camboriú 128 anos

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Camboriú Camboriú 128anos

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Caderno de aniversário de Camboriú

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Page 1: Camboriú 128 anos

CamboriúCamboriú128anos

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março . 20122 Camboriú128anos

No auge de seus 128 anos, Camboriú pára de olhar para o passado e de apenas sonhar com um futuro longínquo para enfim, dar início às ações que poderão mudar a sua história. Agora a cidade caminha com os olhos focados, e isso acontece quando Camboriú reconhece que tem como seus principais potenciais para o desenvolvimento econô-mico o ramo industrial e o turismo rural.Não é só isso. O município está se consolidando como um dos mais cobiçados da construção civil, já é expoente no ramo de entretenimento noturno e tem ainda uma vasta oferta de empresas, fábricas, servi-ços e um comércio forte, como fica claro em algumas maté-rias reunidas neste caderno.Isso tudo só evidencia a quem é de fora o que quem é mora-dor já sabe muito bem. Cam-boriú, a cidade mãe de Balne-ário, encontrou em si, a força que precisava para ser livre e independente.

Camboriú independenteDivulgação

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março . 2012 3Camboriú128anos

Em um dos atribulados inícios de manhã na prefeitura de Camboriú, a prefeita Luzia Coppi Mathias conseguiu um tempo antes dos despachos com os secretá-rios (já a postos) e a assinatura de documentos, para fazer um breve balanço dos

avanços que a cidade vem colecionando nos últimos anos e para adiantar os projetos e necessidades que, por enquanto, ainda não saíram do papel. Con� ra.

As conquistas e os projetos futurosDivulgação

3365-2323 / 8808-1673

Rod. Antônio Heil km 20 - Brilhante ItajaíAv. Santa Catarina, n.º 1020 - Camboriú

www.areiaana.com.br

Extração e Comércio de Areia, Terraplenagem, Demolições

Camboriú, cidade rica em belezas naturais, onde o desenvolvimento

econÔmico se faz presente a cada ano.

“Não importa o tamanho de sua obra estamos sempre prontos para atendê-los!”

Economia“Hoje o distrito industrial já é outra realidade. Trouxemos indústrias que contabilizam mais de 500 empregos. Fizemos com que o turismo rural tivesse outra cara com a reurbanização do inte-rior e com o alargamento de estradas dos Maca-cos e Caetés”.

“Temos que conscientizar o pessoal local. Dar condições de trânsito e continuar a reurbaniza-ção do interior. Nos projetos estão os incentivos futuros na indústria, já que a revisão do Plano Diretor revelou locais propícios como a Várzea do Ranchinho, Rio Pequeno e o Distrito”.

Planejamento“A revisão do Plano Diretor é essencial para o desenvolvimento. Um grande avanço foi a aber-tura da via de Integração, do Conde Vila Verde ao centro. Desafogamos um pouco a Santa Catarina pois ligamos o centro com a SC-102. Também estamos abrindo a conexão da Santa Catarina com o Monte Alegre, pelo bairro Bela Vista”.

“O maior problema é a questão da infraestru-tura. Ainda não possuímos rede de esgoto, mas já � zemos o projeto executivo. Nosso nó maior é a Santa Catarina. Produzimos um projeto da duplicação e pra isso vamos em busca de recursos porque é urgente. Outra obra que deverá ajudar muito é a ligação com Brusque”.

Saúde“Somos referência no tratamento de tuberculose e em cirurgias eletivas no hospital. Um hospital que estava praticamente fechado. Já entregamos três unidades de Saúde da Família, reformamos um e temos mais quatro em construção”.

“Entre nossas necessidades, temos que buscar o atendimento pleno no hospital aqui ou no hospi-tal de Balneário. Nossa referência hoje é o Ruth Cardoso, ninguém faz obrigação prá ninguém, é uma situação de referência”.

Educação“Foram nove unidades escolares entregues em todos os cantos da cidade, totalizando 70 novas salas de aula em três anos. Isso é referência para o Estado. Temos escolas no interior, levamos inter-net e biblioteca para os alunos da área rural. No transporte escolar foram quatro ônibus compra-dos, fora a aplicação do Piso como determinado pelo Governo”.

“Ainda encontramos alguns problemas com rela-ção às vagas nas creches, apesar de termos abertas mais de 1,5 mil vagas. Devido às melhorias que temos feito e com qualidade no ensino municipal, o aluno de Camboriú não quer mais estudar na escola do Estado, ele quer estudar conosco, então acaba acontecendo o problema da falta de salas de aula”.

Esporte“Criamos a Fundação de Esportes. Temos hoje mais de 2 mil crianças em diversas modalidades, como futsal, futebol e artes marciais. A cidade hoje se destaca na região com títulos. Fora a conquista do Camboriú FC na elite do futebol catarinense”.

“Mesmo com cinco áreas de lazer que foram construídas, precisamos investir ainda em algu-mas áreas como no Areias e Tabuleiro. Mas nes-ses locais ainda não � zemos por falta de terreno. O interior também precisa”.

h o j e f u t u r o

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março . 20124 Camboriú128anos

Da colonização ao fenômeno do turismoPor Isaque Borba Corrêa, historiador camboriuense

A colonização da cidade de Camboriú começou depois de 1812 com Balthazar Pinto Corrêa. Em 26 de setembro de 1826, Balthazar Pinto Corrêa, natural da Paróquia de San-tiago de Pianni, Freguesia de Lamego, no norte de Portugal, casou e veio morar aqui. Era comum limpar o ter-reno, morar, para depois de pelo menos três anos de lavor, requerer o terreno através de um instrumento à época chamado de sesmaria. Nada mais, nada menos que o atual processo denominado de usucapião.Inicialmente veio morar no Canto da Praia, muito oportu-namente chamado de Vila dos Pioneiros. Era um lugar estra-tégico entre Itajaí e Porto Belo.

Balthazar requereu sesmaria ao Governo Provisório da Pro-víncia. A página 29 v do Livro das Sesmarias de 1815 a 1823, traz uma notícia interessante, histórica e curiosa para nós camboriuenses.Considerando que o provi-mento da sesmaria anterior ao Balthazar na página 29 foi assi-nada por D. João VI podemos concluir que a carta de sesma-ria, deferida por Dom Pedro I, foi o primeiro despacho de ses-maria que o novo Imperador Brasileiro assinou.Pelo texto, temos certeza de que Balthazar Pinto Corrêa veio mesmo para Camboriú com objetivo de fundar uma colônia. Sua Majestade Impe-rial o Senhor Dom Pedro Primeiro, autoriza Balthazar Pinto Corrêa, a “fundar no districto algua vila”.

Mais tarde Balthazar mudou--se para a Barra e iniciou ali um povoamento, que segundo o historiador José Boiteux, deu o nome de Bom Sucesso, devido ao êxito que logrou na sua expedição.

Por volta de 1856, o local cres-ceu bastante para os padrões da época. O então governador João José Coutinho determinou ao seu “Capitão de Engenheiros” – espécie de secretário de plane-jamento do Estado, que percor-resse as cidades catarinenses, que naqueles tempos não eram mais que cinco ou seis, para que as planejasse.

O engenheiro chegou à cidade provavelmente no � nal de março de 1851, pois dia 1º de abril desse ano, ele escreveu o seu relatório. Veja o texto:

“O �l��m� � n� ��rda��, � ��� �� ��it� l�ng�, � m�i� �i�í��� a�e�s�, e��e�i� ���n�� no� ���po� ���voso�. C�n�ud�, � �us��p���� � �� ���h�r���nto�, ��nd� ���h� �r�nc� ����iã� ��� ���� ��� �b�nd�nad� � es�rad� a�u� �, �es�� � p�nt� �� ���id� � �udad� p�r� � b�nd� d� m�� (����it�) p�� �n�� � �����e� �ist�, �� �ec�-��e�� ���h�� loc� �ida��.N� b��xad� d� m��r�, ��nt� � P�nt� da� L�r�����ra�, c���� � Ri� C��b����, c�� l�r��r� �� 35 �raça� � ��nd� �� 7 p� �mo�, ���m� �é�i�. O ��� ��rs� n��eg��� � ���it�-�� � �m� �é�u�.A B��r� nã� � bo� � s� � �r�nc� na� �lta� m��é�. A ��b�rcaçã� ��� nã� ��m�nd�� m�i� �� 4 �é� �’ á�u�. O A�r�i� � d� F�e��e�i� �� B�� Su�e�s�, h� ��rt � ���p� ��iad�, ��� p�uca� casa�, nã� �x�e�� � 8, � fi c� ��nt� � es�rad� � � b��r� d� Ri�. A c���l� ��� � �� est� e��fi cad� est� �es��m���n�� c�locad�. P�r��� � � x�r�� s���� �� b��r�nc� � �r�n����-s� ���n�� a� �i�, � � es�rad� fi c�nd� tã� �r���m� da��� ��, ��� nã� h� e�paç� p�r� �� f���� �m� bo� �raç�, h���nd� n� �nt�nt� �u�ra� p�nta� m�i� a�e�uada� ��� f�r�� �e����zada�, t�nt� ��� �ica� �u�nt� p�� i��-l��e�, ��� o� � ��e�i�� �ra��it���n�� p�r� � � � � ��� nã� f�r�� �es��na�, �n��� o� �u�i� �p�nt���� c�m� � m�i� ��r���iad� a��� �� �p�ntad� ��l� T���n�� Cost�.

Daniele Sisnandes

45PSDB de Camboriú saúda

todos os munícipes pela passagem dos 128 anos

Page 5: Camboriú 128 anos

março . 2012 5Camboriú128anos

O incentivo para o interiorPode-se notar no texto que o engenheiro sugere que o lugar é pequeno para se manter ali uma cidade e ele sugere com fran-queza, que a sede da cidade se mude para outro lugar melhor. Um conselho de um homem desse nível, para uma locali-dade de gente simples, num tempo de total obscuridade, jamais passaria em branco.Com o passar do tempo a idéia começou a recrudescer no povo. Os “latifúndios” eram muito valorizados no país e área de terra com dimensões adequa-das só no interior. Com a expul-são dos índios da região, o povo foi adentrando aos poucos para o interior do município. Assim que os nativos aban-donaram o interior, os princi-pais agricultores de Camboriú foram adentrando cada vez mais. O bairro Macacos foi nesse tempo o maior e mais importante bairro do municí-pio. Caetés, Braço, Limeira e até mesmo o Rio Pequeno e João da Costa, dispararam em termos habitacionais, populacionais, deixando a Barra muito atrás na importância. Lugares próximos à praia nessa época não tinha valor nenhum. Numa época onde o turismo não tinha a menor importân-cia e ninguém tomava banho de mar, o morador da beira da praia era hostilizado. Era vergo-nhoso morar à beira-mar. Eram lugares extremamente pobres, onde habitavam somente os pescadores, a classe mais baixa na pirâmide social.

Influência da repúblicaJá na última década do século XIX a pressão para a mudança da cidade foi insuportável. Enquanto vigesse o regime monárquico, o Padre João Rodrigues de Almeida, segura-ria literalmente “A BARRA” no osso do peito. Com o advento da república, ele perdeu força polí-tica. O padre João era a maior autoridade religiosa e, portanto, política, de toda a região, tanto, que mais tarde tornou-se presi-dente da Câmara de Itajaí. Talvez por essa resistência à mudança da sede por parte dos partidários da monarquia, o Município de Camboriú foi destaque em favor da campa-nha republicana. No dia 1º de maio de 1887, Camboriú foi o primeiro município do Estado a proclamar a república no estado e foi um dos primeiros do Brasil.A revolução republicana era a pedra angular da campanha da mudança da sede.Todos os principais empresá-rios do ramo agrícola e outros comerciantes tomaram parte na mudança da sede. Eles pro-videnciaram a mudança de sua residência para o interior. Era chique ter uma residência – a sede da fazenda. Camboriú sempre foi um dos municípios de ponta no Estado. No século XIX foi pujante na agricultura. No século XX, a cidade de Camboriú sofreu alguns tropeços em seu desen-volvimento haja vista a falta de visão global da situação econô-mica do país. Os governantes de Camboriú, no seu conheci-mento tacanho acerca dessa tal

visão econômica, não percebe-ram a “chegada” da indústria do turismo. Apesar de que a Praia de Camboriú, já vinha sendo um grande pólo de desenvolvi-mento do turismo de “banho de mar” a sede do município não percebeu isso. Mesmo tendo sido criada uma taxa de turismo em 1963, e que repre-sentou 43% do orçamento, eles não perceberam a importância da indústria do turismo.Até então o turista era visto como uma pessoa “non grata” pela administração. Era uma pessoa geralmente rica, exi-gente em acomodações, estrada, infraestrutura de hospedagem, abastecimento de água e em contrapartida “não deixava nada de lucro”. Chegavam a dizer que a praia era um câncer para administração.

Ruptura definitivaO Distrito de Praia iniciou uma campanha para a emancipação. Havia uma fronteira natural espetacular que era o Rio Cam-boriú, o que deixaria Cambo-riú servida das praias agrestes. Mas como Praia não valia nada e o Rio Camboriú como divisa deixaria de fora o Colégio Agrí-cola, isso não interessava aos camboriuenses.Fizeram com que apenas uma estreita faixa de areia de praia servisse de berço para o novo município. Os praianos já acostumados com a Praia, não reclamaram muito.Para azar do município sede, o turismo de praia explode em todo mundo. A faixa litorânea passa a se supervalorizar. Em contrapartida as regiões agríco-las sofrem o maior êxodo rural

da história. A mecanização do agronegócio deixa muita gente sem o que fazer nas zonas agrí-colas, e eles migram para as cidades industriais. Com Cam-boriú não foi diferente e o inte-rior foi esvaziado numa veloci-dade tão incrível que quando Camboriú percebeu, já não era mais um município agrícola. Derivou então para a explora-ção das pedras: calcário, már-more e granito. Enquanto isso, a faixa lito-rânea cresce absurdamente e absorve tudo pela frente em termos de desenvolvimento. Se a praia crescia e o interior dimi-nuía, não fazia sentido deixar lá algumas instituições. Até o sisudo fórum da cidade sai de lá para praia. O golpe de misericórdia veio com a abertura do novo traçado da BR, tirando o tráfego de den-tro do centro de Camboriú. De um dia para o outro a cidade amanheceu morta. Imagine tirar a rodovia Jorge Lacerda de dentro da cidade de Ilhota. É triste de se ver que até o orça-mento da cidade deixou de ser um calhamaço de papel, para ser um paupérrimo papel pardo de embrulho, escrito manualmente com meia dúzia de papeis escritos dentro. Tão magrinho que dá dó.

A volta por cimaCamboriú ressurge como uma tremenda força no turismo rural, o que pode realavancar a economia da cidade, porém a cultura de que o urbanismo é bom permanece, e com isso, querem a todo custo levar o urbanismo para lá. Asfalto, calçamentos tremili-quentos, loteamentos gigantes-

cos, estão aos poucos minando a zona rural de Camboriú. Ora, turismo rural é rural, tem que permanecer rural, sob pena de deixar de ser rural pra ser urbano. Eu nasci no Canto da Praia ao lado do Marambaia. A escri-tura da casa do meu pai, diz que é zona rural de Camboriú. Em menos de 40 anos deixou de ser rural para ser hiperurbano. Você não acha que isso pode acontecer em Camboriú nos próximos 40 anos, se não hou-ver uma política de restrição ao concreto?Mais uma vez, a nossa geração por falta de visão futura pode botar a perder a última jóia do cofre, que é o turismo rural. Se Camboriú perder essa relíquia pode iniciar um favelamento na sua zona rural. O interior é uma relíquia rural e deve ser preservada, sob a pena de matar a galinha dos ovos de ouro. Prédios têm em qualquer lugar e qualquer imbecil sabe fazer; porém paisagens, cacho-eiras, árvores, ninguém sabe. Com um simples deslocamento da sede da Vila para mais perto da Praia, para o bairro Tabuleiro, por exemplo, teria evitado a cisão. A cisão promoveu um espí-rito bairrístico e de animosi-dade entre pessoas de ambas comunidades. Hoje, passados quase 50 anos, muitas dessas mágoas amenizaram. E uma geração inteira que não parti-cipou desse episódio, está livre dessa cicatriz e pode inclusive voltar a pensar na reunificação das cidades. O turismo de praia com o rural tornaria ambas ainda mais fortes.

Daniele Sisnandes

Page 6: Camboriú 128 anos

março . 20126 Camboriú128anos

O impulso inegável do desenvolvimento

Neste momento pujante do desenvolvimento imobiliário em Cam-

boriú, a prefeitura busca cami-nhos para fomentar também a economia local. A criação da Secretaria de Desenvolvimento Econômico e Turismo teve papel determinante e as ações da pasta só revelam a importân-cia do planejamento.O secretário do Desenvolvi-mento, Matias Fidelis conta que entre as prioridades está um mapeamento do potencial eco-nômico de Camboriú. “Fizemos um levantamento de todas as empresas que estão registradas na cidade e descobrimos que são mais de três mil”, revelou.Depois de pronto, o relatório servirá de base para orientação de futuros investidores, como

uma forma de consultoria, indicando os locais mais propí-cios para determinado tipo de empresa, onde há necessidade e falta de concorrência.O ponto forte, de acordo com os dados, é o comércio, seguido por serviços e indústrias. IndústriasEle destaca que desde o iní-cio, o trabalho com as fábricas

tem sido intenso pelo potencial nesse setor, haja vista os 211km2 de área do município, a maioria disponível, já que são ocupados apenas 35km2.“Temos um distrito industrial que estava funcionando pre-cariamente. Não tinha calça-das, pavimento, urbanização era de� ciente. Trabalhamos

nisso, levamos os empresários para visitar parques industriais e aconselhamos a construção daqueles que tinha terreno lá”, contou. Os incentivos � scais também existem na ordem de dez anos sem impostos para aquelas indústrias que mostrarem que gerarão renda e emprego.

TurismoOutro foco tem sido o turismo rural. Além da uni� cação dos 14 equipamentos turísticos de Camboriú em prol da consoli-dação do roteiro em comum, a Secretaria aposta em divulga-ção. Para isso, foram confeccio-nados 15 mil guias com todos os equipamentos, endereços, fotos e mapas.Entre os planos está a consoli-dação de Camboriú no Cami-nho de Santa Paulina com a abertura da via asfaltada de 25km até Brusque. Um city tour também está sendo pensado com bondindinhos (está aguar-dando liberação do DETER) que trarão turistas de Balneá-rio para conhecer o interior de Camboriú.“Sabemos que esse é o momento, mas ao mesmo tempo em que queremos tudo isso, temos de pensar em mais estrutura para os turistas. Em estrutura no Pico da Pedra, na construção de uma rampa para salto de asa delta, por exemplo”, disse Matias.

Parabéns Camboriúpelos 128 anos

de emancipação política.Conte sempre comigo.

Dado Cheremdeputado estadual

FelizAniversário

Foco no turismo rural e no incentivo às indústrias é prioridade

Fazenda Top da Mata, um dos 14 equipamentos turísticos que compõem o roteiro rural da cidade.

Divulgação Camboriú

Page 7: Camboriú 128 anos

março . 2012 7Camboriú128anos

IFC: referência na educação técnica e superior

O Instituto Federal Catarinense- Cam-pus Camboriú, antigo

Colégio Agrícola, é um dos expoentes da região na educa-ção técnica e agora se conso-lida também na oferta de cur-sos superiores.O campus, revitalizado desde o começo do processo de des-vinculação da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), iniciado em 2008, não para de crescer. De 600 alu-nos quando ainda era Colégio Agrícola, o Instituto conta hoje com aproximadamente 1,5 mil estudantes. E de um quadro com 37 docentes, o número saltou para 77.

Segundo a administração, a medida foi necessária para atender os novos cursos. Desde 2011, pelo menos quatro cursos técnicos foram lançados: Hos-pedagem (integrado ao Ensino Médio), Controle Ambiental (também integrado), Redes de Computadores e Segurança no Trabalho. Entre os superiores, licencia-tura em psicologia e bachare-lado em Sistemas para Internet completam as novidades.E não é só na oferta de cursos

que o IFC de Camboriú tem crescido. Para quem já teve a oportunidade de conhecer a unidade antes das mudanças, as reformas e novas obras sal-tam aos olhos.As melhorias vão desde inves-timentos no novo auditório para 400 pessoas, novos blo-cos de salas de aula, ampliação e reforma do prédio central, construção de laboratórios, amplo estacionamento, tra-tamento de dejetos da suino-cultura e resíduos do abate-douro e ampliação do acesso

para o Centro de Treinamento Cães-Guia.

Entre os projetos futuros está a construção do Restaurante Universitário (pois hoje já são

servidas 400 refeições por dia), construção de uma nova gua-rita e a inauguração do centro de treinamento de cães-guia ainda este ano.

Investimentos e novos cursos transformaram a rotina do campus

Daniele Sisnandes

Page 8: Camboriú 128 anos

março . 20128 Camboriú128anos

Tricolor conquista corações e parceiros

Desde o último o ano, o Camboriú Futebol Clube vem driblando

as di� culdades dentro e fora de campo. Após conseguir o tão disputado lugar na elite do futebol catarinense, o Tricolor comemora as conquistas que vem colecionando e o sucesso perante às adversidades.Mas as vitórias não se resumem ao resultado das partidas. Para o presidente do clube, Henrique Coppi no último ano foi tudo “dentro do esperado” e o pro-jeto é permanecer assim. “Acredito que vamos conseguir. A cidade está empolgada, os munícipes estão indo ao campo e as empresas � nalmente estão percebendo como o futebol é importante pra nossa região”, comentou.

Ele destaca a boa participa-ção da comunidade nas arqui-bancadas e comemora até as cobranças feitas além dos está-dios, “uma coisa que antes não existia”.O técnico Suca lembra que ao chegar ao time, no meio do Campeonato Catarinense, sabia que a tarefa de coman-dar o time não seria fácil e teria

muitos desa� os.“Então mudamos algumas coi-sas que acredito serem essen-ciais como o ritmo do trabalho, o que nos trouxe um resultado, mas só vou estar sossegado quando estiver totalmente livre do rebaixamento, disse na terça-feira (27).Para ele, o apoio da comuni-dade camboriuense tem sido

um grande incentivador. “Além disso, temos a prefeita que se mostrou uma pessoa muito participativa e isso é extrema-mente importante para todos”, ressaltou.Mesmo com o Catarinense em andamento, a diretoria do Camboriú FC já pensa nas próximas pedreiras que vai enfrentar.

“Temos a partir de maio a obri-gação do juvenil e juniores e em outubro a Copa Santa Catarina, que acredito que vamos estar nela também. Mas aí teremos sete meses para trabalhar bem essa base e continuar buscando o apoio das empresas locais para fomentar cada vez mais o futebol que representa nossa região nos gramados”, concluiu o presidente do clube.

EndereçoCamboriúRua Francisco Barreto, 66Centro - Camboriú - SC

Telefone(47)9101-4632

Entre as maiores vitórias está a cobrança do torcedor

Divulgação

Page 9: Camboriú 128 anos

março . 2012 9Camboriú128anos

De Camboriú para a América Latina

Quem já teve um peixe de aquário ou uma tar-taruga, por exemplo,

com certeza já ouviu falar da Alcon Pet, uma das líderes na fabricação de ração na América Latina e que completa 30 anos. O que muita gente não sabe, é que a fábrica fica em Camboriú. “Começamos com uma linha de ração para peixes ornamen-tais, de aquário, que ampliou bastante para outros produtos como controle de cuidados com a água de aquário, medicamen-tos, condicionadores de água, entre outros”, listou Rodrigo Barreto, do departamento técnico.Atualmente a Alcon continua na frente no setor de ração para animais domésticos que não sejam cães e gatos e conta com uma linha com mais de 200 itens.A indústria, que fica no bairro São Francisco de Assis, só não

distribui ração para todo o país, como está focada tam-bém no mercado estrangeiro, com várias linhas especiais para exportação para países como Argentina, Colômbia e Paraguai. Além disso, a Alcon está inves-tindo constantemente em pes-quisas para antever as deman-das do mercado. “Temos a Alcon Eco Club, por exemplo, uma linha sem corantes arti-ficiais. Tendemos a busca de alimentos mais naturais, pois é uma forma de agradar o ani-mal, pois eles vêm em forma de biscoito e ao mesmo tempo é um alimento completo”, comentou.Com o mercado em expansão, a empresa só comemora os frutos do trabalho. “Temos concor-rência tanto entre os produtos nacionais com entre os impor-tados, mas nessas linhas em que a gente atua, conseguimos estar na frente, mas não é por isso

que vamos nos acomodar, por isso a importância do trabalho da pesquisa”, reforçou.

Para dar conta dos negócios, a

Alcon possui hoje uma equipe de 80 funcionários, 20 na parte administrativa e o restante na área de produção. Nesta parte, a maioria do time é composta

por mulheres, pois segundo Rodrigo como o trabalho exige muita manipulação, “precisa ser feito com jeito, o que se adé-qua bem ao trabalho feminino”.

Multinacional do ramo de ração completa 30 anos na cidade

Divulgação

Page 10: Camboriú 128 anos

março . 201210 Camboriú128anos

ESPECIALIZADA EM ESTRUTURA PRÉ-MOLDADA

Avenida das Indústrias, 273 - Cedro - Camboriú - SCTel: 47 3365.3155 /47 9983.0539 [email protected]

Camboriú Cidade privilegiada pela natureza e por gente hospitaleira, agraciada pela fé.Há 8 anos fazemos parte de sua história e acreditamos em um futuro promissor.

Parabéns 128 anos

A M F R IAssociação dos Municípios da

Região da Foz do Rio Itajaí

A cada aniversário Camboriú ganha um novo ritmo e a comunidade reinventa diariamente o ciclo da vida... Cuidando melhor de sua rua, de seu bairro, preservando a natureza que rodeia a cidade, colaborando de modo intenso com o progresso da região. A M F R I

Associação dos Municípios da Região da Foz do Rio Itajaí

Familiar que se tornou referência

Entre os diversos setores na economia de Cam-boriú, a parte industrial

vem se destacando com empre-sas que já se consolidaram no mercado. A Velas Camboriú, fundada há 25 anos, se mantém na distribuição de produtos para o todo o mercado local e da região, como também por diversas outras partes de Santa Catarina.A proprietária, Carin Elisabeth

da Silva Bezerra, conta que a fábrica foi criada pelos pais, Luciano e Elisabeth, que há um ano tocam um desmembra-mento da empresa, este, focado no mercado de velas artesanais. “Com o crescimento e agora nossa ampliação do mercado para o Paraná, tivemos que dividir a empresa e agora meu marido e eu administramos a linha de velas comuns e os

meus pais a de velas artesanais”, explicou Carin.Das cores às luminárias com foto ou das velas de cera de abe-lha às perfumadas de acordo com o gosto do cliente, a linha vem se destacando e ganhando o mercado.“Trabalhamos com casas notur-nas e restaurantes como Green Valley e Taj. Usamos produtos especiais, que não dão cheiro

ou fumaça. Ainda por cima, as velas artesanais são totalmente personalizadas. Criamos o pro-duto como o cliente quiser”, a� rmou.Na parte das velas comuns, a empresa distribui uma média de 500 caixas de produtos pelo Estado ao mês. Mas as vendas disparam em três épocas do ano com o dia das mães, pais e � na-dos, o auge da comercialização.

Ao todo, são mil itens diferentes na produção, que � ca às mar-gens da movimentada Avenida Santa Catarina e a tendência é continuar crescendo.“Por ser um mercado concor-rido, investimos em reformula-ções, em marketing, que antes não existia e vamos lançar um site para divulgar melhor nossos produtos”, revelou a proprietária.

A fábrica de velas apostou no mercado de SC e nos artesanais

Daniele Sisnandes

Page 11: Camboriú 128 anos

março . 2012 11Camboriú128anos

O sucesso veiode onde ninguém imaginava

Há 32 anos, quando ninguém mais dava atenção ao que ia para

o lixo, o empresário Orlando Dalmolin decidiu ousar. Tro-cou o emprego de motorista de caminhão do lixo de Bal-neário Camboriú para fundar uma pequena empresa com a esposa. Hoje, a empresa é referência no país na venda de material reciclável e abastece multinacionais como Gerdau e Votorantin.“Veranistas nos questiona-vam sobre o destino do lixo e diziam que não devíamos jogar tudo fora, porque aquilo valia dinheiro. Quando come-

çamos, era só eu e minha esposa. Tínhamos apenas uma prensa manual, era tudo no braço. Aí com o tempo vimos que dava lucro, e sem con-corrência, fomos investindo e ampliando o negócio”, revelou o empresário.Três décadas depois, o Comér-cio de Sucatas Dalmolin possui 50 funcionários diretos, fora os 200 catadores que revendem os materiais descartáveis e movi-mentam constantemente o parque industrial de cerca de

10 mil metros quadrados loca-lizado no bairro Tabuleiro. É na sede que todo o material é selecionado, pesado e pren-sado. Apesar da grande oferta, as variações do mercado aca-bam interferindo no que � ca e no que é cobiçado do parque industrial.“Dependendo da época, alguns produtos nem param no pátio. Agora, o PET está assim. As indústrias não conseguem dar conta, de tantas formas

de reaproveitamento que exis-tem desse material”, revelou Orlando.Por outro lado, o papel pra-ticamente não tem procura e permanece por mais tempo à espera de compradores. “Alguns caminhões que estão passando pela BR-101 chegam a deixar o papel aqui de graça, porque não compensa transportá-lo por aí. O plástico mais � rme, aquele de baldes, também está com pouca procura, mas tudo isso varia muito”, completa.

Em todo o caso, o setor só cresce. Orlando comenta que já pensou até em ampliar o par-que industrial, mas que não tem mais para onde aumentar.

“Tentamos com uma vizinha aqui atrás comprar o terreno para ampliar só um pouco, mas quando sabem que é para nós cobram muito. Cambo-riú é enorme, mas para nós é essencial que seja aqui perto da BR-101 pela facilidade de acesso”, � nalizou o empresário.

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Parabéns CamboriúSão 128 anosDe alegrias, conquistas eBelezas naturais

Parabéns CamboriúSão 128 anosDe alegrias, conquistas eBelezas naturais

05 de abrilAniversário de Camboriú

Diretório Municipal do PSDB de Camboriú

05 de abrilAniversário de Camboriú

Diretório Municipal do PSDB de Camboriú

Há mais de 30 anos vender lixo era loucura, hoje traz lucro e virou exemplo

Daniele Sisnandes

Page 12: Camboriú 128 anos

março . 201212 Camboriú128anos

AvAvA . das Indústrias, 170 - Distrito Industrial | CaCaC mboriú - SC

47 3365.2294

www.baumetal.com.br

O progresso de Camboriú é uma alegria para todos.A Baumetal sente orgulho em fazer parte há 18 anos

dessa história.

Na construção, potencial para os empreendimentos de alto padrão

É notório que Camboriú se tornou terreno fértil para as construções,

muito disso devido ao incen-tivo do programa Minha Casa Minha Vida, da Caixa. Mas não são só os apartamentos e princi-palmente casas geminadas que caracterizam as construções. Pela proximidade com Balneá-rio e Itajaí, muitos investidores estão apostando também nas construções de alto padrão.A Incorporadora � á é uma delas e está lançando o Residen-cial Reserva Camboriú Yacht & Golf. O empreendimento vai unir grandes lotes, serviços diários, SPA, campo de golfe e até um atracadouro exclusivo

para embarcações de pequeno e médio porte.O dono da � á, Alberto Veiga conta que o empreendimento surgiu para a incorporadora através do próprio proprietá-rio do terreno. “O comandante Gentil nos procurou em 2004 para saber do interesse em com-prar o terreno. Ele condicionou a negociação a um projeto dife-renciado, de qualidade e que estivesse em harmonia com aquela área única, daí nasceu

o conceito do Reserva Cambo-riú”, revelou AlbertoA � á resolveu então ir con-tra o padrão da construção que estava predominando na cidade. “Poderíamos ter seguido os parâmetros de ocu-pação da vizinhança e proje-tado para lá um loteamento com cerca de 1500 pequenos lotes ou mesmo cerca de 300 edifícios de 10 pavimentos, de acordo com o plano diretor vigente”, lembrou Alberto.

Em vez disso, foi criado um projeto com 171 lotes, em que cada um pode chegar a 2 mil metros quadrados. De um ter-reno de 551 metros quadrados, a área construída não vai passar de 10%.Na parte da infraestrutura, o condomínio terá ruas internas largas, uma Estação de Trata-mento de Esgoto (ETE) priva-tiva, uma rede de � bra óptica e cabeamento subterrâneo da rede elétrica.

Entre as facilidades de um con-domínio de luxo, o projeto do Reserva Camboriú prevê ainda uma série de serviços extras, que podem ser contratados de acordo com a necessidade dos moradores como arrumação, limpeza, arejamento da resi-dência, pequenos reparos e consertos, limpeza de piscinas e manutenção de jardim, asses-soria esportiva e de lazer e até serviços de Spa.

Potencial“A cidade de Camboriú está totalmente ligada a Balneário, assim como ocorre com Itajaí. As três cidades hoje e cada vez mais, funcionam como se fos-sem três regiões de uma única grande cidade perto de 500.000 habitantes. O crescimento imo-biliário, dentro da vocação regional, sem dúvida seguirá forte em Camboriú. Há muito mais espaço e facilidades para seu desenvolvimento”, concluiu Alberto.

O mercado de luxo também já começou a investir em Camboriú

Divulgação

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“Camboriú nos acolheu”Após acabar de receber a notícia que o Green Val-

ley havia sido considerado o 2º melhor clube do mundo, o empresário Eduardo Phillips, um dos

sócios do grupo Maria’s falou ao Página 3 sobre as casas e sobre o papel de Camboriú nessa história. Con� ra.JP3 - Como você avalia hoje a escolha que � zeram de construir o clube em Camboriú?EP - Nosso envolvimento com entretenimento, em Camboriú, é de longa data, tem 17 anos, através do festejado e renovado Rancho Maria’s. Após um longo estudo, que durou praticamente dois anos, concluímos que o lugar certo era, justamente, ao lado de onde nós já estávamos. Ali con-seguimos estar próximos às cida-des mais movimentadas e ainda desfrutar de belezas naturais, em meio à mata. Então nossa intui-ção, em conjunto com o estudo, estava certa. Camboriú tornou-se o lugar ideal.

JP3 - Você acredita que o GV ajudou a mostrar ao mundo a cidade que Camboriú é?EP - Camboriú sempre teve mui-tos potenciais, como o turismo rural, Gideões, entre outros. É claro que desde a inauguração do

Green Valley a cidade vem se evi-denciado cada vez mais, pois esta-mos conseguindo trazer várias pessoas do mundo todo. Fazemos questão de frisar que nosso clube � ca em Camboriú, porque é um município que nos acolheu, que faz parte da nossa história e que hoje é o berço do 2º Melhor Clube do Mundo.

JP3 - Hoje vocês têm mais do que um super clube, é uma marca. Fala um pouco do caminho que foi para conquistar isso.EP - O caminho foi percorrido com muito trabalho e dedica-ção. Desde a concepção do Green Valley nossa ideia era oferecer uma coisa que ainda não existia. Embora o ritmo eletrônico esti-vesse em ascensão, o público vinha se so� sticando e era também cres-cente a necessidade de novidades. Acho que o fato de o Green Valley ser ligado à natureza também deu uma cara particular ao clube.

JP3 - Como fazem para nortear o caminho que vão seguir, as refor-mas que vão fazer, as atrações que vão tocar?EP - Esse caminho quem nos dá é o publico. Toda adaptação da casa, toda atração contra-tada, tudo o que programamos e executamos é pra atender um público que espera cada vez mais do Green Valley e que em troca nos dá o posto de detentores da “melhor plateia do mundo” segundo alguns grandes DJs da cena. O jeito Green Valley de fazer a música eletrônica também tem muitas referências internacionais

que, aliadas ao jeito caloroso dos brasileiros, acabou gerando este estilo particular.

JP3 - O que Camboriú e o mundo podem esperar do Green Valley no futuro?EP - Um dos principais planos para a casa é sempre nos manter vivos e entre os melhores para o público. Nossa tour com decora-ção própria é uma das coisas que temos muita vontade de implan-tar pelo Brasil, mas no momento estamos com um projeto de um super festival eletrônico em nossa região no mês do aniversário do Green Valley, mais especi-

� camente nos dias 16 e 17 de novembro.

JP3 – Algo mais que gostaria de deixar registrado?EP - Gostaria de agradecer ao Página 3 pelo convite desta entre-vista e reconhecimento da impor-tância de um clube como o Green Valley para a cidade e região. Com relação aos negócios da noite e da cidade, o que � ca claro é que nossa região está se pro� ssiona-lizando cada vez mais e quem ganha com isso é o público que recebe em troca entretenimento com qualidade.

e n t r e v i s t a

Adriel Douglas

Que o progresso sempre se faça presente em sua história. Parabéns Camboriú pelos 128 anos.

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Esporte, solidariedade e respeito

O que muitos veriam ape-nas como um filão pro-missor para os lucros,

o proprietário da escolinha de futebol Kadiz, Altair Kadiz, encara como uma questão social. A escolinha situada no bairro Tabuleiro desde 2005 trabalha hoje com 300 garotos de cinco a 15 anos. Cem deles são alu-nos pagantes, 100 são carentes e recebem bolsa integral e outros 100, também bolsistas, che-gam ao futebol encaminhados pelo Conselho Tutelar, em caso de algum tipo de vulnerabili-dade social que possam estar submetidos.“Nosso objetivo é formar cida-dãos, o atleta é consequência”, declarou Altair.Ele revela que além dos alunos que podem pagar, conta com

parceiros e com a prefeitura de Camboriú. “Muitos pagantes acham a iniciativa excepcio-nal. Acaba sendo uma espécie de integração social, porque eles não sabem quem é ou não bolsista, são todos iguais e com as competições em outras cida-des, acabam precisando um dos outros, diferente de outros esportes como natação, por exemplo”, comentou.E realmente a igualdade predo-mina dentro e fora do campo. Nas dependências da Kadiz, os alunos, todos uniformiza-

dos, portanto sem diferencia-ção de classe social, encontram no esporte o respeito mútuo e acima de tudo disciplina. Altair destaca que essa é uma máxima na escola. E além das regras no futebol, muito disso se dá pelas normas e pela concentração do xadrez. Enquanto um grupo está em campo, outro está, sob moni-toria, focada nos tabuleiros. “É uma forma de melhorar o poder de concentração e ajuda até na escola, pois desenvolve o raciocínio”, disse.

Fora dali o trabalho continua como a parceria com empresas que oferece aos alunos carentes tratamento odontológico, no “Abrace um sorriso”.Nas competições, a escola tam-bém se destaca, colecionando títulos dentro e fora de Cam-boriú. “É interessante que os alunos bolsistas acabam se destacando muito no futebol e formam cerca de 80% das escalações para as competições. Acredito que isso acontece por-que muitos deles só têm o fute-bol como oportunidade e dão

tudo de si. Além dos títulos que a Kadiz conquista, isso tudo tem haver com inclusão social”, destacou.Altair lembra da importância de antever uma situação de conflito. “Hoje o que fazemos é uma prevenção. Para o Estado um preso custa R$ 3 mil, para nós, um aluno custa R$ 65. Quando os governos percebe-rem isso e se voltarem para a prevenção, oferecendo ativida-des e esporte para esses meni-nos, vamos prevenir o incerto”, finalizou

Na música eles encontram a esperança

Há seis anos, o Grupo Socioeducacional e Cultural LATARTE

realiza um trabalho que une preocupação social, educação e arte no bairro Monte Alegre, em Camboriú.São 150 alunos de baixa renda, entre seis e 17 anos, que rece-bem gratuitamente no contra-turno escolar hip hop, violão, expressão corporal e é claro, percussão. Um dos pontos altos são as aulas de apoio escolar, onde os jovens fazem as tarefas das escolas, super-visionados por monitores. “O aluno só pode tocar depois de ter passado pela hora de estudo”, lembrou uma das

coordenadoras e fundadoras, Rose Maria Figueiredo.Existem ainda 38 jovens na lista de espera, mas devido às restrições financeiras, ainda não há previsão de abertura de novas vagas.Pelo contrário, desde o ano passado, o orçamento do pro-jeto foi reduzido. Hoje com convênio do Conselho Muni-cipal da Criança e do Ado-lescente e porte de empresas parceiras, o LATARTE só consegue cobrir cerca de 80 crianças. Todo o restante (fora despesas como energia, telefone e mais três profissionais) está sendo

patrocinado pela empresa Hiddroart, uma grande apoia-dora do projeto desde o início. “É um projeto muito caro por-que não conseguimos volun-tários que fiquem por muito tempo além das cotas que pre-cisam cumprir para fins aca-dêmicos. Por isso, temos que trabalhar com equipe especia-lizada e isto custa caro”, escla-receu Rose.Ela explica que além dos pro-fissionais, precisa de mais recursos para bancar alimen-tação, material pedagógico e

os instrumentos alternativos. “Ganhamos muitas latas, mas como têm vida útil curta, aca-bamos tendo que comprar”, salientou.Rose explica que fez as con-tas e percebeu que cada aluno custa ao programa R$ 3,44 por dia, cerca de R$ 103,00 por mês. Assim, criou, com a outra coordenadora, Iara C. Garzon, a campanha “Adote essa Ideia”. A agência Inteligência Marke-ting já prepara gratuitamente todo o material de divulgação e Página 3 também adotou a

iniciativa e vai colaborar com a divulgação.“A intenção é tentarmos des-pertar nas empresas o enga-jamento através da responsa-bilidade social, para que elas adotem um aluno e permitam essa chance a esses meninos e meninas que muitas vezes não têm outra alternativa. Temos que encarar o projeto como uma forma de prevenir, porque depois que um des-ses jovens é levado pela vida do crime, recuperá-lo é caro demais ou quase impossível”, finalizou.

Latarte dá show nos palcos e como exemplo de prevenção contra evasão e a criminalidade

Kadiz aposta nas regras e no futebol para alimentar sonhos

Fotos Daniele Sisnandes

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Teve início na quinta--feira (29) a quarta edição da Festa Rural

de Camboriú. O evento, que segue até amanhã (1º) na arena montada em frente à Igreja Matriz, no centro da cidade, marca os 128 anos do município.Neste sábado (31), a festa começa já durante o dia, às 15h, com recreação para as crianças e com o rodeio mirim.A equipe de Cesar Paraná comanda o rodeio show a partir das 21h. Em seguida, haverá show nacional com Israel Lucero, dupla Fon-seca & Thiago e o cantor Felipe Ponte.A noite de domingo (1º) será de rodeio, seguido de grandes shows nacionais do estilo sertanejo com Edson & Hudson, Gian & Gio-

vani, além do grupo Tchê Garotos.As festividades continuam na quarta-feira (4), com Santa Missa, às 19h, na Praça das Figueiras. A Câmara de Vereadores promove sessão

solene, às 19h30, na Escola Anita Ganancini, Monte Alegre. Às 21h30, haverá corte do bolo na Praça das Figueiras e à meia noite haverá show pirotécnico.No dia 5, aniversário da

cidade, não há atividades previstas.Na sexta-feira (6) acontece o tradicional Teatro de Páscoa, no Ginásio Irineu Bornhau-sen, às 20h30. Sábado (7), será

realizado o Baile Municipal para convidados no Maria’s. Para fechar a programação no dia 8 acontece Casamento Coletivo às 16h no Ginásio e Encontro dos Violeiros, às 20h30, na Praça.

Extensa programação comemorativa nessa semana

Festa Rural movimenta a cidadeFotos Divulgação