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GEA/DPS/SESCDN - Ação de Capacitação: Aspectos Biopsicossociais do Envelhecimento e as Práticas do TSI – Outubro e Novembro de 2008 Envelhecimento Humano: Desafios do Mundo Atual. Prof.Renato Veras

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  • GEA/DPS/SESCDN - Ao de Capacitao: Aspectos Biopsicossociais do Envelhecimento e as Prticas do TSI Outubro e Novembro de 2008

    Envelhecimento Humano:

    Desafios do Mundo Atual.

    Prof.Renato Veras

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    O mundo envelhecido

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    A espcie humana necessitou de milhes de anos para atingir um bilho de pessoas, o que teria ocorrido em 1830.

    Em 1927 este nmero dobrou.

    Em 1960 chegou aos trs bilhesde habitantes no planeta. De l para c, a acelerao cresceu.

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    Em 14 anos a marca dos quatro bilhes foi atingida, o quinto bilho veio em 1987 e, 12 anos aps, em 1999, alcanamos o sexto bilho. Hoje so sete bilhes.

    Paralelo a este incremento populacional estendeu-se a longevidade humana a limites no pensados.

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    00-04

    10-14

    20-24

    30-34

    40-44

    50-54

    60-64

    70-74

    80+

    Milhes

    Idade

    HOMENS MULHERES

    300 300200 100 100 200

    Diviso Populacional da ONU, Reviso de 1998

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    H uma nova realidade no mundo:o homem est vivendo cada vez mais.

    Hoje, vivemos muito mais do que no passado. O perodo da maturidade aumentou.

    Por isso, preciso manter a sade fsica, intelectual e emocional para se viver esse tempo plenamente.

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    H uma nova realidade no mundo:o homem est vivendo cada vez mais.

    necessrio buscar condies para se envelhecer com bem-estar.

    Porque no basta viver mais, tem que se viver melhor.

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    2.1

    6.2

    31.8

    15.1

    1950

    1975

    2000

    2020

    BOOM de Idososno Brasil

    [em milhes de habitantes]

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    IBGE ltimos dados

    Fonte: IBGE, Estimativas da Populao 2008. Publicada em 29 de Agosto de 2008.

    Brasil 189.612.814 em Agosto de 2008Estado do Rio de Janeiro 15.872.362Municpio do Rio de Janeiro 6.161.047

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    IBGE ltimos dados

    Em termos absolutos, a populao brasileira continuar crescendo.

    Esse processo de crescimento se manterat a dcada de 40, quando ento o Brasil dever ter cerca de 240 milhes de habitantes. Mas a partir da dcada de 40 a populao tender a cair em termos absolutos.

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    IBGE ltimos dados

    A ltima contagem, realizada no Censo de 2000, totalizou 169.590.693 pessoas. O pas teria ganhado, em oito anos, 20.022.121 novos habitantes, um crescimento de 10,56%.

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    Mega pases (BRIC) proporo do crescimento entre idosos 1950 a 2025

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    Proporo de crianas e de idosos na populao total - Brasil, 1900 a 2020

    Fonte: IBGE - Censos demogrficos e projees de populao

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    Em Copacabana, a populao de idosos de 30%, igual ou superior a qualquer pas desenvolvido e de longa tradio em populao idosa.

    Copacabana de Cabelos Brancos

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    ENVELHECIMENTO IMPORTA

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    a melhor coisa quepode acontecer a voc pense na alternativa!

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    9 Quem se lembra do movimento dos aposentados no incio dos anos 90 pela conquista dos 147%.

    9Das 102 mortes de idosos ocorrida na clnica Santa Genoveva.

    9Da regulamentao dos planos de sade.

    O que existe de comum?

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    9 Anticoncepcionais9 Mulher e mercado de trabalho9 Urbanizao9 Esttica9 Reduo da renda

    Motivos para a queda dafecundidade

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    Coincide com a elevao do nvel de vida, antes das grandes conquistas mdicas (1900-1950):

    9 Urbanizao adequada das cidades9 Melhoria das condies sanitrias9 Melhoria das condies ambientais9 Elevao dos nveis de higiene pessoal9 Melhoria nutricional

    Causas da reduo damortalidade

    NOS PASES DESENVOLVIDOS:

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    Coincide com o incio das importantes conquistas do conhecimento mdico, em meados do sculo:

    9vacinas, antibiticos, assepsia, etc.

    Causas da reduo damortalidade

    NOS PASES EM DESENVOLVIMENTO:

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    Um novo ciclo e novos desafios

    Profundas transformaes sociais se faro presente, conseqncia no apenas da ampliao numrica dos idosos na sociedade, mas particularmente das mudanas biolgicas com a ampliao dos conhecimentos da engenharia gentica.

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    Um novo ciclo e novos desafios

    O desafio que agora se coloca comear a traar cenrios onde os avanos da gentica e da biotecnologia permitiro ao ser humano alcanar os 120 a 130 anos de forma independente, livre de doenas com a expectativa de vida atingindo ao limite biolgico mximo.

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    As transformaes sero fantsticas, e esto muito prximas. Indivduos se aposentando aos 60 anos e iniciando um novo ciclo de trabalho por mais 30 ou 40 anos.

    Um novo ciclo e novos desafios

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    Desafios novos

    A ampliao da relao mulheres versus homens na sociedade ser ainda maior, e suas conseqncias ainda pouco projetadas.

    Novos medicamentos permitiro uma vida sexual ativa por um perodo de at100 anos.

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    Famlias com cinco ou seis geraes, muitas delas, possivelmente com vrias geraes desempregadas, devido ao processo de globalizao, e os mais idosos do cl sendo o grande sustentculo, pelo fato de possurem uma aposentadoria e terem conseguido uma nova reinsero no mercado de trabalho.

    Desafios novos

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    Envelhecimento Ativo: uma abordagem de Curso de Vida

    Variao de atividade

    Idade

    Cap

    acid

    ade

    Func

    iona

    l

    Infncia

    Crescimento e desenvolvimento

    Vida Adulta

    Manter o mais alto nvelde capacidade funcional

    Terceira Idade

    Manter a independncia e prevenir incapacidades

    Reabilitao e garantiade qualidade de vida

    Limite de incapacidade

    Fonte: Kalache e Kickbusch, 1997

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    Importante saber!

    O mundo desenvolvido se tornou rico antes de se tornarvelho.

    Pases em desenvolvimentoesto se tornando velhos antes de se tornarem ricos.

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    1940 2000

    Paradoxo da Medicina Atual

    Avanos na Medicina:MedicamentosTecnologiaEducao

    Aumento das Doenas Crnicas:CncerDoenas do coraoDoenas articularesDoenas neurolgicas

    A medicina avana e adoecemos mais !

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    A Preveno traz mais benefcios

    Benefcio

    Benefcio

    Benefcio

    Deteco precoce

    Tratamento

    Preveno

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    O rpido crescimento da populao de

    idosos vem produzindo grande impacto no sistema

    de sade, com elevao dos custos e

    da utilizao dos servios.

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    Como a populao envelhece e os idosos possuem mais doenas crnicas o nmero de consultas se ampliam. Sabemos tambm que a ampliao de consultas leva a ampliao de medicamentos, exames complementares e hospitalizao.

    Importante saber!

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    As necessidades em sade tm um padro de distribuio segundo a idade, em J, ou seja, as pessoas no incio e particularmente no final da vida apresentam mais problemas de sade.

    Transio epidemiolgica

    Fonte: IBGE/ COREN/ PNAD 1998 e 2003.

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    Transio epidemiolgica

    Proporo de pessoas que realizaram consultas nos ltimos 12 meses, segundo os grupos de idade. Brasil PNAD 1998 e 2003

    0,0

    10,0

    20,0

    30,0

    40,0

    50,0

    60,0

    70,0

    80,0

    90,0

    100,0

    1998 68,5 43,3 52,8 59,3 64,9 72,2

    2003 77,7 52,8 59,7 66,7 73,2 78,0

    0 a 4 5 a 19 20 a 39 40 a 49 50 a 59 60 ou mais

    Fonte: IBGE/ COREN/ PNAD 1998 e 2003.

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    Existem idosos que so saudveis, independentes e capazes de gerir sua prpria vida. Ainda assim, esses idosos tm maior susceptibilidade em adoecer em comparao com os adultos jovens, pelo fato de que o maior fator de risco a idade.

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    Algumas verdades para o Setor Sade

    No bastam simples mudanas administrativas

    O modelo precisa ser mudado

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    Atividades de vida diria (AVDs): termo utilizado para descrever os cuidados essenciais e elementares manuteno do bem-estar do indivduo, que compreende aspectos pessoais como: banho, vestimenta, higiene e alimentao, e aspectos instrumentais como: realizao de compras e cuidados com finanas.

    Terminologia

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    Autodeterminao: capacidade do indivduo poder exercer sua autonomia.

    Autonomia: o exerccio da autodeterminao; indivduo autnomo aquele que mantm o poder decisrio e o controle sobre sua vida.

    Terminologia

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    Capacidade funcional: capacidade de o indivduo manter as habilidades fsicas e mentais necessrias para uma vida independente e autnoma; a avaliao do grau de capacidade funcional feita mediante o uso de instrumentos multidimensionais.

    Dependncia: a condio que requer o auxlio de pessoas para a realizao de atividades do dia a dia.

    Terminologia

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    Cuidador: a pessoa, membro ou no da famlia, que, com ou sem remunerao, cuida do idoso doente ou dependente no exerccio das suas atividades dirias, tais como alimentao, higiene pessoal, medicao de rotina, acompanhamento aos servios de sade ou outros servios requeridos no cotidiano por exemplo, ida a bancos ou farmcias , excludas as tcnicas ou procedimentos identificados com profisses legalmente estabelecidas, particularmente na rea da enfermagem.

    Terminologia

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    Centros de convivncia: locais destinados permanncia do idoso,em um ou dois turnos, onde so desenvolvidas atividades fsicas, laborativas, recreativas, culturais, associativas e de educao para a cidadania, podendo ter ou no servio de sade.

    Terminologia

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    Centro-dia: ambiente destinado ao idoso, que tem como caracterstica bsica o incentivo socializao e o desenvolvimento de aes de promoo e proteo da sade.

    Terminologia

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    Hospital-dia geritrico: refere-se ao ambiente hospitalar, no qual atua equipe multiprofissional e interdisciplinar, destinado a pacientes que dele necessitam em regime de um ou dois turnos, para complementar tratamentos e promover reabilitao.

    Terminologia

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    Assistncia domiciliar (Cuidado Domiciliar, Internao Domiciliar, Homecare): essa modalidade de assistncia engloba a visitao domiciliar e cuidados domiciliares que vo desde o fornecimento de equipamentos, at aes teraputicas mais complexas.

    Terminologia

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    Consideramos instncias intermedirias todas as modalidades de cuidado que se posicionem fora da trade tradicional do ambulatrio, hospital e longa permanncia (ou asilo)

    So instncias intermedirias a Assistncia domiciliar, o Centro-dia, o Centro de Convivncia, Hospital-dia geritrico

    As instncias intermedirias

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    Manuteno da capacidade funcional

    Capacidade funcional: capacidade de o indivduo manter as habilidades fsicas e mentais necessrias para uma vida independente e autnoma

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    Nosso modelo de sade o do especialista e da fragmentao do cuidado.

    Para refletir

    Porque no testar novos modelos?

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    Aproximadamente 82% dos idosos esto bem de sade, mantendo sua independncia e autonomia.

    18% utilizam os servios de sade de forma muito mais intensa do que os outros grupos etrios.

    Ambos, idosos autnomos ou dependentes, necessitam de assistncia, e muito pouco lhes oferecido.

    Ambos necessitam de cuidados

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    A mdia...

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    A General Motors, na dcada de 80, chegou a gastar, em um ano, com seguro-sade para os seus empregados, o mesmo valor que pagara em ao para todos os carros produzidos, naquele ano.

    Inflao do Setor Sade

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    GDP per capita in developing regionsand high income countries, 1990 and

    2030

    GDP per capita (thousands of 1000 dollars)

    Sub-SaharanAfrica

    Asia andthe Pacific

    Latin America andthe Caribbean

    Middle East andNorth AfricaEurope and

    former U.S.S.R.

    High-incomecountries

    Source: World Bank Data; World Development Report, 1992

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    NNmeromero de de pessoaspessoas com com doendoenaa crnicacrnicaestest aumentandoaumentando rapidamenterapidamente

    Source: Wu, Shin-Yi and Green, Anthony. Projection of Chronic Illness Prevalence and Cost Inflation. RAND Corporation, October 2000.

    118125

    133

    141

    149

    157164

    171

    100

    120

    140

    160

    180

    200

    1995 2000 2005 2010 2015 2020 2025 2030

    Year

    N

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    Gasto per capita com sade aumentacom o nmero de co-morbidades

    $800

    $1.900

    $3.400

    $5.600

    $8.900

    $0

    $1.000

    $2.000

    $3.000

    $4.000

    $5.000

    $6.000

    $7.000

    $8.000

    $9.000

    $10.000

    $11.000

    0 1 2 3 4 5+

    Number of Chronic Conditions

    A

    v

    e

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    a

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    e

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    S

    p

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    d

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    g

    Source: Medical Expenditure Panel Survey, 1998.

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    Mais da metade dos doentes crnicospossuem 3 ou mais diferentes mdicos

    Source: Gallup Serious Chronic Illness Survey 2002.

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    Alocao racional de recursos escassos emsade

    Tomada de decises emcondies de incerteza

    Anlises econmicas em sade permitem:

    Economia da Sade

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    A aplicao de conceitoseconmicos fundamental para a gesto eficiente dos

    sistemas de sade.

    Economia da Sade

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    COEFICIENTE DE HOSPITALIZACOEFICIENTE DE HOSPITALIZAOOPOR 7 FAIXAS ETPOR 7 FAIXAS ETRIAS RIAS -- SUS SUS -- 20012001

    0-14 anos 15-59 60-64 65-69 70-74 75-79 80 ou +

    4970

    163

    (nmero de hospitalizaes por 1.000 habitantes de cada faixa etria)

    199

    243

    133107

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    Proporo de pessoas com declarao de doenas crnicas

    (Brasil, 2003)

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    14.868.00

    Fonte: Pas Jovem com Cabelos BrancosVeras 1994

    PERCEPO DOS IDOSOS SOBRESEU ESTADO DE SADE

    Universidade Aberta da Terceira Idade/UERJ

    3.132.000 14.868.000

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    Mortalidade nos pases em desenvolvimento

    Fonte: Report of the Ad Hoc Committee on Health Research Relating to Future Intervation Options, Draft 3.0, December 1995

    DoenasAgudas

    DoenasCrnicas

    Causasexternas

    1990 2020

    49,8%

    8,7%

    41,5%76,8%

    11,5%

    11,7%

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    Deve-se buscar aes que viabilizem a busca ativa e antecipao da interveno sobre a doena, e da postergao para aquelas doenas j adquiridas.

    As instncias intermedirias

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    Pouco est sendo feito para transformaro modelo assistencial. hora de falarmos nas instncias intermedirias, como o home caree os centros de convivncia.

    As instncias intermedirias

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    O avano tecnolgico das ltimas dcadas permitiu a miniaturizao e automao de equipamentos de alta tecnologia.

    Procedimentos cirrgicos que demandavam vrios dias de internao foram reduzidos pela metade.

    Home Care

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    Procedimentos vrios que antes demandavam hospitalizao so realizados em consultrios / ambulatrios, trazendo mais conforto para o paciente, reduzindo as chances de infeco hospitalar, alm de uma conta menor para o pagador.

    Home Care

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    Estes fatores levam a uma menor utilizao do hospital e a conseqente ampliao dos procedimentos realizados no lar (home-care).

    Home Care

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    Central de Internao Equipe de

    Enfermagem Equipe Mdica Nutricionistas Farmacuticas Administrativos Almoxarifado Despacho Servios

    Terceirizados

    Home Care

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    Identificar, o mais precocemente possvel, qualquer alterao de sade

    Aumentar o envolvimento no auto-cuidado;

    Interferir favoravelmente na histria natural da doena;

    Objetivos do VIDA SAUDVEL

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    Antecipar e monitorar o surgimento, ou complicaes, de doenas;

    Prevenir as exacerbaes e complicaes de doenas;

    Construir uma base de dados sobre os pacientes; quer aqueles ainda sadios ou aqueles com doenas j instaladas.

    Objetivos do VIDA SAUDVEL

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    Programa de preveno e promoo de sade;

    Visita domiciliar para avaliao do paciente no seu ambiente domstico;

    Identificao da severidade dos casos.

    Alicerces da VIDA SAUDVEL

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    Abordagem prospectiva, doenas-especficas, integrando a prestao de cuidados de sade em todas as suas etapas, mesmo nos perodos de remisso da doena.

    Conceito

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    Enfatiza a interveno na doena focando nas intervenes mais adequadas como mecanismo de se atingir um resultado custo-efetivo.

    Ou seja: a velha prtica do exerccio da boa medicina

    Conceito

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    Interferir favoravelmente na histria natural da doena;

    Antecipar e monitorar o surgimento, ou complicaes, das doenas crnicas;

    Prevenir as exacerbaes e complicaes das doenas crnicas;

    Objetivos

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    Aumentar o envolvimento do paciente no auto-cuidado;

    Construir uma base de dados sobre os doentes crnicos.

    Objetivos

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    98 milhes de morte por erromdico nos USA.

    150 milhes de ligaestelefnicas/ano para o farmacutico devido a prescriesilegveis.

    Pronturio eletrnico queda de 80% em errosde prescrio.

    Vantagens do pronturio eletrnico

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    A concepo de uma

    microuniversidade temtica, ou seja,

    a conjugao de atividades - ensino,

    pesquisa e extenso - voltadas para

    o idoso, possibilita a criao de

    alternativas inovadoras com

    interaes sinrgicas entre produo

    de conhecimento, formao e

    aperfeioamento de recursos

    humanos e prestao de servios.

    Concepo de uma UnATI

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    Inaugurada em 1993

    Centro de Referencia junto a WHO

    Possui trs segmentos:

    Atividades para os idosos 125 cursos por semestre, para 3000 idosos.

    Assistncia - cuidado sade, 800 atendimentos ms.

    Produo cientfica e formao ps-graduada (Revista cientfica, editora,especializao, mestrado e doutorado).

    A UnATI do Rio de Janeiro

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    A UnATI traz pessoas idosas para o campus, onde entram em contato cotidiano com pessoas mais jovens. Isto significa uma tentativa particularmente importante de reduzir a discrepncia de valores e idias entre as diferentes geraes.A busca da integrao entre geraes , adicionalmente, uma estratgia que pode contribuir para reverter, a mdio e longo prazo, o processo social de desvalorizao do idoso na nossa sociedade.

    UnATI: a procura da integrao entre geraes

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    O principal propsito da UnATI no apenas oferecer assistncia mdica, mas tambm aproximar pessoas daterceira idade em atividades culturais, de lazer e at atividades fsicas sob a superviso de profissionais qualificados.

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    O projeto UnATI tem como propsito basilar a promoo do envelhecimento saudvel, a manuteno e a melhoria, ao mximo, da capacidade funcional dos idosos, a preveno de doenas, a recuperao da sade dos que adoecem e a reabilitao daqueles que venham a ter a sua capacidade funcional restringida, de modo a garantir-lhes permanncia no meio em que vivem, exercendo de forma independente suas funes na sociedade.

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    Deve-se buscar aes que viabilizem a busca ativa e antecipao da interveno sobre a doena, e da postergao para aquelas doenas j adquiridas.

    Quanto mais precoce for o diagnstico (a interveno), maiores so as chances de um melhor prognstico.

    Radicalizao do modelo preventivo.

    Identificao precoce

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    A maior parte dos idosos , na verdade, absolutamente capaz de decidir sobre seus interesses e organizar-se sem nenhuma necessidade de ajuda de quem quer que seja.

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    Consoante aos mais modernos conceitos gerontolgicos, esse idoso que mantm sua autodeterminao e prescinde de qualquer ajuda ou superviso para realizar-se no seu cotidiano deve ser considerado um idoso saudvel, ainda que seja portador de uma ou mais de uma doena crnica.

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    A estratgia de sade da famlia constitui o eixo estruturante da reorganizao do sistema de sade, a partir da ateno bsica. Seus princpios fundamentam-se na noo de responsabilidade sanitria, mediante a criao de um vnculo permanente entre os profissionais de sade e um conjunto de famlias residentes em uma rea.

    Programa Sade da Famlia

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    As Unidades de Sade da Famliaconstituem a porta de entrada do sistema de sade, e devem se articular com outros nveis de ateno para garantir o atendimento integral snecessidades sociais de sade, percebidas pela populao e definidas pelo conhecimento clnico e epidemiolgico dos profissionaisde sade.

    Programa Sade da Famlia

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    Importante pensar em:Identificao precoce

    Qualificar os profissionais de sade no cuidado integral do idoso

    Qualificar o medico visando a identificao dos fatores positivos, visando prevenir as doenas evitveis.

    Monitorar a sade visando postergar as doenas, a fim de que o idoso possa usufruir a ampliao do seu tempo de vida.

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    [email protected] Veras

    Obrigado!

    www.unati.uerj.br