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BRASIL: PRIMEIRO
REINADO
O Processo de Governo de
Dom Pedro I
O I REINADO - HISTÓRIA
I REINADO (1822-1831)
• Depois de 7 de setembro de 1822, a situação do Brasil não mudou;
• Quando D. João VI abriu os portos às ‘Nações Amigas’ persiste a ameaça da recolonização;
• O Brasil ainda não era uma nação;
• Era uma mescla de povos estrangeiros, logo formar uma nação leva tempo.
• A política nacional também formou-se de
maneira bem diferente da espanhola, por
exemplo;
• Enquanto eles pegaram em armas, nós
tivemos uma independência institucional;
• O Estado já estava pronto e acabado, só
mudando de mãos.
• Os mandantes da nação sempre foram os fazendeiros de uma oligarquia latifundiária;
• Sabemos que houveram conflitos internos que quase estragaram a independência;
• Focos na BA e no PA tiveram de ser derrubadas, inclusive por iniciativa popular!
• Normalmente, tais focos tinham apoio de forças portuguesas.
• Outra prova de que ainda não éramos uma nação é o fato das mulheres não terem voz ativa;
• A sociedade era machista e suas aspirações, sempre individuais, não chegavam a lugar algum;
• Poucas eram as que desafiavam o sistema, pois a Igreja e as autoridades não as ouviam
• Uma das que se destacou foi Maria Quitéria de Jesus Medeiros que na BA lutou contra portugueses para garantir a emancipação política do Brasil;
• Ela se alistou como homem e lutou entre os soldados das tropas pró-independência;
• Depois de ferida, foi descoberta mas gerou respeito entre os soldados.
• No PA também tivemos batalhas pró e contra independência;
• Isso tudo ocorreu devido ao pensamento retrógrado do colonialismo fundiário e pela luta da autonomia das províncias como no sistema EUA;
• No legislativo haviam partidos discidentes que lutavam por seus interesses.
• Os Conservadores com José Bonifácio eram
formados por ricos fazendeiros, contra os Liberais
de Evaristo da Veiga que era mais de classe média
e população urbana;
• Devido ao fato do Congresso ficar responsável
pela nova Constituição de 1823, eles racham;
• Outro fator é a tentativa de apoio que D. Pedro I
tentava junto aos portugueses erradicados no país.
A CONSTITUIÇÃO
• Quanto mais se aproximava a hora de sair a
nova constituição, mais D. Pedro se
aproximava dos portugueses aqui instalados
• Com a Assembléia Nacional Constituinte
formada em 03/03/1823, grandes
constrangimentos surgiram quando no
discurso de abertura D. Pedro afirma que tal
deveria ser digna de si e do Brasil.
• Nota-se que haviam restrições aos deputados;
• Quem mais ficou enraivecido com D. Pedro foi
José Bonifácio de Andrada e Silva, pois este
apoiou a independência mas não concordou com o
sistema constitucional, rompendo com o
imperador;
• Em seis meses nasce a constituição da mandioca,
baseada na constituição da Revolução Francesa e
Napoleônica.
• O que marcou a época foi o xenofobismo, que é a repulsa a tudo o que é estrangeiro;
• Exemplo disso é o veto ao voto estrangeiro;
• Isso ocorreu pois os portugueses aqui colocados queriam “melar” o processo de independência;
• Essa constituição aumentou o poder do legislativo e dos senhores de terras.
• A escravidão foi garantida, o voto era
restrito necessitando de 150 alq de
mandioca plantada;
• Os candidatos deveriam ter renda maior;
• D. Pedro achou a constituição conservadora
demais e esta retirava direitos dos
portugueses.
• Ele resolve dissolver a assembléia;
• Foram presos vários deputados, e inclusive
José Bonifácio foi preso em casa;
• O povo sofre sua primeira frustração
política;
• Assim, no ano seguinte houve uma nova
constituição, agora de forma outorgada.
• Um conselho de Estado com 10 membros
produziu uma nova constituição sob a égide do
imperador;
• A nossa primeira constituição foi imposta!
• O gov. deveria ser monárquico, hereditário com
quatro poderes institucionais e independentes;
• Legislativo bicameral, executivo real, judiciário e
moderador.
• Mas na educação tal constituição foi um avanço, pois garantia escola primária a todos;
• Por outro lado, ignorou a escravidão;
• Assim, foi uma carta constitucional muito contraditória, pois todos eram iguais perante a lei mas a maioria populacional era escrava…
O GRITO DO IPIRANGA
RIO IPIRANGA
DETALHE DO MONUMENTO DO IPIRANGA
FRENTE DO MONUMENTO DO IPIRANGA
VISTA DO QUE SOBROU DO IPIRANGA
MUSEU DO IPIRANGA
MUSEU DO IPIRANGA
MUSEU DO IPIRANGA
Contradições à Constituição de 24
• Todos são iguais perante a lei (escravidão);
• Todos tem direito à propriedade (latifúndios);
• Garantia a liberdade de expressão (censura a alguns jornalistas);
• Abolida a tortura (menos nas senzalas);
• Justiça para todos (mas a defesa era privada).
Reconhecimento
• Os EUA foram os primeiros;
• Inglaterra, depois de assinar tratados de
navegação;
• Portugal exigiu o pagamento da divida de 2
milhões de libras à Inglaterra, e depois
aceitou.
CONFEDERAÇÃO DO EQUADOR
(1824)
• O Império não tinha força política;
• As províncias estavam em desacordo e somente as mais próximas à capital tinham direitos;
• As províncias no NE estavam em desacordo com a dissolução da Assembléia e possuíam algum pensamento republicano;
• Assim, nasce o movimento revolucionário.
A Bandeira da Conf. do Equador
• Os pernambucanos não aceitavam nomeação de presidente da província e a Constituição imposta;
• Partes do exército pernambucano apoiavam o novo presidente (hoje chama-se de governador), o sr. Francisco Paes Barreto;
• Outra parte apoiava o antigo, Manuel Carvalho Pais de Andrade.
• Os pernambucanos recusaram-se a dar posse ao novo presidente, o RJ manda tropas para garanti-la;
• Olinda decide não aceitar a Constituição;
• O antigo presidente, Manuel Carvalho Pais de Andrade, monta um movimento de emancipação (PE, RN, CE, PB) com estabelecimento de uma república.
• PB já recusava-se a não aceitar a Constituição;
• No CE os revolucionários depuseram o governandor Costa Barros;
• No PI o movimento não teve sucesso;
• O imperador então envia Lord Cochrane, Francisco Lima e Silva e Francisco Paes Barreto para acabar com o movimento.
• O imperador vence e dá penas pesadas aos revolucionários, principalmente a Frei Caneca, principal líder (forca);
• Cresce a impopularidade de D. Pedro I como profetizado por José Bonifácio;
• D. Pedro tinha temperamento imprevisível e bastante indeciso;
• A própria Província Cisplatina (atual Uruguai) tinha cultura muito diferente, sendo incoprorada em 1821, causando problemas.
A Morte de Frei Caneca
Ele foi penalizado com
a forca, mas pediu para
ser fuzilado..
Questão Cisplatina
• Juan Antonio Lavalleja e Frutuoso Rivera, um uruguaio e outro argentino, se unem para libertar o futuro Uruguai;
• No Brasil pouco foi feito, pois o debate afirmava que a Província Cisplatina foi adquirida por Portugal, não sendo uma guerra contra o Brasil, porém tropas foram;
• D. Pedro foi ao local, mas nada consegue.
Frutuoso Rivera
Juan Antonio Lavalleja
• A Inglaterra então mediou um contrato de
independência do Uruguai em 1828;
• A revolução, mesmo não nos pertencendo,
nos custou 8 mil soldados.
Sucessão Portuguesa
• Em 1826 morre D. João VI, e o herdeiro
direto era D. Pedro, que deixa o trono para
D. Maria da Glória, sua filha;
• D. Miguel assumiria até D. Maria atingir
maioridade;
• Houve então briga pela sucessão, o que
descontentou o povo brasileiro, pois mostra
que D. Pedro ainda estava ligado à sua
pátria.
Mais Problemas
• D. Pedro tinha amantes;
• Seu acessor, Chalaça ( Francisco Gomes da Silva ) jogou D. Pedro contra seus ministros;
• A Marquesa de Santos (sua principal amante), foi proibida de entrar no Teatro Nacional do Rio, e este foi fechado pelo imperador.
• D. Leopoldina separa-se do imperador e
joga o povo contra ele;
• D. Pedro casa-se então com uma princesa
alemã, Amélia de Leuchtenberg, mas
mantendo um caso com Domitília de Castro
(Marquesa de Santos), criada de D.
Leopoldina.
D. Amelia
Outras Causas
• Independência mal feita;
• Falta de proximidade com os latifundiários;
• Tentativa de reaproximação com fazendeiros mineiros, sem sucesso (noite das garrafadas);
• Críticas da imprensa;
• Tentativa de reaproximação com o povo com um ministério popular, sem aceitação.
• Então monta o “ministério dos marqueses”;
• Povo exige: “morra o tirano!”;
• Em 07/04/1831 D. Pedro abdica a Pedro de
Alcântara (então com 5 anos) deixando o
Brasil.
• FIM DO TEMA