defesas primárias

61
Comportamento defensivo

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Page 1: Defesas primárias

Comportamento defensivo

Page 2: Defesas primárias

Roteiro da aula

1. Conceitos básicos

2. Defesas primárias

3. Defesas secundárias

4. Resumo

Page 3: Defesas primárias

Tipos de defesa

DEFESAS PRIMÁRIAS

São aquelas exibidas pela presa durante todo o tempo, independentemente da presença de um predador

O predador pode simplesmente não detectar a presa ou falhar em reconhecê-la como algo comestível

A principal função é diminuir as chances de encontro ou ataque da presa por potenciais predadores

Page 4: Defesas primárias

Tipos de defesa

DEFESAS SECUNDÁRIAS

São aquelas exibidas pela presa somente após o contato direto com um predador

A principal função é aumentar as chances de uma presa sobreviver a encontros com potenciais predadores

Page 5: Defesas primárias

Tipos de defesa

LINHAS DE DEFESA

Correspondem à seqüência em que diferentes tipos de defesa são exibidas por uma presa

Em geral, as defesas primárias são a primeira linha de defesa

Quando defesas primárias não são efetivas em impedir o ataque do predador, linhas secundárias de defesa são acionadas

Page 6: Defesas primárias
Page 7: Defesas primárias

Tipos de defesa

ATAQUE DO PREDADOR

DEFESAS PRIMÁRIAS

DEFESAS SECUNDÁRIAS

• VIVER ENTOCADO

• FICAR CAMUFLADO

• SELECIONAR O HÁBITAT

• ANUNCIAR IMPALATABILIDADE

• MIMETIZAR PRESAS TÓXICAS

• TER “GUARDA-COSTAS”

O QUE FAZER?

• FINGIR DE MORTO

• FICAR QUIETO

• FUGIR

• DESVIAR O ATAQUE

• ASSUSTAR O PREDADOR

• RETALIAR

O QUE FAZER?

Page 8: Defesas primárias

1. Procura da presa

2. Encontro da presa

3. Captura/subjugação da presa

Implicações para os predadores

Minimização do

gasto energético

em cada uma

destas etapas

4. Consumo da presaMaximização do

ganho energético

Maximização do saldo energético

TEORIA DO FORRAGEAMENTO ÓTIMO

“Os organismos são moldados pela seleção natural para

consumir o máximo de energia gastando o mínimo possível”

Page 9: Defesas primárias

1. Procura da presa = p

2. Encontro da presa

3. Captura/subjugação da presa

4. Energia adquirida com a presa = Ec

Manipulação = m

BenefBenefíício lcio lííquido = quido = EcEc -- ((EpEp + + EmEm))

BenefBenef íício lcio l ííquido quido ≤≤ 00

BenefBenef íício lcio l ííquido > 0quido > 0

Vale a pena investir na presa?Vale a pena investir na presa?

SIMSIM

NÃONÃO

Implicações para os predadores

Page 10: Defesas primárias

DEFESAS PRIMÁRIAS

Tipo de defesa da presa

Aumentam o tempo de

procura (p)

DEFESAS SECUNDÁRIAS

Aumentam o tempo de

manipulação (m)

Conseqüência para o predador

Benefício líquido = Ec - (Ep + Em)

Implicações para os predadores

Page 11: Defesas primárias

Defesas primárias

ANACORESE

É o hábito de passar a maior parte do tempo recluso em

algum tipo de abrigo (natural ou construído)

Page 12: Defesas primárias
Page 13: Defesas primárias

Defesas primárias

Ninho

Ninho

Túnel de escape

Weber et al. (2013)

Page 14: Defesas primárias

Defesas primárias

CAMUFLAGEM

É a semelhança (em termos de forma, cor e/ou textura) de um

animal palatável com alguma parte do seu ambiente de modo

que os predadores têm dificuldade em detectá-lo

Page 15: Defesas primárias
Page 16: Defesas primárias
Page 17: Defesas primárias

Defesas primárias

Pietrewicz & Kamil (1981)

Seqüência de exposição

Pro

ba

bili

dad

e d

e a

cert

o

Substrato críptico

Substrato conspícuo

Teste da eficiência da camuflagem

Page 18: Defesas primárias

Defesas primárias

Cuthill et al. (2005)

Coloração disruptiva

Disruptiva

Camuflada

Preta

Marrom

Coloração das asas

Freqüência de ataques

5%

25%

48%

70%

Page 19: Defesas primárias

Defesas primárias

Limitações à camuflagem

Para não serem detectadas, presas camufladas devem

permanecer paradas durante todo o dia

A camuflagem conflita com outras atividades, tais como

alimentação e busca de parceiros

Os indivíduos precisam escolher substratos apropriados que

maximizem a camuflagem

Page 20: Defesas primárias

Defesas primárias

SELEÇÃO DE HABITAT

Consiste em escolher ativamente locais onde o risco de

encontro com predadores é baixo ou em evitar locais onde o

risco de encontro com predadores é alto

Page 21: Defesas primárias

Defesas primárias

Ergene (1950)

VERDE

MARROM

SUBSTRATO

78% 22%

20% 80%

Acrida turrita

VERDE

MARROM

SUBSTRATO

69% 31%

42% 58%

Miomantis paykullii

Barnor (1972)

Page 22: Defesas primárias

Defesas primáriasTe

mp

o d

e p

erm

anên

cia

(%)

0

50

100

Estímulo no “TRATAMENTO”

Hogna helluo

Pardosa malvina

PRESA

PREDADOR

Persons & Rypstra (2001)

Page 23: Defesas primárias

Defesas primárias

APOSEMATISMO

É a correlação entre um sinal conspícuo e impalatabilidade da

presa

Para o aposematismo ser

vantajoso o predador precisa

provar algumas presas e

aprender a evitar no futuro

indivíduos com aparência

semelhante ou ter aversão

inata ao sinal conspícuo

Page 24: Defesas primárias
Page 25: Defesas primárias

Defesas primárias

Aversão Aversão aprendidaaprendida

Borboleta monarcaBorboleta monarca

Page 26: Defesas primárias

Defesas primárias

Aversão Aversão inatainata

Page 27: Defesas primárias

Defesas primárias

Seqüência de testes Seqüência de testes

Isca azul

me

ro c

um

ula

tivo

de

isca

s co

nsu

mid

as

Isca verde

Isca azulIsca verde

Substrato verde Substrato azul

me

ro c

um

ula

tivo

de

isca

s co

nsu

mid

asVantagens da conspicuidade

Gittleman & Harvey (1980)

Page 28: Defesas primárias

Defesas primárias

Como evolui o aposematismo?

Page 29: Defesas primárias

Defesas primárias

Como evolui o aposematismo?

Page 30: Defesas primárias

Defesas primárias

Como evolui o aposematismo?

Fisher (1930)

4411Solitária

09Grupos familiares

CrípticasAposemáticas

Número de espécies

Forma de vida

Harvey et al. (1982, 1983)

O predador aprende a evitar presas impalatáveis amostrando poucos indivíduosO predador aprende a evitar presas impalatáveis amostrando poucos indivíduos

Page 31: Defesas primárias

Defesas primárias

MIMETISMO

Henry W. BatesHenry W. Bates(1862)(1862)

O mimetismo batesiano é definido como

a semelhança entre uma espécie

palatável e/ou inofensiva (MÍMICO) com

uma espécie impalatável e/ou ofensiva

(MODELO) de modo que uma terceira

espécie (PREDADOR) é enganada pela

similaridade e evita atacar o mímico

Page 32: Defesas primárias

Defesas primárias

Aversão Aversão ao mao míímicomico

Page 33: Defesas primárias
Page 34: Defesas primárias

O mimetismo mülleriano é definido

como a semelhança mútua entre duas

ou mais espécies impalatáveis (ambas

MODELOS), tendo como resultado a

intensificação da resposta de recusa por

parte dos predadores

Defesas primárias

MIMETISMO

FritzFritz MMüüllerller18781878

Page 35: Defesas primárias
Page 36: Defesas primárias

Defesas primárias

Vantagens do mimetismo

Benson (1972)

5

0

15

10

20

me

ro d

e in

div

ídu

os

150

450

300

600

Sob

revi

vên

cia

(dia

s)

750Heliconius erato

0

Page 37: Defesas primárias

Defesas primárias

Mimetismo e reconhecimento específico

Jiggins et al. (2001)

Tem

po

dio

de

co

rte

jo (

s)

Page 38: Defesas primárias

Defesas primárias

Evolução do mimetismo

Estudos teóricos e empíricos mostram que mímicos são positivamente selecionados quando:

• Se parecem com seus modelos• Seus modelos são mais abundantes• Seus modelos são mais tóxicos ou impalatáveis• Presas palatáveis alternativas estão disponíveis para o predador

Page 39: Defesas primárias

Defesas primárias

MUTUALISMOS DEFENSIVOS

Refere-se à interação ecológica entre duas

espécies na qual uma delas recebe proteção

contra predação e a outra geralmente

recebe algum outro tipo de benefício, tal

como alimento

Page 40: Defesas primárias
Page 41: Defesas primárias

O QUE FAZER QUANDO ENCONTRAR O PREDADOR?

Page 42: Defesas primárias

Defesas secundárias

TANATOSE

Alguns animais respondem ao ataque de um predador

fingindo-se de mortos, um comportamento conhecido como

tanatose (do deus grego da morte Thanatos)

Page 43: Defesas primárias
Page 44: Defesas primárias

Defesas secundárias

Chelini et al. (2009)

Viva Morta

Tem

po

até

o a

taq

ue

(s)

50

100

150

200

250

300

350

400

450

Presa

Gan

ho

de

mas

sa (

%)

Opilião

sozinho

Opilião +

Opilião

Opilião +

Aranha

2

6

10

14

18

Eumesosoma roeweri

Page 45: Defesas primárias

Defesas secundárias

FICAR QUIETO

Consiste em cessar a emissão de um sinal (geralmente

acústico) quando se percebe a aproximação de um predador

Page 46: Defesas primárias

Defesas secundDefesas secundááriasrias

FUGA

Corresponde à evasão da presa do local de encontro com um

potencial predador

Page 47: Defesas primárias
Page 48: Defesas primárias

Defesas secundárias

DESVIO DE ATAQUE

Compreende uma série de comportamentos que induzem o

predador a atacar em uma parte do corpo da presa que não a

leva à morte

Os dois comportamentos mais comuns são:

• Autotomia de apêndices

• Retro-orientação

Page 49: Defesas primárias
Page 50: Defesas primárias

Defesas secundárias

captura

cabeça/tronco

captura

cabeça/tronco

escape

cauda

Philodryas chamissonis

Falco sparverius

captura

cabeça/tronco

escape

cauda

Callopistes maculatus

0% 25% 50% 75% 100%

Liolaemus spp.

Medel et al. (1988)

Page 51: Defesas primárias
Page 52: Defesas primárias

Defesas secundárias

Blest (1957)

62% 78%

52% 65%

Porcentagem de bicadas na porção manipulada

Page 53: Defesas primárias

Defesas secundárias

COMPORTAMENTO DEIMÁTICO

É a tentativa de assustar ou intimidar um potencial predador

durante um ataque

Page 54: Defesas primárias
Page 55: Defesas primárias

Tempo de Tempo de bicadabicada

% de % de bicadasbicadas

Defesas secundárias

Page 56: Defesas primárias

Defesas secundárias

RETALIAÇÃO

Diante do ataque de um predador, alguns animais exibem

comportamentos agressivos que visam injuriar o predador e

deter o ataque

Pode envolver estruturas

morfológicas, tais como

espinhos, chifres, pinças e

dentes, ou substâncias químicas

Page 57: Defesas primárias
Page 58: Defesas primárias
Page 59: Defesas primárias
Page 60: Defesas primárias

DEFESAS PRIMÁRIAS

Tipo de defesa da presa

Aumentam o tempo de

procura (p)

DEFESAS SECUNDÁRIAS

Aumentam o tempo de

manipulação (m)

Conseqüência para o predador

Benefício líquido = Ec - (Ep + Em)

Defesa e forrageamento

Page 61: Defesas primárias

PARA APRENDER MAIS