relatório de gestão -...

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1 Relatório de Gestão Em cumprimento do regulamentado no Decreto-Lei n.º 54-A/99, de 22 de Fevereiro que aprova o POCAL – Plano Oficial de Contabilidade das autarquias Locais, o executivo Camarário apresenta o presente relatório, elaborado em conformidade com o estabelecido no ponto 13 do POCAL, visa-se de forma precisa, clara e sintética abordar os seguintes aspetos: A situação económica relativa ao exercício, analisando, em especial a evolução da gestão nos diferentes sectores de atividade da autarquia local, designadamente no que respeita ao investimento, condições de funcionamento, custos e proveitos quando aplicável; Uma síntese da situação financeira da autarquia local, considerando os indicadores de gestão financeira apropriados à análise de balanços e de demonstração de resultados; A evolução das dívidas de curto, médio e longo prazo de, e a terceiros, individualizando, naquele último caso, as dívidas a instituições de crédito das outras dívidas a terceiros; Proposta fundamentada da aplicação do resultado líquido do exercício; Os factos relevantes ocorridos após o termo do exercício. Assim sendo, tem este documento como principal finalidade, evidenciar a situação económica e financeira relativamente ao exercício de 2017, espelhando a eficiência na utilização dos meios afetos à prossecução das atividades desenvolvidas por esta Câmara Municipal, e à eficácia na realização dos objetivos inicialmente aprovados, tendo por base os dados fornecidos pelo Orçamento, Contas de Exercício e Relatórios de Atividades dos últimos 4 anos. De acordo com o POCAL os documentos de prestação de contas das autarquias locais, que remetam as contas a Tribunal de Contas, englobam o Balanço, a Demostração de Resultados, os Mapas de Execução Orçamental, os anexos às demonstrações Financeiras e o Relatório de Gestão.

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1

Relatório de Gestão

Em cumprimento do regulamentado no Decreto-Lei n.º 54-A/99, de 22 de Fevereiro que aprova

o POCAL – Plano Oficial de Contabilidade das autarquias Locais, o executivo Camarário

apresenta o presente relatório, elaborado em conformidade com o estabelecido no ponto 13 do

POCAL, visa-se de forma precisa, clara e sintética abordar os seguintes aspetos:

• A situação económica relativa ao exercício, analisando, em especial a evolução da

gestão nos diferentes sectores de atividade da autarquia local, designadamente no que

respeita ao investimento, condições de funcionamento, custos e proveitos quando

aplicável;

• Uma síntese da situação financeira da autarquia local, considerando os indicadores de

gestão financeira apropriados à análise de balanços e de demonstração de resultados;

• A evolução das dívidas de curto, médio e longo prazo de, e a terceiros, individualizando,

naquele último caso, as dívidas a instituições de crédito das outras dívidas a terceiros;

• Proposta fundamentada da aplicação do resultado líquido do exercício;

• Os factos relevantes ocorridos após o termo do exercício.

Assim sendo, tem este documento como principal finalidade, evidenciar a situação económica e

financeira relativamente ao exercício de 2017, espelhando a eficiência na utilização dos meios

afetos à prossecução das atividades desenvolvidas por esta Câmara Municipal, e à eficácia na

realização dos objetivos inicialmente aprovados, tendo por base os dados fornecidos pelo

Orçamento, Contas de Exercício e Relatórios de Atividades dos últimos 4 anos.

De acordo com o POCAL os documentos de prestação de contas das autarquias locais, que

remetam as contas a Tribunal de Contas, englobam o Balanço, a Demostração de Resultados, os

Mapas de Execução Orçamental, os anexos às demonstrações Financeiras e o Relatório de

Gestão.

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Redação da alínea i) do n.º 1, do artigo 33.º, da Lei n.º 75/2013 de 12 de Setembro:

Compete à Câmara Municipal “Elaborar e aprovar as normas de controlo interno, bem como o

inventário de todos os bens, direitos e obrigações patrimoniais e respetiva avaliação, e ainda os

documentos de prestação de contas, a submeter à aprovação e votação da assembleia

municipal”.

A Assembleia Municipal, órgão deliberativo do Município, é constituída por 24 membros, dos

quais 21 são eleitos diretamente e os restantes 3 são Presidentes das Juntas de Freguesia.

A Mesa da Assembleia Municipal até à data de 17 de outubro de 2017 era composta por:

- Presidente da Assembleia Municipal - José Carlos Costa Barros

- 1.º Secretário – Maria do Rosário Papa Fina Proença

- 2.º Secretário – Miguel Moreira da Costa

A composição e pelouros na Câmara Municipal era constituída por:

- Presidente: Luis Filipe Soromenho Gomes

Ordenamento do território e urbanismo, Património, Obras Municipais, Habitação,

Planeamento e Desenvolvimento Económico, Atividades Económicas (Turismo, Comércio,

Agricultura, Pesca), Finanças, Política Desportiva, Projetos na área do desporto e saúde,

Política do Complexo Desportivo, Comunicação, Cultura, nas seguintes áreas: Centro

Cultural António Aleixo, Núcleo do Património Material e Imaterial e Eventos Culturais, e

Informática.

- Vice-Presidente: Maria da Conceição Cipriano Cabrita

Educação e Juventude, Eventos desportivos, Clubes e Associativismo, Acão Social, Saúde,

Recursos Humanos, Emprego, Transportes e Cultura, onde se inclui apenas a Biblioteca

Municipal, o Arquivo Histórico e as Associações Culturais.

3

- Vereador – João Filipe de Brito Sol Pereira

Gestão corrente do Urbanismo, Ambiente, Canil e Gatil Municipal, Gestão do espaço Público,

Mobilidade, Assuntos Jurídicos e Contratação Pública.

- Vereador – João Manuel Lopes Rodrigues

Serviços Gerais, Feiras, Mercados e Venda Ambulante, Trânsito e Sinalética, Cemitérios,

Parque de Campismo, Toponímia e Protecção Civil.

- Vereador – David Matias Murta Salas (suspensão de mandato com efeito de 22-11-2016 a

31-07-2017)

Sem Pelouros atribuídos.

- Vereador – José Estevão Correia da Cruz

Sem Pelouros atribuídos

- Vereador – Luís Miguel Cristo Salvador Salas

Sem Pelouros atribuídos.

- Vereador - Célia Maria Marques da Rosa Paz (de 22-11-2016 a 31-07-2017, em substituição

do vereador David Matias Murta Salas)

Sem Pelouros atribuídos.

Após as eleições autárquicas realizadas no dia 1 de Outubro de 2017, a Mesa da Assembleia

Municipal ficou composta do seguinte modo:

- Presidente da Assembleia Municipal - José Carlos Costa Barros

- 1.º Secretário – João Manuel Lopes Rodrigues

- 2.º Secretário – Maria Alexandra Martins do Livramento

Quanto à Câmara Municipal, a composição e distribuição de pelouros operou-se da seguinte

forma:

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- Presidente – Maria da Conceição Cipriano Cabrita

Ordenamento do território e Urbanismo; Património e Finanças; Assuntos Jurídicos e

Contratação Pública; Obras Municipais; Habitação; Ação Social; Desporto e Saúde; Política do

Complexo desportivo; Eventos Desportivos; Comunicação.

- Vice-Presidente- Luís Miguel Guerreiro Romão

Ambiente; Gestão de Espaço Público; Mobilidade; Turismo; Atividades Económicas; Emprego;

Planeamento e Desenvolvimento Económico; Toponímia; Eurocidade do Guadiana; Juntas de

Freguesia; Feiras e mercados.

- Vereador – Carla de Fátima Leiria Sabino Viegas

Educação e Juventude; Recursos Humanos; Cultura e Associações culturais .

- Vereador – Rui Carlos Piloto Pires

Serviços Gerais; Venda Ambulante; Trânsito, transportes e Sinalética; Cemitérios; Parque de

Campismo; Canil e Gatil Municipal.

- Vereador – António Maria Farinha Murta

Sem Pelouros atribuídos.

- Vereador – Cristina Nogueira Mira

Sem Pelouros atribuídos

- Vereador – Álvaro Filipe Madeira Leal

Sem Pelouros atribuídos.

5

Execução Orçamental

No decorrer do exercício de 2017, foram efetuadas as seguintes alterações ao

orçamento inicial: 2 revisões da receita; 80 modificações orçamentais da despesa; e 59

modificações ao PPI.

De salientar que, em sede de monotorização ao Plano de Ajustamento Municipal, o FAM

detetou a contabilização indevida do montante referente ao empréstimo de Assistência

Financeira no montante de 5.541.756,45€ na classificação da receita 13.01.99 (outras

receitas de capital) dando origem a segunda Revisão Orçamental da Receita de 2016

por forma a registar a cobrança para a classificação económica correcta 12.06.04

(Passivos Financeiros – Empréstimos de Longo Prazo), neste contexto em 2017 na sua

reunião ordinária de 28 de março de 2017, e deliberação da Assembleia Municipal

tomada na sua sessão ordinária realizada no dia 18 de abril de 2017, foi aprovada a

necessária revisão orçamental relativa ao ano civil de 2016, dando cumprimento/

execução às recomendações. Em conformidade, urgiu adotar idêntico procedimento

relativamente ao ano civil 2017, procedendo à revisão do orçamento municipal, dando

origem à abertura da rúbrica 1206010101 FAM - Fundo de apoio municipal (receita

orçamental - passivo financeiro), da rúbrica 03010201 PAM – Programa de Apoio Municipal

(juros), e abertura da rúbrica 10060201 PAM-Programa de Apoio Municipal (capital).

A segunda revisão orçamental surgiu na sequência de uma informação do FAM relativa

à contabilização da distribuição de resultados pelo FAM aos Municípios em

concordância com a nota explicativa do SATAPOCAL – Subgrupo de Apoio Técnico na

aplicação do POCAL no sentido de uniformizar a referida contabilização como receita

orçamental na rúbrica Abertura da rubrica de Rendimentos de Propriedade,

Participações nos lucros da Administração Pública: 050999 Outros.

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Receita

A execução orçamental da receita total foi de 69,82%, influenciada pelo recebimento da

segunda tranche do empréstimo associado ao FAM (Fundo de Apoio Municipal) em Julho de

2017.

O grau de execução da receita corrente foi 84,38%, para tal, muito contribuiu a execução acima

dos 100% da receita dos Impostos diretos e dos Rendimentos de Propriedade.

Segue-se o quadro com o resumo da Execução Orçamental da Receita nos últimos 4 anos:

Inicial Final Executado %

Corrente 22.191.334,00 € 22.191.334,00 € 18.725.402,25 € 84,38%

Capital 13.978.453,00 € 13.978.453,00 € 6.546.437,47 € 46,83%

Outras 25.555,00 € 25.555,00 € 1.312,87 € 5,14%

TOTAL 36.195.342,00 € 36.195.342,00 € 25.273.152,59 € 69,82%

Execução Orçamental da Receita2017

2014 2015 2016 2017

Executado Executado Executado Executado

Impostos Directos 9.399.981,14 € 9.711.570,09 € 10.336.393,65 € 10.844.573,59 € Impostos Indiretos 368.338,83 € 262.648,31 € 424.482,90 € 304.903,14 € Taxas Multas e Outras Penalidades 698.199,81 € 753.870,97 € 1.009.282,53 € 1.021.911,77 € Rendimentos de Propriedade 2.437.456,57 € 394.739,04 € 391.978,27 € 228.277,65 € Transferências Correntes 3.704.460,38 € 3.570.519,04 € 3.582.158,97 € 3.239.998,33 € Venda de Bens e Serviços Correntes 3.454.084,03 € 4.223.978,01 € 5.100.522,95 € 3.068.791,15 € Outras Receitas Correntes 88.587,03 € 688.909,47 € 95.676,33 € 16.946,62 € Venda de Bens de Investimento 288.425,62 € 81.258,54 € 3.632.912,81 € 2.852,34 € Transferências de Capital 213.561,07 € 413.148,43 € 227.845,24 € 492.591,05 € Passivos Financeiros 57.563.627,43 € - € 5.541.756,45 € 6.043.058,85 € Outras Receitas de Capital - € 941.208,57 € 50.545,20 € 7.935,23 € Reposições ñ abatidas nos pagamentos 11.802,38 € 38.026,80 € 13.087,83 € 1.312,87 €

Receita Corrente 20.151.107,79 € 19.606.234,93 € 20.940.495,60 € 18.725.402,25 €

Receita de Capital 58.065.614,12 € 1.435.615,54 € 9.453.059,70 € 6.546.437,47 €

Outras Receitas 11.802,38 € 38.026,80 € 13.087,83 € 1.312,87 €

TOTAL 78.228.524,29 € 21.079.877,27 € 30.406.643,13 € 25.273.152,59 €

Execução Orçamental da Receita

7

Segue-se o quadro demonstrativo da Receita Total do Município:

Relativamente à rubrica de venda de bens e serviços correntes apresenta uma execução de

54.26% em parte explicada pelo não recebimento da verba de RSU’s pela VRSA, Sociedade de

Gestão Urbana, Empresa Municipal previsto no Orçamento Inicial de 2017, por outro lado o não

recebimento de qualquer montante para cumprimento do estipulado no Contrato de Concessão

do Estacionamento Tarifado contribuiu para a fraca execução inicialmente prevista.

€-

€10.000.000,00

€20.000.000,00

€30.000.000,00

€40.000.000,00

€50.000.000,00

€60.000.000,00

€70.000.000,00

2014 2015 2016 2017

Evolução da Execução Orçamental da Receita

Receita Corrente Receita de Capital Outras Receitas

% por % do

Final Executado % Capítulo Total

Impostos Diretos 10.166.013,00 € 10.844.573,59 € 106,67% 57,91% 42,91%

Impostos Indiretos 433.662,00 € 304.903,14 € 70,31% 1,63% 1,21%

Taxas Multas e Outras Penalidades 1.640.718,00 € 1.021.911,77 € 62,28% 5,46% 4,04%

Rendimentos de Propriedade 199.762,00 € 228.277,65 € 114,27% 1,22% 0,90%

Transferências Correntes 3.684.873,00 € 3.239.998,33 € 87,93% 17,30% 12,82%

Venda de Bens e Serviços Correntes 5.656.110,00 € 3.068.791,15 € 54,26% 16,39% 12,14%

Outras Receitas Correntes 410.196,00 € 16.946,62 € 4,13% 0,09% 0,07%

Venda de Bens de Investimento 1.305.719,00 € 2.852,34 € 0,22% 0,04% 0,01%

Transferências de Capital 1.535.407,00 € 492.591,05 € 32,08% 7,52% 1,95%

Passivos Financeiros 10.611.281,00 € 6.043.058,85 € 56,95% 92,31% 23,91%

Outras Receitas de Capital 526.046,00 € 7.935,23 € 1,51% 0,12% 0,03%

Reposições ñ abatidas nos pagamentos 25.555,00 € 1.312,87 € 5,14% 100,00% 0,01%

Corrente 22.191.334,00 € 18.725.402,25 € 84,38% 74,09%

Capital 13.978.453,00 € 6.546.437,47 € 46,83% 25,90%

Outras 25.555,00 € 1.312,87 € 5,14% 0,01%

TOTAL 36.195.342,00 € 25.273.152,59 € 69,82% 100,00%

Execução Orçamental da Receita2017

8

Tendo em conta as Transferências de Capital estava previsto em orçamento inicial o

recebimento por parte da APA – Agencia Portuguesa do Ambiente no 1.250.000€ que apenas

foi executado 124.422€.

A execução dos Passivos financeiros de 56.95% é justificada pelo não recebimento da totalidade

das verbas do empréstimo do Fundo de Apoio Municipal, ficando por receber a 3ª tranche bem

como as verbas dos Passivos Contingentes com sentença em tribunal.

Receita Corrente

Analisando a estrutura da receita corrente, destacamos as rubricas mais relevantes: Impostos

Diretos, onde se inclui o Imposto Municipal Sobre Imoveis, o Imposto Municipal sobre

Transações Onerosas e o Imposto Único de Circulação (58%), as Transferências Correntes

(17%), e as Vendas de Bens e Serviços Correntes (16%), as quais representam cerca de 91% da

receita corrente (17.153.363,07€) e cerca de 68% da receita total (25.273.152,59€) arrecadada

durante o ano de 2017.

9

No gráfico seguinte, apresenta-se a evolução da receita líquida cobrada em sede de Impostos

Diretos, nomeadamente do IMI (7.326.001,16€) e do IMT (2.779.073,73€), no qual se evidencia

um aumento de cerca 27%, comparativamente com a média de receita obtida nos anos de 2009

a 2017 (7.968.238,42€).

No que respeita à evolução da receita liquida cobrada, destacamos as receitas provenientes do

IMT, com uma execução de 2.779.073,73€, as mesmas superaram a expectativa e a média da

receita arrecadada no período de 2009 a 2017 (1.813.380,17€).

Receita de Capital

Relativamente à estrutura da Receita de Capital, destacamos a execução nas rubricas

10030199 - Transferências de Capital no valor de 124.422€ referente ao Protocolo entre a APA

e o Município do financiamento da estrutura para protecção da praia de Monte Gordo, bem

como a execução dos Passivos Financeiros no valor de 6.043.058,85€ com o recebimento da 2ª

tranche do FAM no montante de 5.541.756,45€ e de 501.302,40€ respeitante a Passivos

contingentes, e nos Passivos Financeiros (com uma execução de 56,95%) explicado pelo

10

recebimento apenas da segunda tranche do empréstimo contratualizado com o Fundo de Apoio

Municipal (FAM) ficando em falta o recebimento da 3ª Tranche do FAM bem como Processos de

Passivos Contingentes a aguardar sentença de Tribunal.

Transferências Obtidas

Seguem os valores absolutos da rubrica Transferências de Obtidas:

11

Segue-se o gráfico com a decomposição da receita arrecadada na rubrica Transferências

Obtidas, de acordo com os valores constantes nos Mapas de transferências correntes e de

capital obtidas, correspondentes aos anexos 8.3.4.3 e 8.3.4.4 às demonstrações financeiras:

Analisando em detalhe o somatório das Transferências Obtidas, verifica-se uma diminuição de

77.414,83€ (2%) face ao ano de 2016.

Os valores transferidos do Orçamento de Estado apresentam um acréscimo nos FEF de 32.128€

(2%) e uma diminuição de 32.310€ na Participação Fixa no IRS.

Na rubrica Outras Receitas, enquadram-se as receitas provenientes de entidades como a

Direção Geral dos Estabelecimentos Escolares; o Instituto do Emprego e Formação Profissional

e o IEFP – Centro de Emprego VRSA, Comissão Nacional de Promoção dos Direitos e Protecção

das Crianças por exemplo.

Os projectos co-financiados pela Região de Turismo do Algarve, Turismos de Portugal e Agência

para o Desenvolvimentos e Coesão, IP apresentam um aumento de transferências no montante

de 47.940,05€ face a 2016.

12

Despesa

No que diz respeito à execução orçamental da despesa, verifica-se uma concretização de

73.38%, face ao Orçamento Municipal para 2017.

Execução Orçamental da Despesa

2017

Inicial Final Executado % vs

Exec Valor %

Despesas com Pessoal 8.407.018,00 € 7.691.883,87 € 7.405.625,04 € 96,28% 27,88%

Aquisição de Bens e Serviços 12.088.427,00 € 12.020.834,94 € 7.749.228,38 € 64,46% 29,18%

Juros e Outros Encargos 3.514.299,00 € 3.314.511,89 € 2.545.217,08 € 76,79% 9,58%

Transferências Correntes 3.509.603,00 € 4.439.486,60 € 3.426.050,86 € 77,17% 12,90%

Outras Despesas Correntes 769.840,00 € 575.634,07 € 485.835,67 € 84,40% 1,83%

Aquisições de Bens de Capital 2.418.355,00 € 2.257.532,18 € 715.803,67 € 31,71% 2,70%

Transferências de Capital 66.190,00 € 60.877,30 € 60.316,70 € 99,08% 0,23%

Ativos Financeiros 175.114,00 € 116.744,00 € 58.371,00 € 50,00% 0,22%

Passivos Financeiros 3.600.689,00 € 4.081.963,14 € 2.481.493,61 € 60,79% 9,34%

Outras despesas de Capital 1.645.807,00 € 1.635.874,01 € 1.632.334,86 € 99,78% 6,15%

Total Despesa Corrente 28.289.187,00 € 28.042.351,37 € 21.611.957,03 € 77,07% 81,37%

Total Despesa de Capital 7.906.155,00 € 8.152.990,63 € 4.948.319,84 € 60,69% 18,63%

TOTAL 36.195.342,00 € 36.195.342,00 € 26.560.276,87 € 73,38% 100,00%

Analisando o quadro acima, verifica-se que a rúbrica das “Aquisições de bens de capital”

apresentou uma execução na ordem dos 31,71% derivado a, na altura da elaboração do

orçamento municipal de 2017 ter sido previsto para a obra do Passadiço da Praia de Monte

Gordo o montante de 1.250.000€ adjudicado por valor inferior de 829.478,68€, também a obra

de remoção do telhado municipal inicialmente previsto pelo valor de 344.500€ e cabimentado

por valor inferior de 317.887,89€ não existindo qualquer valor facturado e pago em 2017.

Podemos verificar que o peso das despesas com pessoal assume mais de 25% do valor total da

execução da despesa, embora o seu valor absoluto tenha vindo a decrescer, comparativamente

com a média da execução dos 3 últimos exercícios, como se comprova no quadro seguinte:

13

Reflete-se no quadro seguinte o resumo da execução dos compromissos assumidos, da despesa

faturada e da dívida orçamental á data de 31-12-2017, face ao orçamento municipal:

Valor % Valor % Valor %

Despesas com Pessoal 7.835.803,03 € 7.626.750,07 € 97,33% 8.418.211,19 € 7.659.486,56 € 90,99% 8.154.596,58 € 7.468.518,68 € 91,59%Aquisição de Bens e Serviços 26.182.419,88 € 22.545.788,73 € 86,11% 12.103.282,90 € 5.566.631,64 € 45,99% 13.435.872,16 € 7.946.934,97 € 59,15%Juros e Outros Encargos 3.869.094,07 € 3.478.128,98 € 89,90% 4.750.368,39 € 3.171.180,90 € 66,76% 4.821.062,26 € 3.711.824,81 € 76,99%Transferências Correntes 14.872.950,94 € 14.020.606,38 € 94,27% 4.618.086,73 € 1.652.054,47 € 35,77% 5.029.306,59 € 3.552.883,09 € 70,64%Subsídios - € - € 0,00% - € - € 0,00% - € - € 0,00%Outras Despesas Correntes 962.584,40 € 852.028,44 € 88,51% 869.064,79 € 520.768,06 € 59,92% 560.723,38 € 332.782,63 € 59,35%Aquisições de Bens de Capital 17.124.817,02 € 16.619.243,33 € 97,05% 1.572.206,94 € 590.964,25 € 37,59% 1.159.073,64 € 489.120,10 € 42,20%Transferências de Capital 7.543.883,26 € 7.524.459,57 € 99,74% 55.723,03 € 47.017,71 € 84,38% 1.986.525,59 € 1.982.538,04 € 99,80%Ativos Financeiros - € - € 0,00% 116.743,00 € 58.371,00 € 0,00% 175.114,00 € 175.113,00 € 0,00%Passivos Financeiros 3.497.626,69 € 3.341.125,73 € 95,53% 3.333.450,00 € 2.780.783,04 € 83,42% 4.037.420,43 € 3.346.750,44 € 82,89%Outras despesas de Capital 1.460.419,71 € 1.460.419,71 € 100,00% 1.729.709,03 € - € 0,00% 1.568.494,86 € 114.708,85 € 7,31%Total Correntes 53.722.852,32 € 48.523.302,60 € 90,32% 30.759.014,00 € 18.570.121,63 € 60,37% 32.001.560,97 € 23.012.944,18 € 71,91%Total Capital 29.626.746,68 € 28.945.248,34 € 97,70% 6.807.832,00 € 3.477.136,00 € 51,08% 8.926.628,52 € 6.108.230,43 € 68,43%

TOTAL 83.349.599,00 € 77.468.550,94 € 92,94% 37.566.846,00 € 22.047.257,63 € 58,69% 40.928.189,49 € 29.121.174,61 € 71,15%

2016

FinalExecutadoRubricas de Despesa Executado Executado

Final

2014

Final

2015

2017 Em euros

Despesa OrçamentalDotações

corrigidas

Compromissos

assumidosDespesa faturada

Despesa paga em

2017

Compromissos por

pagar

Dívida

orçamental

Total da despesa 36.195.342 35.875.195 33.875.466 26.560.277 9.314.918 7.315.189

Despesas correntes 28.039.701 27.772.347 26.410.953 21.611.957 6.160.390 4.798.996

Despesas com o pessoal 7.691.884 7.686.003 7.663.413 7.405.625 280.378 257.788

Aquisição de bens e serviços 12.018.185 11.772.996 10.798.551 7.749.228 4.023.767 3.049.322

Juros e outros encargos 3.314.512 3.306.208 3.302.856 2.545.217 760.991 757.639

Transferências correntes 4.439.487 4.435.364 4.148.187 3.426.051 1.009.313 722.136

Outras despesas correntes 575.634 571.776 497.947 485.836 85.940 12.111

Despesas de capital 8.152.991 8.102.849 7.464.513 4.948.320 3.154.529 2.516.193

Aquisição de bens de capital 2.257.532 2.222.268 1.583.934 715.804 1.506.464 868.130

Transferências de capital 60.877 60.877 60.877 60.317 561 561

Ativos financeiros 116.744 116.744 116.742 58.371 58.373 58.371

Passivos financeiros 4.081.963 4.070.625 4.070.625 2.481.494 1.589.131 1.589.131

Outras despesas de capital 1.635.874 1.632.335 1.632.335 1.632.335 0 0

Peso da Despesa corrente na Despesa total 77,47% 77,41% 77,96% 81,37% 66,13% 65,60%

Peso da Despesa de capital na Despesa total 22,52% 22,59% 22,04% 18,63% 33,87% 34,40%

14

No âmbito do controlo orçamental, há a destacar:

� Nos Passivos financeiros, a execução de 2.481.493,61 € está influenciada pelo valor de

121.746,47€ este montante diz respeito à terceira prestação do empréstimo do PAEL de

novembro de 2016 liquidada em janeiro de 2017..

� 9.314.918€, de compromissos assumidos por pagar, do qual: 6.160.390€ refere-se a

despesa corrente e 3.154.529€ a despesa de capital;

� 7.315.189€, de Dívida orçamental, da qual 4.798.996€ refere-se a despesa corrente e

2.516.193€ a despesa de capital; e

� A execução orçamental da despesa (26.560.276,87 €) é superior à execução da receita

(25.273.152,59 € €) no montante 1.287.124,28€.

Equilíbrio Orçamental e Endividamento Municipal

No que se refere ao cumprimento das regras de equilíbrio e do endividamento municipal

previstas na Lei n.º 73/2013, de 3 de setembro, o Município de Vila Real de Santo António,

podemos observar à data de 31-12-2017:

� O agravamento do Desequilibro orçamental, calculado nos termos do artigo 40.º, face a

31-12-2016, resultante do facto a receita corrente bruta cobrada ter sido inferior à

despesa corrente acrescida das amortizações médias de empréstimos de médio e longo

prazo.

Cálculo do equilíbrio orçamentalCálculo do equilíbrio orçamentalCálculo do equilíbrio orçamentalCálculo do equilíbrio orçamental 31313131----12121212----2017201720172017 31313131----12121212----2016201620162016 VariaçãoVariaçãoVariaçãoVariação ∆%%%%

Receita Corrente do exercício (RC) 18.725.402,25 20.940.495,60 -2.215.093,35 -11%

Despesa corrente do exercício (DC) 21.611.957,03 23.012.944,18 -1.400.987,15 -6%

Média das amortizações dos empréstimos (MAE) 4.169.787,79 3.874.775,30 295.012,49 8%

Equilíbrio orçamental (saldo corrente (SC) - MAE) -7.056.342,57 -5.947.223,88 -1.109.118,69 19%

Equilíbrio orçamental/Receita Corrente Total -37,68% -28,40% --- ---

15

� De acordo com a execução do orçamento no final do período em análise, verifica-se que

a receita corrente bruta cobrada foi inferior à soma da despesa corrente paga (inclui

juros dos empréstimos bancários no valor de 1.068.410,14) com as amortizações dos

empréstimos, conforme quadro:

Execução orçamental a 31Execução orçamental a 31Execução orçamental a 31Execução orçamental a 31----12121212----2017201720172017 Valores cobrados Valores cobrados Valores cobrados Valores cobrados

/liquidados/liquidados/liquidados/liquidados Encargos do ano (amortizações e Encargos do ano (amortizações e Encargos do ano (amortizações e Encargos do ano (amortizações e

juros) não pagas juros) não pagas juros) não pagas juros) não pagas

Receita corrente bruta cobrada 18.725.402,25 ---

Despesa corrente paga 21.611.957,03 939.869,62

Amortizações de empréstimos ML/P (AE) 2.481.493,61 1.589.131,27

Saldo corrente (SC) Saldo corrente (SC) Saldo corrente (SC) Saldo corrente (SC) –––– (AE)(AE)(AE)(AE) ----5.368.048,395.368.048,395.368.048,395.368.048,39 2.529.000,892.529.000,892.529.000,892.529.000,89

Saldo Corrente/Receita Corrente Total -29% ---

� De acordo com os valores apresentados na Ficha do Município do 4.º Trimestre 2017, a

Dívida em excesso ascende a 46.220.336€, face o limite da dívida total (30.348.919€),

conforme o disposto no artigo 52.º, uma vez que a dívida total, das operações

orçamentais, totaliza o montante de 76.569.255€;

� Verifica-se Pagamentos em atraso no montante de 7.191.198,24€ e o Prazo médio de

pagamentos de 405 dias, resultante da dívida a fornecedores com um saldo de contas

por pagar de 11.065.069,97€, das quais 5.570.111,92€ dizem respeito aquisições de

bens e serviços, 2.372.140,39€ de Juros e outros encargos e 1.252.142,11€ de

Transferências correntes para fora das Adm.

� 2.5 Salientamos que à data, se encontra em mora o montante total de

2.623.230,14€, que inclui 96.996,09 de Juros do Empréstimo do FAM (2º semestre) e

2.529.000.89€ do Serviço da divida (capital e juros) do empréstimo do PAEL, conforme

quadro abaixo:

16

Datas de Datas de Datas de Datas de VencimentoVencimentoVencimentoVencimento

CapitalCapitalCapitalCapital JurosJurosJurosJuros

1ª Fase 2ª Fase 3ª Fase TotalTotalTotalTotal 1ª Fase 2ª Fase 3ª Fase TotalTotalTotalTotal

15151515----11111111----2016201620162016 366.992,27 --- --- 366.992,27366.992,27366.992,27366.992,27 212.371,09 66.581,21 --- 278.952,30278.952,30278.952,30278.952,30

15151515----05050505----2017201720172017 366.992,27 122.330,76 121.746,47 611.069,50611.069,50611.069,50611.069,50 203.105,50 63.676,32 65.750,25 332.532,07332.532,07332.532,07332.532,07

15151515----11111111----2017201720172017 366.992,27 122.330,76 121.746,47 611.069,50611.069,50611.069,50611.069,50 200.572,69 62.882,25 63.930,31 328.385,25328.385,25328.385,25328.385,25

TotaisTotaisTotaisTotais 1.100.976,811.100.976,811.100.976,811.100.976,81 244.661,52244.661,52244.661,52244.661,52 243.492,94243.492,94243.492,94243.492,94 1.589.131,1.589.131,1.589.131,1.589.131,22227777 616.049,28616.049,28616.049,28616.049,28 193.139,78193.139,78193.139,78193.139,78 130.680,56130.680,56130.680,56130.680,56 939.869,62939.869,62939.869,62939.869,62

Execução Económico-Financeira

Demonstração de Resultados

Custos e Perdas

Os custos e perdas de 2017 registam um aumento no montante de 7.150.691,19€ (29%), face ao

ano de 2016, esta diferença é explicada pelo aumento de dois milhões nos fornecimentos e

serviços externos, de 2.744.416,32€ na rúbrica das transferências correntes, subsídios e

prestações sociais, houve também um incremento de 3 milhões de euros na rúbrica das

provisões do exercício para cobranças duvidosas de dívidas a receber com antiguidade superior

a 6 anos tais como o valor de 55.325,25€ do Robinson Hotels Portugal, S.A., da VNC Vila Nova de

Cacela Promoção Imobiliária e Investimentos Turísticos, Lda. no valor de 370.000€. Foi

igualmente constituída provisão para a divida da Unifaro relacionada com o Projeto do Pavilhão

Gimnodesportivo de Vila Real de Santo António pelo valor de 2.578.890,80€.

Relativamente aos Custos e perdas financeiros estes apresentam um aumento de 908.503,05€

face ao ano de 2016, este acréscimo é explicado pelo registo do resultado líquido negativo da

entidade participada VRSA, Sociedade de Gestão Urbana, S.A.

Na análise desta área, constata-se o insucesso na tendência de redução de custos no quadriénio

em análise, que contraria o esforço de diminuição dos custos resultante da implementação de

medidas de Redução da Despesa, propostas no âmbito do Plano de ajustamento financeiro

apresentado na candidatura ao PAEL e FAM.

17

Seguidamente apresenta-se o peso de cada rubrica na estrutura de Custos e Perdas, no ano de

2017:

Proveitos e Ganhos

Os proveitos e ganhos em 2017 apresentaram um incremento de 3 % face ao ano anterior

apresentando o somatório de 22 milhões, setecentos e dezassete mil, cento e trinta e sete euros

Custos e Perdas 2014 2015 2016 2017

CMVMC 184.814,85 € 190.289,89 € 150.028,52 € 105.593,33 €

Fornecimentos e serviços externos 7.003.144,31 € 6.681.694,63 € 6.694.774,62 € 8.787.732,56 €

Custos com o pessoal 7.447.212,42 € 8.161.666,24 € 7.340.746,04 € 7.147.851,08 €

Transf.+ Subsídios + Prestações sociais 1.296.351,54 € 1.981.765,55 € 2.320.511,38 € 5.064.927,70 €

Amortizações do exercício 2.734.691,94 € 2.784.247,78 € 2.860.256,26 € 2.619.949,10 €

Provisões do exercício 41.773,11 € 3.675.080,65 € - € 3.004.216,05 €

Outros custos e perdas operacionais 115.130,66 € 118.521,16 € 180.837,50 € 214.812,18 €

Custos e perdas financeiros 3.528.031,49 € 5.092.256,70 € 2.856.532,95 € 3.765.036,00 €

Custos e perdas extraordinárias 2.155.789,35 € 578.649,07 € 1.873.056,78 € 717.317,24 €

Total dos Custos e Perdas 24.506.939,67 € 29.264.171,67 € 24.276.744,05 € 31.427.435,24 €

18

e seis cêntimos. Mantém-se a estrutura dos proveitos, na qual os Impostos e Taxas representam

mais de 52% da totalidade dos proveitos Municipais.

Apresenta-se o peso de cada rubrica na estrutura de Proveitos e Ganhos, no ano de 2017:

Resultados

Proveitos e Ganhos 2014 2015 2016 2017

Vendas e Prestações de serviços 3.225.531,73 € 3.618.262,70 € 3.445.872,96 € 3.479.643,66 €

Impostos e taxas 10.301.971,73 € 10.852.853,97 € 12.185.211,40 € 11.919.605,40 €

Proveitos suplementares 841.576,56 € 842.749,44 € 895.412,60 € 970.629,08 €

Transferências e subsídios obtidos 3.818.991,01 € 3.861.179,30 € 3.473.218,14 € 3.444.217,59 €

Outros proveitos e ganhos operacionais 331.592,73 € 406.043,24 € 307.192,79 € 280.209,87 €

Proveitos e ganhos financeiros 489.809,21 € 457.898,22 € 776.870,20 € 416.302,39 €

Proveitos e ganhos extraordinários 599.747,46 € 2.146.443,35 € 918.089,07 € 2.206.529,07 €

Total dos Proveitos e Ganhos 19.609.220,43 € 22.185.430,22 € 22.001.867,16 € 22.717.137,06 €

19

Os resultados líquidos de acordo com a terminologia contabilística, são um resultado de

natureza financeira que traduz a performance económico-financeira de uma determinada

entidade durante um determinado período de tempo, que para o efeito é de um ano económico.

Este cálculo é o resultado de um processo multifacetado que se inicia com a identificação de

todos os custos e proveitos imputáveis ao Município no período em causa. Tanto os custos como

os proveitos têm naturezas diversas, podendo ser de natureza operacional, financeiros e

extraordinários.

Apuramento dos resultados do último quadriénio, demonstrado no quadro seguinte:

No gráfico seguinte, demonstra-se a evolução dos resultados líquidos do Município de Vila Real

de Santo António:

Resultados 2014 2015 2016 2017

Total dos Custos e Perdas 24.506.939,67 € 29.264.171,67 € 24.276.744,05 € 31.427.435,24 €

Total dos Proveitos e Ganhos 19.609.220,43 € 22.185.430,22 € 22.001.867,16 € 22.717.137,06 €

Resultados Líquidos 4.897.719,24 €- 7.078.741,45 €- 2.274.876,89 €- 8.710.298,18 €-

20

Segue a evolução dos resultados por natureza e o gráfico com a sua tendência nos últimos anos:

Em traços gerais o ano de 2017 foi pautado por uma evolução negativa dos Resultados por

Natureza conforme explicado no desenrolar do presente Relatório, sucintamente foram

registados vários movimentos que contribuíram para o cenário decrescente dos Resultados, tais

como o registo do resultado liquido negativo da empresa municipal em mais de um milhão e

meio, o provisionamento de cerca de três milhões por conta de clientes cobrança duvidosa

(Unifaro, VNC Vila Nova de Cacela Promoção Imobiliária e Investimentos Turísticos, Lda.,

Robinson Hotels, entre outros), o reconhecimento de 1.723.764,83€ para Equilíbrio Económico-

financeiro do Complexo Desportivo conforme previsto no Contrato programa entre o Município

e a VRSA – Sociedade de Gestão Urbana, EM, SA.

Resultados por Natureza 2014 2015 2016 2017

Resultados Operacionais 303.455,07 €- 4.012.177,25 €- 759.753,57 € 6.850.776,40 €-

Resultados Financeiros 3.038.222,28 €- 4.634.358,48 €- 2.079.662,75 €- 3.348.733,61 €-

Resultados Extraordinários 1.556.041,89 €- 1.567.794,28 € 1.319.909,18 €- 10.199.510,01 €-

Resultados Líquidos 4.897.719,24 €- 7.078.741,45 €- 2.274.876,89 €- 8.710.298,18 €-

21

Balanço

Ativo

No decorrer do ano de 2017, o total do ativo líquido regista um aumento de 647.193€, face ao

valor apresentado 2016, ascendendo no final do ano, a cento e noventa e três milhões,

seiscentos e sessenta e oito mil e cem euros e setenta cêntimos.

A variação positiva de 647.193€, no total do ativo líquido resulta, essencialmente da diferença

de, por um lado o incremento em Acréscimo de proveitos da estimativa de Imposto Municipal de

Imóveis a receber no decorrer de 2018 respeitante ao ano de 2017, ficando assim reconhecida a

receita conforme preconiza a alínea d) do ponto 3.2 do POCAL, o princípio da especialização (ou

do acréscimo) que prevê que os proveitos e os custos são reconhecidos quando obtidos ou

incorridos, independentemente do seu recebimento ou pagamento, devendo incluir-se nas

demonstrações financeiras dos períodos a que respeitem, por outro lado do reconhecimento de

Perda na entidade participada no montante total de 1.567.700,24€ decorrente da aplicação do

Método de equivalência patrimonial na participação financeira da VRSA – SGU em que a

Autarquia detém 100% participação no Capital Social, do montante de depósitos em

instituições financeiras que em 2017 apresenta o valor de 775.265,01€ e em 2016 era de

2.794.239,84€, a rubrica de outros devedores também apresentou uma diminuição de

1.560.474,43€ face a 2016.

Ativo Líquido 2014 2015 2016 2017

IMOBILIZADO 175.655.633,56 € 170.048.039,83 € 178.272.044,93 € 175.061.861,66 €

Bens de domínio público 25.919.031,23 € 25.469.841,45 € 38.155.226,38 € 37.964.360,58 €

Imobilizações incorpóreas 508.357,81 € 467.890,56 € 239.620,30 € 160.805,01 €

Imobilizações corpóreas 101.469.108,29 € 97.706.781,03 € 92.819.825,09 € 91.358.771,36 €

Investimentos financeiros 47.759.136,23 € 46.403.526,79 € 47.057.373,16 € 45.577.924,71 €

Existências 233.783,39 € 226.679,28 € 250.709,31 € 221.909,08 €

Dívidas de terceiros 11.450.390,61 € 11.485.867,08 € 11.467.268,78 € 10.393.905,42 €

Títulos negociáveis - € - € - € - €

Depósitos Bancários 1.491.302,13 € 776.737,10 € 2.794.239,84 € 775.265,01 €

Caixa 9.335,83 € 11.262,37 € 3.901,60 € 11.071,81 €

Acréscimos e Diferimentos 75.862,11 € 166.432,16 € 232.743,24 € 7.204.087,72 €

Total do Ativo 188.916.307,63 € 182.715.017,82 € 193.020.907,70 € 193.668.100,70 €

22

Passivo

No âmbito do processo do PAEL e FAM, o Tribunal de Contas concedeu o Visto a 22 de abril de

2014 e 11 de Outubro de 2016 respetivamente para os contratos de empréstimo do Reequilíbrio

financeiro / PAEL e FAM, que identificamos no quadro seguinte a posição dos mesmos, à data de

31-12-2017:

Como consequência da obtenção dos referidos empréstimos, a estrutura do Passivo no Balanço

do Município de Vila Real de Santo António apresenta à data de 31-12-2017, um saldo das

Dívidas a terceiros ML/P (65.321.375,09€) e nas Dívidas a terceiros C/P (12.867.722,00€).

Inicial Atual Inicial Restante

1.800.032.496.777.000.000 Santander Totta 3.500.000,00 € 2.960.348,75 € 20 16 2,76%

3.300.004.544.149.410.000 Millennium BCP 4.000.000,00 € 3.300.000,00 € 20 16 6,50%

0046.0332.00.6001957228 Banco Popular 210.000,00 € 171.515,49 € 15 12 3,75%

45.570.404.000.667.500.000 CCAM 500.000,00 € 455.950,67 € 20 16 5,73%

3.601.149.910.000.300.000 Montepio 454.322,94 € 225.543,71 € 10 6 8,43%

1.000.000.130.022.010.000 BPI/CGD/N.BANCO 24.650.000,00 € 21.406.577,92 € 20 16 2,48%

Reequilíbrio Financeiro 33.314.322,94 € 28.519.936,54 €

PAEL0291E133142014.01 DGTF/IGCP 14.679.690,86 € 13.211.721,78 € 20 16 2,99%

PAEL0291E133142014.02 DGTF/IGCP 4.893.230,29 € 4.281.576,49 € 20 16 2,81%

PAEL0291E133142014.03 DGTF/IGCP 4.893.230,29 € 4.261.126,42 € 20 16 2,92%

PAEL DGTF/IGCP 24.466.151,44 € 21.754.424,69 € 20 16

FAM FAM - IGCP 11.584.815,30 € 11.584.815,30 € 20 18 1,75%

Empréstimos BancoMontante Prazo

Taxa de juro atual

Total

Passivo 2014 2015 2016 2017

Provisões para riscos e encargos 734.672,06 € 3.625.726,82 € 3.552.931,81 € 2.032.942,99 €

Instituições de Crédito 62.283.859,81 € 59.508.562,49 € 61.691.187,47 € 65.253.294,13 €

Adiantamentos por conta de vendas 7.729,85 € - € - € - €

Fornecedores c/c 11.586.017,04 € 14.210.850,13 € 10.447.702,88 € 9.846.814,50 €

Clientes e utentes c/cauções 28.745,72 € 32.376,98 € 27.955,38 € 28.756,38 €

Fornecedores de imobilizado c/c 981.306,05 € 1.076.753,30 € 705.574,87 € 1.250.920,48 €

Estado 226.465,25 € 628.663,00 € 932.368,94 € 170.926,42 €

Outros Credores 2.134.873,82 € 2.237.087,81 € 2.434.422,66 € 1.638.385,18 €

Acréscimos e Diferimentos 20.987.387,38 € 21.029.690,24 € 24.734.100,18 € 26.588.731,58 €

Total do Passivo 98.971.056,98 € 102.349.710,77 € 104.526.244,19 € 106.810.771,66 €

23

No decorrer do ano de 2017, o passivo aumentou cerca de 2% face ao ano anterior, segue o

gráfico com o peso de cada rubrica na Estrutura do Passivo:

Fundos Próprios

À data de 31-12-2017, o Património do Município encontra-se valorizado em 142.283689,03€ e

os Fundos Próprios ascendem a cerca de 87 milhões de euros, incluindo o resultado líquido

negativo do exercício de 8.710.298,18€.

Os Fundos Próprios sofreram um decréscimo no montante de 1.637.334,47€, face a igual

período de 2016. Ver nota 8.2.28 do anexo ao Balanço e D.R.

1,9%

61,1%

0,0%

9,2%

0,0%

1,2%

0,2%

1,5%24,9%

Estrutura do Passivo

Provisões para riscos e encargos Instituições de Crédito Adiantamentos pro conta de vendas

Fornecedores c/c Clientes e utentes c/cauções Fornecedores de imobilizado c/c

Estado Outros Credores Acréscimos e Diferementos

Fundos Próprios 2014 2015 2016 2017

Património 124.918.725,80 € 124.836.549,53 € 142.089.484,22 € 142.283.689,03 €

Ajustamento de partes de capital 9.108.070,36 € 9.716.567,89 € 8.546.725,79 € 8.635.103,33 €

Reservas 1.304.230,45 € 1.304.230,45 € 1.304.230,45 € 1.304.230,45 €

Subsídios 356.429,11 € 356.429,11 € 356.429,11 € 356.429,11 €

Doações 633.764,22 € 646.743,85 € 647.571,85 € 548.473,85 €

Resultados Transitados 41.478.250,05 €- 49.416.472,33 €- 62.174.901,02 €- 57.560.298,55 €-

Resultado líquido do exercício 4.897.719,24 €- 7.078.741,45 €- 2.274.876,89 €- 8.710.298,18 €-

Total do Fundos Próprios 89.945.250,65 € 80.365.307,05 € 88.494.663,51 € 86.857.329,04 €

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Proposta para aplicação dos resultados do Exercício

Propõe-se à Assembleia Municipal que o Resultado Líquido negativo do Exercício

(8.710298,18€) seja transferido para a Conta de Resultados Transitados (59).

Factos relevantes ocorridos após o termo do Exercício

Em sede de execução da segunda tranche do FAM, aguardamos validação por parte da Comissão

Executiva de todos os pagamentos com o segundo desembolso do empréstimo em apreço bem

como do Relatório de Execução para efeitos de libertação da terceira e última tranche do FAM.

O artigo 303.º da LOE2018 vem aditar o n.º 5 do artigo 19.º da Lei do FAM, que determina para o

próximo quadriénio (2018 a 2021), uma redução progressiva das contribuições para o FAM de

25%, 50%, 75% e 100% para os anos 2018, 2019, 2020 e 2021 É ajustado o valor do capital

social do FAM, sendo necessário que cada município efetue o ajustamento do valor da sua

participação no capital social do FAM (com reflexo nos respetivos documentos previsionais e de

prestação de contas), nos termos previstos nos n.ºs 1 e 2 do artigo 17º da referida Lei. Os

ajustamentos acima referidos deverão ocorrer e ter reflexo nas contas dos municípios apenas

em 2018. Devendo, no entanto, os municípios proceder à divulgação desta situação nos

documentos de prestação de contas de 2017.

Outras informações

Nos termos do n.º 4 do artigo 29.º da Lei 53/2014, de 25 de agosto, segue junto ao presente

Relatório: Anexo ao relatório de gestão do exercício de 2017 com Execução do FAM até 31-12-2017

bem como anexos complementares de execução do PAM, a submeter à assembleia municipal

para acompanhamento do Programa.

Vila Real de Santo António, 13 de abril de 2018.