda fase), atravs da elaborao deum weblog, 6 uma ferramenta gratuita, como possibilidade de divulgar as riquezas naturais domunicpio de Campo Formoso e de fomentar a participao de seus muncipes na construodo social.O uso do weblog que cresceu significativamente na primeira dcada deste sculo,produz efeitos na rede e na sociedade, e/ou no apenas os grandes portais tm importncia(PRIMO 2008). Por isso faz parte da escolha como suporte na realizao desta atividadeacadmica no apenas pela gratuidade 7, todavia pela possibilidade da construo dabilateridade ou quebra da linearidade no processo comunicacional. Ou seja, a produo decontedos e informao, que se d ao mesmo tempo de forma independente e colaborativa,transformando o usurio de distintas formaes, em produtor, agente, colaborador 8.O weblog construdo chama-se Caminho Formoso9, sendo desenvolvido a partir doservidor gratuito Wordpress.com constando de vdeos, imagens fotogrficas, textos criados4Ver informao em link oficial: http://www.adab.ba.gov.br/modules/news/article.php?storyid=28;5Muito dever ser revisto para mudar tal situao, segundo Alves e Silva (2004).6 Os weblogs so baseados em mecanismos que facilitam a colocao de um website online. Geralmentepossuem layouts prontos e dispensam a necessidade de que o "blogueiro" saiba a linguagem HTML, principalbarreira para a colocao de contedo na web, segundo Recuero (2003).7Segundo Lemos (2004).8De acordo com Peruzzo (2005).9Trata-se, segundo Recuero (2003), de um weblog Clipping o qual seleciona vrios links da temtica trabalhadae emite comentrios pertinentes a ela. Ver: www..caminhoformoso.wordpress.com 15. 5com informaes j disponibilizadas na internet, a partir de trabalhos literrios e de pessoasque tm envolvimento direto com as grutas campo-formosenses, neste caso os espelelogosdo Grupo Bambu de Pesquisas Espeleolgicas (GBPE), da Organizao No-governamentalCaactus e do Ps-Doutor professor Augusto Auler. H ainda conexes ou ligaes (links) paraoutras ferramentas ou mdias sociais como Twitter, Orkut, Facebook, e-mail e conta no Youtube10. As informaes so compostas de dados como perfil do blogueiro, roteiro comlocalizao geogrfica das grutas do municpio, o resultado ou depoimento da realizao deexpedies ou prospeces por estudiosos da UFMG/Grupo Bambu desde 1987,caractersticas sobre as grutas, ranking das maiores cavernas do planeta terra. Ter aindaespao para comentrios. Apesar de haver certas limitaes por se tratar de um blog, o layout criado buscaapresentar grande identificao com o tema, a partir do seu projeto visual.1.1 OBJETIVOSGeral Desenvolver um weblog com caractersticas do ambiente plstico e dinmico da web,contendo informaes atualizadas e que contribuam com o reconhecimento e divulgao dasriquezas naturais do municpio de Campo Formoso (nomeadamente, grutas e stiosarqueolgicos), contribuindo com o desenvolvimento local, atravs da participao eemancipao social.10 Esta estratgia ser comentada ao longo do texto, mais especificamente no item 4.3. 16. 6Especficos Apresentar as potencialidades naturais e tursticas de Campo Formoso; Fazer um levantamento dos websites e weblogs que representam Campo Formoso a fim decontextualizar a elaborao do produto proposto; Refletir sobre o papel das Tecnologias da Comunicao e da Informao-TICs, napromoo de atributos locais, com nfase no uso de weblogs que cresce constantemente; Estimular o sentimento de pertencimento e identificao sociocultural do lugar, atravs deestratgias de ao em redes sociais; Contribuir para discusses, reflexes e efetivao de polticas pblicas e desenvolvimentolocal;1.2 JUSTIFICATIVA Partindo do pressuposto que as Tecnologias da Comunicao e da Informao quesurgiram no sculo passado so canais de informao sem filtros ou fronteiras comparadosaos antigos meios de comunicao (LEMOS 2004), ou possibilitam a promoo da inclusosocial e possibilitam a notoriedade ou propagao de elementos ou aspectos desconhecidospor muitos na sociedade como culturais, por exemplo, foi escolhido desenvolver este weblogdenominado Caminho Formoso. Portanto, a elaborao deste trabalho d-se em funo deuma necessidade premente em contribuir com o potencial arqueolgico e turstico 11 localizadono interior do municpio de Campo Formoso, o qual possui 7.259 quilmetros quadrados,com as coordenadas geogrficas 102359 a 103850 S e 401750 a 403000 W, e queest situado no territrio Piemonte do Norte do Itapicuru territrio antigamente conceituadode Piemonte da Diamantina ou (atual) Chapada Circuito Norte, (PRODENUR, 2008, p. 03)em que se cruzam as Bacias dos Rios Itapicuru e Salitre na regio norte da Bahia.11 Neste mesmo local em esto as duas maiores cavernas do Hemisfrio Sul (ALVES; SILVA 2004) 17. 7 Figura 1: Mapa rodovirio da Bahia 12. Para a realizao desta atividade que prope a publicao de tais contedos emimagens, vdeos e textos sobre grutas ou cavernas campo-formosenses consideradas ideaisno s para estudos cientficos sobre arqueologia e paleontologia, mas para o turismoecolgico, o suporte utilizado weblog, uma das ferramentas da Internet que apesar depossuir um reduzido nmero de vantagens em relao a um website e portal virtual gratuitoe fcil de trabalhar suas interfaces ou templates oferecidos pelo servidor. Neste caso, oservidor usado o Wordpress que apresenta uma variedade de recursos muitos deles maissofisticados em relao a outros servidores. Outra caracterstica apresentada pelo sistema est na viabilidade da produo decontedo em coletividade e/ou a participao social (LEMOS, 2004, p. 03) o que pode refletirna sociedade (PERUZO, 2005, p.03), ou seja, o weblog ou a web 2.0 num todo, potencializa acomunicao bilateral, pois atravs dos ambientes virtuais gratuitos as pessoas podem juntasconfeccionar um contedo, tecer uma idia, o que o que poder trazer benefcios paradeterminado contexto (RECUERO, 2003). De fato o weblog sempre possui um padro em suas ferramentas e assim tornareconhecvel e diferencivel para o internauta em comparao ao site e portal (disponibilidadede informaes em blocos com textos menores, alm do espao para comentrios). Esta12 Ver: http://blogalize.net/category/outros/page/11; Acessado em: 09/09/11. 18. 8mesma ferramenta gera ainda a possibilidade de visualizar as postagens em ordemcronolgica ou regressiva (do mais recente para o primeiro) 13.Outra vantagem apresentadapelo weblog a oportunidade de realizar ligaes, chamada de linkagens, com/de outrosendereos eletrnicos, assegurando a contundncia nas afirmaes de determinado perfil.H necessidade de deixar a ressalva ou frisar que em Campo Formoso j existemwebsites, portais virtuais e weblogs, alm disso, existem tanto na cidade como tambm emmunicpios da regio veculos de comunicao tradicionais como rdios, jornais impressos eTVs. Todavia, baseado em pesquisa pelo redirecionador Google.com e nos principaisendereos eletrnicos desta municipalidade, conclui-se que poucas so as informaesdisponibilizadas nas pginas virtuais sobre as peculiaridades das diversas cavernas conhecidaspor pesquisadores, e quase nada veiculada nas mdias de comunicao convencionais.Por esta razo foi produzido o weblog caminhoformoso.com que busca representar,simbolizar, traduzir o nome do municpio Campo Formoso-BA. Ou melhor, Caminho porqueparafraseia Campo e sinnimo das belas estradas subterrneas, e Formoso para dar idiade maravilhoso lugar. Este blog se fundamenta em conceitos de tericos que tratam daimportncia da aplicao da nova era da Internet como LEMOS (2004); PRIMO (2008);RECUERO (2003), o que de fato pode contribuir para fomentar o dilogo entre todas asrepresentatividades poltico-administrativas e demais instncias. Ou melhor, entende-se queeste trabalho pode contribuir, no sentido de fortalecer aes governamentais no que se refereao melhor aproveitamento dessa e de outras riquezas naturais e/ou culturais do municpio,colaborando ainda para o desenvolvimento de polticas culturais e incremento do turismolocal. Na mesma perspectiva, este trabalho importante para esta instituio de ensinosuperior, Universidade do Estado da Bahia- UNEB, como mais um apoio a uma proposta quebusca a valorizao ou visibilidade da cultura local da comunidade citada.Considera-se, por fim, que o estmulo participao e emancipao social de sujeitospode contribuir para promover o desenvolvimento local do municpio de Campo Formoso 14.13De acordo com Recuero (2003).14 A participao social uma forma ou ato do sujeito est inserido em debates, questionamentos,movimentaes para mudar determinadas situaes do seu contexto, como fazer valer a cidadania , ou buscaraes de melhores e igualdade para comunidade, por exemplo, de acordo com Jovem (2011). J emancipargeralmente significa antecipar legalmente a maioridade (ABC 2010) nos dicionrios de lngua portuguesa, o quepoderia ser traduzido para o contexto de Campo Formoso, no desejo de assumir o compromisso ouresponsabilidade de alterar o quadro na social vigente, ou contribuir na gesto dos organismos sociais,configurando o progresso particular e de seus semelhantes, mas se faz necessrio haver precedentes ou fatoresproporcionadores do querer-estimulantes. 19. 91.3 PROCEDIMENTOS METODOLGICOS E TCNICOS Esta pesquisa se desenvolveu a partir de uma busca por identificar e compreender,numa perspectiva bibliogrfica, o pensamento de autores sobre o uso das TICs na culturacontempornea. Por identificar os meios tradicionais de comunicao como limitados emprocessos como a participao ou a troca simultnea de informao. Nesta mesma pesquisaconstata-se que a Internet, o ciberespao, ou mais recentemente a segunda fase do sistemadenominada de web 2.0 com suas vrias ferramentas como weblog, permitem no s o fim dalinearidade comunicacional, mas a oportunidade de produzir e partilhar de forma gratuita ecoletivamente uma mesma informao, alm de poder intensificar o fluxo informativo dediversos aspectos sociais inclusive no tocante cultura. Nesta perspectiva e embasado em tericos como Lemos (2004), Primo (2008),Recuero (2003) e Castells (1999), alm de outros, foi desenvolvido um blog denominado deCaminho Formoso o qual busca apresentar na sua plataforma contedos sobre uma das vriasriquezas naturais de Campo Formoso (ALVES; SILVA, 2004): as grutas e stios. De fato, aideia surge a partir da razo de que os vrios veculos de comunicao desde os convencionaisaos digitais, existentes na regio onde se localiza o municpio citado, pouco ou quase nadaexibem sobre estas riquezas. Embora seja um trabalho autoral, houve a colaborao de algumas pessoas einstituies pblicas da comunidade campo-formosense atravs da doao ou repasse/coleta(de cpias) de material literrio e imagtico (vdeos, fotos), alm disso, fez-se necessriorealizar buscas em vrios endereos eletrnicos da regio com grande nfase aos principais deCampo Formoso-BA, dentre eles: site radiofm98.com da rdio 98 Nuporanga FM, portaisCampoformosonotcias.com, Esmeraldasnotcias.com, Portalcampoformoso.com, Taza.com,Campoforomosoonline.com da maior webrdio local, portal da Cmara de vereadores destemunicpio. Alm dos blogs Srgiosatiro.com, Grupoculturat.com, Esportecampo.com,Grupoorasantoantonio.com, Blogdopolmico.com, Ambientalcampoformoso.com. Esta pesquisa contou, ainda, com depoimentos de alguns sujeitos (pesquisadores,estudiosos, historiadores...), atividade que se deu de forma no-estruturada e espontnea,atravs de e-mails e encontros informais. Como parte do processo, aps seleo do material, criou-se o perfil no servidorWordpress.com pela grande disponibilidade de recursos que facilitam no apenas a 20. 10configurao em comparao a outros servidores, mas a conexo com redes ou outras mdiassociais as quais expandem mais rpida e sistematicamente uma informao. Em seguidaforam criados perfis com o mesmo nome de Caminho Formoso em cada mdia social: Orkut,Facebook, Twiter, You Tube, Skype, e-mail/MSN. J o contedo textual postado no Caminhoformoso.com foi produzido a partir declipagens (apanhado matrias publicadas de sites importantes) feitas de julho a setembro dedo ano em curso, e geralmente no formato jornalstico com comentrios embasados emprofissionais da rea, modelo apresentado por Recuero (2003, p. 39), realizando ainda umaconexo com o contexto campo-formosense. Nesta produo h informao sobre as maioresgrutas de Campo Formoso, comparaes com as cavernas da Bahia, do Brasil e do mundo;informao sobre histrico e localizao do municpio. Deve ficar evidente que o projeto certamente dar sequncia aps a concluso destasetapas, sustendo-se teoricamente em estudiosos desta rea, ambos mencionados acima, atravsde estudos mais intensificados sobre conceitos de participao social e produo colaborativa.Quanto pratica, certamente a plataforma do blog ser implementada atravs da instalao derecursos ou ferramentas que devam melhorar ainda mais as formas de participao, semcontar na necessidade de pensar no plano de comunicao para divulgar a pgina.1.4 DESCRIO DOS CAPTULOS Para esta pesquisa que pretende apresentar o weblog como ferramenta ou mdia socialgratuita e til na divulgao de atributos culturais, este trabalho foi dividido em trs etapas oucaptulos. O primeiro captulo apresenta o contexto, o desenvolvimento e a importncia daaplicabilidade das Tecnologias, partindo resumidamente da inveno do fogo na pr-histria,atravessando o perodo da Revoluo Industrial at chegar contemporaneidade em queaparecem Tecnologias da Comunicao e da Informao-TICs, como ltima descoberta (apartir de CASTELLS 1999; LEMOS 2004; e outros). Em seguida sero apresentadas suascaractersticas e impactos sociais, o uso em vrios setores da sociedade, no Brasil, na Bahia eno municpio de Campo Formoso. 21. 11 J o segundo captulo trata do significado, origem, uso, caractersticas, importncia eefeitos provocados pelo weblog, uma ferramenta disponibilizada pela web 2.0 (PRIMO 2008;RECUERO 2003; LEMOS 2004). O ltimo captulo trata do percurso traado: o porqu de usar determinadasconfiguraes para o produto em si, que um weblog, a escolha e formas de postagens decontedos, o perfil dentre outras.1 .5 PBLICO-ALVO Este produto destina-se aos muncipes, autoridades administrativas, estudiosos eadmiradores do municpio de Campo Formoso, a fim de terem um novo olhar sobre as grutase stios situados nesta territorialidade. Aos muncipes para conhecerem melhor, valorizarem,preservarem os ambientes caverncolas alm de desenvolverem um sentimento depertencimento. Para, atravs do sentimento de perteno, participarem de forma colaborativana construo de contedos e consequentemente em processos de emancipao edesenvolvimento local; aos administradores para debaterem e criarem propostas comoinfraestrutura adequada para explorar estas e outras riquezas as quais podem mudar aqualidade de vida dos filhos desta terra, atravs da gerao de emprego e renda, na medida emque a participao entre mltiplos sujeitos possa demandar a criao de polticas pblicas, porexemplo. Aos pesquisadores (estudiosos e curiosos), para aumentar o desejo em conhecer,pesquisar e contribuir com alternativas efetivas de explorao dessas riquezas, levando para ocontexto mundial as caractersticas peculiares, objetivando a troca e contribuindo paradesenvolvimento local. 22. 122 AS TECNOLOGIASDesde os primrdios as invenes tecnolgicas deram contribuies significativas parahumanidade, reduzindo ou economizando tempo e esforo. Das vrias descobertas feitas ofogo caracterizado como a primeira para vrios pesquisadores segundo Vernon (2010),sendo responsvel pelo melhor aproveitamento dos alimentos, pela produo de carvoatravs da queima de madeira, pela possibilidade de produzir cermica, alm de servir comoluz para o homem pr-histrico durante s visitaes s cavernas segundo Neto (2011).Outras invenes extremamente importantes no contexto mundial foram odesenvolvimento da escrita h mais ou menos 2.000 anos antes da vinda de Jesus Cristo Terra, e a criao do livro, tambm a.C.. Alm disso, na modernidade especificamente partirde 1450 d.C. Joanes Gutenberg desenvolveu uma prensa que proporcionou a reproduo ouimpresso idntica(fiel) e em larga escala no s de livro mas de jornais e similares gerandoaos donos das empresas deste ramo rapidez na confeco e lucratividade de acordo comJnior e Hoeschl (2003).Um pouco mais tarde, ainda na modernidade, mais tecnologias teis surgiram atravs daRevoluo Industrial dividida em dois captulos na histria da humanidade. A primeira etapaescrita em meados do sculo XVIII sendo que apesar de no se basear em cincia,apoiava-se em um amplo uso de informaes. E a segunda [...], depois de 1850, caracterizadapelo papel decisivo da cincia ao promover inovao, e neste novo contexto entre osdestaques esto a inveno da eletricidade e do motor de combusto interna (CASTELLS1999, pp. 68 e 71) o que provocou a mudana no fluxo das atividades econmicas. Outra descoberta tecnolgica considerada a quarta mais importante (JNIOR eHOESCHL, 2004), ou Ps-Industrial (CASTELLS, 1999), foi realizada na dcada de setenta(70) do sculo passado, perodo em que os Estados Unidos da Amrica respiravam asameaas da inimiga Rssia durante a Guerra Fria 15. Esta inveno a que mencionamos hojede Tecnologias da Comunicao e da Informao-TICs que significa informtica +telecomunicaes: Informao armazenada em meio digital (VAZ, 2005, p. 03), e quepermite a interconexo entre computadores tendo como objetivos iniciais na criao deste15 Disputa pela hegemonia mundial entre Estados Unidos e Unio Sovitica (ver Federao Russa) aps aSegunda Guerra Mundial (1939-1945). chamada de Guerra Fria por ser uma intensa guerra econmica,diplomtica. Ver: http://www.tg3.com.br_guerra fria; Acessado em 16 de maio de 2011. 23. 13sistema a transmisso e o arquivamento de informaes secretas ou particulares s Foras deSegurana Nacional estadunidenses, sendo o mentor responsvel a Agncia de Projeto dePesquisa Avanada- ARPA do Departamento de Defesa norte-americana, segundo Castells(1999). Porm somente a partir dos anos 80 o projeto foi inserido no contexto social, ou seja,civis passam a usufruir a mais nova inveno mundial caracterizada a partir da de Internet(CASTELLS, 1999).Ela funciona como uma aldeia global ou teia mundial que rene computadoresinterconectados por meio da ligao de linhas telemticas 16 segundo Lemos (2004, p.116),tendo como essncia ou matria-prima a informao digitalizada (produzida e lanada noespao virtual). Este novo momento no contexto mundial chamado de Era doInformacionalismo17 (JUNIOR; HOESCHL, 2003), perodo em que as tecnologiasconsolidam a informao como superior ao capital, representando-o, ou simplesmentevivemos no ps-capitalismo aonde o uso das redes digitais alteram a lgica das atividadessocioeconmicas e cultural Um novo mundo est tomando forma neste fim de milnio. Originou-se mais ou menos no fim dos anos 60 e meados da dcada de 70 na coincidncia histrica de trs processos independentes: revoluo da tecnologia da informao; crise econmica do capitalismo e do estatismo e a conseqente reestruturao de ambos; e apogeu de movimentos sociais e culturais, tais como libertarismo, direitos humanos, feminismo e ambientalismo. A interao entre esses processo e as reaes por eles desencadeadas fizeram surgir uma nova estrutura social dominante, a sociedade em rede; uma nova economia, a economia informacional/global; e uma nova cultura, a cultura da virtualidade real. A lgica inserida nessa economia, nessa sociedade e nessa cultura est subjacente ao e s instituies sociais em um mundo interdependente. (CASTELLS, 1999, p.41).16 At hoje, a internet continua a se ampliar tanto em nmero de usurios quanto nos seus tipos de aplicaes. Ela formada por redes locais, metropolitanas e redes mundiais, conectadas por telefones, satlite, microoondas,cabos coaxiais e fibras ticas, permitindo a comunicao com computadores que utilizam protocolos comuns,isto , regras e acordos que possibilitam a conexo e comunicao entre mquinas diferentes. (SANTAELLA2003, p. 88)17 O informacionalismo visa o desenvolvimento tecnolgico, ou seja, a acumulao de conhecimentos e maioresnveis de complexidade do processamento da informao. a constante busca por conhecimento. Na era em quevivemos, a convergncia de tecnologias torna o sistema integrado, facilitando a comunicao. (ANDRADE2009), BLOG:http://focasweb.blogspot.com/2008/08/era-do-informacionalismo.html) 24. 14 De fato, mais de 30 anos depois da descoberta das TICs, notria a cada dia amudana em diversos setores da sociedade, dando poder aqueles que usufruem doconhecimento. Comparado aos organismos tradicionais de comunicao, as especificidadesdestas tecnologias segundo Bari (2011) so a instantaneidade ou velocidade, isto ,determinada informao processada num computador chega a outro em tempo quase real, ocaso do correio eletrnico ou e-mail; interatividade18 que altera a comunicao de unilateral19para bilateral, e tem-se como exemplo uma conversa realizada atravs de um chat; Ahipertextualidade que consiste na ligao de mensagens ou textos localizados em diferentesposies unidos atravs de hiperlinks ou links20 palavra, texto, expresso ou imagem quepermite o acesso imediato outra parte de um mesmo, ou outro documento ou site, bastandoser acionado pelo ponteiro do mouse e assim quebra a linearidade na leitura; A hipermdia(super) ou multimdia (vrios) a qual se classifica como a juno de formatos distintos porexemplo vdeo, udio, imagens e disponibilizada num nico suporte.Neste sentido, Castells (1999) embasado em Carlota Perez, afirma que necessrio seatentar para algumas caractersticas que a Internet apresenta inclusive teis mudana dasociedade contempornea, atravs da produo do conhecimento. As principais caractersticasdestacadas so tecnologias para agir sobre a informao, no apenas informao para agirsobre tecnologias, como foi o caso das revolues tecnolgicas anteriores; A segunda refere-se ao impacto ou consequncias trazidas pelo sistema ao contexto mundial assim como outrastecnologias trouxeram; A seguinte est ligada ao uso das redes para o desenvolvimento dasrelaes entre os usurios; A quarta destacada pela reconfigurao ou reorganizao dosistema para melhor aproveitamento ou implementao dos servios dando qualidadecomunicao; E a quinta seria o processo de convergncia das telecomunicaes,microeletrnicas dentre outros. Este universo que contm estas caractersticas descritas acima de acordo comSantaella (2003) chamado de ciberespao e apresenta vrios significados para muitosestudiosos da TICs, entre eles a comunicao processada atravs de computadores em locaisdistintos ou para locais distintos, como tambm a de outra realidade: a virtual. Um destes18A palavra interatividade, derivada do neologismo ingls interactivity, foi cunhada para denominar umaqualidade especfica da chamada computao interativa (interactive computing). Remontando aos anos 1960, acomputao interativa nasceu da incorporao de teleimpressoras e mquinas de escrever como mquinas deentrada e sada de dados (input e output) de sistemas computacionais (FRAGOSO, 2005, p. 02)19 Na medida em que se difundem a comunicao mediada por computadores em redes telemticas, enquantoprocessos de interao e troca- embora de forma irregular e em discrepncias - os sujeitos estabelecem interaoentre si e se reforam, com isto, a dimenso global do espao de fluxos. [...] (p. 68)20 Ver: http://www.rjhost.com.br/faq/88/hospedagem-de-site/o-que-link.html; Acessado em: 01/08/11. 25. 15vrios pesquisadores da Internet, Lemos (2004, p.121) afirma que o ciberespao umaplataforma que pode ser considerada de hipertexto21 em que qualquer sujeito pode ter acessopodendo introduzir, realizar alteraes ou excluir os contedos disponibilizados no sistema. O termo ciberespao foi cunhado em 1984 a partir da confeco do romanceNeuromance, um livro de fico cientfica do estadunidense Wiliam Gibson, que trata dajuno das redes de computadores espalhadas por todo o mundo as quais disponibilizam umainfinita variedade de contedo de acordo com Nicolau (2009)Conforme assinala Lemos, esse conjunto das redes digitais, na obra de Gibson , povoado pelas mais diferentes tribos. uma "alucinao consensual", novo espaogerador da civilizao ps-industrial onde os cibernautas vo penetrar. [...] ParaLvi, o ciberespao de Gibson tornou a "geografia mvel da informao",normalmente invisvel, em algo sensvel e como resultado o termo foi logo adotadopelos desenvolvedores e usurios das redes digitais. Mas Lvi tece o seu prprioconceito e passa a chamar o ciberespao de "rede". O novo espao de comunicaoproporcionado pela interconexo mundial de computadores e das memrias doscomputadores. Incluindo a todos os sistemas de comunicao eletrnica quetransmitem informaes oriundas de fontes digitais ou que sejam destinadas digitalizao. (NICOLAU 2010)22As TICs em seu primeiro momento trouxeram principalmente avanos para a economiade muitas naes tanto no corresponde a celeridade na produtividade resultando napossibilidade de organizao econmica (padronizao e personalizao de mercadoriasproduzidas) propriamente dita, bem como maior controle no sistema administrativoempresarial23 de acordo Castells (1999)A globalizao econmica completa s poderia acontecer com base nas novastecnologias da comunicao e da informao. Os sistemas avanados decomputao permitiam que os novos e potentes modelos matemticos21Para muitos estudiosos o termo ciberespao tido ou traduzido como hipertexto, no entanto ainda de acordocom Lemos (2004) deve ficar claro que um texto impresso em papel pode ter significado semelhante, pois ondice, referncias e outros representam ligaes ou links de outros textos, tendo como principal diferena entre ainternet e o tempo em papel a instantaneidade.22 Ver:http://www.webartigos.com/articles/22537/1/O-que-e-Ciberespaco/pagina1.html#ixzz1SUUtoPOY;Acesa-do em 25/05/11.23 A Internet cria hoje uma revoluo sem precedentes na histria da humanidade. Pela primeira vez o homempode trocar informaes, sobre as mais diversas formas, de maneira instantnea e planetria. [...] Hoje aspossibilidades j so enormes: consultas de bancos de dados, correio eletrnico, transaes comerciais, fruns detendncias as mais variadas, consultas mdicas, agregaes sociais (chats, MUDs, listas...) rdios de vrias partesdo mundo, jornais, revistas, msica, vdeo, museus, arte. Os exemplos so numerosos. (LEMOS 2004, p. 116) 26. 16 administrassem produtos financeiros complexos e realizassem transaes em alta velocidade. (p. 178) Com ideia semelhante, Vaz (2005, pp. 16-18) apresenta uma srie de adjetivos ouempreendimentos que as TICs trazem para o mercado e/ou os setores empresariais, so oscasos da ampliao do nmero de concorrentes, da clientela, dos produtos e acessibilidade ouagilidade para aquisio destes. Esto inclusos tambm a potencialidade, alta qualidade ouqualificao dos funcionrios e mercadorias produzidas, reduo de custo, do quantitativo deempregados e espao para realizao de atividades empresariais, grande uso tecnolgico,dentre outros; Estas Tecnologias da Informao e Comunicao24 permitiriam inclusive a criao deum ambiente virtual denominado de E-gov ou Governo Eletrnico com a perspectiva deaproximar, integrar gestores pblicos da populao, atravs da prestao de servios online egratuitos como retirada de documentos, consulta de consulta de processos jurdicos dentreoutros segundo Chahin (2004, p. 12). Este mesmo sistema criado pelos Estados Unidos daAmrica em 1993 e implantado no Brasil no ano 2000 de acordo com o Ministrio doPlanejamento25, possibilita a transparncia das aes governamentais ainda segundo Chahin(2004). As TICs possibilitam tambm o desenvolvimento ou melhorias no sistema educacionalatravs do ensino distncia, por exemplo, (CHAHIN 2004) bem como questes comoentretenimento e principalmente o fortalecimento dos organismos comunicacionaistradicionais que migram seus formatos para o ambiente virtual (CASTELLS, 1999, p. 109).Traduzindo, a Internet possibilita a realizao da convergncia miditica que significa areunio ou fuso de distintos formatos, prottipos ou modelos de mdia em nico suporte semdesprezar ou totalmente exterminar s mdias existentes a eras (PERUZZO, 2005, p. 02) Podemos dizer que a Internet no uma mdia no sentido que entendemos as mdias de massa. No h fluxo um - todos e as prticas dos utilizadores no so vinculadas uma ao especfica.[...] A internet um ambiente, uma incubadora de24No se restringem somente ao uso da Internet de acordo com Castells (1999):as tecnologias da informao,incluo, como todos, o conjunto convergente de tecnologias em microeletrnica, computao (software ehardware), telecomunicaes/radiodifuso, e optoeletrnica. Alm disso, diferentemente de alguns analistas,incluo tambm domnios da tecnologia da informao a engenharia gentica e seu crescente conjunto dedesenvolvimentos e aplicaes. (p.67)25 Ver: http://www.governoeletronico.gov.br/o-gov. Acessado em 10/08/11. 27. 17 instrumentos de comunicao e no uma mdia de massa, no sentido corrente do termo. Trata-se aqui da migrao dos formatos, da lgica da reconfigurao e no do aniquilamento de formas anteriores. No transposio e no aniquilao. Estamos mais uma vez diante da liberao do plo da emisso, do surgimento de uma comunicao bidirecional sem controle de contedo. E novos instrumentos surgem a cada dia [...] (LEMOS; CUNHA, 2003, p. 05).De fato as mdias que migram para web so rdio ou qualquer tipo de formato sonoro,vdeo, fotografia e produo textual, sempre adicionados por links de acordo com Souza eCotta (2008), isto , tudo se d atravs da grande rede. Rede esta, que no aceita como mdiapara alguns pesquisadores das TICs, porm segundo Peruzzo (2005, p. 03) ela permite bemmais a comunicabilidade no trabalho, nas relaes sociais e especialmente na cultura emcomparao s mdias convencionais.2.1 ESTUDOS SOBRE O USO DA INTERNET NO BRASIL A chegada da internet no Brasil aconteceu 10 anos depois que os civis norte-americanos comearam a usufruir (1988), e no nosso contexto a finalidade inicial era derealizar experimentos cientficos pela Fundao de Amparo Pesquisa no Estado de SoPaulo-FAPESP26, segundo Ferreira (2008).No que compete a estudos relacionados ao uso, demanda e poltica da Internet nosquatros cantos da territorialidade brasileira o responsvel pela realizao de pesquisas outrabalhos similares anualmente, o Comit Gestor de Internet no Brasil CGI. Br, atravs doCentro de Estudos sobre as Tecnologias da Informao e da Comunicao-CETIC (CGI. Br2010, p 27). 27Recentemente este rgo federal divulgou informaes referentes pesquisacorrespondente ao ano de 2010, e na apresentao destes dados sobre o uso domiciliar daInternet foi revelado na categoria Principais Destaques que a nvel nacional houve:26 A Internet foi fundada no Brasil em 1988. A iniciativa pioneira de buscar acesso rede coube Fundao deAmparo Pesquisa no Estado de So Paulo (FAPESP), ligada Secretaria Estadual de Cincia e Tecnologia. Em1991, uma linha internacional foi conectada FAPESP para que fosse liberado para instituies educacionais,fundamentos de pesquisa, entidades sem fins lucrativos e rgos governamentais que passaram a participar defruns, debates, a acessar bases de dados nacionais e internacionais e supercomputadores de outros pases e atransferir arquivos e softwares (CHAHIN 2004, p. 07).27 O site da instituio : www.cgi.br 28. 18 A velocidade para navegar na rede cresce dentro das residncias dos milhes de brasileiros desde 2008, isso de 1mega byte-Mbps para 2 Mbps; O uso da web em casa superior ao nos cybercaf ou lan house; Barreiras ao uso vo alm da infraestrutura: dificuldades na navegao da Internet devido ao pouco conhecimento de uso de mquinas, e em outros casos algumas pginas acessadas so pesadas. (pp. 12-14 e16).Atravs destes dados acima apresentados, evidente afirmar que o uso da Internet porbrasileiros melhora a cada ano, e os percentuais podem avanar significativamente num curtoespao de tempo, o que ser vivel caracteriz-la como uma ferramenta de comunicaoacessvel ou barata comparada ao rdio e a TV, em no mximo at 2014 com a interveno dogoverno federal de acordo com Bocchini (2011)28.J de acordo com a ltima pesquisa realizada pelo Instituto Ibope Nielsen29 quase 74milhes de brasileiros acima de 16 anos acessam Internet, geralmente em casa e no trabalho.E a durao de acesso subiu quase 1,0% em menos de um ms (compreendidos entre janeiro efevereiro de 2011) levando o indivduo a usar o ambiente virtual por mais de 19 horas. Emgeral, o percentual do crescimento de 9,6 %.Ao citar a 13 edio da Pesquisa FGV-EAESP, que teve divulgao atravs da Escolade Administrao de Empresas de So Paulo da Fundao Getlio Vargas, Vieira (2011)afirma que os negcios pela Web tiveram um crescimento significativo no ano de 2010, isto ,mais de 33 % dos brasileiros realizaram compras pelo sistema virtual em lojas de categorias eramos distintos no mercado nacional e internacional30.Ainda na pesquisa feita pelo CGI.Br os dados apresentados sobre a regio nordeste dopas, mostram no quesito Contexto brasileiro Diferenas Regionais que dos residentes emzona urbana somente 19 % possuem computador em casa e no geral (zonas urbana e rural) onmero corresponde a 14%. Das pessoas que moram na cidade apenas 15 % tm Internet emcasa e no total o percentual de 11%. Quanto ao Tipo de conexo internet a conexodiscada a que prevalece com 64%. Ainda sobre esta regio, as mdias ou redes sociais maisacessadas so twiter correspondendo a 10% e blog com o total de 9%.Diversos so os legados que a Internet tambm conhecida como world wide web(www) trouxe, mais especificamente a parte multimdia, e baseado em Cunha (2002) no28 Reporter da Agncia Brasil. Ver : www.diabahia.com; Acessado em 16/08/2011.29 Ver :http://www.ibope.com.br/calandraWeb/servlet/CalandraRedirect?temp=6&proj=PortalIBOPE&pub=T&nome=home_materia&db=caldb&docid=C2A2CAE41B62E75E83257907000EC04F ; Acessado em 16/09/11.30 Ver :http://www.metaanalise.com.br ;Acesso em:16/08/2011. 29. 19contexto brasileiro a tendncia haver o crescimento e o fortalecimento deste sistema virtualque espalha informaes em sentidos diferentes infinitamente, alm de impossibilitar aes derestries estatais que inmeras vezes pode no concordar com determinada disponibilizaode contedos. Ou seja, no incio no havia um controlador ou regulador de informaesdeixadas no sistema segundo Castells (1999) A arquitetura da rede , e continuar sendo aberta sob o ponto de vista tecnolgico, possibilitando amplo acesso pblico e limitando seriamente restries governamentais ou comerciais a esse acesso, embora a desigualdade social se manifeste de maneira poderosa do domnio eletrnico. (p. 441) Ainda neste sentido de sempre deixar o ambiente virtual livre de filtros pelasinstncias governamentais, tanto Jambeiro (2007) quanto Lemos (2004) consideramessenciais a liberdade ou iseno de seleo de contedos: A internet, como foi a microinformtica, ao menos em sua configurao atual, no resultado somente de uma estratgia tecnocrtica de cima para baixo, mas produto de uma apropriao social. Ela age como potencial de descentralizao do poder tcnico-industrial-miditico abrindo uma rede verdadeiramente aberta e acessvel (...) um ambiente de expresso onde nenhum governo pode controlar. (LEMOS 2004, pp. 116 e 117) Deve ficar evidente, que hoje o governo em dados momentos pode ter certo controleda emisso de alguns contedos baseado no GCI.Br31 e subentendido em Morais (2010), node forma altamente sistemtica, at porque no pas ainda no existe nenhuma legislaoespecfica sobre o uso da Internet para por combater crimes de plgio causados atravs douso deste sistema, por exemplo. Embora seja um suporte de comunicao disponvel para qualquer pessoa usar,acontecem atrocidades, criao de falsos perfis com intuito de prejudicar pessoasdesconhecidas e nem sempre a punio pela justia cumprida de acordo com Cunha (2002). Ainda se tratando do uso da Internet, o estado da Bahia tambm continuaacompanhando o desenvolvimento deste sistema. Desde o incio da implantao dele noBrasil, h mais de 15 anos, os baianos estiveram entre os que mais usavam o ambiente virtual31 Ver em: http://www.cgi.br/regulamentacao/index.htm.; Acessado em 08/10/11. 30. 20segundo Cardoso (et tal 2011). De acordo com informaes do Comit Gestor de Internet2010, os domnios eletrnicos sempre esto em grande nvel de crescimento e na ltimapesquisa realizada subiu de 51.257 para 61.058. De fato, em 1988 muitas empresas j usavama Web para comercializar inclusive no contexto baiano a mdia televisiva aproveitava estatecnologia.Em 1998, adicionalmente, o estado passou a ter jornais com sites na Internet,oferecendo notcias rpidas no s na capital como no interior, a exemplo do ATarde on line da capital e do Jornal Grapina Online de Itabuna. Neste momentoainda, passa a haver uma maior percepo por parte das empresas, do potencialmercadolgico e publicitrio da rede, sendo que, inmeras empresas criam seus sitescom a finalidade nica de divulgar os seus produtos e servios. Outras passam autilizar a rede como mais um, ou at mesmo o nico, ponto de venda, e o comrcioeletrnico na Bahia passa a tomar forma, j que as relaes econmicas no estadocomearam a evoluir de simples sistemas ligando compradores e vendedores paramercados eletrnicos complexos integrando os componentes de toda a cadeiaprodutiva: fornecedores, produtores, intermedirios e clientes, atravs de uma redede relacionamentos eletrnicos, na busca por melhor qualidade, produtos/serviosadequados, rapidez, menor preo e garantia de responsabilidade social. Algunsempresrios baianos, em torno de dez no ano de 1999, passaram a perceber opotencial estratgico do comrcio eletrnico, numa perspectiva econmica global,caracterizado pela onipresena, facilidade de acesso informao, alm do baixocusto de transao, utilizando a Internet para fins de divulgao da sua marca e deseus produtos, alm de criarem um novo canal de vendas e comunicao com seupblico(CARDOSOet al., 2011, p 11).Isto representa o potencial de uso da Internet em diversos seguimentos e tambm oentendimento sobre o seu crescimento e potencial de uso na transformao da realidadesocioeconmica brasileira.2.2. CAMPO FORMOSO NA INTERNET Representar a cultura local do municpio de Campo Formoso atravs do uso da web2.0, especificamente do weblog, significa distribuir cartes postais virtuais de suas riquezasnaturais pouco difundidas ou no muito representadas na Internet, e que podem ser convertidona qualidade de vida dos residentes locais (CRUZ 2008). Nesta regio (centro-norte da Bahia) h um nmero significativo de veculos de 31. 21comunicao tradicionais, o caso das Rdios 98 Nuporanga FM 32-Frequncia Modulada33(comercial) e Esmeralda FM 104,9 (comunitria) em Campo Formoso-BA, alm das estaesnos vizinhos municpios: AM Caraba34 e Rainha FM 97,335 em Senhor do Bonfim (27quilmetros distantes de Campo Formoso); Jacobina 99.1 FM36, Serrana 93,5 FM37 e ClubeOuro AM 1200 Khz38 em Jacobina (menos de 100 quilmetros de Campo Formoso), bemcomo a Rdio Cidade 870 AM39, Tropical Sat40, Rdio Juazeiro 1190 AM41, RdioTransamrica 99.9 FM42 ambas situadas em Juazeiro (a menos de 160 quilmetros domunicpio campo-formosense). Nestes mesmos municpios existem duas emissoras de TVs,so elas a TV Bonfim43 em Senhor do Bonfim e TV So Francisco44 afiliada da Rede Bahia(Globo Nordeste); J os jornais impressos aparentemente mais populares so Dirio daRegio, de Juazeiro45; e o Popular, de Senhor do Bonfim.Alm da existncia destes vrios organismos comunicacionais tradicionais, h tambmalguns websites e weblogs46 pertencentes a Campo Formoso. Todavia pouqussimos ou quasenenhum destes meios de comunicao apresenta com muita nfase ou vivacidade as riquezasencontradas neste municpio. Isto , os veculos de diferentes formatos apontados noatendem a expectativa de divulgar e potencializar as riquezas naturais localizada em solocampo-formosense, a ponto inclusive de levar autoridades competentes a discutirem polticaspblicas para melhor explorar tais atributos.Quando a internet chegou a esta cidade poucos muncipes campo-formosensesdesenvolveram websites e portais virtuais, como dito anteriormente, com a finalidade denoticiar fatos, eventos, acontecimentos locais, e em determinadas sesses s vezes divulgartais atributos culturais (quando ocorre, isto se d a partir de um discurso sem muitapropriedade ou de forma genrica, isolada do contexto). Este pensamento baseado em32 Ver: www.radiofm98.com.br; Acessado em: 20/07/11.33 Segundo o Ministrio das Comunicaes . Ver: http://www.mc.gov.br/radiodifusao/radio-fm/fm-educativa.Acessado em 19/08/11.34 Ver: http://www.radiocaraiba.com.br/; Acessado em 13/09/11.35 Ver: http://rede bonfim.com.br/portal/rainhafm ; Acessado em 13/09/11.36 Ver: http://www.jacobinafm.com.br/; Acessado em 13/09/11.37 Ver: http://www.serranafm.com.br ;Acessado em 13/09/11.38 Ver: http://www.radiocluberiodoouro.com.br/; Acessado em 13/09/11.39 Ver: http://radiocidadeam870.com.br/; Acessado em 13/09/11.40 Ver: http://www.acasadopeu.combr.net/radiosbahia/tropicalsatjuazeiro.htm; Acessado em 13/09/11.41 Ver: http://radiojuazeiro.ipolo.com.br/index2.php; Acessado em 13/11/11.42 Ver: http://www.radios.com.br/play/1_transah99-br.htm; Acessado em 13/11/11.43 Ver: http://www.redebonfim.com.br/tvbonfim/; Acessado em 13/11/11.44 Ver: http://www.redebahia.com.br/empresas/tvsaofrancisco.asp; Acessado em 13/11/11.45 Ver: http://www.diariodaregiaoonline.com.br/; Acessado em 13/11/11.46 Estes sero exemplificados e descritos abaixo. 32. 22investigao realizada atravs dos mecanismos de busca do endereo eletrnicowww.goolge.com.br, em que digitando Campo Formoso, Cultura de Campo Formoso,Campo Formoso na web, Campo Formoso na internet, foram encontrados mais de 100endereos eletrnicos, maioria website, e uma pequena parcela de weblog. Da pesquisarealizada considera-se que os endereos apesentam contedos com as seguintes linhas:noticiabilidade constante com divulgao cultural local (site no prprio municpio);noticiabilidade constante com divulgao cultural local, regional e nacional; deentretenimento e divulgao cultural; institucional (privado) com divulgao cultural; servioscom divulgao cultural; servios com divulgao cultural e econmica; blog institucionalcom divulgao cultural. H ainda poucos blogs noticiosos conhecidos nesta cidade, os quais divulgam assuntospolticos, sociais, culturais, econmicos e esportivos, mas de forma geral pequena ou quaseinexistente a quantidade de endereos virtuais que se apropriem do tema e apresentemcontedos sobre todas as especificidades, localizao, e lei de preservao das grutas. Por estarazo, decidiu-se por apresentar informaes afins sobre este contexto, no endereo webCaminhoformoso.com, usando os vrios recursos disponibilizados pela web 2.0. Dos weblogs campo-formosenses que aparentam ter mais visibilidade, so osseguintes: Sergiosatiro.com47 um blog criado pelo radialista/locutor Srgio Stiro da RdioNuporanga 98 FM48 de Campo Formoso- BA, blog este que apresenta notcias do municpio edo resto do pas. Neste mesmo endereo so disponibilizados links de artigos e notciaspostadas em outros endereos eletrnicos. Mas o blog de Stiro no descreve nenhum aspectosobre as cavernas situadas no interior campo-formosense.47 Ver: http://sergiosatiro.blogspot.com; Acessado em: 07/09/11.48 Rdio comercial com endereo virtual a ser descrito posteriormente. 33. 23 Figura 02: Sergiosatiro.com Outro blog o grupoculturartba.com do Grupo Culturart49 que trabalha com teatro, etem a preocupao em somente divulgar informaes, atravs de textos e imagens, sobreaspectos da cultura teatral local desde a participao em eventos at projetos scio-culturaisdesenvolvidos pela instituio segundo contedos disponveis na web. Neste mesmo perfilno exibido nenhuma postagem sobre as cavernas de Campo Formoso, nem ao menos aexposio de alguma pea que tenha certa relao com as cavernas 50, embora o Culturartexera suas atividades a mais de 25 anos como descrito no seu endereo eletrnico.49 Ver: http://grupoculturartba.blogspot.com/; Acessado em: 07/09/11.50 Por exemplo, sobre lendas dos ambientes caverncolas. 34. 24Figura 03: Grupoulturart.comJ o blog Ambientalcampoformoso.com51, tem por objetivo apresentar contedosrelacionados educao ambiental e execuo de projetos que tratem de conscientizaoe/ou cuidados da natureza. Embora veicule informaes sobre meio ambiente, o endereovirtual no apresenta nada sobre as grutas do municpio principalmente sobre a necessidade depreservao (bsica) dos recintos caverncolas, por exemplo.Figura 04: Ambientalcampoformoso.com H tambm o Blogdopolmico.com52 o qual apresenta crnicas ou severas crticas aosistema poltico de Campo Formoso, alm de realizar apelos ou mobilizaes acerca daliberdade de informao j que o mesmo considera predominante a censura comunicao emtodo o territrio municipal. Este blog exibe poucas informaes nos mbitos nacional emundial, mas no exibe nenhum contedo sobre os stios deste municpio.51 Ver: http://ambientalcampoformso.blogspot.com ;Acessado em 07/09/1152 Ver: http://blogdopolemico.blogspot.com; Acessado em: 07/09/11. 35. 25Figura 05: Blogdoplomemico.com O blog Esportemcampo.com 53 uma pgina que apresenta uma variedade de notciasesportivas somente, tanto de Campo Formoso quanto do resto do pas. Embora exibamodalidades esportivas diferentes, no h nenhum post que trate sobre a possibilidade depraticar esporte de rapel, atividade vivel na gruta do Sumidouro localizada no interior domunicpio 54.53Ver: http://esportemcampo.blogspot.com; Acessado em 07/09/11.54 Matria disponvel em: http://www.portalcampoformoso.com.br/index. php?pg=mostrar_noticia&id=107;Acessado em: 07/09/11 36. 26Figura 06: Esportecampo.comOutro blog o Grupoorasantoantonio.com55 pertencente Renovao CarismticaCatlica-RCC, que aborda somente assuntos relacionados aos eventos religiosos da IgrejaCatlica tanto de Campo Formoso quanto a nvel mundial, e neste endereo h uma webrdiodentro da plataforma. No tocante s cavernas locais no menciona nada, ou seja, seriainteressante tratar de assuntos como peregrinao feita por fiis desta religio gruta doConvento situada na zona rural do municpio, algo que afirma o Portalcampoformoso.com56. Figura 07: Grupoorasantoantoni.comJ a soma dos websites e portais virtuais de Campo Formoso totaliza em mais de dez(10). Porm os mais conhecidos so: Portal Campo Formoso57, considerado o mais antigo eest no ar desde 2004. O mesmo divulga notcias do cotidiano tanto do municpio em que estlocalizado como de outras cidades e estados, alm disso, exibe sesses com informaesaparentemente desatualizadas nos formatos de texto e imagem sobre a cidade, cultura,turismo, e resumo as principais grutas. Existe espao para recados e vdeos, sem contar nogrande nmero de propagandas publicitrias.55 Ver: http://grupoorasantoantonio.blogspot.com; Acessado em 07/09/11.56 Portal a ser destacado posteriormente.57 Ver: www.portalcampoformoso.com.br; Acessado em: 20/08/2011. 37. 27Figura 08: Portalcampoformoso.comOutro portal virtual o Campo Formosonotcias.com58, que tambm apresenta notciaslocais, regionais e nacionais, tendo enfoque ou linha poltica, mas no deixa de apresentarcontedos sobre esporte, economia e outros com pouca relevncia, porm no exibe nadasobre as riquezas naturais encontradas em solo campo-formosense. Tem espao paracomentrios e links para mdias sociais. Figura 09: CampoFormosonotcias.com58 Ver: www.campoformosonoticias.com; Acessado em: 20/08/11. 38. 28 OportalEsmeraldanotcias.com59 umdos mais novos, deriva doPortalesmeralda.com, nele sempre tem informaes e notcias dirias sobre poltica,economia, msica, esporte e religio de Campo Formoso, da Bahia, do Brasil e do mundo.Tem espao para comentrios, uma webrdio ligada 24 horas dirias, mas no apresentagaleria de imagens ou outro tipo de contedo sobre as riquezas naturais localizadas no interiordo municpio. Tem cores do layout semelhante ao do concorrente anteriormente citado. Figura 10: Esmeraldanotcias.com O Taza.com60 mais um ambiente virtual de Campo Formoso que divulga notciaslocais, nacionais e mundiais, apresenta contedos voltados para o pblico mais jovem.Trabalha mais entretenimento, cultura, esporte e educao. um endereo que veicula umaquantidade maior de vdeos em comparao aos demais portais. Todavia nada exibe sobre asgrutas situadas no municpio por exemplo.59 Ver: http://www.esmeraldanoticias.com.br/: Acessado em 20/07/11.60 Ver: http://www.taza.com.br; Acessado em 20/07/11. 39. 29Figura 11: Taza.com A rdio Nuporanga 98 FM61 deste municpio tambm criou seu ambiente virtual paradivulgar quaisquer tipos de notcias de Campo Formoso, e de todo o restante do pas. Nestesite h espao para chat inclusive com quem est apresentando programa ao vivo, mural pararecados, espao para correspondncia off-line (e-mail) podcats, download dentre outros.Muito pouco exibe imagens das grutas, sisal, ferro e esmeraldas que se perpetuam como asmaiores riquezas naturais de Campo Formoso. Figura12: Rdiofm98.com61 Ver: http://www.radiofm98.com.br; Acessado em: 20/08/11. 40. 30 A webrdio campoformosoonline.com62 mais um endereo conhecido pelo pblicojovem campo-formosense. Nela h divulgao de notcias de todos os lugares, espao paraemisso de comentrios e envio de e-mail, podcats, programas radiofnicos durante todo o diae noite. Mas tambm nada exibe sobre as belezas e riquezas naturais do municpio.Figura 13: CampoFormosoOnline.com H ainda o portal institucional Camaracf. ba63 que pertence Cmara de vereadores deCampo Formoso. O ambiente virtual apresenta uma grande variedade de informaes relativaa todos os processos jurdicos, desde votaes, emendas sanes de leis, como perfis dosatuais e antigos presidentes, alm disso, contm vdeos, uma webtv que transmite sessesordinrias, espaos para comentrios e contatos. Porm nada exibe ou existe sobre questescomo criao de leis de preservao dos stios pr-histricos campo-formosenses apesar daplataforma conter um banner com imagens de cavernas e do centro urbano.62 Ver: http://www.radiocampoformosoonline.com.br/; Acessado em 20/08/11.63 Ver: http://camaracf.ba.gov.br/; Acessado em: 07/09/11. 41. 31Figura 14: Camaracf. ba 42. 323. FERRAMENTA ESCOLHIDADiferente da fase inicial da Internet caracterizada por isolamento na produo doswebsites pginas com contedos estticos, a segunda fase deste sistema denominada de web2.0 (PRIMO, 2008, p. 02) comeou em 2004 na MediaLive e OReilly Media 64, realizada emSo Francisco Califrnia, nos Estados Unidos da Amrica, de acordo com Conti e Pinto(2010, p.04). Esta fase caracterizada pela produo independente e/ou coletiva,compartilhamento e organizao da informao, alm da possibilidade de interaomultimdia-com atravs de mensagens nos formatos de udio, vdeo, imagens ou somentemensagem de texto em tempo real entre os participantes segundo Primo (2008), ou seja, aomesmo tempo um usurio torna-se produtor, participante, colaborador de um mesmocontedo. Ele interage com quem confecciona algum produto, de fato uma nova dinmica instaurada neste contexto segundo Lemos (2003, p.03).Neste contexto em que o sistema composto da juno de servios web, linguagemAjax, Web Syndication (PRIMO 2007, p.01) profissionais acabam dividindo espao comamadores (CONTI e PINTO, 2010 p. 02). 65Quanto aos ideais do OReilly para a web. 2.0 (apud MORAIS 2010) ratifica que asistematizao a mesma praticamente da etapa inicial da construo da Internet, pormcom mais vantagens ou possibilidades como envolvimento entre pessoas de vrios nveissociais, isto , o projeto neste segundo momento contempla a participao coletiva, ainterao, o uso gratuito da ferramenta,64 "O termo, que tem entre seus criadores um outro Tim (OReilly), surgiu em outubro de 2004, aps arealizao da conferncia Web 2.0, em So Francisco, EUA, organizada pelas empresas MediaLive e OReillyMedia. Durante um brainstorm, nasceu a idia de inaugurar uma fase da Web que permitisse mais liberdade aousurio, que deixa de ser passivo e passa a ter, tambm, a responsabilidade de produzir, "mixar" e classificar ocontedo. A idia vingou e, agora, comeam a nascer os primeiros sites "colaborativos" em Web 2.0." Inhttp://www.spiner.com.br/modules.php?name=News&file=article&sid=120265 Se na primeira gerao da Web os sites eram trabalhados como unidades isoladas, passa-se agora para umaestrutura integrada de funcionalidades e contedo. Logo, OReilly destaca a passagem da nfase na publicao(ou emisso, conforme o limitado modelo transmissionista) para a participao: blogs com comentrios e sistemade assinaturas em vez de home-pages estticas e atomizadas; em vez de lbuns virtuais, prefere-se o Flickr, ondeos internautas alm de publicar suas imagens e organiz-las atravs de associaes livres, podem buscar fotos emtodo o sistema; como alternativas aos diretrios, enciclopdias online e jornais online, surgem sistemas deorganizao de informaes (del.icio.us e Technorati, por exemplo), enciclopdias escritas colaborativamente(como a Wikipdia) e sites de webjornalismo participativo(como Ohmy News, Wikinews e Slashdot).(PRIMO2007, p. 02). 43. 33 (1) A www como plataforma: a plataforma continua sendo a mesma da fase anterior web 2.0, mas agora com possibilidade de participao mais aberta, gratuidade nos contedos e servios ofertados. Quanto mais pessoas fazem uso, mais a plataforma dinamizada; (2) aproveitamento da inteligncia coletiva: com interfaces mais simples e acesso gratuito, cada vez mais usurios vo inserindo novos contedos e descobrindo contedos relacionados, vindo de outros usurios. Essas associaes vo criando teias de conexes, compondo atividades coletivas; (3) gesto do banco de dados como competncia bsica: visto como princpio central, j que os dados so os elementos principais em torno da web 2.0, trabalhados atravs de softwares de fcil manuseio. Isso requer habilidade por parte dos usurios, com vistas ao estabelecimento de uma massa crtica, capaz de compor contedos relevantes, ampliando, assim, as possibilidades de uso da rede; (4) fim do ciclo de verses de softwares: uma das principais vantagens s quais o usurio pode ter acesso, devendo ser este visto como um co-desenvolvedor, ao invs de mero consumidor de produtos e programas; (5) modelos leves de programao; os ambientes devem ser confiveis e oferecer servios simples. Um exemplo o RSS, uma tecnologia que permite ao usurio visualizar contedos de seu interesse sem precisar visitar vrias pginas. utilizado principalmente em sites de notcias e blogs; (6) software no limitado a um s dispositivo: a web 2.0 no se limita a computadores (plataforma PC). Atravs de telefones mveis com tecnologia 3G, por exemplo, possvel utilizar os servios e outras plataformas vm sendo desenvolvidas para expandir o acesso; (7) experincias enriquecedoras dos usurios: interfaces com fcil capacidade de acesso em diferentes plataformas, com sistemas simples e com maior usabilidade, podem criar um ambiente mais propcio troca de experincias pelos usurios, favorecendo construes coletivas. (MORAIS, 2010, p. 71) Em sntese, este novo momento da Internet amplia ou avana no quantitativo dedesenvolvimento de softwares conhecidos por programas de internet e/ou computador osquais possuem fcil compreenso para usabilidade, inclusive para leigos do funcionamentotcnico deste sistema, sendo que vrios deles so livres. Surgem tambm aplicativos quepossibilitam a interconexo de ferramentas distintas da virtualidade; permissvel de formadinmica a produo partilhada da informao e/ou de contedos o que dar poderes ao sujeitopara ele se tornar um emissor e no somente receptor, isto , este tem a oportunidade sair doanonimato. Ainda na mesma perspectiva Coutinho e Jnior (2007) garante que as caractersticasmais importantes nesta nova era da Internet denominada de web 2.0 correspondem facilidade ao utilizar s interfaces as quais apresentam mais sofisticaes ou sua dinmica; apossibilidade de arquivar melhor as informaes alm da conquista de maior instantaneidadeneste processo; o funcionamento online dos softwares para a criao de pginas, etc. Segundo Primo (2008) esta nova etapa da internet no deve ser til somente pela epara imensa disponibilidade de contedos na rede e melhorias nos setores tcnicos, mas simno que tange a criao de novas formas linguagem com abreviaes ou sintetizaes dentro na 44. 34escrita ou em resumo o desenvolvimento de um novo idioma (linguagem tcnica talvezfosse mais apropriado, por exemplo, o uso de vc ao invs de voc), assim como o processointerativo entre os sujeitos envolvidos no contexto, algo ratificado por Xavier (2008) O advento da Web 2.0 pode ser compreendido como um novo fenmeno que promete o aperfeioamento dos servios apresentados pelas interfaces hipertextuais WEB, cujo objetivo um melhor nvel de participao dos sujeitos em processos de interao, corroborando a idia que o sujeito quer participar ativamente, ser tambm um agente instituinte da cultura. (XAVIER 2008, p. 82) Recuero (2003, p. 23) afirma que uma sociedade virtual foi criada, e nela h doiselementos bsicos como os atores sociais representados por pessoas, instituies dentreoutros, e as conexes as quais simbolizam o contato, a relao ou a participao entre taisatores na produo de informaes e conhecimento. Neste mesmo sistema em que se visa a interao, Primo (2010, p. 06) categoriza osatores sociais ou talvez virtuais dependendo do nvel de relacionamento entre si e noexclusivamente pela emisso de informao trocadas por ambos. Tais atores da web so oEu, tu (vs), ele (eles), it, ns, ns/todos, sendo que a probabilidade de uma relao deproximidade bem maior envolvendo o Eu com tu/vs, pois certamente os dois seconhecerem fora do espao virtual. Ainda neste sentido, o relacionamento do Eu com ons/todos pode ser crescente, mas depender de um elo que necessita familiarizar todos emmuitos sentidos, e caso haja a comunicao bilateral certamente a coletividade florescer. Ainda quanto participao social e/ou interao e Montardo e Passerino (2011)afirmam que surgem tambm importantes elementos como a co-presena a qual passa a existira partir do encontro de no mnimo duas pessoas na rede telemtica basicamente; Percepocomo base da relao e participao dos atores, da reciprocidade gerada, designada comobilateridade no processo comunicacional. A Web 2.0 possibilita que a informao alm de confeccionada em conjunto, permiteainda que esta seja recuperada ou convertida para ser visualizada em formatos diferentesatravs de ferramentas como social bookmarking responsvel pela exibio de links (uso detags), e do Tagging o qual permite o uso de palavras-chaves para assim fazer ligao comdeterminado contedo (PRIMO 2007, p. 03). 45. 35Figura 15: Social Bookmarking Ainda segundo Coutinho e Jnior (2007) a segunda fase da internet apresenta vriasferramentas as quais so classificadas por categoria:As ferramentas da web 2.0 podem ser classificadas em duas categorias, ou seja: a)na primeira categoria incluem-se as aplicaes que s podem existir na Internet ecuja eficcia aumenta com o nmero de utilizadores registados, como por exemplo:Google Docs & Spreadsheets, Wikipdia, del.icio.us, YouTube, Skype, eBay, Hi5,etc.; b) na segunda categoria incluem-se as aplicaes que podem funcionaroffline, mas que tambm podem trazer grandes vantagens se estiverem online comopor exemplo: o Picasa Fotos, o Google Maps, Mapquest, iTunes, etc.(COUTINHO;JNIOR 2007, p 02). De forma geral, a web 2.0 considerada para muitos como novo meio de comunicao,traz no seu DNA a quebra da unilateridade no processo de veiculao da mensagem, bemcomo proporciona a fragmentao do poderio dos organismos comunicacionais tradicionais(rdio, TV, jornal impresso e outros) concentrada em mos de poucas famlias em todo oterritrio brasileiro, segundo Lemos (2003). 46. 363.1. A FERRAMENTA BLOGUma das vrias importantes ferramentas gratuita gerada pela web 2.0. o weblog ousinteticamente blog66 tambm conhecido como uma das vrias mdias sociais segundo Dubner(2011),67 caracterizada como dirio pessoal que possibilita alm da conversao entreindivduos a consolidao da constante exibio da vida particular, pessoal, individual e/ousecreta, sendo a mesma quase sempre criticada por vrios profissionais da imprensa (PRIMO2008, p. 02). Geralmente uma linha pessoal de postagens seguida e nele se encontra qualquertipo de contedo como notcia, dica de jogos e outras informaes (estas quase sempreconfiveis, pois so postados links dos endereos oficiais para conferncia e respaldo dapostagem) e neste caso as pessoas podem questionar, criticar, sugerir, discutir sobre assuntosabordados, como tambm tentar mudar o contexto social atual nesta nova era da estabilizaodas zonas telemticas ainda de acordo com Borges (2006). Sobre esta possibilidade demudana social atravs desta ferramenta da web 2.0 deve-se ratificar que algo realizvelbaseado em Montardo et al. (2004, pp. 06 e 07) a qual apresenta as comunidades blogueirascomo um dos agentes dentro deste dispositivo virtual gratuito, sendo a mesma criada a partirdo surgimento do sentimento de pertena oriundo da sequncia dos comentrios com ideaisparecidos (PRIMO 2008, p. 03).Surge ento o que Lemos (2004) chama de interao, processo em que a comunicaoacontece entre os sujeitos envolvidos, isto , humano com humano e no mais humano commquina (antigamente denominado de interatividade). E estes mesmo sujeitos acabam portrocar mensagem em determinado perfil que nem sempre pertence a eles, mas os apresentacerta peculiaridade. Ou seja, a participao popular comea quando um comentrio emitidonum determinado post ou posto, correio 68 que contenha assunto de qualquer relevncia, ou aoinvs do comentrio propriamente dito haja no mesmo espao uma nova postagem feita pelovisitante o qual pode ainda disponibilizar hiperlinks ou links. Porm esta mesma participao66 Em espanhol, blogs so bitcoras, que significa um caderno pequeno onde anotamos os acontecimentosdurante uma viagem, inicialmente pelo mar. Hoje, blogs so sinnimos de dirios, porm, existem osinformativos, que contm a opinio de quem escreve sobre determinado assunto, podendo abranger matriasrelativas ao assunto que se deseja pautar ( BORGES 2006, p. 08).67 O termo mdias sociais deriva da traduo social media da lngua inglesa, segundo este mesmo autor em seuespao eletrnico. Ver: http://www.midiasocial.com.br/home/68 Ver: http://www.dicionarioweb.com.br/Post.html; acesso em 10/08/11. 47. 37pode estagnar-se se no houver um retorno e este retorno seria conceituado como processointerativo (PRIMO 2008). De fato, nos blogs que existem espao para comentrios, j quemuitos perfis no disponibilizam este recurso (MORAIS, 2011), uma mensagem deixada emdeterminado endereo, possibilita o dilogo com outros visitantes ou com o dono do perfil, oqual pode excluir ou no tal comentrio ou recado transmitido, o que geraria o fim dasconversaes segundo Primo (2008). O autor afirma ainda que por meio dos comentriosfeitos num blog o autor passa a ter a oportunidade de fazer melhorias principalmente no quecompete a produo textual ou de contedo no todo, alm de reunir os comentaristas emdebates dentre outros.A ferramenta de comentrios um dos recursos mais importantes para odesenvolvimento de conversaes em blogs. Normalmente, abaixo de cada post exibido um link que abre a janela de comentrios. Esse link apresenta o nmero decomentrios j publicados at o momento, o que facilita o acompanhamento daconversao. Na janela que se abre, os comentrios so apresentados em ordemcronolgica, acompanhados da hora de publicao e de seu autor. Na janela decomentrios, o debate prossegue como em um frum, conforme aponta Marlow(2004), oferecendo tambm ao blogueiro a percepo sobre o impacto de seus posts.(PRIMO e SMANIOTTO 2006, p. 05) Outro ponto interessante sobre a emisso de comentrios segundo Recuero (2009, p.27) que quando um ator social deixa o link de seu blog este passa a ser conhecido, visitado ecomentado por outros atores sociais. De acordo com Primo e Smaniotto (2006) alm do recurso comentrio que facilita aparticipao ou conversao em blogs, h ainda os permanlinks os quais funcionam comosubpgina dentro de um weblog sendo que para qualquer contedo lanado no ciberespao, hum link prprio, direcionando o internauta com extrema exatido ao local do post. H tambmo trackback que: [...] serve como um rastro, um aviso de que um blog de terceiro est comentando aquele post, e oferece um link direto para l. Assim, o blogueiro e seus visitantes podem conhecer a repercusso que aquele post est tendo em outros lugares.[...]O blogroll, por sua vez, o recurso mais antigo, j que praticamente surge junto com os blogs. De certa forma, at confunde-se com os primeiros blogs, pois muitos deles consistiam em listas de links para outros sites. Porm, atualmente os blogueiros costumam utilizar essa barra lateral para listar principalmente outros blogs ou sites que costumam visitar. Para o blogueiro, o blogroll pode servir como uma lista de favoritos, facilitando sua visita a tais pginas. Para o visitante/participante, esse recurso pode servir como uma lista de recomendaes. (PRIMO; SMANIOTTO, 48. 382006, p. 06 ) Para Primo (2008, p. 02), por potencializar-se como ferramenta de comunicao danova fase da Internet e que consegue reunir um significante nmero de internautas os quaisgeram audincia, o blog pode ser considerado uma micromdia digital (mdia social) assimcomo j existem outras dentro do campo da virtualidade, mas sem comparaes ao sistemabroadcasting (Rdio e TV) que do alcance da maioria das pessoas. Todavia deve ficar claroque nem qualquer weblog considerado uma micromdia devido a circunstncias comoproduo e recepo de contedos alm de interao entre os participantes. A variedade de usos de blogs vm causando distenses e rearranjos na estrutura miditica contempornea. Pode-se dizer que pela primeira vez na histria conglomerados miditicos e produtores independentes podem trabalhar em igualdade de condies tecnolgicas. Se fanzines e rdios livres estavam em desvantagem em relao ao alcance e qualidade tcnica de jornais e rdios broadcast, a mesma lgica no se aplica blogosfera. Hoje, as condies tecnolgicas do meio (o blog/programa) podem ser idnticas em diferentes nveis miditicos, mas o dispositivo de comunicao se configura de maneira distinta. O contrato estabelecido se difere. (PRIMO 2008, p.11) Traduz-se que no basta apenas criar uma conta no blog, mas preciso gerenci-la ecom cuidado para no contribuir com baguna ou lixo virtual. O blog pode e deve sempreest interconectado ou linkado com outras mdias sociais para assim ampliar as formas departicipao social. E dentre as mdias sociais mais conhecidas esto Twitter, Orkut,Facebook. O Twitter uma ferramenta que possibilita acompanhar notcias resumidas de umperfil prprio ou de outros, interagir com amigos ou pessoas desconhecidas dentre outrasfunes segundo Menezes (2011); O Orkut de acordo com o portal G1(2008) uma Redeon-line de relacionamentos sociais criada por Orkut Bykkokten, funcionrio do Google, eque se popularizou no Brasil a partir de 2004[...] sendo que qualquer pessoa pode contactarou adicionar qualquer perfil aps criao de uma conta gratuita, alm de compartilhar links devdeo, imagens e mensagens de texto; J o Facebook considerado como uma ampliao doOrkut, tendo espao postagem de fotos, links de vdeos, recados dentre outros segundoLab(2010) . 49. 393.2 ORIGEM E CONTRIBUIES DO BLOGA palavra blog originou-se da juno dos termos web+ log que significa arquivoweb, passou a ser pronunciada h menos de 15 anos (1998) de acordo com Amaral et al.(2008) sendo na poca um ambiente virtual ou site com apanhado de links de outros sitesdesconhecidos ou muito pouco visitados (p. 01). Mas o pice da atmosfera blogueiraaconteceu somente no ano de 2004, perodo caracterizado pela ascenso de toda a web 2.0 equando a Google comprou a Blogger. Quanto s postagens, o primeiro contedo publicadofoi o ensaio Anatomia de um weblog escrito por Cameron Barret que tratava do processoem si desta ferramenta (p. 02) isso em 1999, poca que havia um nmero relevante de blogsainda segundo Amaral e et. tal (2008, p.02)Os fenmenos dos weblogs relativamente recente. De acordo com Rebecca Blood(2002, online), a idia do weblog antiga (websites "pessoais" ou "temticos" queso atualizados constantemente), mas, em 1999, havia apenas um grupo de 23weblogs conhecidos, listados por Jesse Garrett em sua lista de "websites como este".Logo, o nmero comeou a aumentar de modo significativo (p. 02). [...] Um dosblogs pioneiros que ilustra a colocao de Blood foi o Links From the Underground,de Justin Hall. O website dedicava-se a trazer, para os leitores, o dia-a-dia do autor.Outro dos primeiros weblogs, Robot Wisdom12, de Jorn Barger, tambm serestringe a um conjunto de links frequentemente atualizados. CamWorld13, outroblog freqentemente citado como um dos primeiros blogs, de Cameron Barret, aocontrrio, mostra um sistema de comentrios pessoais com links para diversas partesda Internet. E muitos outros ainda aparecem na lista: Tomalaks Realm 14, deLawrence Lee, Scripting News15 de Dave Winer e etc (RECUERO 2003, p. 02 e03).Apesar de ter pouco tempo de existncia, a quantidade de pessoas que possuem blogsou visitam pginas deste tipo de mdia social muito grande de acordo com pesquisasrecentes mais feita Ibope/NetRatings69, chegando a 10 milhes s no contexto brasileiro, dos170 milhes existentes em todo o mundo.De acordo com Primo (2008) h vrios blogueiros que tem pouca ou nenhuma vontadede postar contedo almejando somente em participar do sistema da web 2.0, como emcontrapartida h tambm diversos profissionais, inclusive em jornalismo que aproveitam aoportunidade para terem lucratividade podendo ter sua prpria linha de trabalho e no se69 Divulgao em: http://idgnow.uol.com.br/internet/blog_dos_blogs/archive/2008/03/26/blogs-tm-10-milhes-de-leitores-no-brasil/ 50. 40sujeitando s humilhaes do seu chefe ou colegas, e esse modelo de blog comercial denominado de nicho que busca sempre ter credibilidade na atmosfera do uso da virtualidade(pgina.). Isto , a informao a nova moeda mundial baseado em Castells (1999).No universo da blogosfera profissional pensar em lucrar financeiramente pensar nosomente na realizao das postagens dos contedos70, mas no nmero de visitas eprincipalmente na valorizao da interao com o internauta de qualquer nvel ou grau deinstruo, interao esta que nem sempre vivel nos meios de comunicao como televiso,rdio, revistas e jornais de acordo com Primo (2006, p. 10). E neste caso, nem sempre quemfaz a moderao dos comentrios o dono do perfil em si, mas sim os problogging,funcionrio ou equipe de funcionrios que por sua vez busca sempre o fortalecimento do elocom os visitantes (PRIMO 2008, p. 04).Um exemplo prximo nossa realidade o blog do jornalista e escritor brasileiroRicardo Noblat 71 que trabalha assuntos polticos e inclusive apresentou aos navegadores daweb os escndalos e fatores responsveis pela cassao de um dos lderes do governo napoca Jos Dirceu Dessa forma, um blog sobre poltica, no caso, o do jornalista Ricardo Noblat www.blogdonoblat.com.br, representa uma nova esfera pblica. A pesquisa iniciou- se na efervescncia da CPI dos Correios, caminhando pelo Mensalo at chegar cassao de Jos Dirceu. O trabalho foca nos trs dias: o que Internet como nova esfera pblica e seu espao na sociedade contempornea antecedeu, o dia da cassao, e o dia aps, analisando alm das matrias postadas no blog1, os comentrios a respeito das mesmas. (BORGES 2006, p. 01)At a Rede Globo de televiso no desperdiou esta facilidade de realizarempreendimento e ampliar seu poderio prprio, e lanou seu blog oficial para assim reduzir apreocupao com o gosto ou a curiosidade dos telespectadores os quais consomeminformaes sobre o cotidiano dos seus dolos famosos. Alm disso, a emissora talvez tenhavisado questes pertinentes audincia, segundo Primo (2008).70 Com o intuito de ampliar a compreenso sobre a profissionalizao de blogs e o encadeamento destes commeios de outros nveis miditicos, uma investigao emprica foi conduzida. Para tal propsito, estudou-secondomnio de blogs Interney Blogs, criado em fevereiro de 2007 pelo empresrio e analista de sistemasEdney Souza. Esta opo justifica-se pela relevncia do portal na blogosfera nacional, o volume de prmios jrecebidos, como tambm em virtude da parceria firmada com a empresa IG em setembro do mesmo ano.(PRIMO 2008, p. 11)71 Este o endereo do blog de Ricardo Noblat: www.blogdonoblat.com.br 51. 41 Ciente do interesse do pblico por notcias sobre celebridades, a Globo estreou em 30 de agosto de 2007 o seu portal com blogs de seu star system: o BlogLogs. Gerenciado pelo empresrio Diogo Boni (o Boninho), o site visa publicar blogs de personalidades, especialistas, famosos e outros formadores de opinio adequados ao perfil do portal. (PRIMO 2008, p. 06)Em nvel mundial nos momentos decisivos destes ltimos anos o blog denominadotambm de warblog72 produzido por profissionais e/ou que segue uma linha empresarial (semamadorismos ou enfoque pessoal) j foi e usado para levar notcias s pessoas em qualquerlocal do globo terrestre. Como exemplos temos a transmisso dos conflitos durante a guerrano Iraque em 2003, o caso do uso warblog de um perfil intitulado de Salam Pax o qualdescrevia diariamente a programao dos combates, e ainda neste mesmo contexto umjornalista independente ou sem apoio dos jornais, Christopher Albritton, do Back to Iraq 2.0c tambm levou a vrios internautas os momentos dramticos entre soldados norte-americanosversus iraquianos; sem tambm contar no dirio eletrnico A minute Longer A soldierstalecriado por militar estadunidense com nome Will no perfil (RECUERO 2003, pp. 04 e05).De fato comprovado que uso do weblog gera o progresso de jornais que antes eramsufocados ou nunca conseguiam vencer os grandes concorrentes detentores do gosto epreferncia do pblico (BORGES 2006, p. 07).Os cinco maiores blogs ou mais acessados/influentes em escala internacional entre osmeses de abril e maio do corrente ano, escolhidos atravs de critrios como atualizao,design de perfil, finalidade de acordo com o site norte-americano signature9.com73 so emordem de classificao: 1: www.thesartorialist.com; 2: www.hypebeast.com; 3:www.hoghnobiety.com;4: www.stylelist.com;5:www.refinery29.com (endereosrecomendados). 7472 Blog de cobertura de guerra segundo Recuero (2003)73 Ver: http://www.signature9.com/style-99; Acessado em: 11/09/11.74 Acessados em: 11/09/11. 52. 423.3 WEBLOG VERSUS WEBSITE A plataforma do blog pode ser considerada como de um website, todavia grande onmero de caractersticas que os distinguem, no caso do primeiro a postagem de contedosdiversas vezes pode ficar de cima para baixo (cronologicamente) com informaes reduzidas,em alguns casos podendo conter um pensamento crtico do dono do perfil que muitas vezesno necessita de formao especfica sobre determinada rea para emitir comentrios oucrticas (RECUERO 2003). Em contrapartida as matrias de um website perdem o valor ou anotoriedade com o passar dos dias (BORGES 2006); Ao cont