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LEI Estado do Rio de Janeiro cAMARA MUNICIPAL DE DUQUE DE CAXIAS ,DE 12 DE NOVEMBRO DE 2009. Cria 0 Conselho Municipal do Idoso, e da outras providencias. A cAMARA MUNICIPAL DE DUQUE DE CAXIAS decreta e eu sanciono a seguinte Lei: Art. 1°. Fica criado 0 Conselho Municipal do Idoso (CMI), como orgao deliberativo, consultivo, fiscalizador e controlador das ayoes, em todos os niveis, dirigidas a proteyao e a defesa dos direitos do idoso. Art. 2°. Compete ao Conselho Municipal do Idoso: I. elaborar e aprovar 0 seu Regimento Intemo; II. formular, acompanhar e fiscalizar a politica do idoso, a partir de estudos e pesquisas; III. participar da elaborayao do diagnostico social do Municipio, formular em conjunto com os tecnicos afins e aprovar 0 Plano Integrado Municipal do Idoso, garantindo 0 atendimento integral ao mesmo; IV. aprovar programas e projetos de acordo com a Politica do Idoso em articulayao com os PIanos setoriais; V. orientar, fiscalizar e avaliar a aplicayao dos recursos oryamentarios do "Fundo Municipal do Idoso"; VI. zelar pela efetiva descentralizayao politico-administrativa e pela co-participayao de organizayoes representativas dos idosos na formulayao de Politicas, PIanos, Programas e Projetos de Atendimento ao Idoso·

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LEI

Estado do Rio de Janeiro cAMARA MUNICIPAL DE DUQUE DE CAXIAS

,DE 12 DE NOVEMBRO DE 2009.

Cria 0 Conselho Municipal do Idoso, e da outras providencias.

A cAMARA MUNICIPAL DE DUQUE DE CAXIAS

decreta e eu sanciono a seguinte Lei:

Art. 1°. Fica criado 0 Conselho Municipal do Idoso (CMI), como orgao deliberativo, consultivo, fiscalizador e controlador das ayoes, em todos os niveis, dirigidas a proteyao e a defesa dos direitos do idoso.

Art. 2°. Compete ao Conselho Municipal do Idoso:

I. elaborar e aprovar 0 seu Regimento Intemo;

II. formular, acompanhar e fiscalizar a politica do idoso, a partir de estudos e pesquisas;

III. participar da elaborayao do diagnostico social do Municipio, formular em conjunto com os tecnicos afins e aprovar 0 Plano Integrado Municipal do Idoso, garantindo 0 atendimento integral ao mesmo;

IV. aprovar programas e projetos de acordo com a Politica do Idoso em articulayao com os PIanos setoriais;

V. orientar, fiscalizar e avaliar a aplicayao dos recursos oryamentarios do "Fundo Municipal do Idoso";

VI. zelar pel a efetiva descentralizayao politico-administrativa e pela co-participayao de organizayoes representativas dos idosos na formulayao de Politicas, PIanos, Programas e Projetos de Atendimento ao Idoso·

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§ 1 0. A dotac;ao orc;arnentaria prevista para 0 orgao executor da Administrac;ao Publica Municipal, responsavel pelo idoso, sera automaticarnente transferida para a conta do Fundo Municipal do Idoso (FMI) tao logo sejam realizadas as receitas correspondentes.

§ 2°. Os recursos que comp5em 0 Fundo serao depositados nos Bancos credenciados, em conta especial sob a denominac;ao - "Fundo Municipal do Idoso (FMI)".

Art. 19.0 Fundo Municipal do Idoso (FMI) sera gerido pela Secretaria Municipal de Assistencia Social sob orientac;ao e controle do Conselho Municipal do Idoso.

§ 1°. A proposta orc;arnentaria do Fundo Municipal do Idoso (FMI) constara na LDO - Lei das Diretrizes OrC;amentarias.

§ 2°. 0 Orc;amento do Fundo Municipal do Idoso (FMI) integrara o orc;amento da Secretaria Municipal de Assistencia Social.

Art.20. Os recursos do Fundo Municipal do Idoso (FMI) serao aplicados em:

I. financiamento total ou parcial de prograrnas, projetos e servic;os para os idosos, desenvolvidos pela Secretaria Municipal de Assistencia Social e outros orgao afins, de acordo com a legislac;ao pertinente responsavel pela execuc;ao da Politica do Idoso ou por orgaos conveniados;

II. pagamento pela prestac;ao de servic;os a entidades conveniadas de direito publico e privado para execuc;ao de programas e projetos especificos do setor do idoso;

III. aquisic;ao de material permanente e de consumo e de outros insumos necessarios ao desenvolvimento dos programas e projetos;

IV. construc;ao, reforma, ampliac;ao, aquisic;ao ou locac;ao de imoveis para prestac;ao de servic;os para 0 idoso;

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§ 2°. Qualquer altera9ao posterior ao Regirnento Intemo dependeni da delibera9ao de 2/3 (dois ter90s) dos Conselheiros do CMI.

TITULO II . DO FUNDO MUNICIPAL DO IDOSO

Art. 17. Fica criado 0 Fundo Municipal do Idoso (FMI), instrurnento de capta9ao e aplica9ao de recursos, que tern por objetivo proporcionar recursos e rneios para 0 funcionamento das a90es na area do idoso.

Art. 18. Constituirao receitas do Fundo Municipal do Idoso:

I. recursos provenientes da transferencia dos Fundos Nacional e Estadual do Idoso;

II. dota90es or9arnentarias do Municipio e recursos adicionais que a lei estabelecer no transcorrer de cada exercicio;

III. doa90es, auxilios, contribui90es, subven90es e transferencias de entidades nacionais e intemacionais, organiza90es govemarnentais e nao­govemarnentais;

IV. receitas de aplica90es financeiras de recursos do Fundo, realizadas na forma da lei;

V. as parcelas do produto de arrecada9ao de outras receitas proprias oriundas de financiarnentos das atividades econornicas, de presta9ao de servi90s e de outras transferencias que 0 Fundo Municipal do Idoso (FMI) tera direito a receber por for9a da lei e de convenios no setor;

VI. produto de convenios firmados com outras entidades financiadoras;

VII. doa90es em especie feitas diretamente ao Fundo;

VIII. outras receitas que venham a ser legalrnente instituidas.

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§ 5°. A representa9ao do Conselho sera efetivada por seu Presidente em todos os atos inerentes a seu exercicio ou por Conselheiros designados pelo Presidente para tal fim.

Art. 11. A Secretaria a qual se vincula 0 CM! compete coordenar e executar a Politica do Idoso, elaborando diagnosticos e 0 Plano Integrado Municipal do Idoso em parceria com 0 Conselho.

Art.12. As Organiza90es de Assistencia Social responsaveis por execu9ao de programas de atendimento aos idosos devem submeter os mesmos a aprecia9ao do Conselho Municipal do Idoso.

Paragrafo Unico - As organiza90es de Assistencia Social com atua9ao na area do idoso, deverao inscrever-se no Conselho Municipal de Assistencia Social e no Conselho Municipal do Idoso.

Art. 13. Cumpre ao Poder Executivo providenciar a aloca9ao de recursos humanos, materiais e financeiros necessarios a cria9ao, instala9ao e funcionamento do CM! e da Secretaria Executiva.

Art. 14. Para atendimento das despesas de instala9ao e manuten9ao do CM!, fica 0 Chefe do Poder Executivo autorizado a abrir credito especial, podendo, para tanto, movimentar recursos dentro do or9amento, no presente exercicio.

Art. 15. As despesas para manuten9ao e desenvolvimento das atividades do CM!, em 2009 enos anos subsequentes, constarao da LDO e Or9amento Municipal, atraves de: "Projeto/ Atividade - Manuten9ao e Desenvolvimento das A90es do CM!".

Art. 16. 0 Conselho Municipal do Idoso tera 30 (trinta) dias para elaborar e colocar em discussao e aprova9ao pela Assembleia Geral 0

Regimento Intemo que regulara 0 seu funcionamento.

§ 1°.0 Regimento Intemo, aprovado pelo CM!, sera homologado por Decreto do Prefeito Municipal.

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§ 1°. Na perda do mandato de Conselheiro Titular, de orgao govemamental, assurnini 0 seu suplente, ou quem for indicado pelo orgao representado para substitui-Io.

§ 2°. Na perda do mandato de Conselheiro Titular, de orgao nao­govemamental, assurnini 0 respectivo suplente e, na falta deste, cabeni a entidade suplente, pela ordem numerica da suplencia, indicar urn Conselheiro Titular e respectivo suplente.

Art. 10.0 Conselho Municipal do Idoso ted a seguinte estrutura:

I. AssembIeia Geral; II. Diretoria; III. Comissoes; IV. Secretaria Executiva; V. Coordenador Administrativo; e VI. Contador do Fundo Municipal do Idoso.

§ 1°. A Assembleia Geral, orgao soberano do CM!, compete deliberar e exercer 0 controle da Politica Municipal do Idoso.

§ 2°. A Diretoria e composta de Presidente, Vice-Presidente, 1°. Secremrio e 2°. Secremrio, que serao escolhidos dentre os seus membros, em quorum minimo 2/3 (dois terc;os) dos membros titulares do Conselho, para curnprirem mandato de 2 (do is) anos, permitida uma reconduc;ao, e a ela compete representar 0 Conselho, dar curnprimento as decisoes plemirias e praticar atos de gesmo.

§ 3°. As Comissoes, criadas pelo CM!, atendendo as peculiaridades locais e as areas de interfaces da Politica do Idoso, compete realizar estudos e produzir indicativos para apreciac;ao da Assembleia Geral.

§ 4°. A Secretaria Executiva, composta por profissionais tecnicos cedidos pelos orgaos govemamentais, compete assegurar suporte tecnico e administrativo das ac;oes do Conselho.

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Panigrafo Unico - As organizac;;oes nao-govemamentais eleitas terao prazo de 10 (dez) dias para indicar seus representantes titular e suplente, e nao 0 fazendo serao substituidas por organizac;;ao suplente, pela ordem de votac;;ao.

Art. 6°. Os ConseIheiros Titulares e respectivos Suplentes, indicados peIos orgaos govemamentais e nao-govemamentais serao designados por ato do Prefeito Municipal, cabendo-lhe tambem, por ato proprio, destitui-Ios, sempre que fatos relevantes de violac;;ao legal ocorrerem a juizo do Plemirio do Conselho.

Art. 7°. A func;;ao de Conselheiro do CMI, nao remunerada, tern carater relevante e 0 seu exercicio e considerado prioritario, justificando as ausencias a quaisquer outros servic;;os, quando determinadas pelo comparecimento as suas AssembIeias, reunioes ou outras participac;;oes de interesse do Conselho.

Paragrafo Unico - 0 Regimento Intemo do Conselho Municipal do Idoso, estabelecera a forma do ressarcimento de despesas, adiantamentos ou pagamentos de diarias aos seus membros e aos servidores a seu servic;;o.

Art. So. 0 mandato dos Conselheiros do CMI e de 2 (dois) anos, facultada reconduc;;ao ou reeleic;;ao por 2 (dois) mandatos, sendo que 50% ( cinqiienta por cento) dos representantes da Sociedade Civil poderao continuar sendo eleitos apos as reconduc;;oes.

§ 1°. Conselheiro representante de orgao govemamental podera ser substituido a qualquer tempo, por nova indicac;;ao do representado.

§ 2°. Nas ausencias ou impedimentos dos Conselheiros Titulares assumirao os seus respectivos Suplentes.

Art.9°. Perdera 0 mandato e vedada a reconduc;;ao para 0 mesmo mandato 0 Conselheiro que, no exercicio da titularidade, faltar a 3 (tres) Assembleias Ordinarias consecutivas ou 6 (seis) altemadas, salvo justificativa aprovada em Assembleia Geral.

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c) poderao ser criadas Cornissoes Internas Permanentes constituidas por Membros do CMI e com a colaborac;ao de instituic;oes especialrnente convidadas para promover estudos e emitir pareceres, no prazo maximo de 90 (noventa) dias apos a sua instalac;ao.

Art. 3°. 0 Conselho Municipal do Idoso - CM! e composto de 12 Conselheiros Titulares e seus respectivos Suplentes, os quais representam paritariarnente instituic;oes govemamentais e nao-govemarnentais, sendo:

I. Representantes Govemarnentais:

a) Urn da Secretaria Municipal de Assistencia Social; b) Urn da Secretaria Municipal de Saude; c) Urn da Secretaria Municipal de Educac;ao; d) Urn da Secretaria Municipal de Esportes e Lazer; e) Urn da Secretaria Municipal de Transportes e Servic;os

Publicos; e t) Urn da Secretaria Municipal de Cultura e Turismo;

II. Representantes Nao-Govemarnentais:

Seis representantes dos orgaos nao-govemamentais, eleitos em Forum proprio, sendo quatro representantes de Instituic;oes Prestadoras de Servic;os ao Idoso; urn representante de trabalhador da area e urn representante de usuario (pessoa idosa).

Art. 4°. Os representantes das Organizac;oes Govemarnentais serao indicados, na condic;ao de titular e suplente, pelos seus orgaos de ongern.

Art. 5°. As organizac;oes nao-govemamentais serao eleitas, bienalmente, titulares e suplentes, em Forum especialmente convocado para este firn pelo Prefeito Municipal com 30 (trinta) dias de antecedencia, observando-se a representac;ao dos divers os segmentos, de acordo com os criterios citados no Art. 3°. desta Lei, sob fiscalizac;ao do Ministerio PUblico Estadual.

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VII. atuar na definiyao de altemativas de atenyao a saude do idoso nas redes publica e privada conveniada de serviyos ambulatoriais e hospitalares com atendimento integral;

VIII. acompanhar, controlar e avaliar a execuyao de convenios e contratos das Entidades Publicas com Entidades privadas filantropicas, onde forem aplicados recursos publicos govemamentais do Municipio, Estado e Uniao;

IX. propor medidas que assegurem 0 exercicio dos direitos do idoso;

X. propor aos orgaos da Administrayao Publica Municipal a inc1usao de recursos financeiros na proposta Oryamentaria destinada a execuyao da Politica do Idoso;

XI. acompanhar e fiscalizar a aplicayao dos recursos financeiros nas diversas areas, destinados a execuyao da Politica Municipal do Idoso;

XII. oportunizar processos de conscientizayao da sociedade em geral, com vistas a valorizayao do idoso;

XIII. articular a integrayao de entidades govemamentais e nao­govemamentais que atuam na area do idoso;

XIV. para melhor desempenho de suas funyoes 0 CMI podera recorrer a tecnicos e/ ou entidades mediante os seguintes criterios:

a)

b)

poderao ser convidados tecnicos ou instituiyoes de notoria competencia para assessorar 0 CMI em assuntos especificos e para a capacitayao dos conselheiros; qualquer cidadao podera participar das reunioes do CMI (sem direito a voto) levando opinioes, dentincias e projetos para apreciayao do Conselho;

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V. desenvolvimento e aperfeiyoamento dos instrumentos de gesmo, planejamento, administrayao e controle das ayoes para 0 idoso;

VI. desenvolvimento de programas de programas de capacitayao e aperfeiyoamento de recursos humanos na area do idoso.

Art. 21. 0 repasse de recursos para as entidades e organizayoes do idoso, devidamente registradas no Conselho Municipal do Idoso, sera efetivado por intermedio do Fundo Municipal do Idoso (FMI), de acordo com criterios estabelecidos pelo Conselho Municipal do Idoso (FMI).

Paragrafo Unico - As transferencias de recursos para organizayoes govemamentais e nao-govemamentais do idoso se processarao mediante convenios e contratos.

Art. 22. As contas e os relat6rios do gestor do Fundo Municipal do Idoso (FMI) deverao ser submetidos it apreciayao e aprovayao do Conselho Municipal do Idoso (CMI), trimestralmente, de forma sintetica e, anualmente, de forma analitica.

Art. 23. Para atender ao disposto nesta Lei, sera utilizada rubrica oryamentaria especifica.

Art. 24. Ficam revogadas a Lei nO. 2.083, de 28 de setembro de 2007 e as demais disposiyoes em contrario.

Art. 25. Esta Lei entra em vigor na data de sua publicayao.

PREFEITURA MUNICIPAL DE DUQUE DE CAXIAS, em 12 de novembro de 2009.

JOSE CAMILO ZITO DOS SANTOS FILHO Prefeito Municipal

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