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CADERNO DE RESUMOS Cruzeiro do Sul, Acre Universidade Federal do Acre Campus Floresta 18, 19, 20 e 21 de novembro de 2014

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CADERNO DE RESUMOS

Cruzeiro do Sul, Acre

Universidade Federal do Acre – Campus Floresta

18, 19, 20 e 21 de novembro de 2014

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COMUNICAÇÕES ORAIS 20 de novembro de 2014 das 13h30min às 17h

EIXO TEMÁTICO 1: LITERATURA E ENSINO

Local: Sala 1

Comunicação Oral 1

RECEPÇÃO DA LEITURA LITERÁRIA NA ESCOLA: A BUSCA DA

IDENTIFICAÇÃO DO LEITOR COM O TEXTO DJALMA BARBOZA ENES FILHO – PROFLETRAS/UFAC

MARTA RICARDO DOS SANTOS – PROFLETRAS/UFAC

GISELA MARIA DE LIMA BRAGA PENHA – UFAC/PROFLETRAS

Este estudo apresenta uma discussão acerca da recepção da leitura literária no Ensino

Fundamental. O processo de recepção literária será enfocado por sua relevância para o

trabalho com textos literários, já que enfatiza a importância da interação entre texto e

leitor, pois considera o leitor como elemento fundamental no processo da leitura. A

Teoria da Estética da Recepção, de Hans Robert Jauss (1994), apresentada em sua obra

A história da literatura como provocação à teoria literária constitui-se como texto base

para este estudo e contribui para se entender o processo de recepção de textos literários

pelos leitores. Além disso, ao apontar para a importância do leitor como coautor

(poiesis), a teoria de Jauss busca desenvolver em seu receptor uma possível

identificação com o texto (katharsis) e a probabilidade de renovar sua percepção de

mundo (aisthesis), o que pode ser visto como um dos principais objetivos na formação

de leitores. A obra de Regina Zilberman (1989), Estética da recepção e história da

literatura, também colabora com importantes considerações, assim como, Iser (1979),

Goulemot (1996), e em estudiosos como Rildo Cosson (2014), entre outros. Uma

relação significativa entre aluno e literatura pode ser proporcionada por meio de uma

prática eficiente e significativa de leitura literária, considerando-se esta prática como um

procedimento de diálogo que requer respostas do leitor em relação ao texto literário, o

que reforça a importância do leitor como coautor, concepção sobre a qual se assenta a

Estética da recepção. Outro aspecto que será discutido é a maneira como a literatura é

concebida na escola, retratada como algo inalcançável e longe da realidade do aluno,

não sendo muito significativa para sua vida. Trata-se de uma pesquisa de cunho teórico

baseado em dados qualitativos, pois a análise será fundamentada nos autores citados.

Espera-se que este estudo seja útil para os professores do Ensino Fundamental, no

sentido de que possa ser mais um instrumento para auxiliar o trabalho docente com a

leitura literária, auxiliando-os no incentivo e na promoção da literatura no âmbito

escolar.

Palavras-chave: Poesia; Escola; Leitura literária; Literatura; Letramento literário.

Comunicação Oral 2

A IMPORTÂNCIA DA LITERATURA NA ESCOLA: UMA PROPOSTA NA

FORMAÇÃO DO CIDADÃO KAREN FERNANDA PINTO DE LIMA

3

O ensino da literatura nas escolas tem sido negligenciado, servindo como complemento

das aulas de língua portuguesa, conforme se observa nos livros didáticos. Há uma

grande tendência de se trabalhar, em sala de aula, o texto literário como pretexto para o

estudo da gramática. Ao trabalhar a literatura, somente são exploradas as tipologias

textuais ou os gêneros literários estanques, sem ocorrer um estímulo para a formação de

leitores autônomos. Assim, este trabalho é um recorte do tema que estudo em minha

dissertação de mestrado, sobre o esvaziamento de conteúdos literários em livros

didáticos do 6º e 7º ano do ensino fundamental. O objetivo primordial é sugerir

reflexões a respeito de como melhorar o interesse pela leitura da literatura na escola e

estreitar a relação entre texto e leitor para que haja interação e transformação em sua

vida. O aluno precisa perceber que através da leitura de um texto literário conseguimos

imaginar, sentir, questionar e criar diversas possibilidades de leitura do mesmo texto e

entender que através desse mesmo texto, podemos confrontar e relacionar com a sua

realidade. Zilberman e Silva (2005, p.14) enfatizam sobre a importância de se aprender

a ler, para que o leitor ascenda instrucional e socialmente, caminhando para o sucesso.

A literatura, quando abordada e trabalhada de maneira significativa para o aluno,

segundo Eagleton (2003, p. 2) a literatura instiga, excita, e é um instrumento valioso de

atitude e poder. A metodologia adotada foi aplicar um questionário entre professores e

alunos de uma escola de Sena Madureira, para verificar a importância e como se faz

necessária a literatura na escola, como forma de refletir e promover cidadãos

conscientes, questionadores e praticantes de seus deveres e direitos. Os resultados

esperados serão os conteúdos do questionário, que ao serem recolhidos, deve

demonstrar a distância existente, na atualidade, entre o adequado ensino da literatura e

da leitura literária, diante da prática de reduzir todo o ensino de Linguagem ao uso de

gênero textuais, no ensino fundamental. O professor precisa ser sensível ao lado

literário, para que a literatura torne a ser valorizada na escola. O professor necessita ser

desafiador para que os seus alunos sintam prazer e necessidade em ler.

Palavras-chave: Ensino de literatura; Ensino fundamental; Livro didático.

Comunicação Oral 3

O POEMA NA SALA DE AULA: UM OLHAR PARA OUTRA DIMENSÃO DE

LEITURA JOSÉ RANDSON SILVA SANTOS – PROFLETRAS/UFAC

MARTA MARIA WANDERLEY DA SILVA – PROFLETRAS/UFAC

HERMÍNIA SILVA DE SOUSA – PROFLETRAS/UFAC

A leitura de poemas oferece ao leitor a possibilidade de percorrer uma dimensão

carregada de significados e garante a ampliação das habilidades leitoras e a aquisição do

prazer estético. O objetivo deste estudo é explorar a dimensão do texto poético em sala

de aula sob a ótica da Estética da Recepção e reconhecer que há maiores resultados,

quando se trabalha o texto literário discutindo a relação entre texto e leitor. Objetiva

também desenvolver o aprendizado e o gosto pela leitura de poema com enfoque às

verdadeiras dimensões do gênero e ao hábito de ler poemas. As seguintes orientações

buscam delimitar algumas etapas para a recepção do texto literário e se faz necessário

construir um paralelo entre poema e as forças da literatura de Barthes e os planos

estéticos de Jauss. O conteúdo busca compreender o sentido do texto literário firmados

no prazer de ler e também no preparo do ambiente para a referida leitura. A partir dessa

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rota, o trabalho pautar-se-á principalmente seguindo as orientações estéticas com

terminologias gregas: Mathesis, Mimesis e Semiosis sob o pensamento de Barthes e,

Poiesis, Aisthesis e Katharsis sob a concepção de Jauss. A proposta busca trabalhar o

poema ‘Desistência’ de autoria de Maria Dinhorah, utilizando-se de uma prévia leitura

de imagens e finalizando a atividade com o uso de uma mídia disponível do ambiente

virtual You Tube na qual se explora sobre o tema sonho, a fim de levar o educando a

buscar os diversos sentidos do termo tanto dentro do texto quando para sua própria vida.

Tal proposta poderá ser aplicada em sala a partir dos anos iniciais do Ensino

Fundamental II. As reflexões e situações contribuem para um trabalho voltado à

formação do aluno leitor de poema e consciente da importância da literatura em sua vida

e, como essa ferramenta pode contribuir significativamente em seu meio social. Além

disso, busca desvencilhar-se da prática em que o poema só é explorado sintaticamente

nas atividades disciplinares.

Palavras-chave: Mathesis; Mimesis; Semiosis; Poiesis; Aisthesis; Katharsis.

Comunicação Oral 4

A OBRA LITERÁRIA NA DIMENSÃO DO TRABALHO INTERDISCIPLINAR JOSÉ RANDSON SILVA SANTOS – PROFLETRAS/UFAC

GISELA MARIA DE LIMA BRAGA PENHA – UFAC/CELA/CAMPUS RIO

BRANCO

A leitura de obras literárias na escola possibilita o aprimoramento das habilidades

leitoras e favorece a ampliação dos conhecimentos nas mais diversas áreas disciplinares

por conter em seu eixo, a força dos saberes. Além de agraciar os aspectos linguísticos e

artísticos, que por vezes, são destacados no ensino de língua e literatura, ela também

costuma adentrar no mundo da matemática, da ciência, da história, da geografia, entre

outros campos, de tal maneira, compondo o universo da personagem de ficção. Nesse

sentido, a literatura abre caminhos para a interdisciplinaridade, permitindo que cada

professor explore os aspectos inerentes à sua área de atuação e contribua com uma

atividade promotora do diálogo com as outras disciplinas, explorando o mesmo texto

literário. A ideia aqui desenvolvida tem o objetivo de mostrar o fenômeno e a dimensão

dos saberes que estão contidos na obra literária e a possibilidade de elaborar um

trabalho que envolva as diversas disciplinas em um projeto de leitura, desvencilhando-

se da falta de conhecimento de que a obra literária é produto exclusivo ou somente

favorece ao ensino de Língua Portuguesa. Para compor o campo teórico, recorre-se à

teoria da Estética da Recepção na concepção de Roland Barthes, autor que trabalha os

conceitos sobre as forças da literatura. Para discutir a desenvoltura do sentido e

importância da leitura no âmbito escolar, pessoal e social, serão trabalhadas as teorias

de Guedes, Antunes e Lajolo; no âmbito da leitura da obra literária, se fará uso das

teorias de Cosson e Bloom. A proposta interdisciplinar é destinada à turma de oitavo ou

nono ano e, parte da leitura da obra Robinson Crusoé, de Daniel Defoe, por abranger

diversos focos de saberes e por ser um texto que atrai com maior facilidade a atenção do

público infanto-juvenil. Cada educador buscará explorar os eventos pertinentes à sua

área de atuação e fará com que o educando observe tais fenômenos e busque construir

seu saber e procure valorizar o texto literário em sua formação. O que se espera dessa

atividade é que se conceba a ideia entre os educadores, de que o texto literário oferece

inúmeras possibilidades de ensino e que o grande beneficiado com tal procedimento

será o aluno, razão de todo esforço escolar.

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Palavras-chave: Saberes; Interdisciplinaridade; Estética da Recepção; Leitura.

Comunicação Oral 5

O MEDO DE ENSINAR LITERATURA MARIA VEROZA BATISTA VIEIRA – PROFLETRAS/UFAC

RAIMUNDA ROSINEIDE DE MOURA E SILVA – PROFLETRAS/UFAC

RENILZA DA SILVA GONÇALVES – PROFLETRAS/UFAC

GISELA MARIA DE LIMA BRAGA PENHA – UFAC/CELA/CAMPUS RIO

BRANCO

As mudanças ocorridas na sociedade no século XXI, principalmente no que se refere ao

desenvolvimento científico-tecnológico, ao mesmo tempo em que tornou a informação

mais acessível, provocou uma mudança de comportamentos e atitudes, o que levou à

diminuição do interesse pela leitura. A escola, como extensão da sociedade, tem tentado

acompanhar essas mudanças para suprir as necessidades sociais, começando pela

metodologia de ensino até atingir a escolha dos conteúdos a serem trabalhados, desde a

Educação infantil até o Ensino Médio. Em meio a essas escolhas, alguns conteúdos

foram priorizados, enquanto outros deixados em segundo plano, como é o caso do

ensino de literatura. Sendo assim, o presente artigo tem como objetivo discutir por que

os professores demonstram insegurança no ensino da literatura e acabam subestimando

a leitura e o trabalho com o texto literário. Também analisamos algumas atividades

sugeridas nos livros didáticos para trabalhar com os textos literários. Para tanto,

utilizamos como referencial teórico as concepções de Barthes ([1977] 2013; 2004) sobre

as forças da literatura, de Compagnon (2009) e Antônio Cândido (1988) sobre a

importância da literatura, de Regina Zilberman (1982) sobre a estética da recepção e a

crítica de Márcia Abreu (2006) sobre os critérios de literariedade e o ensino de

Literatura.

Palavras-chave: Literatura, Ensino, Formação do professor; Livro didático

Comunicação Oral 6

A IMPORTÂNCIA DA LITERATURA NA ESCOLA: UMA PROPOSTA NA

FORMAÇÃO DO CIDADÃO KAREN FERNANDA PINTO DE LIMA – PROFLETRAS/UFAC

MARGARETE EDUL PRADO DE SOUZA LOPES –UFAC/CELA/CAMPUS RIO

BRANCO

Contextualização: O ensino da literatura nas escolas tem sido negligenciado, servindo

como complemento das aulas de língua portuguesa, conforme se observa nos livros

didáticos. Há uma grande tendência de se trabalhar, em sala de aula, o texto literário

como pretexto para o estudo da gramática. Ao trabalhar a literatura, somente são

exploradas as tipologias textuais ou os gêneros literários estanques, sem ocorrer um

estímulo para a formação de leitores autônomos. Assim, este trabalho é um recorte do

tema que estudo em minha dissertação de mestrado, sobre o esvaziamento de conteúdos

literários em livros didáticos do 6º e 7º ano do ensino fundamental. Objetivos: O

objetivo primordial é sugerir reflexões a respeito de como melhorar o interesse pela

leitura da literatura na escola e estreitar a relação entre texto e leitor para que haja

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interação e transformação em sua vida. O aluno precisa perceber que através da leitura

de um texto literário conseguimos imaginar, sentir, questionar e criar diversas

possibilidades de leitura do mesmo texto e entender que através desse mesmo texto,

podemos confrontar e relacionar com a sua realidade. Revisão da literatura: Zilberman e

Silva (2005, p.14) enfatizam sobre a importância de se aprender a ler, para que o leitor

ascenda instrucional e socialmente, caminhando para o sucesso. A literatura, quando

abordada e trabalhada de maneira significativa para o aluno, segundo Eagleton (2003, p.

2) a literatura instiga, excita, e é um instrumento valioso de atitude e poder. A

metodologia adotada foi aplicar um questionário entre professores e alunos de uma

escola de Sena Madureira, para verificar a importância e como se faz necessária a

literatura na escola, como forma de refletir e promover cidadãos conscientes,

questionadores e praticantes de seus deveres e direitos. Resultados esperados: O

conteúdo dos questionários, ao serem recolhidos, deve demonstrar a distância existente,

na atualidade, entre o adequado ensino da literatura e da leitura literária, diante da

prática de reduzir todo o ensino de Linguagem ao uso de gênero textuais, no ensino

fundamental. O professor precisa ser sensível ao lado literário, para que a literatura

torne a ser valorizada na escola. O professor necessita ser desafiador para que os seus

alunos sintam prazer e necessidade em ler.

Palavras-chave: Ensino de literatura; Ensino fundamental; Livro didático.

Comunicação Oral 7

A AMAZÔNIA NA ESCOLA: O LUGAR DA LITERATURA DE

EXPRESSÃO AMAZÔNICA NA ESCOLA DE ENSINO MÉDIO DE

CRUZEIRO DO SUL RICHELE FERNANDA MACIEL DE SOUZA – BOLSISTA PIBIC/UFAC

MARIA JOSÉ DA SILVA MORAIS COSTA – (UFAC/CEL

O projeto A Amazônia na escola: o lugar da literatura de expressão amazônica na

Escola de Ensino Médio de Cruzeiro do Sul é uma ação que visou uma compreensão

mais plena do currículo da Escola Média e de sua relação com a localidade amazônica.

Mais especificamente, a pesquisa se voltou para a disciplina Língua Portuguesa e a

condição dos conteúdos de literatura de expressão amazônica no seu currículo.

Interessou-nos, sobretudo, perceber até que ponto a cultura artístico-literária local está

presente no conhecimento dos jovens que frequentam o Ensino Médio no município de

Cruzeiro do Sul. A orientação teórica que norteou a pesquisa foi a noção de gênero do

discurso de Mikhail Bakhtin tal como proposta pelos Parâmetros Curriculares Nacionais

que consideran de suma importância o conhecimento por parte dos professores e dos

alunos da regionalidade que os cerca. Segundo esse teórico os gêneros são formas de

dizer e se definem pelas necessidades contextuais que cercam o sujeito. Desse modo, a

literatura pode ser vista como forma de conhecimento do mundo. Por meio dela, o

educando da escola média tem de relacionar os discursos com contextos sócio-históricos

e pensá-los de forma a perceber e compreender a especificidade do mundo que está ao

seu redor. O objetivo para este projeto foi verificar a presença da literatura de expressão

amazônica no currículo de Língua Portuguesa nas escolas de Ensino Médio Dom

Henrique Ruth e Professor Flodoardo Cabral, ambas situadas no município de Cruzeiro

do Sul. Tivemos que analisar, perceber e registrar a presença ou a ausência a partir dos

documentos citados. Visitei a Escola de Ensino Médio Professor Flodoardo Cabral e

Dom Henrique Ruth, juntamente com a Prof.ª Maria José, para informar a equipe da

instituição sobre o projeto. Ali colhemos os planos de curso de Língua Portuguesa e

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passamos à análise dos mesmos. Percebemos que nos documentos analisados (anos de

2013 e 2014), os autores da literatura brasileira como Machado de Assis, Carlos

Drummond, Cecilia Meirelles, Nelson Rodrigues e Castro Alves são citados nas três

séries consecutivas. Como podemos ver, nos planos de curso de Língua Portuguesa das

duas escolas não há nenhuma referência à expressão Amazônica. Ao chegar a esse

ponto, percebemos que a hipótese levantada no projeto dessa pesquisa: os autores que

tematizam a Amazônia tem um espaço mínimo nos currículos, o que dificulta de modo

progressivo o conhecimento dos nossos jovens a respeito da cultura literária local, foi

confirmada pelos dados verificados nos planos de curso. Esse resultado serve de base e

impulso para um futuro projeto de extensão que possibilite a atualização dos docentes

das duas escolas pesquisadas no que diz respeito aos conhecimentos sobre a literatura de

expressão Amazônica.

Palavras-chave: Cultura Amazônia, Língua Portuguesa, escola, currículo.

EIXO TEMÁTICO 2: LITERATURA E REGIONALIDADES

Local: Sala 2

Comunicação Oral 1

O HOMEM, O RIO, A VIDA: FIGURAÇÕES DA AMAZÔNIA EM LEANDRO

TOCANTINS MARIA ALEXANDRINA FÉLIX DE ANDRADE SILVA – UFAC/CEL

A Amazônia é um tema que há muito está em evidência. Inúmeros foram os autores que

escreveram sobre essa grande região que cobre oitenta países. Daí não se tratar apenas

de uma Amazônia, mas das muitas “Amazônias” que vêm ao longo de todo o tempo

sendo “narradas” por cronistas, viajantes, aventureiros, pesquisadores, cientistas,

religiosos e muitos outros que contribuíram para formar esse conjunto de impressões,

marcas, construções subjetivas e também humanas que constituem toda a literatura

sobre esta exuberante região. O presente estudo torna-se relevante por desvendar como

na obra O Rio Comanda a Vida de Leandro Tocantins as figurações do homem, do rio e

da vida na Amazônia revelam os mais importantes aspectos culturais da região. O que

quer o autor é mostrar a Amazônia e seus aspectos naturais, especialmente, o rio como

elemento primordial do lugar e o homem como o protagonista, aquele capaz de se

reconhecer sujeito e senhor de todas as espacialidades. O contraponto da obra passa pelo

viés sociológico que o autor imprime ao texto. E assim fez em documentos um

minucioso trabalho de interpretação, recolheu, copilou e principalmente descreveu

lendas, estórias, causos, adivinhas, todo o acervo literário regional que lhe chegou ao

conhecimento. Sobre o modo de vida do amazônida, pesquisou comidas das mais

silvestres, as que já sofreram influências estrangeiras. Descreve o Pará como “o

mercado que centraliza o interesse culinário regional” e desfila dali e de outros lugares

incontáveis espécies de animais, plantas, flores, frutos, cereais, verduras, tubérculos

comestíveis, numa profusão de gostos e cheiros peculiares àquele local. A obra de

Leandro Tocantins articula as informações históricas com a aguda sensibilidade de um

nativo encantado com as riquezas da sua região. Seu discurso vigoroso demonstra a

observação cuidadosa em contrapor fatos históricos a acontecimentos triviais sempre

clivados pelo ordenamento do escritor, poeta, historiador e acima de tudo um

pesquisador pertinaz, capaz de transformar sua obra num objeto sempre atual dos

estudos amazônicos.

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Palavras-chave: Amazônia; Cultura; Região.

Comunicação Oral 2

OS HABITANTES: IMAGENS NARRATIVAS DE UM IMAGINÁRIO

VALDETY LOPES DE OLIVEIRA – UNIR

Nosso objetivo é apresentar algumas reflexões sobre a construção do romance “Os

Habitantes” de Dalcídio Jurandir, voltadas para a materialização dos eventos através de

um discurso fragmentado, rico em regionalismo e repleto de musicalidade, que nos faz

refletir sobre as narrativas orais nos moldes Benjaminianos. Observamos ainda que a

construção do enredo reflete um autor plurilíngue, que envolve várias vozes oriundas de

uma vivencia social que se torna logo imaginária e proporciona a recriação desse

imaginário social através da linguagem. Sendo assim, a formação da voz do narrador,

como das demais personagens são constituídas por marcas de oralidade em toda a

narrativa, e, a partir de tais marcas, desenvolvemos a pesquisa sob a perspectiva da

teoria bakhtiniana, sobre a construção do romance. A pesquisa foi de cunho

bibliográfico e utilizaremos como recurso didático, slides.

Palavras-chave: Os Habitantes; Benjamim; Bakhtin.

Comunicação Oral 3

O RETRATO AMAZÔNICO PINTADO PELAS TINTAS DE EUCLIDES DA

CUNHA E LEANDRO TOCANTINS ANA CLÁUDIA DE SOUZA GARCIA

O presente trabalho faz uma abordagem acerca da temática tratada nas obras À margem

da história, de Euclides da Cunha (1967), e O rio comanda a vida: uma interpretação da

Amazônia, de Leandro Tocantins (1973). O propósito desse texto, então, é apresentar

algumas reflexões a partir das leituras dessas obras, cujo foco se manteve em torno do

olhar sobre a Amazônia. As primeiras narrativas amazonialistas se constituem pelo

olhar e as sensações de cronistas que passaram pela Amazônia e também daqueles que

não passaram, mas ouviram sobre. Porém, são as alusões, inferências, deduções que,

muitas vezes, levaram os cronistas a cometerem equívocos, criando estereótipos, de

forma superficial e reducionista. Dessa forma, a partir dessas primeiras narrativas,

percebe-se que os discursos contemporâneos sobre o clima, a fauna, a flora, os

habitantes e as condições de vida na Amazônia incorporaram essa visão, que, por

constar na história oficial, foi naturalizada e se tornou a tradução desse lugar. Para

entender todos os (pré)conceitos tecidos sobre o espaço amazônico, requer mergulhar na

imaginação, nas impressões e conclusões dos autores que se dispuseram a “conhecer” e

a narrar sobre o mundo amazônico. Euclides da Cunha, considerado uma referência na

descrição sobre a Amazônia, descreve em seu livro uma imagem pintada por palavras

recheadas de poesia e conotações, mas não deixando de lado a visão do homem

republicano, que analisa e critica as condições de vida dos que habitam essa região. Na

narrativa de Leandro Tocantins, também são muito presentes os aspectos poético,

romântico e fantástico para se referir à Amazônia, reproduzindo o discurso de muitos

autores que se empenharam em narrar sobre a Hileia brasileira. Assim, expressões como

“deserto de clorofila”, “verdes solidões”, “mundo à parte”, “não civilizado” são

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utilizadas para significar esse espaço do Brasil, distante de tudo, já que o ponto de

referência é onde há “civilização”. Com isso, as narrativas sobre a Amazônia se fixam

no antagonismo Inferno X Paraíso, pois, ao passo que retratam suas mazelas decorrentes

das peculiaridades do lugar e da ausência do poder público, além da distância do mundo

“civilizado”, também enaltecem sua exuberância, destacando sua fauna e flora.

Portanto, a pretensão desse estudo é demonstrar como todos esses aspectos sobre a

Amazônia são abordados nas duas obras.

Palavras-chave: Amazônia; Narrativas amazônicas; Euclides da Cunha; Leandro

Tocantins.

EIXO TEMÁTICO 3: LITERATURA IMAGINÁRIO E

OUTRAS LINGUAGENS

Local: Sala 2

Comunicação Oral 1

A PROPAGANDA OFICIAL NO ACRE E O REFORÇO DE UMA

IDENTIDADE FLORESTAL ANTONIO HENRIQUE MARTINS DE CARVALHO

No início da década de 1990, os militantes do Partido dos Trabalhadores no Acre

entenderam que somente com a conquista do poder político institucional seria possível

reorientar os rumos do desenvolvimento regional que durante toda sua história foi alvo

de projetos desenvolvimentistas dos governos centrais. Ainda sob impacto da morte de

Chico Mendes e influenciado pelas propostas e conquistas dos “Povos da Floresta”, um

grupo de militantes começou a articular um projeto político que teve entre seus

objetivos resgatar a identidade acreana que entendia gozar de pouca unidade. Para tanto,

um dos eixos de sua atuação se daria no campo da comunicação com uma política

pública de massificação dos valores e símbolos próprios da acreanidade. Ao conquistar

pelo voto o governo do Estado, em 1999. Esse projeto foi posto em prática e toda uma

série de ações coordenadas com outras políticas públicas ressignificaram o valor dado à

floresta e aos seus povos tradicionais. Referenciada em autores dos chamados Estudos

Culturais a presente pesquisa buscou reconhecer entre as posições essencialistas e

construtivistas da identidade em qual polo se situou o projeto de identidade cultural

posto em movimento pelo governo do Estado. Para tanto, elegemos uma amostra de

propagandas e estabelecemos a frequência de acionamentos de símbolos referenciados

nos índios, seringueiros e na floresta dentro das peças publicitárias. Também

propusemo-nos a traçar uma breve narrativa da história dos “Povos da Floresta” assim

como a emergência do Partido dos Trabalhadores como principal força política no

Estado do Acre. O resultado desse trabalho levou-nos concluir que o recurso a

essencialismos históricos foram a tônica das mensagens publicitárias, subordinando

outras possíveis representações de identidade cultural que aparentemente ganhou

espaços no decorrer dos sucessivos governos.

Comunicação Oral 2

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ANÁLISE DA OBRA “AS CRÔNICAS DE HANNATEUR WINKS”, DE

EWERTON FAVERZANI EWERTON LUIS FAVERZANI FIGUEIREDO

DARLAN MACHADO DORNELES

A literatura reflete-se na capacidade do ser humano em se expressar através das

palavras, ou seja, por meio desta primorosa arte somos levados, de forma inexplicável, a

mundos distintos, conhecemos e acompanhamos a trajetória de personagens fictícios,

em uma determinada época, na qual diante da visão do narrador vamos se envolvendo e

conhecendo uma nova história. Neste estudo, analisa-se à luz da teoria literária, o

romance “As Crônicas de Hananteur Winks”, de Ewerton Faverzani. O objetivo do

presente estudo é identificar e analisar os elementos que fazem com que a obra em tela

pertença, de fato, à literatura brasileira. O romance de cunho surrealista, “As Crônicas

de Hananteur Winks”, está estruturada em três distintas partes, são elas: “A profecia dos

mundos”, “O mestre das sombras” e o “Talismã de Unjon”, que juntas, de uma forma

bem escrita, descrevem a história de Luanda, personagem principal, que vive na época

medieval e mística; é filha de camponeses nórdicos e estuda, por sua vez, em uma

escola normal de magia. Ao ingressar, por conseguinte, na escola superior de magia,

Luanda encontra sua alma gêmea, Solaris, que juntos enfrentarão as forças do mal

advindas do mestre das sombras, que tem a intenção de dominar e dar início ao seu

império de terror. Em contrapartida, percebe-se nesta narrativa, que existe, portanto,

dois mundos, um mágico onde quase tudo é possível e outro real, habitado por seres

humanos com suas guerras e disputas pela hegemonia da economia mundial, no qual

prevalece a ganância, o egoísmo, a corrupção e outros diversos problemas aqui não

apontados. Provavelmente, o romance em questão procura comparar, em uma

perspectiva literária, um mundo de sonhos, que leva a uma vida quase perfeita opondo-

se, criticamente, a vida terrena, que é difícil de conviver de uma forma ideal. Logo,

considera-se que a obra “As Crônicas de Hananteur Winks”, de Ewerton Faverzani

constitui-se, de fato, numa obra literária.

Palavras-chave: Literatura; Romance; Crônica.

EIXO TEMÁTICO 4: FORMAÇÃO DE PROFESSORES E

INCLUSÃO (GRUPO 1)

Local: Sala 3

Comunicação Oral 1

AS TECNOLOGIAS NA FORMAÇÃO DO PROFESSOR DA EDUCAÇÃO

INCLUSIVA: UMA (RE) CONTRUÇÃO IDENTITÁRIA FRENTE AOS NOVOS

DESAFIOS DA PROFISSIONALIZAÇÃO NAYRA SUELEN DE OLIVEIRA MARTINS – UFAC/CEL

CARMEN TEREZA VELANGA – UNIR

JOSÉ LUCAS PEDREIRA BUENO

No atual estágio de transformação dos diversos campos da sociedade moderna, aliadas

ao desenvolvimento tecnológico e científico, em que a competitividade por um lugar no

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mercado de trabalho é alarmante, vivenciamos um estado de dominação das tecnologias

na vida e no cotidiano das pessoas, tendo como consequência, significativa mudanças

na vida do homem, principalmente no mundo da educação e do trabalho. Essas

transformações tecnológicas se direcionam a todos os setores e instituições, dentre elas

a instituição escolar que solicita do professor uma melhor qualificação profissional que

atenda as expectativas e exigências da modernidade. Nesse artigo procuraremos sentido

na formação do professor formador do Núcleo de Apoio a Inclusão (NAPI) e

consequentemente na formação do professor de Atendimento Educacional

Especializado (AEE), partindo da perspectiva inclusiva, a partir da realidade

educacional mudanças ocorridas na formação e prática dos educadores, considerando as

contribuições das tecnologias para a formação profissional continuada do docente da

educação inclusiva. Esse trabalho estabelece reflexões acerca da influência e o uso das

tecnologias na formação continuada dos professores formadores da educação inclusiva,

numa (re) construção identitária frente aos novos desafios da profissionalização do ser

professor sem dicotomias, sendo, portanto, o objeto de estudo. Para tanto temos como

objetivo analisar a influência das tecnologias na formação na prática do professor

formador da educação inclusiva, numa visão crítica da (re) construção de sua identidade

profissional. O estudo foi realizado numa perspectiva qualitativa, através de um estudo

de caso, tendo como instrumento de pesquisa entrevistas semiestruturadas, aplicadas a

quatro professores formadores das áreas: Baixa Visão e Cegueira; Altas Habilidades e

Superdotação; Educar na Diferença e Surdez e coordenadora do NAPI. Os resultados

apontam que a educação escolar surgiu da necessidade de consolidar a sociedade

moderna num contexto histórico de uma determinada época e a identidade profissional

do professor perpassa por estas novas exigências e posturas educacional. Destaca

também a necessidade de ser incorporado à prática educativa o contexto da diversidade

e os avanços tecnológicos nas áreas de comunicação e informação. O uso d tecnologia

como ferramenta de trabalho tem contribuído significativamente para a formação da

identidade e profissionalização docente, ainda que de forma precária.

Palavras-chave: Formação docente; Identidade profissional; Educação Inclusiva;

Tecnologias de Informação e Comunicação.

Comunicação Oral 2

A IMPORTÂNCIA DA GESTÃO DO TRABALHO PEDAGÓGICO NA

EDUCAÇÃO À DISTÂNCIA ELIANE AUXILIADORA PEREIRA – DOCENTE/IFAC

JOSÉ WILLIAM MENEZES – ACADÊMICO/IFAC

FARLANI MESQUITA DA SILVA – ACADÊMICA/IFAC

MARLOVA GIULIANI GARCIA – DOCENTE/IFAC

Na Educação a Distância os desafios tecnológicos e pedagógicos apresentam-se de

forma complexa, uma vez que o caminho para o uso das novas tecnologias encontra-se

em continua expansão. Desta forma, sua consolidação está relacionada a diversos

fatores, que requerem, além de planejamento adequado, um olhar crítico e reflexivo

para as interfaces de ambientes virtuais de aprendizagem que garantam a aprendizagem

autônoma dos alunos, visando também atender suas necessidades. Neste contexto,

muitos projetos de Educação a Distância são pensados de forma que o aprendizado

possa ser corporativo, projetos colaborativos, e de interatividade entre grupos e

comunidades virtuais compostas por pessoas, que estão em diversas partes do mundo e,

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que interagem sem que necessariamente estejam juntas ou conectadas na mesma hora e

no mesmo lugar, em modo assíncrono. Esta pesquisa tem como objetivo analisar a

gestão do trabalho pedagógico. Para o alcance deste objetivo serão abordados aspectos

relacionados à expansão do ensino superior no Brasil, e dimensões do ato de planejar e

avaliar no Ensino a Distância.

Palavras-chave: Ensino Superior; Ensino a Distância, Gestão; Trabalho Pedagógico.

Comunicação Oral 3

NA TEORIA TUDO É PRÁTICA: UM ESTUDO PRÁTICO À LUZ DE

TEORIAS DO DISCURSO ANDRÉ LIMA CORDEIRO – UERJ

Este trabalho faz parte de pesquisa de mestrado em andamento e objetiva analisar as

licenciaturas de letras nas universidades públicas da região sudeste que oferecem dupla

habilitação de Português-Espanhol através de ementas de disciplinas de graduação dessa

habilitação, com o propósito de identificar interdiscursividades e seus efeitos de sentido

no que se entende como formação para o trabalho de professor de línguas. As

licenciaturas no Brasil seguem um conjunto de legislações federais que estipulam

alguns parâmetros para sua organização. No entanto, essas normas não padronizam a

formação profissional docente no país possibilitando inúmeras arrumações para esses

cursos. Nesse trabalho, tratamos da materialização desses possíveis caminhos a serem

percorridos nas licenciaturas em letras a fim de entender quais agenciamentos estão

sendo feitos para constituir que se entende por licenciatura em letras nas universidades

estudadas. A licenciaturas são formadas por três eixos a partir do que foi estipulado no

Parecer CNE/CP 28/2001, documento que compôs um pacote de reforma das

licenciaturas no ano de 2001: Teórico-Metodológico, Prática como Componente

Curricular e Estágio Supervisionado, com um mínimo de horas estipulado para cada um

deles de 1800, 400 e 400 respectivamente. O foco de discussão está nas articulações

feitas entre teoria e prática principalmente nas disciplinas que contemplam horas do

eixo curricular de Prática como Componente Curricular. Algumas universidades

incluíram essas horas em disciplinas já existentes do eixo teórico-metodológico

enquanto outras criaram disciplinas exclusivas de Prática como Componente Curricular.

Para tal, partimos das discussões feitas por Adolfo Vazquez (1977) sobre o que se

determina como a práxis humana e, em seguida, articulamos com as discussões de

Gilles Deleuze (1968) sobre as possibilidades de repetição de uma mesma ação e sua

relação com possíveis diferenciações. Tratamos também das relações feitas por Yves

Schwarz (2010) sobre a atividade do trabalho, principalmente, no que diz refeito a sua

realização e do seu exercício prático em relação às prescrições que a antecedem. Nossos

resultados iniciais apontam para questões de heterogeneidade discursiva (AUTHIER-

REVUZ, 1998) que devem auxiliar nossas conclusões sobre os modos de articular

aquilo que se percebe pois há um deslocamento da ideia de prática que ao ser oposta a

teoria é significada como cotidiano escolar enquanto quando é oposta à ideia de estágio

ganha matizes de conhecimento. Esses deslocamentos influenciam no sentido de que

memórias discursivas identificadas no enunciado devem apontar traços de perfil (is)

profissional (ais) de professor que se está(ão) construindo.

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Palavras-chave: Licenciatura; Espanhol; Prática como componente curricular; Teoria,

Formação de professor.

Comunicação Oral 4

A BUSCA DO SABER DOS ESTUDANTES DO CURSO DE PEDAGOGIA E

DIREITO SOBRE A REPRESENTAÇÃO SOCIAL DE UNIVERSIDADE CINTIA JAQUELINE CIACCI ANDRADE – UFAC/CAMPUS FLORESTA

MARIA ALDECY RODRIGUES DE LIMA – UFAC/CEL

O objetivo deste texto é apresentar os diálogos teóricos e representacionais, frutos do

recorte de nossa pesquisa PIBIC/UFAC desenvolvida nos anos de 2013 e 2014, junto

aos alunos do turno noturno da UFAC – Campus Floresta – acadêmicos do curso de

Pedagogia e do curso de Direito. Para tanto utilizaremos como fundamentação teórica e

metodológica os pressuposto da Teoria das Representações Sociais criada e difundida

por (MOSCOVICI, 1978, 2005, 2009, 2011) e (JODELET, 2001), dentre outros.

Optamos pelo uso do questionário sócio econômico e a TALP (Técnica de Associação

Livre de Palavras), técnicas metodológicas quantitativas e qualitativas que nos

permitem a visualização da realidade desse grupo pesquisado. Trabalhamos, pois, com

um total de 67 sujeitos, participes dessa pesquisa entre os dois cursos. Historicamente

vivenciamos um discurso instituído de há desvalorização da profissão professor e

supervalorização dos profissionais graduados em direito (seja advogado, juiz,

promotor). Isso nos instigou a pesquisar entre os acadêmicos do curso de Pedagogia e

de Direito a representação social de universidade, visto que a formação constitui porta

de entrada no mercado de trabalho para ambas as profissões. A análise dos campos

semânticos nos permite compreender que universidade para os acadêmicos de

Pedagogia inclui quatro campos: dimensão formativa, dimensão futura, dimensão

positiva e dimensão negativa. Já para os de Direito, os campos se organizam em duas

versões: universidade como lugar de aprender e projeção futura. Chegamos ao

entendimento, dado as análises dos dados de pesquisa, de que, a representação social de

universidade construída pelos alunos de Pedagogia carrega a semântica da profissão,

contudo esta ancorada na imagem da profissão como futuro, ao tempo que objetivam na

dimensão formativa, tendo a universidade como espaço privilegiado de mudanças

sociais. Já a representação social para os acadêmicos de Direito, está ancorada na

imagem da universidade como lugar de aprender e objetivada no futuro de uma

profissão de reconhecimento e prestigio social.

Palavras-chave: Representação Social; Universidade; Curso de Pedagogia; Curso de

Direito.

Comunicação Oral 5

FORMAÇÃO DOCENTE: UMA EXPERIËNCIA A PARTIR DO PROGRAMA

INSTITUCIONAL DE BOLSA DE INICIAÇÃO À DOCÊNCIA (PIBID) ALLAN ALMEIDA DRUMOND E SILVA – PIBID/IFAC

CLEILSON REZENDE DA SILVA – PIBID/IFAC

MARLOVA GIULIANI GARCIA – DOCENTE/IFAC

O presente trabalho tem como finalidade relatar as vivências realizadas através da

inserção dos alunos do curso de Licenciatura em Ciências Biológicas do Instituto

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Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Acre em atividades de docência no

âmbito escolar por meio do PIBID (Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à

Docência), onde os principais objetivos propostos pelo projeto são: acompanhar, refletir

e construir competências profissionais necessárias para realizar o trabalho docente. As

atividades realizadas na Escola Estadual de Ensino Médio Sebastião Pedrosa são

direcionadas ao atendimento para alunos dos três anos do Ensino Médio. Dentre as

atividades desenvolvidas estão construir Projetos integradores, acompanhar o

rendimento escolar dos alunos e o planejamento de aulas diferenciadas, pois segundo

Vasconcellos (2000), o planejamento enquanto construção-transformação de

representações é uma mediação teórica metodológica para ação, que em função de tal

mediação passa a ser consciente e intencional. Dessa forma, pensar o planejamento das

aulas é essencial no sentido de atingir os verdadeiros propósitos da educação de nossos

alunos. Todas essas atividades fazem parte do planejamento a partir dos objetivos que

estão no projeto PIBID que foi construído em conjunto com o coordenador de área,

supervisor da escola e os bolsistas do curso de Licenciatura em Ciências Biológicas.

Percebemos que esse projeto, além de propiciar o incentivo à docência também colabora

com o trabalho de ensino e aprendizagem desenvolvido na escola Sebastião Pedrosa,

culminando em condições favoráveis para o desenvolvimento pessoal e intelectual aos

alunos, professores, supervisores e coordenadores que atuam na Escola Estadual de

Ensino Médio Sebastião Pedrosa. A partir das vivências adquiridas através do PIBID

pudemos observar que nem tudo o que está posto na escola é positivo, nesse sentido

podemos citar, por exemplo, a quantidade elevada de alunos em uma única turma com

diversas necessidades e que apenas um professor está disponível para saná-las durante

as aulas, a falta de atenção e, até mesmo, a falta de interesse por parte de alguns alunos,

onde a internet entra como fator principal para este problema. Portanto melhorar o

ensino, adequar os métodos a realidade da escola é essencial para aprimorar o

desempenho dos alunos. Concluindo, podemos afirmar que se os professores

desenvolverem atividades dinâmicas e atrativas, essas, serão responsáveis para que os

déficits de aprendizagem dos alunos possam ser superados.

Palavras-chave: Vivências; Planejamento; Docência; PIBID.

Comunicação Oral 6

A INSERÇÃO DO ALUNO COM DEFICIÊNCIA AUDITIVA NA EDUCAÇÃO CLEILSON REZENDE DA SILVA

JAMILLE DOS SANTOS SOUZA

MARLOVA GIULIANI GARCIA – DOCENTE/IFAC

VALDIRENE NASCIMENTO DA SILVA OLIVEIRA

O presente estudo tem como finalidade relatar os dados obtidos durante a pesquisa sobre

a inserção dos alunos surdos na educação. O estudo foi realizado pelos acadêmicos do

curso de Licenciatura em Ciências Biológicas do Instituto Federal de Educação, Ciência

e Tecnologia do Acre, na disciplina de Libras. O objetivo dessa pesquisa foi conhecer

como são planejadas as práticas e estratégias pedagógicas, que são desenvolvidas pelos

professores do Instituto Federal de Educação, Ciências e Tecnologia do Acre. Na

execução desse estudo foi necessário elaborar um roteiro de questões para fazer a

entrevista com os alunos com deficiência auditiva. Essa entrevista contou com o auxilio

de uma intérprete que acompanhou o aluno em todas as atividades desenvolvidas na sala

de aula. Através da pesquisa, percebemos que um dos desafios enfrentados, hoje, na

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educação, é transformar a escola, da qual fazemos parte e é histórica em nossa

sociedade, em uma nova escola que possa atender a todos os alunos da mesma forma. A

partir da inserção nesse estudo, nós acadêmicos, percebemos que os alunos com

deficiência auditiva passam por dificuldades, pois ao longo da história sempre foram

julgadas incapazes de realizarem atividades consideradas comuns ao ser humano

“normal”. Essas pessoas eram, então, excluídas socialmente e seus direitos,

principalmente os de acesso à educação, desrespeitados não só pela sociedade, mas

também pelos seus familiares que se sentiam constrangidos em ter um membro familiar

com tal deficiência. Tendo em vista a necessidade de intervir nessa realidade, foi criada

a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Brasileira (LDB, nº 9394/1996) a qual definiu

que os Sistemas de Ensino devem assegurar diversos direitos de atendimento

educacional, sendo a principal demanda a ser atendida, a presença de professores

especializados ou devidamente capacitados no atendimento a pessoas com qualquer tipo

de deficiência. A partir das informações coletadas por meio do questionário e da

entrevista a um aluno com surdez, do Curso Técnico em Segurança do Trabalho do

IFAC, Campus Rio Branco, foi possível constatar que os Sistemas de Ensino ainda não

estão preparados para receber esses estudantes. Também não estão em condições para

desenvolver a mediação dos conhecimentos sistematizados. Dessa forma, constata-se

que os professores não estão preparados para recebê-los, sendo nítido que alguns ainda

não conseguem planejar suas aulas com metodologias que atendam às necessidades

educacionais desses alunos.

Palavras-chave: Educação, Práticas pedagógicas, Deficiência auditiva, Professores

especializados.

Comunicação Oral 7

O LÚDICO NA EDUCAÇÃO INFANTIL: O JOGO EM SITUAÇÕES DE

APRENDIZAGEM NA PRÉ-ESCOLA MARCELINO CHAMPAGNAT ÉTILA NASCIMENTO MORAIS – UFAC/CAMPUS FLORESTA

MARIA DOLORES DE OLIVEIRA SOARES PINTO – UFAC/CEL/CELSA

Esta pesquisa, ainda em andamento, é fruto dos trabalhos realizados durante a disciplina

TCC 1 do curso de Pedagogia e traz como tema central o lúdico em sua relação com o

processo de ensino-aprendizagem na Educação Infantil. Apresenta como lócus

investigativo a escola de ensino infantil Pré-escolar Marcelino Champagnat e o seguinte

problema: qual a importância do jogo para o processo de aprendizagem dos alunos no

Ensino Infantil? Diante desta questão, o objetivo principal consiste em investigar a

importância do jogo para a Educação Infantil, analisando a sua relação com o

desenvolvimento da aprendizagem dos estudantes nesta modalidade de ensino. A

proposta investigativa, ora apresentada, foi delineada a partir das leituras realizadas que

permitiram notar o jogo como atividade fundamental à vida humana, que contribui para

o desenvolvimento das relações sociais, cria vínculos e é capaz de favorecer a aquisição

de conhecimentos. Além disso, dá ao processo de ensino-aprendizagem a possibilidade

de práticas mais divertidas e prazerosas, tornando-se, assim, um instrumento facilitador

das ações pedagógicas escolares. Neste sentido, é preciso descobrir se os jogos,

inseridos na Educação Infantil, têm, de fato, sido trabalhados como forma de favorecer

o desenvolvimento das dimensões humanas necessárias a efetivação da aprendizagem,

como, por exemplo, a afetivo-emocional, cognitiva, sociocultural e senso-motora.

Segundo Antunes (2000), o jogo é considerado um artifício significativo a partir do

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momento em que o educando interessa-se por ele, e a partir de então pode desenvolver

as fases de sua vivência pessoal e social, sendo capaz de proceder e conduzir novas

descobertas. Por este viés, o docente deve saber como utilizar o jogo de maneira

significativa na Educação Infantil, fase em que as crianças estão sendo preparadas e

estimuladas para um desenvolvimento futuro. Assim sendo, esta pesquisa mostra-se

relevante, pois complementará as reflexões que vêm acontecendo acerca desta prática

nas escolas de Educação Infantil, podendo também contribuir com a formação inicial do

professor. O estudo de cunho qualitativo exploratório, insere-se na modalidade pesquisa

de campo, do tipo estudo de caso. Serão utilizados como instrumentos de geração dos

dados a observação não participante e a entrevista não estruturada. Ademais, com o

propósito de fundamentar o estudo, dialogará com autores como Vygotsky(1998),

Piaget(1989), Santos(2000), Antunes(2000), dentre outros.

Palavras-chave: Lúdico; Jogo; Ensino-aprendizagem.

Comunicação Oral 8

A AVALIAÇÃO NA E DA EDUCAÇÃO INFANTIL: INICIANDO O DEBATE

COM A SEME – EM RIO BRANCO – ACRE GIANE LUCÉLIA GROTTI SILVEIRA – UFAC/CAMPUS FLORESTA

MARIA EVANILDE BARBOSA SOBRINHO – UFAC/CAMPUS FLORESTA

O presente trabalho visou adentrar nas discussões atuais sobre a Avaliação na Educação

Infantil. A apreciação do tema partiu das discussões do Grupo de Trabalho (GT) criado

pelo Ministério da Educação composto por pesquisadoras e pesquisadores da área cuja

finalidade se pautou e pauta em cumprir com o que aponta o Plano Nacional de

Educação 2011-2020 que assim entendido desde a LDB 9394/96 que a Educação

Infantil como primeira etapa da Educação Básica, necessita passar por um processo de

avaliação assim como os demais níveis de ensino. Portanto, alguns instrumentos

avaliativos precisam ser criados e testados. Este tema esteve em debate durante o ano de

2013 com discentes do Curso de Pedagogia da Universidade Federal do Acre, técnicos

da Secretaria Municipal de Educação de Rio Branco, gestores e professores desta rede

de ensino. As formas das discussões contemplaram reuniões de estudos, palestras em

sala de aula, pesquisas de campo em creches e pré-escolas, e seminário temático aberto

a toda comunidade, de forma que este tema esteve presente nos locais em que se

promove, seja teórica ou praticamente, o desenvolvimento integral da criança. Esta

pesquisa incluiu em seu aporte teórico, além das produções do referido GT, pesquisas

nacionais de Campos (2011, 2013), Didonet (2011), e em pesquisas internacionais como

as de Bondioli (2004), Bondioli e Savio (2013). Como trata-se de uma pesquisa inicial,

aberta a continuidade, preliminarmente aponta para que as discussões sejam ampliadas

às instituições de Educação Infantil de forma que se garanta a participação democrática

e que o intento de criar instrumento(s) avaliativo(s) contemple todas os enredamentos e

as especificidades, na e da Educação Infantil, qual seja: uma avaliação de contexto.

Palavras-chave: Avaliação; Educação infantil; Participação democrática.

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EIXO TEMÁTICO 4: FORMAÇÃO DE PROFESSORES E

INCLUSÃO (GRUPO 2)

Local: Sala 4

Comunicação Oral 1

PROJETO UCA: ATIVIDADES DE LÍNGUA PORTUGUESA COM ALUNOS

DO 6º ANO DE UMA ESCOLA DA ZONA RURAL DE RIO BRANCO – ACRE LINDINALVA MESSIAS DO NASCIMENTO CHAVES – UFAC/CELA/CAMPUS

RIO BRANCO

A discussão sobre o uso das Novas Tecnologias da Informação e Comunicação (NTICs)

no âmbito da educação formal, em especial sobre sua importância para o processo de

ensino-aprendizagem, vem se expandindo em pesquisas e trabalhos nos meios

acadêmicos. No estado do Acre, dentre as diversas propostas governamentais para a

inserção dessas tecnologias nas práticas pedagógicas dos professores e no cotidiano dos

alunos consta o Projeto Um Computador por Aluno (UCA), que foi desenvolvido em 9

escolas de ensino fundamental de Rio Branco, dentre as quais a uma escola da zona

rural. Em 2013, como fruto dos encontros e oficinas pedagógicos, deu-se início a uma

prática a ser desenvolvida em todo o primeiro semestre, a inserção do laptop

educacional UCA em várias das aulas da disciplina língua portuguesa, com a pretensão

de contribuir para a criação de um quadro de atividades com o laptop a serem realizadas

no 6º ano do ensino fundamental. O trabalho foi realizado em parceria com a professora

de Língua Portuguesa do 6º ano, o público era formado por 35 alunos com pais

detentores de baixa renda, a grande maioria sem acesso a internet em casa e arredores.

A maioria desses alunos já havia tido contato com o laptop nas oficinas ministradas pela

formadora do Projeto UCA, de 2011 a 2012. Apesar das adversidades, tais quais

ausência de infraestrutura adequada da escola, a motivação da equipe, diretores e

coordenadores, era grande em relação ao Projeto UCA. O primeiro dos conteúdos

abordados com o auxílio do laptop foi a identificação das diferentes formas de

linguagem: o texto – oral ou escrito – e o não verbal. Nesta comunicação, apresentam-se

o percurso metodológico das atividades desenvolvidas, a sustentação teórica do estudo,

no que se refere ao uso das NTICs como instrumento facilitador no processo de ensino-

aprendizagem e os resultados alcançados pelo professor com seus alunos.

Comunicação Oral 2

A INCLUSÃO EDUCACIONAL DOS SURDOS NO MUNICIPIO DE

CRUZEIRO DE SUL-ACRE: IDENTIDADE E CULTURA MARIA ALDENORA DOS SANTOS LIMA – UFAC/CEL

SÔNIA ELINA SAMPAIO ENES – UFAC/CEL

Este trabalho apresenta parte da dissertação de mestrado em andamento do Programa de

Pós-Graduação em Educação da Universidade Federal do Amazonas – UFAM. A

pesquisa objetiva analisar aspectos da identidade e da cultura surda nas manifestações

da participação do surdo no desenvolvimento da educação do Munícipio de Cruzeiro do

Sul-Acre. Tal objeto visa contribuir para um maior conhecimento sobre as identidades e

a cultura dos surdos cruzeirenses, a fim de poder ampliar seu fortalecimento e as

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possibilidades de descoberta de si e do ambiente em que vivem, incentivando à

aproximação dos conteúdos culturais. As identidades e diferenças culturais das pessoas

surdas, produzidas e divulgadas, também marcam o lugar da diferença desses sujeitos,

as diferenças estão na ordem da constituição de sujeitos sociais e políticos, na

apropriação linguística e cultural e na produção de identidades múltiplas. A resistência e

a luta política dos sujeitos surdos para manterem-se na diferença, também vêm sendo

traçadas em diversos espaços que promovem novas identidades surdas e reafirmam o

posicionamento cultural em face do cenário da educação nacional. São produções

culturais que circulam também fora da escola ou comunidade de surdos, dando

visibilidade e reconhecimento à condição política desses sujeitos. Para tanto,

fundamenta-se em autores como: Hall (2000), Mclaren (2003), Skliar (2010), Dorziat

(2011), Sá (2006) dentre outros. A pesquisa é de cunho qualitativo, utilizamos como

instrumentos de coleta: grupos focais, grupos de estudos, entrevistas semiestruturadas e

observações com registro em Diário de Campo e filmagens. Os sujeitos da pesquisa

foram surdos e interpretes do Munícipio de Cruzeiro do Sul. Os resultados indicam que

existe uma insatisfação por parte dos sujeitos da pesquisa, a respeito da educação de

surdos em Cruzeiro do Sul a maioria dos surdos não conhecem aspectos relacionados a

sua cultura, verificou-se a necessidade fortalecer a cultura e identidade do surdo para

que os mesmos adquiram autonomia em sua vida educacional e social.

Palavras-chave: Identidade; Cultura; Educação.

Comunicação Oral 3

O USO DO PORTFÓLIO NO PIBID/PEDAGOGIA: POSSIBILIDADES DE

CONSTRUÇÃO DOS SABERES DOCENTE NA FORMAÇÃO INICIAL CLEIDE VILANOVA HANISCH – UFAC/CEL/PIBID

ELIDA FURTADO DO NASCIEMENTO – UFAC/CEL/PIBID

ETE FEITOSA DE OLIVEIRA GOMES – UFAC/CEL/PIBID

No contexto das políticas educacionais pós 1996 muito tem se discutido a respeito da

formação dos professores para a Educação Básica, pois a Lei de Diretrizes e Bases da

Educação Nacional (LDB) promulgada em dezembro de 1996 estabeleceu novas

exigências para a formação docente para atuar na Educação Básica. Nesse período

algumas políticas foram implantadas, visando possibilitar a formação de professores que

atendessem ao perfil exigido pela LDB, entre elas o Programa Institucional de Bolsa de

Iniciação a Docência (PIBID). O programa visa contribuir com o aperfeiçoamento e

valorização da formação de professores para a Educação Básica. Por meio de projetos

desenvolvidos em parceria entre as instituições de ensino superior e as escolas de

Educação Básica, aos alunos da licenciatura é promovido a inserção na realidade escolar

durante o seu processo de formação. A experiência pode facilitar a reflexão crítica da

teoria à prática e da prática à teoria. A partir do olhar sobre o uso do portfólio no

PIBID/pedagogia: possibilidades de construção dos saberes docente na formação inicial,

o presente artigo tem como objeto de análise o portfolio como reflexão sobre a prática

na constituição dos saberes docentes na formação inicial em Pedagogia, tendo por

objetivo discutir sobre a importância do portfólio como estratégia de reflexão crítica

sobre a prática na constituição dos saberes docentes na formação inicial dos licenciados

em pedagogia do Campus Floresta/UFAC. A análise se caracteriza como pesquisa

qualitativa, por meio do relato de experiência, tanto das coordenadoras de área, como

dos alunos bolsistas, que permeou o processo de construção do portfólio pelos

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pibidianos, desde as primeiras orientações sobre a construção do portfólio aos últimos

portfólios produzido no final do 1º semestre de vigência do projeto, setembro de 2014.

As discussões tiveram como referencial teórico em Tardif (2012) com sua abordagem

sobre os saberes docentes na formação profissional e Alarcão (2001) contribuindo a

respeito da escola reflexiva e nova racionalidade. Os resultados mostram como o

processo de construção dos saberes docentes a partir da prática de refletir sobre o

próprio fazer pedagógico ainda é difícil de ser realizado pelos alunos na formação

inicial, mas ao mesmo tempo, tão necessário para a superação da dicotomia entre teoria

e prática na formação profissional docente.

Palavras-chave: Portfólio; PIBID; Reflexão Crítica.

Comunicação Oral 4

A INCLUSÃO DE ALUNOS SURDOS NA UNIVERSIDADE FEDERAL DO

ACRE – CAMPUS FLORESTA: UMA HISTÓRIA EM CONSTRUÇÃO FRANCISCO SIDOMAR OLIVEIRA DA SILVA – UFAC/CAMPUS FLORESTA

LÚCIA VIEIRA DE SOUZA - UFAC/CEL

MARIA ARLETE COSTA DAMASCENO – UFAC/CEL

SÔNIA ELINA SAMPAIO ENES – UFAC/CEL

A educação inclusiva é um desafio que ao ser devidamente enfrentado pela escola

comum, provoca a melhoria na educação, pois para que os alunos com e sem deficiência

possam exercer o direito à educação em sua plenitude, é indispensável que a escola

aprimore suas práticas, a fim de atender às diferenças. Pensando em como as pessoas

com deficiência estão sendo incluídas hoje, nas universidades, é que surgiu nosso objeto

de estudo, A inclusão de alunos surdos na Universidade Federal do Acre – Campus

Floresta: uma história em construção, que tem como objetivo, refletir sobre o papel da

universidade no processo de inclusão dos alunos com deficiência, analisando as

garantias com relação ao acesso e permanência desses alunos no ensino superior. A

partir da análise de estudo bibliográfico, com base em autores como Santos (2009),

Mantoan (1997), Carvalho (2003) e também através de entrevistas, buscaremos analisar

o desenvolvimento dos alunos surdos incluídos na Universidade, abordando o papel dos

docentes e da academia para a aprendizagem e facilitação da inclusão na busca de novas

práticas de ensino. Acreditamos que com este trabalho, poderemos fazer uma análise

sobre essa questão, percebendo que o acesso dos alunos com deficiência a esse nível de

ensino, tem aumentado consideravelmente, embora os mesmos se deparem com

algumas barreiras físicas, atitudinais, curriculares e metodológicas, dificultando sua

atuação no processo acadêmico na universidade.

Palavras-chave: Inclusão; Alunos surdos; Ensino Superior.

Comunicação Oral 5

O PERCURSO FORMATIVO NO INTERIOR DA AMAZÔNIA:

CARATERISTICAS, OUSADIA E SABERES TAIRINE GADELHA GONDIM – UFAC/CAMPUS FLORESTA

MARIA ALDECY RODRIGUES DE LIMA – UFAC/CEL

20

Este trabalho discute parte dos resultados de uma pesquisa que teve como objetivo

compreender a contribuição social da UFAC em Cruzeiro do Sul – polo de formação

que atende os municípios da região do Vale do Juruá/AC. O conhecimento dessa

realidade foi mapeado dada as análises das estratégias metodológica adotadas: o

questionário e a entrevista. Estudamos desse modo, a importância da UFAC e onde

estão os egressos do curso de Pedagogia nela formados. Trata-se de uma pesquisa

qualitativa e quantitativa ao mesmo tempo, revelando as faces ocultas da contribuição

social da universidade. Além disso, contamos com a pesquisa documental para

sabermos quantos alunos já foram formados em Pedagogia pela Universidade Federal

do Acre, no Campus de Cruzeiro do Sul, assim como também, conhecer a trajetória

histórica e formativa que embala vinte e dois anos de Pedagogia nesse Campus, desde

sua implantação em 1992. Abordamos, pois, resquício de uma história permeada pelas

dificuldades inerentes a cada período, contudo resvalada pelas nuances vitoriosas para a

educação da região, formação dos professores e demais profissionais do campo político

e administrativo que se beneficiam da formação em nível superior adquirida na UFAC.

As atividades inerentes às funções da universidade no que se refere ao ensino, pesquisa

e extensão, aos poucos são atendidas ao longo dessa trajetória acadêmica. Os egressos e

futuros professores formados em Pedagogia se juntam na construção coletiva de

informações, conhecimentos e saberes que se ampliam para além da ambiência

acadêmica e profissional. Sendo assim nestes 22 anos de história, já licenciados 629

novos professores pedagogos prontos para atuar tanto nos espaços de sala de aula,

quanto nos administrativos e políticos educacionais. Saberes e deveres que se articulam

ao poder público no cumprimento às leis que regem a educação em seus diversos níveis

e modalidades. Uma cúmplice história da Pedagogia no interior do Acre que integra as

condições sócio-históricas-culturais que urge pela formação em nível superior como

consequência dos desafios da educação rumo às melhorias da qualidade do ensino.

Histórias que se reinventam e se cruzam com a história de vida das pessoas que fizeram

e fazem o curso acontecer. Levando o magistério aos lugares mais longínquos das

veredas e dos rincões desse Brasil, dessa Amazônia.

Palavras-chave: Formação de professores; Percurso histórico; Curso de Pedagogia.

Comunicação Oral 6

A CONSTRUÇÃO PROFESSOR, ALUNO E SOCIEDADE SEGUNDO PAULO

FREIRE CARLOS AUGUSTO SANTANA SOBRAL – UFAC/CAMPUS FLORESTA

MANOEL DE SOUZA ARAÚJO – UFAC/CAMPUS FLORESTA

A formação docente é um dos temas mais discutidos no cenário nacional, sobretudo a

partir da LDB, nº 9394/96 que demanda novas diretrizes à formação e trouxeram novas

exigências, tanto na formação quanto na atuação do professor em sala de aula. Assim,

nos faz surgir o interesse em compreender a formação como mediadora da construção

professor aluno e sociedade. O objetivo desse artigo é mostrar que a educação,

apresentada por Freire, é um instrumento necessário para a transformação social e o

professor, desde sua formação, cumpre um papel importante para que esse processo

aconteça. Assim, caberá a ele conduzir os discentes no processo de conscientização, esta

por sua vez ampliará as perspectivas sociais do individuo a partir da leitura de mundo.

A leitura de mundo é fundamental para que haja dialogicidade entre professor, aluno e

sociedade favorecendo a construção formativa de ambos. Para analisarmos as

discussões propostas usaremos como aporte teórico as obras de Paulo Freire, Educação

21

e Mudança (1990), nessa obra a educação é vista por ele como um processo infinito e é

capaz de trazer transformações profundas no homem e na sociedade. Pedagogia da

Autonomia (2008), a mesma o professor, de certa forma, é responsável para que a

autonomia dos indivíduos na sociedade não caia em uma utopia e o mesmo deve ter

claro que ensinar não é simplesmente transferir conhecimento, mas dar condições para

que o discente crie suas próprias analises e Pedagogia do Oprimido (1987), na qual o

autor mostra que o processo de libertação do individuo passa pelo reconhecimento dele

sobre sua própria realidade, assumindo que precisa criar nova postura e convicções

sobre sua atuação no contexto social. Queremos assim, apresentar a partir das obras

supracitadas, os passos que Paulo Freire propõe para que aconteçam as mudanças

sociais necessárias a partir da educação e do professor como agente desse processo

educativo.

Palavras-chave: Professor; Aluno; Educação; Construção. Sociedade.

Comunicação Oral 7

TECENDO NARRATIVAS: O IMAGINÁRIO DA FORMAÇÃO DOCENTE DO

CURSO DE LETRAS DE CRUZEIRO DO SUL ANA MARIA CAROLINE ALVES DE LIMA – UFAC/CAMPUS FLORESTA

DEOLINDA MARIA SOARES DE CARVALHO – UFAC/CEL/CELSA

MARIA DOLORES DE OLIVEIRA SOARES PINTO – UFAC/CEL/CELSA

Nos dias hodiernos, estudos envolvendo as estruturas psicológicas do ser humano têm

se tornado recorrentes em nossa sociedade, haja vista a notória complexidade atribuída

às ações dos indivíduos na coletividade. Nesse sentido, este estudo insere-se na

perspectiva teórico-metodológica da Antropologia das Organizações, atuando como

referencial a Antropologia do Imaginário de Gilbert Durand, em cuja obra se verificam

apontamentos que reforçam a relação de que o imaginário humano seja capaz de revelar

a origem de pontos de vistas peculiares que refletem comportamentos específicos nos

sujeitos. Este estudo objetiva compreender o imaginário da formação docente de um

grupo de alunos do Curso de Letras de Cruzeiro do Sul, a partir de uma atividade de

extensão sob a forma de oficina de produção textual, constituindo-se narrativas que

funcionam como método e o próprio conteúdo a ser pesquisado, pois é no contar desses

sujeitos que se verificam substratos de sua formação humana. Ademais, as produções

foram analisadas à luz da mitocrítica para localizar os mitos que as posturas professorais

presentes nos ambientes educacionais deste município estão evocando. Emergiram

imagens do regime diurno, surgindo a figura do herói para representar o educador como

um profissional que se divide entre diferentes tarefas escolares e de vida, driblando

dificuldades para dar o melhor de si a seus alunos, e imagens do regime noturno,

indicadas por meio dos arquétipos do barco e da montanha, pelo processo construtivo a

que o profissional é submetido em sua carreira docente. Dessa forma, as produções dos

alunos evidenciam a estrutura sintética em sinal de conciliação de contrários. O

percurso heroico do professor funciona como uma travessia que desvela diferentes

modos de ser que são sentidos pelos alunos como algo que implica um processo de

transformação que os estudantes estão vivenciando durante a graduação para alcançar o

preparo necessário para o exercício da docência. Assim, espera-se que o presente estudo

possa favorecer reflexões sobre a imagem do professor, podendo, quiçá, provocar uma

mudança nessa imagem, deixando esse profissional de ser visto como um herói que

supera mazelas, para ser valorizado como um profissional respeitado pela importância

de seu trabalho na coletividade.

22

Palavras-chave: Narrativa; Imaginário; Formação Docente.

Comunicação Oral 8

FRACASSO ESCOLAR: UMA PESQUISA BIBLIOGRÁFICA QUETILA DA SILVA LIMA – UFAC/CAMPUS FLORESTA

MARIA DOLORES DE OLIVEIRA SOARES PINTO – UFAC/CEL/CELSA

Esta pesquisa, ainda em andamento, propõe o estudo do fenômeno fracasso escolar e é

fruto dos trabalhos realizados durante a disciplina TCC 1 do curso de Pedagogia. Seu

objetivo é desenvolver um estado do conhecimento da produção acadêmica sobre o

fracasso escolar no processo de aquisição da escrita no primeiro ciclo da educação

básica, referente ao período de 2008 a 2013. Optamos por este tema porque percebemos

ser este um problema que atinge, direta ou indiretamente, grande parte da população

escolar. Assim, preocupadas em como este fenômeno se faz presente nas escolas de

Cruzeiro do Sul-Ac,surge este projeto que traz como proposta uma pesquisa do tipo

bibliográfica, na modalidade estado do conhecimento, que segundo Romanowski e Ens

(2006, p. 40) “... aborda apenas um setor das publicações sobre o tema estudado”.Um

dos desafios dessa modalidade investigativa está em mapear e discutir produções

acadêmicas em seus diferentes aspectos e áreas. Acreditamos, com isso, poder oferecer,

a partir das produções encontradas, um referencial teórico capaz de descortinar esse

universo, permitindo, ao futuro professor, em seu processo de formação e ao professor

atuante, uma melhor compreensão sobre esse fenômeno. Também, julgamos ser capaz

de garantir o exercício reflexivo, desses mesmossujeitos, sobre a prática pedagógica, a

fim de favorecer uma melhoria na qualidade de ensino.Diante disso, um mergulho

histórico tornou-se importante porque ajuda a compreender como a realidade hoje

vivenciada foi sendo historicamente construída. Assim, Patto (1999) poderá contribuir

na visão panorâmica necessária para compreender os caminhos históricos percorridos

pelo fenômeno fracasso escolar; Costa (1994), trará sua contribuição quando considera

o indivíduo fazendo parte de um contexto social; Rossini e Santos (2001) e Fernandes

(2005) também compõem o quadro teórico a ser utilizado ao longo da pesquisa. Estes

poderão auxiliar no que tange a relação professor-aluno e as práticas desenvolvidas na

escola. Considerando o fracasso escolar como um problema de longuíssima data, este

estudo também buscará alcançar a compreensão das problemáticas educacionais, as

possíveis causas do fenômeno investigado, analisando e afunilando os estudos já

publicados sobre o mesmo. Com isso, esta pesquisa pretende apresentar uma análise

condensada, não fragmentada da realidade, sobre o que estrutura de fato o fracasso

escolar e, quiçá, contribuir para uma efetiva mudança no quadro educacional de

Cruzeiro do Sul, Ac.

Palavras-chave: Fracasso escolar; Prática escolar; Aluno; Professor.

EIXO TEMÁTICO 5: PRÁTICAS DE LETRAMENTO E

ESTUDOS DE GÊNEROS DO DISCURSO / TEXTUAL (GRUPO 1)

Local: Sala 5

23

Comunicação Oral 1

O ENSINO DOS GÊNEROS TEXTUAIS EM UMA ESCOLA DE ENSINO

FUNDAMENTAL DE CRUZEIRO DO SUL: AINDA UM DESAFIO PARA OS

PROFESSORES AILTON DE SOUZA SILVA – UFAC/CAMPUS FLORESTA

SARAH ARAUJO DE LIMA – UFAC/CAMPUS FLORESTA

CLEIDE VILANOVA HANISCH – UFAC/CEL

Este estudo consiste em uma pesquisa sobre o ensino de Língua Portuguesa no 3º ano de

uma escola de ensino fundamental de Cruzeiro do Sul - Acre, tendo como objetivo

descrever e analisar o tratamento dado ao ensino dos gêneros textuais, uma vez que o

ensino por meio dessa abordagem possibilita ao aluno o desenvolvimento da habilidade

de ler, escrever e interpretar os mais variados textos que circulam socialmente e,

sobretudo, garante a participação social efetiva conforme preconizam os PCN. Para isso,

desenvolvemos uma pesquisa de campo de caráter qualitativo e utilizamos a observação

e a entrevista como instrumento de coleta de dados. Integram as discussões realizadas

ao longo do estudo, autores como: PCN (1997), Dionisio, Machado, Bezerra (2005),

Bakthin (1992), Koch, Elias (2009), Santos, Riche, Teixeira (2012), Marcuschi (2008),

entre outros. Assim, os dados da pesquisa realizada apontaram que o trabalho em sala de

aula com o gênero textual foi abordado pelo docente de forma artificial dando ênfase

apenas na gramática, excluindo a sistematização da estrutura e composição do gênero

exposto. Mediante esse contexto, ressaltamos que no trabalho com os gêneros textuais é

necessário que haja uma identificação do autor, os objetivos pretendidos ao escrever, a

que público alvo o texto é direcionado e suas características, pois todos esses aspectos

deverão ser discutidos com os alunos nas atividades em sala, para que eles possam se

apropriar desse instrumento discursivo. Nessa perspectiva, destacamos a importância de

trabalhar com diversidade textual no âmbito escolar, pois ela permite aos educandos a

aquisição de conhecimento amplo sobre os gêneros que circulam na sociedade, além de

possibilitar a integração das três práticas de linguagem: prática de leitura, prática de

produção de texto, prática de reflexão sobre a língua. Desse modo, concluímos que a

ênfase no ensino de Língua Portuguesa continua ainda sendo dada a gramática.

Palavras-chave: Ensino de Língua Portuguesa; Gênero textual; Cruzeiro do Sul.

Comunicação Oral 2

SELECIONAR ARGUMENTOS E DEFESA DE UM PONTO DE VISTA: O QUE

FAZER? AIRTON SANTOS DE SOUZA JÚNIOR – PIBID/UFAC

MÁRCIA VERÔNICA RAMOS DE MACÊDO – UFAC/CELA/CAMPUS RIO

BRANCO

Essa comunicação tem por objetivo apresentar os resultados parciais do projeto de

Língua Portuguesa do PIBID/UFAC o qual compreende que o texto foi e é objeto de

investigação de diferentes disciplinas teóricas e que, segundo Costa Val (2006, p. 3),

“texto ou discurso é uma ocorrência lingüística falada ou escrita, de qualquer extensão,

dotada da unidade sociocomunicativa, semântica e formal”. Além disso, entende a

textualidade como “um conjunto de características que fazem que um texto seja um

24

texto, e não apenas uma sequência de frases”. Desse modo, analisaram-se trinta

redações escolares de alunos do 3º ano do ensino médio de uma escola pública do

município de Rio Branco – Ac, na qual atuamos como bolsista PIBIC, com base na

competência 3 propostas pela matriz de competência do exame nacional de ensino

médio. A finalidade foi o de ensiná-los acerca dos fatores linguísticos e pragmáticos da

textualidade e, assim, orientá-los a selecionar, relacionar, organizar e interpretar

informações, fatos, opiniões e argumentos em defesa de um ponto de vista na feitura do

texto dissertativo-argumentativo. Pela experiência de iniciação docência nos últimos

meses junto à escola, observou-se que os alunos apresentam dificuldades nessa

competência, sobretudo por não terem um ponto de vista sobre o tema, além de não

saberem construir argumentos consistentes que os levem a produzir um texto coerente e

coeso e em defesa de um ponto de vista crítico, palpável e exequível. Em razão da

amplitude dessa competência, compreende-se que urge o estudo de texto dissertativo-

argumentativo a fim de subsidiar a aprendizagem de alunos de escolas públicas, muitos

sem condições de arcarem com despesas de cursinhos ou pré-ENEM, com o intuito de

orientá-los acerca da estrutura e formatação desse tipo de texto, e especificamente,

quanto à seleção e organização dos argumentos para que possam ter um resultado

satisfatório na sua produção textual. Atualmente, são oferecidas oficinas, palestras,

vídeos, debates sobre vários temas, com a leitura de outros textos a fim de retirarem

argumentos e, consequente, produzem textos, mas sem nenhuma seleção dos

argumentos o que os levam a processos de reescritas e que como não foram

acostumados deixam a desejar nesse processo criativo.

Palavras-chave: Texto; Competência; Argumentos; Dificuldades; Ponto de vista.

Comunicação Oral 3

ANÁLISE DE ATIVIDADES DE CONSCIÊNCIA FONOLÓGICA NO LIVRO

DIDÁTICO DE LINGUA PORTUGUESA DA ALFABETIZAÇÃO AUXILIADORA CARVALHO DA ROCHA – UFAC/CAMPUS RIO BRANCO

LINDINALVA MESSIAS DO NASCIMENTO CHAVES – UFAC/CELA/CAMPUS

RIO BRANCO

Considerando que a alfabetização configura-se em um período muito importante para a

aquisição da leitura e da escrita, muitos estudos vêm sendo realizados para melhorar a

qualidade do ensino e da aprendizagem durante esta fase do desenvolvimento. Os

avanços na área da linguística permitiram perceber que o desenvolvimento da

consciência fonológica é um dos fortes contribuintes para que a criança adquira as

competências de leitura e da escrita. Por sua vez, a consciência fonológica é definida

como a capacidade de segmentação das palavras em unidades menores e ainda a

habilidade de manipular as mínimas unidades de sons para a formação de palavras. O

desenvolvimento desta capacidade contribui para que a aprendizagem da leitura e da

escrita ocorra mais facilmente. Diante disso, este estudo visa analisar as atividades de

consciência fonológica presentes em um livro didático de língua portuguesa do 1º ano

do ensino fundamental. Busca-se identificar quais as competências de consciência

fonológica que estão sendo desenvolvidas nesta série/ano de ensino a partir das

propostas de atividades apresentadas no livro didático. Num primeiro momento da

pesquisa, expõe-se o conceito de alfabetização apontando os aspectos importantes que

envolvem o processo de alfabetização e as competências necessárias para que a criança

passe por esse processo de maneira mais produtiva. Em seguida fundamentam-se as

25

considerações acerca da consciência fonológica relacionando as suas contribuições para

a aprendizagem da leitura e consequentemente da escrita e quais as habilidades que

podem ser desenvolvidas e exploradas pelo professor para que a aprendizagem da

leitura seja facilitada. Diante do objetivo já exposto toma-se como metodologia a

análise de um livro didático de língua portuguesa do 1º ano. Por fim apresentam-se os

resultados da investigação, relacionando quais as atividades que se fazem presentes

nesse material didático utilizado em sala de aula, identificando quais as habilidades de

consciência fonológica trabalhadas e qual o objetivo de cada capacidade.

Palavras-chave: Livro didático; Consciência fonológica; Aprendizagem da leitura.

Comunicação Oral 4

A PRODUÇÃO DO TEXTO DISSERTATIVO NO ENSINO MÉDIO: UMA

ABORDAGEM SOCIOINTERACIONISTA CRISTIANO DE SOUSA OLIVEIRA – UFAC/CAMPUS RIO BRANCO

MÁRCIA VERÔNICA RAMOS DE MACÊDO – UFAC/CELA/CAMPUS RIO

BRANCO

Esta comunicação tem por finalidade demonstrar os resultados parciais do projeto “O

texto dissertativo-argumentativo: características e competências”, que toma como

pressuposto o entendimento de texto como um evento sóciocomunicativo, interativo e

crítico de quem o produz. Além disso, o estudo tem por objetivos: 1) Fazer

compreender texto como uma unidade de sentido(s) que envolve, dentre outros, fatores

linguísticos, composicionais, cognitivos, interacionais, sociais e históricos; 2)

Demonstrar como o texto dissertativo-argumentativo dos alunos de ensino médio são,

comumente, produzidos e avaliados pelo professor regente e quais os critérios dessa

avaliação. Visa estudar a organização global de textos, na modalidade escrita, no gênero

citado, incluindo questões tais quais: domínio da escrita padrão, domínio da estrutura do

texto e sua organização, estratégias discursivas na construção da textualidade, formas de

progressão textual, o uso dos elementos coesivos e dos fatores da textualidade

(coerência e coesão) e a elaboração de uma proposta de intervenção. O desenvolvimento

das atividades (aulas e oficinas) dá-se numa uma escola da cidade de Rio Branco – AC,

junto a alunos do ensino médio, de segundo e terceiro ano, duas vezes por semana. O

estudo baseia-se, sobretudo nos estudos linguísticos de linha sociocognitiva e

interacional, desenvolvidos no Brasil, como Koch (2002, 2004), Marcuschi e Koch

(1998), Koch, Bentes e Cavalcante (2007), Bentes, Travaglia (2008), Costa Val (2004) e

Rezende (2008), bem como toma como apoio a Matriz de Competências do ENEM

2014. Os resultados demonstram que o ensino desse gênero na escola, ainda é

desenvolvido no modelo tradicional, visando exclusivamente a uma avaliação

quantitativa, não permitindo que o aluno reflita sobre suas produções escritas. Percebe-

se, também, que não há um critério (s) de avaliação definida para a produção do aluno.

No entanto, há uma tentativa tímida em mudar a metodologia de ensinar textos no modo

sociocontrutivista, interacionista como preceituam os documentos oficiais. A iniciação à

docência permite uma reflexão sobre a prática do ensino de textos de modo diferenciado

do que vem sendo, comumente, visto e ensinado.

Palavras-chave: Texto; Sociointeracionista; Gênero; Escrita; Ensino.

26

Comunicação Oral 5

ALFABETIZAÇÃO EM CONTEXTOS DE LETRAMENTO: UMA PROPOSTA

DE ALFABETIZAR LETRANDO ELEN TAÍRES CRUZ DE SOUZA – UFAC/CAMPUS FLORESTA

MARIA DOLORES DE OLIVEIRA SOARES PINTO – UFAC/CEL/CELSA

O projeto de pesquisa, resultado da disciplina TCC 1, do curso de Pedagogia, propõe

um estudo situado no âmbito das pesquisas educacionais. Intenta realizar uma

investigação cujo foco é o processo de alfabetização em contextos de letramento, em

sua interdependência com a prática do professor alfabetizador. Tem sua origem em

algumas inquietações sentidas a partir de experiências desenvolvidas junto ao PIBID

(Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência) e traz como objetivo geral

compreender como a alfabetização em contextos de letramento ocorre dentro de sala de

aula, através das práticas do professor alfabetizador. Para alcançá-lo, a pesquisa será

realizada em uma escola pública regular de ensino fundamental na cidade de Cruzeiro

do Sul- Acre. Assim, este trabalho tem as seguintes questões norteadoras: Como ocorre

o processo de alfabetizar em contextos de letramento? Quais as implicações desse

processo para a prática do professor? Quais as maiores dificuldades encontradas pelo

professor ao realizar a prática de alfabetizar em contexto de letramento? É a partir

dessas indagações que esta pesquisa tomará caminho. Nessa direção, o estudo será

realizado à luz de autores como Soares (2008), Kleiman (1995), Rojo (1998), Ferreiro e

Teberosky (1999) e Ferreiro (2001), dentre outros. O estudo se insere na esfera das

pesquisas qualitativas e se caracteriza como estudo de caso, uma vez que pretende

delimitá-la a um único caso. A observação direta e a entrevista, com gestores e

professores, serão os instrumentos adotados para o procedimento da coleta de dados.

Como os estudos sobre esta temática, no cenário nacional, são relativamente recentes, a

relevância deste trabalho está no fato de somar às informações já existentes, outras,

mais específicas, de uma realidade do norte do país. Assim, contribuirá com a prática

reflexiva do profissional docente sobre o saber e o fazer do professor alfabetizador bem

como com sua formação inicial.

Palavras-chave: Alfabetização, Contexto de letramento, Professor alfabetizador.

Comunicação Oral 6

DIFICULDADES DE COMPREENSÃO DO TEMA DA REDAÇAO TEONES ANUNCIAÇÃO DA SILVA – PIBID/UFAC

MÁRCIA VERÔNICA RAMOS DE MACÊDO – UFAC/CELA/CAMPUS RIO

BRANCO

Esta comunicação tem por objetivo apresentar os resultados parciais do projeto de

Língua Portuguesa do PIBID/UFAC o qual parte do pressuposto de que o processo de

leitura e produção de texto na escola, com base na matriz de competência do ENEM,

ainda, é bastante vaga, pois, os professores do sistema de ensino, ainda não dispõe de

um total domínio acerca das competências do referido exame e, portanto, não têm como

repassar aos alunos o que ainda não dominam e não exercitam. Percebe-se que as “aulas

de redação” esgotam-se em conteúdo gramaticais ou a meras “dicas” do que se deve

evitar num texto redação, sem ensinar de fato a estrutura do texto ou como construir

argumentos, condições mínimas para uma produção. Neste estudo, objetiva-se

demonstrar as dificuldades encontradas pelos alunos, em particular no que tange à

27

competência 2, compreensão do tema. A clientela pesquisada são alunos do terceiro

anos de ensino médio, de uma escola estadual da cidade de Rio Branco - Ac. Tem como

corpus textos produzidos pelos alunos com a devida orientação do professor regente e

com o apoio de alunos pibidianos no início à docência. Pode-se constatar, inicialmente,

que os alunos apresentam dificuldades quanto à compreensão do tema e que mesmo

com palestras, vídeos e debates, a clientela tangencia, aborda o assunto, mas não

consegue desenvolver o tema de modo satisfatório. Assim, em razão da amplitude desse

campo, compreende-se que é necessário e urgente diferenciar tema de assunto e/ou

título a fim de os alunos absorverem estratégias de compreensão do tema e possam

produzir textos de modo satisfatório. Observou-se, também, textos com graves desvios

gramaticais, seja de ortografia, concordância e erros de uso de crase, bem como o

ausência de reescritas ou refacção dos textos que possam orientá-los quando às

dificuldades que apresentam. Desse modo, como futuros professores, devemos nos

apropriar desse novo modo de ensinar e apreender e orientar os alunos a perceberem tais

desvios e ajudá-los a suprir tais deficiências, com as leituras e oficinas, a fim de se

tornarem candidatos e cidadãos competentes no uso da língua e na produção do texto

dissertativo-argumentativo proposto no exame nacional do ensino médio.

Palavras-chave: Texto; Competência; Tema; Dificuldades; Reescritas.

Comunicação Oral 7

O TRABALHO COM A CONSCIÊNCIA FONOLÓGICA E O

DESENVOLVIMENTO DAS PRÁTICAS DE LEITURA, ESCRITA E

LETRAMENTO HERMÍNIA SILVA DE SOUSA – UFAC/CAMPUS RIO BRANCO

LINDINALVA MESSIAS DO NASCIMENTO CHAVES – UFAC/CELA/CAMPUS

RIO BRANCO

A leitura é o caminho para despertar a consciência crítica, aprender a ler e a escrever é

fundamental no processo de formação do cidadão. Ao aprender a ler e a escrever o

educando estará adquirindo um instrumento que lhe permitirá o acesso a bens sociais.

Pensando nisso é que foi desenvolvido este trabalho com discentes do 6º ano do ensino

fundamental de uma escola estadual no município de Boca do Acre, AM. Nessa escola,

concentra-se um grande número de estudantes que chegam ao ensino fundamental II

com muita dificuldade para ler com compreensão e para expressar suas ideias através da

escrita. Desse modo, este trabalho tem como objetivo principal a busca de caminhos

para a resolução dos problemas de dificuldades de aprendizagem nessas áreas do

conhecimento. A pesquisa está fundamentada em alguns autores como: Marcuschi

(2001), Adams et al (2006), Bortoni-Ricardo (2006), Antunes (2009), Cagliari (2009),

Kleiman (2012), Lamprecht et al (2012), Schneuwly, Dolz e colaboradores (2013),

entre outros. Para a realização desse trabalho, desenvolveu-se um projeto de intervenção

pedagógica no qual foi planejada uma sequência de atividades envolvendo a aquisição

da consciência fonológica através da leitura e da produção de textos de diversos gêneros

que circulam nos meios sociais, bem como de atividades envolvendo desenhos, bingos,

jogos de letras e seus respectivos sons. As atividades de avaliação foram feitas ao final

de cada etapa de realização, porém, a mostra final foi realizada com uma oficina de

exposição dos trabalhos produzidos pelos alunos durante a realização de cada etapa de

desenvolvimento do projeto. Os resultados obtidos foram além das nossas expectativas,

pois, os alunos passaram a ler com compreensão e a produzir melhores textos. Na

28

avaliação do bimestre, tivemos 100% de aprovação, conseguindo-se assim, melhora

significativa dos problemas com a aquisição da habilidade de leitura e escrita. Desse

modo, espera-se que a proposta aqui apresentada contribua com a prática pedagógica do

professor, bem como para a melhoria do processo de ensino e aprendizagem.

Palavras-chave: Consciência fonológica; Leitura; Escrita; Letramento.

Comunicação Oral 8

CONECTANDO-SE AO MUNDO DA POESIA: UM PROJETO DE

LETRAMENTO ISABEL GOULART SIMONETE – PROFLETRAS/UFAC

TATIANE CASTRO DOS SANTOS – UFAC/CELA/CAMPUS RIO BRANCO

Neste trabalho, apresentamos o relato e análise de um projeto de letramento

desenvolvido em uma turma de 7º ano do ensino fundamental, em aulas de língua

portuguesa, no qual foram desenvolvidas atividades de leitura do gênero textual poesia,

a partir do uso do celular. Considerando o espaço que as novas tecnologias da

informação ocupam em nosso cotidiano e a necessidade de construirmos estratégias de

trabalho pedagógico que contribuam para a formação do aluno enquanto leitor e,

consequentemente, para o desenvolvimento dos níveis de letramento deste, torna-se

necessária uma maior articulação entre essas tecnologias e o ensino que se oferece na

escola. O projeto foi desenvolvido a partir de uma sequência didática, ao longo de seis

aulas, com a participação de trinta alunos, que puderam, dentre outras atividades, fazer

pesquisas e leituras de poesias diversas utilizando o celular. Apenas três dos alunos da

turma não possuíam o aparelho com acesso à internet. Contudo, esse problema foi

solucionado através do agrupamento da turma em duplas. No que se refere ao

embasamento teórico-metodológico, apoiamo-nos em autores como Soares (2003,

2004), Bortoni-Ricardo (2010), Luiz Marcuschi (2008), Koch (2002), Solé (2002),

Antunes (2009), Coscarelli (2009, 2011), Rojo (2009, 2012, 2013), Cagliari (2009),

entre outros. Ao longo do processo, observamos que os alunos entusiasmaram-se com

as atividades, mostraram-se interessados pela leitura de um gênero (poesia) que, para

muitos, era tido como pouco atrativo e enfadonho. Ao final da execução do projeto, os

discentes, além de conhecerem melhor a poesia enquanto um gênero textual,

apresentaram seus textos preferidos e fizeram indicações de leituras aos colegas.

Acreditamos que, por meio desse projeto de letramento, foi possível contribuir para o

desenvolvimento da competência leitora dos alunos, despertando-lhes o interesse, por

apresentarmos-lhes uma maneira diferente de ler na escola, embora comum no dia a dia

de todos nós, especialmente no cotidiano dos jovens.

Palavras-chave: Leitura; Letramento; Tecnologia; Gênero textual/poesia.

Comunicação Oral 9

ESTUDO SOBRE PROBLEMAS DE ESCRITA PARA UMA PROPOSTA DE

REESCRITA ESTER RIBEIRO MACAMBIRA – PIBID/UFOPA

LAURO ROBERTO DO CARMO FIGUEIRA – PIBID/UFOPA

LOURIVÂNIA DA SILVA EVARISTO – PIBID/UFOPA

29

Este trabalho faz parte de um projeto maior do Programa Institucional de Bolsa de

Iniciação à Docência – PIBID/UFOPA subprojeto Letras/Português financiado pela

Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior – Capes objetiva

analisar um corpus constituído de trinta artigos de opinião produzidos por alunos de

duas turmas do 3º ano do Ensino Médio de uma escola participante do programa, e

investigar a ocorrência de problemas de escritas. O interesse em realizar esta pesquisa

surgiu após fazermos a leitura de algumas centenas de textos produzidos por discentes

da escola participante do Pibid e observamos muitas dessas produções comprometidas

pelo mal uso de elementos linguísticos. O estudo partiu da seleção aleatória de quinze

textos por turma, leitura, análise e tabulação dos problemas encontrados de acordo com

os seguintes campos: i. Problemas de construção frasal, ii. Impropriedade Vocabular, iii.

Problemas de grafia, iv. Problemas de coesão textual e v. Problemas de concordância e

regência verbal e nominal. Esse quadro adotado, em parte, de Dolz (2010) e Damiani

(2011) procura observar os elementos linguísticos que comprometem o sentido do texto.

Os resultados mostraram que o problema mais recorrente, observado em maior parte dos

textos, foi o de construção frasal: mau uso da pontuação, ausência de paralelismo e

ausência de complemento. Em seguida o problema de grafia: falta ou acréscimo de

acento e grafia incorreta, bem próximo destes, estiveram os problemas de regência e os

problemas de impropriedade. Os demais problemas ocorreram numa frequência menor.

Considerando o que disse Dolz (2010) A análise dos componentes da escrita ajuda-nos a

descrever e antecipar os obstáculos possíveis, pretendemos com esses apontamentos

desenvolver uma ação de reescrita que mostre aos alunos os problemas possíveis de

serem evitados nos artigos de opinião e que também forneça conhecimentos suficientes

para ser incentivo à autonomia escrita.

Palavras-chave: Problemas de escrita; Textos; Reescrita; PIBID.

Comunicação Oral 10

PRODUZINDO TEXTOS NA ESCOLA A PARTIR DE TEMAS

PROPOSTOS PELOS ALUNOS LUIZ FILIPE ARAÚJO PEREIRA

MÁRCIA VERÔNICA RAMOS DE MACÊDO – UFAC/CELA

Essa comunicação tem por objetivo apresentar os resultados parciais do projeto de

Língua Portuguesa do PIBID/UFAC o qual tem como pressuposto básico a concepção

de língua como atividade interativa e de texto como um evento sócio-comunicativo.

Além disso, visa estudar a organização global de textos, nas modalidades oral e escrita,

de variados gêneros discursivos, sobretudo do texto dissertativo-argumentativo, visando

a melhoria desses textos na redação do ENEM. A pesquisa tem como corpus os textos

de alunos de uma escola do ensino médio da cidade de Rio Branco – AC. A abordagem

será de modo qualitativo e parte da observação direta das aulas de Língua Portuguesa,

bem como dos temas sugeridos pelo professor para a produção de textos. Apoia-se nos

pressupostos teóricos de Koch (2002, 2004), Marcuschi e Koch (1998) Koch, Bentes e

Cavalcante (2007), Costa Val (2004), Antunes (2003, 2014), entre outros. Assim, a

partir desta pesquisa refletiremos sobre o fazer pedagógico, no ensino de língua

portuguesa, frente aos desafios impostos e às exigências sociais, pois parte-se do

pressuposto que o aluno produz melhor sobre um tema que lhe é familiar e que tenha

30

sido proposto pelo grupo e não sugerido pelo professor. Observou-se nas poucas aulas

que presenciamos que os alunos têm inúmeras dificuldades na produção do texto

escrito, sejam de ordem linguística (coerência e coesão) ou pragmática, bem como na

argumentação e numa proposta de intervenção sobre o problema ou tema proposto, uma

vez que leem pouco, não sabem escolher a leitura adequada e não são motivados a fazê-

la fora do âmbito escolar. Na prática pedagógica, principiante como bolsista do PIBID,

temos motivado os alunos através de vídeos, palestras, dinâmicas e oficinas de leitura e

de escrita de determinados temas. No entanto, o que comprovou com a feitura dos

textos é que mesmo sendo orientados e com um planejamento adequado, os alunos

sentem dificuldades em função de não lhe serem sugeridos temas de seu interesse ou de

domínio de um determinado assunto. Dessa forma, acredita-se que se o professor

ouvisse mais as propostas sugeridas pelos alunos, a produção textual na escola teria um

resultado melhor e mais criativo. E é isso que pretendemos demonstrar com os textos

coletados até o momento. A pesquisa está no início e pretende-se continuar pelos

próximos anos.

Palavras-chave: Leitura; Texto; Sugestão de Temas; Escrita; Reescritas.

EIXO TEMÁTICO 5: PRÁTICAS DE LETRAMENTO E

ESTUDOS DE GÊNEROS DO DISCURSO / TEXTUAL (GRUPO 2)

Local: Sala 6

Comunicação Oral 1

LETRAMENTO: UMA PROPOSTA DE ENSINO INTERDISCIPLINAR

ATRAVÉS DO GÊNERO TEXTUAL ANÚNCIO PUBLICITÁRIO E O TEMA

SUSTENTABILIDADE MARCIA APARECIDA ALBERTO MAGALHÃES – PROFLETRAS/UFAC

TATIANE CASTRO DOS SANTOS – UFAC/CELA/CAMPUS RIO BRANCO

O uso dos gêneros textuais como base para o ensino da Língua Portuguesa tem sido uma

prática frequente nas instituições de ensino. Além da recomendação dos PCN, o gênero

por sua diversidade e uso frequente vem contribuir muito para a prática do professor na

formação de alunos leitores. Objeto descrito neste artigo é uma proposta de trabalho

com o gênero textual Anúncio publicitário, a partir do tema Sustentabilidade, numa

perspectiva de letramento, na qual o professor, como agente de letramento proporciona

ao aluno o aprendizado não só dos elementos textuais analisados, porém a oportunidade

de compreender que o uso da língua vai além das entrelinhas do texto e nela há um

poder discursivo que produz efeitos no leitor e o transforma, modificando a visão que se

tem acerca da realidade e do ambiente em que se vive e convive. A organização das

atividades através de um Projeto de Ensino apresenta uma Sequência Didática para ser

desenvolvida com alunos do 6º ao 9º, de forma interdisciplinar, numa junção de

conteúdos das disciplinas de Língua Portuguesa e Geografia. A proposta terá como

fundamentação teórica os estudos realizados pelos pesquisadores: Bakthin (1997),

Bortoni-Ricardo (2010), Koch (2013), Marcuschi (2008), Rojo (2009), Santos (2013) e

31

os PCN de Língua Portuguesa. O artigo está dividido em quatro partes: Introdução; a

Seção 2 tratará da Revisão Bibliográfica acerca do uso do gênero textual; a Seção 3

demonstrará como será a prática embasada em estudos dos teóricos e a Seção 4

descreverá o processo de avaliação das atividades realizadas pelos alunos. Os resultados

almejados com o estudo visam demonstrar a possibilidade de ensinar a Língua

Portuguesa com foco no letramento, permitindo ao aluno uma reflexão sobre a

importância da língua na formação de uma ideia e como esta contribui na construção da

cultura de um determinado grupo. No caso em estudo, a de Cultura Sustentável.

Palavras-chave: Língua Portuguesa; Gênero textual; Letramento; Anúncio publicitário;

Sustentabilidade.

Comunicação Oral 2

A PRÁTICA DA LEITURA EM SALA DE AULA E O PAPEL DO PROFESSOR

COMO UM AGENTE LETRADOR MARIA EXPEDITA FONTENELE ALVES – PROFLETRAS/UFAC

TATIANE CASTRO DOS SANTOS – UFAC/CELA/CAMPUS RIO BRANCO

Por vivermos em uma sociedade grafocêntrica, a leitura torna-se uma das habilidades

mais importante a ser desenvolvida pelo ser humano. É por meio dela que o aluno tem

acesso à compreensão do seu mundo e a tudo o que está inserido nele. Aliás, pode-se

dizer que a leitura é a ponte, o suporte para a compreensão das outras áreas do

conhecimento. É de comum acordo entre professores de diversas disciplinas o

reconhecimento da inabilidade de muitos alunos diante do desafio de compreender

textos, tendo em vista que esses alunos não desenvolveram adequadamente suas

habilidades leitoras. Constata-se que a falta dessas habilidades propicia o fracasso diante

das avaliações, sejam elas internas ou externas, como, por exemplo, o programa PISA

(Project for Internacional Student Assessement), programa internacional de avaliação

comparada. Conhecendo essa realidade, buscamos, neste estudo, refletir sobre o ensino

da leitura como prática de letramento e o papel do professor como um mediador no

processo de desenvolvimento das habilidades leitoras de seus alunos. Em primeiro

lugar, abordaremos questões como: o que é ler e o papel do professor como um agente

letrador. E para isso, o trabalho está fundamentado em autores como: Bortoni, Machado

e Castanheira (2010), Kleiman (2012), Bortoni (2013). Em seguida apresentamos um

projeto de ensino de leitura, organizado em uma sequência didática, voltado para o 6º

Ano do Ensino Fundamental. As atividades propostas foram desenvolvidas com base

em quatro descritores da Matriz de Referência da disciplina Língua Portuguesa: D1, D3,

D4, D6, que privilegiam habilidades específicas a serem desenvolvidas nos alunos no

que se refere à leitura. Enfatiza-se, nesta proposta, a mediação do professor ao longo de

todas as atividades de leitura realizadas. Acreditamos que as discussões teóricas e a

proposta metodológica aqui apresentadas podem contribuir com a prática pedagógica do

professor de língua portuguesa, no que se refere à elaboração de estratégias pedagógicas

para o ensino da leitura e da escrita e, consequentemente, com o desenvolvimento dos

níveis de letramento dos alunos.

Palavras-chave: Leitura; Letramento; Mediação.

Comunicação Oral 3

32

LEITURA DE HISTÓRIA EM QUADRINHOS: UMA PROPOSTA DE

LETRAMENTO EVANILZA FERREIRA DA SILVA – PROFLETRAS/UFAC

MARIETE DE SOUZA AMORIM – PROFLETRAS/UFAC

TATIANE CASTRO DOS SANTOS - UFAC/CELA/CAMPUS RIO BRANCO

O artigo apresenta uma proposta de trabalho com a leitura a ser desenvolvida nas aulas

de língua portuguesa, no ensino fundamental, a partir da leitura de História em

Quadrinhos, com base no modelo de leitura tutorial, defendido por Bortoni-Ricardo

(2010). A leitura tutorial considera o aluno como agente ativo na compreensão do texto,

o professor como mediador desse processo, e o texto como uma prática social. Também

tomamos como embasamento teórico-metodológico estudos de Soares (1998), Rojo

(2009), que promovem discussões a respeito do letramento, dentre outros.. Nosso

objetivo, a partir dessa proposta, é contribuir com a formação de leitores competentes,

com o letramento dos alunos, a partir da utilização de estratégias que facilitem a

compreensão leitora do gênero em questão. Para alcançar esse objetivo, escolhemos

uma HQ, a partir da qual demonstramos de que maneira a leitura tutorial pode ser

aplicada de acordo com os princípios que a norteiam: antes, durante e depois da leitura.

Espera-se que, com a aplicação dessa proposta de leitura de História em Quadrinhos, o

aluno possa ampliar seu conhecimento sobre esse tipo de texto e compreender as

relações envolvidas no gênero em estudo que, em sua grande maioria, aborda as mais

diversas temáticas, de forma cômica, o que prevê a ativação de conhecimentos prévios

para a sua compreensão. Isso porque, para ler com propriedade é necessário que o leitor

ative conhecimentos que já possui sobre o assunto, que faça inferências e previsões

sobre o que se lê, que analise as escolhas linguísticas e, acima de tudo, que compreenda

que ler envolve também compreensão do contexto sócio-histórico de produção do texto,

portanto, uma prática social. Busca-se, também, superar as dificuldades encontradas na

associação entre linguagem verbal e não-verbal, e ainda, transpor as barreiras que

interferem nessa associação. As atividades propostas poderão ser desenvolvidas com

alunos do 5º ao 6º ano do Ensino Fundamental e adaptadas de acordo com a(s)

necessidade(s) da turma e o(s) objetivo(s) do professor.

Palavras-chave: Leitura; História em Quadrinhos; Letramento; Leitura tutorial.

Comunicação Oral 4

O FAZER PEDAGÓGICO COM FOCO NA ALFABETIZAÇÃO E

LETRAMENTO MARTA MARIA WANDERLEY DA SILVA – PROFLETRAS/UFAC

O processo de alfabetização e letramento tem suscitado profundas discussões no setor

educacional e entre os educadores, mas é notório que o fazer pedagógico do professor

necessitar estar norteado tanto na prática quanto na teoria por estas concepções e ensino

que buscam tornar o aluno um leitor competente e letrado. Para que ocorra uma

aprendizagem significativa é necessário que o professor amplie a sua competência

docente através não só da formação continuada como também da possibilidade de

construir uma prática eficiente e eficaz no contexto da realidade em que vive. Também

é notório que para se pensar em uma proposta de letramento é importante conhecer esta

proposta e ao mesmo tempo distingui-la do que é alfabetização. Desse modo este artigo

propõe como objetivo realizar uma reflexão e análise sobre o modo como o processo de

33

letramento e de alfabetização tem transformado o fazer pedagógico dos professores e,

por conseguinte a aprendizagem significativa dos alunos, além disso, se propõe a

realizar uma abordagem sobre a atuação comprometida do professor no processo de

construção da autonomia do aluno. A metodologia adotada é a revisão de literatura a

partir de estudos feitos sobre as concepções dos seguintes autores: Emília Ferreiro,

Kleiman e Magda Soares, esclarecendo as diferenças entre estes conceitos e ao mesmo

tempo propondo uma prática pedagógica que proporcione ao aluno torna-se um sujeito

que compreenda e tenha domínio sob as diferentes formas que a linguagem se apresenta.

Os resultados esperados estão voltados para um aprofundamento maior sobre esta

temática dando subsídios à prática docente mediante a inter-relação alfabetização e

letramento, e ao mesmo tempo em que permite saber que a aprendizagem significativa

não é construída apenas de certezas, mas de indagações que tornam aluno e professor

eternos aprendizes, no entanto deve-se levar em conta que a postura adotada pelo

professor é de fundamental importância para a organização do processo de alfabetização

de modo a construir as competências linguísticas do educando.

Palavras-chave: Letramento; Alfabetização; Aprendizagem significativa.

Comunicação Oral 5

GÊNEROS TEXTUAIS E ENSINO: UMA PROPOSTA DE LETRAMENTO A

PARTIR DO GÊNERO FÁBULA MARTA RICARDO DOS SANTOS – PROFLETRAS/UFAC

DJALMA BARBOZA ENES FILHO – PROFLETRAS/UFAC

TATIANE CASTRO DOS SANTOS – UFAC/CELA/CAMPUS RIO BRANCO

Este estudo apresenta uma discussão acerca dos gêneros textuais enquanto objeto de

ensino nas aulas de língua portuguesa no ensino fundamental e a importância do

trabalho com a diversidade de textos para o letramento dos alunos, uma vez que a

inserção dos gêneros a partir da educação infantil e, principalmente, nas séries iniciais

contribui para o letramento, ampliando as competências mais significativas para as

práticas sociais da leitura e da escrita, fazendo-se consolidar um dos objetivos do ensino

de língua portuguesa, qual seja, o de formar leitores e escritores competentes. A partir

dessa discussão, apresenta uma proposta de atividades a ser desenvolvida com o gênero

fábula, direcionada às séries iniciais do ensino fundamental, objetivando despertar nos

alunos o interesse e o prazer pela leitura, bem como possibilitar o desenvolvimento de

competências leitoras e de produção textual a partir desse gênero. Como embasamento

teórico apresentam-se autores como Koch (2013), Koch; Elias (2011), Karwoski (2011),

Marcuschi (2010), Leal;Brandão (2007), Schneuwly; Dolz (2004), Solé (1998), Geraldi

(1997, 2006), Kato (1990) e outros. Apoiamo-nos, ainda, nas propostas referenciadas

nos Parâmetros Curriculares Nacionais. Trata-se de uma pesquisa de cunho teórico-

metodológico com base em dados qualitativos, visto que a análise se pautará nas obras

dos autores acima mencionados e ainda, nas propostas referenciadas nos Parâmetros

Curriculares Nacionais, a fim de propor atividades de leitura e produção de textos a

partir do gênero fábula. Acredita-se que a discussão teórica e a proposta aqui

apresentadas podem contribuir para o aprimoramento e o gosto dos alunos pela leitura

nas séries iniciais do ensino fundamental e, consequentemente, para sua formação

enquanto leitor e produtor de textos. Além disso, podem apresentar contribuições para a

prática pedagógica dos professores de língua portuguesa que atuam nesse nível de

ensino, uma vez que estes poderão não só desenvolver a proposta apresentada, como

34

elaborar, a partir dela, outras estratégias de trabalho pedagógico com a leitura e a escrita

na sala de aula, que favoreçam o letramento dos alunos.

Palavras-chave: Gêneros textuais; Ensino da Língua Portuguesa; Letramento; Fábula.

Comunicação Oral 6

AS CONDIÇÕES DE PRODUÇÃO DE TEXTOS: UMA VISÃO PANORÂMICA MICHELINE RODRIGUES FERNANDES – PIBIC/UFAC

CLEIDE VILANOVA HANISCH – UFAC/CEL/CAMPUS FLORESTA

O presente estudo traz algumas análises feitas a partir de uma pesquisa bibliográfica que

teve como objetivo apresentar uma visão panorâmica dos estudos desenvolvidos sobre

as condições de produção de texto dos alunos de Ensino Fundamental e Médio e suas

implicações no ensino da produção de texto, haja vista que é de suma importância que

os alunos adquiram a competência de produzir textos eficazes e adequados à situação

comunicativa. Assim, é necessário que saibam: por que produzir textos, para quem, sua

finalidade e quais recursos devem ser utilizados para garantir que a mensagem seja

compreendida de acordo com o objetivo que deseja alcançar em uma situação

comunicativa. Utilizamos como aporte teórico autores como Geraldi (1997), Leal e

Brandão (2007), Hilla (2010), PCN (1997) entre outros, os quais nos forneceram

subsídios para a realização deste trabalho. A metodologia empregada foi à pesquisa

bibliográfica, na qual foi realizado o levantamento de textos (05 artigos e 02

dissertações) de diferentes espaços de divulgação acadêmica, relativos ao tema proposto

para o estudo. Através do levantamento e análise desse material, fizemos um

mapeamento focalizando três aspectos importantes: o referencial teórico, a metodologia

e os resultados alcançados. No que concerne ao primeiro aspecto, foi possível constatar

que os textos analisados usaram como aporte teórico autores como Bakhtin (1997),

Kaufman e Rodríguez (1995), Marcuschi (2002), Garcez (1998), PCN (1998), Matêncio

(2001), Bronckart (1999), Koch (1998), Val (2003), Geraldi (1997), dentre outros, os

quais privilegiam a natureza social e interativa da linguagem. Também foi possível

verificar que a maioria dos textos estudados adotou a pesquisa qualitativa e utilizou a

observação de aulas de produção de texto, entrevista, questionário e a coleta de

produção textual como instrumento de coleta de dados. Com relação aos resultados,

constatamos que os professores ao desenvolver o trabalho pedagógico com a produção

de textos escritos, não consideram as condições de produção, pois não fazem reflexões

sobre a escrita do texto e acabam por reduzir o processo de produção de texto a um

mero exercício escolar. Essa prática pedagógica retrata ainda uma concepção de ensino

tradicional, a qual não considera as condições de produção como constitutivas do ato de

escrever e consequentemente concebe o texto como um produto acabado e fechado.

Palavras-chave: Produção de texto; Condição de produção de texto; Pesquisa

bibliográfica.

Comunicação Oral 7

ENSINAR A LER E A ESCREVER: O TRABALHO COM GÊNEROS

TEXTUAIS EM SEQUÊNCIAS DIDÁTICAS RAIMUNDA ROSINEIDE DE MOURA E SILVA – PROFLETRAS/UFAC

MARIA VEROZA BATISTA VIEIRA BARROS – PROFLETRAS/UFAC

35

MÁRCIA VERÔNICA RAMOS DE MACÊDO – UFAC/CELA/CAMPUS RIO

BRANCO

O planejamento de aulas de língua portuguesa cujo foco seja o ensino da leitura e da

escrita requer, necessariamente, que se tenha o texto como o princípio e o fim de todo o

trabalho docente. E, como sabemos, todo texto se materializa em gêneros textuais, por

meio dos quais se dá todo o processo de interação pela linguagem. Nesse sentido, o

objetivo do presente artigo é apresentar e discutir um dos caminhos para se trabalhar

com gêneros textuais em sala de aula: a sequências didática de gênero. Para tanto,

sugerimos uma sequência didática com o gênero textual conto popular, para uma turma

de Primeiro Módulo do Ensino Fundamental II (6º ano) da Educação de Jovens e

Adultos (EJA) de uma escola pública de Rio Branco-AC. O embasamento teórico para

esse trabalho são as obras de Marcuschi (2008), Guimarães e Kersch (2012) e

Schneuwly, Dolz e colaboradores (2013). Acreditamos que o trabalho com sequências

didáticas torna as aulas mais dinâmicas e significativas para os alunos, visto que estes

deixam de ser meros receptores de conteúdos e passam a ser coparticipantes da

construção de seu próprio saber. Além disso, é possível aliar os conteúdos aprendidos

na escola às experiências de vida dos educandos, transformando o que poderia ser mais

uma atividade de leitura e escrita em uma atividade de letramento.

Palavras-chave: Sequência didática; Gênero textual; Ensino; Leitura e Escrita;

Letramento.

EIXO TEMÁTICO 6: DESCRIÇÃO E ANÁLISE

LINGUÍSTICA Local: Sala 7

Comunicação Oral 1

AS FASES DA DIALETOLOGIA E O MÉTODO DA GEOLINGUÍSTICA FELIPE KAUÊ DO NASCIMENTO PEREIRA – PIBIC/UFAC

MÁRCIA VERÔNICA RAMOS DE MACÊDO – UFAC/CELA/CAMPUS RIO

BRANCO

A presente comunicação faz parte dos resultados parciais obtidos no projeto “A

linguagem da pesca em comunidades acrianas: variações diatópicas, diagenéricas que

tem por objetivo demonstrar o léxico da linguagem da pesca em comunidades acrianas a

partir de uma abordagem dialetológica e pluridimensional. Afinal, observar os

fenômenos da linguagem, estudar, analisar, principalmente a variação linguística,

consiste em ações que podem fornecer informações que transpassam os limites da

comunicação. É, sobretudo, a possibilidade de conhecer o modo de vida, a cultura, a

história de um indivíduo, de uma comunidade, de um povo, de uma nação, uma vez que

a língua é um instrumento. A pesquisa visa investigar e descrever três campos

semânticos: o pescador e a família, o pescador e o trabalho, o pescador e a natureza. A

análise fundamenta-se nos princípios da Dialetologia, Lexicologia, Lexicografia e tem

como método a Geografia Linguística. O corpus será constituído de 18 entrevistas com

informantes do sexo masculino e feminino, em três faixas etárias: 20 – 30 anos, 35 a 50

anos, 55 anos em diante e com diferentes graus de escolaridade, na cidade de Rio

36

Branco – Ac. Após a transcrição dos dados será elaborado um Glossário da pesca rio-

branquense e algumas cartas léxicas dos campos semânticos. Nessa comunicação, nos

atemos ao estudo das fases da dialetologia brasileira, bem como do método utilizado por

ela na elaboração dos atlas linguísticos do Brasil. Salienta-se que o estudo sistemático

sobre os dialetos data do século XIX e que seu interesse surgiu da vontade dos

linguistas em registrar e descrever as variedades linguísticas regionais e das

manifestações da cultura local ou regional que é o que nos propomos a investigar,

posteriormente apresentando cartas léxicas como resultado final da pesquisa da natureza

dialetal.

Palavras-chave: Dialetologia; Fases; Geografia linguística; Precurssores; Método.

Comunicação Oral 2

PROVÁVEIS VESTÍGIOS DE LÍNGUAS AFRICANAS NOS FALARES DAS

COMUNIDADES TRADICIONAIS DE TERREIROS NA AMAZÔNIA

ACREANA: PARTICULARIDADES FONÉTICO-FONOLÓGICAS DE

ALGUNS COMPONENTES LEXICAIS OCÉLIO LIMA DE OLIVEIRA – UFAC/CEL

A presença africana no Brasil foi fundamental para a construção da cultura brasileira,

principalmente através das línguas advindas do tráfico negreiro. Certo que as línguas

africanas faladas no Brasil durante o período escravocrata deram ao português certas

características, aumentando as diferenças entre o português brasileiro (PB) e o

português europeu (PE) (PESSOA DE CASTRO, 1983; LUCCHESI, BAXTER &

RIBEIRO, 2009). Inegavelmente, as mais de 3.000 línguas africanas que chegaram ao

Brasil (BORTONI-RICARDO, 2011; PESSOA DE CASTRO, 1980; PETTER, 2010)

influenciaram o PB, dando a ele características próprias. No entanto, essa influência era

até certo ponto negada por muitos estudiosos, até porque as próprias línguas africanas

não eram compreendidas como línguas e sim como dialetos. Segundo Lopes (2006),

uma das formas de racismo anti-negro mais arraigadas no Brasil é aquela que procura

reduzir as línguas africanas à condição de dialetos. Entretanto, esse posicionamento

não-científico é inconsistente, haja vista que dialeto é a variação de uma língua dentro

de uma comunidade linguística em que se predomina “um falar mais amplo” (LYONS,

1981). Esse “falar mais amplo” é influenciado por fatores sociolinguísticos diversos

como: idade, classe social, região, nível de escolaridade etc. de seus falantes, originando

ao que se chama de dialetos/variedades. Portanto, a partir dessa perspectiva, pode-se

falar que a África possui diversas línguas, com suas variedades específicas. Do ponto de

vista macro, esta pesquisa pretende contribuir com os estudos em torno das influências

das línguas africanas em território nacional e ampliar o conhecimento do universo afro-

religioso acriano, auxiliando com subsídio científico para as políticas públicas no

âmbito cultural, pois esta pesquisa representa um esforço, mesmo que pequeno, de

contribuir com estudos sobre o candomblé no município de Rio Branco. Do ponto de

vista micro, trata-se de uma investigação linguística dentro de dois renomados terreiros

de candomblé da cidade de Rio Branco-AC, o Ilê Axé Sesilê – IAS e o Ilê Oxum Apará

– IOA, onde se estudou as particularidades fonético-fonológicas de alguns componentes

lexicais da língua-de-santo desses ambientes. Para o estudo fonético-fonológico da

língua-de-santo, levar-se-á em consideração as particularidades etnolinguísticas de

alguns rituais e situações corriqueiras dos dois terreiros.

Palavras-chave: Lexias; Candomblé; Fonética; Fonologia; Cultura

37

Comunicação Oral 3

ASPECTOS LEXICAIS DA PESCA EM SENA MADUREIRA JADIANE ALINA CARMINATTI – PIBIC/UFAC

MÁRCIA VERÔNICA RAMOS DE MACÊDO – UFAC/CEL/CAMPUS RIO

BRANCO

Este artigo visa demonstrar os resultados parciais do projeto “A linguagem da pesca na

comunidade de Sena Madureira” o qual tem por objetivo identificar as principais

características relacionadas à atividade pesqueira com enfoque nas variáveis: diatópica,

diagenérica e diageracional. Apoiada nos aportes teóricos da Dialetologia, Geografia

Linguística, Lexicologia, e Semântica. O corpus constitui-se de dados coletados por

meio de um Questionário Semântico Lexical, aplicado in loco aos informantes de

gênero masculino e feminino de três faixas etárias sendo de 20- 30 anos, 35 a 50 anos e

55 em diante. Foram elaboradas 3 cartas lexicais, uma em relação aos nomes dos peixes

de couro e de escama, outra em relação aos nomes dos locais de pesca como rios,

igarapés, e açudes em Sena Madureira, porem esta descreve lugares que vão além do

Município, e outra carta léxica com os nomes das atividades de lazer que realizam os

entrevistados. As lexias novas formam parte do Glossário do pescador acriano. Em

relação ao Campo Semântico O homem e o trabalho - Nomes dos peixes, foram

verificados 74 nomes de peixes havendo nestes 32 novas lexias. Em relação ao Campo

Semântico O homem e o trabalho Locais da pesca, foram verificados 12 nomes de

lugares de pesca, e em relação ao Campo Semântico O homem e o lazer foram

verificadas 18 atividades realizadas pelos informantes. Esta pesquisa realiza um estudo

da língua em relação à vida do pescador e os fatores sociais no qual o individuo se

insere.

Palavras-chave: Dialetologia; Lexicologia; Geografia linguística; Variação lexical;

Carta lexical.

Comunicação Oral 4

A VOGAL PRETÔNICA /E/ EM TRÊS ATLAS LINGUÍSTICOS DA REGIÃO

NORTE DO BRASIL: ALIAC, ALAM E ALISPA DARLAN MACHADO DORNELES – PIBIC/UFAC

LINDINALVA MESSIAS DO NASCIMENTO CHAVES – UFAC/CELA/CAMPUS

RIO BRANCO

Nesta pesquisa, analisa-se à luz da Dialetologia e da Geolinguística contemporânea, a

realização da vogal pretônica /e/ na fala acriana, nos dados do projeto Atlas Linguístico

do Acre (ALiAC). Em seguida, comparam-se os resultados do presente estudo aos de

Pereira (2011), voltados para uma zona urbana de Rio Branco, aos do Atlas Linguístico

do Amazonas (ALAM) e aos do Atlas Linguístico Sonoro do Pará (ALiSPA). O

objetivo, de modo geral, é apresentar um perfil da pronúncia da vogal pretônica /e/ no

português falado no Acre, no Amazonas e no Pará, revelando um pouco das

peculiaridades linguísticas dos falares amazônicos. Os resultados revelam um

comportamento variável da realização da vogal pretônica /e/ nas quatro regionais

analisadas no Estado do Acre (Alto Acre, Baixo Acre, Purus e Juruá), mas com

tendência à pronúncia aberta, o que vai ao encontro das demarcações de Nascentes

38

(1953). Da comparação dos dados com os de Pereira, verifica-se que, de modo geral, no

estudo da autora, o sexo masculino apresenta maior tendência para a pronúncia fechada

(61%), ao passo que nas realizações da presente pesquisa ocorre certa aproximação dos

percentuais referentes às duas realizações. Da comparação entre os três atlas, nos dados

do ALAM destaca-se o fechamento (46%) contrapondo-se a 28,5% da abertura, nos do

ALiSPA há um equilíbrio entre a abertura (36%) e o fechamento (35%) e no ALiAC

ocorre uma diferença não muito grande, 41,4% referente a abertura e 38,5% ao

fechamento. Esse resultado não confirma as demarcações de Nascentes, muito baseadas

em divisões geográficas, mas confirma, de certa forma, uma ocorrência expressiva da

abertura da vogal, haja vista que no ALiAC ela foi majoritária, no ALiSPA ela se

equilibra com a realização fechada e apenas no ALAM perde significativamente para o

fechamento. Por outro lado, não se pode ignorar que os dois estudos – o de Nascentes e

a presente pesquisa – realizaram-se em épocas muito diferentes, 60 anos de diferença de

1953 a 2013 e que, nesse lapso de tempo, mudanças nos falares locais certamente

ocorreram desde a percepção do referido autor. Pereira (2011) já alertava para uma

mudança na tendência histórica à abertura da vogal pelos acrianos, mudança esta

possivelmente motivada pela mídia e pela migração de pessoas do centro-sul para o

Acre a partir de 1970.

Palavras-chave: Vogal pretônica /e/; ALiAC; Falares amazônicos.

Comunicação Oral 5

GÍRIAS E COMUNICAÇÃO: UM ESTUDO DIALECTOLÓGICO E

LEXICOGRÁFICO NA UNIDADE PRISIONAL MANOEL NÉRI DA SILVA MARIA ELISONETE TELES DO NASCIMENTO – UFAC/CAMPUS FLORESTA

SIMONE CORDEIRO DE OLIVEIRA – UFAC/CEL/CAMPUS FLORESTA

Uma sociedade é definida pelo conjunto de pessoas que compartilham propósitos,

gostos, preocupações e costumes diversos. Enquanto grupos sociais, os indivíduos que a

compõe apresentam uma linguagem própria que permite interação e a comunicação

entre diferentes grupos de falantes, muito embora haja o domínio linguístico comum a

todos os usuários de uma mesma língua. Dentre as inúmeras variações linguísticas

produzidas pelos indivíduos, as gírias podem ser apontadas como um exemplo de

riqueza e criatividade lexical. Contudo, para o estudo do uso destes vocábulos é

necessário levar em consideração, dentro do estoque lexical de uma língua, os reais

limites a que se propõe investigar o pesquisador para a realização de sua análise; uma

vez que, as gírias podem ser estudadas sob a óptica das variações diatópicas, diastráticas

e diafásicas – campos de atuação da Dialectologia. Logo, o presente texto aborda a

questão da linguagem humana e suas múltiplas formas de manifestação em situações de

privação de liberdade. Trata-se de um estudo de natureza dialectológica e lexicográfica

que investiga os vocabulários gírios utilizados pelos presos da Unidade Prisional

Manoel Néri da Silva (UPMNS) e seus significados a partir da análise comparativa de

dois dicionários da Língua Portuguesa, a saber: o dicionário Priberam e o dicionário

Aurélio; este na versão impressa e aquele na versão digitalizada. Assim, partimos das

seguintes hipóteses: a) os presos desenvolvem uma linguagem grupal com o objetivo de

preservar interesses comuns; b) os vocabulários gírios utilizados na UPMNS fazem

parte do grupo de gírias comuns. Dentre os autores estudados destacamos como base

teórica, para as questões referentes aos dialetos, os estudos de Ferreira e Cardoso

(1994), dada sua dedicação na descrição da metodologia que rege a elaboração do

39

trabalho dialetal; por sua vez, no que se refere às gírias elegemos a abordagem de Preti

(1984). O resultado deste estudo revela-nos o poder da linguagem e a habilidade de uso

em falantes que buscam imprimir suas marcas e domínios dentro do cárcere.

Palavras-chave: Linguagem; Dialectologia; Lexicografia; Gírias.

Comunicação Oral 6

A LINGUAGEM DA PESCA EM COMUNIDADES ACRIANAS: VARIAÇÕES

DIATÓPICAS, DIAGENÉRICAS E DIAGERACIONAIS MÁRCIA VERÔNICA RAMOS DE MACÊDO – UFAC/CELA/CAMPUS RIO

BRANCO

A pesquisa A linguagem da pesca em comunidades acrianas: variações diatópicas,

diagenéricas e diageracionais apresenta o resultado parcial de um estudo dialetal acerca

do léxico do pescador acriano no Vale do Acre. Tem por objetivo demonstrar as

variações linguísticas dessa comunidade a partir de uma abordagem dialetológica e

pluridimensional, bem como salientar as principais características e dificuldades

relacionadas à atividade pesqueira, visando contribuir com a melhoria da qualidade de

vida dessa população. O trabalho embasa-se nos aportes teóricos da Dialetologia, da

Sociolinguística, Lexicologia, Lexicografia e Semântica. O questionário Semântico-

lexical envolve o campo semântico HOMEM, enfocando três pontos essenciais: o

pescador e a família, o pescador e o trabalho e o pescador e a natureza, com uma média

de 300 perguntas, embasada no QSL do projeto ALIB (2001) e de Dutra (2007). O

método empregado é o da Geolinguística com o programa ARCGIS na elaboração de

cartas léxicas. Para a elaboração do Glossário da pesca utilizou-se o modelo de verbete

de Macêdo (2012) e para a análise de dados estudos de Cardoso (2010), Isquierdo

(2007), Cunha (1982), Mota (2002) e Nascentes (1966). Foram entrevistados 37

informantes no Vale do Acre, nas cidades de Porto Acre, Rio Branco e Plácido de

Castro, divididos em três faixas etárias: 20 – 30 anos, 35 a 50 anos, 55 anos em diante e

homens e mulheres. Os resultados são 21 cartas linguísticas e um glossário com cerca

de 280 verbetes. No entanto, apresentaremos somente dez cartas, além do glossário com

100 lexias sobre a atividade em estudo com a classificação morfológica, o conceito, o

contexto e a etimologia. Entende-se ser a pesca uma atividade tradicional muito antiga e

muito importante, sobretudo como meio de sobrevivência para a população de baixa

renda, não apenas por ser uma das principais fontes de sustento, mas também por ser

uma fonte rica de saberes populares. O estudo demonstra que a atividade pesqueira está

sendo desenvolvida na capital sobretudo em tanques e açudes e nas demais localidades,

ainda se conserva a pesca nos rios, lagos e igarapés.

Palavras-chave: Dialetologia; Lexicologia; Lexicografia; Cartas léxicas; Pesca.

Comunicação Oral 7

GLOSSÁRIO DA PESCA RIOBRANQUENSE: CONCEITO, ABONAÇÃO E

ETIMOLOGIA VALÉRIA ARAÚJO DE FREITAS – PIBID/UFAC

MÁRCIA VERÔNICA RAMOS DE MACÊDO – UFAC/CELA/CAMPUS RIO

BRANCO

40

A presente comunicação faz parte dos resultados parciais obtidos no projeto “A

linguagem da pesca em comunidades acrianas: variações diatópicas, diagenéricas” que

tem por objetivo demonstrar o léxico da linguagem da pesca em comunidades acrianas a

partir de uma abordagem dialetológica e pluridimensional. Nesse estudo, delimitou-se a

identificar as lexias coletadas na pesquisa de campo, realizada através de um

questionário semântico-lexical, abordando três campos semânticos: o pescador e a

família, o pescador e o trabalho, o pescador e a natureza. A análise fundamenta-se nos

princípios da Lexicologia, Lexicografia e Etimologia. E o glossário seguiu o modelo do

verbete elaborado por Macêdo (2012). O corpus constitui-se de 16 entrevistas com

informantes do sexo masculino e feminino, em três faixas etárias: 20 – 30 anos, 35 a 50

anos, 55 anos em diante e com diferentes graus de escolaridade, na cidade de Rio

Branco – Ac. Após a transcrição dos dados foi elaborado do Glossário da pesca

riobranquense: conceito, abonação e etimologia, no qual registraram-se 104 verbetes,

sendo: 35 itens denominando os nomes dos peixes (couro e escama), 31 itens de

instrumentos de trabalho, 18 dos locais de pesca, 15 das atividades de lazer e 5 itens da

alimentação. Observou-se que a maior parte das lexias estão dicionarizadas, outras não,

umas apresentando variações e outras têm acepções diferentes àquelas conceituadas no

Dicionário HOUAISS (2013). No tocante à classificação morfológica, contatou-se que

100 são substantivos (70 masculinos e 30 femininos) e apenas 4 verbos. No que se

refere à etimologia, 47 lexias são de origem tupi, 23 do latim, 21 são de origem

desconhecida, 5 do francês, 4 do espanhol e uma do árabe, do inglês, do africano e do

italiano. Os resultados apresentam-se em forma de verbetes, classificados por ordem

alfabética e por campo semântico, além de gráficos. O estudo mostra a riqueza

vocabular na comunidade pesquisada, com apresentação de formas novas ou de

conservadorismos próprios da área. Pode-se observar que língua é um recurso a serviço

da natureza humana para vestir-lhes os pensamentos, dar roupagem aos sonhos, ao

trabalho, à vida, e o léxico é constituído com base nas várias culturas, seja da língua

indígena, da africana, das neolatinas e/ou as de origem desconhecidas.

Palavras-chave: Glossário; Lexicologia; Lexicografia; Verbete; Etimologia.

Comunicação Oral 8

O ENSINO DOS GÊNEROS ORAIS MARCIA APARECIDA ALBERTO MAGALHÃES – PROFLETRAS/UFAC

LINDINALVA MESSIAS DO NASCIMENTO CHAVES – UFAC/CELA/CAMPUS

RIO BRANCO

O ensino da modalidade oral da Língua Portuguesa ainda encontra obstáculos na sua

efetivação devido a muitos professores não compreenderem como deve ser organizado o

trabalho usando os gêneros orais como objeto de ensino. O uso da modalidade oral nas

práticas em sala de aula tem sido realizado como forma auxiliar na produção dos

gêneros escritos. Raramente o docente considera o texto oral como ensinável. Acredita-

se que o oral não precisa ser ensinado, pois já somos falantes, portanto fazemos uso da

modalidade. Neste artigo pretende-se discutir algumas questões relativas ao ensino do

texto oral partindo do debate acerca da importância de ensinar a oralidade, não

desprezando o saber empírico do aluno, mas acrescentando novas formas de utilização

do discurso, aprimorando o uso, principalmente dos gêneros orais formais. Pretende-se,

ainda, refletir sobre a análise dos elementos textuais e contextuais e as formas de

avaliação do ensino com gêneros orais. Para fundamentar a reflexão proposta, o estudo

41

terá como fundamentação teórica os estudos dos pesquisadores: Marcuschi (2003, 2010,

2011); Dolz; Schneuwly (2013); Almeida; Zavan (2004); Fávero et al (2012); Busatto

(2010); os PCN de Língua Portuguesa; o Referencial Curricular para o ensino da Língua

Portuguesa do Estado do Acre. O artigo está dividido em quatro partes: Introdução; a

Seção 2, apresentará uma reflexão teórica sobre o Para quê ensinar a oralidade se o

aluno já é falante da modalidade oral?; a Seção 3, abordará o ensino dos gêneros orais

através da análise dos elementos textuais e contextuais; a Seção 4, tratará da avaliação

do ensino do texto oral. Os resultados esperados com o estudo objetivam demonstrar,

sob a visão dos teóricos pesquisados, a necessidade de ensinar a oralidade em sala de

aula, considerando os gêneros orais como objetos de ensino representativos na formação

do aluno e no desenvolvimento da competência comunicativa dos estudantes.

Palavras-chave: Língua Portuguesa; Gêneros orais; Oralidade; Ensino; Discurso.

EIXO TEMÁTICO 7: ENSINO E APRENDIZAGEM DE

LÍNGUAS ESTRANGEIRAS Local: Sala 8

Comunicação Oral 1

GEOPOLÍTICA DO INGLÊS, PÓS-COLONIALISMO E PRÁTICAS

DISCURSIVAS NA FORMAÇÃO DE PROFESSORES JAIRO DE ARAÚJO SOUZA – MESTRADO EM LETRAS/UFAC

O trabalho proposto tem como objetivo fazer uma problematização acerca do papel

geopolítico da língua inglesa, no momento da história que se convencionou chamar de

pós-colonial, e também do papel do professor de língua estrangeira em formação, em

particular no contexto da Amazônia Ocidental. Para tal, nos propomos a investigar as

práticas discursivas de docentes em formação no âmbito dos cursos de licenciatura em

língua inglesa inseridas no contexto amazônida. O suporte teórico para esse trabalho

encontra fundamento nos Estudos Culturais, em autores como Stuart Hall e Paul Gilroy;

na sociolinguística de Kanavillil Rajagopalan; nas teorias do discurso de Michel

Foucault e na Análise do Discurso de autores como Eni Orlandi. Acreditamos que essa

proposta pode contribuir de forma significativa para o debate acerca da formação

docente, problematizando concepções de modernidade e pós-modernidade, colonialismo

e pós-colonialismo, os quais inevitavelmente se afiliam a discursos e ideologias. Dado o

contexto global e geopolítico que a língua inglesa traçou ao longo de sua história

recente, fenômenos como o World English, com toda a sua complexidade histórica, tem

se mantido, infelizmente com muita frequência, fora de muitas das discussões acerca do

ensino de língua inglesa. Acreditamos que é preciso investigar quais são as práticas

discursivas, no âmbito da docência e das instituições de ensino, que dificultam ou até

nos impedem de “destronar” certas concepções “cristalizadas” acerca do que é língua,

dos processos de ensino-aprendizagem; e quais mecanismos ou estratégias podemos

usar na busca de uma desconstrução de modelos pré-definidos dentro da chamada

pedagogia mainstream, que tende a mercantilizar os processos de ensino-aprendizagem

e transformar a língua em commodity ou produto a ser consumido. Nesse sentido,

buscamos deslocar nosso olhar de forma crítica para além dos discursos que classificam

42

os sujeitos e lugares em categorias arbitrárias, como falante-nativo e não-nativo,

colonizador e colonizado, desenvolvido e subdesenvolvido, o que possivelmente pode

nos levar ao apagamento e ao silenciamento de outros sujeitos em diferentes contextos

culturais, dada a complexidade envolvida no processo de ensino, que vai desde questões

de autoestima até questões de identidade.

Palavras-chave: Ensino de Língua Estrangeira; Discurso; Pós-colonialismo; Cultura.

Comunicação Oral 2

A DIDATIZAÇÃO DE GÊNEROS ANCORADOS PELA PRÁTICA DE

PODCASTING: A PRODUÇÃO DE TAREFAS PARA O ENSINO DA

COMPREENSÃO E PRODUÇÃO ORAL EM UM CURSO DE LETRAS INGLÊS JOSÉ MAURO SOUZA UCHÔA – UFAC/CEL

Em consonância com as demandas de fluência em língua inglesa dos professores de ILE

em formação e com as necessidades dos graduandos do curso de Letras/Inglês da

Universidade Federal do Acre, Campus Floresta, no que diz respeito à construção de

estratégias de ensino de ILE apropriada ao contexto local para ensino da compreensão e

produção oral, esta comunicação discute sobre o processo de modelização didática de

gênero relatando as experiências vivenciadas durante a produção de tarefas para o

ensino da produção e compreensão oral a partir da prática de podcasting. Este estudo

compreende a linguagem como prática social e faz uso das noções de contexto de

cultura e de contexto de situação da Linguística Sistêmico-funcional contemplando o

conceito de gênero e de registro, com suas variáveis de campo, relações e modo. Esta

iniciativa concebe o ensino de ILE como sendo uma atividade social mediada pela

linguagem e construída na interação com o outro. Ela também sugere a proposição de

uma formação do professor inicial ancorada numa abordagem teórica que compreenda

uma visão de linguagem e uma concepção de ensino condizentes com as reais

necessidades da sociedade contemporânea, alterando o paradigma de ensino posto e

cristalizado no âmbito das salas de aula de língua inglesa, caracterizado pelo ensino de

estruturas linguísticas, sem contextualizar como a vivência social e as reais necessidades

dos aprendizes.

Palavras-chaves: Formação de professor de ILE, Podcasting, Tarefas; Oralidade.

Comunicação Oral 3

WELCOME TO QUIXADÁ BRUNA HERLIDNY SOUZA DE OLIVEIRA – PIBID/UFAC

FRANCISCA BRUNA NASCIMENTO DOS SANTOS – PIBID/UFAC

MAYSA CRISTINA DOURADO – UFAC/CELA/CAMPUS RIO BRANCO

Esta apresentação oral tem por objetivo relatar uma atividade que foi desenvolvida na

Escola de Ensino Médio Professora Clícia Gadelha, localizada em Rio Branco-AC, no

bairro São Francisco, que é parte afastada do centro da capital. Tal atividade envolveu

07 alunos bolsistas do Programa Institucional de Bolsa de Iniciação a Docência, da

Universidade Federal do Acre (PIBID), campus sede, do Subprojeto de Língua Inglesa e

um grupo de alunos do ensino médio da escola pública citada. O projeto chamado

Welcome to Quixadá visou o desenvolvimento de habilidades básicas da escrita e da fala

43

em Língua Inglesa, incluindo, especialmente, aqueles alunos que moram na comunidade

do Quixadá. A base teórica apoiou-se na concepções de Irandé Antunes (2003), que

defende que os professores não devem ensinar classes gramaticais de maneira aleatória,

mas sim trabalhá-las de modo a trazer para mais próximo da realidade dos alunos tais

aspectos da língua, através de trabalhos contextualizados, assim a modalidade escrita de

uma língua pode se tornar menos abstrata e mais próxima do aluno de maneira que o

mesmo não se desestimule. A metodologia do projeto consistiu em algumas visitas a

comunidade do Quixadá, e no uso da recreação com jogos e atividades espontâneas

como ferramentas para ensinar aos alunos o vocabulário relacionado àquele lugar. O

propósito foi de encorajar os alunos a praticar suas habilidades de escrita e fala em

Língua Inglesa, especialmente em situações reais de uso. Ao final os alunos foram

convidados a produzir manualmente um folder, em língua inglesa, com informações que

foram consideradas relevantes por eles a respeito do local, e a gravar um vídeo

convidando a todos a visitar este ponto turístico que foi apresentado para toda a

comunidade escolar.

Palavras-chaves: Quixadá; Gênero oral; Gênero escrito; Motivação; PIBID.

Comunicação Oral 4

NICE TO MEET YOU RODRIGO MARTINS DE SOUSA – PIBID/UFAC

MAYSA CRISTINA DOURADO – UFAC/CELA/CAMPUS RIO BRANCO

Esta comunicação tem por objetivo compartilhar experiências vivenciadas no Projeto

Nice to Meet You, desenvolvido por um grupo de 07 (sete) bolsistas de Iniciação à

Docência, em uma escola da rede pública, na cidade de Rio Branco, Acre. Este projeto

teve início em julho de 2013 e é parte do Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à

Docência (PIBID), vinculado a CAPES e desenvolvido na Universidade Federal do

Acre. A base teórica fundamenta-se nas discussões de Marcuschi (2002) a respeito de

gêneros textuais e de Bakhtin (1997) sobre gêneros discursivos. A partir desse

pressuposto teórico, procuramos desenvolver as habilidades de expressão e

compreensão oral e escrita de um grupo de duzentos alunos, divididos em quatro

turmas. O projeto foi executado dentro e fora da sala de aula com o propósito de fazer

com que os alunos produzissem pequenos textos escritos em língua inglesa e, numa

segunda etapa, desenvolver a habilidade oral desses alunos usando seus próprios textos.

Fazendo uso de estratégias dinâmicas, os bolsistas trabalharam com pequenos grupos de

alunos no turno e contra turno escolar com atividades de enriquecimento de

vocabulário. O resultado foi uma maior receptividade por parte da turma, o que

culminou na produção de um livro artesanal com relatos pessoais, confeccionado pelos

próprios alunos e na gravação de pequenos vídeos com suas leituras, que foi

apresentado para toda a escola. A conclusão do evento culminou na presença do

Secretário de Educação do Estado do Acre, junto com a Coordenadora do Curso de

Letras Inglês da Universidade Federal do Acre e a imprensa local.

Palavras-chave: PIBID; Língua Inglesa; Marcuschi; Bahktin.

Comunicação Oral 5

44

HAPPY BRAZILIAN VALENTINE’S DAY: UMA NOVA PROPOSTA PARA O

ENSINO DA LÍNGUA INGLESA WANDRESSA VIVIANE SOUZA DOS SANTOS – PIBID/UFAC

MAYSA CRISTINA DOURADO – UFAC/CELA/CAMPUS RIO BRANCO

Atualmente a produção de textos em língua inglesa têm se tornado um fator

preocupante, tendo em vista inúmeras dificuldades apresentadas pelos alunos, que vão

desde a desmotivação para aprender a língua até a resistência de produção textual

inclusive na língua materna. Esta comunicação pretende relatar uma experiência de

produção textual que objetivou contribuir para o letramento em língua inglesa de alunos

de escola pública. Os alunos da escola pública de ensino médio Professora Clícia

Gadelha, da cidade de Rio Branco foram convidados pelos alunos-bolsistas do

Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência – PIBID, da Universidade

Federal do Acre, campus sede, para a realização do projeto Happy Brazilian Valentine’s

Day, que objetivava a produção de texto escritos, resultando na confecção de cartões

para os namorados. A opção por esse gênero deu-se a partir de uma consulta prévia com

os alunos. Ao longo da realização das atividades educativas que compunham o objetivo

principal, os alunos ainda tiveram a oportunidade de conhecer e agregar conhecimentos

acerca da cultura e dos costumes de outros países, possibilitando o despertar do

interesse destes alunos por outras áreas. O resultado da experiência foi o aprimoramento

da habilidade da escrita que ocasionou uma grande motivação por parte dos alunos em

participarem das aulas e a diminuição d a evasão na disciplina de língua inglesa. Como

embasamento teórico, utilizamos a concepção de estimulação e motivação de Oliveira

(2003) e as abordagens sobre gêneros orais e escritos na escola de Cristovão (2007) e

Antunes (2011).

Palavras-chave: Iniciação à docência; Gênero textual; Produção textual.

Comunicação Oral 6

O ENSINO DE PRONÚNCIA E A MOTIVAÇÃO DE ALUNOS DO ENSINO

FUNDAMENTAL EM AULAS DE LÍNGUA INGLESA ALINE KIELING JULIANO – UFAC/CAMPUS FLORESTA

ÂNGELA NORMANDO SAMPAIO – UFAC/CAMPUS FLORESTA

RODRIGO NASCIMENTO DE QUEIROZ – UFAC/CEL

Na era da globalização a Língua Inglesa (LI) é uma ferramenta vital para a interação

entre grupos linguisticamente distintos, bem como para um acesso mais amplo ao

conhecimento. Deste modo, os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCNs) de Língua

Estrangeira (1998), orientam que o ensino de línguas é um direito de todo o cidadão,

uma vez que deve garantir o engajamento discursivo. Em consonância a este prisma, o

presente estudo investiga as motivações oriundas do processo de ensinar e aprender a

pronúncia do inglês em uma turma de 05 alunos do 1o. ciclo do ensino fundamental de

uma escola da cidade de Cruzeiro do Sul/Acre. A pesquisa está orientada a partir dos

seguintes objetivos: (a) Identificar os tipos de motivação oriundas a partir do

implemento de atividades didáticas com foco em aspectos da pronúncia nas aulas de LI;

(b) Verificar a existência de relações motivacionais entre as atividades, professor e

alunos acerca de seu desempenho oral em LI; (c) Registrar o fenômeno de

materialização das motivações dos alunos por meio de questionários e entrevistas

gravadas em áudio. Com base metodológica na pesquisa-ação (BURNS, 2005) foram

45

utilizados cinco instrumentos para a geração de dados: (i) observação das aulas; (ii)

diários de observação; (iii) questionário inicial; (iv) atividade de intervenção e (v)

entrevistas semi-estruturadas com a professora e os alunos. A discussão está

sistematizada a partir dos excertos das entrevistas e dos dados quantitativos que, por sua

vez, possibilitou a identificação dos tipos de motivação (DORNEY, 2001) relacionadas

à pronúncia. Os resultados apontam que as atividades de pronúncia nas aulas de LI são

insuficientes e, por conseguinte, anulam o aspecto motivacional dos alunos. Ademais, a

aplicação da atividade com foco na pronúncia demonstrou pontos diversos nos eixos da

motivação intrínseca e extrínseca, na medida em que estão relacionadas às práticas

discursivas no âmbito local e global de uso do inglês como Língua Franca (LF).

Palavras-chave: Língua Inglesa; Língua Franca; Motivação; Pronúncia.

Comunicação Oral 7

UM MAPEAMENTO BIBLIOGRÁFICO DE PESQUISAS APLICADAS COM O

USO DE NARRATIVAS DIGITAIS EM CONTEXTOS DE FORMAÇÃO DE

PROFESSORES DE INGLÊS BRENDA SAYONARA SOUZA OLIVEIRA – PIBIC/UFAC

RODRIGO NASCIMENTO DE QUEIROZ – UFAC/CEL

A presente comunicação oral apresenta uma visão preliminar de estudos que propiciem

o uso da narrativa digital (JESUS, 2010) como elo propulsor da reflexão e crítica

(SMYTH, 1992) em esferas de formação de professores. O aporte teórico está ancorada

em três eixos: (i) complexidades na formação de professores de inglês (CELANI, 2010;

GIMENEZ, 2005; LEFFA, 2001; MAGALHÃES, 2004; SILVA, 2013), (ii) a postura

crítica e reflexiva no fazer e agir docente (LIBERALLI, 1999; DEWEY, 1933; SCHON,

1992) e (iii) as possibilidades de aplicação de instrumentos motivadores da reflexão

sobre a ação, por sua vez corporificados por plataformas online, como a narrativa digital

(PAIVA, 2007, 2011; GALVÃO, 2005; CONNELLY, CLANDININ, 2011). De

maneira específica, o estudo pretende apresentar um mapeamento de trabalhos

publicados em artigos científicos e textos completos em anais de eventos na área da

Linguística Aplicada (LA), por conseguinte enfocando aspectos do ensino e

aprendizagem de línguas estrangeiras, neste caso a Língua Inglesa (LI). A metodologia

da pesquisa adotada é de ordem bibliográfica. O corpus da pesquisa é constituído por 10

textos com a temática da narrativa digital na formação docente. Ademais, os dados

foram coletados no portal de periódicos da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal

de Nível Superior (CAPES), sendo distribuídos em duas dimensões: (a) artigos de

períodicos online e (b) textos completos publicados em anais. A análise dos textos

considerou os seguintes aspectos: (1) a natureza metodológica; (2) o contexto e

participantes e (3) os resultados.

Palavras-chave: Narrativas digitais, Formação de professores de inglês, Mapeamento

bibliográfico.

Comunicação Oral 8

46

FORMAÇÃO CONTINUADA E SUA IMPORTÂNCIA PARA PROFESSORES

DE ESPANHOL EM CRUZEIRO DO SUL: DA UNIVERSIDADE À REDE

BÁSICA SANDRESSA DOS SANTOS SILVA – UFAC/CAMPUS FLORESTA

Com os avanços da Educação no Brasil no que se refere ao ensino de línguas

estrangeiras, e com a inclusão recente do Espanhol nas escolas de Cruzeiro do Sul,

torna-se imprescindível a qualificação dos profissionais desta área. Partindo deste fato,

o presente trabalho visa expor de modo geral esta problemática, constatando a

necessidade da qualificação dos professores de ELE (Espanhol como língua estrangeira)

nas instituições de ensino da cidade, seja ela nos âmbitos acadêmicos e/ou educação

básica. Por se tratar de uma disciplina nova nas grades curriculares das escolas de

Ensino Médio de Cruzeiro do Sul, e da mesma forma, como curso de licenciatura na

UFAC (Campus Floresta), verifica-se a importância do aperfeiçoamento destes

professores, através de capacitações de todas as naturezas, como oficinas, minicursos,

seminários, até as chegadas pós-graduações, sejam elas lato sensu ou strictu sensu.

Procura-se compreender os processos de desenvolvimento pessoal e profissional do

professor, considerando-o detentor de uma profissão na qual o próprio sujeito é capaz de

produzir o seu próprio ofício. A análise do contexto no qual vivemos permite notar que

existe uma enorme carência da formação inicial e continuada, visto que até pouco tempo

atrás, professores de outras disciplinas lecionavam o Espanhol na Rede Básica, assim

também como alunos da graduação eram requisitados, devido à demanda, sobretudo de

profissionais com a licenciatura, mínima formação necessária. Serão feitas reflexões

sobre a formação de professores para atuar em cursos superiores na área de Espanhol.

Como resultado, se espera que os corpos docente e discente, avaliem o contexto do

ensino do Espanhol em Cruzeiro do Sul, e a partir de tal perspectiva compreendam que

é fundamental o aprimoramento dos profissionais de língua espanhola, para que estes

possam aprofundar sua prática didático-pedagógica e aperfeiçoar seus conhecimentos

metodológicos e linguísticos.

Palavras-chave: Formação continuada; Professores; Língua Estrangeira; Espanhol.

Comunicação Oral 9

RELATO DOS PROJETOS DE EXTENSÃO GELCLE E TEATRO

PEDAGÓGICO EM LÍNGUA ESPANHOLA LEANDRO FAUSTINO POLASTRINI – UFAC/CEL

Esta comunicação oral tem como objetivo apresentar os projetos de extensão: Grupo de

Estudos em Língua, Literaturas e Culturas de Língua Espanhola (GELCLE) e Teatro

Pedagógico em Língua Espanhola, assim como também fazer um breve relato das

atividades que estão sendo desenvolvidas nestes projetos. Essas ações/projetos são

coordenadas pelo professor Me. Leandro Faustino Polastrini vinculado ao Centro de

Educação e Letras e Coordenação de Letras Espanhol, elas visam desenvolver a prática

da extensão no curso de Letras Espanhol do Campus Floresta, assim como também

promover espaços extraclasses para discussões, estudos e produções de materiais

pedagógicos, artísticos, teóricos etc. a partir de estudos e reflexões sobre o processo de

ensino-aprendizagem da Língua Espanhola no contexto de formação docente. Portanto,

propõe-se uma explanação oral que versará sobre os objetivos e como têm funcionado

os projetos, trazendo também para a apresentação uma avaliação parcial das atividades,

47

assim como também as apresentações por meio de fotos, imagens, vídeos, etc. de

algumas atividades já desenvolvidas. Tem-se como material pré-produzido no GELCLE

a elaboração de roteiros e gravações de um programa musical chamado “Canciones em

Estudio” e também um programa culinária intitulado “Todo Sabroso”, e atualmente se

está desenvolvendo um subprojeto CinEspanhol. Já no projeto Teatro Pedagógico em

Língua Espanhola tem-se as oficinas de expressão corporal e de leitura do texto teatral,

foi realizada a leitura dramatizada do entremez de Miguel de Cervantes “Retablo de las

Maravillas”, bem como apresentações de esquetes, são textos curtos que geraram

pequenos encenações em língua espanhola. Espera-se também para estes dois projetos

as elaborações e edições do material audiovisual (Ex. programa Canciones en Estudio)

como estratégias de ensino e aprendizagem da língua espanhola, assim como a produção

de papers sobre o processo, sobre as reflexões teóricas acerca dos eixos, língua,

literaturas e culturas de língua espanhola. O projeto de Teatro está caminhado para a

montagem de um espetáculo em língua espanhola. Como este trabalho se trata de uma

apresentação parcial das atividades que ainda estão em andamento, pode-se considerar

que até o momento os projetos vêm desempenhando função motivadora para o grupo de

acadêmicos e/ou participantes, pois há um estreitamento de relações entre estudantes e a

universidade, entre estudantes e o contexto de ensino da língua espanhola.

Palavras-chave: Extensão; Letras/Espanhol; Grupo de estudos; Teatro.

Comunicação Oral 9

UM PERCURSO PARA A INICIAÇÃO À DOCÊNCIA MARIA APARECIDA DE OLIVEIRA – UFAC/CELA/CAMPUS RIO BRANCO

O presente artigo tem como objetivo discutir o percurso de alunos de Letras/Inglês no

Programa de Iniciação à Docência (PIBID), da Universidade Federal do Acre, inseridos

no subprojeto intitulado “Desenvolvimento de atividades de compreensão e produção de

gêneros orais e escritos em Língua Inglesa”. Em um primeiro momento, discutiremos o

embasamento teórico que sustenta o projeto, tais como Dolz e Schneuwly (2004),

Vygotsky (2010), Cristovão (2007) e Bronckart (2007). Em seguida, abordaremos os

três projetos realizados pelos alunos em duas escolas públicas de ensino fundamental e

médio da cidade de Rio Branco, cujo foco era aliar a prática e a teoria no

ensino/aprendizagem de inglês, envolvendo os conceitos de cidadania e ética, além de

incentivar o protagonismo juvenil. O primeiro projeto é intitulado “Video in a minute”,

os bolsistas pediram aos alunos que realizassem seus vídeos a partir de seus próprios

telefones celulares. O segundo projeto intitula-se “Thanksgiving” e envolve a

celebração norte-americana e a realização de uma ação social. Já o terceiro projeto

“Teaching Beginners” implica a participação ativa dos alunos e estimula o

protagonismo juvenil. Finalmente, discutiremos os resultados obtidos com os projetos

até o momento e que possivelmente norteará nossas ações para a realização de um

próximo projeto.

Palavras-chave: Iniciação à docência; Cidadania e Ética; Protagonismo Juvenil.

Comunicação Oral 10

48

ATIVIDADES LÚDICAS COMO FERRAMENTA MOTIVACIONAL E

INTERACIONAL NO ENSINO DE LÍNGUA INGLESA MARIA DAYANA PESSOA MONTE – PIBID/UFAC

BRUNA BOARETTO PELARIN – PIBID/UFAC

MAYSA CRISTINA DOURADO – UFAC/CELA/CAMPUS RIO BRANCO

É fato que os professores de língua estrangeira enfrentam diversas dificuldades no

processo de motivação para um ensino eficiente de outra língua e que muitas dessas

dificuldades poderiam ser solucionadas por meio de uma metodologia eficaz. Essa

comunicação pretende relatar algumas experiências vivenciadas no interior da escola

pública Heloísa Mourão Marques, propostas por um grupo de alunos da Universidade

Federal do Acre, envolvidos no Programa de Iniciação à Docência, no município de Rio

Branco, capital do Acre. Nessas experiências mostramos a eficácia de um ensino

pautado por meio de uma metodologia voltada ao aspecto motivacional e interacional

em que se use atividades lúdicas como importantes ferramentas no decorrer do

processo. Por meio de atividades lúdicas como bingos, gincanas, músicas,

dramatizações, pinturas, trabalhos com colagens, jogos interativos, entre outros, o

ensino de língua inglesa tornou-se mais prazeroso para os alunos, que por sua vez,

tornaram-se mais receptivos para o aprendizado, trazendo assim, um excelente resultado

tanto no aprendizado quanto na relação entre professor e aluno. Tal resultado foi obtido

através de atividades avaliativas e de observações no decorrer do processo. Este

trabalho tem como base teórica a abordagem sócio-interacionista em que afirma que o

aprendizado decorre da compreensão do homem como um ser que se forma, em contato

com a sociedade. O uso de atividades em que haja a troca de informações é essencial

neste processo lúdico-motivacional, pois, além de o aluno não ser uma tábula rasa e de

haver a necessidade de ser levado em conta seus conhecimentos prévios, o recurso

interacional gera motivação, fator tal que é crucial neste trabalho. No processo em que

os alunos interagem, o conhecimento vai se construindo e o lúdico atrelado a uma

interação eficaz neste processo, gera a motivação e consequentemente o aprendizado

acontece de forma eficaz e prazerosa. Vygotsky afirma: “Na ausência do outro, o

homem não se constrói” (Nova Escola, 2008, p.20).

Palavras-chave: Atividades lúdicas; Língua Inglesa; PIBID; Vygotsky.

Comunicação Oral 11

É PARA RIR? É PARA PREENCHER ESPAÇO? É PARA ENSINAR? É PARA

QUE? O TRATAMENTO DO GÊNERO HQ NO LIVRO DIDÁTICO DE

LÍNGUA ESTRANGEIRA RENATO PAZOS VAZQUEZ

Neste trabalho, estudamos a questão de como os gêneros discursivos (BAKHTIN, 2003)

se distribuem nos livros didáticos (FECCHIO, 2007) e, para efeito de análise, nos

detivemos nas Histórias em Quadrinhos. Inicialmente, fizemos uma revisão tanto da

parte estrutural como dos fatores que envolvem a aplicação didática desse gênero

(MENDONÇA, 2005) e, posteriormente, focamo-nos em apresentar como os manuais

são configurados em relação aos gêneros e como estão propondo o trabalho de

Espanhol/Língua Estrangeira a partir das Histórias em Quadrinhos, no intuito de

verificar se as propostas são coerentes entre si. O corpus desta pesquisa compõe-se de

livros selecionados pelo Plano Nacional dos Livros Didáticos, a partir da lei 1.161/2005

49

totalizando três coleções sendo elas: Ahora, Hacia al Español e El Arte de Leer. Como

metodologia, foi feita uma análise quantitativa das três coleções que compõem nosso

corpus em relação aos gêneros de discurso encontrados. Através dos dados mostra-se,

em cada posição das lições (cabeça, tronco e pé), quantas e quais gêneros se fazem

presentes. Esse retrato é feito dentro de cada volume das coleções em estudo para que se

possa perceber alguns padrões no que diz respeito à posição cristalizada de alguns

gêneros. Em seguida, fizemos uma análise qualitativa sobre o tratamento que os LDs

dão ao gênero HQs. Identificaremos os diferentes tipos de abordagem propostos por

cada manual e, considerando os levantamentos feitos previamente, tanto de

recomendações dos documentos oficiais quanto de modelos de leitura, confrontando

esses dados. Concluímos então que, ainda que haja uma diversidade de gêneros nos

Livros Didáticos, este, muitas vezes, não cumpre o que é descrito na sua apresentação,

no que diz respeito às propostas para o Ensino de Espanhol como língua estrangeira e

que as Histórias em Quadrinhos são posicionadas no pé das lições como recurso de

divertimento e encerramento sem que se explore suas características de gênero

discursivo, tratando-o, portanto, como um gênero menos importante.

EIXO TEMÁTICO 8: PERCURSOS MULTIDISCIPLINARES:

SAÚDE, EDUCAÇÃO E MEIO AMBIENTE Local: Sala 9

Comunicação Oral 1

A IMPLEMENTAÇÃO DAS POLÍTICAS DE GESTÃO DEMOCRÁTICA

NUMA ESCOLA PÚBLICA DO MUNICÍPIO DE CRUZEIRO DO SUL – AC:

LIMITES E POSSIBILIDADES MARIA RENILSE DE SOUZA CUNHA – UFAC/CAMPUS FLORESTA

SULAMITA ROSA DA SILVA – UFAC/CAMPUS FLORESTA

GIRLANE COSTA RIBEIRO – UFAC/CEL

Em resposta a uma ampla movimentação da sociedade brasileira em prol da

democratização da escola pública, são garantidas na Constituição Federal de 1988

conquistas importantes, entre essas, a definição do princípio de gestão democrática,

como um dos princípios norteadores da educação nacional, sendo esse ratificado pela

LDBEN de 1996, que, por sua vez, deixa a cargo dos sistemas de ensino a definição de

normas para a gestão democrática do ensino público na educação básica, com base nos

princípios ali expressos. Assim, estados e municípios têm construído leis próprias para a

normatização do princípio de gestão democrática em suas esferas de poder. No entanto,

como aponta Paro (2006), diversas são as barreiras existentes para a implementação

dessas leis, sejam estas materiais ou imateriais. Diante disso, a presente pesquisa busca

analisar a forma de implementação, os limites e as possibilidades das políticas de gestão

democrática numa escola pública do município de Cruzeiro do Sul – AC. Como

metodologia da pesquisa serão adotadas a pesquisa bibliográfica e a de campo. A

pesquisa bibliográfica tem sido realizada por meio do levantamento de bibliografias

pertinentes ao tema, tais como Paro (2006), Luck (2009), Barroso (2004), Ferreira

(2000) e outros, assim como as leis nacionais, estaduais e municipais que regulamentem

a gestão democrática da escola pública no município de Cruzeiro do Sul – AC. A

pesquisa de campo será realizada em uma escola pública situada no referido município.

50

Nessa escola, serão coletados dados escritos e orais; respectivamente, por meio de

documentos escolares (Projeto Pedagógico, Regimento e atas) e depoimentos de

gestores e representantes de cada segmento da comunidade escolar, assim como de

representantes da Secretaria de Educação do Município de Cruzeiro do Sul- AC. Como

instrumento de coleta de dados, será utilizada, a observação de reuniões dos Conselhos

Escolares ou organizações equivalentes realizadas na escola, registradas em um diário

de campo. A pesquisa tem como norte as seguintes questões: como as escolas públicas

do município de Cruzeiro do Sul-AC têm implementado as políticas de gestão

democrática? Quais as dificuldades enfrentadas e estratégias utilizadas para a

democratização da gestão? Quais mudanças, de fato, essas políticas tem provocado na

dinâmica da escola? Ao encontrar respostas para essas questões, a presente pesquisa

pode contribuir para o alargamento da compreensão e análise das políticas estaduais e

municipais que normatizam a gestão democrática com base na política nacional e suas

repercussões na gestão da escola pública no município de Cruzeiro do Sul – AC.

Palavras-chave: Políticas educacionais; Gestão democrática; Escola pública.

Comunicação Oral 2

PRÁTICA DO PIBID E DISCUSSÕES SOBRE SAÚDE E EDUCAÇÃO POR

MEIO DO PROJETO VIVER MELHOR É VIVER COM SAÚDE GEOZADAQUE BEZERRA OLIVEIRA – PIBID/UFAC

MARIA DE JESUS LOPES BARBOSA – PIBID/UFAC

MARIA DE NAZARÉ OLIVEIRA DA SILVA – PIBID/UFAC

ROBERTA CRISTINA SILVA DE OLIVEIRA – PIBID/UFAC

ROSALDO ARAUJO DE OLIVEIRA – PIBID/UFAC

VÂNIA LUIZA – PIBID/UFAC

MARIA JOICIMEIRE ROCHA DOS SANTOS – PIBID/UFAC

ÉLIDA FURTADO DO NASCIMENTO – UFAC/CEL

O artigo 196 da Constituição da República (Constituição Federal/1988) assim dispõe:

“A saúde é direito de todos e dever do Estado, garantido mediante políticas sociais e

econômicas que visem à redução do risco de doenças e de outros agravos e ao acesso

universal e igualitário às ações e serviços para sua promoção, proteção e recuperação”.

A norma do artigo 196 é bastante importante para nossa vida, mas na prática não é bem

isso que acontece. Desse modo, várias ações sociais precisam ser feitas para que a saúde

melhore na sociedade. Nessa defesa à saúde, foi atribuído à escola o dever de trabalhar

o eixo saúde e educação como conteúdo transversal do currículo. Com o olhar

observador de quem defende que bons hábitos de higiene física são essenciais para a

saúde psíquica e, percebendo que esses hábitos precisavam de discussão e educação

junto à comunidade da Escola Municipal Arthur Maia de Carvalho, foi sentida a

necessidade de desenvolver atividades voltadas para as diversas formas de Higiene, na

tentativa de melhorar as condições de saúde da comunidade escolar. Para isso, foi

desenvolvido o projeto “Viver melhor é viver com saúde”, o mesmo teve por objetivo

trabalhar a conscientização dos hábitos de Higiene dentro e fora do contexto escolar, a

fim de capacitar para a utilização de medidas prática da promoção, proteção e

recuperação da saúde. As atividades desenvolvidas tiveram como foco principal:

despertar a comunidade interna e externa da importância da Higiene corporal, mental e

ambiental, alertando-os dos riscos causados pela falta de Higiene, levando-os a perceber

a necessidade de adquirir bons hábitos de Higiene. Para tal, durante o projeto realizamos

51

atividades voltadas para a Higienização, bem como apresentação de palestras sobre

diversos temas: Saúde corporal, saúde da mulher e saúde bucal. Os alunos tiveram um

tempo reservado para a Higienização pessoal como: corte de cabelo, limpeza das unhas,

escovação dos dentes, etc. E ao final do projeto os alunos tiveram espaço para expor

seus trabalhos, onde expuseram suas compreensões a respeito dos cuidados com a

saúde. Após a realização do projeto percebemos que houve mudanças nos alunos, pois

os mesmo estão praticando os hábitos de Higiene, conservando a própria escola e

preservando a saúde em primeiro lugar. Esperamos que através desse projeto os alunos e

toda comunidade possam continuar praticando hábitos de Higiene para uma vida

saudável.

Palavras-chave: Saúde; Higiene; Hábitos; Educação.

Comunicação Oral 4

BARRACA DE DENGUE NO ARRAIAL DA ESCOLA ESTADUAL SÃO JOSÉ,

CRUZEIRO DO SUL, ACRE ALEX PEREIRA DE OLIVEIRA SILVA – UFAC/PIBID

ANA PAULA DE ALMEIDA SILVA – UFAC/PIBID

ANTÔNIA TAÍGELA DA COSTA SILVA – UFAC/PIBID

MARIA CATIANE MORAES DA CUNHA – UFAC/PIBID

JONEIDE DA SILVA CORREIA – UFAC/PIBID

ERLEI CASSIANO KEPPELER. – UFAC/CMULTI

Neste trabalho procuraremos descrever todas as atividades aprovisionadas durante a

exposição da “barraca da dengue” na ocasião de culminância do caipira da Escola

Estadual São José. Objetivamos noticiar informações, junto à comunidade de Cruzeiro

do Sul, concernentes aos aspectos gerais da dengue e, através disto, provocar uma

condição de consciência sobre as ações antrópicas que representam um aspecto

contribuinte para o acrescer do surto epidemiológico. Na ocasião do evento, o grupo do

PIBID de Biologia montou uma barraca didática com informações genéricas sobre a

doença. Nesta, os conteúdos estavam expressos sob a forma de faixas objetivas e vídeos

cogitados de maneira aprofundada. Folders cedidos pela Saúde (Combate à Dengue)

foram distribuídos. Os subsídios estiveram divulgados no formato de questionamentos e

soluções utilitárias abordadas, de forma atrativa, às seguintes proposições: Quais os

sintomas da doença? O que fazer quando suspeito que estou com dengue? Quantos tipos

de vírus existem? Quais as medidas cabíveis para não ter o mosquito da dengue se

reproduzindo em minha casa? Qual seu ciclo? Quais os bairros mais endêmicos da

cidade? Elucidamos na atividade que, a dengue é uma doença tropical transmitida pelo

mosquito Aedes aegypti, que conduz o vírus à de um hospedeiro humano. A doença é

uma problemática a ser ajustada socialmente, é importante recebermos os agentes de

saúde domiciliar, de forma que vistoriem a residência; os sintomas vão de febre alta, dor

nos olhos, articulações e cabeça, vômito, náuseas, manchas avermelhadas pelo corpo.

Com predominância de até dois dos sintomas é importante consultar uma unidade de

saúde, onde informações sobre possível automedicações devem ser fornecidas.

Esclareceu-se que, existem quatro tipos do vírus, portanto, algumas precauções carecem

de serem tomadas, como: impedir o acúmulo de água em tonéis, calhas, vasos, garrafas,

pneus ou utensílios que armazenem água, como também fechar sempre sacos de lixo.

Alguns bairros de Cruzeiro do Sul já têm bastantes ocorrências, dentre eles: Telégrafo;

Cruzeirão; Floresta; Cobal e Várzea. Genericamente, o público que visitou a barraca,

grande maioria, exibindo faixa etária aparente dos cinco aos doze anos, fez-se curioso e

52

nesta iniciativa, podemos desenvolver comentários dos motivos que acarretam os altos

índices de surtos na cidade. Advertiu-se sobre a perspectiva das ações humanas que

circundaram o fator beneficiário da doença alertando em relação ao descaso com a

saúde. Sugeriu-se a adoção de táticas informativas de conscientização para se evitar as

práticas que favoreçam de forma direta ou indireta o desenvolvimento do mosquito.

Palavras-chave: Combate; Água; Mosquito; Aedes aegypti; Doença.

Comunicação Oral 5

OLHAR SISTEMATIZADO, PESQUISA EM EDUCAÇÃO EM CIÊNCIAS MARIE DE JESUS LIMA PEREIRA

O aluno é o agente do processo de aquisição do conhecimento, que é resultado de um

complexo e intrincado processo de modificação, reorganização e construção, utilizado

pelos alunos para assimilar e interpretar os conteúdos escolares. (P.C.N.,1997). Com

base no P.C.N, analisa-se que a educação escolar necessita de técnica que viabilize a

construção da aprendizagem. O ensino em biologia tem passado por diversas

transformações ao longo do século XXI, tem sido cada vez mais diversificado seus

estudos e complexidade de conteúdo, que abrange as mais amplas áreas de

conhecimentos. Ensinar biologia é instrumento de conhecimento da realidade, que

transforma e modifica o pensar humano. O tema em questão é um desafio e vem

transformado saberes, é fruto de uma sociedade no qual os valores em sala de aula

precisam se questionados e moldados. Este projeto tem como objetivo geral o

desenvolvimento das habilidades das principais técnicas de ensino em pesquisa em

educação e ciências, em uma escola pública do município de Cruzeiro do Sul-Ac. O

projeto buscou encontrar na forma de aprendizagem as técnicas de ensino em biologia,

desenvolvidas através de aulas laboratoriais e palestras a respeito dos temas que

envolvem a ciência. Participaram desses estudos alunos do ensino médio do turno da

manhã e tarde e professores de diversas áreas. Investigou através da pesquisa o efeito da

metodologia de ensino, como um processo em construção, que deve aparecer em todo o

trajeto da vida escolar, como princípio educativo. Os resultados revelaram que não é

suficiente apenas ministrar aulas de forma atrativas, pois estes recursos em si, não suprir

o desafio da docência. Dificilmente sem o olhar voltado para a aprendizagem de forma

eficazes, que possam envolver termos e técnicas com o índice maior de aproveitamento

conseguiremos alcançar resultados satisfatório na educação, sem passar por momentos

de conflitos associado a desmotivação de alunos e até mesmo de educadores.

Palavras-chave: Educação, técnica, ensino, aprendizagem.

SESSÃO DE PÔSTERES 21 de novembro de 2014 das 9h30min às 12h

Local: Espaços externos do Campus Floresta

53

EIXO TEMÁTICO 1: LITERATURA E ENSINO

Pôster 1

VIVÊNCIAS DO PIBEX/UFAC: PROGRAMA DE EXTENSÃO ESTUDOS DA

LÍNGUA PORTUGUESA UENDER DOS SANTOS SILVA – UFAC/CAMPUS FLORESTA

SIMONE CORDEIRO – UFAC/CEL

Melhorar a qualidade da educação no país é uma necessidade que desde sempre vem

sendo posta em pauta no cenário nacional, a fim de proporcionar, aos profissionais da

educação, a reflexão sobre as metodologias de ensino desenvolvidas em sala de aula.

Dentre as áreas de conhecimento destacamos o ensino da Língua Portuguesa, dado

nosso interesse nas questões da língua e nossa escolha para a formação acadêmica. O

ensino de língua portuguesa tem sido um desafio constante tanto para os professores

quanto para os alunos das redes públicas e particulares de ensino; porque estar pautado,

muitas vezes, nos modelos tradicionais e pela quantidade de alunos que compõem a sala

de aula. As universidades, enquanto instituições de ensino superior, devem desenvolver

mecanismos que proporcionem a melhoria nas condições de ensino das cidades

brasileiras. Assim, a extensão universitária que é uma ação da universidade junto à

comunidade tem o objetivo de disponibilizar, ao público externo, o conhecimento

adquirido no âmbito da universidade. Neste sentido, o Programa de Extensão Estudos

da Língua Portuguesa (PEELP) visa estimular o desenvolvimento social e o espírito

crítico dos estudantes da rede pública por meio de atividades inovadoras que permitam

o nivelamento do aprendizado na disciplina de língua portuguesa aos alunos que

apresentam dificuldades de aprendizagem. Assim, buscamos contribuir com a melhoria

da qualidade da educação por meio da apropriação dos saberes gerados pelos

acadêmicos do Curso de Letras Português da Universidade Federal do Acre aos alunos

secundários da Escola Estadual São José. Atualmente, o programa atende, diariamente,

uma média de 30 alunos que retornam no contra turno para receber orientações de

atividades de leitura e escrita. Nossa experiência tem nos revelado a necessidade do

professor de língua materna desenvolver atividades dinâmicas e diversificadas que

busque estimular alunos que já apresentam dificuldades de compreender as questões da

Língua Portuguesa. Percebemos, ao longo do desenvolvimento do programa, que tais

educandos precisam de uma atenção especial e que o uso de metodologias inovadoras,

bem como a dedicação dos professores é fundamental para o sucesso destes alunos.

Palavras-chave: PIBEX; Língua Portuguesa; Ensino.

EIXO TEMÁTICO 2: LITERATURA E REGIONALIDADES

Pôster 1

NARRATIVAS INDÍGENAS: AS VOZES QUE ECOAM NAS FRONTEIRAS

AMAZÔNICAS JEISSYANE FURTADO DA SILVA

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SIMONE DE SOUZA LIMA

A cena literária contemporânea brasileira tem produzido uma literatura indígena? Sim,

existe, e ela teve como de partida o pioneiro trabalho da Comissão Pró-Índio do Acre –

CPI/AC. Seguindo seus passos, universidades brasileiras, dentre elas a UFMG, tem

trazido para o centro de suas pesquisas a produção literária indígena. É certo que essa

produção literária surge a partir de reescrita de autores canônicos mas, aos poucos,

surgem textos poéticos e narrativos significativos, ligados a uma ecologia de saberes

que traduz com leves sutilezas suas complexas sociedades. Vale destacar o papel dos

pesquisadores ligados ao projeto Institucional Literaterras (Fale/UFMG), e a

contribuição teórica de Maria Inês de Almeida cuja escritura

crítico/teórico/metodológica tem sido decisiva para os estudos por nós desenvolvidos

aqui na Universidade Federal do Acre. As vozes que ecoam nas fronteiras amazônicas

configuram-se como propostas de leituras de narrativas indígenas oriundas da Amazônia

acreana. Nossa leitura dessa literatura tenta apreender as memórias, os deslocamentos e

identidades de grupos étnicos historicamente colocados à margem da sociedade. No

percurso pós-colonial que marca nosso pensamento teórico/metodológico, essas vozes

chegam ao centro, trazendo saberes e conhecimentos prenhes de sentidos.

Palavras-chave: Narrativas indígenas; Fronteiras Amazônicas; Voz.

EIXO TEMÁTICO 4: FORMAÇÃO DE PROFESSORES E

INCLUSÃO

Pôster 1

DIÁLOGO: NOVO MODELO DE ENSINO NA PERSPECTIVA DE PAULO

FREIRE - A RELAÇÃO-PROFESSOR ALUNO BASEADA NO MODELO

FORMATIVO DIALÓGICO PROPOSTO POR PAULO FREIRE AILTON DE SOUZA SILVA – UFAC/CAMPUS FLORESTA

SARAH ARAUJO DE LIMA – UFAC/CAMPUS FLORESTA

MARIA ALDECY RODRIGUES DE LIMA – UFAC/CEL

O presente artigo tem por objetivo apresentar o modelo de ensino na perspectiva

freiriana. Uma proposta, em princípio, baseada na educação não formal que pretende

alfabetizar e, ao mesmo tempo, conscientizar/politizar homens e mulheres analfabetos

tendo o diálogo e o processo de conscientização como norteados metodológicos. Freire

defende uma educação humanista e libertadora como forma de apropriação do

conhecimento escola pelo sujeito e, como consequência, a transformação social. Assim,

a libertação do oprimido, tão necessária, será possível através da educação, não a

“bancária” com pressupostos baseados na concepção empírica, em que o saber é uma

doação dos que se julgam sábios aos que eles julgam nada saber, que visa defender os

interesses do opressor. Mas sim, e, sobretudo, faz a defesa da educação libertadora,

pautada no questionamento do homem com a natureza e com outros homens, visando

uma transformação – uma educação crítica, portanto. Esta é promovida nos Círculos de

Cultura por meio de perguntas e respostas (diálogo), se afirma na relação dialógica entre

educador-educando. Para Paulo Freire, o Círculo de Cultura constituía-se numa

estratégia da educação libertadora, o individuo construirá sua própria história, o homem

55

como ser racional predispõe a reflexão de sua vivencia em sociedade. Com isso Freire

constitui suas implicações, que o desenvolver do ensino tenha relevância, o centro do

aprendizado esteja no aluno e a responsabilidade do mesmo está sempre buscando o

enriquecimento do conhecimento. Nessa circunstância, o professor seria o mediador do

conhecimento do aprendizado, ensinando enquanto aprende e aprendendo enquanto

ensina.

Palavras-chave: Diálogo; Círculo de cultura; Educação Libertadora

Pôster 2

OS DESAFIOS DA PRÁTICA PEDAGÓGICA INCLUSIVA ACERCA DAS

NOVAS TECNOLOGIAS DJALMA BARBOZA ENES FILHO – UFAC/CEL

SÔNIA ELINA SAMPAIO ENES – UFAC/CEL

MIQUÉIAS MARTINS VIEIRA – UFAC/CAMPUS FLORESTA

A nossa sociedade passa por um momento de plena evolução tecnológica, gerando

assim, um estímulo a pesquisas voltadas para essa área, que hoje se torna imprescindível

para o processo de aprendizagem de alunos com ou sem deficiência. As novas

tecnologias trazem um grande arsenal de serviços e recursos que facilitam a superação

das barreiras físicas e atitudinais, que tanto dificultam a escolarização de alunos com

deficiência. Com base nisso surgiu o objeto de estudo de nossa pesquisa, Os desafios da

prática pedagógica inclusiva acerca das novas tecnologias, que tem como objetivo

investigar a atuação docente inclusiva, analisando a utilização das tecnologias em sua

prática pedagógica. Para realização desta pesquisa, faremos estudos bibliográficos com

fundamentação em autores como: SARTORETO (2012); GALVÃO (2002, 2009);

DIAS (2012); CARVALHO (2008). Além disso, para levantamento de dados, faremos

uso de entrevistas com professores atuantes na educação inclusiva, bem como

observação da prática docente desses profissionais. Os resultados esperados ao final

dessa pesquisa, poderão trazer uma reflexão sobre as várias possibilidades de aplicações

de recursos tecnológicos que facilitem o acesso e permanência de alunos com

deficiência nas escolas, garantindo um ensino de qualidade e que respeita as diferenças.

Palavras-chave: Práticas pedagógicas; Tecnologias; Educação inclusiva; Deficiência.

Pôster 3

A INFLUÊNCIA DA UFAC NA FORMAÇÃO DE PROFESSORES NO VALE

DO JURUÁ/AC CARLOS AUGUSTO SANTANA – UFAC/CAMPUS FLORESTA

CINTIA JAQUELINE CIACCI ANDRADE – UFAC/CAMPUS FLORESTA

JORGE LUCAS ARAUJO DA SILVA – UFAC/CAMPUS FLORESTA

MANOEL DE SOUZA ARAUJO – UFAC/CAMPUS FLORESTA

TAIRINE GADELHA GONDIM – UFAC/CAMPUS FLORESTA

MARIA ALDECY RODRIGUES DE LIMA – UFAC/CEL/GEPED

Este texto tem por objetivo apresentar diálogos formativos e representacionais sobre a

contribuição social da UFAC em Cruzeiro do Sul – polo de formação que atende os

municípios da região do vale do Juruá/AC. Desse modo, mapearemos os cursos de

56

formação inicial de professores oferecidos pela UFAC – Campus Florestas desde a

implantação do Curso de Pedagogia em 1992 até o ano de 2014 trata-se, aqui do recorte

de uma pesquisa PIBIC/UFAC e PIBIC/CNPq em andamento. O retrato dessa realidade

tem como aporte metodológico a pesquisa documental, o questionário e a entrevista

semiestruturada. Trata-se de uma pesquisa qualitativa e quantitativa, revelando as faces

ocultas da contribuição social da universidade na difusão do conhecimento e na

formação de professores e porta de acesso ao mercado de trabalho. Teremos ao fim uma

amostra documental, o retrato do ensino superior nessa região do vale do Juruá

apreendendo a contribuição da UFAC na formação de professores bem como a

contribuição social desta na vida da sociedade, sobretudo no que concerne ao aspecto

educacional. Os sujeitos da pesquisa situam-se nos egresso da formação em nível

superior desenvolvido pela UFAC nessa compreensão histórica desde a implantação do

Curso de Pedagogia em Cruzeiro do Sul, mapeados pelas instituições públicas de ensino

da cidade e pela pesquisa documental onde identificaremos os cursos desenvolvidos

nesse período. Assim sendo, teremos uma configuração na prática, do tripé acadêmico,

ou seja, pesquisa, ensino, extensão, respondendo questões do tipo: quais desafios são

postos ao realismo amazônico e quais melhorias tem se materializado no sistema

educacional acreano/cruzeirense no período compreendido entre 1992 à 2014? Teremos,

pois, ao fim, a face da realidade educacional nessa região bem como a contribuição

social da UFAC para a formação de professores nessa dimensão geográfica, histórica,

social e cultural. Realidade alimentada pela necessidade formativa dos jovens

licenciando e dos licenciados no desafio imputado pela profissão professor que urge

pela valorização profissional.

57

EIXO TEMÁTICO 5: PRÁTICAS DE LETRAMENTO E

ESTUDOS DE GÊNEROS DO DISCURSO / TEXTUAL

Pôster 1

A AULA DE LÍNGUA PORTUGUESA NO ENSINO FUNDAMENTAL:

CONCEPÇÕES DE LINGUAGEM E LETRAMENTO LAUANE MATOS E SILVA

Ao olharmos para a história do ensino da língua portuguesa e da disciplina escolar

português observamos que estes se apresentam, especialmente a partir da década de

1980, em um processo de mudanças, impulsionado por um projeto específico de

sociedade, por novas concepções de linguagem, de língua e seu ensino, pelo

estabelecimento de “novos” objetivos para o ensino. Iniciaram-se muitas discussões

sobre aspectos sociopolíticos do Brasil, o ensino, a educação, a aprendizagem, o “uso” e

o “mau uso” da língua portuguesa no Brasil, e as diferenças dialetais. E esse debate em

torno do ensino da língua materna resultará em projetos distintos, produzidos a partir de

visões diferentes sobre educação, ensino, escola, língua, sociedade e cultura,

influenciados, também, pelas ciências de referência em evidência naquele momento no

campo da linguagem. Instaura-se um debate entre tradicional e moderno, os quais

resultam em reformas. Com base nessas discussões, este trabalho apresenta um projeto

de pesquisa de Iniciação Científica em andamento, que tem como objetivo analisar

práticas pedagógicas de ensino da língua portuguesa no ensino fundamental, a partir das

diferentes concepções de linguagem e de letramento, observando como tais teorias e as

concepções de sujeito, conhecimento e cultura que delas decorrem apresentam-se na

prática de ensino da língua materna em duas escolas públicas de Rio Branco. A partir de

um estudo de caso, através de uma abordagem qualitativa, realizaremos uma pesquisa

de campo, com observação direta das aulas de dois professores, um das séries iniciais e

outro das séries finais do Ensino Fundamental. No que se refere ao embasamento

teórico, apoiamo-nos em autores como Goodson (1995; 2007), Soares (2202), Antunes

(2003), Bezerra (2003). Assim, a partir deste estudo refletiremos sobre o fazer

pedagógico, no ensino de língua portuguesa, frente aos desafios impostos e às

exigências sociais.

Pôster 2

ESTUDO SOBRE PROBLEMAS DE ESCRITA PARA UMA PROPOSTA DE

REESCRITA LOURIVÂNIA DA SILVA EVARISTO – PIBID/UFOPA

ESTER RIBEIRO MACAMBIRA – PIBID/UFOPA

LAURO ROBERTO DO CARMO FIGUEIRA – PIBID/UFOPA

Este trabalho faz parte de um projeto maior do Programa Institucional de Bolsa de

Iniciação à Docência – PIBID/UFOPA subprojeto Letras/Português financiado pela

Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior – Capes objetiva

analisar um corpus constituído de trinta artigos de opinião produzidos por alunos de

duas turmas do 3º ano do Ensino Médio de uma escola participante do programa, e

investigar a ocorrência de problemas de escritas. O interesse em realizar esta pesquisa

surgiu após fazermos a leitura de algumas centenas de textos produzidos por discentes

58

da escola participante do PIBID e observamos muitas dessas produções comprometidas

pelo mal uso de elementos linguísticos. O estudo partiu da seleção aleatória de quinze

textos por turma, leitura, análise e tabulação dos problemas encontrados de acordo com

os seguintes campos: i. Problemas de construção frasal, ii. Impropriedade Vocabular, iii.

Problemas de grafia, iv. Problemas de coesão textual e v. Problemas de concordância e

regência verbal e nominal. Esse quadro adotado, em parte, de Dolz (2010) e Damiani

(2011) procura observar os elementos linguísticos que comprometem o sentido do texto.

Os resultados mostraram que o problema mais recorrente, observado em maior parte dos

textos, foi o de construção frasal: mau uso da pontuação, ausência de paralelismo e

ausência de complemento. Em seguida o problema de grafia: falta ou acréscimo de

acento e grafia incorreta, bem próximo destes, estiveram os problemas de regência e os

problemas de impropriedade. Os demais problemas ocorreram numa frequência menor.

Considerando o que disse Dolz (2010) A análise dos componentes da escrita ajuda-nos a

descrever e antecipar os obstáculos possíveis, pretendemos com esses apontamentos

desenvolver uma ação de reescrita que mostre aos alunos os problemas possíveis de

serem evitados nos artigos de opinião e que também forneça conhecimentos suficientes

para ser incentivo à autonomia escrita.

Palavras-chave: Problemas de escrita; Textos; Reescrita; PIBID.

EIXO TEMÁTICO 6: DESCRIÇÃO E ANÁLISE

LINGUÍSTICA

Pôster 1

EXPLORANDO AS RELAÇÕES COESIVAS NAS PRODUÇÕES ESCRITAS

DOS ALUNOS DO 5º ANO DE UMA ESCOLA DE ENSINO FUNDAMENTAL

DE CRUZEIRO DO SUL MICHELINE RODRIGUES FERNANDES – PIBIC/UFAC

CLEIDE VILANOVA HANISCH – UFAC/CEL/PIBIC

Produzir textos é uma atividade extremamente necessária tanto na vida acadêmica como

no cotidiano, uma vez que as práticas sociais que estruturam as nossas organizações

contemporâneas são mediadas por textos escritos. Nessa perspectiva, o presente estudo

traz uma análise das produções escritas dos alunos do 5º ano de uma Escola de Ensino

Fundamental de Cruzeiro e teve como objetivo analisar os recursos de coesão

empregados pelos alunos do 5º ano de uma escola de Ensino Fundamental de Cruzeiro

do Sul em suas produções textuais escritas. Para tanto, utilizamos como aporte teórico

autores como Massini-Cagliari (2001), Koch (2004), Koch e Elias (2009), Marcuschi

(1983), Antunes (2005), PCN (1997), entre outros, os quais nos forneceram subsídios

viáveis para a realização deste trabalho. Empregamos como pressupostos metodológicos

a abordagem qualitativa definida como estudo de caso. Foi conduzida em uma sala de

aula do 5º ano, no período da manhã com 27 alunos, nos dias em que era oferecida a

disciplina de Língua Portuguesa. Utilizamos como instrumento de coleta de dados a

observação não participante e a coleta de produções textuais escritas pertencentes ao

gênero conto, as quais foram analisadas à luz da teoria estudada. Constatamos com base

nos dados obtidos que os alunos em suas produções textuais empregaram a repetição e a

anáfora como mecanismo de coesão referencial e os conectivos como mecanismo de

59

coesão sequencial. Verificamos que a presença da repetição é constante e na sua maioria

exerce a função de marcar a continuidade do tema que está em foco, além de revelar a

influência da oralidade. Com relação à anáfora, seu uso se deu exclusivamente por meio

de uma palavra gramatical, revelando que o ensino de Língua Portuguesa ainda é

pautado na gramática. No que concerne aos conectivos, constatamos que os alunos

fazem uso de alguns conectores que no texto estabelecem relações de causa, tempo,

adversidade, adição e conclusão. Todavia, o uso de alguns desses conectivos não

estabelece a relação pretendida. Verificamos também que o uso exagerado do conectivo

“e” e “então” demonstra uma fragilidade na escrita no se refere à pontuação, haja vista

que os textos praticamente não possuem pontuação e quando apresentam são de forma

inadequada.

Palavras-chave: Coesão; Produção Textual; Ensino.

EIXO TEMÁTICO 7: ENSINO E APRENDIZAGEM DE

LÍNGUAS ESTRANGEIRAS

Pôster 1

PANORAMA DO ENSINO DA LÍNGUA ESPANHOLA NO VALE DO JURUÁ

(CRUZEIRO DO SUL) ANA LUÍSA DA SILVA ROCHA – PIBIC/UFAC

ANDRESSA BARROS DE FRANÇA – PIBIC/UFAC

LEANDRO FAUSTINO – UFAC/CEL

Atualmente os estudos sobre o ensino-aprendizagem de línguas estrangeiras vêm

conquistando mais espaço e atenção no cenário nacional e internacional, isso devido a

frentes teóricas de investigações como, por exemplo, a Linguística Aplicada. De acordo

com Gargallo (2010) a linguística aplicada tem como missão aprofundar os

conhecimentos dos problemas gerados no processo de ensino/aprendizagem de línguas

até que se consiga encontrar respostas. Diante do exposto surgem alguns

questionamentos acerca do ensino da língua espanhola na região de Cruzeiro do Sul,

cidade de grande importância econômica, política e cultural para o estado do Acre.

Destarte, esse projeto também busca evidenciar os resultados das relações entre os

sujeitos envolvidos no processo de ensino-aprendizagem da língua espanhola que

começam a despontar no cenário regional. Fato que desperta nesses sujeitos o papel

reflexivo e, por que não, investigativo sobre: como está ocorrendo o processo de ensino

do E/LE na região do Vale do Juruá? Portanto, propõe-se como objetivo geral, traçar o

panorama de como está ocorrendo o ensino da língua espanhola no município de

Cruzeiro do Sul, desde o ensino básico até o ensino superior. Pesquisando questões

estruturais, como número de escolas que ofertam a disciplina, número de professores,

número de alunos matriculados na disciplina, número de aprovações e reprovações, etc.,

e também questões de ensino-aprendizagem, metodologias, avaliações, estratégias de

ensino-aprendizagem, desafios, problemas e soluções. Portanto, os resultados esperados

para este projeto de pesquisa serão de caráter quantitativo e qualitativo sobre o ensino

da língua espanhola no município de Cruzeiro do Sul, estabelecendo-se um panorama

diagnóstico. Espera-se também que tais dados possam auxiliar na superação das

dificuldades encontradas sobre o ensino desta língua estrangeira, sejam elas de caráter

estrutural ou pedagógico. Entende-se que esse projeto de pesquisa repercutirá em duas

60

esferas de ensinos, no Básico (Ensino Médio) e no Superior, nessa última diretamente

na formação dos acadêmicos do curso de Letras Espanhol da UFAC – Campus Floresta,

no âmbito do ensino, os dados poderão ser utilizados para o aprimoramento na

formação docente promovida pela UFAC nessa área. Já no âmbito da pesquisa

compreende-se que o projeto possibilitará aos acadêmicos e demais públicos o contato

com elementos educacionais e estruturais da língua espanhola, produzindo campo fértil

para produção de artigos, papers, entre outros objetos de estudos para futuras pesquisas.

Pôster 2

O ENSINO DA LÍNGUA INGLESA PARA INICIANTES: UM BREVE RELATO

DE EXPERIÊNCIA GREICE KELLY DA SILVA BEZERRA – PIBID/UFAC

LAURA IZABEL ROCHA DA SILVA – PIBID/UFAC

RAWANNA NASCIMENTO DA SILVA – PIBID/UFAC

ROSIMEIRE FIUZA DA COSTA – PIBID/UFAC

SHIRLEYANE DOS SANTOS SARMENTO – PIBID/UFAC

MARIA APARECIDA DE OLIVEIRA – UFAC/CELA/CAMPUS RIO BRANCO

O presente trabalho faz parte do Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à

Docência – PIBID ligada a CAPES em convênio com a Universidade Federal do Acre -

desenvolvido durante o segundo semestre de 2014, na Escola Estadual Lindaura Martins

Leitão com crianças do sétimo e oitavo ano. Os alunos que participam do projeto são

crianças de uma comunidade carente. O projeto tem o objetivo de ensinar aos alunos o

Inglês básico através de atividades dinâmicas e mostrar aos alunos como o Inglês está

inserido no contexto social e no cotidiano dos mesmos.

Palavras-chave: PIBID; Inglês para iniciantes; Atividades dinâmicas.

Pôster 3

O ENSINO DA LÍNGUA INGLESA POR MEIO DA CULTURA: UM BREVE

RELATO DE EXPERIÊNCIA JAMILA SANTOS DA SILVA – PIBID/UFAC

RENATA RABELO – PIBID/UFAC

SUELLEN LEÃO VICTOR – PIBID/UFAC

VANDERLÚCIA DE SOUZA SALES SELHORST – PIBID/UFAC

VIVIAN RIBEIRO BONFANTI – PIBID/UFAC

MARIA APARECIDA DE OLIVEIRA – UFAC/CELA/CAMPUS RIO BRANCO

O presente trabalho faz parte do Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à

Docência – PIBID ligada a CAPES em convênio com a Universidade Federal do Acre -

UFAC a ser desenvolvido durante o segundo semestre de 2014, na Escola Estadual

Barão do Rio Branco. Nosso objetivo é apresentar o projeto intitulado “Thanksgiving

Day” voltado para o estudo do ensino da língua inglesa por meio de apresentações e

discussões sobre o que ocorre nesse dia segundo a cultura americana, através de vídeos,

textos, atividades, imagens e diálogos envolvam as quatro habilidades leitura, fala,

escrita ou escuta da língua inglesa. A última fase consiste na recriação do Thanksgiving

Day numa instituição não governamental destinada as crianças, com o intuito de

incentivar e conscientizar os jovens sobre a importância da solidariedade. Além disso, o

61

estudo visa investigar se tal estratégia auxilia o processo de aprendizagem da Língua

Inglesa através da inclusão da cultura durante o ensino.

Palavras-chave: Cultura; Solidariedade; Thanksgiving Day.

Pôster 4

O ENSINO DA LÍNGUA INGLESA E AS NOVAS TECNOLOGIAS: UM BREVE

RELATO DE EXPERIÊNCIA IDELMAR VERA CAMPOS – PIBID/UFAC

TADEUMA CLÁUDIA CAMPOS DE ARAÚJO – PIBID/UFAC

YULE GABRIELLE NEGREIROS – PIBID/UFAC

MARIA APARECIDA DE OLIVEIRA – UFAC/CELA/CAMPUS RIO BRANCO

O presente trabalho faz parte do Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à

Docência – PIBID ligada a CAPES em convênio com a Universidade Federal do Acre -

UFAC a ser desenvolvido durante o segundo semestre de 2014, na Escola Estadual

Barão do Rio Branco. Nosso objetivo é apresentar o projeto intitulado “Vídeo-minuto”

voltado para o estudo do ensino da língua inglesa por meio do uso de gravações áudios-

visuais utilizando celulares com câmera, no estilo curta-metragem, sobre situações do

cotidiano escolar ou temas livres que envolvam as quatro habilidades leitura, fala,

escrita ou escuta da língua inglesa. A última fase consiste na elaboração e/ou criação de

vídeos-minuto como produtos do projeto. Além disso, o estudo visa investigar se tal

estratégia auxilia o processo de aprendizagem da Língua Inglesa através do uso de uma

dessas tecnologias, a saber, o telefone celular com câmera. Como embasamento teórico,

utilizaremos os conceitos de linguagem de Vygotsky e, as abordagens teóricas sobre

gêneros orais e escritos na escola dos teóricos de Genebra Dolz e Schneuwly (2004).

Palavras-chave: PIBID; Linguagem; Tecnologia digital; Gênero oral; Áudio-visual

Pôster 5

O INGLÊS INSTRUMENTAL NA PERSPECTIVA DO PIBID ANA CRISTINA SILVA FERNANDES – UFAC/PIBID

FRANCISCO CARLITOS DE SOUZA DA SILVA – UFAC/PIBID

JAINE CRUZ DE OLIVEIRA – UFAC/PIBID

MARIA JOSÉ MARQUES – UFAC/PIBID

MICHAEL LOPES DE MELO – UFAC/PIBID

WELLINGTON DA SILVA SOUZA – UFAC/PIBID

PROF. MARCELO ZABOETZKI – UFAC/CEL/PIBID

DANIEL DA SILVA CAMPOS – ESCOLA CRAVEIRO COSTA/PIBID

Na perspectiva de ação dos bolsistas do Curso de Língua Inglesa do PIBID – UFAC, o

Inglês Instrumental se destaca na sua prática de sala de aula. Embora predomine nesta

abordagem a prática de leitura e interpretação textual, desenvolvida através de

estratégias de leitura, não se exclui as demais habilidades que envolvem o ensino

aprendizado de língua estrangeira. Este trabalho apresenta práticas pedagógicas

desenvolvidas pelos bolsistas da escola Cravei Costa, no município de Cruzeiro do Sul,

norteadas pela instrumentalização do ensino-aprendizado da Língua Inglesa.

Palavras-chave: Inglês Instrumental. Prática docente. Escola.

Pôster 6

62

O PIBID COMO PRIMEIRA EXPERIÊNCIA DOCENTE AMANDA PINTO DE OLIVEIRA – UFAC/PIBID

BRUNA DOS SANTOS KARDETE – UFAC/PIBID

ELIKERSON NASCIMENTO DOS SANTOS – UFAC/PIBID

JERCILNE PINTO DE OLIVEIRA – UFAC/PIBID

MAX FARIAS DE OLIVEIRA – UFAC/PIBID

SANMADY LIMA DA ROCHA – PIBID

SIMONE CÂNDIDO DOS SANTOS – ESCOLA COM. BRAZ DE AGUIAR/PIBID

MARCELO ZABOETZKI – UFAC/CEL/PIBID

O grupo de bolsistas PIBID da Escola Comandante Braz de Aguiar é composto por seis

acadêmicos dos períodos iniciais do curso Letras Inglês da UFAC – Campus de

Cruzeiro do Sul, para estes o PIBID está sendo a primeira experiência docente em sua

formação. Oportunidade ímpar na vida acadêmica de vislumbrar mesmo antes dos

estágios curriculares a prática docente, estes bolsistas ganham não apenas em

crescimento intelectual como também em material humano ao terem contato direto com

a comunidade escolar desta escola, vivenciando a realidade escolar na prática de ações

diversas os acadêmicos se integram ao meio no qual se insere o contexto de sua

formação como futuro profissional da educação.

Palavras-chave: Experiência docente. Escola. comunidade.

Pôster 7

O PIBID COMO APOIO NA PRÁTICA PEDAGÓGICA NAS ESCOLAS

DE CRUZEIRO DO SUL ADILINO DIAS ANTUNES – UFAC/PIBID

DAIANE OLIVEIRA BARBOZA DA SILVA – UFAC/PIBID

ITALO SILVA ANDRADE – UFAC/PIBID

PAULA HAINA DIAS BARBOZA – UFAC/PIBID

PRISCILIA WALTER – UFAC/PIBID

SHEILA LIMA FAGUNDES – UFAC/PIBID

LUIZ ANTÔNIO BEZERRA DA COSTA – ESC. DOM HENRIQUE RUTH/PIBID

MARCELO ZABOETZKI – UFAC/CEL/PIBID

Dentre as ações propostas pelo subprojeto PIBID de Língua Inglesa da UFAC –

Campus de Cruzeiro do Sul se destacam as ações de acompanhamento de rotina de sala

de aula. Deste a participação nas reuniões pedagógicas e de planejamento da escola a

práticas docentes em sala de aula acompanhadas pelos professores de inglês da escola,

os bolsistas interagem com os demais profissionais da escola e vão ganhando

experiência na vivência do cotidiano destas escolas que recebem o projeto. Ações de

apoio aos professores de Língua Inglesa das escolas tornam-se rotina na vida destes

bolsistas, desta forma estes contribuem não apenas com um melhor desempenho das

ações escolares ao mesmo tempo em que somam na sua formação acadêmica como

futuros profissionais de educação.

Palavras-chave: Prática docente. Rotina escolar. Apoio pedagógico.

63

EIXO TEMÁTICO 8: PERCURSOS MULTIDISCIPLINARES:

SAÚDE, EDUCAÇÃO E MEIO AMBIENTE

Pôster 1

AVALIAÇÃO DA ÁGUA DO RIO JURUÁ, CRUZEIRO DO SUL, ACRE ELCIMAR RODRIGUES DA SILVA – PIBID/UFAC

JOSE CARLOS DE MOURA LOPES – PIBID/UFAC

TALITA ALVES DE SOUZA – PIBID/UFAC

AGNA ROBERTA SABINO – PIBID/UFAC

ANTONIA ODECILDA DE ANDRADE – PIBID/UFAC

ERLEI CASSIANO KEPPELER – UFAC/CMULTI

Cruzeiro do Sul é banhado pelo rio Juruá, de águas barrentas, navegáveis e viscosas que

banha e divide a cidade em dois distritos. “O nome Juruá é de origem indígena, é uma

derivação do nome ”Yura”, usado pelos indígenas que habitavam suas margens. Suas

águas barrentas têm dois períodos distintos: no inverno, especialmente de dezembro a

maio, e é a época das enchentes, quando invade todas as terras baixas; o período de

verão, ocorre de junho a novembro, quando ocorre a vazante. Nesta época, barcos e

balsas de maior porte ficam impossibilitados de navegar. Suas margens, após a

enchente, são utilizadas pelos ribeirinhos ou (barranqueiros) para o plantio de produtos

agrícolas como feijão, milho, batata, melancia. Adicionalmente, o rio é utilizado para

pesca de várias espécies de peixes, pois o mesmo ainda é o alimento mais consumido na

região do Juruá. A água do rio também é de grande utilidade à vida dos ribeirinhos,

chegando em sua maioria a ser utilizado para cozinhar, lavar, e até mesmo para beber.

Atualmente, podemos notar uma diferença razoável, quando se diz respeito à sua

qualidade, sendo observado preliminarmente a partir da sua coloração. Baseados nessa

preocupação, foi realizado um trabalho , voltado à qualidade da água do Rio Juruá. A

metodologia utilizada no trabalho foi o uso do ecokit, usando reagentes e pás para a

determinação dos parâmetros de qualidade de água. Os resultados foram comparados

com a cartela colorimétrica. As seguintes variáveis foram medidas e obtidas:

temperatura: 27 °C; OD: 5,5 mg.L-1; pH: 8; Amônia: 0,25 mg.L-1; Nitrito: 0,01 mg.L-

1; Nitrato: 0,10 mg.L-1; Nitrogênio mineral: 0,36 mg.L-1; Ortofosfato: 1,494 mg.L-1;

Fosforo total: 0,3263 mg.L-1; Turbidez: 75 UNT. A maioria dos parâmetros de

qualidade da água atenderam aos padrões estabelecidos para a classe 1, pela resolução

CONAMA 357 de 17 de março de 2005 podem ser destinadas: Ao abastecimento para

consumo humano, após tratamento simplificado; proteção das comunidades aquáticas;

Recreação de contato primário, tais como natação, esqui aquático e mergulho; Irrigação

de hortaliças que são consumidas cruas e de frutas que se desenvolvem ao solo e que

sejam enjeridas cruas sem remoção de película; E proteção das comunidades aquáticas

em terras indígenas.

Palavras-chave: Ribeirinhos; Qualidade; Navegáveis; Uso; Peixes.

Pôster 2

64

DESAFIOS E PERSPECTIVAS DO ENSINO MULTISSERIADO NA ESCOLA

ANTÔNIO RIBEIRO DE MATOS, NO MUNICÍPIO DE RODRIGUES ALVES -

AC EMERSON DE LIMA CARVALHO – PIBIC/UFAC

GIRLANE COSTA RIBEIRO – UFAC/CEL/GEPED

Esta pesquisa irá investigar a educação do campo no município de Rodrigues Alves-

Acre, a partir da busca por compreender como se organiza os trabalhos pedagógicos em

uma escola multisseriada, tendo como ponto de partida minha experiência de vida como

aluno de classe multisseriada. O objetivo deste trabalho é analisar a constituição do

processo de ensino e aprendizagem na escola Multisseriada Antônio Ribeiro de Matos,

investigando as formas de organização do trabalho pedagógico realizado pelo (a)

professor (a) nesta instituição. Partindo da constatação de que os educadores que atuam

nas escolas multisseriadas têm que desenvolver seu trabalho pedagógico numa mesma

turma com várias séries presentes no mesmo espaço e tempo escolar. Diante disso, esta

pesquisa tem as seguintes questões norteadoras: Como se constituem o processo de

ensino e de aprendizagem na escola Multisseriada Antônio Ribeiro de Matos? Como se

dá o trabalho pedagógico do (a) professor (a) nesta escola? Quais as dificuldades que o

(a) professor (a) e alunos enfrentam? E o que faz o professor para garantir o ensino e a

aprendizagem das crianças do campo, sendo o multisseriado, um grande desafio? Será a

partir destes questionamentos que esta pesquisa tomará caminho. O estudo se insere na

esfera da pesquisa qualitativa, envolvendo pesquisa bibliográfica e estudo de campo.

Utilizarei como coleta de dados a observação em uma sala de aula, levantamento de

informações junto a Secretarias de Educação do Município, entrevistas semiestruturadas

com o professor regente, alunos e pais. Para a realização deste trabalho, buscarei aportes

teóricos nos autores: Teruya (2013), Basso (2013), Baptista (2003), Hage (2010),

Oliveira (2008), Ramalho (2008) entre outros. Com a realização desta pesquisa espero

como resultados da mesma apontar os desafios enfrentados por professores e alunos

dentro do multisserie, refletindo sobre as condições existenciais da educação do campo

em escola multisseriada e a constituição do fazer pedagógico neste estabelecimento.

Palavras-chave: Multisseriadas; Desafios; Fazer pedagógico.

EIXO TEMÁTICO 9: RELAÇÕES ENTRE ENSINO E

APRENDIZAGEM NO PIBID UFAC – CAMPUS FLORESTA

Pôster 1

AS CONTRIBUIÇÕES DO PIBID NO PROJETO FESTA JUNINA DA ESCOLA

RAIMUNDO QUIRINO NOBRE: A APRENDIZAGEM ATRAVÉS DA

BRINCADEIRA DARCILENE MARIA CASTRO LIMA – PIBID/UFAC

GISÉLIA DOS SANTOS BORES – PIBID/UFAC

MARIA DE FÁTIMA CABRAL DA SILVA – PIBID/UFAC

MARIA DO SOCORRO TOMÉ DE MELO – PIBID/UFAC

VALCICLEIDE DOS SANTOS SILVA – PIBID/UFAC

VERA LÚCIA DA SILVA SOUZA – PIBID/UFAC

65

Considerando que a socialização é um aspecto extremamente importante para o

desenvolvimento da criança, uma vez que é por meio de experiências com o outro que

as crianças irão conhecer a si mesmo e o mundo que a cerca, esse trabalho tem como

objetivo relatar as atividades realizadas no projeto intitulado “Festa Junina”, as quais

foram desenvolvidas de forma lúdica e prazerosa, visando à aprendizagem significativa

dos alunos. As festas juninas promovidas nas escolas têm como principal finalidade a

ludicidade. Nessa perspectiva, conforme Carvalho (1992, p.28) “o ensino absorvido de

maneira lúdica, passa a adquirir um aspecto significativo e afetivo no curso do

desenvolvimento da inteligência da criança, já que ela se modifica de ato puramente

transmissor a ato transformador em ludicidade, denotando-se, portanto em jogo”. As

festas juninas proporcionam um ensino e aprendizado dinâmico. Para tanto, na execução

do projeto realizamos algumas atividades para sondar a aprendizagem e o entendimento

das crianças, como: montagem de painéis juninos, leituras de textos, poesias, músicas,

confecções de convites, prendas, cadernos de receitas e ensaio da quadrilha com as

crianças. Os resultados foram alcançados significativamente, pois as crianças

demonstraram um aprendizado sobre as festas juninas, danças, construção de cadernos

de receitas, músicas, e assim, enriqueceram seu conhecimento social de aluno e cultural

de um povo. Para a criança, aprender fazendo se torna fundamental para sua formação,

porque a prática revela o prazer de conhecer. A diversidade cultural regional do Brasil é

imensa, cada local tem sua história, seus costumes e suas festas. Estas atividades

enriquecem todo o território brasileiro, pois a quantidade de atividades culturais

existentes no país permite que ele se torne um gigante multicultural. Desse modo,

percebemos que durante a realização deste projeto, as aulas passaram a ser mais

dinâmicas, proporcionando ao aluno experiências concretas do dia-a-dia,

oportunizando-os condições de se tornar um ser ativo, participativo, liberando sua

criatividade e permitindo-lhes condições de analisar e valorizar a sua própria vivência.

No decorrer do projeto, houve uma interação dos bolsistas com as crianças e a

comunidade, no qual crescemos bastante em relação às experiências adquiridas e

vivenciadas no cotidiano escolar.

Palavras-chave: Festa junina; Aprendizagem; Brincar.

Pôster 2

O PIBID E OS DESAFIOS DA PRÁTICA DOCENTE ANTÔNIA BRENDA DO NASCIMENTO ARAUJO – PIBID/UFAC

GLEICIOMAR BARROS DO NASCIMENTO – PIBID/UFAC

MARINETE SILVA MELO – PIBID/UFAC

O Pibid é um Programa Institucional proposto pela coordenação de aperfeiçoamento

pessoal de nível superior (Capes) que visa o aprimoramento e a valorização da formação

de professores para a educação básica por meio de atividades direcionadas aos

acadêmicos dos cursos de licenciatura das universidades públicas, possibilitando a

interação do graduando bolsista com o ambiente escolar tanto na rede pública de

educação básica quanto nas instituições de ensino superior, numa perspectiva de

partilhar conhecimentos da prática pedagógica. Logo, o subprojeto de Língua

Portuguesa desenvolvido pelos acadêmicos do Curso de Letras Português do Campus

Floresta da Universidade Federal do Acre tem proporcionado, aos graduandos,

condições favoráveis tanto nas ações realizadas no curso de licenciatura quanto no

66

cotidiano da Escola Estadual São José – localizada no município acriano de Cruzeiro do

Sul. As ações propostas pelo subprojeto visam o desenvolvimento teórico e prático

necessários à formação docente do acadêmico, bem como sua inserção na comunidade

escolar, por meio de vivências que possibilitam o desenvolvimento de habilidades e

conhecimentos metodológicos de caráter inovadores e interdisciplinares que deverão ser

aplicados quando estiverem na sala de aula. Para a realização da proposta, torna-se

imprescindível a presença de um professor supervisor que compartilha sua experiência e

nos orienta sobre as melhores estratégias que deverão ser desenvolvidas para as

questões da gramática, leitura e produção textual. Assim, a prática do Programa

Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência (PIBID) tem se mostrado satisfatória

tanto para a comunidade acadêmica quanto para a comunidade escolar, uma vez que os

graduandos terão maior conhecimento do cotidiano da escola e, no caso em foco, do

cotidiano do ensino da Língua Portuguesa. Além disso, as escolas terão maior segurança

ao receberem professores recém-formados para ministrar disciplinas, pois terão a

certeza de que estes professores conseguiram, ao longo de sua formação, discutir

aspectos teóricos e práticos do fazer docente.

Palavras-chave: PIBID; Língua Portuguesa; Ensino.

Pôster 3

PIBID: OPORTUNIDADE DE VIVENCIAR GRANDES MOMENTOS ALISSON LIMA – PIBID/UFAC

Este trabalho tem por objetivo apresentar as experiências vivenciadas por alunos

bolsistas do Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência, ofertado pelo

Ministério de Educação que tem como gerencia a CAPES, na escola de ensino

fundamental municipal “Corazita Negreiros”. Esse programa é de grande relevância

para a formação e prática docente dos alunos de licenciaturas do ensino superior. Com o

programa podemos observar no cotidiano escolar várias formas de melhorar e refletir

sobre nossa prática docente, trazendo assim resultados para o processo de

ensino/aprendizagem. Podemos extrair do dia-a-dia na escola métodos de

aprimoramento da forma de ensinar e também aprender com cada professor e aluno da

escola onde temos um constante dialogo e convivência totalmente amigável. O PIBID

nos leva mais perto da realidade escolar, dos problemas enfrentados e também dos

meios utilizados para a resolução desses problemas que surgem na própria escola,

portanto essas experiências são fundamentais para que alcancemos uma maior

autonomia na própria prática pedagógica.

Pôster 4

EDUCAÇÃO INCLUSIVA: NOVAS REFLEXÕES MEDIANTE

EXPERIENCIAS NO PIBID ALISSON LIMA – PIBID/UFAC

JAQUELINE SANTOS – PIBID/UFAC

JOSÉ EMERSON NASCIMENTO – PIBID/UFAC

REGINA TEIXEIRA – PIBID/UFAC

MARIA GRACIETE – PIBID/UFAC

ÉLIDA FURTADO DO NASCIMENTO – UFAC/CEL

67

O respeito às diferenças tem se tornado tema de muitos debates na literatura que discute

a educação especial no Brasil. As diferenças existentes na espécie humana se situa

desde as diferenças culturais e sociais, presente nas várias civilizações, a aquelas que

envolvem um grupo de pessoas que tem uma deficiência, seja ela física ou mental. As

pessoas com necessidades especiais eram consideradas na Grécia Antiga “anormais”,

suas deficiências eram justificadas pelo pecado cometido contra os deuses, fato ainda

muito parecido na concepção de deficiência na Idade Média e séculos seguintes. Na

transição do feudalismo para o capitalismo, com alguns avanços e estudos acreditava-se

que essas deficiências decorriam de mal funcionamento do corpo (COSTA, 2009).

Assim após muito tempo e estudo as concepções foram mudando e a questão inclusiva

ganhou um olhar pedagógico, a partir da Constituição Federal de 1988, destacando em

seu Art. 205. Ser a educação um direito de todos e no Art. 208, parágrafo 3º assim

destaca: “o atendimento educacional especializado aos portadores de deficiência,

preferencialmente na rede regular de ensino”. Com vista a discutir sobre essa temática

hoje presente na realidade escolar brasileira, o presente trabalho visa apresentar as

reflexões e resultados obtidos a partir da “SEMANA DO SURDO” desenvolvido na

Escola Municipal de Ensino Fundamental Corazita Negreiros, em Cruzeiro do Sul, AC,

pelos bolsistas do PIBID do curso de Pedagogia do Campus Floresta e professores da

mesma escola, a mesma tinha por objetivo proporcionar aos alunos uma visão mais

ampla sobre a questão inclusiva e contribuir para melhorar a autoestima de uma das

alunas com deficiência auditiva na escola. Para realização dessa ação pedagógica foram

realizados estudos bibliográficos baseados nos autores: Costa (2009), Candau (2011),

Gadotti (2005) e Bianchetti (2003). Durante a realização dessa ação foram utilizados

procedimentos metodológicos e instrumentos didáticos como: palestra sobre inclusão de

pessoas deficientes na escola, assim como existentes na sociedade em geral; conversa

sobre surdez com os alunos e apresentação de filmes sobre a temática. Esse tipo de

atividade contribui muito para uma relação de cordialidade entre os alunos, e é de suma

importância para o bom funcionamento da escola e a educação em geral. Por fim, essa

semana possibilitou uma reflexão mais crítica e humana de todos os pibidianos que

futuramente poderão estar lidando com essas situações e bem como os docentes, que já

vivenciam essa questão em sala de aula.

Palavras-chave: Inclusão; Surdez; Educação.

Pôster 5

A ÁGUA DE CONSUMO DA COMUNIDADE ESCOLAR DO COLÉGIO

CRISTÃO CRUZEIRO, CRUZEIRO DO SUL, ACRE FRANCISCA RANIELE ALMEIDA ALVES – UFAC/PIBID

JÉSSICA PAULA GOMES OLIVEIRA LOPES – UFAC/PIBID

ERLEI CASSIANO KEPPELER – UFAC/CMULTI

A água é de fundamental importância para os seres humanos e demais seres vivos, uma

vez que boa parte dos seres vivos depende dela para sua sobrevivência, através dela é

possível realizar as atividades básicas do corpo como trocas gasosas no sangue que é em

sua maioria composto por água, filtração do sangue pelos rins, entre outras necessidades

básicas necessárias ao ser humano. Porém, nem toda a água potável é considerada

própria para o consumo humano. Este tema é presente na estrutura curricular do 6º.

Ano. A água está disponível na escola na forma de bebedouro ou de água mineral. O

presente estudo foi realizado na escola estadual de ensino fundamental Colégio Cristão

68

Cruzeiro, localizado em Cruzeiro do Sul, Acre, visando realizar análises da água usada

pelos alunos e da água mineral. Foram medidos parâmetros, tais como: temperatura, pH,

oxigênio dissolvido, amônia, nitrato, nitrito e turbidez. Foi utilizado o ecokit, do qual

faz parte frascos de coletas, reagentes, pás específicas, cartela colorimétrica e um

manual. Dois tipos de água foram analisados: água do bebedouro, usada pelos alunos e

funcionários e água mineral, usada pelos professores. A água do bebedouro apresentou

os seguintes resultados: Temperatura (24oC), Oxigênio dissolvido (7 mg.L-1), amônia

(0,10mg.L-1), nitrato (0,70mg.L-1), pH(6,0) e Turbidez (menos de 50 UNT). Os

resultados da água mineral foram: Temperatura: (19oC), Oxigênio dissolvido (7,0mg.L-

1), amônia (0,10mg.L-1), nitrato(0,10mg.L-1), pH (6,5) eTurbidez (menos de 50 UNT).

Houve diferenças entre temperatura e nitrato para as águas testadas. A água mineral

apresentou temperatura mais baixa por causa da refrigeração do ar condicionado. As

águas se encaixaram na classe 1, águas doces, quando os valores foram comparados

com o CONAMA n.o 357 de 17 de março de 2005, exceto para a turbidez que as

classificaram na classe 2. Concluiu-se que tanto as águas do bebedouro como mineral

podem ser destinadas ao abastecimento humano.

Palavras-chave: Abastecimento; Bebedouro; Mineral; Qualidade; Escola.

Pôster 6

CONTRIBUIÇÕES DO PIBID NA FORMAÇÃO DOS ACADÊMICOS DO

CURSO DE LETRAS DA UFAC CARLENE MUNIZ DE ALENCAR – PIBID/UFAC

CINTYA RAQUEL ROCHA DE ALMEIDA – PIBID/UFAC

NÚRIA IONAR LIMA SILVA – PIBID/UFAC

SIMONE CORDEIRO – UFAC/CEL

Um dos argumentos bastante discutindo no âmbito da sociedade é a valorização da

qualidade do ensino. Ao imaginar estar dentro da sala de aula, descrevemos vários

conceitos de como será a nossa atuação como professor(a). Somos expostos há diversos

desafios, mas subsequentemente produzimos alternativas para o egresso da valorização

à docência. A qualidade da formação de um professor define muito isso, pois, um

docente com conceitos bastante satisfatórios destaca-se em um ensino valorizado. O

Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência o (PIBID) foi criado com o

propósito de elevar a qualidade da formação inicial de professores nos cursos de

licenciatura, promovendo a integração entre educação superior e educação básica. Os

acadêmicos do Curso de Letras da Universidade Federal do Acre vêm desenvolvendo

ações do subprojeto de Língua Portuguesa na Escola Estadual São José com o propósito

de melhorar tanto o ensino da língua materna de nosso país, quanto de auxiliar os

graduandos em seu “fazer pedagógico”. Assim, desenvolvemos atividades

diversificadas, por meio de metodologias inovadoras, de gramática, leitura e escrita com

a supervisão de uma professora da educação básica. Neste processo de troca de

experiências, conhecemos os prazeres e dessabores que estão investidos nesta profissão.

Contudo, recebemos orientações de metodologias para lidar com as condições adversas

das quais poderemos enfrentar quando estivermos assumindo uma sala de aula. Além

disso, temos a oportunidade não apenas de observar, mas também de atuar – com o

auxílio do professor supervisor, nas atividades desenvolvidas na sala de aula. Tais

experiências proporcionam maior segurança aos acadêmicos que conseguem relacionar

as teorias estudas com as vivências da prática, e à comunidade escolar que tem a

69

oportunidade de receber professores recém-formados com boa qualificação para atuar

na atividade docente. Nossa trajetória, como bolsistas do PIBID, nos revela que os

alunos estão receptíveis às questões da língua, mas é necessário que os professores

articulem seus planejamentos a fim de aproximá-los de situações reais que permitam,

aos discentes, perceber a necessidade e importância de se estudar e de se conhecer a

Língua Portuguesa.

Palavras-chave: PIBID; Formação; Ensino.

Pôster 7

A INSERÇÃO E AS AÇÕES DO PIBID/UFAC PEDAGOGIA NA ESCOLA

MUNICIPAL CORAZITA NEGREIROS, CRUZEIRO DO SUL-AC ELEN TAÍRES CRUZ DE SOUZA – PIBID/UFAC

EMERSON DE LIMA CARVALHO – PIBID/UFAC

PATRICIA ROCHA DA SILVA – PIBID/UFAC

TATIANA RAMOS LIMA – PIBID/UFAC

Este trabalho tem por objetivo relatar as ações do Programa Institucional de Bolsa a

Iniciação à Docência (PIBID), área de Pedagogia, em uma Escola Municipal de Ensino

Fundamental no município de Cruzeiro do Sul, AC. Com a perspectiva de garantir um

contato direto com os dilemas e desafios do ensino, comunicação, escrita e

aprendizagem, buscamos estabelecer parcerias entre os discentes, e o corpo docente da

referida instituição e dessa maneira tornar o ambiente de aprendizagem um local

agradável e acolhedor para ambas as partes. Neste contexto, é muito importante o

acompanhamento da rotina de uma escola, para que saibamos como normalmente

funciona, o que vamos encontrar as diversas situações pelas quais o professor se depara

e quanto mais conhecermos isso mais preparado estaremos. As metodologias adotadas

nas ações desenvolvidas na escola foram: apoio pedagógico, participação nos projetos

elaborados pela escola, execução de projetos criados pelos bolsistas do PIBID,

colaboração nas atividades desenvolvidas na instituição de ensino (datas

comemorativas, atividades extras curriculares). Para a realização deste trabalho,

buscamos aportes teóricos nos autores: Leite (2008), Pimenta (2005), Borges (2005),

Severino (2002), entre outros. O PIBID é de suma importância para o desenvolvimento

acadêmico de todos os discentes, tendo em vista, que o mesmo vem proporcionando à

todos os bolsistas uma experiência rica dando embasamento teórico e prático para as

experiências que permeiam o contexto escolar. Sendo necessário estarmos

acompanhando o cotidiano da escola, pois assim podemos ver qual a realidade em que

as crianças vivem e como é ser professor. Consideramos o programa como um

momento muito especial para a nossa formação acadêmica onde a ligação entre teoria e

prática é uma constante. Avaliamos o programa como uma oportunidade como um

grande avanço, pois estar inserido em um ambiente escolar nos permite conhecer um

mundo novo cheio de alegrias e às vezes dificuldades, com as quais já estamos

aprendendo a superar os desafios do dia a dia de um professor com a ajuda da

coordenadora de área, supervisora e toda a equipe da escola onde estamos inseridos.

Palavras-chave: PIBID; Ações; Escola; Pedagogia.

Pôster 8

70

PIBID: UMA PORTA ABERTA À DOCÊNCIA CAREN DA SILVA SOUZA – PIBID/UFAC

MARIA FRANCISCA COSTA DE SOUZA – PIBID/UFAC

MARLISSON LIMA SILVA – PIBID/UFAC

SIMONE CORDEIRO – UFAC/CEL

O Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência (PIBID) permite o

envolvimento dos acadêmicos na sala de aula sob orientação de profissionais que atuam

tanto no ensino básico, quanto no ensino superior. O subprojeto de Língua Portuguesa

desenvolvido no Campus Floresta da Universidade Federal do Acre permite a realização

de ações que visam o desenvolvimento da prática de leitura e escrita por meio de

elaborações de atividades que possibilitam nossa participação como bolsistas. Desta

forma, elaboramos projetos em datas comemorativas a fim de levarmos aos alunos, de

forma criativa, o conhecimento das questões diversificadas do ensino da língua materna,

a saber: gramática, produção textual, interpretação de textos. Para isso, seguimos o

planejamento apresentado pela professora supervisora do subprojeto e atentamos para a

necessidade de apresentar os conteúdos propostos de forma dinâmica a fim de garantir a

atenção e, principalmente, o aprendizado dos alunos da escola secundária. O programa

tem-se revelado positivo aos acadêmicos do Curso de Letras do Campus Floresta da

Universidade Federal do Acre, uma vez que ele permite, aos graduandos, a associação

de saberes teóricos e práticos – mesmo antes do período dos Estágios Supervisionados.

Assim, os graduandos recebem a oportunidade de desenvolver inúmeros conhecimentos

ao longo de seu período de formação, tais como: postura corporal, timbre de voz,

responsabilidade, espírito crítico, condições de superação das adversidades – que fogem

ao planejamento inicial – no ambiente de trabalho. A vivência com profissionais que

atuam na sala de aula nos permite conhecer o cotidiano e desafios que envolvem o

trabalho docente. Desta forma, o graduando tem a oportunidade de observar e analisar –

antes de concluir o curso de licenciatura, se escolheu ou não a profissão correta.

Certamente tal experiência e fundamental para o desenvolvimento de melhores

professores, melhores alunos e, consequentemente, de um ensino de qualidade tanto na

área de Língua Portuguesa, quanto em quaisquer outras áreas de conhecimento dos

cursos de licenciatura.

Palavras-chave: PIBID; Ensino; Formação

Pôster 9

A CONSTRUÇÃO DO NOME NA EDUCAÇÃO INFANTIL: RELATOS DESSE

PROCESSO A PARTIR DA EXPERIÊNCIA NO PIBID ALESSON DE PAULA GOMES – UFAC/PIBID

ANTÔNIA JOCIANE DE SOUZA BRAGA – UFAC/PIBID

BRUNA TIELE DE OLIVEIRA FERREIRA – UFAC/PIBID

LÚCIA VIEIRA DE SOUZA – UFAC/PIBID

MARIA SUZETE LIMA DA SILVA – UFAC/PIBID

ÉLIDA FURTADO DO NASCIMENTO – UFAC/CEL/PIBID

O nome é um aspecto importante dentro da educação infantil, pois partindo do próprio

nome e do nome dos colegas, da professora, a criança faz generalizações que contribui

de forma significativa para a descoberta do processo de desenvolvimento da leitura e

71

escrita, além de facilitar o rápido entrosamento da turma. O nome próprio, escrito ou a

assinatura, é parte da pessoa, de sua identidade. Através da escrita do nome, o aluno

descobre algumas das funções da escrita em geral, como a de identificar objetos,

lugares, pessoas, etc. No entanto, é necessário propiciar atividades que possibilitem aos

alunos o conhecimento de si mesmo, levando-os a descobrir que possuem um nome,

uma identificação e que fazem parte de um conjunto de pessoas em casa, na escola, na

comunidade e que, acima de tudo, são muito importantes. Desse modo, o presente

trabalho visa apresentar os resultados e reflexões sobre o projeto “MEU NOME E

OUTROS NOMES”, desenvolvido na escola Municipal de Ensino Infantil Raimundo

Quirino Nobre, em Cruzeiro do Sul – AC, pelos pibidianos do curso de Pedagogia, da

Universidade Federal do Acre – Campus Floresta, o qual teve por objetivo proporcionar

condições aos alunos a aprender o seu próprio nome, através de uma prática que

contribua para o desenvolvimento integral da criança no processo de ensino-

aprendizagem, favorecendo os aspectos físico, mental, afetivo, emocional e

sociocultural, buscando estar sempre condizente com a realidade dos educandos. Para

realização do referido projeto foram feitos estudos bibliográficos com base nos autores:

Teberosky (2003), Soares (2004) e Ferreiro (2005). Durante a realização do projeto

utilizou-se de instrumentos didático e metodológico, a saber: conversa sobre a origem e

a importância do nome; construção junto com as crianças de crachás com seus

respectivos nomes, assim como oportunizamos espaços para os alunos argumentar sobre

outros nomes. Entendemos que esse tipo de atividade é essencial para a constituição do

processo de apropriação do nome pela criança, bem como na compreensão do

significado das coisas. Portanto, o projeto possibilitou aos docentes da escola e aos

pibidianos, como futuros docentes, uma visão mais crítica quanto ao uso dos nomes,

propiciando uma maior reflexão de modo que as crianças percebam a importância de se

identificarem e se diferenciarem através de seus nomes e outros nomes.

Palavras-chave: Nome, Ensino infantil.

Pôster 10

ARTES EM CIÊNCIAS NATURAIS CÁSSIA ANDRÉIA DE SOUZA LIMA – PIBID/UFAC

LICIANE PEDROZA ONOFRE – PIBID/UFAC

SHATIE OLIVEIRA RODRIGUES – PIBID/UFAC

O ensino de ciências naturais por vezes torna-se repetitivo e cansativo, por isso sempre

é necessária a procura de métodos que incentive o aluno a estudar assuntos antes vistos

como cansativo. O presente projeto irá estudar a possibilidade e de métodos de ensino

que envolva o uso das artes na aplicação de conteúdos de Ciências Naturais, visto que é

notável o interesse dos alunos em gravuras e que elas geralmente facilitam a

interpretação de um conteúdo, isso faz com que seja dada certa importância para as

manifestações de artes visuais dentro do ambiente da escola. Dentro do projeto que

buscou saber como a arte pode ser utilizada pelo docente como um método que facilite

o aprendizado do aluno, buscou relacionar á arte com os temas da disciplina, com as

produções textuais para incentivar a leitura e as outras forma de artes que possam

englobar conteúdos de Ciências Naturais. Pois através da arte pode-se aguçar a

criatividade dos discentes, fazendo com que eles estejam mais aptos a trabalhar novos

conteúdos e desenvolver suas habilidades. O projeto titulado aqui Artes em Ciências,

tendo como principal objetivo analisar dentro do ensino de ciências as facilidades

72

obtidas a partir do uso das artes como ferramentas de auxilio na aprendizagem dos

alunos, verificando a importância da arte visual no processo de aprendizagem do

discente, na produção artística relacionada a Ciências Naturais. O projeto foi

desenvolvido na escola de Ensino Fundamental Comandante Braz de Aguiar, com os

alunos do 6º ao 9º ano da referida escola, que trabalhamos com poesias, teatro, parodias,

historias em quadrinhos e maquetes, fazendo com que os discentes interagissem entre as

outras turmas e assim assimilaram os conteúdos com mas facilidades, pois percebemos

que diante de formas diferenciadas de métodos de ensino há um maior interesse e

melhor resultados perante a conhecimentos assimilados, sejam eles quantitativos

quantos qualitativos. Portanto podemos perceber que a nova geração está cada vez mais

conectada desestimulada a estudar, e acabam achando que a disciplina de Ciências é

monótona, sendo assim criamos métodos para desmitificar esses conceitos utilizando as

diversas formas artísticas para esta disciplina, com isso percebemos o entusiasmo dos

alunos. Sendo assim identificamos a ação da produção artística (arte visual, poemas,

paródias e etc.) dentro do processo de aprendizagem do aluno em temas relacionado a

Ciências Naturais no final deste projeto elaboramos métodos de ensino na área de

Ciências Naturais que abranja as artes, e assim obtivemos dados sobre a importância da

arte visual no processo de aprendizagem dos discentes.

73

Pôster 11

APRENDER MATEMÁTICA, FÁCIL OU DIFÍCIL? EXPERIÊNCIAS DO

PIBID NO ENSINO DE MATEMÁTICA AURINETE FERREIRA MOTA – PIBID/UFAC

ELCIMEIRE PEREIRA DE ALMEIDA – PIBID/UFAC

FRANCISCA ELIANA CANUTO DA ROCHA – PIBID/UFAC

IRANI SANTOS CIACCI PEREIRA – PIBID/UFAC

MARIA ILDEMAR REIS FREITAS – PIBID/UFAC

SARAH ARAÚJO DE LIMA – PIBID/UFAC

O ensino da matemática não poderá se restringir apenas a decorar fórmulas e regras,

mas deve levar o aluno a despertar o interesse pela disciplina. Tornando necessário

desenvolver atividades práticas e dinâmicas para o desenvolvimento e a exploração dos

conteúdos da matemática. Nesse sentido, esse estudo tem como objetivo socializar o

desenvolvido do projeto de matemática: “Brincando e aprendendo com a matemática”,

realizado nos dias 01 a 18 de julho de 2014, na Escola de Ensino Fundamental

Professora Quita, situada no município de Cruzeiro do Sul - Acre. Para tornar a

matemática mais próxima à realidade dos alunos utilizamos atividades lúdicas como

jogos, brincadeiras e outros instrumentos pedagógicos para introdução e fixação dos

conteúdos da disciplina do primeiro ao quinto ano do ensino fundamental. A realização

e reflexão do projeto têm como estudo e embasamento teórico autores como Rêgo e

Rêgo (2000), que destacam, é premente a introdução de novas metodologias de ensino,

na qual o aluno seja sujeito da aprendizagem, respeitando o seu contexto e levando em

consideração os aspectos recreativos e lúdicos das motivações próprias de sua idade.

Também nos referenciamos nos PCN (1997), segundo o qual para as crianças o jogo é

muito instigante e genuíno, pois gera interesse e prazer. Por isso, é importante que os

jogos façam parte da educação e do convívio escolar. Para Smole, Diniz e Milani

(2007), o trabalho com jogos é um dos recursos que favorece o desenvolvimento da

linguagem, diferentes processos de raciocínio e de interação entre os alunos, uma vez

que, possibilita aos jogadores acompanhar o trabalho dos outros, defender pontos de

vista e aprender a ser crítico e confiante em si mesmo. Constatamos por meio desse

projeto, o envolvimento, a interação dos discentes no decorrer das atividades, ao

proporcionar o contato prático com a matemática contextualizada á sua realidade, nesse

modo, promovendo discussões por meio do raciocínio lógico e habilidades de cálculo

mental. Assim, esse projeto despertou um novo olhar para trabalhar com o lúdico na

disciplina de matemática, ao contribuir para uma aprendizagem significativa e dinâmica.

Essa metodologia favorece a construção de uma prática pedagógica consistente,

enriquecendo o processo de formação dos pibidianos.

Palavras-chave: Matemática; Jogos; Aprendizagem; Ensino Fundamental.

Pôster 12

A PRAXIS E O PIBID: AS CONTRIBUIÇÕES PARA A FORMAÇÃO

DOCENTE ALESSANDRA DE OLIVEIRA – PIBID/UFAC

ANDRESSA PAIVA DOS SANTOS – PIBID/UFAC

ELANDE VICENTE DA SILVA – PIBID/UFAC

MADISSON DO NASCIMENTO SOUZA – PIBID/UFAC

RAILENE D. – PIBID/UFAC

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O PIBID − Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência − financiado pela

CAPES − Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior − é uma

iniciativa para o aperfeiçoamento e a valorização da formação de professores para a

educação básica. Na escola Maria Lima de Souza localizado no bairro da várzea em

Cruzeiro do Sul-AC, em parceria com a Universidade Federal do Acre , seis bolsistas

tem participado das atividades rotineiras da escola e do processo de ensino

aprendizagem de alguns alunos o que tem contribuído de maneira significativa para a

formação docente dos bolsistas incluídos no programa, e, sobretudo tem contribuído de

maneira significativa para a melhoria do ensino básico da referida escola. Nesse sentido,

o presente trabalho tem como objetivo relatar as experiências desenvolvidas pelo PIBID

na Escola Maria Lima de Souza, bem como refletir sobre as contribuições dessas

experiências para prática docente. Pois segundo Sartori “um dos propósitos básicos da

formação universitária consiste em oferecer aos futuros profissionais da educação uma

formação que integre as possibilidades de desenvolvimento cognitivo, sócio-afetivo e

técnico, possibilitando-lhe a integração entre teoria e prática.” Durante as atividades

realizadas foram utilizadas diferentes metodologia como por exemplo: jogos, discursão

oral, reescrita de textos, utilização de varias modalidades de leitura e etc. Além de

recursos didáticos para proporcionar uma aprendizagem significativa, afim de que os

alunos pudessem superar suas dificuldades relacionadas a leitura e escrita, contribuindo

para melhoria do seu desempenho em sala de aula. As atividades planejadas e

desenvolvidas tiveram como prioridade, a alfabetização e letramento, para tanto, se fez

necessário desenvolver atividades lúdicas e projetos pensado para realidade dos alunos e

voltado para cada hipótese de leitura e escrita que o aluno se encontra. Nessa

perspectiva, segundo Ferreiro (1999, p.47) “a alfabetização não é um estado ao qual se

chega, mas um processo cujo início é na maioria dos casos anterior a escola é que não

termina ao finalizar a escola primaria”. Desse modo, as experiências vivenciadas com o

PIBID contribuem de maneira positiva e significativa para nosso processo de formação

docente, portanto, cabe a nós futuros docentes aproveitar essas vivências para refletimos

e aperfeiçoar nossa práxis em sala de aula, uma vez que o processo de troca

proporcionado pelo Programa PIBID, a interação entre os bolsistas e a comunidade

escolar nos permite vivenciar diferentes experiências que contribuem para enriquecer

nossa prática didático pedagógica. Além disso, é o momento de colocar em prática os

conhecimentos adquiridos na universidade, experimentar novos fazeres docente e buscar

desenvolver novas metodologias de ensino.

Palavras-chave: PIBID; Contribuições; Formação; Docente

Pôster 12

O PIBID E OS DESAFIOS DA DOCÊNCIA ANDRIELA ÂNGELO DA SILVA – PIBID/UFAC

MATEUS DE OLIVEIRA SILVA – PIBID/UFAC

NATÁLIA FERREIRA DE SOUZA – PIBID/UFAC

SIMONE CORDEIRO – UFAC/CEL

Diante da realidade dos professores recém-formados que, ao atuarem em sala de aula,

encontram inúmeras dificuldades ocasionadas, principalmente, pelo fato de não

conseguirem vivenciar na prática as teorias estudadas durante a formação por sentirem-

se despreparados ou desmotivados para executar o cargo de professor, surge o Programa

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Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência (PIBID). Este programa, enquanto

política de formação docente, contribui para a valorização e o aperfeiçoamento dos

futuros professores da educação básica por meio do contato direto de graduandos dos

cursos de licenciatura das universidades brasileiras com a realidade cotidiana das

escolas públicas. Desta forma, o PIBID tem como objetivo primário proporcionar o

incentivo à formação de docentes para melhoria da qualidade da educação básica, a fim

de oportunizar adaptação e reflexão sobre as peculiaridades do trabalho do professor.

Neste sentido, o subprojeto da área de Língua Portuguesa desenvolvido no Campus

Floresta da Universidade Federal do Acre busca possibilitar o conhecimento, por meio

de experiências metodológicas e práticas inovadoras que permitam, ao acadêmico de

Letras Português, articular e unir conceitos teóricos e práticos de sua formação. Assim,

enquanto bolsista do Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência,

desenvolvemos diversas atividades na Escola de Ensino Fundamental São José –

localizada no município acriano de Cruzeiro do Sul. Todas as atividades propostas aos

alunos dos 6ºs aos 9ºs anos são coordenadas e supervisadas por uma professora da Ufac

e uma professora da Secretaria Estadual de Educação, respectivamente. Diariamente,

desenvolvemos atividades de gramática, leitura e produção textual de acordo com a

proposta do plano de curso elaborado pela supervisora do subprojeto. Aproveitamos

datas comemorativas, registros culturais e identitários que fazem parte tanto da nossa

região quanto da história nacional para inserirmos assuntos referentes às questões da

Língua Portuguesa. Nossa experiência tem nos revelado que os alunos das escolas

secundárias não perderam o gosto pelas questões da língua materna, mas demonstram

exaustão quando o ensino está pautado nos modelos tradicionais.

Palavras-chaves: PIBID; Língua Portuguesa; Ensino.

Pôster 13

A MATEMÁTICA PODE SER FÁCIL, SE NÃO COMPLICÁ-LA:

EXPERIÊNCIA DOS PIBIDIANOS A PARTIR DO PROJETO BRINCANDO E

APRENDENDO COM A MATEMÁTICA ANA PAULA SILVA FREITAS – PIBID/UFAC

ANTONIETA AS SILVA FREITAS – PIBID/UFAC

MANUELA SORIANO DA SILVA – PIBID/UFAC

MARIA DE FÁTIMA VASCONCELOS FERREIRA – PIBID/UFAC

RAQUEL MONTEIRO DA SILVA – PIBID/UFAC

ÉLIDA FURTADO DO NASCIMENTO – UFAC/CEL/PIBID

De acordo com os Parâmetros Curriculares Nacionais de Matemática (PCNs, 1997) o

trabalho com projetos que envolvam o ensino da matemática por meio de recursos

didáticos como jogos, livros, vídeos, calculadoras, computadores e outros materiais têm

um papel importante no processo de ensino e aprendizagem. Sendo assim, o uso de

jogos e curiosidades no ensino de matemática, busca fazer com que as crianças e

adolescentes gostem de aprender essa disciplina, mudando a rotina da classe e

despertando o interesse do aluno envolvido. Nesse sentido, o presente relato de

experiência objetiva discutir sobre a importância da utilização de jogos e materiais

concretos no ensino da matemática, através do projeto BRINCANDO E

APRENDENDO COM A MATEMÁTICA. Por meio do qual, buscou-se despertar nos

alunos o espírito de cooperação e o trabalho em grupo, a fim de romper com a visão de

que Matemática é difícil, na medida em que é uma forma dinâmica de abordagem de

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tópicos da Matemática que agradam e entusiasmam os participantes. Ainda conforme os

PCNs) esse tipo de atividade estimula o desafio prazeroso à aprendizagem. O projeto foi

desenvolvido em julho de 2014, como os alunos dos anos iniciais do Ensino

Fundamental da Escola Professora Quita e, sua execução se deu através das principais

atividades: Boliche matemático; Trabalhando Cálculo Mental; Que horas são?; Boliche

Enumerado; Jogo dos Números; Sorvete Maluco; Jogo das Frutas; Mercadinho PIBID;

O Sítio da Colheita; Caracol do Resto; Raciocínio Lógico; Pescaria das Operações;

Trilha Numérica; Trilha dos Animais e Trono do Rei. Tanto durante a realização do

projeto, como após seu término pode-se perceber as habilidades que os alunos

desenvolveram, tais como: concentração, atenção, organização e o raciocínio dedutivo,

sendo estas indispensáveis para o aprendizado em Matemática. A utilização de materiais

concretos permite abordar tópicos de Matemática em diferentes níveis, possibilitando

assim definir o momento adequado para possíveis aprofundamentos e aplicações. Como

a proposta deste projeto verificamos que quando as crianças ou jovens brincam,

demonstram prazer e alegria em aprender. Dessa forma, eles têm oportunidades de lidar

com suas energias, em busca da satisfação de seus desejos. Portanto é desejável buscar

conciliar a alegria de brincadeiras com a aprendizagem escolar, pois, percebe-se que a

ludicidade contribui para o desenvolvimento, tanto das crianças como nosso, onde esse

mecanismo trouxe motivação e mostrou que ao utilizar essa ferramenta melhora a

criatividade nas aulas, proporcionando à criança melhor aprendizagem.

Palavras-chave: Jogos; Matemática; Aprendizagem.

Pôster 14

JOGOS NO ENSINO DE CIÊNCIAS NATURAIS CÁSSIA ANDRÉIA DE SOUZA LIMA – PIBID/UFAC

KELLEN SANDI SILVA COSTA – PIBID/UFAC

MARIA TATIANE DAMASCENO SOUZA – PIBID/UFAC

Os jogos são atividades que contribuem para o desenvolvimento da criatividade e

aprendizado dos alunos, tanto na criação como na execução, a utilização deles é muito

importante, pois envolvem regras como ocupação do espaço e a percepção do lugar,

respeito ao próximo visando à construção do conhecimento em qualquer disciplina.

Através de jogos regras simples são somatórias fazendo parte do processo de

aprendizagem de conteúdos factuais, procedimentais e atitudinais. Com o projeto Jogos

no Ensino de Ciências Naturais, observamos que os jovens estão cada vez mais

envolvidos com os games digitais, com a nova era da tecnologia, e os discentes acabam

por achar a disciplina de Ciências monótona, já que são mais interessantes as disputas

digitais do que a leitura e codificação na aquisição de conhecimentos. Baseando-se

nesses conceitos buscou-se, comprovar que a utilização de procedimentos

metodológicos, que envolvam jogos, contribui para o processo de ensino e

aprendizagem dos discentes. O presente projeto tem como principal objetivo,

desenvolver atividades dinâmicas de motivação, utilização de jogos pedagógicos, bem

como os momentos de socialização e afetividade que oportunizam a aprendizagem por

meio do mundo imaginário, trazendo a realidade do aluno para dentro dos conteúdos de

Ciências. O presente projeto foi desenvolvido na Escola de Ensino Fundamental

Comandante Braz de Aguiar, com os alunos de 6º ao 9º ano, utilizando diferentes jogos

adaptando dentro do conteúdo de Ciências desse modo, foi abordada a importância de se

utilizar os jogos em sala de aula, pois, assim, os alunos aprendem de forma dinâmica os

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conteúdos diversos desta disciplina. Nossa intenção foi tornar os conteúdos mais

atrativos já que colocamos os games dentro dos assuntos, que antes eram considerados

chatos, o brincar possibilitou o desenvolvimento, não somente um instrumento didático

facilitador para o aprendizado, mas porque é uma forma diferenciada de se trabalhar

usando metodologias voltadas para seu cotidiano dentre esses jogos envolvemos: quebra

cabeça, jogo da memória com organelas celulares, com isso os alunos puderam ter um

bom desenvolvimento dentro da disciplina utilizando as novas os jogos para aprender.

Com a aplicação dos jogos dentro do contexto escolar pode-se perceber que os alunos

desenvolveram além de uma melhor percepção dos conteúdos a formação de atitudes

sociais como cooperação, socialização respeito mútuo, interação, lideranças e

personalidade, que favoreceram a construção do conhecimento do educando e melhorou

o desempenho tanto qualitativo como quantitativo, criando assim maior espontaneidade

para aprendizagem das ciências.

Palavras-chave: Jogos, Aprendizagem, Ciências.

Pôster 15

EDUCAÇÃO E SAÚDE COMO TEMA TRANSVERSAL NO ENSINO

FUNDAMENTAL: AS CONTRIBUIÇÕES DO PIBID PARA DISCUSSÃO

SOBRE ALIMENTAÇÃO E PRÁTICAS DE HIGIENE DOS ALUNOS DO

COLÉGIO CRISTÃO CRUZEIRO ANA CLÁUDIA FELIPE DA SILVA – PIBID/UFAC

CLENESSON AQUINO DE FREITAS – PIBID/UFAC

JAIRA DA SILVA TAVARES – PIBID/UFAC

MARIA RAFAELA MARQUES MARINHO – PIBID/UFAC

MIQUÉIAS MARTINS VIEIRA – PIBID/UFAC

ROGÉRIO DA SILVA MOURA – PIBID/UFAC

SUELEN DA SILVA VINHORTE – PIBID/UFAC

NEIBIO PEREIRA DA SILVA – PIBID/ESCOLA CRISTÃO CRUZEIRO

CLEIDE VILANOVA HANISCH – UFAC/CEL/PIBID

De acordo com as orientações curriculares para o Ensino Fundamental presente nos

Parâmetros Curriculares Nacionais a saúde deve ser trabalhada na escola como tema

transversal, destacando que o desenvolvimento de concepções e atitudes, por meio do

aprendizado de procedimentos e valores positivos com relação à saúde, vão além das

áreas e temas do currículo. Nessa concepção, a preocupação com alimentação e a

higiene como saberes que devem ser levados aos conhecimentos dos alunos, seja nas

escolas de rede pública como nas particulares, é um tema de relevância a ser trabalhado

na escola. E considerando que a alimentação e os hábitos higiênicos podem ter

implicação direta no processo de aprendizagem, uma vez que podem comprometer o

desempenho escolar dos alunos, o presente estudo tem como objetivo relatar as

atividades desenvolvidas no projeto intitulado “Educação Saúde”, o qual está em

processo de desenvolvimento na escola de Ensino Fundamental Cristão Cruzeiro. Para

tanto, busca-se conscientizar toda comunidade escolar, sobretudo, os alunos, sobre a

importância de consumir alimentos considerados saudáveis, ou seja, aqueles que

fornecem os suprimentos nutritivos indispensáveis e necessários a um bom

desenvolvimento e desempenho do organismo, e evitar aqueles que contribuem para

uma alimentação fora dos padrões adequados, que em consequência influenciam

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significativamente para o estado de obesidade. Além de enfatizar a necessidade das

práticas higiênicas no cotidiano, as quais são indispensáveis para uma vida saudável.

Para isso, utiliza-se de atividades diversas, dentre elas destaca-se: apresentação de um

documentário sobre obesidade infantil, cálculo do IMC, folder explicativo, painel com

os alimentos considerados saudáveis e os não saudáveis, palestra nutricional, gincana

aeróbica, entre outras. Constatamos no início do projeto que a maioria dos alunos da

escola estão abaixo do peso de acordo com as classificações do IMC, sendo que uma

pequena parcela está acima do peso e uma menor ainda esta no peso normal, esperamos

que esse projeto possa conscientizar os educandos e todos os envolvidos, sobre a

importância dos hábitos higiênicos e alimentares para a manutenção de uma saúde

equilibrada dentro dos padrões estipulados para a uma saúde de qualidade. Na aplicação

das atividades, constatou-se por meio de relatos de alguns alunos que eles compreendem

que é necessário mudar os hábitos alimentares de forma que tais mudanças não gerem

conflitos com seu próprio organismo e assim possam desfrutar de uma vida mais

saudável e de qualidade. Por fim, ressaltamos que a realização desse projeto se deu pela

importância de conscientizarmos os alunos da escola Cristão Cruzeiro sobre a

relevância de uma alimentação saudável, dos hábitos de higiene e a prática de exercícios

físicos, uma vez que essas práticas estão intimamente relacionadas ao processo ensino

aprendizagem e devem ser trabalhadas como temas transversais e por meio de

atividades interdisciplinares conforme preconiza os PCN (1997, p 28) “O ensino de

saúde tem sido um desafio para a educação, no que se refere à possibilidade de garantir

uma aprendizagem efetiva e transformadora de atitudes e hábitos de vida. É preciso

educar para a saúde, levando em conta todos os aspectos envolvidos na formação de

hábitos e atitudes que acontecem no dia-a-dia da escola. Por esta razão, a educação para

Saúde será tratada como tema transversal, permeando todas as áreas que compõem o

currículo escolar.”

Palavras-chave: PIBID; Educação e saúde; Pedagogia; Ensino Fundamental.

TODOS NO COMBATE À DENGUE: ESTRATÉGIA LÚDICA PARA

ENSINAR GLEICIANE ALMEIDA DO NASCIMENTO – UFAC/PIBID

ISMAEL SILVA DE AZEVEDO – UFAC/PIBID

MARIA POLIANA NASCIMENTO PINHEIRO – UFAC/PIBID

MARIZONE DA SILVA ALVES – UFAC/PIBID

WILLANE LIMA DA FONSECA – UFAC/PIBID

ÂNGELA SOARES DA SILVA - COLÉGIO CRISTÃO CRUZEIRO/PIBID

ERLEI CASSIANO KEPPELER- UFAC/CMULT/PIBID

Promover o ensino, não é uma tarefa fácil, mas cabe ao profissional utilizar as

metodologias que melhor favoreçam o processo de ensino e aprendizagem. Buscando

inovação no processo do ensino de ciências e fugindo da rotina da sala de aula,

desenvolvemos um estudo baseado na metodologia de ensinar através de peça teatral. O

objetivo é atrair a atenção dos alunos para os conteúdos de ciências, mostrando com um

olhar diferenciado como o aprendizado desses conteúdos pode ser importante na vida

cotidiana. Trazer inovação e ludicidade ao processo de ensino-aprendizagem. Além de

envolver os alunos no processo de ensino, fazendo com eles também produzam seu

próprio conhecimento. Com base nesse contexto, desenvolveremos na escola de ensino

fundamental Colégio Cristão Cruzeiro um teatro representando os perigos que a dengue

apresenta para a nossa população, principalmente por se tratar de um aumento

79

significativo de casos em nosso município. Esse teatro será representado pelos alunos

que compõem um grupo do PIBID Biologia do colégio. Esses interpretarão personagens

que representarão por meio da oralidade e expressão corporal a importância de agir em

grupo para se proteger da dengue. No modelo de teatro a ser representado, pode-se

perceber que uma das personagens representa a descrença das pessoas com relação a

essa doença que pode levar até a morte, e o descaso da população que só começa a se

proteger quando são vitimadas pela doença, representa também a importância da visita

dos agentes de saúde quando a população leva em consideração as orientações

repassadas por eles em relação à prevenção. Adicionalmente, mostra a importância da

união entre moradores e comunidade quando esses se mobilizam no combate contra a

dengue fazendo mutirão de limpeza e mantendo seus quintais limpos para evitar a

proliferação do mosquito. Esse teatro visa mobilizar os alunos a respeito da importância

do controle e combate ao mosquito Aedes aegypti, através de limpezas periódicas em

seus quintais, removendo assim possíveis criadouros, para evitar uma possível

contaminação pela doença. Os objetivos desse teatro serão alcançados porque a escola é

um lugar onde se faz presente à coletividade e, além do mais ela precisa contribuir com

a sociedade para que haja uma melhor eficácia no combate à dengue.

Palavras-chave: comunidade; vitimadas; doença; escola; perigos