equipamentos para cirurgia minimamente invasiva (cmi) unidade temática: especialidades cirúrgicas...
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Equipamentos para Cirurgia Minimamente Invasiva (CMI)
Unidade Temática:• Especialidades Cirúrgicas
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Instituto Politécnico de Setúbal – Escola Superior de Saúde
Pós-Graduação em Enfermagem Perioperatória
Outubro, 2011
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O aparecimento da cirurgia minimamente invasiva resultou da necessidade de desenvolver instrumentos menos invasivos aliados a abordagens cirúrgicas mais limitadas, para uma exposição mais reduzida.
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Endoscópio/ópticao Pode ser rígido ou flexível e tem como
objectivo possibilitar a visualização dentro de uma cavidade do corpo .
o Podem ter tamanhos e formas diferentes de acordo com a parte do corpo a que se destinam.
o Quanto maior o diâmetro, maior a capacidade de transmitir a luz, maior o campo de visão e melhor imagem.
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Endoscópio/óptica (continuação)o Os endoscópios rígidos são geralmente de
metal e permitem ao cirurgião uma visão directa de frente ou angulado.
o As ópticas mais utilizadas têm 5 ou 10mm de diâmetro, mas podem ter outros tamanhos.
o Podem ter uma visão directa ou angulada a 30º ou 45º (para acessos mais limitados).
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* Câmarao Permite a visualização da cirurgia num
monitor.o Têm no seu interior feixes de fibra óptica e vai
acoplar no endoscópio ou óptica.o O seu cabo de alimentação é composto por
fibras ópticas que são extremamente frágeis e deve ser manuseado com cuidado.
o Os cabos não devem ser dobrados ou seguros na ponta, com risco de queda ou mesmo de partir a junção.
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* Câmara (continuação)o As mangas protectoras estéreis, que são
utilizadas para cobrir a cabeça da câmara e o cabo, ajudam a evitar a contaminação do campo cirúrgico.
o Antes de introduzir o laparoscópico, é importante ter a câmara focada e o sistema da cor e controle de brancos balanceados. Para focar e fazer o controle de brancos, a câmara deve estar acoplada ao laparoscópio, a fonte de luz ligada e apontada para um objecto branco (por exemplo uma compressa). A câmara é focada de forma a ver com nitidez os fios da compressa .
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* Insuflador abdominal o Permite controlar o débito de gás insuflado para a o espaço
virtual, possibilitando o controlo da pressão intra-abdominal.o Selecciona o débito de gás por minuto, monitoriza o volume
de gás utilizado e o volume restante na garrafa.o O gás mais frequente nas cirurgias abdominais é o dióxido de
carbono. O insuflador deve ser controlado para suspender o fluxo quando a pressão intra abdominal atinge os 15 mmHg.
o Quando está acima de 25 mmHg o doente está em risco de fazer absorção de gás, tem diminuição de retorno venoso da veia cava e uma ventilação prejudicada devido ao aumento da pressão no diafragma com aparecimento de acidose.
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* Fonte de luzo Permite iluminar o espaço para que ocorra a
visualização dos tecidos e órgãos.o Permite regular a intensidade da luz.o Deve ser apagada quando não está a ser
utilizada, pois a intensidade do seu raio de luz pode incendiar os campos cirúrgicos e provocar queimaduras no doente.
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* Cabo de luz friao Permite iluminar o espaço pois projecta a luz
emanada pela fonte de luz até à óptica.o É constituído por um cabo formado por fibras
ópticas de extrema fragilidade.
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* Aspirador/irrigadoro Pode ser utilizado como sistema de lavagem
da cavidade ou pode ser utilizado para a criação do espaço virtual de trabalho, regulando a quantidade de líquido instilado com o líquido aspirado.
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* Trocarteso Os trocartes dão acesso à cavidade peritoneal
ou extraperitoneal, e utilizam-se para várias funções.
o Servem para manter o pneumoperitoneu uma vez retirada a agulha de Veress.
o Todos possuem uma torneira lateral Luer lock à qual pode ser ligado o tubo do gás. A maioria possui um sistema valvular ou uma série de membranas que evitam a saída do gás do abdómen quando se introduz ou retira um instrumento ou o próprio laparoscópio.
o Também servem de via através da qual pode ser retirado o material da cavidade de trabalho.
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* Trocartes (continuação)o Têm 2 componentes: uma baixa externa oca e um obturador
interno cortante.o A extremidade do obturador pode ser cónica ou piramidal. O
obturador perfura a fáscia e o peritoneu em conjunto com a bainha externa, uma vez na cavidade peritoneal removesse o obturador e fixamos a bainha externa.
o Podem ser descartáveis ou reutilizáveis (feitos de metal por isso mais pesados e radiopacos).
o Os trocartes descartáveis são feitos de plásticos, mais leves, o obturador possui protecção na ponta que retrai quando o trocarte é empurrado contra a parede abdominal, expondo a ponta cortante do obturador.
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* Trocartes (continuação)o No momento em que o obturador perfura o peritoneu e entra no
abdómen, cheio com gás, a perda súbita de resistência permite que a protecção externa salte para a frente cobrindo a ponta cortante do obturador, evitando eventuais lesões de órgãos abdominais.
o Os trocartes disponíveis variam de diâmetro entre 2 e 15 mm. Os de 5mm permitem a passagem da maioria dos instrumentos de trabalho, incluindo pinças de pressão, dissecção, tesouras, porta-agulhas, porta-clips e laparoscópios de 5mm.
o Os mais largos 10 a 12 mm permitem a passagem de todos os instrumentos anteriores, bem como de instrumentos específicos.
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* Trocartes (continuação)o Os trocartes podem ter comprimentos variáveis, os mais
curtos usam-se nas crianças e os mais compridos nos adultos obesos.
o Existem redutores, que permitem reduzir o diâmetro dos trocartes de 10 mm de forma a permitir a utilização de instrumentos de 5mm sem que haja fuga de gás, aplicam-se na extremidade externa do trocarte e são específicos de cada fabricante.
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* Aparelho de electrocoagulaçãoo Pode ser utilizado para garantir a hemostase de
vasos e capilares sanguíneos.o Implica a colocação no doente do eléctrodo neutro
(placa dispersiva).
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o Existe uma grande variedade de instrumentos para facilitar todos os tipos de procedimentos laparoscópicos, podendo ser descartáveis ou reutilizáveis, e devem ter um diâmetro suficiente para serem introduzidos por determinado trocarte e um comprimento suficiente para atingir o local cirúrgico.
o A maior parte dos instrumentos tem 5 ou 10 mm de diâmetro e um comprimento de 35 cm.
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Instrumental cirúrgico especifico (auxiliar) Instrumentos de preensão Instrumentos de corteAfastadoresPorta AgulhasNó Extracorporal “Knot pusher”Dispositivos de sutura automática (modelos lineares,
com ou sem corte e circulares e agrafes vasculares, intestinais ou gástricos)
Saco para recolha de órgãos
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* Instrumentos de preensãoo Estes instrumentos tem a maior diversidade
dentro do industrial laparoscópico, variam em diâmetro de 2 a 12 mm e a maioria estão isolados na extremidade para poderem ser conectados com o electrobisturi.
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* Instrumentos de corteo São utilizados: tesoura, lâmina convencional, lâmina de
bisturi eléctrico, bisturi ultrassónico, bisturi bipolar, ligaSure ou fibra laser. � �
o Actualmente as tesouras laparoscópicas diferem das de cirurgia aberta, na medida em que a lâmina é mais curta e recta, e por isso cortam menor quantidade de tecido a cada movimento de corte.
o A extremidade da tesoura poderá ter várias configurações: serrada, curva, em gancho.
o A maioria tem uma conexão para electrobisturi e tem um mecanismo que permite a sua rotação em volta do corpo.
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* Afastadoreso Os afastadores são necessários para manter
estruturas adjacentes fora do campo operatório.
o O afastador básico tem um corpo metálico, cuja extremidade após rotação permite a abertura em leque da lâminas sobrepostas aquando a introdução no trocarte.
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* Porta-agulhaso Há vários porta-agulhas disponíveis, cujo cabo
tem um mecanismo para o manter fechado e segurar a agulha solidamente, isto pode ser conseguido com um mecanismo em raquete como nos porta agulhas convencionais ou em mola.
o A mandíbula do porta-agulhas também pode ter um formato especial de forma a colocar a agulha, sempre perpendicularmente ao eixo do porta-agulhas.
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* Knot pusher (empurrador de nós)o Há aparelhos desenhados especificamente
para empurrar nós.o Estes instrumentos são compostos por um
cilindro metálico com uma chanfradura na extremidade.
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Os enfermeiros perioperatórios devem ter sempre presente, que no decorrer da cirurgia minimamente invasiva pode ser necessário convertê-la em cirurgia aberta.
O enfermeiro deve providenciar todos os recursos e dispositivos médicos, para conseguirem realizar a conversão no menor tempo possível.
Nesta fase a equipa de enfermagem deve agilizar esforços para a implementação das mudanças no domínio anestésico, da circulação e instrumentação.
Referências Bibliográficas
AESOP – Enfermagem Perioperatória: da filosofia à prática de cuidados. Lisboa: Lusodidacta, 2006. 356p. ISBN: 972-8930-16-X.
FULLER, Joanna Kotcher – Surgical Technology: Principles and Practice. 5th ed. Saunders Elsevier. 2009. ISBN 978-1-4160-6035-2.
HUGHES, Suzanne; MARDELL, Andy – Oxford Handbook of Perioperative Pratice. Oxford University Press, 2009. ISBN 978-0-19-923964-1.
ROTHROCK, Jane – Alexander: Cuidados de Enfermagem ao Paciente Cirúrgico. 13ªed. Lusodidacta. 2009. ISBN 978-989.8075-07-9.
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Trabalho Elaborado por:Daniela Filipa Freitas Dias