relatório visita técnica mineração rio formoso
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Realizou-se no dia 19 de novembro de 2014 a visita técnica na Mineração Rio Formoso na cidade de Formoso do Araguaia – TO. Ministrada pelo professor e engenheiro responsável José Cleuton Batista. Fundada em 1977, a empresa atua no ramo de mineração de calcário, seu campo de extração encontra-se na fazenda Morro Azul, situada na rodovia TO-070. A empresa tem suas atividades voltadas à produção de brita 0 e 1, granitina fina e média, calcário como corretivo de solo (onde se tira o maior lucro), sem contar na produção voltada para a construção civil. Um dos aspectos que mais chama-se atenção é o fto da empresa ser “auto sustentável”; aproveitando desde a madeira retirada no decapeamento à água gerada pela extração do minério que é bombeada para a aspersão no pó de calcário (corretivo de solo). Ressaltando, que o mesmo material destinado a produção de brita serve para o calcário como corretivo de solo. A primeira parada foi na planta de beneficiamento I. onde o professor fez uma introdução referente a história da empresa, que teve início em meados dos anos 1976 – 1977 com duas concessões de lavra. A reserva estimada inicialmente era de 11 milhões de toneladas, hoje estima-se um valor superior a 200 milhões de toneladas. Os equipamentos utilizados já possuem uma balança embutida. Como exigência para esse tipo de rocha britada faz-se necessário que possuam cabine fechada. Para minimizar os riscos decorrentes utilização a aspersão de água nas vias de acesso, e principalmente a utilização de EPI’s (máscaras, capacete, luvas, botas, etc.). Na operação não existe circuito de moagem apenas britagem. O britador utilizado é de mandíbula. Já na jazida o professor elencou alguns pontos referentes a maneira de como se lavrava o minério (ascendente). A área da lavra (112 hectares) estava interditada pelo DNPM em decorrência aos taludes negativos com altura acima do permitido. A empresa apresentou uma proposta junto ao órgão competente visando continuar lavrando e realizar pesquisa ao longo de um determinado tempo para gerar recursos e manter as pessoas empregadas. O período em que mais se produz vai de Março – Outubro/Novembro (seca), no período chuvoso concentra-se na área de pesquisa e desenvolvimento e lavra na encosta. Vale ressaltar que a jazida vai desde pesquisa à lavra.TRANSCRIPT
Relatório visita Técnica Mineração Rio Formoso
Palmas, 26 de novembro de 2014
Aluna: Francielly Vieira Rocha
Professor: José Cleuton
Disciplina: Processamento de Minerais I
Este é apresentado ao professor José Cleuton, como
requisito parcial de avaliação de G2 da disciplina de
Processamento de Minerais I.
Palmas, 26 de novembro de 2014
Relatório Visita Técnica Mineração Rio Formoso
Realizou-se no dia 19 de novembro de 2014 a visita técnica na Mineração Rio Formoso na cidade
de Formoso do Araguaia – TO. Ministrada pelo professor e engenheiro responsável José Cleuton
Batista.
Fundada em 1977, a empresa atua no ramo de mineração de calcário, seu campo de extração
encontra-se na fazenda Morro Azul, situada na rodovia TO-070. A empresa tem suas atividades
voltadas à produção de brita 0 e 1, granitina fina e média, calcário como corretivo de solo (onde se
tira o maior lucro), sem contar na produção voltada para a construção civil. Um dos aspectos que
mais chama-se atenção é o fto da empresa ser “auto sustentável”; aproveitando desde a madeira
retirada no decapeamento à água gerada pela extração do minério que é bombeada para a aspersão no
pó de calcário (corretivo de solo). Ressaltando, que o mesmo material destinado a produção de brita
serve para o calcário como corretivo de solo.
A primeira parada foi na planta de beneficiamento I. onde o professor fez uma introdução referente
a história da empresa, que teve início em meados dos anos 1976 – 1977 com duas concessões de
lavra. A reserva estimada inicialmente era de 11 milhões de toneladas, hoje estima-se um valor
superior a 200 milhões de toneladas.
Os equipamentos utilizados já possuem uma balança embutida. Como exigência para esse tipo de
rocha britada faz-se necessário que possuam cabine fechada. Para minimizar os riscos decorrentes
utilização a aspersão de água nas vias de acesso, e principalmente a utilização de EPI’s (máscaras,
capacete, luvas, botas, etc.). Na operação não existe circuito de moagem apenas britagem. O britador
utilizado é de mandíbula.
Já na jazida o professor elencou alguns pontos referentes a maneira de como se lavrava o minério
(ascendente). A área da lavra (112 hectares) estava interditada pelo DNPM em decorrência aos
taludes negativos com altura acima do permitido. A empresa apresentou uma proposta junto ao órgão
competente visando continuar lavrando e realizar pesquisa ao longo de um determinado tempo para
gerar recursos e manter as pessoas empregadas. O período em que mais se produz vai de Março –
Outubro/Novembro (seca), no período chuvoso concentra-se na área de pesquisa e desenvolvimento e
lavra na encosta. Vale ressaltar que a jazida vai desde pesquisa à lavra.
Como a empresa dispunha de um ano para pesquisa inicialmente a sondagem seria de 50 m cada
furo (4 furos) passando para 100 m. Foram realizados aproximadamente 400 m de sondagens, com a
perfuração de 4 furos de sondagens ( Lbq rotativa 3 polegadas, recolhendo o material), com dois
pontos aflorantes, no 4° ponto chegou à uma fenda 36 m apenas de terra decidiu-se furar até 136 m
onde 100 m foi de calcário de ótima qualidade e teor. A densidade do material é de aproximadamente
2,6.
Há dois anos a lavra passou a ser descendente a fim de corrigir as bancadas. Quanto ao desmonte é
feito com explosivos tendo a banana de dinamite como carga de fundo, granulado como carga de
coluna e o Brinel utilizado para iniciação das cargas explosivas e ligações (antes era usado Cordel). A
empresa possui também um Blaster (Luiz) que é de extrema confiança do Engenheiro. Razão de
carregamento cerca de 220 g/ton.
Devido ao rebaixamento do nível (cerca de 12 m) gerou se água na superfície que se tornaria um
problema se não fosse viável o seu bombeamento a usina de beneficiamento. Assim, foram realizado
furos com 4 hastes de 12m onde deu um fogo para a retirada do material onde encontra-se a água.
Fez um dreno de uma ponta a outra na crista onde a água ficou retida. As bancadas são cerca de 9 á
12 m de altura. Um fato interessante é que uma parte aflorante do morro está interditado por
iniciativa da própria empresa uma vez que ainda não se desenvolveu tal local, visando prevenir
acidentes e tráfegos de pessoas. Possui uma cava antiga que servirá no futuro como bota fora para o
material decapeado, enquanto isso o material retirado serve para o acerto da praça evitando
construção de planta e aproveitando o material de descarte.
Ao lado da planta citada a cima possui uma outra que é a que está em funcionamento, possui
moinhos da marca Piacentini os moinhos da planta anterior são da marca emetec que tem uma
capacidade maior que os piacentini porém, não consegue moer se a rocha estiver molhada. O intuito é
fazer uma ligação desta produção no período da estiagem e chuvoso, sempre tendo material a ser
britado. Além de, gerar uma economia quanto a mão de obra, energia, quantidade de caminhões.
Capacidade de produção chegará a 200.000 ton/ano.
Com a inauguração da planta nova é preciso de água onde possui um poço na planta velha; com
um GPS o professor verificou o desnível que foi cerca de 11 m sendo assim a água é levada por
queda livre depois bombeada para a caixa (economizando um bombeamento de cerca de 3 Km na
planta velha). Essa água serve para alimentar o processo fazendo uma a aspersão no calcário afim de
evitar que suas partículas se dispersem no ambiente (medida mistigadora).
Logo após, visitamos sede da empresa, onde concentra a fábrica de cal, tintas e argamassas.
Dividimos em dois grupos para que o Flavio nos mostrasse todo o processo voltado à essa produção.
Enfim, como experiência acadêmica e profissional posso elencar com toda a certeza que a visita
contribuiu positivamente e ampliou minha área de conhecimento. Conhecer na prática desde o
processo de retirada do material a sua aplicação como um agregado criou-se uma junção entre
mineração – sociedade. A empresa possui um clima agradável no que diz aos objetivos e metas
alcançadas, pregando uma política de desenvolvimento sustentável.
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