caderno 2 cap 1 - primeiro reinado … temor do radicalismo da luta negra no haiti e das propostas...

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CADERNO 2 CAP 1 - PRIMEIRO REINADO Página 1 de 17 CADERNO 2 CAP 1 - PRIMEIRO REINADO EXERCÍCIOS DE SALA Competência PARA ESTE EXERCÍCIO : Competência de área 1 Compreender os elementos culturais que constituem as identidades. Habilidades: H1 Interpretar historicamente e/ou geograficamente fontes documentais acerca de aspectos da cultura. H2 Analisar a produção da memória pelas sociedades humanas. H4 Comparar pontos de vista expressos em diferentes fontes sobre determinado aspecto da cultura. 1. (Enem 2013)

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CADERNO 2 CAP 1 - PRIMEIRO REINADO EXERCÍCIOS DE SALA

Competência PARA ESTE EXERCÍCIO :

Competência de área 1 – Compreender os elementos culturais que constituem as identidades. Habilidades: H1 – Interpretar historicamente e/ou geograficamente fontes documentais acerca de

aspectos da cultura. H2 – Analisar a produção da memória pelas sociedades humanas. H4 – Comparar pontos de vista expressos em diferentes fontes sobre determinado

aspecto da cultura. 1. (Enem 2013)

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As imagens, que retratam D. Pedro I e D. Pedro II, procuram transmitir determinadas representações políticas acerca dos dois monarcas e seus contextos de atuação. A ideia que cada imagem evoca é, respectivamente a) Habilidade militar — riqueza pessoal. b) Liderança popular — estabilidade política. c) Instabilidade econômica — herança europeia. d) Isolamento político — centralização do poder. e) Nacionalismo exacerbado — inovação administrativa. 2. (Enem 2012) Após o retorno de uma viagem a Minas Gerais, onde Pedro I fora recebido com grande frieza, seus partidários prepararam uma série de manifestações a favor do imperador no Rio de Janeiro, armando fogueiras e luminárias na cidade. Contudo, na noite de 11 de março, tiveram início os conflitos que ficaram conhecidos como a Noite das Garrafadas, durante os quais os “brasileiros” apagavam as fogueiras “portuguesas” e atacavam as casas iluminadas, sendo respondidos com cacos de garrafas jogadas das janelas.

VAINFAS, R. (Org.). Dicionário do Brasil Imperial. Rio de Janeiro: Objetiva, 2008 (adaptado). Os anos finais do I Reinado (1822-1831) se caracterizaram pelo aumento da tensão política. Nesse sentido, a análise dos episódios descritos em Minas Gerais e no Rio de Janeiro revela a) estímulos ao racismo. b) apoio ao xenofobismo. c) críticas ao federalismo. d) repúdio ao republicanismo. e) questionamentos ao autoritarismo. 3. (Enem 2011) No clima das ideias que se seguiram à revolta de São Domingos, o descobrimento de planos para um levante armado dos artífices mulatos na Bahia, no ano de 1798, teve impacto muito especial; esses planos demonstravam aquilo que os brancos conscientes tinham já começado a compreender: as ideias de igualdade social estavam a propagar-se numa sociedade em que só um terço da população era de brancos e iriam inevitavelmente ser interpretados em termos raciais.

MAXWELL. K. Condicionalismos da Independência do Brasil. In: SILVA, M.N. (coord.) O Império luso-brasileiro, 1750-1822. Lisboa: Estampa, 1986.

O temor do radicalismo da luta negra no Haiti e das propostas das lideranças populares da Conjuração Baiana (1798) levaram setores da elite colonial brasileira a novas posturas diante das reivindicações populares. No período da Independência, parte da elite participou ativamente do processo, no intuito de

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a) instalar um partido nacional, sob sua liderança, garantindo participação controlada dos afro-brasileiros e inibindo novas rebeliões de negros.

b) atender aos clamores apresentados no movimento baiano, de modo a inviabilizar novas rebeliões, garantindo o controle da situação.

c) firmar alianças com as lideranças escravas, permitindo a promoção de mudanças exigidas pelo povo sem a profundidade proposta inicialmente.

d) impedir que o povo conferisse ao movimento um teor libertário, o que terminaria por prejudicar seus interesses e seu projeto de nação.

e) rebelar-se contra as representações metropolitanas, isolando politicamente o Príncipe Regente, instalando um governo conservador para controlar o povo.

4. (Enem 2011) Art. 92. São excluídos de votar nas Assembleias Paroquiais: I. Os menores de vinte e cinco anos, nos quais não se compreendam os casados, e Oficiais

militares que forem maiores de vinte e um anos, os Bacharéis Formados e Clérigos de Ordens Sacras.

IV. Os Religiosos, e quaisquer que vivam em Comunidade claustral. V. Os que não tiverem de renda líquida anual cem mil réis por bens de raiz, indústria, comércio

ou empregos.

Constituição Política do Império do Brasil (1824). Disponível em: https://legislação.planalto.gov.br. Acesso em: 27 abr. 2010 (adaptado).

A legislação espelha os conflitos políticos e sociais do contexto histórico de sua formulação. A Constituição de 1824 regulamentou o direito de voto dos “cidadãos brasileiros” com o objetivo de garantir a) o fim da inspiração liberal sobre a estrutura política brasileira. b) a ampliação do direito de voto para maioria dos brasileiros nascidos livres. c) a concentração de poderes na região produtora de café, o Sudeste brasileiro. d) o controle do poder político nas mãos dos grandes proprietários e comerciantes. e) a diminuição da interferência da Igreja Católica nas decisões político-administrativas. 5. (Enem cancelado 2009) A Confederação do Equador contou com a participação de diversos segmentos sociais, incluindo os proprietários rurais que, em grande parte, haviam apoiado o movimento de independência e a ascensão de D. Pedro I ao trono. A necessidade de lutar contra o poder central fez com que a aristocracia rural mobilizasse as camadas populares, que passaram então a questionar não apenas o autoritarismo do poder central, mas o da própria aristocracia da província. Os líderes mais democráticos defendiam a extinção do tráfico negreiro e mais igualdade social. Essas ideias assustaram os grandes proprietários de terras que, temendo uma revolução popular, decidiram se afastar do movimento. Abandonado pelas elites, o movimento enfraqueceu e não conseguiu resistir à violenta pressão organizada pelo governo imperial.

FAUSTO, B. História do Brasil. São Paulo: EDUSP, 1996 (adaptado). Com base no texto, é possível concluir que a composição da Confederação do Equador envolveu, a princípio, a) os escravos e os latifundiários descontentes com o poder centralizado. b) diversas camadas, incluindo os grandes latifundiários, na luta contra a centralização política. c) as camadas mais baixas da área rural, mobilizadas pela aristocracia, que tencionava

subjugar o Rio de Janeiro. d) as camadas mais baixas da população, incluindo os escravos, que desejavam o fim da

hegemonia do Rio de Janeiro. e) as camadas populares, mobilizadas pela aristocracia rural, cujos objetivos incluíam a

ascensão de D. Pedro I ao trono. TAREFÃO

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6. (Enem 2007) Após a Independência, integramo-nos como exportadores de produtos primários à divisão internacional do trabalho, estruturada ao redor da Grã-Bretanha. O Brasil especializou-se na produção, com braço escravo importado da África, de plantas tropicais para a Europa e a América do Norte. Isso atrasou o desenvolvimento de nossa economia por pelo menos uns oitenta anos. Éramos um país essencialmente agrícola e tecnicamente atrasado por depender de produtores cativos. Não se poderia confiar a trabalhadores forçados outros instrumentos de produção que os mais toscos e baratos. O atraso econômico forçou o Brasil a se voltar para fora. Era do exterior que vinham os bens de consumo que fundamentavam um padrão de vida "civilizado", marca que distinguia as classes cultas e "naturalmente" dominantes do povaréu primitivo e miserável. (...) E de fora vinham também os capitais que permitiam iniciar a construção de uma infraestrutura de serviços urbanos, de energia, transportes e comunicações. Paul Singer. Evolução da economia e vinculação internacional. In: I. Sachs; J. Willheim;

P. S. Pinheiro (Orgs.). Brasil: um século de transformações. São Paulo: Cia. das Letras, 2001, p. 80.

Levando-se em consideração as afirmações anteriores, relativas à estrutura econômica do Brasil por ocasião da independência política (1822), é correto afirmar que o país a) se industrializou rapidamente devido ao desenvolvimento alcançado no período colonial. b) extinguiu a produção colonial baseada na escravidão e fundamentou a produção no trabalho

livre. c) se tornou dependente da economia europeia por realizar tardiamente sua industrialização

em relação a outros países. d) se tornou dependente do capital estrangeiro, que foi introduzido no país sem trazer ganhos

para a infraestrutura de serviços urbanos. e) teve sua industrialização estimulada pela Grã-Bretanha, que investiu capitais em vários

setores produtivos. 7. (Unicamp 2014) Para Portugal, não era interessante trazer para o Brasil imigrantes de estados possuidores de colônias, tais como França, Inglaterra, Holanda e Espanha. Abrir as portas da colônia e, depois, do recém-criado império do Brasil poderia significar um risco. Daí, a preferência por imigrantes dos estados alemães, da Suíça, e da Itália. Pedro I continuou essa política enfatizando que era necessário apoiar o desenvolvimento da agricultura, pelo aliciamento de bons colonos que aumentassem o número de braços dos quais necessitávamos. (Adaptado de João Klug, “Imigração no Sul do Brasil, em Keila Grinberg e Ricardo Sales (org.).

O Brasil Imperial. v. III. 1870-1889. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2009, p. 247.) Assinale a alternativa correta. a) A grande entrada de imigrantes no Brasil ocorreu a partir do Primeiro Reinado, em função do

fim do tráfico negreiro e da maciça propaganda promovida pelo governo brasileiro na Europa.

b) No Primeiro Reinado, a entrada de imigrantes associava-se ao incremento da produção agrícola e tinha em conta o cenário internacional, no qual as metrópoles europeias disputavam territórios e riquezas.

c) Em meio à corrida imperialista do século XIX, Portugal empenhou-se pelo fim da escravidão em Lisboa e do tráfico negreiro em suas colônias africanas.

d) A imigração no Brasil surgiu como questão a partir da implantação da Lei Áurea, que alterou os modos de pagamento do trabalho livre.

8. (Ufg 2014) Leia o texto a seguir. Fugiu da loja de tecidos da Rua do Queimado, n. 13, Recife, escravo Caetano, idade de 12 anos, pouco mais ou menos, nação Angola, levou vestido calça e camisa de algodão, tem uma cruz no braço esquerdo, marca de fogo, e no meio da cabeça tem falta de cabelo de carregar peso.

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DIÁRIO DE PERNAMBUCO, 23 jan. 1830. In: FREYRE, Gilberto. O escravo nos anúncios de jornais brasileiros do século XIX. São Paulo: Global, 2010, p. 110-111. (Adaptado).

Publicado em 1830, o anúncio do jornal registra o cotidiano da sociedade escravocrata brasileira, cuja característica expressa-se a) pela valorização do trabalho manual, destacando as marcas corporais na cabeça como

expressão da aptidão do escravo ao trabalho. b) pela denúncia das mazelas do cotidiano dos escravos, demonstrando a intolerância da

imprensa com o tratamento destinado aos cativos. c) pela demanda de escravos para o trabalho urbano, ampliando as possibilidades de fugas

como estratégia de resistência ao cativeiro. d) pela compra de escravos da mesma origem para facilitar a convivência nas senzalas,

predominando a importação de escravos oriundos de Angola. e) pela adesão dos escravos ao catolicismo, tendo expressa a devoção do cativo na marca da

cruz que carrega no corpo. 9. (Cefet MG 2014) Em 1827, o Presidente da Província de Minas Gerais, Francisco Pereira, ao ser indagado sobre os índios Aimorés, respondeu: “Permita-me V. Exa. refletir que de tigres só nascem tigres; de leões, leões se geram; e dos Aimorés só pode resultar prole semelhante” [...]. Na segunda metade do século XIX, o Senador do Império, Dantas de Barros, afirmava: “No Reino animal, há raças perdidas; parece que a raça índia, por um efeito de sua organização física, não podendo progredir no meio da civilização, está condenada a esse fatal desfecho. Há animais que só podem viver e produzir no meio das trevas; e se os levam para a presença da luz, ou morrem ou desaparecem. Da mesma sorte, entre as diversas raças humanas, o índio parece ter uma organização incompatível com a civilização”. CUNHA, Manuela Carneiro da. (org.) Legislação indigenista no século XIX. São Paulo: EdUSP,

1992 (Adaptado). Analisando os discursos do presidente da província e do senador do império, é correto inferir que a) atualizavam as teorias da época para analisar a diversidade existente entre a população

brasileira. b) demonstravam a eficácia dos avanços científicos para recuperar os delinquentes sociais

existentes no país. c) incentivavam a ocupação planejada do território para conservar a diversidade biológica

brasileira. d) adotavam argumentos convincentes para defender a necessidade de proteger os povos

nativos do país. e) defendiam a urgência da demarcação das terras indígenas para proteger os imigrantes

colonizadores. 10. (G1 - cftmg 2013) Observe a imagem.

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A partir da análise da aquarela, é correto afirmar que o artista apresenta os a) africanos livres e suas belas roupas. b) escravos de ganho e suas várias atividades. c) negros displicentes e suas múltiplas funções. d) serviçais urbanos e suas diferentes moradias. 11. (Ufg 2013) Leia o poema a seguir.

A CANTIGA DO SERTANEJO [...] Pobre amor! o sertanejo Tem apenas seu desejo E as noites belas do val! Só – o ponche adamascado, O trabuco prateado E o ferro de seu punhal! [...] Se tu viesses, donzela, Verias que a vida é bela No deserto do sertão! Lá têm mais aroma as flores E mais amor os amores Que falam no coração!

AZEVEDO, Álvares de. Lira dos vinte anos. In: Obra completa. Organização de Alexei Bueno. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 2000. p. 131.

Álvares de Azevedo é um importante representante do Romantismo brasileiro oitocentista. No trecho da obra citada, o autor constrói uma imagem do sertão, decorrente a) do compromisso dos artistas com o projeto de centralização do Império, que buscava

integrar as províncias do interior ao Estado nacional. b) do contato com as artes europeias, que favorecia a avaliação dos elementos

individualizadores da identidade nacional emergente com a Independência. c) da crítica aos problemas sociais das cidades litorâneas, que reforçava o saudosismo diante

do declínio da economia cafeeira.

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d) da elaboração de personagens caricatos, que marcava a geração de poetas influenciados pelos trabalhos da missão francesa.

e) da inspiração da literatura descritiva de jesuítas, que relatava o interior do Brasil, destacando o desenvolvimento da economia agropastoril.

12. (Ueg 2013) Foi fundamentalmente na conjuntura de desgaste da imagem do Imperador Pedro I, a partir de 1825, que iniciou-se um investimento simbólico em torno do Sete de Setembro [...]. Cristalizou-se, a partir de então, uma narrativa que atribuía à figura de Dom Pedro papel central nos acontecimentos que conduziram o Brasil ao rompimento de sua situação de Colônia, ou seja, a conquista da independência. SANDES, Noé Freire. A Invenção da nação – entre a Monarquia e a República. Goiânia: Ed. da

UFG, Agência Goiana de Cultura Pedro Ludovico Teixeira, 2000. p. 25. Tendo em vista a leitura desse fragmento, percebe-se que a Independência do Brasil foi a) um episódio que demonstrou a influência de José Bonifácio sobre o príncipe Pedro de

Alcântara, que seria coroado Imperador. b) um evento histórico que pode receber diferentes interpretações, segundo o contexto em que

é analisado. c) consequência do carisma exercido por D. Pedro I sobre a população brasileira. d) resultado da união entre políticos do Partido Brasileiro, liderado por José Bonifácio, e pelo

Partido Liberal. 13. (Unesp 2013) O Brasil assistiu, nos últimos meses de 1822 e na primeira metade de 1823, a) ao reconhecimento da Independência brasileira pelos Estados Unidos, pela Inglaterra e por

Portugal. b) ao esforço do imperador para impor seu poder às províncias que não haviam aderido à

Independência. c) à libertação da Província Cisplatina, que se tornou independente e recebeu o nome de

Uruguai. d) à pacífica unificação de todas as partes do território nacional, sob a liderança do governo

central, no Rio de Janeiro. e) à confirmação, pelas Cortes portuguesas e pela Assembleia Constituinte, do poder

constitucional do imperador. 14. (Ufrgs 2013) Em 1824, é outorgada a Constituição do Império do Brasil. Entre suas características, podemos afirmar que a) dividia os poderes do Estado exclusivamente em Executivo, Legislativo e Magistratura. b) separava a Igreja Católica do Estado Laico. c) previa a eleição direta do Primeiro Ministro. d) estabelecia o voto universal e secreto para a população masculina. e) dividia os poderes do Estado em Executivo, Legislativo, Judiciário e Moderador. 15. (Fgv 2013) A independência, porém, pregou uma peça nessas elites. Um ano após ser convocada, a Assembleia Constituinte foi dissolvida e em seu lugar, o imperador designou um pequeno grupo para redigir uma Constituição “digna dele”, ou seja, que lhe garantisse poderes semelhantes aos dos reis absolutistas. Um exemplo disso foi a criação do Poder Moderador (...)

(Mary del Priore e Renato Venancio, Uma breve história do Brasil)

Esse poder a) ampliava os direitos das Assembleias Provinciais, restringia a ação do Imperador no tocante

à administração pública e a ação do Senado. b) permitia que o Imperador reformasse a Constituição por decreto-lei e que escolhesse parte

dos deputados provinciais. c) sofria de uma única limitação institucional, pois o Estado brasileiro não tinha direito de

interferir nos assuntos relacionados com a Igreja Católica.

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d) proporcionava ao soberano poderes limitados, o que permitiu alargamento da autonomia política e econômica das províncias do Império.

e) oferecia importantes prerrogativas ao Imperador, como indicar presidentes de províncias, nomear senadores e suspender magistrados.

16. (Fgvrj 2013) A história da construção do Estado brasileiro na primeira metade do século XIX foi a história da tensão entre unidade e autonomia. Por outro lado, no interior do Estado, de elites com fortes vínculos com os interesses de sua região de origem e ao mesmo tempo comprometidas com uma determinada política nacional, pautada pela negociação destes interesses e pela manutenção da exclusão social, marcou não apenas o século XIX, como também o século XX. Através do parlamento essas elites regionais têm imposto uma determinada dinâmica para o jogo político que se materializa na imensa dificuldade de empreender reformas sociais profundas.

Dolhnikoff, Miriam. O pacto imperial. As origens do federalismo no Brasil. São Paulo: Globo, 2005, p. 11-12.

De acordo com o ponto de vista apresentado no texto, a) a história brasileira é marcada por práticas de tolerância política acentuadas nas últimas

décadas com a redemocratização do país. b) o parlamento é a única instituição política imune aos interesses e ao controle das elites

regionais brasileiras. c) as profundas reformas sociais só foram possíveis graças às transformações políticas

ocorridas na primeira metade do século XIX no Brasil. d) a dinâmica política do Estado nacional se constituiu com base em negociações entre as

elites regionais e a exclusão social de outros setores. e) as características descritas sobre o Estado revelam a supremacia do Poder Judiciário sobre

o Poder Legislativo na história política brasileira. TEXTO PARA AS PRÓXIMAS 3 QUESTÕES: A(s) próxima(s) questão(ões) trata da montagem do sistema político e de aspectos sociais e econômicos da sociedade brasileira à época do processo de emancipação de 1822. Na verdade, ela(s) trata(m) dos fundamentos de nossa sociedade e dá(ão) subsídios para que se possa entender como fomos nos formando combinando de forma desigual liberdade, participação política e justiça social. Como bem afirmou o historiador José Murilo de Carvalho: “Temos liberdade, alguma participação e muita desigualdade”. 17. (Uepb 2013) Sobre aspectos econômicos do processo de emancipação, assinale a única alternativa INCORRETA. a) A emancipação de 1822 encontrou os centros mineradores do Brasil ainda produtivos, mas

com acentuada decadência e grande número de pequenas propriedades voltadas para a agricultura e a pecuária de subsistência.

b) Mesmo sendo um importante produto de exportação brasileiro, o café não interferia nas relações político-econômicas internas, pois os cafeicultores do Rio de Janeiro e de São Paulo eram influenciados pelo liberalismo inglês e faziam oposição ao Imperador D. Pedro I.

c) Em 1822, a estrutura econômica brasileira era composta de latifúndios (voltados para a produção de mercadorias exportáveis, como açúcar, tabaco e algodão) e de médias e pequenas propriedades, que produziam para o mercado interno gêneros como feijão e milho.

d) No início do século XIX, a atividade predominante nas principais capitais do Brasil era o grande e pequeno comércio. Os comerciantes mais ricos eram aqueles que se dedicavam ao tráfico de escravos.

e) Com a emancipação, a economia brasileira se transformou com o desenvolvimento da cultura do café. A partir de 1830, ele assumiu o primeiro lugar na pauta de exportações do Brasil. No entanto, era um produto de exportação baseado no trabalho escravo.

18. (Uepb 2013) Sobre aspectos sociais do processo de emancipação, assinale a única alternativa INCORRETA. a) A composição demográfica do Brasil foi alterada a partir da segunda metade do século XIX

com a abolição do tráfico de escravos, em 1850, e da própria escravidão, já em 1888. A

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adoção da mão de obra livre trouxe os imigrantes europeus e asiáticos, que contribuíram fortemente para que o país mudasse suas feições.

b) Um traço marcante da constituição do povo brasileiro é a cooperação entre as três raças (negro, branco e índio) no que ficou conhecido como a “mistura democrática das raças”. Mas essa cooperação era algo impositivo, na medida em que cada uma das etnias era consciente de suas fraquezas e limitações.

c) No Império, a mulher brasileira tinha situação peculiar. Apenas as brancas podiam constituir famílias e legalizá-las. Eram privilegiadas em relação às mulheres escravas, mas não escapavam ao sistema patriarcal, que as submetia ao poder do chefe de família.

d) Quando do processo de emancipação, calculava-se a população brasileira em tomo de quatro milhões de habitantes. Quase a metade era formada por escravos africanos e indígenas. Mas a outra metade não era formada exclusivamente por brancos portugueses. Neste contingente incluíam-se mestiços de todos os tipos, sobretudo os mulatos e os mamelucos.

e) No Império, o catolicismo era a religião oficial do Estado brasileiro. Os padres eram funcionários públicos que recebiam ordenado do governo para cuidarem de tarefas administrativas como o registro de nascimento, casamento e óbito.

19. (Uepb 2013) Sobre aspectos políticos do processo de emancipação assinale a única alternativa INCORRETA. a) O sistema representativo, criado com a emancipação política de 1822, permitia a eleição de

deputados gerais para um mandato de quatro anos, mas os senadores tinham que ser eleitos através de lista tríplice e para mandatos vitalícios.

b) A Constituição de 1824, outorgada por D. Pedro I, continha direitos civis e políticos reconhecidos nos países europeus, mas, ao mesmo tempo, adotava o Poder Moderador, que permitia ao Imperador controlar o sistema político brasileiro.

c) Como forma de conseguir que Portugal aceitasse a emancipação do Brasil, D. Pedro I determinou que se implantasse um sistema eleitoral em que os governantes municipais e estaduais fossem escolhidos livre e democraticamente pela população.

d) Com a emancipação do Brasil em 1822, a elite político-econômica brasileira optou por um sistema de governo baseado numa monarquia representativa. O objetivo era preservar a unidade do país em torno da figura do Imperador e manter a paz e a ordem social.

e) O arranjo institucional pós-emancipação legou um sistema político em que o Imperador era o chefe absoluto do governo e do Estado. Dentre outras coisas, o Imperador escolhia seus ministros entre os líderes dos partidos Liberal e Conservador.

20. (Ufpb 2012) A pintura é uma manifestação artística que pode ser utilizada como fonte histórica, reforçando uma versão da história. Nesse sentido, observe o quadro do pintor paraibano Pedro Américo:

No campo da historiografia, essa imagem:

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a) sintetiza o verdadeiro sentimento de toda a nação em relação a Portugal. b) expõe a luta de classes existente no país no período da independência. c) expressa o apoio popular ao processo de autonomia política do Brasil. d) representa uma visão heroica e romanceada da separação política do país. e) mostra a independência como anseio de grupos subalternos. 21. (Ufrn 2012) Após ser proclamada a Independência do Brasil, o Império foi regido por uma Constituição outorgada por D. Pedro I, em 1824. Nos artigos referentes às eleições, lê-se:

CAPÍTULO VI Das Eleições

Art. 90. As nomeações dos deputados e senadores para a Assembleia Geral e dos membros dos conselhos gerais das províncias serão feitas por eleições indiretas, elegendo a massa dos cidadãos ativos em assembleias paroquiais os eleitores de províncias e estes os representantes da nação e província. Art. 91. Têm votos nestas eleições primárias:

1º) Os cidadãos brasileiros que estão no gozo de seus direitos políticos; 2º) Os estrangeiros naturalizados.

Art. 92. São excluídos de votar nas Assembleias Paroquiais: [...] 5º) Os que não tiverem de renda líquida anual 100$000 [100 mil réis] por bens de raiz

[imóveis], indústria, comércio ou empregos. Art. 93. Os que não podem votar nas Assembleias primárias de Paróquias não podem ser membros, nem votar na nomeação de alguma autoridade eletiva nacional. MINISTÉRIO DA JUSTIÇA. Constituição política do império do Brasil, edição fac-similar. Rio de

Janeiro: Arquivo Nacional, 1972.[Adaptado] Os artigos citados permitem inferir que a) a doutrina de origem europeia, que inspirou a emancipação política e a Constituição, se

opunha à ideia de igualdade. b) o voto censitário, nos termos adotados no texto constitucional, caracterizou a chamada

“Constituição da mandioca”. c) o texto constitucional imposto à Nação restringiu a participação política das camadas

populares. d) a implantação do voto censitário tornou o direito de votar restrito às elites latifundiárias. 22. (G1 - ifba 2012) “Havendo esta assembleia perjurado ao tão solene juramento, que prestou à Nação, de defender a integridade do Império, sua independência e a minha dinastia: hei por bem, como imperador e defensor perpétuo do Brasil, dissolver a mesma Assembleia e convocar já uma outra (...) a qual deverá trabalhar sobre o projeto de constituição que eu hei de em breve apresentar.”

Decreto de D. Pedro I, de 12 de novembro de 1823 apud BENEVIDES, P. & VIEIRA, R. A. A. Textos Políticos da História do Brasil. Fortaleza: UF do Ceará, s/d. p. 124.

A constituição outorgada por D. Pedro I, em 1824, foi criticada pelos brasileiros, principalmente, porque a) garantiu a indissolubilidade ao Poder Legislativo e o direito de vetar projetos imperiais. b) estabeleceu o sufrágio universal e a periodicidade dos Poderes Legislativo e Judiciário. c) conferiu ao Imperador grandes poderes, estabelecendo uma Monarquia de caráter

absolutista. d) estabeleceu uma Monarquia Parlamentar, seguindo o modelo clássico do parlamentarismo

inglês. e) criou o Poder Moderador que funcionava como um agente fiscalizador da harmonia e

independência dos demais poderes. 23. (Upf 2012) Em setembro de 1822, o príncipe regente Dom Pedro proclamou a separação do Brasil em relação ao reino de Portugal. Sobre a independência do Brasil é correto afirmar:

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a) Modificou parcialmente as estruturas do país, pois, embora tivesse mantido o latifúndio, a monocultura e a escravidão, o Brasil tornou-se política e economicamente independente.

b) Não modificou o país em profundidade, pois manteve a concentração da terra, a monocultura e a escravidão.

c) Modificou o país, pois a Lei de Terras propiciou um maior acesso à terra pela população. d) Não chegou a modificar o país concretamente, pois as ideias de fim de escravidão e de

adoção de uma política agrária para o país não foram cumpridas, como queriam os cafeicultores.

e) Representou um avanço social, pois o país passou a ser governado por uma família real cuja mentalidade era abolicionista.

24. (Unicamp simulado 2011) Se eu pudesse alguma coisa para com Deus, lhe rogaria muita geada nas terras de serra acima, porque a cultura da cana nessas terras, onde se faz o açúcar, tem abandonado ou diminuído a cultura do milho e do feijão e a criação dos porcos; estes gêneros têm encarecido, assim como o trigo, o algodão e o azeite de mamona; tem introduzido muita escravatura, o que empobrece os lavradores, corrompe os costumes e leva ao desprezo pelo trabalho de enxada; tem devastado as matas e reduzido a taperas muitas herdades; tem roubado muitos braços à agricultura, que se empregam no carreto dos africanos; tem exigido grande número de mulas que não procriam e consomem muito milho. (Adaptado de José Bonifácio de Andrada e Silva, Projetos para o Brasil. São Paulo: Companhia

das Letras, 1998, p. 181-182.) De acordo com o texto acima, podemos concluir que, para José Bonifácio, o cultivo da cana de açúcar a) estimulava o desenvolvimento da economia, pois exigia maior emprego de escravos na

agricultura, intensificando o comércio de africanos. b) favorecia o desenvolvimento social, pois o encarecimento de gêneros como milho, feijão,

porcos e trigo levava ao enriquecimento de pequenos proprietários rurais. c) prejudicava a economia do país, pois desestimulava o cultivo de outros produtos agrícolas,

encarecendo os gêneros alimentícios. d) prejudicava o meio ambiente, pois devastava as matas e reduzia o cultivo de milho, o que

dificultava a procriação das mulas. 25. (Unesp 2011) O fechamento da Assembleia Constituinte, por D. Pedro I, em novembro de 1823, a) impediu a tentativa de recolonização portuguesa e eliminou a influência política da Igreja

Católica. b) isolou politicamente o imperador e determinou o imediato final do Primeiro Reinado

brasileiro. c) representou a centralização do regime monárquico e provocou reações separatistas. d) ampliou a força política dos estados do nordeste e facilitou o avanço dos projetos

federalistas. e) assegurou o caráter liberal da nova Constituição e aumentou os poderes do judiciário.

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Gabarito: EXERCÍCIOS DE SALA Resposta da questão 1: [B] A questão deve ser respondida a partir da interpretação das imagens fornecidas. Na primeira, D. Pedro I aparece no "ato" da Independência, rodeado de brasileiros, numa clara demonstração de "liderança popular", ainda que nossa Independência não tenha sido um movimento do povo. Na segunda imagem, D. Pedro II aparenta calma e tranquilidade, denotando a "estabilidade política" pela qual seu governo passava. Resposta da questão 2: [E] O Primeiro Reinado foi marcado pelo confronte entre “portugueses”, partidários do Imperador, que governava de forma autoritária e centralizado a partir da Constituição outorgada, e “brasileiros”, que faziam oposição ao imperador e utilizaram diversas formas de pressão para dificultar a acabar com seu reinado. Resposta da questão 3: [D] Uma das afirmações mais tradicionais na História do Brasil, apoiada no senso comum, é de que a Independência foi pacífica, sem derramamento de sangue. Essa ideia esta baseada na participação ativa das elites agrárias no processo de independência como forma de garantir uma ruptura política frente à metrópole, e ao mesmo tempo garantir a preservação da estrutura socioeconômica apoiada no latifúndio e na escravidão. Resposta da questão 4: [D] A Constituição de 1824 foi imposta pelo imperador e reflete a elitização política. Seu componente mais importante foi o voto censitário, ou seja, baseado na renda indivíduo. Dessa forma penas aqueles que tivessem renda proveniente da terra – os fazendeiros – ou do comércio (geralmente indivíduos de origem portuguesa) tiveram garantidos o direito político de votar. Resposta da questão 5: [B] A questão analisa a atuação de diferentes segmentos sociais num movimento de luta contra um poder centralizador constituído. Trata-se da Confederação do Equador em 1824, um movimento revolucionário de caráter emancipacionista e republicano ocorrido no Nordeste do Brasil a partir de Pernambuco e integrando Paraíba, Rio Grande do Norte e Ceará. O movimento representou a principal reação contra a tendência absolutista e a política centralizadora do governo de D. Pedro I (1822-1831), esboçada na Constituição de 1824. Movimentos de caráter revolucionário ocorridos no Brasil, também considerados populares, caracterizaram-se pela congregação de diferentes segmentos sociais em luta contra um poder centralizador, como foram os casos da Revolta dos Alfaiates (Conjuração Baiana) em 1798 e a Cabanagem (Pará) entre 1835 e 1840.

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TAREFÃO Resposta da questão 6: [C] O texto destaca a estrutura agrário exportadora do Brasil, organizada no período colonial e que foi preservada após a independência. A manutenção de tal estrutura manteve a dependência econômica, vinculando a economia do país aos interesses ingleses, em um contexto marcado pela expansão da industrialização e de um modelo de capitalismo expansionista. Desde a independência até o segundo reinado percebe-se a presença de interesses e capitais ingleses no Brasil. Resposta da questão 7: [B] Como o próprio texto deixa claro, d. Pedro I preferiu trazer imigrantes de nações que não possuíam colônias, numa forma de evitar possíveis rebeliões de imigrantes que ameaçassem a soberania brasileira. O texto afirma, também, que o incremento da agricultura era o principal objetivo que d. Pedro I queria atingir com a vinda de imigrantes. Resposta da questão 8: [C] Os livros de Gilberto Freyre são relevantes para compreender as relações sociais no Brasil Colônia e Império. O anúncio do jornal sobre a fuga do escravo Caetano da loja de tecidos em 1830 remete a uma série de transformações que ocorreram no Brasil bem como no universo da escravidão. Nos séculos XVIII e XIX as atividades dos escravos foram se diversificando devido à demanda de mão de obra nas cidades. Surgiram os escravos de ganho e escravos que trabalhavam em diversas funções na zona urbana. Desta forma, as possibilidades de resistências através de fugas eram maiores. Somente a alternativa [C] está correta. Não havia valorização do trabalho manual que era historicamente associada à escravidão. A imprensa não estava a serviço de escravo denunciando as mazelas, mas a serviço das elites na procura dos seus escravos. As proposições [D] e [E] são falsas. O anúncio não se refere à compra de escravo da mesma origem e nem pela adesão dos escravos ao catolicismo. Resposta da questão 9: [A] Somente a alternativa [A] está correta. Os textos do presidente da província e do senador são muito racistas e preconceituosos refletindo as características daquela época. Vale dizer que a elite agrária brasileira, branca, herdou as ideias racistas e preconceituosas da elite branca europeia. As demais alternativas estão incorretas. Os textos não mencionam a eficácia dos avanços científicos, não remetem a ocupação planejada do território para conservar a diversidade biológica e não defendem a demarcação de terras. Resposta da questão 10: [B] Os chamados “escravos de ganho” eram aqueles que circulavam pelas ruas das cidades brasileiras exercendo funções como as ilustradas na aquarela (vendedoras de doce e rendeiras). Esses escravos exerciam essas atividades remuneradas, devendo passar uma quantia do que ganhavam aos seus senhores. Resposta da questão 11: [B] O movimento de Independência e sua posterior proclamação foram responsáveis pela construção de nossa identidade nacional, uma vez que precisávamos aprender a ser uma

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“nação” depois de passarmos anos sendo uma colônia. Nesse sentido, os escritores românticos, como Álvares de Azevedo, contribuíram para a construção da identidade nacional através da produção de mitos e heróis, como o sertanejo. Resposta da questão 12: [B] O texto destaca essa situação, ou seja, dentro de um determinado contexto, o início da crise do governo de D. Pedro I, com uma nova de interpretação de um momento histórico, a Independência, valorizando a figura do imperador, bastante desgastada naquele momento. Resposta da questão 13: [B] O período que se seguiu a proclamação da independência foi marcado por um conjunto de conflitos e denominado de “guerras de independência”. A cultura social foi marcada historicamente pela ideia de que a Independência do Brasil foi pacífica, desprezando as lutas das populações urbanas e das elites agrárias regionais, destacando-se as províncias do norte (nordeste) do Brasil. Tais conflitos se deram pela resistência de militares e mercadores lusitanos, contrários à Independência, e, em diversas casos, a vitória ocorreu com a ajuda de mercenários. Resposta da questão 14: [E] A 1ª Constituição do Brasil foi outorgada (imposta) por Dom Pedro I. Esta Carta Constitucional organizava os poderes de Estado em 4: Judiciário, Legislativo, Executivo, além do Poder Moderador. Este era exclusivo do Imperador, sendo considerado a “chave-mestra” de toda a organização da política do Império. Este poder permitia ao Imperador intervir em todos os demais poderes do Estado. Resposta da questão 15: [E] O Poder Moderador dava a d. Pedro I a prerrogativa de intervir nos demais três poderes (Executivo, Legislativo e Judiciário). Tal poder dava ao imperador, na prática, todo o poder político do Brasil independente. Resposta da questão 16: [D] A autora, no trecho citado, salienta o caráter elitista da vida política brasileira, com arranjos que excluíam a participação popular no processo político. O próprio fato de que durante parte considerável do Império (século XIX) o voto era censitário, restrito a uma limitadíssima parcela mais rica da população, reforça essa característica que a República não reverteu de imediato. Aspectos como o voto de cabresto e os currais eleitorais, típicos da República Velha, mostram exatamente esse predomínio das elites locais no uso da política em benefício apenas de seus interesses. Resposta da questão 17: [B] Nossos cafeicultores não eram adeptos do liberalismo inglês e suas condutas estavam alinhadas com as do Imperador. E a produção do café interferia na dinâmica interna dos Estados, uma vez que os estados produtores eram beneficiados pelo governo, o que desagradava os estados nao produtores. Resposta da questão 18: [B]

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Apesar do nosso processo de miscigenação, não podemos afirmar que houve uma “cooperação mútua entre as raças”, uma vez que índios e, principalmente, negros eram considerados, pelos brancos, como raças inferiores e, portanto, dignas da escravidão. Resposta da questão 19: [C] O sistema eleitoral do Brasil independente era extremamente excludente, uma vez que se baseava no voto censitário, ou seja, baseado na renda. Tanto para votar quanto para se candidatar, a camada mais rica da sociedade tinha vantagens garantidas pela Constituição de 1824. Resposta da questão 20: [D] O quadro “Independência ou morte”, também conhecido como “o grito do Ipiranga”, foi produzido pelo pintor brasileiro Pedro Américo, em Florença, encomendado por D. Pedro II e concluído em 1888. O imperador sempre foi visto como grande incentivador da cultura e das artes e neste momento investia na Construção do Museu do Ipiranga, hoje denominado Museu Paulista. É um quadro simbólico, que exalta um determinado evento, a proclamação da Independência, destacando a figura do realizador no centro da tela. Resposta da questão 21: [C] É evidente que a política colonial portuguesa, no Brasil, atravessou a Independência, pois as questões de domínio político referenciaram-se ao desejo europeu. A partir dessa ideia, a questão nos transporta para as diferenciações sociais, que deixaram as camadas populares excluídas mais uma vez. Resposta da questão 22: Gabarito Oficial: [C] Gabarito SuperPro®: [E] O texto se refere ao fechamento da Assembleia Constituinte por D. Pedro I, em um episódio conhecido como “Noite da Agonia”. O projeto elaborado, apelidado de Constituição da Mandioca pretendia por limites ao poder do imperador e, por isso, foi alvo de golpe. Em 1824, D. Pedro I outorgou a primeira Constituição do Brasil caracterizada como centralizadora e autoritária, principalmente pela existência do Poder Moderador, de usos exclusivo do Imperador que, segundo a Magna Carta, deveria garantir “a harmonia e equilíbrio dos demais poderes”. Apesar de autoritário, o governo de D. Pedro I não deve ser considerado absolutista, pois o poder imperial possuía limites, destacando-se o Legislativo e a própria Constituição, que não existem nas monarquias absolutistas. Resposta da questão 23: [B] A Independência foi um movimento essencialmente político, que retirou o Brasil do domínio português, mas preservou as estruturas socioeconômicas tradicionais. Resposta da questão 24: [C] Trata-se de uma interpretação de texto a partir de um excerto de autoria de José Bonifácio sobre a lavoura açucareira e seus efeitos prejudiciais a outras atividades no Brasil à sua época. No período vivido por José Bonifácio, apesar do declínio da importância, se comparado ao período colonial, a produção e exportação de açúcar no Brasil ainda era uma atividade que

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mobilizava grandes extensões de terras, grande número de escravos e a criação de muares, e desestimulava outras atividades. No entanto, nessa mesma época, o café começara a ganhar importância, ainda que a estrutura de produção fosse semelhante à do açúcar. Somente a partir da década de 1860, a lavoura cafeeira estimulará modernizações na produção, e por decorrência, em várias outras atividades. Resposta da questão 25: [C] A chamada Noite da Agonia (passagem do dia 11 para 12 de novembro de 1823), na qual o imperador dissolveu a Assembleia Constituinte, marcou a ruptura da aliança, até então bem sucedida, entre a aristocracia brasileira e o príncipe-regente que tinha resultado na independência do Brasil. Com a esperança de instalar no Brasil um regime político liberal, no qual os poderes da autoridade imperial seriam limitados para que a aristocracia pudesse exercer maior autoridade através do Parlamento, seus membros se voltariam contra D. Pedro I, liderando revoltas, que em alguns casos assumiram um caráter separatista, em diversas províncias. identidades. H1 – Interpretar historicamente e/ou geograficamente fontes documentais

acerca de aspectos da cultura. H2 – Analisar a produção da memória pelas sociedades humanas. H4 – Comparar pontos de vista expressos em diferentes fontes sobre

determinado aspecto da cultura. Competência de área 2 – Compreender as transformações dos espaços

geográficos como produto das relações socioeconômicas e culturais de poder. H6 – Interpretar diferentes representações gráficas e cartográficas dos espaços

geográficos. Competência de área 3 – Compreender a produção e o papel histórico das instituições sociais, políticas e econômicas, associando-as aos diferentes grupos, conflitos e movimentos sociais. H11 – Identificar registros de práticas de grupos sociais no tempo e no espaço. H12 – Analisar o papel da justiça como instituição na organização das sociedades. H14 – Comparar diferentes pontos de vista, presentes em textos analíticos e interpretativos, sobre situação ou fatos de natureza histórico-geográfica acerca das instituições sociais, políticas e econômicas. H15 – Avaliar criticamente conflitos culturais, sociais, políticos, econômicos ou ambientais ao longo da história.

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