bumerangue uma viagem pela economia do novo terceiro … · a economia americana é como um...

BUMERANGUE – Uma viagem pela economia do novo terceiro mundo

Autor: Michael Lewis

PROFESSOR : Arnoldo Hoyos

ALUNAAlessandra Libretti

Sumário

O autor Prefácio: É pior do que se pensa Wall Street na Tundra - Islândia E eles inventaram a matemática - Grécia O pecado original da Irlanda As vidas secretas dos alemães Gordo demais para voar - Califórnia Conclusão

O autor

Mr. Lewis nasceu em 1960 em New Orleans, USA. Possuigraduação em história da arte em Princeton e master’s degree em Economia pela London School of Economics. Atualmente vive em Berkeley, California, com suaesposa, Tabitha Soren, e três filhos: Quinn, Dixie and Walker.

- Publicou Bumerangue em 2011.

- Colunista da Bloomberg View; Escritor para a Vanity Fair. Publicou artigos no The New York Times Magazine, The New Yorker, Gourmet, Slate, Sports Illustrated, Foreign Affairs, and Poetry Magazine. Editor e colunistapara a British weekly The Spectator . Editor Senior editor e correspondente de campanha para o The New Republic.

- Publicou “A jogada do século”, “ O jogo da mentira”, “ A nova novidade”, “ The blind side”, entre outros.

Prefácio: É pior do que se pensa

- Desastre financeiro de 2008 – CDS (Credit Default Swap), título que permitia aos investidores fazer um “seguro” de um ativo, mesmo que o comprador não possuísse o ativo segurado.

- Kyle Bass – 40 anos, texano e gestor de um hedge fund em Dallas, depois de passar alguns anos no Bern Sterns.

- Para ele, a crise não havia terminado. A dívida pública de diversos países tinham atingido níveis muito altos e, quando a taxa de juros desses países subissem, os governos não teriam como pagar, quebrando os países.

- Grécia, Irlanda, Itália, Portugal e Espanha.

- Ouro Físico e Armas.

- - War e a Islândia.

Wall Street na Tundra - Islândia


1º lugar no índice de desenvolvimento humano da ONU

De 2003 a 2007, a bolsa multiplicou-se 9 vezes (NY, 2 vezes)

3 bancos entraram em colapso, com dívidas de 850% seu PIB. (EUA, 350%)

Explosões na rua – Range Rovers

Jovens islandeses, ao invés de serem pescadores ou trabalharem na indústria de alumínio, foram estudar nos EUA – financiavam amigos e compravam o máximo de bens FORA do país com o dinheiro emprestado. Em 2007, 50 vezes mais ativos que em 2002.


Criaram capital falso, transacionando ativos entre si, por valores inflacionados.

Pessoas tentaram avisar que haviam problemas, mas, como eram estrangeiras, ele não deram ouvidos.

4 partidos para 300 mil habitantes, e o Partido Independência dominante, muito machista.

Os pescadores são apostadores e otimistas incuráveis, bem parecidos com os banqueiros de investimentos americanos.


1970- Privatização e securitização dos peixes – quotas para empréstimos bancários.

Milionários pescadores e filhos PHDs – aonde trabalhariam?

Se acham especiais. Sem correr riscos, você não captura os peixes.

Meninos se baseiam numa falsa fé em seu próprio julgamento. Nenhuma mulher envolvida nessa crise.

E eles inventaram a matemática - Grécia


Era um país de terceiro mundo, com seu branco reluzente e encardido. “ É Los Angeles com passado”!

Em 12 anos a folha dobrou, com salários 3 vezes maiores que o setor privado.

Pior ensino público da Europa, mesmo com 4 professores por aluno.

Aposentadoria com 55 anos para homens e 50 para mulheres em trabalhos árduos (cabelereiro, locutor de rádio, etc...)


Os bancos não tinham títulos subprime, nem estavam endividados, mas emprestarem para o governo 30 bilhões de euros, que foram roubados ou esbanjados.

Além de não terem informações sobre os valores emprestados, os impostos foram reduzidos pelo ano eleitoral.

Só quem pagava impostos eram os funcionários de empresas privadas, pois eram descontados em folha.


30% a 40% de imposto era sonegado, através de pagamentos em dinheiro e sem recibos.

O problema não era a lei, era o cumprimento dela.

Sem fé uns nos outros, os gregos só confiam em si e na família. A estrutura do país é coletivista, mas o espírito do país é o oposto disso. O excesso de crédito levou o país ao colapso moral.

Os banqueiros ensinaram os gregos à securitizarem todos os fluxos futuros e transformá-los em dinheiro imediato, que foi torrado


Mosteiro Vatopaidi, sec. X, no Monte Athos. Lago e investimento em imóveis.

A Grécia dará o calote? Mas existe uma segunda pergunta mais interessante: ainda que seja tecnicamente possível para essas pessoas saldarem suas dívidas, viverem dentro de sua realidade financeira e voltarem a desfrutar uma boa imagem na União Europeia, será que elas possuem os recursos pessoais para fazer isso? Ou a perda da capacidade de se sentirem ligadas a qualquer coisa fora de seus pequenos mundos fará com que simplesmente se furtem às suas obrigações?

O pecado original da Irlanda


Um pequeno grupo de políticos e banqueiros irlandeses decidiu garantir todas as dívidas dos maiores bancos do país, cujos empréstimos foram feitos para as maiores construtoras irlandesas. 106 bi EUR. Devido ao Direito Inglês (Detentores de Títulos = Depositantes)

“O desastre foi criado pelo tipo de homem que ignora a sugestão da esposa de parar e pedir informações. Mas, enquanto o islandês usou o $ para conquistar lugares estrangeiros, o irlandês usou $ estrangeiro para conquistar a Irlanda.”

Em 2006, taxa de desemprego, 4%. Hoje, 14%. “ Típico do Terceiro Mundo”


Em 1980, 1milhão de irlandeses, em 3,2 mi, viviam abaixo da linha de pobreza. Em 2001, a taxa de pobreza era menor que 6% e a Irlanda era o 2º país mais rico do mundo.

Maior imigração polonesa (2006) para as construções (25% do PIB). Controle de natalidade e pirâmide inversa. Bolha imobiliária (500% de aumento nos imóveis, criada pela vontade de ter uma casa como símbolo de liberdade.)

Fé nos políticos e em fadas. Os banqueiros se arruinaram, diferente dos EUA. 29 suicídios de donos de construtoras.

Na Grécia, as dívidas são do povo(Estado), mas elas não querem se envolver com ela. Na Irlanda, a dívida é de alguns bancos, mas as pessoas estão dispostas à reembolsá-las.

As vidas secretas dos alemães


Nada acontece sem a Alemanha. È lá que os prejuízos ganham vida.

Em Hamburgo existe a maior zona de meretrício do mundo. (Fechou com a crise).

Alan Dundes, o caráter alemão por meio das histórias que ao alemães gostam de contar uns aos outros. “Merda”. A combinação de exterior limpo e interior sujo.

Luta na lama, e touca de plástico na plateia. “Perto da merda, mas não dentro dela”.


O vice-ministro tem ótima forma física e é careca. Para o autor, ele está fazendo uma declaração que qum precisa de cabelos é fracote...

O que é economicamente plausível, parece ser politicamente inaceitável, pois seus líderes prometeram que nunca iriam socorrer financeiramente os outros países.

Não houve boom de crédito na Alemanha, porque esse comportamento é inaceitável para eles.

Os prejuízos dos bancos alemães passa dos US$200 bi, somando bancos islandeses, irlandeses, americanos e gregos.


Os bancos alemães, são, em sua maioria, mantida pelo governo. Não são especulativos.

Acreditaram que o resto do mundo era correto como eles, não mentiam. Estavam cegos para a possibilidade dos EUA estarem atuando fora das regras oficiais, classificando títulos como AAA, mesmo que eles não fossem livres de risco.

Para o autor, são “idiotas”, que compram todas as porcarias do mercado... Que não conseguem conceber que não existe a “limpeza”, sem a sujeira”...

Gordo demais para voar - Califórnia


Em 2011, depois de ter sua classificação de crédito rebaixada pela primeira vez na história, o mercado de títulos americano disparou. Quatro dias depois, tudo já estava devolta ao patamar mais baixo registrado. Isso mostra como os EUA tinham um “cheque em branco” e viviam muito acima de suas posses.

Os governos estaduais e municipais acumulavam um déficit coletivo de cerca de meio trilhão de dólares e um trilhão em relação ao que deviam como pagto de aposentadoria.

A economia americana é como um conjunto de economias regionais.


O endividamento dobrou de 2002 a 2008 e o investimento em ações relacionado ao dinheiro das aposentadorias, foi de 23% para 60%.

Arnold Schwarzenegger, chegou ao poder por acaso, mas não sem ideias do que fazer. Se comportou como o os americanos imaginam que o político ideal devia se comportar: tomava decisões ousadas, não vendia favores, tratava seus oponentes com justiça, era rápido em reconhecer seus erros e aprender com eles. Porém o sistema de legislação da Califórnia impedia qualquer um de governar.

As pessoas querem serviços, mas sem pagar por eles, gerando uma necessidade de endividar-se.


O gasto com aposentadorias, pagto de funcionários e benefícios cresceram 65% em 10 anos.

Um declínio no preço dos imóveis dos EUA, significava um colapso nos preços dos imóveis na Califórnia e um declínio na arrecadação de impostos, que já estava insuficiente.

Em 2011, a Suprema corte decidiu que as prisões da Califórnia eram muito cruéis e solicitou que o estado construísse novas ou soltasse 30 mil detentos. O estado soltou os detentos...

Em Vallejo, só há o prefeito e uma funcionária pública, após a declaração de falência da cidade.

Gordo demais para voar – Califórnia

As pessoas pegaram o que podiam, somente porque podiam... E a dívida dos Estados/Cidades explodiu da mesma forma que dos cidadãos...

Peter Whybrow diz que a disfunção na sociedade americana é um subproduto do seu sucesso.

O cérebro humano evoluiu baseado na escassez e não está preparado, originalmente, para tanta abundância. A sucessão de bolhas financeiras, o acúmulo de dívidas públicas e pessoais está ligado ao aumento das taxas de obesidade, pois os americanos sacrificam os interesses de longo prazo pelas recompensas a curto prazo. Para que haja alguma mudança, o ambiente precisa nos regular, pois perdemos a capacidade de nos auto-regular.

Gordo demais para voar – Califórnia

Quando as pessoas acumulam dívidas, estão dizendo que querem mais do que podem comprar, que seus desejos atuais são tão importantes que valem sacrifícios futuros. Estão, assim, dando a entender, que quando esse futuro chegar, encontrarão uma saída. Nem sempre encontram. Mas, por mais idiota que o otimismos possa parecer, possui um hábito estranho de ser recompensador.

Henry, o faisão que comeu até não poder voar mais e ser comido por uma raposa.

Conclusão

Com as luzes apagadas:

Os islandeses quiseram parar de pescar e se tornar banqueiros de investimento, e deixar que seus macho alfa revelassem uma megalomania até então reprimida. Os gregos transformaram seu governo numa bagunça e distribuíram somas fantásticas ao maior número de servidores públicos possíveis. Os irlandeses quiseram ter casas próprias. Os alemães quiseram ser ainda mais germânicos. Os americanos quiseram ter casas bem acima de suas posses e permitir que os fortes explorassem os fracos;

Assim, de acordo com o livro, o futuro pode depender de que tipo de jogo você gosta... E da sua cultura...

bumerangue uma viagem pela economia do novo terceiro … · a economia americana é como um...

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