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CÂMARA MUNICIPAL DE VILA REAL SANTO ANTÓNIO
MAPAS DE RUÍDO E PLANO MUNICIPAL DE REDUÇÃO DE RUÍDO PARA FREGUESIA MONTE GORDO
Relatório Técnico e Peças Desenhadas
MEDIÇÕES DE SOM, PROJECTOS ACÚSTICOS, CONSULTORIA, HIGIENE E SEGURANÇA, LDA URB. COLINAS DE BARCARENA RUA DAS AZENHAS, Nº22 B | 2730-270 BARCARENA NC 504 704 745 t 214 264 806 | f 214 264 808
[email protected] www.sonometria.pt GPS 38°44'19.83“N ; 9°17'18.47"O
Realizado Por: João Pedro Silva Eng. Mecânico José Silva – Eng. Químico Industrial Vasco Gama – Eng. Tec. Civil
Data do relatório: 19/02/2010
Referência do Relatório: 09.581.MAPA.Rlt1.Vrs1
Mapas de ruído e Plano Municipal de Redução de Ruído para a Freguesia de Monte Gordo 2
INDICE
1. ÂMBITO DO ESTUDO ............................................................................................................................. 3
2. INTRODUÇÃO.......................................................................................................................................... 3
3. ENQUADRAMENTO LEGAL ................................................................................................................... 4
3.1 DEFINIÇÕES ...................................................................................................................................................... 4 3.2 ENQUADRAMENTO LEGAL DOS PLANOS MUNICIPAIS DE REDUÇÃO DE RUÍDO .................................... 7 3.3 ASPECTOS PARTICULARES DO ACTUAL QUADRO LEGISLATIVO ............................................................. 9 3.4 RELAÇÃO ENTRE RUÍDO E SAÚDE .............................................................................................................. 11
4. PLANOS MUNICÍPAIS DE REDUÇÃO DE RUÍDO ............................................................................... 13
4.1 GENERALIDADES ........................................................................................................................................... 13 4.1.1 RESPONSABILIDADES DO MUNICÍPIO ................................................................................................ 13
5. APLICAÇÃO PRÁTICA DO PMRR ........................................................................................................ 15
5.1 DESCRIÇÃO DA ZONA DE ESTUDO .............................................................................................................. 15 5.2 ELEMENTOS DE APOIO AO PMRR ................................................................................................................ 16
5.2.1 MAPAS DE RUÍDO .................................................................................................................................. 16 5.2.2 MAPAS DE ZONAMENTO ....................................................................................................................... 16 5.2.3 MAPAS DE CONFLITO ............................................................................................................................ 17
5.3 ANÁLISE DE MEDIDAS DE REDUÇÃO DE RUÍDO ........................................................................................ 17 5.3.1 IDENTIFICAÇÃO DAS FONTES DE RUÍDO A CONSIDERAR NO PMRR ............................................. 17 5.3.2 MEDIDAS MINIMIZAÇÃO RUÍDO PROVENIENTES DE TRÁFEGO RODOVIÁRIO .............................. 18
5.4 MEDIDAS DE REDUÇÃO DE RUÍDO PROPOSTAS ....................................................................................... 22
6. ESTIMATIVAS DE CUSTOS .................................................................................................................. 23
6.1 VALORES UNITÁRIOS .................................................................................................................................... 23 6.2 CÁLCULO CUSTOS TOTAIS ........................................................................................................................... 24
7. PÓS AVALIAÇÃO .................................................................................................................................. 24
7.1 OBJECTIVO ...................................................................................................................................................... 24 7.2 MONITORIZAÇÃO ............................................................................................................................................ 25
ANEXOS
Mapas de ruído e Plano Municipal de Redução de Ruído para a Freguesia de Monte Gordo 3
1. ÂMBITO DO ESTUDO
O presente relatório tempo por objectivo dar cumprimento aos Artigos 6.º, 7.º, 8.º e 9.º do Regulamento
Geral do Ruído, aprovado pelo Decreto-Lei, de 17 de Janeiro, alterado pela Declaração de Rectificação
n.º 18/2007, de 16 de Março, e pelo Decreto-Lei n.º 278/2007, de 1 de Agosto, na sequência de
alterações do uso do solo no Plano Director Municipal de Vila Real de Santo António, na freguesia de
Monte Gordo. O objectivo do presente trabalho é o de apresentar mapas de ruído á escala adequada,
zonamento e de apresentar medidas e soluções de redução de ruído que deverão ser implementadas
para a zona de estudo, de forma a dar cumprimento ao disposto no artigo 11.º do Regulamento Geral do
Ruído, que determina que as zonas sensíveis ou mistas com ocupação expostas a ruído ambiente
exterior que exceda os valores limite fixados, devem ser objecto de planos municipais de redução de
ruído, cuja elaboração é da responsabilidade das câmaras municipais.
2. INTRODUÇÃO
A poluição sonora, ou ruído, é um factor que pode degradar de forma decisiva a qualidade de vida das
pessoas que estão sujeitas a este tipo de poluição. O ruído provoca uma série de efeitos nefastos no ser
humano tais como, perturbações do sono, alterações na pressão sanguínea e digestão. Mesmo que o
ruído ambiente raramente afecte irreversivelmente o sistema auditivo, o seu efeito mais imediato é o da
incomodidade provocada por um ruído quando este não é desejado, podendo gerar irritabilidade, perda
de capacidade de concentração e, no caso mais grave, dificuldades na audição, permanentes ou
temporárias.
As diversas características do ruído, também, influem diferentemente no ser humano. Os ruídos
intermitentes (passagem de comboios ou aviões) são mais incomodativos que o ruído contínuo (tráfego
rodoviário contínuo). Componentes marcadamente tonais ou impulsivas no ruído aumentam igualmente o
grau de incomodidade.
Dados da Organização Mundial da Saúde (OMS) referem que o limiar da incomodidade para ruído
contínuo situa-se em cerca de 50 dB(A), e poucas pessoas são realmente incomodadas para valores até
55 dB(A). Para o indicador nocturno a OMS refere que os níveis sonoros devem situar-se 5 a 10 dB(A)
abaixo dos valores diurnos para garantir um ambiente sonoro equilibrado. A actual Legislação Portuguesa
vai ao encontro destas indicações nos limites que estabelece no critério de exposição máximo (ver
capítulo de Enquadramento Legal).
Mapas de ruído e Plano Municipal de Redução de Ruído para a Freguesia de Monte Gordo 4
Sendo os meios de transporte e as fontes de ruído de origem industrial as principais fontes geradoras de
ruído ambiente, a minimização do impacte destes tipos de ruído tem portanto uma importância decisiva
para a qualidade de vida de pessoas que vivem na vizinhança destes equipamentos.
Todos estes aspectos deverão ser acautelados e prevenidos, até pelos decorrentes custos económicos
que a sua correcção pode implicar. A redução e o controlo do ruído ambiente tem como objectivos
primordiais proteger a população dos ruídos intrusos que causam perturbação nas suas actividades
diárias e prevenir o crescente aumento do ruído ambiente que se traduzirá mais tarde numa diminuição
da qualidade de vida.
Com a entrada em vigor do actual Regulamento Geral de Ruído (Dec.-Lei 9/2007) de 17 de Janeiro,
alterado pela Declaração de Rectificação n.º18/2007 de 16 de Março e pelo Decreto-Lei n.º 278/2007 de
1 de Agosto) ficou concluída a unificação dos indicadores de ruído ambiente a utilizar em toda a
legislação conexa. Com o actual enquadramento legislativo ficou reforçada a participação dos municípios
e outras entidades públicas. Das suas responsabilidades é de destacar:
i) Definir estratégia de redução de poluição sonora;
ii) Definir modelo de integração da política de controlo de ruído nas políticas de
desenvolvimento económico e social;
iii) Tomar todas as medidas adequadas para o controlo e minimização dos incómodos
causados pelo ruído.
3. ENQUADRAMENTO LEGAL
3.1 DEFINIÇÕES
Nos pontos seguintes apresentam-se algumas definições importantes relativas aos Planos Municipais de
Redução de ruído.
«Actividade ruidosa permanente» a actividade desenvolvida com carácter permanente, ainda que
sazonal, que produza ruído nocivo ou incomodativo para quem habite ou permaneça em locais onde se
fazem sentir os efeitos dessa fonte de ruído, designadamente laboração de estabelecimentos industriais,
comerciais e de serviços;
«Actividade ruidosa temporária» a actividade que, não constituindo um acto isolado, tenha carácter não
permanente e que produza ruído nocivo ou incomodativo para quem habite ou permaneça em locais onde
Mapas de ruído e Plano Municipal de Redução de Ruído para a Freguesia de Monte Gordo 5
se fazem sentir os efeitos dessa fonte de ruído tais como obras de construção civil, competições
desportivas, espectáculos, festas ou outros divertimentos, feiras e mercados;
«Avaliação acústica» a verificação da conformidade de situações específicas de ruído com os limites
fixados;
«Fonte de ruído» a acção, actividade permanente ou temporária, equipamento, estrutura ou infra-
estrutura que produza ruído nocivo ou incomodativo para quem habite ou permaneça em locais onde se
faça sentir o seu efeito;
«Grande infra-estrutura de transporte aéreo» o aeroporto civil identificado como tal pelo Instituto
Nacional de Aviação Civil cujo tráfego seja superior a 50 000 movimentos por ano de aviões civis
subsónicos de propulsão por reacção, tendo em conta a média dos três últimos anos que tenham
precedido a aplicação das disposições deste diploma ao aeroporto em questão, considerando-se um
movimento uma aterragem ou uma descolagem;
«Grande infra-estrutura de transporte ferroviário» o troço ou conjunto de troços de uma via férrea
regional, nacional ou internacional identificada como tal pelo Instituto Nacional do Transporte Ferroviário,
onde se verifique mais de 30 000 passagens de comboios por ano;
«Grande infra-estrutura de transporte rodoviário» o troço ou conjunto de troços de uma estrada
municipal, regional, nacional ou internacional identificada como tal pelas Estradas de Portugal, E. P. E.,
onde se verifique mais de três milhões de passagens de veículos por ano;
«Infra-estrutura de transporte» a instalação e meios destinados ao funcionamento de transporte aéreo,
ferroviário ou rodoviário;
«Indicador de ruído» o parâmetro físico-matemático para a descrição do ruído ambiente que tenha uma
relação com um efeito prejudicial na saúde ou no bem-estar humano;
«Mapa de Ruído» - o descritor do ruído ambiente exterior, expresso pelos indicadores Lden e Ln, traçado
em documento onde se representam as isófonas e as áreas por elas delimitadas às quais correspondem
uma determinada classe de valores expressos em dB(A);
«Indicador de ruído» o parâmetro físico-matemático para a descrição do ruído ambiente que tenha uma
relação com um efeito prejudicial na saúde ou no bem-estar humano;
«Indicador de ruído diurno-entardecer-anoitecer (Lden)» - o indicador de ruído, expresso em dB(A),
associado ao incómodo global, dado pela expressão:
10
10
10
5
10 108103101324
1log10
LnLeL
den xxxxLd
«Indicador de Ruído diurno (Ld) ou (Lday)» - o nível sonoro médio de longa duração, conforme definido
na Norma NP 1730-1:1996, ou na versão actualizada correspondente, determinado durante uma série de
períodos diurnos representativos de um ano;
Mapas de ruído e Plano Municipal de Redução de Ruído para a Freguesia de Monte Gordo 6
«Indicador de Ruído entardecer (Le) ou (Levening)» - o nível sonoro médio de longa duração, conforme
definido na Norma NP 1730-1:1996, ou na versão actualizada correspondente, determinado durante uma
série de períodos do entardecer representativos de um ano;
«Indicador de Ruído nocturno (Ln) ou (Lnight)» - o nível sonoro médio de longa duração, conforme
definido na Norma NP 1730-1:1996, ou na versão actualizada correspondente, determinado durante uma
série de períodos nocturnos representativos de um ano;
«Período de referência» - o intervalo de tempo a que se refere um indicador de ruído, de modo a
abranger as actividades humanas típicas, delimitadas nos seguintes termos:
Período diurno – das 7 às 20 horas;
Período de entardecer – das 20 às 23 horas;
Período nocturno – das 23 às 7 horas;
«Receptor sensível» - o edifício habitacional, escolar, hospitalar ou similar ou espaço de lazer, com
utilização humana;
«Ruído de vizinhança» - o ruído associado ao uso habitacional e às actividades que lhe são inerentes,
produzido directamente por alguém ou por intermédio de outrem, por coisa à sua guarda ou animal
colocado sob a sua responsabilidade, que, pela sua duração, repetição
ou intensidade, seja susceptível de afectar a saúde pública ou a tranquilidade da vizinhança;
«Ruído ambiente» - o ruído global observado numa dada circunstância num determinado instante,
devido ao conjunto das fontes sonoras que fazem parte da vizinhança próxima ou longínqua do local
considerado;
«Ruído particular» - o componente do ruído ambiente que pode ser especificamente identificada por
meios acústicos e atribuída a uma determinada fonte sonora;
«Ruído residual» - o ruído ambiente a que se suprimem um ou mais ruídos particulares, para uma
situação determinada;
«Zona mista» - a área definida em plano municipal de ordenamento do território, cuja ocupação seja
afecta a outros usos, existentes ou previstos, para além dos referidos na definição de zona sensível;
«Zona sensível» - a área definida em plano municipal de ordenamento do território como vocacionada
para uso habitacional, ou para escolas, hospitais ou similares, ou espaços de lazer, existentes ou
previstos, podendo conter pequenas unidades de comércio e de serviços destinadas a servir a população
local, tais como cafés e outros estabelecimentos de restauração, papelarias e outros estabelecimentos de
comércio tradicional, sem funcionamento no período nocturno;
«Zona urbana consolidada» - a zona sensível ou mista com ocupação estável em termos de edificação.
Há ainda a realçar os conceitos:
Mapas de ruído e Plano Municipal de Redução de Ruído para a Freguesia de Monte Gordo 7
Valor Limite – Valor que conforme determinado pelo Estado-membro (em Portugal correspondente aos
valores impostos para zonas sensíveis ou mistas), que, caso seja excedido, deverá ser objecto de
medidas de redução por parte das autoridades competentes;
Nível Sonoro Contínuo Equivalente, Ponderado A, LAeq, de um Ruído e num Intervalo de Tempo –
Nível sonoro, em dB (A), de um ruído uniforme que contém a mesma energia acústica que o ruído
referido naquele intervalo de tempo,
dt
TL
TtL
Aeq0
10
)(
10 101
log10
em que: L (t) - valor instantâneo do nível sonoro em dB (A);
T- o período de tempo considerado.
3.2 ENQUADRAMENTO LEGAL DOS PLANOS MUNICIPAIS DE REDUÇÃO DE RUÍDO
O actual Regulamento Geral de Ruído (R.G.R.) Dec.-Lei nº9/2007 de 17 de Janeiro de 2007 vem
substituir o Decreto-Lei nº 292/2000.
Além dos conceitos de zona sensível, zona mista já previstos na anterior legislação, acresce o de uma
nova classificação que estava interligada num dos outros conceitos anteriores que é a de zona urbana
consolidada. A classificação é da competência das Câmaras Municipais, devendo estas zonas estar
delimitadas e disciplinadas no respectivo plano de ordenamento do território.
De acordo com as disposições do Decreto-Lei, os níveis sonoros limite nestas zonas são caracterizados
pelo valor do parâmetro LAeq do ruído ambiente exterior, para três períodos de referência, diurno
entardecer e nocturno. Os valores limite em função do zonamento são apresentados no Quadro 3.1 para
os indicadores Lden (indicador de ruído diurno-entardecer-nocturno) e Ln (indicador ruído nocturno).
Quadro 3.1.
Valores limite de exposição
Zona Lden
(24 horas) Ln
(23h00 às 07h00)
Sensível < 55 dB(A) < 45 dB(A)
Mista < 65 dB(A) < 55 dB(A)
Na ausência de Classificação
< 63 dB(A) < 53 dB(A)
Mapas de ruído e Plano Municipal de Redução de Ruído para a Freguesia de Monte Gordo 8
Os planos municipais de ordenamento do território asseguram a qualidade do ambiente sonoro,
promovendo a distribuição adequada dos usos do território, tendo em consideração as fontes de ruído
existentes e previstas. Compete aos municípios estabelecer nos planos municipais de ordenamento do
território a classificação, a delimitação e a disciplina das zonas sensíveis e das zonas mistas.
A classificação de zonas sensíveis e de zonas mistas é realizada na elaboração de novos planos e
implica a revisão ou alteração dos planos municipais de ordenamento do território em vigor.
Os municípios devem acautelar, no âmbito das suas atribuições de ordenamento do território, a ocupação
dos solos com usos susceptíveis de vir a determinar a classificação da área como zona sensível,
verificada a proximidade de infra-estruturas de transporte existentes ou programadas.
No âmbito dos planos municipais o R.G.R. define os Planos Municipais de Redução de Ruído (P.M.R.R.):
Artigo 8.º (Planos municipais de redução de ruído)
1—As zonas sensíveis ou mistas com ocupação expostas a ruído ambiente exterior que exceda os
valores limite fixados no artigo 11.º devem ser objecto de planos municipais de redução de ruído, cuja
elaboração é da responsabilidade das câmaras municipais.
2—Os planos municipais de redução de ruído devem ser executados num prazo máximo de dois anos
contados a partir da data de entrada em vigor do presente Regulamento, podendo contemplar o
faseamento de medidas, considerando prioritárias as referentes a zonas sensíveis ou mistas expostas a
ruído ambiente exterior que exceda em mais de 5 dB(A) os valores limite fixados no artigo 11.º.
3—Os planos municipais de redução do ruído vinculam as entidades públicas e os particulares, sendo
aprovados pela assembleia municipal, sob proposta da câmara municipal.
4—A gestão dos problemas e efeitos do ruído, incluindo a redução de ruído, em municípios que
constituam aglomerações com uma população residente superior a 100 000 habitantes e uma densidade
populacional superior a 2500 habitantes/km2 é assegurada através de planos de acção, nos termos do
Decreto-Lei n.º146/2006, de 31 de Julho.
5—Na elaboração dos planos municipais de redução de ruído, são consultadas as entidades públicas e
privadas que possam vir a ser indicadas como responsáveis pela execução dos planos municipais de
redução de ruído.
Artigo 9.º (Conteúdo dos planos municipais de redução de ruído)
Dos planos municipais de redução de ruído constam, necessariamente, os seguintes elementos:
a) Identificação das áreas onde é necessário reduzir o ruído ambiente exterior;
b) Quantificação, para as zonas referidas no n.º 1 do artigo anterior, da redução global de ruído ambiente
exterior relativa aos indicadores Lden e Ln;
Mapas de ruído e Plano Municipal de Redução de Ruído para a Freguesia de Monte Gordo 9
c) Quantificação, para cada fonte de ruído, da redução necessária relativa aos indicadores Lden e Ln e
identificação das entidades responsáveis pela execução de medidas de redução de ruído;
d) Indicação das medidas de redução de ruído e respectiva eficácia quando a entidade responsável pela
sua execução é o município.
Artigo 10.º (Relatório sobre o ambiente acústico)
As câmaras municipais apresentam à assembleia municipal, de dois em dois anos, um relatório sobre o
estado do ambiente acústico municipal, excepto quando esta matéria integre o relatório sobre o estado do
ambiente municipal.
O R.G.R. define ainda (Artigo 5.º - Informação e apoio técnico) que incumbe à Agência Portuguesa de
Ambiente (antigo Instituto do Ambiente) prestar apoio técnico às entidades competentes para elaborar
mapas de ruído e planos de redução de ruído, incluindo a definição de directrizes para a sua elaboração.
Com este objectivo a Agência Portuguesa de Ambiente (A.P.A.) elaborou os documentos ―Directrizes
para Elaboração de mapas de Ruído‖ de Março de 2007 e ―Manual Técnico para Elaboração de Planos
Municipais de Redução de Ruído‖ de Abril de 2008.
3.3 ASPECTOS PARTICULARES DO ACTUAL QUADRO LEGISLATIVO
Do actual contexto legislativo resulta a necessidade da elaboração de planos municipais de redução de
ruído sempre que, nas zonas sensíveis ou mistas, seja verificada violação do Critério de exposição
máxima.
Regra geral os Planos de Pormenor não têm necessidade de mapas de ruído, excepto se:
- O PP planeia introduzir nova fonte de ruído significativa,
- O PP incluir uma solução urbanística, por exemplo, de interposição de edifícios de escritórios
entre a(s) fonte de ruído e a área para futuro uso habitacional, promovendo níveis sonoros mais
baixos do que os actuais e conformes com os valores - limite a recolha de dados acústicos não
será aplicável, pelo que deve ser apresentado o mapa de ruído.
São estabelecidos os valores - limite de exposição (art.11º) e as regras de instalação e exercício de:
- Actividades ruidosas permanentes (art. 13º)
- Actividades ruidosas temporárias (art. 14º a 18º)
- Infra-estruturas de transporte (art. 19º e 20º)
- Outras fontes de ruído (art. 21º)
- Ruído de vizinhança (art. 24º)
Mapas de ruído e Plano Municipal de Redução de Ruído para a Freguesia de Monte Gordo 10
Aos valores limite apresentados no quadro do capítulo anterior, tem-se ainda a acrescentar:
Quadro 3.2.
Valores limite de exposição
Zona Lden
(24 horas) Ln
(23h00 às 07h00)
Sensível na proximidade de GIT existente < 65 dB(A) < 55 dB(A)
Sensível na proximidade de GIT não aéreo em projecto < 60 dB(A) < 50 dB(A)
Sensível na proximidade de GIT aéreo em projecto < 65 dB(A) < 55 dB(A)
GIT – Grande Infra-estrutura de transporte
É entendimento da Agência Portuguesa do Ambiente (ver ―O quadro Legal do Ruído Ambiente‖- Maria
João Leite e Margarida Guedes – 14 de Novembro de 2007) que a proximidade deve ser entendida como:
- Entre a zona sensível e a GIT rodo ou ferroviário deve ser entendida como uma distância de
100 metros;
- entre a zona sensível e GIT aérea – (aeroporto de Lisboa) deve ser rectângulo de 7800 m de
comprimento por 1000 m de largura com pista principal nele centrada.
Figura 3.1.
A zona do plano em estudo não apresenta na sua zona de intervenção ou na sua proximidade nenhuma
fonte de ruído que se enquadre em GIT
Aspectos associados ao critério de exposição máxima
- Determinação do Lden (representativo de 1 ano)
LAeq diurno, por amostragem ou em contínuo, em pelo menos 2 dias distintos
LAeq entardecer, idem
LAeq nocturno, idem
Se houver sazonalidades (semanal ou mensal) é necessário caracterizar estes regimes.
- Determinação do Lden (representativo de 1 ano)
Mapas de ruído e Plano Municipal de Redução de Ruído para a Freguesia de Monte Gordo 11
LAeq nocturno, por amostragem ou em contínuo, em pelo menos 2 dias distintos ou para
actividades ruidosas permanentes que não laborem em período nocturno, assumir como simplificação, o
valor de LAeq(22h-7h)/Ln retirado do mapa de ruído existente.
Os procedimentos a adoptar são a NP1730 e a circular IPAC (Fev.2007).
As medidas de redução de ruído previstas dos números 3 a 5 do art.19º do actual RGR estabelece
prioritariamente:
1º - Medidas de redução na fonte
2º - Medidas de redução no meio de propagação
3º - Medidas de redução no receptor
A terceira, relativa ao reforço de 3 dB do isolamento sonoro da fachada dos edifícios sensíveis, só
excepcionalmente quando comprovadamente esgotadas as restantes medidas de redução desde que os
níveis sonoros não sejam superiores a 60 Lden ou 50 Ln; será adoptada pelo último a instalar-se.
3.4 RELAÇÃO ENTRE RUÍDO E SAÚDE
O quadro a seguir apresentado estabelece uma relação níveis sonoros entre os níveis sonoros em
diferentes locais de recepção e os seus efeitos sobre a saúde (APA- Manual Técnico para Elaboração de
PMRR e Berlung, e tal., 1995).
Quadro 3.3.
Mapas de ruído e Plano Municipal de Redução de Ruído para a Freguesia de Monte Gordo 12
É de salientar que os valores - limite previstos no actual RGR foram estabelecidos tendo em conta
estudos da Organização Mundial de Saúde (OMS) sobre os efeitos do ruído sobre as pessoas. A este
respeito a OMS define saúde não como a ausência de doença ou enfermidade mas um estado de bem-
estar físico, mental e social (―Poluição Sonora‖ – J.L Bento Coelho – Outubro 2007).
Figura 3.2.
A exposição ao ruído influencia as 3 componentes que definem a boa saúde; estado de bem-estar físico,
mental e social. São igualmente sintetizados em 3 os efeitos do ruído sobre a pessoa:
Quadro 3.4.
EFEITOS DO RUÍDO DESCRIÇÃO CONSEQUÊNCIAS
INCOMODIDADE Desconforto, Cansaço, Irritabilidade, Stress,
Perturbação do sono
Degradação ambiente familiar, Perturbação ambiente social, Saúde Comunitária,
Rentabilidade no trabalho, efeitos económicos
FISIOLÓGICOS Perturbação do Sono, Tensão arterial, Cardio-
vasculares (ruído de baixa frequência), respiratórios.
Saúde comunitária, rentabilidade no trabalho, efeitos económicos.
FÍSICOS TRAUMÁTICOS
Surdez- Exposição prolongada, níveis sonoros elevados, componentes espectrais discretos (baixa frequência), componentes impulsivas.
Saúde, trabalho, efeitos económicos.
Mapas de ruído e Plano Municipal de Redução de Ruído para a Freguesia de Monte Gordo 13
4. PLANOS MUNICÍPAIS DE REDUÇÃO DE RUÍDO
4.1 GENERALIDADES
O objectivo principal de um Plano Municipal de Redução de Ruído (PMRR) é o de estabelecer e
implementar uma politica de gestão do ruído ambiente. Para tal é essencial a coordenação dos diversos
sectores municipais, entre os quais ambiente, planeamento, obras municipais e tráfego.
4.1.1 RESPONSABILIDADES DO MUNICÍPIO
Os municípios têm a responsabilidade de elaboração dos mapas de ruído e da respectiva carta de
classificação de zonas e de verificação do cumprimento dos valores limite de ruído ambiente exterior
impostos pelo Regulamento Geral de Ruído (RGR), tendo ainda a responsabilidade de elaboração dos
PMRR sempre que existam zonas de incumprimento do RGR.
Uma vez na posse da informação necessária para identificação das situações de conflito (isto é,
ultrapassagem dos valores limite regulamentares), compete às Câmaras Municipais identificar todos os
infractores e todas as fontes produtoras de ruído, devendo comunicar às entidades públicas ou privadas
que estejam em infracção a sua obrigatoriedade de redução dos níveis de emissão sonora, num
determinado prazo, de forma a ser possível cumprir os objectivos do PMRR.
Existem situações em que a redução do ruído ambiente pode ser da responsabilidade das próprias
Câmaras Municipais, como seja o caso de uma reorganização do espaço urbano levada a cabo pelo
município, originando situações de zonas sensíveis na proximidade de infra-estruturas de transporte
existentes ou programadas, que subitamente passam a originar situações de conflito. Da mesma forma,
não devem autorizar a urbanização em zonas ruidosas, que já se sabe de inicio que causará
sobreexposição de ruído.
4.1.1.1 ABORDAGEM ESTRATÉGICA
Apesar dos Planos Municipais de Redução de Ruído serem da competência de cada município, por vezes
podem surgir determinadas situações em que se torna vantajoso, ou mesmo essencial, que ocorra uma
definição de estratégias intermunicipais ou regionais, de forma congruente e sustentada, como por
exemplo em vias rodoviárias de carácter intermunicipal, transportes colectivos, ETARs, etc.
Relativamente a vias ou equipamentos que sejam de carácter intermunicipal é absolutamente necessária
uma abordagem multi-camarária, devido ao contexto multi-municipal em que se inserem. Noutras
situações, como os transportes colectivos ou de mercadorias, a sua actividade desenvolve-se em
Mapas de ruído e Plano Municipal de Redução de Ruído para a Freguesia de Monte Gordo 14
diversos concelhos pelo que qualquer solução de minimização tomada por essas entidades pode resultar
num benefício generalizado nos concelhos sob a sua esfera de influência.
O financiamento de soluções de redução de ruído que influenciem vários concelhos também poderá sair
beneficiada, possibilitando que certos concelhos com menor capacidade económica consigam assim, em
conjunto, atingir soluções doutra forma não possíveis.
A elaboração dos Planos Municipais de Redução de Ruído está sujeita a prazos que se encontram
indicados no Regulamento Geral de Ruído (decreto-lei n.º9/2007): os ―Planos Municipais de Redução de
Ruído devem ser executados num prazo máximo de dois anos contados a partir da entrada em vigor do
RGR‖, ou seja, a sua elaboração e implementação deverá estar concluída até 1 de Fevereiro de 2009. No
mesmo documento, estipula-se o possível faseamento de medidas, considerando-se prioritárias as
referentes a zonas sensíveis ou mistas expostas a ruído ambiente exterior que exceda em mais de 5
dB(A) os valores limite fixados no RGR.
Mapas de ruído e Plano Municipal de Redução de Ruído para a Freguesia de Monte Gordo 15
5. APLICAÇÃO PRÁTICA DO PMRR
5.1 DESCRIÇÃO DA ZONA DE ESTUDO
A área de intervenção afecta á freguesia de Monte Gordo abrange uma área de cerca de 66.200 m2, as
confrontações da área de estudo são as seguintes: a Norte – Avenida da Catalunha, a Sul - Avenida
Infante Dom Henrique e zona dunar, a Nascente – Parque de campismo/ Plano de Pormenor de Monte
Gordo Nascente, a Poente - Rua Diogo Cão.
A área do plano em estudo contempla a redefinição de classificações do actual e previsto uso do solo,
conforme apresentado na figura seguinte.
Figura 3.4.
Mapas de ruído e Plano Municipal de Redução de Ruído para a Freguesia de Monte Gordo 16
5.2 ELEMENTOS DE APOIO AO PMRR
5.2.1 MAPAS DE RUÍDO
Os mapas de ruído que estão na base do presente PMRR, foram realizados com base na cartografia
actualmente disponível e projectados á escala adequada, nomeadamente para articulação com plano de
pormenor, tendo sido identificado como fonte de ruído principal e a incluir nos mapas de ruído o tráfego
rodoviário.
Os mapas de ruído podem ser consultados no Anexo 1 do presente relatório.
5.2.2 MAPAS DE ZONAMENTO
Sendo da responsabilidade da autarquia a definição de zonas mistas e sensíveis, convém salientar que
pelo tipo de ocupação existente e prevista na área da zona em estudo, esta não seria de todo compatível
com zona sensível. O zonamento adoptado e aprovado pela Câmara Municipal é o de zona mista para a
totalidade dos limites urbanos na freguesia de Monte Gordo.
No Anexo 2 é apresentado o zonamento para a freguesia de Monte Gordo.
Mapas de ruído e Plano Municipal de Redução de Ruído para a Freguesia de Monte Gordo 17
5.2.3 MAPAS DE CONFLITO
Os mapas de conflito resultam da sobreexposição dos mapas de ruído com a carta de classificação de
zonas definidas pela câmara municipal. Uma vez que toda a área do plano se encontra definida na carta
de zonamento, os mapas de conflito são representados para toda a totalidade área do plano.
Os mapas de conflito para o plano podem ser consultados no Anexo 3.
Além da quantificação da redução global de ruído ambiente da zona do plano, o município tem de
comunicar às diferentes entidades gestoras de fontes ruidosas (caso seja aplicável) as necessidades de
redução parcial de ruído ambiente por fonte de ruído à respectiva entidade gestora relativa aos
indicadores Lden e Ln. Assim, à semelhança das considerações efectuadas para a redução global no
plano, considera-se que a quantificação das reduções parciais por fonte e entidade gestora deve seguir o
mesmo princípio de não atribuição de um valor único.
A etapa seguinte consiste na indicação, selecção e projecto das medidas de redução de ruído bem como
a análise da respectiva eficácia para as fontes sonoras consideradas. Na análise do tipo de medidas e
soluções que o município poderá tomar para melhorar o ambiente sonoro previsto analisaram-se algumas
propostas de intervenção e equacionaram-se propostas de actuação.
5.3 ANÁLISE DE MEDIDAS DE REDUÇÃO DE RUÍDO
Na fase de medidas de redução de ruído e respectiva eficácia, deve-se em primeiro lugar identificar as
entidades responsáveis pela execução das mesmas. As medidas da redução de ruído da
responsabilidade do município deverão ser identificadas e avaliada a sua eficácia.
O município deverá notificar as entidades responsáveis pelas fontes de ruído causadoras de
incumprimento dos valores-limite do ruído ambiente. É vantajoso para todas as entidades envolvidas,
município incluído, que as medidas de redução a desenvolver por cada uma das entidades sejam
analisadas e debatidas pelas diversas entidades de forma a potenciar eventuais sinergias, com benefícios
práticos ao nível da sua eficácia e redução de custos.
No caso em estudo todas as fontes de ruído identificadas com relevância nos níveis sonoros da zona do
plano são da responsabilidade da autarquia.
5.3.1 Identificação das fontes de ruído a considerar no PMRR
Da análise dos mapas que apresentam o cálculo dos mapas de conflito para o zonamento proposto (Zona
Mista) é visível que os principais conflitos advêm do tráfego rodoviário que circula pela Avenida Infante
Mapas de ruído e Plano Municipal de Redução de Ruído para a Freguesia de Monte Gordo 18
Dom Henrique e Avenida da Catalunha, e em particular junto ao edificado existente na imediata
envolvente destas Avenidas, e que podem ser visualizado no Anexo 3. De salientar que os
incumprimentos se encontram abaixo de 5 dB(A). A escolha das medidas a adoptar para solucionar os
incumprimentos previstos passará a ter em conta as diversas soluções existentes, as possíveis de serem
implementadas e a sua análise custo vs benefício.
5.3.2 Medidas minimização ruído provenientes de tráfego rodoviário
Dentro das medidas que for exequível a sua implementação, estas deverão ser adoptadas de acordo com
a seguinte ordem decrescente:
a) Medidas de redução na fonte de ruído;
b) Medidas de redução no meio de propagação de ruído;
c) Medidas de redução no receptor sensível.
Tratando-se de fontes de ruído com origem em tráfego rodoviário as soluções a considerar de forma a
tentar colmatar as situações de desrespeito do RGR detectadas na área de estudo poder-se-ão propor as
seguintes soluções de intervenção considerando já as restrições associadas ao caso em análise,
nomeadamente o facto de a área afecta ao plano ser em malha urbana, e de a solução de disposição do
edificado previsto estar já definida:
i) Medidas de gestão de tráfego (ex: limitação à circulação de pesados, condicionamento
da velocidade de circulação em vias afectas ao plano, nomeadamente o
condicionamento a velocidades inferiores a 50 Km/h através de sinalização apropriada
(ex. semáforos de controlo velocidade, lombas etc);
ii) Pavimentação das estradas com camadas de desgaste de características absorventes;
iii) Reforço do isolamento acústico dos edifícios (este tipo de solução, deve ser a última a
ser adoptada após todas as outras possíveis estarem esgotadas);
iv) Conjugação das medidas anteriores.
5.3.2.1 Medidas de gestão de tráfego
Sendo esta uma das medidas de redução na fonte deverá ser das primeiras a abordar.
A limitação de pesados é uma medida bastante eficaz dado as elevadas emissões de ruído que este tipo
de transporte produz., bem como o desvio de tráfego ligeiro para outras vias alternativas. De realçar que
reduzindo para metade o tráfego de uma via, tem-se uma redução média aproximada de 3 dB(A).
Mapas de ruído e Plano Municipal de Redução de Ruído para a Freguesia de Monte Gordo 19
O controlo efectivo da velocidade, é uma outra medida possível. A velocidade reduzida, o ruído
predominante é o mecânico, gerado em grande parte pelo motor. Com o aumento da velocidade o ruído
de rolamento (interacção pneu/estrada) começa a ter uma maior predominância, relativamente ao ruído
de origem mecânica. A redução de 50km/h para 40 km/h permite uma redução média aproximada de 0.5
dB(A) nas emissões sonoras no caso concreto da Rua Nova de Lisboa.
No quadro 5.1 são apresentadas algumas soluções de medidas de gestão de tráfego, e o seu efeito nos
níveis sonoros, de realçar que certas medidas e, alguns casos podem piorar os níveis sonoros (valores
positivos).
Quadro 5.1 – Medidas de gestão de tráfego e suas atenuações potenciais
Medidas de gestão de tráfego Atenuação sonora potencial, dB(A)*
Estreitamento de vias 0 a -2
Introdução de rotundas (pode ocasionar reclamações do ruído provocado pelas acelerações e travagens efectuadas)
0 a -4
Bandas sonoras termoplásticas (considera-se que será de adicionar +5 dB(A) devido às características impulsivas deste tipo de ruído)
0 a +4
Bandas sonoras em cubos de granito (―paralelos‖), (considera-se que será de adicionar +5 dB(A) devido às características impulsivas deste tipo de ruído)
0 a +3
Dispositivos sonoros de vibração (induzem ruído no interior do veículo) 0
Lombas com forma circular 0 a -2
Lombas extensas com topo de nível 0 a +6
Lombas parciais e interrompidas (Narrow speed cushions) 0 a +1
Medidas de acalmia de tráfego, conjugando diversos dispositivos de redução de velocidade
0 a -4
Definição de zonas com limite de 30 km/h como velocidade máxima de circulação, apenas com introdução de sinalização
0 a -2
Redução da velocidade de circulação conjugada com sinalização de aviso de incomodidade sonora
-1 a -4
Restrições à circulação de pesados em período nocturno (pode ocasionar reclamações devido ao aumento do tráfego matinal)
0 a -7
Introdução de cruzamentos -1 a -3
Introdução de cruzamentos (com semaforização) 0 a -7
Promoção do uso de transportes alternativos (bicicleta e andar-a-pé) 0 a -2
Fonte: Manual Técnico para Elaboração de Planos Municipais de Redução de Ruído, Abril 2008
Da análise da possível implementação de algumas destas medidas a que considerar que a Avenida
Infante Dom Henrique e Avenida da Catalunha, Rua Diogo Cão, Rua de Ceuta e Rua de Kinitra são vias
de distribuição de tráfego na malha urbana de Monte Gordo e que a limitação da circulação de pesados
bem como a redução de tráfego através de vias alternativas não serão uma solução viável de ser
aplicada, uma vez que estamos em malha urbana e estaríamos a incrementar níveis sonoros noutras
Mapas de ruído e Plano Municipal de Redução de Ruído para a Freguesia de Monte Gordo 20
zonas da cidade com elevada densidade populacional. Por outro lado a redução de velocidade de 50
km/h para 40 km/h através da colocação de sinalização adequada não será uma medida que por si só
seja suficiente para reduzir os níveis sonoros junto às fachadas do edificado existente e previsto de
forma a garantir que estes se encontrem expostos a níveis sonoros compatíveis com zonas mistas.
5.3.2.2 Aplicação de Pavimentos Absorventes
Quando se pondera a colocação de pavimentos menos ruidosos, há alguns factores que devem ser
tomados em consideração como forma de optimizar o seu desempenho. Esses aspectos estão
relacionados com a envolvente da estrada, o alinhamento horizontal e vertical da estrada, a velocidade de
circulação, a composição do tráfego rodoviário, o estado de degradação dos pavimentos, as condições
meteorológicas habituais e o tipo de pneus correntemente utilizados.
A eficiência de pavimentos absorventes, como os pavimentos porosos, aumenta por comparação com
pavimentos betuminosos comuns, quando na envolvente da via existem fachadas de edifícios, túneis ou
semi-coberturas. Tal facto deve-se ao acréscimo de reflexões na superfície da estrada por parte das
fachadas envolventes que, apesar de elevar o nível de energia sonoro produzido, facilita a sua absorção
pelo pavimento poroso.
Quando se tem construções apenas num dos lados da estrada, a melhoria pode chegar aos 4 dB(A),
enquanto que nos casos em que existem paramentos verticais dos dois lados da via essa melhoria pode
variar entre 1 dB(A) e 5 dB(A). Em casos de total enclausura, como túneis, a redução pode chegar aos 10
dB(A). Pode-se concluir que quanto mais reverberantes forem as condições existentes e maior o grau de
enclausuramento, mais eficazes se tornam os pavimentos porosos.
Assim, o uso de superfícies absorventes porosas é mais benéfico em situações de vias fechadas e com
fachadas sem tratamentos com materiais absorventes, apesar de não se poder desprezar a sua eficácia
em meios abertos, tanto em termos de redução sonora como de segurança na circulação. A presença de
declives nas estradas pode induzir um aumento das emissões sonoras dos veículos que, nalgumas
circunstâncias, excede os 3 dB(A). Diversos estudos demonstraram que a aplicação de superfícies
porosas ou de camadas betuminosas finas têm vantagens tanto em estradas planas como em estradas
com inclinações.
Após a aplicação das superfícies é importante verificar se as zonas corrigidas não têm diferenças
significativas nas suas características de textura ou as emendas e juntas mal efectuadas. Qualquer
diferença no ruído provocado pelos veículos na superfície reparada pode ser particularmente
incomodativo à população local. Isso nota-se mais em vias com tráfego lento, sendo mais relevante nas
Mapas de ruído e Plano Municipal de Redução de Ruído para a Freguesia de Monte Gordo 21
horas de descanso, como são o entardecer e a noite. Alterações nas superfícies podem originar
diferenças de nivelamento, podendo causar ruído quando os veículos o atravessam. Isto é especialmente
gravoso para veículos pesados que criam ruído elevado devido ao transporte de cargas não muito
presas, existência de atrelados, existência de correntes, suspensões, etc.
Da análise através de simulações com o modelo de cálculo com diversos tipos de pavimentos, para a
zona de estudo, esta será a medida possível a adoptar, e que garante uma redução nos níveis sonoros
suficiente para dar cumprimento aos valores limite de exposição para o edificado que se encontrará em
zonas de incumprimento.
No quadro seguinte é apresentado o desempenho de diferentes tipos de pavimentos
Quadro 5.2 – Desempenho acústico de diferentes composições pavimentos
Tipo de Pavimento
Desempenho acústico, em dB(A)
Veículos Ligeiros Veículos Pesados
Duplo Eixo Multi Eixos
50 km/h
80 km/h
110 km/h
50 km/h
85 Km/h
50 km/h
85 km/h
Betão betuminoso drenante de camada única (PCA)
- 76 79 - 82 - 85
Camadas de desgaste em mistura betuminosa delgada
(TSF) 66 72 82 77 84 - 86
Mistura Betuminosa de granulometria descontínua
(SMA) 71 79 82 79 85 82 88
Exposição dos agregados (EACC)
- 76 84 - 86 - 87
Superfícies de betão texturado longitudinalmente
76 - 85 83 87 82 90
Fonte: FERHL, 2006
Factores como a chuva, vento e temperatura desempenham papel igualmente importante. Há ainda
factores como a ocupação marginal da via, perfis da via e dispositivos de controlo de tráfego como as
lombas, que podem influenciar tanto a emissão como a propagação sonora, sendo muito relevantes no
ambiente percebido num determinado receptor.
5.3.2.3 Medidas de redução de ruído no receptor sensível
Este tipo de medidas só deverá ser tido em linha de conta após todas as outras relacionadas com a
redução na fonte e no caminho terem sido analisadas e as medidas consideradas viáveis não serem
suficientes para se atingir o cumprimento dos valores-limite.
Mapas de ruído e Plano Municipal de Redução de Ruído para a Freguesia de Monte Gordo 22
Esse tipo de actuação nos edifícios existentes e previstos engloba o reforço da sua envolvente exterior,
especialmente nos considerados pontos fracos das fachadas como sendo a caixilharia e os sistemas de
ventilação.
É importante lembrar que o Regulamento Geral de Ruído só permite esta solução de acréscimo de
isolamento sonoro de fachada de receptores sensíveis após se esgotarem todos os outros tipos de
medidas possíveis e quando o nível sonoro do ruído ambiente não exceda em mais de 5 dB(A) os valores
definidos como limite para Zonas Mistas e Sensíveis. Nestes casos pode-se adoptar medidas nos
receptores sensíveis adoptando valores do índice de isolamento a sons de condução aérea, normalizado,
D2m,nT,w, superiores em 3 dB aos valores constantes do Regulamento dos Requisitos Acústicos dos
Edifícios.
No caso em particular, e uma vez que com a implementação de pavimentos absorventes os níveis
sonoros junto às fachadas estão dentro dos limites regulamentares, esta medida surge em forma de
recomendação e de modo a salvaguardar eventuais desvios mais optimistas na do tráfego rodoviário na
zona de estudo, será de acautelar para o licenciamento do edificado no projecto da especialidade índice
de isolamento a sons de condução aérea, normalizado, D2m,nT,w, superior em 3 dB aos valores constantes
do Regulamento dos Requisitos Acústicos dos Edifícios.
5.4 MEDIDAS DE REDUÇÃO DE RUÍDO PROPOSTAS
Da análise das medidas de redução de ruído passíveis de serem implementadas é apresentado no
quadro seguinte os soluções consideradas, e que deverão ser tidas em consideração.
Quadro 5.1 – Medidas de minoração propostas
Fonte: Manual Técnico para Elaboração de Planos Municipais de Redução de Ruído
Mapas de ruído e Plano Municipal de Redução de Ruído para a Freguesia de Monte Gordo 23
As medidas de actuação na fonte nomeadamente substituição do pavimento actualmente existente nas
Avenida Infante Dom Henrique e Avenida da Catalunha, Rua Diogo Cão, Rua de Ceuta e Rua de Kinitra
por de um pavimento absorvente encontram-se identificadas no Anexo 4.
Em relação às medidas de actuação no receptor e como já referido anteriormente, que com a aplicação
do pavimento absorvente nas zonas criticas da zona de estudo, todo o edificado da zona de estudo passa
a estar em cumprimento com os valores limite de exposição para zonas mistas. Como já referido também
os modelos de previsão acústica contém alguma margem de erro associada, e de forma a garantir o
futuro conforto da população que irá residir nas zonas mais expostas ao ruído deverão ser contempladas
com projecto acústico que especifique um isolamento a sons de condução aérea de fachada adicional de
3 dB(A) , os edifícios previstos.
No Anexo 5 são apresentados os mapas de ruído, no Anexo 6 o calculo dos mapas de conflito após a
implementação das medidas minimização de ruído consideradas no PMRR.
6. ESTIMATIVAS DE CUSTOS
6.1 VALORES UNITÁRIOS
Os custos destas medidas foram calculados para a pavimentação com camadas de betuminosas
absorventes (BBDr) e para os os edifícios actualmente existentes. Os custos associados têm em atenção
o período de vida útil esperada para os envidraçados de 30 anos. O pavimento, no entanto, apresenta
uma duração inferior pelo que a camada inferior do pavimento deverá ser substituída a cada 15 anos e a
camada superior a cada 7 ou 8 anos. A determinação do Custo Actual (sem a consideração de eventuais
benefícios) pode ser efectuada recorrendo à seguinte fórmula:
onde t é o ano do investimento, Ct é o custo do investimento no ano t e r a taxa de actualização que se
considerou ser de 7%.
No quadro 6.1 são apresentados os custos unitários associados às medidas de minimização a adoptar.
Quadro 6.1 – Custos unitários das medidas de minimização
Mapas de ruído e Plano Municipal de Redução de Ruído para a Freguesia de Monte Gordo 24
Fonte: adaptado (Larsen, et al., 2001)
6.2 CÁLCULO CUSTOS TOTAIS
As áreas a pavimentar com camadas betuminosas drenantes estão identificadas no Anexo 4 e são
quantificadas no seguinte quadro:
Quadro 6.2 – Custos associados aplicação camadas betuminosas drenantes (absorventes)
Rua Composição
Camadas Comprimento
(m) Largura
(m) Área m2
Custo Construção
Custo Manutenção Custo Total
Rua de Ceuta
Camada superior de BBDr (25 mm)
+ Camada inferior de BBDr(
45 mm )
360 8 2880 193,478.40 € 2,294.00 € 195,772.40 €
Rua de Kinitra 150 8 1200 80,616.00 € 1,895.00 € 82,511.00 €
Av. Catalunha 420 8 3360 214,304.20 € 2,408.00 € 216,712.20 €
Av. Infante Dom Henrique 430 6 2580 170,317.80 € 138,319.44 € 308,637.24 €
Rua Diogo Cão 106 8 848 56,968.64 € 1,811.40 € 58,780.04 €
Total = 1466 Total = 10868
Custo Total 862,412.88 €
Nota: O custo global total teve em consideração os custos associados a limpeza e manutenção do pavimento para 30 anos
7. PÓS AVALIAÇÃO
7.1 OBJECTIVO
A Pós Avaliação é o processo conduzido após a aprovação do Plano Municipal de Redução de Ruído
(PMRR) que inclui programas de monitorização e auditorias, com o objectivo de garantir o cumprimento
das condições prescritas no PMRR, avaliar a eficácia das medidas de redução sonora adoptadas e, se
necessário, considerar a adopção de medidas de minoração sonora adicionais.
Mapas de ruído e Plano Municipal de Redução de Ruído para a Freguesia de Monte Gordo 25
A monitorização consiste num conjunto de acções de observação, medição e registo das condições
ambientais após a implementação de um conjunto de medidas que se consideraram ambientalmente
favoráveis.
A auditoria corresponde a uma verificação objectiva e independente da conformidade das medidas
adoptadas e das expectativas criadas com a aplicação dessas medidas com os resultados práticos da
sua implementação.
7.2 MONITORIZAÇÃO
A monitorização do ruído das diversas fontes sonoras tem como principais objectivos:
- Avaliar as emissões acústicas das fontes sonoras em exploração;
- Quantificar os níveis sonoros na proximidade dos receptores sensíveis;
- Identificar a população exposta a níveis de ruído ambiente não regulamentares;
- Identificar as necessidades de execução de acções de redução de ruído;
- Verificar a eficácia real das acções executadas.
A monitorização será efectuada com recurso a medições acústicas, que deverão ser efectuadas de
acordo com os procedimentos descritos na Norma Portuguesa NP 1730:1996 - ―Acústica. Descrição e
medição do ruído ambiente‖, principalmente nos casos em que seja necessário verificar a procedência de
reclamações recebidas.
Pode-se recorrer, conjuntamente, aos modelos de previsão de ruído que devem ser calibrados e
validados para cada situação em análise. Essa calibração implica a realização de medições em pontos
criteriosamente seleccionados, de forma a validar os resultados simulados.
Para a generalidade dos casos, é considerada suficiente a repetição das campanhas de monitorização de
5 em 5 anos, salvo se ocorrerem, entretanto, alterações significativas dos factores que determinam a
emissão e propagação de ruído, ou reclamações das populações vizinhas. Os registos efectuados ao
longo do processo de monitorização são importantes para avaliar a medida no contexto em que se insere
de modo a identificar características do local que se possam relacionar com o bom ou mau
funcionamento da medida e que servirá de base para a implementação em casos similares. Para que a
análise seja completa, à que incluir os seguintes procedimentos:
Mapas de ruído e Plano Municipal de Redução de Ruído para a Freguesia de Monte Gordo 26
- -Avaliação dos efeitos na ocorrência dos acidentes relativamente aos objectivos de segurança
considerados;
- -Avaliação dos efeitos na distribuição do tráfego e nas velocidades dos veículos;
- -Observação e detecção de algum efeito indesejado no tráfego;
- -Avaliação dos efeitos na envolvente local;
- -Registo de eficiência e aceitabilidade da medida por parte dos utilizadores e residentes do local e
zona envolvente como ―informação de base‖ para outras aplicações.
Mapas de ruído e Plano Municipal de Redução de Ruído para a Freguesia de Monte Gordo 27
BIBLIOGRAFIA
-―Manual Técnico para Elaboração de Planos Municipais de Redução de Ruído‖ Agência Portuguesa do
Ambiente e FEUP Laboratório de Acústica de Abril de 2008
-―Noise reduction with porous asphalt - costs and perceived effect‖- Lars Ellebjerg Larsen Et Al
-―Directrizes para elaboração de mapas de ruído‖ – Instituto do Ambiente – Março de 2007
- ―O quadro Legal do Ruído Ambiente‖ – Maria João Leite e Margarida Guedes – 14 Novembro 2007
- ―Poluição Sonora‖ – Diploma de Formação Avançada em Engenharia Acústica – J.L. Bento Coelho –
Outubro 2007
-―Ruído Ambiente em Portugal‖ - Direcção Geral do Ambiente
-―Projecto-Piloto de demonstração de mapas de ruído- escalas municipal e urbana‖ -Maio 2004
-"Engineering Noise Control", David A.Bies; Colin H. Hansen
-"Environmental Acoustics", Leslie L.Doelle, McGraw-Hill
- Norma Portuguesa NP 1730, ―Acústica - Descrição E Medição Do Ruído Ambiente‖
Instituto Português da Qualidade, 1996
- Regulamento Geral do Ruído - Dec.Lei 9/2007 de 17 de Janeiro
-―Notas para Avaliação de Ruído em AIA e em Licenciamento‖ - Direcção Geral do Ambiente
-―Recomendações para a selecção de métodos de cálculo a utilizar na previsão de níveis sonoros‖ -
Direcção Geral do Ambiente
-―Good Practice Guide for Strategic Noise Mapping and the Production of Associated Data on Noise
Exposure‖ - European Commission Working Group Assessment of Exposure to Noise
- ―Recomendação da Comissão, de 6 de Agosto de 2003, relativa às orientações sobre os métodos de
cálculo provisórios revistos para o ruído industrial, o ruído das aeronaves e o ruído do tráfego rodoviário e
ferroviário, bem com dados de emissões relacionados‖ – (2003/613/CE).
Mapas de ruído e Plano Municipal de Redução de Ruído para a Freguesia de Monte Gordo
ANEXOS
Mapas de ruído e Plano Municipal de Redução de Ruído para a Freguesia de Monte Gordo
ANEXO 1
MAPAS DE RUÍDO PARA OS INDICADORES LDEN E LN
60750
60750
60800
60800
60850
60850
60900
60900
60950
60950
61000
61000
61050
61050
61100
61100
61150
61150
61200
61200
61250
61250
61300
61300
61350
61350
61400
61400-2
7605
0
-276
050
-276
000
-276
000
-275
950
-275
950
-275
900
-275
900
-275
850
-275
850
-275
800
-275
800
-275
750
-275
750
ESCALA DE CORES NORMALIZADA LEGENDA
Zonas de Alteração
Rede Viária
Edificado
Limite PP Monte Gordo Nascente
FONTES SONORAS CARTOGRAFADAS
- TRÁFEGO RODOVIÁRIO (NMPB-Routes-96)
OBSERVAÇÕES
-SOFTWARE DE PREVISÃO ACÚSTICA CADNAA 3.4-MALHA DE CÁLCULO 2* 2
Rua das Azenhas, nº 22 Loja B 2730-270 Barcarena Tel: 214264806/07 Fax: 214264808 e-mail: [email protected] Web: http://www. sonometria.pt
CLIENTE
Câmara Municipal de Vila Real de Santo António
PROJECTO Mapa Ruído Cota de 4 M
ESPECIALIDADE ACÚSTICA
TÉCNICO RESPONSÁVEL ENG. JOÃO PEDRO SILVAENG. JOSÉ SILVA
TITULO DO DESENHO Mapas de ruído e Plano Municipal de Redução de Ruído para aFreguesia de Monte GordoVila Real de Santo António
INDICADORLden
ESCALA1/2000
DATA
19/02/2010
60750
60750
60800
60800
60850
60850
60900
60900
60950
60950
61000
61000
61050
61050
61100
61100
61150
61150
61200
61200
61250
61250
61300
61300
61350
61350
61400
61400-2
7605
0
-276
050
-276
000
-276
000
-275
950
-275
950
-275
900
-275
900
-275
850
-275
850
-275
800
-275
800
-275
750
-275
750
ESCALA DE CORES NORMALIZADA LEGENDA
Zonas de Alteração
Rede Viária
Edificado
Limite PP Monte Gordo Nascente
FONTES SONORAS CARTOGRAFADAS
- TRÁFEGO RODOVIÁRIO (NMPB-Routes-96)
OBSERVAÇÕES
-SOFTWARE DE PREVISÃO ACÚSTICA CADNAA 3.4-MALHA DE CÁLCULO 2* 2
Rua das Azenhas, nº 22 Loja B 2730-270 Barcarena Tel: 214264806/07 Fax: 214264808 e-mail: [email protected] Web: http://www. sonometria.pt
CLIENTE
Câmara Municipal de Vila Real de Santo António
PROJECTO Mapa Ruído Cota de 4 M
ESPECIALIDADE ACÚSTICA
TÉCNICO RESPONSÁVEL ENG. JOÃO PEDRO SILVAENG. JOSÉ SILVA
TITULO DO DESENHO Mapas de ruído e Plano Municipal de Redução de Ruído para aFreguesia de Monte GordoVila Real de Santo António
INDICADORLn
ESCALA1/2000
DATA
19/02/2010
Mapas de ruído e Plano Municipal de Redução de Ruído para a Freguesia de Monte Gordo
ANEXO 2
MAPA DE ZONAMENTO ADOPTADO
Mapas de ruído e Plano Municipal de Redução de Ruído para a Freguesia de Monte Gordo
Mapas de ruído e Plano Municipal de Redução de Ruído para a Freguesia de Monte Gordo
ANEXO 3
MAPAS DE CONFLITO PARA OS INDICADORES LDEN E LN
60750
60750
60800
60800
60850
60850
60900
60900
60950
60950
61000
61000
61050
61050
61100
61100
61150
61150
61200
61200
61250
61250
61300
61300
61350
61350
61400
61400-2
7605
0
-276
050
-276
000
-276
000
-275
950
-275
950
-275
900
-275
900
-275
850
-275
850
-275
800
-275
800
-275
750
-275
750
ESCALA DE CORES NORMALIZADA LEGENDA
Zonas de Alteração
Rede Viária
Edificado
Limite PP Monte Gordo Nascente
FONTES SONORAS CARTOGRAFADAS
- TRÁFEGO RODOVIÁRIO (NMPB-Routes-96)
OBSERVAÇÕES
-SOFTWARE DE PREVISÃO ACÚSTICA CADNAA 3.4-MALHA DE CÁLCULO 2* 2
Rua das Azenhas, nº 22 Loja B 2730-270 Barcarena Tel: 214264806/07 Fax: 214264808 e-mail: [email protected] Web: http://www. sonometria.pt
CLIENTE
Câmara Municipal de Vila Real de Santo António
PROJECTO Mapa Conflito Cota de 4 M
ESPECIALIDADE ACÚSTICA
TÉCNICO RESPONSÁVEL ENG. JOÃO PEDRO SILVAENG. JOSÉ SILVA
TITULO DO DESENHO Mapas de ruído e Plano Municipal de Redução de Ruído para aFreguesia de Monte GordoVila Real de Santo António
Situação Existente
INDICADORLden
ESCALA1/2000
DATA
19/02/2010
60750
60750
60800
60800
60850
60850
60900
60900
60950
60950
61000
61000
61050
61050
61100
61100
61150
61150
61200
61200
61250
61250
61300
61300
61350
61350
61400
61400-2
7605
0
-276
050
-276
000
-276
000
-275
950
-275
950
-275
900
-275
900
-275
850
-275
850
-275
800
-275
800
-275
750
-275
750
ESCALA DE CORES NORMALIZADA LEGENDA
Zonas de Alteração
Rede Viária
Edificado
Limite PP Monte Gordo Nascente
FONTES SONORAS CARTOGRAFADAS
- TRÁFEGO RODOVIÁRIO (NMPB-Routes-96)
OBSERVAÇÕES
-SOFTWARE DE PREVISÃO ACÚSTICA CADNAA 3.4-MALHA DE CÁLCULO 2* 2
Rua das Azenhas, nº 22 Loja B 2730-270 Barcarena Tel: 214264806/07 Fax: 214264808 e-mail: [email protected] Web: http://www. sonometria.pt
CLIENTE
Câmara Municipal de Vila Real de Santo António
PROJECTO Mapa Conflito Cota de 4 M
ESPECIALIDADE ACÚSTICA
TÉCNICO RESPONSÁVEL ENG. JOÃO PEDRO SILVAENG. JOSÉ SILVA
TITULO DO DESENHO Mapas de ruído e Plano Municipal de Redução de Ruído para aFreguesia de Monte GordoVila Real de Santo António
Situação Existente
INDICADORLn
ESCALA1/2000
DATA
19/02/2010
Mapas de ruído e Plano Municipal de Redução de Ruído para a Freguesia de Monte Gordo
ANEXO 4
Levantamento dos troços das rodovias alvo de aplicação pavimento drenante
Identificação das vias a repavimentar com BBDr
Mapas de ruído e Plano Municipal de Redução de Ruído para a Freguesia de Monte Gordo
ANEXO 5
MAPAS DE RUÍDO PARA OS INDICADORES LDEN E LN, APÓS MEDIDAS DE MINIMIZAÇÃO DE RUIDO
60750
60750
60800
60800
60850
60850
60900
60900
60950
60950
61000
61000
61050
61050
61100
61100
61150
61150
61200
61200
61250
61250
61300
61300
61350
61350
61400
61400-2
7605
0
-276
050
-276
000
-276
000
-275
950
-275
950
-275
900
-275
900
-275
850
-275
850
-275
800
-275
800
-275
750
-275
750
ESCALA DE CORES NORMALIZADA LEGENDA
Zonas de Alteração
Rede Viária
Edificado
Limite PP Monte Gordo Nascente
FONTES SONORAS CARTOGRAFADAS
- TRÁFEGO RODOVIÁRIO (NMPB-Routes-96)
OBSERVAÇÕES
-SOFTWARE DE PREVISÃO ACÚSTICA CADNAA 3.4-MALHA DE CÁLCULO 2* 2
Rua das Azenhas, nº 22 Loja B 2730-270 Barcarena Tel: 214264806/07 Fax: 214264808 e-mail: [email protected] Web: http://www. sonometria.pt
CLIENTE
Câmara Municipal de Vila Real de Santo António
PROJECTO Mapa Ruído Cota de 4 M
ESPECIALIDADE ACÚSTICA
TÉCNICO RESPONSÁVEL ENG. JOÃO PEDRO SILVAENG. JOSÉ SILVA
TITULO DO DESENHO Mapas de ruído e Plano Municipal de Redução de Ruído para aFreguesia de Monte GordoVila Real de Santo AntónioSituação Após Medidas Correctivas
INDICADORLden
ESCALA1/2000
DATA
19/02/2010
60750
60750
60800
60800
60850
60850
60900
60900
60950
60950
61000
61000
61050
61050
61100
61100
61150
61150
61200
61200
61250
61250
61300
61300
61350
61350
61400
61400-2
7605
0
-276
050
-276
000
-276
000
-275
950
-275
950
-275
900
-275
900
-275
850
-275
850
-275
800
-275
800
-275
750
-275
750
ESCALA DE CORES NORMALIZADA LEGENDA
Zonas de Alteração
Rede Viária
Edificado
Limite PP Monte Gordo Nascente
FONTES SONORAS CARTOGRAFADAS
- TRÁFEGO RODOVIÁRIO (NMPB-Routes-96)
OBSERVAÇÕES
-SOFTWARE DE PREVISÃO ACÚSTICA CADNAA 3.4-MALHA DE CÁLCULO 2* 2
Rua das Azenhas, nº 22 Loja B 2730-270 Barcarena Tel: 214264806/07 Fax: 214264808 e-mail: [email protected] Web: http://www. sonometria.pt
CLIENTE
Câmara Municipal de Vila Real de Santo António
PROJECTO Mapa Ruído Cota de 4 M
ESPECIALIDADE ACÚSTICA
TÉCNICO RESPONSÁVEL ENG. JOÃO PEDRO SILVAENG. JOSÉ SILVA
TITULO DO DESENHO Mapas de ruído e Plano Municipal de Redução de Ruído para aFreguesia de Monte GordoVila Real de Santo AntónioSituação Após Medidas Correctivas
INDICADORLn
ESCALA1/2000
DATA
19/02/2010
Mapas de ruído e Plano Municipal de Redução de Ruído para a Freguesia de Monte Gordo
ANEXO 6
MAPAS DE CONFLITO
INDICADOR LDEN ,LN ÁPOS MEDIDAS DE MINIMIZAÇÃO RUIDO
60750
60750
60800
60800
60850
60850
60900
60900
60950
60950
61000
61000
61050
61050
61100
61100
61150
61150
61200
61200
61250
61250
61300
61300
61350
61350
61400
61400-2
7605
0
-276
050
-276
000
-276
000
-275
950
-275
950
-275
900
-275
900
-275
850
-275
850
-275
800
-275
800
-275
750
-275
750
ESCALA DE CORES NORMALIZADA LEGENDA
Zonas de Alteração
Rede Viária
Edificado
Limite PP Monte Gordo Nascente
FONTES SONORAS CARTOGRAFADAS
- TRÁFEGO RODOVIÁRIO (NMPB-Routes-96)
OBSERVAÇÕES
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Câmara Municipal de Vila Real de Santo António
PROJECTO Mapa Conflito Cota de 4 M
ESPECIALIDADE ACÚSTICA
TÉCNICO RESPONSÁVEL ENG. JOÃO PEDRO SILVAENG. JOSÉ SILVA
TITULO DO DESENHO Mapas de ruído e Plano Municipal de Redução de Ruído para aFreguesia de Monte GordoVila Real de Santo António
INDICADORLden
ESCALA1/2000
DATA
19/02/2010
60750
60750
60800
60800
60850
60850
60900
60900
60950
60950
61000
61000
61050
61050
61100
61100
61150
61150
61200
61200
61250
61250
61300
61300
61350
61350
61400
61400-2
7605
0
-276
050
-276
000
-276
000
-275
950
-275
950
-275
900
-275
900
-275
850
-275
850
-275
800
-275
800
-275
750
-275
750
ESCALA DE CORES NORMALIZADA LEGENDA
Zonas de Alteração
Rede Viária
Edificado
Limite PP Monte Gordo Nascente
FONTES SONORAS CARTOGRAFADAS
- TRÁFEGO RODOVIÁRIO (NMPB-Routes-96)
OBSERVAÇÕES
-SOFTWARE DE PREVISÃO ACÚSTICA CADNAA 3.4-MALHA DE CÁLCULO 2* 2
Rua das Azenhas, nº 22 Loja B 2730-270 Barcarena Tel: 214264806/07 Fax: 214264808 e-mail: [email protected] Web: http://www. sonometria.pt
CLIENTE
Câmara Municipal de Vila Real de Santo António
PROJECTO Mapa Conflito Cota de 4 M
ESPECIALIDADE ACÚSTICA
TÉCNICO RESPONSÁVEL ENG. JOÃO PEDRO SILVAENG. JOSÉ SILVA
TITULO DO DESENHO Mapas de ruído e Plano Municipal de Redução de Ruído para aFreguesia de Monte GordoVila Real de Santo António
INDICADORLn
ESCALA1/2000
DATA
19/02/2010