cadernos de pesquisa · 2019. 7. 2. · thiago henrique dos santos e aline de oliveira colombo...
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Faculdade Metropolitana de Anápolis | https://www.faculdadefama.edu.br | Cadernos de Pesquisa |
v.1, n.1, 2018 ISBN: 978-85-69676-08-9 1
CADERNOS DE PESQUISA F a c u l d a d e M e t r o p o l i t a n a d e A n á p o l i s – F A M A
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CADERNOS DE PESQUISA F a c u l d a d e M e t r o p o l i t a n a d e A n á p o l i s – F A M A
Com periodicidade semestral, o periódico Cadernos de Pesquisa
publica trabalhos originais, inéditos, com mérito científico, que
contribuam para o estudo das diversas áreas do conhecimento
associado às atividades de pesquisa desenvolvidas por professores e
estudantes dos cursos de graduação e pós-graduação oferecidos pela
Faculdade Metropolitana de Anápolis - FAMA. O objetivo é
possibilitar a integração acadêmica e o intercâmbio científico e
institucional. Os Cadernos de Pesquisa adotam a versão on-line, em
sistema de publicação continuada de textos completos, resumos
expandidos e resumos simples. Recomendamos aos autores a leitura
atenta das Diretrizes aos Autores antes de submeterem seus trabalhos
aos Cadernos de Pesquisa.
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E X P E D I E N T E
CORPO EDITORIAL
EDITORES
Eliseu Vieira Machado Júnior, Universidade Federal de Goiás (UFG) e Universidade
Estadual de Goiás (UEG)
Fernando Lobo Lemes, Universidade Estadual de Goiás e Faculdade Metropolitana de
Anápolis (FAMA)
COORDENAÇÃO GERAL
Reinan de Oliveira da Cruz, Faculdade Metropolitana de Anápolis (FAMA)
COORDENAÇÃO DE TRABALHO DE CURSO
Camila Hofmann dos Santos, Faculdade Metropolitana de Anápolis (FAMA)
CONSELHO EDITORIAL
Profª. Drª. Ernna Herida Domingues de Oliveira (FAMA)
Prof. Dr. Felipe Correa Veloso dos Santos (FAMA)
Prof. Dr. Fernando Lobo Lemes (FAMA)
Profª. Drª. Janaina de Moura Oliveira (FAMA)
Profª. Drª. Lúcia Coelho Garcia Pereira (FAMA)
Prof. Dr. Marcelo do Nascimento Gomes (FAMA)
Profª. Drª. Marcia Sumire Kurogi Diniz (FAMA)
Prof. Dr. Rafael Choze (FAMA)
Prof. Dr. Ronice Alves Veloso (FAMA)
Prof. Dr. Vinicius Almeida Oliveira (FAMA)
REVISÃO
Luane Rosa Soares
Marcia Costa
ASSESSORIA DE COMUNICAÇÃO
Ana Paula Fernandes de Melo
CADERNOS DE PESQUISA
Faculdade Metropolitana de Anápolis | FAMA
Av. Fernando Costa, 49 - Vila Jaiara St. Norte, Anápolis - GO, 75.064-780
Telefone: (62) 3310-0000
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FICHA CATALOGRÁFICA
F195c Faculdade Metropolitana de Anápolis – FAMA
Caderno de pesquisa: entre medicamentos e indústria farmacêutica: aspectos da
produção do conhecimento em farmácia. / Eliseu Vieira Machado Junior, Fernando
Lobo Lemes (Editores); Reinan de Oliveira da Cruz, Camila Hofmann dos Santos
(Coordenadores.) – 1. ed. – Anápolis, 2018.
111 p.
Volume 1, Número 1
Formato: PDF
Inclui Referências bibliográficas
ISBN: 978-85-69676-08-9 (Recurso Eletrônico)
1. Medicamentos – Indústria farmacêutica. 2. Medicamentos – qualidade. 3.
Resíduos medicamentosos. 4. Análise de medicamentos. 5. Medicamentos genéricos.
I. Machado Junior, Eliseu Vieira. II. Lemes, Fernando Lobo. III. Cruz, Reinan de
Oliveira da. IV. Santos, Camila Hofmann dos. V. Faculdade Metropolitana de
Anápolis - FAMA. VI. Título.
CDU – 615:66
Fonte: Bibliotecária Vanessa Severo de Moraes – Faculdade FAMA CRB-1 1806.
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S U M Á R I O
Cadernos de Pesquisa, volume 1, número 1 (2018)
Dossiê: Entre medicamentos e indústria farmacêutica: aspectos da
produção do conhecimento em Farmácia
Editorial 06-06
Artigos
Perfil epidemiológico do diabético Tipo 2 Michelle da Silva Ramos, Adriano Honorato Nascimento e Camila Hofmann
dos Santos
08-18
Pesquisa sobre a qualidade das polpas de abacaxi produzidas e comercializadas
na cidade de Anápolis
Thiago Henrique dos Santos e Aline de Oliveira Colombo
19-25
Estudo das embalagens primárias alumínio/PVC/PVDC em
medicamentos sólidos no Brasil Letícia Bandeira de Lucena, Daniel José Azevedo e Klever Mendes Campos Júnior
26-34
Avaliação do grau de aceitação dos medicamentos genéricos em
uma drogaria no município de Anápolis Claudiane Carvalho Moura, Maria Patricia Eduardo de Souza
e
Flaubertt Santana de Azeredo
35-48
O Manejo e descarte de resíduos medicamentosos feitos por
discentes de uma Instituição de Ensino Superior em Anápolis –
Goiás
Regimar Gomes Rosa Amara, Wanessa da Silva Alvino, Flávia Leal Vieira e Márcio Martins de Lima
49-62
Uso indiscriminado de antibacterianos em uma instituição de
ensino superior de Anápolis-GO
Jenyffer Lorrayne Bolba de Melo, José Luís Rodrigues Martins e
Sueza Abadia de Souza Oliveira
63-75
Análise do perfil de uso de fármacos inibidores da bomba de
prótons em uma comunidade acadêmica da cidade de Anápolis-
Goiás Hayane Cristina de Souza Pinto, Raquel Francisca de Assis
Barbosa, Milena Moreira Lima e Getúlio Gomes Junqueira
76-88
Análise do teor e uniformidade em comprimidos de ibuprofeno
600mg por titulometria
Lígia Batista de Souza Santana, Polliana Araujo Ribeiro, Rafael Choze, Marcelo Garcez e Reinan de Oliveira da Cruz
89-98
Água Farmacêutica: desvios da qualidade identificados em uma
indústria farmacêutica no município de Anápolis-Go Cláudia Roberta Alves Mendes e Thiago Soares Silva Ribeiro
99-112
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E D I T O R I A L
É com grande satisfação que entregamos ao público a primeira edição dos Cadernos de Pesquisa da
Faculdade Metropolitana de Anápolis – FAMA através do dossiê Entre medicamentos e indústria
farmacêutica: aspectos da produção do conhecimento em Farmácia. Resultado de pesquisas
afinadas com temas atuais que contribuem para a compreensão de problemáticas associadas às
atividades no campo da Farmácia, esta edição apresenta reflexões ligadas, em boa medida, à
produção científica produzida por professores-pesquisadores e acadêmicos do curso de Farmácia
(Bacharelado) da Faculdade Metropolitana de Anápolis – FAMA.
Cumprindo um dos seus importantes papéis como instituição de ensino superior, por meio do
periódico Cadernos de Pesquisa a Fama disponibiliza à comunidade acadêmica – leitores,
especialistas e interessados em geral – um conhecimento afinado com as mais modernas técnicas de
pesquisa e ensino, estendendo, inclusive ao público leigo, a possibilidade de acesso a informações e
reflexões de alto nível sobre temas da maior importância para o avanço e o desenvolvimento da
comunidade local e, porque não dizer, da sociedade brasileira.
O dossiê que ora apresentamos constitui-se no resultado direto das intervenções e
investimentos na produção acadêmica por meio de estímulos e desafios permanentes que visam
estabelecer conexões cada vez mais próximas entre as atividades de ensino, pesquisa e extensão no
interior da comunidade acadêmica. Por este caminho, a Faculdade Fama promove uma ligação
essencial entre o conhecimento produzido no ambiente universitário – isolado da comunidade
externa em função de suas características e especificidades – e os demais espaços de interação
sociais. Contribui, assim, para a produção de conhecimentos inovadores, estimulando o
amadurecimento das relações sociais locais e, sobretudo, das atividades profissionais –
principalmente daquelas de caráter social e econômico associadas aos temas das pesquisas agora de
domínio público.
Esperamos, portanto, que os estudos apresentados possam contribuir, de um lado,
incrementando os debates por meio dos resultados de pesquisas e, de outro lado, através da
provocação à reflexão, cujos efeitos podem muito bem atrair novos estudantes e pesquisadores para o
jogo incessante que caracteriza o processo de produção de novos conhecimentos.
Eliseu Machado
Fernando Lemes
Editores
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ARTIGOS
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PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DO
DIABÉTICO TIPO 2
Michelle da Silva Ramos1 Adriano Honorato Nascimento2
RESUMO
O Diabetes Mellitus é uma doença que ocorre devido a uma deficiência do pâncreas de produzir insulina
suficiente para realizar a remoção da glicose da corrente sanguínea para dentro das células. O Diabetes
Mellitus está presente em aproximadamente 7,6% da população brasileira, entre as idades de 30 a 69 anos. A
presente pesquisa teve como objetivo investigar o perfil epidemiológico do diabético melito tipo 2. Foram aplicados questionários apenas para portadores da diabetes tipo 2 em 3 Drogarias da cidade de Anápolis-GO.
De acordo com análise 45% dos 60 indivíduos analisados relataram possuirem uma alimentação não adequada,
porém 92% (55 indivíduos) dos diabeticos apresentou um valor de glicose no sangue acima do recomendado
quando em jejum (65mg/dL-99mg/dL). Os homens foram mais afetados pela diabetes, com aproximadamente
57% com uma faixa etária entre 48 à 79 anos e 43% mulheres com uma faixa etária de 39 à 82 anos para
mulheres. Embora vários diabéticos mesmo praticando uma ou mais atividades físicas concomitantemente com
o uso de medicamentos e dieta moderada, ainda assim encontra dificuldades em controlar os níveis glicêmicos
no sangue,sendo necessário à concientização, conhecimento populacional sobre a doença, forma de tratar e
previnir.
Palavras-chave: Melito tipo 2. Pré-Diabético. Tratamento de Diabetes.
INTRODUÇÃO
O DM (Diabetes Mellitus) está presente em aproximadamente 7,6% da população
brasileira, entre as idades de 30 a 69 anos (SCAINB et al 2013). O termo diabetes deriva de
uma palavra grega com o significado de “passando por”, e mellitus é a palavra latina que
tem o significado de “mel” ou “doce” (CARDOSO et al 2011).
O diabetes mellitus é uma doença que se dá devido a uma deficiência do pâncreas de
produzir insulina suficiente para realizar a remoção da glicose da corrente sanguínea para
dentro das células. Atualmente são descritas 4 tipos de diabetes Mellitus (DM: tipo 1 ou
insulinodependente (DM1); tipo 2 ou não insulinodependente (DM2); gestacional (DG); e
secundário a outras patologias).(GROSSI et al 2009).
1 Acadêmica do 10º período do Curso de Farmácia [Bacharelado] da Faculdade Metropolitana de Anápolis |
FAMA. 2 Graduado em Biomedicina pela Universidade Católica de Goiás (UCG) e especialista em Hematologia e
Banco de Sangue pela ACT de São José do Rio Preto. Atualmente é Biomédico no Laboratório Santa Clara de
Anápolis na Santa Casa de Misericórdia de Anápolis e professor da Faculdade Metropolitana de Anápolis |
FAMA.
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Segundo (FERREIRA et al 2011, RODRIGUES et al 2012) Diabetes Melito trata-se
de uma patologia que abrange diversos distúrbios metabólicos, causando alterações
metabólicas desde do metabolismo de proteínas, carboidratos e lipídeos (gorduras),
resultante do processo hiperglicêmico crônico.
Diabetes Mellitus Tipo 2
Segundo pesquisas o DM2 é uma condição crônica cada vez mais frequente na
sociedade atual, cerca de 177 milhões de indivíduos em todo mundo são acometidos por essa
doença, com um aumento significativo crescente, estima-se que o prognóstico de pessoas a
serem acometidas por essa patologia esteja aproximadamente entorno dos 366 milhões até o
ano de 2030. De acordo com o Sistema Único de Saúde (SUS) no Brasil, o DM2 aparece
em sexto lugar como fator primário de internações hospitalares e está intimamente
relacionado a outros fatores rotineiros de intervenções hospitalares (SILVA et al 2010,
ORTIZ et al 2010).
Diabetes Mellitus Tipo 1
O DM1, também conhecido como insulina dependente geralmente acomete
indivíduos adultos antes da idade de 30 anos, embora possa aparecer em qualquer faixa
etária. De modo geral sua condição ocorre devido a uma autodestruição das células β-
pancreáticas, onde o pâncreas perde sua capacidade de produção desse hormônio, cujo qual
exerce a função de retirada da glicose sanguínea para metabolização celular. Todavia o DM1
pode se dar de duas formas especificas o 1A e 1B; sendo o tipo 1A responsável pela
destruição das células β-pancreáticas, caracterizado por ser um processo lento, cujo mesmo
se encontra mais presente em indivíduos abaixo dos 30 anos de idade; já o tipo 1B foi
primeiramente evidenciado em pessoas asiáticas e africanas, descrita como um tipo
intermediário a diabetes tipo 1 e 2, é uma DM com forte tendência à cetose, já se apresenta
inicialmente na forma de cetoacidose (MARASCHIN et al 2010).
Diabetes Mellitus Gestacional
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O DMG ocorre devido à intolerância à glicose, com início e/ ou diagnosticada
durante a gestação, acometendo mulheres gestantes, ainda assim não se pode descarta a
possibilidade dessas gestantes ter apresentado um quadro hiperglicêmico antecedente á
gestação, sem ter sido detectado previamente. Assim como o DM2, o DMG pode está
relacionado tanto com a resistência à insulina, quanto à diminuição da função das células β-
pancreáticas. Apresenta uma frequência entre 1%-14%, associado no aumento da morbidade
e mortalidade perinatal. No Brasil essa doença atinge de 3% a 15% das gestações
(FERREIRA et al 2011, PASQUALOTTO et al 2012).
Pré-diabético
Consiste em indivíduos que apresentam valores elevados de glicemia em jejum,
quando comparado aos valores de referencia normal. Embora relativamente baixos aos
valores estabelecidos para classifica-los como diabéticos. Pode ser diagnosticada através do
teste de glicemia em jejum após 2 horas administradas 75g de glucose. Aproximadamente
25% do indivíduos que apresentam alterações pré-diabéticos desenvolverão DM2 entre três
a cinco anos (SOUZA et al 2012).
Complicações Associados com o DM2
A diabetes quando não tratada adequadamente pode levar a diversas complicações
desde complicações agudas, como a cetoacidose, síndrome hiperosmolar e as implicações
crônicas pode ser divididas em duas categorias, microvasculares consiste em doenças como
retinopatia, nefropatia e neuropatia, também pode se desenvolver para complicações
macrovasculares e levar a doenças como a doença arterial coronariana, doença cérebro
vascular e vascular periférica (STUHLER et al 2012).
O objetivo da pesquisa foi investigar o perfil epidemiológico em pacientes
diagnosticado com diabetes tipo 2.
MATERIAIS E MÉTODOS
Para a realização do presente trabalho foram utilizadas ferramentas virtuais
(bibliotecas virtuais) como o Google acadêmico e Scielo para a busca de dados, pesquisas
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anteriormente publicada, respaldadas cientificamente. Através de pesquisas publicadas entre
os anos de 2009-2017.
Foi efetuado um levantamento de dados de caráter descritivo experimental, através
aplicação de um questionário, para traçar o perfil epidemiológico apresentado por portadores
da doença. Onde foram avaliados apenas pacientes com DM2. O questionário foi aplicado
em farmácias locais de Anápolis, Goiás. Composto por 11 perguntas objetivas e 03
perguntas discursivas, com um total de 14 perguntas.
Os resultados obtidos através do questionário foram avaliados e discutidos no
confronto das informações obtidas durante o processo de revisão bibliográfica. A pesquisa
consiste em uma abordagem quantitativa e qualitativa, Quantitativa referente à quantidade
de pacientes, principal sexo acometido, faixa etária que apresenta maior número de
portadores de DM2. Qualitativamente relacionado à qualidade de vida dos pacientes. Foram
aplicados 20 questionários em cada estabelecimento, preenchidos apenas por portadores da
diabetes tipo 2 em 3 Drogarias da cidade de Anápolis-GO.
Com inclusões unicamente de pacientes com idade acima de 18 anos, que durante a
realização da dosagem de glicemia na instituição foram solicitados que de forma voluntária
que contribuíssem para levantamento de dados para abastecimento da pesquisa, para facilitar
um maior número de capitação de indivíduos para aplicação do questionário. Por sua vez,
pacientes não diabéticos serão exclusos da pesquisa.
Foram estudados características de pacientes diabéticos tipo 2 para o levantamento
epidemiológico do seu perfil, pacientes de ambos os sexos e idades, ressaltando que esta
coleta foi acompanhada e com orientação do farmacêutico responsável pela instituição.
Entretanto, os dados de glicemia de jejum dos pacientes diabéticos sendo que os exames
foram realizados de acordo com o procedimento operacional padrão (POP), descrito pela
própria instituição.
Os dados adquiridos através da aplicação do questionário foram analisados através
do programa Excel, com planilhas, uso de cálculos, criação de tabelas e gráficos para
verificação dos resultados.
RESULTADOS E DISCUSSÃO
De acordo com análise 45% dos 60 indivíduos analisados relataram possuirem uma
alimentação não adequada, conforme representado na Figura 1, 2 e 3, fazendo ingestão
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abusiva de alimentos ricos em carboidratos, tais comos massas, frituras, arroz, doces e até
mesmo frutas em excesso, todos os alimentos que contribuem para um aumento significativo
da glicose sanguínea. Embora apenas 27 das 60 pessoas submetidas em análise relatarem
possuir uma dieta inadequada 92% (55 individuos) dos diabéticos apresentou um valor de
glicose no sangue acima do recomendado quando em jejum (65mg/dL-99mg/dL).
Figura1. Valores de glicose sanguínea
Figura 2. Dieta equilibrada
Pode ser observado através da pesquisa do perfil epidemiológico do diabético tipo 2,
que os homens apresentaram um maior número de afetados pela diabetes, com
aproximadamente 57% dos diabéticos homens e 43% mulheres em uma faixa etária entre 48
a 79 anos para os homens e 39 a 82 anos para mulheres, coforme obsrvado na figura-2.
0%20%40%60%80%
100%
ValoresGlicêmicos
Acima
ValoresGlicêmicos
Normais
92%
8%
Taxa Glicêmica Sanguínea
Valores GlicêmicosAcima
Valores GlicêmicosNormais
0%
10%
20%
30%
40%
50%
60%
AlimentaçãoRuim
AlimentaçãoAdequada
45%
55%
Avaliação da Dieta
Alimentação Ruim
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Segundo (MARINHO et al 2013) a diabetes tipo 2 atingem pessoas na idade de 30 a 69 anos
com maior frequência, podendo se manifestar em individuos abaixo de 30 anos de idade.
Figura 3. Pessoas afetadas
Embora a diabetes gestacional se não tratada adequadamente durante o período de
gestação e pósparto, podendo ter a evolução para o diabetes tipo 2, conforme resultados
obtidos na pesquisa foi evidenciado que nenhuma das mulheres diabéticas teve diabetes
proviniente de uma diabetes gestacional. Por tanto, é possível arfirmar que a diabetes
gestacional evolue para uma diabetes tipo 2 em casos esporádicos, enventualmente, não
sendo um acontecimento frequente. No Brasil essa doença atinge de 3% a 15% das
gestações (PASQUALOTTO et al 2012).
Todavia as pessoas abordadas durante o estudo dos 60 pesquisados, 67% dos
diabéticos confirmaram pratícar de uma a duas modalidades de atividades físicas entre elas o
mais abordado foi à caminhada e hidroginastica, outra modalidade não tão casual foi
maratonista (corrida de 2 a 7 kilometros). Encontra partida pode observa na Figura 4, que
mesmo com a prática de exercícios físicos em conjunto com uso do medicamento mais uma
dieta balanceada, ainda foram idenificados algumas varias alterações hiperglecimiantes nos
voluntários estudados.
57% 43%
Número de Diabéticos
Masculino 48 -79 anos
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Figura 4. Prática de atividades físicas
Pode-se atribuir essa constante alteração hiperglicêmica, ao fator da falta de
informação, falta de conhecimento e omissão por parte dos portadores da diabetes, através
do levantamento de dados foi verificado que 45% das várias pessoas abordadas relataram
que quando procurando atendimento pelo SUS (Sistema Único de Saúde) não obtiveram
esclarecimento sobre essa doença, e /ou obteve pouca informação sobre o que é a diabetes e
quais as complicações acarretadas quando não tratada adequadamente, conforme
evidenciado na Figura 5.
Figura 5. Informação e conhecimento relacionado a Diabetes
O desconhecimento por parte da população ou até mesmo a descaso populacional em
relação à busca continua de qual a melhor formar de se tratar está doença, bem como as
complicações vinculadas à diabetes, deixa a população mundial mais vunerável ao aumento
0%
50%
100%
Prática deAtividades
Físicas
ValoresGlicêmicos
Acima
67% 92%
Associação da Atividade Física com a Glicêmia
Prática deAtividades Físicas
Valores GlicêmicosAcima
45%
18%
37%
Informativo do Profissional SUS sobre DM2
Pessoas nãoinformada peloprofissional do SUSsobre DM2
Pessoas poucoinformada peloprofissional do SUSsobre DM2
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significante do número de pessoas diabéticas. Por está relacionado a uma doença de fácil
tratamento a primeira instância. Pois até 2030 teremos um aumento para o número de cerca
de 366 milhões de adultos diabéticos (SILVA et al 2010, ORTIZ et al 2010).
As complicações mais frequentes observadas nos diabéticos vão desde o aumento da
pressão arterial, problema renal crônico, problema na retina (retinopatia), doença arterial
coronariana, doença cérebro vascular e vascular periférica (STUHLER et al 2012). Podendo
causar o amputamento de membros inferiores como pé, perda de sensibilidade (tato).
Segundo (BOAS et al 2011) uma dieta balanceada e a prática de exercícios físicos
devem ser efetuadas de forma individualista, de acordo com o organimso de cada um dos
pacientes, podendo assim, alcançar um estimativa de controlar primeiramente os níveis
glicêmicos no sangue sem o auxilio de medicamentos hipoglicemiantes, proporcionando
desse modo, a redução da resitência hepática e muscular, facilitando a capitação e absorção
da glicose, por portadores recem diagnosticado com diabetes.
Embora não tendo o mesmo alcance em pacientes que é portador dessa doença por
um período prolongado, há mais tempo, ainda assim é valido e vale ressaltar que uma prática
diária e uma dieta adequada acossiado a uso da medicação contribuem significamente para a
manutenção e controle das taixas gliêmicas sangíneas.
O risco relacionado à obesidade, sedentarismo e morbidade atribuido a DM2 é cerca
de 75% dos pacientes, podemos descrever assim, a diabetes como um conjunto de
cormobidades que prejudica expressivamente a qualidade de vida, torna-se primordial uma
analogia entre o exercicio físico e adequação alimentar (SCAINB et al 2012).
Segundo (PASQUALOTTO et al 2012) na maior parte dos casos, de diabetes
gestacional, ocorre à reversão do quadro diabético para níveis normais de tolerancia
glicêmica sanguínea após a gravidez, entretanto perdura um risco de 17% a 63% do
desnvolvimento da DMG para DM2, dentre 5 a 16 anos após o parto. Conforme dados
obtidos durante a pesquisa a evolução da DMG para DM2, ocorre de maneira circunstancial,
sendo de rara decorrência, uma vez que durante a pesquisa realizada não foi observada a
presença de nenhuma mulher que teve DM2 em decoorrência da DMG.
Como foi possível observar através da pesquisa conduzida, pode constatar que de
fato a prática rotineira de atividades físicas auxilia a absorção da glicose no sangue, bem
como melhora o metabolismo e a funcionalidade hepática. Todavia apenas a prática de
atividades físicas não oferece por si unicamente uma melhoria notável no controle e
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manutenção das taixas glicêmicas. Assim sendo necessária a realização de uma série de
métodos e processos relacionados a diminução dos níveis de glicose circulantes.
Na maior parte do mundo a população desconhece que o diabético entre 20% a 30%
não fazem nenhum tipo de tratamento, com medicamento e/ ou apenas atividades físicas,
que por sua vez, contribui para o aumento da sua morbimortalidade. As projeções são que,
possar existir cerca de 11,3 milhoões de pesoas diabéticas no Brasil até o ano de 2030
(OLIVEIRA 2009).
A falta de buscar mais informação e ser mais bem informado, agregando assim
maiores conhecimento sobre o distúrbio, disfunção relacionada à patologia por parte do
paciente, ainda atualmente em meios à inumeras vias de comunicação, contempla uma
negligência continua e percistente inserida na sociadade atual. Bem como a falha na
capacitação contudente e adequada de profissionais da área da saúde, prestadores de serviço
público, como por exemplo, o profissional que presta serviço no SUS, conforme evidênciado
no dercurso da pesquisa, não se encontra adequadamente exercendo de fato sua função, de
esclarecer, sanar e concientizar a população dos riscos atribuidos a ausência e/ ou falta de
tratamento adequado no aparecimento de complicações decorrentes da diabétes.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
De acordo com os resultados obtidos embora vários diabéticos mesmo praticando
uma ou mais atividades físicas concomitantemente com o uso de medicamentos, agentes
antiglicemiantes e dieta moderada, ainda assim encontra dificuldades em controlar os níveis
de glicose no sangue. Assim, sendo necessário à contínua concientização, conhecimento
populacional sobre a doença, forma de tratar e previnir.
Está pesquisa demonstrou a importância e necessidade da reeducação alimentar
juntamente com a prática rotineira de exercícios físicos, para a prevenção e manutenção das
taxas glicémicas, diminuindo e/ ou controlando os níveis de glicose na corrente sanguínea.
Indivíduos portadores da DM2 possuem uma grande disponibilidade para o aparecimento de
outras doenças crônicas como, por exemplo, problema renal, em função do agravo da DM2
que pode levar também a distúrbios microvasculares e macrovasculares, bem como
problemas relacionados ao SN, como visto anteriormente.
A DM2 é a principal forma de apresentação do DM existente no mundo, onde 90%
dos indivíduos portadores de diabetes são pessoas portadoras do DM2. Não se sabe ao certo
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o que causa o desencadeamento dessa doença, embora esteja relacionado a um fator
hereditário, o maior número de pessoas que contraem está patologia é devido à morbidade,
sedentarismo e mal habito alimentar.
As complicações envolvendo o DM2 são varias desde uma simples fadiga, cansaço
demasiada e sonolência, a uma depressão, problema renal agudo, gastroparesiadiabética,
retinopatia diabética, afecções cutâneas em membros inferiores, nefropatiadiabética,
complicações cardiovasculares, hipertensão arterial, dentre outras.
Contudo para que seja possível a diminuição do crescente número de portadores da
doença é necessárias à conscientização da população, maiores abordagem sobre as
complicações geradas pela patologia, caso não tratada com a devida atenção que carece. Por
sua vez, por ser uma doença, que pode ser facilmente controlada, muitos indivíduos carecem
de lhe dar a devida preocupação, atenção, levando-a muitas vezes a um estado crítico, como
perda da visão, amputação de membros e certos casos até mesmo ao óbito.
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PESQUISA SOBRE A QUALIDADE DAS
POLPAS DE ABACAXI PRODUZIDAS E
COMERCIALIZADAS NA CIDADE DE
ANÁPOLIS
Thiago Henrique dos Santos3
Aline de Oliveira Colombo4
RESUMO
O abacaxi (Ananascomosus L. Merril), é uma fruta típica do Brasil e demais regiões tropicais, rico em
vitaminas com destaque para vitamina C e vitamina A, possui boas quantidades de sais minerais como cálcio,
fósforo e ferro. No Brasil se cultiva basicamente duas espécies dessa planta que são a Smooth Cayenne e a
Pérola. O objetivo deste trabalho é realizar as análises físico-químicas pertinentes à legislação de polpas de
abacaxi comercializadas e produzidas no município de Anápolis. Foram avaliadas três marcas as quais suas fábricas estão situadas no município de Anápolis em testes de pH, acidez titulável, sólidos solúveis, vitamina C
e verificação se a cadeia do frio foi mantida. Somente no teste de sólidos solúveis que houve um resultado
abaixo do preconizado pela legislação sendo os demais testes estando de acordo com a mesma. Através deste
trabalho, espera-se contribuir com a sociedade, mostrando a qualidade do produto produzido nessa região e
cumprindo o papel de orientador que o farmacêutico possui a seus pacientes.
Palavras-chave: Brasil. Legislação. Análises.
INTRODUÇÃO
O abacaxi (Ananascomosus L. Merril), é uma fruta típica do Brasil e demais regiões
tropicais, consumida em todo o mundo sob as mais diversas formas in natura e
industrializadas. Possui uma excelente qualidade sensorial graças aos açúcares e os ácidos
responsáveis pelo sabor e os compostos voláteis associados ao seu aroma (CRESTANI et al,
2010).
No Brasil se cultiva basicamente duas espécies dessa planta que são a Smooth
Cayenne e a Pérola, sendo que a última mais consumida internamente por apresentar uma
polpa de coloração mais clara, ser mais suculenta, sabor mais agradável, mais doce e menos
ácida que a Smooth Cayenne. É rico em vitaminas com destaque para vitamina C e vitamina
A, possui boas quantidades de sais minerais como cálcio, fósforo e ferro (BIERHALS,
2010).
3 Acadêmico do 10º período do Curso de Farmácia [Bacharelado] da Faculdade Metropolitana de Anápolis –
FAMA. 4 Professora da Faculdade Metropolitana de Anápolis | FAMA.
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O mercado de fruticultura no Brasil tem se destacado pelo seu crescimento entre os
agronegócios nos últimos anos, graças a diversidade de solo e clima. O Brasil é o maior
produtor mundial de abacaxi, sendo uma das frutas mais consumidas pela a população
brasileira (FAMASUL, 2017). Segundo dados do BOLETIM DE INTELIGÊNCIA SEBRAE
(2015) o Brasil ocupa a terceira posição mundial em produção de frutas, com 38,36 milhões
de toneladas, ficando atrás da Índia com 71,07 milhões e da China com 137,06 milhões .
Oferecer esses benefícios, aumentando a vida útil e possibilitando o transporte a
regiões com dificuldade de acesso à fruta in natura, a produção de polpa se torna uma opção
muito viável, pois através deste procedimento preservam-se de forma considerável todos os
nutrientes e praticamente o mesmo sabor da própria fruta.
Para preservação dos nutrientes, características físicas, químicas, microbiológicas e
sensoriais são necessárias ações para proteger a cadeia de frio pois, a polpa possui
componentes muito sensíveis a variações de temperatura como vitaminas, além das
indesejáveis alterações químicas e bioquímicas podendo afetar o sabor, o aroma, a cor e
principalmente o desenvolvimento de microrganismos que possam prejudicar a saúde do
consumidor (PEREIRA, 2011).
Além da cadeia de frio, é de extrema importância manter o padrão de qualidade
através de testes que garantem uma maior padronização desse produto desde a produção,
estocagem e pôr fim ao consumidor (BRASIL et al, 2015).
Segundo a INSTRUÇÃO NORMATIVA Nº 01, DE 7 DE JANEIRO DE 2000 testes
de pH, acidez titulável, sólidos solúveis e vitaminas são importantes para conservação desse
produto final. Investigam o crescimento de microrganismos e determina se o produto
manteve as características da fruta in natura (NESPOLO et al, 2015), dá chance de uma
eventual correção durante o processo de produção eliminando possíveis desvios de
qualidade (GOMES, OLIVEIRA, 2011), indicam valores de açúcares e ácidos orgânicos
contidos nesse alimento, compostos que influenciam diretamente no sabor final e
consequentemente na aceitação pelo consumidor (SILVA, SILVA, SILVA, 2002) e
detectam perdas durante o processo de produção, embalagem e estocagem (PEREDA et al,
2005).
O objetivo deste trabalho foi realizar as análises físico-químicas pertinentes à
legislação de polpas de abacaxi comercializadas e produzidas no município de Anápolis, a
fim de verificar a qualidade e também conferir a temperatura de armazenamento no ponto de
venda observando se a cadeia de frio foi assegurada.
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MATERIAIS E MÉTODOS
As polpas foram adquiridas em dois supermercados do comércio da cidade de
Anápolis no dia 29 de agosto de 2017, sendo aferidas as temperaturas afim de verificar se a
cadeia de frio estava sendo mantida de acordo com os parâmetros exigidos. Para o transporte
foi utilizado uma caixa de isopor com placas de gel congelado mantendo a mesma
temperatura até o local de armazenamento. As amostras foram armazenadas em freezer com
temperatura de -20°C.
Foram avaliadas três marcas as quais suas fábricas estão situadas no município de
Anápolis da variante de sabor abacaxi, essas marcas foram denominadas respectivamente
como marcas A, B e C. Todas as amostras estavam dentro de seu prazo de validade sendo a
marca A fabricada em fevereiro de 2017 com validade até fevereiro de 2018, a marca B
fabricada em fevereiro de 2017 com validade até fevereiro de 2019 e a marca C fabricada
em abril de 2017 com validade até abril de 2019. Nos rótulos de todas as amostras
continham tabela nutricional, as informações exigidas pela IN 01 como data de fabricação,
lote, data de validade, peso em gramas, CNPJ da empresa, endereço e registro no Ministério
da Agricultura e Pecuária.
Todos os experimentos foram desenvolvidos de forma casual, seguindo as normas do
Instituto Adolfo Lutz (Métodos físico-químicos para análises de alimentos IV edição, 2005)
foram analisados o pH, a determinação da acidez, a determinação de vitamina C e a
determinação de sólidos solúveis em °brix por refratrometria sendo feitos em triplicata.
Para determinar o pH uma alíquota de 25 g de cada amostra foi diluída em 100 mL
de água destilada e avaliada no phmetro. Para a determinação da acidez foi utilizado a
titulação com NaOH onde 10 g da amostra foi diluída em 100 mL de água destilada,
adicionando em seguida 4 gotas de solução de fenolftaleína e titulada com solução de NaOH
a 0,1 M até a obtenção de cor rosa clara por mais de 30 segundos.
Na determinação de vitamina C foi realizada pela titulação com iodato de potássio
onde uma porção de 25 g de cada amostra foi diluída em 50 mL de água destilada,
adicionando em seguida 1 mL de iodeto de potássio a 10% e 10 mL de ácido sulfúrico a
20% titulando em seguida com o iodato de potássio a 0,02 M até a obtenção de uma
coloração azulada por mais de 30 segundos.
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Para determinação do teor de sólidos solúveis, 25 g da amostra foi diluída em 100
mL de água destilada e em seguida aferidas no equipamento refratômetro de ABBE e para a
constatação que a cadeia de frio estava sendo mantida no estabelecimento comercial foi
aferido a temperatura dos freezers que armazenavam o produto com um termômetro a laser.
Os valores obtidos foram comparados com os instituídos pelo Ministério da
Agricultura Pecuária e Abastecimento na Instrução Normativa nº 01, de 07 de janeiro de
2000 que regulamenta os valores que são permitidos.
RESULTADOS E DISCUSSÕES
De maneira geral todas as três marcas sairam bem em praticamente todos os testes
onde apresentaram resultados compatíveis com o que pede a legislação.A média dos valores
de acidez obtidos através da titulação estão em conformidade com os estabelecidos na
legislação vigente de 0,30 g/100 g, sendo a marca A com 0,64 g/100 g, a marca B com 0,38
g/100 g e a marca C com 0,37 g/100 g. Com destaque para a marca A que obteve um índice
quase o dobro das outras duas marcas.
Quanto aos resultados de sólidos solúveis, todas as amostras tiveram uma média
abaixo do resultado exigido pela legislação, a qual estabelece um mínimo de 11°brix, sendo
a marca A com 3,8°brix, a marca B 2,65°brix e a marca C 3,75°brix.
Referente as médias obtidas de vitamina C e pH a legislação não impõe valores
mínimos e máximos a respeito dos mesmos sendo que os resultados obtidos são a título de
enriquecimento de informações sobre esse produto.
No que se refere sobre a vitamina C foi comparado as médias adquiridas com as
médias obtidas de outras frutas como a acerola 832,53mg/100g, cajá 6,8mg/100g,
manga16,78mg/100g e maracujá 8,06mg/100g sendo que as três marcas avaliadas obtivem
médias de 51mg/100g marca A; 54mg/100g marca B e 65mg/100g marca C (OLIVEIRA et
al, 2014).
Já sobre o pH, ao comparar os resultados obtidos com o valor encontrado no suco in
natura que segundo Borges (2011) foi de 3,75 pode-se observar que os valores são bem
próximos as médias obtidas nas três marcas: 3,96 marca A, 3,97 marca B e 3,99 para a
marca C. Sendo poucas as alterações apesar de todo o processamento.
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E quanto a cadeia de frio pode se dizer que ela foi mantida pois, de acordo com a
legislação, em freezer deve se manter em temperatura de -8ºC a -10ºC e todas as marcas
estavam mantidas dentro desse patamar: marca A -10°C, marca B -11°C e marca C -14°C
(PEREIRA, 2011).
Tabela 1- Resultados das análises de pH, Sólido Solúveis, Acidez Titulável e Vitamina C
MARCA A MARCA B MARCA C
Acidez 0,6407g/100g 0,3844g/100g 0,3773g/100g
Sólidos solúveis 3,8°brix 2,65°brix 3,75°brix
Vitamina C 51,07mg/100g 54,88mg/100g 65,16mg/100g
pH 3,96 3,93 3,99
No que diz respeito aos valores de pH, os resultados obtidos de 3,93 a 4,01 é um bom
sinal pois pHs baixos podem cominar valor ao produto favorecendo a conservação dessa
polpa, evitando o desenvolvimento de possíveis microrganismos que possam danificar o
produto.Também podem favorecer a conservação dessa polpa sem um tratamento térmico
muito elevado evitando uma perda de nutrientes além de evitar a adição de ácidos orgânicos
comestíveis durante o processamento para reduzir esse pH (BRASIL et al, 2014).
Os valores de sólidos solúveis encontrados foram todos inferiores ao mínimo
estabelecido na legislação que é de 11°brix no entanto segundo HONORATO (2015) esses
valores podem sofrer com variáveis como a intensidade de chuva e mudanças climáticas
durante a safra, e apesar de não comprovada pode haver uma possível adição de água
durante o processamento dessa polpa.
Já a acidez total obtida vemos que a legislação estabelece um valor mínimo de 0,30
g/100g, portanto todas as marcas foram aprovadas sendo apenas uma das amostras da marca
B ficando ligeiramente abaixo desse mínimo, porém não comprometeu a média final dessa
marca que se manteve nos parametros exigidos (NASCIMENTO et al, 2012).
E quanto ao teor de vitamina C a legislação não estabelece valores para a polpa de
abacaxi, no entanto essa análise foi realizada afim de mostrar a quantidade que a polpa de
abacaxi possui e comparar com outras polpas de frutas como: acerola, a manga, o cajá e o
maracujá. Onde observarmos que a média de todas as três marcas só não foi maior que a
média encontrada na acerola que é bem superior as demais comparadas (OLIVEIRA et al,
2014).
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Quanto a cadeia de frio segundo a Instrução Normativa 01 de 07 de janeiro de 2000
as polpas devem ser armazenadas em câmaras frias ou freezers sendo que se a opção for a
segunda a temperatura deve estar no mínimo -8°C, no entanto todas as três marcas estavam
dentro dessa margem sendo respeitada a cadeia de frio.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
É de extrema importância ingerirmos alimentos naturais e mais saudáveis. A polpa
de fruta é uma alternativa viável e segura uma vez que as formas industrializadas de sucos
possuem mais agentes químicos. Com esses resultados, as fábricas estão produzindo um
produto de boa qualidade e que apesar de terem apresentado resulltados de sólidos solúveis
abaixo do indicado em legislação isso não trouxe prejuízo ao produto. O principal papel do
farmacêutico é orientar o paciente e que através da divulgação desses resultados possa haver
uma contribuição com a sociedade, mostrando a qualidade do produto produzido em nossa
região, afim de influenciar a mesma no uso mais frequente não só de polpas de frutas mais
de produtos mais naturais e saudáveis.
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ESTUDO DAS EMBALAGENS PRIMÁRIAS
ALUMÍNIO/PVC/PVDC EM MEDICAMENTOS
SÓLIDOS NO BRASIL
Letícia Bandeira de Lucena5
Daniel José Azevedo6
RESUMO
O armazenamento de medicamentos deve ser feito de forma adequada para que a estabilidade e funcionalidade
sejam garantidas, uma vez que fatores como umidade, luz, temperatura e outros agentes naturais podem
influenciar na qualidade do medicamento. Pensando nisto, o estudo de embalagens primárias deve ser feito
visando melhor armazenamento de medicamentos. Neste estudo, foi realizada uma revisão bibliográfica acerca
de embalagens primárias de Alumínio/PVC/PVDC em medicamentos, expondo a importância destas embalagens e suas diversas funções além do armazenamento seguro, como ferramenta de marketing, redução
de custos, praticidade na produção e usabilidade por parte do consumidor.
Palavras-chave: Embalagem primária. Medicamentos. Estabilidade.
INTRODUÇÃO
A utilização de embalagens em medicamentos se faz necessária tendo como ponto de
vista a importância da segurança, higiene e qualidade do produto, tendo como fator de maior
rigorosidade a baixa imunidade do consumidor considerando a necessidade de administração
de um fármaco. A atenção em relação a novas tecnologias e novas regulamentações para que
o medicamento cumpra com esses requisitos é de suma importância para que o medicamento
atue de forma efetiva. Segundo Gomes (2006), atrelado a isto, outros fatores como
marketing e redução de custo contribuem para que o estudo de embalagens primárias seja
crescente e fundamental para a indústria farmacêutica.
Até o século XIX, os medicamentos eram armazenados em vidros, aglomerados em
algodão. Em 1963, a InterpackHassia lançou o primeiro blister para a pílula
anticoncepcional da Schering. A razão mais importante para a introdução do blister no
mercado farmacêutico era oferecer aos pacientes uma dose unitária facilmente identificável,
permitindo ao paciente verificar se tinha tomado o medicamento prescrito em um
determinado dia (GARCIA, 2001 apud PEREIRA, 2016).
5 Acadêmica do 10º período do Curso de Farmácia [Bacharelado] da Faculdade Metropolitana de Anápolis –
FAMA. 6 Graduado em Farmácia pela Faculdade do Instituto Brasil de Ciência e Tecnologia e bacharel em Química
pela Universidade Anhembi Morumbi. É professor assistente da Faculdade Metropolitana de Anápolis -
FAMA e supervisor de controle de qualidade no Laboratório Teuto Brasileiro.
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Considerando a influência na embalagem na qualidade do medicamento, qual a
necessidade das embalagens Alumínio/PVC/PVDC em medicamentos e qual a legislação
vigente acerca disto? Como hipótese, temos a necessidade de fracionamento, maior
segurança e estabilidade do medicamento frente a agentes nocivos, como luz, temperatura,
umidade, entre outros.
Este trabalho tem como objetivo expor a aplicação e utilidade de embalagens
primárias de Alumínio/PVC/PVDC de medicamentos sólidos e legislação brasileira acerca
do tema, visando analisar a evolução das embalagens primárias em medicamentos,
apresentar a relação entre as embalagens primárias em medicamentos e a
qualidade/estabilidade do medicamento e interpretar a legislação brasileira vigente
relacionada a embalagens primárias de Alumínio/PVC/PVDC em medicamentos.
Tal estudo visa descrever as embalagens primárias dos tipos Alumínio/PVC/PVDC, a
fim de expor sua aplicação e utilidade, assim como legislação relacionada, contribuindo com
a esfera farmacêutica no desenvolvimento de tecnologias relacionadas ao armazenamento de
medicamentos.
MATERIAIS E MÉTODOS
A pesquisa possui cunho descritivo, através de pesquisa bibliográfica envolvendo
fontes entre 1980 até os dias atuais acerca do tema, tendo como fontes livros, anais, adendos,
resoluções, artigos e afins, sendo estes físicos ou consultados através de sites como
sCielo.com, scholar.google.com e researchgate.com.
RESULTADOS E DISCUSSÃO
Embalagem Primária
De acordo com Gomes (2006), “a embalagem primária é aquela que contém o produto
sendo a medida de produção e de consumo”, apresentando o produto de forma direta e na
medida apropriada para uso. O estudo de embalagens primárias é de extrema importância,
levando em conta fatores que influenciam na qualidade e segurança do produto, como sabor,
cor, cheiro, propriedades organolépticas e estabilidade da composição.
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Dentre os materiais utilizados para armazenamento e aplicação como embalagem
primária, o mais utilizado é o plástico, levando em consideração sua resistência, facilidade
de manuseio, segurança e estabilidade.
O armazenamento é o maior campo de aplicação de materiais plásticos. [...] A função
mais importante de materiais de armazenamento é a preservação da qualidade do produto
armazenado. [...] A instabilidade é característica em produtos contendo substâncias ativas,
em particular medicamentos (BANER, 2008, p.1). A segurança necessária para o
armazenamento de medicamentos faz com que diversos materiais fossem aplicados como
recipientes de armazenamento. Materiais como vidro, plástico e metais foram usados
visando tal fim. O vidro, até hoje muito utilizado, tem propriedades de bastante interesse,
como baixa reatividade e segurança de forma geral, porém, seu peso e sua fragilidade são
pontos que influenciam na escolha deste material como fonte de armazenamento de
produtos. O plástico por sua vez possui propriedades em comum, como baixa reatividade e
resistência, associados ao baixo peso e alta resistência.
Quando se trata de medicamentos, todos estes pontos são de interesse, levando em
consideração as necessidades específicas do produto e as possíveis condições de transporte e
armazenamento do consumidor.
Embalagens na Indústria Farmacêutica
Porém, para a aplicação de plásticos como embalagem primária, primeiramente deve-
se observar a apresentação do medicamento em questão, pois cada apresentação possui sua
embalagem específica.
As especialidades farmacêuticas podem ser comercializadas em várias formas: pós,
comprimidos, drágeas, cápsulas, líquidos orais, líquidos injetáveis, cremes, pomadas e
adesivos. Os produtos emblistados são as cápsulas, os comprimidos e os comprimidos
revestidos, ou seja, as especialidades farmacêuticas ou associações medicamentosas sobre as
quais se debruça a programação de ferramenta são as formas sólidas supracitadas
(CARREIRA, 2009).
O estudo da forma farmacêutica e a carência de embalamento específica desta forma
são de extrema importância quando se seleciona o material de embalagem e sua forma de
embalo.
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Os tipos de materiais aplicáveis à indústria farmacêutica se diferem em sua
composição e aplicabilidade, como plástico, metal, vidro, etc., além do tipo/formato, como
frascos, tubos, bisnagas, sachês e blisters. Este tipo/formato pode influenciar no produto, e
as características do material devem apropriadas para a forma farmacêutica em questão,
visando compatibilidade, design funcional e estético, performance do produto, custo do
material, custo de produção e conveniência para o consumidor (DEAN, 2000).
As apresentações farmacêuticas contendo a aplicação de blister são, de forma geral,
uniformes em relação ao formato físico e às necessidades de embalamento, levando em
conta as características físico-químicas de tais formas medicamentosas. Características como
a dureza, friabilidade, dissolução e solubilidade exigem da embalagem um isolamento em
relação a agentes externos.
Embalagens do tipo Blister
O embalamento primário é também o mais crítico devido à quantidade de agentes
envolventes e à particularidade dos mesmos é o embalamento dos medicamentos nos
respectivos blisters. Já o embalamento secundário refere-se às caixas de cartão
(acondicionamento secundário) onde se encontram os blisters com o medicamento e ainda a
literatura correspondente sendo a definição deste último mais linear. Há dois tipos básicos de
embalagem em blister para produtos farmacêuticos. No primeiro a cavidade é construída em
plástico termomoldável e o verso é formado por um plástico ou uma combinação de plástico,
papel e/ou alumínio; no segundo a embalagem em blister contém alumínio em ambos os
lados e sua cavidade é formada por alongamento a frio (CARREIRA, 2009).
As formas utilizadas para se embalar um medicamento podem variar de acordo com
a necessidade do medicamento, fatores indicativos e segurança em relação a crianças.
O processo de embalamento de medicamentos evidencia a necessidade de um
condicionamento adequado para que o medicamento obtenha estabilidade e atue de forma
efetiva ao seu devido fim. Dentre as aplicações da embalagem primária como o
condicionamento correto do medicamento, o blister possui outras aplicações básicas
(RODRIGUES, 2007).
Quatro aspectos podem definir as vantagens do emprego da embalagem em blister:
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• Integridade do produto – os medicamentos nela contidos estão hermeticamente selados em
sua própria bolha sendo protegidos contra reações adversas, o que garante a integridade do
produto desde o produtor até a distribuição ao consumidor final;
• Evidência de violação – as formas farmacêuticas são seladas individualmente de forma que
qualquer forma de violação em um blister torna-se imediatamente visível;
• Possibilidade de mau uso acidental – a embalagem em blister também pode ser resistente á
crianças: o emprego de cloreto de polivinila (PVC) com especificação 15 Mil (milésimo por
polegada) oferece uma segurança extra, pois é pouco provável que uma criança possa
perfurá-la com uma mordida; revestimentos amargos estão sendo experimentados para evitar
que as crianças coloquem as embalagens na boca;
• Obediência ao tratamento pelos pacientes – o pequeno tamanho da embalagem em blister
facilita o transporte contribuindo para a adesão ao tratamento (RODRIGUES, 2007).
As características do blister objetivam, em uma visão ampla, a mescla de segurança,
praticidade e estabilidade, uma vez que embalagens até então não garantiam tais
propriedades.
Adicionalmente à capacidade de oferecer aos pacientes doses individualizadas,
permitindo que eles assegurem que tenham tomado o medicamento prescrito e que o restante
das doses permaneça na embalagem original e completamente protegidos contra reações
adversas externas, o blister também propicia a facilidade de manuseio e identificação de
violação, tornando o seu emprego para formas farmacêuticas em todo o mundo: 85% das
formas sólidas na Europa são acondicionadas em blister (RODRIGUES; FERRAZ, 2007).
Além disso, a embalagem também é de extrema importância durante os testes de
estabilidade dos medicamentos em várias condições relacionadas à temperatura e umidade,
realizadas de acordo com os requisitos das Boas Práticas de Fabricação. O escopo do teste
inclui a embalagem de um determinado produto. Assim, a estabilidade da droga em dada
embalagem em várias condições climáticas é um indicador de segurança e qualidade, muito
importante tanto para a fabricação empresa e paciente (DOBRUCKA, 2014).
Outros atores correlacionam a dosagem individualizada a outras funções deste
formato de embalagem, reafirmando o blister de Alumínio/PVC/PVDC como embalagem
primária em medicamentos com alta efetividade.
Segundo Pilchik (2000), as embalagens do tipo blister se distinguem em filmes
moldáveis e materiais de encaixe, sendo filmes moldáveis de composição polimérica e
materiais de encaixe de composição alumínio ou papel/alumínio.
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Componentes da Embalagem do tipo Blister
Entende-se filme moldável o material polimérico que pode ser aquecido e preparado
para o formato de medicamento que será armazenado em seu interior, sendo moldado o
tamanho, profundidade, espessura, pontos de abertura e resistência do material para receber
o produto, levando em consideração a porosidade, rigidez e propriedades físicoquímicas do
polímero. Suas características principais são a transparência oferecida pelo material,
resistência (reduz o risco de crianças entrarem em contato com o medicamento), baixa
interação com umidade e por serem termomoldáveis (PILCHIK, 2000).
Se tratando de Materiais de encaixe, estes podem ser descritos como base ou
estrutura principal para que o blister seja finalizado. Deve ser selecionado de acordo com a
espessura, tamanho e peso, já que sua função é a de manter o medicamento intacto dentro do
blister. Como características, podemos citar a facilidade de impressão, viabilizando
informações importantes ao consumidor; resistência a abertura (resistência suficiente para
que crianças não consigam abrir o medicamento com facilidade); e tensão vítrea próxima
aos filmes moldáveis, tornando o processo de embalamento termomoldável mais confiável e
a embalagem mais uniforme.
Polímeros (PVC e PVDC)
Dentre os polímeros utilizados, podemos ver o PVC (Cloreto de Polivinila), cujas
propriedades podem ser exploradas com facilidade. Sua flexibilidade e baixa tensão vítrea
auxiliam na preparação para recebimento do medicamento, uma vez que sua capacidade
termomoldável se apresenta como grande aliada na manipulação deste material. A baixa
interação com óleos, gorduras e aromatizantes, aliada com o baixo custo fazem com que
grande parte do mercado de embalagem farmacêutica seja deste composto. Como ponto
negativo, podemos citar a alta toxicidade quando incinerado, emitindo toxinas e cloretos
nocivos ao ser humano e ao meio ambiente. Com isso, países como a Alemanha e Suíça
poibiram a incineração destes materiais como forma de reduzir a emissão de poluentes.
Outro polímero de grande utilização em embalagens no meio farmacêutico é o PVDC
(Cloreto de Polivinilideno), também conhecido como PVC revestido, cuja aplicação se faz
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mais presente em medicamentos que necessitem de uma embalagem mais resistente, menos
porosa e menos contato com gases ou misturas permeáveis (PILCHIK, 2000).
O PVC é utilizado devido a suas propriedades como transparência, boa barreira de
gás, não possui obrigatoriamente selo térmico, sendo usado como filme de revestimento,
termo moldável e recipientes com refração ou composição termoprotetora. O PVDC possui
propriedades similares, porém, com maior dificuldade de manuseio, sendo usado em
processos de extrusão, na forma de materiais de revestimento com o objetivo de barrar
líquidos e gases que estejam em contato com a embalagem (DEAN, 2000).
Alumínio
Por possui características bastante aplicáveis a indústria farmacêutica, como a alta
maleabilidade e condutibilidade, fácil moldagem em recipientes, estabilidade e baixa reação
com o medicamento, por ser estéril, não tóxico, resistente à corrosão e receptível a tintas, o
Alumínio é estudado como bastante útil se tratando de embalagens farmacêuticas. Estas
propriedades evidenciam a proteção interna e a decoração externa, fazendo com que o
material possua alta aplicação em embalagens de forma geral (CORBY, 2000).
Aspectos Regulatórios
Se tratando de aspectos regulatórios, uma embalagem pode ser definida como “um
dispositivo de transporte e proteção do produto do fabricante ao consumidor”, envolvendo o
conteúdo, conveniência, conformidade e confiabilidade (GLASBY, 2000). Esta definição
expõe o olhar da esfera de regulamentação voltado à confiabilidade e segurança oferecidos
pela embalagem. Os órgãos regulatórios avaliam a embalagem conforme características:
O conteúdo do produto:
Proteção do produto;
Proteção do consumidor;
Controle de dosagem.
Transporte e informação
Controle legal do produto;
Informações ao paciente.
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Contaminação ao meio ambiente
Desperdício de embalagens;
Redução de ozônio.
Proteção do consumidor
Isolamento resistente a crianças;
Evidência de alteração.
Um fator de impacto na avaliação e regulamentação de embalagens farmacêuticas é o
quanto a qualidade oferecida por uma embalagem influencia em questão comercial e
econômica. Se tratando disto, deve-se observar os polos de mercado mundiais e sua
preocupação em relação a embalagens e suas propriedades.
Conforme Glasby (2000), em questão de mercado, a União Europeia possui 30% do
mercado, os Estados Unidos aproximadamente 27% e o Japão aproximadamente 18%.
Sendo assim, estes países podem atingir alvos de qualidade em comum quando reunidos.
Com isso, os maiores órgãos regulatórios vigentes atualmente são a européia, americana e
japonesa. Outros países de um modo geral seguem as regulamentações dos países citados
com alterações conforme necessidade local. Isto pode ser ainda mais explorado quando se
aborda a ICH (International Conference on Harmonisation), aplicando testes de estabilidade,
estudo de impurezas e outros. Sendo assim, o universo de materiais de embalagens
farmacêuticas recebe cada vez mais estudos e observações acerca da qualidade de
embalagens, assim como novas abordagens e formas de se utilizar os materiais já aplicados
na indústria.
Controle de Qualidade
A função do Controle de Qualidade de um material de embalagem é o de assegurar
que a embalagem atenda a especificação do material, comprovando a manutenção da
qualidade da embalagem a ser utilizada. Se tratando de blister, o Controle de Qualidade
avalia se a embalagem plástica esta em conformidade com os parâmetros de avaliação,
sendo estes protocolados no momento de registro do produto, variando entre um produto e
outro, bem como de uma empresa e outra.
De acordo com Dean (2000), o Controle de Qualidade pode ser visto com a função
central de avaliar todo componente a ser utilizado durante a produção de algum
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medicamento, envolvendo blisters¸ caixas de papelão e bulas, sendo que todo material passa
por algum teste analítico de avaliação de qualidade.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Com a aplicação de tecnologias e ferramentas na área farmacêutica, novos materiais e
formatos de embalamento de medicamentos foram aparecendo, evidenciando uma
interessante mescla entre segurança, praticidade e veículo de marketing. Materiais como
plásticos e metais, por serem inertes, facilmente manipuláveis e de alta resistência foram
vistos como grandes candidatos a aplicação em embalagens farmacêuticas.
REFERÊNCIAS
BANER, O. Preservation of Quality Through Packaging. In: Plastic Packaging, Editora
WILEY-VCH Verlag GmbH & Co. KGaA, St. Louis, 2008, p. 1.
CORBY, P. Metal containers. In: Pharmaceutical Packaging Technology, Editora Taylor &
Francis, New York, 2000, p. 285.
DEAN, D. An introduction to pharmaceutical packaging. In: Pharmaceutical Packaging
Technology, Editora Taylor & Francis, New York, 2000, p. 1.
____. The packaging function: management, development and product shelf life. In:
Pharmaceutical Packaging Technology, Editora Taylor & Francis, New York, 2000, p. 24.
DOBRUCKA, R. Recent trends in packaging systems for pharmaceutical products.
2014, LogForum v. 10 nº 4, p. 393- 398.
GOMES, B. Utilização De Materiais De Embalagem Na Indústria Farmacêutica:
Estudo Exploratório Do Uso De Vidro Ou PET Em Frascos De Xarope. XXVI
EGENEP, 2006.
GASBLY, J. Regulatory aspects of pharmaceutical packaging. In: Pharmaceutical
Packaging Technology, Editora Taylor & Francis, New York, 2000, p. 50.
PEREIRA, D. Blister Farmacêutico: A Influência Da Cor E Dos Tipos De Filmes No
Acondicionamento De Medicamentos, Revista Visão Acadêmica. Curitiba, v. 17, nº 3,
Set./2006, p. 91-100.
RODRIGUES, L. Embalagem Farmacêutica Tipo Blister: Escolha De Um Filme Adequado
Para Fármacos Sensíveis À Umidade. Revista Analytica. São Paulo, nº 28, abril/maio 2007,
p. 80-86.
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AVALIAÇÃO DO GRAU DE ACEITAÇÃO
DOS MEDICAMENTOS GENÉRICOS EM UMA
DROGARIA NO MUNICÍPIO DE ANÁPOLIS
Claudiane Carvalho Moura7
Maria Patricia Eduardo de Souza8
Flaubertt Santana de Azeredo9
RESUMO Medicamento genérico é aquele que apresenta a mesma substância ativa que o medicamento de referência,
mantendo a sua segurança e eficácia comprovados por testes de equivalência farmacêutica e bioequivalência,
podendo com este ser intercambiados. O objetivo deste estudo foi avaliar o grau de aceitação dos
medicamentos genéricos. Para isso foi realizado a aplicação de um questionário com questões qualitativas e
quantitativas, para 70 clientes de uma drogaria situada no município de Anápolis, abordando aspectos como o
grau aceitação, confiabilidade quanto à sua qualidade, orientação farmacêutica e o baixo custo. Após a análise
dos resultados observou-se que 90% dos entrevistados fazem ou já fizeram o uso de medicamentos genéricos, e
87% acredita que sua qualidade seja equivalente ao de referência. Podemos observar que a maioria dos
entrevistados, 67% escolhem o genérico pelo baixo preço, ainda observamos que 47% dos entrevistados
souberam dos genéricos através do farmacêutico. Com isso, observamos que o uso dos genéricos tem aumentado desde a sua criação, e que os testes necessários para sua comercialização trazem ao paciente uma
segurança em relação à sua qualidade, e o baixo custo continua sendo o maior atrativo para a população, ainda
podemos perceber a importância que tem o farmacêutico na correta orientação do paciente, no momento da
dispensação.
Palavras-chave: Medicamento Genérico. Medicamento Referência. Orientação Farmacêutica.
INTRODUÇÃO
Os genéricos são medicamentos que apresentam a mesma substância ativa, forma
farmacêutica, via de administração que um medicamento de referência e mantendo a eficácia
e a segurança exigidas pela ANVISA. Podendo assim, ser intercambiado pelo referência. A
troca do medicamento de referência pelo seu genérico é possível graças a testes de
equivalência terapêutica e bioequivalência que devem ser feitos em genéricos e apresentados
a Agencia Nacional de Vigilância Sanitária, a troca poderá ser feita somente pelo
farmacêutico responsável e ser registrada na prescrição médica (ANVISA, 2017).
A política de medicamentos genéricos no Brasil foi inserida no país em 1999, pela
lei nº 9.787, com a finalidade de aumentar o acesso de medicamentos pela população, para
7 Acadêmica do 10º período do Curso de Farmácia [Bacharelado] da Faculdade Metropolitana de Anápolis –
FAMA. 8 Acadêmica do 10º período do Curso de Farmácia [Bacharelado] da Faculdade Metropolitana de Anápolis –
FAMA. 9 Professor da Faculdade Metropolitana de Anápolis – FAMA.
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isso o Governo investiu em campanhas educativas, orientando a população sobre os
benefícios do seu uso, e assim o Governo também reduz o seu gasto em medicamentos
adquiridos pelo Sistema Único de Saúde (SUS), sendo que os medicamentos lideram um dos
maiores gastos para o governo (MONTEIRO et al, 2016).
A implantação da Lei dos Genéricos surgiu com o intuito de ampliar o acesso da
população a medicamentos de qualidade comprovada pela Agência Nacional de Vigilância
Sanitária, e com um custo inferior ao medicamento referência, visto que os genéricos devem
custar 30% a menos que o medicamento referência (SOUSA; MESQUITA; LARA, 2013).
O uso de medicamentos genéricos tem aumentado desde a sua criação, possibilitando
um maior acesso da população carente a tratamentos e uma maior concorrência entre as
indústrias farmacêuticas, com a redução no preço dos medicamentos de referência (VIEIRA;
ZUCCHI, 2006).
Para que esse mercado cresça cada vez mais é importante que os usuários e os
profissionais de saúde tenham conhecimento sobre os genéricos e confiança que sua
qualidade é equivalente ao medicamento inovador, podendo com este ser substituído
(GUTTIER et al,2016).
Entre os usuários, observou uma melhora na aceitação dos genéricos desde a sua
criação até nos dias de hoje, isso porque no começo as pessoas não compreendiam como um
medicamento equivalente ao inovador, com a mesma qualidade tivesse um preço tão
inferior, mais essa realidade vem mudando, devido a campanhas realizadas pelo governo, e
pela orientação de médicos, farmacêuticos, entre outros profissionais de saúde, aumentando
o grau de aceitação pelos usuários (GUTTIER et al, 2016)
Sendo assim, este trabalho teve como objetivo, avaliar o nível de conhecimento e o
grau de aceitação do uso de medicamentos genéricos entre pacientes de uma drogaria situada
no município de Anápolis.
MATERIAIS E MÉTODOS
O instrumento utilizado para a realização desta pesquisa foi um levantamento de
dados, feito atráves da aplicação de um questionário para clientes de uma drogaria situada
no município de Anápolis, abordando aspectos como o grau de aceitabilidade dos
medicamentos genéricos; conhecimento e confiabilidade na qualidade dos genéricos; se os
profissionais de saúde dão a devida orientação sobre seu uso. . Esses dados foram coletados
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entre os meses de Julho e Agosto de 2017. Os entrevistadores estiveram no local da pesquisa
no período matutino e vespertino, alternadamente.
Os entrevistados foram abordados aleatoramente entre os clientes de uma drogaria
situada no bairro Jaiara, municipio de Anápolis. Foram entrevistados 70 clientes, cientes do
Termo de Responsabilidade. Participaram da entrevista os clientes maiores de idade, e que
concordaram em participar desta pesquisa.
Esta pesquisa obedeceu às recomendações da Resolução n° 196/96, a respeito dos
critérios éticos de pesquisa com seres humanos, da confiabilidade, confidencialidade,
fidedignidade e sigilo em relação aos sujeitos da pesquisa, bem como a veracidade e
validade dos dados coletados.
O presente projeto seguiu todos os procedimentos éticos de pesquisa, todas as
técnicas adequadas descritas na literatura, não implicando em qualquer risco físico, moral,
psicológico ou prejuízo aos indivíduos participantes. O estudo cumpriu as “Diretrizes e
Normas Regulamentadoras de Pesquisa Envolvendo Seres Humanos”.
Os dados coletados através da aplicação do questionário foram compilados em
tabelas e gráficos para análise dos resultados.
RESULTADOS E DISCUSSÃO
Foram entrevistados 70 clientes da drogaria, com faixa etária entre 30 a 65 anos, que
foram escolhidos aleatoramente, e cientes do Termo de Responsabilidade.
Figura 1. Você já utilizou medicamento genérico?
Dentre os entrevistados, pode-se observar que 90% já utilizaram o medicamento
genérico, e apenas 10% nunca fizeram o seu uso, conforme mostra a figura 1.
90%
10%
SIM
NÃO
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Figura 1.1. Com que frequência utiliza genéricos?
Na Figura 1.1 podemos verificar que 33% fazem o seu uso com frequência, 36%
utiliza as vezes, 21% raramente, e 10% nunca os utilizam.
Nos ultimos anos tem aumentado a utização dos medicamentos genéricos, isso
devido a campanhas educativas, a crescente fiscalização dos órgaos reguladores, garantindo
ao consumidor final um produto de qualidade, e os meios de comunicações. (KOBAYASHI
E, KARIGOME H, SAKURADA T, SATOH N, UEDA S, 2011)
Figura 1.2. Caso não os utiliza, qual (is) o(s) motivo(s)?
Daqueles que não utilizam os medicamentos genéricos, 29% não confiam na sua
qualidade, 29% não sabem o que é, 14% não conhece esse tipo de medicamento, 14% não
gostam, e ainda 14% acham que ele não traz o resultado esperado.
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Uma das barreiras na utilização dos genéricos é a falta de conhecimento dos usuarios
em relação a sua qualidade, e o baixo número de prescrições dos médicos, vistos que eles
tem um papel importante na orientação quanto ao seu uso (FABIANO V, MAMELI C,
CATTANEO D, FAVE AD, PREZIOSA A, MELE G, CLEMENTI E, ZUCCOTTI
GV,2012).
Figura 2. Você consegue diferenciar o medicamento
genérico do medicamento de referencia?
Dos entrevistados 56% relataram que conseguem diferenciar o medicamento
genérico do referência, porém uma grande parte dos usuários, 44% relataram ainda não
saber identificar os genéricos, conforme mostra a figura 2.
Figura 2.1. Se sim, como?
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Entre aqueles que conseguem fazer a sua identificação, 87% relataram que sabem
reconhecê-lo pela embalagem, 10% pelo preço, e 3% pelas informações que recebem.
Os medicamentos genéricos são de fácil identificação, pois possuem uma tarja
amarelo escrito: Medicamento Genérico e a letra „‟G‟‟ grande, em destaque. Também deve
conter a frase: “Medicamento Genérico Lei nº 9.787, de 1999”. Ele não possui nome
comercial, portanto apresenta somente o nome do princípio ativo do medicamento
(ANVISA, 2017).
Figura 3. Seu médico costuma prescrever ou orientar
o uso de medicamentos genéricos?
Com relação a prescrição de genéricos pelos médicos, observamos que a maioria,
53% relataram que os médicos não costumam prescrever genéricos para seus pacientes, 37%
disseram que as vezes e apenas