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DOCUMENTO FINAL PLANO MUNICIPAL DE CAMBORIÚ CAMBORIÚ (SC), JUNHO DE 2015

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1

DOCUMENTO FINAL

PLANO MUNICIPAL DE CAMBORIÚ

CAMBORIÚ (SC), JUNHO DE 2015

2

SUMÁRIO

APRESENTAÇÃO ........................................................................................................ 2

MEMORIAL DE CONSTRUÇÃO DO PLANO MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO ................ 5

O SIGNIFICADO DA LOGO DO PLANO MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO DE CAMBORIÚ9

CARACTERIZAÇÃO DO MUNICIPIO DE CAMBORIÚ ............................................... 10

DIAGNÓSTICO DA EDUCAÇÃO ................................................................................ 22

ALINHAMENTO DAS METAS DO PLANO NACIONAL, ESTADUAL E MUNICIPAL .. 23

PROJETO DE LEI E ANEXOS DO PLANO MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO ................. 31

FONTES DE CONSULTA ........................................................................................... 80

ANEXOS ..................................................................................................................... 83

3

APRESENTAÇÃO

Camboriú em 2015 assumiu o compromisso em elaborar o I Plano Municipal de

Educação, de forma democrática para um prazo de 10 anos, em consonância com

as metas e estratégias do Plano Nacional de Educação, Lei Nº 13.005, de 24 de

junho de 2014.

O processo de construção do Plano Municipal de Educação encontra-se

contextualizado no Memorial, que narra a trajetória do processo de elaboração e o

envolvimento com a comunidade. A criação da logo do PME ganha sentidos e

significados e um destaque neste documento.

Após o significado da logo PME, encontra-se a caracterização do município quanto

ao contexto histórico, socioeconômico, populacional e educacional complementado

pela caracterização feita pelo Instituto de Pesquisas Sociais da Univali em 2015,

com dados atuais para planejar a próxima década (ANEXO 1).

Na sequência, o documento traz um diagnóstico com informações da educação

municipal que tomou como referência a Pesquisa Nacional por Amostra de

Domicílios - PNAD, o censo demográfico e os censos nacionais da educação básica

e superior mais atualizados, disponíveis aos municípios. O diagnóstico foi

complementado com pesquisas sobre informações detalhadas realizadas pelo poder

público municipal, estadual e por escolas particulares e analisado pelos

representantes do Fórum Municipal (ANEXO 2).

Com base nos dados do diagnóstico são apresentadas 20 metas municipais

alinhadas as metas do Plano Nacional de Educação e ao Plano Estadual de

Educação, que foram aprovadas na Conferência Municipal de Educação, no dia 12

de junho de 2015.

Nos anexos do Projeto de Lei, apresenta-se as metas e estratégias, do Plano

Municipal de Educação, que corresponde a eixos temáticos ligados à:

4

a) Universalização da Educação Infantil (Meta 1);

b) Universalização do Ensino Fundamental (Meta 2);

c) Universalização do Ensino Médio (Meta 3);

d) Universalização do Acesso da População de 4 a 17 anos da Educação

Especial, na Educação Básica (Meta 4);

e) Alfabetização para todas as crianças até o terceiro ano do ensino fundamental

(Meta 5)

f) Educação em Tempo Integral (Meta 6);

g) Qualidade do Ensino – IDEB (Meta 7);

h) Educação de Jovens e Adultos e Educação Profissional (Meta 8, 9 ,10 e 11);

i) Ensino Superior e Pós-Graduação (Meta 12, 13 e 14);

j) Valorização dos Profissionais da Educação (Meta 15, 16, 17 e 18);

k) Gestão Democrática do Ensino (Meta 19);

l) Investimento Público em Educação Pública (Meta 20).

As metas e estratégias municipais serão cumpridas no prazo de vigência do Plano

Nacional de Educação e para o seu alcance, o município de Camboriú atuará em

regime de colaboração com o Estado de Santa Catarina e a União, sendo a sua

execução o cumprimento de suas metas objeto de monitoramento contínuo e de

avaliações periódicas, realizados pelos representantes do Fórum Municipal de

Educação do município de Camboriú.

5

MEMORIAL DE CONSTRUÇÃO DO PLANO MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO

“A melhor maneira de nos prepararmos para o futuro é concentrar toda imaginação e entusiasmo na execução perfeita do trabalho de hoje”.

Dale Carnegie

Camboriú vive um momento inédito na educação ao assumir o compromisso em

construir seu I Plano Municipal de Educação, de forma democrática e comprometida

com o futuro da educação, em consonância com o artigo 214 da Constituição

Federal e o artigo 8º do novo Plano Nacional de Educação, Lei nº. 13.005, aprovado

em 25 de junho de 2014, que estabelece que:

Art. 8o Os Estados, o Distrito Federal e os Municípios deverão elaborar seus correspondentes planos de educação, ou adequar os planos já aprovados em lei, em consonância com as diretrizes, metas e estratégias previstas neste PNE, no prazo de 1 (um) ano contado da publicação desta Lei (BRASIL, 2014).

Na construção do Plano Municipal de Educação, a função da Secretaria Municipal

de Educação liderada pelo Chefe do Executivo e subsidiada pela Câmara Municipal,

é o de coordenar a elaboração e executar as ações necessárias à construção e

posterior execução e avaliação do PME.

De acordo com suas atribuições, a Secretaria Municipal de Educação aderiu em

2014 ao Programa do MEC “Planejando a próxima década”, em parceria com a

SED e UNDIME contando com assistência técnica que tem acompanhado o

processo (ANEXO 3).

O primeiro passo para dar início ao processo de construção do Plano Municipal foi

constituir uma Comissão Interna, por meio da Portaria Nº 02 de 23 de fevereiro de

2015 (ANEXO 4) para organização geral do processo de construção do Plano

Municipal que será destituído mediante aprovação da Lei Municipal, em junho de

2015.

6

E para coordenar os processos de elaboração, revisão e acompanhamento do Plano

Municipal de Educação de Camboriú, o Chefe do Poder Executivo Municipal

apoiada pela Secretaria Municipal de Educação e pelo Conselho Municipal de

Educação, que na elaboração do Plano Municipal de Educação inspira, incentiva,

cobra e faz parte de todo o processo de elaboração, execução e avaliação do PME,

criou o Fórum Municipal, instituído pela Lei Nº 2.801 de 29 de abril de 2015 (ANEXO

5), formado por representantes de diversos segmentos da sociedade, para planejar a

próxima década definindo metas para 10 diretrizes a saber:

I. Erradicação do analfabetismo;

II. Universalização do atendimento escolar;

III. Superação das desigualdades educacionais, com ênfase na promoção da

cidadania e na erradicação de todas as formas de discriminação;

IV. Melhoria da qualidade da educação;

V. Formação para o trabalho e para a cidadania, com ênfase nos valores morais

e éticos em que se fundamenta, a sociedade;

VI. Promoção do princípio da gestão democrática da educação pública;

VII. Promoção humanística, científica, cultural e tecnológica do País;

VIII. Estabelecimento de meta de aplicação de recursos públicos em educação

como proporção do Produto Interno Bruto- PIB, que assegure atendimento às

necessidades de expansão, com padrão de qualidade e equidade;

IX. Valorização dos (as) profissionais da educação;

X. Promoção dos princípios do respeito aos direitos humanos, à diversidade, e à

sustentabilidade socioambiental.

Os representantes do Fórum reuniram-se nos dias 14 e 20 de maio para estudar o

Plano Nacional de Educação, analisar os dados do diagnóstico e definir as metas

municipais, alinhando-as metas do Plano Nacional e Estadual. Também aprovaram

a dinâmica das consultas públicas, a forma de seleção de delegados e o Regimento

Interno da Conferência Municipal no dia 09 de junho de 2015. As metas do Ensino

Profissionalizante e do Ensino Superior foram definidas nas consultas públicas

realizadas junto a representantes desta área de ensino.

7

No mês de maio foram promovidas 28 consultas públicas presencias sendo 22

consultas realizadas pelas escolas públicas municipais, 02 consultas pelas escolas

estaduais, 01 consulta pelas escolas particulares, 01 consulta pública no Instituto

Federal Catarinense e 01 consulta realizada pela APAE, 01 consulta pública

realizada pelo Conselho Municipal envolvendo desta forma todos os profissionais da

educação e a comunidade escolar, para participar desta construção e coletar

estratégias para o alcance das metas municipais. No anexo 6 encontra-se o material

enviado nas consultas públicas contendo a nomeação dos delegados para

participação na Conferência Municipal.

Na etapa de consultas públicas, os órgãos do governo e a Câmara de Vereadores

reuniram-se para estudar o Plano Nacional e propor estratégias que consideram sua

área de atuação.

Para favorecer a ampla participação da sociedade foi disponibilizado no Portal da

Prefeitura, um canal para comunicação e acompanhamento da comunidade nesta

construção, que pode propor estratégias para o alcance das metas por meio do e-

mail [email protected].

A Conferência Municipal do Plano Municipal de Educação, realizada no dia 12 de

junho de 2015, contou com a participação efetiva de mais de 200 delegados que

legitimaram e aprovaram 20 metas e 465 estratégias (ANEXO 7), fazendo cumprir o

Regimento Interno para elaboração do Plano Municipal (ANEXO 8). O Projeto de Lei

do Plano Municipal de Educação e seus anexos foi entregue pelo Chefe do

Executivo Municipal à Câmara de Vereadores, para apreciação e aprovação no dia

16 de junho de 2015.

Cabe dizer que, em todos os momentos de construção do Plano Municipal de

Educação foram esclarecidas as seguintes premissas dos Planos de Educação:

Trata-se de uma política de Estado e não de governo;

8

Todo o Plano é de Sistema de não de rede de ensino;

O Sistema de Educação é quem sistematiza as necessidades e desejos e,

intencionalmente, dá unidade à multiplicidade;

Os Planos de Educação constituem um dos meios de aferir o grau em que os

Sistemas estão cumprindo as metas e objetivos que lhe cabem atingir;

Tem organicidade entre as metas e estratégias;

Tem vinculação com financiamento;

Considera a diversidade e a realidade local; e

Há responsabilidades compartilhadas entre cada ente: Governo Federal,

Estadual e Municipal.

As metas e estratégias serão acompanhadas pelo Fórum Municipal anualmente e

que a construção do Plano Municipal é um momento histórico na educação

municipal e todos estão convidados a participar da criação de uma política de

Estado, que considera a diversidade local e qualidade de ensino que se deseja

conquistar.

A aprovação da Lei do Plano Municipal inaugura uma nova etapa para a próxima

década na educação de Camboriú, que fortalecida pela instituição do Fórum

Municipal, tem o compromisso de anualmente revisar e acompanhar sua execução,

fazendo ajustes que somente um processo em construção requer.

9

O SIGNIFICADO DA LOGO DO PLANO MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO DE

CAMBORIÚ

A árvore foi o símbolo escolhido para representar crescimento e visão de

sustentabilidade que se encontra em solo fértil e no verde da esperança. O tronco é

o alicerce que dá vida a história da educação contada nos livros.

Cada livro traz em suas páginas, a história de cada representante, de cada

segmento, de cada nível, etapa e modalidade de ensino.

O Plano Municipal de Educação e a árvore que está no formato de círculo

representa a união de esforços e propostas em comum, que foram discutidas e

aprovadas em grupo, ajudando a planejar a próxima década da educação em

Camboriú.

10

CARACTERIZAÇÃO DO MUNICIPIO DE CAMBORIÚ

Contexto Histórico

Na segunda década do século XIX, Camboriú foi colonizada por Baltazar Pinto

Corrêa1, por volta de 1821, o qual foi o primeiro a iniciar um povoamento no canto

norte da Praia e posteriormente na Barra, dando o primeiro nome a cidade de

Freguesia de Nossa Senhora do Bom Sucesso de Camboriú, a qual se tornou

Distrito pela Lei Provincial nº 292, de 26 de abril de 1849.

Foi Baltazar quem requereu uma Carta Sesmaria para ocupar uma gleba de terra e a

obteve no dia 26 de setembro de 1826, após enfrentar a burocracia da Coroa, no

final do governo de D. João VI.

Outros desbravadores atraídos pela fertilidade das terras tiveram seu nome

registrado na história da cidade, como o colonizador Alferes da Guarda Nacional,

Tomaz Francisco Garcia, o primeiro a estabelecer-se com sua família e escravos, na

atual cidade, a que, por longos anos, chamaram "Garcia", em homenagem ao seu

fundador.

Camboriú já pertenceu a Porto Belo e integrou o território de Itajaí. De Distrito foi

promovido a categoria de Vila de Camboriú e foi considerado, Município de

Camboriú, pela Lei Provincial do Governador Dr. Francisco Luiz da Gama Roza, n º

1.076, de 5 de abril de 1884, emancipando-se. A instalação do município se deu no

dia 15 de janeiro de 1885.

1 Natural de Iamego, Conselho de Visel, Norte de Portugal.

11

Imagem 1: Prefeitura Municipal de Camboriú Antigamente

Acervo da Secretaria Municipal de Educação de Camboriú (2015)

Imagem 2: Prefeitura Municipal de Camboriú Atual

Acervo da Secretaria Municipal de Educação de Camboriú (2015)

O nome de Camboriú é de origem guarani e é origina do termo CAMBORIGUASSU.

Conforme documentos datados de 1501:

12

[...] Cambori era o termo que os autóctones usavam para denominar um peixe que hoje chamamos de robalo. O sufixo guassu ou guaçu, açu ou simpleste ú, significa grande. Tese essa sustentado pelos principais cientistas do século XIX, que estudaram a sua etimologia, entre eles, o botânico Francês August de Saint’Hilaire, Teodoro Sampaio entre outros. Pela lei do menor esforço ou corruptela do linguajar popular num fenômeno que os gramáticos definem como “metaplasmo de supressão por síncope”, o termo foi aprimorado para Camboriú, nome que consta no autógrafo da lei 1076. Mais tarde eruditos como vigários e escrivães, aprimoraram para Camboriú, termo definitivo (CAMBORIÚ, 2015).

Aos 134 anos, Camboriú tem uma área da unidade territorial de 212,320 Km²,

densidade Demográfica (Hab./Km² 193,68), Localização norte, altitude a 8m acima

do nível do mar; clima mesotérmico úmido, com temperatura média entre 18ºC e

29ºC e tem como bioma a Mata Atlântica (IBGE, 2010)

Imagem 3: Cidade de Camboriú Antigamente

Acervo da Secretaria Municipal de Educação de Camboriú (2015)

13

Imagem 4: Cidade de Camboriú Atualmente

Acervo da Secretaria Municipal de Educação de Camboriú (2015)

No contexto socioeconômico o município de Camboriú apresenta como

características:

a) Está situado em um paraíso rural, com tranquila e extensa área, de belezas

naturais; belíssimas cachoeiras, rios, trilhas ecológicas, pesque e pague; impacto

na valorização imobiliária;

Contexto Socioeconômico

14

Imagem 5: Belezas Naturais de Camboriú

Acervo da Secretaria Municipal de Educação de Camboriú (2015)

b) . Tem uma localização estratégica em uma região metropolitana, em que

concentra grande oferta de geração de emprego e renda, prestação de serviços e

comércio exterior;

c) Está próxima ao litoral e as cidades de Balneário Camboriú, ao porto em

Itajaí, ao terceiro município mais visitado pelos turistas - Itapema, próximo ao

aeroporto em Navegantes. BR 101- eixo de desenvolvimento turístico do estado

PIB, per capita. É vizinho de Brusque beneficiando Camboriú pelo pelo potencial

de compras de vestuário e tecidos, pelas suas belezas naturais, arquitetônicas e

culturais; Itapema. Está distante a 65 km de Floriánópolis, próxima de Brusque e

Porto Belo.

Imagem 6: Localização Estratégica de Camboriú

15

Fonte: Google imagens (2015)

d) Possui infraestrutura do Turismo Ecológico Rural, campesino ecológico e

natural. Hotéis urbanos, pousadas, hotel fazenda, gastronomia local, conforme se

observa no mapa turístico de Camboriú, na foto 7:

Imagem 7: Mapa Turístico de Camboriú

16

Fonte: Google imagens (2015)

e) Oferece qualidade de vida no campo, natureza, verde composto pela mata

atlântica. Clima de salubridade, com satisfação dos moradores;

f) O desenvolvimento sustentável é prioridade no futuro da cidade, para os

próximos 50 anos;

g) Atrai investidores do ramo turístico, imobiliário e industrial.

h) As principais atividades econômicas que geram renda no município são o

extrativismo de granito, agricultura, turismo e comercio;

i) PIB de R$ 730.796.000 em 2015, ocupando a posição de 269º no Estado e a de

2.862º no ranking nacional;

j) O Índice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDHM) de Camboriú, divulgado

pela Organização das Nações Unidas (ONU), aponta que Camboriú está situada

na faixa de Desenvolvimento Humano considerado alto. O município teve um

17

incremento no seu IDHM de 55,79% nas últimas duas décadas, acima da média

do crescimento nacional (47,46%) e estadual (42,54%). O hiato de

desenvolvimento humano, ou seja, a distância entre o IDHM do município e o

limite máximo do índice, que é 1, foi reduzido em 48,69% entre 1991 e 2010.

Camboriú registrou um IDHM de 0,726, em 2010, sendo que entre 1991 e 2000,

a dimensão que mais cresceu em termos absolutos foi a Educação (com

crescimento de 0,174), seguida por Longevidade e Renda. 2

Contexto Populacional

Camboriú é berço da cultura açoriana com vertentes etnoculturais italiana, alemã e

negra, destacando-se ainda pelas fortes manifestações portuguesas. O gentílico de

Camboriú é camboriuense.

Com base na TAB1, constata-se que a população em 04 anos (2010-2014)

aumentou 9.900 habitantes, sinalizando para um crescimento considerável da

população.

2 Dados obtidos no Portal da Prefeitura. Disponível em

<http://www.cidadedecamboriu.sc.gov.br/noticias_mostra.php?idmateria=2479: Acesso em abr.2015.

18

TAB 1: Crescimento populacional na última década de Camboriú

População em 2010

População Estimada em

20143

62.361 72.261

Fonte IBGE (2015)

No Gráf. 1, pode-se visualizar a população de Camboriú distribuída por faixa etária

detalhada, permitindo observar que as faixas etárias com maior número de

habitantes concentram-se na população a partir de 20 anos, assim como permite

constatar o número de crianças com faixa etária até cinco anos, para planejar a

universalização na educação infantil no Município.

GRÁF 1: População Residente em Camboriú, por Faixa Etária Detalhada

Fontes:

1980, 1991, 2000 e 2010: IBGE - Censos Demográficos

1996: IBGE - Contagem Populacional 1981-1990, 1992-1999, 2001-2006: IBGE - Estimativas preliminares para os anos intercensitários dos totais populacionais, estratificadas por idade e sexo pelo MS/SGEP/Datasus.

3 Estimativas da população residente com data de referência 1o de julho de 2014 publicada no Diário

Oficial da União em 28/08/2014

19

2007-2009: IBGE - Estimativas elaboradas no âmbito do Projeto UNFPA/IBGE (BRA/4/P31A) - População e Desenvolvimento. Coordenação de População e Indicadores Sociais. 2011-2012: IBGE - Estimativas populacionais enviadas para o TCU, estratificadas por idade e sexo pelo MS/SGEP/Datasus.

Contexto Educacional

Em Camboriú são oferecidas as etapas de Educação Infantil na Rede Municipal de

Ensino e em Escolas Particulares; o Ensino Fundamental na Rede Municipal em

regime de colaboração com o Estado e nas Escolas Particulares, o Ensino Médio

pela Rede Estadual.

O Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia Catarinense, Campus

Camboriú, oferece cursos de qualificação profissional, Ensino Médio

Profissionalizante nas formas de articulação integrada e subsequente e PROEJA,

ensino superior e pós-graduação.

No que se refere a oferta de cursos de nível médio o IFC-Campus Camboriú oferece

as seguintes oportunidades a comunidade: Ensino Médio Integrado à Educação

Profissional (com funcionamento em período integral), Subsequente e PROEJA. Na

forma de articulação integrada os cursos atualmente ofertados são: Agropecuária,

Controle Ambiental, Hospedagem, Informática. Na forma de articulação Subsequente

os cursos existentes são: Defesa Civil, Redes de Computadores, Segurança do

Trabalho e Transações Imobiliárias. No PROEJA, de Ensino Médio articulado a

formação Profissional Inicial e Continuada, a qualificação acontece em Agroindústria.

Quanto ao Ensino Superior o IFC-Campus Camboriú proporciona à comunidade os

cursos de Bacharelado em Sistemas de Informação, Licenciatura em Matemática,

Licenciatura em Pedagogia, Tecnólogo em Negócios Imobiliários e Tecnólogo em

Sistemas para Internet.

Em se tratando da pós-graduação estão em andamento os cursos de EAD em

Proeja e Treinador e Instrutor de Cães-Guia. Destaca-se que a partir do segundo

semestre de 2015 será oferecido pelo IFC-Campus Camboriú o curso de pós-

graduação em nível de especialização em Educação.

20

Tab. 2 – Número de estudantes por curso em 2014 no IFC campus Camboriú nos

Cursos médio, pós-médio e superior

Resumo das vagas do campus Camboriú - 2014

Tipo do curso Nº Cursos Nº Ciclos Regulamente

Matriculados

Pós-

Graduação

2 2 56

Graduação 5 23 579

Técnicos 9 58 806

PROEJA 2 8 40

FIC 1 2 0

CERTIFIC 0 0 0

Mulheres Mil 4 4 0

TOTAL 23 97 1.481

Fonte: IFC/Pesquisa Institucional – Censo Interno, 2014.

No anexo 1 encontra-se o Mapa Educacional de Camboriú que permite mapear a

oferta e a localização das escolas que existem em todo o território municipal, a partir

de sinalizações que possibilitam identificar a Rede Municipal, a Rede Estadual, as

Escolas Particulares, O IFC e a Escola Especial.

21

De acordo com o mapa educacional, a educação municipal atende o maior número

de alunos e o maior número de escolas concentra-se nas áreas do Centro, Rio do

Meio, Santa Regina e São Francisco de Assis.

Os Indicadores da Educação Básica, no período de 2007 a 2014, na Tab 2 revelam

um crescimento nas matrículas no período de 2008 a 2012 e um a redução de

número de alunos nos de 2013 e 2014.

Tab 2: Indicadores da Educação Básica da localidade: Camboriú

Ano Estabelecimentos Matrículas Docentes Turmas

2007 43 15.566 513 628

2008 44 16.554 578 631

2009 41 16.598 484 611

2010 43 17.471 552 640

2011 41 17.787 630 662

2012 40 17.005 655 641

2013 40 16.832 629 646

2014 40 16.962 641 658

Fonte: MEC/Inep/DEED/Censo Escolar / Preparação: Todos Pela Educação

O município de Camboriú organiza o atendimento por meio de zoneamento, oferece

transporte aos estudantes por meio de ônibus.

Para complementar a caracterização do Município, encontra-s disponível na pasta

do anexo 1, a Pesquisa feita pelo Instituto de Pesquisas Sociais da Univali em 2015,

com a caracterização do Município oferecendo dados atuais para planejar a próxima

década.

22

DIAGNÓSTICO DA EDUCAÇÃO

Os dados para elaboração do diagnóstico foram coletados no período de março a

maio de 2015 e foram complementados pelos representantes do Fórum. O conjunto

de informações foram sistematizadas e encontram-se disponíveis para consulta na

pasta do anexo 2, contribuindo para análise e a definição das metas para a próxima

década.

23

ALINHAMENTO DAS METAS DO PLANO NACIONAL, ESTADUAL E MUNICIPAL

Plano Nacional de

Educação

Plano Estadual Plano Municipal Camboriú

Meta 1: Universalizar, até 2016, a educação infantil na pré-escola para as crianças de 4 (quatro) a 5 (cinco) anos de idade e ampliar a oferta de educação infantil em creches de forma a atender, no mínimo, 50% (cinquenta por cento) das crianças de até 3 (três) anos até o final da vigência deste PNE.

Meta 1: Universalizar, até 2016, a educação infantil na pré-escola para as crianças de 04 (quatro) a 05 (cinco) anos de idade e ampliar a oferta de educação infantil em creches de forma a atender, no mínimo, 50% (cinquenta por cento) das crianças de até 03 (três) anos até o final da vigência deste Plano.

Meta 1: Universalizar, até 2016, a educação infantil na pré-escola para as crianças de 4 (quatro) a 5 (cinco) anos de idade e ampliar a oferta de educação infantil em creches de forma a atender, no mínimo, 60% (sessenta por cento) das crianças de até 3 (três) anos até o final de 2024.

Meta 2: Universalizar o ensino fundamental de 9 (nove) anos para toda a população de 6 (seis) a 14 (quatorze) anos e garantir que pelo menos 95% (noventa e cinco por cento) dos alunos concluam essa etapa na idade recomendada, até o último ano de vigência deste PNE.

Meta 2: Universalizar o ensino fundamental de 9 (nove) anos para toda a população de 6 (seis) a 14 (quatorze) anos de idade e garantir que pelo menos 95% (noventa e cinco por cento) dos estudantes concluam essa etapa na idade recomendada, até o último ano de vigência deste Plano.

Meta 2: Universalizar o ensino fundamental de 9 (nove) anos para toda a população de 6 (seis) a 14 (quatorze) anos e garantir que pelo menos 98% (noventa e oito por cento) dos alunos concluam essa etapa na idade recomendada, até o último ano de vigência do Plano Nacional de Educação

Meta 3: Universalizar, até 2016, o atendimento escolar para toda a população de 15 (quinze) a 17 (dezessete) anos e elevar, até o final do período de vigência deste PNE, a taxa líquida de matrículas no ensino médio para 85% (oitenta e cinco por cento).

Meta 3: Universalizar, até 2016, o atendimento escolar para toda a população de 15 (quinze) a 17 (dezessete) anos de idade e elevar, até o final do período de vigência deste Plano, a taxa líquida de matrículas no ensino médio para 90% (noventa por cento).

Meta 3: Universalizar, até 2016, o atendimento escolar para toda a população de 15 (quinze) a 17 (dezessete) anos e elevar, até o final do período de vigência do Plano Estadual de Educação, a taxa líquida de matrículas no ensino médio para percentual idêntico ao definido no Plano Estadual de Educação.

Meta 4: Universalizar, para a Meta 4: Universalizar, para Meta 4: Universalizar, para

24

Plano Nacional de

Educação

Plano Estadual Plano Municipal Camboriú

população de 4 (quatro) a 17 (dezessete) anos com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades ou superdotação, o acesso à educação básica e ao atendimento educacional especializado, preferencialmente na rede regular de ensino, com a garantia de sistema educacional inclusivo, de salas de recursos multifuncionais, classes, escolas ou serviços especializados, públicos ou conveniados.

a população de 4 (quatro) a 17 (dezessete) anos de idade com deficiência, transtorno do espectro autista, transtorno de déficit de atenção e hiperatividade/impulsividade e altas habilidades ou superdotação, o acesso à educação básica e ao atendimento educacional especializado, preferencialmente na rede regular de ensino, com a garantia de sistema educacional inclusivo, de salas de recursos multifuncionais e serviços especializados, públicos ou conveniados, nos termos do Art. 208, inciso III, da Constituição Federal, do Art. 163 da Constituição Estadual e do Art. 24 da Convenção sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência, aprovada por meio do Decreto Legislativo nº 186/2008, com status de emenda constitucional, e promulgada pelo Decreto nº 6.949/2009, e nos termos do Art. 8º do Decreto nº 7.611/2011, que dispõe sobre a educação especial, o atendimento educacional especializado e dá outras providências, até o ultimo dia de vigência desse Plano.

a população de 4 (quatro) a 17 (dezessete) anos com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades ou superdotação, o acesso à educação básica e ao atendimento educacional especializado, preferencialmente na rede regular de ensino, com a garantia de sistema educacional inclusivo, de salas de recursos multifuncionais ou serviços especializados, públicos ou conveniados nos termos da legislação nacional vigente.

Meta 5: Alfabetizar todas as

crianças, no máximo, até o

final do 3º (terceiro) ano do

ensino fundamental.

Meta 5: Alfabetizar todas as crianças aos 6 (seis) anos de idade ou, até no máximo, aos 8 (oito) anos de idade no ensino fundamental

Meta 5: Alfabetizar todas as crianças, no máximo, até o final do 3º (terceiro) ano do ensino fundamental.

25

Plano Nacional de

Educação

Plano Estadual Plano Municipal Camboriú

Meta 6: Oferecer educação

em tempo integral em, no

mínimo, 50% (cinquenta por

cento) das escolas públicas,

de forma a atender, pelo

menos, 25% (vinte e cinco

por cento) dos(as) alunos(as)

da educação básica.

Meta 6: Oferecer educação em tempo integral em, no mínimo, 65% (sessenta e cinco por cento) nas escolas públicas, de forma a atender, pelo menos, 40% (quarenta por cento) dos estudantes da educação básica, até o final da vigência do Plano.

Meta 6: Oferecer educação em tempo integral em, no mínimo, 50% (cinquenta por cento) nas escolas públicas, de forma a atender, pelo menos, 25% (vinte e cinco por cento) dos estudantes da educação básica, até o final da vigência do Plano

Meta 7: Fomentar a qualidade da educação básica em todas as etapas e modalidades, com melhoria do fluxo escolar e da aprendizagem de modo a atingir as seguintes médias nacionais para o Ideb:

Meta 7: Fomentar a qualidade da educação básica em todas as etapas e modalidades, com melhoria do fluxo escolar e da aprendizagem, de modo a atingir as seguintes médias estaduais no IDEB:

Meta 7: Fomentar a qualidade da educação básica em todas as etapas e modalidades, com melhoria do fluxo escolar e da aprendizagem, de modo a atingir as seguintes médias municipais no IDEB:

PLANO NACIONAL DE EDUCAÇÃO – Metas Projetadas

IDEB 2015 2017 2019 2021

Anos iniciais do ensino fundamental 5,2 5,5 5,7 6,0

Anos finais do ensino fundamental 4,7 5,0 5,2 5,5

Ensino médio 4,3 4,7 5,0 5,2

PLANO ESTADUAL DE EDUCAÇÃO – Metas Projetadas

IDEB 2015 2017 2019 2021

Anos iniciais do ensino fundamental 5,8 6,0 6,3 6,5

Anos finais do ensino fundamental 5,5 5,7 6,0 6,2

Ensino médio 4,7 5,2 5,4 5,6

PLANO MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO – Metas Projetadas

IDEB 2015 2017 2019 2021

Anos iniciais do ensino fundamental 5,2 5,4 5,7 6,0

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Plano Nacional de

Educação

Plano Estadual Plano Municipal Camboriú

Anos finais do ensino fundamental 4,7 5,0 5,2 5,5

Meta 8: Elevar a escolaridade média da população de 18 (dezoito) a 29 (vinte e nove) anos, de modo a alcançar, no mínimo, 12 (doze) anos de estudo no último ano de vigência deste Plano, para as populações do campo, da região de menor escolaridade no País e dos 25% (vinte e cinco por cento) mais pobres, e igualar a escolaridade média entre negros e não negros declarados à Fundação Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE.

Meta 8: Elevar a escolaridade média da população de 18 (dezoito) a 29 (vinte e nove) anos de idade, de modo a alcançar, no mínimo, 12 (doze) anos de estudo no último ano de vigência deste Plano, para as populações do campo, quilombolas, indígenas, comunidades tradicionais e dos 25% (vinte e cinco por cento) mais pobres, igualando a escolaridade média entre negros e não negros declarados à Fundação Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Meta 8: Elevar a escolaridade média da população de 18 (dezoito) a 29 (vinte e nove) anos, de modo a alcançar, no mínimo, 12 (doze) anos de estudo no último ano de vigência deste Plano, para as populações do campo, da região de menor escolaridade no País e dos 25% (vinte e cinco por cento) mais pobres, e igualar a escolaridade média entre negros e não negros declarados à Fundação Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE.

Meta 9: Elevar a taxa de alfabetização da população com 15 (quinze) anos ou mais para 93,5% (noventa e três inteiros e cinco décimos por cento) até 2015 e, até o final da vigência deste PNE, erradicar o analfabetismo absoluto e reduzir em 50% (cinquenta por cento) a taxa de analfabetismo funcional.

Meta 9: Elevar a taxa de alfabetização da população com 15 (quinze) anos ou mais de idade para 98% (noventa e oito por cento) até 2017 e, até o final da vigência deste Plano, reduzir em 50% (cinquenta por cento) a taxa de analfabetismo funcional.

Meta 9: Elevar a taxa de alfabetização da população com 15 (quinze) anos ou mais de idade para 98% (noventa e oito por cento) até 2017 e, até o final da vigência do Plano Nacional de Educação, reduzir em 50% (cinquenta por cento) a taxa de analfabetismo funcional.

Meta 10: Oferecer, no mínimo, 25% (vinte e cinco por cento) das matrículas de educação de jovens e adultos, nos ensinos fundamental e médio, na forma integrada à educação profissional.

Meta 10: Oferecer, no mínimo, 10% (dez por cento) das matrículas de educação de jovens e adultos, nos ensinos fundamental e médio, na forma integrada à educação profissional, até ao final da vigência do Plano.

Meta 10: Articular com instituições de Educação Profissional a oferta de no mínimo, 25% (vinte e cinco por cento) das matrículas de educação de jovens e adultos, nos ensinos fundamental e médio, na forma integrada à educação profissional até o ano de 2024.

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Meta 11: Triplicar as matrículas da educação profissional técnica de nível médio, assegurando a qualidade da oferta e pelo menos 50% (cinquenta por cento) da expansão no segmento público.

Meta 11: Triplicar as matrículas da educação profissional técnica de nível médio, assegurando a qualidade da oferta e, pelo menos, 80% (oitenta por cento) da expansão no segmento público.

Meta 11: Triplicar as matrículas da educação profissional técnica de nível médio, assegurando a qualidade da oferta e pelo menos 50% (cinquenta por cento) da expansão no segmento público

Meta 12: Elevar a taxa bruta de matrícula na educação superior para 50% (cinquenta por cento) e a taxa líquida para 33% (trinta e três por cento) da população de 18 (dezoito) a 24 (vinte e quatro) anos, assegurada a qualidade da oferta e expansão para, pelo menos, 40% (quarenta por cento) das novas matrículas, no segmento público.

Meta 12: Articular, com a União, a elevação da taxa bruta de matrícula na educação superior para 55% (cinquenta e cinco por cento) e a taxa líquida para 40% (quarenta por cento) da população de 18 (dezoito) a 24 (vinte e quatro) anos de idade, assegurada a qualidade da oferta e expansão para, pelo menos, 40% (quarenta por cento) das novas matrículas, nas instituições de ensino superior públicas e comunitárias.

Meta 12- Contribuir com o Estado e União para a Efetivação da elevação da taxa bruta de matrícula na educação superior para 65% (sessenta e cinco por cento) e a taxa líquida para 50% (cinquenta por cento) da população de 18 (dezoito) a 24 (vinte e quatro) anos de idade, assegurada a qualidade da oferta e expansão para, pelo menos, 40% (quarenta por cento) das novas matrículas, nas instituições de ensino superior públicas, privadas e comunitárias, atendendo a demanda da qualidade local.

Meta 13: Elevar a qualidade da educação superior e ampliar a proporção de mestres e doutores do corpo docente em efetivo exercício no conjunto do sistema de educação superior para 75% (setenta e cinco por cento), sendo, do total, no mínimo, 35% (trinta e cinco por cento) doutores.

Meta 13: Articular, com a União, a elevação da qualidade da educação superior e ampliar a proporção de mestres e doutores do corpo docente em efetivo exercício no conjunto do sistema de educação superior para 80% (oitenta por cento), sendo, do total, no mínimo, 40% (quarenta por cento) doutores, até ao final da vigência do Plano

Meta 13: Articular, com a União, a elevação da qualidade da educação superior e ampliar a proporção de mestres e doutores do corpo docente em efetivo exercício no conjunto do sistema de educação superior para 80% (oitenta por cento), sendo, do total, no mínimo, 40% (quarenta por cento) doutores, até ao final da vigência do Plano

Meta 14: Elevar gradualmente o número de matrículas na pós-graduação stricto sensu, de modo a

Meta 14: Fomentar, em articulação com a União, a elevação gradual do número de matrículas na

Meta 14: Fomentar, em articulação com a União, a elevação gradual do número de matrículas na pós-

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atingir a titulação anual de 60.000 (sessenta mil) mestres e 25.000 (vinte e cinco mil) doutores.

pós-graduação stricto sensu, de modo a atingir a titulação anual de 2.400 (dois mil e quatrocentos) mestres e 900 (novecentos) doutores, até ao final da vigência do Plano.

graduação stricto sensu, de modo a atingir a titulação anual de 2.400 (dois mil e quatrocentos) mestres e 900 (novecentos) doutores, até ao final da vigência do Plano.

Meta 15: Garantir, em regime de colaboração entre a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, no prazo de 1 (um) ano de vigência deste PNE, política nacional de formação dos profissionais da educação de que tratam os incisos I, II e III do caput do art. 61 da Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996, assegurado que todos os professores e as professoras da educação básica possuam formação específica de nível superior, obtida em curso de licenciatura na área de conhecimento em que atuam.

Meta 15: Garantir, em regime de colaboração entre a União, o Estado e os Municípios, no prazo de um ano de vigência deste Plano, política estadual de formação inicial e continuada, com vistas à valorização dos profissionais da educação, assegurando que todos os professores da educação básica e suas modalidades possuam formação específica de nível superior, obtida em curso de licenciatura na área de conhecimento em que atuam, bem como a oportunização, pelo poder público, de periódica participação em cursos de formação continuada.

Meta 15: Garantir, em regime de colaboração entre a União, o Estado, a adesão e incentivo à política nacional de formação inicial e continuada e implantar uma política municipal de formação continuada, com vistas à valorização dos profissionais da educação básica, assegurando que todos os professores e suas modalidades possuam formação específica de nível superior, obtida em curso de licenciatura na área de conhecimento em que atuam, bem como a oportunização, pelo poder público, de periódica participação em cursos de formação continuada.

Meta 16: Formar, em nível de pós-graduação, 50% (cinquenta por cento) dos professores da educação básica, até o último ano de vigência deste PNE, e garantir a todos (as) os(as) profissionais da educação básica formação continuada em sua área de atuação, considerando as necessidades, demandas e contextualizações dos sistemas de ensino.

Meta 16: Formar 75% (setenta e cinco por cento) dos professores da educação básica em nível de pós-graduação até o último ano de vigência deste Plano, e garantir a todos os profissionais da educação básica formação continuada em sua área de atuação, considerando as necessidades, demandas e contextualização dos

Meta 16: Criar uma política de incentivo para a formação para formar _100% em nível de pós-graduação, dos professores da educação básica, até o último ano de vigência do Plano Nacional de Educação, e garantir a todos (as) os(as) profissionais da educação básica formação continuada em sua área de atuação, considerando as necessidades, demandas e

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sistemas de ensino. contextualizações dos sistemas de ensino.

Meta 17: Valorizar os(as) profissionais do magistério das redes públicas de educação básica de forma a equiparar seu rendimento médio ao dos(as) demais profissionais com escolaridade equivalente, até o final do sexto ano de vigência deste PNE.

Meta 17: Valorizar os (as) profissionais do magistério das redes públicas de educação básica de forma a equiparação de seu rendimento médio ao dos (as) demais profissionais com escolaridade equivalente, até o final do sexto ano de vigência do Plano Nacional de Educação, considerando os recursos federais e municipais previstos em lei.

Meta 18: Assegurar, no prazo de 2 (dois) anos, a existência de planos de Carreira para os(as) profissionais da educação básica e superior pública de todos os sistemas de ensino e, para o plano de Carreira dos(as) profissionais da educação básica pública, tomar como referência o piso salarial nacional profissional, definido em lei federal, nos termos do inciso VIII do art. 206 da Constituição Federal.

Meta 17: Valorizar os profissionais do Magistério da rede pública de educação básica, assegurando no prazo de 2 (dois) anos a existência de plano de carreira, assim como a sua reestruturação, que tem como referência o piso nacional, definido em lei federal, nos termos do Inciso VIII, do Artigo 206, da Constituição Federal, a fim de equiparar o rendimento médio dos demais profissionais com escolaridade equivalente, até o final do 6º (sexto) ano da vigência deste Plano.

Meta 18: Revisar os planos de Carreira dos (as) profissionais do magistério da educação básica pública, tomando como referência o piso salarial nacional profissional, definido em lei federal, nos termos do inciso VIII do art. 206 da Constituição Federal.

Meta 19: Assegurar condições, no prazo de 2 (dois) anos, para a efetivação da gestão democrática da educação, associada a critérios técnicos de mérito e desempenho e à consulta pública à comunidade escolar, no âmbito das

Meta 18: Garantir em legislação específica, aprovadas no âmbito do Estado e dos Municípios, condições para a efetivação da gestão democrática, na educação básica e superior públicas que evidencie o compromisso

Meta 19: Assegurar condições até 2016, para a efetivação da gestão democrática da educação, associada a critérios técnicos de mérito e desempenho e à consulta pública à comunidade escolar, no âmbito das escolas públicas, prevendo

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escolas públicas, prevendo recursos e apoio técnico da União para tanto.

com o acesso, a permanência e o êxito na aprendizagem do estudante do Sistema Estadual de Ensino, no prazo de 1 (um) ano após a aprovação deste Plano.

recursos e apoio técnico da União para tanto.

Meta 20: Ampliar o investimento público em educação pública de forma a atingir, no mínimo, o patamar de 7% (sete por cento) do Produto Interno Bruto – PIB do País no 5º (quinto) ano de vigência desta Lei e, no mínimo, o equivalente a 10% (dez por cento) do PIB ao final do decênio.

Meta 19: Ampliar o investimento público em educação pública de forma a atingir, no mínimo, o patamar de 7% (sete por cento) do Produto Interno Bruto (PIB) do Estado no 5º (quinto) ano de vigência deste Plano e, no mínimo, o equivalente a 10% (dez por cento) do PIB ao final do decênio.

Meta 20: Ampliar o investimento público em educação pública de forma a atingir, no mínimo, o patamar de 7% (sete por cento) do Produto Interno Bruto – PIB do Município no 5º (quinto) ano de vigência do Plano Nacional e, no mínimo, o equivalente a 10% (dez por cento) do PIB ao final de 2024.

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PROJETO DE LEI PLANO MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO

PROJETO DE LEI Nº_________2015

Ementa: Institui o Plano Municipal de Educação- PME, na conformidade do artigo 190 da Lei Orgânica do município de Camboriú, Estado de Santa Catarina e dá outras providências.

Art.1° A Lei municipal estabelece o Plano Municipal de Educação - PME, com duração de dez anos, a contar da publicação desta Lei, na forma do Anexo Único, com vistas ao cumprimento do disposto no artigo 214 da Constituição Federal, do artigo 8º da Lei do Plano Nacional de Educação n° 13.005 de 24 de junho de 2014, e do artigo 190 da Lei Orgânica do Município.

Art. 2° – O processo de elaboração do Plano Municipal de Educação deverá ser realizado com ampla mobilização de representantes da comunidade educacional e da sociedade civil, sob a organização geral da Comissão Interna instituída pela Secretaria Municipal de Educação, com a participação do Conselho Municipal de Educação.

Art. 3°- São diretrizes do Plano Municipal de Educação:

XI. Erradicação do analfabetismo;

XII. Universalização do atendimento escolar;

XIII. Superação das desigualdades educacionais, com ênfase na promoção da cidadania e na erradicação de todas as formas de discriminação;

XIV. Melhoria da qualidade da educação;

XV. Formação para o trabalho e para a cidadania, com ênfase nos valores morais e éticos em que se fundamenta, a sociedade;

XVI. Promoção do princípio da gestão democrática da educação pública;

XVII. Promoção humanística, científica, cultural e tecnológica do País;

XVIII. Estabelecimento de meta de aplicação de recursos públicos em educação como proporção do Produto Interno Bruto- PIB, que assegure atendimento às necessidades de expansão, com padrão de qualidade e equidade;

XIX. Valorização dos (as) profissionais da educação;

XX. Promoção dos princípios do respeito aos direitos humanos, à diversidade, e à sustentabilidade socioambiental.

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Art.4°- As metas municipais previstas no Anexo Único integrante desta Lei serão cumpridas no prazo de vigência do Plano Nacional de Educação, desde que não haja prazo inferior definido para metas e estratégias específicas.

Art. 5º - As metas previstas no Anexo único desta Lei deverão ter como referência a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios – PNAD, o censo demográfico e os censos nacionais da educação básica e superior mais atualizados da educação básica e superior, disponíveis na data da publicação desta Lei.

Parágrafo único- O poder público buscará ampliar o escopo das pesquisas com fins estatísticos de forma a incluir informação detalhada sobre o perfil das populações de 4 (quatro) a 17 (dezessete) anos com deficiência

Art. 6°- Compete ao Fórum Municipal de Educação de Camboriú, a elaboração, execução e avaliações periódicas do PME, anualmente, aferindo a evolução no cumprimento das metas estabelecidas no Anexo desta Lei.

Art. 7°- As despesas decorrentes da aplicação desta Lei correrão à conta das verbas orçamentárias próprias, suplementadas, se necessárias, e de outros recursos capitados no decorrer da execução do plano.

§1º O plano plurianual, as diretrizes orçamentárias e os orçamentos anuais do Município deverão ser formulados de maneira a assegurar a consignação de dotações orçamentárias compatíveis com as diretrizes, metas e estratégias deste PME, a fim de viabilizar sua plena execução.

§2º A meta progressiva do investimento público em educação será avaliada no quarto ano de vigência do PME e poderá ser ampliada por meio de lei para atender às necessidades financeiras do cumprimento das demais metas.

Art. 8º - O município de Camboriú atuará em regime de colaboração com a União e o Estado de Santa Catarina, visando o alcance das metas e à implementação das estratégias objeto de Plano.

Art. 9º O fortalecimento do regime de colaboração entre o Estado e o município dar-se-á, inclusive, mediante a adoção de arranjos de desenvolvimento da educação.

Art. 10 – O Município promoverá, em colaboração com o Estado e a União, a realização de 2 (duas) Conferências Municipais de Educação até o final da década, com intervalo de 4 (quatro) anos entre elas, com o objetivo de avaliar e monitorar a execução do PME s subsidiar a elaboração do Plano.

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Art. 11 - O município deverá aprovar leis específicas para o seu sistema de ensino, disciplinando a gestão democrática da educação pública, no prazo de 01 ano contado a partir da publicação desta Lei, adequando, quando for o caso, a legislação local já adotada com essa finalidade.

Art.12 - Esta lei entrará em vigor na data de sua publicação na data de sua publicação.

Camboriú, ... junho de 2015

LUZIA LOURDES COPPI MATHIAS PREFEITA

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ANEXO: METAS E ESTRATÉGIAS

Meta 1: Universalizar, até 2016, a educação infantil na pré-escola para as crianças de 4 (quatro) a 5 (cinco) anos de idade e ampliar a oferta de educação infantil em creches de forma a atender, no mínimo, 60% (sessenta por cento) das crianças de até 3 (três) anos até o final de 2024.

Estratégias da Meta 1:

1.1 Ampliar a oferta de matrículas, bem como os espaços físicos e corpo docente, com o auxílio dos profissionais, pesquisando o que esse profissional realmente deseja que seja adquirido;

1.2 Ampliar a oferta de matrículas gratuitas em creches, com a expansão da oferta na rede pública até 2016, de acordo com as peculiaridades e infraestrutura do município;

1.3 Articular a oferta de matrículas gratuitas em creches certificadas como entidades beneficentes de assistência social na área de Educação com a expansão da oferta na rede escolar pública, assegurando profissionais habilitados e estrutura adequada, de acordo com os indicadores nacionais de qualidade;

1.4 Assegurar e aplicar a avaliação da Educação Infantil articulada entre os setores da Educação, a ser realizada a cada 2 (dois) anos, com base em parâmetros nacionais de qualidade, a fim de a infraestrutura física, o quadro pessoal, as condições de gestão, os recursos pedagógicos, a situação de acessibilidade, entre outros indicadores relevantes;

1.5 Assegurar e fortalecer o acompanhamento e o monitoramento do acesso e da permanência das crianças na Educação Infantil, em especial dos beneficiários de programas de transferência de renda, em colaboração com as famílias e com os Órgãos Públicos de Assistência Social, saúde e proteção à infância;

1.6 Construir, garantir, manter e ampliar espaços lúdicos de interatividades considerando todas as diversidades, tais como: brinquedoteca, ludoteca, biblioteca infantil e parque infantil em cada unidade de educação infantil;

1.7 Construir, manter e ampliar, em regime de colaboração, programa de construção e reestruturação de escolas, a fim de construir no mínimo 8 (oito) unidades de Educação Infantil, bem como de aquisição de equipamentos, visando à melhoria a rede física de Escolas Públicas de Educação Infantil, respeitando, inclusive as normas de acessibilidade, até o fim da vigência deste plano;

1.8 Contemplar por meio de projetos, assuntos relacionados ao meio ambiente, valores culturais e vida saudável, valorizando a realidade em que o aluno está inserido;

1.9 Criar espaços lúdicos de interatividade, oferecendo suporte e proporcionando momentos de integração; socialização entre os CEIs, valorizando a integração social, bem como promover momentos culturais de entretenimento e aprendizagem;

1.10 Cumprir a lei que determina o número de crianças e profissionais nas salas, bem como o espaço de acordo com a quantidade;

1.11 Definir, em regime de colaboração entre o munícipio de Camboriú, União, os estados, o Distrito Federal, metas de expansão da respectiva rede de Ensino de

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Educação Infantil segundo padrão nacional de qualidade, considerando as peculiaridades locais;

1.12 Estabelecer os mecanismos para verificação da demanda e assim juntamente a necessidade dos profissionais para atender a mesma;

1.13 Estabelecer, no primeiro ano de vigência do Plano, normas, procedimentos e prazos para definição de mecanismos de consulta pública da demanda das famílias por creches;

1.14 Estimular a articulação entre a pós-graduação, núcleos de pesquisa e cursos de formação para profissionais da Educação, de modo a garantir a elaboração de currículos e propostas pedagógicas capazes de incorporar os avanços de pesquisas ligadas aos processos de ensino e de aprendizagem e teorias educacionais no atendimento da população de 0 a 5 anos;

1.15 Expandir as creches tendo como referência os indicadores nacionais de qualidade, em consonância com a União, Estado e o Município, considerando as características climáticas do município;

1.16 Fomentar o atendimento às populações do campo e às comunidades indígenas e quilombolas na educação infantil nas respectivas comunidades, por meio do redimensionamento da distribuição territorial da oferta, limitando a nucleação de escolas e o deslocamento de crianças, de forma a atender às especificidades dessas comunidades, garantido consulta prévia e informada;

1.17 Fornecer materiais didáticos por faixa etária e adequados no que se referem ao desenvolvimento psicomotor, materiais pedagógicos: brinquedos e jogos;

1.18 Fortalecer o acompanhamento e o monitoramento do acesso e da permanência das crianças na Educação Infantil, para todas as crianças de 0 a 5 anos, em colaboração com as famílias e com os órgãos públicos de assistência social, saúde e proteção à infância;

1.19 Garantir a articulação entre pós-graduação, núcleos de pesquisa e outros níveis superiores para formação do docente para profissionais da Educação, de modo a garantir a atualização dos currículos e propostas pedagógicas que incorporam os avanços de pesquisas ligadas aos processos do ensino e da aprendizagem na Educação Infantil de 0(zero) a 5(cinco) anos;

1.20 Garantir a implantação de programas que infirmem e conscientizem a família e sociedade sobre a importância que realmente tem a Educação Infantil para o crescimento de uma criança;

1.21 Garantir o acesso à educação infantil e fomentar a oferta do atendimento educacional especializado, proporcionando aos estudantes com deficiências, transtornos, assegurando a educação bilíngue para crianças surdas e a transversalidade da educação especial nessa etapa de educação básica;

1.22 Garantir o acesso à Educação Infantil em tempo integral, para todas as crianças de 0 a 5 anos, conforme estabelecido nas Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Infantil;

1.23 Garantir o atendimento de todos profissionais de saúde periodicamente dentro

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dos centros educacionais favorecendo a contribuindo no desenvolvimento infantil;

1.24 Garantir que, ao final da vigência deste Plano, seja inferior a 10% (dez por cento) a diferença entre as taxas de frequência à educação infantil das crianças de até 3 (três) anos oriundas do quinto de renda familiar per capita mais elevado e as do quinto de renda familiar per capita mais baixa;

1.25 Garantir, em regime de colaboração entre a União e os Estados e os Municípios, metas de expansão das respectivas redes públicas de educação infantil segundo o padrão nacional de qualidade, considerando as peculiaridades e necessidades locais respeitando a faixa etária a partir da demanda reprimida registrada no programa Fila Única para vagas em instituições públicas;

1.26 Implantar oficinas e espaços direcionados a momentos de formação do docente e discente;

1.27 Implantar programas de orientação e apoio integral às famílias;

1.28 Implantar, até o segundo ano de vigência do Plano, avaliação da educação infantil articulada entre os setores da educação, por meio de pesquisas e questionários envolvendo a comunidade escolar a ser realizada a cada 1 (um) ano, com base em Parâmetros Nacionais de Qualidade, a fim de aferir a infraestrutura física, o quadro de pessoal, as condições de gestão, os recursos pedagógicos, a situação de acessibilidade, entre outros indicadores relevantes;

1.29 Implementar em caráter complementar, programas de orientação e apoio às famílias por meio da articulação das áreas de educação, saúde e assistência social, com foco no desenvolvimento integral das crianças de 0 (zero) a 5(cinco) anos;

1.30 Implementar, até o 2º. (segundo) ano de vigência desse Plano, o dispositivo da Lei Complementar no 170/1998, que trata do número de crianças por turma;

1.31 Implementar, em caráter complementar, programas de orientação e apoio às famílias, por meio da articulação das áreas da Educação, saúde e assistência social, com foco no desenvolvimento integral das crianças de até 3 anos de idade;

1.32 Manter e ampliar, em regime de colaboração e respeitadas as normas de acessibilidade, programa nacional de construção e reestruturação de escolas, bem como de aquisição de equipamentos, visando à expansão e à melhoria da rede física de escolas públicas de Educação Infantil;

1.33 Manter e ampliar, em regime de colaboração, Programa de construção e ampliação de novos Centros Educacionais Infantis para atender a demanda do município com estruturas adequadas, dentro dos parâmetros nacionais de qualidade, no que se refere ao espaço físico: salas específicas para biblioteca, brinquedoteca, videoteca, banheiro em todas as salas, chuveiro e trocador para os berçários, espaço coberto para a realização das aulas de Educação Física, parque parcialmente coberto para uso em dias chuvosos ou muito quentes, com brinquedos adequados às diversas faixas etárias, refeitórios amplos e com estrutura adequada para que as crianças possam desenvolver a autonomia e hábitos alimentares saudáveis, com pias no refeitório para higiene pessoal e escovação após as refeições respeitando as normas de acessibilidade, visando à expansão e a melhoria da rede física das escolas públicas de educação infantil;

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1.34 Manter e ampliar, em regime de colaboração, programa de construção e reestruturação de escolas, bem como de aquisição de equipamentos, visando à expansão e à melhoria da rede física de escolas públicas de educação infantil, respeitando, inclusive, as normas de acessibilidade, assim como o espaço físico de acordo com os padrões mínimos de qualidade, considerando o mobiliário e equipamentos existentes na sala;

1.35 Manter normas e procedimentos de consulta pública da demanda das famílias por Educação Infantil através do programa Fila Única de acordo com a faixa etária;

1.36 Manter quadro de profissionais da educação capacitados para o atendimento de qualidade, inclusive para substituições nas questões de licenças e férias;

1.37 Oportunizar a vivência de participação entre escola, família e comunidade. Elaborando projetos que informem e incluam as famílias no universo educacional;

1.38 Organizar assembleias para o debate, programas para levantamento periódico para informação da demanda no Município procurando atender com um espaço físico adequado;

1.39 Organizar, no primeiro ano de vigência do PNE, normas, procedimentos para definição de mecanismos de consulta pública da demanda das famílias para todos os seguimentos educacionais deste munícipio;

1.40 Preservar as especificidades da educação infantil na organização das redes escolares, garantindo o atendimento da criança de 0 (zero) a 3(três) de 4 (quatro) a 5 (cinco) anos em estabelecimentos que atendam a Parâmetros Nacionais de Qualidade, e a articulação com a etapa escolar seguinte, visando ao ingresso do (a) aluno (a) de 6(seis) anos de idade no Ensino Fundamental;

1.41 Priorizar o acesso à Educação Infantil e fomentar a oferta do atendimento educacional especializado, complementar e suplementar aos estudantes com deficiência, transtornos do espectro do autismo, transtorno do déficit de atenção com hiperatividade e altas habilidades/superdotação, assegurando a educação bilíngue para crianças surdas e a transversalidade da educação especial nessa etapa da educação básica, com profissionais habilitados;

1.42 Promover a busca ativa de crianças 4 a 5 anos em idade correspondente à Educação Infantil, em parceria com Órgãos Públicos de Assistência Social, (Conselho tutelar, Ministério Público); Saúde e Proteção à Infância, preservando o direito de opção da família em relação às crianças de até 3 (três) anos;

1.43 Promover a busca ativa de crianças de 4 e 5 anos fora da escola, o acompanhamento e o monitoramento de acesso e permanência na unidade de Educação Infantil, em parceria com áreas da saúde e assistência social, Conselho Tutelar, Programa APOIA e Ministério Público;

1.44 Promover a formação inicial e continuada dos profissionais da Educação Infantil, garantindo, progressivamente, o atendimento por profissionais da Educação;

1.45 Propiciar o acesso de todas as crianças independente da origem e da localização, planejando para suprir as necessidades;

1.46 Realizar a avaliação institucional a cada 2 (dois) anos para aferir a infraestrutura física, quadro pessoal, recursos pedagógicos, acessibilidade, entre outros,

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garantindo a efetivação da proposta;

1.47 Realizar e publicar a cada ano, levantamento da demanda manifesta por educação infantil em creches e pré-escolas, como forma de planejar e verificar o atendimento, com a colaboração da União e do Estado;

1.48 Realizar periodicamente, em regime de colaboração, atualização do Programa Fila Única, a fim de manter o levantamento da demanda por Educação Infantil para a população de até 3 (três) anos de idade, como forma de planejar a oferta e verificar o atendimento da demanda manifesta no município;

1.49 Realizar, periodicamente, em regime de colaboração, levantamento da demanda por creche para a população de até 3 (três) anos de idade, como forma de planejar a oferta e verificar a qualidade do atendimento da demanda manifesta no município;

1.50 Realizar, periodicamente, em regime de colaboração, levantamento da demanda por creche para a população de até 3 (três) anos, como forma de planejar a oferta e verificar o atendimento da demanda manifesta respeitando a ordem de classificação de inscritos nas vagas;

1.51 Realizar, periodicamente, em regime de colaboração, levantamento da demanda por creche para a população de até 3 (três) anos de idade, como forma de planejar a oferta e verificar o atendimento da demanda manifesta no município, priorizando o atendimento nos estabelecimentos de ensino mais próximo a sua residência;

1.52 Respeitar o programa fila única;

1.53 Vistoriar com autonomia a frequência das crianças até 03 (três) anos independente da renda família, objetivando os 10%.

Meta 2: Universalizar o ensino fundamental de 9 (nove) anos para toda a população de 6 (seis) a 14 (quatorze) anos e garantir que pelo menos 98% (noventa e oito por cento) dos alunos concluam essa etapa na idade recomendada, até o último ano de vigência do Plano Nacional de Educação.

Estratégias da Meta 2:

2.1 Analisar e viabilizar a redução do número limite de alunos por turma, considerando esta em relação principalmente quando tiver alunos com deficiência;

2.2 Assegurar a promoção de atividades de desenvolvimento e estímulo a habilidades esportivas nas escolas, interligadas a um plano de disseminação do desporto educacional e de desenvolvimento esportivo através da Fundação Municipal de Esportes;

2.3 Buscar e garantir a inclusão do ponto digital na comunidade tendo a escola como referência;

2.4 Criar ações para nivelar os alunos que estão fora da idade/série, oferecendo aos alunos estruturas, garantindo o trabalho contínuo, competente, efetivo para que sejam alfabetizados e letrados, recebendo orientação de estudos com profissionais especializados e atendimento clínico com especialistas; (psicopedagoga, fonoaudióloga, psicóloga, assistente social);

2.5 Criar mecanismos para o acompanhamento individualizado dos (as) alunos (as) do ensino fundamental;

2.6 Criar programas que contemplam as demandas sociais;

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2.7 Desenvolver formas alternativas de oferta do ensino fundamental, garantida a qualidade, para atender aos filhos e filhas de profissionais que se dedicam a atividades de caráter itinerante;

2.8 Desenvolver tecnologias pedagógicas que combinem, de maneira articulada, a organização do tempo e das atividades didáticas entre a escola e o ambiente comunitário, considerando as especificidades da educação especial, das escolas do campo e das comunidades indígenas e quilombolas;

2.9 Disciplinar, no âmbito dos sistemas de ensino, a organização flexível do trabalho pedagógico, incluindo adequação do calendário escolar de acordo com a realidade local, a identidade cultural e as condições climáticas da região;

2.10 Estimular a oferta do ensino fundamental, em especial dos anos iniciais, para as populações do campo, indígenas e quilombolas, nas próprias comunidades;

2.11 Fortalecer o acompanhamento e o monitoramento do acesso, da permanência e do aproveitamento escolar dos beneficiários de programas de transferência de renda, bem como das situações de discriminação, preconceitos e violências na escola, visando ao estabelecimento de condições adequadas para o sucesso escolar dos (as) alunos (as), em colaboração com as famílias e com órgãos públicos de assistência social, saúde e proteção à infância, adolescência e juventude;

2.12 Garantir o acesso e permanência dos alunos na educação pública, viabilizando o transporte escolar acessível com segurança e monitoramento, material escolar, laboratórios de Ciências e Informática, materiais didáticos e bibliotecas informatizadas com acervo atualizado, visando à inclusão;

2.13 Garantir o cumprimento dos dias letivos, considerando o calendário do ano letivo, prevendo todos os eventos durante o ano, sem constantes mudanças;

2.14 Garantir o currículo básico do ensino fundamental; 2.15 Garantir os direitos de aprendizagem com qualidade, reestruturando o plano de

ensino, atualizando os conteúdos em consonância com a união, estado e com os livros didáticos apresentados pelo MEC;

2.16 Garantir professores habilitados para toda educação básica; 2.17 Implantar tecnologias pedagógicas que combinem, de maneira articulada, a

organização do tempo e das atividades didáticas entre a escola e o ambiente comunitário, considerando as especificidades da educação especial;

2.18 Intensificar e efetivar mecanismos para o acompanhamento individualizado e contínuo dos (as) alunos (as) do ensino fundamental; com professores de apoio pedagógico;

2.19 O Ministério da Educação, em articulação e colaboração com os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, deverá, até o final do 2o (segundo) ano de vigência deste PNE, elaborar e encaminhar ao Conselho Nacional de Educação, precedida de consulta pública nacional, proposta de direitos e objetivos de aprendizagem e desenvolvimento para os (as) alunos (as) do ensino fundamental;

2.20 Oferecer atividades extracurriculares de incentivo aos (às) estudantes e de estímulo a habilidades, inclusive mediante certames e concursos nacionais;

2.21 Pactuar entre União, Estados, Distrito Federal e Municípios, no âmbito da instância permanente de que trata o § 5o do art. 7o desta Lei, a implantação dos direitos e objetivos de aprendizagem e desenvolvimento que configurarão a base nacional comum curricular do ensino fundamental;

2.22 Promover a relação das escolas com instituições e movimentos culturais, a fim de garantir a oferta regular de atividades culturais para a livre fruição dos (as) alunos

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(as) dentro e fora dos espaços escolares, assegurando ainda que as escolas se tornem polos de criação e difusão cultural;

2.23 Promover e assegurar a busca ativa de crianças e adolescentes fora da escola, em parceria com órgãos públicos de assistência social, saúde e proteção à infância, adolescência e juventude; o Conselho Tutelar; Programa APOIA e o Ministério Público;

2.24 Promover e incentivar a participação dos pais ou responsáveis no acompanhamento das atividades escolares dos filhos por meio do estreitamento das relações entre as escolas e as famílias;

2.25 Respeitar o limite máximo de alunos por turma, previsto na Resolução 04/2009 do Conselho Municipal de Educação CME;

2.26 Responsabilizar à família no acesso e permanência na escola.

Meta 3: Universalizar, até 2016, o atendimento escolar para toda a população de 15 (quinze) a 17 (dezessete) anos e elevar, até o final do período de vigência do Plano Estadual de Educação, a taxa líquida de matrículas no ensino médio para percentual idêntico ao definido no Plano Estadual de Educação.

Estratégias da Meta 3:

3.1 Aplicar proposta de direitos e objetivos de aprendizagem e desenvolvimento para os estudantes de ensino médio, a serem atingidos nos tempos e etapas de organização deste nível de ensino, com vistas a garantir formação básica comum com qualidade;

3.2 Constituir uma comissão permanente de monitoramento e fiscalização e avaliação das estratégias implementadas para o ensino médio;

3.3 Criar estratégias para implementar a garantia de direitos de modo a prevenir a evasão motivada por preconceito ou quaisquer outras formas de discriminação, criando rede de proteção que minimizem a exclusão escolar;

3.4 Desenvolver ações que incentive a população de 15 (quinze) a 17 (dezessete) anos que está fora da escola a retomar ou regressar os estudos;

3.5 Desenvolver junto com os profissionais da educação, programas educacionais de, cultura e esportes visando, a população urbana e do campo de jovens, na faixa etária de 15 (quinze) a 17 (dezessete) anos, e adultos, com qualificação social e profissional para aqueles que não estejam inseridos no ensino regular ou de educação de jovens e adultos;

3.6 Disponibilizar a oferta de ensino médio nos turnos diurno e noturno, bem como a distribuição territorial das escolas de ensino médio, de forma a atender a toda a demanda, ofertando meios de acesso para estes destinos de acordo com as necessidades específicas dos (as), estudantes observando a necessidade de criação e melhor distribuição dos espaços;

3.7 Disponibilizar capacitação específica na graduação e continuada para os profissionais da educação, visando o cumprimento da meta nacional. Firmar parcerias com instituições públicas e privadas para atender o jovem em períodos alternados na formação profissional;

3.8 Disponibilizar especialistas (Fonoaudiólogos, Psicopedagogos, Psicólogos, Nutricionistas, entre outros) para o atendimento em todas as esferas e

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acompanhamento individualizado aos estudantes visando implementar práticas que auxiliem na recuperação e progressão, de forma a reposicioná-lo no ciclo escolar de maneira compatível com as demandas educacionais;

3.9 Fiscalizar em parcerias intersetoriais e acompanhar os programas de transferência de renda, no ensino médio, quanto à frequência, ao aproveitamento escolar e à interação com o coletivo, bem como das situações de discriminação, preconceitos e violências, práticas irregulares de exploração do trabalho, consumo de drogas, gravidez precoce, em elaboração com as famílias e com órgãos públicos de assistência social, saúde e proteção à adolescência e juventude;

3.10 Fomentar a participação da comunidade escolar no Exame Nacional do Ensino Médio – ENEM, A participação nas olimpíadas ofertadas pelos programas nacionais e nos vestibulares de universidades públicas;

3.11 Garantir 10% de vagas para matrículas gratuitas de ensino médio integrado à educação profissional, observando-se as peculiaridades das populações do campo, das comunidades indígenas e quilombolas e das pessoas com deficiência;

3.12 Garantir a participação dos adolescentes nos cursos das áreas tecnológicas e científicas ofertadas em todas as esferas que promovam tais cursos;

3.13 Garantir e desenvolver formas alternativas de oferta do ensino médio, adequando o calendário escolar, para atender as demandas do contexto sócio econômico da região (profissionais que se dedicam a atividades de caráter itinerante, alunos que precisam trabalhar na temporada entre outras.);

3.14 Implementar a participação juvenil nos espaços democráticos de políticas públicas;

3.15 Pactuar o oferecimento de estrutura física adequada, apoio logístico e profissionais capacitados criando centros e espaços de desenvolvimento cultural e esportivo, para garantir acesso à fruição de bens e espaços culturais, de forma regular, bem como a ampliação da prática desportiva, integrada ao currículo escolar.

Meta 4: Universalizar, para a população de 4 (quatro) a 17 (dezessete) anos com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades ou superdotação, o acesso à educação básica e ao atendimento educacional especializado, preferencialmente na rede regular de ensino, com a garantia de sistema educacional inclusivo, de salas de recursos multifuncionais ou serviços especializados, públicos ou conveniados nos termos da legislação nacional vigente.

Estratégias da Meta 4:

4.1 Ampliar a oferta do atendimento educacional especializado complementar e suplementar à escolarização de estudantes da educação especial, matriculados na rede pública de ensino, a oferta da educação bilíngue libras/língua portuguesa em contextos educacionais inclusivos e garantia da acessibilidade arquitetônica, nas comunicações, informações, nos materiais didáticos e nos transportes;

4.2 Ampliar faixa etária para atendimento especializado de crianças a partir de 0 ano; 4.3 Ampliar o atendimento educacional especializado/ salas multifuncionais de forma

interdisciplinar em todos os centros de educação infantil; 4.4 Apoiar a ampliação das equipes de profissionais da educação para atender à

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demanda do processo de escolarização dos estudantes com deficiência, transtorno do espectro autista, transtorno de déficit de atenção e hiperatividade/impulsividade e altas habilidades ou superdotação, garantindo a oferta de professores do atendimento educacional especializado, segundo professor de turma, monitores de inclusão, professores de áreas específicas, tradutores e intérpretes de Libras, guias-intérpretes para surdocegos, professores de Libras e professores bilíngues;

4.5 Apoiar parcerias com instituições comunitárias, confessionais ou filantrópicas sem fins lucrativos, conveniadas com o poder público, visando a ampliar as condições de apoio ao atendimento escolar integral das pessoas com deficiência, síndromes, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades ou superdotação matriculadas nas redes públicas de ensino;

4.6 Construir e implementar, ao longo deste PME, salas de recursos multifuncionais e fomentar a formação continuada de professores para o atendimento educacional especializado;

4.7 Contribuir na contabilização, para fins do repasse do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (FUNDEB), as matrículas dos estudantes da educação regular da rede pública que recebam atendimento educacional especializado complementar e suplementar, sem prejuízo do cômputo dessas matrículas na educação básica regular, e as matrículas efetivadas, conforme o censo escolar mais atualizado, na educação especial oferecida em instituições comunitárias, confessionais ou filantrópicas sem fins lucrativos, conveniadas com o Poder Público e com atuação exclusiva na modalidade, nos termos da Lei n° 11.494/2007;

4.8 Criar e manter com qualidade centros multidisciplinares de apoio, pesquisa e assessoria, articulados com instituições acadêmicas, conveniados com a Fundação Catarinense de Educação Especial (FCEE) e integrados por profissionais das áreas de saúde, assistência social, pedagogia, psicopedagogia, fonoaudiologia e psicologia, para apoiar o trabalho dos professores da educação básica com estudantes com deficiências, síndromes, transtorno do espectro autista, transtorno de déficit de atenção e hiperatividade/impulsividade e altas habilidades ou superdotação;

4.9 Criar grupos de pesquisas que promovam o desenvolvimento interdisciplinar (família, sociedade) para subsidiar a formulação de políticas públicas intersetoriais que atendam as especificidades educacionais de crianças/estudantes com deficiência, transtorno do espectro autista, transtorno de déficit de atenção e hiperatividade/impulsividade e altas habilidades ou superdotação que requeiram medidas de atendimento especializado;

4.10 Criar programas de capacitação e qualificação de profissionais visando garantir a oferta de educação bilíngue, em Língua Brasileira de Sinais (Libras) como primeira língua e na modalidade escrita da Língua Portuguesa como segunda língua, aos estudantes surdos e com deficiência auditiva de 0 (zero) a 17 (dezessete) anos, em escolas inclusivas, nos termos do Art. 22 do Decreto nº 5.626/2005, e dos Arts. 24 e 30, da Convenção sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência, bem como a adoção do Sistema Braille para cegos e surdo-cegos;

4.11 Criar, manter e ampliar programas suplementares que promovam a acessibilidade nas instituições públicas, para garantir o acesso e a permanência dos estudantes com deficiência, ,síndromes, transtorno do espectro autista, transtorno de déficit de atenção e hiperatividade/impulsividade e altas habilidades ou

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superdotação, por meio da adequação arquitetônica, da oferta de transporte acessível, da disponibilização de material didático próprio e de recursos de tecnologia assistiva, da alimentação escolar adequada a necessidade do estudante, garantindo a segurança alimentar e nutricional, assegurando, ainda, no contexto escolar, em todas as etapas, níveis e modalidades de ensino;

4.12 Definir, no primeiro ano de vigência deste PME, indicadores de qualidade e política de avaliação e supervisão para o funcionamento de instituições públicas e privadas que prestam atendimento a alunos com deficiência, síndromes, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades ou superdotação;

4.13 Definir, no segundo ano de vigência deste Plano, indicadores de qualidade e política de avaliação e supervisão para o funcionamento de instituições públicas e privadas que prestam atendimento educacional estudantes com deficiência, transtorno do espectro autista, transtorno de déficit de atenção e hiperatividade/impulsividade e altas habilidades ou superdotação;

4.14 Desenvolver e consolidar parcerias, convênios com instituições políticas de produção e disseminação de materiais pedagógicos adaptados à educação inclusiva para as bibliotecas da educação básica;

4.15 Disponibilizar profissionais especializados para o atendimento individual e de qualidade;

4.16 Disponibilizar recursos de tecnologia assistiva, serviços de acessibilidade e formação continuada de professores, para o atendimento educacional especializado complementar nas escolas;

4.17 Elaborar pesquisas voltadas para o desenvolvimento de metodologias, materiais didáticos, equipamentos e recursos de tecnologia, com vistas à promoção do ensino e da aprendizagem, bem como das condições de acessibilidade dos estudantes com deficiência, síndromes, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades ou superdotação;

4.18 Garantir a criação de centros multidisciplinares de apoio, pesquisa e assessoria, articulados com instituições acadêmicas e integrados por profissionais das áreas de saúde, assistência social, pedagogia e psicologia, para apoiar o trabalho dos professores da Educação Básica com alunos com deficiência, síndromes, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades ou superdotação;

4.19 Fomentar pesquisas em parcerias com instituições de ensino superior públicas ou privadas voltadas para o desenvolvimento de metodologias, materiais didáticos, equipamentos e recursos de tecnologia assistiva, com vistas à promoção do ensino e da aprendizagem, bem como das condições de acessibilidade dos estudantes com deficiência, transtorno do espectro autista, transtorno de déficit de atenção e hiperatividade/impulsividade e altas habilidades ou superdotação, outros transtornos da infância;

4.20 Fortalecer o acompanhamento e o monitoramento do acesso à escola e ao atendimento educacional especializado, bem como da permanência e do desenvolvimento escolar das crianças com deficiência, transtorno do espectro autista, transtorno de déficit de atenção e hiperatividade/impulsividade e altas habilidades ou superdotação beneficiários de programas de transferência de renda, juntamente com o combate às situações de discriminação, preconceito e violência, com vistas ao estabelecimento de condições adequadas para o sucesso educacional, em colaboração com as famílias e com os órgãos públicos de assistência social, saúde e proteção à infância, à adolescência e à juventude;

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4.21 Garantir a ampliação das equipes de profissionais da educação para atender à demanda do processo de escolarização dos (das) estudantes com deficiência, síndromes, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades ou superdotação, garantindo a oferta de professores (as) do atendimento educacional especializado, profissionais de apoio ou auxiliares, tradutores e intérpretes de Libras, guias-intérpretes para surdos-cegos, professores de Libras, prioritariamente surdos, e professores bilíngues;

4.22 Garantir a criação de centros multidisciplinares de apoio, pesquisa e assessoria, articulados com instituições acadêmicas, conveniados com a Fundação Catarinense de Educação Especial (FCEE) e integrados por profissionais das áreas de saúde, assistência social, pedagogia e psicologia, fonoaudióloga, para apoiar o trabalho dos professores da educação básica com estudantes com deficiência, síndromes, transtorno do espectro autista, transtorno de déficit de atenção e hiperatividade/impulsividade e altas habilidades ou superdotação;

4.23 Garantir a inclusão nos cursos de licenciatura e nos demais cursos de formação para profissionais da educação, inclusive em nível de pós-graduação, observado o disposto no caput do Art. 207 da Constituição Federal, dos referenciais teóricos, das teorias de aprendizagem e dos processos de ensino-aprendizagem relacionados ao atendimento educacional de estudantes com deficiência, transtorno do espectro autista, do déficit de atenção por hiperatividade/impulsividade e altas habilidades/superdotação;

4.24 Garantir a oferta da educação inclusiva, promovendo articulação pedagógica entre o ensino regular e o atendimento especializado;

4.25 Garantir a oferta de Educação bilíngue, em Língua Brasileira de Sinais (libras) como primeira língua e na modalidade escrita da língua portuguesa como segunda língua, aos alunos surdos e deficientes auditivos e ouvintes em conformidade com a Lei 7.611/2011 de 0 (zero) a 17 (dezessete) anos, em escolas e classes bilíngues inclusivas, nos termos do art. 22 do Decreto nº 5.626, de 22 de dezembro de 2005, e dos arts. 24 e 30 da Convenção Sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência, bem como a adoção do Sistema Braille de leitura para cegos e surdos-cegos;

4.26 Garantir a oferta de educação inclusiva, vedada a exclusão do ensino regular sob alegação de deficiência e promovida a articulação pedagógica entre o ensino regular, o atendimento educacional especializado na rede regular de ensino e nas instituições especializadas, públicas e conveniadas;

4.27 Garantir atendimento educacional especializado de qualidade em salas de recursos multifuncionais, preferencialmente em escolas da rede regular de ensino ou em instituições especializadas, públicas ou conveniadas, nas formas complementar ou suplementar, a todos os estudantes com deficiência, síndromes, transtorno do espectro autista, transtorno de déficit de atenção e hiperatividade/impulsividade e altas habilidades ou superdotação, matriculados em escolas de educação básica, conforme necessidade identificada por meio de avaliação, ouvidos a família e o estudante;

4.28 Garantir atendimento educacional especializado em salas de recursos multifuncionais, escolas ou serviços especializados, públicos ou conveniados, nas formas complementar e suplementar, a todos os alunos com deficiência, síndromes, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades ou superdotação, matriculados na rede pública de educação básica, conforme necessidade identificada por meio de avaliação, ouvidos a família e o aluno;

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4.29 Garantir atendimento educacional especializado em salas de recursos multifuncionais, preferencialmente em escolas da rede regular de ensino ou em instituições especializadas, públicas ou conveniadas, nas formas complementar ou suplementar, a todos os estudantes com deficiência, transtorno do espectro autista, síndromes, transtorno de déficit de atenção e hiperatividade/impulsividade e altas habilidades ou superdotação, matriculados em escolas de educação básica, conforme necessidade identificada por meio de avaliação, ouvidos a família e o estudante;

4.30 Garantir que as escolas de educação básica promovam espaços para participação das famílias na elaboração do projeto político pedagógico na perspectiva da educação inclusiva;

4.31 Garantir um professor de atendimento especializado em cada centro de educação infantil, valorizando a formação continuada de forma a proporcionar cursos, formações e remuneração;

4.32 Garantir, no prazo de vigência deste Plano, a universalização do atendimento escolar à demanda manifesta pelas famílias de crianças de 0 (zero) a 3 (três) anos de idade com deficiência, transtorno do espectro autista, transtorno de déficit de atenção e hiperatividade/impulsividade e altas habilidades ou superdotação, observado o que dispõe a Lei nº 9.394/1996, que estabelece as diretrizes e bases da educação nacional, garantindo ainda o direito a um monitor de inclusão ou professor especializado;

4.33 Implantar salas de recursos multifuncionais em todas as unidades escolares; 4.34 Implantar, implementar nos três primeiros anos e manter ao longo deste Plano,

salas de recursos multifuncionais e fomentar a formação continuada do corpo docente para o ensino regular e para o atendimento educacional especializado nas escolas regulares e nas instituições especializadas públicas e conveniadas;

4.35 Incentivar parcerias com instituições comunitárias, confessionais ou filantrópicas sem fins lucrativos, conveniadas com o poder público, a fim de favorecer a participação das famílias e da sociedade na construção do sistema educacional inclusivo;

4.36 Incluir alunos com deficiência em idade de creche no ensino na forma de estimulação essencial, promovendo desenvolvimento de forma integral;

4.37 Investir em formação continuada para capacitação, sobretudo na educação especial;

4.38 Manter e ampliar programas suplementares que promovam a acessibilidade nas instituições públicas, para garantir o acesso e a permanência dos estudantes com deficiência, síndromes, transtorno do espectro autista, transtorno de déficit de atenção e hiperatividade/impulsividade e altas habilidades ou superdotação, por meio da adequação arquitetônica, da oferta de transporte acessível, da disponibilização de material didático próprio e de recursos de tecnologia assistiva, da alimentação escolar adequada a necessidade do estudante, garantindo a segurança alimentar e nutricional, assegurando, ainda, no contexto escolar, em todas as etapas, níveis e modalidades de ensino, a identificação dos estudantes com altas habilidades ou superdotação;

4.39 Promover cursos de capacitação dos profissionais para o atendimento educacional especializado;

4.40 Promover cursos de licenciatura e nos demais cursos de formação para profissionais da educação, inclusive em nível de pós-graduação, observado o

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disposto no caput do art. 207 da Constituição Federal, dos referenciais teóricos, das teorias de aprendizagem e dos processos de ensino-aprendizagem relacionados ao atendimento educacional de alunos com deficiência, síndromes, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades ou superdotação;

4.41 Promover e garantir a articulação intersetorial entre órgãos e políticas públicas de saúde, assistência social e direitos humanos, em parceria com as famílias, com o fim de desenvolver modelos de atendimento voltados à continuidade do atendimento escolar, na educação de jovens e adultos, das pessoas com deficiência e transtornos globais do desenvolvimento com idade superior à faixa etária de escolarização obrigatória, de forma a assegurar a atenção integral ao longo da vida;

4.42 Promover o desenvolvimento de pesquisas interdisciplinares para subsidiar a formulação de políticas públicas intersetoriais que atendam as especificidades educacionais de estudantes com deficiência, síndromes, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades ou superdotação que requeiram medidas de atendimento especializado;

4.43 Promover parcerias com instituições comunitárias, confessionais ou filantrópicas sem fins lucrativos, conveniadas com o poder público, por meio de projetos apoiado pela Secretaria Municipal de educação, Fundação de Esporte e a Fundação da Cultura, visando ampliar as condições de apoio ao atendimento escolar integral das pessoas com deficiência, ofertando atividades no contra turno escolar como: aptidões, esportes, cultura e outros, atendendo ao público com: transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades ou superdotação matriculadas nas redes públicas de ensino;

4.44 Promover, no prazo de vigência deste PNE, a universalização do atendimento escolar à demanda manifesta pelas famílias de crianças de 0 a 3 anos com deficiência, síndromes, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades ou superdotação, observado o que dispõe a Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996, que estabelece as diretrizes e bases da educação nacional;

4.45 Promover, por iniciativa da Secretária de Educação do Município junto aos órgãos de pesquisa estatística competentes, a obtenção de informação detalhada sobre o perfil das pessoas com deficiência de 0 a 17 anos.

Meta 5: Alfabetizar todas as crianças, no máximo, até o final do 3º (terceiro) ano do ensino fundamental.

Estratégias da Meta 5:

5.1 Apoiar a alfabetização de crianças do campo, indígenas, quilombolas e de populações itinerantes, com a produção de materiais didáticos específicos, e desenvolver instrumentos de acompanhamento que considerem o uso da língua materna pelas comunidades indígenas e a identidade cultural das comunidades quilombolas;

5.2 Criar e implementar projetos de acesso a tecnologias educacionais como recurso visando a melhoria da qualidade da alfabetização de crianças devendo ser disponibilizadas preferencialmente como recursos educacionais abertos. Adquirir e manter equipamentos tecnológicos para aplicação no processo de ensino aprendizagem;

5.3 Criar e ou manter uma política permanente de alfabetização nos três primeiros

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anos do ensino fundamental; 5.4 Criar políticas de alfabetização que garantam a permanência dos professores

alfabetizadores para os três primeiros anos do ensino fundamental, com critérios específicos de titulação e cursos de aperfeiçoamento na alfabetização;

5.5 Criar políticas que possibilitem o acesso, permanência e alfabetização das pessoas com deficiência, considerando as suas especificidades;

5.6 Formar equipes pedagógicas que interpretem os resultados potenciais da aprendizagem dos alunos das classes do 1º ao 3º ano a partir de avaliações periódicas;

5.7 Garantir a permanência de professores efetivos alfabetizadores nos três primeiros anos do ensino fundamental;

5.8 Garantir infraestrutura adequada para salas de informática, bibliotecas, quadra poliesportiva, laboratórios de ciências, salas de artes, salas para os profissionais da saúde, apoio e equipe pedagógica, auditórios, sala de musicalização, e áreas de convivência;

5.9 Garantir o desenvolvimento de tecnologias educacionais e de práticas pedagógicas inovadoras através de professores capacitados, que assegurem a alfabetização e favoreçam a melhoria do fluxo escolar e a aprendizagem dos (as) alunos (as), consideradas as diversas abordagens metodológicas e sua efetividade;

5.10 Garantir profissional alfabetizador, de apoio pedagógico, para subsidiar atendimento específico a alunos com dificuldades de aprendizagem, em cada unidade escolar que contemple a alfabetização;

5.11 Garantir, em parceria com a Secretaria de Estado de educação, a formação continuada de especialistas e professores assegurando assim o apoio necessário à transformação das práticas pedagógicas nas escolas da Rede Municipal;

5.12 Implantar, até o segundo ano de vigência do Plano, programas de incentivo à leitura, ampliando o acervo;

5.13 Implantar, de imediato programas de incentivo à leitura, em consonância com as diretrizes do Plano Nacional do Livro e da Leitura, promovendo a capacitação dos profissionais da educação, para atuarem como incentivadores da leitura;

5.14 Implementar e manter programas de incentivo à leitura proporcionando as crianças um projeto de alfabetização voltado as dificuldades de aprendizagem com a intencionalidade e objetivos a curto e longo prazos dinamizando uma melhora qualitativa no desenvolvimento cognitivo dos alunos, acompanhando-os através de sondagem periódica;

5.15 Implementar políticas municipal para promover e estimular a formação inicial e continuada de professores (as) para a alfabetização de crianças, com o conhecimento de novas tecnologias educacionais e práticas pedagógicas inovadoras, estimulando a articulação entre programas de pós-graduação stricto sensu e ações de formação continuada de professores (as) para a alfabetização e assegurar a permanência destes profissionais no ciclo de alfabetização;

5.16 Implementar programa efetivo de professor auxiliar para turmas de alfabetização; 5.17 Instituir instrumentos de avaliação e monitoramento municipal, para aferir a

alfabetização das crianças, aplicados ao longo da alfabetização (considerando que o diagnóstico é individual) para que o processo seja corrigido durante e não após o seu término, implementando medidas pedagógicas para alfabetizar todos os alunos e alunas até o final do terceiro ano do ensino fundamental;

5.18 Priorizar a permanência de professores alfabetizadores efetivos,

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compromissados, assíduos, experientes, para os três primeiros anos do ensino fundamental;

5.19 Promover a efetiva articulação entre a educação infantil e os anos iniciais do ensino fundamental, no intuito de garantir que a falta desta articulação entre as classes do pré-escolar e o primeiro ano não comprometa a futura aprendizagem das crianças devido a ruptura no entendimento do que seja escola, aprender na escola e qual o status do brincar no cotidiano institucional;

5.20 Promover e garantir a alfabetização das pessoas com deficiência, considerando as suas especificidades, e assegurar formação continuada e específica dos profissionais da educação, com vistas a atender as demandas de cada deficiência;

5.21 Promover e garantir formação continuada para os professores dentro da carga horária, unificando a hora atividade por turma, respeitando o cronograma prévio previsto no calendário anual;

5.22 Respeitar a Lei que garante profissional qualificado para o ensino das disciplinas de Arte e Musicalização;

5.23 Respeitar e garantir o limite máximo de alunos por turma, previsto na Resolução 04/2009 do Conselho Municipal de Educação (CME), construindo novas unidades escolares;

5.24 Respeitar e viabilizar a redução do número limite de alunos por turma, quando houver alunos com deficiência;

5.25 Revisão curricular para estruturar os processos pedagógicos de alfabetização, nos anos iniciais do ensino fundamental, articulando-os com as estratégias desenvolvidas na pré-escola, com qualificação e valorização dos (as) professores (as) alfabetizadores e com apoio pedagógico específico, a fim de garantir a alfabetização plena de todas as crianças até o final do 3º ano do ensino fundamental;

5.26 Selecionar, certificar e divulgar tecnologias educacionais para a alfabetização de crianças, assegurada a diversidade de métodos e propostas pedagógicas, bem como o acompanhamento dos resultados nos sistemas de ensino em que forem aplicadas, devendo ser disponibilizadas, preferencialmente, como recursos educacionais abertos.

Meta 6: Oferecer educação em tempo integral em, no mínimo, 50% (cinquenta por cento) nas escolas públicas, de forma a atender, pelo menos, 25% (vinte e cinco por cento) dos estudantes da educação básica, até o final da vigência do Plano

Estratégias da Meta 6:

6.1 Adotar medidas para otimizar o tempo de permanência dos estudantes na escola, direcionando a expansão da jornada para o efetivo trabalho escolar, combinado com atividades recreativas, esportivas, culturais, visando o exercício da cidadania (resgate de valores cívicos e morais) e ações de educação nutricional e ambiental;

6.2 Assegurar alimentação escolar que contemple a necessidade nutricional diária dos estudantes em tempo integral, diferenciando o cardápio em cada turno conforme legislação específica;

6.3 Atender às escolas do campo, de comunidades indígenas e quilombolas, dos povos nômades e de comunidades tradicionais, com oferta de educação em tempo integral baseada em consulta prévia, considerando-se as peculiaridades locais;

6.4 Estimular a oferta de atividades para a ampliação da jornada escolar dos

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estudantes matriculados nas escolas de educação básica da rede pública, por parte das entidades privadas de serviço social, vinculadas ao sistema sindical, de forma concomitante e em articulação com a rede pública de ensino, implementando o sistema 5s (senso de limpeza, utilização, ordenação, saúde e autodisciplina);

6.5 Garantir a educação em tempo integral para pessoas com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades ou superdotação na faixa etária de 4 (quatro) a 17 (dezessete) anos idade, assegurando atendimento educacional especializado complementar e suplementar ofertado em salas de recursos multifuncionais nos polos ou em instituições especializadas, bem como profissionais habilitados;

6.6 Instituir, em regime de colaboração, programa de construção de escolas polos nos bairros com padrão arquitetônico e de mobiliário adequado com a participação dos profissionais da educação, para atendimento em tempo integral, prioritariamente para crianças em situação de vulnerabilidade social, conseguindo assim atender a demanda projetada da meta, assegurando transporte aos estudantes;

6.7 Orientar a aplicação da gratuidade de que trata o art. 13 da Lei nº 12.101, de 27 de novembro de 2009, em atividades de ampliação da jornada escolar de alunos (as) das escolas da rede pública de educação básica, de forma concomitante e em articulação com a rede pública de ensino e divulgar nas mídias e na comunidade escolar a promoção do programa;

6.8 Promover e subsidiar a articulação da escola com os diferentes espaços educativos, culturais e esportivos, por meio da implantação de projetos, que viabilizem o acesso, bem como, meio de transporte exclusivo para esse fim sem ônus para os estudantes, visando oportunizar aos alunos essas estratégias de ensino e exploração dos diversos recursos oferecidos pelo meio (visitas a centros comunitários, bibliotecas, praças, parques, museus, teatros, cinemas, planetários e zoológico);

6.9 Promover em regime de colaboração, ao programa nacional de ampliação e reestruturação das escolas públicas, por meio da instalação de quadras poliesportivas, laboratórios, inclusive de informática, espaços para atividades culturais, bibliotecas, auditórios, cozinhas, refeitórios cobertos, depósitos adequados para armazenar gêneros alimentícios, almoxarifados para depósitos de materiais de higiene e limpeza, banheiros e vestiários (com acessibilidade ás necessidades especiais), espaços para o atendimento de suporte pedagógico (com as fonoaudiólogas, psicólogas e psicopedagogas), e outros equipamentos, bem como da produção de material didático e da formação de recursos humanos para a educação em tempo integral;

6.10 Promover, efetivar e garantir com o apoio da União, a oferta de educação básica pública em tempo integral, por meio de atividades de acompanhamento pedagógico e multidisciplinares, inclusive culturais e esportivas, por profissionais da área de atuação, de forma que o tempo de permanência dos estudantes na escola, ou sob sua responsabilidade, passe a ser igual ou superior a 7 (sete) horas diárias durante todo o ano letivo, com a ampliação progressiva da jornada de professores em uma única escola, com espaços físicos adequados.

50

Meta 7: Fomentar a qualidade da educação básica em todas as etapas e modalidades, com melhoria do fluxo escolar e da aprendizagem, de modo a atingir as seguintes médias municipais no IDEB:

IDEB 2015 2017 2019 2021

Anos iniciais do ensino fundamental 5,2 5,4 5,7 6,0

Anos finais do ensino fundamental 4,7 5,0 5,2 5,5

Estratégias da Meta 7:

7.1 Acompanhar e divulgar bienalmente os resultados pedagógicos dos indicadores do sistema nacional de avaliação da educação básica e do IDEB, relativos às escolas, da rede pública de educação básica do Município, assegurando a contextualização desses resultados, com relação a indicadores sociais relevantes, como os de nível socioeconômico das famílias dos (as) alunos, e a transparência e o acesso público às informações técnicas de concepção e operação do sistema de avaliação;

7.2 Aderir com a colaboração técnica e financeira da União, em articulação com o sistema nacional de avaliação da educação básica, para orientar as políticas públicas e as práticas pedagógicas, com o fornecimento das informações às escolas e à sociedade;

7.3 Aderir, colaborar e participar em regime de colaboração com a União, e o Estado, na elaboração dos parâmetros mínimos de qualidade dos serviços da educação básica, a serem utilizados como referência para infraestrutura das escolas e para recursos pedagógicos, entre outros insumos relevantes, e como instrumento para adoção de medidas para a melhoria da qualidade do ensino;

7.4 Adotar até o segundo ano de vigência deste Plano, o ano letivo trimestral ao invés de bimestral, possibilitando a melhoria dos processos e práticas pedagógicas;

7.5 Ampliar programas e aprofundar ações de atendimento ao aluno, em todas as etapas da educação básica, incluindo a educação integral com estrutura adequada para melhor desenvolvimento das atividades;

7.6 Aprimorar continuamente os instrumentos de avaliação da qualidade do ensino fundamental e médio, de forma a englobar todas as disciplinas do currículo nos exames aplicados nos anos finais do ensino fundamental, assegurada a sua universalização, ao sistema de avaliação da educação básica, bem como apoiar o uso dos resultados das avaliações nacionais pelas escolas e redes de ensino para a melhoria de seus processos e práticas pedagógicas;

7.7 Assegurar a todas as escolas públicas de educação básica o acesso à energia elétrica, abastecimento de água tratada, esgotamento sanitário e manejo dos resíduos sólidos, garantir o acesso dos alunos a espaços para a prática esportiva, a bens culturais e artísticos e a equipamentos e laboratórios de ciências e, em cada edifício escolar, garantir a acessibilidade às pessoas com deficiência;

7.8 Assegurar que: a. no quinto ano de vigência deste Plano, pelo menos, 70% (setenta por cento) dos

Estudantes do ensino fundamental tenha alcançado nível suficiente de aprendizado em relação aos direitos e objetivos de aprendizagem e desenvolvimento de seu ano de estudo, e 60% (sessenta por cento), pelo menos, o nível desejável;

51

b. No último ano de vigência deste Plano, todos os estudantes do ensino fundamental tenham alcançado nível suficiente de aprendizado em relação aos direitos e objetivos de aprendizagem e desenvolvimento de seu ano de estudo, e 80% (oitenta por cento), pelo menos, o nível desejável.

7.9 Assegurar, garantir e manter a renovação, manutenção e criação das bibliotecas com todos os materiais e infraestrutura necessária à boa aprendizagem dos estudantes, inclusive biblioteca virtual com equipamentos, espaços, acervos bibliográficos, bem como profissionais especializados e capacitados para a formação de leitores;

7.10 Associar a prestação de assistência técnica financeira à fixação de metas intermediárias, nos termos estabelecidos conforme pactuação voluntária entre os entes, priorizando sistemas e redes de ensino com Ideb abaixo da média nacional;

7.11 Capacitar à escola e o corpo docente para a recepção de adolescentes e jovens que se encontram em regime de liberdade assistida e em situação de rua, assegurando os princípios da Lei no 8.069, de 13 de julho de 1990 - Estatuto da Criança e do Adolescente, garantindo o acompanhamento especializado por uma equipe multidisciplinar com vias a assegurar o bom andamento das práticas educativas;

7.12 Capacitar educadores para garantir: o desenvolvimento sustentável e preservação da identidade cultural; a participação da comunidade na definição do modelo de organização pedagógica e de gestão das instituições, consideradas as práticas socioculturais e as formas particulares de organização do tempo; a oferta bilíngue na educação infantil e nos anos iniciais do ensino fundamental, em língua materna das comunidades indígenas e em língua portuguesa; garantir reestruturação e a aquisição de equipamentos; a oferta de programa para a formação inicial e continuada de profissionais da educação; e o atendimento em educação especial;

7.13 Colaborar e participar no desenvolvimento de pesquisas de modelos alternativos de atendimento escolar para a população do campo que considerem tanto as especificidades locais quanto as boas práticas nacionais e internacionais;

7.14 Colaborar na melhoria da informatização, a gestão das escolas públicas e das secretarias de educação, bem como manter programa de formação continuada para o pessoal técnico;

7.15 Colaborar no desenvolvimento de indicadores específicos de avaliação da qualidade da educação especial, bem como da qualidade da educação bilíngue para surdos;

7.16 Consolidar e assegurar a educação escolar no campo de populações tradicionais, de populações itinerantes e de comunidades indígenas e quilombolas, respeitando a articulação entre os ambientes escolares e comunitários e garantindo: o desenvolvimento sustentável e a preservação da identidade cultural; a participação da comunidade na definição do modelo de organização pedagógica e de gestão das instituições, consideradas as práticas socioculturais, e as formas particulares de organização do tempo; a oferta bilíngue na educação infantil e nos anos iniciais do ensino fundamental, em língua materna das comunidades indígenas e em língua portuguesa; a reestruturação e a aquisição de equipamentos; a oferta de programa para a formação inicial e continuada de profissionais da educação; e o atendimento em educação especial;

52

7.17 Contribuir para a melhoria do desempenho dos estudantes da educação básica nas avaliações da aprendizagem no Programa Internacional de Avaliação de Estudantes – PISA;

7.18 Criar e garantir políticas públicas que valorizem o mérito do corpo docente, equipe gestora e toda comunidade escolar;

7.19 Criar uma avaliação institucional periódica com base no perfil do aluno e do corpo de profissionais da educação, nas condições de infraestrutura das escolas, nos recursos pedagógicos disponíveis, nas características da gestão e em outras dimensões relevantes, considerando as especificidades das modalidades de ensino;

7.20 Criar, com a colaboração técnica e financeira da União, em articulação com o sistema nacional de avaliação, o sistema municipal de avaliação da educação básica, com participação, por adesão, das redes municipais de ensino, para orientar as políticas públicas e as práticas pedagógicas, com o fornecimento das informações às escolas e à sociedade;

7.21 Desenvolver currículos e propostas pedagógicas específicas para educação escolar para as escolas do campo e para as comunidades indígenas e quilombolas, incluindo os conteúdos culturais correspondentes às respectivas comunidades e considerando o fortalecimento das práticas socioculturais e da língua materna de cada comunidade indígena, produzindo e disponibilizando materiais didáticos específicos, inclusive para os alunos com deficiência;

7.22 Estabelecer ações efetivas especificamente voltadas para a promoção, prevenção, atenção e atendimento à saúde e à integridade física, mental e emocional dos profissionais da educação, como condição para a melhoria da qualidade educacional;

7.23 Estabelecer e implantar, uma diretriz pedagógica e curricular comum em toda rede de ensino, com direitos e objetivos de aprendizagem e desenvolvimento dos estudantes para cada ano do ensino fundamental, respeitada a diversidade regional, estadual e local; com revisão a cada dois anos;

7.24 Estabelecer, em regime de colaboração com a União e o Estado, no prazo de 2 (dois) anos contados da publicação desta Lei, parâmetros mínimos de qualidade dos serviços da educação básica, a serem utilizados como referência para infraestrutura das escolas, recursos pedagógicos, entre outros insumos relevantes, bem como instrumento para adoção de medidas para a melhoria da qualidade do ensino;

7.25 Executar os planos de ações articuladas dando cumprimento às metas de qualidade estabelecidas para a educação básica pública e às estratégias de apoio técnico e financeiro voltadas à melhoria da gestão educacional, à formação de professores e profissionais de serviços e apoio escolares, à ampliação e ao desenvolvimento de recursos pedagógicos e a melhoria e expansão da infraestrutura física da rede escolar;

7.26 Fiscalizar a regulação da oferta da educação básica pela iniciativa privada, de forma a garantir a qualidade e o cumprimento da função social da educação;

7.27 Formalizar e executar os planos de ações articuladas dando cumprimento às metas de qualidade estabelecidas para a educação básica pública e às estratégias de apoio técnico e financeiro voltadas à melhoria da gestão educacional, à formação de professores e profissionais de serviços e apoio escolares, à ampliação e ao desenvolvimento de recursos pedagógicos e a melhoria e expansão da infraestrutura física da rede escolar;

7.28 Garantir que a formação continuada seja específica, por área, dentro da jornada

53

de trabalho, pelo menos semestral; 7.29 Garantir a universalização, em colaboração com a União e Estado até o quinto

ano de vigência deste Plano, o acesso à rede mundial de computadores em banda larga de alta velocidade e triplicar, até o final da década, a relação computador/estudante nas escolas da rede pública de educação básica, promovendo a utilização pedagógica das tecnologias da informação e da comunicação, gerando cursos de capacitação para professores e alunos;

7.30 Garantir nos currículos escolares conteúdos sobre a história e as culturas afro-brasileira e indígenas e implementar ações educacionais, nos termos das Leis nº 10.639/2003 e nº 11.645/2008, assegurando-se a implementação das respectivas diretrizes curriculares nacionais, por meio de ações colaborativas com fóruns de educação para a diversidade étnico-racial, conselhos escolares, equipes pedagógicas e a sociedade civil;

7.31 Garantir políticas de prevenção à violência na escola, inclusive pelo desenvolvimento de ações destinadas à capacitação de educadores para detecção dos sinais e de suas causas, como a violência doméstica e sexual, favorecendo a adoção das providências adequadas para promover a construção da cultura de paz e um ambiente escolar dotado de segurança para a comunidade;

7.32 Garantir transporte gratuito para todos(as) os(as) estudantes da educação do campo na faixa etária da educação escolar obrigatória, mediante renovação e padronização integral da frota de veículos, de acordo com especificações definidas pelo Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia – INMETRO, e financiamento compartilhado, com participação da União proporcional às necessidades dos entes federados, visando a reduzir a evasão escolar e o tempo médio de deslocamento a partir de cada situação local;

7.33 Implementar programa de apoio pedagógico obrigatório desde o 1º ano do ensino regular para todos os alunos com dificuldades de aprendizagem;

7.34 Incentivar e assegurar o desenvolvimento, selecionar, certificar e divulgar tecnologias educacionais para a educação infantil, o ensino fundamental e incentivar práticas pedagógicas inovadoras que assegurem a melhoria do fluxo escolar e a aprendizagem, assegurada a diversidade de métodos e propostas pedagógicas, com preferência para softwares livres e recursos educacionais abertos, bem como o acompanhamento dos resultados nos sistemas de ensino em que forem aplicadas;, formando polos de estudos e práticas, desenvolvendo e estimulando as inteligências múltiplas em parceria com as universidades;

7.35 Induzir processo contínuo de autoavaliação das escolas de educação básica, por meio da constituição de instrumentos de avaliação que orientem as dimensões a serem fortalecidas, destacando-se a elaboração de planejamento estratégico, a melhoria contínua da qualidade educacional, a formação continuada dos profissionais da educação e o aprimoramento da gestão democrática, buscando eleições, assembleias e a participação de todos os envolvidos no processo educacional;

7.36 Institucionalizar programas e desenvolver metodologias para acompanhamento pedagógico, recuperação paralela e progressão, priorizando estudantes com rendimento escolar defasado;

7.37 Instituir, em articulação com o Estado, programas de formação de professores e estudantes para promover e consolidar a política de preservação da memória nacional;

54

7.38 Instituir, em regime de colaboração com o Estado, política de preservação da memória municipal;

7.39 Manter programas e aprofundar ações de atendimento ao aluno, em todas as etapas da educação básica, por meio de programas suplementares de material didático escolar, transporte, alimentação e assistência à saúde;

7.40 Manter, em regime de colaboração, programa nacional de reestruturação e aquisição de equipamentos para escolas públicas, visando à equalização regional das oportunidades educacionais;

7.41 Mobilizar as famílias e setores da sociedade civil, com o propósito de que a educação seja assumida como responsabilidade de todos e de ampliar o controle social sobre o cumprimento das políticas públicas educacionais;

7.42 Orientar as políticas das redes e sistemas de ensino, de forma a buscar atingir as metas do IDEB, diminuindo a diferença entre as escolas com os menores índices e a média estadual, garantindo equidade da aprendizagem e reduzindo pela metade, até o último ano de vigência deste Plano, as diferenças entre as médias dos índices do Estado e do Município;

7.43 Orientar e fiscalizar a transferência direta de recursos financeiros, da União às escolas, garantindo a participação da comunidade escolar no planejamento e na aplicação dos recursos, visando à ampliação da transparência e ao efetivo desenvolvimento da gestão democrática;

7.44 Participar do desenvolvimento de pesquisas de modelos alternativos de atendimento escolar para a população do campo que considerem tanto as especificidades locais quanto as boas práticas nacionais e internacionais.

7.45 Promover a regulação e supervisão da oferta da educação básica nas redes pública e privada, de forma a garantir a qualidade e o cumprimento da função social da educação;

7.46 Promover e assegurar a articulação dos programas da área da educação, de âmbito local, com os de outras áreas, como saúde, trabalho e emprego, assistência social, esporte e cultura, possibilitando a criação de rede de apoio integral às famílias, como condição para a melhoria da qualidade educacional;

7.47 Promover, com especial ênfase, em consonância com as diretrizes do Plano Nacional do Livro e da Leitura, a formação de leitores, garantindo e assegurando materiais didáticos e a capacitação de professores, bibliotecários e agentes da comunidade para atuar como mediadores da leitura, garantindo livros de literatura, de acordo com a especificidade das diferentes etapas do desenvolvimento e da aprendizagem;

7.48 Propor, estabelecer e garantir a articulação entre pós-graduação, núcleos de pesquisa e cursos de formação para profissionais da educação básica, de modo a garantir a elaboração de currículos e propostas pedagógicas que incorporem os avanços de pesquisas ligadas ao processo de ensino-aprendizagem e às teorias educacionais;

7.49 Prover e manter equipamentos e recursos tecnológicos digitais, em regime de colaboração com a União, e Estado, para a utilização pedagógica no ambiente escolar a todas as escolas públicas da educação básica, criando, inclusive, mecanismos para implementação das condições necessárias para a universalização das bibliotecas, nas instituições educacionais, com acesso as redes digitais de computadores, inclusive a internet;

7.50 Qualificar e quantificar o desempenho das escolas municipais para garantir o

55

bom desenvolvimento na aplicação do IDEB com políticas de estímulo às escolas de modo a valorizar as realidades de cada instituição;

7.51 Reconhecer as práticas culturais e sociais dos estudantes e da comunidade local, como dimensões formadoras, articuladas à educação, nos projetos políticos-pedagógico e no Plano de Desenvolvimento Institucional, na organização e gestão dos currículos, nas instâncias de participação das escolas e na produção cotidiana da cultura e do trabalho escolar;

7.52 Reestruturar e aprimorar o ensino fundamental, incentivando práticas pedagógicas com abordagens interdisciplinares, estruturadas pela relação entre teoria e prática, por meio de currículos escolares com conteúdo obrigatórios e eletivos, em dimensões como ciência, trabalho, linguagens, tecnologia, cultura e esporte.

7.53 Universalizar, em colaboração com a União e Estado, até o quinto ano de vigência deste Plano, o acesso à rede mundial de computadores em banda larga de alta velocidade e triplicar, até o final da década, a relação computador/estudante nas escolas da rede pública de educação básica, promovendo a utilização pedagógica das tecnologias da informação e da comunicação;

7.54 Universalizar, mediante articulação entre os órgãos responsáveis pelas áreas da saúde e da educação, o atendimento aos estudantes da rede escolar pública de educação básica por meio de ações de prevenção, promoção e atenção à saúde.

Meta 8: Elevar a escolaridade média da população de 18 (dezoito) a 29 (vinte e nove) anos, de modo a alcançar, no mínimo, 12 (doze) anos de estudo no último ano de vigência deste Plano, para as populações do campo, da região de menor escolaridade no País e dos 25% (vinte e cinco por cento) mais pobres, e igualar a escolaridade média entre negros e não negros declarados à Fundação Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE.

Estratégias da Meta 8:

8.1 Estabelecer ações intersetoriais para promover a busca ativa de jovens fora da

escola pertencentes aos segmentos populacionais considerados, em parceria com as

áreas de assistência social, saúde e proteção à juventude;

8.2 Expandir a oferta gratuita de educação profissional técnica por parte das entidades

privadas de serviço social e de formação profissional vinculadas ao sistema sindical,

de forma concomitante ao ensino ofertado na rede escolar pública, para os

segmentos populacionais considerados;

8.3 Garantir acesso gratuito a exames de certificação da conclusão dos ensinos

fundamental e médio;

8.4 Implementar programas de educação de jovens e adultos para os segmentos

populacionais considerados, que estejam fora da escola e com defasagem idade-

série, associados a outras estratégias que garantam a continuidade da

escolarização, após a alfabetização inicial;

56

8.5 Implantar e implementar programas municipais que façam uso de tecnologias para

correção de fluxo, para acompanhamento pedagógico individualizado e para

recuperação e progressão parcial, bem como priorizar estudantes com rendimento

escolar defasado, considerando as especificidades dos segmentos populacionais

considerados;

8.6 Promover, em parceria com as áreas de saúde e assistência social, o

acompanhamento e o monitoramento do acesso à escola, específicos para os

segmentos populacionais considerados, identificar motivos de absenteísmo e

colaborar com o Estado de Santa Catarina, para a garantia de frequência e apoio à

aprendizagem, de maneira a estimular a ampliação do atendimento desses (as)

estudantes na rede pública regular de ensino.

Meta 9: Elevar a taxa de alfabetização da população com 15 (quinze) anos ou mais de idade para 98% (noventa e oito por cento) até 2017 e, até o final da vigência do Plano Nacional de Educação, reduzir em 50% (cinquenta por cento) a taxa de analfabetismo funcional.

Estratégias da Meta 9:

9.1 Aderir à programas de capacitação tecnológica da população jovem e adulta, direcionados para os segmentos com baixos níveis de escolarização formal e para os(as) alunos(as) com deficiência, articulando os sistemas de ensino, a Rede Federal de Educação Profissional, Científica e Tecnológica, as universidades, as cooperativas e as associações, por meio de ações de extensão desenvolvidas em centros vocacionais tecnológicos, com tecnologias assistivas que favoreçam a efetiva inclusão social e produtiva dessa população;

9.2 Apoiar técnica e financeiramente projetos inovadores na educação de jovens e adultos que visem ao desenvolvimento de modelos adequados às necessidades específicas desses (as) alunos (as);

9.3 Assegurar a oferta de educação de jovens e adultos, nas etapas de ensino fundamental e médio, às pessoas privadas de liberdade em todos os estabelecimentos penais, assegurando-se formação específica dos professores e das professoras e implementação de diretrizes nacionais em regime de colaboração;

9.4 Assegurar a oferta gratuita da educação de jovens e adultos a todos os que não tiveram acesso à educação básica na idade própria;

9.5 Considerar, nas políticas públicas de jovens e adultos, as necessidades dos idosos, com vistas à promoção de políticas de erradicação do analfabetismo, ao acesso a tecnologias educacionais e atividades recreativas, culturais e esportivas, à implementação de programas de valorização e compartilhamento dos conhecimentos e experiência dos idosos e à inclusão dos temas do envelhecimento e da velhice nas

57

escolas;

9.6 Estabelecer mecanismos e incentivos que integrem os segmentos empregadores, públicos e privados, e os sistemas de ensino, para promover a compatibilização da jornada de trabalho dos empregados e das empregadas com a oferta das ações de alfabetização e de educação de jovens e adultos;

9.7 Estabelecer projetos interdisciplinares utilizando a cultura local dessa população como ferramenta para facilitar o processo de alfabetização;

9.8 Executar ações de atendimento ao (à) estudante da educação de jovens e adultos por meio de programas suplementares de transporte, alimentação e saúde, inclusive atendimento oftalmológico e fornecimento gratuito de óculos, em articulação com a área da saúde;

9.9 Implementar ações de alfabetização de jovens e adultos com garantia de continuidade da escolarização básica;

9.10 Realizar avaliação, por meio de exames específicos, que permita aferir o grau de alfabetização de jovens e adultos com mais de 15 (quinze) anos de idade;

9.11 Realizar chamadas públicas regulares para educação de jovens e adultos, promovendo-se busca ativa em regime de colaboração com a União e Estado de Santa Catarina e em parceria com organizações da sociedade civil;

9.12 Realizar diagnóstico dos jovens e adultos com ensino fundamental e médio incompletos, para identificar a demanda ativa por vagas na educação de jovens e adultos.

Meta 10: Articular com instituições de Educação Profissional a oferta de no mínimo, 25%

(vinte e cinco por cento) das matrículas de educação de jovens e adultos, nos ensinos

fundamental e médio, na forma integrada à educação profissional até o ano de 2024.

Estratégias da Meta 10:

10.1 Acordar com as empresas de transporte público linhas/horários de ônibus convergentes com a oferta/turnos dos cursos de Jovens e Adultos garantindo a acessibilidade e proximidade geográfica dos locais da formação;

10.2 Aderir sob responsabilidade das instituições que ofertam Educação de Jovens e Adultos e com apoio técnico e financeiro dos entes federados (União, Estados e Municípios), a programas voltados à conclusão do ensino fundamental e médio, preferencialmente na forma integrada à educação profissional;

10.3 Apoiar a adesão ao programa nacional de reestruturação e aquisição de equipamentos voltados à expansão e à melhoria da rede física de escolas públicas que atuam na educação de jovens e adultos integrada à educação profissional, garantindo acessibilidade à pessoa com deficiência, dando suporte ao atendimento individualizado;

10.4 Articular com as instituições que ofertam Educação de Jovens e Adultos e aquelas que ofertam Educação Profissional a expansão das matrículas de modo a

58

oportunizar a formação inicial e continuada de trabalhadores, objetivando a elevação do nível de escolaridade do trabalhador e da trabalhadora;

10.5 Articular com os entes federados e os órgãos responsáveis a Segurança Pública para toda comunidade escolar;

10.6 Articular junto as instituições que ofertam Educação de Jovens e Adultos e aquelas que ofertam Educação Profissional a ampliação das oportunidades de formação profissional aos jovens e adultos com deficiência e/ou baixo nível de escolaridade, com auxílio de um professor de AEE;

10.7 Estimular a diversificação do currículo da educação de jovens e adultos, por meio de debates públicos entre as instituições formadoras, articulando a formação básica e a preparação para o mundo do trabalho e estabelecendo inter-relações entre teoria e prática, nos eixos da ciência, do trabalho, da tecnologia e da cultura e cidadania, de forma a organizar o tempo e o espaço pedagógico adequando-os às características desses estudantes;

10.8 Estimular a integração da educação de jovens e adultos com a educação profissional, em cursos planejados, de acordo com as características do público da educação de jovens e adultos e considerando as especificidades das populações itinerantes e do campo e das comunidades indígenas e quilombolas, inclusive na modalidade de educação a distância;

10.9 Estimular e acompanhar a adesão ao Programa Nacional de Assistência ao Estudante, desenvolvendo ações de assistência social, financeira e de apoio psicopedagógico que contribuam para garantir o acesso, a permanência, a aprendizagem e a conclusão com êxito da educação de jovens e adultos articulada à educação profissional;

10.10 Estimular e articular a formação continuada e tecnológica digital de docentes das escolas públicas que atuam na educação de jovens e adultos articulada à educação profissional;

10.11 Fomentar a oferta pública de formação inicial e continuada para trabalhadores articulada à educação de jovens e adultos, em regime de colaboração e com apoio de entidades privadas de formação profissional, vinculadas ao sistema sindical e de entidades sem fins lucrativos de atendimento à pessoa com deficiência, com atuação exclusiva na modalidade;

10.12 Garantir a oferta de profissionais habilitados para o atendimento dos filhos (com até 12 anos – considerando a concepção de infância) dos estudantes da Educação de Jovens e Adultos matriculados/frequentando a formação em período noturno, em regime de colaboração com os demais entes federados;

10.13 Garantir a produção de material didático, o desenvolvimento de metodologias específicas, bem como os instrumentos de avaliação, garantindo o acesso a equipamentos, laboratórios e aos diferentes espaços da escola;

10.14 Garantir alimentação saudável e adequada e transporte para os estudantes da educação de jovens e adultos integrado à educação profissional;

10.15 Garantir, na forma da lei, transporte público para os estudantes da Educação de Jovens e Adultos;

59

10.16 Oportunizar a criação de cursos na modalidade de educação de jovens e adultos com educação profissional.

Meta 11: Triplicar as matrículas da educação profissional técnica de nível médio,

assegurando a qualidade da oferta e pelo menos 50% (cinquenta por cento) da expansão

no segmento público.

Estratégias da Meta 11:

11.1 Apoiar a coleta de dados para o Sistema Nacional de Informação Profissional e as

consultas promovidas junto a entidades empresariais de trabalhadores para ofertar

formação nas instituições especializadas em educação profissional;

11.2 Apoiar a elevação gradual da taxa de conclusão média dos cursos técnicos de

nível médio na rede pública federal e estadual para 90% (noventa por cento);

11.3 Apoiar a expansão da oferta de educação profissional técnica de nível médio para

as pessoas com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas

habilidades ou superdotação, preferencialmente na rede regular de ensino;

11.4 Apoiar a expansão do ensino médio gratuito integrado à formação profissional para

as populações do campo e para as comunidades indígenas e quilombolas, de acordo

com os seus interesses e necessidades;

11.5 Apoiar a expansão do estágio na educação profissional técnica de nível médio e

do ensino médio regular, preservando-se seu caráter pedagógico integrado ao

itinerário formativo do aluno, visando à formação de qualificações próprias da

atividade profissional, à contextualização curricular e ao desenvolvimento da

juventude;

11.6 Apoiar a institucionalização de um sistema de avaliação da qualidade da educação

profissional técnica de nível médio das redes escolares públicas e privadas;

11.7 Apoiar a oferta de educação profissional técnica de nível médio na rede pública de

ensino;

11.8 Apoiar o desenvolvimento de programas de assistência estudantil e mecanismos

de mobilidade acadêmica, visando a garantir as condições necessárias à

permanência dos estudantes e à conclusão dos cursos técnicos de nível médio;

11.9 Colaborar nos processos de estudos e pesquisas sobre a articulação entre

formação, currículo, pesquisa e mundo do trabalho, considerando as necessidades

econômicas, sociais e culturais;

11.10 Contribuir para a redução das desigualdades étnico-raciais e regionais no acesso

60

e permanência na educação profissional técnica de nível médio, inclusive mediante a

adoção de políticas afirmativas, na forma da lei;

11.11 Determinar que as empresas de transporte público ofereçam linhas / horários de

ônibus convergentes com a oferta/turnos dos cursos da Educação Profissional

Técnica de Nível Médio garantindo a acessibilidade e proximidade geográfica dos

locais da formação;

11.12 Estimular a oferta de matrículas gratuitas de educação profissional técnica de nível

médio pelas entidades privadas de formação profissional vinculadas ao sistema

sindical e entidades sem fins lucrativos de atendimento à pessoa com deficiência,

com atuação exclusiva na modalidade;

11.13 Garantir transporte público, na forma da lei, para os estudantes da Educação

Profissional Técnica de Nível Médio;

11.14 Oferecer profissionais habilitados para o atendimento dos filhos (com até 12 anos

– considerando a concepção de infância) dos estudantes da Educação Profissional

Técnica de Nível Médio matriculados/frequentando a formação em período noturno,

em regime de colaboração com os demais entes federados;

11.15 Participar da política de expansão das matrículas de educação profissional técnica

de nível médio da Rede Federal de Educação Profissional, Científica e Tecnológica,

levando em consideração a responsabilidade dos Institutos na ordenação territorial,

sua vinculação com arranjos produtivos, sociais e culturais locais e regionais, bem

como a interiorização da educação profissional.

Meta 12- Contribuir com o Estado e União para a Efetivação da elevação da taxa bruta

de matrícula na educação superior para 65% (sessenta e cinco por cento) e a taxa

líquida para 50% (cinquenta por cento) da população de 18 (dezoito) a 24 (vinte e quatro)

anos de idade, assegurada a qualidade da oferta e expansão para, pelo menos, 40%

(quarenta por cento) das novas matrículas, nas instituições de ensino superior públicas,

privadas e comunitárias, atendendo a demanda da qualidade local.

Estratégias da Meta 12:

61

12.1 Acordar com as empresas de transporte público linhas/horários de ônibus

convergentes com a oferta/turnos dos cursos de Ensino Superior garantindo a

acessibilidade e proximidade geográfica dos locais da formação;

12.2 Adotar e supervisionar, com a participação da União, políticas de inclusão e de

ação afirmativa na forma da lei, para o acesso e permanência nos cursos de

graduação, de estudantes em vulnerabilidade socioeconômica, egressos da

escola pública, afrodescendentes, comunidades tradicionais, povos do campo,

indígenas, quilombolas e para pessoas, público da educação especial, e

outros extratos sociais historicamente excluídos, com garantia de oferta estágio

remunerado como parte da formação superior aos alunos de baixa renda;

12.3 Adotar políticas de assistência estudantil para assegurar à população considerada

economicamente carente, bolsa de estudos de graduação, de modo a reduzir as

desigualdades étnico-raciais e ampliar as taxas de acesso e permanência na

educação superior de estudantes egressos da escola pública, afrodescendentes e

indígenas e de estudantes com deficiência, transtorno do espectro autista, transtorno

de déficit de atenção e hiperatividade/impulsividade e altas habilidades ou

superdotação, de forma a apoiar seu sucesso acadêmico;

12.4 Ampliar e diversificar o transporte de alunos para as IES de outras cidades da

região, quando não houver a oferta do curso de graduação desejado em sua cidade;

12.5 Ampliar e garantir a oferta de bolsas de estudos para graduação, aos professores

e demais profissionais que atuam na educação básica e educação especial;

12.6 Apoiar a elevação gradual da taxa de conclusão média dos cursos de graduação

presenciais nas universidades públicas para 90% (noventa por cento); ofertar, no

mínimo, um terço das vagas em cursos noturnos e elevar a relação de estudantes

por professor (a) para 18 (dezoito), mediante estratégias de aproveitamento de

créditos e inovações acadêmicas que valorizem a aquisição de competências de

nível superior;

12.7 Apoiar a expansão e a descentralização da oferta de educação superior pública e

gratuita, considerando as especificidades das populações do campo, comunidades

indígenas e quilombola;

12.8 Apoiar a expansão e reestruturação das instituições de educação superior

estaduais e municipal cujo ensino seja gratuito e de qualidade;

12.9 Apoiar a institucionalização de programa nacional de composição de acervo digital

de referências bibliográficas e audiovisuais para os cursos de graduação,

assegurada a acessibilidade às pessoas com deficiência;

12.10 Apoiar a União e o Estado, na consolidação de processos seletivos (nacional e

62

estadual) para acesso à educação superior como forma de superar exames

vestibulares isolados;

12.11 Apoiar ações que visem assegurar, no mínimo, 10% (dez por cento) do total de

créditos curriculares exigidos para a graduação em programas e projetos de

extensão universitária, orientando sua ação, prioritariamente, para áreas de grande

pertinência social;

12.12 Apoiar e colaborar com a oferta de condições de acessibilidade nas instituições de

educação superior, na forma da legislação;

12.13 Apoiar e implementar, no âmbito de sua competência, ações que visem assegurar,

no mínimo, 40% (quarenta por cento) do total de créditos curriculares exigidos para

a graduação em programas e projetos de extensão universitária, orientando sua

ação, prioritariamente, para áreas de grande pertinência social;

12.14 Articular, com a União e Estado, a expansão e a descentralização da oferta de

educação superior pública e gratuita, atendendo a todas as regiões do Município,

considerando as especificidades das populações dos diferentes estratos sociais;

12.15 Assegurar aos profissionais em atuação nas redes públicas de educação básica,

quando matriculados em cursos de formação inicial ou continuada, a realização de

estágios curriculares obrigatórios sem ônus em seus vencimentos;

12.16 Assegurar e averiguar que as bolsas de estudos para formação inicial e

continuada de profissionais da educação que atuam na rede pública municipal

disponibilizadas pela Secretaria Municipal de Educação, tenham como critério a

matrícula em cursos de instituições de ensino superior que ofereçam boas condições

de estrutura e projeto pedagógico que atendam às necessidades educativas da rede

pública de educação básica;

12.17 Assegurar, na forma da lei, condições de acessibilidade às pessoas da educação

especial, nas instituições de ensino superior;

12.18 Auxiliar no mapeamento da demanda de formação de pessoal de nível superior,

considerando as necessidades do desenvolvimento do País e especialmente da

região de Camboriú, a inovação tecnológica e a melhoria da qualidade da educação

básica;

12.19 Contribuir com a ampliação e a oferta de vagas, por meio da expansão e

interiorização da rede federal de educação superior, da Rede Federal de Educação

Profissional, Científica e Tecnológica e do sistema Universidade Aberta do Brasil,

considerando a densidade populacional, a oferta de vagas públicas em relação à

população na idade de referência e observadas as características regionais das

micro e mesorregiões definidas pela Fundação Instituto Brasileiro de Geografia e

63

Estatística – IBGE, uniformizando a expansão no território nacional;

12.20 Contribuir com a realização de estudos e pesquisas que analisem a necessidade

de articulação entre formação, currículo, pesquisa e mundo do trabalho,

considerando as necessidades econômicas, sociais e culturais do Estado e

Município;

12.21 Contribuir para elevar gradualmente a taxa de conclusão média dos cursos de

graduação presenciais nas universidades públicas para 90% (noventa por cento);

12.22 Criação de um Plano Ecosustentável para as Unidades Escolares do município de

Camboriú;

12.23 Criar condições para que os profissionais efetivos no setor público, em especial do

magistério, frequentem os cursos de pós-graduação stricto sensu sem ônus salarial;

12.24 Criar mecanismos promotores de ações conjuntas das instituições de ensino

superior e dos diferentes setores da esfera pública municipal e estadual visando: a)

o desenvolvimento de pesquisa e extensão; b) formação continuada de profissionais

que atuam nestes diferentes setores;

12.25 Criar políticas educacionais que busquem ampliar o sucesso dos estudantes

provenientes do ensino médio público e privado, ao ingressarem no ensino superior,

através de cursos de Nivelamento, prioritariamente nas áreas de Comunicação e

Expressão e Matemática;

12.26 Disponibilizar espaços físicos ociosos nas escolas públicas nos períodos diurno e

noturno para a oferta dos cursos superiores;

12.27 Estimular e apoiar a ampliação da oferta de vagas, por meio da expansão e

interiorização da rede federal de educação superior, da Rede Federal de Educação

Profissional, Científica e Tecnológica e do sistema Universidade Aberta do Brasil,

considerando a densidade populacional, a oferta de vagas públicas em relação à

população na idade de referência e observadas as características regionais das

micro e mesorregiões definidas pela Fundação Instituto Brasileiro de Geografia e

Estatística – IBGE, uniformizando a expansão no território nacional;

12.28 Fiscalizar a oferta dos programas de pós-graduação, verificando se os mesmos

atendem aos padrões qualitativos de formação exigidos, no que diz respeito a

organização curricular, carga horária oferecida, tempo de integralização e processo

de avaliação;

12.29 Fomentar estudos e pesquisas que analisem a necessidade de articulação entre

formação, currículo, pesquisa e mundo do trabalho, considerando as necessidades

econômicas, sociais e culturais do Município;

64

12.30 Garantir a oferta bolsas de estudos para graduação, aos professores e demais

profissionais que atuam na educação básica conforme estabelece a legislação

(Fundeb);

12.31 Garantir a oferta de profissionais habilitados e espaço adequado para o

atendimento dos filhos (com até 12 anos – considerando a concepção de infância)

dos estudantes do Ensino Superior matriculados/frequentando a formação em

período noturno, em regime de colaboração com os demais entes federados;

12.32 Garantir com a colaboração dos demais entes federados, políticas de inclusão e

de ação afirmativa na forma da lei, para o acesso e permanência nos cursos de

graduação, de estudantes em vulnerabilidade socioeconômica, egressos da escola

pública, afrodescendentes, comunidades tradicionais, povos do campo, indígenas,

quilombolas e para pessoas, público da educação especial, e outros extratos sociais

historicamente excluídos;

12.33 Garantir mecanismos para ocupar as vagas ociosas em cada período letivo, na

educação superior pública;

12.34 Garantir o mínimo de 10 % de matriculas novas para estudantes com deficiência,

nas instituições de nível superior;

12.35 Garantir que as empresas de transporte coletivo dos municípios viabilizem o

transporte de alunos do ensino superior com oferta em quantidade e horários de

linhas compatíveis com o desenvolvimento das atividades acadêmicas;

12.36 Garantir que os recursos do FUNDEB, quando disponibilizados a custear

formação continuada em programas de pós-graduação dos profissionais da rede

municipal de ensino, tenha como critério a qualidade do curso e o retorno efetivo do

capital humano capacitado para a escola;

12.37 Garantir que todas as IES possuam uma Comissão Própria de Avaliação CPA,

constituída em conformidade com as determinações da CONAES, visando o

aprimoramento da qualidade da formação acadêmica;

12.38 Garantir transporte público para os estudantes do Ensino Superior;

12.39 Implementar programas informativos e de incentivo ao jovem do ensino médio de

escola pública sobre cursos e profissões, ofertas e vagas, políticas de amparo e/ou

financiamento ao estudante no que se refere ao acesso e permanência no ensino

superior;

12.40 Incentivar a consolidação da ampliação de programas e ações de incentivo à

mobilidade estudantil e docente em cursos de graduação e pós-graduação, em

âmbito nacional e internacional, tendo em vista o enriquecimento da formação de

65

nível superior;

12.41 Incentivar as instituições de educação superior a aderir e participar dos programas

de apoio financeiro do Governo Federal. Disponibilizando espaço para ampliação e

oferta de cursos para garantir ensino superior público gratuito e reduzir o

financiamento estudantil e garantir o acesso e permanência a cursos superiores

gratuitos para sociedade;

12.42 Incentivar as instituições de educação superior a aderir e participar dos programas

de apoio financeiro do Governo Federal;

12.43 Incentivar e colaborar na adoção das políticas de assistência estudantil para

assegurar à população considerada economicamente carente, bolsa de estudos de

graduação, de modo a reduzir as desigualdades étnico-raciais e ampliar as taxas de

acesso e permanência na educação superior de estudantes egressos da escola

pública, afrodescendentes e indígenas e de estudantes com deficiência, transtorno

do espectro autista, transtorno de déficit de atenção e hiperatividade/impulsividade e

altas habilidades ou superdotação, de forma a apoiar seu sucesso acadêmico;

12.44 Mapear a demanda e fomentar a oferta de educação superior pública e gratuita

prioritariamente para a formação de professores, para atender ao déficit de

profissionais em todas as áreas de conhecimento e modalidades da educação

básica, inclusive em áreas de difícil acesso;

12.45 Ofertar, no mínimo, um terço das vagas em cursos noturnos e elevar a relação de

estudantes por professor (a) para 18 (dezoito), mediante estratégias de

aproveitamento de créditos e inovações acadêmicas que valorizem a aquisição de

competências de nível superior;

12.46 Otimizar, com a participação da União e do Estado, a capacidade instalada da

estrutura física e a disponibilização dos recursos humanos das instituições públicas

e comunitárias de educação superior, mediante ações planejadas e coordenadas, de

forma a ampliar e interiorizar o acesso à graduação;

12.47 Otimizar, com participação da União e em parceria com Estado e Município, a

capacidade instalada da estrutura física e de recursos humanos das instituições de

educação superior, mediante ações planejadas e coordenadas, de forma a ampliar o

acesso à graduação;

12.48 Participar da consolidação e ampliação de programas e ações de incentivo à

mobilidade estudantil e docente em cursos de graduação e pós-graduação, em

âmbito nacional e internacional;

12.49 Possibilitar a interação entre os órgãos gestores da Educação Básica do munícipio

e as IES na definição de habilidade e competência necessárias ao desenvolvimento

66

do trabalho nas escolas;

12.50 Promover encontros entre os diferentes setores organizados da sociedade tanto

públicos quanto privados para discutir o perfil profissional desejado para o cenário

local;

12.51 Propiciar valorização na carreira dos profissionais com formação superior que

concluam curso de pós-graduação stricto sensu, em especial doutorado;

12.52 Realizar discussões, por meio de fóruns, sobre a diversificação de cursos no

processo de ampliação de oferta de vagas, de maneira a garantir não só os

condicionantes do mercado, como também as necessidades de desenvolvimento

estratégico local, regional e nacional;

12.53 Viabilizar o intercâmbio entre as Instituições de Ensino Superior e escolas

públicas, para a organização de programas que visem a promoção, interação e

estímulo dos alunos, modificando as suas perspectivas, fazendo com que estes

familiarizem-se com o ambiente acadêmico.

Meta 13: Articular, com a União, a elevação da qualidade da educação superior e ampliar a proporção de mestres e doutores do corpo docente em efetivo exercício no conjunto do sistema de educação superior para 80% (oitenta por cento), sendo, do total, no mínimo, 40% (quarenta por cento) doutores, até ao final da vigência do Plano.

Estratégias da Meta 13:

13.1 Acompanhar a implementação das respectivas Diretrizes Curriculares dos cursos

de licenciatura e bacharelado, nas instituições de ensino superior, em consonância

com o resultado do processo avaliativo;

13.2 Apoiar a oferta de programas de pós-graduação lato e stricto sensu;

13.3 Apoiar a União na elevação do padrão de qualidade das universidades

colaborando com a realização de pesquisas institucionalizadas, articuladas aos

cursos de graduação e a programas de pós-graduação lato e stricto sensu;

13.4 Apoiar a União, na formação de consórcios entre instituições de educação

superior, com vistas a potencializar a atuação regional, inclusive por meio de plano

de desenvolvimento institucional integrado, assegurando maior visibilidade nacional

e internacional às atividades de ensino, pesquisa e extensão;

13.5 Criar mecanismos de apoio aos estudantes visando elevar a taxa de conclusão

média dos cursos de graduação presenciais nas universidades públicas, de modo a

atingir 90% (noventa por cento) e, nas instituições privadas, 75% (setenta e cinco

por cento), em 2020, e fomentar a melhoria dos resultados de aprendizagem, de

modo que, em 5 (cinco) anos, pelo menos 60% (sessenta por cento) dos estudantes

67

apresentem desempenho positivo igual ou superior a 60% (sessenta por cento) no

Exame Nacional de Desempenho de Estudantes – ENADE e, no último ano de

vigência, pelo menos 75% (setenta e cinco por cento) dos estudantes obtenham

desempenho positivo igual ou superior a 75% (setenta e cinco por cento) nesse

exame, em cada área de formação profissional.

Meta 14: Fomentar, em articulação com a União, a elevação gradual do número de matrículas na pós-graduação stricto sensu, de modo a atingir a titulação anual de 2.400 (dois mil e quatrocentos) mestres e 900 (novecentos) doutores, até ao final da vigência do Plano.

Estratégias da Meta 14:

14.1 Ampliar o número de profissionais lotados na Secretaria Municipal de Educação

com formação em pós-graduação stricto sensu;

14.2 Apoiar a ampliação da oferta de programas de pós-graduação stricto sensu nos

campi novos abertos em decorrência dos programas de expansão e interiorização

das instituições superiores públicas;

14.3 Apoiar a consolidação de programas, projetos e ações que objetivem a

internacionalização da pesquisa e da pós-graduação brasileiras, incentivando a

atuação em rede e o fortalecimento de grupos de pesquisa;

14.4 Apoiar a institucionalização de programa nacional de composição de acervo digital

de referências bibliográficas e audiovisuais para os cursos de pós-graduação,

assegurada a acessibilidade às pessoas com deficiência;

14.5 Apoiar a realização da pesquisa aplicada, no âmbito das IES e das Instituições

Científicas e Tecnológicas, de modo a incrementar a inovação e a produção e

registro de patentes;

14.6 Apoiar, em articulação com a União e o Estado de SC, a realização de pesquisas

voltadas para o desenvolvimento de metodologias, materiais didáticos,

paradidáticos, equipamentos e recursos de tecnologia assistiva, com vistas à

promoção do ensino e da aprendizagem, bem como das condições de

acessibilidade dos estudantes com deficiência, transtorno do espectro autista,

transtorno de déficit de atenção e hiperatividade/impulsividade e altas

habilidades ou superdotação, e criar programas que promovam a socialização dos

resultados das pesquisas;

14.7 Colaborar, em articulação com a União e o Estado de Santa Catarina, na

implementação de políticas de inclusão e de ação afirmativa na forma da lei, para o

acesso e permanência nos cursos de pós-graduação, lato e stricto sensu, para

estudantes em vulnerabilidade socioeconômica, egressos da escola pública,

68

afrodescendentes, comunidades tradicionais, povos do campo, indígenas,

quilombolas e para pessoas, público da educação especial, e outros extratos sociais

historicamente excluídos;

14.8 Criar incentivos financeiros e ampliar as licenças melhorando o mecanismo de

concessão de licenças para a pós-graduação stricto sensu, aos profissionais lotados

na Secretaria de Educação.

14.9 Estimular a expansão de cursos de pós-graduação stricto sensu

preferencialmente presenciais;

14.10 Estimular estudos e pesquisas em direitos humanos e inclusão, sobre prevenção,

discriminação, diversidade, relações étnico-raciais, educação ambiental, tecnologia

assistiva, pedagogia da alternância, quilombola, indígena, povos do campo,

comunidades tradicionais, para pessoas, público da educação especial, e em

situação de privação de liberdade;

14.11 Garantir anualmente um mínimo de 10% (dez por cento) de matrículas novas em

cursos de pós-graduação, lato e stricto sensu, a no mínimo de 10% (dez por cento)

do quadro de professores efetivos das unidades escolares, para o acesso e

permanência, com licença remunerada na carga horária total, previsto no Plano de

Carreira, assegurando as vagas na Universidade Pública e/ou privada;

14.12 Ofertar bolsas de estudos de pós-graduação aos professores e demais

profissionais da educação básica das redes públicas de ensino;

14.13 Priorizar a articulação entre a graduação, a pós-graduação, núcleos e grupos de

pesquisa e cursos de formação para profissionais da educação básica, de modo a

contribuir com a elaboração de currículos e propostas pedagógicas que incorporem

os avanços de pesquisas ligadas ao processo de ensino-aprendizagem e às teorias

educacionais;

14.14 Priorizar a articulação entre graduação, pós-graduação e núcleos e grupos de

pesquisas, para estudos e elaboração de currículos/propostas pedagógicas que

incorporem ao processo de ensino-aprendizagem, questões sobre educação

especial, relações étnico-raciais, o enfrentamento à todas as formas de

discriminação, a educação ambiental, quilombola, indígena, dos povos do campo e

comunidades tradicionais..

Meta 15: Garantir, em regime de colaboração entre a União, o Estado, a adesão e incentivo à política nacional de formação inicial e continuada e implantar uma política municipal de formação continuada, com vistas à valorização dos profissionais da educação básica, assegurando que todos os professores e suas modalidades

69

possuam formação específica de nível superior, obtida em curso de licenciatura na área de conhecimento em que atuam, bem como a oportunização, pelo poder público, de periódica participação em cursos de formação continuada.

Estratégias da Meta 15:

15.1 Adquirir acervo de obras didáticas, paradidáticas, literárias, dicionários, obras e

materiais produzidos em Libras e em Braille, e ainda, e desenvolver ou aderir a

programas específicos de acesso a bens culturais, favorecendo a construção do

conhecimento e a valorização da cultura da investigação para os profissionais da

educação básica;

15.2 Ampliar o uso das tecnologias e conteúdo multimidiáticos para todos os atores

envolvidos no processo educativo, garantindo formação específica para esse fim;

15.3 Apoiar a implantação e implementação de políticas e programas de formação inicial

e continuada dos profissionais da educação, sobre diversidade, discriminação e

preconceito para a promoção dos direitos sociais;

15.4 Apoiar a implementação de programas específicos de formação, a nível de

licenciatura, para profissionais que atuam nas escolas do campo, educação especial

e, extratos historicamente excluídos;

15.5 Apoiar as práticas de ensino e os estágios nos cursos de formação de nível médio

e superior dos profissionais da educação, visando ao trabalho sistemático de

articulação entre a formação acadêmica e as demandas da educação básica, em

sintonia com as recomendações legais e as diretrizes curriculares nacionais;

15.6 Apoiar o acesso ao financiamento estudantil a estudantes matriculados em cursos

de licenciatura com avaliação positiva pelo Sistema Nacional de Avaliação da

Educação Superior (SINAES), na forma da Lei nº 10.861/2004, inclusive a

amortização do saldo devedor pela docência efetiva na rede pública de educação

básica;

15.7 Assegurar que cada profissional atue na sua função de acordo com sua habilitação;

15.8 Colaborar com a ampliação a oferta de programas de iniciação à docência a

estudantes matriculados em cursos de graduação, a fim de aprimorar a formação dos

profissionais para atuarem no magistério da Educação Básica de acordo com a

necessidade por área de conhecimento;

15.9 Colaborar com a consolidação de uma plataforma eletrônica em âmbito estadual,

com dados de formação de todos os professores da rede pública, para organizar a

demanda/oferta de matrículas em cursos de formação inicial e continuada dos

profissionais da educação em Santa Catarina;

15.10 Colaborar com o debate acerca da reforma curricular dos cursos de licenciatura e

70

estimular a renovação pedagógica, de forma a assegurar o foco no aprendizado do

estudante, dividindo a carga horária em formação geral, formação na área do saber e

didática específica e incorporando as modernas tecnologias de informação e

comunicação, em articulação com a base nacional comum dos currículos da

educação básica, de que tratam as estratégias 2.1, 2.2, 3.2 e 3.3 do PNE;

15.11 Construir e consolidar uma política de formação continuada para os profissionais da

educação municipal, até dois anos a partir da consolidação deste plano;

15.12 Contribuir de forma continuada e em regime de colaboração entre o Estado e o

Município, com a instituição de formas de registro e divulgação de projetos

desenvolvidos nas escolas com o objetivo de validar e valorizar as produções do

profissional na ascensão funcional;

15.13 Criar e consolidar portal eletrônico para subsidiar a atuação dos profissionais da

educação básica, disponibilizando gratuitamente materiais didáticos e pedagógicos

suplementares, inclusive aqueles com formato acessível;

15.14 Diversificar os cursos de formação continuada, incluindo sobre primeiros socorros,

crianças deficientes, culturas diversas;

15.15 Efetivar a implementação de programas de formação superior para docentes não

habilitados na área de atuação em efetivo exercício nas redes públicas;

15.16 Fomentar a oferta de cursos técnicos de nível médio e tecnológicos de nível

superior destinados à formação, nas respectivas áreas de atuação, dos profissionais

da educação de outros segmentos que não os do Magistério;

15.17 Fomentar a produção de material didático, a criação de metodologias específicas e

a elaboração de instrumentos de avaliação, garantindo o acesso a equipamentos e

laboratórios e a formação inicial e continuada de docentes da rede pública;

15.18 Garantir a todos os profissionais da educação básica formação continuada em

serviços, em sua área de atuação, considerando as necessidades, demandas e

contextualizações dos respectivos sistemas de ensino;

15.19 Oferecer formação continuada a todos os profissionais da educação básica,

fundamentada numa concepção político-pedagógico que assegure a articulação

teórica e prática, a pesquisa e a extensão;

15.20 Possibilitar a participação em programa federal de concessão de bolsas de estudos

para que os professores das escolas públicas de educação básica realizem estudos

de imersão e aperfeiçoamento no exterior;

15.21 Promover, em regime de cooperação entre União, o Estado e o Município, ações

conjuntas a fim de organizar a oferta de cursos de formação inicial diante do

71

diagnóstico das necessidades de formação dos profissionais da educação,

envolvendo as instituições públicas de nível superior, sincronizando a oferta e a

demanda de formação de profissionais da Educação.

Meta 16: Criar uma política de incentivo para a formação para formar 100% em nível de pós-graduação, dos professores da educação básica, até o último ano de vigência do Plano Nacional de Educação, e garantir a todos (as) os (as) profissionais da educação básica formação continuada em sua área de atuação, considerando as necessidades, demandas e contextualizações dos sistemas de ensino.

Estratégias da Meta 16:

16.1 Aderir aos programas estabelecidos pela União que visem fortalecer a formação dos professores das escolas públicas de educação básica, por meio da implementação das ações do Plano Nacional do Livro e Leitura e da instituição de programa nacional de disponibilização de recursos para acesso a bens culturais pelo magistério público;

16.2 Consolidar política municipal de formação, em nível de pós-graduação, e formação continuada no mínimo de 40 horas anual de acordo com a realidade de cada instituição, garantido o benefício de 2% à respectiva formação;

16.3 Contribuir na realização do diagnóstico e consolidação de políticas públicas que atendam efetivamente as demandas específicas de pós-graduação, em nível de especialização, mestrado e doutorado aos professores que lecionam nas escolas do campo;

16.4 Criar, consolidar e garantir um permanente programa, definido em legislação, que contemple com 50 % (cinquenta por cento) em regime de bolsa, atendendo toda a demanda de professores e profissionais da educação básica, para cursar pós-graduação;

16.5 Estimular a articulação entre a pós-graduação, núcleos de pesquisa e cursos de formação para profissionais da educação, de modo a garantir a elaboração de propostas pedagógicas capazes de incorporar os avanços de pesquisas ligadas ao processo de alfabetização no atendimento da população de até oito anos;

16.6 Garantir cursos de duração inferior à especialização para aprimoramento profissional, nas disciplinas e temas transversais;

16.7 Garantir e consolidar a formulação e efetividade de políticas públicas que ampliem a mobilidade docente em cursos de graduação e pós-graduação strictu sensu, em âmbito nacional e internacional, com licença remunerada durante o período em que estiver cursando, tendo em vista a qualificação da formação de nível superior, mais bolsa de estudo 50% (cinquenta por cento);

16.8 Realizar em regime de colaboração com instituições estaduais e federais para dar continuidade à formação em cursos de pós-graduação, nas modalidades específicas de especialização, mestrado e doutorado;

72

16.9 Realizar formação continuada na sua área de atuação no mínimo de 80 horas anualmente;

16.10 Realizar, em regime de colaboração com os entes federados, o planejamento estratégico para o dimensionamento da demanda por formação em cursos de pós-graduação, para fomentar a respectiva oferta por parte das instituições públicas de educação superior, de forma orgânica e articulada às políticas de formação do Estado e Município.

Meta 17: Valorizar os (as) profissionais do magistério das redes públicas de educação básica de forma a equiparação de seu rendimento médio ao dos (as) demais profissionais com escolaridade equivalente, até o final do sexto ano de vigência do Plano Nacional de Educação, considerando os recursos federais e municipais previstos em lei.

Estratégias da Meta 17:

17.1 Adequar férias e recessos de educação infantil seguindo o calendário escolar do

ensino fundamental, bem como o fechamento para manutenção das unidades de

ensino;

17.2 Assegurar a proporcionalidade do número de educandos por professor conforme

faixa etária:

05 educandos – 0 a 1 ano 06 educandos – 1 a 2 anos 07 educandos – 2 a 3 anos

08 educandos – 3 a 4 anos 15 educandos – 4 a 5 anos

15 educandos – 5 a 6 anos 17.3 Assegurar a realização de concurso público no máximo de 4 (quatro) em 4

(quatro) anos; 17.4 Atualizar o plano de carreira de acordo com as diretrizes definidas na base

nacional comum de valorização dos profissionais da educação; 17.5 Conceder benefício de vale alimentação no valor aproximado de 30% do salário

mínimo vigente para todos os profissionais; 17.6 Conceder o direito à alimentação aos professores do município; 17.7 Constituir um Fórum permanente do segmento do magistério com transparência

dos recursos financeiros a ser implementado após 60 (sessenta) dias da implementação da lei do Plano Municipal de Educação;

17.8 Constituir, até o final do primeiro ano de vigência deste PNE, fórum permanente, com representação do Estado e Município, de Instituições particulares e dos profissionais da educação, para acompanhamento da evolução e atualização do piso nacional, objetivando a conquista dessa equiparação com o rendimento médio dos demais profissionais com escolaridade equivalente;

17.9 Construir por iniciativa da Secretaria da Educação até o final do primeiro ano de vigência desse PME, através de eleição, uma comissão de gestão e valorização

73

dos trabalhadores em educação para acompanhamento da atualização progressiva da vida funcional de todos os profissionais da educação pública municipal, sendo essa comissão de professores com função consultiva e deliberativa;

17.10 Criar uma comissão de fiscalização compostas por profissionais da educação efetivos na rede, que não possuem cargos comissionados, para acompanhar o plano de gastos do município;

17.11 Disponibilizar material básico, pedagógico e de apoio para a realização das atividades, bem como materiais de higiene (luvas, álcool gel, papel toalha);

17.12 Dispor da implementação e apoio financeiro à graduação, especialização, mestrado, doutorado e capacitação dos professores da rede pública;

17.13 Dispor de vale transporte e vale alimentação para os profissionais que atuam na área educacional municipal;

17.14 Divulgar no portal da transparência os resultados do Fórum; 17.15 Elaborar, por iniciativa da Secretaria de Educação, até o final do segundo ano de

vigência deste PNE, fórum permanente, com representação do Município e dos profissionais da educação, para acompanhamento da atualização progressiva do valor do piso salarial nacional para os profissionais do magistério público da educação básica;

17.16 Estabelecer ações específicas voltadas à promoção, prevenção e manutenção da saúde física, emocional, mental e ambiental dos profissionais da educação como condição para a melhoria da qualidade educacional, garantindo atendimento médico imediato prioritário ao profissional;

17.17 Estruturar a secretaria municipal de Educação bem como a rede municipal de ensino para que pelo menos 80% dos funcionários sejam ocupantes do cargo efetivo e, para os cargos do grupo do magistério seja garantido que todos sejam permanentes;

17.18 Garantir e fornecer materiais pedagógicos e de higiene para rede municipal de ensino;

17.19 Garantir no mínimo 20% de diferença salarial entre os níveis de graduação; 17.20 Garantir no plano de carreira, que as escolas de educação básica ofereçam

serviços de orientação educacional, supervisão e administração escolar, realizado por profissionais habilitados na área de atuação assegurando a esses profissionais o direito à gratificação de função;

17.21 Garantir que no Plano de Carreira dos profissionais do magistério da rede pública de Camboriú, a carga horaria de 20 horas de aula semanal seja atribuída da seguinte forma: 2/3 sendo desenvolvida pedagogicamente com os alunos 1/3 da jornada especifica com hora atividade sendo cinco horas-aula em local de livre escolha e 4 horas-aula no local de trabalho;

17.22 Implantar, nas redes públicas de educação básica, acompanhamento dos profissionais iniciantes, supervisionados por equipe de profissionais experientes, a fim de fundamentar, com base nos programas de acompanhamento, por meio de avaliação documentada, a decisão pela efetivação após o estágio probatório e oferecer, durante este período, curso de aperfeiçoamento de estudos na área de atuação do professor, com destaque para os conteúdos a serem ensinados e as metodologias de ensino de cada disciplina;

17.23 Implementar no município um plano de saúde com foco na garantia da prevenção e do bem-estar físico e emocional dos profissionais da educação;

17.24 Implementar programas de atendimento e apoio aos profissionais de educação

74

nas áreas de saúde e assistência social; 17.25 Incentivar a qualificação e capacitação profissional através de auxílio financeiro; 17.26 Inserir o direito de remuneração salarial por insalubridade dos profissionais de

educação, bem como fornecer vacinas de campanhas realizadas para prevenção e imunização de doenças infecto contagiosas;

17.27 Oferecer atendimento especificamente voltadas para promoção, prevenção, atenção à saúde e a integridade física, mental e emocional dos profissionais de educação, como condição para melhoria da qualidade educacional;

17.28 Oferecer cursos de qualificação promovidos pela SEDUC regularmente; 17.29 Organizar quadro de profissionais garantindo a atuação de professores regentes

nos dois períodos que os Centros de Educação infantil atendem; 17.30 Requerer a ampliação da assistência financeira específica da União aos entes

federados para implementação de políticas de valorização dos profissionais do magistério, em particular o piso salarial nacional profissional;

17.31 Revisar e atualizar o plano de carreira a cada dois anos, em conformidade com as diretrizes definidas na base nacional comum de valorização dos profissionais da educação;

17.32 Valorizar os profissionais do magistério da rede pública e da Educação básica, assegurando no estatuto do magistério municipal a remuneração dos professores com base no piso nacional do magistério.

Meta 18: Revisar os planos de Carreira dos (as) profissionais do magistério da educação básica pública, tomando como referência o piso salarial nacional profissional, definido em lei federal, nos termos do inciso VIII do art. 206 da Constituição Federal.

Estratégias Plano Municipal

18.1 Abranger os profissionais da educação nas campanhas de prevenção e combate às doenças infectocontagiosas, incluindo-os nas campanhas nacionais de vacinação;

18.2 Assegurar a realização, no mínimo, a cada quatro anos de concurso público para provimento de vagas, comprovadamente, excedentes e permanentes;

18.3 Assegurar, na forma da lei, recursos financeiros para valorização dos profissionais do magistério da rede pública;

18.4 Atualizar o plano de carreira, em acordo com as diretrizes definidas na base nacional comum de valorização dos profissionais do magistério;

18.5 Concretizar a organização das comissões permanentes de profissionais do magistério de todo sistema de ensino, em todas as instâncias do Município, para subsidiar os órgãos competentes na elaboração, reestruturação e implementação dos planos de Carreira;

18.6 Considerar as especificidades socioculturais das escolas do campo no provimento de cargos efetivos para essas escolas;

18.7 Criar uma comissão permanente de profissionais de educação para reestruturação e implementação do plano de carreira, assegurando que o mínimo de 80% (oitenta por cento) dos profissionais do magistério participe efetivamente, não podendo ter vínculo comissionado;

18.8 Cumprir a Lei 11.738/2008 conforme parecer homologado em 01/08/2013 CNE/CEB n.18/2012, que regulamenta a composição da jornada de trabalho dos professores;

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18.9 Estabelecer ações especificamente voltadas para a promoção, prevenção, atenção e atendimento a saúde e integridade física, mental e emocional dos profissionais da educação, garantindo-lhe plano de saúde, adicional de insalubridade, e vale alimentação como condição para a melhoria da qualidade educacional;

18.10 Garantir a aplicação do repasse de transferências federais voluntárias, na área de educação, para o Estado, e o Município que têm lei específica estabelecida para os (as) profissionais do magistério;

18.11 Garantir a atualização e o cumprimento de todas as propostas educacionais para os profissionais do magistério da rede pública de ensino;

18.12 Garantir aposentadoria aos profissionais do magistério com salário integral e acompanhar os valores dos mesmos na ativa, cumprindo o princípio da isonomia salarial entre ativos e inativos;

18.13 Garantir condições de trabalho, espaço físico adequado, materiais didáticos pedagógicos, formação continuada (Graduação, Especialização, Mestrado, Doutorado, PHD), dentro da área de atuação com direito a bolsa de 50%, afastamento do cargo com a manutenção de remuneração salarial integral como forma de garantia da qualidade na educação;

18.14 Garantir no âmbito Municipal através da Lei complementar 19/2008, plano de carreira para os profissionais do magistério da rede pública de educação básica, a implantação gradual do cumprimento da jornada de trabalho em um único estabelecimento escolar, levando em consideração o quadro de vagas;

18.15 Garantir o cumprimento do reajuste previsto em relação ao piso salarial nacional, definido em lei federal, nos termos do inciso VIII, do art. 206, da Constituição Federal, cumprindo ainda os percentuais definidos no plano de carreira do magistério público municipal;

18.16 Garantir que a efetivação e lotação dos profissionais do magistério seja feita nas Unidades de Ensino, conforme a Lei 19/2008 Capítulo 4, Seção 2, parágrafos 4 e 5;

18.17 Garantir que os direitos adquiridos anteriores a essa revisão sejam assegurados ou até ampliados;

18.18 Garantir que pelo menos 80% (oitenta por cento) dos profissionais do magistério e 80% (oitenta por cento) dos profissionais da educação não docentes sejam ocupantes de cargos de provimento efetivo e estejam em exercício nas redes escolares a que se encontram vinculados;

18.19 Garantir, nos planos de carreira, que as escolas de educação básica ofereçam serviços de suporte pedagógico e administração escolar, realizado por profissionais habilitados na área de atuação;

18.20 Implantar plano de assistência médica, odontológica, auxílio transporte e vale alimentação para todos os profissionais da educação municipal, no prazo máximo de 2 (dois) anos, a partir da implantação do PME;

18.21 Implantar, nas redes públicas de Educação Básica, acompanhamento dos profissionais iniciantes, supervisionados por equipe de profissionais experientes, a fim de fundamentar, com base em avaliação documentada, a decisão pela efetivação após o estágio probatório e oferecer, durante este período, curso de aprofundamento de estudos na área de atuação do professor, com destaque para os conteúdos a serem ensinados e as metodologias de ensino de cada disciplina;

18.22 Oferecer anualmente, no mínimo, 30 h (trinta horas) de cursos de formação

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continuada na área de atuação dos profissionais da educação; 18.23 Prever, nos planos de Carreira dos profissionais do magistério, licenças

remuneradas e incentivos para qualificação profissional, inclusive em nível de pós-graduação, stricto sensu - Mestrado;

18.24 Realizar anualmente, a partir do primeiro ano de vigência deste PME, por iniciativa do Ministério da Educação, em regime de colaboração, o censo dos (as) profissionais da educação básica de outros segmentos que não os do magistério;

18.25 Realizar, no prazo de dois anos, a partir da aprovação do PNE, a implantação ou a atualização dos planos de carreira para o magistério público em todos os sistemas de ensino, tendo como referência o Piso Salarial Nacional Profissional, definido em lei federal, nos termos do Inciso VIII, do Art. 206, da Constituição Federal;

18.26 Valorizar os profissionais do magistério e suporte pedagógico da rede pública da educação básica, a fim de equiparar a 80%(oitenta por cento) ao final do 2º (segundo) ano, e a igualar, no último ano de vigência do plano, garantindo permanência dos direitos adquiridos na ascensão profissional ao rendimento médio dos demais profissionais com escolaridade equivalente.

Meta 19: Assegurar condições até 2016, para a efetivação da gestão democrática da educação, associada a critérios técnicos de mérito e desempenho e à consulta pública à comunidade escolar, no âmbito das escolas públicas, prevendo recursos e apoio técnico da União para tanto.

Estratégias da Meta 19:

19.1 Ampliar o número de vagas dos profissionais da educação dentro do Fórum Permanente de Educação, sendo um representante e um suplente de cada Unidade de Ensino;

19.2 Assegurar o repasse imediato de transferências voluntárias da União na área da educação para os entes federados que tenham aprovado legislação específica que regulamente a matéria na área de sua abrangência, respeitando-se a legislação nacional;

19.3 Assegurar os requisitos estabelecidos no Artigo 55 da Lei Complementar Municipal 019/2008, para eleição do candidato (a) garantindo a implementação e atuação da Comissão Permanente, para revisão destes requisitos do parágrafo único do referido Artigo;

19.4 Consolidar e fortalecer os conselhos municipais de educação como órgãos autônomos (com dotação orçamentária e autonomia financeira e de gestão), plurais (constituído de forma paritária, com ampla representação social) e com funções deliberativas, normativas e fiscalizadoras;

19.5 Consolidar o Fórum Permanente de Educação envolvendo gestores públicos, profissionais da educação e organizações da sociedade civil, com o intuito de: a) coordenar a conferência municipal, bem como acompanhar e avaliar o processo de implementação de suas deliberações; b) efetuar o acompanhamento da execução do Plano Municipal de Educação; c) debater o financiamento da educação e as diretrizes curriculares do sistema municipal; d) promover as articulações necessárias

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entre os correspondentes do Fórum Nacional de Educação, do Fórum Estadual de Educação e dos Fóruns de Educação dos Municípios; e) acompanhar, junto à Câmara de Vereadores, a tramitação de projetos legislativos relativos à Política Municipal de Educação;

19.6 Criar comissões de acompanhamento do Plano de Ações Articuladas (PAR), para monitorar e dar visibilidade às ações planejadas em suas respectivas esferas;

19.7 Criar e/ou consolidar fóruns decisórios de políticas públicas educacionais, conselho municipal de educação, conselhos escolares ou equivalentes, conselho de acompanhamento e controle social do FUNDEB e da alimentação escolar (CAE), conselho de controle social envolvendo gestores públicos, trabalhadores da educação e organizações da sociedade civil, com representação paritária dos setores envolvidos com a educação e com as instituições educativas;

19.8 Criar portais eletrônicos de transparência, no prazo de seis meses a partir da aprovação do PME, para fortalecer os mecanismos e os instrumentos que assegurem a transparência e o controle social na utilização dos recursos públicos aplicados em educação, especialmente a realização de audiências públicas;

19.9 Criar uma comissão permanente, formada por um representante e um suplente eleito em cada unidade escolar, sem vínculo comissionado, para assegurar e revisar a Lei Complementar Municipal 019/2008;

19.10 Estabelecer a eleição do gestor escolar através de voto secreto, podendo votar funcionários efetivos, membros do conselho escolar, grêmio estudantil e APP da unidade escolar considerando os seguintes critérios: a) o gestor eleito permanecerá por um período de 02 anos, podendo ser reeleito por mais dois anos; b) o candidato deverá ser um professor (a) ou coordenador pedagógico, estável e lotado em uma unidade escolar, com habilitação em gestão escolar;

19.11 Estimular a gestão democrática da educação, por meio da participação da comunidade escolar e local, no âmbito das escolas de educação básica, prevendo recursos e apoio técnico da União;

19.12 Estimular, em todas as redes de educação básica, a constituição e o fortalecimento de grêmios estudantis e associações de pais, assegurando-lhes, inclusive, espaços adequados e condições de funcionamento nas escolas e fomentando a sua articulação orgânica com os conselhos escolares, por meio das respectivas representações;

19.13 Garantir a participação efetiva da comunidade escolar e local na formulação e acompanhamento dos projetos políticos-pedagógicos, currículos escolares, planos de gestão escolar e regimentos escolares, possibilitando as condições objetivas necessárias à operacionalização desta participação;

19.14 Implantar avaliação institucional com a participação efetiva da comunidade escolar incorporando os resultados no Plano de Desenvolvimento da Escola, no Projeto Político Pedagógico e no Plano de Gestão;

19.15 Implementar a formação dos conselheiros dos conselhos escolares inerentes aos assuntos colegiados, recursos financeiros, espaço físico adequado, equipamentos e meios de transporte para visitas à rede escolar, com vistas ao bom desempenho de suas funções;

19.16 Realizar a eleição de gestores das Unidades de Ensino no prazo de um ano, contado da aprovação deste Plano e assegurar condições para sua implementação.

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Meta 20: Ampliar o investimento público em educação pública de forma a atingir, no mínimo, o patamar de 7% (sete por cento) do Produto Interno Bruto – PIB do Município no 5º (quinto) ano de vigência do Plano Nacional e, no mínimo, o equivalente a 10% (dez por cento) do PIB ao final de 2024.

Estratégias da Meta 20:

20.1 Acompanhar a regulamentação, do parágrafo único do art. 23 e o art. 211 da Constituição Federal, no prazo de 2 (dois) anos, por lei complementar, de forma a estabelecer as normas de cooperação entre a União, o Estado e o Município, em matéria educacional, e a articulação do sistema nacional de educação em regime de colaboração, com equilíbrio na repartição das responsabilidades e dos recursos e efetivo cumprimento das funções redistributiva e supletiva da União no combate às desigualdades educacionais regionais;

20.2 Acompanhar e colaborar com a definição de critérios para distribuição dos recursos adicionais dirigidos à educação ao longo do decênio, que considerem a equalização das oportunidades educacionais, a vulnerabilidade socioeconômica e o compromisso técnico e de gestão do sistema de ensino, a serem pactuados na instância prevista no § 5º do art. 7º do PNE;

20.3 Aperfeiçoar e ampliar os mecanismos de acompanhamento e distribuição da arrecadação da contribuição social do salário-educação, com prestações de contas em conselhos específicos;

20.4 Aprovar, no prazo de 1 (um) ano, da aprovação do PME, Lei de Responsabilidade Educacional, assegurando padrão de qualidade na educação básica, em cada sistema e rede de ensino, aferida pelo processo de metas de qualidade por institutos oficiais de avaliação educacionais, sendo amplamente discutida com os diversos setores da sociedade, com a participação do grupo da educação e comunidade educacional, sendo agente de implementação;

20.5 Definir o CAQ no prazo de 3 (três) anos da aprovação do PNE, reajustando-o continuamente, com base em metodologia formulada pelo Ministério da Educação - MEC, devendo ser acompanhado pelo Fórum Municipal de Educação, Conselho Municipal de Educação –CME e pelas Comissões de Educação da Câmara dos Vereadores;

20.6 Desenvolver, com apoio da contabilidade geral da Secretaria Municipal da Fazenda, estudos e acompanhamento regular dos investimentos e custos por estudante da educação, em todos os níveis, etapas e modalidades;

20.7 Destinar à manutenção e desenvolvimento do ensino, em acréscimo aos recursos vinculados nos termos do art. 212 da Constituição Federal, na forma da lei específica, a parcela da participação no resultado ou da compensação financeira pela exploração de petróleo e gás natural e outros recursos, com a finalidade de cumprimento da meta prevista no inciso VI do caput do art. 214 da Constituição Federal;

20.8 Fiscalizar e garantir a implantação do Custo Aluno-Qualidade inicial – CAQi, no prazo de 2 (dois) anos da vigência do PNE, referenciado no conjunto de padrões mínimos estabelecidos na legislação educacional com financiamento calculado com base nos respectivos insumos indispensáveis ao processo de ensino-aprendizagem, sendo progressivamente reajustado até a implementação plena do Custo Aluno Qualidade – CAQ;

20.9 Fortalecer os mecanismos e os instrumentos que assegurem, nos termos do parágrafo único do art. 48 da Lei Complementar nº 101, de 4 de maio de 2000, a

79

transparência e o controle social na utilização dos recursos públicos aplicados em educação, especialmente a realização de audiências públicas anuais, preferencialmente no primeiro trimestre, a criação de portais eletrônicos de transparência, atualizados mensalmente e especificando as aplicações e seus destinos; e a capacitação semestral dos membros de conselhos de acompanhamento e controle social do Fundeb, ou substituto, com a colaboração entre o Ministério da Educação, a Secretaria de Educação do Estado e do Município e os Tribunais de Contas da União, do Estado e do Município;

20.10 Garantir a aplicação do recurso oriundo da contribuição social do salário educação;

20.11 Garantir fontes de financiamento permanentes e sustentáveis para todos os níveis, etapas e modalidades da educação básica, observando-se as políticas de colaboração entre os entes federados, de acordo com a legislação em vigor;

20.12 Implementar o Custo Aluno Qualidade – CAQ como parâmetro para o financiamento da educação de todas etapas e modalidades da educação básica, a partir do cálculo e do acompanhamento regular dos indicadores de gastos educacionais com investimentos em qualificação e remuneração do pessoal docente e dos demais profissionais da educação pública, em aquisição, manutenção, construção e conservação de instalações e equipamentos necessários ao ensino e em aquisição de material didático-escolar, alimentação e transporte escolar.

80

FONTES DE CONSULTA

BRASIL. Constituição da República do Brasil. São Paulo. Imprensa Oficial do Estado, 1988. Disponível em: < http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicaocompilado.htm > Acesso em 18.mar.2015. ______. Emenda Constitucional nº 59, de 11 de novembro de 2009. Dá nova redação aos incisos I e VII do art. 208, de forma a prever a obrigatoriedade do ensino de quatro a dezessete anos. 2009. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc59.htm> Acesso em: 18 mar.2015. ______. Lei nº 8.069, de 13 de julho de 1990. Dispõe sobre o Estatuto da Criança e Adolescente e dá outras providências. 1990. Disponível em: <http://www010.dataprev.gov.br/sislex/paginas/33/1990/8069.htm>. Acesso em: 18 mar. 2015. ______. Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996. Estabelece as diretrizes e bases da Educação Nacional. 1996. Disponível em: <http://portal.mec.gov.br/index.php?option=com_content&view=article&id=12907>. Acesso em: 18 mar. 2015. ______.Lei n.º12.796, de 04 de abril de 2013. Altera a Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996 que estabelece as diretrizes e bases da Educação Nacional.2013. Disponível em: < http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2013/Lei/L12796.htm > Acesso em: 01jul.2013. ______. Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva. Brasília: Secretaria de Educação Especial, 2008.Disponível em <http://peei.mec.gov.br/arquivos/politica_nacional_educacao_especial.pdf> Acesso em: 18 mar. 2015. ______. Resolução nº 4, de 13 de julho de 2010. Define Diretrizes Curriculares Nacionais Gerais para a Educação Básica. 2010. Disponível em: <http://www.ceepi.pro.br/Norma%20federal/2010%20Res%20CNE.CEB%2004-Diretrizes%20da%20EB.pdf>. Acesso em: 15 mar. 2015. ______. Resolução nº 5, de 17 de dezembro de 2009. Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Infantil. 2009. Disponível em: <http://www.nepiec.com.br/lesgislacao/rceb005_09.pdf>. Acesso em: 18 mar. 2015.

81

______. Resolução nº 6, de 20 de outubro de 2010. Diretrizes Operacionais para a matrícula no Ensino Fundamental e na Educação Infantil. 2010. Disponível em: <http://www.nepiec.com.br/lesgislacao/rceb006_10.pdf>. Acesso em: 18 mar. 2015. ______. Lei nº 11.494, de 20 de junho de 2007. Regulamenta o Fundo de

Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos

Profissionais da Educação - FUNDEB, de que trata o art. 60 do Ato das Disposições

Constitucionais Transitórias; altera a Lei no 10.195, de 14 de fevereiro de 2001;

revoga dispositivos das Leis nos 9.424, de 24 de dezembro de 1996, 10.880, de 9 de

junho de 2004, e 10.845, de 5 de março de 2004; e dá outras providências.

Disponível em <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2007-

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______. Lei nº 13.005, de 25 de junho de 2014. Aprova o Plano Nacional de

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INSTITUTO NACIONAL DE ESTUDOS E PESQUISAS ANÍSIO TEIXEIRA – INEP.

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82

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83

ANEXOS

84

ANEXO 1

CARACTERIZAÇÃO DO MUNICÍPIO DE CAMBORIÚ

85

ANEXO 2

DIAGNÓSTICO DA EDUCAÇÃO

86

ANEXO 3

DOCUMENTO DE ACOMPANHAMENTO DA ASSESSORIA DO MEC

87

ANEXO 4

PORTARIA QUE INSTITUI OS REPRESENTANTES DA COMISSÃO

INTERNA

88

ANEXO 5

LEI QUE INSTITUI OS REPRESENTANTES DO FÓRUM MUNICIPAL

89

ANEXO 6

MATERIAL COLETADO NAS CONSULTAS PÚBLICAS E NOMEAÇÃO DOS

DELEGADOS PARA PARTICIPAÇÃO NA CONFERÊNCIA MUNICIPAL.

90

ANEXO 7

METAS E ESTRATÉGIAS APROVADAS NA CONFERÊNCIA

MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO

91

ANEXO 8

REGIMENTO INTERNO PARA ELABORAÇÃO DO PLANO

MUNICIPAL