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Encontro de Ensino, Pesquisa e Extensão, Presidente Prudente, 5 a 8 de outubro, 2009 166 RESUMOS EXPANDIDOS .............................................................................................. 167 RESUMOS SIMPLES ...................................................................................................... 207 RESUMOS DE PROJETOS ............................................................................................ 219 Colloquium Agrariae, vol. 5, n. Especial, 2009

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Encontro de Ensino, Pesquisa e Extensão, Presidente Prudente, 5 a 8 de outubro, 2009 166

RESUMOS EXPANDIDOS ..............................................................................................167

RESUMOS SIMPLES ......................................................................................................207

RESUMOS DE PROJETOS ............................................................................................219

Colloquium Agrariae, vol. 5, n. Especial, 2009

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Encontro de Ensino, Pesquisa e Extensão, Presidente Prudente, 5 a 8 de outubro, 2009 167

RESUMOS EXPANDIDOS

BORGES, MARINA............................................................................................................................... 174

BRINHOLI, REJANE BATISTA............................................................................................................. 189

CASTILHO, C........................................................................................................................................ 178

COSTA, M..Z......................................................................................................................................... 178

DONADEI, JAKELINE POLIANE PERRILA ......................................................................................... 181

FARAH, SARAH TREVIZAN................................................................................................................. 170

FERREIRA, ROSÂNGELA CRISTÓVÃO ............................................................................................. 174

FREITAS, SELMA DE BASTOS ZAMBELLI ........................................................................................ 174

GARDIM, BRUNO BUSSMANN ........................................................................................................... 181

GEROTI, THAIS CRISTINA DE SOUZA .............................................................................................. 185

GIUFFRIDA, ROGÉRIO........................................................................................................................ 181

GIUFFRIDA, ROGERIO........................................................................................................................ 197

GIUFFRIDA, ROGERIO........................................................................................................................ 200

IBRAHIM, DANIEL BOABAID............................................................................................................... 197

IBRAHIM, DANIEL BOABAID............................................................................................................... 200

KRONKA, SÉRGIO DO NASCIMENTO ............................................................................................... 185

LAPOSY, CECÍLIA BRAGA.................................................................................................................. 170

LAPOSY, CECÍLIA BRAGA.................................................................................................................. 174

LAPOSY, CECÍLIA BRAGA.................................................................................................................. 189

LAPOSY, CECÍLIA BRAGA.................................................................................................................. 193

LEÃO, GUSTAVO DE ARELO.............................................................................................................. 181

LELI, FLÁVIA NORIS CHAGAS............................................................................................................ 174

MACEDO, JOSÉ RICARDO CARDOSO DE........................................................................................ 181

MACEDO, JOSÉ RICARDO CARDOSO DE........................................................................................ 197

MACEDO, JOSÉ RICARDO CARDOSO DE........................................................................................ 200

MACEDO, JOSE RICARDO CARDOSO.............................................................................................. 185

MANCINI, MARCELA FEITOSA........................................................................................................... 185

MARINI FILHO, RIVALDO. ................................................................................................................... 174

MELCHERT, ALESSANDRA. ............................................................................................................... 174

MELCHERT, ALESSANDRA. ............................................................................................................... 189

Colloquium Agrariae, vol. 5, n. Especial, 2009

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Encontro de Ensino, Pesquisa e Extensão, Presidente Prudente, 5 a 8 de outubro, 2009 168

MELCHERT, ALESSANDRA. ............................................................................................................... 193

NOGUEIRA, ROSA MARIA BARILLI.................................................................................................... 193

NOVAZZI, ANDRESSA DA CRUZ........................................................................................................ 181

OLIVEIRA, LETÍCIA AMÉLIA................................................................................................................ 197

OLIVEIRA, LETÍCIA AMÉLIA................................................................................................................ 200

PAIVA, LUCINEIA................................................................................................................................. 185

PAIVA, LUCINEIA................................................................................................................................. 197

PAIVA, LUCINÉIA................................................................................................................................. 200

PARDO, PAULO EDUARDO................................................................................................................ 181

PARDO, PAULO EDUARDO................................................................................................................ 185

PARDO, PAULO EDUARDO................................................................................................................ 197

PARDO, PAULO EDUARDO................................................................................................................ 200

PENHA, LUCIANA ÁLVARES CALVO. ................................................................................................ 174

REIS, LUIS SOUZA LIMA DE SOUZA ................................................................................................. 181

REIS, LUIS SOUZA LIMA DE SOUZA ................................................................................................. 185

REIS, LUIS SOUZA LIMA DE SOUZA ................................................................................................. 197

REIS, LUIS SOUZA LIMA DE SOUZA ................................................................................................. 200

ROCHA, THALITA LEONE ALVES ...................................................................................................... 189

ROCHA, THALITA LEONE ALVES. ..................................................................................................... 193

SANCHES, C. O ................................................................................................................................... 203

SANTARÉM, VAMILTON ALVARES ................................................................................................... 170

SANTOS, GABRIELA DE CAMPOS .................................................................................................... 193

SANTOS, GABRIELA DE CAMPOS. ................................................................................................... 189

SEQUEIRA, J. L.................................................................................................................................... 203

VALLE, HELOISA FERREIRA DUARTE DO........................................................................................ 189

VALLE, HELOISA FERREIRA DUARTE DO........................................................................................ 193

VOLTARELLI, D. C. .............................................................................................................................. 203

ZAMPIERI, RODRIGO AUGUSTO CRISTÓVÃO................................................................................. 197

ZAMPIERI, RODRIGO AUGUSTO CRISTOVÃO................................................................................. 200

ZANFOLIN, LORRAN ROBERTO ........................................................................................................ 185

Colloquium Agrariae, vol. 5, n. Especial, 2009

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Encontro de Ensino, Pesquisa e Extensão, Presidente Prudente, 5 a 8 de outubro, 2009 170

PREVALÊNCIA E ACHADOS LABORATORIAIS EM GATOS INFECTADOS COM

PLATYNOSSOMUM CONCINNUM, NO GATIL DA UNOESTE, PRESIDENTE

PRUDENTE, SÃO PAULO

Sarah Trevizan Farah1, Cecília Braga Laposy2, Vamilton Alvares Santarém3

1. Discente Curso de Medicina Veterinária – Unoeste- PEIC- [email protected] 2. Prof. Dra. Patologia Clínica Veterinária Curso de Medicina Veterinária- Unoeste- [email protected] 3. Prof. Dr. Enfermidades Parasitárias Curso de Medicina Veterinária– Unoeste- [email protected] Instituição fomentadora: Universidade do Oeste Paulista-PEIC 170/08

Palavras- chave: Felinos, Platynossomun concinum, achados laboratoriais

INTRODUÇÃO

Os parasitos são uma das principais causas de morbidade em gatos (ACHA;

SZYFRES,1976). O trematódeo Platynosomum concinnum é o agente responsável pela

platinossomíase, doença hepática dos gatos (TAYLOR; PERRY, 1977), que necessita de três

hospedeiros intermediários para sua evolução: caramujos, crustáceos e isópodes terrestres e rãs ou

lagartos (FERREIRA; ALMEIDA; LABARTHE, 1999). Os gatos infectam-se por ingestão do

hospedeiro intermediário vertebrado contendo metacercárias (SEETHA; CHENG, 1997) e o

parasito adulto desenvolve-se nos ductos biliares e vesícula biliar (TAYLOR; PERRY, 1977).

Os animais geralmente apresentam a forma assintomática da doença (BIELSA; GREINER,

1981), mas a infecção por P. concinnum pode ser acompanhada de diversos sintomas como:

anorexia, letargia, vômitos, diarréia, icterícia, cirrose, colangite e colangiohepatite, estando a

gravidade da sintomatologia normalmente associada ao número de parasitos no trato biliar

(FOLEY, 1994).

A pequena quantidade de parasita presente no animal (BIELSA; GREINER, 1981) e a

sintomatologia clínica inespecífica faz com que a infecção pelo trematódeo muitas vezes não seja

diagnosticada na clínica de pequenos animais (SEETHA; CHENG, 1997). Esse problema,

entretanto, está relacionado especialmente à falta de aplicação da técnica indicada para o

diagnóstico do trematódeo, que consiste na recuperação de ovos pelo método de formol-éter,

fazendo com que a maioria dos casos seja apenas um achado de necropsia.

Justificativa

Os casos de platinossomíase podem ser agravados e levar à insuficiência hepática e morte do

animal enfermo (SAMPAIO et al., 2006), o que justifica a realização de exame de fezes para

diagnóstico preventivo da doença, bem como o estudo dos perfis hematológicos e bioquímicos dos

animais infectados, cujos dados são escassos na literatura.

Colloquium Agrariae, vol. 5, n. Especial, 2009

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OBJETIVO

O presente trabalho teve como objetivo estudar a freqüência de P. concinnum em gatos

mantidos no gatil da Universidade do Oeste Paulista e avaliar as alterações hematológicas e

bioquímicas dos animais infectados pelo trematódeo, bem como a freqüência deste parasita em uma

população de felinos da Universidade.

Material e Métodos

No período de agosto a novembro de 2008, amostras de fezes de 20 gatos foram obtidas no

gatil da Unoeste. O material fecal foi processado no Laboratório de Medicina Veterinária

Preventiva II (Parasitologia Veterinária) do Hospital Veterinário da Unoeste. Foram positivos para

P. concinnum 3 (três) destes felinos. Foi colhido sangue para as análises laboratoriais, que foi

realizada no Laboratório Patologia Clínica, do Hospital Veterinário da Instituição.

As amostras de fezes de felinos foram coletadas diretamente do assoalho dos recintos, onde

os animais foram mantidos individualmente, e foram acondicionados em sacos plásticos de primeiro

uso. O sangue dos animais positivos foi colhido por punção venojugular, utilizando-se um volume

final de 5,0 ml de sangue total que foi fracionado para realização do hemograma e análises

bioquímicas (JAIN,1993; KANEKO,1997).

Para pesquisa de ovos de P. concinnum, as amostras foram submetidas à técnica de Ritchie

(formol-éter) (HOFFMANN,1987).

As dosagens de uréia, creatinina, ALT e GGT por meio de kits bioquímicos1. A análise

estatística foi realizada de forma descritiva.

Resultados

No total de 20 animais pesquisados, apenas 3 (três) gatos apresentavam infecção pelo

parasito, ou seja, uma freqüência de 15%. Analisando os valores médios do eritrograma, pode-se

observar que os animais não apresentaram alterações eritrocitárias. Com relação ao leucograma,

houve uma leucocitose por neutrofilia e eosinofilia. Os exames bioquímicos para avaliação da

função renal não se alteraram.

Os valores das enzimas hepática e pós-hepática permaneceram dentro dos valores

considerados normais para a espécie, se observa nas tabelas 1 e 2.

1 Analisador bioquímico Quicklab-Drake,São Paulo.

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Tabela 1- Valores médios e desvio padrão do hemograma de gatos infectados por Platynosomum concinnum. Hemograma Média ± desvio- padrão Valor normal

Hemácias (x106) 6,017 ± 0,17 5,5-10

Hemoglobina (g/dl) 10,35 ± 1,63 8-14

VG (%) 32,5 ± 3,54 24-45

VCM (fl) 53,45 ± 4,31 39-55

CHCM (%) 31,7 ± 1,56 31-35

Leucocitos totais (/mm³) 23550,00 ± 2757,72 5500-19500

Neutrofilos (/mm³) 17176,50 ± 2755,60 2500-12500

Eosinófilos (/mm³) 2296,50 ± 723,37 0-1500

Linfócitos (/mm³) 3252,75 ± 628,97 1500-7000

Monócitos (/mm³) 770,25 ± 172,89 80-850

Fonte: Jain,1993.

Tabela 2- Valores médios e desvio padrão da bioquímica sérica de gatos infectados por Platynosomum concinnum.

Bioquímica sérica média ± desvio padrão Valor normal

Uréia (mg/dl) 53,51 ± 4,88 42-64 (mg/dl)

Creatinina (mg/dl) 1,26 ± 0,06 0-1,5 (mg/dl)

ALT (U/L) 44,00 ± 9,63 1,0-64,0 (U/L)

GGT (U/L) 3,00 ± 2,69 0-10,0 (U/L)

Fonte: Kaneko,1997.

DISCUSSÃO DOS RESULTADOS

Em um estudo com animais infectados que apresentaram sintomatologia, foi observada uma

anemia do tipo não regenerativa (BARRIGA; CAPUTO; WEISBRODE, 1981). Este tipo de

alteração hematológica não foi um achado neste trabalho, uma vez que os gatos positivos para o

Platynosomum concinnum eram assintomáticos.

A eosinofilia encontrada nestes felinos é um achado característico da infecção por

trematódeos, normalmente associada ao número de exemplares de parasita encontrados no animal

(MUNDIN et al., 2004).

A avaliação bioquímica da função renal não mostrou alterações, corroborando outros

pesquisadores que concluíram que a disfunção renal não é característica da platinossomíase

(TAYLOR; PERRY, 1977). Já a enzima ALT e GGT, que evidenciam, em gato respectivamente,

lesões hepática e pós-hepática não se alteraram, contrariando os achados de outros pesquisadores

(BARRIGA; CAPUTO; WEISBRODE, 1981; SAMPAIO et al., 2006). As hipóteses para este fato

são pelo baixo número de parasitas encontrados e também pelos animais estarem assintomáticos.

Colloquium Agrariae, vol. 5, n. Especial, 2009

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CONCLUSÕES

A partir deste estudo pode-se concluir que a platinossomíase em gatos assintomáticos

provocou alterações leucocitárias e apresentou uma prevalência de 15% no gatil da Unoeste. Não

houve modificações na bioquímica hepática e renal nos animais estudados.

REFERÊNCIAS

ACHA, P. & SZYFRES, B. Zoonosis y enfermedades transmissibles al hombre y a los animales, 2. ed. Organización Mundial de la Salud: Washington, 1986. BARRIGA, O.O.; CAPUTO, C.A.; WEISBRODE, S.E. Liver flukes (Platynosomun concinnum) in a Ohio cat. J. Am.Vet. Med. Assoc.,v.179,.9,p.901-3,1981. BIELSA,L.M.; GREINER, E.C. Liver flukes (Platynosomun concinnum) in cats. J. Am. Anim. Hosp. Assoc., v.21, n.2, p.269-74, 1985. FERREIRA, A.M.R.; ALMEIDA, E.C.P.; LABARTHE, N.V. Liver fluke infection (Platynosomun concinnum) in Brazilian cats: prevalence and pathology. Feline Pract., v.27, n.2, p.19-22, 1999. FOLEY, R.H. Platynosomun concinnum infection cats. Comp. Cont. Educ. Pract. Vet.,.v.16,n.10,p.1271-22, 1285, 1994. HOFFMANN, R.P. Diagnóstico de Parasitismo Veterinário. Porto Alegre: Sulina. 1987. 155p. JAIN, N.C. Essentials of veterinary hematology. Philadelphia : Lea & Febiger, 1993. 417p. KANEKO, J. J. Clinical Biochemistry of Domestic Animals, Academic Press, 5 ed., 932p., 1997. SAMPAIO, M.A.S.; BERLIM, C.M.; ANGELIM, A.J.G.L.; GONDIM,L.F.P.; ALMEIDA, M.A.O. Infecção natural pelo Platynosomun looss 1907, em gato no município de Salvador, Bahia. Rev. Bras. Saúde Prod. An., v.7, n.1, p.01-6, 2006. SEETHA, D.Y.; CHENG, N.A.B.Y. Cholangiohepatitis associated with liver fluke, Platynosomun concinnum, infection in a cat. In: VETERINARY ASSOCIATION MALAYSIA SCIENTIFIC CONGRESS, 9.; 1997. Penang. Anais… Penang:1997.v.1, p.116-18. TAYLOR, D.; PERRY, S.F. Experimental infection of cats with te liver fluke Platynosomun concinnum. Am. J. Vet. Res., v.38,n.1,p.51-4, 1977.

Colloquium Agrariae, vol. 5, n. Especial, 2009

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Encontro de Ensino, Pesquisa e Extensão, Presidente Prudente, 5 a 8 de outubro, 2009 174

DETERMINAÇÃO DA ELETROCARDIOGRAFIA E DOS VALORES SÉRICOS DE

CREATINA QUINASE, CREATINA QUINASE- MB E LACTATO DESIDROGENASE EM

GATOS

Marina Borges1; Rivaldo Marini Filho2; Luciana Álvares Calvo Penha3; Selma de Bastos Zambelli Freitas4; Flávia Noris Chagas Leli5; Rosângela Cristóvão Ferreira6; Cecília Braga Laposy7;

Alessandra Melchert8. 1.Discente do Mestrado em Ciência Animal – [email protected] 2. Discente do Mestrado em Ciência Animal – [email protected] 3. Discente do Mestrado em Ciência Animal – [email protected] 4. Discente do Mestrado em Ciência Animal – [email protected] 5. Discente do Mestrado em Ciência Animal – [email protected] 6. Discente do Mestrado em Ciência Animal – [email protected] 7. Prof. Dra. Patologia Clínica Veterinária Curso de Medicina Veterinária- Unoeste- [email protected] 8. Prof. Dra. Clínica Veterinária Curso de Medicina Veterinária- Unoeste- [email protected] Instituição fomentadora: Universidade do Oeste Paulista-PPD- CEP:095/08 e CCPQ 240/08 Palavras- chave: eletrocardiografia; felinos; marcadores cardíacos.

INTRODUÇÃO

A eletrocardiografia é o registro de campos elétricos gerados pelo coração a partir da

superfície corpórea (GOODWIN, 2002). O eletrocardiograma (ECG) fornece uma representação

gráfica dos processos de despolarização e repolarização do miocárdio, que proporciona informações

a respeito da freqüência e rítmo cardíacos, bem como pode sugerir evidências de dilatação de uma

câmara cardíaca específica, doença miocárdica, isquemia e doença pericárdica (WARE, 2006).

Os marcadores de lesão cardíaca são de extrema valia no diagnóstico de lesão miocárdica,

mesmo naquelas que acometem áreas diminutas do músculo cardíaco (KRAMER; HOFFMANN,

1997). A creatinoquinase é composta das subunidades M e B, que se associam formando as

isoenzimas Creatinoquinase-MM, Creatinoquinase-BB e Creatinoquinase-MB. A isoenzima

Creatinoquinase-MB compreende aproximadamente 20% da Creatinoquinase total no miocárdio e

cerca de 3% da Creatinoquinase no músculo esquelético, e é liberada pelo miocárdio durante o

processo de necrose (CARDINET, 1997).

O principal objetivo da quantificação da enzima Lactato Desidrogenase (LDH) é indicar a

existência de uma severidade aguda ou danos teciduais crônicos e, algumas vezes, a monitoração de

doenças progressivas (KRAMER; HOFFMANN, 1997).

Justificativa

Este trabalho tem como objetivo avaliar as enzimas CK, CK-MB e lactato desidrogenase em

gatos clinicamente sadios, já que existem diferenças para os valores de referência destas enzimas

entre as literaturas consultadas, correlacionando-as com os achados eletrocardiográficos.

Material e métodos

Colloquium Agrariae, vol. 5, n. Especial, 2009

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Foram utilizados neste estudo 20 gatos clinicamente sadios, sem raça definida, machos e

fêmeas, adultos provenientes do gatil da Universidade. Os animais ficaram em gaiolas individuais

de alvenaria no próprio gatil da Unoeste, recebendo ração comercial e água ad libitum.

Primeiramente foi realizado o ECG em aparelho eletrocardiógrafo (Cardiotest EK 51®,

Ecafix). Foram registradas as derivações bipolares (I, II e II) e unipolares aumentadas (avR, avL e

avF), em 50 mm/seg e calibração da milivoltagem em 1 cm = 1 mV. Os parâmetros avaliados

incluíram a determinação do rítmo cardíaco, além de mensuração dos valores referentes à duração

(Ps) e amplitude (PmV) da onda P, intervalo entre as ondas P e R (intervalo PR), duração do

complexo QRS (QRS), amplitude da onda R (RmV), duração do intervalo entre as ondas Q e T

(intervalo QT) e avaliação de supra ou infra-nivelamento do intervalo QT.

Após a realização do ECG, foram colhidos, aproximadamente 3 mL de sangue total de cada

animal por venopunção jugular, sempre no período vespertino e acondicionados em tubos sem

anticoagulante para avaliação bioquímica efetuada por processo cinético em analisador semi-

automático2, utilizando-se kits comerciais3 das enzimas CK, CKMB e LDH. Os animais utilizados

neste experimento foram reintroduzidos ao gatil para convívio com outros felinos.

Para avaliação estatística dos dados obtidos foi utilizado o teste t de Student. Foi

considerado um nível de significância de 5 % (MORRISON, 1990). A co-relação entre os dados foi

realizada através do coeficiente de Spears.

Resultados

Na avaliação do ritmo cardíaco, foi observado ritmo normal em 16 gatos, observando-se

ocorrência de ritmo sinusal (n=10) e arritmia sinusal (n=6). Em um gato foi observada ocorrência

de taquicardia sinusal, um animal com bloqueio átrio ventricular de grau II (BAVII) e bloqueio de

ramo direito em dois gatos. Entretanto, na análise de correlação múltipla, não foi observada

correlação entre alterações do ritmo e as enzimas avaliadas.

Os resultados encontrados para CK variaram de 72 a 370 U/L, com média de 200 e desvio

padrão de 74,9. Para a enzima CK-MB a variação foi de 27 a 62 U/L com média de 40,02 e desvio

padrão 8,73. Já a enzima LHD apresentou uma variação de 110 a 254 U/L, com média de 191,35 e

desvio padrão de 30,78.

Discussão Stepien e Boswood (2007) relataram que o ECG faz parte da avaliação de rotina de

pacientes que se apresentam em quadro de emergência cardiovascular, enquanto a avaliação de

marcadores cardíacos ainda não está bem elucidada em cães e gatos nestas situações, sendo

necessários estudos adicionais e padronização para incorporação destes testes na clínica de

emergências cardiovasculares. 2 Analisador semi-automático DRAKE-SP. 3.Labtest diagnóstica – Lagoa Santa – MG

Colloquium Agrariae, vol. 5, n. Especial, 2009

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Encontro de Ensino, Pesquisa e Extensão, Presidente Prudente, 5 a 8 de outubro, 2009 176

Os valores de normalidade de Creatinoquinase para gatos estão entre 50 e 450 U/L (WARE,

2006). Outros valores normais são relatados, tais como valores entre 69 e 214 U/L (ETTINGER;

BOBINNEC; COTE, 2004) ou de 7,2 a 28,2 U/L (O'NEIL et al., 2001). A variação fica entre 59 e

527 U/L (STOCKHAM, 1995). Há uma grande variação individual na atividade sérica normal dessa

enzima, salientando que, concentrações séricas de enzimas musculares aumentam ligeiramente após

exercícios e que também estão elevadas nas desordens musculares ou miosites (MEYER; COLES;

RICH, 1992). Os valores encontrados neste estudo estão dentro dos limites estabelecidos pela

literatura.

A lactato desidrogenase (Lactato Desidrogenase) é uma enzima presente em vários tecidos,

em particular no músculo esquelético, músculo cardíaco, fígado e eritrócitos, mas também nos rins,

osso e pulmões. Normalmente a Lactato Desidrogenase aumenta menos rapidamente que a

Creatinoquinase, mas também mantém os valores elevados por mais tempo. A concentração de

Lactato Desidrogenase nos eritrócitos é 150 vezes maior do que no plasma. Portanto, uma hemólise

leve é detectada por aumento nos níveis desta enzima no soro (STOCKHAM, 1995).

Os valores de referência para Lactato Desidrogenase em gatos estão entre 63 a 273 U/L

(O'NEIL et al., 2001). Os valores encontrados em nosso estudo não sofreram variações e estão de

acordo com os valores relatados pela literatura.

Em humanos, a dosagem da Creatinoquinase-MB vem sendo utilizada como principal

método para confirmação ou exclusão de infarto agudo do miocárdio, e picos de Creatinoquinase-

MB podem prever eventos cardíacos desfavoráveis em populações de alto risco (CARLSON,1994;

DUNCAN; PRASSE, 1982). Pacientes com evidência bioquímica documentada de necrose do

miócito têm taxas de mortalidade mais elevadas do que aqueles sem elevação. Portanto, há uma

relação quantitativa entre a magnitude da elevação da Creatinoquinase-MB e o risco de morte

(SABATINE; MORROW; ANTMAN, 2003). Nota-se que a determinação da Creatinoquinase-MB

é um dos parâmetros mais sensíveis para detecção de lesões do miocárdio, entretanto, não há

referência destes valores para gatos na literatura, impedindo o confronto dos dados observados.

Conclusão

Conclui-se que os valores das enzimas creatinoquinase e Lactato Desidrogenase se

mantiveram dentro da normalidade em gatos sadios, comparando com os valores da literatura, mas

o conhecimento das diferentes metodologias utilizadas em laboratórios é importante, já que os

valores encontrados diferem muito, principalmente para creatinoquinase. A determinação da

Creatinoquinase –MB em gatos é de extrema importância para conhecimento de seus valores

normais e uso como referencia para futuros projetos de pesquisa.Conclui-se também que não houve

correlação das enzimas avaliadas com a ocorrência de arritmias cardíacas.

Colloquium Agrariae, vol. 5, n. Especial, 2009

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Encontro de Ensino, Pesquisa e Extensão, Presidente Prudente, 5 a 8 de outubro, 2009 177

REFERÊNCIAS

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Colloquium Agrariae, vol. 5, n. Especial, 2009

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AVALIAÇÃO DA RESPOSTA OVARIANA E QUALIDADE DO CORPO LÚTEO DE

FÊMEAS BOVINAS RECEPTORAS DE EMBRIÕES SINCRONIZADAS COM ESPONJA

IMPREGNADA COM PROGESTÁGENO

1Costa, M..Z., 2Castilho, C.

1Docente Medicina Veterinária - FEA, Andradina, SP 2Docente Medicina Veterinária UNOESTE, Presidente Prudente, SP. Autor para correspondência [email protected]

Palavras-chaves: transferência de embrião, inovulação, ultra-sonografia

INTRODUÇÃO

A produção in vitro de embriões (PIV) vem apresentando avanços consideráveis e esta

sendo lentamente incorporada aos projetos de produção. Com o desenvolvimento do método de

punção folicular, tornou-se possível à recuperação de ovócitos de fêmeas vivas para fecundação in

vitro (FIV), abrindo novos caminhos para multiplicação de animais de interesse econômico

superando os atuais índices da TE clássica, no que diz respeito à produção de bezerro por vaca por

ano (RUMPF, 2007). No entanto, uma das desvantagens dessa biotécnica é o fato dos embriões

congelados apresentarem taxa de prenhez pós-descongelamento muito baixa o que inviabiliza a

criopreservação dos mesmos. Por isso, o número de receptoras sincronizadas para inovulação dos

embriões a fresco é muito elevado consequentemente o custo da técnica se eleva. Para que os

resultados da inovulação e de prenhez sejam elevados, é necessária a sincronização entre o estágio

de desenvolvimento do embrião e o estágio do ciclo estral da receptora (HAFEZ; HAFEZ, 2004).

Existem diversos protocolos que podem ser utilizados para sincronizar o cio das receptoras, mas o

uso de implantes com progesterona ou progestágenos são os mais comumente usados.

Portanto, o objetivo do presente trabalho foi avaliar a resposta ovariana pela presença e

qualidade do corpo lúteo (CL), em receptoras para inovulação de embriões produzidos in vitro,

utilizando-se esponja intra-vaginal com progestágeno.

MATERIAL E MÉTODOS

Foram utilizadas 198 novilhas cruzadas, com escore corporal variando entre 5-6, 20 meses

de idade em média e mantidas em pasto de Brachiaria e sal mineral ad libitum.

Como esquematizado na figura 1 o protocolo usado consistiu em colocação de esponja intra-

vaginal impregnada com progestágeno (Estroforte) em estádio aleatório do ciclo estral, mantidas

por 8 dias, associada à aplicação IM de benzoato de estradiol (EB) (dia 0) na dose de 2mg/animal,

2 mL de acetato de melengestrol. Sete dias após foi aplicado 2 mL de PGF2 (Veteglan). No dia

da retirada da esponja (dia 8) cada novilha recebeu 1mg de EB, não houve observação de cio, pois

Colloquium Agrariae, vol. 5, n. Especial, 2009

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Encontro de Ensino, Pesquisa e Extensão, Presidente Prudente, 5 a 8 de outubro, 2009 179

foi utilizado o método de transferência de embriões em tempo fixo (TETF), ou seja, sem observação

de cio. Oito dias após foi realizada avaliação dos ovários, por palpação retal e ultra-sonografia, para

observar a presença de CL. Quando Presentes os CLs foram classificados em qualidade 1 (ruim), 2

(médio) e 3 (bom).

Dias 0 Dia 7 Dia 8

7 dias 24 horas

Esponja PGF2 (2mL) Retira Esponja

EB (2mg) EB (2mg)

PGF2 (2mL)

Figura 1. Esquema do protocolo hormonal utilizado.

RESULTADOS E DISCUSSÃO

Das 198 novilhas 112 (56,56%) foram utilizados para inovulação dos embriões. A taxa de

aproveitamento das receptoras no presente estudo (56,56%) foi menor que a observada em outro

estudo utilizando implante intra-vaginal de progesterona (86,7%, PERES et al., 2005). No entanto, a

taxa de aproveitamento do presente estudo foi boa, principalmente levando em consideração o custo

da esponja o qual é bem menor que o de outros implantes. Das fêmeas utilizadas 24 apresentaram

CL grau 1 (21,42%), 39 CL grau 2 (34,82%) e 59 CL grau 3 (52,67%), dos quais 62% localizavam-

se no ovário direito e 38% no ovário esquerdo. Borsato et al., (2005) destacam que há aumento na

proporção de receptoras com CL de melhor qualidade quando tratadas com progestágeno quando

comparada às tratadas com PGF2a. Nos ovários cujo CL não pode ser avaliado pela palpação foi

feito exame ultra-sonográfico e observou-se presença de CL incluso em 12,5% (14/112) das fêmeas.

Esse resultado de CL incluso foi menor que o observado por Neves et al., (2002) 55,8% e

(CHACUR et al., 2006) 26,19% estudando ovários de fêmeas zebuínas obtidos de abatedouro.

Podemos observar que em animais cruzados a porcentagem de CLs inclusos foi menor que em

fêmeas (Bos taurus indicus). Esse resultado é interessante do ponto de vista prático, pois sabe-se

que na palpação retal é difícil detectar CL incluso e receptoras de embrião na sua grande maioria

são fêmeas (Bos taurus taurus), portanto o uso de ultra-som para um diagnóstico mais preciso não

se faz tão necessário nessas raças quanto nas zebuínas, as quais predominam no Brasil.

CONCLUSÃO

Concluímos que é possível aproveitar em torno de 50% das receptoras sincronizadas e a

presença de CL grau 3 (bom) predominou, assim como, foram mais freqüentes no ovário direito.

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REFERÊNCIAS

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EFEITO DO PROBIÓTICO COM OU SEM ZINCO E CÁLCIO NA CONCENTRAÇÃO

SÉRICA DE ZINCO EM OVINOS

Andressa da Cruz Novazzi1, Gustavo de Arelo Leão1, Jakeline Poliane Perrila Donadei1, José Ricardo Cardoso de Macedo1, Bruno Bussmann Gardim1, Paulo Eduardo Pardo2*, Rogério Giuffrida2, Luis Souza Lima de Souza Reis3

1 Alunos de graduação em medicina veterinária – UNOESTE – Presidente Prudente, SP. 2 Docentes da Universidade do Oeste Paulista – UNOESTE – Presidente Prudente, SP. 3 Docente da Universidade Norte do Paraná - UNOPAR VIRTUAL – Pólo de Apoio Presencial de Assis, SP. *Orientador docente. Palavras-chave: probiótico, zinco, ovino

INTRODUÇÃO O zinco (Zn) é um microelemento mineral essencial para as funções fisiológicas dos

organismos dos animais, participa de mais de duzentos sistemas enzimáticos no organismo e atua

no metabolismo de ácidos graxos e proteínas, integridade das membranas das hemácias, síntese de

DNA, da regulação do apetite, integridade do epitélio e dos ossos, sistema imunológico, reprodução

e crescimento (HADDAD e ALVES, 2006).

O cálcio (Ca) é o elemento mineral mais abundante no organismo e essencial para a

formação dos ossos e dos dentes, para a contração muscular, coagulação sanguínea e ativação de

sistemas enzimáticos (HADDAD e ALVES, 2006).

Os probióticos são microrganismos vivos que se, administrados em quantidades adequadas,

conferem benefícios à saúde do hospedeiro atuando como estimuladores do sistema imune e

promotor do crescimento (ARENAS et al., 2007).

A absorção intestinal de Zn pode ser reduzida pelo excesso de Ca na alimentação pela

presença de ácido fítico que se liga ao Zn formando um complexo fitato de Zn (HADDAD e

ALVES, 2006). No entanto, pouco se sabe sobre o efeito da administração de probiótico na

concentração sérica de Zn em ovinos. Assim, o objetivo deste estudo de avaliar o efeito da adição

de probiótico com ou sem Ca e Zn na mistura mineral sobre a concentração sérica de Zn em ovinos.

MATERIAL E MÉTODOS

Foram utilizados ovinos machos, com aproximadamente 6 meses de idade, da raça Santa

Inês, alimentados com pastagem de capim Aruana, em sistema de pastejo extensivo. Estes animais

foram divididos randomicamente em três grupos (15 animais/grupo): grupo controle, em que os

ovinos foram suplementados com mistura mineral sem adição de probiótico, um segundo grupo que

recebeu mistura mineral adicionada com probiótico sem Zn e Ca (denominado de grupo GP) e o

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terceiro grupo os ovinos receberam suplemento mineral adicionado de probiótico contendo Ca e Zn

(denominado de grupo GPCa+Zn).

A mistura mineral utilizada em todos os grupos experimentais foi a Fort Sal Ovinos® que era

composta por (por Kg de suplemento): 140 g de Ca; 65 g de fósforo; 100 g sódio; 11 g de

magnésio; 6.000 mg de zinco; 1.100 mg de manganês; 2.000 mg de ferro; 135 mg de cobalto; 195

mg de iodo; 30 mg de selênio; 20 mg de níquel. Nesta mistura mineral descrita acima foram

adicionados probiótico sem Zn e Ca e probiótico contendo Zn e Ca. O consumo médio de todos os

suplementos minerais foi de 10 g/animal/dia.

O probiótico sem adição de Ca e Zn que foi utilizado no experimento era composto por

(níveis de garantia/Kg de produto): 25 g de enxofre; 10 g de cobalto; Bacillus 2.220.000.000

unidade formadora de colônia (ufc); Streptococcus faecium 2.220.000.000 ufc; Lactobaccilus

2.220.000.000 ufc; Bifeddobacterium 2.220.000.000 ufc e veiculo q.s.q. 930 g.

O probiótico contendo Ca e Zn que foi utilizado no experimento era composto por (níveis de

garantia/Kg de produto): 35 g de cálcio; 25 g de enxofre; 10 g de cobalto e 3.600 mg de zinco;

Bacillus 2.220.000.000 ufc; Streptococcus faecium 2.220.000.000 ufc; Lactobaccilus 2.220.000.000

ufc; Bifeddobacterium 2.220.000.000 ufc e veiculo q.s.q. 930 g.

O consumo de ambos os probióticos descritos acima foram de 4 g/ovino/dia.

A ingestão de Ca e Zn pelos ovinos foram determinadas conforme preconizado por Haddad

e Alves (2006) relataram que em condições brasileiras, de campo e sem ingestão de água em

cacimba, em que não haja concentração excessiva de nutrientes na água e em regime exclusivo de

pasto, foi determinada a ingestão de minerais pela concentração do elemento mineral na pastagem

somada com a concentração do elemento mineral no suplemento mineral.

Os dados apresentaram distribuição normal no teste de Kolmogorov e Smirnov. Assim, as

médias de concentrações séricas de zinco entre os grupos foram comparadas pela Análise de

Variância e entre os dias zero e 60 aplicou-se o teste t para amostras pareadas (CURI, 1997).

RESULTADOS

As amostras de capim Aruana colhidos dos três piquetes pastejados pelos ovinos tinha a

concentração de 14 mg de Zn/Kg e de 3,1 g de Ca/Kg.

Na água de bebida dos animais a concentração de Zn era de 5,54 μg de Zn/L.

Observa-se na Figura 1 que não houve diferença significativa na concentração sérica de Zn

entre os grupos experimentais e dias de observação.

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Figura 1- Médias das concentrações séricas de zinco (± desvio padrão) de ovinos da raça Santa Inês sem suplementação de probiótico (Gc), suplementado com probiótico sem Zn e Ca (GP) e suplementado com probiótico contendo Zn e Ca (GPCa+Zn). Não houve diferença significativa na concentração sérica de Zn entre os grupos experimentais e nem entre os dias de observação.

DISCUSSÃO

O capim Aruana dos três piquetes apresentaram concentrações semelhantes de Zn (14 ppm)

e Ca (3,7 g/Kg). Esta concentração de Zn era deficiente para estes animais, pois o NRC (1985)

recomenda que a dieta dos ovinos em crescimento e engorda deve conter 20 ppm de Zn. Ainda

mais, a rotação de piquetes dos ovinos a cada 30 dias proporcionou as mesmas condições de pastejo

para todos os grupos experimentais. Portanto, as condições experimentais garantiram que as

variações nas concentrações séricas Zn observada nos ovinos foram obtidos exclusivamente em

função dos tratamentos.

Nos ovinos grupo Gc, que receberam dieta contendo 5,1 g de Ca/Kg (3,7 g de Ca da

forragem mais 1,4 g da mistura mineral) e 20 mg de Zn/Kg (14 mg de Zn da forragem mais 6 mg do

suplemento mineral) conforme recomendada pelo NRC (1985) e receberam mistura mineral sem

adição de probiótico, a concentração séria de Zn aumentou 6,16% ao longo do período

experimental. Apesar de não ter apresentado diferença significativa entre os dias de observação

(Figura 1), nota-se o efeito biológico, que a dieta contendo 20 mg de Zn/Kg com a relação Ca:Zn de

1:3,92 foram eficientes para a concentração sérica de Zn dos ovinos da raça Santa Inês.

Os animais do grupo GP receberam a dieta contendo as mesmas concentrações de Ca (5,1 g

de Ca/Kg, sendo 3,7 g de Ca da forragem mais 1,4 g da mistura mineral), Zn (20 ppm de Zn, sendo

14 ppm de Zn da forragem mais 6 ppm do suplemento mineral) conforme recomendada pelo NRC

(1985) e relação Ca:Zn (1:3,92) semelhantes à do grupo Gc, mas foi adicionado probiótico sem Ca e

Zn à mistura mineral, tiveram a concentração sérica de Zn 2% menor do que a do Gc e ainda

diminuiu 2,97% ao longo do período experimental. Embora, não tenham sido detectadas diferenças

significativas entre os grupos e dias de observação (Figura 1), observam-se o efeito biológico da

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adição do probiótico, que há indícios que os microrganismos contidos nestes produtos podem estar

interferindo no metabolismo ruminal e na absorção de Zn.

No grupo GPCa+Zn que os ovinos receberam dieta contendo concentrações de Ca (5,24 g de

Ca/Kg, sendo 3,7 g de Ca da forragem mais 1,4 g da mistura mineral mais 0,14 g do probiótico), Zn

(34,4 mg de Zn/Kg, sendo 14 mg Zn da forragem mais 6 mg Zn do suplemento mineral e mais

14,40 mg do probiótico), sendo que a dose de Zn está 72% acima da recomendada (20 mg de Zn/kg)

pelo NRC (1985) e relação a Ca:Zn foi de 1:6,56 semelhantes. Portanto, a adição de probiótico

contendo Ca e Zn causou o desbalanceamento nutricional de Zn resultando na redução da

concentração sérica de Zn de 11% e 9,18% em relação aos grupos Gc e GP, respectivamente, ainda

mais, o Zn sérico também diminuiu 11,18% entre os dias 0 e 60, mesmo assim, não houve diferença

significativa entre os grupos e dias de observação (Figura 1). Portanto, provavelmente a adição de

elementos minerais aos probióticos torna-se prejudicial à saúde dos ovinos, podendo predispor os

animais a apresentar deficiência subclínica e/ou clínica de um determinado mineral ao longo tempo

da utilização destes produtos.

REFERÊNCIAS

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Colloquium Agrariae, vol. 5, n. Especial, 2009

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EFEITO DO PROBIÓTICO COM OU SEM ADIÇÃO DE ZINCO NO GANHO DE PESO

EM OVINOS

Luis Souza Lima de Souza Reis1, Jose Ricardo Cardoso Macedo2, Lucineia Paiva2, Paulo Eduardo Pardo3*, Marcela Feitosa Mancini2, Thais Cristina de Souza Geroti2, Lorran Roberto Zanfolin2, Sérgio do Nascimento Kronka4 1 Universidade Norte do Paraná - UNOPAR VIRTUAL – Pólo de Apoio Presencial de Assis, SP. E-mail: [email protected] 2 Alunos de Graduação da Universidade do Oeste Paulista – UNOESTE – Presidente Prudente, SP. 3 Universidade do Oeste Paulista – UNOESTE – Presidente Prudente, SP. 4 Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (UNESP) – campus de Jaboticabal, SP. *Docente orientador. Palavras-chave: ovino, probiótico, zinco, ganho de peso

INTRODUÇÃO Os técnicos e ovinocultores veem buscando novas tecnologias para elevar o desempenho dos

ovinos com finalidade de atender o mercado; no meio delas estão os probióticos (PINHEIRO et al.,

2007).

Os probióticos são microrganismos vivos que são capazes de colonizar o trato

gastrointestinal favorecendo o crescimento e a colonização da microbiota que é benéfica

(VAMBELLE et al., 1990), resultando na prevenção da colonização do trato digestivo por

microrganismos patogênicos, na elevação do ganho de peso e na melhoria da resposta imune

(ARENAS et al., 2007).

O zinco (Zn) é um microelemento essencial para as funções fisiológicas do organismo.

Dentre elas, é parte integrante centenas de sistemas enzimáticos, participa do metabolismo de

ácidos graxos e proteínas, da regulação do apetite, da integridade do epitélio e dos ossos, do sistema

imunológico, da reprodução e do crescimento (HADDAD e ALVES, 2006).

O objetivo do experimento foi de avaliar o efeito do probiótico com ou sem zinco

adicionado ao suplemento mineral sobre o ganho de peso vivo em ovinos.

MATERIAL E MÉTODOS

Foram utilizados 45 ovinos adultos, machos da raça Santa Inês e 45 ovinos fêmeas, adultos

da raça Santa Inês, divididos aleatoriamente em três grupos experimentais de 15 machos e 15 por

grupo: no grupo controle (Gc), machos e fêmeas, receberam suplemento mineral sem probiótico;

grupos GPZn, machos e fêmeas, os ovinos receberam suplemento mineral contendo probiótico com

zinco e o grupo GP, machos e fêmeas, que os ovinos receberam mistura mineral adicionada com

probiótico sem zinco.

Colloquium Agrariae, vol. 5, n. Especial, 2009

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Encontro de Ensino, Pesquisa e Extensão, Presidente Prudente, 5 a 8 de outubro, 2009 186

Os animais foram pesados individualmente nos dias 0, 30 e 60, no período da manhã sem

jejum prévio e antes de beberem água.

Os três piquetes utilizados pelos grupos experimentais eram semelhantes na topografia e

composição botânica, formados por capim Aruana em sistema de pastejo rotacionado. Os animais

eram trocados de piquetes a cada 30 dias.

No dia zero, colheram-se amostras de forragem de todos os piquetes, cortadas à altura de

pastejo (40 cm), conservadas a -5º C e submetidas à análise bromatológica.

O probiótico sem adição de Zn foi o Biologic plus® composto por (garantia por Kg de

produto): 2.220.000.000 UFC de Estreptococcus faecium; 2.220.000.000 UFC de Bifedobacterium

thermophilum; 2.220.000.000 UFC de Lactobacilus; 35.000 g de cálcio; 25.000 g de enxofre;

20.000 mg de cobalto e 10.000 mg de iodo.

O probiótico com adição de Zn foi o Biologic plus® composto por (garantia por Kg de

produto): 2.220.000.000 UFC de Estreptococcus faecium; 2.220.000.000 UFC de Bifedobacterium

thermophilum; 2.220.000.000 UFC de Lactobacilus; 35.000 g de cálcio; 25.000 g de enxofre;

20.000 mg de cobalto, 10.000 mg de iodo e 3.600 mg de zinco.

Os dados foram submetidos à análise de variância pelo teste F. Quando houve diferença

significativa, as médias foram comparadas pelo teste de Tukey. Para as comparações foi utilizado o

nível de significância de 5%.

RESULTADOS

Os resultados obtidos mostraram que os ganhos de peso vivo entre machos e fêmeas não

apresentaram diferença significativa. Os animais dos grupos GPZn e GP tiveram redução

significativa no ganho de peso vivo no período de 0 a 30 dias de suplementação. Os ovinos do

grupo GPZn apresentaram redução do ganho de peso vivo de 30 a 60 dias e de 0 a 60 dias, enquanto

que os ganhos de peso dos animais grupo GP não diferiram significativamente do grupo GC no

período de 30 a 60 dias e de 0 a 60 dias (Tabela 1).

Colloquium Agrariae, vol. 5, n. Especial, 2009

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Encontro de Ensino, Pesquisa e Extensão, Presidente Prudente, 5 a 8 de outubro, 2009 187

Tabela 1- Efeito da administração de probiótico com ou sem zinco no ganho de peso vivo em ovinos machos e fêmeas, adultos da raça Santa Inês.

Ganho de peso vivo (Kg) Fatores

0 a 30 dias 30 a 60 dias 0 a 60 dias

GRUPOS (G):

Gc 3,92a 1,68ab 5,60a

GP 2,71b 2,67a 5,38a

GPZn 1,96b 0,85b 2,81b

SEXOS (S):

Machos 3,06a 2,00a 5,06a

Fêmeas 2,67a 1,46a 4,13a

Teste F:

Grupos (G) 16,27 ** 5,77 ** 11,99 **

Sexos (S) 1,97 NS 1,50 NS 3,27 NS

Interação G x S 0,19 NS 0,11 NS 0,08 NS

Desvio padrão (s) 1,25 1,94 2,29

Coeficiente de variação (%) 43,67 112,16 49,74

a, b – em cada coluna, para cada fator, médias seguidas de uma mesma letra não diferem entre si (P>0,05). ** - significativo (P<0,01). NS - não significativo (P>0,05).

DISCUSSÃO

O sexo dos ovinos não interferiu no ganho de peso vivo independentemente dos animais

serem ou não suplementados com probiótico com ou sem zinco. Este fato ficou comprovado pela

ausência de interação significativa (P>0,05) entre grupos e sexo (Tabela 1), indicando assim, que os

comportamentos entre as variáveis são independentes entre si.

Os ovinos do grupo GPZn, que receberam o probiótico contendo zinco, apresentaram redução

no ganho de peso 50% em relação ao grupo Gc nos primeiros 30 dias e de 49,8% e 47,8% em

relação aos grupo Gc e GP, respectivamente, durante o período experimental (0 a 60 dias) (Tabela

1). Portanto, a adição de zinco ao probiótico foi prejudicial para ganho de peso dos ovinos, não

sendo recomendo adição deste elemento mineral ao probiótico. Provavelmente, o Zn adicionado ao

probiótico foi excessivo e desbalanceou a mistura mineral. Realmente, o excesso de Zn tem efeito

antagônico ao cobalto, cálcio, ferro, fósforo, molibdênio, potássio e sódio podendo inibir a absorção

desses elementos minerais e ainda produzir efeito oposto sobre suas funções bioquímicas no

organismo com conseqüente redução no ganho de peso dos animais (MARTIN, 1993). No entanto,

isto é uma hipótese e neste experimento não ficaram comprovados os mecanismos fisiológicos que

estão envolvidos nesta redução do ganho de peso, sendo necessário realizar novos experimentos

para a comprovação destes mecanismos.

Colloquium Agrariae, vol. 5, n. Especial, 2009

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A suplementação com probiótico sem zinco (grupo GP), diminuiu o ganho de peso dos

ovinos em 27,3% em relação ao grupo Gc nos primeiros 30 dias de administração e durante o

período experimental (0 a 60 dias) o ganho de peso dos animais do GP não diferiu

significativamente (P>0,05) aos do grupo Gc (Tabela 1). Deste modo, a administração de probiótico

não trouxe efeito benéfico para o ganho de peso vivo dos ovinos, provavelmente devido à excessiva

ingestão de microrganismos contidos neste produto e estes interferiram no metabolismo ruminal e

na absorção de nutrientes, que reduziu o ganho de peso dos animais. No entanto, isto são

evidências, sendo necessário realizar novos trabalhos para comprovação dos mecanismos

fisiológicos que estão envolvidos neste processo. Estes resultados são semelhantes aos de Pinheiro

et al. (2007) que relataram que o uso de probiótico não afetou o desempenho de cordeiros lactentes

nas fases de materno dependente e independente, com acesso a comedouros privativos.

CONCLUSÕES

Os resultados obtidos permitiram concluir que: o sexo não influência o ganho de peso dos

ovinos; a administração de probiótico sem Zn não interfere no ganho de peso e o probiótico

contendo Zn reduz o ganho de peso dos ovinos.

REFERÊNCIAS

ARENAS, S.E.; REIS, L.S.L.S.; FRAZATTI-GALLINA, N.M.; GIUFFRIDA, R.; PARDO, P.E. Efeito do probiótico proenzime® no ganho de peso em bovinos. Arch. Zootec., v.56, n.213, p.75-78, 2007. HADDAD, C.M.; ALVES, F.V. Minerais para gado de corte. In: BITTAR, C.M.; MOURA, J.C.; FARIA, V.P.; MATTOS, W.R.S. Minerais e aditivos para bovinos; Anais ... Piracicaba: FEALQ, 2006 p.63-76. MARTIN, L.C.T. Os minerais e suas funções. In: ____. Nutrição mineral de bovinos de corte. São Paulo: Nobel, 1993. P.39-125. PINHEIRO, R.S.B.; SOBRINHO, A.G.S.; YAMAMOTO, S.M. Desempenho de cordeiros lactentes recebendo probióticos em comedouros privativos. Arch. Vet. Sci., v.11, n.3, p.38-42, 2007. VAMBELLE, M.; TELLER, E.; FOCANT, M. Probiotics in animal nutrition: a review. Arch. Anim. Nutr., v.40, n.7, p.543-567, 1990.

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AVALIAÇÃO DA TÉCNICA DE UROGRAFIA EXCRETORA E EFEITOS COLATERAIS

DO CONTRASTE RADIOGRÁFICO EM CÃES HÍGIDOS

Heloisa Ferreira Duarte do Valle1; Thalita Leone Alves Rocha1; Gabriela de Campos Santos1; Cecília Braga Laposy2; Rejane Batista Brinholi3; Alessandra Melchert4. 1- Discente de curso de graduação – Medicina Veterinária – Unoeste 2- Docente – Curso de Medicina Veterinária, Patologia Clínica - Unoeste 3- Docente – Curso de Medicina Veterinária, Diagnóstico por Imagem - Unoeste 4- Docente Orientador - Curso de Medicina Veterinária, Clínica Médica de Pequenos Animais – Unoeste- [email protected] Agência financiadora: Unoeste; Projeto CCPQ: 184/08 Palavras Chave: Urografia excretora; contraste iodado; cão.

INTRODUÇÃO

As doenças renais são comuns em cães. As radiografias simples fornecem uma visualização

limitada dos rins, sendo a radiografia contrastada utilizada com freqüência para estudos mais

detalhados. Há forte indicação para a urografia excretora em casos de anormalidades renais

observadas em radiografias simples ou ultra-sonografias, e casos de hematúria com possível origem

renal (WARE, 2006).

Os meios de contraste radiográfico utilizados são de uso intravenoso, solúveis em água, e

geralmente são compostos iodados orgânicos (GRIES, 1999), utilizando-se agentes iônicos, como o

diatrizoato de sódio ou iotalamato de sódio (KEALY; McALLISTER, 2005), ou os agentes não-

iônicos, como o iohexol, iopamidol (FEENEY; JOHNSTON, 2002) e iobitridol (WASAKI et al.,

1998). Reações adversas e efeitos colaterais relacionados aos contrastes iodados são menos

freqüentes quando os compostos não-iônicos são utilizados (OWENS; BIERY, 1999).

Entretanto, não há um protocolo regular da aplicação do meio de contraste em animais, o

que promove resultados variados na urografia excretora entre as diversas instituições (KISHIMOTO

et al., 2007). Ainda, a incidência de reações adversas ao contraste relaciona-se a diversos fatores,

incluindo: tipo, concentração e dose utilizada; tipo do procedimento de contraste realizado,

velocidade de infusão e história de reações adversas prévias com uso de contrastes

(OWENS;BIERY, 1999).

Para realização do exame, uma dose baixa de contraste iodado não-iônico pode ser

rapidamente aplicada numa veia periférica, em doses que variam de 425 a 850 mgI/kg (mg de

Iodo/kg), de acordo com a metodologia empregada (KEALY; McALLISTER, 2005), ou 400

mgI/Lb (mg de Iodo/Lb) (FEENEY; JOHNSTON, 2002), não se excedendo a dose total de 35

gramas de iodo (KEALY; McALLISTER, 2005).

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JUSTIFICATIVA A literatura relata diversas técnicas para realização da urografia excretora, havendo

variações no tipo de contraste utilizado, na indicação dos tempos de avaliação, na instituição ou não

de jejum hídrico previamente ao teste, uso ou não de ou compressão sobre a cavidade abdominal

durante o período do teste, bem como nas doses de contraste iodado a serem utilizadas. Também, o

iobitridol, meio de contraste disponível na rotina hospitalar, é um contraste radiográfico moderno

que, segundo a literatura, é menos agressivo aos rins de cães e ratos, quando comparado a outros

contrastes do mesmo grupo. Porém, não foram encontrados estudos que avaliem a função

cardiovascular ou outras reações alérgicas decorrentes de seu em cães.

OBJETIVOS

Este projeto objetivou avaliar a realização da urografia excretora, com uso do contraste

iodado não-iônico iobitridol, na dose de 600 mg de iodo por Kg de peso corporal, sob compressão

da cavidade abdominal, com e sem jejum hídrico, bem como avaliar os efeitos colaterais (renais,

cardiovasculares e alérgicos) provenientes de seu uso.

MATERIAL E MÉTODOS

Foram estudados 14 cães saudáveis, selecionados através da normalidade de exames

clínicos, laboratoriais e estudo radiográfico simples. Os animais foram submetidos à administração

de contraste radiográfico iodado não-ionizado (iobitridol, Henetix®), por via intravenosa (IV), na

dose de 600 mg de iodo por Kg de peso corporal (KEALY; McALLISTER, 2005), para realização

de urografia excretora, com uso de faixa compressora sobre a cavidade abdominal. Os animais

foram divididos em dois grupos de sete animais cada, sendo que um dos grupos foi submetido à

jejum hídrico de 12 horas (G1) e o outro recebeu água ad libitum até o momento da realização do

exame (G2).

Todos os animais foram avaliados radiograficamente, nas projeções lateral e ventro-dorsal

nos tempos: imediatamente, 5, 15 e 30 minutos após a administração do contraste. A faixa

compressiva abdominal foi mantida durante todo o exame, sendo liberada apenas imediatamente

antes do tempo de 30 minutos. As estruturas avaliadas em todos os momentos foram o parênquima

renal, pelve renal, porção proximal e distal dos ureteres e vesícula urinária. Avaliou-se a qualidade

das imagens obtidas qualificando-as como boas, intermediárias ou ruins, sendo apenas as duas

primeiras consideradas como satisfatórias.

Foram estudadas também as possíveis reações ao contraste, realizando-se exame físico,

eletrocardiograma (ECG), pressão arterial sistólica não invasiva (PAS), função renal (urinálise,

gamaglutamil transpeptidase urinária - GGT, uréia e creatinina séricas) nos tempos de 6, 24 e 72

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horas após a administração (M6, M24 e M72, respectivamente), bem como ocorrência de reações

adversas ao contraste, a partir da administração do mesmo.

RESULTADOS

Dos 14 cães avaliados, apenas um animal do G1 (com jejum hídrico) apresentou vômito dois

minutos após a administração do contraste. Um dos animais do G2 (sem jejum hídrico) apresentou

alteração do ECG, com ocorrência de parada sinusal em M72.

Na avaliação laboratorial da função renal, não foram observadas alterações na urinálise nos

animais dos dois grupos. Discreto aumento de uréia sérica ocorreu em um animal do G2 em M6,

entretanto não acompanhado do aumento da creatinina sérica e com restauração dos valores

fisiológicos em M24 e M72. A enzima GGT urinária revelou aumento acima dos valores normais

para cães em 3 animais (50%) do G2, enquanto um animal do G1 apresentou esta alteração, todas

manifestadas em M6.

Em ambos os grupos foi possível a visualização radiográfica de todas as estruturas descritas,

dentro do período do teste. Imediatamente após a administração do contraste pode-se observar

opacificação do parênquima renal em 8 (33,3%) dos 12 animais avaliados, enquanto nos outros

tempos (5, 15 e 30 minutos), todas as estruturas foram aparentes ao raio-X. Na maioria dos animais,

a imagem radiográfica apresentou melhor qualidade com os cães posicionados em decúbito dorsal

com incidência radiográfica ventro-dorsal, quando comparada àquelas imagens obtidas com o

posicionamento lateral dos animais.

Na comparação entre grupos, em relação à qualidade das imagens, observou-se que no G1,

submetido a jejum hídrico, obteve-se melhor qualidade de imagem das estruturas, nos diversos

tempos avaliados.

DISCUSSÃO

A baixa incidência de complicações neste estudo provavelmente está relacionada ao tipo de

contraste usado. Reações adversas e efeitos colaterais relacionados aos meios de contrastes iodados

são menos freqüentes quando os compostos não-iônicos são utilizados (OWENS; BIERY, 1999).

Alguns exemplos deste tipo de contraste incluem o iohexol, iopamidol (FEENEY; JOHNSTON,

2002) e iobitridol (WASAKI et al., 1998).

Os agentes de contraste radiográfico são considerados como nefrotóxicos potenciais em cães

e gatos (WARE, 2006). Possíveis efeitos tóxicos diretos dos contrastes sobre a função tubular têm

sido menos investigados recentemente, mas incluem: injúria celular direta, obstrução tubular e

alterações osmóticas (KATZBERG, 1997). Há evidências da ocorrência de injúria celular direta,

pela demonstração de alterações no metabolismo energético das células dos túbulos proximais, pela

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liberação de enzimas intracelulares e pelas mudanças histológicas produzidas pelos contrastes

(ULTRAMARI et al., 2006).

A parada sinusal observada ao ECG em um dos animais é provável efeito do contraste, uma

vez que estes podem reduzir a freqüência de despolarização do nodo sinusal (SAAD et al., 2004).

Atenção deve ser dispendida ao realizar o procedimento em pacientes cardiopatas.

CONCLUSÃO

O uso de iobitridol, para realização de urografia excretora em cães, promoveu obtenção de

imagens satisfatórias do trato urinário, predominantemente no grupo submetido a jejum hídrico

previamente à realização do teste. Poucos efeitos colaterais foram observados, destacando-se a

ocorrência de enzimúria renal e retardo da condução elétrica cardíaca, devendo-se ter cuidado ao

realizar a técnica em doentes renais e cardíacos.

REFERÊNCIAS

FEENEY, D.A.; JOHNSTON, G.R.. The kidneys and ureters. In: THRALL, D.E. Textbook of Veterinary Diagnostic Radiology. 4.ed. Philadelphia: W.B. Saunders Company, 2002. p. 556-571. GRIES H. Chemistry of X-ray contrast agents. In: P. DAWSON,P., COSGROVE, D.O., GRAINGER, R.G. Textbook of contrast media. Isis Medical Media Ltd, 1999, p. 15-22. KATZBERG, RW. Urography into the 21st century: new contrast media, renal handling, imaging characteristics and nephrotoxicity. Radiology 1997; 204: 297-312. KEALY, J.K., McALLISTER, H. Radiologia e ultra-sonografia do cão e do gato. São Paulo: Manole, 2005. KISHIMOTO, M.; YAMADA, K.; WATANABE, A.; MIYAMOTO, K.; IWASAKI, T.; MIYAKE, Y. Comparison of excretory urographic contrast effects of dimeric and monomeric non-ionic iodinated contrast media in dogs. Jounal Veterinary Medical Science, v.69, n.7, p.713-715, 2007. OWENS, J.M., BIERY, D.N. Radiographic interpretation for the small animal clinician, 2 ed, Baltimore: Williams & Wilkins, 1999. 308p. SAAD, J.A.; GARCIA, J.C.F.; GUIMARAES, J.I. Diretriz para realização de exames diagnósticos e terapêuticos em hemodinâmica. Arquivos Brasileiros de Cardioogia, v.82, suppl.1, p.1-6, 2004. ULTRAMARI, F.T.; BUENO, R.R.L. CUNHA, C.L.P. et al. Nefropatia induzida pelos meios de contraste radiológico após cateterismo cardíaco diagnóstico e terapêutico. Arquivos Brasileiros de Cardiologia, v. 87, n. 3, Set, 2006. WARE, W.A. Distúrbios do trato urinário. In: NELSON RW, COUTO CG. Medicina interna de pequenos animais. 3 ed. Rio de Janeiro: Elsevier; 2006. p. 547-633. WASAKI, M.; KAWAMURA, H.; SUGIMOTO, J.; SHIMADA, M.; SATOH, Y.; TANAKA, E.; GEMBA, M. Comparative toxic effects of iobitridol and iohexol on the kidney. Invest Radiol., v. 33, n. 7, p. 393-400, 1998.

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EFEITOS DE DIFERENTES DOSES DO LEVAMISOL SOBRE OS PARÂMETROS

CLÍNICOS, LABORATORIAIS E ELETROCARDIOGRÁFICOS EM GATOS

Thalita Leone Alves Rocha1; Gabriela de Campos Santos1; Heloisa Ferreira Duarte do Valle1; Cecília Braga Laposy2; Rosa Maria Barilli Nogueira3; Alessandra Melchert4. 1- Discente de curso de graduação – Medicina Veterinária – Unoeste 2- Docente – Curso de Medicina Veterinária, Patologia Clínica - Unoeste 3- Docente – Curso de Medicina Veterinária, Clínica Médica de Pequenos Animais - Unoeste 4- Docente Orientador - Curso de Medicina Veterinária, Clínica Médica de Pequenos Animais – Unoeste- [email protected] Agência financiadora: Unoeste; Projeto CCPQ: 186/08

Palavras Chave: Urografia excretora; contraste iodado; cão.

INTRODUÇÃO

O levamisol é um fármaco antihelmíntico de amplo espectro utilizado no tratamento de

parasitose intestinal. Concomitantemente à ação anti-helmíntica, este fármaco atua no sistema

imunológico, estimulando a ação de células T e a resposta aos antígenos, potencializando a

produção de interferons e aumentando a atividade fagocitária de macrófagos e neutrófilos

(TIZARD, 2002).

O levamisol é relativamente tóxico para eqüinos, cães e gatos (ALMEIDA & AIRES, 1999).

As doses recomendadas para gatos variam na literatura. BOOTH e McDONALD (1992) indicam o

levamisol como antiparasitário na dose de 5 a 11 mg/Kg para cães e gatos, enquanto ANDRADE e

SANTARÉM (2002) indicam-no na dosagem de 20 a 40 mg/Kg, a cada 6 horas, por 5 a 6

tratamentos, na terapia de vermes pulmonares. Como imunoestimulante, as doses variam de 25

mg/gato, a cada 48 horas, por 3 aplicações (ROCHETT, 2001), enquanto ALLEN et al. (2005)

indicam três administrações na dose de 5 mg/kg, distribuídas em uma semana. Estas doses

imunoestimulantes são bem superiores às usadas no cão, onde se preconiza o uso de 0,2 a 2 mg/Kg

(ANDRADE e SANTARÉM, 2002).

A ação do levamisol depende da dose e da via de administração (PURZYC &

CALKOSINSKI, 1998). Para as espécies canina e felina, doses orais de até 80 mg/kg podem não

ser fatais, embora levem a sinais de intoxicação. No entanto, 50% desta dose, 40mg/kg, leva-os a

óbito em 10 a 15 minutos, se injetável. Cães e gatos apresentam alta sintomatologia à dor quando

recebem uma dose usual do produto injetável, enquanto que a forma oral é muito bem tolerada por

eles (CANAL et al., 2004).

Em contraste com estes dados, MELCHERT et al. (2007) relataram que a baixa dose de 25

mg/gato, por via oral, foi capaz de produzir sinais de toxicidade, como sialorréia em 33,3% dos

animais, vômitos e midríase em 11,1%, e arritmias cardíacas, incluindo bloqueio átrio-ventricular e

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complexos atriais prematuros, em 55,5% dos gatos estudados, sugerindo que a dose tóxica para

felinos pode estar bem mais próxima da dose terapêutica.

JUSTIFICATIVA

O levamisol é um fármaco utilizado há décadas na medicina veterinária, devido às suas

propriedades anti-helmínticas e imunoestimulantes. No entanto, a literatura revela-se conflitante no

que tange às dosagens e toxicidade do emprego do fármaco em gatos. Importantes efeitos

eletrocardiográficos foram recentemente relatados em gatos, sendo necessário avaliar a tolerância

dos felinos ao levamisol e os efeitos colaterais observados em diferentes regimes terapêuticos, já

que estes dados não se encontram disponíveis na literatura.

OBJETIVOS

Este trabalho tem o objetivo de avaliar os efeitos clínicos, laboratoriais e

eletrocardiográficos do levamisol em dose imunoestimulante em gatos, utilizando-se diferentes

doses.

MATERIAL E MÉTODOS

Foram estudados 16 gatos saudáveis, selecionados através de exames clínicos e

laboratoriais. Os animais foram submetidos à administração de levamisol, por via injetável

subcutânea, em doses diversas, a cada 2 dias, por três aplicações (ROCHETT, 2001), divididos em

2 grupos, de 8 animais cada, de acordo com a dose administrada, a saber: G2 = 8) = dose de 2

mg/Kg; e G 5 = dose de 5 mg/Kg.

Foram avaliados: temperatura corporal (T), por meio de termômetro digital; freqüência

respiratória (FR), por inspeção dos movimentos da caixa torácica e auscultação pulmonar

simultâneos; freqüência cardíaca (FC) e ritmo cardíaco, obtidos mediante auscultação cardíaca e

eletrocardiografia (ECG), com uso de eletrodos acoplados em membros anteriores e posteriores, de

acordo com o diagrama de Einthoven; pressão arterial sistólica (PAS) com monitor não invasivo.

Estes parâmetros foram avaliados antes (M0 [controle]) e nos dias de administração do levamisol

(M1 [após primeira aplicação do levamisol]; M2 [após segunda aplicação de levamisol]; M3 [após

terceira aplicação]), nos seguintes tempos: T0 (antes da aplicação); T60-60 minutos após levamisol

(AL); T180-180 minutos AL; T360-360 minutos AL. Foram avaliados também nestes momentos a

ocorrência de sialorréia, vômitos, resposta pupilar à luz e alterações do diâmetro pupilar (miose ou

midíase)

Foram avaliados também o hemograma completo, função renal (uréia e creatinina séricas,

função hepática (fosfatase alcalina sérica (FA) e bilirrubina total (BT), direta(BD) e indireta (BI)

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séricas), proteínas totais, albumina e globulina séricas, antes e após 24 horas da última aplicação do

levamisol.

Para avaliação estatística dos dados obtidos em cada grupo, foi utilizado o teste de Análise

de Variância para amostras dependentes. Os contrastes entre as médias dos grupos foram

verificados pelo método de Tukey. Foi considerado um nível de significância de 5 % (MORRISON,

1990).

RESULTADOS

Poucas alterações clínicas foram observadas nos 16 gatos tratados com levamisol. Nenhum

dos animais tratados nos dois grupos apresentou vômito ou alterações pupilares. Dois animais do

G5 (25%) apresentaram sialorréia, manifestada em T60 após primeira aplicação e em T180 após

segunda e terceira aplicações em um dos animais, e no outro animal, em T360 na primeira e T180 e

T360 após segunda administração de levamisol. No G2, apenas um animal apresentou sialorréia,

com uma única manifestação em T360 após primeira administração do fármaco.

Na avaliação laboratorial dos animais, não foram observadas alterações da função renal,

hepática, ou dos níveis de proteínas, após a administração do levamisol. Também não foram

observadas alterações no hemograma completo, tanto no Eritrograma, quanto no Leucograma, após

a ação do fármaco.

O eletrocardiograma (ECG) dos gatos não revelou presença de arritmias em nenhum dos

momentos ou tempos avaliados, nos dois grupos estudados. A freqüência respiratória, freqüência

cardíaca, temperatura corporal e pressão arterial sistólica (PAS) mantiveram-se dentro dos limites

fisiológicos para a espécie, durante todo o experimento.

DISCUSSÃO

A baixa incidência de complicações neste estudo provavelmente está relacionada à baixa

dose de levamisol usada. Esta dose equipara-se à baixa dose imunoestimulante usada em cães, que

varia entre 0,5 e 2 mg/Kg (ANDRADE, 2008). As doses imunoestimulantes recomendadas para

gatos na literatura são maiores, estimando-se a dosagem por animal e não por peso, de acordo com

ROCHETT (2001), que indica dosagem de 25 mg/gato. Estudos realizados com esta referida

dosagem revelaram ocorrência de vômitos e sialorréia em pouco mais de 10% dos gatos tratados,

enquanto arritmias cardíacas foram observadas em mais de 50% dos animais tratados

(MELCHERT, 2007).

Também, MELCHERTet al.(2007) relataram ocorrência de linfopenia com a dosagem

recomendada por ROCHETT (2001), indicando provável efeito imunossupressor. Com as doses

menores usadas neste estudo, não houve alteração nas contagens de linfócitos. Estudos adicionais

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sobre função de linfócitos e imunoglobulinas devem ser realizados para elucidar se o fármaco, de

fato, apresenta efeito imunoestimulante.

CONCLUSÃO

O levamisol, nas dosagens de 2 e 5 mg/Kg, foi seguro para uso em gatos, com ocorrência de

poucas alterações clínicas, sem causar alteração da função renal, hepática ou diminuição nas

contagens de linfócitos.

REFERÊNCIAS

ALMEIDA, M.A.O; AYRES, M.C.C. Considerações gerais sobre os anti-helmínticos. In: SPINOSA, H.S.; GÓRNIAK, S.L.; BERNARDI, M.M. Farmacologia aplicada à medicina veterinária. 2 ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 1999. p. 453-465. ANDRADE, S.F. Manual de terapêutica veterinária. 3.ed. São Paulo: Roca, 2008. 912p. ANDRADE, S.F.; SANTARÉM, V.A. Endoparasiticidas e ectoparasiticidas. In: ANDRADE, S.F. Manual de terapêutica veterinária. 2.ed. São Paulo: Roca, 2002. p.437- 476. ALLEN, D.G.; DOWLING, P.M.; SMITH, D.A. Handbook of veterinary drugs. 3.ed. Philadelphia: Lippincott Williams & Wilkins, 2005. 1111p. BOOTH, N.H.; McDONALD, L.M. Farmacologia e terapêutica em veterinária. 6.ed. Rio de Janeiro: Guanabara-Koogan, 1992. 997p. CANAL, I.H.; CANAL, R.B.; DIDIANO, J.M. Levamisol - Vermífugo e imuno modulador: antigo e eficaz - Uma revisão bibliográfica e indicações de uso. Revista Electrónica de Veterinaria REDVET, vol. 5, n. 7, /2004. Disponível em: < http:// www.veterinaria.org/revistas/redvet/n070704B.html MELCHERT, A., NOGUEIRA, R.M.B., BARRACAR, K.C., FERREIRA, F.L. Estudo clínico, laboratorial e eletrocardiográfico do levamisol em gatos. In: CONGRESSO BRASILEIRO DE MEDICINA VETERINÁRIA, XXXVI, 2007, Santos. MORRISON, D.F. Multivariate Statistical Methods. São Paulo: Mc Graw-Hill. 1990, 450p. PURZYC, L.; CALKOSINSKI, I. Ecto-ATPase from rat lymphocytes - in vivo studies on the influence of levamisole. Pol. J. Pharmacol., v.50, p.239-251, 1998. ROCHETT, J. Treating the inflamed mouth. In: WORLD SMALL ANIMAL VETERINARY WORLD CONGRESS PROCEEDING, XXVI. 2001, Vancouver, em http://www.vin.com/proceedings/proceedings.plx. Acesso em 28/04/2007. TIZARD, I.R. Imunologia Veterinária. 6 ed. São Paulo: Editora Roca Ltda, 2002. 532 p.

Colloquium Agrariae, vol. 5, n. Especial, 2009

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Encontro de Ensino, Pesquisa e Extensão, Presidente Prudente, 5 a 8 de outubro, 2009 197

EFEITO DO PROBIÓTIO PROENZIME® ADICIONADO AO SAL MINERAL SOBRE O

GANHO DE PESO EM BOVINOS DA RAÇA NELORE

Daniel Boabaid Ibrahim1; Lucineia Paiva1; Rodrigo Augusto Cristóvão Zampieri1; Paulo Eduardo Pardo2*; Rogerio Giuffrida2; José Ricardo Cardoso de Macedo1; Letícia Amélia Oliveira1; Luis Souza Lima de Souza Reis3 1 Alunos de graduação em medicina veterinária – UNOESTE – Presidente Prudente, SP. E-mail: [email protected] 2 Docentes da Universidade do Oeste Paulista – UNOESTE – Presidente Prudente, SP. 3 Docente da Universidade Norte do Paraná - UNOPAR VIRTUAL – Pólo de Apoio Presencial de Assis, SP. *Orientador docente. Palavras-chave: probiótico, sal mineral, bovino

INTRODUÇÃO Os probióticos são microorganismos vivos classificados como suplementos alimentares e

quando administrados em quantidades adequadas favorecem o desenvolvimento da flora microbiana

do trato gastrointestinal, com efeito benéfico para ganho de peso dos animais (PARDO e REIS,

2008).

Esses microorganismos vivos atuam como estimulantes do sistema imune e promotores do

crescimento (ARENAS et al., 2009). Assim o objetivo deste estudo foi avaliar o efeito da adição de

probiótico no ganho de peso de bovinos.

MATERIAL E MÉTODOS

O experimento foi desenvolvido durante os meses de fevereiro à abril de 2009 no município

de Presidente Prudente, São Paulo. Utilizaram-se 40 machos inteiros da raça Nelore com

aproximadamente 12 meses de idade os quais foram alimentados com Tanzânia em sistema de

pastejo extensivo. Estes bovinos foram distribuídos randomicamente em dois grupos experimentais

(20 animais por grupo): um grupo denominado probiótico (GP) que recebeu mistura mineral

adicionado de probiótico Proenzime® e o outro grupo controle (GC) que foi suplementado com

mistura mineral sem o probiótico. O consumo médio de probiótico durante o período experimental

foi de 4 g/animal/dia. Ambas as misturas minerais foram fornecidas de forma ad libitum aos

bovinos em cocho de madeira coberto 13 cm linear por animal a 50 metros do bebedouro.

Nos primeiros 30 dias os bovinos permaneceram em condições não estressantes para a

adaptação do novo suplemento mineral adicionado ao probiótico.

Os animais foram pesados individualmente nos dias 0, 30 e 90 no período da manhã sem

jejum prévio e antes de beberem água.

Os dois piquetes utilizados pelos grupos de bovinos eram semelhantes na topografia e na

composição botânica.

Colloquium Agrariae, vol. 5, n. Especial, 2009

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Encontro de Ensino, Pesquisa e Extensão, Presidente Prudente, 5 a 8 de outubro, 2009 198

No dia zero colheram-se amostras de forrageiras dos piquetes cortados a altura de pastejo

conservados sob refrigeração a – 5 oC para posterior analise bromatológica.

O probiótico utilizado foi o Proenzime® EMBRAUPEC, Paranavaí, PR composto por

amilase, pectinase, Lactobacilus acidophilus, Streptococcus faecium, Bifidobacterium

thermophilum, Bifidobacterium longum e zinco.

A mistura mineral oferecida aos animais foi a Matsuda Fós Cria® produzida por Matsuda

Sementes e Nutrição Animal Ltda, Álvares Machado, SP.

Os dados apresentaram distribuição normal pelo teste de Kolmogorov e Smirnov. Assim, as

médias dos ganhos de peso entre os grupos nos dias 30 e 90 empregou-se o teste t não pareado com

correção de Welch (CURI, 1997). Em todas as análises estatísticas o nível de significância adotado

foi de 5%.

RESULTADOS

Os resultados obtidos mostraram que os animais do grupo GP que receberam o probiótico

não apresentaram aumento significativo (P>0,05) no ganho de peso vivo durante o período

experimental em relação aos do grupo GC que não receberam o probiótico (Tabela 1).

Tabela 1- Médias do ganho de peso vivo (± desvio padrão) dos bovinos suplementados ad libitum com mistura mineral adicionado com probiótico proenzime (grupo GP) e mistura mineral sem adição do probiótico (grupo GC) após 30 e 90 dias de suplementação.

Ganho de peso vivo (Kg) Grupos experimentais

Dia 30 Dia 90

GC 11,18a ± 2,66 31,13a ± 5,97

GP 11,34a ± 2,93 32,98a ± 5,70

Médias seguidas de letras minúsculas iguais na mesma coluna não diferem significativamente entre si (P>0,05) num mesmo dia.

DISCUSSÃO

Os procedimentos experimentais comuns aos grupos e a rotação de piquete a cada 30 dias

garantiu que todos os grupos tivessem as mesmas condições de pastejo durante o experimento

garantiram a igualdade das condições experimentais. Assim, os resultados que foram obtidos

exclusivamente em função dos tratamentos.

A administração de 4 g de probiótico proenzime® aos bovinos do grupo GP não foi capaz de

elevar significativamente (P>0,05) o ganho de peso vivo durante o período experimental (Tabela 1).

Esses resultados discordam dos apresentados por Rasteiro et al. (2007) e Arenas et al. (2007) que

relataram que este probiótico aumentou significativamente (P>0,05) o de ganho de peso vivo dos

bovinos na ordem de 19,5% e 33,3%, respectivamente. A diferença entre os experimentos foi que

Colloquium Agrariae, vol. 5, n. Especial, 2009

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Encontro de Ensino, Pesquisa e Extensão, Presidente Prudente, 5 a 8 de outubro, 2009 199

Arenas et al. (2007) administraram 3 g de probiótico/animal/dia e neste experimento o consumo foi

de 4 g de probiótico/animal/dia. Portanto, provavelmente a dose administrada de probiótico aos

animais está acima da máxima recomendada, sendo prejudicial para os microrganismos ruminais.

CONCLUSÃO

Conforme os resultados obtidos permitiram concluir que a suplementação com probiótico

não elevou significativamente o ganho de peso dos bovinos.

REFERÊNCIAS

ARENAS, S.E; REIS, L.S.L.S.; PARDO, P.E. et al. Efeito do probiótico proenzimer no ganho de peso de bovinos. Archivos de Zootecnia, v.56, p.75-78, 2007. ARENAS, S.E; REIS,L.SL.S; PARDO, P.E. et al. Probiotic increase the antirabies humoral immune response in bovine. Archivos de Zootecnia, v.58, Epub of print, 2009. CURI, P.R. Metodologia e Análise da pesquisa em Ciências Biológicas. 1 Ed. Botucatu: Tipomic, 1997. Capítulo 11, p.149-161. PARDO, P.E; REIS,L.S.L.S. Nutrientes e Nutracêuticos em Grandes Animais. In: ANDRADE, S.F. Manual de Terapêutica Veterinária. 3a Ed. São Paulo: Rocha Ltada, 2008. Capítulo 29, p.808-814. RASTEIRO, V.S; REIS, L.S.L.S.; PARDO, P.E. et al. Adição de probiótico na mistura mineral eleva o ganho de peso de bovinos no período da seca. Archivos Latinoamericanos de Produções Animal, v.15, n.3, p.83-87, 2007.

Colloquium Agrariae, vol. 5, n. Especial, 2009

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Encontro de Ensino, Pesquisa e Extensão, Presidente Prudente, 5 a 8 de outubro, 2009 200

EFEITO DO PROBIÓTIO PROENZIME® SOBRE O GANHO DE PESO EM BOVINOS DA

RAÇA NELORE

Rodrigo Augusto Cristovão Zampieri1; Daniel Boabaid Ibrahim1; Paulo Eduardo Pardo2*; Rogerio Giuffrida2; José Ricardo Cardoso de Macedo1; Lucinéia Paiva1; Letícia Amélia Oliveira1; Luis Souza Lima de Souza Reis3 1 Alunos de graduação em medicina veterinária – UNOESTE – Presidente Prudente, SP. E-mail: [email protected] 2 Docentes da Universidade do Oeste Paulista – UNOESTE – Presidente Prudente, SP. 3 Docente da Universidade Norte do Paraná - UNOPAR VIRTUAL – Pólo de Apoio Presencial de Assis, SP. *Orientador docente. Palavras-chave: probiótico, ganho de peso, bovino

INTRODUÇÃO Os probióticos são microorganismos vivos classificados como suplementos alimentares e

quando administrados em quantidades adequadas favorecem o desenvolvimento da flora microbiana

do trato gastrointestinal, com efeito benéfico para ganho de peso dos animais (Pardo e Reis, 2008).

Esses microorganismos vivos atuam como estimulantes do sistema imune e promotores do

crescimento (Arenas et al., 2009). Assim o objetivo deste estudo foi avaliar o efeito da adição de

probiótico no ganho de peso de bovinos.

MATERIAL E MÉTODOS

O experimento foi desenvolvido durante os meses de fevereiro à abril de 2009 no município

de Presidente Prudente, São Paulo. Utilizaram-se 40 machos inteiros da raça Nelore com

aproximadamente 12 meses de idade os quais foram alimentados com Brachiaria brizantha em

sistema de pastejo extensivo. Estes bovinos foram distribuídos randomicamente em dois grupos

experimentais (20 animais por grupo): um grupo denominado probiótico (GP) que recebeu mistura

mineral adicionado de probiótico Proenzime® e o outro grupo controle (GC) que foi suplementado

com mistura mineral sem o probiótico. O consumo médio de probiótico durante o período

experimental foi de 4 g/animal/dia. Ambas as misturas minerais foram fornecidas de forma ad

libitum aos bovinos em cocho de madeira coberto 13 cm linear por animal a 50 metros do

bebedouro.

Nos primeiros 30 dias os bovinos permaneceram em condições não estressantes para a

adaptação do novo suplemento mineral adicionado ao probiótico.

Os animais foram pesados individualmente nos dias zero, 30, 60 e 90 no período da manhã

sem jejum prévio e antes de beberem água.

Os dois piquetes utilizados pelos grupos de bovinos eram semelhantes na topografia e na

composição botânica.

Colloquium Agrariae, vol. 5, n. Especial, 2009

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Encontro de Ensino, Pesquisa e Extensão, Presidente Prudente, 5 a 8 de outubro, 2009 201

No dia zero colheram-se amostras de forrageiras dos piquetes cortados a altura de pastejo

conservados sob refrigeração a – 5 oC para posterior analise bromatológica.

O probiótico utilizado foi o Proenzime® EMBRAUPEC, Paranavaí, PR composto por

amilase, pectinase, Lactobacilus acidophilus, Streptococcus faecium, Bifidobacterium

thermophilum, Bifidobacterium longum e zinco.

A mistura mineral oferecida aos animais foi a Matsuda Fós Cria® produzida por Matsuda

Sementes e Nutrição Animal Ltda, Álvares Machado, SP.

Os dados apresentaram distribuição normal pelo teste de Kolmogorov e Smirnov. Assim, as

médias dos ganhos de peso entre os grupos nos dias zero a 30, de 30 a 60 e de 0 a 90 empregou-se o

teste t não pareado com correção de Welch (CURI, 1997). Em todas as análises estatísticas o nível

de significância adotado foi de 5%.

RESULTADOS

Os resultados obtidos mostraram que os animais do grupo GP que receberam o probiótico

apresentaram aumento significativo (P<0,05) no ganho de peso vivo no periodo de 0 a 30 dias de

suplementação em relação aos do grupo GC que não receberam o probiótico. Entretanto, de 30 a 60

dias e de 0 a 90 dias a suplementação com probiótico não elevou significativamente (P>0,05) o

ganho de peso vivo dos animais (Tabela 1).

Tabela 1- Médias dos ganhos de peso (± desvio padrão) dos bovinos suplementados ad libitum com mistura mineral contendo probiótico (grupo GP) e mistura mineral sem probiótico (grupo GC) de zero a 30 dias, de 30 a 60 dias e de zero a 90 dias.

Ganho de peso vivo (Kg) Grupos experimentais

Zero a 30 dias 30 a 60 dias Zero a 90 dias

GC 14,67a ± 5,69 31,80a ± 6,26 46,47a ± 10,77

GP 21,73b ± 6,02 30,47a ± 7,60 52,20a ± 9,98

Médias seguidas de letras minúsculas diferentes na mesma coluna apresentam diferença significativa (P<0,05) entre si num mesmo dia.

DISCUSSÃO

Os procedimentos experimentais comuns aos grupos e a rotação de piquete a cada 30 dias

garantiu que todos os grupos tivessem as mesmas condições de pastejo durante o experimento

garantiram a igualdade das condições experimentais. Assim, os resultados que foram obtidos

exclusivamente em função dos tratamentos.

A administração de 4 g de probiótico proenzime® aos bovinos do grupo GP elevou o ganho

de peso significativamente (P<0,05) em 48,13% somente até os primeiros 30 dias de suplementação

(Tabela 1). Esses resultados corroboram com Rasteiro et al. (2007) e Arenas et al. (2007) que

Colloquium Agrariae, vol. 5, n. Especial, 2009

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Encontro de Ensino, Pesquisa e Extensão, Presidente Prudente, 5 a 8 de outubro, 2009 202

observaram aumento significativo (P<0,05) de ganho de peso vivo nos bovinos na ordem de 19,5%

e 33,3%, respectivamente.

No segundo período de avaliação de ganho de peso de 30 a 60 não houve diferença

significativa (P >0,05) no ganho de peso vivo entre os grupos tratados (GP) ou não com probiótico

(GC). Esse fato ocorreu provavelmente devido a estabilização no ganho de peso vivo em ambos os

grupos experimentais neste período 0 a 30. Isto também foi observado por Penha et al. (2008), que

mostraram que a administração do probiótico Proenzime apresentou eficiência no ganho de peso

dos bovinos até 74 dias de suplementação. Portanto, estes resultados indicam que provavelmente a

administração de probiótico aos bovinos deve ser intercalada com a suspensão dessa administração.

Analisando o ganho de peso dos animais durante o período experimental total (de zero a 90

dias) nota-se que a suplementação com probiótico proenzime® promoveu o ganho de peso dos

animais do grupo GP em 12,33%, mas mesmo assim, não apresentou diferença significativa entre os

grupos experimentais (Tabela 1). Este incremento no ganho de peso dos bovinos do grupo GP foi

bem menor do que os 48,13% observado nos primeiros 30 dias de suplementação. Estes resultados

reforçam a hipótese de que a administração de probiótico aos bovinos deve ser intercalada com a

suspensão dessa administração.

CONCLUSÃO

Conforme os resultados obtidos permitiram concluir que a suplementação com probiótico

elevou significativamente o ganho de peso somente nos primeiros 30 dias e que provavelmente a

administração de probiótico aos bovinos deve ser intercalada com a suspensão dessa administração.

REFERÊNCIAS

ARENAS, S.E; REIS, L.S.L.S.; PARDO, P.E. et al. Efeito do probiótico proenzime® no ganho de peso de bovinos. Archivos de Zootecnia, v.56, p.75-78, 2007. ARENAS, S.E; REIS,L.S.L.S; PARDO, P.E. et al. Probiotic increase the antirabies humoral immune response in bovine. Archivos de Zootecnia, v.58, Epub of print, 2009. CURI, P.R. Metodologia e Análise da pesquisa em Ciências Biológicas. 1 Ed. Botucatu: Tipomic, 1997. Capítulo 11, p.149-161. PARDO, P.E; REIS, L.S.L.S. Nutrientes e Nutracêuticos em Grandes Animais. In: ANDRADE, S.F. Manual de Terapêutica Veterinária. 3a ed. São Paulo: Editora Rocha Ltada, 2008. Capítulo 29, p.808-814. PENHA, L.C; REIS, L.S.L.S., PARDO, P.E. et al. Efeito da suplementação com probiótico no ganho de peso e no cortisol sérico de bovinos. In: 45a Reunião Anual da Sociedade Brasileira de Zootecnia. Anais... LAVRAS, MG, p.1-4, 2009. RASTEIRO, V.S; REIS, L.S.L.S; PARDO, P.E. et al. Adição de probiótico na mistura mineral eleva o ganho de peso de bovinos no período da seca. Archivos Latinoamericanos de Produções Animal, v.15, n.3, p.83-87, 2007.

Colloquium Agrariae, vol. 5, n. Especial, 2009

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Encontro de Ensino, Pesquisa e Extensão, Presidente Prudente, 5 a 8 de outubro, 2009 203

CONTAGEM DE MASTÓCITOS EM NEOPLASIA MAMÁRIA: NO FOCO

NEOPLÁSICO, NAS BORDAS CIRÚRGICAS E LINFONODO SATÉLITE.

Sanches, C. O.¹; Voltarelli, D. C.²; Sequeira, J. L3.

¹ Docente Medicina Veterinária, UNOESTE, Presidente Prudente-SP; ² Médica Veterinária, Ex-aluna da UNOESTE, Presidente Prudente-SP; 3 Docente Medicina Veterinária, UNESP – FMVZ- Botucatu-SP

INTRODUÇÃO

As neoplasias mamárias correspondem a aproximadamente metade de todos os tumores em

cadelas (BOJRAB, 1996; NELSON & COUTO, 1994). A hipótese mais aceita quanto à etiologia

das neoplasias mamárias em cadelas, é a da influência hormonal (WITHROW & VAIL, 2007;

COELHO et al, 2000).

O exame histopatológico é o método adequado para a classificação detalhada de neoplasias

mamárias, principalmente na caracterização de neoplasias malignas (HATAKA, 2004). Além de

concluir o diagnóstico, o exame histopatológico oferece importantes informações prognósticas,

como o grau histopatológico e o comportamento neoplásico. Esta gradação é determinada pelo

índice de formação tubular, pleomorfismo nuclear e índice mitótico (CAVALCANTI & CASSALI,

2006).

Os mastócitos estão envolvidos com as reações alérgicas, armazenam e sintetizam histamina

que estão presentes em seus grânulos (BONAMIM et al, 2002). A célula mamária possui receptores

de histamina (H1 e H2) na membrana celular (LEMOS et al, 1995 apud VILA REAL, 2005, p. 8).

A histamina endógena tem papel importante na proliferação de células do carcinoma mamário

induzidas experimentalmente em ratas (CRICCO et al, 1994).

Quando ocorre rompimento da membrana plasmática do mastócito, há liberação de

histamina que irá interagir com o endotélio dos vasos, através dos receptores H1 e H2, o que

desencadeia o aumento da permeabilidade vascular (BONAMIM et al, 2002).

Há uma discussão muito grande no que diz respeito à presença do infiltrado de mastócitos

nas neoplasias que acometem o homem, essa presença foi detectada em maior quantidade nas

neoplasias que apresentam caráter mais maligno (HARTVEIT et al, 1981).

O crescimento das células neoplásicas é significativamente reduzido, quando se utiliza

substância que estabiliza a membrana dos mastócitos, para impedir a liberação dos seus grânulos

(NORDLUND & ASKENASE, 1983).

Essa observação sustenta o conceito de que a interação dos mastócitos com a célula

neoplásica é importante para as propriedades de crescimento e invasão demonstradas nos modelos

Colloquium Agrariae, vol. 5, n. Especial, 2009

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Encontro de Ensino, Pesquisa e Extensão, Presidente Prudente, 5 a 8 de outubro, 2009 204

de carcinoma mamário, pois quando o tratamento com droga estabilizadora era retirado, observou-

se rápida proliferação da massa neoplásica (DABBOUS et al, 1991).

OBJETIVOS

Quantificar o número de mastócitos no foco neoplásico, bordas cirúrgicas, bem como nos

linfonodos satélites.

Avaliar a correlação do número de mastócitos nas mamas, bordas cirúrgicas e linfonodos

satélites de neoplasias mamárias de cadelas.

MATERIAIS E MÉTODOS

Foram utilizadas 14 peças cirúrgicas de mamas oriundas da Clinica Cirúrgica de Pequenos

Animais do Hospital Veterinário da Universidade do Oeste Paulista – UNOESTE, no período de

agosto de 2006 a agosto de 2008. A idade dos animais variaram de 3 a 13 anos, e a raça dos cães foi

a sem raça definida (SRD) com seis animais, seguida da Pinscher com três animais, Tekel com dois

animais, e Basset Hund, Border Collie e Weimaraner com um animal cada.

Essas peças foram encaminhadas ao setor de Anatomia Patológica do Hospital Veterinário

da Unoeste, as quais foram fixadas em solução de formalina a 10% tamponada, pH 7,0, por 24 a 48

horas, e realizado as mensurações das dimensões dos tumores mamários das peças cirúrgicas, após a

fixação e a mensuração retirou-se fragmentos menores das massas, das bordas cirúrgicas e dos

linfonodos. Os fragmentos foram processados conforme a técnica de rotina histológica para

inclusão em parafina. Secções de 4 a 5 m de espessura de todas as amostras foram obtidas em

micrótomo rotativo. Os cortes foram submetidos à coloração de hematoxilina e eosina e azul de

toluidina.

A contagem dos mastócitos no foco neoplásico, bordas cirúrgicas e linfonodos se deu com

as lâminas coradas com azul de toluidina, fazendo-se a contagem dos mastócitos em dez campos

aleatórios nas massas mamárias, nas bordas cirúrgicas e linfonodos.

Para comparar as médias de contagens de mastócitos observadas nas lesões neoplásicas das

mamas, linfonodos e bordas cirúrgicas das lesões, empregou-se análise de variância para amostras

pareadas. Para correlacionar as contagens de mastócitos nos três sítios anatômicos acima citados,

foram calculados os coeficientes de correlação de Pearson (PAGANO e GAUVREAU, 2004).

RESULTADOS

A análise histopatológica mostra que o infiltrado de mastócitos está presente em todas as

peças de mama, linfonodos satélites e bordas cirúrgicas invariavelmente.

Colloquium Agrariae, vol. 5, n. Especial, 2009

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Encontro de Ensino, Pesquisa e Extensão, Presidente Prudente, 5 a 8 de outubro, 2009 205

A análise estatística revela forte correlação positiva entre o número de mastócitos em

massas neoplásicas e bordas cirúrgicas e entre o número de mastócitos nas bordas cirúrgicas e

linfonodos satélites. A análise estatística mostra ainda moderada correlação positiva entre o número

de mastócitos nas mamas neoplásicas e nos linfonodos satélites (tabela 1).

Tabela 1- Coeficientes de correlação de Pearson para a variável quantidade de mastócitos nas

lesões histológicas observadas nas mamas (M), linfonodos (L) e borda das lesões (B)

Comparação r M x L 0,523 M x B 0,751* B x L 0,760*

* diferenças estatísticas significativas (p < 0,05) DISCUSSÃO

O presente estudo é concordante com os achados de Nordlund & Askenase (1983) e Vila

Real (2005), no que tange o acúmulo de mastócitos no foco neoplásico. Entretanto, o presente

estudo vem acrescentar que os mastócitos são encontrados também em grande número nas bordas

cirúrgicas bem como nos linfonodos satélites. Como mostrado na análise estatística há forte

correlação positiva entre o número de mastócitos no foco neoplásico e na borda cirúrgica, e na

borda cirúrgica e linfonodo satélite, indicando que os mastócitos podem ter papel importante na

ocorrência de metástases para linfonodos satélites, bem como a capacidade de aumentar a

velocidade de proliferação das células neoplásicas que por ventura fiquem na borda cirúrgica.

CONCLUSÃO

A histopatologia revelou que a grande quantidade de mastócitos nas mamas, nas bordas

cirúrgicas e nos linfonodos satélites das neoplasias mamárias concordando com os relatos de

Nordlund & Askenase (1983).

A avaliação estatística revelou, forte correlação entre o aumento do número de mastócitos na mama,

na borda cirúrgica, e nos linfonodos satélites.

REFERÊNCIAS

BOJRAB, M. J. Técnicas Atuais em Cirurgia de Pequenos Animais. 3ª ed. São Paulo: Ed. Roca, 1996. p. 896. BONAMIM, L. V.; ABEL, M. N. C.; Histamina, serotonina e seus antagonistas. In: SPINOSA, H. S.; GORNIAK, S. L.; BERNARDI, M. M.; Farmacologia Aplicada à Medicina Veterinária. 3.ed. São Paulo: Guanabara Koogan, cap.18. p.193-202, 2002. CAVALCANTI, M.F.; CASSALI, G.D. Fatores prognósticos no diagnóstico clínico e histopatológico dos tumores de mama em cadelas – revisão. Clínica Veterinária, v.11, n.61, p.56-64, 2006.

Colloquium Agrariae, vol. 5, n. Especial, 2009

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Encontro de Ensino, Pesquisa e Extensão, Presidente Prudente, 5 a 8 de outubro, 2009 206

CRICCO, G. P.; DAVIO, C. A.; MARTIN, G.; ENGEL, N.; FITZSIMONS, C.P.; BERGOC, R.M. & RIVEIRA, E.S. Histamine as na autocrine growth factor in experimental mammary carcinomas. Agentes actions. 43 (1-2), p. 17-20, 1994. DABBOUS, M. K.; HANEY, L.; NICOLSON, G. L.;ECKLEY, D.; WOOLLEY, D. E.; Mast cell modulation of tumor cell proliferation in rat mammary adenocarcinoma 13762 NF. Br. J.Cancer.63, p.873-878, 1991. HARTVEIT, F.; Mast cell and metachromsia in human breast câncer: their occurrence, significance and consequence; a preliminary report. The Patological Society of Great Britain and Ireland; v. 134, p. 7-11, 1981. HATAKA, A. Citologia aspirativa com agulha fina e histopatologia: valor e significado para o diagnóstico e prognóstico do câncer de mama em cadelas. 2004. 90f. Tese (Doutorado em Clínica Veterinária) – Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia, Universidade Estadual Paulista. LEMOS, B.; DAVIO, C.A; GASS, H.; GONZALEZ, P.; CRICCO, G.P.; MARTIN, G.; BERGOC, R.M. & RIVEIRA, E.S. Histamine receptors in humam mammary gland, different benign lesions and mammary carcinomas. Inflamm. Res., apr.; 44, suppl. 1: S68-69, 1995. NELSON, R. W. & COUTO, C. G. Fundamentos de Medicina Interna de Pequenos Animais. Rio de Janeiro: Ed. Guanabara Koogan S.A., 1994. p. 490–491. NORDLUND, J. J.; ASKENASE, P. W.; The effect of histamine, antihistamine, and a mast cell stabilizer on the growth of Cloudman melanoma calls in DBA/2 mice. J. Invest. Dermatol., 81, p. 28-32, 1983. PAGANO, M., GAUVREAU, K. Princípios de bioestatística. 2 ed. São Paulo: Pioneira Thomson Learneing, 2004. SUSAN, E. L.; GERAD, R. R.; STEPHEN, J. WITHROW. Tumors of the Mammay Gland. In: WITHHROW, S. J.; VAIL, D.M; Withrow e Mac Ewen’s Small Animal Clinical Oncology. 4.ed. St. Lovis, Missour: Saunders Elsevier, 2007. cap. 26, p. 619-636. VILA REAL, P. F. T. O Papel dos Mastócitos no Câncer de Mama Canino. 2005. p. 20. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Medicina Veterinária) - Faculdade de Ciências Agrárias, Universidade do Oeste Paulista – UNOESTE, Presidente Prudente.

Colloquium Agrariae, vol. 5, n. Especial, 2009

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Encontro de Ensino, Pesquisa e Extensão, Presidente Prudente, 5 a 8 de outubro, 2009 207

RESUMOS SIMPLES

ALESSI, JOYCE PAZZINI..................................................................................................................... 210

ARNONE, BIANCA ............................................................................................................................... 217

ARNONE, BIANCA ............................................................................................................................... 218

CASSU, RENATA NAVARRO ............................................................................................................. 209

CASSU, RENATA NAVARRO .............................................................................................................. 210

CASTILHO, CALIE................................................................................................................................ 213

CASTILHO, CALIE................................................................................................................................ 215

CASTILHO, CALIE................................................................................................................................ 216

CASTILHO, CALIE................................................................................................................................ 217

CASTILHO, CALIE................................................................................................................................ 218

COSTA, MARCELO ZOCCOLARO...................................................................................................... 215

DE ALMEIDA, MARCELO FERREIRA ................................................................................................. 215

FRANCO, ELISABETH DA CUNHA ..................................................................................................... 210

GABRIEL FILHO, LUÍS ROBERTO ALMEIDA .................................................................................... 218

GABRIEL FILHO, LUÍS ROBERTO ALMEIDA..................................................................................... 213

GABRIEL FILHO, LUÍS ROBERTO ALMEIDA..................................................................................... 215

GARDIM DE CESARE, ANGELO......................................................................................................... 213

GARDIM DE CESARE, ANGELO......................................................................................................... 214

GARDIM DE CESARE, ANGELO......................................................................................................... 215

GASPARIN, GUSTAVO HENRIQUE.................................................................................................... 214

LOLO, ANDRÉ SGARBI DE ................................................................................................................. 217

LOUZADA, ANDRÉ NOGUEIRA ......................................................................................................... 212

LOUZADA, ANDRÉ NOGUEIRA .......................................................................................................... 211

MACHADO, GLÁUCIA MORENO......................................................................................................... 209

MARTINS, MARINA DE CASTRO........................................................................................................ 213

MEIRELLES, CARLOS COLLARES..................................................................................................... 209

MEIRELLES, CARLOS COLLARES..................................................................................................... 210

MELCHERT, ALESSANDRA................................................................................................................ 209

NOGUEIRA, ROSA MARIA BARILLI.................................................................................................... 211

NOGUEIRA, ROSA MARIA BARILLI.................................................................................................... 212

Colloquium Agrariae, vol. 5, n. Especial, 2009

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Encontro de Ensino, Pesquisa e Extensão, Presidente Prudente, 5 a 8 de outubro, 2009 208

PRANDINI, ANA CLAUDIA................................................................................................................... 217

RAMIRES, LÍVIA MAGOSSO ............................................................................................................... 211

RAMIRES, LÍVIA MAGOSSO ............................................................................................................... 212

SAKATE, NAYLA MAYUMI................................................................................................................... 216

SANCHES, OSIMAR DE CARVALHO ................................................................................................ 214

SANTARÉM, VAMILTON ALVARES.................................................................................................... 211

SANTARÉM, VAMILTON ALVARES.................................................................................................... 212

SILVEIRA, ANA PAULA DA.................................................................................................................. 213

Colloquium Agrariae, vol. 5, n. Especial, 2009

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Encontro de Ensino, Pesquisa e Extensão, Presidente Prudente, 5 a 8 de outubro, 2009 209

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UNIVERSIDADE DO OESTE PAULISTA - UNOESTECIÊNCIAS AGRÁRIAS

MEDICINA VETERINÁRIA

ANESTESIA PERIDURAL COM LIDOCAÍNA ISOLADA E ASSOCIADA À CLONIDINA EM CÃES: EFEITOS

CARDIORRESPIRATÓRIO E ANALGÉSICO

MEIRELLES, CARLOS COLLARES (Outro - UNOESTE)

CASSU, RENATA NAVARRO (Docente - UNOESTE)

MELCHERT, ALESSANDRA (Docente - UNOESTE)

MACHADO, GLÁUCIA MORENO (Discente de curso de graduação - UNOESTE)

Estudos recentes têm relatado efeitos satisfatórios com a administração peridural da clonidina, que ao atuar emreceptores alfa2-adrenérgicos pré-sinápticos produz analgesia, sem bloqueio motor, através de um mecanismode ação não-opióide, evitando efeitos adversos como náusea, prurido ou depressão respiratória. Este estudoobjetivou avaliar os efeitos cardiorrespiratório e analgésico mediados pela lidocaína isolada ou associada à clonidina. Seis cães foram avaliados em ambos os tratamentos, atuando como controle deles mesmos: lidocaína(5mg kg-1 L) g kg-1 C). Todos os animais foram�e lidocaína associada à clonidina (10 tranqüilizados comacepromazina (0,05mg kg-1 iv), seguindo-se indução com isofluorano em máscara facial para facilitar a punçãodo espaço peridural. Foram mensurados: freqüência cardíaca e respiratória, pressão arterial sistólica, variáveishemogasométricas, temperatura retal, duração e extensão do bloqueio anestésico. A estatística foi realizadamediante análise de variância com aplicação do teste de Tukey (p<0,05). Houve redução significativa nafreqüência cardíaca após a anestesia peridural nos animais tratados com lidocaína associada à clonidina (C) emrelação aos valores basais. Na comparação entre grupos, valores inferiores foram observados aos 15, 30 e 45minutos após a peridural nos animais do grupo C. A duração do bloqueio anestésico não variou 26 minutos, nostratamentos L e�13 e 75�entre os grupos, com duração média de 71 C, respectivamente. Com relação àextensão do bloqueio, no tratamento L em todos os animais a altura máxima atingida foi até a quarta vértebralombar (L4), enquanto no tratamento C, 03 animais apresentaram ausência de sensibilidade até a primeira vértebra lombar (L1), 01 animal até a segunda vértebra lombar (L2) e os outros 02 animais até a décima vértebratorácica (T10). A bradicardia observada nos animais tratados com clonidina é decorrente da ativação dos adrenoceptores alfa2 pré-sinápticos, resultando na redução da exocitose da noradrenalina, além do efeitosimpatolítico sobre o sistema nervoso central, induzido pela clonidina. Paralelamente, a bradicardia induzida pelaclonidina também está relacionada à ativação dos receptores imidazolínicos, situados no núcleo reticular. Apesardo tempo do bloqueio não ter sido prolongado pela clonidina, a migração cranial do bloqueio anestésico foiconfirmada nesse estudo, sugerindo que esse efeito possa ser atribuído às características de lipossolubilidade da clonidina. Conclui-se que a associação da clonidina à lidocaína promoveu bloqueio anestésico mais cranial,porém induziu bradicardia, além de não prolongar a duração do bloqueio anestésico.

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MEDICINA VETERINÁRIA

ADMINISTRAÇÃO DE XILAZINA VIA INTRAVENOSA COMPARATIVAMENTE À ADMINISTRAÇÃO NO

ACUPONTO YINTANG EM CAVALOS

MEIRELLES, CARLOS COLLARES (Outro - UNOESTE)

CASSU, RENATA NAVARRO (Docente - UNOESTE)

FRANCO, ELISABETH DA CUNHA (Discente de programa de Pós-Graduação - UNOESTE)

ALESSI, JOYCE PAZZINI (Discente de curso de graduação - UNOESTE)

A xilazina é um fármaco agonista alfa2-adrenérgico, extensamente utilizado na medicina veterinária, sobretudo em função de suas propriedades sedativa, analgésica e miorrelaxante. Esse fármaco apresenta efeitosindesejáveis dose-dependentes, culminando com pronunciadas alterações cardiovasculares e respiratórias,principalmente quando doses elevadas são utilizadas. Este estudo duplo-cego teve como objetivo avaliar os efeitos cardiorrespiratório, sedativo e analgésico da administração da xilazina pela via intravenosa,comparativamente à administração de 1/10 da dose no ponto de acupuntura Yintang, em cavalos. Foramutilizados 06 cavalos, provenientes da Fazenda Experimental da Unoeste, sendo utilizados como controle delesmesmos, de modo a serem avaliados em quatro tratamentos: 1mg kg -1 de xilazinaa via intravenosa (X), 0,1 mg kg -1 e 0,2 mg kg -1 de xilazina diluída em 1 ml de solução salina, administrada no ponto de acupuntura Yintang(XY1, XY2, respectivamente) e 1 ml de solução salina, administrado no ponto de acupuntura Yintang (S). Foramavaliados: freqüência cardíaca (FC), temperatura retal (T), freqüência respiratória (f), grau de analgesia esedação. A análise estatística foi realizada por meio de análise de variância e teste de Tukey, com p<0,05. Oescore de sedação foi maior no tratamento S quando comparado ao tratamento XY2 aos 30 minutos de avaliação. Aos 15 e 30 minutos, o escore de sedação foi superior ao basal no tratamento S. Não foramobservadas alterações nos parâmetros cardiorrespiratórios e no grau de analgesia entre os tratamentos e nemao longo do tempo para um mesmo tratamento. No presente estudo, o efeito sedativo foi mais evidente nosanimais tratados com salina no Yintang em relação aos tratados com 1/5 da dose de xilazina aos 30 minutos deavaliação, sugerindo que o estímulo deste acuponto seja capaz de promover resposta sedativa, independentedas propriedades da solução administrada. No entanto, é difícil explicar os resultados obtidos, pois uma vez queo estímulo do acuponto Yintang induz propriedades sedativas, era esperado que a administração de um sedativo nesse ponto culminasse com efeito sedativo mais exacerbado em relação à administração da solução salina.Paralelamente, a administração da dose convencional da xilazina intravenosa proporcionou resultado sedativo eanalgésico semelhantes ao uso de micro-doses desse fármaco no acuponto Yintang, sugerindo que esse pontoatua potencializando o efeito depressor induzido pelo alfa2 adrenoceptor agonista. Conclui-se que a administração de 1/10 e 1/5 de xilazina ou solução salina no acuponto Yintang produz efeitos sedativos semelhantes aos obtidos com o uso da dose convencional. Ademais, os diferentes tratamentos não induziramalterações cardiorrespiratórias em cavalos saudáveis.

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MEDICINA VETERINÁRIA

ESTUDO DA TRANSMISSÃO GALACTOGÊNICA DE LARVAS DE TOXOCARA CANIS EM RATAS

INFECTADAS EXPERIMENTALMENTE

RAMIRES, LÍVIA MAGOSSO (Discente de curso de graduação - UNOESTE)

LOUZADA, ANDRÉ NOGUEIRA (Discente de curso de graduação - UNOESTE)

NOGUEIRA, ROSA MARIA BARILLI (Docente - UNOESTE)

SANTARÉM, VAMILTON ALVARES (Docente - UNOESTE)

A toxocaríase é importante zoonose, ocasionada principalmente pela ingestão de solo contaminado por ovoslarvados de nematódeo do gênero Toxocara, especialmente T. canis, que parasita os cães. A transmissão aohomem pode ser dada também pelo consumo de carne crua ou mal cozida de hospedeiros paratênicos, comoruminantes e aves. A transmissão de larvas pelo leite é observada nas cadelas em lactação. Entretanto, não existem dados que comprovem a passagem de larvas pelo leite em murinos, considerados como modelo paraexperimentação e compreensão da toxocaríase humana, o que justifica o presente estudo. O objetivo dopresente estudo foi o de estudar a transmissão de larvas de T. canis pela via transmamária em ratas infectadasexperimentalmente. Foram formados dois grupos com cinco ratas Wistar, de três meses de idade. No Grupo I, asratas foram infectadas com 1.000 ovos larvados de T. canis. Outro Grupo, constituído também por cinco ratasserviu como controle. As ratas infectadas receberam, por via oral, 1.000 ovos embrionados de T. canis. Uma vezinfectadas, as ratas foram acasaladas individualmente com um rato. Após o nascimento dos filhotes da primeira ninhada, amostras de leite foram coletadas, por ordenha manual, nos dias 5, 10, 15 e 18. As amostras foramtransferidas para um tubo cônico de centrífuga, centrifugadas por um período de três minutos, por 2.000 rpm.Uma alíquota de 25,0 µL do sedimento foi analisada em microscopia (10X) para observação e contagem daslarvas de T. canis, entre lâmina e lamínula de 22X22mm. Até o momento, foram analisadas amostras de leitereferentes à primeira lactação das ratas. A média de filhotes foi de 8,11 por fêmea. Nenhuma larva de T. canis foiobservada nas amostras analisadas. Com a finalização do estudo, espera-se a obtenção de resultados para avaliar a transmissão lactogênica dessas larvas em ratas. APOIO: FAPESP (IniciaçãoCientífica:Processo:08/58362-7) Unoeste: PEIC (096/09) .

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UNIVERSIDADE DO OESTE PAULISTA - UNOESTECIÊNCIAS AGRÁRIAS

MEDICINA VETERINÁRIA

ESTUDO DAS LESÕES CARDÍACAS EM RATOS (RATTUS NOVERGICUS) INFECTADOS

EXPERIMENTALMENTE POR TOXOCARA CANIS: RESULTADOS PARCIAIS

LOUZADA, ANDRÉ NOGUEIRA (Discente de curso de graduação - UNOESTE)

RAMIRES, LÍVIA MAGOSSO (Discente de curso de graduação - UNOESTE)

NOGUEIRA, ROSA MARIA BARILLI (Docente - UNOESTE)

SANTARÉM, VAMILTON ALVARES (Docente - UNOESTE)

A toxocaríase visceral é uma zoonose de caráter cosmopolita, ocasionado pela migração somática de larvas deToxocara spp, especialmente de T. canis, cujo hospedeiro definitivo é o cão. O homem se infecta principalmentepela ingestão de solo contendo ovos embrionados do parasito. No intestino, as larvas eclodem realizam umamigração que tem início pelo fígado. Daí, as larvas passam pelo coração de onde podem migrar para váriosórgão e tecidos, ocasionando a toxocaríase visceral (larva migrans visceral), que pode provocar distúrbiosrespiratórios, neurológicos e em outros órgãos. Quando atingem o sistema oftálmico, as larvas podem provocarestrabismo, perda da acuidade visual ou cegueira, em um complexo chamado de toxocaríase ocular (larva migrans ocular). Apesar de as larvas passarem obrigatoriamente pelo coração no processo de migração, comcasos humanos de miocardite, poucos estudos investigaram as lesões cardíacas provocadas pelo parasito,especialmente em modelos murinos, considerados os mais importantes para compreensão da doença em sereshumanos. O objetivo do presente estudo foi o de estudar as alterações promovidas por larvas de Toxocara canissobre o músculo cardíaco de ratos Wistar de três meses de idade, em função da carga infectante e do tempo de infecção. Foram formados dois grupos com 24 animais, 12 machos e 12 fêmeas por grupo. Os animais de umdos grupos receberam, por via oral, 250 ovos larvados de T. canis, enquanto que no outro, os ratos foraminfectados com 1.000 ovos larvados, pela mesma via. Outro grupo, constituído por 12 animais, seis de cadasexo, está servindo como controle. Até o momento, realizou-se a eutanásia, por exsanguinação, de quatro animais dos grupos experimentais e dois do grupo controle, nos dias sete, 15 e 30 pós-infecção, correspondendo a cinquenta por cento dos momentos a serem estudados. Durante o procedimento, amostra desangue foi colhida por punção da veia cava caudal, para realização de hemograma, e o coração foi extraído pararecuperação de larvas do nematódeo na câmara e musculatura cardíaca, e realização de exame histopatológico.Observou-se que nenhuma larva foi recuperada tanto no processo de digestão quanto na lavagem da câmaracardíaca. Na hematologia, verificou-se que os animais infectados com 250 ovos apresentaram aproximadamente70% do número de eosinófilos aumentado do dia sete PI (360 eosinófilos/mm³ de sangue) para o dia 15 (610eosinófilos/mm³ de sangue). No grupo que recebeu 1.000 ovos, o número dessas células no dia 7 PI era de 740 eosinófilos/mm³ de sangue, caindo para 510 eosinófilos/mm³ de sangue no dia 15 PI. Com a finalização doestudo, espera-se que os dados possam fornecer informações mais precisas sobre as possíveis lesõesocasionadas pela passagem de larvas de T. canis pelo coração dos animais infectados. APOIO: FAPESP(Iniciação Científica:Processo 08/58439-0) Unoeste: PEIC (104/09) .

Colloquium Agrariae, vol. 5, n. Especial, 2009

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ENAPI 2009 COMUNICAÇÃO ORAL

UNIVERSIDADE DO OESTE PAULISTA - UNOESTECIÊNCIAS AGRÁRIAS

MEDICINA VETERINÁRIA

ESTUDO COMPARATIVO DO USO DE GNRH OU DO BENZOATO DE ESTRADIOL (BE) NO DIA DA COLOCAÇÃO (D0) DO IMPLANTE DE PROGESTERONA EM VACAS DE CORTE NO PÓS-PARTO

SILVEIRA, ANA PAULA DA (Discente de programa de Pós-Graduação - UNOESTE)

MARTINS, MARINA DE CASTRO (Discente de curso de graduação - UNOESTE)

GABRIEL FILHO, LUÍS ROBERTO ALMEIDA (Docente - UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA JÚLIO

DE MESQUITA FILHO - UNESP)

CASTILHO, CALIE (Docente - UNOESTE)

GARDIM DE CESARE, ANGELO (Discente de curso de graduação - UNOESTE)

A biotecnologia da sincronização de estros é uma ferramenta importante no processo de aumento da eficiênciareprodutiva de vacas de corte. O presente trabalho teve como objetivo avaliar a influência do diâmetro folicular eo uso de GnRH ou BE no D0 em vacas de corte no pós-parto. Experimento 1: Foram utilizadas 60 vacas da raçaNelore, com 45 a 60 dias pós-parto e condição corporal (CC) média de 3 (escala de 1 a 5), mantidas empastagens de Brachiaria brizantha e sal mineral ad libitum. Inicialmente foram divididas em 2 grupos: G-BE (n=31) e G-GnRH (n=29). Em dia aleatório do ciclo estral (D0), os animais receberam um dispositivo intravaginalcontendo progesterona (CIDR), e uma injeção de 2mL de benzoato de estradiol (G-BE, n=31) ou 2,5 mL de GnRH (G-GnRH, n=29). Nove dias depois, o dispositivo intravaginal foi retirado e os animais foram tratados com(2,5 mL Lutalyse ®, via IM), 0,25 mL de cipionato de estradiol (E.C.P.®)PGF2α e feita a remoção temporária dos bezerros (RTB). Após 48 horas foi realizada a IATF (inseminação artificial em tempo fixo). No D0 e D9 foirealizada ultra-sonografia para medir o folículo dominante (FD) presente no ovário. No experimento 2: Foramutilizadas 75 vacas da raça Nelore e mestiças (Nelore x Angus) com 35 dias pós-parto e CC de 3, mantidas em pastagens de Brachiaria decumbens com suplementação mineral ad libitum. Inicialmente foram dividas em 2grupos: G-BE (n=38) e G-GnRH (n=37), sendo o protocolo de sincronização para a IATF o mesmo descritoacima (Exp. 1), no entanto nesse experimento não realizou-se a ultra-sonografia no D0 e D9. Em todas as fêmeas (Exp. 1 e 2) foi realizado diagnóstico de gestação por meio de ultra-sonografia 40 a 50 dias após a IATF. No Exp. 1 o diâmetro médio do FD no D0 não variou (p>0,05) nos grupos para as vacas prenhes (10,6 mm) epara as vacas vazias (10,7 mm). No D9 (retirada do implante) houve diferença (p<0,05) nos grupos para asvacas prenhes (11,1 mm) e para as vacas vazias (9,8 mm). As taxas de prenhez não variaram (p>0,05) e foramde 57,5% (G-BE) e 40,5% (G-GnRH). No entanto, animais que apresentaram FD ≥10 mm no D9 apresentaram taxa de prenhez significativamente maior (p<0,05) quando comparado com FD < que 10 mm. No exp. 2 a taxa de prenhez foi de 50% (G-BE) e 43% (G-GnRH) não variou (p>0,05) entre os grupos. O uso do GnRH no D0 nãomelhora a taxa de prenhez de vacas de corte e devido ao alto custo desse hormônio quando comparado ao BE édispensável o uso desse fármaco. Concluímos que o uso do GnRH no D0 não melhora a taxa de prenhez devacas no pós-parto. Diâmetro folicular maior que 10 mm no dia da retirada do implante de progesterona resultaem maior taxa de prenhez.

Colloquium Agrariae, vol. 5, n. Especial, 2009

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Encontro de Ensino, Pesquisa e Extensão, Presidente Prudente, 5 a 8 de outubro, 2009 214

ENAPI 2009 POSTER

UNIVERSIDADE DO OESTE PAULISTA - UNOESTECIÊNCIAS AGRÁRIAS

MEDICINA VETERINÁRIA

O EFEITO DO USO DE PROBIÓTICO NO CONTROLE DA DIARRÉIA EM BEZERROS NEONATOS, BEM

COMO SUA INFLUÊNCIA NO GANHO DE PESO

SANCHES, OSIMAR DE CARVALHO (Docente - UNOESTE)

GARDIM DE CESARE, ANGELO (Discente de curso de graduação - UNOESTE)

GASPARIN, GUSTAVO HENRIQUE (Outro - UNOESTE)

Na pecuária nacional, em particular, na bovinocultura de corte, existem vários pontos críticos que contribuempara o aumento do custo de produção, sendo a mortalidade de bezerros um desses fatores. A fase dealeitamento é provavelmente, a mais crítica para a alimentação dos bezerros, nesta fase os bezerros são maissusceptíveis a doenças, sendo a diarréia um dos maiores problemas nas duas primeiras semanas de vida, causando perdas econômicas em função dos gastos com medicações, morte ou redução do crescimento dosbezerros e baixo desempenho do futuro animal adulto. O objetivo do presente trabalho foi avaliar se acolonização do trato gastrointestinal por bactérias saprófitas contidas no probiótico, previne e ou controla adiarréia em bezerros neonatos e sua respectiva correlação com o ganho de peso, em animais criadosextensivamente. Foram utilizados 60 bezerros, nelore e ½ sangue nelore x simental com idade de 1 a 30 dias criados extensivamente. Os animais foram alocados em dois grupos de 30 animais: G1(grupo controle) e G2(grupo experimental). No dia do nascimento os bezerros foram numerados e pesados, sendo que os animais dogrupo experimental (G2) receberam 10 mililitros (ml) do produto comercial FLORAFORT® por via oral. Osanimais foram pesados a cada sete dias, e observada à incidência de diarréia nos dois grupos. As primeirapesagem pós-nascimento foi efetuada em balança de vara a pasto, e o restante das pesagens até os 30 dias foram efetuadas em balança do tipo mecânica como capacidade de 2 a 3 cabeças. Para análise do ganho depeso, os animais foram divididos por raças, Nelore e cruzamento entre as raças nelores (Bos indicus) e simental(Bos taurus). Para a análise estatística foi utilizado o método de análise de variância para análise de amostrasparalelas. Quanto ao número de bezerros com diarréia entre o grupo controle e o grupo tratado, não podemosafirmar estatisticamente que houve diminuição da diarréia no grupo tratado, entretanto, clinicamente o númerode animais com diarréia foi menor nos bezerros tratados com probiótico. Com relação ao ganho de peso,observou-se diferença significativa entre os animais da raça nelore tratados, já os animais oriundos de cruzamento simental x nelore não apresentaram alterações estatisticamente significativas. Observa-se que independente do tratamento com probiótico, os animais oriundos de cruzamento simental x nelore apresentamganho de peso ímpar em relação aos animais da raça nelore, supõe-se que este resultado provenha do melhoramento genético ocasionado pelo cruzamento entre raças. A diarréia ocorrida em alguns bezerros foi dotipo aquosa e amarelada, com ausência de estrias de sangue. O fornecimento de produtos probióticos influenciou na diminuição clínica das diarréias, influenciou também no ganho de peso em bezerros neonatos daraça Nelore, entretanto, o fornecimento do produto não interfere diretamente no ganho de peso de bezerrosoriginários de cruzamento até os 30 dias de idade.

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MEDICINA VETERINÁRIA

REDUÇÃO NO TEMPO DE PERMANÊNCIA DO IMPLANTE DE PROGESTÁGENO SOBRE A TAXA DE

MANIFESTAÇÃO DO ESTRO EM OVELHAS

DE ALMEIDA, MARCELO FERREIRA (Discente de programa de Pós-Graduação - UNOESTE)

COSTA, MARCELO ZOCCOLARO (Docente)

GARDIM DE CESARE, ANGELO (Discente de curso de graduação - UNOESTE)

GABRIEL FILHO, LUÍS ROBERTO ALMEIDA (Docente - UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA JÚLIO

DE MESQUITA FILHO - UNESP)

CASTILHO, CALIE (Docente - UNOESTE)

A atual expansão da ovinocultura no Brasil traz consigo novos desafios na busca de tecnologias que permita aoprodutor obter melhores resultados. O melhoramento genético, uma das bases deste processo, encontra na técnica de inseminação artificial (IA) uma das principais ferramentas, e sua adoção é facilitada pelas técnicas desincronização do estro. Portanto, objetivou-se 1) Avaliar a taxa e sincronização na manifestação de estros utilizando-se esponja de progestágeno mantidas por 9 ou 14 dias; 2) Testar a taxa e sincronização namanifestação de estros utilizando-se progestágeno mantido por 6 dias ou aplicação de dose única de PGF2 ou efeito macho. Experimento 1: 48 ovelhas mestiças receberam esponja vaginal contendo 60 mg de acetato demedroxiprogesterona (MAP) em seguida foram divididas em 2 grupos: G-9 (n=23) progestágeno por 9 dias e G-14 (n=25) por 14 dias. Na retirada da esponja os animais receberam PGF2, sendo 2 reprodutores introduzidos no lote para detectar o estro e 30 dias após foi realizado o diagnóstico de gestação foi por ultra-sonografia. Experimento 2: 151 ovelhas Suffolk foram divididas em 3 grupos: G-6 (n=30) as ovelhas receberam esponja vaginal contendo MAP durante 6 dias e aplicação de PGF2 na retirada e observação de estro como acima, porém com rufião. Grupo G-PGF (n=41) as ovelha receberam 1 dose de PGF2 seguida de observação deestro. No grupo G-EF (n=80) sem tratamento hormonal apenas o efeito da presença do macho, ou seja, introdução do macho após 2 meses de separação. No experimento 1 não houve diferenças (p>0,05) quanto a %de estro 69,56 % e 80,00%, taxa de prenhez 34,78% e 44,00% ou de concepção 50% e 55%, respectivamenteno G-9 ou G-14. No experimento 2 não houve diferenças (p>0,05) quanto a % de estro, 58% e 39%,respectivamente no G-6 e G-PGF, no entanto no G-EF a % de estro foi significativamente menor (11%).Concluímos que a duração do tratamento com progestágeno por 6, 9 ou 14 dias não afeta a taxa de manifestação de estro em ovelhas.

Colloquium Agrariae, vol. 5, n. Especial, 2009

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MEDICINA VETERINÁRIA

QUALIDADE DOS OÓCITOS DE ACORDO COM A PRESENÇA DE CORPO LÚTEO E LADO DO OVÁRIO

(DIREITO OU ESQUERDO) DE VACAS ZEBUÍNAS ABATIDAS

SAKATE, NAYLA MAYUMI (Discente de curso de graduação - UNOESTE)

CASTILHO, CALIE (Docente - UNOESTE)

As pesquisas com oócitos têm enfocado desvendar a sua qualidade e evidenciar a sua capacidade para serfecundado, ativado e sustentar de forma eficaz o desenvolvimento embrionário. Pois se sabe que a qualidadedos oócitos está diretamente ligada ao sucesso das taxas de desenvolvimento embrionário e sucessivamente dagestação. Portanto, os objetivos desse trabalho foram avaliar as características morfométricas dos ovários defêmeas zebuínas obtidos de abatedouro e a qualidade dos oócitos obtidos de ovários direito e esquerdo com CLe sem CL. Foram utilizados ovários provenientes de abatedouro que foram medidos. Todos os folículos visualizados na região cortical foram contados, medidos e classificados em 3 classes de diâmetro folicular:Classe 1 (>5mm); Classe 2 (5 a 7mm) e Classe 3 (>7mm). Imediatamente após os folículos foram aspirados comagulha 40x12 acoplada em seringa de 10ml, independente da classe de diâmetro, a seguir separados em direitocom corpo lúteo e sem corpo lúteo e esquerdo com corpo lúteo e sem corpo lúteo resultando nos grupos G-D1, G-D2, G-E1 e G-E2. As medidas obtidas não variaram de acordo com lado do ovário, direito e esquerdo, no entanto o comprimento, a espessura e a largura foram significativamente (p<0,05) maiores em ovários queapresentaram CL. A quantidade de folículos classe 2 (5-7mm) foi significativamente (p<0,05) maior em ovário com CL. A quantidade de folículos classe 3 (>7mm) foi maior (p<0,05) no ovário direito. Houve maior incidênciade CLs inclusos tanto no ovário direito (61,29%) quanto no esquerdo (58,33%). Não houve diferença significativana quantidade de oócitos viáveis (GI, GII e GIII) quando comparou o lado do ovário (direito ou esquerdo) nemtampouco se havia CL ou não. Concluímos que o lado do ovário e a presença de CL não alteram a qualidadedos oócitos.

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MEDICINA VETERINÁRIA

AVALIAÇÃO ULTRA-SONOGRÁFICA DO RECRUTAMENTO FOLICULAR NAS RAÇAS TABAPUÃ E

NELORE

PRANDINI, ANA CLAUDIA (Outro - UNOESTE)

ARNONE, BIANCA (Discente de programa de Pós-Graduação - UNOESTE)

LOLO, ANDRÉ SGARBI DE (Outro - UNOESTE)

CASTILHO, CALIE (Docente - UNOESTE)

A ultra-sonografia trans-retal em tempo real desde a década de 80 tem demonstrado que vacas e novilhaspodem ter duas ou três ondas por ciclo, com um folículo tornando-se dominante em cada uma delas. Por isso, uma população de pequenos, médios e grandes folículos é encontrada em cada ovário, durante todos os dias dociclo estral e têm aplicação prática para aumentar a eficiência das biotécnicas de superovulação paratransferência de embriões e aspiração folicular guiada por ultra-sonografia. Portanto, objetivou-se comparar o

número de folículos pequenos (≤5mm) entre novilhas Nelore e vacas Tabapuã durante a emergência folicular naprimeira onda. Grupo I: Utilizou-se 13 novilhas Nelore, com 24 a 36 meses, peso médio 300 Kg, sincronizadascom progestágeno por 9 dias e aplicação de 3 mg de norgestomet + 5 mg de valerato de estradiol (dia 0) e no oitavo dia 2 mL de . Grupo II: Utilizou-se vacas Tabapuã (n=8), com 6 a 7 anos, sincronizadas�PGF2 com implante de progestágeno por 10 dias + 1mg de benzoato de estradiol (dia 0) , nesse dia os animais comfolículos�g PGF2�e no dia 10 aplicou-se 500 > 9 g de GnRH. Nos 2 grupos após o estro foi utilizado�mm recebeu por via IM 300 ultra-som Aloka SSD-500 transdutor 7,5 MHZ (Grupo I) ou Honda HS-2000VET 5 MHz (Grupo II) para acompanhar a ovulação e a 1ª onda folicular. Nos exames a cada 12 horas (de 0 até 132 h após ovulação) todos os folículos acima de 2 mm eram identificados e desenhados. Não houve diferença (p<0,05)

quanto ao número de folículos pequenos (≤5mm) entre as raças estudadas.A média de folículos pequenos para novilhas Nelore variou de 17,85 ± 2,91 a 24,42 ± 9,21, enquanto nas vacas Tabapuã variou de 17,33 ± 3,1 a 27,0

± 6,95. O número de folículos pequenos (≤5mm) nas novilhas Nelore não diferiu (p>0,05) nos momentos estudados. Já nas vacas Tabapuã houve diferença (p<0,05) sendo detectado maior número de folículos às 12,24 e 36 h quando comparadas às 108 h e às 24 quando comparada às 84 h. Este aumento coincide com aemergência da onda e conseqüente aumento de FSH e a diminuição dos folículos ocorre pela queda do FSH resultante do aumento de estradiol pelos folículos recrutados. Embora no presente estudo os experimentosforam realizados em diferentes épocas, com 2 tipos de aparelho de ultra-som e em novilhas versus vacas, não houve diferença significativa quanto ao número de folículos pequenos entre Nelore e Tabapuã nos momentos

estudados. Concluímos que a população de folículos ≤5mm na 1ª onda folicular não difere entre as raças estudadas, porém as vacas da raça Tabapuã apresentaram variação dentro dos momentos estudados.

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MEDICINA VETERINÁRIA

CARACTERIZAÇÃO MORFOLÓGICA DA DIVERGÊNCIA FOLICULAR EM VACAS DA RAÇA TABAPUÃ

TRATADAS COM SOMATOTROFINA BOVINA

ARNONE, BIANCA (Discente de programa de Pós-Graduação - UNOESTE)

GABRIEL FILHO, LUÍS ROBERTO ALMEIDA (Docente - UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA JÚLIO

DE MESQUITA FILHO - UNESP)

CASTILHO, CALIE (Docente - UNOESTE)

A dinâmica folicular representa um dos aspectos mais importantes da fisiologia ovariana, sendo estudada desdea década de 80 pela ultra-sonografia diária em raças taurinas e zebuínas para fornecer subsídios para oaprimoramento das principais biotécnicas reprodutivas. A somatotrofina bovina (bST) é um hormônio hipofisário com múltiplos efeitos no crescimento e diferenciação celular e têm demonstrado ação nos ovários sobretudo nocrescimento folicular. Portanto, o objetivo do presente estudo foi avaliar o efeito da somatotrofina bovina nadivergência folicular em vacas da raça Tabapuã (zebuína). Foram utilizadas 16 vacas da raça Tabapuã,inicialmente receberam implante de progestágeno auricular concomitante à aplicação IM de 1mg de benzoato deestradiol (dia 0). No dia 5, dividiram-se as fêmeas em 2 grupos: G-I (controle, n=8) e as vacas do G-II foram tratadas com 500 mg bST (n=8). No dia 10 foi feita a retirada do crestar concomitante a e apenas nas vacascom folículos�g de PGF2�aplicação de 500 > 9 mm aplicação g de GnRH. Foram realizados exames ultra-sonográficos a cada 12 horas�de 300 por 5 dias. Não houve diferença estatística entre os momentos dedivergência folicular, no G-I foi de 2,4 dias e no G-II 2,1 dias. Nesse momento o FD e FS 0,39 mm no� 0,72 e 6,12 � 0,41 mm no G-I e 6,08 � 0,42 e 6,26 �mediram 6,28 G-II. O FD atingiu diâmetro máximo após a ovulação em média 110,00 ± 8,43 horas no GI e 115,20 ± 8,98 horas no GII. Já o FS atingiu o diâmetro máximoàs 55,00 ± 20,00 e 76,80 ± 10,46 horas, respectivamente. A média do diâmetro máximo atingido pelo FD e FS no GI foi respectivamente 8,85 ± 0,41 e 6,50 ± 0,42 mm e no GII foi 9,83 ± 0,63 e 6,87 ± 0,35 mm. Não houvediferença significativa (p>0,05) no diâmetro do FD e FS e nem nas taxas de crescimento (mm/12h) do FD antese após a divergência folicular. O fato do diâmetro folicular não apresentar diferença entre grupos neste estudo,pode ser devido ao momento de aplicação da bST (5 dias após a colocação do implante) e a raça utilizada (Bostaurus taurus). Concluímos que a aplicação de bST não afetou o diâmetro folicular, a taxa de crescimento do FD e FS antes e após a divergência, nem tampouco, o momento da divergência folicular.

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RESUMOS DE PROJETOS

AMBIEL, ANA CLAUDIA....................................................................................................................... 226

ARREBOLA, THAÍS ANDRESSA HERNANDES ................................................................................. 229

ARREBOLA, THAÍS ANDRESSA HERNANDES ................................................................................. 230

BOABAID, DANIEL ............................................................................................................................... 229

BOABAID, DANIEL ............................................................................................................................... 230

CASTILHO, CALIE................................................................................................................................ 226

FREITAS, SELMA DE BASTOS ZAMBELLI ........................................................................................ 221

GARCIA SANTOS, FRANCISLAINE ANELIZE.................................................................................... 226

GARDIM DE CESARE, ANGELO......................................................................................................... 225

GARDIM DE CESARE, ANGELO......................................................................................................... 231

GASPARIN, GUSTAVO HENRIQUE.................................................................................................... 225

GIOMETTI, INES CRISTINA ................................................................................................................ 223

GIOMETTI, INES CRISTINA ................................................................................................................ 224

GIOMETTI, INES CRISTINA ................................................................................................................ 226

GOMES, DENIS ROBISON.................................................................................................................. 227

GUABERTO, LUCIANA MACHADO..................................................................................................... 226

GUABERTO, LUCIANA MACHADO..................................................................................................... 228

HENRIQUE DOS SANTOS, FERNANDO ............................................................................................ 231

LAPOSY, CECÍLIA BRAGA.................................................................................................................. 221

LAPOSY, CECÍLIA BRAGA.................................................................................................................. 222

MALAMAN, GRAZIELLE ...................................................................................................................... 221

MELCHERT, ALESSANDRA................................................................................................................ 222

MUNGAI CHACUR, MARCELO GEORGE .......................................................................................... 228

MUNGAI CHACUR, MARCELO GEORGE .......................................................................................... 229

MUNGAI CHACUR, MARCELO GEORGE .......................................................................................... 230

MUNGAI CHACUR, MARCELO GEORGE .......................................................................................... 231

NISHIMOTO, VANESSA SHIZUKO ALVES......................................................................................... 222

NOGUEIRA, ROSA MARIA BARILLI.................................................................................................... 221

OLIVEIRA, LETÍCIA AMÉLIA................................................................................................................ 224

PAPA, FREDERICO OZANAN ............................................................................................................. 223

Colloquium Agrariae, vol. 5, n. Especial, 2009

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Encontro de Ensino, Pesquisa e Extensão, Presidente Prudente, 5 a 8 de outubro, 2009 220

PAPA, FREDERICO OZANAN ............................................................................................................. 224

PAPA, PATRICIA.................................................................................................................................. 223

PERINI BUZZETI, SILVIA HELENA ..................................................................................................... 229

PERINI BUZZETI, SILVIA HELENA ..................................................................................................... 230

POLIZEL, AMANDA.............................................................................................................................. 222

RUIZ PEREIRA, ANA CARLA .............................................................................................................. 228

SANCHES, OSIMAR DE CARVALHO ................................................................................................. 225

SANCHES, OSIMAR DE CARVALHO ................................................................................................. 229

SANCHES, OSIMAR DE CARVALHO ................................................................................................. 230

SANTARÉM, VAMILTON ALVARES.................................................................................................... 221

SANTOS, DANIELE PERES DOS........................................................................................................ 229

SANTOS, DANIELE PERES DOS........................................................................................................ 230

TOSHIYUKI MIZUSAKI, KRISTOFFER................................................................................................ 231

WELLER RIBEIRO, RENATO .............................................................................................................. 226

YAMASAKI, LETÍCIA ........................................................................................................................... 227

Colloquium Agrariae, vol. 5, n. Especial, 2009

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Encontro de Ensino, Pesquisa e Extensão, Presidente Prudente, 5 a 8 de outubro, 2009 221

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MEDICINA VETERINÁRIA

MARCADORES CARDÍACOS EM RATOS (RATTUS NOVERGICUS) INFECTADOS EXPERIMENTALMENTE

POR TOXOCARA CANIS

DE BASTOS ZAMBELLI FREITAS, SELMA (Discente de programa de Pós-Graduação - UNOESTE)

MALAMAN, GRAZIELLE (Discente de curso de graduação - UNOESTE)

LAPOSY, CECÍLIA BRAGA (Docente - UNOESTE)

SANTARÉM, VAMILTON ALVARES (Docente - UNOESTE)

NOGUEIRA, ROSA MARIA BARILLI (Docente - UNOESTE)

A toxocaríase é uma infecção zoonótica vista em todo o mundo, causada pelo parasita Toxocara canis e menosfrequentemente pelo Toxocara cati, que são encontrados no intestino de cães e gatos, respectivamente. Osseres humanos se infectam pela ingestão de ovos do parasito encontrados nas fezes infectadas de filhotes efêmeas em lactação. Indivíduos de todas as idades podem ser acometidos, mas a doença é mais comum emcrianças que ingerem alimentos contaminados pelas fezes do cão ou gato. Na maioria dos casos, a infecção éassintomática e auto-limitante. As duas formas mais comuns são: a larva migrans ocular e a larva migransvisceral, com sintomatologia geral e envolvimento de vários órgãos ou sistema como pele, pulmão, fígado e em raras ocasiões, coração e sistema nervoso central. A toxocaríase visceral é uma zoonose de carátercosmopolita, ocasionado pela migração somática de larvas de Toxocara spp. Apesar de as larvas passaremobrigatoriamente pelo coração no processo de migração, poucos estudos envolvem as lesões cardíacasprovocadas pelo parasito. Dada a importância da zoonose, o estudo sobre lesões cardíacas por larvas T. canisem modelo experimental murino, com diferentes cargas infectantes e um período maior de avaliação dos animais, pode ser de grande utilidade na compreensão da biologia e da patologia da toxocaríase no ser humano.Com o objetivo de estudar as alterações promovidas por larvas de Toxocara canis sobre as enzimas cardíacasCK (creatinoquinase), CK-MB(creatinoquinase fração MB) e LDH (lactato desidrogenase) de ratos Wistar de trêsmeses de idade, em função da carga infectante e do tempo, serão formados dois grupos com 24 animais, 12machos e 12 fêmeas por grupo. Os animais de um dos grupos receberão, por via oral, 250 ovos larvados de T. canis, enquanto que no outro, os ratos serão infectados com 1.000 ovos larvados, pela mesma via. Outro grupo,constituído por 12 animais, seis de cada sexo, servirá como controle. Será realizada a eutanásia, porexsanguinação, de quatro animais dos grupos experimentais e dois do grupo controle, nos dias sete, 15, 30, 60,120 e 180 pós-infecção. Durante o procedimento, amostra de sangue será colhida por punção venojugular, pararealização dos exames laboratoriais. Os dados serão submetidos ao tratamento estatístico pelo teste t deStudent e pela análise de variância (ANOVA), considerando-se o nível de significância em 5% .

Colloquium Agrariae, vol. 5, n. Especial, 2009

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MEDICINA VETERINÁRIA

AVALIAÇÃO DO ESTRESSE OXIDATIVO EM CÃES SUBMETIDOS A EXERCÍCIO

LAPOSY, CECÍLIA BRAGA (Docente - UNOESTE)

MELCHERT, ALESSANDRA (Docente - UNOESTE)

POLIZEL, AMANDA (Discente de programa de Pós-Graduação - UNOESTE)

NISHIMOTO, VANESSA SHIZUKO ALVES (Discente de curso de graduação - UNOESTE)

O aumento do consumo de oxigênio, assim como a ativação das vias metabólicas específicas durante ou após oexercício, resulta na formação de substâncias conhecidas como radicais livres, que são produzidos naturalmente em nosso organismo através de processos metabólicos oxidativos e, muitas vezes, são de extrema utilidade,como nas situações em que há necessidade de ativação do sistema imunológico ou na produção do fatorrelaxante derivado do endotélio, importante nos processos que desencadeiam o relaxamento dos vasossanguíneos.Estas moléculas estão aumentadas nos exercícios de alta intensidade e extenuante,estandotambém relacionadas a um grande número de doenças.Por outro lado, sabe-se que a atividade física é uma conhecida forma de estresse e a exposição crônica a ela é capaz de disparar adaptações em resposta a umamaior produção destes radicais livres.O termo estresse oxidativo é utilizado em circunstâncias nas quais osdesafios por radicais livres resultam em dano tecidual ou na produção de compostos tóxicos ou danosos aostecidos. Poder-se dizer que um organismo encontra-se em estresse oxidativo quando há um desequilíbrio entreos sistemas prooxidantes e antioxidantes, de maneira que os primeiros sejam predominantes.A glutationa é umtripeptídeo que existe no organismo em suas formas reduzida (GSH) e oxidada (GSSG), atuando direta ouindiretamente em muitos processos biológicos importantes, incluindo a síntese de proteínas, metabolismo e proteção celular. Problemas na síntese e metabolismo da glutationa estão associados a doenças relacionadasao estresse oxidativo.Modelos animais fornecem condições apropriadas para a obtenção de resultadosreferentes a mecanismos celulares e moleculares envolvidos nas adaptações metabólicas ao exercício, que nãoseriam possíveis de outra forma. O presente trabalho tem como objetivo determinar os valores de glutationaperoxidase, lactato desidrogenase e selênio em cães clinicamente normais submetidos a exercício intenso. Serão utilizados oito cães adultos, hígidos atestados por exames clínicos (aferição da freqüência cardíaca,respiratória e temperatura retal), laboratoriais (hemograma, pesquisa de hematozoários e contagem deplaquetas) e eletrocardiográficos. Todos os animais receberão ração comercial controlada e água adlibitum.Inicialmente, os cães serão adaptados a andar e correr em esteira eletrônica (Training dog® ), eposteriormente submetidos ao teste de esforço máximo.Amostras de sangue serão colhidas por punção da veia jugular, utilizando-se tubos a vácuo heparinizados e sem anticoagulantes para realização dos exameslaboratoriais previamente preconizados.Os dados serão submetidos ao tratamento estatístico pelo teste t deStudent e pela análise de variância (ANOVA), considerando-se o nível de significância em 5% .

Colloquium Agrariae, vol. 5, n. Especial, 2009

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MEDICINA VETERINÁRIA

CRIOPRESERVAÇÃO DE ESPERMATOZÓIDES DA CAUDA DO EPIDÍDIMO DE BOVINOS ABATIDOS EM

MATADOUROS

PAPA, FREDERICO OZANAN (Docente - UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA JÚLIO DE MESQUITA

FILHO - UNESP)

GIOMETTI, INES CRISTINA (Docente - UNOESTE)

PAPA, PATRICIA (Discente de curso de graduação - UNOESTE)

A pesquisa tem criado oportunidades extraordinárias para o domínio dos processos reprodutivos edesenvolvimento da produção animal, pela conservação de material genético dos animais e pela possibilidadede observar os processos in vitro, sem comprometer o bem-estar do animal, nem a vida do embrião. A criopreservação dos gametas masculinos é uma biotecnologia de grande importância em programas demelhoramento animal, já que permite a preservação do material genético de animais com genética superior epermite a obtenção de maior número de descendentes deste animal. Porém, esta biotecnologia apresentasucesso limitado quando ocorre a morte do animal e a coleta de espermatozóides não pode mais ser realizada.Desta forma, os espermatozóides do epidídimo, se não perderem sua viabilidade na congelação, podem representar uma importante maneira para a proliferação de genes de animais valiosos e raros que já morreram.O objetivo deste trabalho é avaliar a motilidade e a integridade da membrana plasmática dos espermatozóidesdo epidídimo de bovino, utilizando diferentes meios de criopreservação. Para tanto, os espermatozóides doepidídimo serão divididos em quatro grupos: grupo 1 (diluente para lavagem sem Sperm-Talp e meio de congelação Tris-gema), grupo 2 (diluente para lavagem com Sperm-Talp e meio de congelação Tris-gema), grupo 3 (diluente para lavagem sem Sperm-Talp e meio de congelação Botubov®) e grupo 4 (diluente paralavagem com Sperm-Talp e meio de congelação Botubov®).Serão consideradas diferenças significativas quandoP<0,05, utilizando a ANOVA seguida do teste de Tukey. Apoio: Fapesp (2009/50251-4), Unesp e Unoeste.

Colloquium Agrariae, vol. 5, n. Especial, 2009

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MEDICINA VETERINÁRIA

INFLUÊNCIA DA TEMPERATURA DE TRANSPORTE DOS TESTÍCULOS BOVINOS NA

CRIOPRESERVAÇÃO DOS ESPERMATOZÓIDES DA CAUDA DO EPIDÍDIMO

OLIVEIRA, LETÍCIA AMÉLIA (Discente de curso de graduação - UNOESTE)

PAPA, FREDERICO OZANAN (Docente - UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA JÚLIO DE MESQUITA

FILHO - UNESP)

GIOMETTI, INES CRISTINA (Docente - UNOESTE)

A pesquisa tem criado oportunidades extraordinárias para o domínio dos processos reprodutivos edesenvolvimento da produção animal, pela possibilidade de observar os processos in vitro, sem comprometer o bem-estar do animal, nem a vida do embrião. É notório que a biotecnologia e a tecnologia de reproduçãoassistida (qualquer manipulação na reprodução), têm sido aplicadas com sucesso para diversas espécies e sãoclaros os benefícios para a produção animal, bem como para a biologia de conservação. A criopreservação dosgametas masculinos é uma biotecnologia de grande importância em programas de melhoramento animal, já quepermite a preservação do material genético de animais com genética superior e permite a obtenção de maior número de descendentes deste animal. Porém, esta biotecnologia apresenta sucesso limitado quando ocorre amorte do animal e a coleta de espermatozóides não pode mais ser realizada. Desta forma, os espermatozóidesdo epidídimo, se não perderem sua viabilidade durante o transporte, manipulação e congelação, podemrepresentar uma importante maneira para a proliferação de genes de animais valiosos e raros que já morreram.Este projeto tem como objetivo avaliar a motilidade e a integridade da membrana plasmática dos espermatozóides congelados da cauda do epidídimo, após o transporte dos testículos bovinos em diferentestemperaturas. Para tanto, os testículos de 20 animais serão transportados em duas temperaturas (5 e 15 grausCelsius). Após a extração dos espermatozóides da cauda do epidídimo, eles serão congelados e então amotilidade e a integridade da membrana plasmática dos espermatozóides serão avaliadas. Serão consideradasdiferenças significativas quando P<0,05, utilizando a ANOVA seguida do teste de Tukey. Apoio: FAPESP(2009/50255-0), Unesp e Unoeste.

Colloquium Agrariae, vol. 5, n. Especial, 2009

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MEDICINA VETERINÁRIA

ANÁLISE HISTOPATOLÓGICA DO PULMÃO, FÍGADO, BAÇO E RIM DE RATOS INFECTADOS

EXPERIMENTALMENTE COM MYCOBACTERIUM BOVIS E TRATADOS COM ASSOCIAÇÃO DE ISONIAZIDA E DMSO, RIFAMPICINA E DMSO E ISONIAZIDA ASSOCIADA A RIFAMPICINA E DMSO

SANCHES, OSIMAR DE CARVALHO (Docente - UNOESTE)

GARDIM DE CESARE, ANGELO (Discente de curso de graduação - UNOESTE)

GASPARIN, GUSTAVO HENRIQUE (Outro - UNOESTE)

A tuberculose é uma doença infecto-contagiosa causada pelo Mycobacterium bovis, de evolução crônica eassume papel muito importante em sanidade animal e saúde pública. E por ser uma zoonose, o controle e erradicação da doença refletirá diretamente na diminuição dos casos no homem. Causa grande problemaeconômico, devido às grandes perdas por condenação de carcaças em matadouros e por queda da produçãoleiteira (BELCHIOR, 2001). Todas as espécies animais são suscetíveis ao M. bovis em qualquer faixa etária esexo; e todos os animais infectados tornam-se fonte de infecção, sendo a via orofaríngea a porta de entradamais comum. O agente é eliminado pela respiração, urina, fezes, secreções vaginais e uterinas, pelo escarro,leite e sêmen (ROXO,1995). Muitos estudos relatam o processo inflamatório granulomatoso em pulmão elinfonodos, portanto, há poucos relatos no que tangem as alterações microscópicas em fígado e rim. Logo as alterações morfológicas em outros órgãos que não apresentam macroscopicamente o granuloma não sãorelatadas. O objetivo do projeto é avaliar as alterações microscópicas em pulmão, fígado, baço e rim de ratosinfectados experimentalmente com Mycobacterium bovis e tratados com associação de isoniazida e DMSO,rifampicina e DMSO e isoniazida associada a rifampicina mais DMSO; avaliar a quantidade e o tamanho dosgranulomas e avaliar qual associação terapêutica melhor se presta para eliminar o agente bacteriano dos pulmões, fígado, baço e rim. Os animais foram divididos em 7 grupos, todos os grupos foram submetidos ainfecção experimental com Mycobacterium bovis, e foram eutanasiados após 90 dias após a infecçãoexperimental. Os animais do grupo 1 (controle, n=6), não receberam tratamento; os animais grupo 2 (n=12)receberam como tratamento isoniazida; os animais do grupo 3 (n=11), receberam isoniazida e DMSO; já o grupo4 (n=8), recebeu rifampicina; os animais do grupo 5 (n=10) foram medicados com rifampicina e DMSO; os animais do grupo 6 (n=11), receberam isoniazida associada a rifampicina e os animais do grupo 7 (n=10), foramsubmetidos ao tratamento da associação de isoniazida, rifampicina e DMSO. A análise microscópica será feitautilizando as colorações de hematoxilina e eosina, tricrômio de Masson e Ziehl-Neelsen de todas as amostras. Fragmentos de pulmão, fígado, rim e baço foram fixadas em solução de formalina a 10% tamponada, pH 7,0 por24 a 48 horas, e depois lavadas em água corrente por 1 hora. Após isso, os fragmentos foram transferidos parauma solução de álcool 70%. Os fragmentos foram processados conforme a técnica de rotina histológica paramicroscopia óptica e inclusão em m de espessura de�parafina. Com o auxílio do micrótomo rotativo secções de 5 todas as amostras foram obtidas. As secções foram coradas pelos métodos da hematoxilina e eosina,tricrômio de Masson e Ziehl-Neelsen. Todas as colorações seguiram o protocolo de TOLOSA et al (2003).

Colloquium Agrariae, vol. 5, n. Especial, 2009

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MEDICINA VETERINÁRIA

PERFIL PROTEICO DO LÍQUIDO FOLICULAR COLETADO DE OVÁRIOS EM DIFERENTES FASES DO

CICLO ESTRAL DE BOVINOS.

WELLER RIBEIRO, RENATO (Discente de curso de graduação - UNOESTE)

GARCIA SANTOS, FRANCISLAINE ANELIZE (Discente de curso de graduação - UNOESTE)

AMBIEL, ANA CLAUDIA (Docente - UNOESTE)

GUABERTO, LUCIANA MACHADO (Discente de programa de Pós-Graduação - UNOESTE)

CASTILHO, CALIE (Docente - UNOESTE)

GIOMETTI, INES CRISTINA (Docente - UNOESTE)

A fecundação in vitro (PIV) é uma biotecnologia que está em processo de acelerada difusão e desenvolvimento,especialmente na pecuária brasileira, onde mais de 40% dos embriões transferidos são produzidos in vitro.Apesar disso, as taxas de gestação atuais estão em torno de 50% com embriões a fresco e 40% com embriãocongelado. Os oócitos utilizados na PIV são oriundos de vacas em diferentes fases do ciclo estral, fato que podeestar contribuindo para essas taxas de gestação. Como o microambiente do oócito coletado para a PIV é ofolículo antral, repleto de líquido folicular e como as células foliculares sintetizam algumas proteínas que sãosecretadas no líquido folicular, espera-se que este microambiente esteja alterado dependendo da fase do ciclo estral e dos hormônios que estão atuando sobre essas células. O objetivo deste trabalho é verificar o perfilproteico do líquido folicular de folículos de diferente fases do ciclo estral de bovinos. Para tanto, serão coletadosno abatedouro ovários de vacas e estes serão alocados em 5 diferentes fases do ciclo estral, levando em contaa presença ou ausência do corpo lúteo (CL) e sua caracterização morfológica. Serão coletados 20 “pools” delíquido folicular de folículos de 2 a 7 mm de ovários em 5 diferentes fases do ciclo estral (1=CL inicial,hemorrágico; 2=CL em desenvolvimento; 3=CL maduro; 4=CL em regressão e 5=ausência de CL). O perfilproteico será avaliado por eletroforese em gel de poliacrilamida. Serão consideradas diferenças significativas quando P<0,05, utilizando a ANOVA (dados normalizados) ou teste de Kruskal Wallis (dados não normalizados),seguido do teste de Tukey ou do teste de Student. Apoio: UNOESTE (Projeto PEIC: 29).

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MEDICINA VETERINÁRIA

HELICOBACTER SPP E LESÕES GÁSTRICAS EM SUÍNOS: ASPECTOS IMUNOISTOQUÍMICOS,

ULTRAESTRUTURAIS E IDENTIFICAÇÃO DE ESPÉCIES E DE GENES.

YAMASAKI, LETÍCIA (Docente - UNOESTE)

GOMES, DENIS ROBISON (Discente de curso de graduação - UNOESTE)

A descoberta da associação entre a infecção pelo Helicobacter pylori no homem e a presença de gastrites,úlceras e neoplasias como adenocarcinoma e linfoma gástrico despertou um grande interesse a respeito da participação de bactérias no desenvolvimento de gastropatias. A interação entre o Helicobacter pylori e asdoenças gástricas de humanos está bem estabelecida. Nos animais a infecção é predominantemente por outrasespécies de helicobactérias, sendo que há poucos dados na literatura a respeito da interação entre estasespécies e a mucosa gástrica.A literatura demonstra que ainda não há uma conclusão definitiva sobre o papeldo Helicobacter spp. na fisiopatologia das doenças gástricas dos animais. Os relatos sobre a prevalência da infecção no Brasil são escassos e os resultados relacionando a presença da bactéria com o estabelecimento deúlceras gástricas são conflitantes. A obtenção de dados envolvendo aspectos morfológicos e epidemiológicos será importante para elucidar aspectos da fisiopatologia da infecção por Helicobacter spp. nos animais,contribuindo para minimizar as perdas econômicas e para estabelecer formas efetivas de prevenção da infecção.Esperamos que esse estudo proporcione um melhor entendimento das lesões que podem ser causadas porhelicobactérias e também que possamos associar nossos resultados ao contexto atual da pesquisa sobreHelicobacter pylori. Este estudo tem como objetivo geral analisar a relação entre a infecção por Helicobacter spp. no estômago de suínos e as alterações teciduais em diferentes níveis. Para alcançar esse objetivo serãorealizadas provas de imunoistoquímica para avaliação de índices de proliferação celular e de integridade dejunções intercelulares, microscopia eletrônica de mucosa estomacal e biologia molecular (Reação em Cadeiapela Polimerase) para identificação de espécies e genes de patogenicidade em animais infectados e animaissadios.

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MEDICINA VETERINÁRIA

ESTUDO DO PERFIL PROTEICO DO PLASMA SEMINAL EM TOUROS DAS RAÇAS BRANGUS E

PARDO-SUÍCA, POR MEIO DA ELETROFORESE SDS-PAGE

RUIZ PEREIRA, ANA CARLA (Discente de curso de graduação - UNOESTE)

MUNGAI CHACUR, MARCELO GEORGE (Docente - UNOESTE)

GUABERTO, LUCIANA MACHADO (Discente de programa de Pós-Graduação - UNOESTE)

A despeito de vários estudos relativos ao perfil proteico do plasma seminal em touros, há a necessidade de uma caracterização da realidade regional, sendo importante ressaltar o rebanho do Oeste do Estado de São Paulo napecuária nacional. O plantel bovino paulista soma aproximadamente 13 milhões de cabeças, cerca de 6%lotadas na microrregião de Presidente Prudente- SP, exibindo a maior densidade de cabeças no estado. Oplasma seminal produzido pelas glândulas sexuais acessórias é responsável pela manutenção da viabilidadedos espermatozóides. Atualmente, sabe-se que as proteínas do plasma atuam de forma positiva ou negativa a fertilidade dos touros. A morfologia espermática supostamente é influenciada pelos constituintes do plasmaseminal, sendo o mesmo um dos responsáveis pela fertilidade observada em touros Limousin e na raça Nelore.A partir da década 90 até os dias de hoje, estudos relativos à composição do plasma seminal, visandodeterminar marcadores bioquímicos de fertilidade vem sendo desenvolvidos, para predizer o potencialreprodutivo de um animal. . O objetivo do estudo será de investigar o perfil protéico em eletroforese SDS-PAGE do plasma seminal dos touros, relacionando-o com a qualidade do sêmen. As amostras de plasma seminalpertencentes a 16 touros, sendo 8 da raça Brangus e 8 da raça Pardo-Suíça, encontram-se congeladas a -20°C, no Laboratório de Reprodução Animal da UNOESTE. Para o ideal armazenamento desse material, as amostrasforam centrifugados3 a 1500g por 15 minutos, separando e estocando 1mL do plasma seminal em criotubos,armazenados a -20°C para a extração e quantificação das proteínas (LAEMILLI, 1970; BRADFORD, 1976), etapa essa que será realizada nesse projeto. Posteriormente, será realizada a eletroforese em gel depoliacrilamida (SDS-PAGE) em cuba vertical4 ligada à fonte elétrica5 (50V x 50 mA por 30 minutos; e 300 V x 16mA por 12 horas). A revelação das bandas proteicas será feita em solução a 2% de Coomassie blue R-2506 até a visualização das mesmas, com posterior utilização de transminador7 permitindo a captura, visualização e oprocessamento de imagens de bandas proteicas reveladas nos géis.

Colloquium Agrariae, vol. 5, n. Especial, 2009

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MEDICINA VETERINÁRIA

MORFOMETRIA DE TESTÍCULOS DE CARNEIROS COLETADOS EM MATADOURO, PERFIL HORMONAL E

HISTOLOGIA

BOABAID, DANIEL (Outro - UNOESTE)

MUNGAI CHACUR, MARCELO GEORGE (Docente - UNOESTE)

ARREBOLA, THAÍS ANDRESSA HERNANDES (Discente de programa de Pós-Graduação - UNOESTE)

PERINI BUZZETI, SILVIA HELENA (Discente de curso de graduação - UNOESTE)

SANTOS, DANIELE PERES DOS (Discente de curso de graduação - UNOESTE)

SANCHES, OSIMAR DE CARVALHO (Docente - UNOESTE)

A ovinocultura atualmente ocupa um lugar de importância dentro dos criatórios de interesse zootécnico, sendonecessário o desenvolvimento de estudos na área de reprodução, relativos aos ovinos criados em clima tropical. A secreção de testosterona pelas células de Leydig está sob o controle do LH. A secreção do LH, por sua vez, écontrolada pela liberação episódica do hormônio liberador de gonodatropina (GnRH). Ocorrem até 12 liberações episódicas de LH, durante as 24 horas do dia, nos machos ovinos. A técnica AgNOR avalia as NORs decromossomos ativos durante o ciclo celular e o número ou área das NORs mostram essa atividade proliferativa,a partir da fase G1 até o máximo na fase S do ciclo. Esse modelo de marcação AgNOR possui um grande valorpara diagnóstico e prognóstico de tumores, pois quanto maior o grau de malignidade, maior o número e menor otamanho de AgNORs presentes dentro do núcleo. . Objetivo geral - Relacionar a morfometria dos testículos com o perfil hormonal e achados histológicos de carneiros em peças colhidas em matadouro. Objetivos específicos -Avaliar o nível sérico de testosterona total em ovinos mestiços nas faixas etárias de: 8 a 12 meses; 13 a 20meses e de 21 a 30 meses de idade. Avaliar a morfometria testicular macroscópica e microscópica doparênquima testicular nas três faixas etárias. Avaliar o número de “NOR” nos nucléolos, corados pela técnicaAgNOR, nas células de Leydig e de Sertoli nas três faixas etárias. . Serão coletados em matadouro comercial120 pares de testículos de machos ovinos mestiços, nas faixas etárias de: 8 a 12 meses; 13 a 20 meses e de 21a 30 meses de idade, perfazendo 40 pares por faixa etária. Será coletado o sangue da carcaça dos animais para realização da dosagem hormonal por meio de radioimunoensaio (RIA) utilizando “kit” comercial (Testosteronatotal, Coat a Count - RIE®) para testosterona total. Os testículos serão identificados conforme o lado emtestículo direito (TD) e testículo esquerdo (TE) de acordo com a carcaça da qual será coletado o sangue. Aspeças (testículos) serão armazenadas e transportadas em solução salina a 37ºC para os laboratórios deReprodução Animal e de Patologia Veterinária da UNOESTE para posterior análise morfométrica com o auxílio de um paquímetro, de modo a verificar o comprimento (cm) no eixo dorso-ventral, largura (cm) no eixo latero-lateral; e a espessura (cm) no eixo crânio-caudal. Com a imersão dos testículos em proveta graduada contendo solução fisiológica, será obtido o volume (mL) com posterior pesagem dos testículos. As amostras dos testículosde ovinos serão fixadas em solução de Davidson, após serão lavadas em água corrente e transferidos parasolução de álcool 70%. O tecido em parafina será cortado em blocos. Os cortes ficarão incubados em câmaraúmida durante 30 minutos a 60ºC numa solução contendo nitrato de prata. .

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MEDICINA VETERINÁRIA

MORFOMETRIA DE OVÁRIOS DE OVELHAS COLETADOS EM MATADOURO, PERFIL HORMONAL E

HISTOLOGIA

ARREBOLA, THAÍS ANDRESSA HERNANDES (Discente de programa de Pós-Graduação - UNOESTE)

MUNGAI CHACUR, MARCELO GEORGE (Docente - UNOESTE)

BOABAID, DANIEL (Outro - UNOESTE)

PERINI BUZZETI, SILVIA HELENA (Discente de curso de graduação - UNOESTE)

SANTOS, DANIELE PERES DOS (Discente de curso de graduação - UNOESTE)

SANCHES, OSIMAR DE CARVALHO (Docente - UNOESTE)

A ovinocultura atualmente ocupa um lugar de importância dentro dos criatórios de interesse zootécnico, sendonecessário o desenvolvimento de estudos na área de reprodução, relativos aos ovinos criados em clima tropical.A medula ovariana é formada de tecido conjuntivo fibroelástico, nervos extensivos e artérias, compreendendo a parte mais interna do ovário. O córtex possui os folículos e corpos lúteos em vários estágios dedesenvolvimento, tudo sustentado por tecido conjuntivo e fibras musculares lisas em meio a vasos e nervos. Asfunções e duração do corpo lúteo (CL) parecem depender das modificações hemodinâmicas que ocorremdurante o cio. O aumento dos níveis de progesterona durante a fase luteínica promove o “feedback” negativopara secreção de LH, diminuindo a frequência de secreção e inibindo o desenvolvimento dos folículos até que ocorra a luteólise. A técnica AgNOR avalia as NORs de cromossomos ativos durante o ciclo celular e o númeroou área das NORs mostram essa atividade proliferativa, a partir da fase G1 até o máximo na fase S do ciclo. Oobjetivo do trabalho será relacionar a morfometria dos ovários com o perfil hormonal e achados histológicos deovelhas em peças colhidas em matadouro utilizando a técnica de AgNOR. Para a realização do estudo, serãocoletados em matadouro comercial 120 pares de ovários de fêmeas ovinas mestiças, nas faixas etárias de: 8 a12 meses; 13 a 20 meses e de 21 a 30 meses de idade, perfazendo 40 pares por faixa etária. Será coletado osangue da carcaça dos animais para realização da dosagem hormonal por meio de radioimunoensaio (RIA) utilizando “kit” comercial (Progesterona, Coat a Count - RIE®) e (Estradiol, Coat a Count - RIE®). Os ovários serão identificados conforme o lado em ovário direito (OD) e ovário esquerdo (OE) de acordo com a carcaça daqual será coletado o sangue. As amostras dos ovários serão fixadas em solução de Davidson por cerca de 24 a48 horas. Depois desse procedimento serão lavadas em água corrente durante 1 hora e transferidos para umasolução de álcool 70% e, então, processados de acordo com a técnica de rotina para microscopia óptica e de acordo com a técnica de rotina histológica para posterior inclusão em parafina. O tecido em parafina serácortado em blocos de 5µm de espessura, utilizando o micrótomo rotativo, e depois serão desparafinizados, hidratados em série alcoólica decrescente e lavados com água destilada e deionizada. Os cortes ficarãoincubados em câmara úmida durante 30 minutos a 60ºC numa solução contendo nitrato de prata.

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MEDICINA VETERINÁRIA

EFEITO DA SAZONALIDADE NO PERFIL PROTEICO DO PLASMA SEMINAL E NAS CARACTERÍSTICAS

DO SÊMEN DE TOUROS DAS RAÇAS SIMENTAL E NELORE

GARDIM DE CESARE, ANGELO (Discente de curso de graduação - UNOESTE)

MUNGAI CHACUR, MARCELO GEORGE (Docente - UNOESTE)

TOSHIYUKI MIZUSAKI, KRISTOFFER (Discente de programa de Pós-Graduação - UNOESTE)

HENRIQUE DOS SANTOS, FERNANDO (Discente de curso de graduação - UNOESTE)

O estudo do perfil proteico do plasma seminal e sua relação com a fertilidade vem sendo objetivos de váriosestudos, dentro das espécies domésticas. Na espécie bovina contribui para a seleção dos touros férteis tantopara a monta natural quanto para o emprego do sêmen nas biotécnicas de reprodução.Um dos parâmetros morfométricos utilizados na seleção de touros é o perímetro escrotal (PE), facilmente mensurável e de altarepetibilidade. Este permite prever o potencial reprodutivo de machos jovens, por estar associado aodesenvolvimento testicular. A morfologia espermática supostamente é influenciada pelos constituintes do plasmaseminal, sendo o mesmo um dos responsáveis pela fertilidade. À partir da década de 90 até os dias de hoje,estudos relativos à composição do plasma seminal, visando determinar marcadores bioquímicos de fertilidade vem sendo desenvolvidos, para predizer o potencial reprodutivo de um animal. O objetivo do estudo será de investigar o efeito da sazonalidade no perfil proteico do plasma seminal e nas características do sêmen detouros das raças Simental e Nelore, criados extensivamente. O experimento será realizado no município dePresidente Bernardes, SP. Serão utilizados 10 touros, sendo 5 da raça Simental e 5 da raça Nelore, com idadesentre 3 e 10 anos, criados extensivamente. Mensalmente, durante 12 meses, as medidas do perímetro escrotalserão tomadas por meio de fita escrotal graduada em centímetros (cm). A altura da cernelha (AC) em metros (m) será mensurada com régua graduada; o peso obtido com a utilização de balança mecânica e o IMC calculadopor meio da seguinte expressão: IMC = peso (Kg) / altura² (m). Serão efetuadas colheitas de sêmen quinzenais, durante 12 meses, dos 10 touros por meio da eletroejaculação , mantendo as amostras em banho-maria entre 32 e 35°C, para as análises imediatas. A morfologia espermática será aferida frente a avaliação de 200 célulascom microscopia óptica de contraste de fase. Os ejaculados serão centrifugados3 a 1500g por 15 minutos,separando e estocando 1mL do plasma seminal em criotubos, armazenados a -20°C até a extração e quantificação das proteínas (LAEMILLI, 1970; BRADFORD, 1976). Posteriormente, será realizada a eletroforese em gel de poliacrilamida (SDS-PAGE) em cuba vertical4 ligada à fonte elétrica5 (50V x 50 mA por 30 minutos; e300 V x 16 mA por 12 horas). A revelação das bandas proteicas será feita em solução a 2% de Coomassie blueR-2506 até a visualização das mesmas, com posterior utilização de transminador7 permitindo a captura,visualização e o processamento de imagens de bandas proteicas reveladas nos géis. A cada 30 dias, durante 12meses será colhido sangue por meio de venopunção jugular, para fins de dosagem de testosterona e cortisol por radioimunoensaio (RIA), com “kits” comerciais DPC Medlab®. .